correio da beira serra – 04.12.2007

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Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007 QUINZENÁRIO (sai às terças-feiras) Ano 2 - Série II - N.º 44 Director: Henrique Barreto Preço: € 0,50 (IVA incluído) www.correiodabeiraserra.com “É a velha e estafada estratégia de tentar paralisar as Juntas de Freguesia que não interessam ao senhor presidente da Câma- ra”, diz o PS num comunicado à imprensa, onde acusa o autarca do PSD de só agora ter recupera- do o açude da Volta, em Alvôco das Várzeas, por motivos polí- ticos. Pág. 12 PS acusa Presidente da Câmara de “eleitoralismo calculista” Campos trouxe palavra de esperança A residencial-bar de Senhor das Almas encerrou as portas repen- tinamente, mas os proprietários terão justificado que é apenas por uma questão de obras. Última página Casa de meninas encerrada para obrasEm Tábua, já foi dada a ordem de encerramento: dia 15 de Março à meia-noite Uma fonte da Administração Regional de Saúde do Centro já confirmou ao Correio da Beira Serra que o en- cerramento do SAP do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, durante o período nocturno, é apenas uma questão de tempo e a decisão do ministro está só dependente da “implementação de algumas condições” no terreno. Em Tábua, a data de encerramento já está fixada. Págs. 2 e 3 O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital parece ter posto fim ao clima de hostilidades que vinha mantendo com o secretário de Estado Paulo Campos e, sobre o estudo das novas acessibilidades à região-centro, colocou-se em sintonia com o autarca de Seia, num dia em que autarcas e empresários ouviram uma palavra de esperança quanto à remodelação do panorama rodoviário da região. Pág. 8 Apesar dos protestos SAP tem os dias contados A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital convidou uma em- presa de arqueologia para recu- perar os monumentos dolméni- cos do concelho. Pág. 3 Câmara Municipal recupera antas

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Versão integral da edição n.º 44 (ANO 2 – SÉRIE II) do quinzenário “Correio da Beira Serra”, que se publica em Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra, Portugal). Director: Henrique Barreto. 04.12.2007. Para consultar o jornal na web, visite http://www.correiodabeiraserra.com/ Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt). Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747 Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa, www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 , http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ , http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm , http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ , http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html

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Page 1: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007QUINZENÁRIO (sai às terças-feiras)Ano 2 - Série II - N.º 44Director: Henrique BarretoPreço: € 0,50 (IVA incluído)

www.correiodabeiraserra.com

“É a velha e estafada estratégia de tentar paralisar as Juntas de Freguesia que não interessam ao senhor presidente da Câma-ra”, diz o PS num comunicado à imprensa, onde acusa o autarca do PSD de só agora ter recupera-do o açude da Volta, em Alvôco das Várzeas, por motivos polí-ticos. Pág. 12

PS acusa Presidente da Câmara de “eleitoralismo

calculista” Campos trouxe palavra de esperança

A residencial-bar de Senhor das Almas encerrou as portas repen-tinamente, mas os proprietários terão justificado que é apenas por uma questão de obras.

Última página

“Casa de meninas encerrada para

obras”

Em Tábua, já foi dada a ordem de encerramento: dia 15 de Março à meia-noite

Uma fonte da Administração Regional de Saúde do Centro já confirmou ao Correio da Beira Serra que o en-cerramento do SAP do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, durante o período nocturno, é apenas uma questão de tempo e a decisão do ministro está só dependente da “implementação de algumas condições” no terreno. Em Tábua, a data de encerramento já está fixada. Págs. 2 e 3

O presidente da Câmara de Oliveira do Hospital parece ter posto fim ao clima de hostilidades que vinha mantendo com o secretário de Estado Paulo Campos e, sobre o estudo das novas acessibilidades à região-centro, colocou-se em sintonia com o autarca de Seia, num dia em que autarcas e empresários ouviram uma palavra de esperança quanto à remodelação do panorama rodoviário da região. Pág. 8

Apesar dos protestos SAP tem os dias contados

A Câmara Municipal de Oliveira do Hospital convidou uma em-presa de arqueologia para recu-perar os monumentos dolméni-cos do concelho. Pág. 3

Câmara Municipal recupera antas

Page 2: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 2

HENRIQUE BARRETO / L IL IANA LOPES

É apenas uma questão de tempo. O Serviço de Atendimento Permanen-te (SAP) do Centro de Saúde de Oli-veira do Hospital (CSOH) vai mesmo

encerrar durante o período nocturno, entre as 0h00 e as 8h00. A informação foi avançada na semana passada ao Correio da Beira Serra por uma fonte não identificada da própria Admi-nistração Regional de Saúde do Centro (ARS Centro), que garantiu no entanto não haver ainda uma data definida para o encerramento. “Os SAP têm os dias contados e mais tarde ou mais cedo vão encerrar. Em Oliveira do Hos-pital, o SAP encerrará quando estiverem acau-teladas outras unidades no terreno. Isto faz parte do projecto de requalificação do serviço de urgências, mas só quando estiverem imple-mentadas todas as condições é que o ministro da Saúde avançará com datas de encerramen-to e as alterações ao sistema”, referiu ao CBS a mesma fonte, especificando ainda que este processo está dependente da implementação do Serviço de Urgência Básico (SUB) que está a ser criado no concelho de Arganil.

O Correio da Beira Serra sabe, aliás, que os profissionais de saúde afectos ao CSOH têm estado a ser contactados pela ARS Centro no sentido de poderem vir a prestar serviço no futuro SUB de Arganil. São conversações que a fonte da ARS Centro considera “normais” por-que – conforme frisou – “estas coisas pressu-põem um trabalho preparatório”.

SAP de Tábua encerra entre a meia-noitee as 8h00 já a partir de 15 de MarçoFruto desta polémica reestruturação da Rede de Urgências, a ARS já comunicou, por exem-plo, à direcção do Centro de Saúde de Tábua (CST) o encerramento do SAP local entre a meia-noite e as 8h00 a partir do dia 15 de Mar-ço. Esta informação foi confirmada ao CBS pela própria directora do CST, Maria do Rosário, que disse já ter recebido essas indicações. Ma-ria do Rosário não se mostrou muito preocupa-da com aquela decisão e explicou a este jornal que os utentes daquela unidade de saúde – à semelhança do que vai acontecer noutros cen-tros de saúde – “vão ter um encaminhamento médico através do 112”, sendo que competirá ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) fazer a triagem de cada episódio de urgência mediante a situação clínica descrita. Consoante a gravidade, os doentes poderão ser encaminhados para o SUB de Arganil ou para os Hospitais da Universidade de Coim-bra. “Os doentes já hoje podem fazer isso”,

explicou a directora daquele centro, realçando o grau de eficácia deste serviço prestado por profissionais de saúde, já que as viaturas do INEM são medicalizadas e têm sempre um mé-dico e um enfermeiro.

Directora do Centro de Saúde queixa-se de falta de informaçãoPese embora o seu fim estar anunciado, o caso particular do SAP de Oliveira do Hospital – em que a média de atendimentos nocturnos é re-duzida –, tem sido no entanto dos mais com-plexos de resolver.

Contactada por este jornal, a directora do Centro de Saúde de Oliveira do Hospital, Aldina Neves, diz desconhecer o andamento do pro-cesso e queixa-se de falta de informação.”Não temos indicações nenhumas. Estamos a aguar-dar, tal como o resto da população”, referiu a responsável pelo CSOH, aconselhando o jornal “a esperar mais um tempinho”.

PS local também se opõe ao encerramentoA possibilidade, agora confirmada, de encerra-mento do SAP de Oliveira do Hospital no pe-ríodo nocturno – desconhece-se se o mesmo acontecerá durante o fim-de-semana –, tem vindo a suscitar diversas reacções de protes-to em todos os quadrantes políticos e até já

deu azo à realização de uma vigília de protesto participada por milhares de pessoas. O próprio partido do Governo – o PS de Oliveira do Hos-pital –, ainda recentemente manifestou junto dos deputados eleitos pelo Círculo de Coimbra a sua preocupação quanto à “manutenção” da-quele serviço.

“O funcionamento e as necessidades dos serviços de saúde do concelho, em face das características específicas do concelho de Oli-veira do Hospital, designadamente a necessi-dade de garantir a manutenção do atendimen-to médico nocturno, incluindo a necessidade de instalação de uma viatura de emergência médica avançada, devidamente equipada”, foi um dos anseios que o PS local transmitiu aos deputados, num memorando entregue dia 21 de Novembro, por ocasião de uma visita à As-sembleia da República. Esta mesma posição já tinha sido transmitida pelo líder local do par-tido, quando convidado a tomar uma posição pública sobre esta matéria. “O PS é firmemen-te a favor da manutenção do SAP do Centro de Saúde em funcionamento 24 horas por dia”, referiu José Francisco Rolo na edição impres-sa do CBS de 13 de Outubro do ano passado, discordando assim da fórmula defendida pelo Governo.

Recorde-se que a “ameaça” de encerramen-

to daquele serviço também trouxe o secretá-rio-geral do Partido Comunista Português, em Março do ano passado, a Oliveira do Hospital. Numa visita ao centro de saúde local, Jeróni-mo de Sousa não poupou críticas ao actual governo considerando que se trata de uma medida que “não tem uma fundamentação ló-gica, nem racionalidade”. “Só se pretende en-cerrar, para dar resposta ao défice das contas públicas”, referiu na altura aos jornalistas o líder do PCP, considerando tratar-se do “pior caminho”.

O facto de o concelho de Oliveira do Hos-pital ter localidades que estão a mais de uma hora de distância de Coimbra, as deficientes acessibilidades e, ainda, a existência de uma unidade fabril a funcionar 24 horas por dia e uma escola superior, têm sido alguns dos prin-cipais argumentos que os partidos políticos vêm utilizando para tentar impedir o encer-ramento do SAP em período nocturno. Numa reunião realizada no início deste ano entre o então presidente da ARS do Centro, Fernan-do Regateiro, e uma comissão composta pelo presidente da Câmara de Oliveira do Hospital e por deputados municipais dos partidos po-líticos com assento na Assembleia Municipal, o responsável por aquele organismo – entre-tanto substituído no cargo por João Pimentel

S A Ú D E

Mal os meios materiais e huma-

nos estejam agilizados e no terreno,

Oliveira do Hospital não foge à

regra das estatísticas e o SAP vai

mesmo encerrar durante o período

nocturno. É tudo uma questão de

tempo, conforme garante uma fonte

da Administração Regional de Saúde

do Centro, que entretanto já fixou a

data para o fecho do SAP de Tábua.

Protestos dos partidos contra o encerramento do SAP não demovem ministro da Saúde....

Quando os meios de socorro previstos na proposta de requalificação da rede de urgências estiverem operacionais

SAP de Oliveira do Hospital não escapa ao encerramento

Page 3: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 3

O Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz (FAAD) continua disponí-vel para assegurar o serviço de urgên-cias no período nocturno. O presidente do Conselho de Administração daquela Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) mantém a possibilidade em cima da mesa, mas lamenta que da parte da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro ainda não tenham havido quais-quer contactos nesse sentido. Ou seja, desde Maio de 2006 – altura em que Antunes avan-çou com essa possibili-dade em entrevista ao Correio da Beira Serra – nada mudou.

“A FAAD não está alheada do processo, mas não vamos dar um passo em frente, sem termos a seguran-ça por parte de quem pode vir a decidir esta questão”, disse na oca-sião o responsável pelo Conselho de Adminis-tração, deixando claro que “a FAAD não se vai pôr em bicos de pés”.

Ano e meio depois, Sebastião Antunes mantém a sua posi-ção sobre o assunto, desde que tal “possa constituir uma mais va-lia para os cidadãos”. “Não interessa acolher só por acolher. Importa melhorar os serviços”, referiu, explicando contudo que não é sua intenção “pôr em causa o bom trabalho dos profis-sionais do Centro de Saúde”.

Antunes está a par das notícias que já dão como certo o encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Tábua, no período nocturno, já a partir de 15 de Março, mas disse não acreditar que os oliveirenses possam ficar despro-tegidos nesta matéria. Está, por isso

confiante de que o SAP de Oliveira do Hospital só encerrará no período noc-turno “quando houver uma alternativa no concelho”. “E não significa que seja a FAAD”, notou.

O Serviço de Urgências Básico (SUB) que está a ser criado em Arganil não é – na opinião daquele responsável – a solução para Oliveira do Hospital. “Acredito que quem decide tenha per-

cepção de que é essen-cial uma resposta de urgência no concelho”, referiu Sebastião Antu-nes, tendo ainda pre-sente a garantia dada pelo então presidente da ARS do Centro à co-missão nomeada pela Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital de que o SAP não en-cerraria sem que fos-sem criadas alternati-vas. Sublinhe-se que na reunião datada de 22 de Novembro de 2006, Fernando Regateiro afiançou que “nada acontecerá, até que haja uma alternativa que garanta às popu-lações que não ficarão desprotegidas, numa situação de casos agu-dos”. O responsável chegou até a aventar a hipótese de poderem vir a ser contratualiza-dos serviços externos que assegurem as ur-gências nocturnas, com a garantia de que os

utentes não terão que suportar custos adicionais. É com base no conteúdo resultante do encontro com Regateiro, que Antunes se mantém confiante na permanência do SAP no período noc-turno em território oliveirense.

Sebastião Antunes posiciona a FAAD como uma possível parceira a conside-rar nesse processo, mas deixa claro: “não nos iremos colocar em bicos de pés, nem dar o primeiro passo”.

Não há volta a dar. O Serviço de Atendimento Permanente (SAP) do Centro de Saúde de Oliveira do Hos-pital (CSOH) tem os dias contados e o seu encerramento, entre a meia-noite e as 8h00, é apenas uma questão de tempo, conforme garantiu ao Correio da Beira Serra uma fonte credível da Administração Regional de Saúde do Centro.

Vamos esperar pelas alternativas que o ministro da Saúde possa vir a anunciar, mas, citando o “pai” do Servi-ço Nacional de Saúde, António Arnaut, e olhando também para as caracterís-ticas de um concelho periférico como o de Oliveira do Hospital, é mais uma reforma a “régua e esquadro”.

Podem argumentar que o SAP não está vocacionado para as verdadeiras urgências e que, por vezes, pode re-presentar uma perda de tempo já que a vida tanto se ganha como perde num minuto. Podem explicar que os seus custos de manutenção são altíssimos e que a média de doentes, durante a noi-te, não justifica a abertura do serviço. Há mil e um argumentos que os defen-sores da política de Correia de Campos podem invocar, mas uma coisa é certa: o conforto psicológico e a sensação de segurança que um serviço deste tipo proporciona ao cidadão – num conce-lho muito distante dos pontos de ur-gência que o Governo prevê criar, em Arganil e Coimbra –, não tem preço.

O que a saúde portuguesa no inte-rior precisa é de mais meios humanos e tecnológicos e, também, melhor ges-tão de recursos.

Encerrar um SAP à noite em Oli-veira do Hospital, não é a mesma coi-sa que encerrar o de Cantanhede ou de Condeixa, por exemplo, já que os seus utentes rapidamente chegam aos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC).

Agora, o caso concreto de Oliveira do Hospital – e Pampilhosa da Serra, por exemplo –, é muito peculiar por-que, conforme se sabe, há povoações quase isoladas que distam mais de hora e meia dos HUC e uns bons quartos de hora do Serviço de Urgência Básico que se está a criar em Arganil.

Oliveira do Hospital está, nos últi-mos anos, cansada de perder serviços públicos. É óbvio que eu também não sou adepto do actual modelo de SAP e nem sequer defendo a política do “tudo na mesma como dantes”. O país precisa de se reformar na saúde, na justiça, na educação e em muitos outros sectores. Não se façam é as reformas à custa do elo mais fraco: o interior do país.

S A Ú D E

Editorial

HENRIQUE BARRETO

Más notícias

“(...) O Serviço de Urgên-

cias Básico (SUB) que está

a ser criado em Arganil

não é – na opinião daquele

responsável – a solução

para Oliveira do Hospital.

“Acredito que quem decide

tenha percepção de que

é essencial uma resposta

de urgência no concelho”,

referiu Sebastião Antunes,

tendo ainda presente a

garantia dada pelo então

presidente da ARS do Cen-

tro à comissão nomeada

pela Assembleia Municipal

de Oliveira do Hospital de

que o SAP não encerraria

sem que fossem criadas

alternativas. (...)”

Protestos dos partidos contra o encerramento do SAP não demovem ministro da Saúde....

Quando os meios de socorro previstos na proposta de requalificação da rede de urgências estiverem operacionais

SAP de Oliveira do Hospital não escapa ao encerramento

– deu garantias de que o SAP não encerraria sem estarem garantidas as condições necessá-rias.

Na altura, ainda se aventou a possibilidade (ver caixa) de a Fundação Aurélio Amaro Diniz poder vir a assegurar o serviço de urgências, mas este assunto nunca mais voltou a estar em cima da mesa.

Após o encerramento daquele serviço no período nocturno, e no âmbito do relatório fi-nal da Proposta da Rede de Urgências elabora-da pela Comissão Técnica de Apoio ao Proces-so de Requalificação das Urgências, a liderança de todo o processo vai ficar sob a alçada do INEM e o Ministério da Saúde estipula a dispo-nibilização de uma ambulância de emergência com uma tripulação profissionalizada por cada 40.000 habitantes. Em síntese, o utente que necessite de assistência médica terá de contac-tar o “call-center” do INEM, através do número 112, e depois de feita a triagem – no caso de Oliveira do Hospital – os doentes são encami-nhados, consoante a tipologia da urgência, ou para o Serviço de Urgência Básica de Arganil ou para os Hospitais da Universidade de Coim-bra. Durante a viagem entre o local de socorro e ao ponto de urgência mais próximo, os uten-tes são acompanhados por uma equipa médica que presta os primeiros socorros.

Sebastião Antunes diz que não tem havido conversações

Fundação continua disponível para assegurar urgências

Page 4: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 4 O P I N I Ã O

N a semana passada, quando serpenteava numa rua da cidade acobreada de Outono,

cruzei-me com uma mulher per-dida em passos curtos, a destilar abandono e melancolia. Parou a meu lado, cumprimentou-me e com curial pensamento, disse. Hoje inseri-me no círculo cego e obnubi-lado da justiça. Claramente evadi-da pelo rombo psicológico que a experiência provocara, pediu-me que escrevesse sobre o tema, que serviu de catalisador à nossa con-versa: A criança e a síndrome da alienação parental. A miserabilida-de com que fora tratada em tribu-nal, numa conferência de regulação de poder paternal – para confiança da filha a um, ou a ambos os pro-genitores – em consequência, da ruptura conjugal, produziu nela como virose, uma ignomínia irre-parável. Aos olhos da magistratura de mente lassa, que de quando em quando, coloca o cidadão emérito conhecedor de leis, literalmente na sarjeta. Aquela mãe, incapaz de clamar pelo indulto, submergi-ra na mulher em si, diminuída no seu pequeno mundo de afectos e certezas, passava a ser nada. A par-tir dali, não prestava como mulher,

esposa ou mãe. Bem sei que as corporações

escoiceiam quando alguém identi-fica as suas frinchas. Por isso não conheço um juiz que testemunhe contra outro. Um polícia que tes-temunhe contra outro. Um médico que testemunhe contra outro. As-sim sendo, é fácil que, uns e outros, gerem à sua volta uma sensação de poder incomensurável. E causticar os mais fortes, quando existe em nós a consciência da inferioridade, demonstra apenas, que a tentativa de esboroar no sistema de poderes e de decisão, determinados tabi-ques, não acarreta frutuosas alte-rações. Porque esta é, uma matéria onde (ainda) impera o preconceito. A alienação parental – criação de uma relação de carácter exclusivo, entre a criança e um dos pais, com o objectivo de banir o outro – é um crime, que não pode, ser patrocina-do por nenhum dos progenitores, muito menos, deve ter o proteccio-nismo dos tribunais de família.

Os casos de alienação parental, com a cumplicidade indiferente de procuradores do Ministério Públi-co e juízes, não podem ser cala-dos, porque são a prova de muitos deles, não merecerem 1 cêntimo do que ganham. Se ao aplicador

do direito, cumpre não perder de vista o critério do “interesse supe-rior da criança”, sobre a qual tem de decidir a forma, como passará a ser exercido o poder paternal, será de impor aos pais a assunção do compromisso repartido, o inte-resse apoiado e a responsabilidade integrada sobre os filhos. È facto que, quando o assunto é o superior interesse de uma criança, todos somos sábios e simultaneamente ignorantes. Mas nunca será demais lembrar aos pais, que são a primei-ra entidade reguladora de todos os comportamentos dos seus filhos. E o Ministério Público em seu nome e sobretudo quando age em sua subs-tituição, pode mais que aquecer a mão. Os filhos do divórcio, os filhos da negligência dos serviços sociais, os filhos institucionalizados pelo Estado, os filhos das famílias de acolhimento, os filhos em que o pai ou mãe, esperam 5 e 7 anos, para que um tribunal se digne a tomar uma decisão que autorize a visita do progenitor. Estes filhos. Todos. Não são barro, nas mãos de um juiz ou de uma assistente social, de um pai ou de uma mãe.

Apesar de ser mulher, não acre-dito piamente no chamado “instin-to materno”, e para desmentir o

tal estereótipo, basta que se olhe ao redor: há mulheres que tiveram filhos e não sabem ser mães, e há mulheres sem filhos cheias de gene-rosidade e dedicação. Obviamente o mesmo pode ser dito a respeito dos homens, e da tal paternidade. Mas a temática da manipulação dos filhos, para odiarem um dos seus pais é arrepiante. E deve ser considerada, quando os filhos são matéria de direito, em tribunal. As crianças não se entregam, como quem entrega um cão ao dono. Nem se repartem. Partilham-se na sua ingenuidade.

Aqueles que tentam verrinar

em tribunal, com os ex-cônjuges a guarda dos filhos de ambos, como uma causa precedente e ao serviço da sua desventura conjugal, devem conhecer a decisão do juiz do Cir-culo de Giz Caucasiano, de Bertolt Brecht. Ali uma criança é dispu-tada por duas mulheres. Ambas se dizem mãe da criança. Então o juiz desenha um círculo de giz no chão, coloca a criança no meio e diz a cada uma das mulheres, para puxar a criança por um braço. Uma delas recusa-se a fazer tal, pelo sofrimento que causaria à crian-ça. O juiz dá-lhe a criança. É ela a verdadeira mãe. E toda esta gran-deza de juízo, tenha mãe ou pai como substantivo, deve fazer-nos pensar que os filhos não são mera propriedade genética, nem o amor de quem cuida tem apenas, uma origem cromossómica. Quando os progenitores – mãe ou pai – não se interessam pelos filhos, quem pro-tege, tem de ser salvaguardado nos seus direitos. Proteger uma crian-ça em termos afectivos, anímicos, sociais e familiares é uma tarefa enorme, que não incumbe aqueles que possam prestar cuidados falí-veis. Infelizmente, sem darmos por isso, há sempre um caso ao pé da nossa porta.

“ (…) Apesar de ser mulher,

não acredito piamente no

chamado “instinto materno”,

e para desmentir o tal este-

reótipo, basta que se olhe

ao redor: há mulheres que

tiveram filhos e não sabem

ser mães, e há mulheres sem

filhos cheias de generosida-

de e dedicação. (…)”

LUSITANA FONSECA

O P I N I Ã O

[email protected]

Os pais e os Nenucos.“Em política, a comunhão de ódios é quase sempre a base das amizades.”

T rago o Paulo Marques à ribalta da minha des-pretensiosa cronique-ta pelo facto de ser

considerado muito justamente figura pública solidária.

Diga-se, em abono da verda-de, que o Paulo, “velho” conheci-do de mais uma década, coloca a sua paixão por pessoas e bichos no mesmo prato da balança – no outro estão os seus afectos em actos e palavras.

A homenagem, quase privada, que lhe foi prestada no Domingo passado, teve a ausência (espera-da) dos “outros amigos” a quem ele dedica especial desvelo; há, pelo menos, oitenta desses ami-gos de quatro patas que, se fosse possível, o teriam ido parabeni-zar.

Se os animais “falassem”, era isso que teria acontecido, sem qualquer dúvida, na “opinião” do rafeiro com nome rio: “Mon-dego”.

…“Quando “criança”, o “Mon-

dego” era o enlevo da família de acolhimento, graças à sua per-manente disponibilidade para as brincadeiras dos meninos da casa. Então a Rita, traquina, não lhe dava parança um minuto, mas que importava isso se ela era a sua preferida nos jogos de “esconde / esconde” de que tanto gostava! Já o Hugo, irmão mais velho da Rita, não era flor

que se cheirasse: puxava-lhe o rabo e pontapeava-o a meio da paródia.

O “Mondego” chorava, como só os cães sabem, e escondia-se fosse onde fosse logo que o Hugo começava com a “patifa-ria”, na honesta opinião de qual-quer cão.

Apesar disso, o “Mondego” considerava que levava uma bela vida: comida da melhor, banhos, anti pulgas, vacinas – tudo com preceito, até a alcofa onde dor-mia merecia ar puro diário.

O “Mondego”, naturalmente, cresceu. Diz “ele” que o pior de-feito trazido do tempo de “crian-ça” era a irreverência...

Um dia, quando nada o previa, o dono levou-o a um passeio, serra acima, e enquanto se en-tretinha com os cheiros daque-le mundo meio estranho, levou longe demais a correria, a ponto de se perder atrás de uma moita. Depois de ter erguido as orelhas

e aguçado o olhar em busca do dono, concluiu que tinha sido abandonado à sorte do destino incerto

Depois de horas a fio sem rumo (ou foram dias?), aperce-beu-se do barulho familiar dos automóveis que iam e vinham em velocidade estonteante.

Devagar, cansado, foi até à berma daquela estrada que nun-ca tinha visto assim cheia, e por lá ficou, indeciso:

- Atravesso para o outro lado, ou volto para trás? - pensava .

Todo ele tremia – o instinto dizia-lhe para ser cuidadoso.

De repente, um dos muitos automóveis, em marcha lenta, acendeu uma luzinha, como se lhe piscasse o olho, e parou mes-mo ao seu lado.

Resoluto, o Paulo Marques - conheceu-lhe o nome mais tarde – pegou em si, com jeito e pala-vras mansas, e colocou-o no ban-co de trás.

A viagem foi longa. “Conversa-ram”, ele com latidos e abanade-las de rabo que, tinha a certeza, o seu protector entendia, e este a querer saber coisas: de onde vi-nha e para onde ia – coisas que, para um cão como ele, agora em segurança, eram desnecessá-rias…

O Paulo, disse-o na roda de amigos, “limitou-se a alterar a vida e o futuro do miúdo”, sem pensar nas consequências: espa-ço para alojar o “Mondego” e a “zanga” da mãe:

- Mais um, Paulo?O pai, homem de outros cui-

dados, atenções e paciências, por certo conformou-se com o novo hóspede do canil, e “inven-tou” um lugar digno e acolhedor, de modo a que o “Mondego” se sentisse em casa.

- Bem-vindo – disse o Paulo.Feita a “chamada” do recolher,

responderam oitenta e três uten-tes, incluindo o “Mondego”!

“Mondego”, o cãoCARLOS ALBERTO (V i laça)

vi lacadalva@gmail .com

O P I N I Ã O

“(…) A viagem foi longa.

“Conversaram”, ele com

latidos e abanadelas de

rabo que,

tinha a certeza, o seu

protector entendia, e

este a querer saber coi-

sas (…)”

Ficha Técnica Administração: António dos Santos Lopes Direcção Editorial: Henrique Barreto - [email protected] Jornalista Principal: Liliana Lopes - [email protected] Desporto: Editor: José Carlos Alexandrino, João Jorge Colaboradores Permanentes: Adelaide Freixinho, António Campos, Carlos Portugal, Carlos Alberto, Carlos Carvalheira, João Dinis, José Augusto Tavares, Luís Lagos, Luís Torgal, Paulo Ribeiro (caricaturista), Pedro Campos, Rui Santos. Deptº. Comercial: Isabel Mascarenhas Projecto Gráfico: Jorge Lemos Impressão: Coraze - Oliveira de Azeméis – Telef.: 256 600 580 - Fax: 256 600 589 - E-mail: [email protected] Sede, Redacção e Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 – 1º Esqº - 3400-075 Oliveira do Hospital, Telef.-Geral: 238086546 Correio Electrónico [email protected] Edição Internet: www.correiodabeiraserra.com Entidade Proprietária: Temactual, Lda, Matric. na Conservatória do Registo Comercial de Oliveira do Hospital sob o número 507601750, Contribuinte: 507601750, Capital Social: 25,000 Euros Nº de Registo no ICS: 112130 Depósito Legal N.º 54475/92 Tiragem Média Mensal: 6.000 exemplares Detentores de mais de 10% do capital da empresa: AHL -Investimentos e Participações, SGPS, SA.; Henrique Manuel Barreto Pereira de Almeidawww.correiodabeiraserra.com

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4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 5

TEXTO: L IL IANA LOPES

O acidente ocorrido, ao início da tar-de do passado dia 20 na Estrada Nacional (EN) 230 – entre Oliveira do Hospital e Felgueira Velha – que

vitimou mortalmente Clara Monteiro veio, mais uma vez, pôr a descoberto a perigosidade que aquela via encerra.

Bastou a chegada das primeiras chuvas, para que depois do almoço e no regresso ao local de trabalho – sentido Lagares da Beira – Oliveira do Hospital – o veículo conduzido por Álvaro Monteiro, acompanhado pela esposa de 53 anos, entrasse em despiste e acabasse por colidir de traseira numa viatura de mercadorias que se-guia em sentido contrário. O choque foi fatal para a malograda senhora que terá tido morte imediata e, assim, engrossado a lista de vítimas mortais resultantes de acidentes naquela estra-da. Momentos após o acidente, o comandante dos Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira chegou a avançar que, desde que a estrada foi reconstruída, há cerca de 15 anos, o registo de mortes naquela via já ronda as três dezenas. Um número que voltou a confirmar ao Correio da Beira Serra quando convidado a analisar a sinis-tralidade da EN 230.

Para o acidente que deixou de luto a família Monteiro, António Pinto não encontrou uma ex-plicação e lamentou que a chegada das primei-ras chuvas tenha causado tamanha tragédia. As mortes naquela via já não causam estranheza ao

comandante dos Bombeiros de Lagares da Bei-ra, especialmente durante os meses de Inverno, em que a chuva e o gelo agravam a perigosidade da via. “Nos três, quatro meses de Inverno mais intenso registamos uma média de cerca de 25 acidentes”, especificou António Pinto, notando que a situação se agrava com o facto de nesta al-tura “se registar uma maior escassez de recursos humanos disponíveis na corporação para a pres-tação de socorro aos sinistrados”. Nos meses em que se registam temperaturas mais amenas – ex-plicou – o número de acidentes tende a reduzir.

Pontos Negros… As condicionantes meteorológicas são referen-ciadas por Pinto como determinantes para o aumento de acidentes, mas o comandante não descura os pontos negros existentes ao longo do

troço que requer a intervenção da corporação que comanda: Ponte do Cobral – Felgueira Ve-lha. Aponta o dedo a três curvas que considera “muito perigosas” localizadas antes e depois da conhecia Ponte do Salto, por apresentarem fa-lhas de inclinação. “As curvas não têm inclinação e os carros são projectados” explicou, notando que a “curva da rocha”, depois da Ponte do Sal-to, é a que tem propiciado o maior número de acidentes. Entende que não será fácil o corte da curva, pelo que defende que seja dada inclinação necessária a cada uma das curvas.

Pinto evidencia ainda as falhas existentes na marcação da via, em especial no que respeita aos traços contínuos. Em matéria de sinalização ver-tical não encontra falhas, mas dá conta da neces-sidade de os condutores respeitarem os sinais de trânsito. É sobretudo no troço entre Lagares e Ervedal da Beira que detecta os principais pro-blemas, até porque – como disse – os semáfo-ros existentes em Vila Franca e Aldeia Formosa “reduziram a sinistralidade”. Destaca também a intensidade de tráfego automóvel registado ao longo de todo o troço, por se tratar de uma via de acesso à cidade de Oliveira do Hospital. Para além disso – como explicou – é muito utilizada por transportes comerciais, incluindo camiões, na maioria das vezes responsáveis pelo derrame de óleos e outros combustíveis na via.

Embora tratando-se de uma área de inter-venção dos Bombeiros de Oliveira do Hospital, Pinto faz também referência à perigosidade da curva que antecede a Ponte do Cobral. “Até já sugeri a colocação de bandas sonoras no piso”, frisou. Uma apreciação que é partilhada pelo co-mandante Emídio Camacho que ao CBS, referiu que se trata de uma via onde já ocorreram alguns acidentes, embora sem grande gravidade. Mas tem ainda na memória o acidente que, naquele mesmo local, provocou a morte de um bombeiro da sua corporação, deixando outro tetraplégico.

Quanto ao restante troço até à cidade, Camacho disse não ter registo de grandes acidentes, mui-to menos de vítimas mortais e justificou esse facto com a possibilidade de os condutores “se aperceberem da perigosidade da via e por isso conduzirem com mais precaução”.

…sem solução à vistaA totalidade do troço em causa vai beneficiar de trabalhos de rectificação no âmbito de uma intervenção programada pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que, para além de um piso novo e de nova sinalização horizontal e ver-tical, contempla a construção de duas rotundas nos cruzamentos norte/sul de Ervedal da Beira, de uma outra no cruzamento entre Lagares da Beira e a estrada de acesso a Meruge e coloca-ção de lombas elevadas no troço que atravessa a freguesia de Vila Franca da Beira.

No entanto, não será esta rectificação que deixará o comandante António Pinto mais sos-segado. É que – como disse ao CBS – tais obras “não vão reduzir a sinistralidade”. “Os pontos negros irão manter-se”, referiu, explicando que a rectificação prevista não contempla melhorias nas referidas curvas. Lamenta que assim seja e que “os bombeiros não sejam ouvidos sobre es-tas matérias”. “Nunca fomos ouvidos e sobre es-tas coisas deveríamos ter sempre uma palavra a dizer”, frisou o comandante, explicando que em caso de acidente, “são os bombeiros que pres-tam os primeiros socorros às vítimas”. Uma tare-fa que não considera fácil, especialmente quan-do os bombeiros se deparam com feridos graves ou vítimas mortais conhecidas, como aconteceu com Clara Monteiro. Mas, tem consciência de que são “ossos do ofício”.

O comandante Camacho discorda de Pinto e ao CBS disse que a Câmara tem ouvido os co-mandos dos bombeiros no que respeita à rede viária concelho, rotundas e até toponímica.

L O C A L

Estrada Oliveira do Hospital/Felgueira Velha continua a causar mortes

Rectificação da EN 230 vai avançar, mas “pontos negros vão persistir”

Clara Monteiro foi a última víti-

ma mortal da EN 230, mas a in-

dicação é a de que em cerca de

15 anos já ali perderam a vida

cerca de 30 pessoas. Consciente

da sua perigosidade, a Câmara

de Oliveira do Hospital decidiu

avançar com uma rectificação,

mas o comandante dos bom-

beiros de Lagares da Beira não

tem dúvidas de que “os pontos

negros vão persistir”, Ao Correio

da Beira Serra, António Pinto

lamenta que “nunca” tenha sido

auscultado sobre esta matéria.

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Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 6

O s actuais militantes números três e quatro do Partido So-cialista – António Campos e António Arnaut, respectiva-

mente – participaram este sábado num aceso debate promovido pela JS de Olivei-ra do Hospital, no Ritual Bar, sob o tema “Socialismo, Identidade e Futuro”.

Hoje com 71 anos, o antigo Ministro dos Assuntos Sociais no II Governo Cons-titucional – conhecido como “o pai do Serviço Nacional de Saúde” –, fez uma dis-sertação sobre a matriz “sagrada e inviolá-vel” do PS, mas mostrou-se muito céptico quanto ao rumo do país e das sociedades modernas. Confessando-se um partidário do “estado social” – “se o meu vizi-nho do lado passar fome, eu sinto-me incomodado”, fri-sou – Arnaut é de opinião que “hoje vivemos numa or-gia neoliberal em que há um ultra-liberalismo que se resume a uma sociedade de mer-cado, incluindo a saúde”.

A saúde é aliás é um dos temas que mais preocupações tem suscitado ao também ex- Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, que não se cansa de invocar a trilo-gia em que assenta a filosofia da maço-naria – “liberdade, igualdade e frater-nidade” – para con-trapor com a falta de solidariedade que hoje existe para com os mais desprotegidos..

Alegando estar “muito preocupa-do com a saúde”, que considera como “uma das maiores conquistas do século XX”, Arnaut acu-

sou o Governo de José Sócrates de estar a “destruir o Serviço Nacional de Saúde

(SNS)” através de “medidas mal pen-sadas e mal realiza-das”.

Denunc i ando a existência dos grandes grupos privados que hoje “querem negociar em saúde”, o fun-dador do PS diz te-mer que isso possa “asfixiar o SNS de modo a que o ser-viço fique apenas para os pobres in-digentes”. É que para Arnaut, “o SNS está a enco-lher e o privado a expandir-se”

“O que resta hoje da minha uto-pia socialista é o estado social (…) e o PS só poderá con-tinuar a afirmar-se socialista se garan-tir o Estado Social, afirmou Arnaut, numa intervenção em que disse ainda que ao seu antigo “conselheiro” no ministério dos As-suntos Sociais – o ministro da Saú-

de, Correia de Campos – “falta-lhe algu-ma sensibilidade”, já que as políticas de

saúde não podem ser definidas a “régua e esquadro”.

Crítico quanto ao encerramento de al-guns serviços de atendimento permanen-te nos centros de saúde e maternidades, António Arnaut foi por exemplo muito claro quanto ao fecho da maternidade de Elvas, que provocou o encaminhamento de muitas parturientes para Badajoz. “Eu nunca fechava a maternidade de Elvas. Até por uma questão de dignidade nacional”, explicou o antigo ministro de Mário So-ares.

António Campos diz que Portugal tem um problema de distribuição de riquezaPara o histórico socialista António Campos, que centrou a sua intervenção no “proble-

ma da distribuição da riqueza”, “não há hoje em Portugal uma política de imposto justo e de salário justo”. Realçando que tem havido “incapacidade do Estado em distribuir melhor a riqueza”, Campos con-siderou que um dos maiores problemas nacionais é precisamente a “dicotomia dos impostos e dos salários”. “Têm que se ir buscar os impostos a quem tem mais para se socorrerem os mais pobres”, ad-vertiu o antigo eurodeputado, explicando que em Portugal “há uma política salarial que não existe e uma política de impostos completamente subversiva”. “Tens que dizer isso ao Sócrates”, ironizou António Arnaut, para de seguida ouvir de Campos a resposta de que o Primeiro-Ministro está ao corrente da sua opinião.

O P I N I Ã O

O debate da JS esteve aceso com António Arnaut a insurgir-se contra a “insensibilidade” do ministro da Saúde

Antigo ministro dos Assuntos Sociais não poupa críticas ao Governo

António Arnaut teme que o Serviço Nacional de Saúde fique apenas para os “pobres indigentes”

Num debate promovido pela JS

com dois dos principais funda-

dores do Partido Socialista, An-

tónio Arnaut voltou a insurgir-

se contra a política do Governo

no que toca ao encerramento de

serviços de saúde e disse temer

que o Serviço Nacional de Saúde

fique um dia apenas para os

“pobre indigentes”

“(...) “O que resta hoje da minha

utopia socialista é o estado social (…)

e o PS só poderá continuar a afirmar-

se socialista se garantir o Estado

Social, afirmou Arnaut, numa inter-

venção em que disse ainda que ao seu

antigo “conselheiro” no ministério

dos Assuntos Sociais – o ministro da

Saúde, Correia de Campos – “falta-lhe

alguma sensibilidade” (...)”

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

CERTIFICO, para fins de publicação, que no dia 23 de Novembro de 2007, no livro de notas para escrituras diversas número dez, deste Cartório, a folhas 19 e seguintes, foi lavrada uma escritura de justificação na qual CARMELINA MARQUES também conhecida por CARMELINA MARQUES DA SILVA, NIF 122.205.871, solteira, maior, natural da freguesia de Alvôco de Várzeas, deste concelho, residente na Rua do Copinho, n.º 2, no lugar de Fiais da Beira, freguesia de Ervedal, concelho de Oliveira do Hospital, declarou ser dona e legítima possuidora dos seguintes prédios, sitos na citada freguesia de Ervedal:

UM – RÚSTICO, sito em Vale do Asno, composto de pastagem com seis oliveiras, eucaliptal, pinhal e mato, com a área de dois mil e cem metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do nascente com Constantino Pedro e outros, do sul com Celso Simões Cerveira e do poente com J

DOIS – RÚSTICO, sito em Quintais, composto de semeadura, sessenta cepas e vinte e seis oliveiras, com a área de quatro mil e quinhentos metros quadrados, a confrontar do norte com caminho, do sul com Maria de Jesus Torres, do nascente com Francisco Alves Ribeiro e outros e do poente com António Tavares Rosa, inscrito na matriz, em nome da justificante, sob o artigo 2.356, com o valor o patrimonial tributário de € 670.14.

Que os mencionados prédios se encontram omissos no registo predial e aos quais atribui valor igual à soma dos valores patrimoniais tributários, no montante global de novecentos e noventa euros e treze cêntimos.

Que os citados prédios vieram à sua posse por compra verbal feita por volta do ano de mil novecentos e setenta e quatro, o identificado em primeiro lugar a Augusto Lopes e mulher, Ermelinda Pereira Lopes, residente que foram em Lisboa e o identificado em segundo lugar a Francisco Beijos e mulher, na Alves Beijos, residentes que foram no mencionado lugar de Fiais da Beira, tendo entrado de imediato na posse dos mesmos sem que, todavia, desse facto, tenha ficado a dispor de título válido para o seu registo.

A verdade, porém, é que a partir daquela data possui, assim, aqueles prédios, em nome próprio, há mais de vinte anos, passando a usufrui-los sem a menor oposição de quem quer que seja, desde o seu inicio, cultivando-os, avivando estremas, colhendo os seus frutos, pagando as respectivas contribuições e impostos – posse que sempre exerceu sem interrupção e ostensivamente, com o conhecimento da generalidade das pessoas da indicada freguesia, lugares e freguesias vizinhas – traduzida, pois, em actos materiais de fruição, sendo, por isso, uma posse pacífica, porque adquirida sem violência, contínua, porque sem interrupção desde o seu início, pública, porque do conhecimento da generalidade das pessoas e de boa-fé, porque ignorando no momento do apossamento lesar direito de outrem – pelo que verificados os elementos integradores – o decurso do tempo e uma especial situação jurídica – posse – adquiriu os referidos prédios por usucapião, não tendo, todavia, dado o modo de aquisição, documento que lhe permita fazer prova do seu direito de propriedade sobre o mesmo, pelos meios extrajudiciais normais.

ESTÁ CONFORME.

Cartório Notarial de Oliveira do Hospital, 23 de Novembro de 2007A Notária

Inês Barreto Amaral Correio da Beira Serra, 4 de Dezembro de 2007

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4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 7L O C A L

A s duas listas candidatas à Associa-ção de Estudante (AE) da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital (ESTGOH)

iniciaram hoje um período de campanha eleitoral que culminará nas eleições a reali-zar dia 11 de Dezembro.

João Paiva e Lúcia Teixeira lideram as listas R e C, respectivamente, ao Correio da Bei-ra Serra revelaram-se confiantes numa boa adesão dos estudantes – cerca de 700 – ao acto eleitoral. No primeiro dia de contacto com a comunidade estudantil, os candidatos fazem um balanço positivo do diálogo man-tido com os colegas que – segundo disseram – têm dado sinais de apoio.

Novo nestas andanças, João Paiva enca-beça uma lista (R) constituída por 35 alunos que pretende fazer uma “campanha séria para tentar mostrar o que quer fazer pela ESTGOH”. É intenção do aluno do segundo ano de Administração e Finanças, no caso de vitória no dia 11 de Dezembro, “promover uma maior abertura entre AE e alunos, de-senvolver actividades de diversão mais vo-cacionadas para os alunos e pensar mais nos interesses da comunidade estudantil”. Ga-rantiu que por detrás da lista que lidera “não

existe qualquer apoio partidário”. Nunca foi seu objectivo avançar com uma lista para a Associação, mas confessou ao CBS que o fez agora, com um grupo de amigos, por enten-der que “é necessário tentar mudar os há-bitos da ESTGOH”. A oito dias do acto elei-

toral, João Paiva reconhece que a campanha está a “agitar o ambiente estudantil”.

Lista C pretende dar continuidade à AE actualA Vice-presidente da Associação de Estu-

dantes ainda em funções, Lúcia Teixeira, tem um objectivo claro enquanto número um da lista C constituída por 34 elemen-tos: “dar continuidade ao trabalho da ac-tual AE”. “Muitos alunos vão sair e nós decidimos avançar com uma lista para continuarmos o trabalho que tínhamos em mãos, como a candidatura ao IPJ, a Sema-na Académica e do Caloiro, entre outras coisas”, contou a candidata ao Correio da Beira Serra.

Para a aluna do segundo ano de Adminis-tração e Marketing a actual AE desenvolveu um bom trabalho, mas confessa não estar “preocupada com o resultado”, embora es-teja “confiante”. “Não entro em rivalidades, o que me interessa é que isto ande para a frente”, contou Lúcia Teixeira, notando que tem sentido “muito apoio por parte da co-munidade estudantil”. Acredita que a abs-tenção não vai vingar, convicção que explica pela existência de duas listas concorrentes. “Só por isso, os alunos já se sentem motiva-dos para votar”, frisou.

Paralelamente à eleição da futura Associa-ção de Estudantes, decorrerá a eleição para a Assembleia Geral. Para este órgão existem três listas concorrentes.

Cerca de 700 estudantes com direito a voto

Associação de Estudantes da ESTGOH disputada por duas listas

U ma delegação constituída por 29 pessoas ligadas ao Partido Socialista de Oliveira do Hos-pital aproveitou, dia 21 de No-

vembro, a visita efectuada à Assembleia da República para alertar os deputados socia-listas eleitos pelo distrito de Coimbra para o que consideram ser “questões premen-tes” a nível concelhio.

Num memorando entregue aos deputa-dos, pela mão do deputado municipal Car-los Mendes, o PS de Oliveira do Hospital – segundo nota informativa enviada ao Cor-reio da Beira Serra – apelou à mobilização de esforços por parte dos deputados, no sentido de se encontrarem “soluções que sirvam o legítimo interesse das popula-ções”, em matéria de acessibilidades, defi-nição e financiamento das novas instalações da Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Oliveira do Hospital, manutenção do atendimento médico nocturno, incluindo a necessidade de instalação de uma viatura de emergência médica avançada, devida-mente equipada; a defesa das competên-cias do Tribunal de Oliveira do Hospital e as prioridades ao nível de acção social e apoio na construção de equipamentos sociais no concelho, com especial ênfase na Zona da Cordinha.

O documento foi entregue no decorrer de uma reunião de trabalho com os deputa-dos do PS realizada na sala do plenário. An-tes disso, a delegação do PS local, compos-ta por deputados municipais, presidentes e membros da Junta de Freguesia, membros

de várias Assembleias de Freguesia, repre-sentantes da JS, vereadores, cidadãos inde-pendentes e dirigentes locais do PS, visitou os vários espaços do Palácio de São Bento, tendo até assistido a uma reunião da Co-missão Parlamentar de Educação e Ciência.

O convite para esta visita – segundo a mesma nota informativa – partiu do grupo

de deputados do PS eleitos pelo distrito de Coimbra, com o objectivo de darem a conhecer a função e as actividades parla-mentares em curso, o funcionamento da Assembleia e dos seus vários espaços de trabalho. O PS local reconhece que este tipo de visitas permite “estreitar as liga-ções e a cooperação entre os deputados do

PS e os seus eleitos locais, com vista a co-nhecer melhor os problemas concelhios”. E defende que “estas iniciativas devam ser assumidas enquanto forma de organização do trabalho político, conjugando-as com vi-sitas aos concelhos, tal como foi feito pelos deputados do PS em Junho de 2006 a Oli-veira do Hospital”.

PS visitou Assembleia da República e alertou deputados para “questões prementes”

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Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 8

TEXTO: L IL IANA LOPES

O s presidentes das Câmaras Mu-nicipais de Seia e Oliveira do Hospital manifestaram-se na pas-sada sexta-feira em “sintonia” no

que respeita ao futuro traçado do Itinerário Complementar (IC) 6 e a sua ligação ao IC7 e IC37. Num debate realizado no Hotel São Paulo, em Oliveira do Hospital, Eduardo Bri-to e Mário Alves mostraram-se defensores do terceiro cenário avançado pelo Governo, re-jeitando por isso aceitar a proposta avançada pelo Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras (NDEIB) como a melhor alternativa.

“Acessibilidades à região” foi o tema do de-bate organizado pelo NDEIB e que juntou à mesma mesa autarcas da região, empresários, responsáveis por estabelecimentos de ensino, Governador Civil de Coimbra, presidente da Comissão de Coordenação de Desenvolvimen-to Regional do Centro (CCDRC) e o Secretário de Estado das Obras Públicas e das Comunica-ções, Paulo Campos. As mesmas individualida-des participaram também ao final da manhã na cerimónia de inauguração da sede do NDEIB, a funcionar há cerca de um ano em Oliveira do Hospital.

No encontro que permitiu ao presidente do NDEIB, Fernando Tavares Pereira, apresen-tar um traçado alternativo aos três cenários propostos pelo Governo e que tinha como ob-jectivo – como referiu o empresário – consti-tuir-se uma moção em defesa daquele traçado, acabaram por sobressair as vozes dos autarcas de Seia e Oliveira do Hospital, mostrando-se certos quanto às suas preferências.

“Temos a lição bem estudada, sabemos aquilo que queremos”, afirmou Eduardo Brito, notando que a decisão da Câmara a que presi-de – e que carece apenas de aprovação em As-sembleia Municipal – “se baseia em torno dos cenários que o Governo pôs à disposição”. Re-feriu-se à terceira alternativa como a que mais satisfaz o município e que acaba por “não se diferenciar muito” – como disse – do cenário avançado pelo NDEIB. Eduardo Brito mostrou-se também disponível para “um encontro de ideias” entre os vários municípios. “Devemos é ser rápidos”, considerou.

“Faça-se a via”Uma posição que Mário Alves não demorou a aplaudir, por ir ao encontro da opinião do que

é defendido pelo executivo que lidera. “O que vou dizer está dentro da linha de acção de Edu-ardo Brito. A Câmara de Seia também pegou nos cenários do Governo”, referiu o autarca de Oliveira do Hospital, justificando a preferên-cia pelo terceiro cenário, tomando também por base “outros estudos realizados em 2002, aquando da revisão do Plano Director Munici-pal e também submetidos à Assembleia Mu-nicipal”. Alves mostrou-se ainda concordante com Eduardo Brito em matéria de rapidez na escolha do cenário definitivo. “Não podemos

desviar s nossas atenções, nem dar argumen-tos ao Governo para que as coisas não avan-cem”, disse Mário Alves, deixando também claro que “a prioridade é a passagem do IC6 a norte do concelho de Oliveira do Hospital”. “Se o nó de ligação vai ficar um quilómetro mais atrás ou mais à frente, é indiferente. O importante é que a via seja executada rapida-mente, em contra relógio para podermos di-

zer que temos condições de acessibilidade, no mais curto espaço de tempo e em segurança”, considerou Mário Alves, lançando o desafio ao Governo: “faça-se a via”.

O presidente de Carregal do Sal teste-munhou na primeira pessoa, na presença de vários empresários locais, a importância das acessibilidades para “o desenvolvimento dos lugares”. Atílio Nunes não escondeu o orgu-lho, por poder afirmar que no seu concelho “não há desemprego”, justificando tal reali-dade com o facto de, em quase duas décadas

como autarca, ter sempre pautado a sua ac-tuação em busca de melhores acessibilidades para o seu concelho. Lembrou até o facto de o IC12 ter ficado conhecido como “a auto-es-trada do Atílio”. Mas, apontou também como determinante a necessidade de “autarcas, Governo e empresários andarem de mãos da-das”. “Carregal do Sal exporta 90 por cento da sua produção, espero que os outros concelhos

também exportem”, referiu, não deixando no entanto de apelar à atenção de Paulo Campos para a EN230.

Mas, se a presidente do Município de Ne-las e o representante de Fornos de Algodres não se mostraram discordantes das posições de Alves e Brito, o mesmo não aconteceu em relação a Gouveia. “Não é o que mais nos favo-rece” referiu o vereador da Câmara Municipal, notando que o cenário três não proporciona “uma ligação rápida” aos pontos de desenvol-vimento que identificou: Viseu e Covilhã.

“O fundamental era que existisse este debate no tempo certo” Sem tomar qualquer partido por cada um dos cenários, o secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações deu con-ta da importância da troca de ideias entre os actores principais da novela IC6,7 e 37. “O fundamental era que existisse este debate no tempo certo”, sublinhou Paulo Campos, no-tando que “depois, será tarde para alterar o que quer que seja”. Adiantou que em Janeiro deverá ser tomada uma decisão e esclareceu que “a obra só não foi lançada mais cedo por-que não havia condições para avançar”.

Paulo Campos aproveitou ainda para dar conta de um pacote de novas acessibilidades aprovadas, dia 29 de Novembro, em Conselho de Ministros que englobam a auto-estrada Vi-seu - Coimbra, uma segunda que ligará Mor-tágua a Mangualde (continuação do IC12) e a que ligará Mealhada a Oliveira de Azeméis. “O panorama de acessibilidades à região muda radicalmente”, referiu o governante, consi-derando que para além da importância de “se poupar tempo”, está também em causa “ques-tão de salvar vidas”. “O que é relevante para uma zona que tem sido sacrificada com a per-da de vidas” concluiu.

P O L Í T I C A

São muitas as expectativas que recaem sobre o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas, Paulo Campos

Paulo Campos trouxe uma palavra de esperança às acessibilidades da região

Autarcas de Seia e Oliveira do Hospital em sintoniaquanto ao traçado do IC6 e sua ligação ao IC7 e IC37

O Secretário de Estado Adjun-

to das Obras Públicas e das

Comunicações, Paulo Campos,

veio a Oliveira do Hospital

inaugurar a sede do NDEIB e

comprometeu-se com autar-

cas e empresários a “mudar

radicalmente o panorama de

acessibilidades à região”.

Autarcas de Oliveira do Hospital e Seia em sintonia com uma das propostas do Governo

Page 9: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 9PAT R I M Ó N I O

Convidado pela Arqueohoje, o jovem oliveirense Rui Silva participa nos trabalhos de recuperação da Anta da Arcainha

TEXTO: L IL IANA LOPES

U ma equipa de arqueólogos está, desde há duas semanas, a levar a cabo um trabalho de investigação e recuperação dos quatro monu-

mentos dolménicos identificados no concelho de Oliveira do Hospital. O primeiro a ser inter-vencionado é o dólmen da Arcainha, em Seixo da Beira mas, no prazo de meio ano, a Arqueo-hoje – empresa responsável pelos trabalhos – espera intervencionar a totalidade dos dól-menes, localizados na Sobreda, Fiais da Beira e Bobadela, no âmbito de um projecto posto em marcha pela Câmara Municipal, com o ob-jectivo de criar roteiros turísticos associados aos monumentos recuperados.

Vulgarmente apelidados de Antas, os dól-menes são monumentos com expressão con-siderável em território português. Segundo o arqueólogo responsável pela equipa de tra-balho em actividade em Oliveira do Hospital, Paulo Perpétuo, está em causa “um fenóme-no que apareceu em toda a Europa, incluin-do Ilhas Britânicas, Mediterrâneo e Península Ibérica”. “Existem milhares de monumentos

do género espalhados de Norte a Sul do país”, explicou o arqueólogo, esclarecendo que enquanto monumentos de enterramento co-lectivo, terão tido um primeiro momento de utilização, na fase final do Neolítico, perto dos cinco mil anos. Predominam nas regiões da Beira Alta, Alentejo e Norte de Portugal e o concelho de Oliveira do Hospital é um dos que apresenta o maior número de vestígios dolmé-nicos. “É um concelho rico nesta área”, referiu Paulo Perpétuo, lamentando no entanto que no caso concreto da Anta da Arcainha sejam visíveis sinais de revolvimento. E há também os exemplos concretos das Antas da Sobreda e de Bobadela, onde já não existem as lajes de

cobertura.

“Monumento extremamente violado e revolvido”À Arqueohoje, a Câmara Municipal de Olivei-ra do Hospital apresentou um projecto com o objectivo de reverter a degradação dos monu-mentos e delinear roteiros turísticos com vista à sua promoção.

O dólmen da Arcainha é, segundo Paulo Perpétuo, o que “está num estado de ruína mais avançado” e aquele que, por consequên-cia, implicará “mais trabalho de escavação, restauro e consolidação”. “Estamos peran-te um monumento extremamente violado e revolvido sem níveis intactos praticamente preservados”, sublinhou o responsável pelos trabalhos, explicando que a “amálgama de pe-dra pequena” visível na zona de entrada para o dólmen “é fruto de uma destruição contínua em várias fases”. Perpétuo acredita terem-se tratado de escavações sem objectivos cientí-ficos, mas antes escavações “à procura do ob-jecto, do vaso ou da ponta de seta”.

O trabalho levado a cabo pela Arqueohoje – que conta também com a colaboração do jo-vem oliveirense, Rui Silva, com formação em Arqueologia, mas a desempenhar funções no Parque do Mandanelho – cumpre uma meto-dologia estratigráfica, que implica escavação camada a camada. “Tentamos perceber cada camada dentro do seu contexto integrado de todo o monumento”, explicou o especialista em Arqueologia, notando que cada passo fica-rá registado em fotografia. Para além disso, há ainda a particularidade de o estado do monu-mento anterior aos trabalhos, ficar desenhan-

do em planta, o mesmo acontecendo com a fase final. Porque – segundo o arqueólogo – “uma escavação é sempre uma destruição”. “Se eu não registar a informação, quem vier a seguir para fazer novas investigações não tem noção daquilo que nós aqui encontrámos”, referiu, explicando que junto a cada um dos dólmenes será colocado um painel informati-vo, que permitirá a qualquer visitante tomar conhecimento fácil do que está a apreciar.

Volvidas apenas duas semanas de trabalhos, a equipa de arqueólogos chegou já à conclu-são de que a Anta da Arcainha teve dois mo-mentos distintos de ocupação. “O monumento foi construído no final do período Neolítico, mas temos encontrado cerâmicas e vasos com forma própria e decoração típica do final do período da Idade do Cobre, início da Idade do Bronze”, contou Paulo Perpétuo, explicando que também têm aparecido materiais em sílex, micrólitos e utensílios multi-funcionais usados para cortar e também pontas de projécteis e elementos que, em conjunto, constituem foi-ces usadas para cortar cereais, características do final do Neolítico. Apesar de se tratarem de espaços usados para enterramentos colec-tivos, o arqueólogo não acredita que venham a ser encontrados vestígios ósseos, pelo facto de estarem em causa solos muito ácidos.

Questionado pelo CBS sobre a forma como a equipa pondera resolver a inexistência de algumas lajes que, em tempos, constituíram os monumentos, o arqueólogo explicou que há sempre a possibilidade de serem colocados outros elementos com recurso a materiais dis-tintos, para “que haja noção de que não per-tencem ao monumento”.

Arqueólogos iniciaram trabalhos na Anta da Arcainha

Recuperação de Dólmenes para definição de roteiros turísticos

Dentro de meio ano, já vai ser

possível visitar os quatro monu-

mentos dolménicos do concelho

de Oliveira do Hospital e ficar a

saber tudo sobre eles. A Câmara

Municipal tem em marcha um

projecto de recuperação desses

espaços com vista à definição

de rotas turísticas para a sua

promoção. A equipa de arqueó-

logos já iniciou os trabalhos no

monumento considerado “mais

violado”: a Anta da Arcainha.

CARTÓRIO NOTARIAL DE GOUVEIANOTÁRIO LIC. EDUARDO JOSÉ COSTA REIS SANTOS

CERTIFICO para efeitos de publicação que, ANTÓNIO GABRIEL DOS SANTOS BORGES, casado com Maria Odete Coelho Ramos, sob o regime de separação de bens, natural da freguesia de Vila Cortês da Serra, concelho de Gouveia, residente em 1514 Main Street, Acushnet, MA 02743-1012 Estados Unidos da América do Norte, por escritura de justificação outorgada em vinte e sete de Outubro de dois mil e seis, a folhas cento e vinte e cinco e seguintes, do livro de notas número treze –F, deste Cartório, declarou que era dono e legítimo possuidor dos prédios seguintes.

NÚMERO UM – Urbano, composto de casa com três andares, com a superfície coberta de cento e doze metros quadrados e quintal com a área de mil e quatrocentos metros quadrados, no sítio da “ALDEIA FORMOSA”, limite da freguesia se Seixo da Beira, concelho de Oliveira do Hospital, a confrontar de norte e nascente com caminho, sul com estrada e poente com José Gonçalves Prata, inscrito na matriz predial respectiva, sob o artigo número 518;

NÚMERO DOIS – Urbano, composto de casa com dois andares, com a superfície coberta de cinquenta e dois metros quadrados e pátio com a área de cinquenta metros quadrados, no sítio da “ALDEIA FORMOSA”, limite da dita freguesia de Seixo da Beira, a confrontar de norte com Joaquim Augusto Galante, sul com rua, nascente com António Dinis e poente com Joaquim Augusto Galante, inscrito na matriz predial respectiva, sob o artigo número 581;

Estes dois prédios não se encontram descritos na Conservatória do Registo Predial de Oliveira do Hospital.Que por escritura lavrada hoje, a folhas cento e quarenta e oito e seguintes, do livro de notas para escrituras diversas número vinte e sete-F,

deste Cartório, rectificou a dita escritura de justificação, no sentido de que o prédio acima descrito sob o numero um tem a superfície coberta de duzentos e nove vírgula cinquenta metros quadrados e descoberta de mil trezentos e oitenta vírgula cinquenta metros quadrados e que o mesmo se situa na “Rua da Fábrica”, com o numero 8 de Policia e que o prédio acima descrito sob o numero dois tem a superfície coberta de cento e vinte e dois metros quadrados e descoberta de quarenta e três metros quadrados e que o mesmo se situa na “Rua da Quelha”, com o numero 24 de policia, resultando a divergência de áreas a simples erro de medição.

ESTÁ CONFORME.

Cartório Notarial de Gouveia, dezasseis de Novembro de dois mil e sete.O Notário,

Lic. Eduardo José Costa Reis Santos Correio da Beira Serra, 4 de Dezembro de 2007

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Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 10 C O N C E L H O

15DIAS | ON-LINE

Ivo Portela a propósito do IC6:

“Acabou-se a miragem, passamos a ver uma realidade”

O secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, presidiu, dia 21 de Novembro, na Câmara Municipal de Tábua, à adjudicação da empreitada da primeira fase da varian-te a Tábua e ao lançamento do concurso público para o troço do Itinerário Comple-mentar (IC) 6 que liga Catraia dos Poços ao Nó de Tábua, bem como da sua ligação a Tábua.

“Acabou-se a miragem, passamos a ver uma realidade. O anseio de anos e anos materializa-se relativamente à variante a Tábua e ao IC6”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Tábua, reconhecendo a “capacidade de trabalho e inteligência” de Paulo Campos, que tem “demonstrado especial atenção pelo interior do país”.

Na presença da maioria dos autarcas da região da Beira Serra e Planalto Beirão – Oliveira do Hospital, Arganil, Carregal do Sal, Tondela, Penacova, Seia, entre outros - Ivo Portela deu conta ao governante de que ali se encontravam “as parcerias privilegia-das” para o trabalho que se vai desenvol-ver: “autarcas, agentes económicos, sociais e culturais da região que sempre ansiaram

para que este dia se concretizasse”. Portela elogiou ainda o facto de Paulo Campos ter avançado com o IC6, mesmo ainda antes de estar escolhida a proposta que envolve IC6, IC7 e IC37. “O que é preciso é começar e depois do começo, rapidamente os autar-cas e as partes interessadas se entendem relativamente às direcções para a Serra da Estrela, Covilhã, A25 e outros destinos”, considerou. O autarca tabuense não deixou também de se mostrar satisfeito por “de uma única assentada”, o concelho de Tábua ouvir falar de “de uma verba tão grande”. “Não é nenhuma brincadeira, em moeda antiga são 16 milhões de contos”, notou.

“Uma assentada” que Paulo Campos jus-tificou como sendo uma “função” do Gover-no e com a qual já “havia compromissos”. E, aos autarcas presentes no Salão Nobre da Câmara Municipal de Tábua deixou claro que “não se faz mais”, porque “não há es-tudos disponíveis que o permitam”. “Logo que os estudos estejam terminados, lança-remos mãos à obra e não perderemos tem-po”, referiu o governante, notando que a prioridade do governo é de dotar o distrito de Coimbra de “melhores acessibilidades”.

A Câmara Municipal de Oliveira do Hos-pital (CMOH) divulgou na página oficial de Internet em www.cm-oliveiradohospital.pt uma posição sobre “os cenários dos traça-dos” dos itinerários complementares nú-meros 6, 7 e 37 que recentemente foram apresentados pelo Secretário de Estado Ad-junto das Obras Públicas e Comunicações, Paulo Campos.

Sublinhando tratar-se de uma delibera-ção aprovada “por todos os membros pre-sentes” na reunião da CMOH do dia 6 de Novembro, no âmbito do “Estudo de Avalia-ção Estratégica da Rede Rodoviária Nacional da Região Centro”, a autarquia oliveirense, que já enviou o parecer à empresa “Estradas de Portugal, EPE”, diz considerar “o traçado do IC 6 com passagem a norte da cidade de Oliveira do Hospital, e a construção de dois nós de acesso na área geográfica do conce-lho, como o mais favorável”.

Relativamente ao IC 37, o executivo camarário defende que aquele itinerário deverá passar “o mais próximo possível do limite do concelho de Oliveira do Hospi-tal com o município de Seia, atendendo a que – sublinha a CMOH – permitiria a exis-tência de uma ligação mais rápida a Nelas, e por conseguinte à ferrovia, à cidade de Viseu e à A25, com ganhos evidentes para cidadãos e empresas em termos de segu-rança e redução do tempo necessário de deslocação”.

Já sobre o IC 7, o executivo oliveirense considera “como mais favorável o traçado a preconizar o atravessamento de uma área do concelho de Oliveira do Hospital, na freguesia de S. Gião”. A CMOH explica que esta solução não só “teria um impacte am-biental reduzido”, como poderia contribuir “para o aproveitamento e desenvolvimento do turismo no Vale do Alva”.

CMOH em consonância com uma das propostas do Governo

Executivo anuncia posição sobre os itinerários complementares previstos para a região centro

Confessando-se particularmente “feliz” com os avanços registados em Tábua, Pau-lo Campos considerou que “a partir de hoje estão dados os passos fundamentais para dizer que finalizou o isolamento destas ter-ras”. “Vamos estar mais perto do mundo, com mais conforto, mais tempo e melho-res condições de circulação”, referiu. Mas advertiu: “Eu cumpri, agora cabe aos autar-cas, empresários e agentes económicos e sociais fazer o resto e aproveitar bem estas acessibilidades”.

Abordado pelo diário on-line do Correio da Beira Serra, no final da cerimónia, o pre-sidente da Câmara Municipal de Oliveira

do Hospital não escondeu a satisfação pelo facto de ter assistido ao lançamento do concurso do tão almejado troço do IC6. E, pegou em palavras proferidas na penúltima reunião pública do município, para frisar que se tratou de uma questão de “vontade política” de Paulo Campos.

O novo troço do IC6 compreende 17,2 km, num investimento que ultrapassa os 46 milhões de euros, com um prazo de execu-ção de 540 dias. A expectativa do governo e da Estradas de Portugal é de que a adjudi-cação da obra aconteça no início do tercei-ro trimestre de 2008 e que fique concluída no final de 2009.

Page 11: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 11C O N C E L H O

Compras de Natal no comércio local

ADITO promove Sorteio de Natal para atrair consumidores

Neste Natal, os oliveirenses têm boas razões para efectuarem as suas compras no comércio local, em especial nos 184 estabelecimentos que, até ao momento aderiram ao Sorteio de Natal, posto em marcha pela Agência para o Desenvolvimento Integrado de Tábua e Oli-veira do Hospital (ADITO) e potenciada pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital que subsidiou na íntegra a aquisição dos prémios no montante de 20 mil euros.

A iniciativa vigora desde 14 de Novembro até 27 de Dezembro e, os consumidores que optarem por fazer compras nas lojas aderen-tes, de entre ourivesarias, ópticas, pastelarias, cafés, prontos-a-vestir, bazares e muitos outros espaços comerciais, habilitam-se a ganhar um automóvel ligeiro de passageiros a gasolina,

uma scooter, um computador portátil, um PDA, um Home Cinema, um GPS e uma máquina fo-tográfica digital. Para além destes prémios, os consumidores ficam também habilitados aos prémios do sorteio que a Associação Comer-cial e Industrial de Coimbra (ACIC) – parceira da ADITO no sorteio de Oliveira do Hospital – do qual também se destaca um automóvel ligeiro de mercadorias.

Com esta iniciativa, pretende a ADITO – de acordo com o site da autarquia oliveirense – “atrair os consumidores ao centro urbano de Oliveira do Hospital” e, ao mesmo tempo, “evitar a sua deslocação para as grandes su-perfícies comerciais localizadas fora da área do município para aí procederem às suas compras nesta quadra festiva”.

Afirma o PS de Oliveira do Hospital

“Nunca ninguém fez tanto em tão pouco tempo pelas acessibilidades da região”

O Partido Socialista de Oliveira do Hospi-tal, em nota de imprensa enviada ao diário on-line do Correio da Beira Serra, congratu-la-se pelos investimentos anunciados pelo secretário de Estado das Obras Públicas e Co-municações, em matéria de acessibilidades. Recorde-se que Paulo Campos deslocou-se, dia 21 de Novembro, ao concelho de Tábua para proceder ao lançamento do concurso público do troco do Itinerário Complemen-tar (IC) 6 entre Catraia dos Poços e o Poço do Gato e da segunda fase da variante de Tábua.

“Após anos e anos de espera, (...) de pro-messas inconsequentes, a construção destas acessibilidades rodoviárias vai agora avançar de forma devidamente programada e articu-lada, de forma a promover as ligações da e para a região da Beira Serra”, adianta o PS num comunicado onde também destaca o “empenhamento político, a capacidade de decisão e o cumprimento dos compromis-sos públicos assumidos” por Paulo Campos. Entende aquele partido que o governante “sempre demonstrou toda a sensibilidade, empenhamento e determinação para resolver o problema do relativo iso-lamento rodoviário da re-gião”. “A verdade é que, de facto, nunca ninguém fez tanto em tão pouco tempo pelas acessibilidades da região” constata o Partido Socialista local, conside-rando que os novos inves-timento “se afiguram como imparáveis, abrindo-se um horizonte de esperança quanto à ligação do con-celho de Oliveira do Hos-pital e da região da Beira Serra aos principais eixos rodoviários da região Cen-tro do país”. Factores que para a estrutura local do partido, liderada por José Francisco Rolo, “elevarão para um patamar superior a capacidade de desenvol-vimento e competitividade do concelho e da região envolvente”.

No mesmo documento, aquele partido sublinha que o novo investimento do IC6 e a definição do

seu novo traçado e articulação com IC7 e 37 “permitirão a ligação do concelho e da região aos principais eixos rodoviários do centro do país e da própria fronteira com Espanha”. Nesta matéria, a posição do PS local foi na defesa do designado “Cenário 3” do “Estudo de Avaliação Estratégica da Rede Rodoviária da Região Centro” e – segundo a mesma nota de imprensa – desafiou a Câmara Municipal a tomar posição no mesmo sentido.

A estrutura local socialista fala de “autên-tica revolução pacífica e construtiva que Oli-veira do Hospital e a região da Beira Serra há muito esperavam e necessitam para dar um novo impulso ao seu desenvolvimento económico, às suas empresas e proporcionar mais qualidade de vida às populações aqui residentes”. E, aproveita para realçar o “ges-to solidário” do Governo socialista com a re-gião, enumerando também as obras feitas no concelho por governos liderados pelo PS: a construção da Escola Secundária de Oliveira do Hospital e do Centro de Saúde, a criação do Ensino Superior em Oliveira do Hospital e a construção da Escola Básica Integrada do Vale do Alva.

Num concurso de uma conceituada revista

Colaborar do CBS ganha 3º prémio em concurso fotográfico nacional

O colaborador foto-gráfico do Correio da Beira Serra, João Sargo, arrecadou em Novem-bro o 3º prémio de um concurso de fotografia promovido por uma das mais conceituadas revis-tas da especialidade – a “Fotodigital”.

A foto a preto e bran-co é, na opinião do júri, “possuidora de uma es-tética quase estatutária e dá-nos a sentir a sen-sualidade das formas e a subtil atitude dos lábios”.

O fotógrafo da Póvoa de S. Cosme, tem vindo a conquistar diversos prémios em concursos fotográficos promovi-dos por revistas da es-pecialidade e alguns dos seus melhores trabalhos podem ser vistos em http://joaosargophotos.com.sapo.pt

Ramalhete em Bruxelas

Presidente da JS de Oliveira do Hospital é nomeado assessor jurídico de eurodeputado do PS

O presidente da Juventude Socialista de Oli-veira do Hospital, João Ramalhete, foi convida-do pelo eurodeputado do PS, Armando França, para seu assessor jurídico no Parlamento Eu-ropeu.

Ramalhete, que já se encontra a exercer aquelas funções em Bruxelas, afirmou ao Cor-reio da Beira Serra que, apesar de estar deslo-cado do país, tenciona no entanto manter-se na liderança da JS.

Page 12: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 12

N uma nota de imprensa enviada ao Correio da Beira Serra, o Secreta-riado da Comissão Política Conce-lhia do PS de Oliveira do Hospital

e a Coordenação da Secção do PS de Alvôco das Várzeas não poupam críticas, nem argumentos oposicionistas relativamente ao que tem sido a postura do presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital (CMOH) desde 2001. E a gota de água terá sido a inauguração da recons-trução do Açude da Volta em Alvôco de Várzeas, oito anos após o problema ter sido detectado e a menos de dois anos de Mário Alves concluir o seu segundo mandato.

A inauguração da reconstrução do Açude da Volta decorreu sábado passado, 1 de Dezembro, e o PS de Oliveira do Hospital não perdeu tempo e tratou logo de dirigir “farpas” ao presidente da (CMOH) acusando-o de “eleitoralismo cal-culista”. No documento com a mesma data (1 de Dezembro), os socialistas fazem um levan-tamento cronológico, com início em Setembro de 1999 até 1 de Dezembro de 2007, através do qual, dão conta das várias vezes que os elei-tos locais alertaram a Câmara Municipal para a necessidade de recuperação do Açude da Volta, por se tratar de “uma infra-estrutura indispensá-vel quer à população da freguesia de Alvôco de Várzeas, quer ao próprio concelho, no que diz respeito à preservação e regularização das mar-gens do rio e do seu leito, evitando a destruição de bens e o desgaste dos pilares da Ponte Nova a jusante do açude que, como se sabe, tem vin-do a acontecer e, de que a destruição provocada pelas cheias de 2006 bem exemplifica”.

Não deixando de se congratular por a re-construção estar agora concluída, o PS olivei-rense acusa a maioria PSD na Câmara de “por vergonhosos motivos de perseguição política ao trabalho da Junta de Freguesia de então, com vista a provocar o seu desgaste aos olhos da po-pulação”, ter adiado a realização da obra.

São mencionados os sucessivos alertas dos eleitos locais que – segundo o PS – chegaram a solicitar apoio à Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e a apresentar soluções técnicas, bem como do

A M B I E N T E

PS acusa Mário Alves de “eleitoralismo calculista”

“É a velha e estafada estratégia de tentar paralisar as Juntas de Freguesia”

O PS acusa o presidente da Câmara

de só agora – com uma Junta de

Freguesia governada pelo PSD – ter

feito uma obra que desde há muito

que era reivindicada pelo PS

Na freguesia de Seixo da Bei-

ra, nas proximidades da Anta

da Arcainha, a exploração

a céu aberto que a imagem

documenta não cumpre com a

legislação em termos de segu-

rança e representa um perigo

iminente para as pessoas que

por ali circulam, uma vez que o

local – de grande profundidade

– não está sinalizado e não tem

qualquer tipo de vedação.

Perigo iminente

vereador José Francisco Rolo que “apontou, também, uma solução exequível para o finan-ciamento da intervenção através da medida III.13 do POR_Centro”.

“Esta forma de estar não serve o concelho e não dignifica a actuação da CMOH”Ao presidente da CMOH, o PS não hesita em lançar a acusação de “manifesta falta de vonta-de política”. “É a velha e estafada estratégia de tentar paralisar as Juntas de Freguesia que “não interessam” ao Senhor Presidente da Câmara”, sustentam os socialistas, criticando o facto de, “por meros objectivos politico-partidários “ se ter “desperdiçado a oportunidade” de fazer a obra “com financiamento da CCDR-C, poupan-do dinheiro ao Orçamento Municipal”. “Será

este o apregoado rigor na gestão financeira do Orçamento Municipal? Não é com certeza”, avança o PS, olhando para a “História desta obra” como “uma sucessão de vergonhosos e inexplicáveis adiamentos por motivos político – partidários contra a Junta de Freguesia de maioria PS”.

Na opinião dos socialistas “a obra é tão necessária hoje como era em 1999, 2001 ou 2005”, pelo que “se já estivesse concluída, te-ria evitado a destruição do Parque Merendeiro e do pilar da Ponte Romana”.

O PS rejeita “a politica arrogante do “quero, posso e mando” que – como adianta – “é preci-so denunciar e combater com frontalidade”. E conclui: “esta forma de estar não serve o con-celho e não dignifica a actuação da CMOH”.

Page 13: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 13

É hoje difícil, no concelho de Oliveira do Hospital, encontrar uma fregue-sia onde não existam problemas am-bientais provocados por obsoletos

sistemas de saneamento básico, que já não conseguem conter os esgotos.

Depois de uma denúncia feita a este jornal, o Correio da Beira Serra esteve na semana pas-sada em Lagos da Beira e, em pleno centro da aldeia, detectou mais um caso de esgotos a

céu aberto que se “passeiam” por terrenos de cultivo e se infiltram nos lençóis freáticos e nas linhas de água.

“Hoje, nem está muito mau, mas há dias que não se pode parar aqui com o cheiro e com as moscas”, disse ao Correio da Beira Ser-ra Maria Irene – uma septuagenária (na foto) que cultiva um pequeno pedaço de terra nas proximidades do local onde estão instaladas as fossas sépticas de Lagos da Beira.

Júlio Guilherme Madeira, que também vive perto do local, aponta para um terreno “onde já deixaram de semear batatas” e garante que, no Verão, “ninguém consegue parar ali”. Subli-nhando que o problema se arrasta já há vários anos, Madeira diz não compreender “por que é que não resolvem o problema” de saúde pública que, em pleno século XXI, continua a persistir por todo o concelho de Oliveira do Hospital.

A M B I E N T E

Em Lagos da Beira

Esgotos a céu aberto provocam mal-estarEm Oliveira do Hospital continu-

am a “varrer-se para debaixo do

tapete” as situações de esgotos a

céu aberto, que põem em causa a

saúde pública das populações.

Os esgotos de Lagos da Beira a misturarem-se com águas cristalinas, constituem um sério pro-blema de poluição ambiental.

Page 14: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 14

TEXTO: L IL IANA LOPES

F oram assinados, dia 24 de Novem-bro, os acordos de cooperação entre o Centro Distrital da Segurança So-cial de Coimbra e o Centro Social de

Aldeia das Dez para seis utentes da valência de lar de idosos, inaugurada naquela data. A funcionar desde Junho passado, a nova res-posta social de Aldeia das Dez representou um investimento financeiro na ordem dos 450 mil euros, comparticipado em 50 mil euros pela Câmara Municipal de Oliveira do Hospital.

A assinatura da meia dúzia de acordos era esperada pela direcção do Centro Social Al-deia das Dez dado que, até ao momento, para além do apoio técnico, a Segurança Social não tinha avançado com qualquer disponibili-zação de verbas, quer para a construção, quer para a aquisição de equipamentos. Uma situ-ação que o director distrital da Segurança So-cial de Coimbra, Mário Ruivo, justificou com a argumentação de que “comparativamente

ao restante país, Oliveira do Hospital não é dos sítios onde seja urgente fazer este tipo de investimentos”. “Há outros concelhos do interior que necessitam mais destes equipa-mentos”, sublinhou, dando conta da necessi-dade de “distribuir os equipamentos de forma equitativa”. Entendeu a Segurança Social que o mais urgente seria avançar com seis acordos de cooperação para uma Instituição Particular de Solidariedade Social que, no passado dia 24 de Novembro, inaugurou a valência de lar de idosos, com capacidade para 30 utentes, sendo que actualmente presta serviços a cer-ca de 13.

Ruivo criticou posição do pároco de Ervedal da Beira…mas Alves defendeu Mário Ruivo aproveitou também a ocasião que lembrar que, ainda recentemente, tam-bém o lar de idosos de Ervedal da Beira foi contemplado com 12 acordos de cooperação, não deixando contudo de criticar o facto de o presidente da Instituição Particular de So-lidariedade Social (IPSS) em causa, Padre Luís Costa, se ter mostrado descontente com o número de acordos efectivado. “O lar de Er-vedal foi apoiado com 12 camas, o que cor-responde, quase ao dobro do que é apoiada a generalidade das IPSS do distrito de Coim-bra, para qualquer lar, inclusive, para os que foram financiados para construção”, referiu Mário Ruivo, esclarecendo que não se deixa levar com “manobras”. O presidente da Câ-mara Municipal de Oliveira do Hospital não ficou indiferente às palavras do director da Segurança Social e, em defesa do que é a re-alidade em Ervedal da Beira, apelou a Mário Ruivo para que tenha o caso “em atenção”. “A zona Norte do concelho está completa-mente a descoberto nesta área …e para que estes investimentos possam dar guarida a

estas pessoas, é necessário que haja um pla-fond em termos de acordos que lhes permita viver na instituição sem problemas”, notou Mário Alves, ao mesmo tempo que apelou à atenção de Mário Ruivo para outras IPSS como Alvôco de Várzeas e Avô.

No caso concreto de Aldeia das Dez, o pre-sidente do município lamentou que o conce-lho esteja a ser “penalizado” pelo facto de “em todas as valências, Oliveira do Hospital estar acima da média do distrito e do país”. Deixou, por isso, a garantia de que a Câmara Muni-cipal “estará sempre disponível para, de uma forma concer-tada, se resolverem os problemas”. Alves destacou também a capacidade empre-endedora dos diri-gentes associativos que “mesmo sem apoios avançam com as obras”, justificada pela “tal cultura em-presarial que existe em Oliveira do Hos-pital”.

O presidente da IPSS de Aldeia das Dez, Luís Conceição, não hesitou em con-siderar que a fregue-sia de Aldeia das Dez ficou “mais rica”, com uma obra que foi realizada com o objectivo de que “os idosos se sintam bem e acabem bem os seus dias”. A meia dúzia de acordos prometida pela Segurança Social acabou por chegar, mas aos jornalistas Luís Conceição referiu que, para um total de 30 utentes, o recebido “não é nada”.

Trouxe acordos e levou um “pífaro”Momentos antes de presentear o Centro So-cial de Aldeia das Dez com os seis acordos de cooperação para a valência de Lar de Ido-sos, o director regional da Segurança Social recebeu das mãos de um utente do Centro de Dia, um pífaro feito pelo próprio. João Al-ves, de 91 anos, apresentou-se na cerimónia de inauguração acompanhado por três pífa-ros devidamente adornados com fitas deco-rativas e flores, com o objectivo de manter consigo apenas – a comprovar pela cor es-

cura – aquele que já dava sinais de mui-to uso, porque os restantes já tinham donos certos: Mário Ruivo e Mário Alves, embora o presidente da Câmara acabasse por dispensar o pre-sente, sugerindo que fosse oferecido à De-legada de Saúde do concelho, presente na cerimónia. “Este já foi à tropa”, con-tou aos jornalistas que o desafiaram a entoar algumas me-lodias.

Com 91 anos de idade, João Dias Al-

ves mora sozinho e é utente do Centro de Dia de Aldeia das Dez. Depois de uma vida de trabalho na construção civil, dedica o seu tempo a fazer pífaros e caravelas de vários tamanhos e feitios. Nos centros socais de Al-deia das Dez e Santa Ovaia, praticamente to-das as crianças têm um exemplar feito pelas mãos de João Alves.

F R E G U E S I A S

Presidente da Segurança Social de Coimbra diz que Oliveira do Hospital não é dos sítios onde seja urgente fazer este tipo de investimentos”

Na inauguração do Lar de Aldeia das Dez

Mário Ruivo trouxe acordos e a mensagem de que este tipo de investimentos “não é urgente” no concelho

O presidente do centro Distrital

da Segurança Social de Coim-

bra aproveitou a cerimónia de

inauguração do lar de idosos de

Aldeia das Dez para assinar com

o Centro Social local a prome-

tida meia dúzia de acordos de

cooperação. Para um universo de

30 utentes, aquele número fica

aquém das expectativas, mas

Mário Ruivo fez questão de vincar

que este tipo de investimentos

“não é urgente” no concelho.

(...) Mário Ruivo aproveitou tam-

bém a ocasião para lembrar que,

ainda recentemente, também o

lar de idosos de Ervedal da Beira

foi contemplado com 12 acordos

de cooperação, não deixando

contudo de criticar o facto de o

presidente da Instituição Particu-

lar de Solidariedade Social (IPSS)

em causa, Padre Luís Costa, se ter

mostrado descontente com o nú-

mero de acordos efectivado (...)

João Alves, 91 anos, dedica o seu tempo a fazer pífaros...

Page 15: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 15

A música faz parte da vida de Celestino Sancho desde (qua-se) sempre.

Começou no grupo “Estrelas do Alva”, passou pela Tuna, saiu e voltou, e entre os anos 70 e 90, partilhou acordes com os amigos do “Sol Dourado” – outro grupo de que fez parte, “com muito or-gulho”!

Na Tuna – sempre ela – teve a sua iniciação musical, “… mas pou-ca coisa – diz –sempre procurei aprender sozinho. Nesse tempo, por volta de 1937, as coisas eram diferentes de agora, havia poucos recursos”.

Pelas palavras, desfilam memó-rias, que, forçosamente, passam pelo amanho da terra, e outras ocupações profissionais. Voltamos ao banjo que dedilha com mestria e ao carácter com que sempre se afirmou, fosse onde fosse, houves-se ou não bailarico a merecer os seus cuidados musicais ou outros

– “Sempre assumi os meus compromissos e não sei trabalhar de outro modo. Foi por isso que lhe disse que não podia atrasar-

me, e as crianças daqui a pouco começam a chegar”.

Celestino entende que é che-gada a hora de dar o “lugar aos no-vos” e mais dia, menos dia, retira-

se da “música” para o aconchego do lar mas, insiste “… sem nunca deixar de trabalhar, porque sem

isso não era capaz de viver. Já vai sendo tempo de pensar mais em mim; a Tuna está muito bem ser-vida de executantes e de maestro, devo dizer, portanto, pouca falta irei fazer”. O nosso “mestre” (Rui

Marques) é jovem e está a fazer um excelente trabalho; daqui a uns tempos, com mais maturida-

de, ainda será melhor – é a pes-soa certa para estar à frente deste grupo de gente nova.

Quando isso acontecer, a Tuna de Penalva fica mais “pobre” – diz um dos seus elementos – “porque

o nosso Celestino e outros como ele são a alma da instituição. Te-mos imensa honra em o ter como parceiro e não desejamos que saia do nosso convívio.”

Entre outros instrumentos, além do banjo, toca viola e ban-dolim,

– “Sinto-me à vontade em qual-quer desses instrumentos – diz – porque sempre me dediquei ao estudo dos mesmos, faz parte da minha maneira de ser preocupar-me com o conhecimento e nunca me dei mal com isso….”

Olhar vivo, magro, passo ligei-ro, não parece estar à beira dos “oitenta”. Sorri pela graça que lhe deixo.

– “Parece um jovem! Pudera, a viver neste paraíso do vale do Alva”…

– “Tenho uma alimentação ri-gorosa, faço os possíveis por cui-dar de mim. Se não pensarmos em nós, quem o há-de fazer? No Verão sabe bem andar por aqui; nasci em Santo António do Alva mas vim para Penalva aos onze anos, portanto, também sou um pouco penalvense”.

Um dia destes, o filho Fernan-do, elemento do grupo “Inops”, é bem capaz de se juntar à Tuna para a homenagem pública merecida.

Um dia…Carlos Alberto

C U LT U R A

O sentido da responsabilidade de Celestino Sancho, aos 77 anos, continua incólume: apenas meia hora para dois dedos de conversa, porque no tempo certo voltaria aos seus discípulos, e ensinar solfejo

com arte e paciência tem que se lhe diga.A Tuna de Penalva de Alva, de que faz parte, é um dos seus “mundos” – há outros, porém, para além

da família, de que fala com entusiasmo…

Um pouco da alma da Tuna Penalvense

CelestinoSancho

Page 16: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 16 O P I N I Ã O

À s vezes, apetece-me pensar e escrever sobre FUTEBOL em-bora (ainda) goste muito de vê-lo, sobretudo na televisão.

E também me apetece falar sobre futebol como tal, embora sem esquecer os obscu-ros interesses económicos e sócio-políti-cos que dele se utilizam…

Afinal, o futebol foi a minha primeira paixão, desde menino. E já me lembro de ouvir, na rádio, aquele célebre desafio entre o glorioso Benfica e o Real Madrid em que lhe demos 5 a 3 e o Benfica vol-tou a ser campeão europeu. Desafio em que avançou para a frente do destino um jogador chamado Eusébio. Mas em que um outro jogador jogava como muito poucos alguma vez jogaram ou jogarão futebol:- o “capitão” Coluna. Ah! Grandes recordações! Às vezes, gosto imenso de rever filmes desses desafios de há 40 anos atrás. A propósito, quero agradecer pu-blicamente ao Eusébio os momentos de alegria intensa, mesmo de pura felicida-de, que me proporcionou, nessas épocas, com as suas arrancadas e os seus golos inesquecíveis. Golos que nos electriza-vam e que se condensaram como pérolas, ou diamantes, de futebol.

E como ainda hoje sinto as vibrações plásmicas, e as sonoras também, dos mo-mentos em volta dos desafios da Acadé-mica, em Coimbra, nos idos da década de 1960 ! Época em que eu, ainda puto, ten-tava entrar no velho estádio do “Calhabé” sem pagar bilhete...

E, por vezes embora cada vez menos, volta e meia, recordo os tempos em que eu também corria a dar pontapés na bola em torneios e campeonatos caseiros.

O Futebol foi e é um espectáculo em si próprio, capaz de gerar (quase) tudo e de sobreviver a (quase) tudo. No mesmo, lá bem no centro, estiveram e continuam a estar os futebolistas, ainda que, a alto

nível, sejam cada vez mais “escravos de luxo”. Infelizmente, não raro e como é sabido, “joga-se” para os resultados mais fora do que dentro do campo...

De, Di Setéfano, a Pélé, a Eusébio, a Bekembauer, a Croift, a Maradona, a Zidane

E a outros como Damas, Alves, Jordão, Chalana, Gomes, Futre, Figo e Cristiano Ro-naldo.

E a muitos mais ainda...De Eusébio já aqui falei. Apenas acres-

cento que se fosse possível votar para escolher três ou quatro pessoas que eu gostaria fossem imortais, também fisica-mente, um dos meus três ou quatro votos seria para o Eusébio.

Pélé terá sido – para mim é – o ex-poente máximo do futebolista completo, enquanto atleta, artista, criador, marcador de grandes golos e para todos os gostos e feitios. Para mim, Pélé é o futebol como tal, enquanto síntese individualizada.

Mas também há Maradona. Ele “só” tinha pé esquerdo...no seu metro e ses-senta e pouco... num corpo atarracado. Pois, pois, ele tinha isso que poderia ter sido muito pouco se o conjunto não se “chamasse” Maradona, o futebolista. Mas será que Maradona foi “apenas” futebo-lista mesmo quando “só” estava em acti-vidade dentro das quatro linhas ?

Começando por partes, na história da civilização não há nenhum outro “pé esquerdo” tão importante como o de Ma-radona. Se houver, digam lá de quem foi ou é ele... Hoje, poderemos dizer que o “pé esquerdo” de Maradona guiava a bola como se fosse uma espécie de GPS, embo-ra não previamente programado tal era o imprevisto do “gesto técnico” e da trajec-tória da bola, a cada momento, consoante cada situação concreta do jogo. Enfim, actualmente, começa a notar-se um outro “pé esquerdo” que sugere o de Marado-

na:- o “pé esquerdo” do Messi. Mas... Mas, os grandes futebolistas não se po-dem comparar uns aos outros porque to-dos eles foram e são diferentes pelas suas características e desempenhos individu-ais, claro está. O mais acertado – dentro do espectáculo geral – também será apre-ciar cada um deles nas suas semelhanças e diferenças mais perceptíveis .

De Maradona se diz ter sido o fute-bolista que mais decidia resultados por ele próprio. Pelo que jogava ou não jogava, pela sua influência sobre a sua equipa, sobre as equipas adversárias e as equipas de arbitragem... Mas também Pélé teve esse impacto. E até Eusébio. E outros ainda. Qual será, pois, a “quinta essência” do Maradona, aquela que mais extravasava o futebol “puro e duro” e que, a meu ver, o tornaram diferente, e diferente provavelmente para sempre ?? Atente-se, em primeiro lugar, que ele jogou na Europa, principalmente na década de oitenta, início de noventa, quando o futebol atravessou mais uma “metamorfose” ao tornarem-no “escra-vo” das televisões, dos “grandes planos” de imagem e dos “negócios colaterais”. E na sua pátria amada, a Argentina, go-vernava (?) então uma ditadura sangren-ta que precisava de fazer idolatrar certos “fenómenos” para “anestesiar” o Povo... No contexto, exacerbavam-se muito as paixões das massas dentro e fora dos estádios de futebol...

Tenho vários filmes, em vários forma-tos, de não sei quantos jogos com Mara-dona e os “outros”... Pois, para mim, a “diferença” do Diego Armando Maradona – El Pibe – residiu, e residirá, na intensi-dade dramática que trazia para dentro e para fora das quatro linhas. Não, não é “só” o seu imenso génio futebolístico, de criador, de marcador de tantos golos be-los. Para mim, a sua essência, foi e é essa

capacidade inata para emocionar, para transmitir o drama para dentro e para fora dos relvados. Num outro contexto, é certo, mas quase à mesma dimensão e com a mesma intensidade, ele recriava o drama dos circos romanos, dos gladia-dores, do sangue nas arenas, das lutas de vida e de morte. Maradona gerava uma incrível força magnética “de carisma”, gerava uma intensidade cénica ampliada pelas imagens dos écrans, das fotos, dos seus próprios e conhecidos dramas pes-soais. E assim fazia tremer as bancadas e os sofás. Há imagens impressionantes de grandes planos do rosto de Maradona em pleno “sofrimento” criativo, a transpirar o seu génio e o seu prazer lúdico e, no seu jeito mais íntimo, a abraçar todos os meninos que correm atrás de bolas de tra-pos ou não. Para mim, é isso que serviu para o elevar à categoria de único e para se servirem dele como protagonista único também. Com Maradona em campo, ins-pirado, a bola deixava de ser o elemento central das atenções – e da tensão - do jogo. O elemento central do jogo era ele, o Maradona, e a sua forma intensa,

dramática, de viver os momentos de cada jogo e não só de os jogar com arte feita e acabada. Abençoado sejas tu, Maradona, até por teres “emprestado a deus” aque-la tua mão-golo, naquele célebre desafio de futebol que eu tive o privilégio de ver (pela televisão).

Se Edson Arantes do Nascimento, Pélé, é o futebol-razão enquanto sínte-se de arte, estilo e resultado final (golo), Maradona é o futebol-emoção enquanto drama artístico vivido dentro e fora de quatro linhas a pretexto de uma bola de futebol. Se fosse possível “fundir” um Pélé e um Maradona num só futebolista, o mundo corria o risco de acabar concen-trado dentro de um desafio de futebol.

Matheus, Zidane, Maldini, Figo, Si-dorf, Giggs e Tiery Henri, dos que agora me recordo, terão sido dos jogadores que estiveram ( e alguns ainda estão) mais tempo seguido ao mais alto nível compe-titivo, desde quando o futebol “acelerou” táctica, física e dinamicamente, a partir dos anos setenta, com o Ajax (de Croift) e com a selecção Alemã (de Bekembauer) dessa época. E, vamos lá, desde a segun-da metade do séc. XX, a selecção do Brasil campeã do Mundial de 1970, terá sido a mais completa, simultânea e feliz combinação de talentos individuais ao serviço do futebol feito com arte e com espectáculo colectivo. A equipa dos galác-ticos do Real Madrid aproximou-se dessa, mas apenas isso.

Ronaldo é um exemplo dos excessos praticados pelo “sistema” no “fabrico” de atletas-futebolistas. Ronaldinho é um artista imensamente “brincalhão” e moti-vador de espectáculo. Cristiano Ronaldo é outro. Cácá reúne qualidades técnicas, tácticas e físicas que fazem dele um expo-ente do futebolista moderno:- um artista criativo mas muito prático também.

Viv ó Futebol !

VIV´Ó FUTEBOL !JOÃO DINIS

O P I N I Ã O

“ (…) na história da civiliza-

ção não há nenhum outro

“pé esquerdo” tão impor-

tante como o de Maradona.

Se houver, digam lá de

quem foi ou é ele... Hoje,

poderemos dizer que o “pé

esquerdo” de Maradona

guiava a bola como se fosse

uma espécie de GPS (…)“

“A coragem alimenta as guerras, mas é o medo que as faz nascer.”(Émile-Auguste Chartier)

CRISTEL A BAIRRADA *

A guerra no mercado é, a cada dia que passa, mais sangrenta. O número de vítimas não tem parado

de aumentar… Se, para a maioria das empresas, a sobrevivência é difícil, a verdade é que a vitória parece ser um alvo impossível de atingir. Os ensina-mentos do marketing tradicional já não conseguem resolver o problema

e a ajuda, realmente necessária, tarda em chegar.

Quer se trate de uma pequena ou média empresa, de um negócio recém-criado ou de longa data, a tác-tica a ser seguida pelos empresários que pretendem manter-se na linha da frente é a de reforçar o seu arsenal bélico e gastar mais tempo a pensar numa estratégia eficaz para derrubar o adversário, em vez de gastarem di-nheiro de forma não ponderada. Para se protegerem dos inimigos que vão surgindo disfarçados de donos de grandes empresas, as pequenas e mé-dias empresas terão de ser excelen-tes guerrilheiras e manusear muito bem três armas essenciais: agilidade,

ousadia e surpresa. A verdade é que, mesmo que possua um exército me-nos poderoso, a pequena empresa, ao conhecer muito bem o seu cam-po de batalha e ao se preocupar em aplicar tempo, energia e imaginação na definição de toda a sua estratégia, poderá fazer frente a grandes concor-rentes. Paciência, agressividade, ima-ginação, sensibilidade e força interior são assim as chaves do sucesso para garantir bons desempenhos face ao temido rival.

No meio de tantas mortes, as boas noticias são que o programa para vencer a guerra até parece simples e, mesmo que já não restem muitos cartuchos para gastar, a vitória pode

ainda ser alcançada. Como bom líder, numa primeira

etapa, treine o seu exército para que ele se preocupe com a imagem que os clientes podem ter de si. Ensine-o a ter cuidado com a decoração, limpeza, originalidade das montras, design das embalagens, qualidade do cartão de visita e do papel de corres-pondência. Na segunda etapa, defina uma estratégia para que ele atenda de forma cuidada o telefone e rece-ba bem o cliente na loja. Um sorriso verdadeiro olhos nos olhos pode fa-zer milagres. O tempo de contacto com o cliente de forma a intensificar o relacionamento e criar verdadeiros laços de amizade é outra arma muito importante.

Na terceira etapa, reformule, se possível, os seus horários e dias de funcionamento. Se a empresa fechar mais tarde, abrir mais cedo ou esti-ver aberta quando o inimigo descan-sa para ganhar força, negócios que estariam destinados ao adversário poderão ser realizados por si. Preocu-pe-se também em ajudar as pessoas a recordarem-se da sua empresa. A utili-zação de folhetos, cartazes, oferta de

brindes e a participação em seminá-rios e eventos são tácticas infalíveis. Por fim, preocupe-se em estabelecer bons contactos com a imprensa, pois, se tiver boas relações nos meios de comunicação, as suas hipóteses de di-vulgação irão, certamente, aumentar.

Algumas armas utilizadas por pe-quenos guerrilheiros bem sucedidos não implicam grandes orçamentos de marketing e, mesmo assim, não deixam de ter a força de uma bomba atómica e de deitar de um só golpe o inimigo por terra. Nunca se esqueça de que o cliente é o seu mais pode-roso aliado!

Siga uma política que faça com que os clientes insatisfeitos possam ser convertidos em consumidores sa-tisfeitos e fiéis. O objectivo central de toda a sua estratégia deve ser trans-formar potenciais clientes em con-sumidores reais e investimentos de marketing em lucros. Junte algumas destas armas ao seu arsenal, actua-lize-as e mude de estratégia sempre que necessário e… boas vitórias!

*sugestã[email protected]

Associação Nacional de Jovens Formadores e Docentes

(FORDOC)

QUEM VAI À GUERRA DÁ…. MAS NÃO LEVA!

Page 17: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 17

P ara qualquer evento atingir a 10ª edi-ção é sempre um momento de gran-de alegria como um momento de reflexão e retrospectiva. No entanto

deixemos a comemoração para o momento em que o inauguraremos, a reflexão para o mês de Janeiro próximo e cuidemos aqui de fazer uma pequena rectrospectiva. Lançamo-nos nesta pequena aventura em Dezembro de 1998. Bati-zamo-la de “agirarte” em 1999. Demos-lhe um catalogo em 2000. Em 2001 acrescentamos-lhe o “agirarte-junior”. Em 2005 demos-lhe um prémio. Este ano comemoramos uma década.

Não tenho presente o número de obras e ar-tistas que passaram por aqui nestes dez anos, sei que foram muitos e bons. Neste longo per-curso da arte contemporânea e em todos os seus revivalismos estéticos não consigo desta-car nenhum momento. Todos os festivais apre-sentaram uma miscelânea de trabalhos que, do realismo ao abstracto, foram de encontro a um espectro alargado de públicos, mesmo aos menos atentos. Também as suportes de re-

presentação variaram bastante neste decurso, pintura sobre tela,“ready made”, instalação ví-deo, escultura, fotografia, desenho, aerógrafo, cerâmica, instalação...

Também não consigo eleger aqui o melhor ou o pior festival. Todos tiveram as suas pró-prias características. Considero no entanto que conseguimos, dentro de um quadro de condições algo adversas, introduzir ao longo destes dez anos pequenas melhorias e con-quistar pequenas batalhas, tornando o agirarte como um evento consolidado a nível concelhio e com ecos ao nível regional. A batalha que eu considerava mais difícil em1998, a do público, foi conquistada. Também o objectivo preconi-zado em 1998 de “levar a cultura às pessoas e as pessoas à cultura” tem sido cumprido.

Um agradecimento aqui a todos, pessoas e instituições, que ao longo destes 10 anos tor-naram este evento possível.

Lançamo-nos para outros 10 sempre com o objectivo de melhorar e crescer.

Manuel Machado | OHs. XXI

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Festival de Artes Plásticas decorre de 8 a 31 de Dezembro

Agirarte 10Um romance baseado numa história verídica

Escritora de Aldeia Formosa lança “Pais Desumanos”

“P ais Desumanos” – um romance inspirado numa história verídi-ca, ocorrida nos Estados Uni-dos da América, é o título de

um livro que Maria Alice Antunes Mendes Gou-veia e a Papiro Editora, lançam publicamente na livraria Bertrand do centro comercial Dolce Vita de Coimbra, dia 8 de Dezembro, às 18h30.

A apresentação daquele romance ficará a car-go de Maria Adelaide Freixinho, que conhece de perto a autora natural de Angola, e que depois de ter estado a viver 22 anos nos EUA, regressou em 2003 a aldeia Formosa, onde agora habita.

Este romance – baseado numa história verídica –, conta-nos a história de uma criança que “depois de ter sido molestada pelo pai, aos cinco anos de idade, foi violada aos oito, pelo padrasto.

Dia 15 de Dezembro

XXVIII Jantar de Natal

O tradicional jantar de Natal destinado apenas à participação de convivas do sexo masculino, vai já na sua 28ª edição e este ano a tradição volta a

cumprir-se na quinta Mirante dos Mouros, em Oliveira do Hospital, dia 15 de Dezembro, às 20h00.

Neste evento gastronómico, onde o bacalhau é rei, a organização prevê a participação de largas

dezenas de pessoas. O custo da refeição é de 25 euros.

Sublinhe-se que a comissão organizadora do “Jantar dos Homens 2006”, decidiu entregar aos Bombeiros Voluntários de Oliveira do Hospital a receita do jantar do ano passado, que repre-sentou uma verba de mil e 200 euros que aquela corporação aplicou na compra de equipamento de protecção individual “Nomex”.

Page 18: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 18

O presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital não escondeu a sua satisfação pelo passo dado em favor da concretização de mais um

troço do Itinerário Complementar (IC) 6 entre Catraia dos Poços e o Poço do Gato, no limite dos concelhos de Tábua e Oliveira do Hospital, num total de 17,2 km. O secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos, foi a Tábua proceder ao lançamen-to do concurso público para aquele troço do IC6 e Mário Alves considerou que o governante deu provas da sua “vontade política” para resolver as deficientes acessibilidades que afectam a região, em particular o concelho de Oliveira do Hospi-tal.

“Só tenho que agradecer ao senhor secretário de Estado por ter tomado esta decisão, que as gentes desta região e de Oliveira do Hospital há muito aguardavam”, referiu aos jornalistas, lem-brando contudo que “os problemas em termos de rede viária não ficam totalmente resolvidos”. Mário Alves reconheceu igualmente que “é pre-ciso encontrar agora a solução de continuidade para esta via e para as ligações à Covilhã, à A25 e a Viseu”, compreendendo que – à semelhança do que Paulo Campos tinha referido durante a cerimónia – “primeiro é necessário definir os tra-çados, fazer os estudos, as avaliações de impacto ambiental e os projectos de execução”.

Aos jornalistas, o presidente da Câmara Muni-cipal de Oliveira do Hospital – que já disponibi-lizou no site da autarquia posição do executivo camarário sobre o IC6 – explicou que a autarquia defende o traçado do IC6 que passa a Norte do concelho, independentemente da “sua projecção depois em termos de ligação à Covilhã e Viseu”.

“Para nós é um pouco indiferente”, sublinhou o autarca, explicando que “não é um quilómetro mais à frente ou mais atrás que vai afectar o con-celho de Oliveira do Hospital”, notando contudo que “o que interessa é que não haja problemas em termos ambientais e que haja condições de segurança para que as pessoas possam circular nas vias”.

Quanto à recente proposta de traçado apre-sentada pelo Núcleo de Desenvolvimento Empre-sarial do Interior e Beiras, Mário Alves explicou que é “ligeiramente diferente” daquela que é defendida pela Câmara Municipal, sem que no entanto tenha especificado em que pontos diver-gem. Informou, contudo, que a proposta defendi-da pelo município foi devidamente estudada pelo grupo de trabalho de revisão do Plano Director Municipal, que “andou no terreno e tem estudos realizados” e que, em 2004 chegou a ser aprecia-da pelo então responsável pelo Planeamento da empresa Estradas de Portugal, Pedro Menezes.

P O L Í T I C A

Mário Alves parece ter posto termo ao clima de hostilidades que vinha mantendo com Paulo Campos por causa do IC 6

“Trunfo da velhice”

R U R A L I DA D E S Foto de JOÃO SARGOjoaosargophotos.com.sapo.pt

Mário Alves a propósito do lançamento do concurso do IC 6

“Só tenho que agradecer ao senhor Secretário de Estado por ter tomado esta decisão”

O presidente da Câmara de

Oliveira do Hospital come-

çou a “gerar consensos” com

Paulo Campos em matéria de

acessibilidades e congratulou-

se publicamente com o avanço

de mais uma fase do IC 6.

Tribunal Judicial de Oliveira do HospitalSecção Única

AnúncioProcesso: 136/06.4TBOHPDivisão de Coisa ComumRequerente: João Manuel Brito NevesRequerido: Antero Resende e outro(s)…

Correm éditos de 20 dias para citação dos credores desconhecidos que gozem de garantia real sobre os bens abaixo indicados, para reclamarem o pagamento dos respectivos créditos pelo produto de tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos éditos, que se começará a contar da data da segunda e última publicação do anúncio, em que são:

Requerente: João Manuel Brito Neves, estado civil: Solteiro, NIF – 213707411, domicílio: Santa Ovaia, Santa Ovaia, 3400-000 Oliveira do Hospital.

Requerido: Antero Resende, estado civil: Casado (regime: Comunhão de adquiridos), Nascido(a) em 14/11/1957, , fre-guesia de Covas (Tábua), BI – 4456557, domicílio: Rua do Lagar, Catraia de São Paio, 3400-691 Oliveira do Hospital.

Requerido: Maria Otilia Pereira Peres Resende, estado civil: Casado (regime: Comunhão de adquiridos), nascido(a) em 20/04/1960, nacional de Portugal, NIF – 108209270, BI – 8702382, domicílio: Rua do Lagar, Catraia de São Paio, 3400-691 Oliveira do Hospital.

Bens: Prédio rústico de terra de cultura com citrinos, fruteiras e latada, com 490 m2, sito no Lameiro, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, inscrito na respectiva matriz sob o artº 2345/20050825, descrito na Conservatória do Registo Predial Oliveira do Hospital, sob o nº 2378 da dita freguesia.

Prédio urbano. Composto por casa com 2 andares – S.C.:300 m2 – Dependências:200 m2 – Pátio: 80 m2- Quintal: 450 m2, sito em Galizes, freguesia de Nogueira do Cravo, concelho de Oliveira do Hospital, inscrito na matriz sob o artº 2346/20050825, descrito na Conservatória do Registo Predial Oliveira do Hospital, sob o nº 424 da dita freguesia,

Oliveira do Hospital, 23-10-2007N/Referência:392221

O Juiz de Direito,Dr(a) Luís Alves

O Oficial de JustiçaJosé Nobre 2.ª Publicação | Correio da Beira Serra, 4 de Dezembro de 2007

Page 19: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 19C U LT U R A / A G E N D A

CINEMA

Oliveira do Hospital(Casa Cultura César Oliveira)

7,8 e 9 de Dezembro> 21h30

ELIZABETHRealizador: Shekhar KapurCom Cate Blanchett, Geoffrey Rush, Joseph Fiennes…Drama | m/16 | 121 mins

14,15 e 16 de Dezembro > 21h30

CORRUPÇÃORealizador: João BotelhoCom Margarida Vila-Nova, Nicolau Breyner, António Cerdeira…Drama/Crime | m/16 | 116 mins.

CINERAMA 21_2007

8 de Dezembro> 15h00 – 19h00Casa da Cultura César Oliveira

GRINDHOUSE SESSION OHs21 - Death Proof, de Quentin Tarantino - Planet Terror, de Robert Rodriguez

15 de Dezembro> 15h00 – 19h00Auditório Caixa de Crédito Agrícola

OH! KURTAS! 2ª Mostra de Curtas Metragens de Oliveira do Hospital - Primeiras Obras - Retrospectiva Paulo Abreu - Retroespektiva Edgar Pêra

ESPECTÁCULOS

TEATRO

Seia (Casa Municipal da Cultura)

Dia 9 de Dezembro> 21h45

Herança MalditaPela Companhia de Teatro “A BARRACA” no âmbitodo programa “Território Artes”Com: Maria do Céu Guerra, Rita Fernandes, João D’Ávila… Maiores de 12 anos | 90 min.

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

Dia 5 de Dezembro> 21h30

RODRIGO LEÃO & CINEMA ENSEMBLE «Os Portugueses»

Dia 6 de Dezembro> 21h30

ENCERRAMENTO DAS COMEMORAÇÕES DO CINQUENTENÁRIO DO CMUCNeste concerto, os novos e antigos coralistas vão interpre-tar temas que marcaram a história do Coro Misto da Uni-versidade de Coimbra.

Dia 7 de Dezembro> 21h30

CRISTINA BRANCO CANTA ZECA AFONSO

Dia 8 de Dezembro> 21h30

OLHOS NOS OLHOS COM A DIFERENÇAGala de Natal de Solidariedade para APPACDM de Coimbra

Dia 14 de Dezembro> 21h30

EUROPEAN MOVEMENT JAZZ ORCHESTRANo âmbito da Presidência Portuguesa da União Europeia

Dia 15 de Dezembro`07> 21h30

CONCERTO DE NATAL DO CONSERVATÓRIO DE MÚSICA DE COIMBRAActuação de:Orquestra de Cordas do Conservatório de Música de CoimbraOrquestra de Sopros do Conservatório de Música de CoimbraCoro do Conservatório de Música de Coimbra

Coimbra(Teatro Académico Gil Vicente)

10 e 11 de Dezembro>21h30

CINANIMA - FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA DE ANIMAÇÃOExtensão a Coimbra Organização TAGV e Cinanima Preço normal_ 4,50€

13 de Dezembro> 21h15

L ‘ ELEPHANT, LA FOURMI ET L ‘ ETATDOC TAGV/FEUC Metaleurop: Germinal 2003Realização Jean-Michel Meurice [França, 2004, 89’] Filme comentado por José António Correia Pereirinha (ISEG) e Vítor Neves (FEUC)

17 de Dezembro> 21h30

TAXIDERMIANova Programação de cinema no TAGVDe György Pálfi (Áustria/França/Hungria, 2006, 91 | M/16)Elenco Csaba Czene, Gergely Trócsányi, Piroska MolnárSite oficial http://www.taxidermia.hu/indexen.htmPreço normal: 4,50€

EXPOSIÇÕES

Lagares da Beira (Biblioteca/ Ludoteca)

Até 7 de Dezembro

EXPOSIÇÃO DE BIJUTERIA ARTESANALDe Tânia Ângelo

Coimbra (Teatro Académico Gil Vicente)

De 4 a 30 de DezembroSeg a sex 10h00-12h30, 14h00-22h00 | Sab. 14h00-22h00 Dom. encerrado

MOIRIKA REKER & GILBERTO REIS Café-Teatro e FoyerEntrada livre

Seia(Casa Municipal da Cultura)

7 e 8 de Dezembro> 21h30

UM AZAR DO CARAÇAS Realizador: Judd ApatowIntérpretes: Seth Rogen, Katherine Heigl, Paul RuddComédia |129 minutos | M/ 12 Anos 14 e 16 de Dezembro> 21h30

O CONTRATORealizador: Bruce BeresfordIntérpretes: John Cusack, Morgan Freeman, Jamie AndersonCrime, Drama, Thriller97 minutos | M/ 12 Anos

Tondela(ACERT)

5 Dezembro> 21h45TEATRO DAS BEIRAS (Portugal)

MOLIÈRE, DE CARLO GOLDONI

6 de Dezembro> 21h45PÉ DE VENTO TEATRO (Brasil)

DE MALAS PRONTAS

7 de Dezembro> 23h30

SAX’O’FON (Espanha) CINCO MÚSICOS E UM DESTINO

ENRIC LAHOZ (Espanha) PANTOMÍNIA Um mimo que vai FINTAR o público, aparecendo… em todo o lado! Em actuações de rua nas localidades próximas de Tondela ou em espectáculos especiais dirigidos a jovens e idosos do Concelho, as apresentações deste mimo prometem encantar o público

Seia(Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura)

15 de Dezembro> 21h00

11º FESTIVAL IBÉRICO MUSICA JOVEM’2007Organização: Casa da Juventude D. Ana Nogueira, de São RomãoApoio: Município de Seia, Junta de Freguesia de São Romão e Instituto Português da Juventude

Seia(Foyer do Cine-Teatro da Casa Municipal da Cultura)

Durante todo o mês de Dezembro

EXPOSIÇÃO DE PINTURA NAIF De Natividade FerrãoDe segunda a sexta das 14 às 17:30 Horas e durante as sessões normais de cinema

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Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 20

Divisão de Honra AFC FemininosVilaverdense 15 x Lagares da Beira – 0Era, já o tínhamos adiantado, uma tarefa di-fícil, o desafio que as jogadoras de Lagares da Beira tinham pela frente contra uma das melhores equipas da modalidade no femi-nino, não só a nível distrital, como nacio-nal. Por isso não é de estranhar o resultado que reflecte, não só a diferença técnica e física entre as duas equipas, como os pró-prios objectivos de cada uma delas. O Vi-laverdense prepara-se para ser novamente campeã Distrital, com os olhos postos já na Taça Nacional, enquanto o Lagares da Beira faz mais uma época de formação. O próxi-mo jogo está agendado para dia 08 de De-zembro em Ervedal da Beira pelas 18 horas frente ao S. Tomé, 5º da tabela.Classificação Actual: 1º Vilaverdense – 36 P, …. 13º Lagares da Beira – 3 P

Primeira Distrital Série ASarzedense – 2 x FC Oliveira do Hospital – 6Com esta vitória o Futebol Clube de Olivei-ra do Hospital isola-se no comando da clas-sificação e assume-se cada vez mais como um sério candidato à subida de Divisão. O Oliveira do Hospital tem agora no próximo fim-de-semana um desafio importante fren-te ao Bruscos, um jogo que conta para a segunda mão da primeira eliminatória da Taça da AFC. Na primeira mão a equipa de Oliveira venceu o seu adversário em casa por 3-2 e tem agora que deslocar-se a Con-deixa para enfrentar aquela que é a terceira classificada da Divisão de Honra. Classificação Actual: 1º FC Oliveira do Hos-pital 12 P, …. 2º Serpinense – 7 P

Lordemão x Liga de Melhoramentos de Nogueira do Cravo (adiado)Devido ao mau estado do piso que se en-contrava escorregadio, o jogo da equipa de Nogueira do Cravo não se efectuou, ficando este adiado para o dia 22 de Dezembro pe-las 16 horas. O próximo jogo da equipa de Nogueira é já no próximo sábado frente à Prodeco, a contar para a segunda mão da primeira eliminatória da Taça.Classificação Actual: 1º FC Oliveira do Hos-pital – 12 P, 5º Nogueira do Cravo 6 P.

Miranda do Corvo – 10 x Lagares da Beira – 2Ainda sem a equipa a 100% o Lagares da Beira averbou mais uma derrota haven-do pouco a dizer sobre o jogo, a não ser

o facto de a equipa estar ainda longe do que se pretende. A equipa que viu sair o seu treinador, que pôs o seu lugar à dispo-sição da direcção, ainda não se encontrou com as vitórias. O próximo jogo da equipa de Lagares disputa-se no próximo dia 15 de Dezembro, em casa pelas 21 horas com o Lordemão.Classificação Actual: 1º FC Oliveira do Hos-pital – 12 P, 7º AD Lagares da Beira 0 P.

Distrital AFC EscolasARCED João Veloso – 7 x Penelense – 3Bom jogo dos meninos da ARCED. Mui-to sofrido, mas com uma vitória mais que justa, dada a superioridade que obteve nas oportunidades de golo criadas durante todo o jogo. A equipa mais uma vez trans-formou-se com a entrada de Daniel um pe-queno futsalista de apenas 8 anos de idade, que transporta para o rectângulo de jogo uma qualidade técnica invejável para a sua tenra idade.Os Escolas recebem no próximo Sábado a CP Miranda do Corvo na 1ª Eliminatória da Taça da AFC, uma reedição da Final do ano passado conquistada pela ARCED. Classifi-cação Actual: 1º Vilaverdense – 18 P, …. 7º ARCED – João Veloso – 12 P

Distrital Infantis – Série AARCED João Veloso – 8 x Norton de Matos – 2Grande 1ª parte dos Infantis da ARCED com uma pressão alta sobre os defesas do Nor-ton Matos não deixando qualquer espaço para estes desenvolverem o seu jogo. Mar-caram-se 5 golos sem resposta e podiam ter sido muitos mais, tantas foram as oportu-

nidades criadas, e as jogadas bem delinea-das pela equipa da ARCED, que nos brindou com uma exibição de qualidade. Na 2ª parte e fruto das muitas alterações na equipa o jogo foi de menor intensidade, mas de qual-quer forma, o resultado final ajusta-se per-feitamente ao domínio exercido pela equipa da ARCED, pecando apenas por escasso. No próximo sábado a equipa de João Veloso desloca-se a casa do 3º, o S. Martinho da Cortiça, 8 de Dezembro pelas 11 horas.Classificação Actual: 1º CP Miranda do Cor-vo – 24 P, …. 2º ARCED- João Veloso – 21 P

Ervedalense – 5 x ADFP Miranda do Corvo – 1Uma vitória tranquila dos mais novos do Ervedalense frente a uma equipa que jogou o jogo pelo jogo. Com esta vitória a equipa respira confiança estando agora a meio da tabela, uma posição mais consentânea com a sua valia. No próximo jogo a equipa do Ervedalense desloca-se a casa do 8º, o Inte-grar, dia 08 de Dezembro pelas 11 horas.Classificação Actual: 1º CP Miranda do Cor-vo – 24 P, …. 5º Ervedalense – 10 P

Taça AFC Iniciados Ervedalense – 6 x Conimbricense – 3Jogo de taça! E... que jogo. O Ervedalense perdia na primeira parte por 3-1 deitando por terra as aspirações de passar a elimina-tória a seu favor. Tudo parecia perdido com 4 bolas de diferença no conjunto das duas mãos. No entanto com uma atitude muito diferente na segunda metade do desafio, a equipa deu a volta por completo à elimina-tória marcando 5 golos sem resposta, dei-xando prostrados os seus adversários. Os iniciados jogam agora para o campeona-to no próximo sábado em casa com o 11º, o Miranda do Corvo.Classificação Actual: 1º Lordemão – 19 P, …. 4º Ervedalense – 10 P

Distrital Juvenis – Série AMiro – 3 x Ervedalense – 2Vitória justa da equipa que mais fez por vencer o jogo. Os jogadores do Miro foram sempre mais rápidos sobre o portador da bola, fazendo uma pressão a todo o terre-no, cortando todas as linhas de passe im-pedindo assim que o Ervedalense fizesse o seu jogo. Aliado a este factor, a boa exibi-ção do Guarda-redes e a apatia, quer defen-siva quer ofensiva por parte dos atletas do Ervedalense, fizeram o resto. Parabéns aos atletas do Miro pela atitude e entrega ao jogo. Quanto ao Ervedalense tem de levan-tar a cabeça e pensar vestir o fato-macaco. Os juvenis de Ervedal da Beira jogam no próximo Domingo para o campeonato, em casa, pelas 11 horas, frente à primeira clas-sificada, a Académica de Coimbra.Classificação Actual: 1º Académica / OAF – 22 P, …. 3º Ervedalense – 14 P

1. Um grupo de jovens árbitros do concelho de Oliveira do Hospital formou o Núcleo de Árbitros da Beira Serra. Na última sexta-feira este Núcleo promo-veu um colóquio que tinha como tema “ Na linha do assistente “. Não estive presente, mas segundo relatos colhidos, foi uma noite interessante e com bons ora-dores, estando o auditório da Caixa de Crédito esgo-tado. Assim se começa na participação e espero que um dia destes, tenhamos um árbitro dos nossos, na 1ª categoria. Existem alguns com jeito e com ambição. Acreditem que é possível chegar lá.

2. Há poucos dias, um treinador de uma equipa de Futsal que veio jogar com a sua equipa ao Ervedal, di-zia-me: “parece que nunca mais cá chegávamos. Isto é no fim do mundo”. Lembro-me que quando treinava o Tourizense, na 3ª Divisão, as equipas da zona de Avei-ro queixavam-se sempre das deslocações, por causa das curvas e das estradas.

3. Isto vem a propósito das acessibilidades ao nos-so concelho, já que na última sexta feira o Núcleo de Desenvolvimento Empresarial do Interior e Beiras, promoveu um debate sobre este tema, tendo o Sr. Se-cretário de Estado Paulo Campos prometido que será desta vez que Oliveira do Hospital, vai ter acessos dig-nos da cidade que já é. Acredito nele, acredito que desta vez é que será.

4. Vir-se-á a provar que estes acessos trarão maior desenvolvimento empresarial ao nosso concelho, e que noutra perspectiva o desporto também bene-ficiará. Outro ganho será que ficaremos mais perto, em termos de tempo, do Hospital da Universidade de Coimbra.

5. A propósito do Núcleo Empresarial, tem um Pre-sidente que todos conhecem pela sua capacidade de fazer e criar riqueza, interessado no desenvolvimen-to da nossa região. Fernando Tavares Pereira é o seu nome. O contributo que tem dado na luta pelas aces-sibilidades a Oliveira do Hospital é de enaltecer e eu sei os quilómetros que ele tem percorrido, para abrir portas e para ajudar a influenciar o poder político a fazer o que tem de ser feito. E se alguém tem dúvidas que o Núcleo vai mexer com a nossa região, é porque não conhece bem este Homem. Aguardem para ver.

6. O Fernando Tavares Pereira era o Presidente do Tourizense, quando este clube subiu pela primeira vez à 3ª Divisão. Tinha a acompanhá-lo o empresário Francisco Baptista, como Chefe do Departamento, que percebia muito de futebol. Aquela subida deveu-se sobretudo à ambição destes dois homens. Disse--lhe muitas vezes em tom de brincadeira: “ Já cumpriram a vossa missão, pois colocaram Touriz no mapa”.

7. Na década de noventa o futebol pagava mais do que paga hoje. Logicamente que isto acontecia nas di-visões secundárias e nos distritais. O Tourizense tinha uma equipa de miúdos, barata mas com formação, já que a maior parte deles tinham feito a formação no Oliveira do Hospital. Fizemos um campeonato espec-tacular e fomos campeões. Acreditem que naquela época foi um milagre e deveu-se sobretudo aos joga-dores. Mas não tenho dúvidas nenhumas, nunca terí-amos sido campeões sem esses dois grandes homens, por quem eu nutro amizade e grande admiração.

8. Numa próxima oportunidade contarei coisas in-teressantes da minha experiência de treinador, as quais dariam para um livro, mas muitos não iriam acreditar. Hoje deixo esta história: Naquele ano da subida do Tou-riz, fui jogar o derby com o Nogueirense, em Nogueira. Ganhámos, penso que por duas bolas a zero. Então alguém inventou que eu tinha feito uma substituição a mais, porque ao intervalo tinha trocado um jogador gémeo por outro. É verdade que eu tinha o António e o Luís Borges, que eram muito parecidos e eram géme-os verdadeiros, mas não os troquei ao intervalo, como ainda hoje alguns contam. Assim se constrói a história com umas verdades, outras mentiras.

FORA DE JOGO

JOSÉ CARLOS

O P I N I Ã O

D E S P O R T O

>> Futsal

O Clube de Caça e Pesca de Oliveira do Hos-pital (CCPOH) perdeu este sábado frente à equi-pa B da casa do Povo de Oliveirinha de Aveiro por 4-1, quando se disputava a última jornada da primeira volta do Campeonato Nacional da terceira Divisão de Ténis de Mesa.

O encontro, com mais de duas horas de du-ração, teve lugar no Pavilhão Gimnodesportivo da Cordinha, em Ervedal da Beira, onde o clube oliveirense não conseguiu resistir à boa forma dos jogadores aveirenses. Com este resultado, a equipa do Caça e Pesca desceu para o quarto lugar do campeonato, em igualdade pontual com o terceiro (Oliveirinha B) e a dois pontos do segundo (Válega). O primeiro lugar do cam-peonato é ocupado pelo Viso do Porto, que conta só vitórias em todos os jogos já dispu-tados. Na próxima jornada, o Clube de Caça e Pesca recebe a equipa do Ponte Nova de Ovar.

CCPOH perdeu 4-1 >> Ténis de Mesa

Page 21: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 21D E S P O R T O

Séniores ganham pela primeira vez>> Hóquei em Patins

>> Basquetebol

>> Breves

Nacional IIIª Divisão Série CFC Oliveira do Hospital – 1Ac de Viseu – 1Resultado injusto para os donos da casa que melhor futebol praticaram. Não fosse um pe-nalty algo duvidoso no limite direito da grande área do Oliveira do Hospital e a equipa da casa estaria agora em 2º lugar da tabela classificativa, a um ponto do primeiro, o Sanjoanense. É ver-dade que o jogador do Ac Viseu caiu dentro da área de rigor, mas também não é menos verdade que por duas vezes lá caiu sem ser sancionada qualquer falta e mais ainda sem ser admoesta-do com o devido cartão amarelo, isto quando o resultado era um empate. Dois minutos após a marcação do golo do Oliveira numa magnífica jogada de envolvência pelo lado esquerdo com cruzamento rasteiro ao 2º poste onde apareceu o recém entrado Cardoso, o jogador que já ti-nha treinado por duas vezes a queda, voltou a cair e desta feita conseguiu que, sem hesitação o árbitro da partida apontasse para o castigo máximo.Quanto ao penalty irão sempre ficar dúvidas se houve ou não grande penalidade. No entanto é certo que, “quem não quer ser lobo não lhe veste a pele”.O Futebol Clube de Oliveira do Hospital joga na próxima jornada fora com o 10º da geral, o Valonguense.Classificação actual: 1º Sanjoanense – 22 P, … 4º FC Oliveira do Hospital – 18 P

Distrital de Honra da AFC Vinha Rainha – 2Nogueirense – 2 Três expulsões sem justificação aparente, lan-ces mal julgados, um árbitro que quis ser o protagonista do jogo pela negativa, foram os condimentos de um jogo que ditou mais um resultado menos conseguido pelo Nogueiren-se. Este árbitro já tinha feito o mesmo noutro jogo de Nogueira, desta feita frente ao Penela, onde expulsou também 3 jogadores da equipa do nosso concelho. Desta vez Nuno Ribeiro, Oli-veira, e Leonel, peças fundamentais no xadrez da equipa, viram a cor vermelha da cartolina. É grande a indignação e a revolta em Nogueira do Cravo de tal modo que levou o clube, tanto quanto nos chegou ao conhecimento, a envidar diligências no sentido de tornar publico o seu inconformismo, escrevendo para os órgãos de comunicação social e Associação de Futebol de Coimbra.O Nogueira recebe na próxima jornada o 3º, o Febres, com o Mister Gaivota a não poder con-tar com três atletas de peso na estrutura da equipa.Classificação actual: 1º Vigor – 28 P, … 4º No-gueirense – 21 P

Primeira Distrital AFC Série ASP Alva – 1Travanca de Lagos – 1Até se poderá dizer que este empate soube a vitória, pois a equipa de Travanca jogou em

casa do primeiro classificado. Com este empate a equipa está agora na sexta posição com me-nos 9 pontos que o líder. Na próxima jornada o Travanca de Lagos recebe o Arouce Praia, 7º da geral com o mesmo nº de pontos da equipa do nosso concelho.

Distrital AFC Escolas –Série ALousanense B – 0Nogueirense – 4Quatro golos sem resposta na Lousã foram um resultado muito bom apesar de ter sido contra o último. A equipa de Nogueira é 10ª com 10 pontos, menos 17 que o Lousanense A, 1º da Geral. Os mais pequenos do Nogueirense jo-gam fora para a próxima jornada com o U. de Coimbra.

Distrital AFC Infantis - Série ANogueirense – 9Poiares B – 3Os mais pequenos de Nogueira golearam mais uma vez em casa. Os infantis parecem ter to-mado o gosto e agora não fazem por menos. A equipa é 8ª na geral, com 9 pontos, menos 21 que o líder Tourizense. Na próxima jornada o Nogueirense recebe O líder, o Tourizense.

Nacional de Iniciados - Série CFC Oliveira do Hospital – 0Repesenses – 2A equipa de Oliveira do Hospital é 11º da geral com dois pontos, e desloca-se na próxima jor-nada a casa do Guarda, 6º classificado.

Distrital AFC Juvenis – Série ALagares da Beira – 3Penelense - 3O Lagares da Beira empatou com um dos ícones da formação de futebol do distrito, e é no pre-sente o 5º da Geral Classificativa, com 8 pontos, menos 11 que o líder, Poiares. A equipa descan-sa na próxima jornada.

Distrital AFC Juniores – Série AOs Juniores do FC de Oliveira do hospital des-cansaram nesta última jornada. A equipa está na 10ª posição com 6 pontos, menos 15 que o Mirandense, 1º da geral. A equipa recebe na próxima jornada o Arganil, 5 º na tabela classi-ficativa.

>> Futebol

A 8ª jornada da Proliga não podia ser pior para a equipa da Beira Alta. O Sampaense so-freu a maior derrota desde que milita na com-petição semi-profissional.

Naquele que poderia ser o jogo que voltava a recolocar a equipa tri-campeã nacional nos lugares de topo da tabela, voltou-se a assis-tir a uma fraca exibição caseira onde os erros colectivos fizeram lembrar a derrota contra a equipa do Benfica.

O jogo iniciou-se em tons de equilíbrio, dis-putado a um nível muito elevado com jogadas rápidas e um basquetebol muito atraente. Am-bas as formações aproveitaram as hipóteses de ataque e o jogo prometia pela qualidade mos-trada nos primeiros minutos.

Perto do final do primeiro período, os níveis de concentração da equipa da casa começaram a baixar e o Física foi para o segundo período a vencer por 24-31.

Quando todos esperavam uma reacção do Sampaense, nos segundos 10 minutos, foi quando os visitantes encontraram mais facili-dades. Sem hipóteses no jogo interior, os joga-dores do Sampaense optaram por uma postura individualista que só trouxe maus resultados. Com Karrem Collins a tentar resolver o jogo sozinho, o Física viu inúmeras hipóteses de, em contra ataque, aumentar a vantagem. Muito fortes no jogo colectivo os homens de Torres Vedras mereceram ir para intervalo a

vencer por 36-51. Em campo, pela equipa forasteira estava a

jogar Miguel Barroca, que na época transacta representou as cores de S. Paio de Gramaços e nas bancadas só se falava na excelente exi-bição que o agora jogador do Física estava a protagonizar.

O terceiro período não trouxe nada de novo ao jogo. O Sampaense continuou apático, sem soluções atacantes e ao Física bastou gerir a vantagem que trazia do primeiro tempo da partida. Mas, aproveitando o desnorte com-pleto da equipa da casa, conseguiram ampliar ainda mais a vantagem e foram para os últimos 10 minutos a vencer por 54-79.

No último período, e adivinhando a derro-ta que haveria por se concretizar, Jorge Dias aproveitou e deu minutos de jogo a todos os jogadores, incluindo o estreante vindo dos ju-niores André Santos.

Com uma exibição muito abaixo do exigido a uma equipa que se habituou a ganhar, o Fí-sica foi um justo vencedor e levou uma vitória avantajada para casa. O resultado final foi de 72-103 e marca a maior derrota sofrida pelo Sampaense na Proliga.

O MVP da partida foi Miguel Barroca do Fí-sica com 31 pontos e 5 ressaltos.

No Sampaense destacaram-se Kareem Collins com 17 pontos e Justin Marshall com 15 pontos.

Sampaense desabou sob um Física muito forte!

Realizou-se na passada Sexta-Feira, dia 30 de Novembro de 2007, pelas 21h, no auditó-rio da Caixa de Crédito Agrícola de Oliveira do Hospital Inserida no 1.º ciclo de palestras para árbitros de futebol de 11 da A. F. Coimbra, uma palestra com o tema “Sobre a linha do assis-tente...”.

Os oradores da referida sessão técnica fo-ram Carlos Matos e Jorge Correia, dois vultos da nossa arbitragem que falaram para uma pla-teia cheia de árbitros, e não só. Treinadores, Dirigentes Desportivos e autarcas puderam também ver “as coisas” pela perspectiva do árbitro assistente.

Foi uma sessão que terminou para lá da meia-noite, muito produtiva e esclarecedora. A análise do fora de jogo pela perspectiva do

assistente e toda a problemática que ela em si conclui, foi uma mais-valia no discurso directo sobre a temática da assistência que o árbitro assistente deve dar ao seu chefe de equipa, o árbitro. Gestos e atitudes intrínsecas que desconhecíamos destes homens da bandeira acabaram por ser reveladoras da importância destes homens no mundo do futebol.

A iniciativa levada a cabo pelo Núcleo de Árbitros da Beira Serra, teve, quanto a nós, um saldo muito positivo, trazendo à cidade de Oliveira do Hospital para além dos oradores, que se deslocaram de Lisboa, ainda o Presiden-te da Comissão de arbitragem da AFC, figuras de relevo de outros núcleos da arbitragem, e muitos árbitros do Distrito de Coimbra e da Guarda.

Muitos “Homens do Apito” em Oliveira do Hospital

A equipa de seniores do FCOH obteve este fim-de-semana a sua primeira vitória no campeonato nacional da 3ª divisão, ao ven-cer em casa a equipa de Tomar – o Gualdim Pais – por 5-1.

Os juvenis – também no campeonato na-cional – tiveram uma pausa na prova mas dis-

putaram um jogo em atraso do Torneio de Encerramento da Associação de Patinagem do Ribatejo, tendo empatado em casa com o Sporting de Tomar por 2-2. Nos escalões de infantis e iniciados, ambas as equipas vence-ram e estão a um passo do apuramento para o Nacional.

NOTARIADO PORTUGUÊSCARTÓRIO NOTARIAL DE OLIVEIRA DO HOSPITAL

CERTIFICO, para fins de publicação, que no dia 09 de Novembro de 2007, no livro de notas para escrituras diversas número nove, deste Cartório, a folhas 91 e seguintes, foi lavrada uma escritura de rectificação na qual SERAFIM MENDES FERNANDES e mulher, MARIA DAS DORES BRANCA DA SILVA FERNANDES, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, ambos naturais deste concelho, ele da freguesia de Penalva de alva e ela da freguesia de São Gião, residentes no Bairro dos Penedos Altos, n.º 180, freguesia da Covilhã (Conceição), concelho da Covilhã, NIF 111.310.997 e 111.310.989, declaram que RECTIFICAM a escritura de justificação, lavrada em Cartório, em vinte e oito de Novembro de dois mil e cinco, a folhas noventa e nove e seguintes, do livro de notas de escrituras diversas número duzentos e setenta – D, quanto à área do prédio objectivo da mesma o qual tem mais exactamente a área coberta de cento e vinte metros quadrados e pátio de quarenta e cinco metros quadrados.

O qual confronta actualmente do norte e nascente com Rua Pública e do sul e poente com Serafim Mendes Fernandes.Que atribuem este erro a manifesto erro de medição aquando da avaliação pelos Serviços Fiscais, que mediram errada-

mente a área do prédio, erro que apenas se detectou aquando da apresentação do Modelo UM do Imposto Municipal sobre Imóveis, após a realização da escritura ora rectificada, dado o facto de os Serviços de Finanças exigirem a apresentação de planta topográfica, pois o prédio sempre teve a mesma dimensão e configuração.

E que se mantém todo o restante conteúdo da citada escritura.

ESTÁ CONFORME.

Cartório Notarial de Oliveira do Hospital, 09 de Novembro de 2007

A Notária

Inês Barreto Amaral Correio da Beira Serra, 4 de Dezembro de 2007

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Correio da Beira Serra 4 de Dezembro de 2007 22 R E G I Ã O

R E V I S TA D E I M P R E N S A

Viseu

Garantida construção da linha de comboio de alta velocidade

O comboio de alta velocidade vai passar por Viseu. A garantia foi deixada, a semana passada, pelo ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, que se deslocou à cidade, a convite da Federação Distrital do PS, para participar numa sessão pública sobre as acessibilidades no distrito. “Viseu não vai fi-car à margem do comboio de alta velocidade, uma vez que a cidade ficará servida pela linha Aveiro-Salamanca”, assegurou Mário Lino.

“Será uma linha mista de passageiros e mercadorias”, acrescentou o governante, que garantiu ainda a construção em Viseu de uma estação ferroviária para aquele transporte.

“O comboio de alta velocidade não parará sempre em Viseu. Umas vezes sim, outras não, depende da procura”, disse, desafiando então a autarquia local e as congéneres vizinhas, a avançarem, com os privados, com a criação de uma plataforma logística ou um parque indus-trial.

As declarações de Mário Lino motivaram a imediata reacção do presidente da Câmara de Viseu, que exige que todos os comboios que

venham a circular na linha de alta velocidade parem no seu concelho. “A oferta determina a procura”, argumentou Fernando Ruas.

O prazo de conclusão da futura linha é o ano de 2017, mas a data poderá ser antecipada dois ou três anos, uma vez que as obras já co-meçaram no porto marítimo de Aveiro, apurou o Jornal de Notícias.

A construção da rede de alta velocidade ou prestações elevadas, como é tecnicamente de-signada, vai ser

Auto-estrada a Coimbra Em Março de 2008 deverá ser lançado o con-curso público para a construção da auto-es-trada entre Viseu e Coimbra, uma via que irá substituir o actual Itinerário Principal 3 (IP3). O anúncio foi feito por Mário Lino, na mes-ma reunião, ao revelar estarem já a decorrer as avaliações de impacto ambiental. “A minha perspectiva é que até Março esteja concluído o estudo, posto o que estaremos em condições para lançar a obra”, afirmou o governante.

In Jornal de Notícias

Gouveia

Álvaro Amaro pediu a Cavaco Silva para travar fecho de organismos

Cavaco Silva constatou in loco o despovo-amento do interior, durante a visita de dois dias ao distrito da Guarda. O Presidente da Republica ficou a saber que, em vinte anos, o distrito perdeu 26 mil pessoas.

Em jeito de balanço, em Gouveia, Cava-co Silva frisou que, “enquanto não surgirem empresas e investimentos no interior do país, será muito difícil reter os jovens e criar empregos “. Apontou o caso da Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) da Guarda e iniciativas empresariais em Seia como sinais positivos para a inversão desta tendência.

“Mas existe outra potencialidade, não bem explorada, que é o turismo”, sublinhou, acrescentando que este sector pode ser “uma fonte de riqueza e de emprego”. Salientou o exemplo de Gouveia – onde inaugurou, sá-bado, o primeiro museu da miniatura auto-móvel do país e visitou o museu dedicado ao pintor Abel Manta –, cidade onde “está a fazer – se uma aposta cultural que pode con-tribuir para a atracção de mais visitantes”.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Gouveia começou por dizer que não que-ria ser “queixinhas”, nem que Cavaco fosse o “muro das lamentações”, mas aproveitou

para lançar críticas ao governo socialista: “será justo que, a cada passo, estejamos a vi-ver com as ameaças do encerra isto, encerra aquilo, quando, há mais de um ano, temos em Gouveia, completamente pronto para a abrir, um novo centro de saúde?”.

As “farpas” continuaram: “ontem foi a PSP, hoje é a GNR, amanhã é o SAP; sujeitam-nos a um desgaste sem nenhuma necessidade”. Recordou que em vinte anos o concelho de Gouveia perdeu três mil pessoas. “É um des-povoamento que merece uma profunda refle-xão e medidas arrojadas”, salientou.

Considerou também não ser justo que “es-teja escrito no Diário da Republica, no âmbi-to da Escola Superior de Saúde da Guarda, que pode ser criado um curso em Gouveia e, até agora, não entrou em funcionamen-to. Não queremos pólos, não reivindicamos universidades ou politécnicos, reivindicamos um curso, com uma turma por ano”.

A deslocação de Cavaco Silva ao concelho de Gouveia terminou com uma visita à Fun-dação D. Laura dos Santos, em Moimenta da Serra, que foi pioneira na implementação de uma unidade geriátrica de acamados, a fun-cionar há 25 anos.

In Diário As Beiras

Guarda

Tecnologia ajuda a conhecer centroOs turistas já podem fazer sozinhos visitas

guiadas ao centro histórico da Guarda, rece-bendo informação detalhada sobre o que há para ver e ficar a conhecer a história de locais e monumentos. Tudo graças aos áudio-guias apresentados, a semana passada, pelo pelou-ro do Turismo da autarquia.

O sistema funciona, por enquanto em por-tuguês, mas, a partir de 12 de Dezembro, terá traduções em espanhol, francês e inglês, idio-mas dos turistas que mais visitam a cidade. O projecto é similar ao estreado este ano em Guimarães. Para recorrer a este serviço, os tu-ristas terão que deixar alguns dados pessoais e uma caução no Posto de Turismo, que será devolvida após a entrega do material.

Juntamente com o aparelho (há 20 disponí-veis) vem uma brochura com o mapa da cida-dela medieval onde os locais de interesse es-tão assinalados com um código específico. Ao

accionar esse ponto, o visitante ouvirá toda a informação correspondente. A visita áudio-guiada decorre no perímetro amuralhado e ruas adjacentes da zona antiga e inclui a Praça Velha, a Rua Direita, a Igreja de São Vicente, a Judiaria, as Portas da Erva, D’El Rei e Torre dos Ferreiros, a muralha, a Igreja da Miseri-córdia, o antigo Seminário e Paço Episcopal, bem como a Sé.

“Com este sistema queremos promover o centro histórico e aumentar o tempo de per-manência dos turistas na cidade, cuja visita será melhorada”, disse a vereadora Lurdes Saavedra. O projecto está orçado em 41 mil euros e foi apoiado pelo programa comunitá-rio Leader +. A Câmara vai ainda lançar um catálogo promocional, bilingue, do concelho com informação detalhada dos recursos exis-tentes na região.

In Jornal de Notícias

Seia

Santa da Misericórdia cria Unidade de Saúde

O concelho de Seia vai passar a dispor de uma Unidade de Saúde constituída por uni-dades de internamento de Cuidados Conti-nuados e Centro de Recuperação Global. O projecto é da Santa Casa da Misericórdia de Seia que já recebeu o aval da Administração Regional de Saúde do Centro para o pôr em marcha.

De acordo com o Diário As Beiras, a Unidade de Saúde deverá ser construída em Folgosa do Salvador, junto ao Lar de Idosos que aí mantém em funcionamento, e está orçada em cerca de dois milhões de euros, embora estejam previstas algumas alterações. Em declarações àquela diário, o provedor Fer-nando Beco explicou que a nova unidade da Misericórdia vai possuir cuidados de “média e longa duração”, e que a infra-estrutura da Mi-sericórdia passará a dispor de uma “Unidade

de Dia e Promoção da Autonomia, que é algo de novo, mas que vem completar o previsto”.

Esta Unidade de Dia e Promoção de Au-tonomia “será uma unidade para a prestação de cuidados integrados, para pessoas com diferentes níveis de dependência, e que não reúnam condições para serem cuidadas no domicílio”, adianta. O Centro de Recuperação Global, que passará igualmente a fazer parte na unidade, irá incluir a valência de hidrote-rapia.

A Unidade de Saúde da Misericórdia irá possuir a Unidade de Cuidados Continuados, com 30 camas, em quartos individuais. O Cen-tro de Recuperação Global terá as áreas de reabilitação, fisioterapia, terapia ocupacional e de reintegração. Fernando Beco tem espe-rança de que a obra possa arrancar dentro de quatro a cinco meses.

Viseu

Dão-Lafões lança quatro rotas turísticas temáticas

A partir de Março do próximo ano, as prin-cipais agências de viagens do país terão um novo produto para vender quatro rotas te-máticas, traçadas no “coração” da cidade de Viseu, a partir das quais os turistas poderão partir à descoberta de um “mundo de experi-ências” na região.

Adriano Azevedo, presidente da Região de Turismo Dão Lafões (RTDL), justifica a iniciativa, que considera “inovadora”, com a necessidade de “adequar o potencial turístico às possibilidades, necessidades e motivações dos visitantes”.

As quatro rotas, propostas de forma estru-turada, inspiram-se em ícones “incontorná-veis” da riqueza histórica e cultural da cidade

de Viseu desde o tempo dos romanos até ao século XX Viriato, Grão Vasco, Camilo Castelo Branco e Aquilino Ribeiro.

Cada rota é constituída por três elementos base percurso temático com visitas orientadas de duas a três horas; escolhas do “mundo de experiências” (cultura, monumentos, sabores e artesanato) nos restantes 11 concelhos que integram a região; e programa de estadias.

O objectivo desta acção, concertada com vá-rios operadores, “é exceder as expectativas dos turistas, levando-os a permanecer vários dias na região”, e afirmar a região Dão-Lafões “como uma marca de prestígio nos mercados interno e externo”, sustenta o presidente da RTDL.

In Jornal de Notícias

Seia

Artesãos da Serra da Estrela participam em feira de Milão

Mais de meia centena de empresas portu-guesas participam de 1 a 9 de Dezembro, na Feira de Milão, numa oportunidade potencia-da pela Associação de Artesãos da Serra da Estrela e Região Centro de Portugal.

Em nota de imprensa ao diário on-line do Correio da Beira, o presidente daquela asso-ciação, João Amaral realça o apoio prestado pelas empresas Ideias Soberbas, Lda e Lopes Garcia Consultores, que permitiu pôr a “fun-cionar uma estrutura que movimenta oito camiões TIR, 48 quartos de hotel em Milão, quase uma centena de passagens aéreas e a ocupação de uma área de mais de 700 me-tros quadrados na maior feira europeia de artesanato”.

No total, a participação portuguesa é re-presentada por 102 pessoas, das quais sete se fazem acompanhar de produtos da área

alimentar: queijos, vinhos, licores, doçaria, mel e presuntos.

A Associação de Artesãos, enquanto par-ceiro da AICEP no projecto Fileira, é respon-sável pela internacionalização das empresas que aderiram ao projecto, pelo que - con-forme nota de imprensa – é imperativo da associação cumprir o lema “fazer bem sem olhar a quem”.

“Todos somos poucos para dar apoio a quem quer ir mais longe. É justo, beneficia todas as partes e dá força e credibilidade ao sector”, acrescenta a associação, explicando que esta é a última acção de um plano que, desde 2006, já levou mais de centena e meia de produtores portugueses “a sentir a expe-riência de conviver com outras culturas do resto da Europa”.

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4 de Dezembro de 2007 Correio da Beira Serra 23

CARNEIROCarta Dominante: 9 de Copas, que significa Vitória.Amor: Mostrará interesse em to-dos os assuntos ligados ao amor

e ao sexo.Saúde: A sua saúde exige que faça exercício físico.Dinheiro: Provável promoção na carreira e aumento de estatuto.Número da Sorte: 45

TOUROCarta Dominante: 6 de Paus, que significa Ganho.Amor: Poderão surgir alguns conflitos que serão facilmente

resolvidos se optar pelo diálogo com a pes-soa amada.Saúde: Embora esteja num período de equi-líbrio, esteja sempre alerta.Dinheiro: Invista na consolidação dos seus negócios com prudência.Número da Sorte: 28

GÉMEOSCarta Dominante: 4 de Espadas, Inquietação, agitação.Amor: Verá renascer em si sen-timentos que há muito andam

escondidos.Saúde: Não se enerve, pois isso poderá ser prejudicial para a sua saúde.Dinheiro: Não misture amigos e familiares nos seus negócios.Número da Sorte: 54

CARANGUEJOCarta Dominante: 5 de Ouros, que significa Perda/ FalhaAmor: Vire-se mais para os seus familiares, eles precisam de si.

Saúde: Possíveis dores na coluna.Dinheiro: Não é boa altura para comprar imóveis.Número da Sorte: 69

LEÃOCarta Dominante: Valete de Co-pas, que significa Lealdade, Re-flexão.Amor: A sua sensualidade vai

deixar muitos corações a bater fortemente.Saúde: Possíveis dores nas pernas.Dinheiro: Possível dinheiro extra.Número da Sorte: 47

VIRGEM Carta Dominante: A Torre, que significa Convicções Erradas, Colapso. Amor: As festas familiares estão

favorecidas.Saúde: Não terá preocupações de maior.Dinheiro: Tudo estará equilibrado, modere os gastos.Número da Sorte: 16

BALANÇA Carta Dominante: 2 de Copas, que significa Amor.Amor: Poderá surgir um mal en-tendido, mas com calma tudo se

resolve.Saúde: Este será um período de paz, apro-veite para descansar.Dinheiro: Momento pouco favorável para grandes investimentos.Número da Sorte: 38

ESCORPIÃOCarta Dominante: 10 de Paus, que significa Sucessos Temporá-rios, Ilusão.Amor: Pense bem naquilo que

quer para não magoar os outros.Saúde: Tenha algum cuidado com os seus olhos.Dinheiro: Este não é um período favorável.Número da Sorte: 32

SAGITÁRIOCarta Dominante: 2 de Espadas, que significa Afeição, Falsidade.Amor: Poderá reencontrar um amor do passado que o deixará

muito abalado. Procure ultrapassar o trauma e liberte-se daquilo que já passou.Saúde: Tendência para a depressão.Dinheiro: Cuidado com possíveis perdas de capital.Número da Sorte: 52

CAPRICÓRNIOCarta Dominante: 9 de Paus, que significa Força na Adversi-dade.Amor: Poderá sentir a necessi-

dade de se isolar e de pensar na sua vida. Aproveite este período de reflexão para to-mar as decisões que precisa para mudar o rumo da sua vida.Saúde: Não se deixe dominar pelo cansaço.Dinheiro: As suas novas ideias poder-lhe-ão trazer benefícios, mas aja com prudência.Número da Sorte: 31

AQUÁRIOCarta Dominante: 9 de Ouros, que significa Prudência.Amor: Período em que estará mais virado para si mesmo e

para os seus assuntos pessoais.Saúde: Poderão ocorrer complicações a ní-vel do sistema digestivo.Dinheiro: Analise bem as novas propostas antes de tomar qualquer decisão.Número da Sorte: 73

PEIXESCarta Dominante: 5 de Copas, que significa Derrota.Amor: Controle os seus ciúmes pois poderão perturbar a har-

monia conjugal.Saúde: Faça uma pequena dieta.Dinheiro: Não cometa excessos nesta área.Número da Sorte: 41

Centro Português de Esoterismo para o Período de 4 a 18 de Dezembro

PassatemposSUDOKU

Preencha os espaços com números de 1 a 9 de forma que cada linha, co-luna e quadrado interior contenha números de 1 a 9 sem se repetirem.

TELEFONES ÚTEISFarmácias de Serviço

em Oliveira do Hospital

10 a 16 | Dezembro – GonçalvesTelefone: 238 605 130

3 a 9 | Dezembro – Figueira DinizTelefone: 238 604 435Contactos Úteis

Câmara Municipal de Oliveira do Hospital ..... 238 605 250Piquete de Águas .............. 238 605 256A.T.L. Municipal Pavilhão Desportivo........... 238 605 253Casa da Cultura César Oliveira ................... 238 605 254Posto de Turismo .............. 238 609 269Centro de Saúde ............... 238 600 250Hospital FAAD ................... 238 600 280GNR ................................... 238 604 444Bombeiros Voluntário de Oliveira do Hospital ..... 238 602 707Bombeiros Voluntários de Lagares da Beira ........... 238 640 110Correios ............................ 238 600 343 Hospitais da Universidade de Coimbra ....................... 239 400 400Hospital de Seia ............... 238 320 700Polícia Judiciária Coimbra (piquete) ............. 239 863 000Criança Maltratada ........... 239 702 233SOS Adolescente ............... 800 202 484SOS Mulher ....................... 239 832 073SOS Amigo ........................ 239 721 010SOS Estudante .................. 808 200 204

Francisco Manuel Lumbrales de Sá Carneiro (Porto, 19 de Julho de 1934 — Camara-te, 4 de Dezem-bro de 1980) foi um político por-tuguês, fundador e líder do Partido

Popular Democrá-tico / Partido So-cial-Democrata, e ainda primei-ro-ministro de Portugal, duran-te cerca de onze meses, no ano de 1980.

Fonte: Wikipédia

Morreu há 27 anos…

“A primeira e pior de todas as fraudes é enganar-se a si mesmo. Depois disto, todo o pecado é fácil.” (J. Bailey)

SOLUÇÕES

CRUZADAS

HORIZONTAIS: 1. Bago (fig.); Trama (fig.) / 2. Estado dos EUA; Quarto / 3. Abalar; Residência / 4. Aman-sar; Muitos / 5. Cercam de arame / 6. Feiticeira; Antigos escritos es-candinavos / 7. Caloroso, quente / 8. Doença; Medicar / 9. Acometes; laçada / 10. Cálcio (s. quim.); Escapais / 11. Perfume; Pegadeira.

VERTICAIS: 1. Aliadas; Padiola / 2. Verdadeiro; Obedecer / 3. Avenida (abr.); Recruta / 4. Cas-ta de uva; Dez dezenas / 5. Respeita; Erguia / 6. Oceano; Uma das três Gorgones / 7. Aprendiz; Oferece / 8. Pura, séria; Erva-doce / 9. Garantia; Feita de soro.

ANEDOTA - Remédios caseiros...O doutor, depois de ver a história clínica do paciente, pergunta:- Fuma? - Pouco.- Deve deixá-lo. Bebe?- Pouco.- Deve deixá-lo. Pratica desporto?- Não.- Pois deveria. Sexo?- Muito pouco.- Pois deveria fazer muito.Ele vai para casa e conta à sua mulher o que

o médico lhe disse e vai tomar um banho. A mulher resolve enfeitar-se, perfuma-se, põe a sua melhor lingerie e fica à espera. Ele sai do banho, começa a vestir-se, a perfumar-se e a mulher, curiosa, pergunta-lhe:- Aonde vais?- Então, não ouviste o que o médico me disse?- Sim, mas eu já estou aqui prontinha para ti.- Oh, Rosa, lá vens tu de novo com a mania dos remédios caseiros!

Page 24: CORREIO DA BEIRA SERRA – 04.12.2007

Redacção, Direcção, Publicidade: Praceta Manuel Cid Teles, Lote 12 - 1.º Esq. 3400-075 Oliveira do HospitalTelefone Geral 238 086 547 * Fax 238 086 546Internet: www.correiodabeiraserra.come-mail: [email protected] w w w . c o r r e i o d a b e i r a s e r r a . c o m

Estes resultados, foram recolhidos entre 20 de Novembro e 4 de Dezembro, e correspondem a 116 votos.

O que é que acha do valor que actualmente paga à Câmara Mu-nicipal pelo consumo de água?• Alto • Baixo • Razoável

Acha o comércio de Oliveira do Hospital atractivo para fazer as suas compras de Natal?

A residencial-bar de Se-nhor das Almas, onde existem suspeitas da prática de prostitui-

ção encerrou repentinamente as portas por alegadamente se encontrar novamente em obras. Essa é pelo menos a explicação que – de acordo com o que o

Residencial-bar de Senhor das Almas

‘Casa de meninas’ fecha para obrasCorreio da Beira apurou – tem sido dada por um dos pro-prietários do negócio a alguns clientes. Uma fonte policial contactada pelo CBS disse des-conhecer as razões que levaram ao encerramento alegadamente temporário do imóvel que há uns meses atrás foi alugado pelo

ridades policiais, mas a mesma fonte explica que “não é fácil provar o crime de lenocínio”.

Entretanto, este caso que tem vindo a gerar bastante po-lémica no seio da opinião pú-blica, continua sem obter qual-quer esclarecimento quer por parte da estrutura local do PS quer através do vereador pro-prietário do imóvel.

Depois de em declarações ao Correio da Beira Serra, Ri-beiro de Almeida ter afirmado que “não foi para esse fim” que alugou o espaço, desafiando inclusivamente as autoridades policiais a actuarem porque a sua condição de figura pública não lhe permite situações des-te tipo, o vereador socialista reiterou recentemente a mes-ma posição ao jornal Folha do Centro mas também considerou que esta situação “não belisca” o seu lugar de vereador.

Recorde-se que numa entre-vista dada a este jornal, Maria José Freixinho, sustentou que – se as suspeitas de prostitui-ção no local se vierem a confir-mar – o seu colega de vereação, Ribeiro de Almeida, “não só é uma vítima” em todo este pro-cesso “como está em condições de pedir uma indemnização pelo facto de estar a ser dado

vereador socialista na Câmara de Oliveira do Hospital, Ribeiro de Almeida, mas também adian-tou que tal facto não resultou por enquanto de qualquer tipo de “intervenção policial”.

Este jornal sabe que a casa-cor-de rosa do Senhor das Almas está debaixo de olho das auto-

C A R T O O N

um fim diferente e ilícito do que o inicialmente contratado e, por o seu imóvel, ficar asso-ciado, de uma forma terrível, a uma actividade deprimente” – a prostituição.