contos de terror e mistério 12/13
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1 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
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2 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
O segredo da Mansão do Terror
Estava na minha garagem à procura de um brinquedo até que fixei o meu olhar numa
caixa de cartão velha. Vi que tinha lá dentro uma cassete e então decidi vê-la. Dizia que havia um
tesouro na Mansão de Élder Maquefine e que, para encontrar o tesouro, tínhamos de encontrar
uma bailarina de porcelana e que, ao pô-la a tocar, ela ia olhar para o caminho onde se
encontrava o tesouro.
E lá fui eu… Procurei na internet e descobri que a casa dele ficava situada em Montemor-
o-Velho, na rua com vista para o Mar Morto. Entrei na casa e, no mesmo instante, a porta fecha-
se e a luz acende-se. Fiquei assustada mas senti-me aliviada porque alguém me começou a fazer
massagens. Mas eu pensei:
- «Eu não trouxe ninguém comigo!»
Quando olhei para trás, lá estava o esqueleto do Élder Maquefine. Decidi fugir pela
janela e fui para o jardim. No jardim estavam as campas dele, da mulher e da filha. Fiquei tão
aterrorizada, tão aterrorizada que trepei o portão e fiquei por trás do muro. Então percebi por que
a vista era para o Mar Morto! Olhei par o chão e vi uma coisa vermelha como sangue! De repente,
veio ao de cima uma coisa branca que foi começando a ficar com uma forma familiar. Voltei-me
para trás, para olhar para a Mansão, e vejo à minha volta a família do Élder Maquefine. Fugi a
sete pés para o carro. Mas ainda não convencida, montei uma armadilha. Era uma tenda com
ossos de um esqueleto falso para eles pensarem que era um esqueleto verdadeiro, para eles o
levarem para a Mansão. E resultou! Quando eles entraram, eu fechei o fecho da tenda.
Entrei e desta vez nem a porta se fechou, nem a luz se acendeu. Olhei para a frente e
logo vi a bailarina e pu-la a tocar. Ela guiou-me até a um beco sem saída e apontava para a
parede. Fiquei sem perceber; até que tive uma ideia:
- «Se ela está a apontar para a parede, deve haver aqui alguma alavanca.»
E, nesse momento, a bailarina aponta para um armário. Abri-o e lá estava o botão.
Carreguei e a parede abriu-se.
Lá estava o tesouro! Peguei nele e meti-o num saco enorme. Abri a porta e saí. Depois
libertei os esqueletos que logo foram para a Mansão. E com o dinheiro comprei uma casa
lindíssima com piscina onde nadei várias vezes.
Madalena Rosmaninho
EB1 de Coselhas - Turma CS34 - 4º ano
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3 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
O terror da casa da Maria
A casa da Maria é um terror,
Não vão lá,
Senão vão sentir um grande tremor!
A casa da Maria também é assombrada,
Vão ter medo de lá ir,
Porque não conseguem ver nada!
A casa da Maria é muito escura,
Não se esqueçam
Não vão ter ternura!
A casa da Maria mete muito medo,
Mas tenham cuidado,
Não cortem um dedo!
A casa da Maria é muito feia,
E tenho que vos dizer,
Há um sítio horroroso, com uma teia!
A casa da Maria tem aranhas,
Mas olhem,
Não fiquem com as manhas!
A casa da Maria vai acabar,
Por favor,
Não fiquem a chorar!
Gabriela Dias
EB1 de Coselhas - 3º Ano- Turma CS34
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4 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
O castelo do terror
Numa noite escura, nem uma estrela no céu, um homem vindo do nada apareceu no meio
do nevoeiro. Foi então que viu um castelo que se cobria com as nuvens O homem decidiu entrar,
mas foi então que se ouviu um grito terrível:
- Aaaahhhhh!!
O homem vestiu um capucho negro e continuou a andar. De repente, o caminho dividiu-se
em dois e havia uma placa a dizer:
- Cuidado com o dragão!
Mas o homem escolheu o caminho do dragão. Ele sabia que o ia levar a algum sítio e tinha
razão. Umas escadas levavam-no para o cimo do castelo. Mas eis que, de uma rajada de vento,
surge um dragão com três cabeças e dentes grandes e afiados. O homem, que era guerreiro,
tirou uma espada que levara consigo e, com um só golpe, venceu o dragão. Mas o dragão
transformou-se num soldado que lhe disse:
- Obrigada por me libertares, eu estava sob o controlo de uma bruxa que é a culpada por
tudo isto. Se tu quiseres, posso ajudar-te a vencê-la.
- Sim, leva-me lá! – Disse o homem.
Eles continuaram a subir as escadas, até que o caminho se dividiu novamente em dois e
havia outra placa a dizer:
- Cuidado com o zombie!
Eles escolheram o caminho do zombie. Começaram a subir umas escadas e o zombie
apareceu mesmo em frente deles. O soldado atirou o seu escudo contra o zombie e ele
transformou-se num outro soldado que os ajudou. O soldado novo subiu mais uma escada e não
caiu, por sorte, pois o homem e o outro soldado conseguiram tirá-lo de lá.
- Obrigada! Se não fossem vocês eu teria caído naquela armadilha. Vá, sigam-me! – Disse
o soldado novo.
Mas, mais uma vez, o caminho dividiu-se ao meio e eles não sabiam que o pior estava para
vir. Viram uma placa que dizia:
- Cuidado com a bruxa!
E eles, sem medo, entraram no quarto da bruxa. Logo ela lhes lançou um feitiço. Mas os
três juntaram as espadas e refletiram o feitiço outra vez para a bruxa que se transformou num
lobo que os perseguiu até um beco sem saída, mas que só tinha uma corda que o homem puxou
e foram por um escorrega que os levou até ao jardim.
- Fica mais um pouco connosco! – Pediram os soldados ao homem guerreiro.
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5 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
- Não posso, tenho outras histórias à minha espera! – Disse o homem.
- Então adeus! Não te vamos esquecer! – Disseram os soldados.
- Agora a bruxa já se pode entreter com os outros lobos e assim vai ficar com o castigo que
merece! – Disse o homem.
Eduardo Dias Carrilho
EB1 de Coselhas - Turma CS34 - 4º Ano
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6 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
A (Minha) História de Terror
Certa vez, estava eu sentado num jardim longe da minha casa, quando, de repente, o sol
desapareceu e começou uma grande tempestade. No momento em que me caiu um grande pingo
na testa, desatei a correr à procura de algum sítio para me abrigar e foi então que dei de caras
com uma grande casa velha.
Bati à porta para ver se estava alguém que me pudesse dar guarida. Ninguém abriu mas
reparei que a porta estava aberta. Entrei e vi uma sala muito mal composta. Não é que isso fosse
muito importante já que precisava apenas de passar ali algum tempo até a tempestade se
despedir. Cansado da corrida e embalado pelo choro da chuva e o gemido do vento, acabei por
adormecer deitado num grande e velho sofá roxo.
Despertei repentinamente com um barulho que me parecia uma janela a bater. Fui ver e
reparei que já era noite. O vento não tinha parado e continuava a chover. Ouvi novamente aquele
barulho e percebi que não era uma janela a bater, pareciam passos. Fiquei com receio e decidi
sair dali rapidamente. Mas como? Se a tempestade lá fora continuava?!
Espreitei para o corredor e pareceu-me ver um vulto a passar. "Quem será?" -pensei.
"Está alguém aí?" — perguntei com as pernas já a tremer. Ninguém respondeu. Silêncio quase
absoluto, apenas se ouviu o piar longínquo de um mocho. Dei uns passos para a frente e o velho
soalho queixou-se. Olhei para a direita, olhei para a esquerda. Nada! Quando voltei a olhar para a
frente... vi um grande bicho, parecia um lobisomem com umas grandes garras e um olhar furioso!
Fiquei sem reação, paralisado de medo. Quando o monstro começou lentamente a vir direito a
mim, o que me passou pela cabeça foi começar a correr sem parar. Saí porta fora e só via as
sombras das árvores no meio da noite a ganharem vida e a quererem impedir-me a passagem,
tremia de medo e de frio. Quando cheguei perto de uma grande casa, vi que tinha escapado ao
grande mostro. Aliviado bati numa das grandes portas e, para meu alívio, a porta abriu-se. Estava
salvo!
Que grande ingenuidade da minha parte já que quem veio à porta foi: um homem todo
vestido de negro e, ao lado, o monstro que me tinha perseguido ainda há pouco. Até hoje sou
prisioneiro destes dois estranhos seres. Um é o medo e o outro o pesadelo.
A verdade é que nem nos damos mal, já aprendemos a conviver uns com os outros e,
normalmente, andamos juntos. Eles lado a lado e eu de costas voltadas para ambos.
Cláudio Vicente - B2 CEO
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7 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
O mistério da casa ao lado
Ivo passava as longas tardes de outono a olhar pela janela. Ivo era um menino de doze
anos. Tinha cabelos longos, castanhos e brilhantes, olhos tristes que luziam como estrelas à luz
do sol, lábios finos e nariz entortado em consequência de uma queda de bicicleta há três anos
atrás.
Pela janela do quarto via-se uma casa, para a qual ele olhava todos os dias. A casa era
velha, muito velha que, segundo a mãe, havia cinco séculos que fora construída. Albergava
espaço suficiente para muitas divisões; apresentava, na fachada da frente, três janelas
estilhaçadas com cortinas brancas que faziam contraste com a madeira preta putrefacta das
paredes.
A casa intrigava Ivo. Sempre que olhava para lá via um ancião calvo, com nariz longo e
roupa preta. “Se a casa era habitada, por que estava em tão mau estado? E por que é que o
homem vestia sempre um fato preto?”, pensava o menino. Tais perguntas não foram respondidas
até uma manhã fria de inverno.
Como Ivo era muito solitário, saiu de casa quando soube que um menino se tinha mudado
para o bairro, para tentar fazer um novo amigo, mas não conseguiu. Após a tentativa falhada,
desviou o olhar para a tal casa velha, mas desta vez sentiu uma vontade incontrolável de explorar
as variadas divisões. Entrou na casa através da porta que estava destrancada. Viu um corredor
comprido com portas na extremidade do tapete que o percorria. Uma delas estava iluminada e Ivo
entrou. A divisão continha apenas uma mesa branca com um volume grosso, de capa dura,
pousado em cima da sua superfície. Ivo leu um parágrafo… uma página… um capítulo. O livro
descrevia as variadas peripécias do marinheiro Francis Drake que tentava encontrar a cidade
perdida de Ubas. Ivo já ia a meio do livro, quando sentiu uma pancada no ombro direito que não
lhe parecia humana. Virou-se e captou o ancião a atravessar uma parede. Achou estranho, mas
seguiu-o e foi dar a uma sala de jantar com a mesa posta. Chegou mesmo a tempo de ver um
prato a voar da mesa, não acertando nele por um triz. De súbito, apareceram várias figuras
desumanas que o perseguiram enquanto ele fugia. Entretanto, o trinco da porta fechou-se, não o
deixando sair. Ivo foi ter às escadas que, por sua vez, o guiaram até um quarto de dormir. Aí, uma
das figuras espetou-lhe um vidro no braço, que começou a jorrar sangue. Como da janela do
quarto até à rua eram uns bons seis metros, Ivo escapou por entre as figuras, enquanto o
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esqueleto de um cão se juntava à perseguição. Ivo conseguiu encontrar um buraco numa parede,
por onde escapou. Entrou na sua casa, ofegante, correndo até ao quarto.
Alguns meses depois percebeu tudo: as figuras eram os fantasmas dos filhos de Francis
Drake e estavam tristes porque não tinham conseguido encontrar a cidade perdida de Ubas.
Quando cresceu, Ivo tornou-se marinheiro e conseguiu descobrir a tal cidade. Após ter feito
essa grande descoberta, a tal casa, como que por magia, tornou-se numa casa normal, em boas
condições. E assim, depois de tantos anos de pesquisa, o “mistério da casa ao lado” estava
resolvido.
João Nuno Marques Cardoso / Nº 18/ 5º D
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9 Concurso Literário “Contos de Terror e Mistério”
O Vampiro Redator
Era o dia das bruxas, mas para Maria João não passava de um dia normal. O seu melhor
amigo morava longe e lá no bairro não tinha amigos. A mãe, divorciada do pai, decidiu fazer-lhe
uma surpresa: foram de carro buscar o Lourenço, o melhor amigo de Maria João.
Depois disso, seguiram para a redação de um jornal muito conhecido pelas suas bandas
desenhadas sobre vampiros. Maria João e Lourenço sempre tiveram curiosidade em saber como
funcionava a redação de um jornal.
Chegaram à porta e viram pouco movimento. Encontraram o Sr. Lucas, que era
habitualmente simpático mas que desta vez não lhes falou… Estava também um jovem, bem
apresentado, de olhos azuis e cabelo cheio de gel: Rui Vives Rubio. Foi Vives Rubio que guiou a
visita à redação, tendo justificado que tinha sido escolhido dada a sua idade e aparência,
aparência essa que atraía as pessoas. Lourenço foi anotando algumas coisas que lhe soavam um
pouco estranhas.
A visita à redação decorreu com normalidade, não fosse a mãe de Maria João ter sido
convidada por Vives Rubio para uma noite romântica!
Passou toda a semana ansiosa com o convite. Também no bairro onde morava se vivia
alguma ansiedade relacionada com o desaparecimento dos trabalhadores da redacção.
Desapareceram todos excepto Vives Rubio e o Sr. Lucas.
Chegara o grande dia em que a mãe iria sair com Vives Rubio… Enquanto isso, Lourenço
e Maria João tentavam encontrar respostas para o desaparecimento dos trabalhadores da
redacção. Nada lhes ocorrera até lerem a banda desenhada do jornal da semana. A banda
desenhada retratava o desaparecimento de várias pessoas, sendo uma delas uma mulher que
tinha uma filha e que saíra com um vampiro. Depois o vampiro levava-a para sua casa e mordia-
a. Lourenço, que adorava histórias de vampiros, achou esta igualmente espetacular! Mas Maria
João não gostou nada do que viu e, pressentindo que algo estaria para acontecer, exclamou
alarmada:
- A mãe está em sarilhos! Lembras-te de Vives Rubio dizer que era ele quem fazia a banda
desenhada do jornal?
Lourenço olhava boquiaberto para a sua amiga que gesticulava nervosamente.
-Os vampiros têm o poder de prever o futuro! E Vives Rubio também disse que atraía as
pessoas! Ele atraiu a mãe e vai levá-la para sua casa esta noite, vai mordê-la e deixá-la como
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provavelmente fez com os outros trabalhadores. Por isso é que desapareceram! Temos de ir
atrás deles!- gritou.
-Isso é muito precipitado - advertiu Lourenço - devemos agir com esperteza e não
sozinhos. Vamos elaborar um plano, mas vamos precisar de ajuda. De acordo com a banda
desenhada - continuou Lourenço- ao chegar a casa, o vampiro vai colocar a tua mãe num caixão.
Para podermos confundir o vampiro podemos pedir ajuda ao cangalheiro, o Sr. Luís, para fazer
um caixão e pomos uma foto da mãe… Entramos na casa dele com a polícia e médicos e
trocamos os caixões…Fechamos o caixão falso à chave e abrimos ao nascer do sol.
Acompanhada pelo amigo Lourenço, a menina foi chamar o Sr. Luís, o cangalheiro, que
aceitou ajudá-los. Fez um caixão leve para que fosse fácil de transportar e juntos foram ao Posto
Médico. Explicaram a situação e chamaram a Polícia.
Orientados pela lua, chegaram a casa do vampiro silenciosos e receosos… Lourenço e o
Sr. Luís entraram com o caixão e Maria João com a Polícia e um médico.
Tal como na banda desenhada, o vampiro mandou a mãe ir para o caixão. O Sr. Luís e
Lourenço trocaram os caixões e o vampiro nada notou… Assim que o vampiro entrou no caixão,
Maria João e a Polícia trancaram-no e foram ajudar a procurar os outros desaparecidos. Foram
encontrados escondidos na cave bastante assustados. Enquanto isso, o Sr. Luís e o Lourenço
levaram a mãe para uma ambulância. Quanto ao vampiro…desapareceu ao ver os primeiros raios
de sol da manhã.
Resolvido o mistério e com a mãe sã e salva, fizeram uma festa do Dia das Bruxas na
redação do jornal, onde houve muita animação.
-Maria João! Maria João! Bom dia! São horas de acordar e de ir para a escola - chamou a
mãe insistentemente - Se demoras vais chegar atrasada às aulas!
Maria João abriu os olhos de forma preguiçosa e, ao ver que estava no seu quarto, sorriu
ao recordar a aventura com que sonhara.
Beatriz Tomé, nº5, 6ºE