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CORQUE'S 2009 PRESS CLIPPING SELECTION

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CORQUEDESIGN.COM Parq | May 2009

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CORQUEDESIGN.COM Casa Cláudia | June 2009

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TIME

luxoExteriores deRESTAURANTE FURNAS DO GUINCHO

o mar a seus pés...

NOVO XC60 DA VOLVO

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CORQUEDESIGN.COM Luxos Time | June 2009

Corque Design

AO NATURAL...

Pioneira na criação de mobi-liário e acessórios para a casaeco eficientes, a Corque temcomo objectivo o desenvolvi-mento de produtos naturais dealta qualidade. À exclusividade

do design aliam-se as diferentes pro-priedades sensoriais e as característicasambientais excepcionais. A nova marcaoferece artigos, feitos em cortiça natural, ecriados por uma equipa de prestigiadosdesigners, dos quais se destacam os conceituados profissionais portuguesesAna Mestre, Fernando Brízio, Pedro SilvaDias e Luís Pessanha. A Corque propõe,desta forma, a valorização absoluta do na-tural e dos materiais reutilizados. Algumasdas sugestões do primeiro catálogo de pro-dutos passam pelo Puf Fup (um puf que semolda ao corpo), a cómoda cadeira CorqueLounge ou a consola Black Flower – produtosfeitos exclusivamente de cortiça natural.

Site: www.corquedesign.com

L

Texto: Cátia Matos | Foto: [email protected]

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CORQUEDESIGN.COM On Diseño | nº 304

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CORQUEDESIGN.COM MID - DIMENSÃO | 2º/3º trimester 2009

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CORQUEDESIGN.COM MID - DIMENSÃO | 2º/3º trimester 2009

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CORQUEDESIGN.COM Solspot | June 3 2009

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CORQUEDESIGN.COM EcoSilly | June 3 2009

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CORQUEDESIGN.COM Inhabitat | June 3 2009

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CORQUEDESIGN.COM Notícias Magazine | June 7 2009

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CORQUEDESIGN.COM Notícias Magazine | June 7 2009

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CORQUEDESIGN.COM Trendhunter | June 10 2009

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CORQUEDESIGN.COM The Alternative Consumer | June 16 2009

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CORQUEDESIGN.COM Eco Spirit Design | June 23 2009

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CORQUEDESIGN.COM N Style | August 2009

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CORQUEDESIGN.COM TAP Magazine: UP | Septmeber 2009

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CORQUEDESIGN.COM TAP Magazine: UP | Septmeber 2009

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CORQUEDESIGN.COM TAP Magazine: UP | Septmeber 2009

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CORQUEDESIGN.COM Helsinki’s Catalogue: Eco-design | September 2009

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CORQUEDESIGN.COM Helsinki’s Catalogue: Eco-design | September 2009

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CORQUEDESIGN.COM Helsingin Sanomat | September 11 2009

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CORQUEDESIGN.COM

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CORQUEDESIGN.COM Identity | September 2009

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CORQUEDESIGN.COM Lisbon ID - Design Exhibition Catalogue | October 2009

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Costuma ser ao toque das 12 badaladas, no último dia de cada ano, que nos apercebe-mos dela, mas está mais pre-sente na nossa vida do que a

maioria de nós imagina. A cortiça é so-bretudo associada às rolhas e ao sector do vinho, mas esta matéria-prima é apli-cada nos transportes, na construção, na tecnologia, no desporto, no design, na moda, no sector farmacêutico, no uni-verso militar, etc. A boa notícia é que muito do potencial deste produto está ainda por explorar e que Portugal, en-quanto maior produtor e exportador mundial de cortiça, está numa posição privilegiada para liderar a inovação no sector. Assiste-se actualmente a um despertar

para esses novos usos da cortiça. Poder-se-á dizer que a cortiça está literalmente na moda. Recorde-se que os romanos, já usavam o material nas suas sandálias. Ac-tualmente a marca inglesa Birkinstock não dispensa as solas de cortiça. Em .0Portugal, marcas como a Fly London e Chocolate Negro também já integram o

material nas suas colecções. Da mesma forma que pelas passerelles já desfilaram propostas de calçado da Gucci, da Dior ou da Benetton com componentes de cortiça.

Na arquitectura, a cortiça renova o seu protagonismo. O abrigo de cortiça cria-do pelo jovem arquitecto português Da-

vid Mares foi premiado num concurso do Guggenheim de Nova Iorque. A vo-tação decorreu online e David Mares atribui a preferência dos internautas à escolha do material.

Na Exposição Mundial de Hannover, em 2000, a arquitectura foi o suporte para Portugal dizer ao mundo que a cor-tiça faz parte do seu ADN. O pavilhão

português no recinto, da autoria dos ar-quitectos Siza Vieira e Souto Moura, foi revestido de cortiça, deixando claro que a indústria corticeira é uma área estraté-gica para a economia do país. Os núme-ros suportam isso mesmo: de acordo com dados do Instituto Nacional de Es-tatística, Portugal exportou no ano pas-sado 823,7 milhões de euros em produ-tos de cortiça, o que corresponde a 0,7% do PIB, representa 2,3 % do valor das exportações portuguesas e mais 30% do conjunto das exportações portuguesas de produtos florestais. Como assinala a Associação Portuguesa de Cortiça (AP-COR) no seu relatório anual, “90% da cortiça que produzimos destina-se ao mercado externo e apenas 10% ao mer-cado interno, sendo que 40% das em-presas portuguesas do sector são expor-tadoras”. Em termos globais “60% das transacções de cortiça a nível mundial têm origem em Portu-gal, valor que sobe para cerca de 80% quando nos referi-mos a transacções de

Revoluçãona cortiça

Leve, bom isolador acústico e térmico, flexível, agradável ao toque, natural e agente de sustentabilidade… Estas características fazem da

cortiça uma potencial matéria-prima para produtos que servem indústrias tão exigentes como a aeroespacial ou a farmacêutica, ou

para aplicações no mundo do desporto ou em objectos de design, sem esquecer o sector vinícola, onde a cortiça continua a ser rainha. Em

Portugal, o maior produtor e exportador mundial de cortiça, o sector rolheiro representa 70% do total das exportações. O desafio agora é

estar na linha da frente das novas aplicações da cortiça.Textos Susana Marques [email protected] Fotos DR

GRANDE TEMAGRAN TEMA

Portugal exportou 823, 7 milhões de euros em cortiça, em 2008, cerca de

0,7% do PIB

Actualidades | November 2009

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GRANDE TEMAGRAN TEMA

produtos já transformados”. Apesar do montado de sobreiros português dar a Portugal o primeiro lugar no pódio no que toca à produção, o país é também

“o maior importador mundial de corti-ça, que utiliza para transformação e posterior exportação sob a forma de produtos de consumo final”. A AP-COR informa que “em 2008, as im-portações atingiram 129 milhões de euros e 59 milhares de toneladas”, sen-do Espanha o nosso principal fornece-dor (72% do valor total).

As ameaçasOs números denunciam que em torno

da cortiça gira uma das mais dinâmicas parcelas da economia portuguesa. Mas ainda assim, o sector não está imune à crise como observa Joaquim Lima, di-rector-geral da APCOR: “O sector da cortiça é caracterizado, essencialmente, por pequenas e médias empresas que têm tido muita dificuldade em combater os problemas. As vendas diminuíram, algumas empresas têm sentido dificul-dades em manter os postos de trabalho dos seus colaboradores, além de que não sentem o apoio das entidades competentes em questões como o IVA ou o Pagamento Especial por Conta. Há também muitas em-presas que não conseguindo resis-tir à crise entraram em processo de insolvência e outras encerra-ram já as portas.” A APCOR negociou com o Governo um Plano de Apoio à Indústria da Cortiça, que intervém ao ní-vel do financiamento das empresas (no valor de 100 milhões de euros), da ex-portação e promoção exter-na, do ajustamento ao perfil industrial e tecnológico do sector e estímulo ao emprego e à sua melhor qualificação. Neste âmbito foi aprovada uma campanha internacional para pro-

mover a rolha de cortiça e dos materiais de construção e decoração, e tem como mercados-alvo os EUA, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Rússia, no valor de 21 milhões de euros.

Além da crise, o sector tem sido amea-çado de há uns anos para cá pelos vedan-tes de plástico e de alumínio, adoptados sobretudo pelos países do chamado novo mundo vinícola, como a Austrália. Joaquim Lima clarifica que essa ameaça começa a esmorecer: “A rolha de cortiça, nos últimos dez anos, perdeu quota de mercado para os vedantes alternativos, na ordem dos 25%, mas, desde 2006, os vedantes de plástico mostraram um de-créscimo relativamente importante e nós perspectivamos que este decréscimo vá continuar. De 2007 para 2008, a descida ul-trapassou os 7%, a favor da cor-

tiça e, em parte, da cápsula de alumínio. O vedante de plástico é um produto tec-nicamente frágil e sem vantagens reais face à cortiça. Testes científicos já reali-zados demonstram que pouco tempo depois da aplicação destes vedantes, se verificam problemas de oxidação do vi-nho, o que provoca a descaracterização das suas propriedades naturais.”

Luís Gil, investigador do Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG) na área da cortiça, nota que “se os merca-dos tradicionais estão sensibilizados para o uso de vedantes de cortiça, nos novos mercados isso já não acontece e a venda do vinho a copo favorece o uso de outros recipientes que não a garrafa”. Por outro lado, “verifica-se um retorno aos produ-

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tos naturais e a cortiça é um agente de sustentabilidade”. O investigador de-fende que “os consumidores, a nível euro-peu, sejam informados no rótulo sobre se o vinho é vedado com cortiça, como acontece na Catalunha”.

Carlos Jesus, director de comunicação da maior corticeira do mundo, a Amo-rim, nota que estamos na fase de substi-tuir plástico pela cortiça e não o contrá-rio: “Os plásticos caíram em 2008 e es-peramos que continuem a cair este ano. A cortiça detém 70 a 71% de quota de mercado no sector do vinho. A resistên-cia à cortiça não vem do consumidor. A Austrália é um modelo a evitar. Em paí-ses como Espanha ou Portugal existe uma preocupação com a qualidade.”

Dos EUA, “em breve serão o maior mercado de vinho do mundo”, chegam boas notícias, sublinha. Um estudo do Texas Wine Marketing Research Insti-tute conclui que a cortiça é a preferida de 71% dos consumidores. O estudo mos-tra que os consumidores identificam a cortiça com vinho de qualidade e asso-ciam outros vedantes aos vinhos baratos e de baixa qualidade. Carlos Jesus apon-ta ainda o caso do vinho neozelandês Nobilo Marlborough Sauvignon Blanc, que se tornou no Sauvignon Blanc mais vendido nos EUA porque prescindiu das screwcaps usadas na Nova Zelândia, adaptando o produto às preferências dos norte-americanos. Além dos mercados tradicionais, a

Amorim tem boas expectativas quanto à China, Chile, Argentina, Brasil e Uru-guai, quanto aos produtores de rum ou tequilha e de whisky num mercado pre-mium. “Há garrafas com metais precio-sos incrustados nas rolhas, tendo a rolha um papel decorativo também”, observa.

As oportunidadesLuís Gil alerta para o facto de “a rolha

ainda ser um suporte da indústria corti-

ceira portuguesa” e para a necessidade de investigar novas aplicações. O inves-tigador considera que “o sector da corti-ça foi dos que mais evoluiu”, tendo o país liderado no que se refere à qualidade dos produtos e dos equipamentos. “Não há muitos países a trabalhar em cortiça, o que nos facilita a vida”. Enquanto res-ponsável pela célula de investigação na área da cortiça que pertencia ao desman-telado INETI, Luís Gil coordenou vá-rios projectos. “Era das áreas que mais trabalhava em parceria com a indústria e que mais patentes registava, de modo a

facilitar a transferência de tecnologia”, conta. Ao todo 15 patentes: seis com di-reitos cedidos, seis premiadas a nível in-ternacional. Projectos na área de limpeza dos isoladores eléctricos, uso de cortiça para a remoção de metais pesados dos efluentes, aglomerados de cortiça para embalagens com termoplásticos, etc. Uma das mais interessantes e que não está a ser usada diz respeito ao tratamen-to de vinho com cortiça de modo a pro-duzir uma melhoria, explica o investiga-dor: “Seria um vinho aditivado. Valori-zaria os tintos e os brancos ao conferir-lhes mais características organolépticas. Seria uma ligação fantástica do vinho à cortiça e na qual faz todo o sentido Por-tugal apostar. Só o contacto com a rolha já sabemos que favorece o vinho.” Luís Gil lamenta que com a extinção do INETI, a investigação no domínio da cortiça se cinja apenas a projectos com enquadramento energético, o que impe-de avançar neste tipo de áreas mais liga-das ao vinho. A unidade de cortiça do LNEG candidatou três novos projectos ao apoio estatal e do QREN. Um é na área da energia eólica, outro na constru-ção, outro no domínio da cooperação institucional e outro no aeroespacial.

Luís Gil reitera que são inúmeras as potencialidades de aplicação da cortiça:

“Ela está presente na electrónica, nas fo-tocopiadoras, em instrumentos musicais, nas juntas de dilatação das barragens, em antivibráticos especiais para maqui-

Apcor prepara campanha

internacional de promoção da

cortiça, que custará 21 milhões de euros

Inovação na comunicação

A discussão em torno do uso dos vedantes de plástico ou de cortiça levou a APCOR a recrutar o reconhecido treina-dor português José Mourinho para uma campanha interna-cional a favor da cortiça. Na mesma linha a Amorim lan-çou a campanha Save Miguel (www.savemiguel,com), que assenta num vídeo sobre a importância do so-breiro na captação de CO2 e a con-

sequente ne-cessidade de preservar o montado alen-tejano, habi-tat do Miguel (sobreiro). O consumidor é informado que

ao optar por vinho vedado por rolhas de cortiça contribui para a sustenta-bilidade. A campanha “Save Miguel”

ganhou três prémios e tem seis mil fãs no Facebook, estando já legenda-da em várias línguas, entre as quais o chinês. Os consumidores reagiram de forma estrondosa, conta Carlos Jesus, da Amorim: “A campanha não pára porque elegeu os novos media como suporte. A mensagem continu-ará a passar no You Tube e a rede de fãs a crescer no Facebook. Cria-se um exército de apoiantes da cortiça e de conhecedores das opções do vinho.”

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GRANDE TEMAGRAN TEMA

Corque: design aliado à cortiça vocacionado para o mercado externo

“Can you design a better idea for cork?”O desafio foi lançado pela Susdesign a 50 designers portugue-ses e holandeses. A empresa nasceu em 2005 para desenvolver projectos e fazer consultadoria na área do eco-design e promoveu este projecto, que contou com o apoio do Ministério da Cultura e do Ministério da Ciência e Tecnologia, em 2006. O mote era “criar objectos a partir da cortiça em parceria com a indústria corticeira, valorizando as potencialidades de um produto sustentável e muito por-tuguês”, explica a directora da Sus-design, Ana Mestre. O projecto durou três anos e integrou também workshops, conferências e a exposição “Design Cork for future, innovation and sustainability” no ano passado no Museu Berardo, onde fo-ram exibidos 49 protótipos.Os responsáveis da Susdesign consi-deraram que seria um desperdício não

dar continui-dade a este projecto e decidiram criar uma m a r c a

para comercializar alguns dos objec-tos, conta Ana Mestre: “Este ano lan-çámos a Corque com o objectivo de viabilizar comercialmente o projecto. Depois de um ano a testar e estudar a viabilidade produtiva dos protótipos, elegemos nove peças para o primeiro catálogo. Já estamos a trabalhar no de 2010 que terá mais quatro. Focá-mo-nos em peças do universo casa. Temos uma linha de móveis e outra de acessórios.”A Corque foi apresentada em Abril na Semana Internacional e Design, em Milão. Mais tarde a marca participou numa feira em Helsínquia e noutra nos EUA. Em Outubro, a marca es-teve representada na Intercasa, na Fil, em Lisboa. Ana Mestre frisa que a Corque nasceu vocacionada para o mercado externo: “Em Portugal, o consumo de design ainda não é muito significativo, pelo que nos inte-ressa estar representados em vários países. A nossa estratégia passa por estar presentes em feiras internacio-nais de design e tem corrido bem. A reacção das pessoas à cortiça é to-talmente diferente depois de ver e to-car nos produtos. Nas feiras damos a

conhecer os produtos não só ao público, mas também aos pro-fissionais do sector.”

Os móveis e acessórios Corque já estão à venda em duas lojas em Lisboa, num showroom no Porto, bem como numa loja em Madrid e noutra em Barcelona. A marca é co-

mercializada também na Finlândia, na Inglaterra, nos EUA e na Suécia. “Vamos participar numa feira em Tóquio e estamos com boas expectativas quan-

to ao mer-cado japonês, já que são gran-des apreciadores de design.”A peça mais cara é o Puf Fup e cus-ta 2600 euros. As restantes peças de mobiliário (consolas, cadeiras, mesas) rondam os mil euros e os acessórios oscilam entre os 35 e os 150 euros.O objectivo da Susdesign é “apoiar empresas, consumidores e outras entidades em direcção a uma forma de produzir, consumir e pensar mais sustentável”. Actualmente a cortiça representa a maior fatia de activida-de da empresa. “É um material que se enquadra perfeitamente no nosso conceito de ecodesign”, alega Ana Mestre. A empresa trabalha com sete designers em permanência e com outros convidados pontualmente. A produção é subcontratada a três fá-bricas portuguesas, que trabalham sob o acompanhamento dos desig-ners.

naria e transportes, nas juntas de moto-res de explosão tridimensionais, em re-vestimentos especiais em transportes, em apitos, bolas de hóquei, volantes de badminton, nas pegas dos ferros de en-gomar, no isolamento de mísseis, no re-vestimento de submarinos, na pintura de aviões stealth, nos blocos de gesso ou estuque com granulado de cortiça, nos polióis e poliuretanos feitos a partir de

pó de cortiça, nos esquis fabricados com granulado de cortiça e resinas... Há uma composição de carvão de cortiça para crescimento de cabelo. Pode usar-se cor-tiça quimicamente modificada para su-porte de reacções sólidas. Usa-se cortiça enquanto tecido ou componente de composições cosméticas.”

O investigador considera que a cortiça deve ser encarada como área prioritária

de investigação em Portugal: “O apoio do Estado a um sector deveria ser mais ou menos proporcional ao peso do sec-tor para o PIB. Em Portugal tem sido apoiada a indústria do sector, mas não o sector florestal, que é a base de tudo o resto. Tem que haver esse equilíbrio de apoios. Os projectos na área da cortiça deveriam beneficiar de uma majoração na altura da avaliação. Da mesma forma

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GRANDE TEMA GRAN TEMA

Amorim investe entre quatro a cinco milhões de euros por ano em I&D

“Enquanto líderes temos provas da-das, mas a inovação é um caminho que nunca se deixa de percorrer”, su-blinha Carlos Jesus, director de comu-nicação da maior corticeira mundial, a Amorim. O grupo de Santa Maria da Feira exporta para mais de 100 países e sabe que a par com a qualidade, a

capacidade de inovar é uma condição incontornável para se manter no topo. O investimento do grupo em I&D (in-vestigação e desenvolvimento) e em inovação situa-se entre os quatro e os cinco milhões de euros por ano.A Amorim tem duas linhas de I&D complementares, informa Carlos Je-sus: “Uma consiste no desenvolvi-mento e melhoria de produtos da linha tradicional, que inclui as rolhas, os pavimentos e revestimentos e demais materiais de construção. A outra diz respeito às novas aplicações da corti-ça. O I&D constitui para a Amorim uma aposta fundamental no futuro.”No caso das rolhas, além de melho-rar a sua qualidade, há que mantê-las como o vedante preferido, quer por enólogos, quer por consumidores, frisa Carlos Jesus: “Importa investigar qual é o impacto ambiental do consumo de cortiça. A sustentabilidade não é uma utopia e o montado de sobreiros é dis-so prova, mas é preciso demonstrar com números que vale a pena apos-tar nele e nas rolhas de cortiça em

detrimento dos vedantes de plástico (derivados do petróleo). Num estudo que encomendámos à Pricewaterhou-seCoopers medimos as vantagens do uso de cortiça em termos de emissões de CO2 e o abismo registado face às emissões dos vedantes de plástico é enorme. Estamos a falar de 250 vezes

mais emissões do que as rolhas de cortiça. As questões ambientais são verdadeiras vanta-gens competitivas e é importante partilhá-las com os nossos clientes. Com este estudo tam-bém as adegas podem demonstrar que a sua pegada ecológica é me-nor porque usam rolhas de cortiça.” Carlos Jesus acrescenta

que é determinante vincar que a Amo-rim não fornece apenas um vedante para vinho: “Damos algo mais. O mun-do do vinho está em evolução. Procu-ramos conhecê-lo melhor e assim fa-zer um melhor produto. É fundamental demonstrar por que razão todos os melhores vinhos do mundo chegaram a essa classificação usando vedantes de cortiça. Qual é a correlação? Quan-do esperamos uns anos esses vinhos melhoram. É importante perceber por-quê. E estamos a trabalhar nisso.”No domínio dos isolamentos, as caba-nas ecológicas são uma das apostas da Amorim, que espera um cresci-mento de 20% ao ano na unidade de isolamentos. O grupo estipulou um investimento de 2,5 milhões de eu-ros para reforçar a capacidade ins-talada. As cabanas ecológicas são construídas com materiais reciclados e recicláveis e estão pensadas para parques naturais e áreas protegidas. O Japão afigura-se como o principal mercado de exportação. No que se refere a novas aplicações da

cortiça, a Amorim quer estar também na linha da frente. Em consórcio com a construtora aérea Dyn’Aero Ibérica, com o Pólo de Inovação em Engenha-ria de Polímeros da Universidade do Minho e com a ActiveSpace Technolo-gies, a Amorim Cork Composites está a desenvolver o projecto Aerocork, um avião ultraleve ecológico que integra materiais compósitos de cortiça. O projecto implica um investimento de 1,27 milhões de euros, sendo metade desse valor financiado pelo QREN. O objectivo é substituir materiais sin-téticos em aviões da Dyn’Aero por estes compósitos. O novo aparelho deverá ser testado em voo no segun-do semestre de 2010. “Além das suas características estruturais únicas, a cortiça possui inegáveis vantagens ambientais – é um material sustentá-vel, ecológico, natural e reciclável -, esperando-se uma diminuição do im-pacto ambiental da indústria aeronáu-tica”, argumenta a Amorim.Também no sector aeronáutico e ae-roespacial, a Amorim integra projecto LIFE, que conta com a parceria da Couro Azul, da Iberomoldes/Set, do INEGI e da Almadesign. O projecto de dois milhões de euros, financiado pelo QREN, irá “testar a aplicação de couro ecológico, plásticos e compósi-tos avançados de cortiça em interiores de aeronaves tendo em vista torná-las mais leves, mais eco-eficientes, ape-lativas e confortáveis”. Carlos Jesus realça, que “a cortiça pela sua leve-za está no espaço há muitos anos enquanto isolador térmico, vibrático e sonoro” e “sendo a área espacial uma das mais exigentes, o potencial em perspectiva é enorme”. O facto da cortiça ser matéria-prima para várias áreas obriga o grupo Amorim a ter know-how em várias áreas, observa Carlos Jesus. “Não haverá muitas em-presas com um know-how tão vasto”, conclui.

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GRANDE TEMAGRAN TEMA

Pelcor, a marca que nasceu de um problema

A viragem do milénio elevou as ex-pectativas das adegas produtoras de espumantes. Esperava-se que saltas-sem mais rolhas das garrafas na noite de 31 de Dezembro de 1999 do que nunca e por isso a produção de espumante e de champanhe nesse ano disparou. Tudo levava a acredi-tar num início de milénio aus-picioso para as produtoras de rolhas para garrafas deste tipo de bebida. Mas não foi bem assim. Os consumi-dores não compraram tanto quanto as adegas esperavam, o que levou a um excedente de garrafas no mercado e nas adegas e consequentemente gerou encomendas mais modestas aos fornecedores de rolhas. O grupo Novacortiça, sedeado em São Brás de Alportel, viu-se assim com um excedente de matéria-prima, conta Sandra Correia, gerente da Pelcor: “A Novacortiça produz rolhas a par-tir de cortiça de qualidade superior, com menos poros. Tendo em conta o excedente de garrafas de champa-nhe no mercado a nossa produção teve que diminuir e ficámos com um excedente dessa matéria-prima de qualidade. Pensámos então em apli-car essa cortiça a mais no desenvolvi-mento de novos produtos. O primeiro foi um guarda-chuva, que ainda hoje é o produto que mais se vende na co-lecção Pelcor.” O grupo Novacortiça

percebeu que tinha uma área com potencial em mãos e lançou a marca Pelcor, que actualmente, apesar de continuar a trabalhar em parceria com

a empresa mãe, já se emancipou. A Pelcor nasce em 2003 a partir de um investimento inicial de 200 mil euros, revela Sandra Correia:

“Foi necessário criar uma nova especialidade no grupo, investir em I&D e em know-how nesta

nova área, contratar designers, ...” Actualmente a co-lecção da Pelcor tem uma linha de

moda e acessórios, que integra malas, carteiras, calçado, chapéus, etc. A marca possui igual-mente uma linha de artigos para casa e outra de brindes para empresas. Além de comercializados em Por-tugal, numa loja em Lisboa, noutra em São Brás de Alportel, e em lojas multimarca, estes produtos já chegam a mercados como o espanhol, o francês, o su-íço, o holandês, o sueco, o russo, o norte-americano e o dos Emirados Árabes Uni-dos. “As pessoas ficam primeiro sur-preendidas, a seguir entusiasmadas e depois compram porque acabam por se encantar pelos produtos”, a r g u m e n t a Sandra Cor-reia, acres-centando que o argumento ecológico an-

garia muita simpatia pelos produtos Pelcor. A Pelcor tem facturado entre 400 a 500 mil euros por ano e Sandra Cor-reia acredita que estes valores vão subir, já que têm apostado na divul-gação da marca em feiras internacio-nais, como aconteceu em Londres, no Dubai, em Atalanta e em Nova Iorque, onde participaram no Eco Luxe, que reuniu várias marcas con-sideradas eco-friedly. A Pelcor fez a sua apresentação num restaurante Rouge Tomate da 5ª Avenida. Um evento que “correu muito bem e que gerou uma grande cobertura mediá-tica para a Pelcor nos EUA”, assina-la Sandra Correia. O mote da Pelcor na Eco Luxe foi “Save the World… in Style” e a apresentação reuniu de-signers, empresários e analistas de mercado e personalidades do mun-do do espectáculo, como a actriz Mariel Hemingway.A comunicação é uma das áreas em

que a Pelcor quer alicerçar-se. A marca aproveitou a presen-ça de Madonna em Portugal para criar uma linha com o nome da cantora e oferecer-lhe alguns produtos. “ Con-

tinuámos em contacto com os agentes da cantora, tendo

em vista uma possível ligação da cantora à marca; mas ainda nada está definido

nesse sentido”. Em Portugal, a expan-são poderá passar pelo modelo de lojas franchi-sadas, mas esse projec-

to está ainda em estudo.

que interessa garantir a continuidade dos projectos, já que para estudar a qualidade da cortiça, por exemplo, há que ter em conta que o ciclo é de nove anos. Também era importante que Portugal criasse um instituto da

cortiça a nível ibérico. Era bom para Portugal e também para Espanha, que apesar de tudo já tem dois e está a estruturar um terceiro.”

Seja para fazer face à crise, consolidar mercado, ou para angariar novos con-

sumidores para a cortiça, o caminho para Portugal continuar a liderar o sec-tor passa sempre também pela inovação, o que, dada a amplitude de aplicações da cortiça, oferece várias áreas de cria-ção de produto e de soluções. ■

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