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CORQUE'S 2005-2008 PRESS CLIPPING SELECTION

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CORQUEDESIGN.COM Única | November 19 2005

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CORQUEDESIGN.COM Icon Design Trail | 2006

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CORQUEDESIGN.COM Traço | June 2006

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CORQUEDESIGN.COM Jornal de Negócios | October 31st 2006

LúciaCrespo [email protected]

Tacõesdesapatos,biombos,“puffs”.As aplicações são vastas.A tradicio-nalrolhacomeçaaserinsuficientepa-ra amatéria-prima.A cortiça.Umaminoriadeempresasestádeolhonaspotencialidades. É o caso da Susde-sign,quequeraproximaro“design”industrial do sector corticeiro. E jáaproximou.Nasemanapassada,reu-niucomresponsáveisdaindústria,doICEP e do INETI para apresentarideiasnoâmbitodoseuprojectoDe-signCork,apoiadopeloInstitutodasArtesdoMinistériodaCultura.Ob-jectivo final? Lançar amarca nacio-nalCorqueparacomercializarobjec-tosde cortiça.

“A indústria corticeira portugue-saestáfocalizadanaproduçãodero-lhas.Ummercado cada vezmenorfaceaoaparecimentodealternativaspara conceber os vedantes, comoaglomerados de plástico” diz AnaMestre, sócia da Susdesign.“Sim, arolha sintéticaestáaganhar terreno,em especial ao nível dos vinhos cor-rentes”, corrobora Sandra Correia,gestoradamarcaPelcor (ver caixa).

Para contornar um mercadomono-sectorial,aSusdesignapresen-tou,noanopassado,o“puf-fup”,umobjectoformadoporváriasesferasdecortiça, ligadas entre si, que podemadquirir múltiplas formas. A maisapreciada é adeum“puff. “Acorti-ça é ummaterial suave e quente, aocontráriodoplástico.Alémdisso,tra-ta-sedeumamatériarenovável.Podeserretiradasemabaterasárvores...”.

Além do “puf-fup”, a empresaapresentou tambémoprojectoCor-kit,queresultoudeumaparceriacomoINETI.Trata-sedeum“kit”multi-funcional desenvolvido a partir debastõesderolhasdecortiçajáusadas.Aplicações? Esteiras, bancos, biom-bos,portarevistas,objectosdeilumi-nação,cadeirasde repouso....

Paradaraconhecerestaseoutrasideias do projecto Design Cork aosindustriais portugueses, a Susdesignpromoveu, na semana passada, oevento“DesignCork for Future, In-novation and Sustainability”.Nele,estiveram representados, aAssocia-çãoPortuguesadeCortiça,oICEP,oIADE,oINETIeaUniversidadeho-landesadeDelf,considerada“expert”em“design”da sustentabilidade.

Oprojecto,queimplicauminves-timento total de 80 mil euros, foiapresentadoaoInstitutodasArtesemJaneirode2006eapoiadocomumaverbade30mil euros,noâmbitodoProgramadeApoioaProjectosPon-tuaisdeCarácterProfissional.Passa-daumaprimeirafasedeinvestigação,aSusdesignsegueagoracomumpe-ríodode experimentação.

Nos próximos quatro meses, aempresavaiproduzirnovosprotóti-pos em cortiça, desenvolvidos por“designers”portugueses. Em Junhode2007,estáprevistaumaexposiçãointernacionalitineranteparamostraras novidades.A partir daqui, a em-presasegueoseurumosozinha,lan-çandoamarcanacionalCorqueean-gariandoparceiros paraproduzirosseusobjectosde cortiça.

INOVAÇÃO

MarcaCorquequerdarnovas formasàcortiçaEmpresa Susdesign reúne “designers” e industriais

“Puf-fup” | Esferas de cortiça ligadas entre si ao gosto do consumidor.

OSNÚMEROSDACORTIÇA EM PORTUGAL

DR

� 68% da produção de cortiça destina-se à indústria vinícola;� 15% vai para o sector da construção e 7% para a indústria automóvel;� Portugal é líder mundial, com uma produção de 200 mil toneladas/ano...� ... que representa 55% da produção mundial;� A indústria da cortiça representa 3% das exportações portuguesas ...� ... e 33% das exportações portuguesas de produtos florestais;� 90% da produção destina-se à exportação;� França, EUA, Espanha e Alemanha são os maiores importadores;� 60% das transacções de cortiça são feitas por empresas portuguesas;

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CORQUEDESIGN.COM Única | December 16 2006

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CORQUEDESIGN.COM Única | December 16 2006

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CORQUEDESIGN.COM Luxos Time | May 2007

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CORQUEDESIGN.COM Luxos Time | May 2007

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CORQUEDESIGN.COM Luxos Time | May 2007

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CORQUEDESIGN.COM Casa Cláudia | September 2007

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CORQUEDESIGN.COM Financial Times Weekend | December 8 2007

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CORQUEDESIGN.COM CUBO | January 2008

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CORQUEDESIGN.COM CUBO | January 2008

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CORQUEDESIGN.COM Blue Design | nº 1 2008

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CORQUEDESIGN.COM Blue Design | nº 1 2008

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CORQUEDESIGN.COM Blue Design | nº 1 2008

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CORQUEDESIGN.COM Gingko | June 2008

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CORQUEDESIGN.COM Gingko | June 2008

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CORQUEDESIGN.COM Gingko | June 2008

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P2 •Sábado 16 Maio 2008 • [email protected]

A dor dos que sobreviveram ao sismo na China Pág.8/9

Cá fora, os fi lhos de Fritzl, estão entre o céu e o inferno Pág. 4/5

STRIN

GER/R

EUTERS

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CORQUEDESIGN.COM Público | Maio 16 2008

Cultura a Mau mnnnn Medíocre mmnnn Razoável mmmnn Bom mmmmn Muito Bom mmmmm Excelente

Exposição no Museu Berardo

A cortiça muito para além da rolhaA empresa portuguesa Susdesign prepara-se para comercializar objectos, de mobiliário a brinquedos, feitos de cortiça – afi nal, não é Portugal o maior produtor do mundo?

a Quem pensar que numa exposição de objectos em cortiça vai encontrar rolhas e pouco mais engana-se. A partir de hoje e até dia 25 no Museu Colecção Berardo, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, vão estar expostas 37 peças – do mobiliário à decoração, passando pelos brinquedos – criadas por designers portugueses e holandeses que responderam ao desafi o “Consegue desenhar uma ideia melhor para cortiça?”.

A iniciativa Design Cork for future, innovation and sustainability é da Susdesign, uma empresa criada em 2004 com uma ambição: mostrar que a cortiça serve para muito mais do que aquilo que imaginamos. Ana Mestre, fundadora da Susdesign e professora do IADE, está convencida de que, no futuro, ninguém parará a cortiça. Quando se lançou na pesquisa sobre as potencialidades deste material, surpreendeu-a o

facto de “tão pouca coisa ter sido feita até ao momento”. Parecia-lhe que isso não fazia sentido, sendo Portugal o maior produtor de cortiça do mundo, com cerca de 200 mil toneladas por ano.

“Há um preconceito em relação à imagem da cortiça”, reconhece a designer. “Tem sido vista como um material pouco atraente, um bocadinho antiquado”. O que os designers agora expostos no CCB mostram é que não tem que ser assim. Uma das hipóteses é, por exemplo, o uso da cor. “Mostramos uma série de peças em que se adiciona cor à cortiça, e em que se trabalham diferentes texturas”, explica.

A Susdesign tem também explorado a possibilidade de combinar a cortiça com outros materiais, como os bioplásticos ou a borracha natural (além da hipótese de combinações em sanduiche, com alumínio ou madeira). A eco-efi ciência é, frisa Ana Mestre (que

está a trabalhar num doutoramento na área do Design para a Sustentabilidade na Delft University of Technology, na Holanda), uma preocupação essencial, que começa com a própria cortiça – que é renovável (pode ser retirada sem abate de árvores), reciclável, atóxica, e pode ser sujeita a um processo de transformação com zero desperdícios e baixo dispêndio de recursos.

Uma marca para exportarPara Ana Mestre e a equipa que nos dois últimos anos se empenhou na experimentação e procura de soluções originais para o uso da cortiça, a exposição e o seminário Design Cork meets Science and Industry, que se realiza hoje no CCB, isto é apenas o princípio. Há uma marca – a Corque Design Brand – já registada, e através da qual vão começar a ser comercializados dentro de um mês dez objectos escolhidos entre os 37 em exposição. Inicialmente, a “loja” será online, mas possivelmente alargar-se-á a outros espaços.

“Vamos tentar o mais possível direccionar a marca a nível transformação de cortiça com perto

de 12 mil trabalhadores – porque não lançar a nova marca associando-a a “uma forte imagem de identidade

coisas”, afi rma a responsável da Susdesign. Além disso, garante,

Alexandra Prado Coelho

Cadeira Vinco, de Toni Grilo

Cadeira Corqui, de Pedro Silva Dias

Crítica de Clássica

O problema das promess

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CORQUEDESIGN.COM Expresso | May 17 2008

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CORQUEDESIGN.COM

DESIGN CORK SUSTENTABILIDADE

A cortiçareinventada

texto Teresa Madeira fotografia Paulo Andrade e Pedro Rodrigues

Para quem a cortiça sempre faz lembrar uma rolha, um olhar atento ao trabalho desenvol-

vido pela Susdesign, no âmbito do projecto Design Cork e das suas diferentes vertentes

– design, investigação e indústria –, revela um universo a descobrir.

ode o design inte-

grar simultanea-

mente tradição e

criar inovação? A

resposta é afirma-

tiva e, para prová-lo, a Susdesign

promoveu uma exposição entre os

dias 16 e 25 de Maio, no Museu Be-

rardo no Centro Cultural de Belém,

em que a cortiça era o principal pro-

tagonista. Desenvolver as potencia-

lidades da indústria da cortiça nos

domínios da criatividade e da trans-

formação da matéria-prima foi um

objectivo abraçado por designers,

políticos, industriais e cientistas

apostados em conquistar novos

mercados. O desafio da valorização

coube a 50 designers portugueses e

internacionais que surgiram na ex-

posição “Design Cork for future, in-

novation and sustainability”, com

propostas em áreas tão diversas

como mobiliário, decoração, uten-

sílios de cozinha, têxteis, calçado,

acessórios Hi-Tech e brinquedos.

Em simultâneo, o seminário “De-

sign Cork meets Science and In-

dustry”, promovido pela Susdesign

– uma entidade criada em 2004

com os olhos postos na dissemina-

ção do design para a sustentabilida-

de – e pela Associação Portuguesa

de Cortiça (APCOR), debateu as

novas áreas de inovação tecnológica

e científica que contribuem para a

discussão de conteúdos e metodo-

logias de inovação de um sector de

que Portugal é líder mundial de

produção.

Na linha da frente das entidades

envolvidas estão o Ministério da

Cultura (através do Instituto das

Artes), a Embaixada dos Países Bai-

xos, a Corticeira Amorim e a Gra-

norte (ambas empresas do sector da

cortiça). A participação de carácter

científico vem da holandesa Delft

University of Technology (TU-

DELFT), do Instituto Nacional de

Engenharia, Tecnologia e Inovação

(INETI) e do Massachusetts Institu-

te of Technology (Programa MIT

Portugal), através do Ministério da

Ciência, Tecnologia e Ensino Supe-

rior.

Quatro representantes das enti-

dades envolvidas falam-nos sobre

os conteúdos desta iniciativa.

www.designcork.com

P

CUBO | May 2008

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CORQUEDESIGN.COM

RINGSPega e base para garrafas de vinho.

Design: Catarina Galvão

MOBILIÁRIO GRÁFICOAplicação de diferentes técnicas

em cortiça.

Design: Ana Mestre

CASTIÇAISUma nova função para o gargalo

de uma garrafa de vinho.

Design: Fernando Brízio

ANA MESTRE Licenciada em Design Industrial e mestre em Bioenergia. É investigadora na Industrial Design Engineering Fa-

culty da Delft University of Technology (Holanda), onde está a fazer o Doutoramento, actividade que concilia com a docência

da disciplina de Design para a Sustentabilidade na Escola Superior de Design do Instituto de Artes Visuais, Design, e com a di-

recção da Susdesign, entidade fundada em 2004 para a promoção da Inovação, Eco-Eficiência e Sustentabilidade através do

Design. Presentemente, está a dirigir o projecto “Design Cork for Future, Innovation and Sustainability”.

os últimos anos,

tem aumentado a

consciência públi-

ca da importância

do montado de

sobro (conjunto de sobreiros)

como contributo ambiental, eco-

nómico e social de excelência.

Além de ser uma barreira natural

contra a desertificação dos solos,

evitando a degradação dos mes-

mos, com o aumento da taxa de in-

filtração das águas da chuva e a

criação de habitats para diversos

grupos de fauna e flora, estudos re-

centes indicam que é também um

excelente fixador de dióxido de car-

bono (CO2), contrariando as ten-

dências actuais das alterações cli-

máticas e dos níveis de poluição

mundiais.

A cortiça é o recurso material

português com maior índice de pro-

dução e exportação. É um recurso

natural, renovável, com qualidades

ambientais excepcionais, integran-

do em si um elevado potencial de

inovação tecnológica e projectual,

sendo também um dos símbolos

mais representativos da identidade

material portuguesa.

Curiosamente, o velho ditado

popular português “Quem se preo-

cupa com os netos planta um sobrei-

ro” tem muito em comum com o

“desenvolvimento sustentável”, des-

crito no relatório “Nosso Futuro

Comum” da Comissão Mundial

para o Ambiente da ONU – “o de-

senvolvimento capaz de suprir as

necessidades das gerações actuais

sem comprometer a capacidade de

atentar às necessidades das gera-

ções futuras”.

O sector da cortiça caracteriza-se

por uma característica notável: a sua

auto-suficiência de recursos, onde

nada se perde e tudo é valorizado.

Desde a sua origem florestal,

passando pela sua extracção e poste-

rior transformação industrial com

baixos níveis de emissões, até ao seu

optimizado processo de reciclagem,

a cortiça define-se como um mate-

rial eco-eficiente, com um ciclo de

vida completo e fechado, pratica-

mente sem desperdícios.

No processo de fabricação de

produtos de cortiça, são utilizados

quase 100% dos recursos do mate-

rial, em que os resíduos de produ-

ção são reutilizados para fabricação

de aglomerados de cortiça. A parte

não aproveitável (por exemplo, pó

de cortiça) é utilizada para combus-

tão e produção de energia nas pró-

prias indústrias, prática corrente no

sector. No entanto, o potencial de re-

ciclagem da cortiça é ainda enorme,

considerando que mais de 85% da

utilização de cortiça é direccionado

para o mercado da rolha, não exis-

tindo actualmente um programa de

reciclagem internacional integrado

que recupere esta matéria.

Inserido no contexto da Investi-

gação Aplicada em Design, o projec-

to “Design Cork for Future, Innova-

tion and Sustainability” pretende ex-

plorar o potencial de utilização dos

materiais e tecnologias da cortiça no

Design. Seguindo uma abordagem

multidisciplinar, o projecto integra

aspectos incontornáveis da actuali-

dade, desde a consideração do para-

digma da sustentabilidade e a sua

tripla linha de base – ambiental, eco-

nómica e social – até à inclusão dos

aspectos artísticos, científicos, tec-

nológicos e projectuais, considera-

dos, hoje, indispensáveis a qualquer

processo de inovação.

Apresentamos nestas páginas

um olhar criativo e actual de uma

inesgotável e insubstituível “Beleza

Portuguesa”.

N

Cortiça – Ícone de Sustentabilidade e Inovação

CUBO | May 2008

Page 44: CLIPPING CORQUE 2005-2008

CORQUEDESIGN.COM

HAN BREZET (Holanda, 1951) Director do Programa Design para a Sustentabilidade, da Delft University of Technology, Holan-

da. É director do Instituto de Inovação Ambiental de Roterdão, desde 1990. Com um Mestrado em Engenharia Eléctrica, na Delft

University of Technology (1977), e um Doutoramento em Ciências do Ambiente, da Erasmus University Rotterdam (1993), tem

ainda um importante currículo, enquanto professor e investigador, e uma vasta participação em publicações de diversas áreas.

Em 1992, tornou-se professor na Delft University of Technology, na Holanda, e director do Programa Design para a Sustentabi-

lidade, da Faculty of Industrial Design Engineering. Desde 2001, é professor convidado no Institute of the Lund University, na

Suécia, e investigador na Universidade of Melbourne, na Austrália (2005). Entre 1982 e 1987, foi assessor no Netherlands Advi-

sory Council for Research on Nature and Environment.

or todo o Mundo,

a cortiça é conhe-

cida como o mate-

rial a partir do qual

se podem produ-

zir rolhas ou, ainda, o material que

é utilizado em diversas aplicações

no interior de edifícios (isolamen-

tos, revestimentos, etc.). Com o su-

cesso crescente de uma vasta

gama de novos produtos, como os

vedantes sintéticos – que vieram

substituir as rolhas de cortiça –, e

com o aparecimento da nanotec-

nologia, que representa uma revo-

lução tecnológica ao nível dos

novos materiais, qualquer um

pensaria que a Era da cortiça teria

chegado ao fim.

No entanto, isto não se verifica.

Quem terá conhecimento de que a

cortiça é um dos materiais aplica-

dos num dos aviões mais avança-

dos do mundo, o Stealth Bomber?

Em acréscimo, com as potenciali-

dades únicas de isolamento ao

calor e ao fogo, a sua leveza e a sua

capacidade de flutuação, a cortiça

oferece aos designers industriais

diversas opções de produtos tecno-

lógicos que podem ter sido subes-

timados no passado. Revalidar

estas características pode contri-

buir para o desenvolvimento de

novos produtos e de novas aplica-

ções de cortiça. Em particular, isto

acontece quando os produtos cria-

dos resultam da experiência acu-

mulada das indústrias de cortiça

em conjunto com a criatividade de

jovens designers industriais capa-

zes de produzir objectos funcio-

nais e atractivos para a sociedade

actual. O Projecto Luso-Holandês

Design Cork é um excelente exem-

plo dos produtos originais que

podem ser desenvolvidos em corti-

ça, quando os designers (re)desco-

brem o material e dão às aplicações

de cortiça um novo sentido.

Todavia, outra razão igualmente

importante para o recente interesse

na cortiça enquanto produto para o

design é o reconhecimento da sua

aptidão para o desenvolvimento sus-

tentável no contexto global, isto é,

um desenvolvimento que salva-

guarde a Natureza e os recursos na-

turais, que minimize desperdícios e

emissões, contribua para o bem-

-estar e a comodidade socioeconó-

mica, e que respeite as diferenças

culturais, de modo que as futuras

gerações possam continuar a habi-

tar a Terra.

A cortiça é um material natural

não tóxico e de baixo impacto am-

biental, renovável desde a sua ori-

gem no sobreiro, que proporciona o

equilibro natural do crescimento e

salvaguarda até à colheita.

Devido à sua leveza, o seu trans-

porte possui um baixo impacto am-

biental, muito embora o seu volume

e as distâncias até às instalações de

transformação corticeira também

possam desempenhar um papel re-

levante.

Quando integrada em produtos

de consumo, a cortiça é um material

fácil de lidar, sem necessidade de

quase nenhum tipo de serviço ou

manutenção pós-venda.

A reciclagem e a reutilização

local e regional de produtos de corti-

ça (nomeadamente rolhas) afigu-

ram-se como uma hipótese viável

que, até agora, têm tipo muito pouca

atenção. Quando chega ao fim do

seu ciclo de vida, devido às suas

características naturais, a cortiça

torna-se biodegradável e retorna à

Natureza.

P

Cortiça para produtos de designsustentáveis e inovadores

Outro futuro interessante na

área dos novos materiais poderá

ser a combinação da cortiça, en-

quanto material renovável, com so-

luções de nanotecnologia para o

desenvolvimento e a aplicação de

materiais inteligentes, materiais

de base biológica e produtos de alto

valor acrescentado com caracterís-

ticas ecológicas.

As expectativas são altas, e as

previsões teóricas para a cortiça, en-

quanto material avançado no âmbi-

to do design para a sustentabilidade,

são boas. Mas só o design e a prática

empresarial podem demonstrar se

estas previsões se poderão vir a veri-

ficar.

Essa é a razão de ser do Progra-

ma internacional de investigação

& design que tem por base o Pro-

jecto Design Cork. Os primeiros

resultados parecem promissores e

antevê-se a criação de um progra-

ma internacional alargado numa

próxima fase, considerando que

diversos países têm mostrado inte-

resse em cooperar com a indústria

da cortiça portuguesa, com os de-

signers e com as universidades en-

volvidas.

ECORTomada eléctrica “verde”.

Design: Thijs de Vris, Doortje van de Wouw

& Inge van de Wouw.

CORK PVPainel solar para carregamento de dispositivos eléctricos.

Design: Dirk Smallenbroek & Stefan Arbeithuber.

CUBO | May 2008

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CORQUEDESIGN.COM

CORK THERMOS FLASKMini-termos para café expresso

em cortiça.

Design: Tomas Schietecat & Boudewijn

van Limpt.

CORKTEXTILESMateriais de cortiça aplicados

a diferentes tecnologias de têxteis.

Design: Yemi Awosile.

CORKTILESLadrilhos de cortiça para exteriores.

Design: Arn van der Pluim & Manuel

Toledo.

CORKIDSBrinquedos de construção para crianças.

Design: Zjenja Doubrovski & Jurre

Groenenboom.

ROBERT JAN VAN HOUTUM Doutorado em História Moderna pela Universidade de Leiden em 1972, foi diplomata em Lima,

Nova Iorque, Lusaka, Paris e Washington, tendo sido também director do Departamento do Hemisfério Ocidental do Ministé-

rio dos Negócios Estrangeiros na Haia. A partir de 1998, foi embaixador em Praga e Buenos Aires. Actualmente, é embaixa-

dor dos Países Baixos em Lisboa.

o meu país, os Paí-

ses Baixos, terra de

pólderes e diques,

não existem, de

facto, sobreiros,

mas, felizmente, o design de produ-

to não conhece fronteiras. É assim,

com satisfação, que escrevo algu-

mas linhas sobre as novas ideias de

design que estão por trás de novos

produtos que usam a cortiça como

matéria-prima.

Os Países Baixos abraçaram o

design como parte integrante e es-

tratégica do desenvolvimento de

produto. Os designers são incluídos

logo desde a fase inicial dos proces-

sos de criação. Para além da sua

clara importância para a inovação

tecnológica, o design tem outra face-

ta que não pode ser esquecida: é,

efectivamente, um poderoso gera-

dor de negócio.

A Universidade Tecnica de Delft

desenvolveu, conjuntamente com

os parceiros portugueses, a iniciati-

va “Dutch Design Meets Cork”. Es-

pecialistas da Faculdade Neerlande-

sa de Engenharia de Design Indus-

trial participarão no seminário inter-

nacional “Design Cork Meets Scien-

ce and Industry”, enquanto desig-

ners profissionais e estudantes da

Universidade Técnica de Delft parti-

ciparam no workshop que decorreu

entre Setembro de 2007 e Janeiro de

2008, com o objectivo de desenvol-

verem produtos de cortiça inovado-

res que serão apresentados por oca-

sião da exposição “Design Cork for

Future, Innovation and Sustainabi-

lity”, a realizar em Lisboa.

Acredito que o evento “Design

Cork” será um desafio para cientis-

tas, designers e industriais e que es-

timulará o desenvolvimento de

novos materiais e de produtos mais

elaborados e com melhores caracte-

rísticas. Um estudo levado a cabo

pela Organização Neerlandesa para

a Investigação Científica Aplicada

(TNO) concluiu que o design tem

uma importância fundamental para

a inovação e é, portanto, um factor

efectivo de competitividade no con-

texto global.

Estou certo de que Portugal e os

Países Baixos beneficiarão muito

desta troca inovadora de ideias, tec-

nologia e novas propostas na área do

design com cortiça. Os frutos estão,

aqui, à vista.

N

O design holandês e a cortiça

CUBO | May 2008

Page 46: CLIPPING CORQUE 2005-2008

CORQUEDESIGN.COM

AMORIMRolos de Rubber Cork (Cork Composites).

ANTÓNIO RIOS DE AMORIM (1967) Presidente do Conselho de Administração da Corticeira Amorim SGPS, diplomou-se em Co-

mércio Internacional pela Universidade de Birmingham, tendo, posteriormente, concluído os seus estudos de pós-graduação

em Gestão de Empresas no INSEAD, na Universidade de Columbia, em Nova Iorque, e na Universidade de Stanford, assim como

em Enologia na Universidade de Bordéus. Simultaneamente, é presidente dos organismos representativos do sector da corti-

ça tanto no plano nacional (Associação Portuguesa da Cortiça), como internacional (Confédération Européenne du Liège). Em

Janeiro de 2006, foi agraciado com a Comenda da Ordem do Mérito Agrícola, Comercial e Industrial.

unca como hoje se

falou tanto em de-

senvolvimento sus-

tentável. De facto,

a delapidação de

recursos naturais escassos, as al-

terações climáticas e as abismais

assimetrias sociais interpelam a

sociedade, mobilizando-a para a

reflexão de um novo modelo de

desenvolvimento que integre, si-

multaneamente, as vertentes eco-

nómica, social e ambiental e que

nos mobilize activamente a todos

para a construção de um mundo

melhor.

A uma matéria-prima natural e

amiga do ambiente, como é a corti-

ça, procuramos constantemente

acrescentar valor com as melhores

á i di í i d

dos produtos e com o desenvolvi-

mento de novos produtos. É neste

âmbito que a Associação Portugue-

sa de Cortiça (APCOR), a Corticeira

Amorim e outras empresas do sec-

tor se juntam ao objectivo da Susde-

sign e do projecto “Design Cork for

Future, Innovation and Sustainabi-

lity”, aceitando o desafio de gerar

novas aplicações para a cortiça.

Quando se trabalha com al-

gum grau de profundidade neste

sector, facilmente se ganha proxi-

midade e empatia com uma maté-

ria-prima cuja extracção represen-

ta uma contribuição fundamental

para a sustentabilidade ambiental,

económica e social das áreas da Re-

gião Mediterrânica onde o sobreiro

pode ser encontrado. É nossa fun-

i i i d

zação dessa matéria-prima e para a

sustentabilidade desse ecossiste-

ma único na Europa. Para tal,

torna-se importante dinamizar

projectos e estabelecer parcerias

que reforcem os conhecimentos

em design e o desenvolvimento de

novos produtos em cortiça.

Neste contexto, tem de ser real-

çado o mérito desta iniciativa da Sus-

design – completamente orientada

para a descoberta de novas oportuni-

dades para a cortiça. É neste sentido

que a APCOR se propõe promover o

seminário internacional “Design

Cork Meets Science and Industry”,

convidando as empresas do sector,

escolas de design, entidades nacio-

nais e internacionais do domínio

científico e tecnológico para pensar

f d d i l

N

Design, novo paradigma do sectorcorticeiro

CUBO | May 2008

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