cuidados paliativos 4

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5/28/2018 cuidadospaliativos4-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/cuidados-paliativos-4 1/17 413 SICOLOGIA USP,  São Paulo, 2013 24(3), 413-429. CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SAÚDE Fernanda de Carvalho Braga 1 Elizabeth Queiroz Universidade de Brasília – UnB, Brasília, DF, Brasil.  Resumo: O avanço tecnológico possibilitou tanto a redução da morte quanto o prolongamento da vida. Essa última traz consigo a necessidade de se pensar em como cuidar de pessoas fora de perspectiva de cura, especialmente porque tal cuidado inclui aspectos psicossociais, com implicações tanto para as relações entre os prossionais quanto com o paciente e sua família. Este estudo teve como objetivo buscar na literatura nacional artigos sobre equipes de saúde que oferecem cuidados paliativos. Realizou-se uma revisão de produção em periódicos nacionais com os descritores cuidados paliativos, equipe de saúde e neonatologia. Foram identicados 62 trabalhos, porém somente 11 atenderam ao critério de relacionar pelo menos dois descritores. Nenhum artigo relacionou as três palavras-chaves. O baixo número de publicações evidencia a necessidade de mais pesquisas nessa área, pois proporcionar qualidade de vida desde o diagnóstico da doença até o momento do óbito representa grande estresse para os prossionais de saúde. Palavras-chave: Cuidados paliativos. Prossionais de saúde. Trabalho em equipe. Introdução Cuidar de pessoas fora de possibilidade de cura é uma tarefa que requer pre- paro do prossional de saúde para garantir que o paciente e sua família tenham * Endereço para correspondência: [email protected] *

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    413PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE

    Fernanda de Carvalho Braga1

    Elizabeth QueirozUniversidade de Braslia UnB,

    Braslia, DF, Brasil.

    Resumo: O avano tecnolgico possibilitou tanto a reduo da

    morte quanto o prolongamento da vida. Essa ltima traz consigo a necessidade de se pensar em

    como cuidar de pessoas fora de perspectiva de cura, especialmente porque tal cuidado inclui

    aspectos psicossociais, com implicaes tanto para as relaes entre os prossionais quanto com

    o paciente e sua famlia. Este estudo teve como objetivo buscar na literatura nacional artigos

    sobre equipes de sade que oferecem cuidados paliativos. Realizou-se uma reviso de produoem peridicos nacionais com os descritores cuidados paliativos, equipe de sade e neonatologia.

    Foram identicados 62 trabalhos, porm somente 11 atenderam ao critrio de relacionar pelo

    menos dois descritores. Nenhum artigo relacionou as trs palavras-chaves. O baixo nmero de

    publicaes evidencia a necessidade de mais pesquisas nessa rea, pois proporcionar qualidade

    de vida desde o diagnstico da doena at o momento do bito representa grande estresse para

    os prossionais de sade.

    Palavras-chave: Cuidados paliativos. Prossionais de sade. Trabalho em equipe.

    Introduo

    Cuidar de pessoas fora de possibilidade de cura uma tarefa que requer pre-paro do prossional de sade para garantir que o paciente e sua famlia tenham

    * Endereo para correspondncia: [email protected]

    *

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    414 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    qualidade de vida desde o diagnstico da doena at o momento do

    bito e seus familiares obtenham suporte para o luto. A concepo decuidado ao paciente fora de perspectiva de cura, como conhecemos hoje,surgiu na dcada de 1960 com Cicely Saunders, a qual fundou o primeiro

    hospital voltado para pacientes que estavam fora de possibilidades de

    cura, o St. ChristophersHospice,na Inglaterra (Santos, 2011). Desde ento,a demanda para cuidar desses pacientes e o nmero de unidades espe-cializadas para tal m aumentou, assim como as discusses sobre o tema

    tm sido cada vez mais frequentes.Segundo Maciel (2008), a primeira denio de cuidados paliativos

    publicada pela Organizao Mundial de Sade (OMS) foi em 1990, naqual esses eram vistos como os cuidados totais e ativos dirigidos a pa-cientes fora de possibilidade de cura (p. 16). Tal descrio foi aprimorada

    e em 2002 passou-se a delegar aos envolvidos com cuidados paliativos afuno de, alm de aliviar a dor e os desconfortos fsicos, dar suporte reli-gioso e psicossocial ao paciente e a seus familiares (World Health Organi-zation [WHO], 2011). O foco passa a ser na qualidade de vida do pacientee de sua famlia. Alm disso, o termo deixa de representar algo que s

    oferecido perto da morte, mas que deve ser aplicado desde o diagnsticoda doena (American Academy of Pediatrics [AAP], 2000; WHO, 2011).

    Essas consideraes devem ser levadas em conta em qualquer mo-mento do desenvolvimento humano, mas a literatura destaca que a so-ciedade ainda trata a morte de uma criana como um evento anormal,algo incomum (Carter, Hubble, & Weise, 2006; Ferreira, 2011; Garros, 2003).

    No esperado que crianas sejam diagnosticadas com doenas crni-cas ou terminais, que tm como desfecho o falecimento. Porm, esses

    quadros clnicos acontecem e aparecem desde em fetos at em crianas.Logo, h demanda de cuidados paliativos tanto em Unidades de Terapia

    Intensiva Peditrica (UTIP) quanto em Unidades de Terapia Intensiva Ne-onatal (UTIN).

    Os cuidados paliativos envolvem aspectos ticos, psicossociais, reli-giosos e culturais. Para que todas essas reas sejam abordadas se faz ne-cessria a formao de uma equipe multiprossional (AAP, 2000; Bhatia,

    2006; Moritz et al., 2008), atuando de forma interdisciplinar. Essa deve

    estar preparada para aplicar a losoa paliativa na unidade em que tra-balham. Cuidados paliativos em UTIN diferem-se daqueles prestados em

    outros setores hospitalares. Eles devem ser centrados na famlia e ter pro-gramas para internaes de longa durao (Bhatia, 2006). O neonato em

    cuidados paliativos requer preparo da equipe de sade para garantir queo paciente e sua famlia tenham qualidade de vida at o momento do

    bito, e acompanhamento do luto para os familiares, conforme denio

    da OMS (WHO, 2011).Estudo conduzido por Ferreira (2011) corrobora o conhecimento

    dos mdicos sobre condies necessrias a essa prtica. Os relatos des-

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    415PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    tacam que o cuidar do nal da vida deve proporcionar qualidade de vida

    ao paciente e a seus familiares, ser iniciado desde o diagnstico, ser apli-cado por uma equipe multidisciplinar, entre outras metas de CuidadosPaliativos. H evidncia do estabelecido pelas diretrizes, denies e ob-jetivos sobre Cuidados Paliativos da AAP (2000) e da OMS (WHO, 2011),

    porm a especicao da aplicao desses cuidados no foi explicitadapelos mdicos.

    Sabe-se que, no cotidiano do trabalho, os prossionais de sade

    esbarram em obstculos ao aplicar os cuidados paliativos. Segundo a li-teratura, os prossionais cuidadores encontram diculdades na tomada

    de deciso, na comunicao com os familiares, no controle da dor, entreoutros (Carter et al., 2006; Costa Filho, Costa, Gutierrez, & Mesquita, 2008;

    Hilden et al., 2001). O estudo de Rushton et al. (2006) traz como maior di-culdade o trmino de um longo relacionamento com o paciente. Alm

    disso, os prossionais tambm relataram sobre os conitos com a famlia

    do paciente, a morte inesperada e a impossibilidade de aliviar a dor.No novidade que a forma como as pessoas lidam com o morrer

    modicou-se no decorrer da Histria. Como a morte faz parte do concei-to de cuidados paliativos, necessrio compreender a evoluo histrica

    e viso atual de seu conceito. Morrer faz parte da vida, porm ao longo da

    Histria a sociedade parece ter distorcido essa realidade.Na poca anterior transformao das cincias mdicas, a pessoa

    doente no demorava a ir a bito. Hoje, com a medicalizao das doenase os avanos tecnolgicos para se chegar a um diagnstico, as pessoastendem a viver por meses ou at anos aps a descoberta de uma doena

    crnica.

    A transferncia da morte para o hospital diculta o acesso ao sujei-to que est na iminncia de morte. Como consequncia, a morte passaa ser ocultada e a aprendizagem do papel de moribundo restringida.

    Morrer j no algo pblico e coletivo, e sim, privado e individual. Nessa

    nova congurao, o ambiente hospitalar passa a investir em tecnologia

    e poder para o combate morte, em detrimento aos sentimentos e aos

    questionamentos a ela relacionados (Aguiar, Veloso, Pinheiro, & Ximenes,2006; Fernandes, Iglesias, & Avellar, 2009).

    Com o advento da instituio de sade como local da morte, osprossionais de sade que nela trabalham tornam-se os responsveis por

    lidar com esse acontecimento. Durante a formao acadmica, o prossio-nal de sade recebe treinamento focado na vida, sendo a morte percebi-da como um fracasso (Alencar, Lacerda, & Centa, 2005; Diniz, 2006; Lima e

    Souza et al., 2009; Pal, Lambronici, & Albini, 2004; Tonelli, Mota, & Oliveira,

    2005). Os prossionais no so preparados adequadamente, durante a

    graduao, para lidarem com a morte de um paciente, esse tema tratado

    como um tabu (Bernierr & Hirdes, 2007). Apesar da tentativa de distan-ciamento durante o perodo educacional, a prtica prossional faz que

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    416 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    deparem cotidianamente com a iminncia de morte e com a morte. Essarealidade pode gerar, nos prossionais de sade, sentimentos como alvio,

    angstia, compaixo, culpa, frustrao, medo, impotncia, raiva e tristeza(Aguiar et al. 2006, Alencar et al., 2005; Bernierr & Hirdes, 2005; Carvalho &

    Perina, 2003; Costa & Lima, 2005; Haddad, 2006; Pal et al., 2004).

    Sendo assim, importante conhecer como as equipes de sade li-dam com cuidados paliativos na realidade brasileira. Este trabalho temcomo objetivo buscar na literatura nacional estudos sobre equipes desade que trabalham cuidados paliativos em neonatologia.

    Mtodo

    Foi realizada uma reviso de literatura em peridicos nacionais so-bre cuidados paliativos em neonatologia. Os artigos foram pesquisadosna base de dados BVS (Biblioteca Virtual em Sade) que integra: Literatu-ra Latino-Americana e do Caribe em Cincias da Sade (LILACS); Scientic

    Electronic Library Online (SCIELO); e Literatura Internacional da rea M-dica e Biomdica (MEDLINE). Como palavras-chaves utilizou-se cuidados

    paliativos, equipe de sade e neonatologia,sendo a primeira combinadacom cada uma das demais e as trs juntas. A palavra neonatologia foiincluda por tratar-se de estudo preliminar que subsidiou dissertao demestrado da primeira autora (Braga, 2013). A m de se conhecer a reali-dade brasileira sobre o assunto utilizou-se o ltro idioma portugus. O

    perodo pesquisado foi de 2002 a 2012, por abarcar as publicaes mais

    recentes sobre o assunto. Incluiu-se artigos originais e de reviso sobre otema, excluindo-se teses, dissertaes, monograas e comunicaes.

    Resultados

    Encontrou-se 62 publicaes: 13 foram excludas, pois eram repeti-es de artigos j inclusos na reviso; e nove foram descartadas uma vez

    que foram divulgadas antes de 2002. Das 40 publicaes restantes, resul-tantes dos descritores cuidados paliativos e equipe de sade, 16 publica-es combinavam os dois temas. Desses 10 eram artigos, trs eram teses,duas eram monograas e uma comunicao. Somente uma publicao

    uniu os temas cuidados paliativos e neonatologia e nenhuma produofoi encontrada relacionando os trs descritores. Sendo artigos o foco dapresente anlise, as teses, as monograas e a comunicao foram exclu-das do estudo.

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    417PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    Das 24 publicaes que no entraram para anlise, 13 no eram ar-tigos: lmes (um), comunicao (uma), monograas (trs), e teses (oito).

    O restante, apesar de serem artigos e apresentarem as palavras cuidadospaliativos e ou equipe de sade em suas palavras-chaves, seus resumose ou seus ttulos no uniam os temas. Seis artigos trabalham com a pers-

    pectiva do paciente e ou sua famlia sobre cuidados paliativos; trs tra-ziam sob diferentes perspectivas a incluso de um servio de cuidadospaliativos; trs focavam em peculiaridades tcnicas para a realizao dos

    cuidados paliativos; trs discorreram sobre conceitos de cuidados paliati-vos; e um falava sobre dor crnica.

    A maioria dos artigos (04) relaciona morte, cuidados paliativos eprossionais de sade. Entre os demais: dois relatam caractersticas do

    trabalho em equipe interdisciplinar; um busca apontar o motivo que le-vou os prossionais de sade a fazerem parte de uma equipe de cuida-dos paliativos; um realiza uma reviso bibliogrca sobre aes de enfer-meiros perante a realidade de oferecer cuidados paliativos a crianas eadolescentes; um investiga como os prossionais de sade avaliam a au-tonomia do paciente em cuidados paliativos; um faz uma reviso biblio-grca sobre a aplicao dos princpios bioticos no processo de morrer;

    e um retrata o trabalho com cuidados paliativos de uma equipe de sadede uma UTIN. O Quadro 1 apresenta os artigos analisados a partir de seus

    objetivos, metodologia e resultados.

    Quadro 1Artigos analisados

    Ttulo Ano Autor Objetivos Metodologia Resultados

    A passagementre a vida ea morte: umaperspectivapsico-espiritual

    em cuidadospaliativosdomiciliares

    2003Gimenes,

    M. G. G.

    Apoiar a

    perspectivapsico-espi-ritual para acompreen-

    so da mortecomo umatransio.

    Descrio dasperspectivasespirituais epsicolgicassobre amorte.

    Denico

    do conceito

    psico-espiritual naprtica doscuidadospaliativos

    Sequncia

    de etapaspsico-espiri-tuais a seremseguidas porpessoas am de res-

    ponder snecessidadesda pessoafrente

    morte

    (continua)

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    418 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    Cuidadospaliativos emneonatologia:implemen-tao de umprogramamultipros-sional

    2003Costa, S.M. M. et

    al.

    Relatar a

    experinciado grupode cuidadospaliativosneonatais doCAISM/UNICAMP.

    Relato de

    experincia

    Importncia

    de possuiruma equipecapacitadapara atenderas demandasdo CuidadoPaliativo.

    A morte nocontexto dosservios desade

    2004

    Gomes,

    A. P. R., &Almeida,H. O.

    - Discutir,sob o pon-to de vistada biotica:

    as atitudesdos pros-sionais desade dian-

    te da apro-ximao damorte; im-plicaesna prticaclnica;

    - A impor-tncia da

    implan-tao deprogramasde cuida-dos paliati-vos numaperspectivainterdisci-plinar.

    Reviso

    crtica e nosistemticada literaturasobre a morteno contextodos servios desade

    Necessidade

    de aborda-gens que,possibilitem

    a manuten-o de umasobrevi-vncia queconserve omximo dequalidadepossvel,preservandoa dignidadeno processode morrer.

    A morte nocotidiano dosprossionais

    deenfermagem

    de umaunidadede terapiaintensiva

    2004

    Pal, L.A., Labro-nici, L. M.,

    & Albini,L.

    Compre-ender apercepode morte dosprossionais

    de enferma-gem no seu

    cotidiano detrabalho emuma Unida-de de Terapia

    Intensiva.

    Metodologiainterpretativa;

    Entrevistas;

    Anlise emtrs momen-tos:

    -

    a descrio;- a reduo;

    - e a compre-enso feno-menolgica.

    A morte

    geradora deuma multi-plicidade desentimentos.Sentimen-tos: compai-

    xo, culpa,indiferena,negao,envolvimen-to emocionale empatia.

    (continua)

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    419PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    A formaona graduao

    dosprossionais

    de sade ea educaopara ocuidado depacientes forade recursosteraputicosde cura.

    2009

    Bifulco,V. A., &Iochida,L. C.

    Desvelar

    o tipo deformaoem nvel degraduao

    de pros-sionais queintegraram aequipe mul-tiprossional

    de CuidadosPaliativos daUnifesp-EPMe sua pos-svel reper-cusso sobresua escolha

    prossional.

    Reviso da lite-

    ratura nacionale internacionalPesquisa em-prica, por meioda aplicao dequestionrioa uma equipemultiprossio-nal.

    Necessi-dade decapacitar osprossionais

    de sade a

    enfrentaremo cuidadodestes pa-cientes pormeio de umaeducaocontinuada,fundamen-tada no co-nhecimentodo processode morte e

    morrer.

    Relaes detrabalho emequipes inter-disciplinares:contribuiespara a consti-tuio de no-vas formas deorganizaodo trabalhoem sade.

    2009

    Matos,E., Pires,D. E. P., &Campos,G. W. S.

    Pensar as

    relaes detrabalho aoanalisar acontribuiodestasexperinciaspara aconstituiode novasformas de

    organizaodo trabalhoem sade.

    Referencial

    terico:materialismohistrico edialtico;

    Entrevistas

    semiestrutura-das;

    Observao

    sistemtica.

    A perspec-tiva inter-disciplinarpossibilitamelhores re-laes de tra-balho entreprossionais

    e entre elese doentes/famlia.

    Aenfermagemnos cuidadospaliativos criana e

    adolescente

    com cncer:revisointegrativa daliteratura.

    2010

    Costa,T. F., &

    Ceolim,

    M. F.

    Identicar

    aes deenfermagemnos cuidadospaliativos criana e

    adolescentecom cncer,

    consideran-do as especi-cidades da

    doena e oprocesso demorte.

    Reviso

    bibliogrca:

    - Perodo: 2004a 2009;

    - Anlise:artigos

    - Base dedados:

    Adolec, CINAHL,LILACS ePubMed.

    Trabalho

    em equipe,cuidadodomiciliar,manejo dador, dilogo,apoio fa-mlia e parti-cularidades

    do cncerinfantil sofundamen-tais para aenfermagemna assistn-cia paliativa.

    (continua)

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    420 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    Sofrimentoda equipede sadeno contexto

    hospitalar:cuidandodo cuidadorprossional.

    2010

    Kovcs,

    M. J.

    Abordar

    o tema damorte nosculo XXI,

    como pro-ssionais de

    sade a en-frentam, e asconsequn-cias na suasade fsica epsquica.

    Relatoterico;

    Relato deexperincia

    A

    intervenopsicolgicaauxilia osprossionais

    a lidaremcom asquestes denitude da

    vida.

    Expresses dasubjetividadeno trabalhode equipesinterdisci-plinares desade.

    2010

    Matos,E., Pires,D. E. P., &Ramos, F.R. S.

    Apreender,

    na dinmica

    do trabalho

    realizado, osmodos comoos/as traba-lhadores/as,integrantesdessas equi-pes, tmexpressadosua subjetivi-dade.

    Referencial te-rico: materia-

    lismo histricoe dialtico e da

    interdisciplina-ridade;

    Entrevistas se-miestruturadas;

    Observao

    sistemtica.

    Reconheci-mento emrelao aotrabalho de-senvolvido,interferem

    de modopositivo nasubjetividadeO cuidar de

    pessoas emsituaes dedor e mortecausamsofrimentonosprossionais

    de sade.

    Autonomiaem cuidadospaliativos:conceitos epercepesde umaequipe desade.

    2010

    Oliveira,A. C., &Silva, M.J. P.

    Analisar oconceitoque a equi-pe de sa-de tem daautonomiado doentesem possi-bilidadesde cura

    identicar

    qual a

    atitudedesses pro-ssionais

    diante damanifesta-o dessaautonomia.

    Estudo

    exploratriodescritivo Entrevistas

    Anlise:

    anlise de

    contedo.

    O grupoI foca opoder dedeciso doindivduo;

    O grupo IIa autono-mia temorigem noindivduo,mas

    inuencia-da pelasrelaessociais eo modode vida dapessoa.

    (continua)

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    421PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    Discusso

    Os cuidados paliativos associam-se diretamente ao tema da mortee do morrer. Dos artigos inclusos nessa reviso, quatro deles abordamesse tema com o foco voltado para a morte ao invs do processo de mor-

    rer. Tal perspectiva desconsidera as diferentes reaes de cada um dosenvolvidos desde a possibilidade do bito at o ato do morrer.

    Ainda que as reaes emocionais estejam intrinsecamente ligadasa essa realidade, pouco se discute sobre as percepes dos prossionais

    em relao morte. De acordo com Pal et al.(2004), a convivncia com amorte e a iminncia do nal da vida pode gerar sentimentos como com-paixo, culpa, indiferena, negao, envolvimento emocional e empatiaem equipes de enfermagem que trabalham em Unidade de Tratamento

    Intensivo. Tais prossionais tm sua formao voltada para salvar a vida,

    o que implica sentimentos de fracasso e impotncia diante da perda deum paciente. Dessa forma, os autores reforam a necessidade de estudossobre a formao desses prossionais para lidar com o nal da vida, a m

    de prepar-los para enfrentarem tal realidade.A morte continua como foco nos artigos de Gomes e Almeida

    (2004) e Kovcs (2010). As primeiras discorrem sobre a morte no cotidianodo prossional de sade, e como o conceito que se tem do nal da vida

    afeta a prtica prossional. O cuidado paliativo inserido na discusso

    evidenciando-se o aspecto histrico e a participao da equipe multidis-

    Os princpiosda biotica e

    o cuidar daequipe multi-disciplinar naterminalidadeda vida.

    2012

    Santana,

    J. C. B.,Dutra,B. S.,Oliveira,B. A.,Miranda,F. R.,Barros,L. O., &Cordeiro,M. A.

    Levantar naliteratura ma-teriais queabordem osprincpiosda biotica e

    o cuidar daequipe mul-tidisciplinarna terminali-dade da vida.

    Revisobibliogrca:

    - Perodo: 2000a 2010;

    - Anlise:artigos

    - Base dedados:BibliotecaVirtual deSade (BVS).

    Princpiosde nomalecn-cia a bene-

    cncia nocuidar aospacientesterminais

    Autonomiado pacien-te no pro-cesso domorrer

    Tratamen-to justo eigualitriona termi-

    nalidadeda vida

    (continuao)

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    422 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    ciplinar, a m de abarcar as demandas. Tal considerao destaca o quanto

    percepes individuais so estruturantes na denio dos objetivos tera-puticos, representando importante foco a ser trabalhado na formaoe educao permanente dos prossionais. No artigo de Kvacs (2010),

    cuidados voltados a pacientes fora de possibilidade de cura so apresen-

    tados como exemplo de prtica que busca modicar a representao damorte, tornando-a um evento natural, consequncia da vida. Contudo, aautora destaca que a morte como sinnimo de fracasso prossional ain-da predominante e inuencia no trabalho do prossional de sade.

    O estudo de Bifulco e Iochida (2009) refora a importncia da for-mao em nvel de graduaco dos prossionais de sade para lidar com

    a morte, o morrer e os cuidados paliativos. Os depoimentos de prossio-nais que trabalham em uma equipe de cuidados paliativos corroboramcomo o ensino voltado cura um obstculo para a atuao nessa rea.A compreenso e aceitao da morte como parte da vida permitem queo prossional visualize a perda de um paciente como consequncia de

    estar vivo e no como fracasso do cuidado. Alm disso, as autoras desta-cam que a percepo da prpria nitude pode favorecer o lidar melhor

    com o m da vida do outro.

    Os quatro artigos supracitados evidenciam a relevncia da prepara-o dos prossionais de sade para lidar com o processo de morte. Ter con-tato durante a graduao e em toda a formao com o tema da nitude

    da vida e dos cuidados paliativos pode ser uma forma de auxiliar aquelesque trabalham cotidianamente com a morte. A importncia de aprender a

    melhor forma de lidar com essa realidade poder aprimorar os cuidados

    tanto ao paciente nesse estgio da vida quanto famlia. A integrao de

    aspectos tcnicos e interpessoais representa uma importante estratgiapara o desenvolvimento de competncias e habilidades para atuao.

    Gimenes (2003) traz a perspectiva espiritual relacionada com a psi-colgica. Em seu trabalho, a autora primeiramente explicita as perspecti-vas sobre morte na viso espiritual e na viso psicolgica, evidenciandoas peculiaridades de cada abordagem. Posteriormente, essas duas cor-rentes so integradas no conceito psicoespiritual voltado para a prticados cuidados paliativos. A partir de ento, sugere-se que as pessoas res-ponsveis por fornecer os cuidados podem se tornar auxiliares de pas-sagem, aqueles que tm como funo auxiliar a pessoa no processo demorrer a passar pelas etapas psicoespirituais que precedem a morte.

    O artigo de Gimenes (2003) traz uma forma diferenciada de perce-ber os momentos que antecedem a morte. A autora apresenta uma novamaneira de abordar tanto a esfera espiritual quanto a psicolgica no nal

    da vida. A psicloga sugere que tal abordagem deve ser utilizada pelosprossionais que esto dispostos a unir a cincia e a espiritualidade. Des-sa forma, o estudo busca fornecer aos prossionais de sade que traba-lham com pessoas fora de possibilidade de cura um guia de como lidar

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    424 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    uma vez que a compreenso terica do conceito de autonomia inuen-cia na forma como o prossional cuida de seu paciente. Essa questo de

    suma importncia para aqueles que lidam com pacientes fora de possibi-lidade de cura, pois envolve os aspectos bioticos e as decises de como

    dar continuidade ao tratamento no nal da vida.

    A reviso de literatura feita por Santana et al. (2012) discute comoos princpios bioticos da no malecncia, benecncia, justia e auto-nomia se enquadram dentro do contexto dos cuidados paliativos. A pes-quisa se baseou em 23 materiais sendo 15 artigos e o restante advindosde peridicos relevantes da rea de biotica, monograas e livros. Os re-sultados mostram como os prossionais de sade devem estar atentos

    ao cuidado do paciente, para garantir que a prtica dos prossionais res-peite todos os direitos bioticos dos pacientes. Dessa forma, os autores

    ressaltam a necessidade de uma viso multidisciplinar nos cuidados aospacientes fora de possibilidade de cura.

    Finalmente, Costa et al. (2003), descrevem como os cuidados paliati-vos so fornecidos em uma UTIN. As autoras falam do papel de cada pro-ssional, das reunies feitas para os prossionais sobre o tema dos cui-dados ao paciente fora de possibilidade de cura, e os protocolos criadospara atendimento dos neonatos e seus familiares. Na parte nal do artigo,

    as autoras apresentam um caso vivenciado pela equipe. Esse artigo temcomo foco os cuidados paliativos e como ele pode ser implantado emuma unidade de tratamento intensivo. As estratgias utilizadas por essa

    equipe mostram que possvel criar um atendimento ao neonato fora de

    possibilidade de cura e seus familiares que envolva todos os prossionais

    da UTIN, trabalhando de maneira interdisciplinar. Esse o nico artigo

    que fala sobre cuidados paliativos, papel dos prossionais de sade e ne-onatologia. Percebe-se que o tema da morte no caso de recm-nascidos

    pouco abordado na literatura.

    Concluso

    Dos artigos encontrados, apesar da expresso cuidados paliativosaparecer em seus descritores, ttulos e ou resumos, poucos se aprofun-dam na temtica paliativista. Foram encontrados artigos que abordamo tema da morte, condio essencial para denio dos cuidados pa-liativos, deixando a losoa paliativa em segundo plano, realidade essa

    tambm percebida nos textos que falam sobre a relao de trabalho nas

    equipes interdisciplinares.Os estudos que do nfase aos cuidados paliativos voltam-se para

    as formas de atuao dos prossionais de sade junto aos pacientes e

    aos familiares. So poucos os artigos que buscam conhecer o prossional

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    425PSICOLOGIAUSP, So Paulo, 2013 24(3), 413-429.

    de sade que vivencia cotidianamente a iminncia da morte, algo im-prescindvel para poder melhorar a qualidade do atendimento.

    Os dados analisados sugerem a necessidade de treinamento paraque os prossionais sejam capacitados para oferecer tanto o cuidado

    curativo quanto paliativo, uma vez que as duas preveem ateno integral

    ao paciente e sua famlia, portanto compartilham objetivos comuns pos-sveis de serem dispensados pelos prossionais que compem a equipe.

    Sugere-se, ento, futuras pesquisas sobre os desaos que as equi-pes multiprossionais de cuidados paliativos enfrentam no seu dia a dia,

    assim como so necessrias pesquisas sobre o cuidado paliativo em dife-rentes etapas do desenvolvimento, uma vez que o bito ainda representauma vivncia bastante estressante para os prossionais de sade, poden-do ser intensicado dependendo das caractersticas sociodemogrcas

    dos pacientes .

    Palliative care: The challenge of health teams

    Abstract: Technological advances in neonatology enabled the reduction of both

    death and life extension.The latter brings with it the need to think about how to

    care forpeople diagnosed with incurable disease,especially sincesuch careincludes

    psychosocial aspects, with implications forthe relationships betweenprofessionals

    andwith the patientand his family.This studyaimed to lookatnational literature

    articles on health teams providing palliative care in neonatology. We conducted a

    literature reviewin national journalswith descriptorspalliative care,health teamand

    neonatology. We identied62studies, butonly 11metthecriteriarelateat least two

    descriptors. No article listed the three keywords. The low number of publicationshighlights the need formoreresearch in this area, since to provide quality of life since

    the disease diagnosis to the time of deathisgreatstress forhealth professionals.

    Keywords: Palliative care. Health professionals.Teamwork.

    Cuidados paliativos: el reto de los equipos de salud

    Resumen: Los avances tecnolgicos en neonatologa permitieron tanto la reduccin

    de la muerte como la prolongacin de la vida. Este ltimo trae consigo la necesidad

    de pensar en cmo cuidar a las personas por fuera de una perspectiva de cura, sobre

    todo porque esa atencin incluye aspectos psicosociales, con implicaciones tanto

    para las relaciones entre los profesionales y con el paciente y su familia. Este estudio

    tuvo como objetivo examinar artculos de literatura nacionales sobre equipos de

    salud que se ocupan de cuidados paliativos en neonatologa. Se realiz una revisin

    bibliogrca en revistas nacionales con los descriptores: cuidados paliativos, equipo

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    426 CUIDADOS PALIATIVOS: O DESAFIO DAS EQUIPES DE SADE FERNANDADECARVALHOBRAGA& ELIZABETHQUEIROZ

    de salud y neonatologa. Se identicaron 62 estudios, pero slo 11 cumplieron con

    los criterios de relacionar al menos dos descriptores. Ningn artculo relacion las

    tres palabras clave. El bajo nmero de publicaciones destaca la necesidad de realizar

    ms investigaciones en esta rea, pues proporcionar calidad de vida a partir del

    diagnstico la enfermedad hasta la fecha de la muerte representa un gran estrs para

    los profesionales de la salud.

    Palabras-clave: Cuidados paliativos. Profesionales de la salud. Trabajo en equipo.

    Soins palliatifs: le d des quipes de sants

    Rsum: Les progrs technologiquesen nonatologiea permis de rduire la foisla

    mort et laprolongation de la vie. Celui-ciapporte avec ellela ncessit derchir

    la faonde prendre soin depersonnes lextrieurdeffectuerune cure, dautant plus

    queces soinscomporte des aspectspsychosociaux, avec des implicationstant pour

    lesrelations entre les professionnelsetavec le patientet sa famille.Cette tude visait

    examinerles articlesde la littraturesur les quipesnationalesde sant dispensant

    dessoins palliatifsen nonatologie. Nous avons effectu unerevue de la littrature

    dans des revues nationales avec les descripteurs palliatifs quipe soignante et de

    nonatologie. Nous avons identi 62 tudes, mais seulement 11 rpondaient aux

    critres portent surau moins deuxdescripteurs. Aucun articlenumr les troismots-

    cls. Lefaible nombre de publicationsmet en videncela ncessitde poursuivre les

    recherchesdans ce domaine, depuis fournir une qualitde vie partir du diagnostic

    de la maladiela date du dcsestun grand stresspour lesprofessionnels de la sant.

    Mots-cls: Soins palliatifs. Professionnels de la sant. Travail dquipe.

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