cultura do abacaxizeiro - parte 1

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7/23/2019 Cultura Do Abacaxizeiro - Parte 1 http://slidepdf.com/reader/full/cultura-do-abacaxizeiro-parte-1 1/17  1. ORIGEM E IMPORTÂNCIA O abacaxizeiro (  Ananas comosus L. Merril) é uma planta de clima tropical que tem o Brasil como Centro de Origem, sendo cultivado ainda na Ásia, América, África e Oceania, tendo a Europa como a principal apreciadora e consumidora de abacaxi há vários séculos.  No ano de 2010 o Brasil colheu 3.083.386 toneladas de abacaxi e desse montante exportou 1.889.842 kg de frutos gerando 998.318 dólares (IBRAF, 2011). Dados do IBGE mostram que em 2011 o ranking da produção da fruta no Brasil foi capitaneado pelo Estado da Paraíba (276.250.000 frutos e 17,53%), seguido por Pará (270.532.000 e 17,16%), Minas Gerais (228.703.000 e 14,5%), Bahia (140.254.000 e 8,89%), Rio de Janeiro (109.816.000 e 6,96%) e Rio Grande do Norte (107.796.000 e 6,84%) (Anuário da Fruticultura, 2013). Atualmente, o estado do Par á  lidera a produção brasileira com 319 milhões de frutos colhidos em 2013, ultrapassando a Paraíba, com 283 milhões de unidades, seguido de Minas Gerais e Bahia (Anuário da Fruticultura, 2014). No Pará, mesmo com índices pluviométricos favoráveis, aumenta o uso da irrigação, o que permite antecipar a colheita. O maior produtor da planta no Pará –  e no País  –  é Floresta do Araguaia. Segundo o IBGE, o município ampliou a área cultivada de 6 mil para 7 mil hectares e a produção de 210 milhões para 245 milhões de frutos, entre 2011 e 2012. Na sequência aparece com destaque São Francisco de Itabapoana, do Rio de Janeiro, que aumentou de 100 milhões para 120 milhões de unidades a produção nesse período. Ainda em termos de municípios que se destacam na produção nacional, o IBGE apresenta Touros, no Rio Grande do Norte, com 87 milhões de frutos colhidos em 2012; Itapororoca (PB), com 75 milhões de unidades em 2012; e Monte Alegre de Minas (MG), com 60 milhões de frutas. Em torno de 80% dos frutos produzidos na Paraíba são exportados para os estados do Sul e Sudeste, principalmente São Paulo, um dos maiores consumidores do abacaxi TÓPICO 2  CULTURA DO ABACAXIZEIRO

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1. ORIGEM E IMPORTÂNCIA

O abacaxizeiro ( Ananas comosus L. Merril) é uma planta de clima tropical que

tem o Brasil como Centro de Origem, sendo cultivado ainda na Ásia, América, África e

Oceania, tendo a Europa como a principal apreciadora e consumidora de abacaxi há

vários séculos.

 No ano de 2010 o Brasil colheu 3.083.386 toneladas de abacaxi e desse montante

exportou 1.889.842 kg de frutos gerando 998.318 dólares (IBRAF, 2011).

Dados do IBGE mostram que em 2011 o ranking da produção da fruta no Brasil

foi capitaneado pelo Estado da Paraíba (276.250.000 frutos e 17,53%), seguido por Pará

(270.532.000 e 17,16%), Minas Gerais (228.703.000 e 14,5%), Bahia (140.254.000 e

8,89%), Rio de Janeiro (109.816.000 e 6,96%) e Rio Grande do Norte (107.796.000 e

6,84%) (Anuário da Fruticultura, 2013).

Atualmente, o estado do Par á  lidera a produção brasileira com 319 milhões de

frutos colhidos em 2013, ultrapassando a Paraíba, com 283 milhões de unidades,

seguido de Minas Gerais e Bahia (Anuário da Fruticultura, 2014). No Pará, mesmo com

índices pluviométricos favoráveis, aumenta o uso da irrigação, o que permite antecipar a

colheita.

O maior produtor da planta no Pará –  e no País –  é Floresta do Araguaia. Segundo

o IBGE, o município ampliou a área cultivada de 6 mil para 7 mil hectares e a produção

de 210 milhões para 245 milhões de frutos, entre 2011 e 2012. Na sequência aparececom destaque São Francisco de Itabapoana, do Rio de Janeiro, que aumentou de 100

milhões para 120 milhões de unidades a produção nesse período. Ainda em termos de

municípios que se destacam na produção nacional, o IBGE apresenta Touros, no Rio

Grande do Norte, com 87 milhões de frutos colhidos em 2012; Itapororoca (PB), com

75 milhões de unidades em 2012; e Monte Alegre de Minas (MG), com 60 milhões de

frutas.

Em torno de 80% dos frutos produzidos na Paraíba são exportados para os estadosdo Sul e Sudeste, principalmente São Paulo, um dos maiores consumidores do abacaxi

TÓPICO 2 – CULTURA DO ABACAXIZEIRO

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Paraibano (EMATER, 2011). Neste Estado, a cultura é realizada, na sua maioria, por

 pequenos e médios produtores rurais. Minas Gerais, atual terceiro maior produtor,

enviou cerca de 599 toneladas ao exterior no ano de 2011.

 Na Paraíba, desponta a pequena Itapororoca na Zona da Mata, ao lado de outros

municípios da região como Santa Rita e Araçagi. Nessa área, o espaço é disputado com

a cana-de-açúcar (ANUÁRIO DE FRUTICULTURA, 2011).

A melhoria da qualidade, da produtividade e da competitividade conquistada

 pelos produtores paraibanos, nos últimos anos, contou com ajuda dos pesquisadores da

Estação Experimental de Sapé, uma das unidades de estudos da Empresa Estadual de

Pesquisa Agropecuária (EMEPA), Embrapa Mandioca e Fruticultura, UFPB, Banco do

 Nordeste e Emater-PB.

O abacaxi Pérola é o mais cultivado no Brasil e na Região Nordeste. O Estado da

Paraíba se destaca por possuir a melhor tecnologia utilizada no cultivo do abacaxi do

País. Um hectare oferece emprego a duas pessoas nos plantios da Paraíba. "Quando se

fala em tecnologia avançada no setor de cultivo de abacaxi, a Paraíba lidera no processo

de adubação, controle de praga e de doença nas lavouras, seleção adequada de mudas

 para o plantio e um espaçamento das plantas de maneira correta. Enfim, dispomos do

mais avançado manejo do Brasil", esclarece Leôncio Vilar (Pesquisador da EMEPA).

A safra paraibana começa, gradativamente, em setembro e termina em janeiro,

com pico de produção em dezembro. Em setembro colhe-se 11% da produção total, em

outubro e dezembro 16%, em novembro 15% e em janeiro algo em torno de 8%. De

fevereiro a julho a produção oscila de 2% a 5%. Da produção total da Paraíba, algo

entre 15% a 17% é consumido dentro das fronteiras do próprio Estado. A maior parte da

 produção é escoada principalmente para São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Das lavouras paraibanas, somente 5% dos frutos são produzidos sob sistema de

irrigação visto que a área aonde se cultiva o abacaxi é plana e não se dispõem de água para irrigar os plantios.

O fruto é utilizado tanto para o consumo in natura quanto na industrialização, em

diferentes formas: pedaços em calda, suco, pedaços cristalizados, geléias, licor, vinho,

vinagre e aguardente. Como subproduto desse processo industrial pode-se obter ainda:

álcool, ácidos cítrico, málico e ascórbico; rações para animais etc.

 Na culinária, o suco de abacaxi é utilizado para o amaciamento de carnes. A polpa

do fruto é sucosa, aromática, saborosa, com leve acidez, cor amarela ou amarelo-pálida

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(branca). É rica em açucares (75% peso fresco), em sais minerais (cálcio, fósforo,

magnésio, potássio, sódio, cobre, iodo) em vitaminas (C, A, B1, B2, Niacina).

2. BOTÂNICA

Planta Herbácea perene, o abacaxizeiro é da família Bromeliaceae, que possui,

aproximadamente, 50 gêneros e 2.000 espécies. Algumas dessas espécies têm valor

ornamental, outras produzem fibras para fabricação de material rústico (sacos, cordões),

tecidos finos etc. A maioria dessas espécies é encontrada em condições naturais de

regiões tropicais das Américas, sendo que apenas algumas são observadas em áreas de

clima temperado; arbusto baixo, tem raízes profusas pequenas que alcançam até 15 cm

de profundidade, caule (haste) com gemas (cicatrizes de folhas) que garantem a

reprodução da planta. No caule insere-se também o pedúnculo que sustenta a

inflorescência e o fruto originado da inflorescência.

As folhas, em número de 70 a 80, são rígidas, cerosas na superfície superior e

 protegidas por uma camada de pêlos (tricomas) na sua face inferior, o que reduz a

transpiração. Dispostas em espiral em torno da haste central o que favorece o sistema

radicular e o transporte de água para a base da planta (Fig. 2). As folhas envolvem

totalmente o caule e no término do desenvolvimento, dá origem de 150 a 200 flores

 brancas ou branco-roxas em espigas (Fig. 3). Estas originam 100-200 frutos pequenos,

múltiplos, derivados da inflorescência e formados pela coalescência de frutos

individuais do tipo baga. O fruto inteiro (infrutescência) tem forma cilíndrica ou cônica

(frutos maiores na base), com rebentos na base e coroa de folhas no ápice.

A coroa, formada a partir do meristema apical, é considerada um rebento, pois

 pode ser separada da planta para o replantio. Os demais rebentos, que se desenvolvem a

 partir das gemas axilares, são classificados de acordo com sua posição na planta em:filhote (localizado no pedúnculo, logo abaixo do fruto); filhote-rebento (encontrado no

 ponto de conexão do pedúnculo com o caule) e rebentão (localizado na parte inferior do

caule). A planta adulta, das variedades comerciais, tem de 1,0 a 1,20m de altura e 1,0 a

1,5m de diâmetro. Cada planta produz um único fruto saboroso e de aroma intenso.

As partes que compõem uma planta adulta de abacaxizeiro são: coroa, fruto,

filhote, pedúnculo, filhote-rebentão, rebentão, talo ou caule, folhas e raízes (Fig. 4 A,B).

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Figura 5. Fruto e Muda do tipo filhote deabacaxizeiro, variedade Pérola. Foto: Costa, N.P.

Figura 2. Disposição das

folhas da planta deabacaxizeiro. Foto: Sousa, J.

Figura 3. Inflorescência doabacaxizeiro. Foto: Costa, N.P.

Filhote

Pendúnculo

Folha

Pedúnculo

TaloFruto

Figura 4 A e B. Partes da planta de abacaxizeiro.

A B

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3. CICLO DE VIDA DA PLANTA

O ciclo do abacaxizeiro é dividido em 3 fases:

A primeira, a Fase Vegetativa ou de crescimento vegetativo (folhas) vai do

 plantio ao dia do tratamento de indução floral (TIF). Tem duração variável, mas

corresponde ao período de 8 a 12 meses (Fig. 5).

A segunda fase, Reprodutiva ou de formação do fruto, tem duração variável de

acordo com a região, sendo de 5 a 6 meses. O primeiro ciclo completo da cultura dura,

 portanto, de 13 a 18 meses na região tropical brasileira.

A terceira fase do ciclo, denominada de Propagativa ou de formação das mudas

(filhotes e rebentões), sobrepõe-se parcialmente a segunda fase. A fase propagativa temduração variável de 4 a 10 meses para mudas do tipo filhote, cuja formação se inicia no

 período pré-floração, e de 2 a 6 meses para mudas do tipo rebentão. Essas mudas darão

origem ao segundo ciclo da planta, chamado de soca (produção do segundo fruto) que

também passa por 3 fases, determinando um segundo ciclo com duração total de 11 a 13

meses. Caso seja permitido o desenvolvimento de rebentão da soca, a planta poderá

 passar por um terceiro ciclo ou segunda soca (produção do terceiro fruto) e, assim,

sucessivamente, mostrando que o abacaxizeiro é, sob o aspecto botânico, uma planta perene. No entanto, sob o ponto de vista comercial, exploram-se no Brasil, via de regra,

apenas um ou dois ciclos da cultura.

As plantas de abacaxizeiro são bastante resistentes às condições de seca, ou seja,

conseguem se perpetuar no meio embora não sejam economicamente produtivas.

Possuem algumas características que lhes permitem sobreviver nesse ambiente tais

como:

- Abertura dos estômatos à noite e fechamento durante o dia, evitando perdas de água;

- Arquitetura foliar que permite maior retenção de umidade;

- Realizam fotossíntese com seus estômatos fechados;

- Folhas suculentas que armazenam água e nutrientes;

- Paredes celulares mais espessas e com mais cera –  controlar a transpiração;

- Eficiência no uso de água, etc.

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Figura 5 - Fases dos ciclos do abacaxizeiro (primeiro ciclo e soca)

Etapa I  –  Fase Vegetativa Etapa II  –  Reprodutiva

Plantio ----------------------------- TIF ----------------------------- Colheita(8 a 12 meses) 5 a 6 meses

Etapa III  –  Propagativa (6 a 10 meses)

Filhotes em formação = Material de Plantio

(ceva)

I II

-- Rebentões -- SOCA – ---- TIF ----- Colheita.

4. CULTIVARES (VARIEDADES)

Todas as variedades de abacaxi de interesse comercial pertencem à espécie

 Ananas comosus  (L.) Merrill. Estima-se que cerca de 70% da produção mundial deabacaxi têm por base, frutos da cultivar Smooth Cayenne (Caiena lisa), que foi coletada

 próxima à cidade de Cayenne e levada para o Havaí, onde foi melhorada. Essa variedade

também é cultivada no Brasil, principalmente em Minas Gerais e São Paulo, mas no país

 predomina a cultivar Pérola, de origem nacional, ocupando mais de 80% da área

cultivada.

 Na escolha de uma cultivar de abacaxi para a implantação de plantios

comerciais, o agricultor deve considerar a disponibilidade e qualidade das mudas e odestino da produção. Para o mercado interno, consumo ao natural e indústria de suco

 pode optar-se pela cultivar Pérola. Quando a produção se destina ao mercado externo e

indústria de compota, a ‘Smooth Cayenne’ é mais apropriada.

As cultivares mais conhecidas no Brasil são: Pérola ou Branco de Pernambuco e

Smooth Cayenne.

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- Pérola 

É a cultivar mais plantada no Brasil. Caracteriza-se por apresentar plantas eretas,

folhas longas providas de espinhos, pedúnculos longos (em torno de 30cm), numerosos

filhotes (5-15) e poucos rebentões (Fig. 6). O fruto é cônico com casca amarelada, polpa branca, pouco ácida, suculenta, saborosa, peso médio entre 1 e 1,5 kg e apresenta coroa

grande. Apresenta tolerância à murcha associada à cochonilha Dysmicoccus brevipes e é

suscetível à fusariose, doença causada pelo fungo Fusarium subglutinans.

- Smooth Cayenne

É a cultivar mais plantada no mundo, correspondendo a 70% da produção

mundial, conhecida também por abacaxi havaiano. É uma planta robusta, de porte semi-ereto e folhas praticamente sem espinhos. O fruto tem formato cilíndrico, com peso

entre 1,5 e 2 quilos, com casca de cor amarelo-alaranjada quando maduro (Fig.7), polpa

amarela rica em açúcares (13 a 19º Brix) e de acidez maior do que a de outras cultivares.

Essas características a tornam adequada para a industrialização e exportação como fruta

fresca. Apresenta coroa relativamente, pequena. Mostra-se susceptível à murcha,

associada à cochonilha e à fusariose. Produz pequena quantidade de mudas do tipo

filhote e rebentões freqüentes (9 a 10 rebentos na base). Foi introduzida no Brasil, em

São Paulo, na década de 30.

4.1. Outras Cultivares

Várias cultivares de abacaxi são plantadas em pequena escala para atender

alguns mercados locais e regionais. As mais conhecidas no Brasil são: ‘Jupi’, ‘Boituva’,

‘Quinari’, ‘Rondon’. A cultivar Jupi assemelha-se à ‘Pérola’, sendo muito comum em

 plantios comerciais do Nordeste aparecer misturado ao ‘Pérola’ em algumas lavouras,

sendo mais conhecido na Paraíba e Pernambuco.

- Perolera

A planta caracteriza-se por apresentar altura em torno de 51 cm, folhas verdes

escura, sem espinhos, com uma faixa prateada bem visível, pedúnculo longo (em torno

de 30cm), grande produção de filhotes (8-10) e pouca produção de rebentões (1-2). O

fruto é cilíndrico com peso médio de 1,8 kg, casca e polpa amarela. É resistente à

fusariose. Nessa variedade pode ocorrer tombamento em razão de possuir pedúnculolongo.

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- Primavera 

A planta apresenta porte semi-ereto, folhas de cor verde-clara, sem espinhos nos

 bordos, produz em média oito filhotes e um rebentão. O fruto apresenta tamanho médio,

forma cilíndrica, casca amarela quando maduro, polpa branca e peso em torno de 1,5 kg,

com sabor agradável. É resistente a fusariose.

- ‘Imperial’

Em maio de 2003, a Embrapa Mandioca e Fruticultura lançou o abacaxi

‘Imperial’, híbrido de ‘Perolera’ com ‘Smooth Cayenne’, obtido em 1998, resistente à

fusariose. Além disso, a planta não tem espinhos nos bordos das folhas e o fruto tem

 polpa amarela, alto teor de açúcares e excelente sabor sensorial, servindo para consumo

in natura e industrialização.

- ‘Vitória’ 

A Embrapa Mandioca e Fruticultura juntamente com o Instituto Capixaba de

Pesquisa, Assistência técnica e Extensão Rural (INCAPER) lançaram em novembro de

2006 a variedade de abacaxi Vitória. Trata-se de uma variedade resistente a fusariose,

resultante do cruzamento entre as cultivares ‘Primavera’ e ‘Smooth Cayenne’. As

 plantas da nova cultivar tem ainda a vantagem de não possuir espinhos nas folhas o que

facilita os tratos culturais e a colheita. Esse híbrido encontra-se em fase de avaliação

regional para validação de suas características.

Figura 7. Fruto e planta de

abacaxizeiro,variedadeSmooth cayenne.Foto: Cunha,G.A.P.

Figura 6. Fruto da variedadePérola. Foto: Costa, N.P.

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Figura 7.1. Abacaxi MD-2. Foto: Costa, J. P.

-IAC Fantástico

A nova cultivar é fruto do programa de melhoramento genético do abacaxizeiro,

iniciado pelo IAC em 1991,

As mudas obtidas foram utilizadas em sucessivos cultivos para avaliações e

experimentações de competição com as cultivares comerciais e testes para verificação

de resistência à fusariose por meio de três ensaios, inoculando-se nas mudas o fungo

causador da doença. O híbrido IAC Fantástico mostrou-se resistente.

O IAC Fantástico foi lançado no dia 14 de janeiro, em Jundiaí (SP), pelo

Instituto Agronômico (IAC), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São

Paulo. Desenvolvida pelo Centro de Recursos Genéticos Vegetais do IAC, é resistente àfusariose (ou gomose), principal doença da cultura no Brasil, além de ser uma planta

mais produtiva e vigorosa. Não tem espinhos nas folhas, tem fruto de tamanho mediano

a grande, formato intermediário entre "Smooth Cayenne" (seu 'avô') e "Pérola"

(cultivares comerciais mais utilizadas no Brasil), polpa doce (brix médio > 16º), pouco

ácida e de coloração amarelo intenso. É saborosa e excelente para o consumo in natura,

mas também pode ser industrializada.

- MD-2 ou Gold

O híbrido MD-2 ou ‘Golden’ é destinado ao consumo in

natura  e desenvolvido pela empresa ‘Del Monte Fresh Produce

Hawaii’ Inc., conjuntamente com a ‘Miaui Pineapple Company’,

Maui, Hi, E. U. A., a partir de cruzamentos interespecíficos entre os

clones híbridos do PRI (Pineapple Researche Institute) 58-1184 e PRI

59-443, obtidos através de métodos de polinização cruzada entre plantas contendo acima de 50% de genes do cultivar ‘Smooth

Cayenne’.

Esse fruto apresenta coroa geralmente menor que a do ’Pérola e ‘Smooth

Cayenne’, forma cilíndrica, ombros largos, frutilhos grandes e planos, coloração

amarelo-laranja intensa quando maduro, tamanho variando de médio a grande (1 a 2,5

Kg). A polpa apresenta coloração amarela, compacta e fibrosa com cilindro central

macio e comestível. As folhas, são em sua grande maioria, isentas de espinhos, com

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coloração verde-amarelo. Os frutos apresentam sólidos solúveis em torno de (15-17%)

e vitamina C em torno de 50 mg.100g-1, com baixos teores de acidez total.

5. PROPAGAÇÃO E FORMAÇÃO DE MUDAS

Existem algumas espécies de plantas cultivadas que são perpetuadas por

 propagação assexuada, em conseqüência da baixa produção de sementes ou da

variabilidade genética indesejável apresentada quando propagadas por sementes. Na

 propagação assexuada, novas plantas são formadas não a partir de sementes, mas a

 partir de estruturas especializadas de raízes, caules, ou folhas.

A propagação do abacaxizeiro é feita de forma assexuada por meio deestruturas vegetativas (rebentos), utilizando material propagativo de alta qualidade. As

 plantas desenvolveram estruturas vegetativas especializadas em função dos numerosos

agentes ambientais, sendo as adversidades climáticas um dos principais fatores

responsáveis por essas modificações.

Os rebentos são brotações que surgem a partir das raízes ou do caule de algumas

 plantas. O abacaxizeiro, a framboeseira e a amoreira-preta são exemplos de plantas

que apresentam esse tipo de estrutura, sendo facilmente propagadas.

Para implantação da cultura do abacaxizeiro pode-se utilizar vários tipos de

mudas tais como Coroa (brotação do ápice do fruto), Filhote (brotação do pedúnculo –  

haste que sustenta o fruto), Filhote-rebentão  (brotação da região de inserção do

 pedúnculo no caule ou talo) Rebentão  (brotação no caule) (Figura 4 A e B) e mudas

 provenientes de seccionamento de caule.

Para se obter mudas de boa qualidade, estas devem ser retiradas de plantassadias, livres de ataques de pragas e doenças, vigorosas, devendo-se descartar

rigorosamente, aquelas que apresentarem sinais de goma ou resina.

A  –   Coroa - Muda pouco utilizada, pois, permanece no fruto, quando vendido nos

mercados de frutas frescas. É menos vigorosa, apresenta ciclo mais longo (em

comparação às mudas do tipo rebentão e filhote). Plantios com este tipo de muda

originam plantas de porte e desenvolvimento mais uniformes.

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B  –  Filhote - Muda de vigor e ciclo intermediários, menos uniformes que as coroas e

mais que os rebentões, de fácil colheita e abundante na variedade Pérola (Figuras 4A,B

e 8). A variedade Smooth Cayenne não tem muda do tipo filhote.

C –  Rebentão - Muda de maior vigor, ciclo mais curto, de colheita mais difícil, menor

uniformidade em tamanho e peso. Tem baixa disponibilidade na variedade Pérola e

grande na variedade Smooth Cayenne. É mais suscetível à ocorrência de florações

naturais precoces.

D –  Filhote-rebentão - Muda muito pouco utilizada, pois, é de difícil produção.

E - Muda de seccionamento do caule (‘plântula’) 

Muda produzida em viveiro (Figura 9), a partir de pedaços do talo (caule) de

 plantas que já foram colhidas. Trata-se de uma muda de melhor sanidade, livre de

fusariose, com vigor e demais características (ciclo, grau de uniformidade etc.).

F - Muda produzida ‘in vitro’ 

É a muda obtida em laboratório, por meio de técnicas de cultura de tecidos, de

excelente sanidade, porém de custo bem elevado e, por isso, de uso bastante restrito,

todavia importante para a multiplicação rápida de novas variedades geradas em

 programas de melhoramento genético.

Estes dois últimos tipos são geralmente mais caros e dependem da existência de

 produtores de mudas especializados na região, sendo, portanto recomendados em

 plantios com alto nível tecnológico. No Brasil os tipos mais utilizados são filhotes e

rebentões.

5.1. Manejo das MudasFigura 8. Mudas, tipo filhote, davariedade Pérola, plantadas emespaçamento simples. Foto: Costa, N.P.

Figura 9. Talo do abacaxizeiro usado para produção de mudas porseccionamento do caule. Foto: Cunha,G.A.P.

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O manejo das mudas compreende as etapas de ceva, colheita das mudas, cura,

seleção e tratamento fitossanitário. Possui a finalidade de selecionarem mudas vigorosas

e de boa qualidade (principalmente isenta de pragas e doenças) para o plantio.

A –  Ceva. Após a colheita dos frutos devem-se manter as mudas (filhotes e rebentões)

ligadas à planta mãe até que estas alcancem o tamanho adequado para o plantio, ou seja

de 30 a 45 cm (Fig. 10). Este período varia de 1 a 6 meses. Neste período pode-se

continuar usando a irrigação, pulverização para controle de ácaros e cochonilhas e

adubação suplementar, via pulverização foliar, com uréia a 3% e cloreto de potássio a

2%.

B  –   Colheita das mudas.  É feita quando a maioria das mudas atingirem o portesatisfatório (30 a 45cm). Corta-se o pedúnculo com todo o cacho, o que facilita o

transporte e aumenta o rendimento do trabalho. Em seguida, os filhotes são destacados

do cacho, fazendo-se nessa ocasião, uma seleção preliminar. Nesta operação é

recomendado se descartar as mudas com sintomas de ataque de pragas e doenças e

eliminar o fruto pequeno, freqüente na base dos filhotes.

A colheita dos rebentões é mais difícil e mais exigente em relação à mão-de-obra

necessária, haja vista estarem firmemente ligados ao talo da planta-mãe, sendo

necessário um puxão lateral antes de arrancá-los.

C –  Cura. Consiste na exposição das mudas ao sol após a colheita, com a base virada

 para cima, sobre as próprias plantas-mãe ou espalhando-as sobre o solo em local

 próximo ao do plantio por cerca de 3 a 10 dias, entretanto, as mudas nunca devem ser

amontoadas. Esta prática é recomendada visando acelerar a cicatrização da lesão

oriunda da colheita, reduzir a população de cochonilhas e eliminar o excesso deumidade da muda.

D –  Seleção. As mudas curadas devem ser selecionadas e padronizar em função do tipo

(filhotes e rebentões) e tamanho (30 a 40cm, 40 a 50 cm e maiores que 50cm) para

 plantio em talhões separados. Nesta fase, devem-se eliminar todas as mudas com

sintomas de doenças (principalmente fusariose), danos mecânicos e ataque de pragas

(Fig. 11).

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E  –  Tratamento fitossanitário. Caso as mudas tenham alta infestação de cochonilhas

estas devem ser mergulhadas em uma solução acaricida-inseticida (Paration metílico ou

Etion) por 3 a 6 minutos. Após este período as mudas são espalhadas e mantidas à

sombra por 10 dias, quando é feita outra seleção às vésperas do plantio. 

6. EXIGÊNCIAS EDAFOCLIMÁTICAS

- Clima

A temperatura ideal para se produzir frutos de boa qualidade está entre 21° e

32°C. Temperaturas acima de 32°C afetam o crescimento da planta. Temperaturas

abaixo de 20°C também diminuem o crescimento da planta e, quando combinadas com

 períodos de dias mais curtos e noites longas, e/ou radiação solar baixa e nebulosidade

alta, favorecem a ocorrência de florações naturais precoces, o que pode dificultar o

manejo da cultura e prejudicar a comercialização dos frutos.

Temperaturas acima de 32°C associada com elevada insolação, podem causar

queimas em frutos na fase final de maturação.A planta é exigente em luz, necessitando de 2.500 a 3.000 horas de luz por ano,

ou seja, 7 a 8 horas de luz diária. Não tolera sombreamento, o que deve ser considerado

na escolha da área e no momento da consorciação com outras culturas.

O abacaxizeiro tem muitas características de vegetais adaptados a clima seco, no

entanto, precisa de 1.200 a 1500mm de chuva bem distribuída durante o ano. Em locais

com períodos secos prolongados, recomenda-se o uso de irrigação. A umidade do ar de

70% ou superior é o ideal para a cultura.

Figura 11. Muda de abacaxi comgoma de fusariose. Foto: Cunha,G.A.P. 

Figura 10. Muda do tipo filhote emfase de Ceva. Foto: Cunha, G.A.P. 

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- Solos

Os solos de textura média (15% a 35% de argila), sem impedimentos a uma livre

drenagem do excesso de água, são os mais indicados para a cultura do abacaxi. Os solos

de textura arenosa (até 15% de argila e mais de 70% de areia), que geralmente não

apresentam problemas de encharcamento, são também recomendados para a

abacaxicultura, requerendo, quase sempre, a incorporação de restos vegetais e adubos

orgânicos, que melhorem a sua capacidade de retenção de água e de fornecimento de

nutrientes. A cultura pode, também, desenvolver-se bem em solos argilosos (mais de

35% de argila), desde que permitam boas aeração e drenagem.

O abacaxizeiro é considerado uma planta bem adaptada a solos ácidos,

indicando-se normalmente a faixa de pH de 4,5 a 5,5 como a mais recomendada para o

seu cultivo.

7. PREPARO DO SOLO E CORREÇÃO DE ACIDEZ

- Preparo do Solo

Um bom preparo do solo é fundamental para a cultura do abacaxi, visando

favorecer o desenvolvimento e aprofundamento do sistema radicular da planta,

normalmente limitado e superficial. Em áreas virgens, deve-se inicialmente remover a

vegetação, mediante o desmatamento, roçagem, destoca, encoivaramento e queima. Em

seguida, realizar a aração e gradagens nos dois sentidos do terreno, procurando atingir

uma profundidade de 30 cm, para facilitar o desenvolvimento das raízes. Em função de

dificuldades operacionais, alguns produtores, principalmente os pequenos, não fazem a

destoca, o que dificulta os trabalhos subseqüentes do preparo do solo, instalação e

condução da cultura. No entanto, vale ressaltar que, em diversos solos virgens é

 preferível não efetuar arações e gradagens, mantendo a estrutura natural do solo e

 procedendo ao plantio direto.

Em áreas já cultivadas dispensa-se a destoca, mantendo-se as demais operações.

Devem-se evitar solos que tenham sido plantados com abacaxi na última safra. Não

sendo possível, deve-se fazer à incorporação do material ao solo. Essa operação possui a

finalidade de incorporar ao solo um grande volume de massa vegetal (60 a 100 ton/há),

restituindo-lhes os nutrientes remanescentes na vegetação e contribuindo para melhorar

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o teor de matéria orgânica no solo. Em áreas com histórico de alta incidência de pragas

e doenças, faz-se a queima dos restos vegetais.

- Correção da Acidez

Apesar de o abacaxizeiro ser conhecido como planta resistente à acidez do solo,

recomenda-se a calagem com o intuito de fornecer principalmente o magnésio, nutriente

importante para o desenvolvimento da planta. A quantidade de calcário deve ser

recomendada de acordo com a análise do solo, tomando-se o cuidado de não se elevar o

 pH do solo a valores superiores à faixa ideal da cultura (4,5 a 5,5), pois, isso acarretaria

a redução da disponibilidade de certos nutrientes à cultura e favoreceria o

desenvolvimento de fungos prejudiciais ao abacaxizeiro como os fungos do gênero Phytophthora. Recomenda-se realizar a calagem com cerca de 30 a 90 dias de

antecedência ao plantio.

8. SISTEMAS DE PLANTIO E ESPAÇAMENTO

O plantio das mudas pode ser feito em covas, abertas com enxadas, ou em sulcos

quando se dispõe de sulcador. As covas devem ter entre 10 e 15 cm de profundidade.

 Não havendo sulcador, podem-se abrir as covas com enxada, pá de plantio ou comcoveadeira (mecanizada).

A distância entre as plantas pode variar de acordo com a variedade, o destino da

 produção, o nível de mecanização e outros fatores. Sendo que, os plantios mais

adensados tendem a proporcionar maiores produções por área e menor tamanho de

frutos (Tab. 1).

- Disposição das covas ou sulcos 

O plantio pode ser feito em filas simples ou duplas; em geral, o plantio em filas

duplas deve ser associado ao uso de herbicidas para o controle das plantas daninhas,

uma vez que este sistema dificulta a capina manual entre as filas que compõem cada fila

dupla. O plantio em filas duplas deve ser alternado (plantas descasadas), isto é, as

 plantas de uma fila colocadas na direção dos espaços vazios da outra fila (Fig. 12). Em

terrenos com declive, dispor as covas ou sulcos em curva de nível.

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- Plantio

Após a abertura das covas ou sulcos, faz-se a distribuição das mudas (Fig. 13).

 Nesta ocasião, o plantio deve ser realizado por quadras, separando-se as mudas por

tamanho e tipo, para facilitar os tratos culturais, tomando-se o cuidado de evitar que caia

terra no "olho" da planta. 

Tabela 1. Espaçamentos recomendados para a cultura do abacaxizeiro. 

Tipo de plantio Distância entre filas e plantas (m) Nο. Plantas/ha 

Filas simples 0,90 x 0,30 37.0000,80 x 0,30 41.600

Filas duplas 0,90 x 0,40 x 0,40 38.4600,90 x 0,40 x 0,35 43.9500,90 x 0,40 x 0,30 51.280

X X X XX X

X X X XX X

X X X XX X

X X X XX X

X X X XX X

X X X XX X

X X X X

Filas Simples FilasDuplas

Fig. 12 - Esquema de plantio em filas simples e filas duplas.

Fig. 13. Plantio de mudas tipo

filhotes. Foto: Sousa J.

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- Época

A escolha da melhor época de plantio é crucial para o cultivo de abacaxi de

sequeiro. A época mais indicada é, em geral, o período de final da estação seca e início

da estação chuvosa. No entanto, em plantios efetuados no segundo semestre do ano, deve-se atentar

 para executar o tratamento de indução floral antes do mês de junho do ano seguinte, para

evitar a ocorrência da floração natural precoce em altas percentagens de plantas e a

colheita dos frutos em período de elevada oferta e, portanto, baixos preços (final de

novembro a meados de janeiro).

A prática e a experiência local de cultivo de abacaxi e a disponibilidade de

mudas local são importantes para definir as melhores épocas de plantio em cada região,contribuindo para a produção de frutos nas épocas com condições de mercado mais

favoráveis.