diálise peritoneal
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PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
POP
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Código
POP 116
Data Emissão
MAIO / 2012
Data de Vigência
MAIO / 2012
Próxima Revisão
MAIO / 2013
Versão nº
1
Área Emitente: GE - SRCAIADO
Assunto: DIÁLISE PERITONEAL - CAPD
Objetivo:A diálise peritoneal é um processo de depuração do sangue, indicada à pacientes com insuficiência renal aguda ou crônica, uremia, hipercalemia, edema intratável. Ocorre uma transferência de solutos e líquidos através de uma membrana semipermeável, o peritônio, que separa dois compartimentos, um compartimento é a cavidade abdominal, onde está solução de diálise e outro compartimento é o capilar peritoneal, onde há sangue com excesso de substâncias tóxicas e resíduos metabólicos, restabelecendo o equilíbrio hidroeletrolítico por meio da remoção de excesso de líquido da corrente sanguínea.
Setor: Enfermagem/Médico
Periodicidade da execução: A Diálise Peritoneal (DP) é o método de tratamento substitutivo renal.Será realizado sempre que houver, alteração em exames de bioquimicaResponsável: Enfermeiro, Técnico auxiliar de EnfermagemIndicação: Diálise é um processo empregado para remoção de líquidos e dos produtos de degradação urêmicos do corpo quando os rins são incapazes de fazê-lo. Ela pode ser usada no tratamento do paciente com edema incurável (não responsivo ao tratamento), coma hepático, hipercalemia, hipertensão e uremia. A necessidade da diálise pode ser aguda ou crônicaPré-requisito(s)- Material necessário:MáscaraÓculosAventalLavagens de mãos frequentesProdutos e equipamentos especializados
Procedimento: - Modalidades Intermitentes da Diálise Peritoneal
Diálise Peritoneal Ambulatorial Diária (DPAD)O Tratamento é dado com trocas freqüentes durante o dia a cada 3 ou 4 horas. Antes de dormir, o dialisato é drenado para evitar o longo tempo de permanência da noite. Éindicada para pacientes com dificuldade de ultrafiltração por alta permeabilidade determinada pelo PET (do inglês Peritoneal Equilibrium Test).Diálise Peritoneal Intermitente (DPI)O tratamento é dado durante cerca de 24 horas, em ambiente hospitalar, com trocas a cada 1-2 horas, duas vez espor semana (40 a 60 litros). No período entre as diálises, fica o abdômem seco . Indicada para paciente com alta permeabilidade de membrana e função renal residual significativa.Diálise Peritoneal Noturna (DPN)Esta diálise é realizada através de uma cicladora enquanto o paciente dorme, em um período entre 08 e 12 horas.Durante o dia o abdômen fica vazio. Para pacientes com área de superfície corporal alta e sem função renal residual, pode ser necessária uma ou duas trocas durante o dia.Modalidades Contínuas da Diálise PeritonealDiálise Peritoneal Ambulatorial Contínua (DPAC ou CAPD)Nesta modalidade são feitas três trocas durante o dia e uma antes de deitar, feitas manualmente. O volume e a concentração de glicose são definidos pelas necessidadesespecificas de cada paciente. Adequada para a maior parte dos pacientes em diálise. .Aliás essa modalidade tem sido altamente eficiente para o controle de casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) rebelde a digitálicos e diuréticos.Diálise Peritoneal Automatizada (DPA)As trocas feitas pela cicladora durante a noite se seguem de um longo ciclo durante o dia. Bom método para pacientes que necessitam estar em cicladora, mas não tem como realizar trocas durante o dia.Cuidados com os cateteres peritoneais. O local de saída e as incisões relacionadas devem ser cuidados à semelhança do que se faz com outras feridas cirúrgicas recentes. Logo nos primeiros dias após a inserção, o local de saída deve ser coberto com gaze e o curativo trocado sempre que for observadas manchas de exsudato ou sangue.Curativos oclusivos, impermeáveis ao ar, bem como pomadas, nunca devem ser usados. Os curativos devem imobilizar o cateter contra a pele.
O paciente deve ser instruído a evitar movimentos do cateter no local de saída tanto quanto possível, porque os movimentos nesta região retardam a cicatrização e podem levar a infecção. Quando o paciente iniciar o autocuidado para o cateter; as trocas de curativos
podem ser feitas menos freqüentemente. Após algumas semanas, o local de saída do cateter pode ser deixado aberto ao ar não protegido, mas é preferível, geralmente cobrí-lo com uma g a z e para minimizar irritação. O treinamento dos pacientes para que os mesmos observem seus cateteres regularmente para sinais de infecção do local de saída e do túnel, é importante.Banhos em chuveiros são permitidos poucas semanas após a inserção do cateter, se o local estiver bem cicatrizado, porem deve ser enxugado cuidadosamente após o banho .Cuidado quanto ao preparo do ambiente.A assistência de enfermagem na diálise peritoneal abrange controles, cuidados e observações antes,durante e após a DP.
Cuidados pré-diáliseAo cliente que fará DP pela primeira vez deve-se preparar a unidade fechando janelas e portas para evitar corrente de ar; orientar todas as o recinto a usar mascara, inclusive o paciente; preparar o material; preparar psicologicamente o paciente; possibilitar o esvaziamento da bexiga e medir a diurese; verificar o peso do paciente; executar a tricotomia da região abdominal e antissepsia da área; controlar os sinais vitais; preparar o material; posicionar o paciente em decúbito dorsal horizontal; auxiliar na colocação do cateter e instalação da diálise; preparar os banhos dialisantes (tipo de solução, medicamentos acrescentados e volume) conforme prescrição médica.Cuidados durante a diáliseAnotar rigorosamente na ficha de controle de balanço de DP, em cada banho, o inicio e término da infusão, tempo de permanência na cavidade peritoneal, o volume infundido e drenado, cor e aspecto do líquido drenado (a coloração característica é amarelo-palha); controlar rigorosamente, durante cada banho, os sinais vitais, diurese, posicionamento correto do cateter de diálise; observar e comunicar sinais de dor, hemorragia, hipotensão arterial, edema, dificuldade de drenagem e infusão e dificuldade respiratória; assegurar umambiente tranqüilo, informal e descontraído; prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente; estimular a aceitação alimentar.Cuidados pós-diáliseObservar e anotar as condições do paciente; trocar curativo, remover ou fixar o cateter (heparinização para prevenir obstrução) ou colocar prótese; verificar o peso do paciente; controlar os sinais vitais; controlar rigorosamente a diurese; realizar o fechamento da ficha de controle de DP.OBSERVAÇÃO:Complicações infecciosas como peritonites, as infecções relacionadas aos cateteres e complicações mecânicas como extravasamentos ao redor do cateter, sangramento, dor edemora na drenagem foram bem evidenciadas como alvo de preocupação dos profissionais de saúde.
INTERESSES
A diálise peritoneal é difícil de ser realizada num paciente acima de 80kg e com estatura alta, Isto porque a superfície de troca do peritônio tem 1m² e os dialisadores têm de 1,2 a 1,4m².
Se a pessoa é muito grande, pode ficar um pouco mais urêmica, o que não é recomendável.
A diálise peritoneal é boa para pessoas pequenas, com até 80kg. Além disso, existe um exame para determinar se o paciente é um bom transportador ou seja, se ele consegue fazer as trocas no peritônio de uma maneira eficaz.
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Código
POP 116
Data Emissão
MAIO/ 2012
Data de Vigência
MAIO / 2012
Próxima Revisão
MAIO / 2013
Versão nº
1
G E - SRCAIADO
Assunto: DIÁLISE PERITONEAL
Responsabilidades
Responsáveis Data
Nome(s) Cargo(s) Visto(s)
Elaboração Dra Sandra Regina Caiado ,Gerente