CONTROLE BIOLÓGICO
* Definição para controle biológico
“controle patógenos através ação microrganismos”
* Contexto controle biológico:
Doença:
- Hospedeiro / Patógeno /Ambiente / Não Patógeno
* Forma de ação do Não Patógeno
- no sítio infecção - sobre o patógeno (Hiperparasitismo)
- no hospedeiro - aumento resistência (Imunização)
- no solo/hospedeiro - sobre patógeno (Antagonismo)
CONTROLE BIOLÓGICO
Mal das folhas da seringueira
Hiperparasitismo
Dicyma pulvinata/Microcyclus uley
Mosaico da abobrinha
Imunização
Virus do mosaico
Galha das rosáceas
Antagonismo
Agrobacterium tumefasciens
CONTROLE BIOLÓGICO
Controle do agente causal de galhas
Agrobacterium. tumefasciens
• A. tumefasciens: causa hiperplasia e hipertrofia de
células que resulta em tumor denominado galha
• Mecanismo da tumorogênese:
Transferência de um plasmídeo indutor de tumor (Ti)
para as células da planta hospedeira
• Hospedeiros:
•140 gêneros e mais de 60 famílias botânicas
- rosáceas são principais hospedeiros
CONTROLE BIOLÓGICO
• Primeiro relato: feito em 1973
• Mecanismo: antagonismo por bacteriocina denominada Agrocina 84
• Antagonismo: exercido pela inibição do crescimento de A. tumefaciens
•Atuação na rizosfera:
• aumento da população antagônica
• redução da população patogênica
•Aplicação do produto: no solo, proximidades do colo da planta a ser tratada
• Bactéria antagônica: veiculada em substrato inerte em produtos comerciais
Agente de controle: Agrobacterium radiobacter
CONTROLE BIOLÓGICO
Ação da bacteriocina Agrocina 84 sobre o patógeno:
- inibição na síntese ou degradação do ácido nucléico
- alteração na permeabilidade da membrana citoplasmática
- interferência na síntese protéica
- bloqueio na síntese de parede celular
CONTROLE BIOLÓGICO
Premunização da planta
. Mosaico da abobrinha
. Agente: vírus do mosaico
1- pl doente; 2-pl sadia; 3/4 pl prémunizadas
Vetor: várias espécies de afídeos
CONTROLE BIOLÓGICO
Controle da doença X Produção e qualidade de frutos
W1 e W2 pl premunizadas; Wc pl doentes; pl sadias
CONTROLE BIOLÓGICO
Premunização em escala comercial
. Premunização de mudas pela inoculação da estirpe fraca do vírus
. Inóculo: extrato de plantas portadoras da estirpe fraca
CONTROLE BIOLÓGICO
. Premunização massal de mudas
Mosaico comum do tomateiro
.
CONTROLE BIOLÓGICO
Premunização de mudas de citros
. Doença: Tristeza dos citros
. Agente: vírus da tristeza
. Premunização: gema retirada de
árvore premunizada com estirpe fraca
Planta premunizada e não premunizada
Vetor: várias espécies de afídeos
CONTROLE BIOLÓGICO
Fruto de árvores com e sem
premunização
Laranja Pêra:
Início: 1968
1977 = 7 milhões árvores
1980 = 8 milhões
1987 = 50 milhões
1992 = 80 milhões
*Estimativa atual: 250 milhões/
80% árvores premunizadas
Aplicação da premunização
Planta não premunizada / planta prémunizada
CONTROLE BIOLÓGICO
Tratamento de sementes com antagônicos ao patógeno
Semente atua como veículo de agentes fitopatogênicos:
- Redução na germinação
- Redução no vigor
- Morte de sementes e plântulas
- Redução do número de plantas por área
Produtos comerciais: denominados fungicidas biológicos
CONTROLE BIOLÓGICO
Benefícios do tratamento de sementes
- Eliminação de patógenos que causam podridão de sementes
- Controle de patógenos que sobrevivem no solo
- Proteção das partes subterrâneas da plântula
Microrganismo antagônico mais utilizado:
- Espécies do gênero Trichoderma
- Espécie mais comum: T. harzianum
- Formulações pó molhável e líquida
CONTROLE BIOLÓGICO
Características do fungo Trichoderma:
- Habitante natural do solo
- Crescimento rápido
- Produz enzimas degradadoras de parede celular
- Capacidade de se estabelecer no local onde é depositado
- Coloniza raízes e acompanha o crescimento radicular
- Atua por hiperparasitismo e competição
- Se mantém ativo durante o ciclo da cultura
- É dominante na rizosfera de alguns solos
- Apresenta tolerância a estresses abióticos
Microrganismo antagônico: espécies do gênero Trichoderma
CONTROLE BIOLÓGICO
CONTROLE BIOLÓGICO
Indicações
Culturas:
Soja
Algodoeiro
Feijoeiro
Doenças:
Tombamento
Podridão radicular
Mofo branco
Fonte C.Godoy
CONTROLE GENÉTICO
Incidência: frequência de plantas doentes [medida qualitativa]
Severidade: porcentagem de área coberta por sintomas [medida quantitativa]
Patogenicidade: capacidade do organismo causar doença [termo qualitativo]
Agressividade/virulência: capacidade do patógeno causar mais ou
menos doença [termos quantitativos]
Imunidade: implica em ausência doença [termo qualitativo]
Indica uma relação de incompatibilidade entre hospedeiro e patógeno
Resistência/suscetibilidade: referente a maior/menor severidade de doença
[termo quantitativo]
CONTROLE GENÉTICO
TERMINOLOGIA
Obtenção de material vegetal resistente à doença
- Programa de melhoramento genético
- Identificação material vegetal sirva fonte resistência
- Transferência genes resistência (cruzamentos/transgenia)
- Incorporação genes em material agronomica/e desejável
- Seleção material resistente aliado boas características agronômicas
CONTROLE GENÉTICO
Fontes de genes de resistência
- Fonte de resistência dentro da espécie cultivada
. maior facilidade na incorporação genes R
- Fonte dentro do gênero da espécie cultivada
. maior dificuldade na incorporação genes R
Exemplos:
Resistência à requeima - Solanum tuberosum X Solanum demissum
Resistência à brusone - Oryza sativa X Oryza glaberrima
CONTROLE GENÉTICO
Onde buscar fonte de resistência ??
- Material comercial disponível
- Material depositado em Bancos de Germoplasma
. CIMMYT - milho e trigo - Situado no México
. CIAT - mandioca e feijão - Colômbia
. IITA -batata doce, mandioca, caupi, inhame - Nigéria
. IRRI - Arroz - Filipinas
. CENARGEN - várias culturas – Brasília
CONTROLE GENÉTICO
Variabilidade genética em material vegetal
Centro de origem da espécie: local geográfico onde a espécie é nativa
Centro de diversidade da espécie: local onde ocorreu a domesticação
Centro diversidade genética do patossistema: local co-evolução H / P
Exemplo: Batata –requeima
Peru
Centro de origem e diversidade da espécie Solanum tuberosum
México
Centro de diversidade do patossistema batata - Phytophthora infestans
* Material de batata do centro origem da espécie é altamente suscetível
* Material do centro de diversidade do patossistema possui resistência
CONTROLE GENÉTICO
Estratégias de controle genético
* Variedades portadoras de distintos genes R individualmente
- alternância de plantio usando-se diferentes variedades
* Piramidamento de genes R
- plantio de uma única variedade contendo vários genes
CONTROLE GENÉTICO
Podridão negra das crucíferas
Variedade resistente e suscetível
Ferrugem da soja:
variedade parcial/e resistente e
variedade suscetível Foto EMBRAPA CERRADOS
CONTROLE GENÉTICO
Mosaico dourado do feijoeiro
Seleção de material resistente
CONTROLE GENÉTICO
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Doenças Regiões produtoras
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R1 R2 R3 R4 R5
Murcha de Fusarium 4 5 3 1 2
Nematóides 4 5 4 2 2
Mancha-angular 4 3 3 4 3
Ramulose 3 3 4 5 4
Mancha Alternaria 4 3 4 5 4
Mosaico das nervuras 3 3 4 5 5
Mancha Angular 2 3 4 4 4
Mancha Stemphylium 1 1 2 3 3
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Importância potencial de doenças em regiões produtoras de algodão
CONTROLE GENÉTICO
Base para recomendação de variedades
Reação de resistência/suscetibilidade de cultivares de algodoeiro a doenças
RRRRRRRCultivar M
MMRRRMRCultivar L
-M--MRRCultivar K
RSSMSMMCultivar J
RMSSSSMCultivar I
RSSSMSSCultivar H
RRMMSSMCultivar G
RSMMSSMCultivar F
RRRRMMMCultivar E
RRMMSSMCultivar D
RMRSSSMCultivar C
MSMMSSMCultivar B
RRRRMMMCultivar A
STEMANMNMALRMNEMFCultivar
DOENÇAS: MF: Murcha Fusarium/ NE: Nematóides/ RM: Ramulose/ MAL:Mancha Alternaria/ MN: Mosaico nervuras/
MAN: Mancha Angular/ STE: Stemphylium. REAÇÃO: R= Resistente; M= Moderada; S= Suscetível
CONTROLE GENÉTICO
Uso de variedade resistente é a medida mais eficiente e
apropriada para controle de doenças de plantas
CONTROLE GENÉTICO
Fonte: CTC-Piracicaba