desafios e conquistas da bra - jesuitasbrasil.com£o... · novos desafios da igreja e da sociedade...

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Em EDIÇÃO 20 ANO 2 NOV-DEZ 2015 INFORMATIVO DOS JESUÍTAS DO BRASIL CONCÍLIO VATICANO II: 50 ANOS DEPOIS pág. 11 PE. GERAL VISITA PROVÍNCIA DA ÁFRICA pág. 17 ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA REPAM pág. 20 especial pág. 12 DESAFIOS E CONQUISTAS DA BRA SUPERIORES DE PLATAFORMAS APOSTÓLICAS CONTAM COMO TEM SIDO O TRABALHO NESSE PRIMEIRO ANO APÓS A CRIAÇÃO DA ÚNICA PROVÍNCIA DOS JESUÍTAS DO BRASIL

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  • JESUTAS BRASIL

    Em EDIO 20ANO 2NOV-DEZ 2015INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    CONCLIO VATICANO II: 50 ANOS DEPOIS

    pg. 11

    PE. GERAL VISITA PROVNCIA DA FRICA

    pg. 17

    ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA REPAM

    pg. 20

    especial pg. 12

    DESAFIOS E CONQUISTAS DA BRA SUPERIORES DE PLATAFORMAS APOSTLICAS CONTAM COMO TEM SIDO O TRABALHO NESSE PRIMEIRO ANO APS A CRIAO DA NICA PROVNCIA DOS JESUTAS DO BRASIL

  • 4 5Em Em

    SUMRIO EDIO 20 | ANO 2 | NOVEMBRO - DEZEMBRO 2015

    EDITORIAL Provncia BRA: estamos em construo

    CALENDRIO LITRGICO

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO Pe. Joo Geraldo Kolling, SJ

    O MINISTRIO DE UNIDADENA IGREJA SANTA S Papa Francisco visita continente africano 50 anos do conclio Vaticano II

    ESPECIAL Um nico corpo apostlico

    MUNDO CRIA GERAL Padre Geral visita a Provncia da frica Oriental Relatrio final do Snodo dos Bispos

    AMRICA LATINA CPAL A Coroa do Advento Provincial e Superiores das Plataformas

    Apostlicas em Manaus

    Encontro latino-americano da REPAM em Bogot

    GOVERNO Novo coordenador de F e Alegria Internacional

    JUVENTUDES E VOCAES Companhia de Jesus celebra ordenao

    de diconos

    PRIMEIRO ANO APS A CRIAO DA NICA

    PROVNCIA DOS JESUTAS DO BRASIL

    6

    78

    10

    12

    17

    19

    21

  • 4 5Em Em

    EmJESUTAS BRASIL

    SERVIO DA F Jesuta conquista Prmio Ratzinger de Teologia

    PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA Alunos promovem campanha de doao de sangue

    DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO Revista Jesutas Brasil, 74 anos de histria Arquivo Ignacio Ellacura, patrimnio da Amrica Latina

    EDUCAO Curso da Unicap conquista conceito mximo do MEC Colgio Loyola promove simulao da ONU Alunos so premiados na Olimpada Brasileira de Robtica Colgio Medianeira promove Feira do Conhecimento

    NA PAZ DO SENHOR

    JUBILEUS E AGENDA

    22

    23

    24

    26

    2831

    INFORMATIVO DOSJESUTAS DO BRASIL

    EXPEDIENTE

    EM COMPANHIA uma publicao mensal dos

    Jesutas do Brasil, produzida pelo Ncleo de

    Comunicao Integrada (NCI)

    CONTATO [email protected]

    www.jesuitasbrasil.com

    DIRETOR EDITORIALIr. Eudson Ramos

    EDITORA E JORNALISTA RESPONSVELSilvia Lenzi (MTB: 16.021)

    REDAOJuliana Dias

    DIAGRAMAO E EDIO DE IMAGENSHanderson Silva

    ANNCIODimas Oliveira e Handerson Silva

    COLABORADORES DA 20 EDIODayane Silva, Pe. Francisco de Assis Secchim

    Ribeiro, Glauber Vianna, Lisiane Mossmann,

    Marci Nunes, Vincius Soares Pinto e Ana Zic-

    cardi (reviso). Um agradecimento especial a

    todos que colaboraram com a matria especial

    dessa edio.

    FOTOSBanco de imagens / Divulgao

    TRADUO DAS NOTCIAS DA CRIAPe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

  • 6 7Em Em

    No ltimo dia 16 de novembro, completou-se um ano da criao da Pro-vncia dos Jesutas do Brasil. Alm das consolaes e dos passos dados ao longo deste ano, oportuno tambm avaliarmos nosso modo de pro-ceder, nosso empenho e a nossa dedicao misso que nos confiada pela Com-

    panhia de Jesus.

    Muitas iniciativas ocorreram nesses meses. Muitas outras ainda esto em

    construo. Presenciamos tambm processos, acontecimentos e decises impor-

    tantes na dinmica da Provncia BRA. Por isso, estamos vivendo um momento

    muito favorvel para discernirmos a misso que queremos e podemos realizar

    como uma nica provncia da Companhia no Brasil.

    Destaco o processo de integrao e organizao apostlica que vivemos como

    um dos principais pontos de ateno que tivemos neste ano. A sintonia entre

    os fruns de Superiores e de Gesto Apostlica proporcionou essa viso ampla

    da misso, dos desafios e perspectivas em toda a Provncia. O prximo passo a

    construo dos Planos de Ao nas plataformas apostlicas, que contemplaro as

    opes preferenciais do Plano Apostlico da Provncia, bem como alguns eixos

    transversais e a multidisciplinaridade entre obras e apostolados.

    Diante da novidade, reconheo que somos convocados a nos desinstalar e re-

    fletir sobre as novas formas de colaborarmos na misso que de Cristo. Juntos,

    jesutas e colaboradores, somos provocados a atender com novas estruturas aos

    novos desafios da Igreja e da sociedade na atualidade.

    inegvel que os passos dados ao longo de 2015 somente atingiram resulta-

    dos com o envolvimento e dedicao de jesutas e colaboradores em cada uma e

    em todas as obras e misses da Provncia.

    Expresso aqui meu sincero agradecimento a todos vocs que estiveram e con-

    tinuam envolvidos naquilo que antes era um sonho e que hoje j realidade em

    nosso meio: a construo da Provncia da Companhia de Jesus no Brasil. Que Deus

    recompense os esforos de todos!

    Neste Natal, unamo-nos ao Papa Francisco com nossas oraes e nosso exem-

    plo, dando testemunho de que possvel um mundo melhor para viver e glorificar

    nosso Criador e Senhor.

    Desejo a todos vocs, jesutas e colaboradores, um Natal cheio de paz e alegria!

    Que nossas vidas e misso em 2016 sejam repletas de realizaes e consolaes.

    Feliz Natal e Abenoado Ano Novo!

    Boa leitura!

    EDITORIAL

    PROVNCIA BRA:ESTAMOS EM CONSTRUO

    Pe. Joo Renato Eidt, SJProvincial dos Jesutas do Brasil

    [...] SOMOS CONVOCADOS A NOS DESINSTALAR E REFLETIR SOBRE AS NOVAS FORMAS DE COLABORARMOS NA MISSO QUE DE CRISTO

  • 6 7Em Em

    CALENDRIO LITRGICO

    Beato Ruperto Mayer, presbtero

    Todos os santos e beatos da

    Companhia de Jesus

    Santo Estanislau Kostka, religioso

    So Jos Pignatelli, presbtero

    Roque Gonzlez,

    Afonso Rodrguez e

    Joo Del Castillo, presbtero e mrtires

    Beato Miguel Agostinho Pr,

    presbtero e mrtir

    Edmundo Campion e Roberto

    Southwell, presbtero e compa-

    nheiros mrtires

    So Francisco Xavier, presbtero

    So Joo Berchmans, religioso

    Beato Bernardo Francisco de Hoyos,

    presbtero

    calendrio litrgicoPrprio da Companhia de Jesus

    NOVEMBRODEZEMBRO

    DEZEMBRO

    NOVEMBRO

    DIA 3

    DIA 5

    DIA 13

    DIA 14

    DIA 23

    DIA 1

    DIA 26

    DIA 29

    DIA 19

    DIA 3

  • 8 9Em Em

    ENTREVISTA PEREGRINOS EM MISSO

    ADMINISTRAR E PLANEJAR PARA MELHOR SERVIR

    Pe. Joo Geraldo Kolling, SJ

    O informativo Em Companhia traz, nesta

    edio, entrevista especial com o Pe. Joo

    Geraldo Kolling, Administrador da Provncia

    dos Jesutas do Brasil BRA. Descrita nos

    documentos da Companhia de Jesus, como a

    IAB (Instruo para Administrao de Bens)

    e o Estatutos da BRA, esta funo tem por

    objetivo apoiar o Provincial em questes

    administrativas, gesto de bens e patrimnios

    da Provncia, com vistas realizao da misso.

    um trabalho desafiador, uma oportunidade

    de colaborar em modo significativo com a

    misso da Companhia de Jesus no Brasil, pois

    um servio de base e infraestrutura que auxilia

    na viabilizao das diversas frentes que o Plano

    Apostlico nos apresenta, afirma o jesuta.

    consolidar os dados das Mantenedoras e da nica Provncia.

    Com melhoria nos processos de construo dos oramentos

    e ferramentas mais aptas, nos prximos anos, o trabalho ser

    mais fcil, mais completo e de melhor qualidade.

    Qual a importncia desse trabalho para a Companhia

    de Jesus?

    Como para toda e qualquer Instituio, tambm para

    a Companhia de Jesus este trabalho relevante enquanto

    Quais os desafios do Administrador

    frente consolidao da Provncia nica

    no Brasil?

    Desafios relevantes so a grande exten-

    so territorial do Pas, a gama impressio-

    nante de cosmovises do povo brasileiro,

    a participao no planejamento das frentes

    de misso desde o ponto de vista econmi-

    co, e, naturalmente, a diversidade de mo-

    dos de proceder nas vrias frentes de mis-

    so, com compreenses culturais distintas.

    Em 2015, a Companhia de Jesus realizou

    o primeiro fechamento nacional de seu

    balano financeiro. Como foi esse proces-

    so? E os principais desafios?

    Todos os anos, as diversas Mantenedo-

    ras, nas antigas Provncias do Brasil, vinham

    realizando, naturalmente, suas Assembleias

    anuais, em modos e relevncias diversas,

    para balano e prestao de contas. Seme-

    lhantemente, os Provinciais, anualmente,

    segundo as normas da IAB, informam ao Pa-

    dre Geral sobre o andamento das Obras, Fun-

    dos e Comunidades religiosas. Neste sentido,

    em 2015, se fez pela primeira vez o esforo de

  • 8 9Em Em

    favorece a transparncia de dados, mune os gestores de

    elementos para decises, que, traduzidas em aes, con-

    cretizam o anseio de realizar a misso com generosidade

    e criatividade. Na verdade, quanto maior a qualidade de

    informaes, melhor ser o planejamento de longo prazo

    para as diversas frentes de misso da Companhia no Brasil.

    Alm do balano financeiro, a Companhia de Jesus

    tambm realizou seu planejamento oramentrio a n-

    vel nacional. Como foi esse trabalho e quais os resulta-

    dos alcanados?

    A construo dos oramentos de Obras, Residncias, Fun-

    dos, Projetos e Programas Sociais, de Espiritualidade, e das

    diversas frentes de Governo Provincial, de Plataformas, alm

    de Secretariados, Delegados e outras frentes de misso, ain-

    da est em andamento, requerendo esforo ingente de todos

    os colaboradores envolvidos no processo. Espera-se que cada

    ano se tenha melhores condies na construo e, posterior

    importante, acompanhamento na execuo dos oramentos,

    o que tornar a vida de todos mais leve.

    Como funciona o acompanhamento administrativo

    das Obras?

    At agora, basicamente, por meio de reunies e visitas.

    Em termos de reunies, aconteceram as Assembleias das

    diversas Mantenedoras nos meses de maro e abril; houve

    reunies nos trs Centros Administrativos, em Salvador,

    So Paulo e Porto Alegre, em maio e agosto, para verificar o

    orado e realizado dos oramentos das Obras; e, a constru-

    o dos oramentos e sua apresentao, em Porto Alegre,

    Salvador e Rio de Janeiro, entre os dias 20 e 27 de novembro;

    alm da realizao da 3 Assembleia de Diretorias de Man-

    tenedoras, em agosto passado, no Rio de Janeiro. O acom-

    panhamento in loco foi feito em bom nmero de obras ao

    longo de 2015, restando, porm, nmero significativo de

    visitas por fazer em 2016.

    Este ano, qual foi a principal frente de trabalho da Admi-

    nistrao da Companhia de Jesus?

    Em 2015, focou-se na organizao dos trs Centros Ad-

    ministrativos (Salvador, So Paulo e Porto Alegre), como

    Centrais de Servios para que pessoas e

    obras da Companhia de Jesus possam,

    sempre com maior prontido e exatido,

    ter subsdios e elementos que contribu-

    am no servio de todos. Pois, uma Admi-

    nistrao gil, transparente e humana,

    favorece e facilita a realizao da misso.

    Quais os prximos passos da rea de Ad-

    ministrao da Companhia de Jesus?

    Nos prximos anos, significativos de-

    safios se vislumbram no horizonte. Pri-

    meiramente, ser preciso prosseguir na

    qualificao dos servios prestados pelos

    Centros Administrativos e, focar na Central

    de Servios a partir da Sede Provincial, no

    Rio de Janeiro. Em segundo lugar, ser de

    fundamental importncia a participao de

    todas as lideranas jesutas e leigos na

    implantao gradativa do Projeto Sinergia

    nas diversas Mantenedoras (ANEAS, AJEAS

    e Companhia de Jesus no Sudeste; ANI e

    CETEC no Nordeste), para qualificar a ges-

    to e obteno de resultados. Em terceiro

    lugar, fundamental zelar para que Planos

    de Sade sejam eficientes, as Aposentado-

    rias dignas, os espaos para a Formao e

    Retiros e eventos sejam qualificados. Em

    quarto lugar, ser importante reduzir cus-

    tos e racionalizar o uso dos bens, buscar

    novas fontes de receitas, para que a misso

    possa ser realizada com criatividade e se-

    renidade. Alm, claro, de generosidade e

    austeridade como nos solicitam os Estatu-

    tos da Pobreza e as palavras e os testemu-

    nho de Papa Francisco. Finalmente, como

    rea de apoio, na medida em que o planeja-

    mento da Provncia for detalhado ao longo

    do ano de 2016, a partir de elementos das

    Plataformas e diversas frentes de governo

    e misso, a rea de Administrao poder

    ser gradativamente preparada para melhor

    atender ao planejamento.

  • 10 11Em Em

    O MINISTRIO DE UNIDADE NA IGREJA SANTA S

    PAPA FRANCISCO VISITA CONTINENTE AFRICANO

    A visita histrica do Papa Fran-cisco ao continente africano foi marcada pelo acolhimento e pela alegria das pessoas. Em sua 11

    viagem apostlica internacional, o Pon-

    tfice chamou a ateno do mundo para

    a frica. Durante os cinco dias de visita

    (25 a 30 de novembro), o Santo Padre es-

    teve no Qunia, em Uganda e na Rep-

    blica Centro-Africana.

    DAR AS MOS

    Em Nairbi, capital do Qunia, o

    Papa participou de um evento inter-re-

    ligioso e ecumnico, no Salo da Nun-

    ciatura Apostlica. Francisco recordou

    os ataques de extremistas e pediu que

    os crentes sejam reconhecidos como

    profetas de paz.

    No campus da Universidade de Nai-

    rbi, o Pontfice celebrou a primeira

    missa em solo africano e ressaltou que

    a sade da sociedade depende do bem-

    -estar da famlia. Com o Clero local, no

    campo esportivo da escola Saint Mary, o

    Pontfice destacou que: na vida religio-

    sa, no h lugar para ambio, riqueza

    ou poder e que o consagrado foi eleito

    para servir, no para ser servido.

    Em visita ao escritrio da ONU (Orga-

    nizao das Naes Unidas), em Nairbi,

    o Papa Francisco falou sobre a pobreza e

    reiterou o alerta sobre a globalizao da

    indiferena. No bairro pobre de Kange-

    mi, o Pontfice tambm denunciou a in-

    justia e a marginalizao, alertou sobre

    a falta de infraestrutura adequada em

    bairros marginalizados da sociedade e

    destacou que a sabedoria popular desses

    lugares um bem precioso.

    Um dos momentos mais emocio-

    nantes da visita de Francisco ao Qunia

    foi o encontro com cerca de 70 mil jo-

    vens que se reuniram no Estdio Kasa-

    rani. No discurso, em forma de dilogo,

    o Papa Francisco pediu aos presentes

    que dessem as mos, de modo a formar

    uma grande corrente humana, em re-

    presentao de toda a nao queniana.

    Em seguida, exortou-os a rejeitarem

    aquilo que chamou de acar da cor-

    rupo, que dissipa a alegria e a paz in-

    terior. Disse ainda que os jovens devem

    ter sempre esperana.

    Como resposta ao testemunho pesso-

    al de dois jovens que lhe fizeram algumas

    perguntas sobre as dificuldades sociais

    que a juventude atravessa, o Papa Fran-

    cisco deixou os seguintes interrogativos:

    Por que que os jovens, cheios de ideais,

    se deixam arrastar pelo radicalismo reli-

    gioso? Por que se distanciam da famlia,

    dos amigos, da ptria e da vida?

    AMIZADE E ENCORAJAMENTO

    Em seu primeiro discurso em Ugan-

    da, Francisco disse que sua visita frica

    deveria ser vista como sinal de amizade e

    encorajamento. Na cidade de Munyonyo,

    foi saudado por catequistas e professores.

    No encontro, o Santo Padre indicou a fi-

    gura de Cristo como grande exemplo de

    Mestre a ser seguido por eles.

    O Papa visitou os santurios dedica-

    dos aos mrtires anglicanos e catlicos

    e celebrou uma missa pelos mrtires de

    Uganda, na rea do Santurio Catlico.

    Na homilia, Francisco destacou que o

    testemunho dos mrtires mostra que os

    prazeres mundanos e o poder terreno

    no do alegria, nem paz duradouras.

    Em encontro com os jovens no ae-

    roporto de Kololo, Francisco destacou

    trs pontos: a superao das dificulda-

    des, a transformao do negativo em

    positivo e o poder da orao.

    Na Casa de Caridade de Nalukolongo,

    o Pontfice ressaltou a importncia da de-

    dicao aos pobres. Aps breve encontro

    com os Bispos de Uganda, o Papa esteve

    com sacerdotes, religiosos e seminaristas

    na Catedral. O Santo Padre falou aos con-

    sagrados trs atitudes importantes para

    que sejam verdadeiros missionrios de

    Cristo: memria, fidelidade e orao.

    Visita do Papa Francisco ao Qunia

    reuniu cerca de mil jovens no

    Estdio Kasarani.70

  • 10 11Em Em

    50 ANOS DO CONCLIO VATICANO II

    No dia 8 de dezembro, a Igreja Catlica celebrou os 50 anos da concluso do Conclio Va-ticano II, realizado entre outubro de

    1962 e dezembro de 1965. Segundo dom

    Odilo Scherer, cardeal-arcebispo de So

    Paulo, o conclio foi o fato mais mar-

    cante da histria da Igreja no sculo XX.

    Os papas Pio XI e Pio XII, na primeira

    metade do sculo passado, j haviam

    cogitado da convocao de um conclio,

    mas as circunstncias histricas, so-

    bretudo as duas grandes guerras mun-

    diais, no permitiram levar avante esse

    propsito. Foi So Joo XXIII que tomou

    a deciso de convocar um conclio ecu-

    mnico, afirmou.

    O objetivo da convocao do con-

    clio foi a renovao da vida da Igreja

    mediante a revitalizao da f catli-

    ca, a renovao dos costumes no meio

    do povo cristo e a adaptao da dis-

    ciplina da Igreja s necessidades do

    tempo. Joo XXIII desejava que, por

    meio do conclio, a Igreja reencontras-

    se o seu rosto genuno e os traos sim-

    ples e puros das suas origens, disse

    dom Odilo.

    Fonte: O Estado de S.Paulo (14/11/2015)

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    CONVITE PAZ

    No seu primeiro discurso na Rep-

    blica Centro-Africana, Francisco lem-

    brou o lema do pas unidade, digni-

    dade e trabalho e pediu empenho em

    sua concretizao. Em visita ao campo

    de refugiados, o Santo Padre lanou um

    convite paz.

    Aps um encontro com os Bispos

    da Repblica Centro-Africana e com

    as Comunidades Evanglicas, o Papa

    celebrou uma missa com sacerdotes,

    religiosos, catequistas e jovens na Ca-

    tedral de Bangui. Durante a celebrao,

    Francisco fez a abertura da Porta San-

    ta. Na homilia, reforou a necessidade

    da construo de uma Igreja-Famlia

    de Deus, que est aberta a todos e que

    cuida dos mais necessitados.

    Em Bangui, capital do pas, o Pontfi-

    ce reuniu-se com a comunidade muul-

    mana, na Mesquita Central de Koudou-

    kou. Francisco pediu aos muulmanos

    que, juntos, digam no violncia, em

    especial realizada em nome da reli-

    gio. Em missa no Estdio Esportivo da

    cidade, o Papa iniciou a homilia falando

    sobre os tempos difceis em que o pas

    se encontra atualmente e que, nessa si-

    tuao, deve-se voltar os olhos a Deus.

    Fonte: papa.cancaonova.com

  • 12 13Em Em

    UM NICO CORPO APOSTLICOAO COMEMORAR UM ANO DE CRIAO DA NICA PROVNCIA DOS JESUTAS DO BRASIL, SUPERIORES DE PLATAFORMAS APOSTLICAS REVELAM OS DESAFIOS E AS ALEGRIAS ENCONTRADOS EM SUAS MISSES

    ESPECIAL

  • 12 13Em Em

    H um ano, um novo caminho comeou a ser traado pela Companhia de Jesus no Brasil. Com a criao de uma nica Provncia dos Jesutas no pas, em 16 de no-vembro de 2014, surgia tambm uma nova estrutura de governo,

    com um nico corpo apostlico e uma nica misso. Um mo-

    mento histrico, marcado pela presena do Superior Geral da

    Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, e por suas palavras:

    As novas estruturas, por melhores que sejam, s funcionaro se

    todos souberem colaborar e contribuir na misso.

    Naquele momento, j se sabia que os desafios seriam

    grandes, at mesmo pela dimenso continental do territrio

    brasileiro. Assim, aps tomar posse como novo Provincial da

    BRA, o padre Joo Renato Eidt pediu, em nome de toda a Pro-

    vncia: Que Deus continue nos abenoando, que nos ilumine

    e nos conduza pelo caminho que Ele tem pensado para ns,

    como Corpo Apostlico.

    Passado um ano, os Superiores de Plataformas que so

    o meio pelo qual o Provincial chega totalidade da BRA, pre-

    sente em inmeros lugares desse imenso Brasil contam

    como tem sido, na prtica, essa construo da Provncia ni-

    ca. Um trabalho sedimentado com viagens, encontros, dilo-

    go e, principalmente, muita escuta.

    A GRANDIOSIDADE DA NATUREZA

    Considero que est sendo uma bonita e desafiadora expe-

    rincia conhecer melhor a Plataforma Apostlica Amaznia,

    ressalta Pe. Incio Luiz Rhoden, Superior da Plataforma forma-

    da pelos estados do Acre, Amap, Amazonas, Par, Rondnia e

    Roraima. Foi de grande abertura e acolhida essa minha aproxi-

    mao. Procurei visitar as comunidades onde atuam os jesutas,

    dispus-me a escutar atentamente, no com a preocupao de dar

    respostas, mas, principalmente, em uma atitude para compre-

    ender e dialogar. Assim, o primeiro ano resume-se mais em es-

    cutar e observar, levando ao corao, meditando e discernindo.

    O jesuta conta ainda que, em meio ao calor e s enormes

    distncias, brotam muitas inquietaes. Assim, durante os con-

    tatos, as perguntas que mais tem escutado so: Qual a nossa

    misso? Como vamos realiz-la da melhor maneira possvel? O

    que Deus quer de ns nessa imensa Amaznia? Eu imagino,

    como prope Santo Incio de Loyola na contemplao da en-

    carnao, a Santssima Trindade falando a ns: Ide colaborar na

    Amaznia, no cuidado da casa comum, na restaurao da digni-

    dade da criao e na redeno da humanidade. Creio que ns so-

    mos chamados a evangelizar com alegria, humanizar e garantir

    que a vida continue com a merecida dignidade, diz Pe. Incio.

    Sobre os futuros desafios, Pe. Incio diz que esses implicam

    responder a seguinte pergunta: O que fazer e como fazer para que

    o Plano Apostlico chegue concretizao estratgica na Plata-

    forma Apostlica Amaznia, traduzindo-se em plano de ao re-

    alista e vivel, com estabelecimento de prazos, metas e respon-

    sveis pela execuo? Desafio que impe um trabalho conjunto

    entre jesutas, colaboradores e leigos. A importncia de cada

    um desses pblicos fundamental para unir foras na mesma

    misso, pois, se a Amaznia grande, bvio e natural reconhe-

    cermos que, sozinhos, no vamos dar conta, afirma o Superior.

    Somos interpelados a viver com misericrdia, em constante

    atitude de converso. Queremos colocar-nos em permanente

    atitude de aprender dos povos da Amaznia, da sua relao com

    a natureza e dos seus modos de ver, viver e habitar o mundo.

    ALEGRIA DE SER E VIVER

    Do xaxado, forr, frevo e ax pluralidade culinria e re-

    ligiosa, tudo Plataforma Apostlica Nordeste 2, destaca o

    Pe. Antnio Tabosa Gomes, Superior da Plataforma que rene

    Alagoas, Bahia, Paraba, Pernambuco e Sergipe. Ele conta que,

    alm da arquitetura barroca, que nos faz recordar o perodo

    colonial do pas, outro trao marcante desses estados a mis-

    cigenao entre brancos, negros e ndios. H ainda o serto,

    que fez do nordestino uma pessoa resistente s intempries

    da seca e do sol causticante. Culturalmente, o nordestino

    sabe viver diante das adversidades temporais, ele religioso

    e expressa, na dana, sua alegria de ser e viver, suas razes an-

    tropolgicas, ressalta o jesuta.

    Pe. Tabosa conta que a aproximao com jesutas e leigos

    tem sido contnua, para que se fortalea o vnculo de confian-

    a mtua.E acrescenta que tem buscado ser amigo no Senhor,

    colocando-se em atitude de escuta. Particularmente, acredi-

    to que esses so os passos iniciais que vo configurando as

    relaes com os jesutas e leigos, que so importantes para

    que a Companhia de Jesus realize sua misso, comenta. En-

    quanto Superior de Plataforma Apostlica, procuro ser supor-

    te, apoio, incentivador, articulador dos diversos apostolados

    e animador de cada misso realizada pela famlia inaciana.

    Ao longo de 2015, foram realizados trs encontros com os

    jesutas da Plataforma Apostlica Nordeste 2. Nesse primei-

    ro ano, foram estabelecidas algumas aes em torno da Vida

    Comum e do Plano Apostlico da BRA. A conscincia de que

    [...] CREIO QUE NS SOMOS CHAMADOS A EVANGELIZAR COM ALEGRIA, HUMANIZAR E GARANTIR QUE A VIDA CONTINUE COM AMERECIDA DIGNIDADE

    Pe. Incio Luiz Rhoden, Superior da Plataforma Apostlica Amaznia

    13Em

  • 14 15Em Em

    somos poucos e temos muitas deman-

    das apostlicas nos desafia a fazer mais

    e melhor, como se tudo dependesse da

    gente, mas sabendo que tudo depende

    da nossa f em Deus, diz Pe. Tabosa.

    Ide pelo mundo e anunciai a Boa Nova

    a todas as pessoas (Mc 15,16).

    OLHAR SOBRE O FUTURO DA MISSO

    Superior da Plataforma Apostlica

    Centro-Oeste, Pe. Carlos Fritzen reve-

    la que o processo de conhecer essa re-

    gio composta por Distrito Federal,

    Gois, Mato Grosso, Mato Grosso do

    Sul e Tocantins tem sido muito rico

    e com muitas surpresas. Os diversos

    contextos e realidades encontrados

    me fizeram perceber, por um lado, a

    histria da presena da Companhia

    de Jesus em diferentes lugares, onde

    j esteve e onde est atualmente, diz

    o jesuta.

    Outro aspecto observado foram as

    diferenas culturais, ambientais, cli-

    mticas e de pessoas, desde os indge-

    nas e afrodescendentes, como os mais

    recentes migrantes, principalmente

    descendentes de italianos e alemes

    que vieram do sul e centro do pas. Pe.

    Fritzen relata ainda um cenrio preocu-

    pante: a regio tomada pelo agrone-

    gcio e, consequentemente, as reas de

    reserva indgena so cobiadas, os rios

    e solos envenenados pelo agrotxico e o

    cerrado cada vez mais destrudo.

    Quanto ao processo de aproxima-

    o com jesutas e leigos, Pe. Fritzen

    conta que ele foi tranquilo e se deu

    basicamente com reunies peridi-

    cas. O Estatuto da Provncia e o Pla-

    no Apostlico da BRA tm sido a re-

    ferncia para o dilogo no presente,

    para maior conhecimento entre todos

    e para abrir o olhar sobre o futuro da

    misso dos jesutas no Centro-Oeste

    do Brasil, afirma o Superior.

    Em setembro, durante dois dias,

    foi realizada a assembleia da Plata-

    forma Apostlica Centro-Oeste. Esse

    processo foi importante e conver-

    gente no sentido de identificarmos

    algumas linhas comuns de ao da

    Plataforma que realizem a misso da

    BRA, como a promover a Formao de

    Lideranas, a Justia Socioambiental e

    a Formao da Identidade Inaciana,

    diz o jesuta.

    Segundo Pe. Fritzen, o balano da

    caminhada da Plataforma Apostlica

    Centro-Oeste, nesse primeiro ano,

    muito positivo, pois foi possvel identi-

    ficar as possveis linhas de ao e focar

    nelas, alm do aumento do entusiasmo

    apostlico e a expectativa de realizar-se

    a nica misso da Companhia de Jesus

    no Brasil. Quanto aos desafios futuros,

    ele ressalta que o nmero de jesutas

    pequeno e no h muitos leigos for-

    [...] PROCURO SER SUPORTE, APOIO, INCENTIVADOR, ARTICULADOR DOS DIVERSOS APOSTOLADOS E ANIMADOR DE CADA MISSO REALIZADA PELAFAMLIA INACIANA

    Pe. Antnio Tabosa Gomes, Superior da Plataforma Apostlica Nordeste 2

    [...] FORMAR LIDERANAS PARA A MISSO SER O DESAFIO MAIS ESTRATGICO PARA AVANAR NOS PRXIMOS ANOS RUMO AO QUE A COMPANHIA DE JESUS ESPERA

    Pe. Carlos Fritzen, Superior da Plataforma Apostlica Centro-Oeste

    FOTO: WILFRED PAULSEFOTO: PA SSARINHO/PREF.OLINDA

    ESPECIAL

    14 Em

  • 14 15Em Em

    mados para a misso. Portanto, formar

    lideranas para a misso ser o desafio

    mais estratgico para avanar, nos pr-

    ximos anos, rumo ao que a Companhia

    de Jesus espera. Preparar jesutas para

    essa nova cultura e descobrir novo

    modo de somar com a causa indgena

    tambm sero, dentre outros, grandes

    desafios que precisaremos vencer, afir-

    ma o Superior.

    CORPO APOSTLICO EM SINTONIA

    Acompanhar e ajudar no modo de

    viver e discernir os caminhos que Deus

    nos coloca pela frente tm grande impor-

    tncia para os jesutas, dedicados a in-

    meros trabalhos para realizar a misso da

    Companhia de Jesus, diz Pe. Mieczyslaw

    Smyda, Superior da Plataforma Apostli-

    ca Leste, que abrange os estados de Esp-

    rito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

    Ele acrescenta que, nessa regio, a Ordem

    jesuta atua nas reas de Educao Bsica

    e Superior, Apostolado Paroquial, Espiri-

    tualidade Inaciana e Apostolado Social,

    nas quais empenha muitas foras e re-

    cursos, principalmente no ensino e na

    formao de crianas e jovens. Destaca-

    -se ainda o Apostolado Intelectual, com-

    posto de jesutas e leigos que se dedicam

    formao dos prprios jesutas, de ou-

    tros religiosos, seminaristas e lideranas

    leigas, informa.

    No primeiro semestre de 2015, Pe.

    Smyda conta que foram realizadas assem-

    bleias por regies: Rio de Janeiro com Es-

    prito Santo e Belo Horizonte com Mon-

    tes Claros, em Minas Gerais. Os jesutas

    discutiram e refletiram a questo da Vida

    Religiosa e a nossa vida de jesutas, o que

    nos ajudar futuramente na construo

    do Projeto de Vida das residncias e da

    nossa comunidade da Plataforma Apos-

    tlica Leste, descreve.

    Em outubro, com a presena do Pro-

    vincial da Companhia de Jesus no Brasil,

    Pe. Joo Renato Eidt, aconteceu mais uma

    assembleia, que reuniu todos os jesutas

    e vrios leigos responsveis pelas Obras

    da Plataforma. Pe. Smyda revela que, alm

    da convivncia e partilha entre os 130 par-

    ticipantes, o encontro permitiu que fosse

    trabalhado um Projeto de Ao a partir do

    Plano Apostlico da BRA. No momento,

    com base no material produzido na as-

    sembleia, estamos elaborando um nico

    texto, que servir para os nossos prxi-

    mos passos, comenta.

    Pe. Smyda diz acreditar que o

    maior desafio e urgncia seja elaborar

    o Plano de Ao para a Provncia BRA e

    todas as Plataformas Apostlicas com

    uma viso universal e holstica, para

    atuarmos como um Corpo Apostlico

    em sintonia com o Esprito de Deus.

    Servir as pessoas e no simplesmente

    as estruturas, vivenciando mais o fra-

    casso da Cruz de Cristo do que os su-

    cessos de grandes empresas.

    DILOGO COM AS NOVAS CULTURAS

    Conhecer e participar da misso que

    a Companhia de Jesus tem realizado no

    estado de So Paulo e no sul de Minas

    Gerais tem sido um momento de graa

    para o Pe. Vicente Palotti Zorzo, Superior

    da Plataforma Apostlica Sul 1. Quanto

    mais vou tendo contato com jesutas,

    leigos e obras, fico impressionado com

    a abrangncia da presena apostlica e

    profundidade dos trabalhos realizados,

    diz Pe. Vicente, ressaltando que, por

    conta de misses anteriores, j tinha

    familiaridade com o trabalho desenvol-

    vido no Paran, que tambm integra a

    [...] O MAIOR DESAFIO E URGNCIA SEJA ELABORAR O PLANO DE AO PARA A PROVNCIA BRA E TODAS AS PLATAFORMAS APOSTLICAS COM UMA VISO UNIVERSAL E HOLSTICA, PARA ATUARMOS COMO UM CORPO APOSTLICO...

    Pe. Mieczyslaw Smyda, Superior da Plataforma Apostlica Leste

    FOTO: HUDSON FOTO: DANIEL Z ANINI H.FOTO: DIOGO CRISTOFOLINI

    15Em

  • 16 17Em Em

    regio sob sua responsabilidade.

    Entre as riquezas culturais encon-

    tradas frente a nova misso, Pe. Vicente

    destaca o dilogo com as novas culturas

    e a fidelidade ao legado da Companhia de

    Jesus.Fiquei impressionado ainda com a

    disposio e acolhida das pessoas em So

    Paulo. As pessoas interagem com muita

    serenidade. normal darem um retorno

    ao que percebem. E nas relaes h uma

    distncia intrigante: longe o suficiente

    para no incomodar, mas prximo o su-

    ficiente para ajudar, comenta o Superior.

    Pe. Vicente descreve que sua apro-

    ximao com jesutas e leigos da Plata-

    forma Apostlica Sul 1 tem acontecido

    de maneira paulatina. E explica: como

    estamos em tempo de implementao

    da Provncia BRA, procura-se dar conti-

    nuidade misso assumida atentos s

    novas formas.

    Ao longo desse primeiro ano, foram

    promovidos dois encontros da Plata-

    forma Apostlica Sul 1. O primeiro, em

    julho, reuniu 38 jesutas e 26 colabo-

    radores, que representaram todas as

    presenas apostlicas da regio. Em

    outubro, aconteceu a segunda reunio,

    dessa vez, s com jesutas. O objetivo

    foi retomar os aspectos abordados em

    julho e construir uma agenda para 2016,

    procurando discernir alguns apelos da

    misso.O processo que est sendo vivido

    provoca muitas questes. E suscita di-

    logos para afinar as percepes, afirma

    Pe. Vicente. Para o prximo ano, tere-

    mos o desafio de desenvolver aes que

    vo implementar o Plano Apostlico e

    balizar o percurso para levar a bom ter-

    mo o que nos propomos fazer.

    CONSTRUO DO CORPO APOSTLICO

    Para o Pe. Luiz Neis, assumir como

    Superior da Plataforma Apostlica Sul 2

    significou tambm conhecer melhor a

    sua regio de origem. Nascido em San-

    ta Catarina, ele passou 25 anos atuan-

    do em misses nos estados de Minas

    Gerais, Mato Grosso e Paraba e, h trs

    anos, estava trabalhando em Pelotas (Rio

    Grande do Sul). muito gratificante co-

    nhecer os grandes jesutas benemritos,

    vrios deles na Casa de Sade, e tambm

    o imenso trabalho que se faz nas Obras,

    em todas elas. Muitas pessoas so bene-

    ficiadas com a presena da Companhia

    de Jesus, com todos os seus colaborado-

    res, observa o jesuta.

    Alm de Santa Catarina, a Platafor-

    ma Apostlica Sul 2 rene o Rio Grande

    do Sul e parte do Paran. Entre as pecu-

    liaridades da regio, o jesuta ressalta a

    secularizao bastante forte, especial-

    mente em terras gachas. H ainda a

    diversidade de origens, com suas ricas

    tradies: o gacho propriamente dito

    e as descendncias europeias, como a

    alem, a italiana e a polonesa, conta Pe.

    Luiz. Senti-me muito bem acolhido. As

    dificuldades foram as inerentes a toda

    a mudana da Companhia de Jesus no

    Brasil. A nova estrutura da BRA, a fun-

    o especfica do Superior de Plataforma

    Apostlica e a distncia geogrfica do

    provincial foram perguntas, muitas ve-

    zes, apresentadas.

    Dois encontros foram realizados na

    Plataforma Apostlica Sul 2 em maro

    e setembro , com a presena de cerca de

    60 jesutas em cada um deles. No primei-

    ro encontro, o principal intuito foi en-

    contrar-se como Plataforma, inteirar-se

    da estrutura da nova Provncia e estudar

    seus Estatutos. Na ocasio, fizemos o

    mapeamento das fortalezas, debilidades

    e urgncias da nossa regio, para com-

    por o trabalho nacional encaminhado

    pelos membros do Secretariado de Arti-

    culao e Capacitao para a Misso, re-

    lembra o Superior. No segundo encon-

    tro, dedicamos um tempo para refletir

    sobre o Nosso Modo de Proceder, a vida

    de religiosos jesutas. Com as presenas

    do Provincial, Pe. Joo Renato Eidt, e do

    Administrador Provincial, Pe. Joo Geral-

    do Kolling, nos debruamos sobre os di-

    versos encaminhamentos institucionais

    da construo da nova Provncia.

    Ao fazer o balano desse primeiro

    ano, Pe. Luiz diz que a implantao da

    mudana, a organizao da Plataforma

    Apostlica, a caminhada dos Assisten-

    tes das diversas residncias e uma nova

    conscincia so pontos em que houve

    avanos. E completa que os grandes de-

    safios vo na linha da construo do cor-

    po apostlico jesutas e colaboradores

    , a partir de aes concretas delineadas

    com base nas grandes linhas de ao

    apostlica da Provncia BRA.

    COMO ESTAMOS EM TEMPO DE IMPLEMENTAO DA PROVNCIA BRA, PROCURA-SE DAR CONTINUIDADE MISSO ASSUMIDA, ATENTOS S NOVAS FORMAS

    MUITO GRATIFICANTE CONHECER OS GRANDES JESUTAS BENEMRITOS, VRIOS DELES NA CASA DE SADE, E TAMBM O IMENSO TRABALHO QUE SE FAZ NAS OBRAS, EM TODAS ELAS

    Pe. Vicente Palotti Zorzo, Superior da Plataforma Apostlica Sul 1

    Pe. Luiz Neis, Superior da Plataforma Apostlica Sul 2

    ESPECIAL

    16 Em

  • 16 17Em Em

    PADRE GERAL VISITA A PROVNCIA DA FRICA ORIENTAL

    Entre os dias 4 e 11 de novembro, o Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, visitou os pases da Provncia da frica Oriental,

    que rene Etipia, Sudo, Sudo do Sul,

    Uganda, Qunia e Tanznia.

    Na cidade de Wau (Sudo do Sul), o

    padre Nicols animou os sudaneses do

    Sul com sua homilia. Na ocasio, o Padre

    Geral falou da importncia de redescobrir

    que a partilha cultural, a paz e a harmonia,

    esto na base de toda sociedade. Alm dis-

    so, o Superior Geral disse que os jesutas

    precisam ser homens para os demais em

    todo momento, aprofundando-se na mis-

    so recebida de Deus de serem enviados

    para construir a paz no meio de lobos.

    Em Gulu (Uganda), o padre Nicols

    visitou os jesutas da regio e o colgio

    jesuta Ocer Campion, onde celebrou um

    encontro com a equipe da instituio, no

    qual sublinhou o significado de ser pro-

    fessor: nessa empreitada, capacitamos

    nossos alunos para que aspirem exce-

    lncia, de modo que possam ajudar a to-

    dos seus concidados a saberem se ajudar

    uns aos outros.

    Na Loyola High School, instituio

    com cerca de 1300 alunos, em Dar es Sa-

    laam (Tanznia), o Superior Geral plantou

    uma rvore como smbolo de esperana

    para o trabalho que a escola realiza. Na

    Loyola High School, muitas pessoas que

    frequentam a instituio seguem outras

    religies, ou seja, a caracterstica inter-

    -religiosa muito forte nessa regio.

    Causa-me grande admirao o fato

    PAPA RESPONDE CARTAS DE CRIANAS

    Em maro de 2016, a Editora Loyola

    Press, de Chicago (EUA), vai publicar o

    primeiro livro do Papa Francisco dedi-

    cado s crianas. Com o ttulo de Que-

    de que cada cultura tem a sua prpria

    sabedoria. Precisamos das sabedorias

    do mundo, as sabedorias no plural, para

    fazer a nossa vida e o nosso mundo um

    pouco mais habitvel, um pouco mais

    humano. O principal trabalho dos missio-

    nrios no conseguir converses, no

    necessariamente aumentar o nmero de

    cristos, mas, sim, aprender da sabedoria

    de outras tradies e incorpor-las ao n-

    cleo da Igreja. Necessitamos de uma nova

    teologia da misso. Precisamos integrar a

    sabedoria de outras tradies e, por isso,

    uma comunidade onde h cristos, mao-

    metanos e budistas, dentre outros, uma

    comunidade muito sbia. Extrair o me-

    lhor de cada um contribuir para o bem

    de todos, ressaltou o padre Geral durante

    visita Loyola High School.

    O padre Adolfo Nicols reforou a

    mensagem do dilogo com outras religi-

    es na visita ao noviciado jesuta Gonza-

    ga Gonza, em Arusha (Tanznia). Em seu

    encontro com os novios, ele exortou-os

    a aprenderem da sabedoria das outras re-

    ligies e a reconhecerem que ela no lhes

    pertence com exclusividade, mas que

    patrimnio da humanidade. O ponto cul-

    minante da visita foi a concelebrao eu-

    carstica, que inaugurou o jubileu de prata

    do noviciado. Ao final da cerimnia, o Pe.

    Geral, o Pe. Assistente e o Pe. Provincial

    plantaram, cada um, uma rvore no recin-

    to do noviciado.

    EXTRAIR O MELHOR DE CADA UM CONTRIBUIR PARA O BEM DE TODOS

    Pe. Adolfo Nicols, Superior Geral da Companhia de Jesus

    rido Papa Francisco, a obra, editada por

    Antonio Spadaro, SJ, e Tom McGrath, da

    Loyola Press, reuniu as respostas pes-

    soais do pontfice a trinta cartas e de-

    senhos de crianas com idade entre 6 e

    13 anos, de todas as regies do mundo.

    COMPANHIA DE JESUS CRIA GERAL

    17Em

  • 18 19Em Em

    RELATRIO FINAL DO SNODO DOS BISPOS

    O Superior Geral da Companhia de Jesus, padre Adolfo Nicols, participou da comisso nome-ada pelo Papa Francisco para escrever

    o relatrio final do Snodo dos Bispos,

    realizado entre os dias 4 e 25 de outubro

    de 2015. Em entrevista ao jornal italiano

    Corriere della Sera, o Padre Geral disse

    que os resultados foram bons e que

    Francisco estava contente. Eu ensinei

    teologia no Japo e sei que preciso re-

    petir muito as coisas para que sejam ou-

    vidas. O Papa sabe disso. E, agora, acre-

    dito que do Snodo saia uma Igreja com

    os ouvidos mais aguados, e isto bom,

    porque poder se traduzir em medidas

    concretas nas parquias e ser uma aju-

    da para a comunidade crist, afirmou o

    jesuta. Confira a entrevista:

    No incio do Snodo, o senhor dizia:

    Francisco poderia andar mais rpido,

    mas no quer fazer isto sozinho e a

    Igreja precisa de tempo. E agora?

    O fato de que o relatrio final tenha sido

    aprovado, que todos os pontos tenham

    superado os dois teros, importante.

    um documento que deixa as mos livres

    para Francisco agir. O Papa pode fazer o

    que considera bom, oportuno e necess-

    rio. Na mente de todos os membros da

    comisso, havia a ideia de preparar um

    documento que deixasse as portas aber-

    tas de tal modo que o Papa pudesse entrar

    e sair, ou seja, fazer o que achar melhor.

    O cardeal austraco Christoph Schn-

    born dizia: a palavra-chave do docu-

    mento discernimento...

    Acho que o efeito desse Papa. O dis-

    cernimento capital na mente de Santo

    Incio, e Francisco muito inaciano. A

    palavra discernimento apareceu muitas

    vezes, na apresentao, nos grupos e tam-

    bm no texto final...

    O que quer dizer discernimento nas

    situaes irregulares como dos divor-

    ciados e dos recasados excludos dos

    sacramentos?

    A recomendao do Papa de no fa-

    zer teorias, por exemplo, no colocar os

    divorciados e recasados todos juntos,

    porque os padres devero fazer um dis-

    cernimento caso a caso e ver a situao,

    as circunstncias, aquilo que acontece, e,

    a partir disso tudo, decidir uma coisa ou

    outra. No h teorias gerais que se tradu-

    zem numa disciplina frrea, imposta a to-

    dos. O fruto do discernimento quer dizer

    que se leva em conta cada caso e se busca

    encontrar sadas de misericrdia.

    Agora, a palavra passa para Francisco,

    no assim?

    Sim. Haver uma exortao apostlica do

    Papa. No creio que tardar, depois de um

    ano, como aconteceu em outros Snodos

    e com outros pontfices. Um ano de-

    masiado tempo. Os entendidos em ma-

    nagement me dizem que, se passam oito

    meses sem dizer nada, as pessoas voltam

    ao ponto de partida e, ento, preciso re-

    fazer todo o processo. Acho que Francisco

    ser mais rpido.

    O que lhe parece que acontecer?

    Penso que uma coisa sempre frgil, na

    Igreja, o follow-up o retorno, a con-

    firmao. O fruto do Snodo no pode

    ser um documento, ainda que seja muito

    bom. O fruto prtico: o que se faz, o que

    acontece na situao pastoral, nas par-

    quias, quando as pessoas vo at l com

    suas problemticas. l que se v. Para

    mim, o follow-up ideal consistiria em

    Snodos particulares: cada bispo voltar

    para casa e fazer um Snodo com os seus

    diocesanos, padres e leigos, para avaliar o

    modo at agora seguido e examinar ou-

    tras possibilidades.

    Qual foi a mudana mais importante

    acontecida no Snodo?

    Francisco no quer uma aplicao mec-

    nica da lei, a defesa da letra e no do esp-

    rito. Esse no o modo de agir da Igreja.

    Ele mesmo nos falou dos coraes fecha-

    dos que se escondem atrs do ensino da

    Igreja e se sentam na cadeira de Moiss

    para julgar os feridos. Ao contrrio,

    preciso buscar, com compaixo e mise-

    ricrdia, encontrar novos caminhos para

    ajudar as pessoas. Um discernimento da

    situao concreta que veja, antes de tudo,

    as pessoas e, depois, os princpios. Esse

    o mais forte encorajamento aos padres,

    para que no sejam funcionrios: no,

    no so funcionrios. Eles tm um traba-

    lho de discernimento a fazer. Santo Incio

    ficaria muito contente em ver que o dis-

    cernimento entrou na Igreja. E tambm o

    Papa Francisco est muito contente.

    Fonte: www.ihu.unisinos.br/site.adital.

    com.br

    SNODO

    A XIV Assembleia Geral Ordinria do

    Snodo dos Bispos teve como tema dos de-

    bates A vocao e a misso da famlia na

    Igreja e no mundo contemporneo. Cerca

    de 400 cardeais e bispos participaram do

    evento, cuja misso foi discutir sobre os

    desafios da famlia catlica atual diante

    das mudanas da sociedade moderna.

  • 18 19Em Em

    COMPANHIA DE JESUS CPAL

    J estamos no Advento, tempo de abertura novidade e de esperan-a. Espalhou-se a tradio da co-roa do Advento: cada semana, acender

    uma das quatro velas da coroa. Uma

    luz que vai se espalhando e iluminan-

    do o caminho, como fogo que acende

    outros fogos, abrindo passagem para

    a chegada da salvao.

    A figura de Joo Batista como abri-

    dor de caminhos marca esta poca li-

    trgica. Preparar a passagem do Senhor

    supe assumir o risco de ousar rotas

    novas, de limpar os caminhos e atrever-

    -se a chegar alm das fronteiras. Uma

    imagem que ressoa com o convite do

    Papa Francisco para que sejamos Igreja

    em sada, em busca da ovelha perdida.

    Este ano, vivemos um Advento de

    hemisfrio Sul. No um Advento que

    nos atrai para o frio escuro e silencioso

    do inverno, mas o celebramos na clari-

    dade e festa de luz de uma primavera

    iluminada pelo sol que a alegra. Esta-

    mos em uma primavera da Igreja, que

    nos convida para a festa e a aventura.

    Com essa atitude interior, entramos

    no novo ano litrgico preparando-nos

    para o Ano da Misericrdia, que ser

    tambm, para ns, ano de Congregao

    Geral. A eleio de um novo Geral nos

    permitir renovar-nos tambm como

    A COROADO ADVENTO

    Pe. Jorge Cela, SJPresidente da CPAL

    corpo. Sentimos o chamado a uma mais profunda integrao

    da vida espiritual, comunitria e apostlica.

    A novidade que nos chega esse chamado integrao

    das dimenses do nosso ser e fazer, de nossa identidade

    pessoal e comunitria, de nossa vida interior e nossa forma

    de governo e organizao, do discernimento da passagem

    de Deus na histria e do planejamento eficiente de nossas

    redes e obras, da proximidade afetiva e efetiva a partir da

    pobreza e a profundidade espiritual e intelectual.

    E o Natal convida-nos a descobrir a sntese dessa com-

    plexidade crescente na pequenez, debilidade e simplici-

    dade de um Menino recm-nascido. precisamente nossa

    crescente fragilidade e pequenez que melhor nos preparam

    para o encontro com o Salvador. O ano que comea deve

    ser, para ns, oportunidade de adentrar-nos nesse mist-

    rio que se manifesta no germinal e deixar que acontea em

    ns, entre ns, a partir de ns, a alegria do Evangelho.

    E, como sinal dos tempos em que vivemos, deixemos que

    a sndrome do inter nos habite para abrir-nos interculturali-

    dade que nos enriquece, a internacionalidade que nos faz sair

    de ns mesmos, a intereclesialidade que nos convida a traba-

    lhar com outros como companheiros de misso.

    Deixemos que o Esprito do Natal brote em ns e em

    nossas comunidades, impulsionando-nos a sair s praas

    como mensageiros da misericrdia.

    Feliz Natal!

    PREPARAR A PASSAGEM DO SENHOR SUPE ASSUMIR O RISCO DE OUSAR ROTAS NOVAS, DE LIMPAR OS CAMINHOS E ATREVER-SE A CHEGAR ALM DAS FRONTEIRAS

  • 20 21Em Em

    No final de outubro, o Provin-cial, Pe. Joo Renato Eidt, e os sete Superiores de Plata-formas Apostlicas da Companhia de

    Jesus no Brasil reuniram-se com os

    padres Alfredo Ferro (Coordenador

    do Projeto Pan-amaznico da CPAL-

    -Conferncia dos Provinciais Jesu-

    tas da Amrica Latina), Paco Almenar

    (membro do Projeto Equipe Itineran-

    te) e Fernando Lpez (CIMI-Conselho

    Indigenista Missionrio). Durante o

    encontro, realizado em Manaus (AM),

    os trs jesutas tiveram a oportuni-

    dade de apresentar suas respectivas

    misses no marco da prioridade da

    Amaznia, como definida pela CPAL

    e pela Provncia dos Jesutas do Bra-

    sil. Esse espao de dilogo foi, para

    todos, boa oportunidade de visua-

    lizar os desafios existentes e as res-

    PROVINCIAL E SUPERIORES DAS PLATAFORMAS APOSTLICAS EM MANAUS

    ENCONTRO LATINO-AMERICANO DA REPAM EM BOGOT

    postas, que poderiam ser dadas como

    corpo apostlico, aos gritos escuta-

    dos, e que provm da realidade dos

    territrios amaznicos. Assim, foi

    um momento oportuno para refletir

    como a misso da Rede Eclesial Pan-

    -Amaznica (REPAM) e do Projeto PA-

    MSJ integram-se misso apostlica

    da Companhia de Jesus na Amaznia

    brasileira, o que ser fundamental

    para que haja articulao entre todos

    para um melhor servio e cuidado

    com a casa comum, como recomen-

    da o Papa Francisco.

    De 16 a 18 de novembro, reuni-ram-se, na cidade de Bogot (Colmbia), cerca de 90 pes-soas entre bispos, sacerdotes, reli-

    giosos, leigos, agentes de pastoral e

    indgenas, para trabalhar sobre a

    misso, a estrutura e os comits na-

    cionais da Rede Eclesial Pan-Ama-

    znica (REPAM), bem como sobre o

    desenvolvimento dos eixos estra-

    tgicos. Os integrantes do encontro

    confirmaram a importncia da REDE

    para a Igreja amaznica latino-ame-

    ricana, refletiram sobre a Encclica

    do Papa, Laudato S, e planejaram

    uma srie de atividades. Deve-se

    tambm ressaltar a voz dos povos in-

    dgenas, que apresentaram suas lutas

    e esperanas frente s conjunturas

    de ameaas.

    Fonte: Pan-Amaznia SJ Carta Men-

    sal n 20 e 21 Outubro e Novem-

    bro 2015. Acesse o link (http://bit.

    ly/1FDU44v) do Portal Jesutas Bra-

    sil e faa o download das edies

    completas da Pan-Amaznia SJ

    Carta Mensal.

  • 20 21Em Em

    O Pe. Carlos Fritzen, atual Supe-rior da Plataforma Apostlica Centro-Oeste da Provncia dos Jesutas do Brasil, ser o novo coorde-

    nador da Federao Internacional F e

    Alegria a partir do prximo ano. Desig-

    nado para a misso por Pe. Jorge Cela,

    presidente da CPAL (Conferncia dos

    Provinciais Jesutas da Amrica Latina),

    o jesuta substituir o Pe. Ignacio Suol,

    No dia 6 de dezembro, sete jesu-tas foram ordenados diconos na Parquia Santssima Trin-dade, em Santa Luzia (MG). Os jovens

    Bartlomiej Przepeluk, Cleiton Nery,

    Fabin Tejeda, Felix Lopes, Gonzalo Be-

    navides, Mariano Torres e Stivel Toloza

    receberam o sacramento da Ordem das

    mos de dom Edson Oriolo, bispo refe-

    rencial para a Regio Episcopal Nossa

    Senhora da Conceio.

    O padre Joo Renato Eidt, Provin-

    cial da Companhia de Jesus no Brasil,

    participou da cerimnia. Ao pedir o

    sacramento da ordem para os eleitos,

    o jesuta deu um testemunho sobre a

    caminhada de formao vivida pelos

    jovens.Alegramo-nos que mais pessoas

    se entregam neste ministrio diaconal,

    pois assim vamos fortalecendo cada vez

    mais a vida e a misso da Companhia

    de Jesus, disse, ao ressaltar que muita

    vida e muitos esforos so investidos

    NOVO COORDENADOR DE F E ALEGRIA INTERNACIONAL

    COMPANHIA DE JESUS CELEBRA ORDENAO DE DICONOS

    COMPANHIA DE JESUS GOVERNO

    COMPANHIA DE JESUS JUVENTUDES E VOCAES

    que esteve frente da instituio nos

    ltimos seis anos.

    Pe. Fritzen bacharel em Filosofia

    e Teologia pelo Centro de Estudos Su-

    periores da Companhia de Jesus-CES,

    atual FAJE (Faculdade Jesuta de Filo-

    sofia e Teologia), em Belo Horizonte

    (MG), e mestre em Cincias Sociais

    pela PUC-SP (Pontifcia Universidade

    Catlica de So Paulo). Em 1998, atuou

    no Apostolado do Centro Pastoral San-

    ta F, onde tambm foi diretor, anos

    mais tarde. Em 2004, assumiu a fun-

    o de diretor Nacional da Fundao

    F e Alegria e, em 2011, foi diretor pre-

    sidente na mesma instituio. Antes

    de ser nomeado Superior de Platafor-

    ma, desempenhou a funo de admi-

    nistrador Provincial da antiga Provn-

    cia Brasil Centro-Leste (BRC).

    para que os jovens jesutas tenham boa

    formao, chegando ao momento da or-

    denao diaconal.

    Alm do Provincial, participaram

    da cerimnia os superiores de plata-

    forma da BRA (Provncia do Brasil) e

    os padres provinciais da Colmbia e

    dos Estados Unidos. O padre Edison de

    Lima, reitor do Teologado da BRA, dire-

    tores e colaboradores de obras jesutas

    tambm marcaram presena.

    O proco da Santssima Trindade,

    padre Donizetti Venncio, SJ, falou so-

    bre a alegria de receber a celebrao de

    ordenao diaconal dos companhei-

    ros jesutas. Este um momento no

    qual sentimo-nos parte deste corpo,

    no sentido de pertena Igreja. Vamos

    concluindo o ano com uma grande ce-

    lebrao, disse.

    FOTO

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    Sete jesutas receberam o sacramento da Ordem das mos de dom Edson Oriolo

  • 22 23Em Em

    A COMPANHIA DE JESUS NA AMRICA LATINA SERVIO DA F

    Jesuta conquista Prmio Ratzinger de Teologia

    O padre jesuta Mrio de Frana Miranda foi um dos vencedo-res da edio 2015 do Prmio Ratzinger de Teologia. No dia 21 de

    novembro, aconteceu a cerimnia de

    entrega da premiao ao sacerdote bra-

    sileiro e ao telogo libans Prof. Nabil

    e-Khoury. O evento realizou-se na sala

    Clementina, do Palcio Apostlico do

    Vaticano, em Roma (Itlia), durante a

    concluso do Simpsio Deus caritas

    est. Porta da Misericrdia, que marcou

    os 10 anos da publicao da primeira

    encclica de Bento XVI.

    O prefeito da Sagrada Congregao

    da F, cardeal Gerhard Mller, junto

    com seu secretrio, o arcebispo Luis

    Francisco Ladaria Ferrer, SJ, fez uma

    breve introduo sobre a vida dos ho-

    menageados, citou os cargos assumi-

    dos, as publicaes e as demais ati-

    vidades acadmicas realizadas pelos

    vencedores. Vrios telogos j conquis-

    taram o Prmio Ratzinger, mas esse ano

    foi a primeira vez que um latino-ame-

    ricano e um libans foram escolhidos.

    Sou muito consciente de que ou-

    tros telogos teriam merecido este pr-

    mio mais justamente do que eu, afir-

    FUNDAO VATICANA JOSEPH RATZINGER-BENTO XVI

    Criada em 2010, a Fundao Vaticana

    Joseph Ratzinger-Bento XVI tem como fi-

    nalidades: promover estudos e pesquisas

    sobre a obra teolgica de Joseph Ratzin-

    ger, por meio de bolsas de estudo, pre-

    miar estudiosos que tenham se destacado

    na pesquisa e nas publicaes cientficas,

    e organizar e promover simpsios de va-

    lor cultural e cientfico. Os simpsios j

    foram realizados na Polnia, na Itlia, na

    Colmbia, na Espanha e no Brasil (PUC-

    -Rio), em 2012.

    mou padre Mrio. Eu reconheo e sou

    muito grato Companhia de Jesus e aos

    grandes mestres jesutas que encontrei

    em minha vida acadmica. Motivao,

    incentivo, tempo e possibilidade de

    estudos longos e exigentes o que nos

    oferece a Companhia de Jesus, sempre

    almejando um servio ao Reino de Deus

    na Igreja que seja de qualidade e mais

    universal, ressaltou o jesuta.

    Padre Mrio de Frana conta que, des-

    de os primeiros anos de vida na Compa-

    nhia de Jesus, sentiu forte inclinao para

    a espiritualidade inaciana e, anos depois,

    o encontro com telogos jesutas, como

    Henri de Lubac e Karl Rahner, levou-o

    para os estudos teolgicos.

    O estudo constituiu a grande ati-

    vidade de minha vida e forte motivo

    de realizao pessoal, pois me sinto

    til Igreja, mesmo reconhecendo mi-

    nhas limitaes e lacunas. Em 2016,

    completo 80 anos, mas ainda estarei

    em atividade na Faculdade de Teologia

    da PUC-Rio como professor de tempo

    contnuo. Enquanto Deus estiver me

    dando sade e cabea para tal, vou

    continuar a propagar a Palavra de Deus

    e a colaborar com o Papa Francisco na

    reforma da Igreja, afirmou.

    Alm da entrega do prmio, foi inau-

    gurada a Biblioteca Joseph Ratzinger, no

    Colgio teutnico, no Vaticano. O espao

    conta com cinco mil volumes, em diver-

    sas lnguas, parte dos quais doados pelo

    prprio papa emrito Bento XVI.

    VENCEDORES

    O padre Mrio de Frana Miranda

    doutor em Teologia pela Pontifcia Uni-

    versidade Gregoriana (Roma) e profes-

    sor da PUC-Rio (Pontifcia Universida-

    de Catlica do Rio de Janeiro). Autor de

    14 livros e mais de 100 artigos, foi mem-

    bro da Comisso Teolgica Internacio-

    nal, no perodo em que o ento cardeal

    Ratzinger era presidente, como prefeito

    da Congregao para a Doutrina da F.

    O professor Nabil el-Khoury, de-

    pois de concluir o doutorado sobre

    Santo Efrm o Srio, em Tubingen

    (Alemanha), ensinou na Universidade

    Libanesa em Beirute e, como professor,

    enviado a muitas universidades da Ale-

    manha. Entre suas publicaes, desta-

    cam-se suas tradues para o rabe das

    obras de Joseph Ratzinger-Bento XVI.

    Mais informaes pelo site:

    www.fondazioneratzinger.va ou

    e-mail [email protected]

  • 22 23Em Em

    COMPANHIA DE JESUS PROMOO DA JUSTIA E ECOLOGIA

    Alunos promovem campanha de doao de sangue

    Os alunos do 2 ano do Ensi-no Mdio do Colgio Santo Incio, em Fortaleza (CE), descobriram que a reserva do banco

    de sangue do Hemoce (Centro de He-

    matologia e Hemoterapia do Cear)

    estava insuficiente para atender po-

    pulao. A partir disso, os estudantes

    criaram a campanha Doe Sangue Sal-

    ve Vidas.

    A iniciativa, apoiada pelo Co-

    lgio Santo Incio e pelo Hemoce,

    conseguiu mobilizar a comunidade

    educativa da instituio. Alunos, fa-

    miliares, ex-alunos e funcionrios

    aderiram campanha, que conseguiu

    captar 30 bolsas de sangue e uma de

    medula ssea, no dia 9 de novembro.

    As bolsas de sangue sero utilizadas

    em hospitais pblicos, em casos de

    cirurgias e acidentes graves.

    Estudantes do Colgio Santo Incio, de Fortaleza, mobilizaram a comunidade educativa

  • 24 25Em Em

    COMPANHIA DE JESUS DILOGO CULTURAL E RELIGIOSO

    REVISTA JESUTAS BRASIL, 74 ANOS DE HISTRIA

    Aps 74 anos de histria, Jesu-tas Brasil chega a sua ltima edio, em dezembro, trazen-do como tema de capa Amaznia, Dom

    para o Mundo. Meu sentimento de

    misso cumprida. Busquei fazer a me-

    lhor publicao possvel, dentro da de-

    finio jornalstica e de contedo a que

    a revista se propunha, afirma Pe. Attilio

    I. Hartmann, editor e jornalista respon-

    svel pela revista nos ltimos 14 anos.

    Ao longo de sua existncia, a publi-

    cao teve vrios nomes. Sua primeira

    edio foi batizada de Notcias para os

    Nossos Amigos e Benfeitores, lanada

    em dezembro de 1941. Seu nascimento

    foi iniciativa dos estudantes jesutas

    de Teologia do Colgio Cristo Rei, em

    So Leopoldo (RS), Balduno Schneider,

    Gaspar Dutra e Fridolino Beuren, que

    receberam o apoio do Pe. Antnio Loeb-

    mann, reitor da instituio.Com distri-

    buio gratuita, seu pblico-alvo eram

    pais, amigos e benfeitores dos jesutas

    da antiga Provncia do Brasil Meridio-

    nal (BRM). A revista colaborou para a

    criao de um sentimento de famlia,

    com os colaboradores de diferentes

    sees contribuindo com seu conheci-

    mento, e os leitores e colaboradores na

    Misso interagindo com suas opinies,

    conta Pe. Attilio.

    No mesmo ano de seu lanamen-

    to, o Pe. Reinaldo Wenzel assumiu a

    direo da publicao, cargo que ocu-

    pou at o fim de sua vida, em 1982.

    Outro importante colaborador da re-

    vista foi o Ir. Valdemar Bsing, que

    tambm exerceu as funes de secre-

    trio e membro do Conselho Editorial.

    Desde 1953, a redao de Notcias

    funcionou no Colgio Anchieta, em

    Porto Alegre (RS), at 1976, quando inau-

    gurou a sede prpria, como Livraria e

    Editora Padre Reus, e passou a ser publi-

    cada trimestralmente, com tiragem de

  • 24 25Em Em

    ARQUIVO IGNACIO ELLACURA, PATRIMNIO DA AMRICA LATINA

    A Biblioteca Pe. Florentino Ido-ate, SJ, o Centro Dom Rome-ro, por meio da Biblioteca de Teologia Juan Ramn Moreno, e o De-

    partamento de Filosofia iniciaram um

    projeto, em 2013, para conservar o lega-

    do e pensamento do telogo e filsofo

    Ignacio Ellacura. Esse esforo permitiu

    a criao do Archivo Ignacio Ellacura,

    que rene, entre outros, documentos

    pessoais, manuscritos, apontamentos

    de aula, artigos, recorte, correspondn-

    cia e fitas de udio do padre, herdados

    pela Companhia de Jesus depois de seu

    assassinato, por um grupo paramilitar

    de El Salvador, em 1990.

    Este ano, o Comit Regional para a

    Amrica Latina e o Caribe, do Programa da

    UNESCO (Organizao para a Educao, a

    Cincia e a Cultura das Naes Unidas)

    Memria do Mundo, em sua 16 reunio

    anual, de 21 a 23 de outubro, em Quito

    (Equador), declarou o arquivo como Pa-

    trimnio da Amrica Latina, sob o ttulo

    Fundo Documental de Ignacio Ellacura:

    Realidade Histrica e Libertao.

    A declarao foi anunciada publica-

    mente durante a celebrao eucarstica

    da comunidade universitria em me-

    mria dos mrtires da UCA (Universi-

    dade Centro-Americana Jos Simen

    Caas), realizada em 16 de novembro no

    8 mil exemplares. Os textos da publica-

    o abordavam atividades da Igreja e da

    Companhia de Jesus, Misses, Vocaes

    e Bblia, alm da seo Agradecem ao

    Padre Reus, com as graas alcanadas

    por intercesso do Servo de Deus.

    Com o objetivo de imprimir um ca-

    rter nacional revista, estabelecendo

    um elo entre os jesutas do Brasil e seus

    familiares e colaboradores, seu nome

    foi mudado para Notcias Jesutas do

    Brasil, em 1992. Dez anos mais tarde,

    em 2002, com o Conselho Editorial for-

    mado por representantes de cada uma

    das antigas Provncias e Regio do pas,

    a publicao ganhou o nome atual, Je-

    sutas Brasil, com a ABEPARE (Associa-

    o Cultural e Beneficente Padre Reus)

    sendo responsvel por sua gesto. Nes-

    sa poca, sua tiragem mdia por edio

    Auditrio Ignacio Ellacura. Na missa, o

    representante de El Salvador no Comit,

    Carlos Henrquez Consalvi, entregou

    UCA o ttulo que oficializa a nomeao

    do patrimnio. Segundo a diretora da

    Biblioteca, trata-se de um passo prvio

    no sentido de o arquivo converter-se

    em parte do programa da UNESCO Me-

    mria do Mundo.

    Em 2014, no marco do 25 aniver-

    srio dos mrtires da UCA e do cente-

    nrio da Companhia de Jesus no pas,

    o arquivo j fora incorporado ao Re-

    gistro Nacional da Memria do Mun-

    do-UNESCO, tornando-se assim patri-

    mnio documental de El Salvador.

    Com o novo reconhecimento, o

    fundo documental de Ellacura soma-

    -se a 123 arquivos considerados pa-

    trimnio da Amrica Latina. Docu-

    mentos que, como explica o Comit

    em um comunicado, constituem um

    importante leque sobre a histria, a

    educao, os direitos humanos, a psi-

    quiatria, a msica, a arquitetura e a

    comunicao da regio.

    Fonte: Boletim da Cria

    era de 3 mil exemplares.

    Carecem dados para uma avalia-

    o mais objetiva, mas h muitos tes-

    temunhos pessoais que acentuam a

    significativa contribuio da revista na

    construo da histria da Companhia

    de Jesus no Brasil. Alm disso, muitos

    pesquisadores se serviram da publica-

    o para trabalhos acadmicos, ressal-

    ta Pe. Attilio.

    Ignacio Ellacura, SJ

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  • 26 27Em Em

    COMPANHIA DE JESUS EDUCAO

    Colgio Loyola promovesimulao da ONU

    Alunos so premiados na Olimpada Brasileira de Robtica

    O Colgio Loyola promoveu a 12 Edio do LoyolaMun, simulao das Conferncias das Naes Unidas ONU, entre os dias

    11 e 13 de novembro. O evento, voltado

    para os alunos da 2 srie do Ensino M-

    dio, coloca os estudantes em um cenrio

    mundial, no qual eles tm a experincia

    O curso superior tecnolgico de Fotografia da Unicap (Univer-sidade Catlica de Pernambu-co) obteve nota mxima na avaliao do

    MEC (Ministrio da Educao). A gradua-

    o tirou cinco, numa escala de um a cin-

    co. O resultado foi bastante comemorado

    Nove alunos do Colgio Diocesa-no foram premiados na edio 2015 da Olimpada Brasileira de Robtica (OBR), na modalidade terica,

    realizada em agosto. A avaliao abor-

    dou contedos especficos da robtica,

    assim como domnio de outras reas,

    como Lngua Portuguesa e Cincias, que

    so divididos em cinco eixos cognitivos:

    domnio de linguagens, compreenso

    de fenmenos, enfrentamento de situa-

    es-problema, construo de argumen-

    tao e elaborao de propostas.

    Curso da Unicap conquista conceito mximo do MEC

    A OBR divide-se em duas modalida-

    des: a terica e a prtica. Alm da primei-

    ra, o Colgio Diocesano destacou-se tam-

    bm na avaliao prtica. Nessa ltima, a

    equipe Robotronic 2, formada por alunos

    do Colgio Diocesano, foi campe no n-

    vel 2 (Ensino Mdio e Tcnico) e a equipe

    Alfa, composta por alunos da Escola Santo

    Afonso Rodriguez (ESAR), ficou classifi-

    cada em segundo lugar no mesmo nvel.

    As equipes, ambas formadas por alunos

    de escolas da Rede Jesuta de Educao,

    representaram o Piau na etapa nacional,

    que aconteceu em Uberlndia (MG), no pe-

    rodo de 29 de outubro a 1 de novembro.

    Karla Giovanny, coordenadora de

    Tecnologia Educacional do Diocesano,

    fala sobre o estudo da robtica no Piau.

    Em 2015, tivemos um crescimento sig-

    nificativo tanto na Modalidade Terica

    como na Prtica. Isso significa que nos-

    sos alunos esto comeando a desenvol-

    ver mais habilidades na rea de tecnolo-

    gia. Segundo a coordenadora, o estudo

    dessa rea desenvolve o raciocnio lgi-

    co, ajuda na concentrao e facilita o tra-

    balho em equipe.

    por professores, alunos e funcionrios.

    Os avaliadores do MEC estiveram no

    campus da Unicap entre os dias 4 e 7 de

    novembro. Eles visitaram os laboratrios,

    salas de aula e a biblioteca. Alm disso,

    analisaram a estrutura pedaggica e o cor-

    po docente. O curso coordenado pela

    professora Renata Victor desde sua abertu-

    ra, fator determinante para um desenvol-

    vimento coeso de seu projeto pedaggico,

    diz um trecho do relatrio oficial do MEC.

    Em clima de muita comemorao,

    Renata Victor destacou o senso de co-

    letividade da Unicap no s durante a

    avaliao, mas tambm na rotina do

    curso. Poucas vezes em toda a minha

    vida profissional, eu vi um esprito de

    equipe to forte quanto este da Univer-

    sidade, afirmou.

    de raciocnio, da oratria e do trabalho

    em grupo.

    No LoyolaMun, os cerca de 190

    alunos participaram de debates,

    criaram aes polticas e praticaram

    o exerccio da diplomacia e das re-

    laes internacionais. Vestidos a ca-

    rter e representando vrios pases,

    os jovens vivenciaram o clima da

    conferncia internacional da ONU.

    Segundo o estudante Joo Campos,

    o evento uma oportunidade de ter

    mais responsabilidade e uma viso

    mais ampla do mundo.

  • 26 27Em Em

    Entre os dias 4 e 11 de novembro, o Colgio Medianeira promoveu mais uma edio da FLIM (Festa das Linguagens Medianeira). Durante o

    evento, a instituio realizou duas im-

    portantes atividades: a sesso de aut-

    grafos da Coletnea dos Textos dos Alu-

    nos e a Feira do Conhecimento. Essas

    iniciativas so fruto de um trabalho in-

    tenso por parte de alunos e educadores

    que, durante todo o ano, esto compro-

    metidos com a aprendizagem.

    No dia 6, aconteceu o lanamento

    do livro Coletnea de Textos, produzi-

    do pelos estudantes do Colgio Media-

    neira. A obra rene centenas de textos

    e imagens tecidos durante o ano pelos

    alunos e educadores e espelham, com

    clareza, o projeto poltico pedaggico

    inaciano. Com criatividade, reflexo

    crtica e sensibilidade, os pequenos

    autores propuseram um olhar sobre a

    diversidade de ideias, sobre o conhe-

    cimento e a produo escrita, sem pre-

    conceito de estampa ou sentido.

    O prefcio do livro foi escrito pelo

    historiador e professor da Unicamp

    (Universidade Estadual de Campinas)

    Feira do Conhecimento no Colgio Medianeira

    Leandro Karnal, que afirma: No leio

    para o vestibular ou para uma prova: so

    questes passageiras. Leio porque estou

    vivo e porque sou humano e quero in-

    tensificar tudo isto. Leio porque muito

    bom. O desafio de ler cresce a cada ano e

    sempre me indica novas searas. Amo ler

    porque amo viver.

    O Projeto Poltico-Pedaggico do Co-

    lgio Medianeira, unidade educativa da

    Rede Jesuta de Educao, contempla,

    como uma de suas estratgias meto-

    dolgicas, o Educar pela Pesquisa. Isso

    significa compreender a escola de edu-

    cao bsica como produtora de conhe-

    cimentos, os quais se transformam em

    aprendizagem em meio s estruturas e

    prticas de currculo.

    O diretor acadmico, Fernando Gui-

    dini, afirma: Das sries iniciais ao En-

    sino Mdio, problematizar o conheci-

    mento fazendo com que nossos alunos

    busquem por respostas aos porqus,

    torna-se princpio fundante de uma

    formao integral e significativa, tendo

    em vista a educao de sujeitos crticos,

    competentes e criativos nas dimenses

    humana e acadmica.

    Pelo exerccio do questionamento,

    investigao e sistematizao proposto

    pelo projeto de pesquisa, cada educando

    aprende a ser autnomo no pensar e no

    estabelecimento de relaes entre e com

    os diferentes componentes curriculares,

    considerando o contexto, a tecnologia,

    a cincia, a inovao, o trabalho e a vida

    em sociedade. Fernando Guidini relem-

    bra que essa autonomia, ao constituir

    mtodos prprios de conhecimento,

    configura-se como princpio fundante

    frente s demandas da formao univer-

    sitria, alm de central na atual configu-

    rao do mundo do trabalho.

    A Feira do Conhecimento, realiza-

    da no dia 7, sinalizou o trmino de um

    processo de ensino-aprendizagem que

    divulga comunidade de educandos, fa-

    miliares e educadores, a diversidade de

    conhecimentos sistematizados ao longo

    do ano acadmico. Da Fsica Histria,

    dialogando com a Filosofia, a Biologia,

    ou mesmo a Lngua Portuguesa, os alu-

    nos do Medianeira apresentaram o re-

    sultado de um conhecimento vivo, cien-

    tfico e social, o qual objetiva formao e

    transformao pessoal e coletiva.

  • 28 29Em Em

    NA PAZ DO SENHORIR. JOS MARIA DO NASCIMENTOPor Ir. Eudson Ramos

    Nasceu no dia 9 de maro de 1927 em Massap, Sobral (CE). Era o 8 filho de uma famlia de 15 e ele, juntamente com os demais irmos,

    foi educado e aprendeu os valores bsicos

    da vida humana e crist. Um dia, sentiu o

    chamado de Cristo para segui-lo mais de

    perto. Em 1947, deixou a convivncia dos

    pais e foi para o seminrio diocesano na

    cidade de Sobral, onde permaneceu at o

    ano de 1949. L, conheceu o Pe. Alexan-

    drino Monteiro. Aps esse contato, foi

    conhecer a Companhia de Jesus e veio o

    desejo de tornar-se um jesuta. Assim, no

    fim de dezembro de 1949, partiu de Sobral,

    com mais um amigo e uma carta de reco-

    mendao do Monsenhor Arnbio para o

    Pe. Lira, reitor da Escola Apostlica de Ba-

    turit (CE). Depois de seis meses de pos-

    tulantado, entrou no Noviciado no dia 12

    de agosto de 1950 e, no dia 15 de agosto de

    1952, fez os votos do binio como Irmo.

    Depois dos votos, foi enviado para

    auxiliar o Irmo enfermeiro na mesma

    casa em Baturit. Em 1954, partiu para o

    colgio Antnio Vieira, em Salvador (BA),

    para tomar conta da enfermaria, enquan-

    to aguardava-se um irmo enfermeiro da

    Espanha. Em 1955, foi para o colgio N-

    brega, em Recife (PE), no intuito de ajudar

    o Irmo Batista no cuidado de outros dois

    jesutas: Ferreirinha e Salvador. Em 1956,

    retornou para Baturit e assumiu o traba-

    lho do refeitrio da comunidade e da dis-

    pensa e ainda ajudou o Irmo enfermeiro.

    Em 1959, o Provincial transferiu-o para o

    colgio Anchieta em Nova Friburgo (RJ),

    para l praticar o ofcio de dentista com o

    Irmo Batista, que era dentista prtico.

    Em 1960, foi para Itaici, em Indaia-

    tuba (SP), fazer a Terceira Provao e, no

    dia 15 de agosto de 1960, professou os

    ltimos votos. Depois, foi para o colgio

    Santo Incio no Rio de Janeiro, onde teve

    a oportunidade de fazer um curso pro-

    fissionalizante de enfermagem na Santa

    Casa da Misericrdia. Quando voltou para

    a provncia do Nordeste, foi lhe comuni-

    cado que poderia continuar com os seus

    estudos. Atendendo a um pedido do Ir.

    Batista, o Provincial enviou-o para Recife.

    L, concluiu o primeiro e o segundo grau,

    preparando-se em seguida para o vesti-

    bular de odontologia. Fez os exames e foi

    aprovado. Iniciou o curso no princpio do

    ano de 1973 na Universidade Federal de

    Pernambuco e o concluiu em fins de 1977.

    Dessa forma, Ir. Z Maria tornou-se um

    dos primeiros Irmos, na dcada de 1970,

    a obter um diploma de Ensino Superior,

    algo que no era muito comum para os

    irmos jesutas. Em 1978, foi para Baturit,

    onde trabalhou como dentista at feverei-

    ro de 1997.L, tambm trabalhou na cate-

    quese de crianas e adultos e coordenou a

    Pastoral da Criana da regio. Com ajuda

    da instituio Manos Unidas, da Espanha,

    montou uma carpintaria, de onde saram

    vrios carpinteiros. Aps a morte do Ir.

    Ferreira, foi pedido que coordenasse os

    trabalhos nos Stios da Escola Apostlica,

    da Caridade e do Juc, todos na mesma ci-

    dade de Baturit.

    Em fevereiro de 1997, foi transferido

    para Fortaleza. Como a residncia So

    Lus Gonzaga (Casa de Sade) ainda no

    estava concluda, foi para a parquia do

    Mondubim. Na parquia, envolveu-se nos

    trabalhos pastorais (ministrio do Batis-

    mo, Ministro Extraordinrio da Eucaristia

    e Ministro da Palavra) e tambm montou

    um consultrio dentrio para atender os

    pobres das redondezas. Era o ministro da

    comunidade jesuta, alm de estar encar-

    regado pelas Finanas da Parquia. Perma-

    neceu nessa misso at 2013, quando foi

    transferido para a Casa de Sade So Luiz

    Gonzaga. Isso aconteceu devido a um aci-

    dente em Meruoca, quando estava visitan-

    do seus familiares. Andava na garupa de

    uma motocicleta, conduzida por um dos

    muitos sobrinhos, e caiu. Sofreu leses em

    uma das pernas e, como sofria de diabetes,

    a cicatrizao foi complicadssima. Alm

    disso, sofria de insuficincia respiratria.

    Na Casa de Sade, levou uma vida

    muito serena, gostava muito de estar no

    quarto assistindo TV e ouvindo msi-

    cas, mesmo sendo quase totalmente sur-

    do. Participou normalmente das sesses

    de fisioterapia enquanto lhe foi possvel.

    Cuidava de programar o filme das teras-

    -feiras para a comunidade e, na Hora M-

    dia dos salmos, era o puxador da orao

    do ngelus. Sempre gostava muito de

    conversar, e histrias nunca lhe faltaram

    para compartilhar com todos os que dese-

    jassem. Era presena garantida em todos

    os encontros de Irmos. Sentia forte dese-

    jo de conviver e compartilhar sua vocao

    e misso como Irmo para os mais jovens.

    Carinhosamente, era sempre chamado de

    Dr. Z Maria.

    Esteve hospitalizado por uns 10 dias e,

    ao retornar para a casa, precisou continu-

    amente do oxignio. Assim foi at o seu

    falecimento no dia 23 de outubro. Tinha 88

    anos de idade e 65 de Companhia de Jesus.

    SENTIA FORTE DESEJO DE CONVIVER E COMPARTILHAR SUA VOCAO E MISSO COMO IRMO PARA OS MAIS JOVENS

  • 28 29Em Em

    NA PAZ DO SENHORPE. JOS MARIA HERREROS ROBLESPor Pe. Jos Luis Fuentes Rodriguez

    Nasceu em Burgos, Espanha, em 24 de maio de 1931. Ainda adolescente, frequentou o tra-dicionalssimo Colgio Nuestra Seora

    del Recuerdo, que os jesutas dirigem

    no Bairro de Chamartin, em Madri,

    onde fez o Ensino Fundamental e o M-

    dio. Cedo, sentiu o chamado de Jesus

    para segui-lo mais de perto. Antes de

    completar 18 anos, ingressava na Com-

    panhia de Jesus ali mesmo, onde tam-

    bm funcionavam os primeiros anos da

    formao na Vida Religiosa, o Novicia-

    do e o Juniorado. Aps concluso, em

    1952, foi estudar Filosofia em Chamar-

    tin e em Alcal de Henares. Certamente,

    nessa ltima cidade, conheceu as salas

    e os bancos escolares onde Santo Incio

    estudara um dia. Nas mesmas cidades

    de Madri e Alcal, exerceu o magistrio

    durante dois anos. Estudou Teologia no

    Sul, na bela e rabe Granada. Recebeu a

    ordem presbiteral em Madri, em 14 de

    julho de 1962.

    A partir da comeou a realizar a se-

    gunda vocao, a missionria. Desem-

    barcou no Brasil, em Santos (SP), em 12

    de setembro de 1963. Convm lembrar

    que, naqueles anos, a Provncia Brasil

    Centro-Leste abrigava colnias de japo-

    neses e de russos, ambos associavam-se

    em torno de misses especficas. Com

    os primeiros, Pe. Herreros manteve lon-

    go contato a partir do Colgio So Fran-

    cisco Xavier, no bairro do Ipiranga, em

    So Paulo (SP).

    Para concluir as etapas obrigatrias

    da formao jesutica, Pe. Herreros enca-

    minhou-se a Trs Poos, Volta Redonda

    (RJ), para a Terceira Provao, no ano de

    1964. Depois de concluda, iniciou for-

    malmente sua peregrinao apostlica,

    praticamente toda exercida na cidade de

    So Paulo, em duas instituies: Colgio

    So Francisco Xavier e Centro de Juven-

    tude Anchietanum. Entre os anos de 1965

    a 1982, foi professor de Ensino Religioso,

    orientador Espiritual e Educacional de

    alunos, consultor da Casa e da Misso Ja-

    ponesa, diretor da Congregao Mariana

    e do grupo vocacional, diretor da Pasto-

    ral, diretor Acadmico e reitor do Col-

    gio. Alm disso, atuou como assistente

    espiritual da Pastoral da Juventude (PJ) da

    Regio Episcopal do Ipiranga. Em meio a

    tantas atividades e responsabilidades,

    ainda encontrava tempo para estudar.

    Entre 1973 e 1975, fez os cursos de Pedago-

    gia, Administrao Escolar e Orientao

    Educacional na Faculdade de Filosofia,

    Cincias e Letras de So Caetano do Sul.

    Em 1983, mudou de residncia e pas-

    sou a dirigir o Anchietanum. A partir de

    ento, tornou-se promotor vocacional

    da Provncia e passou a orientar Exerc-

    cios Espirituais. Trs anos depois, retor-

    nou ao Col. So Francisco Xavier como

    orientador Espiritual do Ensino Mdio.

    Passados trs anos, voltou ao Anchieta-

    num como assistente do diretor. Alm de

    promotor vocacional, passou a ser orien-

    tador espiritual dos Seminaristas da Re-

    gio do Ipiranga e assistente da CVX-SP.

    Seis anos se passaram...

    Em 1995, pela terceira vez, foi para

    o Col. So Francisco Xavier como vice-

    -superior da Comunidade e continuou

    colaborando no Anchietanum, no Semi-

    nrio do Ipiranga e na assessoria da CVX

    Regional: mais sete anos de servio.

    Por um ano escasso, permaneceu em

    Juiz de Fora, com a Comunidade Voca-

    cional composta de candidatos Com-

    panhia de Jesus. Em 2008, radicou-se em

    Itaici, onde passou a orientar Exerccios

    e a colaborar nos ministrios sacerdotais

    da Casa e da regio.

    Em 2011, foi destinado para mo-

    rar, orar e cuidar da sade em Belo

    Horizonte (MG); primeiro, em carter

    provisrio, depois definitivamente. O

    guerreiro incansvel viu-se numa ca-

    deira de rodas, mas sem perder o hu-

    mor e a dignidade. A destinao seria

    confirmada em 2011, mesmo com uma

    leve perspectiva de regressar a So

    Paulo, nova residncia de Nossa Se-

    nhora da Estrada, o que no pde ser

    concretizado. Necessitando de mais

    cuidados regularmente, a chama foi-se

    extinguindo at que, no dia 20 de no-

    vembro de 2015, faleceu em decorrn-

    cia de insuficincia respiratria aguda,

    pneumonia aspirativa e doena de Pa-

    rkinson. Tinha 84 anos de idade e 67 de

    Companhia de Jesus.

    CEDO, SENTIU O CHAMADO DE JESUS PARA SEGUI-LO MAIS DE PERTO. ANTES DE COMPLETAR 18 ANOS, INGRESSAVA NA COMPANHIA DE JESUS

  • 30 31Em Em

    NA PAZ DO SENHORPE. JOS DE MOURA E SILVAPor Ir. Eudson Ramos

    Pe. Jos de Moura e Silva nasceu no

    municpio de Ub, em Minas Gerais, no

    dia 9 de julho de 1928.Ainda muito jo-

    vem, ingressou na Companhia de Jesus

    em Nova Friburgo (RJ), em 1 de fevereiro

    de 1945. Nesse mesmo municpio, em 2

    de fevereiro de 1947, emitiu os primeiros

    votos e, depois, fez o Juniorado e a Filoso-

    fia, permanecendo l at 1952.

    De 1953 a 1955, dedicou-se ao per-

    odo de Magistrio na Misso Anchieta,

    em Utiariti, em Mato Grosso. E foi nesse

    estado do centro-oeste brasileiro que Pe.

    Moura atuou intensamente em diferen-

    tes misses ao longo de sua vida. Esteve

    distante da regio em poucos momentos,

    como: entre 1956 e 1959, para estudar Te-

    ologia, no Colgio Mximo Cristo Rei, em

    So Leopoldo (RS); em 1958, quando foi

    ordenado, em Belo Horizonte (MG); e, de-

    pois, entre 1960 a 1961, para dar sequncia

    ltima etapa da formao da Compa-

    nhia de Jesus, a Terceira Provao, realiza-

    da em Salamanca (Espanha), tendo como

    instrutor o Pe. David Fernndez Noguera.

    Retornou ao municpio mato-gros-

    sense de Utiariti, em 1961, para ser vigrio

    paroquial e missionrio, percorrendo s-

    tios e aldeias da regio. Foi nessa mesma

    cidade que, em 15 de agosto de 1962, pro-

    feriu os ltimos Votos.

    Em 1964, Pe. Moura tornou-se co-

    ordenador da Prelazia, em Diamantino

    (MT), onde tambm atuou como pro-

    fessor no Colgio Conceio, Seminrio

    Menor, entre 1968 e 1969. Serviu como

    consultor da Casa e Misso no Semin-

    rio Jesus Maria Jos, de 1969 a 1972. Pa-

    ralelamente, entre 1970 e 1972, assumiu

    a direo do Colgio Conceio.

    Nos anos seguintes, at 1976, traba-

    lhou como pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso

    (UFMT) e coordenador dos indgenas, em Diamantino e Utiariti.

    Em 1977, foi ser missionrio junto aos ndios Irantxe, na aldeia

    Cravari, localizada na regio oeste de Mato Grosso. Nessa mesma

    poca, assumiu a funo de Secretrio Regional do Conselho In-

    digenista Missionrio (CIMI), em Cuiab.

    Durante dois anos, de 1984 a 1985, trabalhou como Proco em

    Alto Paraguai. E, entre 1986 e 1989, assumiu a funo de Delegado

    Regional de Ensino, em Diamantino. Em seguida, de 1989 a 1994,

    integrou o Conselho Estadual de Educao, em Cuiab. Nesse

    mesmo perodo, dedicou-se ainda preparao do livro Mato

    Grosso e seus municpios.

    Paralelamente a esses trabalhos, entre 1989 e 2015, Pe. Moura

    serviu tambm como vigrio paroquial da Parquia So Benedito,

    em Cuiab. Ali, exerceu diversas atividades: diretor do Arquivo

    Pblico de Mato Grosso, de 1991 e 1994; arquivista na Secretaria de

    Educao, de 1995 a 1996; elaborao de mais um livro, Histria

    da Misso de Diamantino, de 1996 a 2006; e membro do Instituto

    Histrico e Geogrfico de Mato Grosso, de 1997 a 2015.

    Por quatro anos, de 2000 a 2004, exerceu a funo de Scio

    e Admonitor do Superior Regional da Regio Brasil-Mato Grosso

    (BMT). E, entre 2002 a 2010, foi professor de Histria da Igreja

    em Mato Grosso e Realidades Eclesiais no Studium Eclesistico

    Dom Aquino Correa (SEDAC). A partir de 2009, atuou como Con-

    sultor da Residncia Pe. Joo B. Burnier, em Cuiab.

    Com a sade debilitada, Pe. Moura estava sendo cuidado

    na Residncia Ir. Luciano Brando, em Belo Horizonte (MG).

    As causas de seu falecimento, no dia 3 de dezembro de 2015,

    foram insuficincia respiratria aguda, broncoaspirao, dis-

    fagia e doena de Parkinson. Tinha 87 anos de idade e 70 de

    Companhia de Jesus.

    DEDICOU-SE AO PERODO DE MAGISTRIO NA MISSO ANCHIETA, EM UTIARITI, EM MATO GROSSO. E FOI NESSE ESTADO DO CENTRO-OESTE BRASILEIRO QUE PE. MOURA ATUOU INTENSAMENTE EM DIFERENTES MISSES

  • 30 31Em Em

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