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Dentição das crianças é mais precoce devido à melhoria das condições de vida Teresa Firmino Estudo demonstra de forma clara, diz equipa, a influência dos factores ambientais na maturação dos dentes É o primeiro estudo a nível mundial que o demonstra sem margem para dúvidas: a dentição permanente das crianças e dos adolescentes está a desenvolver-se mais cedo devido à melhoria das condições de vida. A conclusão, da equipa do antropólo- go Hugo Cardoso, baseou-se no estudo de crianças portuguesas actuais e de uma colecção única de esqueletos no Museu Antropológico de Coimbra e no Museu Nacional de História Natural (MNHN), em Lisboa. Publicado na revista American Jour- nal ofHuman Biology, o estudo ava- liou os dentes de 521 crianças e ado- lescentes, entre os seis e os 18 anos, que nasceram entre 1985 e 1997, de classe socioeconómica média a baixa, e que foram a consultas na Faculdade de Medicina Dentária da Universida- de do Porto. A maturação dos seus dentes - ou melhor, das suas raízes, a última parte a formar-se e que pôde assim ser estudada em indivíduos até aos 18 anos de idade - foi comparada com a dos dentes de 114 esqueletos de crianças e adolescentes que nas- ceram entre 1887 e 1960 e faleceram entre 1903 e 1972. Estas colecções tiveram origem em ossadas não reclamadas pelas famílias quando os cemitérios estavam a fazer o seu levantamento, explica Hugo Car- doso, da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do MNHN. "Em vez de serem destruídas, os dois museus recolheram as ossadas, que são um património científico incalcu- lável", sublinha o antropólogo, acres- centando que, em conjunto, as duas colecções são as maiores do mundo e únicas pela informação que contêm. Além disso, a identidade das crianças, incluindo a idade ea origem socioeco- nómica, é conhecida, ao contrário do que ocorre com esqueletos encontra- dos em escavações arqueológicas. "Aproveitámos a singularidade des- tas amostras e procurámos documen- tar esta aceleração do desenvolvimen- to dentário", diz Hugo Cardoso. E os resultados revelam que, em média, o desenvolvimento dos dentes ocorre 1,47 anos mais cedo nas rapa- rigas e 1,22 anos nos rapazes actuais, por comparação com a amostra his- tórica. a primeira vez a nível mun- dial que, de forma sistemática e bem documentada, se conseguiram estes resultados. Houve outros estudos que sugeriam algo parecido, mas as amos- tras eram reduzidas ou não eram su- ficientemente antigas. Este trabalho procurou colmatar essas falhas e, no final, encontrámos o que esperáva- mos", frisa Hugo Cardoso. Em Portugal, a aceleração do desen- volvimento dos dentes iniciou-se com o final da ditadura, em 1974, quando começaram a registar-se melhorias económicas e nos cuidados de saú- de. Os portugueses passaram a inge- rir mais calorias e produtos de origem animal, como carne e leite. Que implicações têm estes resul- tados? A idade para certos tratamen- tos nos dentes dos adolescentes dos países desenvolvidos pode estar de- sactualizada e deve ser antecipada. Ea estimativa da idade de crianças e jovens refugiados e imigrantes ile- gais oriundos de países em desenvol- vimento, para identificação através do registo dentário, deve ter em conta os factores ambientais na maturação dos dentes. "Podem parecer mais jovens pela dentição, mas são mais velhos."

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Page 1: Dentição das crianças é mais devido melhoria das vida · Em Portugal, a aceleração do desen-volvimento dos dentes iniciou-se com o final da ditadura, em 1974, quando começaram

Dentição das crianças é mais precocedevido à melhoria das condições de vidaTeresa Firmino

Estudo demonstra de formaclara, diz equipa, a influênciados factores ambientaisna maturação dos dentes

• É o primeiro estudo a nível mundial

que o demonstra sem margem paradúvidas: a dentição permanente das

crianças e dos adolescentes está adesenvolver-se mais cedo devido àmelhoria das condições de vida. Aconclusão, da equipa do antropólo-go Hugo Cardoso, baseou-se no estudode crianças portuguesas actuais e de

uma colecção única de esqueletos noMuseu Antropológico de Coimbra e noMuseu Nacional de História Natural(MNHN), em Lisboa.

Publicado na revista American Jour-nal ofHuman Biology, o estudo ava-liou os dentes de 521 crianças e ado-lescentes, entre os seis e os 18 anos,que nasceram entre 1985 e 1997, de

classe socioeconómica média a baixa,e que foram a consultas na Faculdadede Medicina Dentária da Universida-de do Porto. A maturação dos seusdentes - ou melhor, das suas raízes,a última parte a formar-se e que pôdeassim ser estudada em indivíduos atéaos 18 anos de idade - foi comparadacom a dos dentes de 114 esqueletosde crianças e adolescentes que nas-

ceram entre 1887 e 1960 e faleceramentre 1903 e 1972.

Estas colecções tiveram origem emossadas não reclamadas pelas famílias

quando os cemitérios estavam a fazero seu levantamento, explica Hugo Car-

doso, da Faculdade de Medicina daUniversidade do Porto e do MNHN."Em vez de serem destruídas, os doismuseus recolheram as ossadas, quesão um património científico incalcu-lável", sublinha o antropólogo, acres-centando que, em conjunto, as duas

colecções são as maiores do mundo eúnicas pela informação que contêm.Além disso, a identidade das crianças,

incluindo a idade e a origem socioeco-

nómica, é conhecida, ao contrário do

que ocorre com esqueletos encontra-dos em escavações arqueológicas.

"Aproveitámos a singularidade des-

tas amostras e procurámos documen-tar esta aceleração do desenvolvimen-to dentário", diz Hugo Cardoso.

E os resultados revelam que, emmédia, o desenvolvimento dos dentes

ocorre 1,47 anos mais cedo nas rapa-rigas e 1,22 anos nos rapazes actuais,

por comparação com a amostra his-tórica. "É a primeira vez a nível mun-dial que, de forma sistemática e bemdocumentada, se conseguiram estesresultados. Houve outros estudos quesugeriam algo parecido, mas as amos-

tras eram reduzidas ou não eram su-ficientemente antigas. Este trabalho

procurou colmatar essas falhas e, nofinal, encontrámos o que esperáva-mos", frisa Hugo Cardoso.

Em Portugal, a aceleração do desen-volvimento dos dentes iniciou-se como final da ditadura, em 1974, quandocomeçaram a registar-se melhoriaseconómicas e nos cuidados de saú-de. Os portugueses passaram a inge-rir mais calorias e produtos de origemanimal, como carne e leite.

Que implicações têm estes resul-tados? A idade para certos tratamen-tos nos dentes dos adolescentes dos

países desenvolvidos pode estar de-sactualizada e deve ser antecipada.E a estimativa da idade de criançase jovens refugiados e imigrantes ile-

gais oriundos de países em desenvol-vimento, para identificação através do

registo dentário, deve ter em conta os

factores ambientais na maturação dosdentes. "Podem parecer mais jovenspela dentição, mas são mais velhos."

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Dentes das criançasportuguesas estãoa nascer mais cedo

Crescimento. Face ao que acontecia há um século, maturação dentá-ria acontece cerca de um ano antes, devido a uma melhor alimentaçãoANA BELA FERREIRA

Os dentes definitivos dos rapazesportugueses nascem 1,22 anosmais cedo e os das raparigas 1,47anos, do que há um século. A in-vestigação coordenada por umportuguês aponta como causa amelhoria na alimentação, nos cui-dados de saúde e salubridade.

Este é o primeiro estudo que de-monstra "de forma clara a influên-cia dos factores ambientais na ma-turação dentária", explica ao DNHugo Cardoso, coordenador dainvestigação publicada na últimaedição do American Journal ofHu-man Biology. Esta descoberta estátambém relacionada com o au-mento da estatura dos portugue-ses, sublinha o antropólogo e in-vestigador da Faculdade de Medi-cina da Universidade do Porto(FMUP).

Outros trabalhos já sugeriamesta teoria, mas faltava a compro-vação científica, refere Hugo Car-doso, acrescentando que foramanalisadas "uma amostra actual eoutra não actual". Para se compro-var esta teoria, foram analisadasmais de 500 crianças portuguesas,

com idades entre os 6 e os 18 anos,de classe socioeconómica média abaixa, recrutadas nas consultas daFaculdade de Medicina Dentáriada Universidade do Porto(FMDUP). A maturação dos seusdentes foi comparada com a de es-

queletos de 1 14 crianças, com ca-racterísticas semelhantes, nasci-das entre 1887 e 1960, que fale-ceram entre 1903 e 1972. Os

esqueletos fazem parte das colec-

ções dos Museus de Antropologiade Coimbra e de História Naturalde Lisboa.

Apesar de a comparação ter sido

feita em Portugal, o antropólogodefende que "o resultado da inves-

tigação pode ser aplicado a todasas crianças, porque nos países de-senvolvidos têm-se registado as

mesmas alterações no desenvolvi-mento". Num trabalho anterior, o

investigador já tinha provado que,entre o início e o fim do século XX,as crianças ficaram mais altas,mais pesadas e atingiram a matu-ridade sexual mais cedo.

Estas conclusões são importan-tes para a antropologia, reconhe-ce o professor da FMUR "A veloci-dade da maturação dentária ajudaa perceber os fósseis e a recons-truir as suas características e as

condições em que cresceram."No sentido prático, estes dados

podem ter implicações clínicas,uma vez que sugerem que a idadede referência para realizar algunstratamentos dentários nos adoles-centes pode estar desactualizada,devendo ser antecipada. Por outrolado, mostra ainda que os examesusados para estimar a idade atra-vés dos registos dentários não são

os mais exactos, especialmente nadeterminação da idade de crian-

ças refugiadas e jovens imigrantesilegais, adianta Hugo Cardoso.Isto porque agora se sabe que as

condições ambientais têm umainfluência maior na determinaçãodo desenvolvimento dentário, de-vendo os cálculos ser reajustados.

O trabalho foi realizado por pe-ritos da FMUP, da FMDUP e daUniversidade da Pensilvânia(EUA).

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DESENVOLVIMENTO

Portugueses vão estagnar ou regredir> Os portugueses estão maisaltos, mais bem nutridos e

atingem a maturidade maiscedo, mas todo este desenvol-vimento tem um fim anuncia-do. "Não sabemos quando,nem porquê, mas diria queeste desenvolvimento vai esta-bilizar ou até regredir com al-

guma rapidez." A opinião de

Hugo Cardoso, investigadorda Faculdade de Medicina da

Universidade do Porto, é ba-seada na regressão que está averificar-se já em alguns paí-ses como os Estados Unidosda América. "Os norte-ameri-canos sempre foram os maisaltos e agora já não são. Nãosabemos em que ponto vamosdeixar de nos desenvolverassim, mas é de esperara estagnação", defendeo antropólogo.

Nos rapazes, os dentes de leite estão a cair um ano mais cedo

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Dentiçãodesenvolve-semais cedo

¦ Os dentes das crianças estão a

desenvolver- se mais cedo do quehá um século, como resultado da

melhoria na nutrição, cuidados

de saúdee salubridade, revela umestudo da Universidade do Porto

e da Universidade do Estado da

Pensilvânia(EUA)."É o primeiro estudo a de-

monstrar de forma clarae consis -tente a influência dos factores

ambientais na maturação dentá-ria" afirmou Hugo Cardoso, an-tropólogo da Faculdade de Medi-cina da Universidade do Porto.

Nos rapazes, os dentes desen-volvem-se 1,22 anos mais cedo;

nas raparigas, 1,47 anos. blusa

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Estudantes do Porto fazem voluntariado no CarriçalAndreia Magalhães

"FAP no Bairro" é o nomedo projecto-piloto queleva os estudantes daUniversidade do Portoa fazer voluntariadono Bairro do Carriçal• A Federação Académica do Porto(FAP) abriu ontem o Centro Comuni-tário do Bairro do Carriçal no Porto.Este projecto inovador, que põe osestudantes em contacto directo coma população, visa estimular o volunta-riado estudantil, através de activida-des culturais e acções de formação,envolvendo a população.

O espaço vai ser gerido por todosos estudantes universitários do Porto

que queiram fazer parte da iniciativa,e surge de um desafio lançado pelaSecretaria de Estado da Ciência, Tec-

nologia e Ensino Superior à FAP, queatendeu ao pedido e conta já com 44estudantes voluntários das mais di-versas áreas, em apenas duas sema-nas e meia.

Inédito em Portugal0 secretário de Estado Manuel Heitor,que presidiu à cerimónia de abertu-ra do projecto-piloto, elogiou a pró-actividade da FAP no que diz respeitoà criação de um centro comunitário"inédito em Portugal, que foi conce-

bido à semelhança do que existe jána Europa". Para Manuel Heitor estainiciativa é extremamente útil paraos jovens: "Acreditamos que esta ini-ciativa é particularmente importan-te para valorizar a própria formaçãodos estudantes." Ao mesmo tempofaz com que "os jovens se "apercebamde todas as situações sociais que osrodeiam".

Conseguir angariar mais voluntá-rios para o projecto, e até quem sabe

alargar a iniciativa a outros bairros do

país são os objectivos do presidenteda FAP, Ricardo Morgado "Vamos ten-tar ter o centro aberto o máximo de

tempo possível. Era bom conseguirlevar este projecto a outros bairros,porque é importante que os estudan-tes possam contribuir para a socieda-de civil com os conhecimentos quetêm". Ricardo Morgado manifestouainda a vontade de mudar a má ima-

gem que normalmente está associadaaos estudantes. "Habitualmente osestudantes são associados às festas,

esperemos que com esta iniciativaisso mude", disse.

São várias as actividades previstas,no dia de ontem, os estudantes de en-

fermagem prepararam um rastreio àtensão arterial, glicose e medição doíndice de massa corporal da popula-ção do bairro no centro, actividade

que se vai prolongar durante toda asemana. Já na sexta-feira terá lugaruma sessão sobre socorrismo que visa

ensinar quais os devidos procedimen-tos de socorro. Acerca das actividadesfuturas, Ricardo Morgado adiantouestarem já programadas aulas de ka-raté e ballet para crianças do bairro,bem como a realização de sessõesde orientação vocacional, dirigidas aadolescentes. Este projecto conta como apoio de várias instituições, como aCâmara Municipal do Porto, a Univer-sidade do Porto, a Universidade Ca-tólica e ainda do Instituto Portuguêsda Juventude e da Abraço.

A adesão

estudantes da Universidadedo Porto inscreveram-se,em apenas duas semanas emeia, como voluntários paraacções a desenvolver nocentro comunitário abertoontem no Bairro do Carriçal. AFederação Académica do Portotem no seu sítio na Internet ummail para novas adesões deestudantes interessados.A morada é [email protected].

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FAP abre centrocomunitáriono Carriçal

Porto

A Federação Académica doPorto (FAP) abriu ontem o Cen-tro Comunitário do Bairro doCarriçal, no Porto, um projecto--piloto que visa envolver estudan-tes e a população local, através deactividades culturais e acções de

formação. O espaço é gerido pe-los estudantes universitários doPorto e surge de um desafio lan-çado à FAP pela Secretaria de Es-tado do Ministério da Ciência,Tecnologia e Ensino Superior, di-rigida por Manuel Heitor, adian-tou à Lusa Ricardo Morgado, pre-sidente da Academia.

"O projecto pretende criaruma dinâmica entre os estudan-tes, através de voluntariado, e acomunidade deste bairro", acres-centou o responsável. Para abrir o

centro, a FAP abriu uma bolsa devoluntários, contando agora com44 estudantes das mais diversasáreas. ¦

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Federação Académica do Portoinaugura centro comunitárioA Federação Académica do Porto (FAP) inaugurou,ontem, o projecto FAP no Bairro, o primeiro centro

comunitário feito por estudantes do país, sito

no Bairro do Carriçal. A FAP está aberta

a candidaturas para voluntários que se queiramassociar a esta iniciativa. A cerimónia

de inauguração contou com a presença do Professor

Manuel Heitor, Secretário de Estado da Ciência,

Tecnologia e Ensino Superior.

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*1995Ano em que Miguel Poisson Alves terminou a

sua licenciatura em Gestão pela UP.

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Mais 300 cursos extintosno Ensino SuperiorUniversidades e politécnicos reestruturam-se no processo de acreditaçãoFILIPA MORENO*

- [email protected]

Foram extintos 300 cursos do Ensino

Superior, depois de universidades e po-litécnicos desistirem da sua acreditação.0 elevado custo da avaliação pode mo-tivar mais desistências, aponta o repre-sentante dos politécnicos, num sistema

com oferta excessiva de cursos.

O número foi ontem avançadopor Alberto Amaral, presidente da

Agência de Avaliação e Acredita-ção do Ensino Superior (A3ES)."O que se sabe é que há 300 cur-sos que as próprias instituições re-solveram descontinuar e fazer de-

saparecer e que há 500 cursos quevão passar por um processo de

acreditação" que decidirá sobre asua continuidade, explicou à Lusa.

O "elevado" custo das acredita-ções poderá motivar desistências,

apontou o presidente do Conse-lho Coordenador dos InstitutosSuperiores Politécnicos (CCISP),Sobrinho Teixeira. O custo podevariar entre cinco e dez mil euros

por curso, o que "levará as institui-ções a pensar se, de facto, valerá apena". Assim, os politécnicos po-

dem avançar voluntariamentecom a extinção de alguns ciclos deestudos. Numa fase anterior, já fo-ram extintos 200 cursos dos poli-técnicos, recordou.

Mas Alberto Amaral nega esta

tendência. As desistências podemter outros motivos, como a distri-buição do corpo docente e a ofer-ta excessiva de cursos. O presiden-te da A3ES dá o exemplo da Uni-versidade do Porto, que "reorga-nizou a oferta e não tem dificulda-des financeiras". Com o processode Bolonha surgiram novos cur-sos, que alargaram a oferta no En-sino Superior, aponta.

O processo de avaliação come-çou no início deste ano, com 5200cursos. Depois de uma fase deconsulta às instituições de ensino,o número decresceu para 4300 e

situa-se agora, nos 4000, explicouao JN Alberto Amaral.

O CCISP representa 15 politéc-nicos e um total de 1800 cursos,dos quais 280 fazem parte de umalista da A3ES. Sobre a primeirafase do processo de avaliação, a lis-ta integra cursos que parecem não

cumprir os critérios estabelecidos

para o seu funcionamento, comoa qualificação do corpo docente,as instalações e o número mínimode alunos. São cursos que não es-tão em funcionamento, "mas po-dem vir a ser activados consoanteas novas necessidades", diz Sobri-nho Teixeira.

Para melhorar a qualidade daoferta do Ensino Superior, os po-litécnicos prevêem associar-se

para leccionar cursos em conjun-to, criar consórcios com o sectorprivado e plataformas online parao ensino à distância. Esta estraté-gia evitará que o politécnico seja"afectado por este sistema de ava-liação da qualidade".•com LUSA

Ensino Superiortem

excesso de oferta, mas

a acreditação já cortou

mais de mil cursos

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Alberto Amaral defende que existe um excesso de oferta no Ensino Superior

Q Saber mais

MAIS CURSOS EXTINTOS

As universidades e os institutos

politécnicos têm desistido de acre-ditar cursos. Dos 5200 iniciais, jáforam cortados 1200, explicou ao

|N o presidente da A3ES, Alberto

Amaral.

CURSOS AGUARDAM DECISÃO

Em avaliação estão 500 cursos,

que vão passar pelo processo de

acreditação, segundo a A3ES. Só

no final será decidido se conti-

nuam a funcionar ou são tambémextintos.

CUSTOS ELEVADOS

A acreditação dos cursos que inte-

gram a lista da A3ES poderãocustar entre cinco e dez mil euros,

apontou o presidente do CCISR As

instituições poderão desistirvoluntariamente dos pedidos.

INSTITUIÇÕES REESTRUTURAM-SE

As instituições de Ensino Superior

podem sofrer reestruturações com

a avaliação. Os politécnicos apos-tam no ensino em conjunto e com

o sector privado e na criação de

plataformas para ensino à distân-

cia, como o "webpolitecnico".

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1200 cursossuperioreseliminadosem dois anoslectivos

Avaliação. Desde que foi criada Agência deAvaliação já desapareceram 20% dos cursos

que existiam. Mas outros 500 estão em revisãoPEDRO SOUSA TAVARES

Há dois anos havia mais de 5000cursos superiores. Quando o ac-tual ano lectivo terminar, mais deum em cada cinco, num total de1200, terá desaparecido. E outros500 terão de passar pelo crivo deuma avaliação externa antes depoderem funcionar em 201 1 / 12.

Os números acompanham doisanos de actividade da Agência de

Avaliação eAcreditação do Ensino

Superior (A3ES). Mas, segundodisse ao DN Alberto Amaral, presi-dente da agência, até ao momen-to "têm sido as próprias institui-ções" a fazer esta reorganização.Em causa estão cursos em quasetodas as áreas, não havendo aindadados para identificar aquelascom mais formações desactivadas.Alberto Amaral diz apenas que as

percentagens "são semelhantes"tanto entre universidades e poli-técnicos públicos como privados.

Antes do final de 2009, universi-dades e politécnicos públicos e

privados não renovaram os pedi-dos de licença de 800 cursos, dei-xando-os cair automaticamente.Já este ano, após "uma análise pre-liminar" da oferta, outras 1200 for-mações - 850 das universidades e

350 dos politécnicos -justificarampedidos de informação adicionaisàs instituições para confirmar setêm condições para continuar.

Em muitos casos tratava-se de

situações entretanto resolvidas."Por exemplo, um curso que noano passado não tinha alunos ins-critos mas este ano já tem." Mashouve outros "250 a 300" cursos,das licenciaturas aos mestrados e

doutoramentos, que as institui-ções decidiram não manter a par-tir do próximo ano. Destes, 90 são

na área da educação ou gestão.Há ainda cerca de 500 que serão

sujeitos a um processo de avalia-ção externa, por equipas que in-cluem obrigatoriamente um peri-

to estrangeiro, para se saber sereúnem ou não condições de fun-cionamento. A certificação defini-tiva é obrigatória para todos os

cursos, mas aA3ES deu prioridadea estes por serem os que suscitammais dúvidas, em áreas como a

composição do pessoal docente.O processo será iniciado "a partirde agora" e terá de estar concluídono final do ano lectivo.

Muitos cursos virtuaisO processo tem sido encarado

com naturalidade pelas institui-ções. Ao DN, Manuel Damásio,presidente do grupo Lusófona,confirmou que "alguns" cursos dainstituição serão avaliados, consi-derando tratar-se de "um procedi-mento normal. A nossa expectati-va é que sejam todos aprovados".

Já em relação aos cursos já ex-tintos defendeu que, "em muitoscasos, tratou-se de 'limpar' o regis-to de cursos que, na prática, já nãofuncionavam há vários anos".

Já Sobrinho Teixeira, presiden-te do conselho coordenador dos

politécnicos, admitiu à Lusa que o

custo da avaliação dos cursos (vercaixa) terá influenciado algumasdesistências.

AVALIAÇÃO

ÁREAS> A informação ainda não é com-

pleta, mas a agência já revelou

que dos 300 cursos a encerrar no

fim do ano lectivo 90 são na áreada educação e 40 na de gestão.

CUSTO> A avaliação e certificação é

obrigatória e custa entre cinco e

dez mil euros por curso.

PERITOS> Equipas têm um coordenador e

três a quatro peritos, um deles

obrigatoriamente estrangeiro.

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ENSINO SUPERIOR

Trezentos cursosjá foram extintosno nosso país

Agência de Acreditação fala

em 500 cursos em avaliação

®0 presidente daAgência de Avaliação

e Acreditação do EnsinoSuperior avançou que 300cursos foram extintos pe-las universidades e politéc-nicos na sequência do pro-cesso de avaliação iniciadoeste ano, havendo outros500 ainda em processo de

acreditação. À Lusa, Alber-to Amaral negou, no entan-to, que se possa dizer quemais de mil cursos do ensi-no superior estão em riscode fechar portas, porqueisso, segundo ele, é umaafirmação que «ultrapassaqualquer razoabilidade,neste momento».

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Ministro rejeita criação denovas universidades públicasviseu O presidente da Câmara de

Viseu, Fernando Ruas, voltou a

exigir do ministro do Ensino Su-

perior explicações sobre o proces-so de criação de uma universida-de pública na cidade, mas o mi-nistro do Ensino Superiordefendeu que em Portugal "nãovão ser criadas novas universida-des".

Fernando Ruas aproveitou a

presença de Mariano Gago no diado Instituto Politécnico de Viseu- cerimónia em que não esteve

presente - para lembrar que "a

Universidade Pública de Viseuestá criada numa resolução doConselho de Ministros", que datado Governo de Durão Barroso.

"Talvez valha a pena questionaro ministro do Ensino Superiorporque não a quis criar", desafiouo autarca.

O presidente da Câmara de Vi-seu mostrou-se ainda agastadocom o ministro por não ter recebi-do "qualquer convite" para o

acompanhar no evento. "Ou é

desconsideração ou é uma escola

que querem fazer de ir aos conce-

lhos e não darem conhecimento",lamentou, apontando a "postura"como sendo de "fim de festa".

À margem da cerimónia no IPVMariano Gago sustentou que"não vale a pena comentar um as-sunto que está há muito tempoencerrado". O ministro garantiuque "em Portugal não vamos criarnem mais universidades nem ins-titutos politécnicos", prometendopor outro lado que se vai "reforçare qualificar os que existem".

Para o ministro, importa que"aqueles que têm um papel deter-minante à escala nacional e regio-nal, como o IPV, tenham todas as

condições para atrair recursos e

para desempenhar o papel que oPaís deles precisa", a. a.Viseu

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Duas escolasportuguesasno 'ranking'

'FINANCIAL TIMES' Pela primeiravez, duas universidades portugue-sas figuram entre as melhoresescolas do European BusinessSchools, do Financial Times. AUniversidade Católica figura nes-te rankingçelo terceiro ano conse-cutivo, enquanto a UniversidadeNova de Lisboa faz a sua estreia,beneficiando do alargamento de70 para 75 escolas que constituemesta classificação.

A Católica surge na 62. a posição,tendo descido quatro lugarescomparativamente com 2009. Já aNova aparece no 73.° posto, numalista liderada por uma escola fran-cesa a HEC Paris. A completar o

pódio estão a London BusinessSchool, do Reino Unido, e Insead,de França e Singapura.

"Sentimos um grande orgulhopor, pela primeira vez, duas esco-las portuguesas estarem represen-tadas nestes rankings^obais. A li-derança da Católica nas Top Euro -

pean Business Schools prova quea aposta consistente na excelência

e no rigor já é reconhecida inter-nacionalmente", afirmou FátimaBarros, directora da Faculdade deCiências Económicas e Empresa-riais da Católica, através de um co-municado. Esta universidade sur-

ge ainda no topcinco ibérico domesmo ranking.

No comunicado pode ainda ler--se que 100% dos alunos da Uni-versidade Católica entram nomercado de trabalho até um má-ximo de três meses após o fim do

programa, 76% recebem duasofertas de trabalho e 22 têm qua-tro ou mais propostas. Acrescenta,ainda, que fechou o ano lectivocom um balanço positivo nas vá-rias áreas de actividade. A forma-ção de executivos teve um aumen-to de facturação na ordem dos6,5%, enquanto as candidaturasaos programas de mestrado au-mentaram 50%. Recorda aindaque o Master in Finance, o únicoem Portugal reconhecido comoCFA Partner, e pela CMVM, tevemais 46% de candidatos.

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Cientistas deCoimbra fazemdescoberta

saúde Investigadores de Coimbraidentificaram mecanismo quedegrada sensor de abastecimen-to de oxigénio às células, o quepoderá travar as suas consequên-cias na diabetes e do cancro.

Em geral, as células conse-

guem responder às situa-ções de privação de oxigénio

'hipoxia), gerando novosvasos sanguíneos,mas no caso da dia-betes isso não acon-

tece, surgindo compli-cações patológicas como oenfarte do miocárdio e a reti-nopatia diabética, a princi-pal causa de perda de visão. A

equipa de Coimbra, do Insti-tuto Biomédico de Investigação,da Luz e Imagem (IBILI), liderada

por Paulo Pereira, identificou umnovo mecanismo que pode con-tribuir para a perda de respostacelular à hipoxia em situações de

hiperglicemia como as da diabe-tes e que provoca a morte das cé-lulas. Isto poderá ajudar a desen-volver terapias celulares que pro-tejam da degradação esse sensorde oxigénio e, no futuro, desen-volver até terapias genéticas.

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COIMBRA

Nova descoberta

¦ Investigadores da Universi-

dade de Coimbra identifica-

ram o mecanismo que degra-da o sensor de abastecimento

de oxigénio às células, o quepode ajudar no tratamento do

cancro e diabetes.

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ALGUMAS DAS EMPRESAS QUE ORGANIZAM OS 'OPEN DAY'

Portugal TelecomA Portugal Telecom recebe, desde 2009,estudantes através do 'Open Day'. Até ao

momento, a empresa de telecomunicações já

organizou esta iniciativa duas vezes e abriu as

portas a dezenas de estudantes que são

considerados como 'top sudent', ou seja, os

que têm médias iguais ou superiores a 16

valores. Estes universitários que são

convidados pela empresa são provenientesde várias áreas de licenciaturas, como Gestão,

Economia, Contabilidade, Engenharias ou

Marketing. Durante um dia, os alunos visitam

algumas das áreas de actuação da empresa,como, por exemplo, o Centro de Supervisãoda Rede, a Casa Digital, a área de ConsumerCare ou o serviço de Telepresença.

Santander TottaO banco Santander Totta organiza o 'Open

Day' há dois anos. Trata-se de uma iniciativa

que o banco vê como sendo sua

responsabilidade, para consciencializar os

estudantes que estão a terminar as

licenciaturas ou os mestrados. Assim, duranteuma manhã, os universitários visitam três

áreas do Santander Totta: a de negócios e

gestão de riscos, a de clientes institucionais ea de 'asset management'. O objectivo da

instituição bancária passa por mostrar comoé a vida diária desta empresa, que aproveitapara se aproximar dos potenciais futuroscolaboradores do Santander Totta. Até aomomento, esta iniciativa já resultou entre 100e 120 contratações, por ano.

UnicerTambém a empresa de bebidas Unicer

aposta nos 'Open Day' "há já vários anos",

refere Inês Mesquita, gestora de assessoria

mediática da Unicer. A empresa diz que está

consciente "do impacto que esta

proximidade pode ter no futuro profissionaldos alunos e pela clarificação do quesignifica a integração no mundo laborai",acrescenta Inês Mesquita. A Unicer organiza,durante todo o ano, os 'Open Day', mediante

pedidos específicos das instituições deensino superior de todo o país mas refere

que a iniciativa decorre "numa base mais

regular" na área do Grande Porto. Durante o

ano passado, esta iniciativa resultou emcerca de três integrações.

SiemensO Siemens Training Day realizou-se pela

primeira vez este ano e surgiu do esforço derecrutamento que a Siemens tem estado a

desenvolver. No dia 26 de Novembro,receberam nas suas instalações um total de

89 alunos, das mais variadas universidades devários locais do país. Os cursos mais

representados foram os de Contabilidade e

Economia, além de Gestão e Engenharias.Para Miguel Guerreiro, administradorfinanceiro da Siemens Portugal, "esta

iniciativa permite-nos conhecer e ajudarmelhor aqueles que contribuirão para o

desenvolvimento da empresa", masacrescenta que "a intenção é recrutar algunsdestes alunos".

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inevitável registar a contínua omnipresençada HEC Paris no topo da hierarquia das me-lhores escolas de negócios europeias. A insti-tuição francesa alcançou o primeiro lugar do'ranking' do Financial Times pelo 5 o ano con-secutivo.

Estabilidade é, aliás, a nota dominante nes-ta lista, com todas as escolas do top 5 a mante-rem, em 2010, exactamente as posições quedetinham em 2009. Assim, a inglesa LondonBusiness School volta a aparecer na segundaposição, seguida do Insead, que tem campusem França e na Singapura, do IMD, da Suíça, e

da IE Business School, de Espanha.No que respeita a tendências, pode-se notar

uma predominância de escolas francesas e es-

panholas no top 10. O Reino Unido, apesar decontar com apenas duas escolas entre as 10

melhores, tem 13 instituições cotadas entre as

35 melhores. De notar também é a forte ten-dência para a internacionalização que se temespalhado um pouco por todo o mundo e à qualas escolas europeias não escapam. Assim, é de

registar que três das melhores escolas de negó-cios europeias (Insead, Essec Business Schoole Aalto University School of Economics) con-tam com pólos na Singapura.

Estes resultados representam uma médiadas classificações atingidas pelos cinco'rankings' específicos que o Financial Timesfoi lançando ao longo do ano. A London Busi-ness School foi considerada a melhor tantopelos seus programas de MBA como pelos deExecutive MBA. A HEC Paris foi a mais elo-giada pelos seus programas de formação cria-dos à medida para empresas, enquanto que a

espanhola lESE Business School apareceu notopo nos de inscrição aberta. A ECSP Europe,escola de negócios com presença em França,Reino Unido, Alemanha, Espanha e Itália,aparece no topo das preferências em mestra-dos de Gestão.

Para a elaboração deste 'ranking', o jornalbritânico entrevistou centenas de clientesdas escolas de negócios de todo o mundo. Umterço dos inquiridos eram directores de em-presas, um quinto chefes de departamento, e

os restantes 'sénior managers', 'chairman' oupresidentes de empresas. Os clientes foramfornecidos pelas faculdades e a cada um delesfoi pedido que classificasse a escola frequen-tada em diversos campos numa escala cente-simal, onde "preparação", "desenho do cur-so", "materiais de ensino" ou "novas compe-tências de aprendizagem" eram alguns doscritérios. ¦ Pedro Quedas e Andrea Duarte

*62Posição atingida pela FCEE-Católica no 'ranking' do

Financial Times das melhores escolas de negócios europeias.

TOP IO EUROPEU

• 1° ¦ HEC Paris (França)• 2o -London Business

School (Reino Unido)• 3o - Insead (França /Singapura)• 4° -IMD (Suíça)• 5o - IE Business School

(Espanha)• 6o - Rotterdam School of

Management (Holanda)• 7° ESCP Europe (França /Reino Unido / Alemanha /Espanha / Itália)• 8o Esade Business School

(Espanha)• 9o ¦ lese Business School

(Espanha)• 10° - EM Lyon Business

School (França)

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*21Vencedores do Prémio Nobel ligados ao EHT.entre os quais se destaca Albert Einstein.

Estudar ciência na escolade Albert Einstein

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A universidade suíça éum dos mais respeitadosberços de produçãocientífica na Europa.

A imaginação é mais im-

portante que o conhe-cimento". Quem o dis-

se foi Albert Einstein,provavelmente o maisfamoso e reconhecido

cientista da História, que usou a sua

"imaginação" para formular conceitos

como a Teoria da Relatividade e desa-

fiar muito do saber científico instituí-do. Uma candidatura ao Swiss FederalInstitute of Technology (EHT), em

Zurique, pode ser um passaporte paraseguir as pegadas do "pai da FísicaModerna".

Einstein é apenas um dos 21 vence-dores do Prémio Nobel associados a

esta universidade, sendo o último lau-reado o suíço Kurt Wiithrich, vencedordo Prémio Nobel da Química em 2002.Entre os alumni desta histórica insti-

tuição destaca-se também J. Robert

Oppenheimer, mais conhecido como o

director científico do Projecto Ma-nhattan, iniciativa da II Guerra Mun-dial que levou à construção da primeirabomba atómica e que contou tambémcom o contributo do já referido AlbertEinstein. Um nome do EHT reconhe-cível também aos portugueses é o de

Santiago Calatrava, arquitecto de re-nome internacional responsável, entremuitos outros grandes projectos, pelaGare do Oriente, em Lisboa, construí-da na ocasião da Expo 98.

A excelência atingida por tantosdos antigos alunos desta instituição

não é conseguida por mero acaso, algo

que os docentes do EHT procuram in-cutir no seu novo talento, através da

construção de um dos currículos mais

exigentes e longos em toda a Europa.Com um grande enfoque teórico, a

maioria das aulas dadas nesta escola

exigem uma utilização constante da

matemática. As áreas disponíveis vão

desde a Arquitectura e a Engenhariaaté à Biologia, Física e Química.

Os bons resultados conseguidos re-

gularmente pelos alunos levam a que a

universidade suíça se posicione regu-larmente no topo dos 'rankings'. Paraalém de ser considerado um dos trêsmelhores institutos de ensino supe-rior na Europa, o EHT atingiu, nos

'rankings' oficiais a nível mundial, em

2010, a 15 a posição, tanto nas classifi-

cações compiladas pela Universidadede Xangai como as do Times HigherEducation.

A entrada no EHT é aberta a todo e

qualquer estudante que lá queira en-

trar, sendo necessário apenas um cer-tificado de conclusão do ensino se-cundário e a passagem num exame de

entrada. Adicionalmente, todos os

alunos internacionais que pensemcandidatar-se a esta universidade de-

vem ter em conta que todas as cadei-

ras das licenciaturas disponíveis são

leccionadas em alemão. Apenas osmestrados e doutoramentos têm o in-

glês como língua oficial.No que respeita aos custos de an-

dar no EHT, as propinas anuais são de

885 euros. A isto adicionam-se custos

de vida que incluem alojamento,transportes, alimentação, seguro de

saúde, materiais escolares e outros

serviços, num total de cerca de 15 mileurOS. BPedroQuedas

Zurique é a maior cidade na Suíça e,embora o municipado tenha apenas 380mil habitantes, a área metropolitana que orodeia tem uma população que ascendeaos 2 milhões. Assim, tanto o aeroportocomo a estação de comboios da cidade sãoos mais movimentados do país. Zuriquereúne no seu centro financeiro muitos dosmais importantes bancos em todo omundo, sendo regularmente considerada acidade mais rica da Europa.

15Posição alcançada, em 2010, pelo SwissFederal Institute of Technology Zuriquetanto no 'ranking' do Times HigherEducation como o da Universidade deXangai.

16 milCusto total de um ano a estudar nauniversidade sufça, com as propinas anuaisa ficarem-se pelos 885 euros.

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Instituto Superior Técnicodá início a comemoraçõesdo centenárioExposições, concertos e conferências internacionais

são algumas das iniciativas que o Instituto SuperiorTécnico (IST) vai promover ao longo do próximoano para comemorar os cem anos de existência

da instituição. A abertura solene do ano terá lugara 11 de Dezembro, sendo que a sessão solene

do centenário do IST decorrerá nas instalaçõesdo Técnico no dia 23 de Maio do próximo ano.

A cerimónia de encerramento decorreráexactamente um ano depois, a 23 de Maio de 2012.

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O IADE - Instituto de Artes Visuais, Design e Marketing

promove, até 12 de Dezembro, a diversidade,

a mobilidade e a inclusão para a inovação social

através do "Innovation Festival (IF) Lisboa.Almada".

Incentivar a cooperação transnacional suportadana inovação é uma das principais finalidades desta

iniciativa de dimensão europeia, cuja última ediçãoé dedicada ao mote "2 Margens I Margensde Inovação". O lADE associa-se ao IF através

da apresentação do projecto Reklusa, uma iniciativa

que envolve um grupo de reclusas do

estabelecimento prisional de Tires. Com o objectivode apoiar a reintegração desta populaçãona sociedade e no mercado de trabalho, alunos

da instituição desenham malas que posteriormentesão executadas pelas reclusas.

lADE promove inovação social eminiciativa de dimensão europeia

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Campeão reforma-se

por falta de dinheiroEM

j DESTAQUE

OjHugo! Chapouto foi

! convidado

! para uma

; prova de

I exibição em

!Itália antes

ide se retirar

O A sua última! prova oficial

i foi o Mundial

;de Portimão,

! campeonato! que PortugalmãoI organizava

há 32 anos

6 Hugo é de

! Matosinhos

! e começou a

; patinar aos

;

seis anos

O Retira-se

I com dois

\títulos

! mundiais e

I três! europeus

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rquatro notas máximas, Hugo

Chapouto sagrou-se bicampeão de solo

dance no Mundial de patinagem artísticasobre rodas disputado em Portimão, pro-va que marcou o fim da carreira, aos 25anos. Mas antes de arrumar definitiva-mente os patins, Chapouto rumou a Itá-lia para participar, por convite, numa exi-

bição internacional que reúne duranteesta semana os melhores do mundo.

Aproveitando ao máximo os últimos dias

em rinque, Chapouto voltou a explicar o

motivo que o levou a colocar um ponto fi-nal na patinagem ainda tão jovem: "Dado

o actual contexto sócio-económico, em

que a patinagem tem pouco apoio, e ten-do em conta que se trata de uma moda-

lidade muito exigente, em que, para seser campeão, é preciso muito tempo emuito dinheiro, decidi terminar a carrei-ra. Concluí o grau de mestre pela Facul-

dade de Arquitectura da Universidade doPorto e, como não é possível sobreviverda patinagem, pensei em começar umanova fase da minha vida."

Sem nostalgias, o bicampeão mun-dial assegurou que nem os momentosde glória neste Mundial o fizeram mu-dar de ideias: "Por ter conquistado o

ouro depois de ter conseguido patinarnuma época complicada, devido à ope-ração ao joelho, assumindo ainda a

responsabilidade de lutar pelo títuloem casa, tive a sensação de dever eu m-prido. Além disso, nada se alterou no

panorama da política desportiva que

me faça voltar atrás."A partir de agora, com um estágio

na autarquia de Matosinhos após o

exame na ordem, Hugo Chapouto está

prestes a tornar-se arquitecto a tempointeiro, mas nenhum reputado gabine-te do Porto o entusiasma especialmen-te, ainda que se sempre se tenha inspi-rado em Álvaro Siza, para além de Nu-no Portas. "Gostava de continuar naCâmara, porque me interesso pelo es-

paço público e pelo planeamento urba-no", confidenciou o patinador, cujomaior sonho consiste em "ajudararealizar os sonhos dos outros". Porisso, enquanto projecta novas cidadesas aulas de patinagem que dá, da for-mação à alta competição, vão conti-nuar no Porto e em Paredes. ¦

CASAMENTO Â VISTA COM A TREINADORA MARTA

"Cumpri os meus sonhos, estoupreparado para uma nova vida"Para trás ficam apenas boas memórias, comogarantiu. "De pior não há nada, nem as alturasmais complicadas, em que julgava ter deixadode viver para me dedicar ao desporto. Só tenhoboas recordações. Independentemente das

vitórias, guardo experiências e amizades positi-vas." Chegou assim a altura de realizar umobjectivo pessoal, comum a tantas outras pes-soas: formar família. Hugo Chapouto e MartaPereira, sua treinadora, estão de casamentomarcado. "Estou preparado para uma novavida. Cumpri os meus sonhos", concluiu o pati-nador, de personalidade forte e carácter obsti-nado, para o qual não existem barreiras.

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Universidade de Coimbra e Bluepharma lançam empresaAndré Jegundo

• Com o objectivo de transformaro resultado de uma investigaçãocientífica, que surgiu em 2008 naFaculdade de Ciências e Tecnologia,num medicamento inovador no tra-tamento das doenças oncológicas,a Universidade de Coimbra (UC) e a

empresa farmacêutica Bluepharmavão licenciar duas patentes científicasa uma nova empresa spin-off, que terá

por missão o desenvolvimento do fár-maco para que possa ser lançado nomercado à escala internacional.

O acordo de licenciamento datecnologia entre a UC e a empresaLuzitin, que foi criada a partir dauniversidade, será formalizado ho-

je em Coimbra e marca o início deuma nova fase na concretização do

projecto. "0 nosso objectivo não é co-

mercializar o produto mas continuaro desenvolvimento do medicamentoaté à fase de ensaios clínicos para quedepois tenha condições para ser li-cenciado a empresas farmacêuticase distribuído à escala global", afirmaSérgio Simões, presidente da Luzitine investigador da UC.

Será também assinado o acordo definanciamento da Luzitin, asseguradoatravés da empresa de capital de risco

INOVCapital. Além dos investigado-res, a Luzitin terá como accionistas aBluepharma e a INOVCapital.

As patentes correspondem ao de-senvolvimento de uma nova famíliade compostos com propriedades paraserem aplicadas, com grande eficácia,

no tratamento das doenças oncoló-gicas e um método "muito rápido eeficaz" de produção e "sintetização"

destas moléculas."O que está em causa aqui não é

um divórcio da universidade comestas patentes, mas uma janela de

oportunidade para que os investiga-dores possam sair dos laboratórios dauniversidade e preparar este produtopara chegar ao mercado e ao trata-mento de doentes oncológicos", diz

Sérgio Simões. A empresa espera quea primeira geração do medicamentopossa ser testada em doentes onco-lógicos dentro de três anos.

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UNIVERSIDADE DO MINHO

Prémio atribuído

¦ A Sociedade Portuguesa deGenética Humana premiouNuno Sousa, investigador e

coordenador da Escola deCiências da Saúde, da Univer-

sidade do Minho, em Braga.