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ARQUEOLOGIA

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INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA• O que é mesmo

arqueologia?• O termo traz à nossa mente

uma variedade de imagens.• Para alguns, indica

aventuras românticas: a busca por civilizações há muito perdidas, a interpretação definitiva do Sudário de Turim, e a localização da Arca de Noé.

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INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA• Outros vêem a arqueologia

como coisa do passado.• Estes trazem à memória

imagens de um ocidental em roupas cáqui, usando capacete e examinando escombros ressecados e empoeirados.

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INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA• Para outros ainda, o termo

sugere esqueletos sorridentes, elos perdidos e serpentes venenosas (quem consegue esquecer o comentário de Indiana Jones, “Cobras não! Eu odeio cobras”).

• A idéia popular a respeito da arqueologia às vezes beira o ridículo.

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INTRODUÇÃO A ARQUEOLOGIA• Por exemplo, mesmo que

“ninguém sabe, até hoje, o lugar da sepultura de Moisés” Dt.34.6, certa vez queriam liderar uma expedição para encontrar seus ossos na terra de Moabe.

• Poderes das pirâmides, espaçonaves extraterrestres e a maldição do rei Tut são vistos por muitos como assuntos pertinentes à área de atuação do arqueólogo.

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CONCEITO• O termo arqueologia deriva

de duas palavras gregas: archaiologia que significa “estudo das coisas antigas [ou arcaicas]”.

• Portanto, etmologicamente, o termo significa palavra a respeito, ou, estudo de antiguidades.

• Os gregos usavam a palavra “arqueologia” para descrever antigas lendas ou tradições.

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CONCEITO• Na introdução à História da

Guerra do Peloponeso Tucídes resume a história da Grécia antiga com o título “Arqueologia”.

• Denis de Halicarnasso escreveu a história de Roma chamada Arqueologia Romana.

• Da mesma maneira, Josefo chamou sua história sobre os judeus de Arqueologia.

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O fato é que, a palavra “arqueologia” era “sinônimo de história antiga”.

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CONCEITO• O sentido moderno da

palavra “arqueologia” é muito diferente.

• Arqueologia é o estudo dos restos materiais do passado

• Ele se interessa pelo lado físico ou material da vida.

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CONCEITO• Stuart Piggott diz que “a

arqueologia é a ciência do lixo”.

• O alvo da arqueologia é descobrir, resgatar, observar e preservar fragmentos enterrados da antiguidade, e usá-los para ajudar a reconstruir a vida antiga.

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• A arqueologia se relaciona com diversos aspectos da sociedade antiga, seja seu modo de governo, forma de culto, pecuária, agricultura, ou o que for.

• Ela é, em resumo, “o método de descobrir o passado da raça humana em seu aspecto material, e o estudo dos produtos deste passado” .

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• A disciplina arqueologia tem uma aplicação muito prática para nós.

• Ela nos diz de onde viemos e como nos desenvolve-mos; e também nos dá informações detalhadas a respeito de nossa história.

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• Os materiais escritos da antiguidade não pertencem propriamente ao campo da arqueologia.

• Registros escritos são mais da esfera de ação de histo-riadores do que de arqueó-logos.

• Mesmo que os arqueólogos sejam quem desenterrem os escritos, a análise e estudo dos mesmos pertence aos epígrafos, paleógrafos e historiadores.

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• Epígrafia: Estudo das inscrições

• Paleógrafia: É a Ciência das escrituras antigas.

• É a arte de decifrar escritos antigos, especialmente manuscritos.

• Historiador: É aquele que escreve História ou sobre História.

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• A arqueologia então é uma ciência auxiliar da história.

• Ela é uma serva da história, ajudando seu estudo pela revelação das informações necessárias.

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• De fato, ela proporciona dados que registros escritos normalmente não o fazem.

• Escritos antigos estavam restritos a uma elite freqüentemente tendenciosa .

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• Em contraste, a arqueologia descreve e explica como viviam os diversos tipos de pessoas, do trabalhador rural na agricultura ao rei em seu trono.

• A arqueologia não faz discriminação de classes.

• Mais precisamente, ela alarga o nosso entendimento a respeito da antiguidade de uma maneira que os documentos antigos não podem fazê-lo.

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• A arqueologia é freqüentemente considerada uma ciência social.

• De fato, ela é “a única disciplina das ciências sociais a se preocupar com a reconstrução e compreensão do comportamento humano com base nos fragmentos deixados por nossos antecessores pré-históricos e históricos” .

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• O estudo da arqueologia apresenta quatro divisões básicas:

• 1. A Arqueologia pré-histórica - está mais interessada em fragmentos de material resultantes de atividades humanas do que em documentos escritos.

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• 2. A Arqueologia pré-clássica - focaliza-se na região mediterrânea oriental e no oriente.

• Estuda as sociedades antigas que se desenvolveram no Egito, Mesopotâmia e Palestina.

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3. A Arqueologia Clássica se concentra nas civilizações greco-romanas.

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• 4. A Arqueologia Histórica tenta suplementar os textos escritos, descrevendo a rotina diária das culturas que os produziram.

• Uma grande subseção da mesma é chamada arqueologia industrial porque focaliza-se na sociedade ocidental desde a Revolução Industrial.

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• O método arqueológico é subdividido em duas partes: exploração e escavação.

• Não é necessário escavar todas as vezes para obter informações importantes a respeito da antiguidade.

• Muito pode ser percebido através de um simples exame da superfície.

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• Mas há uma preferência por escavações, obviamente, devido a proporcionarem maiores e mais profundas informações.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• As modernas escavações arqueológicas começaram a ser organizadas em Herculaneum (1738), localizada ao longo da baía de Nápoles.

• Túneis escavados em Herculaneum levaram ao resgate de estátuas magníficas, hoje mantidas no Museu de Nápoles.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA• Logo se seguiram

escavações em Pompéia (1748).

• Os primeiros edifícios a serem escavados incluíram “o teatro menor (ou Odeon, 1764), o Templo de Isis (1764), o chamado barracão dos Gladiadores (1767), e a Vila de Diomedes, do lado externo do Portão de Herculaneum (1771)”.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA• Um trabalho arqueológico

mais sistemático no Oriente Próximo só começou na virada do século XVII e inicio do XIX.

• Em 1798 Napoleão invadiu o Egito.

• Trouxe consigo uma expedição científica de eruditos e projetistas, cujo propósito era pesquisar os remotos monumentos do Egito.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• O relatório de suas descobertas foi publicado em 1809-13 com o título Description de l’Egypte.

• Esta primeira exploração foi importante porque abriu os olhos da Europa para uma vasta civilização antiga.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• As palavras de Napoleão a suas tropas, enquanto as mesmas permaneciam aos pés das pirâmides, na verdade eram direcionadas a toda Europa: “Lá de cima cinqüenta séculos olham para vocês!”

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• O objeto mais significante encontrado na excursão Napoleônica foi a Pedra de Roseta (1799).

• Pedra de Roseta: pedra inscrita que proporcionou a chave para a interpretação dos hieróglifos egípcios.

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• Hierógrifo: Designação de cada um dos caracteres de uma escritura dos antigos egípcios e ainda hoje conservada em inscrições.

• Hieróglifos: escrita egípcia pictórica.

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• A Pedra de Roseta, descoberta próxima à cidade de Roseta (Egito) em 1799, proporcionou a chave que permitiu decifrar a escrita hieroglífica egípcia.

• O texto que aparecia no fragmento basáltico era um elogio a Ptolomeu V e estava escrito em demótico, em grego e em caracteres hieróglifos.

• A versão grega permitiu que Jean François Champollion decifrasse a escrita egípcia. Este achado representou uma contribuição fundamental para a arqueologia egípcia.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• Entendeu-se que seu valor era imensurável devido a ser a chave para desvendar os antigos hieróglifos egípcios, uma escrita pictórica não mais usada por quase um século e meio.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA

• Datado do tempo do rei Ptolomeu V (204-180 a.C.), a Pedra de Roseta é inscrita em três tipos de escrita: demótico, grego e hieróglifos.

• Provou-se que o grego era uma tradução da lígua egípcia antiga gravada na pedra.

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O INICIO DA ARQUEOLOGIA• O estudo lingüístico da

Pedra de Roseta, feito pelo médico inglês Thomas Young (1819) e o francês Jean-François Champollion (1822) “marcou o inicio da leitura científica dos hieróglifos e o primeiro passo em direção à formulação de um sistema de gramática da língua egípcia antiga, a base da moderna Egiptolo-gia”.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A arqueologia da Bíblia é geralmente categorizada como arqueologia pré-clássica e uma sub-divisão da arqueologia Siro-Palestina.

• Enquanto a última cobre os tempos pré-históricos durante o período medieval na Síria-Palestina, a arqueologia bíblica focaliza-se principalmente na Idade do Bronze, Idade do Ferro e nos períodos Persa, Helênico e Romano naquela terra.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A Antiga Idade do Bronze (c. 3200-2200 a.C.) foi caracterizada pela urbanização, uma mudança da vida de vila para habitação em cidade.

• Apareceram mais povoados nesta época do que em qualquer outra anterior, sendo estes povoados fortificados.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A agricultura também se tornou parte significante e importante da vida na Palestina, com grande produção de frutas e verduras.

• Uma rede de comércio internacional muito ativo estava em evidência, especialmente com o Egito.

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A dendrocronologia, método de datação biológica que se baseia nos círculos dos troncos, é usada para calcular a idade das madeiras. Anualmente, as árvores adicionam um anel de crescimento e, para determinar a idade das árvores, basta contar o número de anéis de crescimento. A densidade dos anéis depende das variações climáticas do passado. Uma seqüência de anéis pode ser construída por meio da sobreposição de amostras tiradas de árvores de diferentes idades.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• Era o tempo da construção do primeiro grande império no antigo Oriente Próximo, com o estabelecimento de grandes estados na Mesopotâmia e Egito.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A Média Idade do Bronze (c. 2200 – 1550 a.C.) começou com um período de declínio.

• A Palestina era povoada principalmente por pastores de ovelhas e moradores das vilas.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA• Por volta de 2200 a.C.,

contudo, ocorreu um reavivamento, resultando no “estabelecimento da cultura cananéia, que prosperou durante a maior parte do segundo milênio AEC (Antes da Era Cristã),e então gradualmente se desintegrou durante os últimos três séculos daquele milênio.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A segunda metade do MB II (Média Idade do Bronze II) foi um dos mais prósperos períodos na história desta cultura, talvez até seu zênite (ponto máximo)”.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA• Realmente, este período foi

destacado por uma revolução em quase todos os aspectos dos vestígios materiais, incluindo arquitetura, cerâmica e formas de povoamento.

• Muitos estudiosos datam os patriarcas da Bíblia e o início da permanência hebraica temporária no Egito na última etapa da Média Idade do Bronze.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A Recente Idade do Bronze (c. 1550 – 1200 a.C.) continuou em grande parte na mesma tradição materialista, apesar de que a alta cultura do Bronze Médio começa a se desgastar e evaporar.

• Houve um declínio geral na urbanização.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• Exemplo desse declínio é o fato de que a maioria dos povoados não tinha nem mesmo muros .

• Muitos pesquisadores fixam a época do êxodo hebraico e a conquista da terra de Canaã no meio ou final da Recente Idade do Bronze.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA• Nas investigações

arqueológicas da Palestina predominam os objetos remanescentes da presença dos hebreus naquele local durante a Idade do Ferro (c. 1200 – 586 a.C.).

• Incluem-se entre eles alguns materiais do período dos juízes, da monarquia unida e dos dois reinos de Israel e Judá.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• A Idade do Ferro teve seu fim com a destruição do reino do sul e sua capital, Jerusalém, em 586 a.C. por Nabucodonosor.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• Os três próximos períodos (Persa, Helênico e Romano) dizem respeito à Palestina sob o domínio de poderes estrangeiros.

• Assim sendo, os resíduos arqueológicos destes períodos refletem a grande influência estrangeira.

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A ARQUEOLOGIA E A BÍBLIA

• Inclusos nesta era estão os períodos intertestamentá-rio e do Novo Testamento, com os quais a Bíblia e, conseqüentemente, a ar-queologia bíblica alcan-çam seu terminus ad quem.


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