conto redondo uma zanga centro escolar de maximinos

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Centro Escolar de Maximinos CONTO REDONDO Uma Zanga

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Ebook elaborado a partir da iniciativa "Conto Redondo" que teve lugar durante a Semana da Leitura em março de 2016, em que todas as turmas do Centro Escolar de Maximinos (Agrupamento de Escolas de Maximinos, Braga) participaram na escrita e na elaboração de imagens para ilustrar o conto.

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Centro Escolar de Maximinos

CONTO REDONDO

Uma Zanga

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Conto Redondo – Uma Zanga Centro Escolar de Maximinos

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Ebook elaborado pelos alunos do

Centro Escolar de Maximinos

Agrupamento de Escolas de Maximinos, Braga

Março de 2016

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Conto Redondo – Uma Zanga Centro Escolar de Maximinos

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Estava o inverno a terminar, era o dia catorze

de março. A primavera proximamente iria iniciar.

Na floresta o Sol brilhava e aquecia o ambiente.

Os animais saíam das suas tocas. As futuras

borboletas faziam os seus casulos e as abelhas

esperavam que as flores desabrochassem para

colherem o seu néctar.

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Conto Redondo – Uma Zanga Centro Escolar de Maximinos

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Conto Redondo – Uma Zanga Centro Escolar de Maximinos

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A primavera sentia-se muito feliz porque estava

próxima a altura de ela aparecer na Natureza.

O inverno apercebeu-se do estado de euforia dela e

comentou zangado:

— Não te convenças que vais ocupar o meu lugar!

— Não penses que o tempo na Natureza vai estar

sempre chuva, neve e vento… — argumentou a

primavera.

A Natureza ouvindo a conversa exclamou:

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— Não se zanguem, parecem os piores

inimigos!

Mas os dois não a ouviam e continuaram a falar

em tom exaltado.

— Claro que vai continuar a chover e a estar

frio! Eu sou o mais forte da Natureza. — disse o

inverno com ar zangado.

Ainda não tinha acabado de falar, quando

surgiu um cuco do meio dos arbustos muito

aborrecido.

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Conto Redondo – Uma Zanga Centro Escolar de Maximinos

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— Calma inverno! A primavera tem razão. Todas

as estações têm um espaço na Natureza. Além

disso, se o tempo não ficar mais quente não

posso trazer para cá a minha família.

O inverno riu-se e troçou do cuco, de tal forma

que todos os pássaros que estavam nas árvores

voaram assustados.

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A mãe Natureza, que ouvira tudo em silêncio,

resolveu intervir e dirigiu-se à casa da fada

Jasmim. Talvez ela pudesse ajudar.

A fada recebeu a mãe Natureza com carinho,

pois afinal, era como uma mãe para si. E,

enquanto tomavam um chazinho de ervas, a

Natureza relatou tudo que tinha presenciado.

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— Realmente isto é preocupante! Se as estações

se zangam, a ordem natural das coisas deixa de

funcionar e será o caos! – refletiu a fada Jasmim.

— Pois… as plantas não florescem e sem estas,

não há frutos e sem os frutos não há alimentos

para os animais! E, com isto, deixa de haver

sementes e novas plantas! - conclui a Natureza.

Pararam as duas de pensar nas muitas outras

consequências que aquela zanga poderia causar.

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Ainda mais preocupada diz a Natureza:

— Jasmim, tens que usar a tua magia para

resolver este problema!

— Infelizmente não posso, porque a amizade

não se resolve com poções mágicas ou varinhas

de condão.

Então a Natureza resolveu reunir todos os

animais e plantas da floresta, bem como todas as

estações para juntos encontrarem uma solução.

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Reunidos, então, na clareira do bosque mágico

deu-se início ao diálogo.

— Eu sou frio e comigo as animais ficam a

dormir descansados - diz o inverno.

— Oh, inverno, já pensaste que se todos os

animais não pudessem apanhar Sol, rebolar e

correr em mim, ficavam fracos e doentes. Muitos

morreriam! – argumenta a Natureza.

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Desta vez, foi a altura da primavera dar uma

opinião:

— Eu faço um pouco do que a Natureza acabou

de dizer. As flores desabrocham, os dias são mais

longos e quentes. Os animais constroem os seus

ninhos e acasalam. Os insetos buscam néctar e

polinizam as flores. Há mais alegria e os seres

vivos “renascem”…

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— E eu? E eu? Não é comigo que há mais calor?

E os frutos que ficam maduros? Não são bons? –

interrompeu o verão um pouco desconsolado.

— Pois, pois! – atalhou o cuco que gosta muito

de falar – as bicadas que eu dou na fruta são um

consolo, se assim não fosse morreria de fome!

— E tu outono? Que tens para nos dizer? –

pergunta a primavera.

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— Eu?! Sou um pouco aborrecido. Apesar da

Natureza apresentar as mais variadas cores na

minha altura, ela parece que vai desvanecer!

O inverno aproveitando esta baixa autoestima

do outono reprende-o dizendo:

— Mas se não fosses tu eu não viria a seguir! –

e calou-se imediatamente, pois já tinha sido esse

o argumento da primavera. Também ela vinha a

seguir ao inverno.

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A primavera não estava distraída e disse:

— Afinal sempre me dás razão! Eu sou a seguir

a ti e tu vens depois do outono. Todos temos o

mesmo direito. Os animais também têm direito à

vida.

Houve um silêncio total. Todos esperavam que o

inverno cedesse.

O inverno sentindo um mal-estar, pensou que

foi egoísta por não querer dar oportunidade às

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outras estações. Por fim, levanta a cabeça e num

tom de voz seca, mas calma referiu:

— Desculpem eu ter sido egoísta. Eu não tenho

o direito de querer somente a minha vontade. A

Natureza, os animais precisam de todas nós.

Todos os presentes da reunião, em uníssono

batem palmas e dão vivas às quatro estações do

ano.

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Finalmente perceberam que cada uma delas

ocupa o seu lugar e tem o seu valor.

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FIM

Ebook elaborado a partir da iniciativa "Conto Redondo" que teve lugar durante a Semana da Leitura em

março de 2016, em que todas as turmas do Centro Escolar de Maximinos (Agrupamento de Escolas de

Maximinos, Braga) participaram na escrita e na elaboração de imagens para ilustrar o conto.