diagnostico social mirasintra 06122012
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Rede Social
Comisso Social de Freguesia deMira Sintra
Diagnstico Social da Freguesiade Mira Sintra
Dezembro de 2012
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
Comisso Social de Freguesia
Diagnstico Social da Freguesia de Mira
Sintra
Dezembro de 2012
Elaborao do Relatrio
Ncleo Executivo da Comisso Social de Freguesia (CSF) de Mira Sintra:
Rui Pedro Pinto, Presidente (Junta de Freguesia de Mira Sintra)
Ana Teresa Barata (Cmara Municipal de Sintra)
Salete Costa (CECD- Centro de Educao para o Cidado Deficiente)
Cristina Marques (Centro de Sade do Cacm- UCC Cacm-Care)
Paula Pinto (Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo)
Marta Mendes (Casa Seis- Associao para o Desenvolvimento Comunitrio)
Coordenadora Tcnica
Carina Maio (Junta de Freguesia de Mira Sintra)
Aprovado pelo plenrio da CSF em 6 de Dezembro de 2012
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
Comisso Social de Freguesia
Agradecimentos
Agradecemos a todas as entidades e pessoas que se disponibilizaram a participar no
processo de recolha de informao para o Diagnstico.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
Comisso Social de Freguesia
SIGLAS
ACES - AGRUPAMENTOS DE CENTROS DE SADEACIDI- ALTO COMISSARIADO PARA A IMIGRAO E DILOGOINTERCULTURAL
AEDDJ- AGRUPAMENTO DE ESCOLAS D. DOMINGOS JARDOAML- REA METROPOLITANA DE LISBOAAPADP- ASSOCIAO DE PAIS E AMIGOS DE DEFICIENTES PROFUNDOSARPIMS- ASSOCIAO DE REFORMADOS, PENSIONISTAS E IDOSOS DEMIRA SINTRAARS- ADMINISTRAO REGIONAL DE SADEATL- CENTRO DE ACTIVIDADES DE TEMPOS LIVRESCAC- CENTRO DE APOIO CRIANAC.A.R- COMISSO DE APOIO AOS REFUGIADOSCAT- CENTRO DE ATENDIMENTO A TOXICODEPENDENTESCATUS- CENTRO DE ATENDIMENTO DE URGNCIAS
CECD- CENTRO DE EDUCAO PARA O CIDADO DEFICIENTECEF- CURSOS DE EDUCAO E FORMAOCEG- CENTRO DE ESTUDOS GEOGRFICOSCEMME- CENTRO DE ESTUDOS DE MIGRAES E MINORIAS TNICASCLAS- CONSELHO LOCAL DE ACO SOCIALCMS- CMARA MUNICIPAL DE SINTRACNAI- CENTRO NACIONAL DE APOIO AO IMIGRANTECPCJ- COMISSO DE PROTECO DE CRIANAS E JOVENSCSF- COMISSO SOCIAL DE FREGUESIADREL- DIRECO REGIONAL DE EDUCAO DE LISBOAECJ- EQUIPA DE CRIANAS E JOVENSEFA- EDUCAO E FORMAO DE ADULTOSIEFP- INSTITUTO DE EMPREGO E FORMAO PROFISSIONALIGAPHE- INSTITUTO DE GESTO E ALIENAO DO PATRIMNIOHABITACIONAL DO ESTADOINE- INSTITUTO NACIONAL DE ESTATSTICAIPSS- INSTITUIO PARTICULAR DE SOLIDARIEDADE SOCIALISS-INSTITUTO DE SEGURANA SOCIALNEE- NECESSIDADES EDUCATIVAS ESPECIAISOTL OCUPAO DETEMPOS LIVRESPAFI - PROGRAMA DE APOIO FINANCEIRO S INSTITUIES
SEM FINS LUCRATIVOSPER- PROGRAMA ESPECIAL DE REALOJAMENTOPIEF PROGRAMA INTEGRADO DE EDUCAO E FORMAORVCC RECONHECIMENTO, VALIDAO E CERTIFICAO DECOMPETNCIASRSI- RENDIMENTO SOCIAL DE INSEROSNS- SERVIO NACIONAL DE SADESWOT- STRENGTHS, WEAKNESSES, OPPORTUNITIES, AND THREATS, QUEEM PORTUGUS SE TRADUZ POR FORAS, FRAQUEZAS, OPORTUNIDADESE AMEAASTEIP- TERRITRIOS EDUCATIVOS DE INTERVENO PRIORITRIA
TIC- TECNOLOGIAS DE INFORMAO E COMUNICAOUSCMS- UNIO SPORT CLUBE MIRA SINTRA
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
Comisso Social de Freguesia
NDICE
1. INTRODUO ....................................................................................................... 101.1. Programa Rede Social ......................................................................................... 10
1.2. Comisso Social de Freguesia ............................................................................. 111.3. Objetivos do Diagnstico .................................................................................... 111.4. Metodologia ......................................................................................................... 121.5. Concluses Gerais ............................................................................................... 14PARTE I- DIAGNSTICO SOCIAL2. BREVE CARACTERIZAO DE MIRA SINTRA ............................................. 172.1. Breve Resenha Histrica ..................................................................................... 172.2. Enquadramento Territorial .................................................................................. 183. DINMICAS DEMOGRFICAS .......................................................................... 193.1. Populao e Estrutura Etria................................................................................ 194. DINMICAS HABITACIONAIS E TECIDO URBANO ..................................... 214.1. Parque Habitacional ............................................................................................ 214.2. Parque Habitacional Pblico ............................................................................... 244.3. Recursos e Equipamentos .................................................................................... 254.4. Vulnerabilidades Diagnosticadas ........................................................................ 255. MEIO AMBIENTE E INFRAESTRUTURAS ....................................................... 265.1. Recursos e Equipamentos .................................................................................... 265.2. Potencialidades .................................................................................................... 266. EDUCAO ........................................................................................................... 276.1. Qualificao dos Recursos Humanos .................................................................. 276.2. (In) Sucesso escolar ............................................................................................. 296.3. Recursos e Equipamentos Escolares.................................................................... 316.4. Potencialidades .................................................................................................... 356.5. Vulnerabilidades Diagnosticadas ........................................................................ 367. ACTIVIDADE ECONMICA, EMPREGO E FORMAO PROFISSIONAL .. 387.1. Atividade Econmica na Freguesia ..................................................................... 387.2. Meios de Vida ...................................................................................................... 397.3. Recursos e Equipamentos .................................................................................... 427.4. Potencialidades .................................................................................................... 447.5. Vulnerabilidades Diagnosticadas ........................................................................ 458. SADE .................................................................................................................... 478.1. Sistema Nacional de Sade.................................................................................. 478.2. Recursos e Equipamentos .................................................................................... 488.2. Potencialidades .................................................................................................... 508.3. Vulnerabilidades Diagnosticadas ........................................................................ 519. PROTECO SOCIAL / SEGURANA SOCIAL ............................................... 539.1. Sistema de Aco Social...................................................................................... 539.2. Recursos e Equipamentos .................................................................................... 5510. COMPORTAMENTOS ADITIVOS ..................................................................... 5610.1. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 5610.2. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 5711. CULTURA, DESPORTO E LAZER .................................................................... 5811.1. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 5811.2. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 5912. TRANSPORTES PBLICOS ............................................................................... 61
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Comisso Social de Freguesia
12.1. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 6112.2. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 6113. SEGURANA PBLICA ..................................................................................... 6213.1. Insegurana ........................................................................................................ 6213.2. Recursos ............................................................................................................ 6313.3. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 6314. ASSOCIATIVISMO E PARTICIPAO CVICA ............................................. 6514.1. Uma Freguesia com Grande Dinamismo Associativo ....................................... 6515. INFNCIA E JUVENTUDE ................................................................................ 6615.1. Uma Faixa Etria pouco Representada .............................................................. 6615.2. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 6615.3. Crianas e Jovens em Perigo ............................................................................. 7115.4. Potencialidades .................................................................................................. 7215.5. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 7316. PESSOAS IDOSAS ............................................................................................... 7716.1. Uma faixa etria muito representada ................................................................. 7716.2. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 7716.3. Potencialidades .................................................................................................. 7816.4. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 7917. PESSOAS COM DEFICINCIA .......................................................................... 8217.1. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 8217.2. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 8318. IMIGRANTES E GRUPOS TNICOS MINORITRIOS .................................. 8418.1. Diversidade tnica ............................................................................................. 8418.2. Recursos educacionais dos imigrantes e minorias tnicas................................. 8518.3. Orientao e Qualificao Profissional da populao cigana ............................ 8518.4. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 8618.5. Potencialidades .................................................................................................. 8718.6. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 8919. FAMLIAS EM SITUAO DE POBREZA OU EXCLUSO SOCIAL .......... 9119.1. Pobreza .............................................................................................................. 9119.2. Recursos e Equipamentos .................................................................................. 9419.3. Potencialidades .................................................................................................. 9519.4. Vulnerabilidades Diagnosticadas ...................................................................... 96PARTE II- LINHAS DE INTERVENO ................................................................ 991. REAS DE INTERVENO PRIORITRIAS .................................................. 100GLOSSRIO ............................................................................................................. 101BIBLIOGRAFIA ....................................................................................................... 105
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Comisso Social de Freguesia
NDICE DE FIGURAS
Figura 1. Objetivos especficos do Diagnstico ............................................................. 12Figura 2. Metodologia .................................................................................................... 14Figura 3. Mapa da Freguesia de Mira Sintra .................................................................. 18Figura 4. Primeira fase da Urbanizao.......................................................................... 21Figura 5. Segunda fase da Urbanizao Bairro das Bandas ..................................... 22Figura 6. Terceira fase Urbanizao Fundao D. Pedro IV ....................................... 22Figura 7. Parque Urbano ................................................................................................. 26Figura 8. Imagem de Mira Sintra.................................................................................... 44
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Comisso Social de Freguesia
NDICE DE QUADROS
Quadro 1. Populao residente por grupos etrios e sexo no ano de 2011 .................... 19Quadro 2. N de Fogos de habitao social em regime de arrendamento por aglomerado,no ano 2011 .................................................................................................................... 24Quadro 3. Espaos verdes e de lazer .............................................................................. 26Quadro 4. N de alunos subsidiados pela Ao Social Escolar, por nveis de ensino noano letivo 2010/2011 ...................................................................................................... 32Quadro 5. Ofertas educativas do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo ........... 34Quadro 6. Nmero de desempregados registados no fim do ano de 2010, por gnero,grupo etrio, categoria, tempo de inscrio e habilitaes, na freguesia de Mira Sintra 41Quadro 7. N de inscritos no GIP por residncia na freguesia no ano de 2011 .............. 42Quadro 8. Nmero de consultas realizadas por especialidade em 2010 ......................... 47Quadro 9. Especialidades de Sade ................................................................................ 48Quadro 10. N de indivduos/ famlias acompanhadas, por problemtica dominante, noano de 2010 ..................................................................................................................... 53Quadro 11. Caracterizao da populao acompanhada, por tipo de famlia, no ano de2010 ................................................................................................................................ 53Quadro 12. N de atendimentos efetuados nas reas da Aco Social e do RendimentoSocial de Insero, no ano de 2010 ................................................................................ 54Quadro 13. N de processos de RSI da Freguesia, por estado do processo, em Dezembrode 2010 ........................................................................................................................... 54Quadro 14. N de acordos da Segurana Social com IPSS locais, por resposta social noano de 2010 ..................................................................................................................... 54Quadro 15. Instituies da rea da toxicodependncia e suas valncias ........................ 56Quadro 16. N de utentes inscritos no CAT de Mira Sintra no ano de 2010 .................. 56Quadro 17. Instituies da rea da cultura e desporto, por atividade ou modalidade .... 58Quadro 18. Nmero de ocorrncias registadas por tipo de ocorrncia na Esquadra deMira Sintra, no ano de 2010 ........................................................................................... 63Quadro 19. Populao infantil e juvenil residente, por sexo no ano de 2011 porcomparao ao ano de 2001............................................................................................ 66Quadro 20. N de Equipamentos, Capacidade e N de Utentes em Creche, no ano de2010 ................................................................................................................................ 66Quadro 21. N de Equipamentos, Capacidade e N de Utentes em Jardim de Infncia, noano de 2010 ..................................................................................................................... 67Quadro 22. N de Equipamentos, Capacidade e N de Utentes em ATL, no ano de 2010
........................................................................................................................................ 68Quadro 23. N de Equipamentos, Associaes e Grupos de Jovens, por valncia ou tipode atividade ..................................................................................................................... 70Quadro 24. Principais atividades do Projeto "Novos Desafios" ..................................... 71Quadro 25. N de pessoas com 65 e mais anos no ano de 2011 ..................................... 77Quadro 26. N de Equipamentos, Capacidade e N de Utentes, em Centro de Dia eApoio Domicilirio, no ano de 2010 .............................................................................. 77Quadro 27. Instituio, Valncias na rea da deficincia, capacidade e n de utentes afrequentar no ano 2010 ................................................................................................... 82Quadro 28. Nacionalidade da populao residente estimada no ano de 2004 ................ 84Quadro 29. Rendimento mensal mdio dos agregados familiares, estimado no ano de2004 ................................................................................................................................ 91
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Comisso Social de Freguesia
Quadro 30. N de agregados familiares atendidos anualmente no mbito da AcoSocial, por instituio ..................................................................................................... 92Quadro 31. Distribuio das reas problemticas dominantes, no mbito dosatendimentos da Aco Social, na Freguesia de Mira Sintra, no ano de 2010 ............... 93Quadro 32. N de beneficirios do banco alimentar por faixas etrias em 2010 ............ 94Quadro 33. Instituies locais que intervm ao nvel da Pobreza e Excluso Social, portipo de atividade/ servio ................................................................................................ 95
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Comisso Social de Freguesia
NDICE DE GRFICOS
Grfico 1. Estrutura etria da populao estimada no ano de 2011 ............................... 20Grfico 2. Nmero de famlias clssicas segundo a dimenso no ano de 2011 ............. 20
Grfico 3. Percentagem de alojamentos por regime de propriedade, no ano de 2011 ... 23Grfico 4 Nvel de instruo da populao residente em Mira Sintra ......................... 27Grfico 5. Taxas de Abandono e Insucesso Escolar no 1, 2 e 3ciclos do ensinobsico .............................................................................................................................. 29Grfico 6 Taxa de retenes nos alunos do 2 e 3s ciclos do ensino bsico no anoletivo de 2010/2011, por motivo de reteno ................................................................. 30Grfico 7. Distribuio dos alunos por estabelecimento de ensino e nveis de ensino noano letivo de 2010/2011 ................................................................................................. 32Grfico 8. Ramo de atividade dos estabelecimentos da freguesia .................................. 38Grfico 9. Empresas por dimenso ................................................................................. 39(N de funcionrios para alm do scio/proprietrio)..................................................... 39Grfico 10. Distribuio percentual das Associaes/ Cooperativas e Instituies de .. 65Solidariedade Social por rea de ao ............................................................................ 65Grfico 11. Percentagem de populao em situao de pobreza monetria no contextonacional e da UE ............................................................................................................. 92
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10Comisso Social de Freguesia
1. INTRODUO
Este relatrio decorre no mbito do Programa da REDE SOCIALe circunscreve-se
Freguesia de Mira Sintra.O Ncleo Executivo da Comisso Social de Freguesia, conforme o previsto no art. 21,
alnea b) do Regulamento Interno, procedeu recolha, anlise e tratamento da
informao, com vista elaborao do presente documento.
1.1. Programa Rede Social
Enquadramento
As alteraes verificadas na sociedade contempornea, trazem problemas e
necessidades que exigem formas diferentes de olhar e atuar no social, apelando ao
esforo de todos, no sentido da melhoria das condies de vida dos cidados.
" hoje consensual que a pobreza e a excluso social so fenmenos multidimensionais
e transversais a vrias esferas de organizao da sociedade (econmica, social, cultural,
urbana, ambiental, etc.), devendo para os combater de forma eficaz tender-se para a
compatibilizao (...) das diversas polticas sectoriais e para a articulao dos diferentes
agentes com interveno social ao nvel local, regional e nacional."1
no local que os problemas acontecem e l que devero ser encontradas as solues
para os resolver, de forma integrada e ajustada s necessidades e problemas dos
indivduos ou famlias, envolvendo os recursos endgenos e os recursos exgenos.
A Rede Social foi criada pela Resoluo do Conselho de Ministros n 197/97, de 18
de Novembro e definida como "o conjunto das diferentes formas de entreajuda, bem
como das entidades particulares sem fins lucrativos e dos organismos pblicos quetrabalham no domnio da ao social e articulem entre si e com o Governo a respetiva
atuao, com vista erradicao ou atenuao da pobreza e da excluso e promoo
do desenvolvimento social".2
1
Castro, Jos Lus, (2001) "Rede Social: Um modelo diferente de trabalho em parceria", in Pretextos, n8, Dezembro, Instituto para o Desenvolvimento Social- IDS2 Artigo 1 da Resoluo do Conselho de Ministros n 197/97 de 18 de Novembro
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11Comisso Social de Freguesia
A sua criao surge num contexto de afirmao de uma nova gerao de polticas
sociais ativas, baseadas na responsabilizao e mobilizao do conjunto da sociedade
para a resoluo dos problemas da pobreza e da excluso social.
A Rede Social materializa-se a nvel local, atravs das Comisses Sociais de Freguesia
(CSF) e dos Conselhos Locais de Aco Social (CLAS), constituindo plataformas de
planeamento e coordenao da interveno social, respetivamente, a nvel de freguesia e
de concelho.
O Programa Rede Social tem como meta promover um planeamento integrado e
sistemtico, mobilizando as competncias e os recursos institucionais e das
comunidades, de forma a garantir uma maior eficcia do conjunto de respostas sociais
nos concelhos e freguesias, criando condies para a resoluo mais eficaz dos
problemas sociais nos territrios locais.
1.2. Comisso Social de Freguesia3
Objetivos
Os objetivos da Comisso Social de Freguesia que se enquadram na fase de Diagnstico
so os seguintes:
Reconhecer publicamente a identidade e valores da realidade social da
Freguesia;
Promover espaos de anlise e discusso dos problemas e potencialidades,
dando-lhes visibilidade, potenciando uma conscincia coletiva e responsvel
sobre os diferentes problemas sociais.
1.3. Objetivos do Diagnstico
Em 2004 foi elaborado o Pr-Diagnstico da Freguesia de Mira Sintra. A partir desse
documento iniciou-se a construo do primeiro Diagnstico, que procurou sobretudo
aprofundar algumas reas consideradas prioritrias identificadas na fase anterior,
nomeadamente, foi feito um investimento no s de aprofundamento do conhecimento,
3 A constituio da CSF de Mira Sintra a constante do anexo 1.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
12Comisso Social de Freguesia
mas tambm de alguma interveno na rea do emprego, educao e famlias em
situao de pobreza e excluso social.
Este documento trata-se do segundo Diagnstico Social elaborado para a Freguesia,
seguindo as linhas orientadoras do primeiro e atualizando todos os aspetos que sofreram
alteraes. Este diagnstico permite obter uma viso global do territrio, identificando
os recursos locais, as potencialidades, constatando a existncia dos problemas e
necessidades, bem como em alguns casos, apontando possveis causas dos mesmos.
No final desta fase, conseguiu-se chegar definio de prioridades de interveno, com
base no retrato da realidade que nos dado pelo relatrio. Esta tarefa ser continuada e
aprofundada na prxima fase de Plano de Desenvolvimento Social.
Figura 1. Objetivos especficos do Diagnstico
Causas provveis
1.4. Metodologia
Os instrumentos e tcnicas utilizadas, enquadram-se numa Metodologia de Planeamento
Estratgico, defendida pelo Programa Rede Social, que no caso do presente trabalho, se
traduziu na participao e implicao dos vrios atores sociais, na construo do
processo de conhecimento.
No planeamento devemos comear por uma construo do conhecimento, a um nvelmais qualitativo, do geral para o especfico.
Identificar asnecessidades
Identificar osrecursos
locais
Identificar aspotencialidades
Identificar osproblemas
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13Comisso Social de Freguesia
Na fase de Pr-Diagnstico foi utilizada uma metodologia qualitativa, que a mais
adequada ao contexto de descoberta, exploratrio do Pr-Diagnstico. (Lessard-Hbert,
et al., 1990) Os mtodos qualitativos foram utilizados para melhor compreender a
realidade social abordada.
Nesta fase de Diagnstico foram tambm utilizados mtodos quantitativos, atravs da
anlise de contedo dos seguintes estudos de caso:
- Mira Sintra- Analise da Situao de Partida, realizado em 2004, (publicado em
2006) estudo encomendado pelo Programa KCidade ao CEG, que consistiu na
aplicao de um inqurito a 25% da populao da freguesia (escolhida de forma
aleatria);
- Sintrenses Ciganos- Uma Abordagem Estrutural Dinmica, realizado em 2006,
estudo encomendado pela Cmara Municipal de Sintra ao CEMME - Faculdade de
Cincias Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, que traou o perfil
sociogrfico das comunidades ciganas do concelho de Sintra.
Tcnicas
O presente estudo implicou o recurso a uma srie de tcnicas e instrumentos de recolha
de dados, de carcter qualitativo: fruns comunitrios, inquritos aos parceiros locais e
entidades oficiais (do CLAS e prprios), reunies SWOT4 e reunies de trabalho do
Ncleo Executivo.
Recorreu-se ainda anlise de dados quantitativos, nomeadamente dos Censos de 2011,
entre outras fontes oficiais.
Frum Comunitrio- Foram realizados dois fruns comunitrios (um mais de
aprofundamento), onde participaram alguns dos representantes da Comisso Social de
Freguesia e outros agentes da comunidade convidados.
Os problemas e necessidades identificados no frum comunitrio, foram hierarquizados
e priorizados pelos participantes, no decorrer do mesmo.
Recorremos a esta tcnica, pelo facto de facilitar a participao de todos os atores
intervenientes e permitir uma identificao e hierarquizao coletiva dos problemas e
necessidades por reas temticas. (Anexo 2 e 3)
Reunies SWOT- Foram realizadas seis reunies com a tcnica de reflexo SWOT, nas
reas temticas dos Idosos, Crianas Jovens e Educao, Emprego e Formao
4 Ver Glossrio.
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Profissional, Sade, Imigrantes e Minorias tnicas e Pobreza e Excluso Social,
selecionadas pelo Ncleo Executivo. (Anexos 4)
Estas contaram com a participao de tcnicos e especialistas das reas temticas, em
anlise nas reunies, na sua maioria parceiros locais.
Esta tcnica foi utilizada pois permite diagnosticar foras, fraquezas, oportunidades e
ameaas, que correspondem, respetivamente, aos pontos positivos e negativos da
realidade interna da Freguesia e aos aspetos exteriores Freguesia, permitindo assim,
conhecer melhor o "ambiente em que se vai planear.
Figura 2. Metodologia
1.5. Concluses Gerais
O presente documento est estruturado em duas partes, sendo a primeira o Diagnstico
Social, composto por dezanove captulos que correspondem a reas temticas, onde so
abordados diversos aspetos, nomeadamente, a sua contextualizao demogrfica(quando aplicvel), e outros dados estatsticos relevantes, os recursos e equipamentos
locais, as potencialidades e as vulnerabilidades. A segunda parte- Linhas de Interveno
composta por um captulo, onde so identificadas as principais reas de interveno
que devero ser legitimadas na fase posterior de Plano de Desenvolvimento Social.
A utilizao de diversas tcnicas permitiu-nos o contacto com fontes de informao
diversificadas e com posicionamentos diferentes dos atores sociais, por vezes
divergentes, o que por um lado, se revelou uma mais-valia, uma vez que pretendamos
um diagnstico participado, mas por outro, se revelou um desafio na interpretao dos
FrumComunitrio
EntrevistasExploratrias
ReuniesSWOT
AnliseDocumentale Estatstica
Grupos detrabalho
temticos
Inquritos-entrevista
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dados com um carcter mais subjetivo, como o caso das potencialidades, os problemas
e necessidades, pelo que optmos por contemplar neste documento, aqueles que
considermos serem razoveis e consensuais, depois de uma analise criteriosa com base
em vrias fontes de informao.
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PARTE I- DIAGNSTICO SOCIAL
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2. BREVE CARACTERIZAO DE MIRA SINTRA
2.1. Breve Resenha Histrica
A Freguesia de Mira Sintra foi criada no ano 2001, com a publicao da Lei n 18-
C/2001 de 3 de Julho. Esta resultou do fracionamento da Freguesia de Agualva- Cacm,
em quatro novas Freguesias: Mira Sintra, S. Marcos, Agualva e Cacm. Isto faz de Mira
Sintra uma das mais recentes freguesias do concelho de Sintra.
Mira Sintra teve na sua gnese, um bairro social. A origem da sua designao, decorre
da sua situao geogrfica, em funo da vista panormica que toda a urbanizao tem,
sobre a Serra de Sintra.
Esta urbanizao foi um projeto concebido luz dos princpios da Carta de Atenas econstrudo pelo ex- Fundo de Fomento da Habitao, posteriormente denominado
IGAPHE (Instituto de Gesto e Alienao do Patrimnio Habitacional do Estado),
processo despoletado legalmente, atravs do Decreto-Lei n 46098 de 23 de Dezembro
de 1964.
O Bairro de Mira Sintra, localizado num terreno que dava pelo nome de "Casal da
Pedra", fruto de um plano desenvolvido em 1965, pela antiga Direo Geral dos
Edifcios e Monumentos Nacionais/ Servio de Habitaes Econmicas, para aconcretizao do Agrupamento de Casas Econmicas de Agualva e Cacm. Em 1974, o
Fundo de Fomento de Habitao, possua cerca de 2000 fogos e receando-se nessa
altura, uma ocupao ilegal, o Fundo de Fomento abriu concurso pblico para a
distribuio de 1950 fogos, tendo havido na altura, 4524 candidatos concorrentes.
Habitado a partir de 1975, este bairro sempre demonstrou um grande esprito
comunitrio, tendo-se este refletido, na criao de inmeras associaes e coletividades,
que ao abrigo do esforo de muitos moradores, marcaram a vida social de Mira Sintranas ltimas trs dcadas.
Atualmente elevada ao estatuto de Freguesia, Mira Sintra tem vindo a ser alvo de um
processo de requalificao urbana, com a projeo e construo de diversos
equipamentos e infraestruturas de utilidade pblica, que vm dar resposta a uma srie de
necessidades e carncias que a populao vinha sentindo e reivindicando ao longo dos
anos. Entre estes equipamentos destaca-se, a nova Estao Ferroviria Mira Sintra-
Meleas, o Centro de Dia para os idosos, a requalificao do Parque Urbano, a
requalificao de espaos verdes, a reconstruo do Moinho da Pedra, a futura
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construo de novas instalaes para o Centro de Apoio Criana, a construo da Casa
da Cultura, a futura construo de novos equipamentos desportivos, entre outros.
De realar tambm, as iniciativas dos comerciantes locais, que ao longo dos anos,
criaram diversos polos comerciais na Freguesia, registando-se atualmente, alguns novos
investimentos na rea do comrcio e servios.
Mira Sintra tem como patrimnios histricos, a Igreja Paroquial S. Francisco de Assis,
o Afluente do Aqueduto das guas Livres e o Moinho da Pedra, reconstrudo
recentemente.
2.2. Enquadramento Territorial
A Freguesia de Mira Sintra caracteriza-se como rea urbana, localizada na zona oriental
do Concelho de Sintra, no Distrito de Lisboa e ocupa uma rea de cerca de 1 Km2.
Figura 3. Mapa da Freguesia de Mira Sintra
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19Comisso Social de Freguesia
3. DINMICAS DEMOGRFICAS
3.1. Populao e Estrutura Etria
Um fraco crescimento populacional
A acompanhar o fraco desenvolvimento do Parque Habitacional, que no tem sofrido
grandes alteraes desde a sua gnese, como se pode constatar no captulo 3, a
populao diminuiu, desde o ano de 2001, em todos os grupos etrios, exceo do
grupo das pessoas com mais de 65 anos, que aumentou mais do dobro.
Quadro 1. Populao residente por grupos etrios e sexo no ano de 2011
Gruposetrios H M Totais de2011 Totais de2001 Dif. Var.%
0 - 14 anos 361 342 703 814 -111 -13,6%
15 - 24 anos 261 270 531 959 -428 -44,6%
25 - 64 anos 1172 1286 2458 4375 -1917 -43,81%65 ou mais
anos 728 860 1588 698 890 127,5%
Totais 2522 2758 5280 6846 -1566 -22,87%Fonte: INE, Censos 2011- Resultados Provisrios por Freguesia, relativos populao residente
Estrutura etria
Analisando os dados dos Censos de 2011 podemos concluir que Mira Sintra tem uma
populao muito envelhecida, cerca de 30% da populao tem mais de 65 anos. A
Freguesia tem uma populao mais envelhecida do que a mdia concelhia e mesmo
nacional, como se pode verificar no grfico abaixo. Apenas 13,3% de residentes tm
idade igual ou inferior a 14 anos, e apenas cerca de 10% da populao tem entre 15 e 24
anos.
Desde o ano de 2001 Mira Sintra perdeu cerca de 23,% da sua populao, sendo que a
faixa etria que mais diminuiu foi a dos 25 aos 64 anos.
Relativamente populao adulta, a percentagem inferior mdia concelhia e
nacional (grfico 1).
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Grfico 1. Estrutura etria da populao estimada no ano de 2011
Fonte: Clculos prprios, com base nos dados dos Censos de 2011, Resultados Provisrios por Freguesia,relativos populao residente
Segundo os ltimos Censos em 2011, o total de ncleos familiares clssicos existente
de 2059. Predominam as famlias com 2 residentes, que podero ser casais de idosos ou
famlias monoparentais. Salienta-se ainda, o nmero elevado de famlias, com apenas 1
residente, que podero ser idosos, de acordo com os dados da estrutura etria.
Grfico 2. Nmero de famlias clssicas segundo a dimenso no ano de 2011
Fonte: Dados dos Censos de 2011, Resultados Provisrios por Freguesia, relativos s famlias clssicas
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4. DINMICAS HABITACIONAIS E TECIDO URBANO
4.1. Parque Habitacional 5
Mira Sintra tem uma densidade de construo inferior da maior parte dos bairrosurbanos.
De uma forma geral, pode dizer-se que a Freguesia de Mira Sintra, constituda por trs
aglomerados urbanos distintos:
Um principal, que se trata da primeira fase da urbanizao destinada a habitao
social, terminada em 1974, construda pelo ex-Fundo de Fomento da Habitao,
posteriormente denominado IGAPHE. Neste aglomerado, predominam os prdios
de cinco andares, seguidos das vivendas e das torres de nove andares, num total de2058 fogos, de tipologia T3 a T5.
Figura 4. Primeira fase da Urbanizao
Um segundo, terminado em 1979, constitudo por pequenas vivendas trreas, pr-
fabricadas, que teve como funo principal, o realojamento de famlias oriundas das
ex-colnias, apoiadas pelo Projecto C.A.R. Actualmente conhecido como Bairro
das Bandas, representa um conjunto de 115 fogos, de tipologia T1 a T4.
5 Dados do Fundo de Fomento da Habitao, 1974; do Diagnstico do Programa Escolhas- Bairro de Mira
Sintra, de Dezembro de 2001 e do Observatrio Social da Casa Seis- Associao para o DesenvolvimentoComunitrio, 2004
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Figura 5. Segunda fase da Urbanizao Bairro das Bandas
Uma terceira fase, constituda por uma urbanizao construda pela Fundao D.
Pedro IV no mbito do Programa Especial de Realojamento da Cmara Municipal
de Sintra. A sua composio a seguinte: 91 fogos do PER da CMS, 21 unidades
residenciais da Fundao D. Pedro IV e 60 fogos de habitao de venda livre a
custos controlados, totalizando 172 fogos. As tipologias vo de T0 a T4. Esta
urbanizao designada de Fundao D. Pedro IV.
A urbanizao foi habitada por cinco ncleos populacionais, um ncleo de 55
famlias vindas do bairro Azinhaga da Abelheira, um ncleo de 22 famlias vindas
do Bairro Joaquim Fontes, um ncleo de 18 famlias provenientes do Bairro Alegre,
um ncleo de 10 famlias vindas de um aglomerado de barracas situadas nos
"Quatro Caminhos", na Agualva e um ncleo de 6 famlias provenientes de outros
bairros dispersos.
Figura 6. Terceira fase Urbanizao Fundao D. Pedro IV
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O Parque Habitacional de Mira Sintra no tem sofrido grandes alteraes desde a sua
gnese, tendo sofrido um crescimento, em 2001, com a construo da Urbanizao
Fundao D. Pedro IV, que veio trazer uma alterao populacional significativa.
O crescimento do parque habitacional da Freguesia, tem sido desde o incio,
impulsionado por iniciativa do Estado, tendo sido esta ltima da CMS, em parceria com
a Fundao D. Pedro IV.
Urbanismo e acessibilidades
Dada a conjuntura econmica no est previsto qualquer tipo de construo imobiliria
na freguesia, nem novas infraestruturas.
Mira Sintra servida pela A16, atravs do N de Mira Sintra, que proporciona umaligao a Lisboa em 15 minutos e a Sintra, no sentido contrrio, em 10 minutos.
Edifcios e Alojamentos
Segundo os resultados dos Censos de 2011, existem na Freguesia de Mira Sintra um
total de 392 edifcios e 2384 alojamentos.
Grfico 3. Percentagem de alojamentos por regime de propriedade, no ano de 2011
Fonte: Dados dos Censos de 2011, Resultados Provisrios por Freguesia, relativos s famlias clssicas
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Analisando os dados dos Censos de 2011, pode constatar-se que 84,65% das casas
existentes so de habitao prpria, sendo uma parte de propriedade resolvel e outra
parte com emprstimo ao banco.
Relativamente aos alojamentos em regime de arrendamento, so apenas 11,85%, sendo
a grande maioria, de arrendamento camarrio.
A dimenso mdia das famlias faz supor nveis de conforto domstico aceitveis, no
entanto, existem disparidades considerveis, dada a existncia de idosos ss ou pouco
acompanhados, face a um nmero considervel de famlias extensas, o que se verifica
em maior nmero na Urb. Fundao D. Pedro IV.
Em Dezembro de 2011 existiam 21 famlias em situao de sobrelotao, identificadas
pelo Servio Social da Junta de Freguesia de Mira Sintra e da Casa Seis.
4.2. Parque Habitacional Pblico
Habitao Social
Segundo os dados fornecidos pela CMS- Diviso de Habitao, existem na Freguesia
179 fogos de habitao social.O parque habitacional pblico existente propriedade da
CMS.
Quadro 2. N de Fogos de habitao social em regime de arrendamento poraglomerado, no ano 2011
Aglomerado urbano
N de Fogos
Regime de Arrendamento
Urbanizao do IGAPHE 36
Bairro das Bandas 22
Urbanizao Fundao D.Pedro IV 91
Unidades Residenciais de MiraSintra (para idosos)
10
Unidades Residenciais sob agesto da Fundao D. Pedro IV
20
Total 179
Fonte: CMS- Diviso de Habitao, Dezembro de 2011
Em Dezembro de 2011, existiam 128 indivduos e famlias de Mira Sintra com pedidosde habitao social CMS, a aguardar pela atribuio de um fogo municipal.
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Barracas e Similares
Existem na Freguesia 4 barracas ou similares, que abrigam um total de 4 indivduos.6
No existem na Freguesia bairros clandestinos, nem bairros degradados.
4.3. Recursos e Equipamentos
Observatrio Social
Na rea da habitao, existe o Observatrio Social da Casa Seis, que d apoio na
organizao de documentao relativamente s seguintes situaes de habitao social:
inscrio em habitao social; renda apoiada; revises de renda e mobilidade
habitacional, pedidos de vistorias, entre outros, trabalhando em parceria com a CMS.
4.4. Vulnerabilidades Diagnosticadas
Com base nos dados do Frum Comunitrio (17 de Maio de 2011), depois de
devidamente analisados e ponderados pelo Ncleo Executivo, foram identificados os
seguintes problemas e necessidades:
Problemas e Necessidades
Ocupao dos fundos vazados da Urbanizao D. Pedro IV/ dificuldades a nvel dahabitao e problemas associados falta de condies de vida e falta de condiesde higiene (animais: cavalos e ces)7;
Falta de sinaltica no espao pblico dos servios existentes; Aumento de aes de despejos; Prdios sem elevador e sem rampas acessos difceis quer para as habitaes, quer
para a prpria rua.
6 Nenhuma das barracas ou similares se encontra integrada no PER da Diviso de Habitao da CMS, no
entanto so do conhecimento da Junta de Freguesia de Mira Sintra e de outras entidades da CSF.7 data de aprovao do Diagnstico, Nov. 2012, este problema j tinha sido resolvido com oemparedamento dos fundos vazados e realojamento das famlias que a residiam.
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5. MEIO AMBIENTE E INFRAESTRUTURAS
5.1. Recursos e Equipamentos
Quadro 3. Espaos verdes e de lazerEquipamentos Existentes Previstos
Parques Infantis 2 0Pequenas zonas deestar/lazer
9 3
Parque urbano 1 0Fonte: Junta de Freguesia de Mira Sintra, Dezembro 2011
Zonas de estar e de lazer referidas so as seguintes: Rua do Pinheiro, Praceta Lus de
Cames, Rua Ferreira de Castro, Rua Antnio Aleixo, Praceta da Amizade, Rua Parque
Infantil do Moinho, Bairro das Bandas (entrada e miradouro), Av. 25 de Abril, junto ao
ATL do CAC.
As zonas de lazer previstas so as seguintes: Largo dos Desportos e Juventude, Rua
Paulo Freire, Rua Barbosa do Bocage.
5.2. Potencialidades
Mira Sintra tem uma cobertura de 100%, ao nvel das infra- estruturas bsicas de gua,eletricidade e esgotos.
Para alm disso, existe uma vasta rea de espaos verdes, com possibilidade de ser
rentabilizada, como o caso do Parque Urbano, que se encontra em pleno
funcionamento.
Figura 7. Parque Urbano
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6. EDUCAO
A educao um processo de sociabilizao, deste modo, reflete a populao nos seus
modos de ser e estar. Esta parte do diagnstico baseada em dados cedidos pelo
Agrupamento de escolas D. Domingos Jardo (AEDDJ), referentes na sua maioria ao ano
letivo 2010/2011, cujas escolas que o compem pertenciam8 freguesia de Mira Sintra,
exceo de uma escola de 1 ciclo. de referir que o AEDDJ d resposta a alunos
residentes noutras freguesias, sobretudo, nos 2 e 3 ciclos.
6.1. Qualificao dos Recursos Humanos
Recursos humanos pouco qualificados
Grfico 4 Nvel de instruo da populao residente em Mira Sintra
Fonte: Dados dos Censos de 2011, Resultados Provisrios por Freguesia, relativos ao nvel de instruo
Segundo os resultados dos Censos de 2011 as habilitaes da maioria dos residentes,
situam-se ao nvel do ensino bsico, sendo que uma grande parte da populao apenas
completou o 1 ciclo, cerca de 31%. De referir tambm que cerca de 20% da populao
nem chegou a completar o 1 ciclo, o que pensamos dever-se ao facto de ser uma
populao mais envelhecida que a mdia concelhia e nacional.
8 Desde Julho de 2011 o AEDDJ passou a agrupar as escolas de 1 ciclo do Agrupamento de EscolasAntnio Torrado, da freguesia de Agualva.
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28Comisso Social de Freguesia
Se considerarmos ainda, que apenas 12,4% da populao tem habilitaes de nvel
secundrio ou ps-secundrio e apenas 5% prosseguiram os estudos superiores, pode
dizer-se que a escolaridade em geral baixa.
Comparativamente aos censos anteriores, de realar que a escolaridade mdia se
manteve, tendo aumentado a percentagem de pessoas que no tm o 1 ciclo, diminudo
ligeiramente a percentagem de pessoas que tm o 1 ciclo e o ensino ps-secundrio,
sendo que nas restantes, a escolaridade est muito aproximada dos dados anteriores.
Pode referir-se que tem sido feito um grande esforo de qualificao escolar da
populao, atravs do estabelecimento do protocolo para o RVCC existente com o CNO
da Escola Intercultural das Profisses e do Desporto da Amadora, bem como formaes
de Educao e Formao de Adultos, cursos de alfabetizao e outras formaes
complementares que permitiriam uma ligeira melhoria nesta rea.
No mbito do protocolo de RVCC existente com a Escola Intercultural das Profisses e
do Desporto da Amadora foram certificadas desde o ano de 2008, com o nvel bsico
107 pessoas e com o nvel secundrio 112 pessoas, dados que parecem no se refletir
nos resultados dos Censos ao nvel do aumento da escolaridade. Pode-se avanar como
hiptese explicativa o facto de as pessoas considerarem apenas a escolaridade obtida
atravs do sistema tradicional de ensino ao responder aos Censos.
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29Comisso Social de Freguesia
6.2. (In) Sucesso escolar
Grfico 5. Taxas de Abandono e Insucesso Escolar no 1, 2 e 3ciclos do ensinobsico 9
Fonte: Dados do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, ano letivo 2010/2011
Segundo os dados do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, no ano letivo de
2010/2011, a taxa de reteno no 1 ciclo do ensino bsico foi de 4,2% e a taxa de
desistncia em 1,2%. Analisando o grfico 5, a taxa de retenes cresce gradualmente
do 1 ao 3 ciclo, onde se destaca com um valor de 17,5%. No que se refere ao
abandono escolar, trata-se, na sua maioria de transferncias de escolas e alunos que se
ausentaram do pas, situaes que no foram ainda regularizadas. Os casos de abandonoefetivo referem-se a alunas que engravidaram e alunas de etnia cigana que casaram, em
idade escolar e mudaram de rea de residncia.
9 Abandono Escolar- So considerados alunos em abandono, aqueles que estando abrangidos pelaescolaridade obrigatria deixam de frequentar qualquer estabelecimento de ensino. Por vezes trata-se de
alunos que frequentam cursos profissionais ou que vo residir para o estrangeiro sem regularizarem a suasituao do ponto de vista administrativo.
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Grfico 6 Taxa de retenes nos alunos do 2 e 3s ciclos do ensino bsico no anoletivo de 2010/2011, por motivo de reteno
Fonte: Dados do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, Dezembro de 2011.
Segundo os dados fornecidos relativos ao ano letivo de 2004/2005, a taxa de insucesso
escolar no 2 ciclo foi de 20,9. Comparativamente a 2010/2011, a taxa de insucesso teve
uma diminuio significativa de 13,4%. No que se refere ao 3 ciclo, comparando a taxa
de insucesso escolar do ano letivo 2004/2005, de 16%, com o de 2010/2011, denota-se
tambm uma reduo mas muito menos significativa, no valor de 0,7%.
De acordo com o grfico 6 a taxa de insucesso por abandono ligeiramente maior no 3
do que no 2 ciclo (1%). Por sua vez, quanto taxa de retenes por absentismo, no 3
ciclo superior em 1% relativamente ao 2 ciclo.
Ainda no que se refere ao ponto 5.2 deste diagnstico e aps a anlise dos grficos
anteriores, ser importante referir os esforos realizados pelo AEDDJ no combate ao
insucesso e abandono escolar.
Segundo informao cedida pelo AEDDJ, a taxa de retenes dos alunos de 2 e 3
ciclos poder estar relacionada com a falta de acompanhamento escolar por parte dos
encarregados de educao e com a consequente desvalorizao dos alunos face
importncia da escola e ausncia de perspetivas futuras.
No mbito do Programa TEIP (Territrio Educativo de Interveno Prioritria), o
Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo desenvolveu o Projeto Ser + que inclui
como primeiro eixo prioritrio de interveno o Ser + Competente, criando algumas
estratgias de combate ao insucesso e abandono escolar, entre as quais o aumento da
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31Comisso Social de Freguesia
oferta educativa. Neste sentido, os alunos tiveram acesso a um Curso de Educao e
Formao de Jovens (CEF) tipo II, na rea da Jardinagem e a duas turmas de Percurso
Curricular Alternativo.
Ainda no mbito do referido eixo de interveno, foram ainda desenvolvidos projetos
especficos de apoio nas disciplinas de Matemtica (Espao Matemtica e Projeto
RAFA), Lngua Portuguesa (Hora das Palavras e Clube de Leitura e Escrita), Ingls
(SOS English) e TIC (TIC 1 ciclo).
Atravs deste projeto verificou-se uma reduo muito significativa de comportamentos
desviantes em contexto escolar.
6.3. Recursos e Equipamentos Escolares
Mira Sintra coberta essencialmente por equipamentos da rede pblica, na rea da
educao. A oferta educativa existente na freguesia apenas de ensino bsico, encontra-
se integrada no Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo e composta por duas
escolas de 1 ciclo, uma das quais com Jardim de Infncia e uma escola de 2 e 3 ciclo.
A escola com ensino secundrio mais prxima situa-se na freguesia de Agualva, Escola
Secundria Matias Aires, que providencia tambm cobertura ao nvel do 3 ciclo.
Ao nvel da populao residente a estudar, conforme informao do Agrupamento deEscolas D. Domingos Jardo e tal como se verificou no Diagnstico anterior, nos 2 e 3
ciclos do ensino bsico, grande parte dos alunos provm da freguesia de Agualva.
No grfico que se segue pode verificar-se a capacidade das infraestruturas escolares e o
nmero de alunos que utiliza o equipamento.
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32Comisso Social de Freguesia
Grfico 7. Distribuio dos alunos por estabelecimento de ensino e nveis de ensinono ano letivo de 2010/2011
Fonte: Dados do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, Dezembro de 2011.Notas: O n de alunos abrangidos pelas Escolas, neste momento, s possvel, atravs do desdobramentodo horrio letivo. A capacidade apresentada depende da existncia de alunos com NEE por turma (quandouma turma tem alunos com NEE, s pode ter no mximo 20 alunos, ao invs de 26 (Pr-escolar e 1Ciclo) 28 (2 e 3 Ciclo).
Aco Social EscolarA Ao Social Escolar uma responsabilidade partilhada entre a Cmara Municipal de
Sintra, no ensino pr-escolar e 1 ciclo de ensino bsico, e o Ministrio da Educao,
nos restantes 2 e 3 ciclos de ensino bsico e no ensino secundrio.
Quadro 4. N de alunos subsidiados pela Ao Social Escolar, por nveis de ensinono ano letivo 2010/2011
Nvel de ensino N de alunos
2005/06
N de alunos
2010/11Pr- Escolar 7 16
1 ciclo 134 162
2 ciclo 236 318
3 ciclo 120 139
Totais 497 635Fonte: Dados do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, Novembro 2006 e Dezembro de 2011.
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33Comisso Social de Freguesia
Analisando o quadro 4, pode concluir-se que um nmero significativo dos alunos do
Agrupamento, cerca de 48%, apoiado pela Ao Social Escolar, o que indicador de
um elevado nmero de situaes de carncia econmica. Pode ainda referir-se que o
nmero de alunos apoiados aumentou 13% em 5 anos.
Torna-se importante referir que existem alguns casos de alunos que, apesar da
vulnerabilidade econmica, no renem as condies necessrias para o acesso ao ASE,
ou seja, no lhe atribudo o 1 ou 2 escalo de abono de famlia. Destes alunos
destacam-se: os alunos que no possuem documentao regular para a permanncia em
Portugal e vm vedado o acesso a qualquer prestao por encargos familiares, bem
como, os agregados familiares que permaneciam no 3 escalo ou superior, de acordo
com o IRS 2010, e viram entretanto a sua situao econmica alterada, por motivos de
desemprego e/ou divrcio. Foram identificados 12 casos nestas circunstncias.
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Ofertas Educativas Especficas da Freguesia de Mira Sintra
Quadro 5. Ofertas educativas do Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo Oferta Educativa e atividades
desenvolvidas em Meio EscolarProjetos e participao comunitria
Projetos e Atividades para os Alunos-Equipa de Educao Especial;-Gabinete de Apoio ao Aluno e Famlia;-AEC:1ciclo: Ingls; Msica e Atividade Fsica eDesportiva;2/3ciclos: Artes e Ofcios; Atelier do Mosaico;Geografia em Movimento; Clube da Msica;Cincia Divertida; Grupo de Teatro e Clube dosInvestigadores;
-Desporto escolar;2/3ciclos: Futsal; Natao; Surf; Patinagem;Atletismo; desporto adaptado para alunos NEE eVoleibol;-Apoio ao Sucesso Escolar:1ciclo: CLE; TIC e Apoio ao Estudo;2/3ciclos: Projeto Magia da Matemtica (EspaoMatemtica e RAFA); SOS English; Hora dasPalavras e Ncleos de Estudo;-Outros Projetos: Eco-Escolas.
CECD:- Projetoao abrigo da Portaria n. 1102/97;- Estgios de sensibilizao scioprofissional;Casa Seis e outros parceiros:- Consrcio do Projeto Novos Desafios,no mbito do Programa Escolhas;Assoc. Pais MS1/CMS/JFMS:- Projeto de Centro de Atividades; Tempos
Livres de Mira Sintra;EPAV:- Protocolo CEF Jardinagem;SEF:- Protocolo: SEF em Movimento;CMS:- Projeto Mediadores Municipais.
Oferta Educativa para Jovens-2 Turmas de Percursos Curriculares -Alternativos (5 e 6 ano);-1 Turma CEF II Jardinagem.
Outros Recursos:
Programa Escola Segura
A Escola Bsica 2/3 D. Domingos Jardo est abrangida pelo Programa Escola - Segura
da PSP, existindo uma boa articulao entre as respetivas entidades.
Associao de Pais
-Associao de Pais da EB1 de Mira Sintra 1;
-Associao de Pais da EB1 de Mira Sintra 2;
-Associao de Pais da EB 2.3 DDJ.
As associaes tm uma participao bastante ativa no Agrupamento.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
35Comisso Social de Freguesia
No ano letivo 2009/2010 o Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo foi integrado
pelo Ministrio da Educao no grupo de escolas TEIP. Deste modo, o AEDDJ teve
assim a oportunidade de facultar aos seus alunos e comunidade em geral um leque
mais diversificado de respostas, como se pode observar na tabela anterior.
Espaos Escolares
A Escola Bsica 2/3 D. Domingos Jardo tem um Pavilho Gimno-desportivo e um
Pavilho Polivalente com anfiteatro. Tem ainda 3 salas de TIC equipadas com material
informtico disponvel para as formaes de informtica.
6.4. Potencialidades
Com base nos dados da Reunio SWOT sobre a temtica da Educao (29 de Setembrode 2011), depois de devidamente analisados e ponderados pelo Ncleo Executivo,
foram identificadas as seguintes foras e oportunidades:
Foras
Existncia de equipamentos para a infncia: escolas, ATL (incluindo 2 ciclo),jardim-de-infncia, creche, OTL, apoio escolar;
Existncia do Projecto Novos Desafios do Programa Escolhas; Existncia da Casa da Cultura; Reconhecimento por parte dos pais, do valor pedaggico dos equipamentos da
freguesia; Existncia de um trabalho de preveno da gravidez na adolescncia e cuidados na
primeira infncia pela Casa Seis; O Agrupamento DDJ ser abrangido pelo Programa TEIP, o que melhorou bastante a
oferta de servios, recursos humanos, entre outros recursos; Disponibilidade da Casa Seis em acolher jovens com medidas de trabalho
comunitrio; Existncia de poucos casos sinalizados/acompanhados da freguesia pela ECJ, o que
decorre do trabalho realizado em parceria antes de sinalizar as crianas; Bom funcionamento da interveno de primeira linha; Disponibilidade dos parceiros para resolver os problemas com os recursos internos,
antes de recorrer aos recursos externos; Existncia da Piscina Municipal; Existncia do mediador cigano a trabalhar com a comunidade de Mira Sintra; Interveno feita com a comunidade cigana e obteno de alguns resultados
positivos.
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36Comisso Social de Freguesia
Oportunidades
Mobilidade social que pode trazer novas famlias e possvel criao de emprego(postos de trabalho);
Existncia do PIEF na Escola Secundria Matias Aires; Oferta de programas de apoio financeiro que permitem a criao de novos projetos(TEIP, PAFI, Escolhas, etc.);
Desenvolvimento e a oferta das novas tecnologias (espaos TIC) e o acessofacilitado para as crianas e jovens;
Crise e falta de recursos atual obriga a uma melhor gesto dos recursos familiares ea encontrar respostas inovadoras;
Equipa da Associao Passo a Passo e a sua interveno junto das crianas em riscono seu domicilio;
Projeto I Am Roma com alguns recursos financeiros para a interveno com apopulao cigana e interveno ao nvel da mudana de mentalidades.
6.5. Vulnerabilidades Diagnosticadas
Com base nos dados do Frum Comunitrio (17 de Maio e 6 de Julho de 2011), nos
dados da Reunio SWOT sobre a temtica da Educao (29 de Setembro de 2011),
depois de devidamente analisados e ponderados pelo Ncleo Executivo, foram
identificados os seguintes problemas, necessidades e ameaas:
Problemas e Necessidades
Falta de acompanhamento dos pais /desresponsabilizao dos pais /falta departicipao dos pais na vida escolar;
Desmotivao das crianas e jovens para a escola; desaproveitamento damultiplicidade das respostas de educao e formao existentes;
Desvalorizao da educao enquanto resposta para a vida, por parte dos pais e dosjovens;
Falta de respeito dos alunos para com os professores; Necessidade de melhoria das instalaes das escolas da freguesia; Alterao dos comportamentos sociais/ dependncia dos equipamentos informticos
o que leva ao isolamento social das crianas; Falta de motivao dos jovens para o percurso escolar e formativo; Pouca oferta ao nvel do desporto na freguesia; Pouca oferta cultural adequada aos jovens; Instituies tm pouco tempo para atividades ldicas com as crianas, por excesso
de trabalhos de casa; Aumento de gravidezes na adolescncia, em alguns jovens de etnia africana e
cigana; Aumento de gravidezes em algumas famlias em situao de carncia econmica; Vinda de algumas famlias de origem africana carenciadas;
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
37Comisso Social de Freguesia
Aumento de situaes de carncias alimentares e m nutrio nas crianasacompanhadas pela Casa Seis (especialmente nas pausas letivas);Desresponsabilizao de alguns pais em relao boa alimentao e educao dascrianas;
M gesto financeira e domstica por parte das famlias; Insuficincia de recursos humanos para atuar na preveno dos problemas Pouca adeso das famlias s intervenes dos tcnicos; Existncia de crianas a tomar conta de outras crianas, especialmente, de origem
africana; Baixa escolaridade da populao jovem de etnia cigana, especialmente, nas jovens
do gnero feminino; Horrios de trabalho muito desfasados, especialmente, na rea das limpezas que
obrigam a que as mes deixem as crianas sozinhas em casa e necessidade de umaresposta com horrios mais flexveis;
Aumento de casos de pais (do gnero masculino) fisicamente ausentes.
Ameaas
Plano curricular sobrecarregado. Excesso de peso que as crianas carregam nasmochilas: livros, cadernos, etc.;
Diminuio do nmero de crianas na freguesia, que se reflecte no nmero dealunos;
Mobilidade social motivada pela separao dos casais, desemprego, motivosfinanceiros;
Falta de emprego na zona pode levar as pessoas a sarem;
Equipas da ECJ e Equipa Tutelar Educativa no se organizam por territrio defreguesia, mas sim por concelho ou vrios concelhos, o que dificulta oconhecimento dos recursos locais;
Inexistncia de oferta formativa suficiente e adequada aos jovens, em especial aosjovens com processos tutelares;
Falta de vagas nos cursos PIEF e necessidade de alargamento desta resposta; Necessidade de maior responsabilizao dos pais; Excesso de proteo, permissividade por parte de alguns pais; Falta de tempo e ateno dedicados s crianas e respetiva compensao com bens
materiais.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
38Comisso Social de Freguesia
7. ACTIVIDADE ECONMICA, EMPREGO EFORMAO PROFISSIONAL
7.1. Atividade Econmica na Freguesia
Analisando o inqurito encomendado pelo Programa KCidade ao CEG, 2004, pode
constatar-se que a base econmica de Mira Sintra constituda maioritariamente pelo
pequeno comrcio retalhista e alguns servios de natureza local. Constituem excees
pela sua dimenso (superior mdia), as instituies do terceiro sector CECD e CAC e
alguns servios pblicos, como o caso das escolas. Tambm no sector privado, o
supermercado da cadeia Lidl e duas oficinas de reparao de automveis, que servem
clientela de outras localidades. Foram identificados 72 estabelecimentos comerciais.
Grfico 8. Ramo de atividade dos estabelecimentos da freguesia
6
4 4
2 2 2
9
3 3
11
5
0
2
4
6
8
10
12
Cafetarias
Mercearias,
Mini-mercados
Pronto-a-vestir
Peixarias(peixe
frescoou
congelado)
Cabeleireiros
Restaurao
Supermercados
Papelaria/
Totoloto
Oficinade
Mecnica
Outros
(produtos
alimentares)
Outros
(produtosno
alimentares)
Fonte: Mira Sintra- Anlise da Situao de Partida encomendado pelo Programa KCidade ao CEG,2004- Ramo de atividade dos estabelecimentos inquiridos
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39Comisso Social de Freguesia
Grfico 9. Empresas por dimenso
(N de funcionrios para alm do scio/proprietrio)
50,0%
25,0%
20,8%
4,2%
1 funcionrio
2 funcionrios
3 funcionrios
5 funcionrios
Fonte: Mira Sintra- Anlise da Situao de Partida encomendado pelo Programa KCidade ao CEG,2004- Empresas por dimenso
O tecido empresarial caracterizado predominantemente por pequenas empresas, de
carcter familiar, com fraca capacidade de empregabilidade, uma vez que 75% das
empresas tem 2 ou menos funcionrios.
Feira de Levante
A Feira de Mira Sintra, foi criada em Dezembro de 2006, estando em pleno
funcionamento. Est aberta todas sextas-feiras. Atualmente, alberga 50 feirantes que
vendem artigos variados desde, roupa, artigos para o lar, produtos hortcolas, comidas e
bebidas, entre outros.
7.2. Meios de Vida
O trabalho constitui o principal meio de vida para quase metade da populao, cerca de
49,1% das pessoas com mais de 15 anos. Existem cerca de 28% de pensionistas e
reformados, o que reflete mais uma vez a presena de uma populao envelhecida .10
10 Dados do Mira Sintra- Analise da Situao de Partida encomendado pelo Programa KCidade aoCEG, 2004
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
40Comisso Social de Freguesia
Taxa de atividade
Uma vez que no existem dados atualizados nesta rea, ao nvel dos Censos de 2011,
optou-se por considerar como referncia o estudo do Programa KCidade, de 2004.
Segundo o inqurito encomendado pelo Programa KCidade ao CEG, 2004, no final de
2004, a populao de Mira Sintra registava uma taxa de atividade de 48,9%, ou seja um
valor ligeiramente superior ao registado no pas em 2001 (48,2%) e inferior ao do
concelho de Sintra tambm na data do ltimo recenseamento da populao (56,4%).
Desemprego
Segundo o mesmo inqurito a taxa de desemprego em Mira Sintra (15,1%) superior do concelho e do pas (7,1%) e da Regio de Lisboa e Vale do Tejo 11 (8,1%), tendo
particular expresso na Urb. Fundao D. Pedro IV (onde atinge 27% dos ativos com 15
e mais anos de idade) e entre a populao masculina (15,9%), sendo de notar que
tambm afeta particularmente os jovens dos 15 aos 24 anos (20%).12
O desemprego tem maior expresso na populao estrangeira atingindo 19,6% dos
indivduos pertencentes a famlias de origem tnica dos PALOP.
Com base nos resultados do inqurito, foi possvel estimar o valor absoluto e adistribuio, por sexos e grupos de idades, dos desempregados, chegando-se a um
resultado global de 492 desempregados, 212 mulheres e 280 homens.
No que se refere s idades, verifica-se um elevado nmero de desempregados na faixa
etria dos 25 aos 39 anos, embora o grupo dos que tm mais de 40 anos represente 46%
do total.
No que se refere ao tempo do desemprego, verifica-se uma tendncia para a
predominncia das situaes de longa durao (12 ou mais meses) 46,3% dos casos
registados no total da freguesia.
O desemprego de muito longa durao (dois ou mais anos) corresponde a 29,8% do
total.
11 Os valores nacional e da regio de Lisboa e Vale do Tejo referem-se ao quarto trimestre de 2004.12
A diferena acentuada em relao aos valores nacionais e concelhios pode dever-se ao facto de oinqurito no ter aplicado o critrio de desempregado utilizado pelo INE. O inqurito consideroudesempregados os que exercem actividades informais e os que no procuram emprego.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
41Comisso Social de Freguesia
Desemprego Registado
Existiam no final do ano de 2010, 245 desempregados na Freguesia, inscritos no Centro
de Emprego, sendo na sua maioria mulheres. Quanto s idades dos desempregados, a
maioria tem entre 35 e 54 anos. Relativamente escolaridade, podemos verificar que a
grande maior se situa ao nvel do ensino bsico, sendo muito baixo o nmero de pessoas
com escolaridade superior ao ensino secundrio.
Quadro 6. Nmero de desempregados registados no fim do ano de 2010, porgnero, grupo etrio, categoria, tempo de inscrio e habilitaes, na freguesia de
Mira SintraDESEMPREGO TOTAL
GNEROHomens 106
Mulheres 139Total 245
GRUPO ETRIO< 25 Anos 39
25 - 34 Anos 3535 - 54 Anos 12055 Anos e + 51
Total 245CATEGORIA
1 Emprego 21Novo Emprego 224
Total 245HABILITAESInferior ao 1 ciclo 16
1 ciclo 642 ciclo 413 ciclo 84
Secundrio 29Superior 11TOTAL 245
FONTE: Dados do IEFP, GEA - Gabinete de Estudos e Avaliao, Maro de 2012
Comparativamente aos dados do anterior Diagnstico de 2005, pode-se dizer que o
nmero de desempregados registados se manteve, bem como se manteve o padro de
escolaridade, tendo aumentado ligeiramente o nmero de pessoas que obteve uma
qualificao superior ao 9 ano.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
42Comisso Social de Freguesia
7.3. Recursos e Equipamentos
Estruturas de Apoio ao Emprego e Formao Profissional
No que respeita a esta rea, os desempregados da Freguesia, tm ao seu dispor uma
estrutura de emprego e formao profissional pblica, que serve o concelho de Sintra- o
Centro de Emprego de Sintra, localizado em Sintra.
Em parceria com o Centro de Emprego, existem outras estruturas locais de apoio ao
emprego e formao profissional, nomeadamente, o Gabinete de Insero Profissional,
estrutura apoiada tcnica e financeiramente pelo IEFP, que tem como objetivo facilitar o
acesso ao emprego e formao profissional.
Quadro 7. N de inscritos no GIP por residncia na freguesia no ano de 2011Entidade promotora N de inscritos da
freguesiaN de inscritos
de outrasfreguesias
Junta de Freguesia de Mira Sintra 233 53
Fonte: Dados do GIP, Dezembro de 2011
A casa seis tem algumas aes na rea do emprego e formao, nomeadamente:
- Aes de insero scio-profissional;
- Apoio procura de emprego.
Na rea do emprego, o CECD tem as seguintes valncias para uma populao com
necessidades especiais:
O Centro de Formao Profissional do CECD funciona como Centro de Recursos Local
para os Centros de Emprego de Sintra e Amadora e recebe candidatos ao abrigo das
seguintes medidas: Informao, Avaliao e Orientao para a Qualificao e Emprego
e Apoio s Colocao e Acompanhamento Ps-colocao.
Centro de Formao Profissional com diversas reas formativas:
- Servios auxiliares de reparao e manuteno;
- Servios domstico-sociais;
- Operador de serigrafia;
- Operador de jardinagem;
A capacidade deste servio para 60 jovens e adultos divididos pelas trs aes:
- Informao, avaliao e orientao profissional;
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
43Comisso Social de Freguesia
- Formao profissional;
- Apoio colocao e acompanhamento ps-colocao;
Centro Emprego Protegido com as reas de:
- Lavandaria/Limpeza a seco;
- Construo e manuteno de espaos verdes;
- Viveiros / produo de plantas ornamentais.
A capacidade deste servio para 42 trabalhadores em regime de emprego protegido.
Outros Recursos
Protocolo de RVCC (Novas Oportunidades)
Desde 2008 existe um protocolo com o CNO da Escola Intercultural das Profisses e do
Desporto para o RVCC em itinerncia. Alm da Junta de Freguesia, fazem parte desse
protocolo o Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo, a Casa Seis e o CECD. No
mbito deste protocolo, j foram certificadas com o nvel bsico 107 pessoas e com o
nvel secundrio 112 pessoas e, estiveram em processo de RVCC 329 pessoas.
Formaes na rea das TIC
Desde 2010 tm sido realizados diversos cursos de formao em TIC em parceria com
vrios centros de formao e com o Agrupamento de Escolas D. Domingos Jardo. Os
cursos decorrem nas instalaes da escola ou na Casa da Cultura. Estes cursos abrangem
pessoas no ativo, mas tambm os reformados. Foram j abrangidas 133 pessoas.
Imagem de Mira Sintra
A construo de uma imagem de marca para a freguesia, promovida pelo Programa K
Cidade em parceria com a AESintra em 2006, veio no seguimento de uma estratgia de
promoo da freguesia, particularmente na rea econmica, com os seguintes objetivos:
- Reforar o sentido de pertena dos moradores, empresrios/ comerciantes e
instituies de Mira Sintra;
- Criar uma marca para Mira Sintra;
- Promover o territrio de Mira Sintra para que comerciantes, instituies e moradores
possam ser valorizados e reconhecidos dentro e fora da freguesia;
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
44Comisso Social de Freguesia
- Promover uma nova dinmica comercial, institucional e de participao em Mira
Sintra;
- Dar notoriedade freguesia de Mira Sintra;
- Criar peas de comunicao que facilitem a divulgao da imagem;
Figura 8. Imagem de Mira Sintra
7.4. Potencialidades
Com base nos dados da Reunio SWOT sobre a temtica do Emprego e Formao
Profissional (14 de Novembro de 2011), depois de devidamente analisados e
ponderados pelo Ncleo Executivo foram identificadas as seguintes foras e
oportunidades:
Foras
Emprego Dinamismo interno das instituies da Comisso Social de Freguesia; Existncia de um Gabinete de Insero Profissional; Existncia de vrias respostas formativas/qualificantes: cursos de formao de curta
durao, RVCC, cursos EFA, entre outras; Resposta formativa por parte do CECD em vrias reas para pessoas comnecessidades especiais;
Existncia do Programa Escolhas e, especialmente do acompanhamentoindividualizado que feito aos jovens;
Existncia de um Projeto TEIP no Agrupamento de Escolas D.D. Jardo e os recursoshumanos adjacentes;
Boa rede de transportes pblicos que facilita a deslocao para outras freguesias; Projeto I Am Roma e a sua vertente de empreendedorismo no feminino (curso de
costura); Existncia do emprego protegido Curva Quatro do CECD;
Existncia de espao fsico na Escola Bsica 2/3 D. Domingos Jardo para realizarum ou dois cursos de Educao-Formao.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
45Comisso Social de Freguesia
Oportunidades
Exigncia legal de formao nas empresas (35 horas anuais), o que permite maiorqualificao profissional;
Existncia de um Centro de Formao Profissional no concelho com vrios polos deformao; Implementao do Frum Sintra como entidade empregadora no concelho; Medidas do IEFP disponveis: incentivo ao emprego e criao de postos de
trabalho; apoio ao empreendedorismo e apoios contratao; ProgramaFormao/Emprego para pessoas com deficincia e incapacidade; Programa deestgios profissionais e Contratos de emprego-insero (+).
7.5. Vulnerabilidades Diagnosticadas
Com base nos dados do Frum Comunitrio (17 de Maio de 2011), da Reunio SWOT
sobre a temtica do Emprego e Formao Profissional (14 de Novembro de 2011),
depois de devidamente analisados e ponderados pelo Ncleo Executivo, foram
identificadas os seguintes problemas, necessidades e ameaas:
Problemas e necessidades
reas de formao pouco diversificadas; Falta de mo-de-obra qualificada segundo as necessidades do concelho; Existncia de desempregados sem subsdio de desemprego; Falta de formao para amas irregulares; Criar novas reas (espaos) comerciais e empresariais fomentadoras de emprego
(reforar a dinmica econmica da freguesia); Maior divulgao das respostas existentes nas vrias instituies; Integrao em Formao Profissional muito demorada (para jovens menores de 15
anos) Fraco tecido empresarial e o que existe, sobretudo de cariz familiar; Baixa escolaridade e especialmente, qualificao profissional; Desvalorizao da escolaridade pelos jovens e suas famlias; Dificuldade de conseguir desenvolver cursos e medidas de emprego para jovens
procura do 1 emprego, por falta de adeso dos mesmos; Elevada carga fiscal nas empresas, poder ter grande impacto nas empresas locais,
que na sua maioria so da rea da restaurao; Fraca capacidade empreendedora e proactiva por parte dos desempregados.
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46Comisso Social de Freguesia
Ameaas
Aumento do desemprego em geral; Dificuldade de integrao no mercado de trabalho de pessoas com mais de 35 anos;
Tecido empresarial constitudo por micro-empresas, no potenciando a criao denovos postos de trabalho; Imprevisibilidade dos fundos comunitrios e o facto de Lisboa e Vale do Tejo no
ser considerada zona prioritria, o que reduz a oferta de formao; Reduo das ofertas de emprego no concelho e em geral; Baixos salrios praticados como desincentivo ao trabalho; Elevada carga fiscal nas empresas, com maior impacto na rea da restaurao; Inexistncia de desenvolvimento econmico generalizado; Pouca oferta formativa para jovens; Fraco esprito empreendedor em geral das pessoas e dos empresrios.
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47Comisso Social de Freguesia
8. SADE
8.1. Sistema Nacional de Sade
Unidade de Sade Familiar de Mira Sintra
Com a reconfigurao efetuada no mbito da reforma dos cuidados de sade primrios,
o Centro de Sade do Cacm a que pertencia a extenso de Mira Sintra ficou integrado
no agrupamento de Centros de Sade (ACES) da Grande Lisboa X: Cacem- Queluz.
A populao inscrita na Unidade de Sade de Mira Sintra em 31 de Dezembro de 2010
era de 7923 indivduos.
A 31 de Dezembro de 2010 a equipa de sade era formada por 4 mdicos e 3
enfermeiros.
Neste caso verifica-se um aumento de 123 inscritos para uma reduo de 50% dos
enfermeiros face ao Diagnstico anterior (2006).
As consultas de Clnica Geral so marcadas da seguinte forma:
Para o prprio dia (presencialmente at hora da vaga);
At um ms (presencialmente; telefone); Em agenda, at 90 dias.
Quadro 8. Nmero de consultas realizadas por especialidade em 2010Tipo de consultas N de consultas efetuadas
Planeamento familiar 708Sade Materna 403Sade Infantil 1558
Sade Juvenil (14-18anos) 467
Sade do Adulto 16.287Domiclios 57
Fonte: Unidade de Sade Familiar Mira Sintra, Dados referentes a 2010
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
48Comisso Social de Freguesia
Doenas crnicas
Ao nvel das problemticas e doenas crnicas apuradas com a Unidade, apenas se
conseguiram os dados relativos Diabetes, sendo que nesta Unidade so acompanhados
um total de 503 Diabticos.
8.2. Recursos e Equipamentos
Rede de Servios Pblicos
A Freguesia de Mira Sintra, ao nvel de equipamentos da rede pblica de cuidados de
sade primrios, atualmente servida pela USF- Unidade de Sade Familiar, integrada
no ACES X sendo abrangida pela interveno da UCC Cacm Care, (Unidade deCuidados da Comunidade), que formada pela equipa de interveno comunitria para
as reas de preveno da sade e preveno da doena e a equipa de cuidados
continuados integrados para os dependentes, famlias e cuidadores no mbito da Rede
de Cuidados Continuados Integrados.
Quadro 9. Especialidades de Sade
UNIDADES DE SADE
Especialidades da USF Mira Sintra
Consulta de adultoConsulta de diabetes / hipertenso
Planeamento FamiliarSade Materna
Consulta de Sade InfantilCuidados de Enfermagem/ Vacinao
Consultas Domicilirias
Especialidades da UCC Cacm Care
Cuidados ContinuadosSade Escolar
PsicologiaServio Social
Higiene OralFisioterapia
Enfermagem de Reabilitao
Fonte: Inqurito Unidade de Sade Familiar de Mira Sintra, UCC Cacmcare, Dezembro de 2010
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
49Comisso Social de Freguesia
O atendimento em CATUS, assegurado na UCSP (Unidade de Cuidados de Sade
Personalizados) da Agualva no horrio para alm do funcionamento normal da USF
(Unidade de Sade Familiar) incluindo fins-de-semana e feriados.
A Unidade de Sade atravs da UCC est envolvida no projeto Grupo de Interveno
Precoce, integrado no programa de sade infantil, em parceria com a CPCJ de Sintra
Oriental.
Cuidados de Sade Secundrios
Dezembro de 2010 os cuidados de sade secundrios, eram assegurados pelo Hospital
Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), Egas Moniz e Curry Cabral.
Sade Mental
Relativamente Sade Mental, existe uma parceria com o CINTRA, Unidade do
Hospital Miguel Bombarda, localizada em Sintra.
Rede de Solidariedade Social sem fins lucrativos
Relativamente rede de cuidados de sade privada sem fins lucrativos, existem trs
instituies que prestam servios nesta rea:
Cruz Vermelha
CECD Mira Sintra
O Vigilante
O CECD Mira Sintra tem a consulta de especialidade em Fisiatria, sem acordo com a
ARS. Dispe ainda de Fisioterapia, Hidroginstica e Hidroterapia, Terapia Ocupacional
aqutica, Terapia da Fala, Psicologia Educacional e Psicologia Clnica, Terapia familiar,
Psicomotricidade, Podologia e Reflexologia.
Para as anlises clnicas tem acordo com a ARS e outros sub-sistemas.
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
50Comisso Social de Freguesia
A Cruz Vermelha Delegao de Mira Sintra tem as especialidades de Clnica Geral,
Estomatologia, Ginecologia Obstetrcia, Psicologia e orientao profissional. Dispe
ainda de Fisioterapia e cursos de socorrismo.
O Vigilante tem a especialidade de Clinica Geral e Anlises Clinicas.
Rede Privada
Relativamente rede de cuidados de sade privada, existe uma instituio que presta
servios nesta rea:
Clnica Nova Era
Outros Recursos
Atualmente existem duas farmcias para servir a populao da Freguesia.
8.2. Potencialidades
Com base nos dados da Reunio SWOT sobre a temtica da Sade (27 de Outubro de
2011), depois de devidamente analisados pelo Ncleo Executivo, foram identificadas as
seguintes foras e oportunidades:
Foras
Existncia de uma Unidade de Sade Familiar em Mira Sintra com mdicos defamlia para todos os utentes inscritos;
Existncia de uma Unidade de Cuidados na Comunidade com resposta aosutentes de Mira Sintra;
Acompanhamento domicilirio pelo Cintra de alguns utentes com doena mentalda freguesia;
Capacidade dos tcnicos das instituies locais para encontrar e procurarrespostas na rea da sade em geral;
Bom funcionamento da Sade Escolar: cheque dentista/higienista, rastreiosvisuais e orais, consultas de planeamento familiar e campanhas de promoo desade;
Na rea da alimentao, as ementas escolares do 1 ciclo, so feitas por umanutricionista da EDUCA;
Disponibilidade da Nutricionista da Educa para realizar campanhas desensibilizao na rea da obesidade;
Clnica de reabilitao do CECD que pratica preos mais acessveis nas suas
consultas, por exemplo na rea da Terapia da Fala, Terapia Familiar,Fisioterapia, entre outras;
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Diagnstico Social da Freguesia de Mira Sintra
51Comisso Social de Freguesia
Existncia de um protocolo entre a Junta de Freguesia e uma Psicloga queproporciona consultas de Psicologia e Psicoterapia para a comunidade em geral,com preos sociais simblicos;
Consultas de fisioterapia na Cruz Vermelha a preos mais acessveis; Possibilidade de formao na rea do socorrismo pela Cruz Vermelha, desde que
solicitado pelas instituies.
Oportunidades
Existncia do Cintra como resposta na rea da sade mental; Existncia do protocolo entre a CMS e a Casa de Sade do Telhal para as
consultas de Pedopsiquiatria; Existncia do Servio Nacional de Interveno Precoce e Infncia, para a
preveno de riscos biolgicos e sociais na 1 infncia; Banco de ajudas tcnicas da APADP e da Santa Casa de Misericrdia de Sintra,
que abrange tambm, a rea de Mira Sintra; Existncia da medida Frum Ocupacional da Segurana Social.
8.3. Vulnerabilidades Diagnosticadas
Com base nos dados do Frum de 17 de Maio de 2011 e da Reunio SWOT de 27 de
Outubro de 2011, depois de analisados pelo Ncleo Executivo, foram identificados os
seguintes problemas, necessidades e ameaas:
Problemas e Necessidades
Populao muito carenciada e idoso