contabilidade e análise de balanços
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SUMRIO
INTRODUO12
I. REVISO DE ALGUNS CONCEITOS BSICOS DA CINCIA CONTBIL
151.1. Fatos e atos administrativos
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1.2. A construo dos dados e das informaes contbeis16
1.2.1. As contas171.2.2. O plano de contas17
1.2.3. O patrimnio181.2.4. A natureza das contas191.2.5. A influncia dos prazos na classificao contbil20
1.2.5.1. No grupo ativo211.2.5.2. No grupo passivo
221.2.5.3. No grupo do patrimnio lquido
231.2.6. Onde a classificao no depende do prazo
24
1.3. Como operacionalizar os registros contbeis24
1.3.1. A tcnica dos lanamentos contbeis25
1.3.1.1. O princpio da troca25
1.3.1.2. Origem e destino natureza da conta
26
1.4. A origem do dbito e do crdito28
1.5. Arquivando os fatos e atos contbeis o dirio29
1.6. Selecionando e acumulando os dados o razo30
1.7. Demonstrando a situao das contas o balancete31
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1.8. Demonstrando os resultados demonstrao de resultados32
1.9. Representando o patrimnio balano patrimonial33
1.10 Concluso sobre os conceitos bsicos35
II. METODOLOGIA PROPOSTA PARA A FIXAO DOS CONCEITOS37
2.1. A tcnica dos efeitos contbeis sucessivos37
2.2. Estruturas das demonstraes financeiras422.2.1. Estrutura da demonstrao de resultados do perodo
432.2.2. Estrutura do balano patrimonial452.2.3. Estrutura da demonstrao de origens e aplicaes de recursos
472.2.4. Estrutura da demonstrao de mutaes do patrimnio lquido
49
2.3. Leitura dos dados contbeis para efeito de anlise
49
III. ANLISE NA CONCEPO TRADICIONAL53
3.1. O surgimento da anlise de balanos53
3.1.1. A contabilidade e a anlise54
3.2. Conceito de anlise das demonstraes
553.3. Os modelos usados na anlise
563.3.1. Os coeficientes
573.3.2. Os quocientes
573.3.3. Os ndices58
3.4. Os principais coeficientes e ndices58
3.4.1. Coeficientes de liquidez58
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3.4.2. Coeficientes de endividamento593.4.3. Coeficientes de rentabilidade593.4.4. Coeficientes de lucratividade60
3.4.5. Coeficientes de rotatividade60
3.5. As limitaes no uso dos coeficientes61
3.5.1. As limitaes da anlise quantitativa62
3.6. A evoluo dos modelos a anlise horizontal e vertical64
3.6.1. A anlise horizontal
653.6.2. A anlise vertical
653.6.3. Exemplo das anlises horizontal e vertical
663.6.3.1. Informaes obtidas nas anlises dos balanos
663.6.3.2. Exemplo das anlises de uma DRE
683.6.3.3. Informaes obtidas nas anlises das DREs
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I. REVISO DE ALGUNS CONCEITOS BSICOS DACINCIA CONTBIL.
Muda o mercado, a economia, as organizaes, os homens e os seusenfoques.O que no muda eterna
necessidade de uma ferramenta que auxilie e oriente todos essesagentes, na mensurao, na anlise e nadeciso de seus atos e aes.
No h como trabalhar com anlise, avaliar a performance de uma organizao, atmesmo tomar qualquer tipo de deciso sem considerar as informaes contbeis. Em
ltima anlise, desconsiderar a natureza dos dados e das informaes contbeis e as suas
respectivas funes, atrever-se participar ou atuar na gesto de empresas. No precisa
saber contabilidade, mas conhecer os principais conceitos contbeis condio
indispensvel para gerir negcios.
1.1. FATOS E ATOS ADMINISTRATIVOS.
O processo ininterrupto e abrangente de qualquer atividade econmica provoca a todo
instante mesmo que a organizao no esteja fisicamente funcionando (em recesso ou
fechada), alteraes no seu patrimnio.A rigor, a idia de que somente os atos praticados pela administrao da empresa
provocam uma operao e um registro contbil no procede. O patrimnio pode ser
alterado por atos praticados por outras pessoas que nada tem a ver com a empresa. Parece
paradoxal, mas verdade. Uma instituio financeira pode, por estar autorizada pelo
administrador da empresa, efetuar um dbito ou um crdito na conta da empresa no mesmo
dia em que ela estiver, por exemplo, fechada para balano e que o seu administrador no
tenha praticado nenhum ato naquele sentido. Nem l ele estava.
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Por questes conceituais deve ser dito que os fatos administrativos so aes
praticadas pelo administradorou por terceiros por ele autorizados, que provocam de
alguma forma alteraes no patrimnio da empresa. Por isso a contabilidade os registra.
Quanto aos atos administrativos ou contbeis deve ser dito que so atitudes tomadas
pelo administradorou por terceiros por ele autorizados, que no provocam alteraes no patrimnio. Podem ou no ser registrados pela contabilidade dependendo da estrutura
contbil da organizao.
No exemplo acima o ato (a atitude) do administrador autorizando o banco a promover
algum dbito na conta da empresa provocou umfato (a ao) do banco que modificou o
patrimnio da empresa.
1.2. A CONSTRUO DOS DADOS E DAS INFORMAES CONTBEIS.
A estruturao e a execuo da contabilidade se d atravs de conceitos, de
princpios, de postulados e de tcnicas criadas pela cincia contbil. Este trabalho
pressupe que o usurio j possui os conhecimentos bsicos de contabilidade.
A proposta resume-se apenas em rever alguns conceitos bsicos sobre as tcnicas
contbeis, mais utilizados na anlise contbil. Recomenda-se outros estudos para os
usurios que no dispem de tais conhecimentos. As tcnicas da construo da
contabilidade mais comuns ou bsicas so:
1.2.1. AS CONTAS.
So ferramentas pelas quais os lanamentos (registros contbeis) se processam,
identificando e individualizando todas as operaes da empresa. Pode-se dizer que so uma
espcie de arquivo no qual entram e saem as informaes, sempre que a empresa efetua
uma operao (compra, venda, recebimentos, pagamentos etc.)
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1.2.2. O PLANO DE CONTAS.
o instrumento onde so sistematizadas, classificadas e codificadas, todas contas
usadas em todos os registros contbeis. Usando a linguagem da informtica como se
fosse uma pasta onde estariam arquivadas (relacionadas) todas as contas (arquivos).
Para orientar e facilitar o seu uso, a sua estrutura dever ser a seguinte:
a) As contas so criadas separadamente(individualizadas) para cada tipo de operao;
b) A individualizao leva em considerao:
b
O tipo de negcio da empresa (indstria, comrcio, servios etc.); bA linha do negcio (atacado, varejo etc.)
bO tipo das operaes que a empresa realiza (a prazo, a vista etc.);
bAs pessoas e as relaes com elas mantidas (fornecedores, bancos,
clientes, empregados, diretores, scios etc.)
bNatureza das operaes (patrimoniais, resultados etc)
bOutros referenciais particulares cada empresa (tipo de tributao etc).
O Plano de Contas , portanto, um instrumento diferente para cada empresa e
elaborado no incio das suas atividades de acordo com a previso das operaes que ela ir
realizar. flexvel e pode ser alterado a qualquer momento em funo de novas operaes
ou de operaes que no se realizem mais.
Para facilitar a localizao, definir claramente a funo, orientar a leitura e a anlise; e
para atender aos princpios e fundamentos da contabilidade e das leis fiscais, as contas so
agrupadas e classificadas no plano de contas de acordo com sua natureza em grupos e/ou
subgrupos de contas.
1.2.3. O PATRIMNIO.
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Antes de conceituar os grupos de contas preciso definir claramente o que
patrimnio, pois este ser citado vrias vezes ao longo deste trabalho. Pode-se defini-lo
como sendo o conjunto de bens, direitos e obrigaes; ou ainda como a somatria dos
bens, direitos e obrigaes da empresa, ou melhor, o total dos bens e direitos (imveis,
mveis, equipamentos, maquinas, veculos, estoques, contas a receber, valores financeirosetc.) menos as dvidas para com (fornecedores, instituies financeiras, impostos,
empregados etc.)
Assim, os valores registrados nas contas representam na verdade, o patrimnio da
empresa e as suas variaes.
1.2.4. NATUREZA DAS CONTAS.
Genericamente a natureza dos grupos, dos subgrupos ou das contas representa aquilo
que nelas registrado. So separadas por dois grandes grupos:
1 PATRIMONIAIS Representando o patrimnio. Conforme definio acima
um lado ficam os bens e direitos (ativo) e de outro ficam as obrigaes
(passivo).
Por que so chamados de ativos e de passivos? simples.
b ATIVO aquilo que exerce uma ao; que age, funciona, trabalha,
move. Pelo conceito a parte ativa da empresa que age, funcio-
na, trabalha, exerce aes e movimenta (imveis, mveis, valores
financeiros, contas a receber, estoques, veculos, equipamentos, ins-
talaes etc.)
bPASSIVO aquilo que sofre ou recebe uma ao ou impresso; atitude
passiva; que no atua; inerte; indiferente. Pelo conceito a parte que
que no atua, que fica inerte ou indiferente a tudo o que est aconte-
cendo na empresa. So os credores da empresa (fornecedores, insti-
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tuies financeiras, governos, empregados em relao a seus salrios
etc.)
2 DE RESULTADOS composto de um lado pelas contas que demonstram o que pode
provocar aumento (variao) no patrimnio (as receitas) e de outro, pelas contas que
podem provocar uma reduo (variao) no patrimnio (os custos e as despesas) b RECEITAS Podem seroperacionais que so aquelas que representam
as operaes da empresa (venda de produtos revenda de mercadorias
receitas de servios); e no operacionais advindas de operaes que
nada tem a ver com as operaes da empresa (receita de juros,
financeiras, servios que no fazem parte das operaes da empresa;
aluguis que no fazem parte das operaes da empresa; ganhos de
capital etc.) b CUSTOS o custo dos produtos fabricados (matria prima, materiais
secundrios; mo de obra direta e indireta; e gastos gerais de fabricao
embalagens);custos das mercadorias vendidas (compras mais fretes, mais
Ipi); custos dos servios vendidos (materais e mo de obra aplicados etc.)
b DESPESAS GERAIS So aquelas que no esto diretamente ligadas ao
produto fabricado, mercadoria vendida ou ao servio prestado
(aluguis, remunerao dirigentes, juros bancrios, telefone, salrios in-
diretos, comisses de vendas, energia eltrica, tributos etc)
Conhecendo todos os conceitos e definies acima muito fcil estruturar um Plano
de Contas para qualquer empresa. A partir de tais conceitos e definies, so os detalhes
que definiro como estruturar um Plano de Contas.
O passo seguinte classificar convenientemente os grupos, os subgrupos e as contas de
acordo com sua natureza e com o prazo.
1.2.5. A INFLUNCIA DO PRAZO NA CLASSIFICAO CONTBIL.
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Observar o prazo e a natureza das contas determinante para a elaborao e para a
classificao dos grupos, dos subgrupos e das contas. Isso feito levando-se em
considerao:
1.2.5.1.NO GRUPO ATIVO.
So classificados os grupos, os subgrupos e as contas de acordo com o prazo desua
realizao, isto , so registrados de forma decrescente de acordo com o tempo que o
evento demandar para se transformar em recursos financeiros ou dinheiro disponvel para
ser usado nas operaes da empresa. Conceitual e convencionalmente so classificados da
seguinte forma:
1 Ativo circulante nele so registradas as operaes com os bens e os direitos que esto
circulando constantemente (dinheiro em caixa, saldo de bancos, estoques, contas a receber,
aplicaes financeiras etc.), ou seja, que j so ou que se transformaro em recursos
financeiros dentro de um curto prazo.
Exemplo:
No subgrupo contas a receber que pertence ao grupo ativo circulante so
registradas as vendas a prazo e permite saber de quem e quanto a empresa ter para receber
de seus clientes. lgico que se um cliente pagar uma duplicata o valor imediatamente
baixado;
2 Realizvel a longo onde so registradas as operaes com os bens e os direitos que
esto circulando, mas com um prazo maior (contas a receber de longo prazo) para se
realizarem e se tornarem valores financeiros.
EXEMPLO:
No subgrupo contas a receber com um prazo maior de vencimento, que pertence ao
grupo realizvel a longo so registradas as vendas a prazo e permite saber de quem e
quanto a empresa ter para receber de seus clientes. lgico que se um cliente pagar uma
duplicata o valor imediatamente baixado;
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3 Permanente Este grupo subdivido em:
Imobilizado neste subgrupo so registradas as operaes com os bens que so usados
nas operaes da empresa (mquinas, veculos, mveis, imveis etc.);
EXEMPLO
No subgrupo mveis e equipamentos que pertence ao grupo ativo permanente -imobilizado, so registrados os bens com esta caracterstica e por ele pode-se saber quais
so os bens que a empresa possui, e quais so os seus valores;
Investimentos no subgrupo de investimentos so registradas as operaes com bens
e direitos que no so usados no dia-a-dia da empresa. Foram adquiridos com o objetivo de
dar rendas (imveis de aluguis, aes de outras empresas etc.)
Diferido outro subgrupo do permanente em que so registrados os pagamentos
feitos, mas que ainda no so custos nem despesas isto , que dependem de umacontecimento futuro para que sejam assim, classificadas (gastos feitos antes da empresa
entrar em operaes, despesas com pesquisas, despesas com projetos, juros pagos para os
scios que j entraram com o capital e que ainda no est produzindo etc.) So chamados
de pr-operacionais;
1.2.5.2. NO GRUPO PASSIVO.
Na mesma linha de raciocnio, so classificados os grupos, os subgrupos e as contas,
agora de forma crescente que representam as obrigaes (dvidas) de acordo com o tempo
de maturao, isto , de acordo com o prazo que a empresa consegue, para pag-los. Pelos
conceitos e pelas convenes so classificados em:
1 Passivo circulante so registradas as operaes relacionadas com as dvidas daempresa e que vencem num curto prazo (fornecedores, salrios, tributos, dbitos com
bancos de curto prazo etc.)
EXEMPLO
No subgrupo contas a pagar que pertence ao grupo passivo circulante pode-se saber
para quem e quanto a empresa possui de obrigaes a pagar. Quando ela efetua um
pagamento este imediatamente baixado ou diminudo do saldo;
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2 Exigvel a longo onde so registradas as operaes relacionadas com as dvidas daempresa que vencem em prazos mais longos ( financiamentos, contas a pagar etc.)
EXEMPLO
No subgrupo contas a pagar com um prazo maior, que pertence ao grupo exigvel a
longo pode-se saber para quem e quanto a empresa possui de obrigaes a pagar. Quandoela efetua um pagamento este imediatamente baixado ou diminudo do saldo.
1.2.5.3. NO GRUPO PATRIMNIO LQUIDO.
Este grupo fcil de ser entendido. Se pegarmos o primeiro grupo (ATIVO) veremos
que nele esto registrados todos os BENS E DIREITOS da empresa. No segundo grupo
(PASSIVO) esto registradas todas as DVIDAS da empresa.
Diminuindo o segundo do primeiro vai sobrar o valor lquido dos bens e direitos que a
empresa possui. a que ficam registrados: o capital que os scios investiram mais os
eventuais lucros que eles ainda no retiraram da empresa menosos eventuais prejuzos que
tenham acontecido.
1.2.6. ONDE A CLASSIFICAO NO DEPENDE DO PRAZO.
A classificao das contas de RESULTADO (Receitas, custos e despesas) independem
do fator prazo, porque tanto faz vender no curto ou no longo prazo; tanto faz pagar as
despesas no curto ou no longo prazo, o resultado ser teoricamente o mesmo.
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Por questo de lgica, para se chegar a um resultado o primeiro fator pressupor a
existncia de uma receita. Da a classificao das contas de receitas vm em primeiro lugar
no Plano de Contas, seguida pela classificao dos custos e das despesas.
EXEMPLOS:
1 No subgrupo vendas que faz parte do grupo resultados pode-se saber o que e quantoa empresa vendeu durante aquele perodo que se quer saber. Serve tambm para apurar o
resultado referente a um determinado perodo de tempo.
2 No subgrupo despesas possvel saber o quanto a empresa teve de despesas de um
determinado tipo, durante aquele perodo que se quer saber. Serve tambm para apurar o
resultado de um determinado perodo.
1.3. COMO OPERACIONALIZAR OS REGISTROS.
Conhecendo os conceitos e as definies acima, a elaborao do Plano de Contas no
ser difcil. De posse dele o contador estar apto a registrar todos os atos e os fatos
administrativos e contbeis relacionados com as operaes praticadas pela empresa. O
registro pela contabilidade de qualquer ato ou fato que ocorre no dia-a-dia da empresa na
linguagem tcnica, chamado de lanamento contbil.
1.3.1.A TCNICA DOS LANAMENTOS CONTBEIS.
A tcnica utilizada para registrar os atos e os fatos contbeis chamada de
partidas dobradas.Isso quer dizer que tudo o que acontece na empresa, alias a
exemplo de tudo o que acontece nas nossas vidas, possui uma causa e um efeito ao mesmo
tempo.
1.3.1.1. O PRINCPIO DA TROCA - CAUSA x EFEITO.
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O princpio de causa x efeito est presente em tudo e na contabilidade no poderia ser
diferente. Nessa linha de raciocnio tudo que acontece tm uma origem e ao mesmo
tempo, um destino.Uma causa x um efeito - Uma origem x um destino.
Um efeito x uma causa - Um destino x uma origem.
Explicando melhor. Tudo representado por uma troca, isto , nada acontece
isoladamente e por isso as operaes da empresa so registradas pela tcnica conhecida
comopartida dobrada. Eis alguns exemplos:
EXEMPLOS DE ACONTECIMENTOS EM NOSSAS VIDAS.a) RECEBER NOSSO SALRIO.
Nosso bolso ou nossa conta bancria o destino (a quem nosso patro destinou aquele
salrio). A origem do salrio a fora do trabalho que oferecemos em troca;
b) COMPRAMOS UMA MERCADORIA.
Ao comprarmos alguma mercadoria somos o destino, isto , a quem a mercadoria foi
destinada? Em troca damos o dinheiro, cheque ou assinamos um documento assumindo
aquela dvida (origens), isto , de onde originou aquela mercadoria?
a) CONSUMINDO ALGUMA COISA.
Quando consumirmos energia, gua etc., estamos recebendo da Cia eltrica ou de gua
os seus servios que so as origens. Em troca pagamospor esse uso, isto , para onde
destinamos o dinheiro - destino;
b) PAGAMENTO DE UMA CONTA.
Quandopagamos uma conta, o nosso credor a quem destinamos o dinheiro, portanto,
o destino. Em troca recebemos a nota ou o documento da dvida devidamente quitado
constituindo-se, portanto, na origem daquele gasto. a sua origem.
c) VENDENDO ALGUMA COISA.
Quando vendemos alguma coisa (bem, mercadoria etc.) este bem a origem do
dinheiro, do cheque ou do documento que garante que iremos receber. O nosso bolso, a
nossa conta bancria ser o destino do dinheiro originrio desta operao.
Assim por diante. Numa empresa nada diferente. O que um negcio seno uma
operao de troca isto , onde existe um comprador levando um bem e em troca, dando ao
vendedor o dinheiro ou um ttulo que garanta sua dvida. A nica diferena que na
empresa, as origens e os destinos so registrados pela contabilidade, ao mesmo tempo, ou
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seja, os lanamentoscontbeis sempre demonstram a origem e o destino da operao. So
as partidas dobradas.
1.3.1.2. ORIGENS E DESTINOS NATUREZA DAS CONTAS.
Agora fica fcil explicar a razo de na contabilidade existir contas de natureza
devedora e contas de natureza credora. Como podemos observar at agora, na
contabilidade quem ou aquilo que se recebe tem a natureza de dbito; e quem ou aquiloque se entrega, tem a natureza de crdito.
Para desenvolver as suas atividades a empresa precisa de capitais para aplica-los nas
vrias formas de trabalhar. SO OS DESTINOS:
a) Comprar imveis, mveis, mquinas, equipamentos, veculos etc.
b) Comprar matrias primas, materiais secundrios, embalagens (estoques) etc.,se for
uma indstria;
c) Comprar mercadorias para revender (estoques), se dedicar atividade comercial;
d) Comprar materiais para aplicar nos servios prestados (estoques) se for uma empresa
prestadora de servios;
e) Financiar as vendas a prazo(clientes) at que receba;
f) Pagar todas as despesas (funcionrios, energia, aluguel, telefone, impostos etc.);
g) Pagar os dbitos com fornecedores(compras a prazo), com financiadores (bancos etc)
etc;
h) Pagar aos acionistas (scios) os lucros e os dividendos da aplicao do capital.
Se para trabalhar ela recebe capitais para aplicar em tudo isso, e se j aprendemos que
o que ou aquilo que se recebe dbito, podemos concluir que todas as aplicaes, nas
contas acima mencionadas, contabilmente falando tem a natureza DEVEDORA. Seus
saldos sero sempre DEVEDORES ou ZERO, jamais sero CREDORES. Sempre sero
debitadas quando ocorrerem tais fatos.
Por outro lado, para adquirir tudo isso a empresa busca os capitais. Aonde?
As principais modalidades ou FONTES de capitais utilizados pela empresa. So as
ORIGENS:
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a) Recebe capitais dos acionistas(scios) que aplicam na empresa;
b) Retm os lucros ou os prejuzos apurados sem distribu-los para os scios;
c) Fica devendo (recebe capitais) dos fornecedores atravs das compras a prazo, de
qualquer coisa;
d) Recebe capitais de instituies financeiras que emprestam para a empresa trabalhar;e) Usa dos capitais destinados ao pagamento de tributos at o dia do vencimento, isto ,
recebe-os nas vendas e s paga depois;
f) Usa dos capitais destinados ao pagamento de funcionrios, isto , primeiro o
empregado trabalha para depois do final do ms receber;
g) Usa dos capitais destinados ao pagamento das despesas, isto , primeiro usa a energia,
o telefone, a gua etc. e s paga no vencimento.
h) Recebe capitais atravs de suas vendas a vista e a prazo(quando as recebe).Se, aprendemos que quem ou aquilo que se recebe CRDITO, todas
as contas que representarem alguma das origens acima tero sempre a natureza dos seus
saldos CREDORA. Seus saldos sero sempre CREDORES ou ZERO, jamais sero
DEVEDORES. Sempre sero creditadas quando ocorrerem tais fatos.
Nos casos previstos nas letras a e b acima chamamos de CAPITAIS PRPRIOS
(vindos dos scios) e nos demais, de CAPITAIS DE TERCEIROS.
1.4. A ORIGEM DO DBITO E DO CRDITO.
Ainda usando de nossa vida para uma analogia, e ratificando o que foi visto nosubitem anterior, quando recebemos um favor de algum, imediatamente dizemos ou
pensamos: fico devendo esse favor.
Se, recebemos nosso salrio porque, com ele, estamos pagando uma dvida que
tnhamos, ou seja, a obrigao de dar em troca a nossa fora de trabalho;
Comprando recebendo - uma mercadoria qualquer, assumimos uma dvida at que
venhamos pag-la. Portanto somos devedores.
Ao recebermos a gua em nossas torneiras ou a energia em nossa casa nos tornamos
devedores por estes servios at que venhamos pag-los;
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Quando o nosso credor nos entrega um ttulo qualquer que estava garantindo nossa
dvida, estamos recebendo algo que comprova que resgatamos aquela dvida, isto ,
passamos a deveroutra coisa, no caso o dinheiro.
nesta linha de raciocnio que se convencionou que as partidas dobradas sempre
possuem um dbito para o destino e um crdito para a origem do mesmo valor eao mesmo tempo.
Isso mais nada do que somar ou subtrair valores de cada conta, de acordo com a
operao e com a natureza da conta.
1.5. ARQUIVANDO OS FATOS CONTBEIS O DIRIO.
Os atos e os fatos ocorrem todos os dias e a todos os momentos. Os seus registros na
contabilidade so feitos num livro chamado dirio. Regra geral um livro exigido por lei.
Mas, mesmo que no seja exigido como acontece em alguns tipos de empresas ou
atividades (micros e pequenas empresas etc.) imprescindvel para a administrao daempresa, pois ali que ela encontra registrado tudo o que acontece, podendo assim
identificar todas as suas operaes.
O que mais importante, permite apurar os resultados obtidos (lucros ou prejuzos) a
qualquer hora que quiser e tomar vrias decises atravs de tais dados.
, portanto, um livro que armazena todos os acontecimentos. como se fosse um
dirio de uma pessoa.
1.6. SELECIONANDO E ACUMULANDO OS DADOS O RAZO.
Podem acontecer durante o dia, do ms ou do ano vrios fatos e acontecimentos iguais
isto , da mesma natureza (compras, vendas, pagamentos, recebimentos etc). Ocorre que
pelo dirio, tais registros no obedecem nenhuma ordem de classificao de acordo com a
natureza do fato, isto , eles so registrados no momento em que ocorrem
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independentemente de que natureza eles sejam. Isso faz com que em relao natureza
fiquem registrados de forma totalmente aleatria.
O razo o livro cujos registros ocorrem concomitantemente ao registro no dirio e
aos fatos tm por finalidade classifica-los por natureza; condensa-los pela somatria dos
dbitos e crditos e acumulados (armazena-los) juntamente com outros fatos iguaisocorridos anteriormente ou no mesmo perodo.
Isso quer dizer, por exemplo: se a empresa quiser saber o total das vendas ocorridas at
certa hora do dia, o total at o dia anterior, o total at o ms anterior etc. basta buscar o
arquivo da conta vendas que todos os valores estaro ali acumulados.Os dados ficam
guardados e vo aumentando ou diminuindo de acordo com os fatos. Significa que a
qualquer momento que se precisar de algum dado ele estar atualizado at aquele
momento. No razo as contas j estaro classificadas convenientemente.
1.7. DEMONSTRANDO A SITUAO DAS CONTAS O BALANCETE.
A acumulao (somatria) dos dbitos e crditos registrados em cada conta, alteram
ao longo do dia, do ms, do ano ou de qualquer perodo. Assim os seus saldos sempre so
alterados. No razo como foi dito, o saldo de cada conta estar sempre atualizado, podendo
ser consultado ou aferido a qualquer momento.
Ocorre que a empresa, em vrias oportunidades, e para vrias finalidades
(encerramento do perodo, tomar uma deciso, elaborar os demais demonstrativos
contbeis etc.) precisa visualizar ou usar todas as contas ao mesmo tempo. para isso que
existe o Balancete de Verificao.
Para o balancete so transferidos os saldos atualizados de todas as contas, retirados do
razo. , portanto um demonstrativo transitrio fundamental para que em um determinado
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momento seja possvel processar o encerramento dos resultados do perodo e a elaborao
dos demais demonstrativos (Demonstrao de Resultado, Balano Patrimonial etc.).
Geralmente, composto de duas colunas onde na primeira so registrados os saldos das
contas de NATUREZA DEVEDORA e na segunda, os saldos das contas de NATUREZA
CREDORA. Lembrando que a contabilidade sempre registra um dbito e um crdito ao mesmotempo, o valor total duas colunas devem ser exatamente iguais.
1.8. APURANDO OS RESULTADOS. - DEMONSTRAO DE RESULTADOS.
Toda organizao necessita, para fins gerenciais, para tomar algumas decises, para prestar
contas aos acionistas (scios) ou para atender as exigncias fiscais, de apurar o resultado de um
determinado perodo de funcionamento da empresa. Para isso usa-se um demonstrativo
chamado Demonstrao de Resultados do Exerccio ou simplesmente DRE.
O perodo a ser encerrado (apurado o resultado) depende da finalidade a que se destina,
mas as regras so as mesmas. Quando falamos em encerrado quer dizer que as contas de
resultado (receitas e despesas) so encerradas, ou melhor, zeradas, e que a diferena, sendo
lucro ou prejuzo ir somar (no caso de lucro) ou subtrair (no caso de prejuzo) o patrimnio
lquido.
Concluso importante pode ser tomada. Se o resultado somado ou diminudo do
Patrimnio Lquido; e se o resultado de uma empresa pertence aos acionistas (scios) bvio
concluir que o grupo Patrimnio Lquido representa os CAPITAIS PRPRIOS aplicados na
empresa.
O procedimento simples.
a) Retira-se do BALANCETE as contas de RESULTADOS na seguinte ordem:
-
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b Relaciona as contas de receitas (vendas de produtos de fabricao prpria, de
revenda de mercadorias ou de prestao de servios) com os respectivos valores e
totais. A soma representa a RECEITA OPERACIONAL BRUTA.
b Do total acima diminumos as DEDUES DAS RECEITAS que so os valores
referentes a (devolues, abatimentos, descontos incondicionais, tributos incidentesetc) chegando-se a um saldo que chamamos de RECEITA OPERACIONAL
LQUIDA.
b Da receita operacional lquida deduzimos os CUSTOS DOS PRODUTOS
VENDIDOS; O CUSTO DAS MERCADORIAS REVENDIDAS E/OU O CUSTO
DOS SERVIOS PRESTADOS. Ao resultado damos o nome de LUCRO
OPERACIONAL BRUTO.
bDo lucro operacional bruto deduzimos AS DESPESAS OPERACIONAIS e ao
resultado damos o nome de RESULTADO OPERACIONAL LQUIDO.
bAo resultado operacional lquido adicionamos ou subtramos o RESULTADO NO
OPERACIONAL que a somatria entre as RECEITAS NO OPERACIONAIS e as
DESPESAS NO OPERACIONAIS. Ao resultado chamamos de LUCRO OU
PREJUZO DO PERODO.
bDo resultado do perodo (se for lucro) deduzimos as PARTICIPAES (de
empregados ou scios) ou DIVIDENDOS; noutra linha deduzimos os tributosincidentes (Imposto de Rendas e Contribuio Social, se for o caso).
bDeduzidos os dois valores acima, finalmente, chegamos ao LUCRO OU
PREJUZO LIQUIDO DO PERODO, que o valor que ser somado ou diminudo
do PATRIMNIO LQUIDO, no balano.
1.9. REPRESENTANDO O PATRIMNIO O BALANO PATRIMONIAL.
Encerrado o perodo o fechamento do Balano Patrimonial no oferece maiores
dificuldades. Reflete a situao da empresa naquele momento. A sua demonstrao
simples:
a) Recorrendo ao balancete de verificao transcrevemos as contas patrimoniais
ATIVAS, que faro parte do ATIVO, devidamente classificadas na seguinte ordem:
-
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b As contas do Ativo Circulante representando os bens e direitos da empresa de
curto prazo (caixa, saldo de bancos, aplicaes financeiras, contas a receber, estoques e
outras contas etc.)
b As contas do Realizvel a Longo representando os bens e direitos da empresa de
longo prazo (aplicaes de longo prazo, contas a receber de longo prazo etc.) bAs contas do Permanente, com a devida subdiviso em Investimentos,
Imobilizado e Diferido.
bAo total destes trs grupos damos o nome de TOTAL DO ATIVO.
b) Recorrendo ainda ao balancete de verificao transcrevemos as contas
PATRIMONIAIS PASSIVAS, subdivididas em:
b
As contas do PASSIVO CIRCULANTE representando as obrigaes da empresade CURTO PRAZO (salrios a pagar, tributos a pagar, fornecedores, emprstimos ou
financiamentos de curto prazo etc). A esse grupo incorporamos o que foi apurado na
Demonstrao de Resultados referente Participao de Empregados ou Scios, aos
Dividendos a Pagar e Proviso dos Tributos Pagar, se for o caso (Imposto de
Rendas e Contribuio Social)
bAs contas do EXIGVEL A LONGO representando as obrigaes da empresa de
LONGO PRAZO (emprstimos, financiamentos etc.) b soma dos dois grupos acima descritos chamamos de EXIGVEL TOTAL ou
de CAPITAIS DE TERCEIROS.
c) Recorrendo ainda ao balancete de verificao transcrevemos as contas que
compem o PATRIMNIO LQUIDO (Capital, Reservas, Lucros ou Prejuzos
Acumulados etc.)
d) Recorrendo Demonstrao de Resultado transcrevemos o resultado final do
perodo. Se for lucro, somando aos Lucros Acumulados; se prejuzo, somando aos
Prejuzos Acumulados ou reduzindo os Lucros Acumulados.
e) soma do EXIGVEL TOTAL, com o PATRIMNIO LQUIDO, chamamos de
TOTAL DO PASSIVO + O PATRIMNIO LQUIDO, que deve ser exatamente
igual ao ATIVO TOTAL.
1.10.ONCLUSO SOBRE OS CONCEITOS BSICOS..
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A contabilidade passa a existir a partir da ocorrncia de um ato ou de um fato
administrativo. Baseado numa planificao contbil (plano de contas) os fatos soclassificados por contas; so registrados no dirio pelos lanamentos contbeis constitudos
por partidas dobradas (dbitos e crditos concomitantes), e ao mesmo tempo so
individualizados por natureza, classificados e armazenados no razo.
A apresentao consolidada de tais dados feita pelo Balancete de Verificao
permitindo assim uma viso total do patrimnio e o encerramento do resultado do perodo
pretendido.
O encerramento feito atravs da Demonstrao de Resultado do Exerccio e,imediatamente organizao do Balano Patrimonial.
A partir desses conceitos bsicos perfeitamente possvel elaborar os demais
demonstrativos contbeis como sero vistos frente, tais como DOAR Demonstrao
das Origens e Aplicaes de Recursos e da DMPL Demonstrao das Mutaes do
Patrimnio Lquido.
Finalmente pode-se perceber pelos conceitos propostos, que a contabilidade se
processa numa ordem perfeitamente lgica, quebrando vrios paradigmas existentes sobre
vrias convenes existentes para as tcnicas contbeis.
Depreende-se que os fatos contbeis vo formando um patrimnio que em algum
momento apresentado pelas demonstraes.
Em outras palavras e de forma resumida os conceitos propostos so os mesmos
utilizados por HILRIO FRANCO (1992;25). A anlise posterior a tudo isso. Segundo
HILRIO FRANCO os meios de que se utiliza a contabilidade ou as tcnicas contbeis
so:
Para atingir sua finalidade a contabilidade utiliza-se das seguintes tcnicas contbeis:
1 Escriturao registro dos fatos;
2 Demonstraes Contbeis (Balanos, inventrios e outras) exposio dosfatos;
3 Auditoria confirmao dos registros das demonstraes;
4 Anlise de Balanos anlise e interpretao das demonstraes.
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II. METODOLOGIA PROPOSTA PARA A FIXAO DOSCONCEITOS CONTBEIS.
Registrar um...dois....cem... eventos contbeis, simplesmentedominar uma tcnica; saber analisar todas as suas interferncias
nas vrias etapas da construo do patrimnio ter o domnioda informao; saber interpretar os seus efeitos na gesto e natomada de decises; dominar o conhecimento.
Um dos grandes problemas enfrentados na transmisso do conhecimento contbil est na
metodologia usada. O agente transmissor ainda insiste na idia de que baterias e mais bateriasde exerccios, principalmente sobre lanamentos contbeis e sobre fechamento das
demonstraes, possam ajudar o aprendiz a fixar conceitos e entender a mecnica contbil. Isso
tem sido um grande engano.
A experincia tem demonstrado que limitar o nmero de eventos contbeis usando em
contrapartida a tcnica de efeitos contbeis sucessivos; permitindo ao aprendiz acompanhar e
avaliar do todo processo at a interpretao final, infinitamente mais proveitoso.
2.1.A TCNICA DOS EFEITOS CONTBEIS SUCESSIVOS.
Consiste em trabalhar com apenas dois ou trs eventos contbeis demonstrando todas as
fases contbeis at a interpretao final dos resultados. Supondo que no dia 30/11/x0,levantando o balancete de verificao da empresa tenhamos encontrado os seguintes saldos de
contas:
BALANCETE DE VERIFICAO DO PERODO 01/01/x0 a 30/11/x0C O N T A S SALDOS EM 30/11/X0
Cd T T U L O S D B I T O C R D I T O
001 Caixa 20002 Bancos 3.100003 Contas a receber 6.480004 Estoques 13.650
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011 Contas a receber longo prazo 420021 Mveis e utenslios 9.930031 Fornecedores 12.300032 Salrios a pagar 1.030033 Tributos a pagar 1.320041 Financiamentos de longo prazo 7.460051 Capital 6.430
052 Lucros acumulados 12.530054 Prejuzos acumulados ( 6.570)061 Despesas diversas 6.650062 Despesas com salrios 6.910063 Despesas com aluguis 2.990071 Receitas de vendas 36.300074 Tributos sobre vendas ( 1.050)072 Rendas de aplicaes financeiras 1.010080 Custo das mercadorias vendidas 20.610
TOTAIS 70.760 70.760
Pedir ao aluno que efetue todos os lanamentos e que feche o balano solicitar
apenas a aplicao das tcnicas contbeis, sem analisar com maiores cuidados o que cada
evento provoca no patrimnio.
Entretanto se trabalharmos com cada evento, construindo toda interferncia que ele
provoca no patrimnio ser mais fcil explica-los; assim como ser mais fcil para o
aprendiz fixar os conceitos. Para facilitar o trabalho ao invs de usar do razo em T
mais fcil usar uma ficha de contabilidade para cada conta movimentada.
Suponhamos ainda que em dezembro XO tenham ocorrido os seguintes eventos:
- Discutindo apenas o evento a -
a. Compras de mercadorias $ 8.610 sendo $ 4.300 a prazo e $ 4.310 a vista pago em
cheque;
O que deve ser explicado que a empresa recebeu mercadorias que foram para os
estoques para serem vendidas posteriormente. Em troca das mercadorias a empresa
entregou ao fornecedor um titulo (duplicata) $ 4.300 e um cheque de $ 4.310.
Ao invs de concentrar esforos em saber a quem o que se debita ou se credita mais
fcil demonstrar quais as contas que foram movimentadas, pelas fichas de contabilidade
fica mais claro.
Pelo evento fcil identificar que foram movimentadas as contas de ESTOQUES,
FORNECEDORES, E BANCOS, nas quais devero ser lanados os respectivos valores.
Basta orientar o aprendiz que deve buscar o saldo anterior de cada conta na
contabilidade (balancete) e lanar o evento
FICHA DE CONTABILIDADECONTA: ESTOQUES
Cd Data H I S T R I C O Dbito Crdito Saldo D/C
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004 Saldo anterior 13.650 D
004 0/12/0 Compra nesta data 8.610 22.260 D
FICHA DE CONTABILIDADE
CONTA: FORNECEDORES
Cd Data H I S T R I C O Dbito Crdito Saldo D/C
031 Saldo anterior 12.300 C
031 Compras a prazo nesta data 4.300 16.600 C
FICHA DE CONTABILIDADE
CONTA: BANCOS
Cd Data H I S T R I C O Dbito Crdito Saldo D/C002 Saldo anterior 3.100 D
002 Cheque n .... pagto. Compras 4.310 1.210 C
Uma discusso frutfera pode ser desencadeada aps o feitio dos lanamentos
correspondentes ao primeiro evento. Vejamos:
a) Pode-se fixar melhor o conceito de dbito na conta de estoques pelo fato de ser uma
conta de natureza devedora, quando aumenta, soma-se outro dbito.
b) Permite fixar tambm o conceito de crdito na conta de Bancos, pois sendo uma
conta de natureza devedora, quando diminuda deve-se fazer um crdito.
c) A mesma fixao feita na conta de fornecedores que sendo de natureza credora,
quando aumenta, deve-se fazer um crdito.
d) Facilita explicar o conceito de o que se recebe dbito, observando o que aconteceu
na contabilidade quando a empresa recebeu os estoques; explicando tambm o conceito
de o que se entrega crdito, observando que ao entregaro cheque (creditou-se ao
banco) e ao entregara duplicata creditou-se ao fornecedor. Refora o conceito de troca
e das partidas dobradas.
Alm de todos os aspectos envolvendo a mecnica da contabilidade, indiscutvel que
o mais importante ao se trabalhar com essa metodologia a discusso sobre as funes e
sobre a importncia da contabilidade; sobre o patrimnio e sobre a gesto de empresas.
Alguns exemplos discutveis em relao ao primeiro evento:a) Pode-se demonstrar que o ATIVO (bens e direitos) no foi aumentado em $ 8.610
pela entrada dos estoques como pode parecer, pois $ 4.310 apenas mudou de lugar,
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isto , saiu do banco e foi para os estoques. O que aumentou no ATIVO foi apenas $
4.300 nos estoques (compra a prazo) mas, por outro lado o PASSIVO (obrigaes) foi
tambm aumentado em $ 4.300 pela parte a prazo, da compra.
b) Logo, pode-se concluir que na verdade o PATRIMNIO da empresa no foi
aumentado em $ 4.310 (8.610 4.300), como poderia se imaginar a primeira vista. Ofato serve para discutir o conceito de que o patrimnio somente cresce mediante
novos investimentos ou mediante resultados positivos ocorridos nas operaes da
empresa.
c) Falando de gesto, na discusso de um evento como este pertinente discutir a
necessidade da empresa criar estratgias para aumentar o giro dos estoques evitando
deixa-los parado.
d) No campo da anlise interessante discutir que a atitude de comprar parte dasmercadorias a prazo aumenta o grau de risco da empresa via endividamento, pois se
no vender os estoques no mesmo prazo obtido do fornecedor seguramente ter os
custos onerados. Sugere discutir tambm estratgias para as vendas a prazo
compatveis com as compras.
e) Ainda no campo da anlise fica claro que a liquidez (capacidade de pagamento) de
curto prazo (imediata) diminuiu, pois aplicou recursos disponveis (dinheiro em
banco) em estoques.
Da por diante, uma discusso abrangente sobre os efeitos de um evento contbil
seguramente facilitar o entendimento das funes e dos conceitos contbeis; permitir ao
aprendiz criar uma viso muito mais ampla sobre a contabilidade enriquecendo os seus
conhecimentos.
Indubitavelmente mais produtivo do que ficar simplesmente repetindo tcnicas de
lanamentos, conceitos de dbitos e crditos e a mecnica de fechamento. A mudana
radical passando do como fazer, para o porqu fazer.
SUGESTO: Experimente trabalhar todos demais eventos ocorridos no ms de dezembro
de X0 conforme sugesto, da mesma forma.
a) Vendas de $ 10.500 sendo $ 4.000 a prazo e $ 6.500 a vista; e que o custo total
destas mercadorias vendidas seja de $ 4.200;
b) Os tributos sobre as vendas acima so de $ 305;
c) Pagamento em cheque dos salrios de novembro $ 1.030;
d) Elaborao da folha de dezembro no valor de $ 1.100 que ser paga no incio de
janeiro de x1;
e) Pagamento de aluguis em dinheiro $ 270;
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f) Recebimento de contas a receber $ 2.620;
g) Depsito feito na conta bancria $ 8.300
Deve-se lembrar que o ideal seria criar uma planilha para o balancete e, a cada
evento, demonstrando as alteraes. Aps o preenchimento das fichas de contabilidade e
da discusso de cada evento ser possvel elaborar o balancete de verificao em 31/12/x0,que ser o seguinte:
BALANCETE DE VERIFICAO DO PERODO 01/01/x0 a 31/12/x0C O N T A S SALDOS EM 31/12/X0
Cdigo
T T U L O S D B I T O C R D I T O
001 Caixa 570002 Bancos 6.060003 Contas a receber 7.860
004 Estoques 18.060011 Contas a receber longo prazo 420021 Mveis e utenslios 9.930031 Fornecedores 16.600032 Salrios a pagar 1.l00033 Tributos a pagar 1.625041 Financiamentos de longo prazo 7.460051 Capital 6.430052 Lucros acumulados 12.530054 Prejuzos acumulados ( 6.570)061 Despesas diversas 6.650062 Despesas com salrios 8.010
063 Despesas com aluguis 3.260071 Receitas de vendas 46.800074 Tributos sobre vendas ( 1.355)072 Rendas de aplicaes financeiras 1.010080 Custo das mercadorias vendidas 24.810
TOTAIS 85.630 85.630
2.2. ESTRUTURAS DAS DEMONSTRAES FINANCEIRAS.
De posse do balancete de verificao possvel elaborar as demonstraes financeiras.
Todas as demonstraes possuem finalidades especficas embora todas tenham uma
finalidade comum, ou seja, resumir em um determinado momento os registros dos atos e
fatos praticados pela empresa dentro de um determinado perodo para que sejam usados dasmais diferentes formas.
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Alguns perodos ou momentos tambm so determinados por lei, outros, so definidos
de acordo com o interesse da prpria organizao. Da mesma forma so as demonstraes
algumas so exigidas por leis especiais outras no.
As principais demonstraes financeiras exigidas pela legislao do imposto de rendas
e pela Lei das sociedades annimas, aplicveis tambm aos demais tipos de sociedade so:a) Demonstrao de Resultados;
b) Balano Patrimonial;
c) Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos;
d) Demonstrao de Mutaes do Patrimnio Lquido.
Suas estruturas bsicas tambm so regulamentadas ou normatizadas. Esta
exigncia faz sentido porque uma das principais funes das demonstraes classificar oseventos administrativos, os atos ou os fatos contbeis em grupos representativos de eventos
patrimoniais ou do prprio patrimnio.
Embora no existam modelos exigidos por lei a praxe contbil conseguiu criar
estruturas que facilitam a leitura de tais demonstraes. Uma particularidade importante.
Para efeito de anlise em muitos casos h a necessidade de readequar a estrutura
demonstrada ou de reclassificar algumas contas ou grupos no sentido de facilitar os
trabalhos e dar valor real anlise.
2.2.1. ESTRUTURA DA DEMONSTRAO DE RESULTADOS DO EXERCCIO.
A lgica para se chegar a um resultado que das Receitas sejam deduzidos os Custos e
as Despesas. Sua elaborao no oferece dificuldades. Deve-se lembrar que todas as
demonstraes nascero da demonstrao provisria chamada de Balancete de Verificao
demonstrada linhas atrs. A primeira demonstrao a ser fechada a Demonstrao de
Resultados do Exerccio (DRE).
Para facilitar o raciocnio basta separar no Balancete de Verificao, as contas que
geram RESULTADOS (Receitas, Custos e Despesas), das contas PATRIMONIAIS para
podermos encerrar o perodo.
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CONTAS DE RESULTADOS
C O N T A S SALDOS EM 31/12/X1Cd T T U L O S D B I T O C R D I T O
Despesas diversas 6 .650Despesas com salrios 8.010
Despesas com aluguis 3.260Receitas de vendas 46.800Tributos sobre vendas ( 1.355)Rendas de aplicaes financeiras 1.010Custo das mercadorias vendidas 24.810TOTAIS 42.730 46.455
Como se pode observar h uma diferena entre as duas colunas de $ 3.725 que
seguramente o resultado do perodo. Basta-nos transportar aquelas informaes para a
demonstrao prpria para comprovar. As contas patrimoniais que sobraram no balancete
so:CONTAS PATRIMONIAIS
C O N T A S SALDOS EM 31/12/X1Cdigo T T U L O S D B I T O C R D I T O001 Caixa 570002 Bancos 6.060003 Contas a receber 7.860004 Estoques 18.060011 Contas a receber longo prazo 420021 Mveis e utenslios 9.930031 Fornecedores 16.600
032 Salrios a pagar 1.100033 Tributos a pagar 1.625041 Financiamentos de longo prazo 7.460051 Capital 6.430052 Lucros acumulados 12.530054 Prejuzos acumulados ( 6.570)
TOTAIS 42.900 39.175
A diferena entre as duas colunas a mesma, ou seja, $3.725. Isso d a certeza de que
o resultado ser $3.725. Com ele possvel fechar o balano.
Basta agora transportar as contas de resultados para a DEMONSTRAO DERESULTADOS DO EXERCCIO, destinada a apurar o lucro ou o prejuzo.
DEMONSTRAO DE RESULTADOS DE 01/01/X0 a 31/12/X0VALORESN + / -
= C O N T A S PARCIAIS TOTAIS1 (+) Receita operacional bruta 46.8002 (-) Dedues das receitas
Devolues de vendas -Tributos sobre vendas 1.355 1.355
3 (=) Receita operacional lquida ( 1 2 ) 45.4454 (-) Custo das mercadorias vendidas 24.8105 (=) Resultado operacional bruto (3 4 ) 20.6356 (-) Despesas operacionais
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(-) Despesas diversas 6.650(-) Despesas salrios 8.010(-) Despesas com aluguis 3.260 17.920
7 (=) Resultado operacional liquido ( 5 6 ) 2.7158 (+ / -) Resultado no operacional (R D) 1.0109 (=) Resultado lquido ( 7 8 ) 3.72510 (-) Imposto de rendas e contrib. social -
11 (=) Lucro lquido aps tributos (9 10) 3.725
Realmente o valor do resultado $3.725. Este resultado ir compor as contas
patrimoniais e permitir o fechamento do balano. Basta transportar as contas patrimoniais
que foram separadas e o resultado da DRE para o balano.
Quando o resultado for lucro, pode ser somado aos lucros anteriores, diminuir prejuzos
acumulados ou ficar separado no patrimnio lquido. Se for prejuzo pode ser somado a
prejuzos anteriores, compensados com lucros anteriores ou ficar destacado no patrimnio
lquido.O saldo anterior de lucros acumulados era $12.530
Lucro apurado no perodo $ 3.725 = $16.255
2.2.2. ESTRUTURA DO BALANO PATRIMONIAL
H estudiosos que j consolidaram algumas convenes sobre a estrutura grfica das
demonstraes embora legalmente isso no exista. Mas em respeito s autoridades que so
e em razo do bom layout que defendem, a prxis contbil as adota. Como exemplo de
uma demonstrao sugerida por um autor, IUDCIBUS (1988;51).
O autor entende que embora sendo uma conveno, o balano patrimonial deva serconstitudo de duas colunas: a coluna do lado esquerdo, destinada ao Ativo, e a do lado
direito destinada ao Passivo e ao Patrimnio Lquido.
J que conveno poderia ser colocado, por exemplo, em primeiro lugar ou em cima o
grupo Ativo e em segundo lugar ou logo abaixo, o Passivo e o Patrimnio Lquido.
Mas, falando de estrutura na acepo estrita da palavra no se referir a exposio
grfica das demonstraes. se referir estrutura das demonstraes no que diz respeito
disposio, classificao e lgica dos dados que nelas so expostos. A sim, existem
normas e princpios mnimos a serem seguidos.
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Nesse caso e como j foi visto, exige-se que os grupos ou as contas do ativo sejam
colocados numa ordem crescente de prazo em que podero ser realizados.
Explica-se assim a razo de que todos os Balanos Patrimoniais reflitam os bens e
direitos na seguinte ordem: Circulante, Realizvel a Longo e Permanente; que um Ativo
Circulante espelhe suas contas na seguinte ordem: Disponibilidades, Valores em ContasBancrias, Valores em Aplicaes Financeiras de Curto Prazo, Contas a Receber, Estoques
e da por diante.
Pelo lado do Passivo e do Patrimnio Lquido o raciocnio o mesmo isto , os grupos
e as contas so colocados numa ordem crescente, mas agora, do prazo de maturao isto ,
do prazo que tais recursos sero exigidos da empresa.
Assim explica-se a razo de serem representados na seguinte ordem: Passivo
Circulante, Exigvel a Longo e Patrimnio Lquido; que o Passivo Circulante disponha-se pelos dbitos operacionais de curto prazo: salrios a pagar, tributos a recolher,
fornecedores, emprstimos de curto prazo etc. o que se pode notar com a demonstrao
do Balano Patrimonial, a seguir.
BALANO PATRIMONIAL ENCERRADO EM 31/12/X0ATIVO VALOR PASSIVO E PL VALOR
CIRCULANTE 32.550 CIRCULANTE 19.325Caixa 570 Fornecedores 16.600
Bancos 6.060 Salrios a pagar 1.100Contas a receber 7.860 Tributos a pagar 1.625Estoques 18.060 EXIGVEL A LONGO 7.460
Financiamentos longo prazo 7.460EXIGVEL TOTAL 26.785
REALIZVEL A LONGO 420 PATRIMNIO LQUIDO 16.115Contas de longo prazo 420 Capital 6.430
PERMANENTE 9.930 Lucros acumulados 16.255Mveis e utenslios 9.930 Prejuzos acumulados (6.570)
TOTAL DO ATIVO 42.900 PASSIVO + P.L. 42.900
2.2.3. ESTRUTURA DA DEMONSTRAO DAS ORIGENS E APLICAES DERECURSOS.
As demais demonstraes primam muito pela lgica.
Na Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos (DOAR) pela lgica demonstra-se
primeiramente em que os recursos foram aplicados e em segundo lugar, demonstra-se de
onde eles vieram. Forma-se pela ordem: primeiramente as origens e depois as aplicaesou destinos. Para efeito de anlise essas estruturas so muito importantes.
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Entretanto, segue a lgica. A rigor no existe um modelo padro para esta
demonstrao. Todas variam de acordo com o tipo e com o nmero de eventos ocorridos
durante o perodo.
Para efeito de anlise de gesto a utilidade da DOAR muito limitada pelos seguintes
fatores:a) Como todas as demonstraes se compe de dados do passado;
b) Sua disposio inicial ou fundamento parte dos grupos no circulantes para se
chegar variao do Capital Circulante Lquido (CCL) que o que interessa. Tal
fato esconde vrios fatos que ocorreram no curto prazo ou nos ltimos dias do
perodo levantado
Diante de tais observaes sua validade, para efeito de anlise, no vai alm de
informar a influncias das depreciaes e das amortizaes ou das aplicaes em permanente e investimentos financeiros; ou ainda detectar os valores das variaes
monetrias ou cambiais que no afetam o Caixa.
Mas, a rigor, talvez seja a nica demonstrao contbil que pudesse ser chamada de
Demonstrao Financeira.
As demais demonstram situaes patrimoniais (Balano Patrimonial e Demonstrao
de Mutaes do Patrimnio Lquido); situaes econmicas (Demonstrao de
Resultados).Fundamentalmente tem por funo demonstrar a variao dos capitais circulantes entre
dois perodos.
DEMONSTRAO DE ORIGENS E APLICAES DE RECURSOS
ENTRE DOIS EXERCCIOS.
PERIODOSTIPO DE VARIAES20x0 20x1 Variao
1 ORIGENS DOS RECURSOS1.1 OPERACIONAIS(+/-) Resultado lquido do exerccio(+) Depreciaes e Amortizaes do Permanente(+/-) Correo integral do Patrimnio(+) Variao monetria ou cambial do Exigvel(-) Variao monetria ou cambial do Real. Longo(+) Baixas do Permanente
1.2 DOS SCIOS OU DE TERCEIROS(+) Reduo do Realizvel a Longo(+) Dividendos recebidos e a receber
1.3 TOTAL DAS ORIGENS
2 APLICAES DOS RECURSOS2.1. (+) Dividendos pagos e a pagar2.2.(+) Aumento do Realizvel a Longo2.3 (+) Aumento do Permanente
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2.4 (+) Reduo do Exigvel a Longo2.5 (=) TOTAL DAS APLICAES
3 Aumento ou diminuio do CCL (1.3 2.5)
4 Variao do CCL ( Ativo Circulante Passivo Circulante)
2.2.4. ESTRUTURA DA DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIOLQUIDO.
uma anlise no sentido de informar como ocorreram as variaes do Patrimnio
Lquido (Capital Lucros Reservas - Dividendos).
Refere-se tambm sobre informaes do passado embora para efeito de anlise de
gesto possa informar:a) O processo de investimento de capitais.
b) A atualizao do dos ativos a valor de mercado (reavaliao).
c) Os reinvestimentos dos resultados ou capitalizao.
d) Os destinos dos resultados do perodo.
DEMONSTRAO DAS MUTAES DO PATRIMNIO LQUIDO
OCORRNCIAS Capital Reservas deCorreo
Reservas de
Lucros
Lucros
Acumulados1 SALDOS INICIAIS 31/12/x02 OCORRNCIAS DO PERODO
(+/-) Aumento de capital(+) Aumento de capital em moeda(+) Reavaliao de ativos(+/-) Resultado da Correo do
Patrimnio(+/-) Lucro ou Prejuzo do perodo
3 SALDO EM 31/12/x1
2.3. LEITURA DOS DADOS CONTBEIS PARA EFEITO DE ANLISE.
Os conceitos dos componentes patrimoniais tambm so definidos por legislaes
especiais, basicamente pela Lei 6.404/96 e Dec. Lei 1.598/97. Mas para serem utilizados
como fontes de anlise devem ser traduzidos em linguagem de anlise, muito diferente
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pois, a partir da que se consegue entender a contabilidade como fonte de informaes
indispensveis gesto das empresas.
A partir do momento em que os dados so transformados em informaes, j incio de
um trabalho de anlise. mais ou menos nessa linha de pensamento que DANTE
MATARAZZO (1991:22) d o seu conceito sobre os objetivos da anlise dasdemonstraes A anlise de balanos tem por objetivo extrair informaes das
Demonstraes Financeiras para a tomada de deciso.
O comentrio do autor separa, portanto, o Contador do Analista sendo que o primeiro
preocupa-se com dados e o segundo preocupa-se em traduzir dados em informaes. Um
melhor entendimento poderia ser retirado das seguintes comparaes:
GRUPO ATIVO
G LEITURA COM BASENOS CONCEITOS CONTBEIS. LEITURA COM BASENOS CONCEITOS DE ANLISE
AC
a) Bens direitos, destinos ouaplicaes de capitais de curto prazo; ainda ativo real decurto prazo.
b) Parte do capital de giro a curtoe do CCL.
a) estratgico para investimentos esensvel aos efeitos inflacionrios,fazendo parte do ativo operacional e doCCL.
b) Sua reduo pode representar a reduodo capital de giro ou a remessa derecursos para o longo prazo.
c) Deve ser financiado pelos crditosoperacionais;
d) O importante no o seu volume, mas asua dinmica (o giro).
G LEITURA COM BASENOS CONCEITOS CONTBEIS
LEITURA COM BASENOS CONCEITOS DE ANLISE
RL
a) Bens e direitos, aplicaes oudestinos de capital de longoprazo.
b) Parte do capital de giro delongo prazo
a) Seu aumento implica na absoro derecursos do curto prazo ou dopermanente, no primeiro caso interferindona liquidez;
b) Deve ser financiado por recursos de longo
prazo.c) So os recursos que mais sofrem com os
efeitos inflacionrios, pois tem um giromenor do que o AC.
d) parte do ativo operacional, mas no doCCL
G LEITURA COM BASENOS CONCEITOS CONTBEIS
LEITURA COM BASENOS CONCEITOS DE ANLISE
PER
So investimentos em bens de uso,
de renda e em gastos pr-operacionais.
a) Os investimentos permanentes devem serlimitados, evitados ou substitudos. Nomximo devem ser financiados por
recursos de longo prazo ou prprios.b) So insensveis aos efeitos inflacionrios.c) O uso deve ser racionalizado ao mximo,
pois gera custos financeiros e nofinanceiros.
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GRUPO PASSIVO E PATRIMNIO LQUIDOG LEITURA COM BASE
NOS CONCEITOS CONTBEISLEITURA COM BASE
NOS CONCEITOS DE ANLISE
PC
a) So origens, fontes de capitaisou obrigaes de curto; ouainda capitais de terceiros de
curto.b) Passivo operacional e parte do
CCG e CCL e do Exig. Total.c) Passivo real de curto.
a) No deve ser privilegiado, exceto asdvidas operacionais no onerosas; devefinanciar ativos de curto prazo.
b) A sua qualidade determinante, poiscompromete a liquidez e gera custo.
c) Seu aumento pode significar reduo deorigens de longo prazo.
EL
a) Obrigaes, origens decapitais ou passivooperacional ou real de longoprazo;
b) Parte exigvel total e do CG delongo prazo.
a) a melhor fonte de capitais de terceirose deve financiar investimentos de longo prazo, mas a sua qualidade tambm importante;
b) Seu aumento implica na remessa derecursos para o curto ou para o longoprazo;
c) No deve ser reduzido para aumentarfontes de curto prazo;
G LEITURA COM BASENOS CONCEITOS CONTBEIS
LEITURA COM BASENOS CONCEITOS DE ANLISE
PL
a) Capitais prprios ou origensprprias;
b) Diferena entre ativo epassivo;
c) Compe-se de capital lucros ereservas;
d) Patrimnio social;
a) Deve ser privilegiado por no seroneroso.
b) Reflete a performance, a dimenso e aevoluo da empresa e o nvel deremunerao sobre os capitais investidos
c) Altera-se pelos aportes, pelos resultadose pelas reavaliaes;
GRUPO DE RECEITAS, CUSTOS E DESPESASG LEITURA COM BASE
NOS CONCEITOS CONTBEISLEITURA COM BASE
NOS CONCEITOS DE ANLISE
ROP
a) Resultado da prpriaatividade.
b) Reflete a capacidade deproduo.
c) O preo baseado nos custos
a) As eficincias operacional mercadolgicae financeira so determinantes no seuvolume.
b) Um aumento de valor no significanecessariamente melhorias nos resultados
c) Depende mais das variveis externas doque internas e o preo determinado pelomercado.
CUSTO
a) So dispndios necessrios obteno das receitas.
b) o custo de produo decomercializao ou dosservios, determinante do preo aser praticado e nos resultados.c) So fixos, semifixos,
variveis ou semivariveis.
a) Seu volume depende fundamentalmentedas eficincias mercadolgica, financeirae operacional da organizao.
b) Orienta, mas no determinante naformao do preo, pois depende devariveis internas e externas.
c) Deve ser considerado agregado aosprodutos mercadorias ou servios,embora exercendo influncia nosresultados.
DOPa) So despesas necessrias
obteno de receitas.
a) Seu volume depende fundamentalmente
das eficincias mercadolgica,financeira e operacional da organizao.b) Orienta, mas no determinante na
formao do preo, pois depende devariveis internas e externas.
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b) Podem ser fixas ouvariveis.
c) Em anlise as despesas financeiras noso necessrias atividade operacionais
d) devem ser consideradas como agregadoembora exeram influncia nosresultados..
GRUPO DO RESULTADO
G LEITURA COM BASENOS CONCEITOS CONTBEIS LEITURA COM BASENOS CONCEITOS DE ANLISE
RESUL
a) a diferena entre as receitasos custos e as despesasdemonstrando o efeito dotrabalho de uma empresa.
b) Pode ser operacional ou nooperacional, dependo do tipodas receitas, dos custos e dasdespesas.
a) Depende das eficincias e das eficciasda empresa nos aspectos operacional,financeiro e mercadolgico.
b) No existe limite mximo, mas deve terum parmetro mnimo conhecido antesdas operaes.
c) o indicador seguro que define aatratividade da empresa p/o investidor
III. A ANLISE NA CONCEPO TRADICIONAL.
H determinados conceitos, fundamentos e princpios que soimutveis pela prpria essncia, e por issocircunstanciam e institucionalizam a cincia a que servem nas suas
mais diversas variaes.
3.1. O SURGIMENTO DA ANLISE DE BALANO.
Muitas definies e conceitos sobre a anlise so explorados pelos autores das mais
variadas escolas de contabilidade. Para alguns como DANTE MATARAZO (1991;26) a
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anlise surgiu e prosperou dentro do sistema bancrio no final do sculo XIX mas no
Brasil somente comeou a ser difundida no final dos anos 70.
Alias a SERASA empresa conhecida no Brasil por trabalhar nessa rea, foi criada em
1.968. , portanto uma parte da cincia contbil relativamente nova.
Segundo o autor, a anlise de balanos tornou-se obrigatria nos EEUU em 1.915quando o Federal Reserv Board (Banco Central do EEUU) definiu que somente poderia
negociar ttulos com empresas que apresentassem os seus balanos aos bancos. A
concesso de crdito foi, portanto, uma das primeiras finalidades da anlise de balanos.
Em 1.918 o FED (Banco Central Americano) normatizou as apresentaes das
demonstraes para efeito de anlise criando inclusive, formulrios padronizados para que
fossem apresentados pelas empresas como orientador das operaes bancrias.
3.1.1. A CONTABILIDADE E A ANLISE.
Segundo vrios autores a contabilidade e a anlise muito embora, esta ltima somente
tenha se difundido no Brasil a partir da dcada de 70, nasceram juntas.
Alis, IUDCIBUS (1988;19) vai mais longe. Para ele a necessidade de analisar as
demonstraes pelo menos to antiga quanto prpria origem de tais peas.
O mesmo autor, na mesma obra a anlise de balanos (sic) deve ser entendida como
uma tcnica cheia de possibilidades, mas tambm com vrias limitaes. Mais aponta
problemas a serem investigados do que solues.
sintomtica a necessidade de mudar a forma de analisar a partir do momento que a
prpria contabilidade deixa de responder s necessidades de vrias outras informaes
utilizadas na gesto de empresas.
DRUCKER (1995:69) emrito conhecedor da arte de administrar entende que existem
dois grandes desafios para a gesto moderna. O primeiro como obter os dados
necessrios, testa-los e junt-los ao sistema de informaes existente; o segundo saber
como tornar os dados eficazes, para o processo de decises em uma organizao.
Lembrando a contabilidade o autor diz que as empresas dependem de dados internos
como custos, ou de hipteses no testadas a respeito do exterior. De uma ou de outra forma
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ele afirma: as empresas esto tentando voar com uma asa s. Referindo especificamente
contabilidade ele diz:
As pessoas normalmente consideram a contabilidade como sendo financeira. Masisto vlido somente para a parte que lida com ativos, passivos e fluxos de caixa; esta apenas uma pequena parte da contabilidade moderna. A maior parte desta lidacom operaes ao invs de finanas e, para a contabilidade operacional, o dinheiro simplesmente uma anotao e uma linguagem para expressar eventos no-monetrios.A contabilidade est sendo abalada at as razes por movimentos de reforma que virofazer com que ela deixe de ser financeira, e se torne operacional....A contabilidadetornou-se a rea intelectualmente mais desafiadora no campo gerencial e amais turbulenta..
3.2. CONCEITOS DE ANLISE DAS DEMONSTRAES.
Eisnsten j dizia: Tudo deve ser to simples, quanto mais simples puder ser, e nunca
ainda mais simplificvel.
partindo dessa crua verdade que deve se propor alguns conceitos de anlise das
demonstraes. Simplificar a palavra de ordem.
Simplificar os dados em coeficientes, ndices, quocientes ou percentuais para com isso
conseguir simplificar as suas leituras; detectar e simplificar as suas causas; simplificar oestudo de seus efeitos e racionalizar estratgias futuras.
Analisar conhecer o todo pelas partes que o compe. Filosoficamente um processo
por meio do qual se sobe do composto aosimples, dos efeitos s causas.
Matematicamente falando analisar produzir um conjunto de operaes que permite
produzir um espectro a fim de se tirar uma concluso.
Como instrumento de gesto (englobando todos os conceitos), um conjunto de
diagnsticos setoriais da organizao, traduzindo os efeitos e as causas dos resultados
obtidos pelo processo administrativo e produzindo espectros sobre o futuro do patrimnio
gerido, orientado pelas representaes de suas partes.
Para HILRIO FRANCO (1992;93,97)
Analisar uma demonstrao decomp-la nas partes que a formam, paramelhor interpretao de seus componentes... a decomposio dos fenmenospatrimoniais em seus elementos mais simples e irredutveis.
LOPES S (1981;13) um dos grandes cientistas da contabilidade usa o comportamento
humano para explicar o trabalho de anlise. Segundo ele latente no esprito humano o
desejo de conhecer as partes de um todo.
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O mtodo de conhecer as partes de um objeto, de um idia, ou de qualquer coisa, o mtodo analtico.... Analisar dividir um objeto em partes para conhecer bemtudo aquilo de que feito um todo....Anlise , pois, um caminho de entendimentosatravs das partes ou elementos de um conjunto. ...Busca-se o mais simples paraconhecer como se estrutura e como funciona o mais complexo.
O autor citado defende a diversidade dos procedimentos de anlise de acordo com
cada tipo de atividade econmica.
uma idia que lana desafios mostrando que o trabalho de anlise no possui receitas
iguais para os mesmos nmeros, e que vai alm da mera traduo dos nmeros expressos
nas demonstraes.
Referindo-se s normas internacionais de contabilidade, ressalta tambm que os
procedimentos de anlise variam de pas para pas.
3.3.OS MODELOS USADOS NA ANLISE.
Segundo MATARAZZO (1991;27) Alexander Wall, considerado pai da Anlise de
Balanos, apresentou em 1.919 o modelo de anlise que usa os ndices. O princpio no foi
modificado, mas os tipos de ndices, hoje esto bastante diferentes. Os ndices um dosmodelos mais utilizado at hoje.
A partir de 1.931, a Dan & Badstreet, empresa americana encarregada de anlise de
empresas, comeou a divulgar os ndices padro de vrias atividades econmicas
americanas.
Na dcada de 30 apareceu o primeiro modelo de anlise de rentabilidade, para as
empresas, conhecido at hoje comoDu Pont, (anlise do ROI Return on Investiment) que
decompe a taxa de retorno em taxas de margem de lucro e de giro dos negcios.O modelo de ndices sofreu vrias modificaes conceituais e as mais conhecidas so.
3.3.1. OS COEFICIENTES.
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a relao de uma parte com o todo isto , com uma grandeza maior. Para HILRIO
FRANCO (1992;97) coeficiente a determinao da percentagem de cada conta ou grupode contas em relao ao seu conjunto.
Exemplo: Ativo Circulante relacionado com o Ativo Total;ou Contas a receber
com o Ativo Total.
3.3.2. OS QUOCIENTES.
uma relao entre os componentes de um conjunto homogneo. HILRIO FRANCO
assim definiu: o estabelecimento da relao entre componentes de um mesmo conjunto
Exemplo: Caixa relacionado com o Ativo Circulante; ou Ativo Circulante relacionado
com o Ativo Total.
Segundo IUDCIBUS o uso dos quocientes tem como finalidade principal permitir aos
analistas visualizar e extrair tendncias e compar-los com os padres preestabelecidos.
em outras palavras ver o passado e atravs dele, fornecer algumas atitudes que devero ser
aplicadas no futuro.
3.3.3. OS NDICES.
Designa os valores de uma mesma varivel isto , a posio de um elemento no quadro.
Geralmente so relaes entre dois coeficientes. Para MATATARAZZO (1991;96)
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ndice uma relao entre contas ou grupos de contas das Demonstraes Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situao econmica ou financeira deuma empresa...fornecendo uma viso ampla da situao econmica ou financeirada empresa.
HILRIO FRANCO conceitua ndice da seguinte forma: a comparao
entre componentes do conjunto em sucessivos perodos.
3.4. OS PRINCIPAIS COEFICIENTES E NDICES.
Regra geral a anlise das demonstraes financeiras feita mediante a traduo dos
dados ou valores, em coeficientes ou ndices permitindo assim a sua traduo em
informaes. Os principais grupos de coeficientes e ndices so:
3.4.1. COEFICIENTES DE LIQUIDEZ.
Medem a capacidade que a empresa possui de pagar suas obrigaes com base nos
prprios recursos circulantes. parte da anlise financeira da empresa. Para IUDCIBUS a
anlise financeira por quocientes um dos instrumentos de avaliao mais importantes no
desenvolvimento da contabilidade.
Por unanimidade dos autores considera-se que tais coeficientes representam o quanto a
empresa possui em unidade monetria (real) para pagar cada unidade monetria (real) de
dvida. Assim, como parmetro usa-se dizer que estando ele acima de 1,00 a empresa est
como uma capacidade de pagamento ideal.
3.4.2. COEFICIENTES DE ENDIVIDAMENTO.
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So relaes que demonstram o grau de comprometimento dos ativos circulantes da
empresa (ativo circulante e/ou realizvel a longo) perante terceiros (dvidas).
tambm unanimidade entre os autores, at por questes matemticas, a avaliao de
que quando esse coeficiente superior a 0,50 indica que a empresa comea a pertencer
mais terceiros do que aos prprios componentes da sociedade.
3.4.3. COEFICIENTES DE RENTABILIDADE.
Revelam a capacidade de retorno dos investimentos, isto , demonstra o percentual de
lucro gerado pelos capitais investidos. uma anlise que segundo os estudiosos revela a
real capacidade que a empresa possui e obter resultados em funo de suas atividadesprincipais (operacionais)
3.4.4. COEFICIENTES DE LUCRATIVIDADE.
Demonstram a capacidade que a empresa possui de obter retorno atravs da aplicao
de capitais nas suas atividades operacionais.
Segundo a maioria dos autores uma anlise de suma importncia na viso do
investidor, que interessa saber a capacidade da empresa de conseguir resultados com os
capitais que nela so investidos;
3.4.4. COEFICIENTES DE ROTATIVIDADE.
Demonstra a velocidade com que os recursos giram tanto pelos destinos quanto pelas
origens de capitais.
Considerando que o poder de ganho da organizao est condicionado a dois fatores
bsicos, margem e giro esse estudo da mais alta importncia principalmente porque numa
economia altamente competitiva, o fator margem determinado pelo mercado.
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Assim, a capacidade de dar velocidade aos recursos aplicados determinante na anlise
da administrao.
3.5. AS LIMITAES DO USO DOS COEFICIENTES.
Os coeficientes, quocientes e ndices so frmulas matemticas que traduzem os
dados em informaes.
No havendo regras rgidas as frmulas variam de acordo com uma srie de fatorescomo a informao que se quer criar; de acordo com o tipo da empresa ou do negcio;
dentro do espao temporal a que se destina; de acordo com a finalidade a que se destinam;
em funo da criatividade e da sensibilidade do analista; muda de acordo com o enfoque
especfico que se quer dar ao estudo etc.
Alm das frmulas j consagradas muitas outras j surgiram e ainda surgiro.
Assemelha-se, entretanto, que sempre haver limitaes e que jamais o assunto poder ser
considerado como esgotado.
WOLFGANG ( 1997:34) d uma grande lio a esse respeito. Segundo ele:
O bom-senso (common sense) , sem dvida, a base mais slida para sermoslgicos, prticos e claros. Afinal, o bom-senso um aliado da lgica, praticidade eclareza. O entusiasmo ou pessimismo em excesso e a falta de informaes mnimasso inimigos do bom-senso. No devemos confundir arrojo ou medo com bom-senso.O bom-senso fortalece e sustenta mais concretamennte idias e concluses.....Contudo,o bom-senso implica a necessidade de certo conhecimento tcnico, pesquisae questionamento....Por outro lado, o conhecidofeeling(percepo, sentimento)muitas vezes pode ser (e ) invocado para tentar explicar algum fenmeno na anlise....
Ofeeling, mesmo sendo de origem subjetiva, implica certa sustentao lgica...
exatamente isso que se pretende. Primeiramente preciso deixar claro que o bom
senso e os estudos j provaram que a anlise atravs do coeficiente e ndices, j prestou
grandes servios gesto e aos negcios.
Por outro lado h estudiosos, raros com certeza, que abominam a importncia de tais
estudos como instrumentos de gesto, dado exatamente s suas limitaes.
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O que deve ter faltado o bom senso isto , certo conhecimento especfico e tcnico,
pesquisas e questionamento. o que est sendo feito agora por uma nova safra de
estudiosos sobre o tema.
O que se questiona se os coeficientes e ndices so verdades ou inverdades
absolutas. Nem uma coisa nem outra.
Questiona-se tambm se o conhecimento sobre o ambiente, sobre o mercado e o
feeling no oferecem lgicas suficientes para enriquecer e robustecer um trabalho de
anlise. Isso pode ser perfeitamente testado.
3.5.1. AS LIMITAES DA ANLISE QUANTITATIVA.
No h como discutir a limitao do estudo feito atravs de coeficiente e de ndices
vez que se referem a dados e s informaes passadas. Sobretudo, no trabalham com um
cenrio maior de informaes.
Ensaios e opinies de vrios autores quando sinalizam e at mesmo enfatizam aslimitaes desse tipo de anlise (uso de coeficiente e de ndices) uma mxima.
MATARAZZO (1991;31) enftico:
A anlise de balanos tradicional detm-se exclusivamente no passado da
empresa, por serem os dados do passado os nicos contidos nas
demonstraes financeiras.
IUDCIBUS (1988:175) deixa muito claro que o uso dos quocientes oferece grandes
limitaes mesmo que comparados com: a) com a srie histrica da prpria empresa, b)
com algum padro previamente estabelecido, c) com quocientes anlogos de empresas
pertencente ao mesmo mercado, d) com certos parmetros de interesse regional, nacional
ou internacional.
O mesmo autor na mesma obra (183) taxativo que a anlise onde se leva em conta
apenas os valores das demonstraes financeiras possui uma limitao adicional que noconsiderar as quantidades fsicas expressas naqueles valores. Defende a anlise que se leva
em conta a eficincia e a produtividade dos fatores.
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Esta mais uma das razes do presente trabalho. Mesmo utilizando algumas tcnicas
previsionais, com as quais alguns autores mais modernos j esto trabalhando, as
limitaes no so totalmente eliminadas. Sempre haver uma margem de erro,
principalmente tratando de previses.
Sem a presuno de querer eliminar todas as margens de erro, o trabalho prope uma
anlise ambiental isto , considerando o mercado e o seu funcionamento como varivel to
ou mais importante do que as potencialidades internas da organizao.
Mais do que isso amplia na anlise dos fatores internos, estudos de informaes que
extrapolam as demonstraes financeiras, mas que nela se refletem, pois interferem nas
capacidades e competncias da empresa.
Finalmente conjuga as informaes obtidas pela a anlise das vrias eficincias da
empresa traduzindo isso em ferramenta para gesto ou para tomada de deciso.
WOLFGANG (1997:239) traduz toda preocupao com as limitaes da anlisequantitativa. Para ele:
Os ndices, como medidores das relaes entre vrios nmeros integrantesdas demonstraes financeiras de uma empresa, so ferramentas bastante teis paraanlise, resumindo grande quantidade de dados e de forma que geralmente defcil compreenso. Contudo, os ndices tm limitaes considerveis que devemser lembradas quando avaliamos seu significado em determinado caso.
O autor foi muito feliz nas suas concluses. Leva em conta a rigidez das demonstraes
contbeis diante dos princpios; ressalta os reflexos das mudanas macro-ambientais, sobre
as demonstraes; considera as mudanas internas etc.
Chega ao ponto, de concluir que os ndices no esgotam a anlise e, isolados, no
refletem situaes favorveis ou desfavorveis na operao ou administrao da empresa.
Essa a pura realidade. A anlise ambiental interna e externa na opinio do autor
fundamental para qualquer avaliao, poltica de gesto ou tomada de deciso.
Em outra obra o mesmo autor (1997:119) ensina:
Ainda que a anlise de balanos utilize uma srie de clculos consagrados (quocientesde liquidez, de rentabilidade, de endividamento, por exemplo), sempre haver espaopara diferenas pessoais entre cada analista, luz de sua formao acadmica,experincia profissional, perspiccia, sensibilidade etc.....(124). fundamental ter emmente que as cifras dos demonstrativos podem estar sensivelmente afetadas poroscilaes macro e micro econmicas, ocorridas durante o perodo contbil, e que fogem
ao controle da empresa....
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uma prova contundente da relatividade da anlise quantitativa e do subjetivismo
da anlise na tica de cada analista. Entretanto, fica claro o peso da sensibilidade do
analista, ao vislumbrar os ambientes interno e externo em que a empresa se insere.
com essa sensibilidade que ele consegue avaliar as interferncias e os efeitos
provocados pelas polticas internas e externas nas atividades empresariais.
3.6. A EVOLUO DOS MODELOS; AS ANLISES HORIZONTAL E VERTICAL.
Pela proliferao do uso dos coeficientes, quocientes e ndices na anlise quantitativa,tudo parece indicar que estes mtodos fossem os modelos mais recentes de anlise, mas
no so.
As anlises horizontal e vertical so formas mais comuns e simples de expressar uma
informao. Apesar de suas simplicidades tais anlises revelam informaes importantes.
Surgiram em 1925 nos EEUU quando, Stephen Gilman ao criticar o sistema de anlise
por coeficientes props a anlise que vislumbrasse ndices encadeados para indicar as
variaes havidas nos vrios elementos do patrimnio.
3.6.1. A ANLISE HORIZONTAL.
Na sua proposta do autor o mtodo permite analisar a evoluo de uma de uma contaou de um grupo de contas entre perodos diferentes. Serve tambm para construo de uma
srie histrica da empresa, elemento fundamental para ajudar no estudo de tendncias.
Por outro lado, a exemplo dos demais modelos, trabalha fundamentalmente com efeitos
e dificilmente revelas as causas das mudanas. Pode ser evolutiva ou retrospectiva.
Segundo IUDCIBUS esse tipo de anlise muito importante para descobrir e avaliar
a estrutura e composio de itens das demonstraes e a sua evoluo no tempo.
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3.6.2. A ANLISE VERTICAL.
inseparvel da anlise horizontal. Demonstra a estrutura das demonstraes
podendo assim servir para estabelecer tendncias. Tambm espelha os efeitos, e em
algumas demonstraes tambm possvel descobrir algumas causas primrias. Revela o
percentual que uma grandeza est contida na outra. Exemplo:
3.6.3. EXEMPLO DAS ANLISES HORIZONTAL E VERTICAL - BALANO.
EXEMPLO DAS ANLISES HORIZONTAL E VERTICALDO BALANO PATRIMONIAL.
Demonstraes em milhares de reaisELEMENTOS
ANOS 20x2 20x1 20x0Contas ou Grupos Valor H V Valor H V Valor H V
ATIVOCIRCULNTE 1.250 1,15 0,48 1.820 1,68 0,64 1080 1,00 0,47Disponibilidades 120 0,48 0,10 90 0,36 0,05 250 1,00 0,23
Contas a receber 480 0,94 0,38 620 1,21 0,34 510 1,00 0,48Estoques 650 2,03 0,52 1.110 3,47 0,61 320 1,00 0,29
REALIZAVELA LONGO 420 0,82 0,16 180 0,35 0,06 510 1,00 0,22
PERMANENTE 980 1,30 0,36 860 1,14 0,30 750 1,00 0,31ATIVO TOTAL 2.650 1,13 1,00 2.860 1,22 1,00 2.340 1,00 1,00
ELEMENTOSANOS 20x2 20x1 20x0
Contas ou Grupos Valor H V Valor H V Valor H VPASSIVO
CIRCULANTE 1.450 0,77 0,55 2.320 1,23 0,81 1.880 1,00 0,81Fornecedores 490 0,81 0,34 760 1,26 0,33 600 1,00 0,32
Db. Operacionais 345 2,15 0,24 280 1,75 0,12 160 1,00 0,08
Empr. Bancrios 615 0,55 0,42 1.280 1,14 0,55 1.120 1,00 0,60
EXIGVELA LONGO 160 2,66 0,66 120 2,00 0,04 60 1,00 0,02
PATRIMNIOLQUIDO
1040 2,60 0,39 420 1,05 0,15 400 1,00 0,17
PASSIVO + P.L. 2.650 1,13 1,00 2.860 1,22 1,00 2.340 1,00 1,00
3.6.3.1.INFORMAES OBTIDAS NAS ANLISES NOS BALANOS.
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O Ativo Circulante subgrupo mais importante do ativo, depois de crescer 68% no
segundo ano cresceu apenas 15% no terceiro ano.
Se em 20x0 ele representava 47% do ativo total, em 20x1 passou a representar 64%
mas em 20x2 voltou a representar apenas 48% do ativo total.
Isso significa a transferncia de recursos do curto para o longo prazo, entre o segundo
e o terceiro ano, o que pode comprometer a liquidez da empresa.
As contas a receber de curto prazo cresceram 21% entre o primeiro e o segundo
ano reduzindo em 6% entre o terceiro e o primeiro ano. No primeiro ano elas
representavam 48% do ativo circulante, no segundo reduziram para 34% e no terceiro
voltaram a crescer passando a representar 38% do ativo circulante.
As variaes para mais nas contas a receber podendo significar aumento no volume das
vendas a prazo, aumento nos prazos concedidos ou ineficcia nas cobranas. Nas variaes
para menos o raciocnio o oposto.
Estoques Cresceram no segundo ano em 247% e subiram no terceiro ano, ainda em
relao ao primeiro, em 103%. No primeiro ano representavam 29% do ativo circulante, no
segundo 61% e no terceiro 52%.
Os aumentos da participao dos estoques podem ser justificados pelo aumento de
investimentos neste item ou pela reduo do seu giro o que grave. Nas variaes para
menos o raciocnio inverso.
Realizvel a longo Reduziram em valor, no segundo e no terceiro ano em relao ao
primeiro. Representava respectivamente em relao ao ativo total: 22% no primeiro ano,
6% e 16% no terceiro ano.
Quando este item aumenta representa a transferncia de recursos do curto prazo e
quando diminui representa remessas para o curto prazo. Seu aumento pode originar do
aumento das vendas a prazo, do aumento dos prazos concedidos ou do baixo giro
(ineficcia) da carteira de cobrana. Na reduo raciocina-se de forma inversa.
Permanente Aumentou 14% no segundo ano e 30% no segundo. Este aumento
justificado por novos investimentos neste item. Representava 31%, 30% e 36% do ativototal no primeiro, segundo e terceiro ano.
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8/3/2019 Contabilidade E Anlise De Balanos
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O aumento representa em ltima anlise, a transferncia de recursos do curto para o
longo prazo.
3.6.3.2.EXEMPLOS DAS ANLISES DA DEMONSTRAO DE RESULTADOS
EXEMPLO DAS ANLISES HORIZONTAL E VERTICALDA DEMONSTRAO DE RESULTADOS
ELEMENTOSANOS 20x2 20x1 20x0
Cont ou grupos Valor H V Valor H V Valor H V+ Receita
Oper.Lquda 6.650 1,24 1,00 5.820 1,08 1,00 5.370 1,00 1,00- CustosProdutos vendidos 3.190 1,22 0,48 2.760 1,06 0,47 2.610 1,00 0,48= Lucro
oper.bruto 3.460 1,25 0,52 3.060 1,10 0,53 2.760 1,00 0,52- Despesasoperacionais 1.550 1,11 0,23 1.590 1,13 0,27 1.400 1,00 0,26
= LucroOper.lquido 1.910 1,40 0,29 1.470 1,08 0,25 1.360 1,00 0,25
- Despesasfinanceiras 1.290 1,31 0,19 1.450 1,48 0,25 980 1,00 0,18= Lucro lquido
do perodo 620 1,63 0,09 20 0,05 0,00 380 1,00 0,07- Lucrosdistribudos 155 0,62 0,02 -0-
- o-0,00 250 1,00 0,05
= Resultado final 465 3,57 0,07 20 0,15 0,00