dor abdominal
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DOR ABDOMINAL. Vinícius Mendes. DOR. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
DOR ABDOMINALVinícius Mendes
DOR
A dor é o sintoma mais comum na prática médica. É definida como sendo uma desagradável experiência sensorial e emocional associada a uma lesão tecidual já existente ou potencial; ou relatada como se uma lesão existisse (1º Subcomitê de Taxionomia da Dor – IASP).
DOR ABDOMINAL
Dor abdominal é a sensação de mal-estar ou perturbação da cavidade abdominal.
Dor visceralCausada por distensão, inflamação ou isquemia de vísceras ocas ou órgãos sólidos.
As fibras nervosas sensitivas ascendem ao córtex cerebral trafegando por troncos autonômicos, bilateralmente e em múltiplos níveis medulares. Fibras C.
Frequentemente difusa e mal localizada.
Tipicamente acompanhada por reflexos autonômicos, como náuseas e vômitos.
DOR VISCERAL
Verdadeira – dor “surda”, localização imprecisa.
Ex: dor difusa na porção central do andar superior do abdômen:
dispepsia funncional ou orgânica.
Referida – percebida no metâmero cutâneo correspondente ao da víscera comprometida.
Ex: fase inicial da apendicite aguda: epi ou mesogástrio; dor da úlcera: alto epigástrio
DOR PARIETAL
Estímulo ao peritônio parietal.
As fibras aferentes entram no gânglio da raiz dorsal no mesmo lado e dermátomo suprido pela estrutura na qual tem origem a dor. Fibras A delta.
Bem localizada e circunscrita
Costuma ter um padrão mais “fino, agudo” que a dor visceral
CAUSAS DE DOR ABDOMINAL
Dor originária no abdome.
Dor referida no abdome de um sítio extra-abdominal.
Distúrbios metabólicos
Doenças neurológicas
DOR ORIGINÁRIA NO ABDÔMEN
Inflamação peritônio parietal.
Obstrução de víscera oca.
Distúrbios vasculares
Dor da parede abdominal
INFLAMAÇÃO NO PERITÔNIO PARIETAL
Causas
Contaminação bacteriana
Irritação química do peritônio
Características
Bem localizada, de forte intensidade, em “pontada”
Contração reflexa da parede abdominal
Sinal de Blumberg
Paciente permanace imóvel e quieto
OBSTRUÇÃO DE VÍSCERA OCA
Causas
Obstrução de intestino delgado ou grosso
Obstrução da árvore biliar
Obstrução ureteral
Características
Mal localizada, de intensidade variável, em “torção”
Dor em “cólica” periumbilical
Paciente permanace móvel e irriquieto
DISTÚRBIOS VASCULARES
Causas
Trombose de A. mesentérica superior
Ruptura aneurisma aórtico
Características
Mal localizada, de intensidade variável, contínua
Pode aumentar rapidamente de intensidade
Ausência de contração reflexa da parede abdominal
DOR DA PAREDE ABDOMINAL
Causas
Hematoma de mm. reto abdominais
Infecção de mm. reto abdominais
Características
Bem localizada, de intensidade variável, contínua
Dor à palpação da parede abdominal
DOR REFERIDA NO ABDÔMEN
Tórax:
Pneumonia basal
IAM
Coluna vertebral
Espondiloartrtite
Genitália
Torção testicular
DISTÚRBIOS METABÓLICOS
Endógenos
Cetoacidose diabética, uremia, crise Addisoniana, hiperlipemia, hipercalcemia, hiperparatireoidismo, porfiria aguda, edema angioneurótico hereditário, febre mediterrânea familiar, deficiência de lactase, doença inflamatória intestinal; lúpus eritematoso sitêmico, poliartrite nodosa, púrpura de Henoch-Schölein, febre reumática
Exógenos
Envenenamentos (Metais pesados (chumbo, arsênico e mercúrio), cogumelos, acidentes com aranhas)
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Compressão de raízes nervosas por tumor ou abscesso de medula espinhal
Sífilias terciária (tabes dorsalis)
Herpes zoster
IATROGENIA
Hemorragias: anticoagulantes
Úlcera péptica: AINEs
Obstrução intestinal: antidepressivos/antiácidos
Pancreatite: corticóide/diuréticos/ACO
SEMIOLOGIA DA DOR ABDOMINAL
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DAS DORES
ABDOMINAISLocalização
Irradiação
Intensidade
Natureza ou Caráter
Modo de Início e Duração
Ritmo
Fatores que agravam ou aliviam
Sinais e sintomas associados
LOCALIZAÇÃO
Localizada: aponta com o dedo o local sede do processo doloroso (epigástrica=úlcera péptica? / FID=apendicite aguda?)
Difusa: é aquela difícil de localizar, deve-se pensar em dor visceral seja por inflamação, cólica hepática, hepatite aguda, obstrução intestinal, dor vascular, irritação diafragmática
IRRADIAÇÃO
DOR IRRADIADA: é aquela que se irradia a partir de um foco principal.
Exemplos:
Apendicite = base da coxa
Cólica biliar = ombro D
Cólica renal = região inguinal
Pancreatite = dorso
IrradiaçãoIrradiação Possível significadoPossível significadoEpigástrio até os ombrosEpigástrio até os ombros úlcera péptica perfurada; peritonite aguda com úlcera péptica perfurada; peritonite aguda com
comprometimento da parte inferior do diafragma; rotura ou comprometimento da parte inferior do diafragma; rotura ou
infarto esplênico; abscesso hepático infarto esplênico; abscesso hepático
EpigástrioEpigástrio até o ombro direito até o ombro direito Colecistite agudaColecistite aguda
EpigástrioEpigástrio até a parte superior da região lombar até a parte superior da região lombar Distensão do colédocoDistensão do colédoco
EpigástrioEpigástrio até o centro das costas até o centro das costas Úlcera péptica penetrante, colecistopatia, aneurisma Úlcera péptica penetrante, colecistopatia, aneurisma
dissecante, pancreatite, tumor pancreático dissecante, pancreatite, tumor pancreático
Do QSD até o ombro direito e escapula direitaDo QSD até o ombro direito e escapula direita Cólica hepática; colecistite aguda (distensão aguda da árvore Cólica hepática; colecistite aguda (distensão aguda da árvore
biliar extra-hepática)biliar extra-hepática)
Do QSD até a área supra-clavicularDo QSD até a área supra-clavicular Pleurite diafragmáticaPleurite diafragmática
Do QSE até o ombro esquerdoDo QSE até o ombro esquerdo Problema esplênico, síndrome do ângulo esplênicoProblema esplênico, síndrome do ângulo esplênico
De um flanco até um hipocôndrio, a região inguinal, De um flanco até um hipocôndrio, a região inguinal,
aos genitaisaos genitaisCálculo ureteral, cólica renalCálculo ureteral, cólica renal
Da região supra-púbica em mulheres até a região Da região supra-púbica em mulheres até a região
lombo sacralombo sacraDor uterinaDor uterina
Da área sub-umbilical até a região lombarDa área sub-umbilical até a região lombar Obstrução do cólonObstrução do cólon
Do abdome até a região sacra dos flancos ou Do abdome até a região sacra dos flancos ou
genitaisgenitaisRotura de aneurisma aórtico abdominalRotura de aneurisma aórtico abdominal
Da área supra-púbica em homens aos genitais, Da área supra-púbica em homens aos genitais,
parte interna e superior da coxaparte interna e superior da coxaObstrução aguda da porção transvesical do ureterObstrução aguda da porção transvesical do ureter
INTENSIDADE
Gradação: leve, moderada, intensa
Minimizar a subjetividade do processo doloroso (Utilizar escalas de dor)
Usar indicadores para avaliação da intensidade da dor
mudança importante dos hábitos do paciente
diminuição da capacidade de exercer funções habituais
interesse de procurar tratamento sintomático ou atendimento médico
necessidade de uso de analgésicos injetáveis
associação de manifestações autonômicas como náuseas, vômitos, sudorese, palidez cutânea e inquietude.
INTENSIDADE
A intensidade da dor associada a outras características semiológicas podem direcionar para uma suspeição diagnóstica.
EXEMPLOS:
DOR LEVE A MODERADA pode ser observada na úlcera péptica (sem perfuração), dor no intestino delgado, dor apendicular, dor do cólon, estágios iniciais da doença inflamatória pélvica, dilatação gradual da árvore biliar (CA de cabeça de pâncreas), obstrução da bexiga urinária.
DOR INTENSA é típica das cólicas biliares, renal, úlcera péptica perfurada, aneurisma dissecante de aorta, oclusão da artéria mesentérica, prenhez tubária rota.
Natureza ou Caráter
Natureza ou Caráter
É a descrição pelo paciente como sua dor se parece ou que tipo de sensação ou emoção ela lhe traz.
Deve-se fornecer ao paciente subsídios que o sirvam de referência para que o mesmo possa avaliar a natureza da dor, exs: “distensão”, “queimação”, “pontada”, “torção”, “compressão”
Caráter da Dor Sugere
SurdaSurda Em epigástrio – úlcera pépticaEm epigástrio – úlcera péptica
Suprapúbica – obstrução da Suprapúbica – obstrução da
bexiga urinária; pielonefrite bexiga urinária; pielonefrite
Em queimaçãoEm queimação Epigástrica, psicogênica, Epigástrica, psicogênica,
úlcera duodenalúlcera duodenal
ConstrictivaConstrictiva Aneurisma dissecante de Aneurisma dissecante de
aorta, úlcera pépticaaorta, úlcera péptica
PulsantePulsante Doença de Crohn; cólon Doença de Crohn; cólon
irritável irritável
Incômoda, em pesoIncômoda, em peso Colecistite, dor em parede Colecistite, dor em parede
abdominalabdominal
Espasmódica, aperto, Espasmódica, aperto,
compressãocompressãoCólica intestinal, renal, biliar, Cólica intestinal, renal, biliar,
oclusão mesentéricaoclusão mesentérica
Lancinante, Lancinante,
angustianteangustianteDor originada em raízes ou Dor originada em raízes ou
nervos espinhais como herpes nervos espinhais como herpes
zoster, hérnia de disco, artritezoster, hérnia de disco, artrite
MODO DE ÍNICIO E DURAÇÃO
Caracterizar a instalação do processo doloroso se de modo abrupto ou insidioso
Classificar o quadro como agudo, sub-agudo, crônico ou recidivante a partir da quantificação do tempo (horas, dias, semanas, meses).
Determinar a duração dos episódios, ou seja, se é uma dor contínua (que não cessa) ou intermitente, se for, saber qual o intervalo médio entre as crises, e se o intervalo é regular ou irregular (Ex: Cólica)
RITMO E HORÁRIO
Ocorrência da dor no transcorrer das 24 horas do dia, relacionando-a com os eventos fisiológicos: alimentação, evacuação, sono
Dor pós-prandial
precoce (imediatamente ou na primeira hora)
Ex. úlcera gástrica; câncer gástrico; gastrite aguda; angina abdominal; pancreatite aguda.
tardia (uma ou mais horas)
Ex. úlcera duodenal
Dor que precede a evacuação
Ex. colopatias orgânicas e funcionais
Dor noturna (desperta o paciente do sono)
Ex. úlcera duodenal
Fatores que agravam ou aliviam
Ingestão de alimentos
qualidade
quantidade
Medicamentos
anti-ácidos, analgésicos/antinflamatórios, antiespasmódicos
Posição antálgica
Vômitos/eructação
Evacuação/eliminação de gases
Movimentos do corpo
Fatores que agravam ou aliviam
CÓLICA: há tendência do paciente em movimentar-se ativamente, a procurar posições mais confortáveis fletindo o tronco ou comprimindo o abdome com as mãos
DOR POR INFLAMAÇÃO DO PERITÔNIO: o paciente tende a ficar imóvel e quieto. As manobras de flexão ativa do tronco ou compressão manual do abdome costumam piorar a dor, o mesmo ocorrendo com a tosse, inspiração profunda ou a movimentação brusca de sentar-se ou virar-se; ou com a extensão do MID(=apendicite)
DOR PANCREÁTICA: o paciente sente atenuação da dor quando sentado e com o tronco inclinado para frente (posição do travesseiro)
SINTOMAS GASTRINTESTINAIS
ASSOCIADOSInquirir em relação aos efeitos da dor sobre:
hábitos alimentares do paciente (parou de comer, apetite se manteve sem alterações ...)
manifestações digestivas como náuseas, vômitos, distensão abdominal, meteorismo, icterícia
modificações na eliminação de gases e fezes (parada na eliminação? Diarréia?)
sangramentos digestivos (hematêmese,melena, hematoquezia, enterorragia ...).
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS ASSOCIADAS
Sintomas gerais: febre, calafrios, desmaio, sintomas próprios de anemia ou desidratação
alterações genitais (bolsa escrotal, vagina ...)
alterações urinárias (dor à micção, urina escura, purulenta, com sangue ...)
alterações menstruais (nunca esquecer de perguntar a data da última menstruação, história sexual ...)
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS ASSOCIADAS
Jamais devem ser ignoradas em se tratando de dor abdominal: trabalho ou atividades do paciente, uso de bebidas alcoólicas (o que, quanto e há quanto tempo) ou drogas, se há outras pessoas do convívio com quadro semelhante
EXAME FÍSICO NA DOR ABDOMINAL
Pontos Dolorosos
Pontos Dolorosos
Pontos Dolorosos
PONTOS DOLOROSOS
Colecistite aguda
Úlcera duodenal perfurada
Apendicite c/ apêndice alto
Pleurite
PONTOS DOLOROSOS
Pancreatite
Úlcera gástrica perfurada
Rotura de baço
Pielonefrite Aguda
PONTOS DOLOROSOS
Apendicite aguda
Obstrução aguda I. delgado
Cólica intestinal simples
Pancreatite aguda
Excluir: trombose mesentérica
PONTOS DOLOROSOS
Apendicite aguda
Úlcera Duodenal Perfurada
Ileíte regional
Pancreatite aguda
Divertículo de Meckel
Salpingites
PONTOS DOLOROSOS
Diverticulite
Tumor de Sigmóide Perfurado
Doença Inflamatória Pélvica
Litíase Ureteral
MANOBRAS ESPECÍFICAS
sinal de Blumberg: descompressão dolorosa (indica processos inflamatórios à nível do peritôneo)
sinal de Rovsing: deslocamento de ar para o ceco à partir do colo esquerdo, positivo na Apendicite Aguda
sinal de Murphy (colecistite, colelitíase): inspiração profunda acompanhada de compressão dolorosa do ponto cístico
sinal de Giordano: punho-percussão lombar dolorosa na área de projeção renal
Descompressão brusca x Sinal de BlumbergPresença de peritonite provoca dor tanto à compressão quanto à descompressão podendo ser, por vezes, mais desconfortável à
descompressão.
Sinal de Murphy
Sinal de Rovsing
Ponto de McBurney
Sinal de Giordano
Sinal do Psoas. Pcte em DLE, dor à extensão passiva da coxa esquerda, ao mesmo tempo em que o examinador aplica
contraresistência sobre o quadril.
Sinal do obturador. Dor à rotação passiva interna da coxa flexionada.
Sinal de Cullen (equimose na região periumbilical) Sinal de Turner (equimose nos flancos)