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CURSO DE TECNÓLOGO EM MANUTENÇÃO INDUSTRIAL DALTON FONTOURA FERREIRA SÁVIO HENRIQUE COTA VÍTOR DE LACERDA CAETANO APRESENTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO DE GÁS NATURAL VEICULAR CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ 2017

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CURSO DE TECNÓLOGO EM MANUTENÇÃO INDUSTRIAL

DALTON FONTOURA FERREIRA

SÁVIO HENRIQUE COTA

VÍTOR DE LACERDA CAETANO

APRESENTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

DE GÁS NATURAL VEICULAR

CAMPOS DOS GOYTACAZES/RJ

2017

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DALTON FONTOURA FERREIRA

SÁVIO HENRIQUE COTA

VÍTOR DE LACERDA CAETANO

APRESENTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

DE GÁS NATURAL VEICULAR

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia

Fluminense como requisito parcial para

conclusão do curso de Tecnólogo em

Manutenção Industrial.

Orientador: Prof. Edilson Peixoto

Sobrinho.

CAMPOS DOS GOYTACAZES

2017

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DALTON FONTOURA FERREIRA

SÁVIO HENRIQUE COTA

VÍTOR DE LACERDA CAETANO

APRESENTAÇÃO DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

DE GÁS NATURAL VEICULAR

Trabalho de conclusão de curso

apresentado ao Instituto Federal de

Educação, Ciência e Tecnologia

Fluminense como requisito parcial para

conclusão do curso de Tecnólogo em

Manutenção Industrial.

Aprovados em ___/___/___, Campos dos Goytacazes.

Banca avaliadora:

...............................................................................................................................

Prof. Edilson Peixoto Sobrinho, Bel. (orientador)

Instituto Federal Fluminense – IFF Campus Centro

...............................................................................................................................

Prof. Bartolomeu Ailton de Arruda, Esp.

Instituto Federal Fluminense – IFF Campus Centro

...............................................................................................................................

Prof. Elizeu de Farias de Oliveira, Esp.

Instituto Federal Fluminense – IFF Campus Centro

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AGRADECIMENTOS

Agradecemos primeiramente a Deus, por ter nos sustentado durante toda nossa caminhada em direção ao almejado título de tecnólogos em manutenção industrial.

Agradecemos também aos nossos pais Delfim e Damari, Samuel e Vitória,

Celino e Sílvia por não terem medido esforços para nos manter trilhando o caminho da educação.

Agradecemos aos nossos professores, que representam a nossa

estimada Instituição de ensino, que foi a nossa segunda casa durante os quase 4 anos que nela estudamos.

Agradecemos ao nosso orientador, professor Edilson Peixoto Sobrinho,

por toda atenção dispendida nesta reta final de graduação. A todos os colegas de curso que dividiram conosco momentos de alegria

e de dificuldade, tornando prazerosa a jornada que se finda neste dia.

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RESUMO

Este estudo é uma revisão acadêmica sobre a Unidade de Compressão

de Gás Natural Veicular (GNV). Esta pesquisa dedica-se a fornecer uma visão

crítica e detalhada a respeito destas unidades, descrevendo os sistemas

mecânicos, elétricos e de instrumentação que são tipicamente utilizados nessas

unidades nos dias de hoje, onde é notável a participação de profissionais no

ramo da manutenção industrial na área de controle da manutenção de

compressores, painéis elétricos e periféricos. Irão ser abordadas as descrições

e fluxogramas a respeito de alguns componentes de instrumentação; esquemas

e componentes elétricos do painel de comando e força e o princípio de

funcionamento de um típico de compressor alternativo utilizado nas unidades de

compressão. Do mesmo modo serão apresentadas as características técnicas

de um compressor alternativo utilizado em unidades de compressão, seus

elementos de máquinas, tornando mais fácil a visualização das peças

formadoras do compressor e suas respectivas posições no sistema de

compressão, além das partes constituintes da unidade de compressão desde a

chegada do gás na estação de medição até o distribuidor, onde será

comercializado. Devido ao dinamismo na venda do GNV as unidades de

compressão requerem atenções, principalmente no âmbito da manutenção

dando confiabilidade e disponibilidade dos mesmos. Para isso, apresentaremos

um típico plano de manutenção, pois a grande maioria dos postos de revenda de

GNV possui apenas uma unidade de compressão, tornando assim fundamental

a dedicação e o conhecimento sobre o assunto.

Palavras-chave: Compressor. Gás natural. Gás natural veicular. Unidade

compressora.

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ABSTRACT

This article is na academic revision about the Natural Gas Vehicle

compression unit (GNV). This research objective is to provide a critical and

detailed analysis about these units, describing the engine, electrical and

instrumental systems that are regularly used on them. Nowadays, it’s remarkable

the quantity of professionals involved on industrial maintenance at maintenance

and control os compressors, electrical panels and others. on this study, there will

be described the components used to build this system by fluxograms

(instruments part), electrical schemes from Power and command panel and

pictures from a typical alternate compressor used on compression units. Also,

there will be showed on this case, technical details about na alternative

compressor used for compression units, as well as its engine parts making the

compressor engine parts visual aspect easier to see and its respectives position

on compression system, in addition to the constituent parts of the compression

unit from the arrival of the gas at the metering station to the distributor where it

will be marketed. The dynamics of GNV Sales needs attention on the previous

described systems, especially regarding to the maintenance field, impacting on

reliability and disponibility. For this, it will be presented a typical maintenance

planning, as the most of GNV installers has only one type of compression unit,

being absolutely important the knowledge and dedication of these systems.

Key Words: Compressor, Natural Gas, Natural Gas Vehicle, Compressor

Unit.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Virabrequim ..................................................................................... 20

Figura 2 - Biela ................................................................................................ 21

Figura 3 - Cruzeta ............................................................................................ 22

Figura 4 - Haste do pistão ............................................................................... 23

Figura 5 - Pistão do compressor ...................................................................... 24

Figura 6 - Válvula ............................................................................................ 24

Figura 7 - Vasos de pressão............................................................................ 25

Figura 8 - Compressor em corte ...................................................................... 26

Figura 9 - Sistema virabrequim x biela ............................................................ 26

Figura 10 - Ciclo de compressão ..................................................................... 27

Figura 11 - Válvula .......................................................................................... 29

Figura 12 - Anéis de vedação .......................................................................... 31

Figura 13 - Caixa de gaxetas........................................................................... 32

Figura 14 - Gaxetas ......................................................................................... 33

Figura 15 - Ventilador ...................................................................................... 36

Figura 16 - Soft starter ..................................................................................... 41

Figura 17 - Estação de medição ...................................................................... 48

Figura 18 - Unidade compressora ................................................................... 49

Figura 19 - Distribuidor .................................................................................... 50

Figura 20 - Estocagem .................................................................................... 50

Figura 21 - Unidade de compressão ............................................................... 52

Figura 22 - Compressor da unidade compressora .......................................... 55

Figura 23 - Imagem expandida do carter e guia de cruzeta ............................ 70

Figura 24 - Imagem expandida das camisas de 1°e 3° estágios e periféricos 72

Figura 25 - Imagem expandida das camisas de 2°e 4° estágios e periféricos 74

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Falhas, causas e soluções .............................................................. 67

Tabela 2 - Tabela de descrição dos componentes da figura 23 ....................... 71

Tabela 3 - Tabela de descrição dos componentes da figura 24 ....................... 73

Tabela 4 - Tabela de descrição dos componentes da figura 25 ....................... 75

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LISTA DE ABREVIATURA, SIGLAS E SIMBOLOS

GNV - Gás Natural Veicular

CEG - Companhia Estadual de Gás

COMGÁS - Companhia de Gás de São Paulo

PSV - Válvula de Segurança de Pressão

CLP - Controlador Lógico Programável

PLC - Programmable Logic Controller

CEGÁS - Companhia de Gás do Ceará

ANP - Agência Nacional do Petróleo

VÁLVULA BREAKAWAY - Válvula de desengate rápido

SOFT STARTER - Partida suave

COPERGÁS - Companhia Pernambucana de Gás

IHM - Interface homem máquina

PSI - Pound per square inch

Bar - Unidade de pressão

Atm - Atmosfera

MPa - Mega pascal

NA - Normal aberto

NF - Normal fechado

AC - Corrente alternada

DC- Corrente continua

V - Volts

A - Amperes

CV - Cavalo - vapor

DIP - Dual In-Line Package ou pacote duplo em linha

Ppm - Partícula por milhão

RESET - Restabelecer

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SUMÁRIO

PARTE 1 - REVISÃO BIBLIOGRAFICA ........................................................... 13

1 INTRODUÇÃO .......................................................................................... 14

2 GÁS NATURAL VEICULAR ...................................................................... 16

2.1 Gás natural ............................................................................................ 16 2.2 Gás natural veicular (GNV) .................................................................... 17

3 COMPRESSORES ................................................................................... 18

3.1 Aspectos gerais ..................................................................................... 18 3.2 Classificação quanto ao princípio de concepção ................................... 18

3.3 Classificação quanto as aplicações ....................................................... 19 3.4 Principais componentes do compressor alternativo ............................... 20 3.4.1 Compressor alternativo em corte ........................................................... 26

3.5 Princípio de funcionamento ................................................................... 26

3.6 Ciclo de compressão ............................................................................. 27 3.7 Características das válvulas de compressão de gás ............................. 28 3.7.1 Componentes de uma válvula de compressão de gás .......................... 29 3.7.2 Válvula de admissão .............................................................................. 30 3.7.3 Válvula de descarga .............................................................................. 30

3.8 Anéis de vedação do pistão ................................................................... 31 3.8.1 Vida útil estimada para os anéis de vedação ......................................... 32

3.9 Dispositivo de selagem da haste do pistão ............................................ 32 3.10 Sistemas de lubrificação ........................................................................ 34 3.10.1 Objetivos da lubrificação ........................................................................ 35

3.11 Sistemas de arrefecimento .................................................................... 35

4 PAINEL ELÉTRICO .................................................................................. 37

4.1 Componentes básicos do painel elétrico ............................................... 37

5 INSTRUMENTOS ..................................................................................... 43

5.1 Instrumentos básicos de uma unidade de compressão ......................... 43

PARTE 2 - UNIDADE DE COMPRESSÃO DE GNV ........................................ 46

1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 47

2 PARTES CONSTITUINTES DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO...... 48

2.1 Equipamentos básicos de uma unidade de compressão ....................... 48

2.2 Processo de compressão ...................................................................... 51 2.3 Descrição do esquema elétrico .............................................................. 52

3 COMPRESSOR ALTERNATIVO MODELO PT 245 ................................. 54

3.1 Introdução .............................................................................................. 54 3.2 Dados do compressor ............................................................................ 54

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3.3 Funcionamento ...................................................................................... 55 3.4 Sequência de partida ............................................................................. 56

3.5 Sequência normal de parada ................................................................. 57 3.6 Alarmes de parada e emergência .......................................................... 58

4 PLANO DE MANUTENÇÃO ...................................................................... 59

4.1 Manutenção corretiva ............................................................................ 59 4.2 Manutenção preventiva.......................................................................... 60

4.3 Manutenção preditiva............................................................................. 61 4.3.1 Ferramentas da manutenção preditiva .................................................. 62

4.3.1.1 Análises de vibrações ............................................................ 62

4.3.1.2 Termografia ............................................................................ 63

4.4 Plano de manutenção da unidade de compressão ................................ 64 4.4.1 Mensalmente ......................................................................................... 64

4.4.2 A cada 2500 horas ................................................................................. 64 4.4.3 A cada 5000 horas ................................................................................. 65 4.4.4 A cada 10000 horas ............................................................................... 66

4.5 Falhas, causas e soluções ..................................................................... 67

5 IMAGENS E DESCRIÇÕES ...................................................................... 70

6 CONCLUSÃO ........................................................................................... 76

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 77

ANEXO A - PAINEL ELÉTRICO ....................................................................... 83

ANEXO B - LEGENDA DOS COMPONENTES ESQUEMA ELÉTRICO .......... 84 ANEXO C - ESQUEMA ELÉTRICO ................................................................. 85 ANEXO D - COMPONENTES DO DISPENSER .............................................. 87

ANEXO E - LEGENDA DO FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE COMPRESSÃO ..................................................................................... 88

ANEXO F - FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE COMPRESSÃO ...................... 89

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PARTE 1 - REVISÃO BIBLIOGRAFICA

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1 INTRODUÇÃO

Apresentação

Com o aumento da demanda por combustível para o setor automobilístico,

o uso do gás natural surgiu como uma das soluções, pois uma matéria prima

encontrada em abundância e que era praticamente descartada na exploração do

petróleo, criou-se um novo seguimento na economia, o Gás Natural Veicular.

Esse seguimento só foi possível através das instalações de Unidades de

Compressão em postos de combustível, onde o gás natural é comprimido,

elevando sua pressão, assim, podendo ser usado como combustível.

Objetivos

O objetivo desta monografia é apresentar a unidade de compressão de

gás natural, demonstrando de formas objetivas seu funcionamento, seu

monitoramento e controle, para assim gerar um melhor conhecimento do

processo do surgimento de GNV, desde a chegada do gás natural na estação de

medição instaladas nos postos de combustíveis, o seu processo de compressão

na unidade compressora e sua distribuição.

Justificativa

Esse trabalho se justifica pela grande importância da tecnologia da

manutenção nos processos existentes atuantes na Unidade de compressão nas

áreas da mecânica, elétrica e instrumentação para a eficácia do seu

funcionamento.

Metodologia

A metodologia é a dissertativa, a partir de dados coletados no campo. O

material de pesquisa foi obtido a partir de manuais dos fabricantes, apostilas de

treinamento, livros específicos da área e sites específicos da internet.

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Estrutura do trabalho

Parte 1 - Revisão bibliográfica

2º Capítulo: Aborda sobre a definição de gás natural, onde é encontrado,

suas propriedades, quando se iniciou o processo do gás natural no Brasil e as

definições do gás natural veicular (GNV), como também suas características.

3º Capítulo: Descreve uma das partes mais importantes para a

compressão do gás natural, que é o compressor. E também aborda seus

principais componentes.

4º Capítulo: Refere-se os componentes básicos encontrados em um

painel elétrico e suas definições.

5º Capítulo: Descreve os instrumentos básicos de uma unidade de

compressão e suas definições.

Parte 2 - Artigo científico

2º Capítulo: Aborda as principais partes constituintes de uma unidade de

compressão, como também suas descrições e o processo de compressão.

3º Capítulo: Especifica o compressor utilizado para o estudo de caso,

relatando seus dados, seu funcionamento e suas demais características.

4º Capítulo: Apresenta um plano de manutenção corretiva, preventiva e

preditiva de uma unidade de compressão, como também suas falhas, causas e

soluções.

5º Capítulo: Detalha imagens e descrições do compressor e de seus

componentes.

6º Capítulo: Conclusão desta monografia.

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2 GÁS NATURAL VEICULAR

2.1 GÁS NATURAL

O gás natural é encontrado em formações rochosas subterrâneas ou em

reservatórios de hidrocarbonetos em camadas de carvão através de jazidas de

petróleo, por acumulações em rochas porosas, isoladas do exterior por rochas

impermeáveis, associadas ou não a depósitos petrolíferos. O gás natural é, por

definição, uma mistura de hidrocarbonetos leves de origem fóssil que, sob

temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado gasoso

(ALMEIDA, 2005).

A energia que as plantas naturalmente absorvem da luz do sol é

armazenada em forma de carbono em gás natural. É uma mistura de

hidrocarbonetos leves encontrada no subsolo, na qual o metano tem uma

participação superior a 70% em volume. A composição do gás natural pode

variar bastante dependendo de fatores relativos ao campo em que o gás é

produzido, processo de produção, condicionamento, processamento e

transporte. O gás natural é um combustível fóssil e uma fonte de energia não

renovável. (ANP)

Antes do gás natural poder ser utilizado como combustível, ele deve

passar por um tratamento para retirar impurezas, inclusive a água, para

satisfazer as especificações de um gás natural comercializável. São retirados

nesse processo de tratamento etano, hidrocarbonetos de peso molecular

superior, dióxido de carbono, hélio e nitrogênio.

A única mudança na composição do gás natural visando sua distribuição

e uso, ocorre pela exigência da adição de odorante. Esses odorantes são

compostos sulfonados, os mais utilizados nas indústrias são as misturas de

mercaptanas e o tetrahidrotiofeno (THT), tendo concentração dos odorantes de

aproximadamente na ordem de 5 a 6 gramas por milhão de metros cúbicos de

gás natural.

No Brasil a utilização do gás iniciou-se em 1828, com D. Pedro I

licenciando uma empresa para executar a iluminação das ruas da cidade do Rio

de Janeiro - RJ. Somente na década de 40 com a descoberta de gás na Bacia

de Candeias, na Bahia - BA, e para não o desperdiçar, queimando-o, iniciou-se

efetivamente o uso do gás natural no Brasil. Hoje os principais campos

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17

produtores de gás do país estão localizados nos estados do Rio Grande do

Norte, Ceará, Alagoas, Sergipe, Bahia, Espirito Santo e Rio de Janeiro, esse

último tendo a bacia de Campos como seu maior produtor nacional. (ANP)

2.2 GÁS NATURAL VEICULAR (GNV)

O GNV é um combustível disponibilizado na forma gasosa que é a cada

dia mais utilizado em automóveis como alternativa a gasolina e ao etanol. Esse

gás tem um custo de compra menor que a gasolina e o etanol e também percorre

um maior trajeto em quilômetros em relação aos demais combustíveis,

comparando-se em termos de consumo entre o GNV e a gasolina, de 1:2 e do

GNV para o etanol de 1:3 em média aproximadamente. O GNV tem uma

combustão do tipo completa e o resultado da queima é a produção de dióxido de

carbono (CO2) e o vapor de água, sendo os dois componentes não tóxicos, o

que faz do gás natural uma energia ecológica e menos poluente. (GASNET)

Como combustível é utilizado em motores de automóveis, substituindo a

gasolina e o etanol. Pesquisas apontam que, nos estados de São Paulo e Rio de

Janeiro, a economia gerada com o consumo de GNV pode ser superior a 50%,

em relação à gasolina. Na região Sudeste, a diferença é de 50%. Esse número

varia de 45% a 48% nas demais regiões do País. No caso do etanol, a

competitividade do GNV por quilômetro rodado varia de 45% no Centro-Oeste a

48% no Sudeste e no Nordeste. (NEOGAS)

Após passar por tratamento, o gás natural é fornecido pelas companhias

de fornecimento do gás (CEG, Petrobras, CEGÁS, COMGÁS, COPERGÁS,

entre outras) através dos gasodutos que chegam a estação de medição. O gás

natural após passar pela estação de medição chega a unidade de compressora

instalada no posto em pressões que variam entre 2 a 12 bar, que é responsável

pela compressão, aumentando a pressão do gás natural e transformando-o em

GNV; estocando e por fim chegando até o distribuidor para ser comercializado

em 215,7 bar, equivalente a 220Kgf/cm², 21,57 Mpa ou 3129 PSI, pressão esta

regulamentada pela ANP (ANP).

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18

3 COMPRESSORES

3.1 ASPECTOS GERAIS

Compressores são máquinas utilizadas para proporcionar a elevação da

pressão de um gás ou escoamento gasoso. Nos processos industriais, a

elevação de pressão requerida pode variar desde cerca de 1,0 atm até centenas

de milhares de atmosferas.

Há quem utilize ainda a denominação “sopradores” para designar as

máquinas que operam com elevação de pressão muito pequena, porém superior

aos limites usuais dos ventiladores.

Tais máquinas possuem características de funcionamento típicas dos

compressores, mas incorporam simplificações de projetos compatíveis com a

sua utilização.

3.2 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO PRINCÍPIO DE CONCEPÇÃO

Conforme diz Paulo Sérgio B. Rodrigues em seu livro “Compressores

Industriais”, são dois os princípios conceptivos em que se baseiam os

compressores: Volumétrico e Dinâmico.

Nos compressores volumétricos, a elevação de pressão é conseguida

através da redução do volume ocupado pelo gás. Na operação dessas máquinas

podem ser identificadas diversas fases, que constituem o ciclo de

funcionamento: inicialmente, certa quantidade de gás é admitida no interior de

uma câmara de compressão, que então é cerrada e sofre redução de volume.

Finalmente, a câmara é aberta e o gás liberado para consumo. Trata-se, pois,

de um processo intermitente, no qual a compressão propriamente dita é efetuada

em sistema fechado, isto é, sem qualquer contato com a sucção e a descarga.

Já os compressores dinâmicos possuem dois órgãos principais: impelidor

e difusor. O impelidor é um órgão rotativo munido de pás que transfere ao fluido

a energia recebida de um acionador. Essa transferência de energia se faz em

parte na forma cinética e em outra parte na forma de entalpia. Posteriormente, o

escoamento estabelecido no impelidor é recebido por um órgão fixo denominado

difusor, cuja função é promover a transformação da energia cinética do fluido em

entalpia, com consequente ganho de pressão.

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19

3.3 CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS APLICAÇÕES

As características físicas dos compressores podem variar profundamente

em função dos tipos de aplicações a que se destinam. Dessa forma, convém

distinguir pelo menos as seguintes categorias de serviços:

a) Compressores para serviço de vácuo

Os compressores para serviço de vácuo são máquinas que trabalham em

condições bem peculiares. A pressão de sucção é sub-atmosférica, a pressão

de descarga é quase sempre atmosférica e o fluido de trabalho normalmente é

o ar. Face à anormalidade dessas condições de serviço, foi desenvolvida uma

tecnologia toda própria.

b) Compressores de ar para serviços industriais

Os compressores de ar para sistemas industriais destinam-se às centrais

encarregadas do suprimento de ar em unidades industriais. Embora possam

chegar a serem máquinas de grande porte e custo aquisitivo e operacional

elevados, são oferecidos em padrões básicos pelos fabricantes.

c) Compressores de refrigeração

Os compressores de refrigeração são máquinas desenvolvidas por certos

fabricantes com vistas a essa aplicação. Operam com fluidos bastante

específicos e em condições de sucção e descarga pouco variáveis,

possibilitando a produção em série e até mesmo o fornecimento incluindo todos

os demais equipamentos do sistema de refrigeração.

d) Compressores de ar para serviços ordinários

Os compressores de ar para serviços ordinários são fabricados em série,

visando baixo custo inicial. Destinam-se normalmente a serviços de jateamento,

limpeza, pintura, acionamento de pequenas máquinas pneumáticas, etc.

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e) Compressores de gás ou de processo

Os compressores de gás ou de processo podem ser requeridos para as

mais variadas condições de operação, de modo que toda a sua sistemática de

especificação, projeto, operação, manutenção, entre outros, dependam

totalmente e fundamentalmente da aplicação de gás. Incluem-se nessa categoria

certos sistemas de compressão de ar com características anormais. Trata-se de

uma máquina de enorme vazão e potência, que exige uma concepção análoga.

(CORDEIRO, 2010)

3.4 PRINCIPAIS COMPONENTES DO COMPRESSOR ALTERNATIVO

a) Virabrequim O virabrequim (figura 1) é o eixo central do compressor, feito de materiais

nobres, pois exige extrema combinação entre dureza e ductibilidade para a

realização de suas tarefas, pois, em termos qualitativos, as cargas em um

virabrequim resultam em tensões devido à flexão, torção e cisalhamento em todo

seu comprimento.

O virabrequim possui alguns contrapesos para manter o eixo balanceado

e é vazado internamente para permitir a lubrificação nos seus mancais de apoio

e das bielas. (SILVA, 2009)

Figura 1 - Virabrequim

(FONTE: TKJ Compressor)

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b) Biela

A biela do compressor é o componente responsável por transmitir a força

recebida do virabrequim e repassar a cruzeta. Geralmente, é feita de aço forjado,

assumindo determinadas formas e tamanhos diferentes conforme o tipo atuação.

Na figura 2 é mostrado o pé da biela que fica fixada a cruzeta por meio de

um pino que permite à peça oscilar lateralmente. Já a cabeça da biela, fica

conectada ao virabrequim, recebendo um movimento circular. O lubrificante

sobre pressão é conduzido da cabeça da biela para a sua bucha, através de um

canal de lubrificação usinado no seu corpo.

As buchas da biela são similares aos casquilhos, e, em muitos casos, são

montados sobre pressão, e, posteriormente, o diâmetro interno é usado para

ajustar a folga recomendada. O material utilizado na maioria dos casos é o

bronze. (SILVA, 2009)

c) Casquilhos

São construídos bipartidos na horizontal e fabricados em aço-carbono ou

ferro fundido, com a camada de revestimento em babbitt na superfície do

diâmetro interno.

O casquilho do pé da biela possui ainda um rasgo na parte central com a

finalidade de distribuir uniformemente o fluxo de lubrificante em toda a sua

extensão circunferencial. (SILVA, 2009)

Figura 2 - Biela

(FONTE: Ariel Corp)

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d) Cruzeta

É o componente que faz a ligação entre biela e a haste transformando o

movimento rotativo em retilíneo guiando o movimento do pistão. As cruzetas são

construídas com materiais de alta resistência mecânica, devido aos elevados

esforços a que são submetidas durante a operação do compressor. Em geral,

ela é fabricada em ferro fundido cinzento, mas, em alguns projetos, o aço

carbono fundido também é utilizado. As pistas das cruzetas podem ser

substituíveis, e, em muitos casos, são revestidas com babbitt (ligas de estanho

e chumbo). (SILVA, 2009)

Normalmente emprega-se uma bucha de bronze evitando um desgaste

da cruzeta com o pino. A lubrificação das cruzetas vem da bomba óleo que

percorre um canal no virabrequim, passando pela biela e chegando até a cruzeta,

onde será distribuído pelos seus canais até retornar ao cárter, conforme mostra

a figura 3.

O pino da cruzeta é construído em aço carbono e passa por um

tratamento térmico para um endurecimento superficial adicional. Normalmente,

é cônico nas duas extremidades e é mantido no lugar através de placas de

fixação. Em alguns projetos eles são livres para girar, e é mantido no lugar por

anéis - travas. Esses pinos são chamados de pinos flutuantes e tem função de

facilitar a sua lubrificação.

Figura 3 - Cruzeta

(FONTE: Ariel Corp)

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e) Haste de pistão

É o prolongamento do pistão que se conecta a cruzeta para transmitir um

movimento retilíneo ao pistão, demonstrado na figura 4. É construída para uma

determinada aplicação, em que devem ser consideradas as seguintes

características:

- Pressão e temperatura de operação

- Razão de compressão

- Corrosividade do gás

- Capacidade de carga dinâmica

- Curso do pistão

- Rotação do compressor

O material para a construção da haste do pistão deve atender aos

requisitos de comprimento, diâmetro, dureza, revestimento e acabamento

superficial. O revestimento aumenta a resistência mecânica e a corrosão da

superfície, além de permitir um acabamento superficial com baixa rugosidade.

(SILVA, 2009)

f) Pistão

O pistão do compressor é uma peça que fica localizada no interior dos

cilindros, na verdade cada cilindro possui um pistão, que tem a finalidade de

comprimir o fluído. (SILVA, 2009)

Figura 4 - Haste do pistão

(FONTE: Autoral)

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Este componente, mostrado na figura 5, que na maioria das vezes é

fundido em ligas leves se movimenta retilineamente em dois sentidos, e tem por

principal função receber, em toda sua área superior, a compressão.

g) Válvulas

As válvulas (figura 6) são os componentes que tem a finalidade de deixar

o fluído ser succionado ou descarregado em apenas uma direção e sentido

durante o ciclo de compressão. A abertura e o fechamento ocorrem

automaticamente pelo diferencial de pressão a que são submetidas. (SILVA,

2009)

Figura 5 - Pistão do compressor

(FONTE: Ariel Corp)

Figura 6 - Válvula

(FONTE: Hoerbiger)

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h) Vasos de pressão

De acordo com a Norma Regulamentadora nº 13 (NR-13), vasos de

pressão (Figura 7) são equipamentos destinados a conter fluidos sobre pressão

interna ou externa e que foram projetados conforme a American Society Of

Mechanic Engineers – ASME seção VIII.

Nos compressores alternativos de grande porte, são instalados vasos

separadores de condensado e vasos de amortecedores de pulsação da pressão.

Os vasos separadores de condensado têm a função de retirar a

condensação do gás ao ser comprimido e resfriado, pois o gás pode condensar

as frações de maior peso molecular. Essa condensação ocorre mais

frequentemente no interior das tubulações de admissão nos cilindros durante o

processo de admissão e na saída dos resfriadores.

Os vasos de amortecedores de pulsação da pressão têm a função de

diminuir a pulsação criada a partir do ciclo de compressão. O fluxo de gás na

admissão e descarga do compressor apresenta elevados níveis de pulsação de

vazão e, consequentemente gera uma vibração. Essas vibrações, quando

elevadas, podem gerar falhas prematuras no sistema de compressão. (SILVA,

2009)

Figura 7 - Vasos de pressão

(FONTE: Engetank)

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3.4.1 Compressor alternativo em corte

A figura 8 demonstra os componentes descritos no item 3.4 em um

compressor alternativo de pistão de dois estágios em corte para uma melhor

visualização dos componentes e seus posicionamentos.

Figura 8 - Compressor em corte

(FONTE: Havayar)

3.5 PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

Esse tipo de máquina possui um sistema virabrequim-biela para

converter o movimento rotativo de um eixo no movimento translacional de um

pistão, como mostra a figura 9.

Figura 9 - Sistema virabrequim x biela

(FONTE: FEMEC)

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A biela tem a exclusiva função de inverter o sentido de movimento, pois

ligada a cruzeta através de um pino a biela desloca-se ligada ao virabrequim,

preso com uma capa entre bronzinas.

Dessa maneira, a cada rotação do acionador, o pistão efetua um percurso

de compressão na direção do cabeçote e de expansão no sentido contrário,

estabelecendo um ciclo de compressão. O funcionamento de um compressor

alternativo está intimamente associado ao comportamento das válvulas de

sucção e descarga. (CORDEIRO, 2010)

3.6 CICLO DE COMPRESSÃO

O ciclo de compressão é composto por 4 etapas, detalhadas na figura 10,

que são: admissão, compressão, descarga e expansão. Na etapa de admissão

(4-1) o pistão se movimenta em sentido contrário ao cabeçote (elemento onde

normalmente fica alojada as válvulas de sucção e descarga), fazendo com que

haja uma tendência de depressão no interior do cilindro que propicia abertura da

válvula de sucção para o gás, então, ser aspirado.

Figura 10 - Ciclo de compressão

(FONTE: MSPC Engenharia)

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Ao inverter-se o sentido de movimentação do pistão, a válvula de sucção

se fecha e o gás é comprimido até que a pressão do cilindro seja suficiente para

promover abertura da válvula de descarga. Isso caracteriza a etapa de

compressão (1-2). Quando a válvula de descarga se abre, a movimentação do

pistão faz com que o gás seja expulso do interior do cilindro.

Essa situação corresponde à etapa de descarga (2-3) e dura até que o

pistão encerre o seu movimento no sentido do cabeçote. Essa etapa, entre duas

válvulas estão bloqueadas e o pistão se movimenta em sentido inverso ao do

cabeçote, se denomina etapa de expansão (3-4), e precede a etapa de admissão

de um novo ciclo. Com isso, temos as etapas do ciclo de funcionamento do

compressor mostradas na figura 10.

Ocorre, porém, que nem todo gás anteriormente comprimido é expulso do

cilindro. A existência de um espaço morto, ou volume morto, compreendido entre

o cabeçote e o pistão no final do deslocamento desse, faz com que a pressão no

interior do cilindro não caia instantaneamente quando se inicia o curso de

retorno. Nesse momento, a válvula de descarga se fecha, mas a admissão só

abrirá quando a pressão interna cair o suficiente para ocorrer a abertura,

permitindo a passagem do gás.

Podemos concluir então que, devido funcionamento automático, das

válvulas, o compressor alternativo aspira e descarrega o gás respectivamente

em pressões instantaneamente reinantes na tubulação de sucção e na tubulação

de descarga. (CORDEIRO, 2010)

3.7 CARACTERÍSTICAS DAS VÁLVULAS DE COMPRESSÃO DE GÁS

Estes tipos de válvulas, normalmente são utilizadas em compressores de

gás ou de processo, possuem dois elementos móveis denominado obturador ou

disco e mola e dois componentes fixos denominado sede e guarda disco. Elas

são utilizadas em compressores para serviços industriais e processos.

As válvulas são os componentes mais delicados devido à sua influência

na eficiência volumétrica e confiabilidade operacional do compressor. Suas

qualidades mais importantes são a seguir enunciadas (RODRIGUES, 1991):

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a) Devem ter uma abertura suficientemente grande para promover o rápido

escoamento do gás, impondo-lhe pequena perda de carga, mas ao

mesmo tempo não podem ocupar grandes áreas do cilindro, nem exige

espaço morto, muito grande.

b) Devem apresentar à máxima estanqueidade, quando fechadas.

c) Devem ter alta resistência mecânica, tanto esforços contrachoques e o

desgaste superficial.

d) Devem apresentar absoluta resistência à corrosão.

3.7.1 Componentes de uma válvula de compressão de gás

Os componentes de uma válvula são divididos em: Sede, obturador ou

disco, molas e guarda disco. Conforme mostra a figura 11.

a) A sede é a parte da válvula na qual o disco se apoia para efetuar o

bloqueio do gás: o encosto é um elemento estrutural cuja finalidade é limitar o

uso do obturador na condição de abertura completa da válvula.

b) Obturador ou disco é o elemento de vedação da válvula, cujas

faces são submetidas às pressões internas e externas ao cilindro.

Figura 11 - Válvula

(FONTE: KB Delta)

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c) Guarda disco é um limitador de percurso do elemento de vedação,

onde ficam alojadas as molas.

d) A mola cumpre uma função reguladora no movimento do obturador,

atenuando os choques na abertura e fechamento da válvula, graças à resistência

gradual que oferece a contração. Além disso, garantem o fechamento da válvula

tão longo cesse o escoamento.

As válvulas de admissão e descarga são de fundamental importância para

a maximização da capacidade volumétrica do compressor e manter o consumo

de energia otimizado.

3.7.2 Válvula de admissão

A válvula de admissão abre para a passagem do gás, em geral, em baixa

temperatura, pois este é fornecido para o primeiro estágio, em muitas aplicações,

em torno de 32°C, enquanto na entrada dos demais estágios ele é normalmente

admitido com temperatura em torno de 45°C, após resfriamento. Isto faz com

que o elemento de vedação seja refrigerado. Adicionalmente, o elemento de

vedação da válvula de admissão permanece maior parte do curso do pistão na

posição aberta, permitindo que este troque calor com o gás fresco admitido.

3.7.3 Válvula de descarga

A válvula de descarga abre para a passagem de gás em alta pressão e

temperaturas elevadas, normalmente na ordem de até 150°C, dependendo das

características do gás e da razão de compressão utilizada no estágio. Isto faz

com que a quantidade de calor transferido para o elemento de vedação da

válvula de descarga seja maior. A sua refrigeração ocorre somente durante o

tempo em que a válvula se encontra fechada, trocando calor com o gás fresco

admitido e a sede.

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3.8 ANÉIS DE VEDAÇÃO DO PISTÃO

A vedação do pistão tem a função de evitar que o gás, ao ser comprimido,

vaze através das folgas existentes entre o pistão e o cilindro, do lado de maior

pressão para o lado de pressão menor. Os anéis de vedação do pistão, também

chamados de anéis de compressão, são assim designados por serem os únicos

responsáveis em promover esta vedação. (SILVA, 2009)

Anéis de vedação são embutidos em rebaixos existentes na superfície

lateral do pistão, evitando assim o contato direto com a superfície do cilindro.

Esses anéis são confeccionados com diâmetro externo ligeiramente superior ao

diâmetro interno do cilindro para que possam trabalhar sobre certa compressão,

garantindo assim a vedação e se ajustando aos naturais desgastes.

Possui uma pequena fenda que permite a expansão durante a montagem,

conforme é mostrada na figura 12. O número de anéis por pistão depende dos

níveis de pressão de trabalho. Na maioria dos casos utilizam-se três anéis, mas

esse número pode ser muito superior nas aplicações em pressões mais

elevadas.

Figura 12 - Anéis de vedação

(FONTE: Selco)

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3.8.1 Vida útil estimada para os anéis de vedação

Alguns fabricantes de anéis de vedação esperam uma vida útil mínima de

4000 horas, sendo que na maioria das aplicações, a sua vida tem ultrapassado

em muito este valor. A vida útil dos anéis de vedação depende muito dos

seguintes fatores:

a) Nível de limpeza do gás, presença de partículas sólidas.

b) Nível de lubrificação e rugosidade da superfície interna do cilindro.

c) Velocidade média do pistão.

d) Presença de condensado no gás.

e) Temperatura do gás.

3.9 DISPOSITIVO DE SELAGEM DA HASTE DO PISTÃO

Dispositivos de selagem são utilizados para impedir o vazamento dos

fluidos no contato entre a haste, que é móvel, e a caixa de gaxetas que é fixa,

evitando que o fluido siga para o cárter.

A caixa de gaxetas, conforme a figura 13, tem a função de promover as

condições adequadas para o funcionamento das gaxetas. Além de conter as

faces de vedação lateral, as caixas de gaxetas proporcionam, quando

necessário, a instalação do sistema de lubrificação. (SILVA, 2009)

Figura 13 - Caixa de gaxetas

(FONTE: Hoerbiger)

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O principal componente de vedação da haste do pistão são as gaxetas,

que na maioria das vezes é constituída de politetrafluoretileno (PTFE). A

geometria das gaxetas é projetada de forma que atenda aos seguintes requisitos:

a) Manter-se permanentemente ajustadas à haste, evitando

vazamentos.

b) Impedir que haja vazamento entra a caixa de gaxetas e a gaxeta.

c) Acompanhar o movimento lateral da haste num plano perpendicular

ao seu eixo.

Cada elemento de selagem, para fins industriais ou processo, é

normalmente formado por um par de anéis tripartido de modo a permitir o

deslocamento radial. Em geral, cada par é composto por um anel com partições

radiais e outro que possui partições tangenciais, como indicados na figura 14.

Para que todos os segmentos das gaxetas permaneças na mesma posição, o

seu diâmetro externo é circulado por uma mola sob tração, que, além disto,

assegura uma leve pressão da superfície interna das gaxetas contra a superfície

da haste. (SILVA, 2009)

Figura 14 - Gaxetas

(FONTE: Tryceco)

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3.10 SISTEMAS DE LUBRIFICAÇÃO

Os compressores alternativos de compressão de gás possuem dois

sistemas de lubrificação conforme recomendação do API Standard 618: a

lubrificação primária e a lubrificação secundária.

Na lubrificação primária são lubrificados os mancais dos elementos de

acionamento, isto é, eixo, bielas, cruzetas e rolamentos. A lubrificação

secundária lubrifica os interiores das câmaras de compressão, ou seja, lubrifica

os anéis de compressão, as gaxetas (anéis de selagem) e as válvulas de sucção

e descarga dando maior vida útil aos componentes do compressor.

Na lubrificação primária, normalmente, emprega-se uma bomba hidráulica

ou rotativa (bomba principal) que aspira o óleo do fundo do cárter (carcaça) que

passa pelo sistema de refrigeração antes de chegar ao filtro, esse garante que o

óleo chegue aos mancais filtrado para irrigar o sistema com óleo limpo,

refrigerado e com certa pressão de trabalho. O óleo passa por canais dentro do

eixo chegando até as bielas lubrificando os casquilhos (mancais de

deslizamento), daí segue para as cruzetas através das bielas. Por fim óleo

escorre de volta para o cárter.

Segundo Napoleão F. Silva em seu livro “Compressores alternativos

industrial” a lubrificação secundária, também chamada de lubrificação forçada, é

considerada um sistema hidráulico de baixa pressão, pois a pressão de óleo não

supera 10 bar para a maioria dos projetos. Na lubrificação secundária é utilizada

uma bomba auxiliar, suprindo independentemente cada câmara de compressão

com uma certa quantidade de óleo que é dosada através de gotejo na ordem de

algumas gotas por minuto. Esse óleo não retorna e segue junto ao gás

comprimido, sendo retirado sua maior parte através de purgadores.

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3.10.1 Objetivos da lubrificação

São muitos os objetivos da lubrificação, e depende essencialmente de

cada aplicação, mas podem-se relacionar aqueles que sempre estarão

presentes nos compressores alternativos e na maioria das aplicações industriais.

a) Reduzir o coeficiente do atrito.

b) Controlar a temperatura.

c) Minimizar o desgaste.

d) Evitar a corrosão.

e) Remover os depósitos formados.

f) Auxiliar na vedação.

3.11 SISTEMAS DE ARREFECIMENTO

A compressão do gás resulta inevitavelmente na geração de calor, devido

ao atrito entre os diversos componentes mecânicos do compressor que estão

em movimento relativo e prelo efeito termodinâmico da sua compressão.

O arrefecimento é necessário para maximizar o desempenho e vida útil

do compressor, e, em certos casos, minimizar os impactos ambientais de sua

utilização, melhorando as características abaixo relacionadas:

a) Aumentar a capacidade de refrigeração e vida útil do óleo

lubrificante do cárter.

b) Aumentar a vida útil das vedações do pistão, válvulas e

engaxetamento da haste.

c) Permitir maior tensão mecânica para os materiais utilizados.

d) Uniformizar a temperatura dos cilindros, minimizando as tensões

devido ao gradiente de temperatura.

e) Reduzir o trabalho de compressão.

Para fazer o arrefecimento da unidade compressora são utilizados

ventiladores, como indicado na figura 15, que força a passagem de ar nos

trocadores de calor entre os estágios de compressão, pois como durante a

compressão do gás sua temperatura se eleva é necessário utilizar trocadores de

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calor para que a temperatura abaixe para seguir para o estágio seguinte, este

mesmo sistema também faz o arrefecimento dos periféricos da unidade

compressora através da troca do ar ambiente.

É muito importante para o bom funcionamento do compressor que os

trocadores de calor estejam sempre limpos, para tanto semanalmente deverá ser

injetado ar comprimido preferencialmente com o compressor em funcionamento

para poder eliminar todo o pó ou qualquer outro material que possa aderir as

chapas dissipadoras do trocador de calor.

Figura 15 - Ventilador

(FONTE: Autoral)

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4 PAINEL ELÉTRICO

Para demonstrarmos os equipamentos que são utilizados para controlar

os parâmetros de funcionamento e alimentação dos sistemas de potência da

unidade compressora serão apresentados os componentes básicos do painel

elétrico.

Os componentes elétricos que serão descritos abaixo podem ser

visualizados de maneira distribuída em um típico painel elétrico de uma unidade

de compressão de GNV no anexo A.

4.1 COMPONENTES BÁSICOS DO PAINEL ELÉTRICO

a) Disjuntor

Os disjuntores são equipamentos destinados a interrupção e ao

reestabelecimento das correntes elétricas num determinado ponto do circuito.

A função principal de um disjuntor é interromper as correntes de defeito

de um determinado circuito durante o menor espaço de tempo possível. Porém,

os disjuntores são também solicitados a interromper correntes de circuitos

operando a plena carga e em vazio, e a energizar os mesmos circuitos em

condições de operação normal ou em falta. (FILHO, 2005)

b) Fusíveis

São componentes de circuito de alimentação que têm como função a

proteção contra curto circuito. Além de protegerem as linhas alimentadoras,

protegem os próprios dispositivos de comando em caso de um curto circuito

interno, atuando também como limitadores das correntes de curto circuito. Sua

operação se baseia em um elemento fusível devidamente projetado que abre o

circuito, interrompendo-o na ocorrência de uma falha.

O “elemento fusível” é basicamente um fio ou uma lâmina, geralmente de

cobre, prata, estanho, chumbo ou liga alocado no interior do corpo do fusível, em

geral, de porcelana e hermeticamente fechado. (FRANCHI, 2014)

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c) Relé

O relé é um dispositivo eletromecânico, com inúmeras aplicações

possíveis em comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar

dispositivos.

É normal o relé estar ligado a dois circuitos elétricos. No caso do Relé

eletromecânico, a comutação é realizada alimentando-se a bobina do mesmo.

Quando uma corrente originada no primeiro circuito passa pela bobina, um

campo eletromagnético é gerado, acionando o relé e possibilitando o

funcionamento do segundo circuito.

Sendo assim, uma das aplicações do relé é usar baixas correntes para o

comando no primeiro circuito, protegendo o operador das possíveis altas

correntes que irão circular no segundo circuito.

d) Contatoras

São elementos principais de comandos eletromecânicos, que permitem o

controle de elevadas correntes por meio de um circuito de baixa corrente. O

contator é caracterizado como uma chave não manual, eletromagnética, com

uma única posição de repouso, capaz de estabelecer, conduzir e interromper

correntes em condições normais do circuito. É constituído de uma bobina que,

quando é alimentada, cria um campo magnético no núcleo fixo que atrai o núcleo

móvel que fecha o circuito. Cessando a alimentação da bobina é interrompido o

campo magnético, provocando o retorno do núcleo por molas. (FRANCHI, 2014)

e) Barreira intrínseca

Barreira de segurança intrínseca é desenvolvida para operar com sinais

analógicos provenientes de: transmissores de corrente, conversores ou

posicionadores eletropneumáticos. Possui um conjunto de interruptores DIP

(pacote duplo em linha) que tem como finalidade, alterar o modo de operação,

para que os diferentes tipos de equipamentos de campo possam ser conectados,

como também evita a formação de arco voltaico em contatos, e mantém uma

baixa tensão. (SENSE)

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f) Chave seccionadora

Para intervir com toda a segurança nas instalações, ou nas máquinas e

nos equipamentos elétricos, é necessário dispor de meios para isolar

eletricamente os circuitos de potência e de comando da alimentação geral. O

seccionamento consiste em isolar eletricamente uma instalação da rede que a

alimenta, de acordo com os critérios de segurança definidos pelas normas.

(FRANCHI, 2014)

Uma chave seccionadora é um interruptor de desativação que tem a

capacidade e interromper a energia para um circuito elétrico ou a um grupo de

circuitos elétricos. As chaves seccionadoras, também chamadas de interruptores

de desconexão, são usadas em uma grande variedade de configurações, e são

empregadas como dispositivos de segurança que bloqueiam a energia dos

circuitos para que as pessoas possam trabalhar com eles de forma segura.

Os dispositivos de segurança elétricos são tão úteis quanto a sua

manutenção e os procedimentos de segurança em torno, e um interruptor de

desativação deve ser utilizado apropriadamente, a fim de ser eficaz.

(MANUTENÇÃO E SUPRIMENTOS)

g) CLP

Controlador Lógico Programável (CLP) ou do inglês PLC (Programmable

Logic Controller) é um dos controladores mais utilizados na indústria. De acordo

com a definição da NEMA (National Electrical Manufacturers Association), é: “Um

equipamento eletrônico que funciona digitalmente e que utiliza uma memória

programável para o armazenamento interno de instruções para implementar

funções especificas, tais como lógica, sequenciamento, registro e controle de

tempos, contatores e operações aritméticas para controlar, através de módulos

de entrada/saída digitais (LIGA/DESLIGA) ou analógicos (1-5 Vcc, 4-20 mA etc.),

vários tipos de máquinas ou processo”.

Em outras palavras, controlador lógico programável pode ser visto como

um equipamento eletrônico de processamento que possui uma interface

amigável com o usuário que tem como função executar controle de vários tipos

e níveis de complexidade. (FRANCHI, 2010)

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h) Ventoinha

É um equipamento utilizado no arrefecimento de diversos tipos

de equipamentos eletroeletrônicos com o objetivo de evitar a sobre carga de

calor que estes componentes geram.

As ventoinhas, em alguns casos vem em conjunto de um dissipador de

calor (ventoinha para processadores) e tem como principal função resfriar os

componentes internos de um painel.

i) Borneiras

Peça metálica, com ou sem revestimento, onde passa e se fixa um fio ou

ligam-se, mecanicamente, dois ou mais componentes elétricos.

j) Transformador

Os transformadores têm princípio básico de funcionamento conhecido

como indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um campo

magnético variável, aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é

proporcional às variações do fluxo magnético.

Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem de dois

enrolamentos de fio (o primário e o secundário), que geralmente envolvem os

braços de um quadro metálico (o núcleo). Quando uma corrente alternada é

aplicada ao primário produz um campo magnético proporcional à intensidade

dessa corrente e ao número de espiras do enrolamento (número de voltas do fio

em torno do braço metálico).

Através do metal, o fluxo magnético quase não encontra resistência e,

assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e chega ao enrolamento

secundário com um mínimo de perdas. Ocorre, então, a indução

eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo

com a corrente do primário e com a razão entre os números de espiras dos dois

enrolamentos. (SIGMA)

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k) Fonte

As fontes de alimentação servem para fornecer energia elétrica,

transformando a corrente alternada da rede pública em corrente contínua.

Estabilizam a tensão, ou seja, mesmo que a tensão da rede pública varie, a

fornecida pela fonte de alimentação é mantida aproximadamente constante.

O tipo mais comum de fonte de alimentação é a que converte a tensão

alternada da rede de energia de 110/220V em baixas tensões contínuas na

faixa de 3 a 60V. (BRAGA, 2013)

l) Soft starter

A chave de partida soft starter (figura 16) é destinada ao comando de

motores de corrente contínua e alternada, assegurando a aceleração e

desaceleração progressivas e permitindo uma adaptação da velocidade às

condições de operação. (FRANCHI, 2014)

O funcionamento de um soft starter, se dá através de uma ponte

tiristorizada (componentes semicondutores), que fazem o chaveamento da

tensão para que ela possa ser disponibilizada para o motor de forma crescente,

ou seja, irá aumentar gradativamente, garantindo uma partida suave e sem a

Figura 16 - Soft starter

(FONTE: Weg)

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presença da corrente de pico. Este chaveamento feito pela ponte é controlado

através do sistema de controle e disparo, que é um módulo onde é possível

realizar as programações desejadas por meio de parâmetros, que são

identificados um a um pelo fabricante e disponibilizadas em um manual.

A soft-starter controla a tensão sobre o motor através do circuito de

potência, constituído por seis semicondutores, variando o ângulo de disparo dos

mesmos e consequentemente variando a tensão eficaz aplicada ao motor.

Assim, pode-se controlar a corrente de partida do motor, proporcionando uma

"partida suave" (soft start em inglês), e não provocar quedas de tensão

elétrica bruscas na rede de alimentação, como ocorre em partidas diretas.

Os soft starters apresentam funções programáveis que permitem

configurar o sistema de acionamento de acordo com as necessidades do

usuário. O comando dos tiristores é feito por um microprocessador que fornece

as seguintes funções:

a) Controle de rampas de aceleração e desaceleração.

b) Limitação de corrente ajustável.

c) Conjugado na partida.

d) Frenagem por injeção de corrente continua.

e) Proteção do acionamento por sobrecarga.

f) Proteção do motor contra aquecimentos devido a sobrecargas ou

a partida demasiadamente frequente.

g) Detecção de desequilíbrio ou falta de fases e de defeitos nos

tiristores.

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5 INSTRUMENTOS

“Instrumentação é qualquer dispositivo (instrumento), ou conjunto de

dispositivos, utilizado com a finalidade de se medir, indicar, registrar ou controlar

as variáveis de um processo”. (STARLING, 2003)

Existem instrumentos específicos para medição, indicação, para registro

e para controle de uma variável de processo. Serão apresentadas neste tópico

os principais instrumentos indicados para a unidade de compressão de GNV.

5.1 INSTRUMENTOS BÁSICOS DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

a) Manômetro

São dispositivos utilizados para indicação local de pressão. Eles podem

ser analógicos ou digitais, mas na unidade compressora são utilizados,

geralmente, os manômetros analógicos. O manômetro analógico possui uma

escala fixa e um ponteiro móvel. A melhor precisão do manômetro é na faixa

central tipicamente entre 25% e 75% do fundo da escala de indicação.

Nas unidades de compressão eles são utilizados na estação de medição

para verificar a pressão fornecida pela distribuidora, geralmente nas faixas de

medição de 0 a 10 ou de 0 a 20 bar. São utilizadas na unidade compressora para

indicar as pressões de entrada (de 0 a 10 ou de 0 a 20 bar) e dos estágios de

compressão, que geralmente tem inúmeras faixas de medição que variam do 0

a 400 bar devido as pressões de trabalho dos estágios variarem de 10 a 250 bar,

sendo esses manômetros instalados, geralmente, numa caixa de instrumentos.

Por fim, também é utilizado um manômetro de 0 a 400 bar no distribuidor para

indicar a pressão de abastecimento.

b) Termômetro

São dispositivos utilizados para medição da temperatura. Eles são

utilizados na unidade compressora, geralmente, em cada estágio de compressão

na faixa de medição de 0 a 200ºC. Para a temperatura de armazenamento,

geralmente, utiliza-se a faixa de 0 a 100ºC. Os termômetros, normalmente, são

instalados na caixa de instrumentos da unidade compressora.

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c) Transmissor de temperatura

São dispositivos utilizados nas mais variadas aplicações na indústria para

indicação ou controle da temperatura e são constituídos por circuitos eletrônicos

que converte o sinal de entrada proveniente de termorresistência, termopares ou

sensores mV com circuitos eletrônicos internos como processadores e

conversores digitais. (ALUTAL)

Ao receberem um sinal proveniente de termorresistências, termopares ou

sensor-mV são capazes de processá-lo em um sinal analógico (4~20 mA ou

0~10 Vcc) totalmente linear e proporcional a temperatura que serão enviados ao

CLP para leitura.

Em uma unidade compressora são utilizados, geralmente, transmissores

de temperatura do tipo PT100 ou PT1000 pois a faixa de temperatura de trabalho

na unidade compressora varia, normalmente, entre 20º a 160ºC. Eles são

instalados, normalmente, nas tubulações de descarga dos estágios de

compressão.

d) Transdutor de pressão

São dispositivos que convertem os valores de pressão em grandezas

elétricas que são usadas, local ou remotamente, para leitura e/ou controle de

processos. Normalmente são utilizados na unidade compressora transdutores

de pressão com três tipos de saída elétrica: milivolt, tensão amplificada e 4-20

mA. Os transdutores de pressão, geralmente, estão instalados na caixa de

instrumentos da unidade compressora, sendo utilizados para medir a pressão de

entrada, as pressões dos estágios de compressão e a pressão de estocagem,

convertendo os valores em grandezas elétricas e enviadas ao CLP para que o

mesmo possa transformar esses sinais em grandezas proporcionais de pressão.

e) Sensor de vibração

São dispositivos que detectam as vibrações de um equipamento e

converte o sinal num sinal normalizado. Os sinais normalizados gerados podem

ser enviados para leitura e/ou controle de processos no CLP. Nas unidades

compressoras são utilizadas, normalmente, sensores de vibração vibraswitch

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que vão detectar o excesso de vibrações e ativar um alarme ou um circuito de

parada programada antes que danos graves possam acontecer. Eles são

instalados, normalmente, no cárter do compressor da unidade compressora,

tendo em vista que as principais vibrações são oriundas dos rolamentos devido

as falhas e outras disfunções que possam oferecer algum risco a unidade

compressora.

f) Válvula de segurança de pressão

As válvulas de segurança de pressão, também chamadas de PSV, são

calibradas com uma determinada pressão e, quando a pressão se eleva mais do

que deveria, ou seja, mais do que a pressão que foi calibrada, elas se abrem e

realizam o alívio dessa pressão. Quando a pressão diminui, elas se fecham

automaticamente, sem que necessite de intervenção, proporcionando maior

comodidade. Deve ser dimensionada de forma que a vazão total do sistema seja

aliviada sem que a pressão do vaso seja excedida em mais de 10% da pressão

de ajuste da válvula de segurança. (SILVA, 2009)

Na unidade de compressão as PSV’s possuem uma calibragem de

abertura acima dos ranges de alarmes de altas pressões. É instalada uma PSV

no vaso de expansão com ranges de abertura que variam de 12 a 25 bar,

geralmente. Também é instalada uma PSV para cada estágio de compressão,

geralmente nos trocadores de calor, onde no primeiro estágio possui uma

abertura de 15 a 30 bar, no segundo estágio uma abertura de 25 a 50 bar, no

terceiro estágio uma abertura de 80 a 130 bar e no quarto estágio uma abertura

de 275 a 290 bar, geralmente. Na estocagem é instalada uma PSV para todos

os cilindros que compõem a estocagem, com uma abertura de 275 a 290 bar,

geralmente.

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PARTE 2 - UNIDADE DE COMPRESSÃO DE GNV

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1 APRESENTAÇÃO

Para que possa ser utilizado como combustível para veículos, o gás

natural, distribuído na rede urbana a pressões que em média variam de 2 a 12

bar, deve ser comprimido para que atinja pressões de abastecimento da ordem

de 215,7 bar, pressão esta que é normalizada pela Agência Nacional de

Petróleo.

Este aumento de pressão é possível com o uso de compressores que

elevam a pressão do gás. Em função da grande diferença entre a pressão de

admissão (na entrada do compressor) e a pressão de saída, normalmente é

necessário o uso de múltiplos estágios (usualmente entre 3 a 4 estágios).

O gás natural é admitido, filtrado e medido através de dispositivos

instalados logo na entrada da unidade de compressão. Estes dispositivos são de

propriedade da companhia de distribuição de gás natural. Em seguida o gás é

admitido em um vaso de expansão. Até este ponto, a pressão de serviço é a

mesma que foi fornecida pela companhia de distribuição de gás.

Depois de medido, o gás é comprimido nos compressores e atinge

pressões da ordem de 250 bar (pressão final de trabalho), estando pronto para

ser disponibilizado nos pontos de abastecimento ou encaminhado para uma

estocagem fixa, que é composta de um conjunto de cilindros conectados entre

si por tubulações e dimensionados para suportar as elevadas pressões do gás.

Cada ponto de abastecimento, também denominado de distribuidor,

funciona como se fosse uma bomba de combustível, semelhante a uma bomba

de gasolina ou álcool hidratado. O ponto de abastecimento possui equipamento

capaz de disponibilizar o produto em um sistema de abastecimento compatível

com a válvula de abastecimento do veículo, além de totalizar o volume de GNV

abastecido.

É comum que em unidades de compressão sejam necessárias uma vazão

de 300 a 1000 Nm³/h de GNV de modo a abastecer a clientela (postos de serviço

com 2 a 6 pontos de abastecimento). É necessário que se tenha muita atenção

ao especificar o compressor adequado ao atendimento desta demanda.

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2 PARTES CONSTITUINTES DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

2.1 EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE UMA UNIDADE DE COMPRESSÃO

Em uma unidade de compressão normalmente são utilizados os seguintes

equipamentos:

a) Estação de medição

É equipada com um manômetro, válvulas de fechamento rápido, filtros

para retenção de impurezas e medidores. A estação de medição é instalada pela

companhia fornecedora de gás, bem como sua manutenção. O caminho que o

gás percorre na estação de medição procede da seguinte forma: primeiro ele

passa pela válvula de entrada, segue para o filtro, depois passa pelo medidor e

por fim chega a válvula de saída, conforme mostrado na figura 17. A estação

também é composta por um by-pass, que é um caminho utilizado para

manutenção do filtro. Para isso, fecham-se as válvulas 1 e 6 e abre a válvula 7.

Figura 17 - Estação de medição

(FONTE: Autoral)

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b) Unidade Compressora

Normalmente, na unidade compressora (figura 18), é utilizado um

compressor alternativo de pistão, que funciona com vários estágios, cuja função

é de elevar sucessivamente a pressão do gás a um estágio de pressão final de

trabalho de 250 bar, além de esfriá-lo gradativamente. A capacidade do

compressor é calculada de acordo com a demanda prevista do posto. Ela

também é composta por radiadores, vasos de expansão, motor e ventilador

trifásico a prova de explosão, caixa de manômetros, entre outros.

c) Distribuidor (“Bomba de abastecimento”)

São equipamentos (figura 19) utilizados em abastecimento de GNV, com

pressão de fornecimento máxima de 215,7 bar, formado por mangueira e bico,

destinado a fazer a transferência para os veículos. Esses equipamentos

possuem um sistema de abastecimento compatível com a válvula instalada no

veículo, e tem a finalidade de medir o volume de gás injetado no veículo e o valor

a ser pago.

Uma botoeira instalada no distribuidor desliga-o imediatamente em caso

de emergência. Esses equipamentos possuem display eletrônico, válvulas de

desengate rápido (break away), sistemas de bloqueio para excesso de fluxo,

manômetro, válvula reguladora de pressão, sensor interno de presença de gás,

Figura 18 - Unidade compressora

(FONTE: Aspro)

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que desliga o equipamento sempre que detectado mais de 5ppm de GNV no

interior da cabeça eletrônica do distribuidor, possui também saída para sistema

de comunicação (BRASIL POSTOS). Esses componentes aqui descritos podem

ser melhor visualizados no anexo D.

d) Estocagem

Equipada por conjunto de cilindros de aço especial (figura 20), de alta

resistência para a estocagem do GNV, são conectados entre si por tubulações.

Cada cilindro é provido de válvulas de acionamento independente, e de

segurança, que em situações de excesso de pressão, podem ser acionadas

manualmente ou automaticamente. (BRASIL POSTOS)

Figura 20 - Estocagem

(FONTE: Aspro)

Figura 19 - Distribuidor

(FONTE: Delta)

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2.2 PROCESSO DE COMPRESSÃO

Para melhor entendermos o funcionamento de uma unidade de

compressão de GNV iremos descrever o processo de compressão do gás que

se inicia com a chegada do gás natural na estação de medição da companhia

fornecedora. Em seguida, geralmente, o gás passa por um filtro para retirar

pequenas partículas de sujeiras, logo após, normalmente, passa por uma válvula

reguladora mecânica que irá regular a pressão de entrada do gás no compressor,

pressão esta que é indicada no manômetro instalado após a reguladora.

O gás segue até o compressor por uma tubulação e chega até o vaso de

expansão para poder retirar a pulsação do gás que vem da linha antes de entrar

na sucção do primeiro estágio, sendo comprimido elevando a pressão de

entrada, assim, o gás é descarregado para o trocador de calor de modo que a

temperatura do gás seja abaixada, pois quando o gás é comprimido sua

temperatura também aumenta sendo necessário diminuir a mesma para chegar

ao estágio seguinte. Esse processo de compressão do gás se repete até o último

estágio, comprimindo o gás elevando a pressão até atingir a pressão de

estocagem.

A pressão do gás da entrada varia, em média, entre 2 a 12 bar, essa

pressão é comprimida em estágios que vão diminuindo seus espaços na câmara

de compressão, ou seja, a quantidade de gás da câmara anterior é comprimida

em uma câmara menor no estágio seguinte fazendo com que a pressão e a

temperatura do gás aumentem.

Ao final do último estágio o gás está, normalmente, com a pressão entre

215 a 250 bar. Após passar pela compressão esse gás em alta pressão é

estocado num banco de cilindros que formam a estocagem. O gás é levado da

estocagem até os distribuidores para ser comercializado a uma pressão máxima

de 215,7 bar.

Neste processo são utilizados alguns tipos de instrumentos mencionados

na parte 1 (um), no item 5.1, para o controle, indicação quantitativa e de

segurança, desses instrumentos os manômetros, os transdutores de pressão e

os transmissores de temperatura são os instrumentos mais importantes para

automatizar a compressão e a estocagem.

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Na figura 21 é mostrado um fluxograma simplificado de uma unidade de

compressão para melhor compreender o processo descrito. Nos anexos E e F,

estão descritos a legenda e o fluxograma completo da unidade compressão.

2.3 DESCRIÇÃO DO ESQUEMA ELÉTRICO

Iremos descrever um painel relacionando os componentes de comando e

controle que controlam o funcionamento do compressor e a parte de potência

fazendo a alimentação e proteção do sistema elétrico, conforme é mostrado nos

anexos B e C.

Normalmente é entregue pela companhia de energia elétrica, tensão de

380V ou 440V. Para a proteção de todo o circuito elétrico do posto, coloca-se

um disjuntor na chegada das fases, sendo as mesmas derivadas para o painel

elétrico de comando e força da unidade de compressão e para o restante do

sistema elétrico do posto.

Figura 21 - Unidade de compressão

(FONTE: Autoral)

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As fases chegam ao painel através de três cabos com fases com

variações de tensões de, normalmente, 240V a 270V e um cabo terra, para

alimentação do sistema. Para a proteção individual do painel é utilizada uma

chave seccionadora com um fusível por fase. Para proteger contra curto-circuito

e desligamento total do painel, passando pela seccionadora onde as fases são

medidas tensões e correntes, através de chaves comutadoras de 3 posições,

possibilitando visualizar as três fases em um voltímetro e um amperímetro.

A partida do motor do compressor utiliza soft starter ou inversor

frequência, para partir mais leve o motor.

Em paralelo são feitas as alimentações de um transformador abaixador

com as tensões 380V ou 440V no primário do transformador, obtendo no

secundário, tensões de 127V ou 220V, para fazer as demais alimentações no

painel, como tomadas, ventoinhas, botoeiras de emergência, distribuidores,

fonte 24Vcc e campainha de alarme, para a proteção do transformador é utilizado

um disjuntor.

A fonte transforma tensões de 127V ou 220V em 24Vcc para o sistema de

automação. Outra parte que faz uso de tensões 380V ou 440V são os motores

do trocador de calor que tem para proteção de ambos, um disjuntor. Os motores

são alimentados em paralelo, para a proteção individual dos motores, utilizam-

se contatoras e relés térmicos.

Assim, descrevemos sucintamente o painel elétrico de potência de uma

unidade de compressão de gás natural veicular.

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3 COMPRESSOR ALTERNATIVO MODELO PT 245

3.1 INTRODUÇÃO

Neste tópico abordaremos o princípio de funcionamento de um típico

compressor utilizado numa unidade de compressão de gás natural,

demonstrando seu funcionamento, assim como alguns dados técnicos e

especificações.

O gás natural é comprimido e fornecido em pressões que variam,

geralmente, entre 2 a 12 bar pela empresa fornecedora, essa pressão de

fornecimento varia de uma região para outra.

Essa pressão determinará a quantidade de estágios do compressor assim

como sua configuração construtiva. Sua aplicação se dá em postos de

combustível onde o compressor é instalado em uma unidade de compressão

para comprimir o gás natural que em seguida é estocado em banco de cilindros

(armazenagem) com pressão que varia entre 215 a 250 bar.

Este compressor é normalmente acionado por motores trifásicos a prova

de explosão com potência que variam entre 150 a 200 CV, através de sistemas

de transmissão de polias e correias.

3.2 DADOS DO COMPRESSOR

Especificações Técnicas:

a) Fabricante: Knox Western.

b) Alimentação: 380V ou 440V (AC) - 60 Hz.

c) Potência: 150 a 200 CV.

d) Peso aproximado: 7000 Kg.

e) Medidas externas (mm): 2250 comprimento, 2750 altura, 2700

largura.

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Características Técnicas:

a) Números de estágios: 4.

b) Número de cilindros: 4.

c) Pressão máxima de sucção: 11 bar.

d) Pressão mínima de sucção: 5 bar.

e) Pressão máxima de descarga: 250 bar.

f) Pressão mínima de descarga: 210 bar.

g) Vazão mínima: 400 Nm³/h.

h) Vazão máxima: 700 Nm³/h.

3.3 FUNCIONAMENTO

O compressor TP245, mostrado na figura 22, é acionado por um motor

elétrico (AC) e controlado por um PLC no qual é instalado um programa

especialmente projetado de forma a controlar o compressor em todas as etapas

de operação desde a partida até sua parada.

Este PLC é conectado a um IHM (Interface homem - máquina) na forma

de display, o mesmo indica através de legendas o que está acontecendo no

compressor. Indica a sequência de partida, de parada normal e as diferentes

falhas de parada por emergência e alarmes. Todos os parâmetros de

funcionamento, controle, alarmes e falhas podem ser acessados pelo display

fixado no painel.

Figura 22 - Compressor da unidade compressora

(FONTE: Agira)

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O painel do compressor possui chave de partida, parada de emergência

e alarme. Do PLC saem sinais de comando para comandar a partida suave do

motor principal e as válvulas solenoides que operam os diferentes atuadores de

comando do compressor, como também sinais de segurança intrínsecas

(utilizada na proteção de sinais elétricos em áreas classificadas) vinculadas ao

painel do compressor no que diz respeito às paradas de emergência e sinais de

comando. O motor elétrico parte por meio do soft starter ou por um inversor de

frequência, o qual vem montado no quadro de entrada de energia.

3.4 SEQUÊNCIA DE PARTIDA

A sequência para partir o compressor somente irá iniciar quando a

pressão da estocagem estiver inferior a 215 bar. Quando acima de 215 bar, os

distribuidores receberão o gás diretamente da estocagem.

O procedimento de partida automática se realiza movendo-se a chave no

quadro de partida para a posição partida automática, movendo a chave no

quadro para a posição “RESET” e em seguida para a posição “PARTIDA”. Neste

momento o display indicará “COMPRESSOR PRONTO PARA PARTIR”. No

momento que a pressão baixar para 215 Bar, o PLC dará o sinal para o

compressor partir.

A partida se dá da seguinte forma:

1º O PLC dá o sinal elétrico correspondente para abrir a válvula de

entrada e partir o motor do ventilador do trocador de calor. Passando,

normalmente, o tempo de 6 segundos, o PLC dará o sinal elétrico

correspondente para que se energize o soft starter, iniciando desta maneira a

partida. Poderá ser observada no display a frase “PARTIDA DO

COMPRESSOR”.

2º Uma vez finalizada a rampa de partida (estima em 12 segundos),

tempo que foi programado na soft starter (chave de partida suave), se energiza

a solenóide que comanda a válvula de recirculação dos estágios, fechando-se

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esta, começando assim a comprimir. Poderá ser observado no display a frase

“COMPRIMINDO”.

Em todo momento, o PLC, verificará se todas as variáveis estão em

perfeito estado de funcionamento. Os tempos mencionados são pré-

determinados e ingressados no programa pelo pessoal técnico.

3.5 SEQUÊNCIA NORMAL DE PARADA

Ao chegar a pressão máxima de recalque 250 bar na estocagem, o

transdutor de pressão dará o sinal para o PLC, o qual iniciará a sequência de

parada, descrita a seguir:

1º É fechada a válvula de entrada de gás. O motor continua girando e

comprimindo o gás existente no tanque de entrada, por conseguinte ocorre a

queda na pressão de entrada. Neste instante observa-se no display a frase

“COMPRESSOR PARANDO”.

2º Quando a pressão de entrada chega a 2 bar, aproximadamente, o

compressor para.

3º O compressor ao parar, abre a válvula de pressurização, a qual

está interligada com a tubulação do tanque de entrada, equalizando-se as

pressões em todas as etapas. Com a pressão equalizada, que será praticamente

igual a pressão de sucção, o compressor ficará em espera para a próxima

partida. No display indicará a frase “COMPRESSOR PRONTO PARA PARTIR”.

4º O PLC ficará na espera do sinal do transdutor da estocagem.

Quando a pressão baixar para 215 bar, o compressor iniciará seu ciclo de

partida.

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3.6 ALARMES DE PARADA E EMERGÊNCIA

No caso em que algum dos parâmetros controlados, esteja

momentaneamente com um valor fora dos ranges de operação normal, os

instrumentos enviarão sinal ao PLC, procedendo-se a parada do compressor ou

alarmes mínimos ou máximos de acordo com o parâmetro alarmado.

Os parâmetros são os seguintes:

a) Baixa pressão de óleo

b) Baixa pressão de entrada

c) Alta pressão de entrada

d) Alta pressão ou alta temperatura no 1ª estágio

e) Alta pressão ou alta temperatura no 2ª estágio

f) Alta pressão ou alta temperatura no 3ª estágio

g) Alta pressão ou alta temperatura no 4ª estágio

h) Sobrecarga no motor principal

i) Sobrecarga no motor do ventilador

j) Falha na lubrificação

k) Baixo nível de óleo no lubrificador

l) Excesso de vibração

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4 PLANO DE MANUTENÇÃO

O plano de manutenção criado para a unidade de compressão teve como

principal finalidade gerir de forma mais eficiente e rápida as constantes

necessidades de manutenção que os equipamentos exigem durante e após a

sua utilização.

O cumprimento do plano de manutenção deve ser seguido para garantir

sua maior eficácia, podendo sofrer antecipação na sua execução. Devem ser

evitadas postergações na execução do plano de manutenção, caso ocorra, será

necessária uma avaliação do equipamento por uma equipe técnica.

No fundo, torna-se claro que a elaboração de um bom plano de

manutenção é indispensável para uma boa gestão e extensão da vida útil dos

equipamentos da unidade.

4.1 MANUTENÇÃO CORRETIVA

Verifica-se quando um determinado equipamento já demonstrou algum

tipo de falha e precisa de ser reparado. É um processo dispendioso pois, por

norma, obriga à paragem da produção para reparação do mesmo.

A manutenção corretiva pode ser compreendida como uma correção da

falha, ou do desempenho menor que o esperado, podendo ser dividida em

duas fases: manutenção corretiva não planejada e corretiva planejada.

A manutenção corretiva não planejada, refere-se à correção da falha de

forma aleatória, ou seja, após a sua ocorrência espera-se que seja corrigida.

Esta manutenção implica custos elevados, pois acarreta perdas de produção

significativas e como consequência, os equipamentos podem apresentar danos

considerados graves. (FERREIRA, 1998)

Na unidade de compressão existem equipamentos sujeitos a

manutenção corretiva não planejada, como por exemplo:

a) Vazamentos de óleo e gás.

b) Equipamentos elétricos queimados.

c) Válvulas danificadas.

d) Transdutores variando na leitura.

e) PSV abrindo devido a excesso de pressão.

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60

Essas falhas citadas acarretam diretamente na parada da unidade de

compressão para reparo e trocas de equipamentos. Basicamente, esse tipo de

manutenção refere-se a trabalhos de reparação de avarias que tenham surgido

sem qualquer aviso prévio e cuja oportunidade de intervenção não pode ter

sido decidida anteriormente.

A manutenção corretiva planejada é um tipo de manutenção em que a

correção é feita, como o próprio nome indica, de uma forma mais planejada, ou

seja, após ocorrer a falha, porém uma falha já prevista com um tempo de reparo

menor. Este método apresenta um menor custo, sendo igualmente mais seguro

e mais rápido comparada a corretiva não planejada.

Na unidade de compressão, a manutenção corretiva planejada funciona

na troca ou reparo de certos equipamentos, por exemplo:

a) Substituição das correias por desgaste ou avarias.

b) Substituição de o-rings e juntas.

c) Substituição de manômetro.

d) Substituição de anéis de compressão.

e) Substituição de válvulas de sucção e descarga danificadas.

Na manutenção corretiva planejada, se as avarias tivessem sido

precedidas de um aviso prévio, a programação da reparação antes da ocorrência

dessas avarias, era de fato possível. (CABRAL, 2004)

4.2 MANUTENÇÃO PREVENTIVA

Trata-se de uma manutenção que abrange toda a ação de inspeção, com

o objetivo de identificar possíveis falhas antes de estas acontecerem, de modo

a garantir que não haja interrupções inesperadas do equipamento. Assim, é uma

técnica que visa reduzir as falhas ou avarias, obedecendo a um planejamento

baseado em períodos estabelecidos de tempo. (CABRAL, 2004)

Esta manutenção apresenta uma melhor eficácia quando os intervalos de

tempo estão determinados. Consequentemente pode, também, ser considerado

uma menos valia a sua prática, podendo ocorrer uma tendência natural de se

realizarem intervenções em períodos de tempo menores, contribuindo para uma

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61

eventual substituição desnecessária de peças, bem como a reparação de

máquinas que não estejam avariadas.

Na unidade de compressão, a manutenção preventiva contém um check-

list dos equipamentos a serem inspecionados e trocados, com suas respectivas

horas de uso. Abaixo é mostrado alguns exemplos de falhas na qual a

manutenção preventiva é utilizada na unidade de compressão:

a) A cada 2500 horas, efetuar hidrolavagem da unidade compressora;

b) Substituir o filtro e o óleo do cárter;

c) Fazer o ajuste da sensibilidade do sensor de vibração.

d) A cada 5000 horas, limpar o soft starter (retirar a poeira e resíduos

internos);

e) Substituir todas as válvulas de admissão e escape.

f) A cada 10000 horas, substituir rolamento.

Em súmula, apesar da manutenção preventiva não funcionar como uma

“vacina”, pode impedir o sistema de avariar. Este tipo de manutenção previne

ainda avarias mais onerosas e permite que a manutenção seja um processo mais

facilitado e previsível. É um método cuja intervenção é realizada e planejada com

a antecedência necessária a fim de evitar a falha, devendo sempre existir uma

complementaridade curativa-preventiva tendo em conta o custo mínimo.

4.3 MANUTENÇÃO PREDITIVA

Trata-se da análise da condição de funcionamento de um ou vários

equipamentos. Este estudo de desempenho do equipamento, dá futuramente o

conhecimento da necessidade, ou não, de intervenções. Esta ação ocorre por

norma antes da manutenção preventiva. (FILHO, 1996)

É uma atividade que se rege por um acompanhamento das variáveis ou

parâmetros que indicam o desempenho dos equipamentos, que visa a

necessidade imediata, ou não, de intervenção. É efetuada em intervalos pré-

determinados e destina-se fundamentalmente à redução da probabilidade da

falha ou avaria.

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62

Este método é usado em conformidade com a manutenção corretiva

planejada, permitindo que os equipamentos operem por mais tempo e a

intervenção aplicada seja baseada em dados e não em suposições. (LIMA, LIMA

E SALLES, 2008)

Esta técnica traz grandes benefícios, pois é capaz de prevenir falhas com

antecedência suficiente para que os equipamentos sejam desativados em

segurança, reduzindo assim os acidentes e interrupções do sistema produtivo. É

notória uma redução dos custos e prazos de manutenção pelo prévio

conhecimento da falha. Desta forma, são melhoradas as condições de operação

dos equipamentos, pois é aumentado o seu rendimento e produtividade obtendo

um menor desgaste. (MIRSHAWKA, 1991)

4.3.1 Ferramentas da manutenção preditiva

Para ser realizada a manutenção preditiva, diversas análises deverão ser

realizadas, tais como: Analises de vibração; Análises de óleo; Termografia;

Boroscopia; Ultrassom: emissão e recepção; Emissão acústica; Partícula

magnética; Líquido penetrante; Radiografia. Na unidade de compressão, as

ferramentas de análises de vibração, e de termografia são as que, normalmente,

são mais utilizadas.

4.3.1.1 Análises de vibrações

Nas unidades compressoras, a análise de vibração tem a função de

detectar falhas e defeitos nos seguintes componentes:

a) Rolamentos dos motores elétricos.

b) Rolamento do eixo virabrequim.

c) Nos mancais de deslizamento (casquilhos).

d) Folgas de parafusos.

e) Desalinhamento de acoplamento.

f) Desalinhamento de polias.

Através das análises feitas e com o auxílio de softwares, é possível

identificar a condição normal e a probabilidade de ocorrência de possíveis

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63

defeitos. Com o armazenamento de dados históricos em banco de dados, pode-

se assim avaliar qual a tendência operacional para cada equipamento.

Com essa técnica pode-se identificar qual o defeito do equipamento em

seu estado inicial. Isto exige experiência do analista, que poderá até operar

máquinas que apresentem pequenos defeitos, dentro de uma faixa de risco, a

fim de reduzir as intervenções corretivas. Com isso pode-se realizar um

planejamento com folga de tempo para execução de qualquer intervenção

(NÓBREGA, 2011).

4.3.1.2 Termografia

A termografia é uma técnica que possibilita a medição de temperaturas e

a obtenção de imagens de um componente, equipamento ou processo a partir

da radiação infravermelha que um corpo emite, em função da sua temperatura

(ABNT, 2006).

Baseia-se no princípio de que grande parte dos defeitos elétricos e

mecânicos produzem aquecimento diferenciado, que é percebido pelas câmeras

termográficas. Normalmente, na unidade compressora, é utilizada para:

a) Detectar o aquecimento por sobrecarga de cabos

b) Detectar aquecimento de conectores

c) Detectar aquecimento de terminais

d) Detectar aquecimento de válvulas de sucção e descarga

e) Identificar falha na lubrificação secundária

f) Identificar desgaste dos anéis de compressão

g) Identificar o aquecimento de bobinamento do motor

A termografia tem a vantagem por ser um método não destrutivo,

confiável, com rapidez de inspeção. As imagens são geradas em tempo real,

possibilitando que a prévia da avaliação do objeto seja instantânea. Não mantém

contato com o equipamento durante a inspeção, que poderá estar em operação

normal para avaliação, e a radiação de trabalho não é prejudicial à saúde do

inspetor. É um método seguro tanto para o equipamento quanto para o inspetor,

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64

que obtém resultados de fácil interpretação, e uma vasta área de aplicação,

utilizada em diagnósticos precoces da ocorrência de falhas.

4.4 PLANO DE MANUTENÇÃO DA UNIDADE DE COMPRESSÃO

O plano de manutenção da unidade compressora abrange todos os tipos

de manutenção. Ele precisa ser seguido para uma melhor confiabilidade e

eficiência dos equipamentos da unidade. Normalmente, esse plano é seguido

mensalmente, a cada 2500 horas, a cada 5000 horas e a cada 10000 horas

dependendo do modelo do compressor, por um técnico responsável pela

manutenção.

4.4.1 Mensalmente

Normalmente, na visita mensal são verificados os seguintes parâmetros:

a) Pressões normais de trabalho

b) Temperaturas normais de trabalho

c) Presença de ruídos anormais

d) Vazamentos de gás e/ou óleo

e) Verificação do nível de óleo

f) Verificação de excesso de vibração

g) Verificação de tensões e correntes

4.4.2 A cada 2500 horas

Normalmente, a manutenção preventiva 2500 horas é efetuada na

unidade de compressão verificando e substituindo os componentes da mesma.

Abaixo será listado os seguintes serviços a serem executados:

a) Limpeza geral do equipamento

b) Troca do filtro de óleo

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c) Limpeza do cárter

d) Checagem da correta lubrificação do equipamento

e) Teste de estanqueidade do equipamento

f) Limpeza e revisão geral do painel elétrico

g) Engraxe dos rolamentos dos motores elétricos

h) Teste dos sistemas de drenagem

i) Teste dos sistemas de parada do equipamento

j) Ajuste da sensibilidade do sensor de vibração

k) Verificação do filtro da linha de entrada do gás

l) Existência de vazamento nas válvulas 3 vias

m) Existência de vazamentos internos nos distribuidores

n) Existência de vazamentos nas válvulas break away

o) Atuação das válvulas solenoides

p) Teste das botoeiras de parada de emergência

q) Inspeção visual das linhas de gás (vazamentos e pontos de

ferrugem)

r) Inspeção visual da armazenagem

4.4.3 A cada 5000 horas

Normalmente, a manutenção preventiva de 5000 horas é efetuada na

unidade de compressão verificando e substituindo os componentes da mesma,

sendo executado todos os serviços de uma manutenção de 2500 horas mais os

seguintes apresentados abaixo:

a) Substituição do diafragma de válvula de bloqueio de entrada

b) Substituição do diafragma de válvula de despressurização

c) Substituição do filtro coalescente

d) Substituição de todas as válvulas de sucção e descarga

e) Substituição de todos o-rings e juntas das válvulas de sucção e

descarga

f) Substituição da válvula de retenção de disco

g) Substituição do filtro da linha de entrada de gás

h) Substituição dos anéis de vedação e anel guia do último estágio

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66

i) Inspeção do estado das correias

j) Verificação do funcionamento do sensor de presença de gás

k) Reaperto das porcas de hastes

4.4.4 A cada 10000 horas

Normalmente, a manutenção preventiva de 10000 horas é efetuada na

unidade de compressão verificando e substituindo os componentes da mesma,

sendo executado todos os serviços de uma manutenção de 5000 horas mais os

seguintes apresentados abaixo:

a) Substituição dos anéis de vedação e anéis guias de todos os

estágios

b) Inspecionar os casquilhos da biela e substituir caso necessário

c) Substituir as gaxetas

d) Substituir as válvulas de retenção de óleo

e) Substituir os acoplamentos da bomba de óleo

f) Substituir o rolamento lado volante

g) Inspecionar o estado das correias e substituir caso necessário

h) Verificar o alinhamento das polias e o tensionamento das correias

No fim da manutenção preventiva de 10000 horas, retorna-se para a manutenção

preventiva de 2500 horas, dando-se um novo ciclo no plano de manutenção.

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67

4.5 FALHAS, CAUSAS E SOLUÇÕES

A tabela 1 apresenta um esquema de falhas e suas possíveis causas e

soluções que normalmente são apresentadas em uma unidade compressora.

Tabela 1 - Falhas, causas e soluções

FALHA POSSÍVEL CAUSA SOLUÇÃO

- Baixa pressão de entrada.

- O fusível de saída pode estar aberto.

- A bobina da válvula que comanda a abertura da válvula de entrada está queimada.

- A válvula de três vias não atua bem (não consegue mover o atuador).

- Trocar fusível. - Testar a bobina e em caso de estar queimada, substitui-la. - Testar a válvula e em caso de mau funcionamento, substitui-la.

- Baixa pressão de óleo do compressor.

- Vazamento de óleo no circuito. - Óleo com muita viscosidade e baixa temperatura. - O filtro de sucção de óleo do cárter está sujo.

- Inspeção visual do circuito de óleo. Se existir vazamento apertar os conectores. - Partir o compressor, só uma vez, e verificar se a pressão de óleo atinge seu valor nominal. - Desarmar e substituir filtro.

- Baixo nível de óleo do compressor.

- Falta de óleo no cárter do compressor. - O interruptor de corte por nível está frouxo ou solto. - O nível está correto e o interruptor de nível em posição normal.

- Verificar nível e agregar óleo. - Colocá-lo em sua posição original e posiciona-lo corretamente. - Verificar contato do interruptor e substitui-lo se necessário.

- Excesso de vibração. - Alta sensibilidade do sensor de vibração.

- Ajustar a sensibilidade do sensor.

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- O sensor de vibração se encontra frouxo.

- Girar o botão de sensibilidade para o lado do Less (menos), uma divisão da escala. - Fixar o sensor de vibração corretamente.

- Alta pressão de primeira segunda e terceira etapa.

- Alta pressão de entrada. - Ruptura da válvula de sucção e/ou descarga posterior do estágio alarmado. - Ruptura da junta da válvula de sucção e/ou descarga posterior do estágio alarmado. - Falha ou mau contato no transdutor de pressão.

- Verificar pressão de entrada dentro dos valores normais. - Fazer reparo na mesma. - Efetuar substituição das juntas. - Testar sensor, cabos e conectores. - Efetuar reparo ou substituição se danificados.

- Alta pressão de quarta etapa.

- Falha ou mau contato do transdutor de pressão.

- Fazer reparo no mesmo. - Testar sensor, cabos e conectores. - Efetuar reparo ou substituição se danificados.

- Alta temperatura da primeira à quarta etapa.

- O fusível de saída do ventilador pode estar aberto. - Os contatos da contatora abertos. -Não funciona o ventilador. -Radiadores entre etapas sujos.

- Trocar fusível. - Testar contatos, bobina. Se danificados, substituir. - Limpar externamente os radiadores com lava-jato a pressão.

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69

- Falha ou mau contato no termopar.

- Verificar o termopar, cabos e conectores.

- Sobrecarga de motor

principal e motor do

ventilador.

- Soft start (chave de

partida) em falha.

- Guarda motor em falha

(botão vermelho

acionado).

- Motor em curto-circuito.

- Ver manual da Soft

start e executar

procedimentos

recomendados.

- Verificar fases e

diferenças de tensões

entre fases.

- Verificar

continuidade entre

bobinas de motor e a

terra.

- Alta pressão de

armazenagem.

- Falha no transdutor da

estocagem.

- Verificar transdutor,

cabos, terminais.

- Reparar ou substituir

os mesmos.

- Comparar pressão

no manômetro com

pressão no painel.

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70

5 IMAGENS E DESCRIÇÕES

Imagens expandidas e descrições dos elementos de máquina do

compressor knox western TP 245 4 ESTÁGIOS, um dos modelos de compressor

utilizados na compressão de gás natural veicular em postos de combustíveis.

Figura 23 - Imagem expandida do carter e guia de cruzeta

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

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Tabela 2 - Tabela de descrição dos componentes da figura 23

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

Item Qde Descrição Item Qde Descrição

1 1 Cárter 23 4 Parafuso allen 5/8” x 1 ½”

2 2 Guia de cruzeta 24 8 Parafuso prisioneiro 5/8”

3 1 Tampa de alojamento da

bomba de óleo e rolamento 25 8 Porca 5/8”

4 1 Tampa do rolamento

traseiro 26 2 Parafuso .10” x .175”

5 1 Tampa do defletor de óleo 27 1 Placa de identificação

6 4 Parafuso 10-24 x ¼ 28 2 Anel de vedação

7 1 Tampa do retentor 29 1 Anel de vedação

8 1 Retentor 30 1 Bucha sextavada ¾” para 3/8”

9 6 Parafuso allen 3/8” – 16 x 1” 31 1 Mostrador de nível de óleo

10 4 Arruela de pressão 32 1 Tampão de ¾”

11 1 Junta da tampa defletora 33 1 Tela filtra óleo

12 12 Parafuso estriado ½” x 1 ¼” 34 1 Tampão ¾”

13 24 Arruela 35 1 Tampão 1”

14 2 Anel de vedação 36 2 Tampão ½”

15 1 Cotovelo 1/4 “x ¼” 37 1 Anel vedação

16 1 Tubo lubrificação cárter 38 1 Pino do cilindro 3/16” x 7/8”

17 1 Junta tampa do cárter 39 1 Indicação do sentido de giro

18 1 Tampa do cárter 40 1 Anel vedação

19 46 Parafuso sextavado 3/8” x

3/4” 41 1

Válvula de alivio da pressão da

bomba

20 4 Tampa da guia de cruzeta 42 Mola de alivio

21 4 Junta tampa guia da

cruzeta 43 1 Cotovelo 1/4” x 1/4"

22 2 Suspiro 44 2 União ¼” x ¼”

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Figura 24 - Imagem expandida das camisas de 1°e 3° estágios e periféricos

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

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73

Tabela 3 - Tabela de descrição dos componentes da figura 24

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

Item Qde Descrição Item Qde Descrição

1 1 Cilindro de 2° estágio 20 6 Parafuso prisioneiro 5/8” x 2 5/8”

2 1 Caixa de gaxeta 21 6 Porca 5/8”

3 1 Haste do pistão 22 4 Parafuso allen ½” x 1 ¾”

4 1 Pistão 23 1 Cotovelo ¼”x 1/8”

5 4 Anéis de compressão 24 1 Tubo venteio gaxetas

6 1 Anel guia 25 2 Válvula de descarga

7 2 Junta da válvula 26 2 Pino de cavilha

8 2 Válvula de sucção 27 1 Tampa

9 4 Junta tampa válvula 28 1 Anel vedação

10 4 Tampa de válvula 29 1 Placa de Identificação

11 34 Parafuso prisioneiro 5/8”

x 2 3/8”

30 2 Parafuso .10” x .175”

12 34 Porca 5/8” 31 2 Anel batente

13 2 Flange 32 1 Porca da haste

14 4 Porca ½” 33 2 Parafuso 3/16” x 7/8

15 4 Arruela 34 1 Porca de balanceamento

16 4 Parafuso prisioneiro ¾” x

3”

35 1 Camisa de regulagem espaço

nocivo

17 2 Junta do flange 36 Regulador

18 1 Junta do cilindro 37 4 Porca ¾”

19 1 Cabeça do cilindro - - -

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Figura 25 - Imagem expandida das camisas de 2°e 4° estágios e periféricos

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

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Tabela 4 - Tabela de descrição dos componentes da figura 25

(FONTE: Manual KNOX WESTERN TP 245)

Item Qde Descrição Item Qde Descrição

1 1 Cilindro de 3° estágio 21 1 Válvula de descarga

2 1 Junta válvula 22 1 Válvula cega

3 1 Válvula sucção 23 2 Anel de vedação

4 1 Gaiola 24 1 Válvula de descarga

5 4 Junta tampa 25 1 Válvula de sucção

6 4 Tampa válvula 26 2 Válvula cega

7 32 Parafuso prisioneiro 5/8” x 2 3/8” 27 2 Anel de teflon

8 32 Porca 5/8” 28 2 Anel vedação

9 4 Parafuso 5/8” x 4 ¼” 29 2 Tampa de válvula

10 2 Flange 30 4 Anéis de compressão

11 2 Junta do flange 31 1 Anel guia

12 1 Anel vedação 32 4 Anéis de compressão

13 1 Cilindro 4° estágio 33 1 Anel guia

14 6 Parafuso prisioneiro 5/8 34 1 Pistão

15 6 Porca 5/8” 35 1 Porca de balanceamento

16 36 2 Parafuso 3/16”x 7/8”

17 37 1 Cabeça de cilindro

18 4 Parafuso ½” x 1 ¾” 38 6 Parafuso ½” x 3”

19 1 Gaxetas 39 1 Placa de identificação

20 1 Junta de válvula 40 2 Parafuso .10” x .175”

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76

6 CONCLUSÃO

Conforme apresentado, concluímos que foi proveitoso este trabalho

relacionando a unidade de compressão do gás natural demonstrando a

importância da unidade para fazer com que o gás natural tenha um seguimento

de utilização comercial no ramo automotivo, tendo uma ideologia muito válida

com relação ao meio ambiente, com aproveitamento de uma matéria prima

abundante que era literalmente queimada como derivado do petróleo. Contudo,

percebemos a grande importância do surgimento das unidades de compressão

de GNV, visando reaproveitar esta matéria-prima, pois para utilização do gás

natural como combustível é necessário todo processo de funcionamento das

unidades.

Relatamos os principais componentes de um compressor alternativo,

como também seu princípio de funcionamento, incluindo seu ciclo de

compressão. Demonstramos os equipamentos básicos de uma unidade

compressão, para um melhor entendimento de como funciona a chegada do gás

natural até a sua saída em forma de combustível.

O estudo de caso mencionado foi o compressor TP245, devido ser o

equipamento mais importante da unidade de compressão. Relatamos suas

características técnicas, funcionamento, suas sequências de partida e parada,

além dos alarmes de emergência.

No plano de manutenção foi apresentado as típicas manutenções

corretivas, preventivas e preditivas, para assim assegurar a confiabilidade e

disponibilidade do funcionamento da unidade. Através da apresentação das

possíveis falhas e paradas foi demonstrado quais as possíveis soluções para

sanar o defeito. Assim adquirimos mais conhecimento sobre a manutenção do

compressor alternativo de múltiplos estágios.

Por fim, ao descrevermos o processo de compressão e armazenamento

relacionado ao GNV, visamos ter alcançado o objetivo de levar maior

conhecimento aos leitores do projeto sobre como o GNV chega aos

distribuidores de abastecimento para ser comercializado.

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77

BIBLIOGRAFIA

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ANEXO A - PAINEL ELÉTRICO

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ANEXO B - LEGENDA DOS COMPONENTES ESQUEMA ELÉTRICO

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ANEXO C - ESQUEMA ELÉTRICO

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86

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ANEXO D - COMPONENTES DO DISPENSER

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88

ANEXO E - LEGENDA DO FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE

COMPRESSÃO

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ANEXO F - FLUXOGRAMA DA UNIDADE DE COMPRESSÃO