comportamento das ações das empresas …...o ranking merco é compreendido como uma ferramenta...
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Comportamento das Ações das Empresas Brasileiras Listadas na B3 a partir da
Publicação do ranking Merco: Um Estudo à Luz da Teoria da Sinalização
BRUNO EDUARDO SLONGO GARCIA
Universidade Federal do Paraná
CLÁUDIO MARCELO EDWARDS BARROS
Universidade Federal do Paraná
MARCOS WAGNER DA FONSECA
Universidade Federal do Paraná
Resumo
Concordando que há uma dinâmica nos retornos dos ativos negociados no mercado e que
determinadas ações são tomadas com intuito de sinalizar possíveis retornos positivos, o
presente estudo tem como objetivo verificar o comportamento das ações das empresas
brasileiras listadas na B3 a partir da publicação do ranking de reputação corporativa Merco,
de acordo com os pressupostos da Teoria da Sinalização. Desta forma, foi realizada uma
pesquisa quantitativa por meio de um estudo de eventos, com os ativos de empresas
brasileiras listadas no ranking Merco. A amostra foi composta por 23 ativos, que atenderam
aos pressupostos para testes paramétricos, submetidos aos cálculos dos retornos normais e
anormais, sendo estes considerados ao nível de significância de 10%, 5% e 1%. Os resultados
apontam retornos anormais para 16 ativos, permitindo verificar que a sinalização infere em
comportamento diferenciado apenas em parte das ações das companhias listadas. Para tanto,
os achados levaram a identificação de retornos anormais nulos em 30% das observações,
enquanto em 70% da amostra os retornos se demonstraram diferentes de zero, evidenciados,
marginalmente, a partir do conteúdo informacional da divulgação do ranking Merco. Por fim,
a existência dos retornos de forma pulverizada na janela de eventos pode estar condicionada a
colocação de parte das empresas nas edições anteriores do ranking, o que suprime a
relevância da informação para o mercado de ações. Ademais, o setor de cosméticos,
demonstrou maiores esforços para divulgar a colocação de suas empresas no ranking de
reputação corporativa, promovendo uma sinalização secundária ao mercado, destacando que
cada ativo reagiu de acordo com as características do mercado em que a companhia encontra-
se listada.
Palavras chave: Teoria da Sinalização, Retornos anormais, Merco, Reputação Corporativa.
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1. INTRODUÇÃO
A reputação corporativa é caracterizada por aspectos diversificados, entre os quais é
possível citar a capacidade das organizações em administrar sua imagem e a projetação da
mesma para o mercado, com intuito de posicionar o seu negócio. Neste sentido, Thomaz e
Brito (2010) descrevem um estudo sobre as implicações da reputação corporativa para a
gestão e relatam que o conceito parte da gestão organizacional e evolui para uma identificação
dos stakeholders.
Os autores (2010) transcendem os pressupostos das pesquisas seminais propostas por
Schoemaker (1990), Barney (1991) e Hatch e Schultz (1997), contextualizando a reputação
corporativa como um recurso intangível e duradouro, capaz de gerar benefícios tangíveis as
organizações.
Nesse contexto, o recurso intangível passa a ser uma característica da organização, a
partir da identificação do mercado em que a empresa está posicionada. Esse processo parte da
constituição social do público-alvo e os aspectos cognitivos de identificação. Ainda assim, os
comportamentos exercem influência sob a assimilação do mercado e direcionam a
responsabilidade as organizações em administrar a reputação corporativa (Hatch & Schultz,
1997; Góis et al. 2017).
Autores como Calegari Souza Gonçalves, Serrano e Rodrigues (2016); Lopes, De Luca,
Góis e Vasconcelos (2017) e Rodrigues, Silva e De Luca (2017) denotam em seus achados
que a gestão da reputação corporativa cria e gera valor e recursos tangíveis e intangíveis, a
partir da responsabilidade da manutenção da própria organização. Assim sendo, a ação
empresarial é primordial na criação de valor para o mercado, desta forma, buscando
evidenciar o desempenho da reputação das companhias o Monitor Empresarial de Reputação
Corporativa (Merco), publica um ranking periódico considerando as cem melhores empresas
brasileiras em reputação corporativa.
O ranking Merco é compreendido como uma ferramenta multistakeholder que permite
avaliações em cinco níveis, coordenados por comitês de direção, analistas financeiros,
ONG’S, sindicatos, associações de consumidores, jornalistas de informações econômicas,
professores da área de negócios, Gerentes de mídias sociais influentes, Merco consumo,
Merco pessoas e Avaliação de méritos. As etapas iniciam no reconhecimento de empresas e
sua reputação no mercado, identificadas por meio de questionários distribuídos a diretores.
Desta forma, a presente pesquisa busca investigar a possibilidade do ranking de
reputação corporativa do Merco apresentar um comportamento de prenúncio, de acordo com a
Teoria da Sinalização. Conforme destacado por Dalmácio (2009) a sinalização compreende
informações que visam suprimir os efeitos das assimetrias de mercado para o investidor.
A emissão dos rankings corporativos podem caracterizar avisos ao mercado o que pode
ocasionar mudanças nos comportamentos por parte dos investidores, consequentemente
eclodindo em retornos anormais das ações das companhias. Rebuscando os estudos seminais
de Jensen e Meckling (1976) os retornos anormais caracterizam oscilações no resultado das
ações, o que por vezes é ocasionado por informações demandadas no mercado.
Diante da reputação corporativa exposta no ranking e os pressupostos teóricos da Teoria
da Sinalização e seus efeitos sobre os retornos dos ativos, busca-se responder a seguinte
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questão de pesquisa: Qual o comportamento das ações das empresas brasileiras listadas
na B3 a partir da publicação do ranking de reputação corporativa Merco?”
Consequentemente, o objetivo da pesquisa consiste em verificar o comportamento das ações
das empresas brasileiras listadas na B3 a partir da publicação do ranking de reputação
corporativa Merco.
Estudos realizados por autores como Cardoso, Luca, Lima e Vasconselos (2013)
contribuem a presente e incitam insights a esta discussão ao analisar desempenho financeiro e
a reputação das companhias identificando relações de interdependência e de valor agregado
entre as mesmas, achados semelhantes aos de Góis (2014) e De Luca, Góis, Costa e Maia
(2015) que demonstram o desempenho e a reputação corporativa como influenciadores
mútuos, e o nível dessa relação comporta-se como um fator que compõe a vantagem
competitiva.
Considerando os estudos já realizados e a extanção desta pesquisa, a contribuição é
justificada ao instigar a discussão a respeito da influência da reputação corporativa para o
mercado de capitais, as informações observadas como sinalizações e a existência de retornos
ou não dos ativos das companhias. Ademais, busca-se contribuir a partir da discussão da
temática da reputação corporativa como preocupação das organizações condicionada por
ganhos intrínsecos ou extrínsecos, uma vez que, a reputação considera o reflexo da cultura e
valores organizacionais como integrante da estratégia das empresas.
Por fim, à vista da contribuição para a prática, o estudo busca evidências, que podem
sustentar o fortalecimento do monitoramento das informações, que permitem aos investidores
identificarem os picos de retornos em determinadas ações no mercado e verificar se o ranking
de reputação corporativa funciona como um sinalizador das possibilidades de retornos para os
ativos das companhias listadas.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 REPUTAÇÃO CORPORATIVA
As ideias seminais sobre Reputação Corporativa pautam-se nos estudos de Ashforth e
Mael (1989) na determinação dos pressupostos sobre reputação, inicialmente relacionando-os
aos aspectos cognitivos de reconhecimento e identificação, os quais são mensurados em
grupos de indivíduos com comportamentos distintos, mas ideologias parecidas. Ainda
apropriando ideias seminais, os estudos de Eagleton (1997) destacam a ideologia como uma
produção de significados da vida social considerando as ideias definidas pelos seus
integrantes.
Independente do cunho implícito nas ideias de ideologia, é entendível que as pessoas a
seguirão e intencionalmente as defenderão por equivalência com seus objetivos de vida.
Aproximando o interposto para a realidade empresarial, estima-se que a identificação com os
valores organizacionais partirá do significado produzido e sua relação com as interpretações
encontradas em determinado grupo.
Desta forma, surge a perspectiva de valor agregado, ora, se todos os interessados nas
atividades da firma são observadores ativos, estes irão permear sua visão fortalecidos no valor
da soma de todas as atividades que serão desempenhadas para alcançar o mercado (Fonbrum
& Van Riel, 1997; Dutra & Parente, 2018; Ravasi, Cornelissen, Rindova, & Etter, 2018).
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Autores como Dowling (2001) trata o reconhecimento e identificação dos valores nas
organizações e concentra suas premissas na geração de valor por parte da firma. Nesta
perspectiva o contexto está sob a firma e não nos seus interessados. Os estudos até aqui
mencionados estão fixados na responsabilidade da organização em iniciar o processo de
geração de valor para o mercado (Ginesti, Caldarelli & Zampella, 2018).
Nesta perspectiva organizacional os estudos concentrados em endomarketing, como é
exemplificado na pesquisa de Berry & Parasuraman (1992), Ahmed (2000) e Wiesek,
Ahearne & Dick (2009), apresentam indícios dos esforços voltados para geração de valor
internamente, o recurso intangível denominado pessoal foi considerado relevante para as
organizações e tornou-se uma força estratégica.
Hatch e Schultz (1997) e Koporcic e Halinen (2017) contribuem a essa perspectiva
discutindo como as organizações se mostram interessados em estabelecer o sucesso da relação
de troca, e de que forma essa interação poderia trazer crescimento para as partes envolvidas.
Os resultados das interações são chamados de reputação corporativa na perspectiva interna, os
esforços das organizações irão direcionar e ampliar ocupações com desempenhos melhores
(Filho & Zylbersztajan, 2003; Dutra & Parente, 2018).
Retratando a reputação corporativa a Teoria da Identidade social explica quais os
aspectos cognitivos levariam a uma identificação com as ações e valores das organizações,
como causas sociais, em que a responsabilidade passa a ser da organização para conhecer as
aspirações dos seus stakeholders, e os diversos fatores que influenciam essas aspirações. Em
vista disso, afirmam a perspectiva da firma e sua responsabilidade de monitoramento em
reconhecer os fatores que influenciam a formação da reputação corporativa (Thomaz & Brito,
2010).
Portanto, a reputação corporativa é apresentada como uma variável relevante para a
formação da identidade social e ambiental das organizações e passou a alavancar suas
premissas na década de 1980 como os esforços para renovação de recursos ambientais. As
pressões ambientais exercidas sobre as organizações levaram a evolução das mesmas por
meio de estratégias de adequação, em que as mudanças conceituais e socialmente aceitáveis
pressionaram a adequação das práticas empresariais e seus impactos no meio ambiente
(Robinson, 2000).
É compreensível que a identificação com as organizações não é o determinante da
reputação corporativa, mas será o pressuposto que indica um posicionamento das ações
empresariais por aspectos cognitivos dos seus interessados. Nesse sentido, autores como
Argenti & Forman (2002) e Dutra e Parente (2018) apontam o surgimento de um conceito de
identificação da organização com o seu mercado em que existe a perspectiva de identificação
positiva, e partindo desse ponto a reputação seria o produto final da relação ideológica de
troca. Para tanto foram trazidas definições como a respeito da reputação, por conseguinte, faz-
se necessário compreender o que seriam os retornos acionários a partir da possibilidade de
sinalização da reputação corporativa.
2.2 RETORNO ACIONÁRIO E A TEORIA DA SINALIZAÇÃO
Diante da contextualização acerca da reputação corporativa e na busca em compreender
se é possível provocar retornos diferenciados nos mercados de capitais, a discussão aborda os
retornos acionários. Pitta (2000) e Lima Júnior e Carvalho (2015) conceitualmente os
descrevem como a performance financeira do investimento, caracterizado como a diferença
estabelecida entre o valor do investimento e as remunerações recebidas.
Nos mercados perfeitos nenhuma informação é capaz de impactar reações relevantes
nos retornos das ações, o comportamento contrário se estabelece nos mercados imperfeitos, os
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quais as informações irão proporcionar conhecimentos diferenciados, neste caso temos a
assimetria da informação e por consequência os retornos anormais (Jensen & Meckling, 1976;
Camargos & Barbosa, 2013; Franco, Bach & Silva, 2016).
Considerando as evidências empíricas sobre as hipóteses de mercado descrito por
Martins e Paulo (2016), a Teoria da sinalização atua como um minimizador das assimetrias de
mercado. Evidências em estudos seminais como o de Carnaúba (1993) e Leland e Pyle (1977)
relatam a Teoria da Sinalização com o exemplo de um empreendedor possuindo a
oportunidade de investimento e detendo o conhecimento a respeito do risco desse projeto, em
contrapartida o mercado não possui as mesmas informações avaliando-o pela média de
mercado. Diante do argumento de mercado, a assimetria de informação tornaria projetos de
alto risco beneficiários da informação assimétrica e prejudicariam os projetos de baixo risco,
quais arcariam com custos de capital maiores que o devido.
A figura do empreendedor poderá transmitir ao mercado o valor fidedigno da média do
retorno do projeto transmitindo um sinal ao mercado. Por exemplo os salários decididos pela
média, nos casos em que a empresa decida que a contrapartida do trabalho será baseada na
média os trabalhadores distintos devem emitir sinais para reaver sua contrapartida, da mesma
forma que o efeito diploma no mercado de trabalho seria um sinal para o empregador efetuar
suas contratações (Varian, 2006; Cardoso, Silva & Silva, 2017; Janiszewski, Carrasco,
Junior,Lagioia & Oliveira, 2017).
De forma conclusiva a Teoria da Sinalização tratará dos problemas de assimetria
informacional emitindo sinais ao mercado e seria aplicado a qualquer mercado que apresente
essa característica (Dalmácio, 2009). O presente estudo busca evidenciar a relação
estabelecida entre sinalizações mercadológicas e retornos oscilantes das ações, investigando
essa relação na interface da reputação corporativa. É valido ressaltar que não constitui como
objetivo deste estudo explanar a evolução histórica dos conceitos, mas, inseri-los em uma
discussão voltada a perspectiva da responsabilidade da firma em administrar os efeitos da sua
reputação corporativa e as premissas encontradas na Teoria da Sinalização e nos retornos
acionários.
3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.1 ESTUDO DE EVENTOS
O estudo de eventos consiste em uma metodologia para analisar os impactos de
determinados eventos sob o comportamento de um ativo. Aguiar, Corrar e Batistela (2004)
descrevem que a essência do método está na mensuração do impacto ocasionado nos títulos,
argumentado, ainda, que a entrada de uma informação no mercado busca sinalizar ao
investidor as possibilidades de investimentos.
Barros, Lopes e Almeida (2017) destacam a robustez do método para estudar o impacto
de ativos específicos sobre a valoração das ações das empresas por meio de dados
secundários. Neste sentido, o estudo de eventos atua como um avaliador de comportamentos
variantes a partir de eventos específicos que irão alterar o resultado até então esperado, e
provocar diferenças em formato de retornos anormais.
Segundo Neto e Saito (2003) e Silva, Noriller, D. M. Silva e Souza (2018) o retorno
normal é caracterizado pelo produto esperado, caso o evento não ocorra, assumindo o
esperado para determinada ação. É fatídico que na presença do evento a variância pode conter
informações relevantes a serem analisadas.
Para operacionalizar o estudo de eventos a obra seminal de Mackinlay (1997) e
Campbell, Lo e Mackinlay (1997) descrevem sete passos a serem seguidos como, (1)
definição do evento, (2) critérios e seleção da amostra, (3) medição dos retornos normais e
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anormais, (4) procedimentos para estimação, (5) procedimentos para teste, (6) resultados
empíricos e (7) interpretações pertinentes e considerações finais, quais encontram-se nas
próximas seções.
3.2 DEFINIÇÃO DO EVENTO
Para o estudo proposto o evento a ser analisado é a divulgação pública da composição
do Ranking de reputação corporativa do ano de 2017 no Monitor Empresarial de Reputação
Corporativa (Merco) e seu efeito sobre os retornos acionários das empresas brasileiras
ranqueadas. Considerando o estudo proposto por Camargos e Barbosa (2003) a data anterior
ao evento corresponde ao comportamento do mercado e os dias posteriores identificam a
reação do mercado ao evento de divulgação do Ranking de Reputação Corporativa do Merco.
A data de divulgação do Merco irá corresponder a data zero, a data anterior será
chamada de janela de estimação, a data do zero será a janela do evento e a data posterior será
a janela pós evento. Próximo a data zero foram estipulados -5 dias e +5 dias, estes
correspondem ao período antes e após a divulgação do ranking.
Em relação a janela do evento o número de observações deverá adequar-se a
possibilidade de identificar eventuais comportamentos considerados importantes para as
ações, contudo, a decisão passa a ser subjetiva e a critério do pesquisador (Matsumoto,
Baraldi & Jucá, 2018).
A Figura 1 demonstra e os dias a serem observados.
Figura 1 - Janela do evento
- 5 dias 18/04/2018 + 5 dias
(Data do evento)
Fonte: Adaptado de Campbell, Lo e Mackinlay (1997)
A escolha do número de dias foi realizada considerando a sensibilidade do mercado
acionário e procurando suprimir possíveis oscilações que não fossem oriundas ao evento da
divulgação do Ranking de Reputação Corporativa - Merco.
A data zero foi considerada na divulgação do ranking de Reputação Corporativa Merco
em 18/04/2018 de forma pública no site da Revista Exame, as demais datas utilizadas serão
apresentadas nos tópicos a seguir.
3.3 CRITÉRIOS E SELEÇÃO DA AMOSTRA
A população é composta por 100 empresas listadas no ranking Merco. A amostra é
composta por companhias brasileiras listadas no ranking e com negociação de ações na Bolsa
Balcão Brasil (B3), totalizando 37 ativos. As companhias foram divididas nos respectivos
setores a que pertencem, a divisão realizada pelo Merco.
A Figura 2 apresenta a relação das empresas brasileiras listadas no Ranking Merco e
seus respectivos ativos negociados da data da divulgação, bem como os setores que
pertencem.
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Figura 2 - Relação das empresas brasileiras listadas no ranking Merco.
Empresas Brasileiras
Listadas no Merco Ativos
Empresas Brasileiras
Listadas no Merco Ativos
Alimentos, Bebidas E Fumo Mineração, Siderurgia e Metalurgia
Ambev
BRF
JBS
ABEV3
BRFS3
JBSS3
Gerdau
Vale
Usiminas
GGBR3, GGBR4, GOAU3,
GOAU4
VALE3
USIM5
Bens de Capital Química e Petroquímica
WEG WEGE3 Braskem BRKM3, BRKM5
Cosméticos e Perfumaria Roupas e Calçados
Avon AVON34 Alpargatas ALPA3, ALPA4
Natura NATU3 Hering HGTX3
Eletroeletrônicos Seguros Porto Seguro PSSA3
Whirpool WHRL4 Serviços de Saúde
Energia Fleury FLRY3
Petrobras
CPFL
Eletrobrás
PETR4
CPFE3
ELET6
Serviços Diversos
Localiza RENT3
Serviços Financeiros
Indústria da Construção Itaú Unibanco
Bradesco
Banco do Brasil
ITUB4, ITSA4
BBDC3, BBDC4
BBAS3
Gafisa GFSA3
Industria Digital
TOTVS TOTS3
Varejo Telecomunicações
Renner
Magazine Luiza
Raia Drogasil
LREN3
MGLU3
RADL3
Telefônica Vivo VIVIT4
Transporte E Logística
GOL
Embraer
GOLL4
EMBR3 Madeira, Papel e Celulose
Fibria FIBR3
Fonte: Merco, 2017
Os retornos das ações foram obtidos a partir do banco de dados do Yahoo Finance,
utilizando a cotação diária. Foi considerado no valor das ações o pagamento de dividendos,
assim como no estudo de Carmargos e Barbosa (2003) e Schmidt, Martins, Santos e
Kloeckner (2018) a fim de evitar que pequenos eventos provoquem distorções aos resultados
do estudo.
3.4 MEDIÇÃO DOS RETORNOS NORMAIS E ANORMAIS
A mensuração do impacto do evento esta condicionada a adequada maneira de medir o
retorno anormal, comparando o retorno normal com o obtido no modelo de estimação.
Portanto, o modelo a ser utilizado baseia-se nos estudos propostos por Campbell, Lo e
Mackinlay (1997); Mackinlay (1997) e Matsumoto, Baraldi e Jucá (2018) os retornos
anormais e normais são caracterizados conforme equação 1:
ARit = Rit – E (Rit/Xt) (1)
Onde:
ARit: Representa o retorno anormal da ação i na data t.
Rit: É o retorno real da ação i na data t.
E (Rit ): Representa o retorno normal da ação i na data t.
Xt : Refere-se a informação para o retorno normal da ação como uma condicionante.
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Há três maneiras possíveis para medir os retornos anormais das ações. A primeira
consiste no cálculo dos retornos ajustados a média, o qual considera que o retorno médio de
uma ação assume uma constante. A segunda, está em encontrar os retornos ajustados ao
mercado, onde os retornos anormais são oriundos da diferença do retorno da ação e a carteira
de mercado. E por fim, a terceira consiste no modelo de mercado, esta representa a relação
dos retornos da ação ao do portfólio de mercado (Campbell, Lo & Mackinlay, 1997).
O modelo de mercado amplifica a percepção dos efeitos de eventos isolados reduzindo a
variância dos retornos anormais. Aguiar, Corrar e Batistella (2004) descrevem o modelo
estatístico representado pela regressão linear simples evidenciado na equação 2:
Rit = αi + βiRmt + Eit (2)
Onde
Rit : Retorno da ação i na data t.
αi + βi: Coeficiente do intercepto e de declividade para a ação i.
Rmt : Retorno do portifólio de mercado na data t.
Eit: Erro para a ação i na data t.
De acordo com os modelos econométricos propostos, será possível testar a hipótese de
pesquisa, considerando que a mesma busca evidenciar as possíveis manifestações, figuradas
pelos retornos anormais, da sinalização para o mercado a partir da divulgação do Ranking de
reputação corporativa proposto pelo Merco.
3.5 PROCEDIMENTOS PARA ESTIMAÇÃO
Para a estimação do valor de α (alfa) e β (beta) foi utilizado o método dos mínimos
quadrados. Para tanto, é utilizado o logaritmo neperiano (Ln) para estimação precisa dos
retornos antes da estimação dos coeficientes, conforme equação 3.
r = ln (Pt / P (t-1)) (3)
Onde:
r : é a taxa de retorno
Pt: é o preço da ação na data t
Pt-1: é o preço da ação na data t-1
A equação (3) corresponde ao retorno calculado em um período único como em um
regime de capitalização contínua. O retorno estimado será diário e o período utilizado será de
-5 e +5 dias do evento de divulgação do ranking de Reputação Corporativa Merco,
considerando que em períodos maiores outras oscilações advindas de outros eventos poderiam
influenciar os resultados.
A Tabela 1 descreve os valores estimados para α e β calculados na janela de estimação,
para compor o cálculo dos retornos normais e anormais.
Tabela 1 - Valores estimados para alfa e beta
Ativo Coeficiente β
σ² da
regressão teste t do β
Coeficiente α
ABEV3 0,4674 0,0091 10,36 0,0008 ALPA3 0,3940 0,0257 2,89* 0,0019
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ALPA4 0,7541 0,0178 5,044* 0,0009 BBAS3 1,6799 0,0125 9,782* -0,0005
BBDC3 1,2732 0,0099 25,93 -0,0002 BBDC4 1,2550 0,0084 18,71* 0,0000
BRFS3 0,1437 0,0506 0,5742 -0,0001
BRKM3 0,5795 0,0232 4,359* 0,0012 BRKM5 0,5845 0,0180 6,574 0,0008
CPFE3 0,2165 0,0149 2,950 -0,0003 FIBR3 -0,1040 0,0236 0,4341* 0,0033
FLRY3 0,5370 0,0176 6,163 0,0006
GFSA3 0,9013 0,0316 6,033* -0,0027 GGBR4 1,4431 0,0195 14,95 -0,0005
GOAU4 1,7188 0,0223 12,95* -0,0005 GOLL4 1,6333 0,0295 11,20 0,0027
HGTX3 0,9542 0,0202 9,55 0,0003
ITUB4 1,1739 0,0079 19,82* 0,0001 MGLU3 1,5389 0,0367 8,48 0,0045
PSSA3 0,4093 0,0158 5,23 0,0017 RADL3 0,5408 0,0136 8,03 -0,0001
RENT3 0,7723 0,0158 9,92 0,0026 TOTS3 0,2932 0,0162 3,65 0,0003
USIM5 1,8854 0,0237 16,09 0,0006
VALE3 0,9700 0,0184 4,07* 0,0002 VIVIT4 0,5581 0,0095 11,88 0,0000
WEGE3 0,7205 0,0138 10,57 0,0004 WHRL4 0,0516 0,0266 0,3931 0,0020
AVON34 0,2367 0,0321 1,49 -0,0023
ELET6 1,5403 0,0310 10,06 -0,0015 EMBR3 0,4765 0,0219 4,40 0,0004
GGBR3 1,1483 0,0222 10,49 0,0004 GOAU3 1,2855 0,0199 13,09 0,0000
ITSA4 1,1051 0,0081 26,06* 0,0005 LREN3 1,0153 0,0131 15,70 0,0005
NATU3 1,0110 0,0188 10,90 -0,0002
PETR4 1,5559 0,0140 22,55 -0,0002
Nota: * valores obtidos após erro padrão robusto.
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
De acordo com os resultados para estimação dos coeficientes α e β, Tabela 1 descreve o
teste t para estimação dos mesmos. Para analisá-los são considerados os valor do teste t que
apresentam significância, indicando que o beta estimado para calcular os retornos anormais é
adequado. Embora alguns valores do coeficiente estejam abaixo de 1%, o teste t permite a
utilização como estimadores dos retornos. São destacados os ativos BRFS3 (0,5742), FIBR3
(0,4341) e WHRL4 (0,3931) que apresentaram valor não significativos do teste t, para que as
estimações não sejam prejudicadas os mesmo foram removidos da amostra.
3.6 TESTE DE HIPÓTESES
Com intento de verificar o comportamento das ações das empresas listadas no Merco a
partir da publicação do ranking de reputação corporativa é realizado o teste de hipóteses. De
acordo com o marco teórico desenvolvido no estudo, defende-se a hipótese da existência de
retornos oscilantes após a divulgação pública da composição do ranking. Para tanto, o teste de
hipóteses é bilateral, considerando que as análises buscam identificar variações nos retornos
dos ativos, a saber:
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Hipótese nula : Os retornos anormais são nulos.
Hipótese alternativa : Os retornos anormais são diferentes de zero.
O Teste de Hipóteses, direcionado a retornos anormais, usufrui da comparação entre o
valor crítico da distribuição t student e o valor de t calculado para o período, considerando os
valores para significância de 10%, 5% e 1% e, portanto, valores críticos de 1,64, 1,96 e 2,57.
3.7 PROCEDIMENTOS PARA TESTE
Após o cálculo dos parâmetros descritos é necessário o cálculo dos retornos anormais e
os procedimentos de teste. Para tanto, a estatística utilizada será o teste t, procurando
evidenciar a significância estatística dos diversos níveis dos retornos anormais. A fim de obter
a padronização de cada retorno anormal e seguindo os pressupostos apresentados na pesquisa
de Soares, Rostagno e Soares (2002), é descrita a equação (4) e (5).
ZARi = ARi / σi (4)
Onde:
ZARi : retorno anormal padronizado (hipótese nula = 0)
ARi : retorno anormal da ação i
σi : desvio-padrão da ação i no período utilizado
O valor de t é estimado pela equação (5):
𝑡 =∑ 𝐴𝑅 𝑖
√𝑛
De acordo com Soares, Rostagno e Soares (2002) a equação (5) determina a distribuição
normal com média µ das variáveis randômicas independentes e padronizadas, considerando a
soma dos valores esperados em que a variância será o número de variáveis integrantes da
amostra n.
3.8 TESTES DOS PRESSUPOSTOS
Os ativos integrantes da amostra foram submetidos aos testes dos pressupostos para
testes paramétricos, conforme protocolo de análise descrito na Figura 3.
Figura 3 - Protocolo de Procedimentos
Procedimentos
Estatísticos
Objetivo Suporte Teórico
1 Estatísticas descritivas Descrever o conjunto de dados. Fávero (2009)
2 Teste de normalidade Verificar a distribuição dos dados Fávero (2009)
3 Correlações Para medir a existência de auto correlações. Fávero (2009)
4 Breusch Pagan Verificar a ausência de heterocedasticidade
nos resíduos
Gujarati (2006)
Belfiore e Fávero (2017).
5 Teste de Chow Verificar se há quebra estrutural na regressão Valle e Rebelo (2002)
6 Teste dos retornos Verificar os retornos normais e anormais Campbell, Lo e Mackinlay
(1997) e Matsumoto, Baraldi e
Jucá (2018)
Fonte: elaborado pelo autor, 2018.
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De acordo com Fávero (2009) os testes paramétricos devem atender a normalidade,
contudo, Brooks (2008) e Pino (2014) destacam que esse pressuposto pode ser quebrado
desde que o teste aplicado seja robusto. Por tratar-se de um estudo de eventos, com uma
amostra de 37 ativos o estudo de eventos comporta-se como um teste robusto, desde que os
demais pressupostos sejam atendidos. Neste sentido, somente dois ativos atenderam a
normalidade, considerando a afirmação descrita foram procedidos os próximos testes.
Seguindo para o teste da heterocedasticidade e auto correlação o objetivo foi observar
a robustez dos dados (Gujarati, 2006; Belfiore & Fávero, 2017). Para tanto, alguns ativos não
atenderam ao pressuposto, uma das formas de verificar se os dados se apresentam robustos é
avaliar a partir do erro padrão robusto. Assim sendo, optou-se por operacionalizar os testes
novamente a partir da correção.
Por fim, foi realizado o teste de quebra estrutural por meio do teste de Chow. De acordo
com Valle e Rebelo (2002, p. 7) “Chow reconhece também a importância de existir um teste
estatístico que possibilite a comparação de apenas parte dos coeficientes dos dois modelos de
regressão”. Para o teste mencionado, caso não fosse atendido o ativo foi removido da amostra.
Com intuito de manter a qualidade da amostra, após a utilização do erro padrão robusto,
os ativos que não se demonstraram robusto foram retirados da amostra, a saber: ALPA4,
BBAS3, BRKM3, CPFE3, GEOO34, HGTX3, JNJB34, MGLU3, VALE3, WEGE3, EMBR3
e LREN3.
3. DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS DADOS
3.1 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS
Buscando descrever o conjunto de dados à Tabela 2 contém as estatísticas descritivas
dos ativos na janela de estimação e na janela do evento, os quais foram mantidos na amostra
após os testes dos pressupostos.
Tabela 2 - Estatísticas descritivas
Janela de Estimação Janela de Eventos Janela de Estimação Janela de Eventos
Ativo Média D. P. Média D. P. Ativo Média D. P. Média D. P.
ABEV3 (1) 0,12% 1,07% -0,24% 0,96% RADL3 (13) 0,03% 1,51% -0,08% 1,35%
ALPA3 (2) 0,22% 2,61% 0,00% 3,62% RENT3 (14) 0,32% 1,82% 0,03% 1,51%
BBDC3 (3) 0,08% 1,82% -0,02% 2,13% TOTS3 (15) 0,05% 1,66% 0,68% 1,62%
BBDC4 (4) 0,10% 1,72% 0,04% 1,86% VIVIT4 (16) 0,05% 1,16% -0,13% 1,35%
BRKM5 (5) 0,13% 1,93% -0,58% 1,41% AVON34(17) -0,21% 3,22% -0,11% 1,86%
FLRY3 (6) 0,10% 1,87% 0,13% 1,77% ELET6 (18) -0,02% 3,60% -0,42% 2,50%
GFSA3 (7) -0,20% 3,34% 0,07% 4,85% GGBR3 (19) 0,14% 2,61% 0,36% 1,80%
GGBR4 (8) 0,07% 2,61% 0,35% 1,67% GOAU3 (20) 0,10% 2,51% 0,72% 2,02%
GOAU4(9) 0,09% 3,03% 0,57% 2,07% ITSA4 (21) 0,14% 1,55% -0,03% 1,46%
GOLL4(10) 0,40% 3,54% -1,45% 4,34% NATU3 (22) 0,06% 2,23% 0,29% 2,18%
ITUB4 (11) 0,10% 1,61% 0,01% 1,38% PETR4 (23)
0,11%
2,33%
0,14%
2,16%
PSSA3 (12) 0,20% 1,65% -0,21% 1,51%
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
As médias dos retornos dos ativos na janela de estimação demonstram valores
próximos, na janela do evento o ativo GOLL4 (-1,45) apresentou valor maior para a média.
Os maiores valores para o desvio padrão na janela de estimação são GFSA (3,34%), GOAU4
(3,03%), GOLL4 (3,54%), (3,14%), AVON34 (3,22%) e ELET6 (3,50%), na janela do evento
os ativos com maiores valores do desvio padrão foram ALPA3 (3,62%), GFSA (4,85%) e
GOLL4 (4,34%). Os resultados descritivos indicam que os ativos mencionados possuem
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maior volatilidade no mercado, e indicam a sensibilidade dos retornos em relação as
ocorrências no mercado acionário.
3.2 RETORNOS ANORMAIS DAS EMPRESAS RANQUEADAS
Com relação ao cálculo dos retornos diários, os mesmos foram realizados a partir dos
retornos dos 23 ativos que integraram a amostra após os testes dos pressupostos na janela do
evento. A Tabela 3 demonstra os retornos anormais calculados para os ativos da amostra.
Tabela 3 - cálculos dos retornos dos ativos
JANELA DO EVENTO
5A 4A 3ª 2A 1A 0 1ª 2A 3A 4A 5A
1 0,53% -0,23% -0,03% -0,61% -0,45% -0,21% -0,68% 0,74% -2,09%** 0,31% -0,43% 2 -0,08% -0,06% -0,21% 8,66% -3,46% -0,80% -0,21% -0,04% -7,16%* -1,13% 1,05%
3 0,54% -0,75% 0,19% -0,50% 2,18%** -1,78%*** 0,18% -1,45% 0,75% 0,74% -0,07% 4 -0,24% -1,02% -0,11% 0,37% 1,84%** -1,96%** 1,00% -1,07% -0,30% -0,19% 0,35%
5 -0,10% -1,92% 0,39% -0,71% -3,63%** -0,51% 1,05% -0,60% 0,82% -1,83% 2,75%
6 2,29% 0,15% -2,31% -0,91% 0,96% 1,11% -2,44% -1,56% -0,34% -0,03% 3,92%**
7 0,67% 2,87% 9,54%* -4,94% 1,31% -0,30% 0,29% -1,23% 2,01% 1,62% -0,31%
8 -1,02% -0,78% -1,35% 0,45% 0,83% -0,73% -2,07% 0,42% 0,21% 3,74%*** 2,44% 9 -0,91% 0,35% -1,18% -0,06% 0,15% -0,63% -1,32% -1,07% 2,05% 1,98% 1,95%
10 -7,33%** -2,91% 1,99% -2,62% -6,27%** -2,14% 0,75% -0,06% -3,21% -2,63% 4,60% 11 -1,01% 0,15% 0,10% -0,32% -0,02% 0,45% -0,29% -0,51% -2,44%* -0,24% -0,95%
12 0,01% -0,02% 0,16% -2,45% 1,54% -0,97% 0,14% 0,52% 5,90% -1,76% -3,38%**
13 -0,18% -1,30% -1,08% 0,98% 0,75% 1,46% -0,76% -0,82% -3,12%** -0,12% -3,59%* 14 -0,20% -1,50% -1,26% -1,00% 3,38%** -2,11% -5,21%* -0,71% -2,16% -0,59% -0,29%
15 1,34% -0,09% -0,05% 0,02% -0,64% 0,49% 0,07% -0,10% -2,18% 0,38% 0,06% 16 -0,17% -0,66% 0,05% 0,72% -0,25% 0,02% 0,50% -0,92% 1,11% -1,28% -1,01%
17 0,22% 3,68% 0,21% 0,27% 0,35% -0,14% 0,21% 0,32% 0,66% 0,58% 0,28%
18 1,00% -3,69% -0,41% 0,34% 4,10% -1,99% 5,50%*** -1,56% 5,15%*** -1,03% 3,35%
19 -1,35% 1,56% -1,63% -1,12% 0,60% 0,73% -2,83% -0,59% -0,60% 3,20% 2,11%
20 -0,95% 0,42% -0,81% 1,24% -0,99% -0,08% -1,86% 0,05% 1,77% 0,26% 2,24%
21 -1,69%** -0,53% 0,26% -0,11% 1,10% 1,42%*** 0,01% -0,22% -4,16%* -1,17% -1,45%***
22 0,55% 2,85% -2,70% 0,89% 0,71% -1,68% 2,59% -3,07%*** 4,54%** -1,28% -0,02%
23 1,75% 1,23% 0,46% -0,10% -2,24% 1,64% 0,26% 1,75% 1,25% 1,68% -0,47%
Nota: * indica significância de 1%, ** indica a significância de 5%, *** indica a significância de 10%.
Fonte: dados da pesquisa, 2018.
Conforme é observado os resultados demonstram retornos anormais pulverizados,
distribuídos na janela do evento. Ao nível de significância de 10% são identificados os ativos
das companhias Bradesco, Gerdau, Eletrobrás, Itaú e Natura. A significância de 5% a Ambev,
Bradesco, Braskem, Fleury, Gol, Porto Seguro, Raia Drogasil, Localiza, Itaú e Natura e ao
nível de significância de 1% Alpargatas, Gafisa, Itaú, Raia Drogasil e Localiza apresentaram
retornos anormais.
Embora ocorram retornos anormais em 16 dos 23 ativos analisados na janela do evento,
sendo 10 ocorrências distribuídas em: um dia antes do evento, na data do evento ou um dia
após a ocorrência da divulgação do ranking. As ocorrências de retornos anormais sob a lente
da Teoria da Sinalização pressupõe que a incerteza dos retornos é suprimida pela emissão dos
sinais no mercado, desta forma, é indicado o investidor, por meio das informações, sobre
como os ativos irão se comportar, como um meio para redução das assimetrias
informacionais.
Neste sentido, para afirmar que existem retornos anormais em cerca de 70% dos ativos
listados no presente estudo em vista da divulgação do ranking de reputação corporativa, o
mesmo deverá propiciar oscilações no conjunto de ações, afirmação esta não identificada na
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amostra estudada. Os reflexos em parte dos ativos é acompanhado por pulverizações na janela
do evento, o que não permite afirmar que o ranking provoca retornos anormais diferentes de
zero em toda a amostra. Contudo, a ocorrência em parte dos ativos não pode ser ignorada e
precisa de maiores discussões.
Para melhor compreensão dos resultados, a partir das particularidades das companhias,
houve a ocorrência de retornos anormais em três ativos no dia do evento, divulgado no dia 18
de abril de 2018 na revista Exame. A notícia veiculada pela revista no portal online teve como
título “Uma pesquisa exclusiva lista as companhias com melhor reputação no Brasil e mostra
quais delas já conseguiram reverter o período de baixa e melhorar a própria imagem com o
requecimento da economia”.
A partir da divulgação do ranking é possível considerar que cada companhia e seu
respetivo setor agem de acordo com as características do mesmo, contudo, o conteúdo
informacional suscitou a recuperação econômica a posteriormente a reputação. O setor de
alimentos, bebidas e fumo, cosméticos e perfumes, energia, indústria da construção, varejo,
mineração, siderurgia e metalurgia, química e petroquímica, roupas e calçados, seguros,
saúde, diversos, financeiros e trasnpor e logística apresentaram retornos anormais em alguns
dos ativos listados.
A constatação setorial demonstrou que não foram todos os ativos listados que
demonstraram retornos anormais, quando compostos por mais de um ativo. O comportamento
no setor de cosméticos e perfumes, composto pela Avon e Natura, destacou efeitos sobre os
ativos da Natura, porém, na Avon os mesmos não foram significantes.
Reforçando a sinalização da divulgação do ranking, as empresas de cosméticos foram
mencionadas em sites do setor como sendo as representantes da reputação corporativa, as
matérias refletem conteúdos enaltecendo a colocação das mesmas sob o título “mercado de
vendas diretas no Brasil aposta em expansão” foi destaca a reputação das companhias Natura
e Avon como gigantes do setor e o ar de recuperação do nível de vendas a partir de esforços
relacionados a reputação, contudo não influenciaram os ativos da Avon, mantendo os retornos
normais.
As ações de divulgação que reforçam a colocação no ranking refletem os esforços para
sinalizar ao mercado em que as companhias se encontram e, por consequência, podem
contribuir como um evento secundário de baixo impacto, essa afirmação é reforçada quando
observados os demais setores que não produziram conteúdo informacional, além do evento, e
tiveram retornos anormais em alguns dos ativos listados.
Os efeitos sinalizadores são descritos por Dalmácio (2009) ao mencionar a Teoria da
Sinalização em mercados com características de assimetria das informações, característica não
identificada na totalidade dos setores das companhias listadas. Para tanto, não é possível
afirmar os retornos anormais por setores, demonstrando que as companhias em um mesmo
mercado de competição tem reações diferentes a sinalização.
Assim sendo, posteriormente foram constatadas ausências de retornos anormais em sete
ativos da amostra, o que levou o presente estudo a analisar outros fatores envoltos a
composição do ranking merco de 2017. Prosseguindo a afirmação de Dalmácio (2009) que os
setores agem distintamente a sinalização, e podem ter sido afetados por outros fatores, nesse
sentido, a composição do ranking em edições anteriores pode influenciar os efeitos esperados
na Teoria base desse estudo. Para tanto, foi observado que as empresas listadas no ranking de
2017, em sua maioria, já estiveram presentes em edições anteriores, conforme destacado na
Tabela 4.
Tabela 4 - classificações das companhias em edições anteriores
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Ano do ranking
COMPANHIAS 2017 2016 2014 2013
NATURA 1 1 1 1
ALPARGATAS 52 31 49 43
AMBEV 5 3 3 7
AVON 25 ** ** **
BRASKEM 82 ** ** **
BRADESCO 31 16 8 10
ELETROBRAS 81 ** 66 88
GAFISA 93 98 ** **
GERDAU 16 20 9 6
GOL 69 71 ** **
GRUPO FLEURY 74 34 53 37
ITAÚ UNIBANCO 3 2 2 4
LOCALIZA 58 72 85 55
LOJAS RENNER 41 32 43 52
MAGAZINE LUIZA 28 38 32 26
PETROBRAS 91 92 7 3
PORTO SEGURO 26 42 37 97
RAIA DROGASIL 57 63 ** **
TELEFÔNICA BRASIL 84 85 76 79
TOTVS 75 64 76 76
VALE 68 70 6 2
WEG 63 84 67 57
Nota: ** a companhia não esteve ranqueada no respectivo ano.
Fonte: elaborado pelo autor, 2018.
Companhias como a Eletrobrás e a Braskem não estavam relacionadas no ranking de
2016 e apresentaram retornos anormais próximos ao evento, não foram encontrados eventos
secundários emitidos pelas companhias, e estão em setores diferentes demonstrando que os
ativos agem com comportamentos semelhantes em setores diferentes.
A participação do nome das companhias em edições anteriores torna a informação da
composição do ranking defasada, uma vez, que os efeitos da sinalização sobre as ações podem
ter sido absorvidos pelos retornos dos ativos em edições anteriores. Essa afirmação pode ser
identificada quando analisados os ativos do Bradesco, mesmo com a oscilação das posições
da companhia no ranking, caindo cerca de 20 posições na edição de 2017 apresnetou retornos
anormais próximos ao evento.
A afirmação reforça que a Teoria da Sinalização somente exercerá seus efeitos quando a
informação for relevante ao mercado do ativo, a medida que as empresas são mantidas no
ranking de reputação corporativa, a inclusão deixa reduz a relevância da informação para
sinalizador algo ao mercado.
A afirmação encontra respaldo quando analisados estudos como o proposto por Melo e
Fonseca (2015) em que as divulgações de informações no mercado acionário causam retornos
anormais quando consideradas relevantes, neste sentido, o conceito de relevante assume que a
informação é nova ou acresce o valor, não somente dos ativos, mas, da companhia como um
todo. Ao tratar informações que são relevantes para sinalizar algo ao mercado, Lima e Terra
(2004) mencionam as informações da demonstração do resultado do exercício (DRE) como
capaz de influenciar os retornos no mercado brasileiro, destacando, inclusive, que se trata de
um mercado semiforte em que as informações são selecionadas.
Castro e Marques (2013) contrapõem a ideia relacionada a divulgação, direcionando
que são papéis específicos que apresentam retornos anormais com a divulgação de
determinadas informações, os achados dos autores assemelham a ideia central dos achados no
presente estudo, os retornos anormais pulverizados e específicos remetem que a sinalização
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deixa de ter seus efeitos sobre o mercado por não tratar de uma informação “nova”. Há de se
destacar que a reputação corporativa quando se torna marca da companhia é observada como
cultura e não mais como um feito para o mercado.
A afirmação é fortalecida no estudo de Batista, Oliveira e Macedo (2016), os autores
contemplam que a relevância na informação reflete principalmente o desempenho da empresa,
assim sendo, se o ranking já havia acometido a inclusão da empresa em edições anteriores é
reforçada a perspectiva de uma cultura organizacional de Reputação corporativa na
companhia, o que invalida os retornos anormais em grande parte das companhias, deixando-
os pulverizados.
Outra questão a ser abordada e que fortalece a perspectiva da informação relevante é
observado nos retornos anormais positivos para companhias que caíram posições no ranking,
como observado nos ativos do Bradesco e Ambev. Companhias como a Natura mantêm a
mesma posição em quatro edições do Merco, e o Itaú Unibanco Mantêm-se nas primeiras
colocações nas mesmas edições, o que leva a percepção de que a informação afeta ativos
específicos, devido as características do mercado de cada companhia.
Por fim, é relevante destacar que a não observância de retornos anormais não
caracteriza a reputação corporativa como irrelevante, mas, demonstra que informações sobre
desempenho tendem a perder a característica de sinalização em mercados específicos à
medida que são conhecidas e incorporadas pelos mesmos.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo teve por objetivo verificar o comportamento das ações das empresas
brasileiras listadas na B3 a partir da publicação do ranking de reputação corporativa Merco,
com base na Teoria da Sinalização e nos retornos dos ativos das companhias listadas no
ranking Merco 2017.
As premissas da Teoria da Sinalização estão fortalecidas sob a pressuposição de que em
mercados perfeitos as informações não irão exercer influência para modificar o
comportamento dos retornos dos ativos, diferentemente do observado em mercados
imperfeitos em que a informação sinalizada suprime as assimetrias mercadológicas, com
intuito de demonstrar o comportamento futuro das ações.
Os resultados do presente estudo levaram a identificação de retornos anormais são nulos
em 30% das observações, enquanto em 70% das observações os retornos são diferente de zero
evidenciados, marginalmente, a partir do conteúdo informacional da divulgação do ranking
Merco. Considerando o exposto por Dalmácio (2009) a sinalização é vista como um meio de
suprimir as assimetrias de mercado, neste sentido, a medida que se torna conhecida no
mercado não irá exercer influência sobre os ativos, a partir desta colocação foram realizadas
analises individuais para os ativos.
Para tanto, ao analisar os rankings dos anos anteriores foi possível identificar que
algumas empresas integrantes da amostra foram listadas anteriormente, fato este que reduz a
função sinalizadora da divulgação da colocação da empresa no ranking, e contribui ao
entendimento dos retornos pulverizados. Foi evidenciada uma companhia que apresentou
retornos anormais nos seu ativo no dia ou próximo ao evento e como evento secundário teve
informação da colocação no ranking reforçada em sites que divulgam informações do setor.
A ação de reforço da sinalização destaca que a ocorrência de determinadas informações,
faz com que deixem de ser relevantes para o mercado de ações, neste caso, a reputação
corporativa pode ser abordada como cultura da empresa, suprimindo os efeitos sobre as ações
da companhia, ponto observado a partir da ocorrência das companhias em anos anteriores
como meio de suprimir as assimetrias do mercado brasileiro.
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Neste sentido, é possível afirmar que o comportamento das ações das companhias
ranqueadas apresentou diferenças na amostra,em que 70% dos ativos apresentaram e 30% não
apresentaram retornos anormais significativos, em virtude da ocorrência da informação e da
relevância que o mercado dá a mesma. Para ser atribuída como um sinal a informação precisa
ser reconhecida pelo mercado e atuar diretamente nos retornos dos ativos. A pulverização e a
existência de ativos que não apresentaram os retornos anormais pode ser atribuído as
características de cada mercado, o mercado brasileiro é observado como semi forte, neste
sentido, é capaz de produzir assimetrias em parte das informações.
Embora a discussão da influência da reputação sobre a valoração da das companhias
seja objeto de estudos como o proposto por Cardoso et al. (2013), Góis (2014) e De Luca et
al. (2015), os quais afirmam a ocorrência de influências entre reputação e desempenhos,
observa-se que a divulgação do ranking em si não produz conteúdo informacional que
ocasione dinâmicas nos retornos de todos os ativos analisados. Desta forma, a sinalização
pode não exercer seus efeitos sobre as ações das companhias em virtude da absorção em
edições anteriores do ranking.
Considerando os resultados relatados o presente estudo contribuiu para compreensão em
volto da relevância da informação no mercado de ações, e sobre a ocorrência da mesma para
incitar oscilações nos retornos. Por fim, buscou-se contribuir para ampliar as discussões a
respeito da reputação corporativa e os retornos oriundos da mesma, destacando que os setores,
bem como os ativos, agem de formas diferentes a divulgação da mesma informação.
Como estudos futuros sugere-se identificar se em algum dos anos anteriores o ranking
foi capaz de produzir retornos anormais em todas as companhias listadas, corroborando com a
afirmação sobre a relevância da informação, ademais, é possível estabelecer investigações
futuras que busquem analisar estratégias de sinalização que produzem efeitos no mercado de
ações brasileiro em comparativo com mercados em outros países.
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