é ciência
Teste inovador da Roche Diagnóstica auxilia no acompanhamento e manejo de pacientes com pré-eclâmpsia
FaZEnDO a DiFEREnÇa
Pré-eclâmpsia e a aplicabilidade dos fatores angiogênicos
Atenção total para
uma gestação tranquilaPa
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ição
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Ano 17 | Número 02 | Abril/Maio 2015
A pré-eclâmpsia está presente em
2% a 8% de todos os casos de gravidez.
Fonte: Relatório de 2015 da Organização Mundial da Saúde (OMS)
Elecsys® PlGF – Registro na AnvisA nº 10287410815Elecsys® sFlt-1 – Registro na AnvisA nº 10287410811
PlG
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Normal
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FAzendOA diFeRençA é ciênciA
Pré-eclâmpsia: aplicabilidade dos fatores angiogênicos
Teste auxilia médicos no manejo de pacientes com pré-eclâmpsia
/// índice
1604 14
zelo em um momento todo especialBoa parte das mulheres considera o momento da gravi-
dez como uma das mais marcantes fases da vida. e com
razão. em meio a todas as sensações e emoções presen-
tes na gravidez, os aspectos de saúde ganham um signi-
ficado ainda maior. Por isso, os cuidados com eventuais
problemas hipertensivos devem acontecer desde o início,
inclusive com a pré-eclâmpsia.
Presente em 2% a 8% de todos os casos de gravidez,
segundo relatório de 2015 da Organização Mundial da
Saúde (OMS), a pré-eclâmpsia se caracteriza quando a
grávida, além da pressão alta (acima de 140/90 mmhg),
tem grande eliminação de proteínas na urina (proteinúria).
Por não haver clareza sobre as causas da pré-eclâmpsia,
nem mesmo sobre sua definição, o diagnóstico da doença
geralmente depende muito da interpretação do médico,
que precisa de uma série de exames e recursos para
acompanhar a paciente de perto durante toda a gesta-
ção. Justamente com o objetivo de oferecer um produto
de grande valia clínica a médicos e pacientes, a Roche
diagnóstica lançou, em 2010, o Elecsys® Pré-eclâmpsia
sFlt-1/PlGF. O teste avalia dois parâmetros associados à
incidência do distúrbio hipertensivo: o fator de crescimento
placentário (PlGF) e a soluble fms-like tyrosine kinase-1.
em mulheres com pré-eclâmpsia, os níveis circulantes des-
sas duas proteínas encontram-se alterados. confira mais
sobre o teste e como o Grupo Fleury vem utilizando os
testes em sua rotina de atendimento na editoria Fazendo
a Diferença.
/// editorial
10
3Roche News | Abril/Maio 2015
4
/// Fazendoa diferença
5
/// Fazendoa diferença
Teste inovador da Roche Diagnóstica auxilia médicos no manejo de pacientes com pré-eclâmpsia
Por Renato Santana de Jesus
Os distúrbios hipertensivos são uma das
maiores causas de morte na gravidez e
representam um problema global de saú-
de, podendo levar tanto mãe quanto filho
a complicações fatais. No Brasil, de acordo
com o Ministério da Saúde, a principal
causa de morte materna é a pré-eclâmpsia,
justamente um distúrbio hipertensivo.
Presente em 2% a 8% de todos os casos
de gravidez, segundo relatório de 2015
da Organização Mundial da Saúde
(OMS), a pré-eclâmpsia se caracteriza
quando a grávida, além da pressão alta
(acima de 140/90 mmHg), tem grande
eliminação de proteínas na urina (pro-
teinúria). Na maioria dos casos, a ges-
tante também apresenta inchaços nos
pés (edemas).
Esse quadro geralmente se desenvolve a
partir da 20ª semana, mas pode aparecer
em fases mais avançadas. Na primeira
gravidez, por exemplo, a pré-eclâmpsia
costuma se desenvolver já nos últimos
meses, em torno da 34ª ou 35ª semana.
Uma nova gestação
De acordo com o médico sênior de medi-
cina fetal do Fleury Medicina e Saúde,
Dr. Mário Burlacchini, as causas da
pré-eclâmpsia são multifatoriais e ainda
não existem dados cientificamente con-
sistentes para explicar sua ocorrência.
“São fenômenos que devem acontecer
no momento em que a mulher engravida,
desde quando o espermatozoide é reco-
nhecido pelo óvulo - é um novo organis-
mo no corpo da mulher, e ela deve pro-
mover respostas imunológicas para acei-
tar esse antígeno estranho”, diz o médico.
Caso a mulher apresente boas reações
imunológicas, a gravidez acontecerá de
maneira satisfatória, sem grandes proble-
mas com fatores relacionados. Contudo,
se o corpo não responder de maneira
adequada, é possível que surjam inter-
corrências como a pré-eclâmpsia e até
outros problemas mais graves.
Há, porém, outra teoria. Quando a pla-
centa é formada, ela promove invasões
nas artérias da mulher, ocasionando o
6
/// Fazendoa diferença
relaxamento dessas vias, o que por sua
vez baixa a pressão. “Por isso é muito
mais comum uma grávida sentir hipoten-
são do que ter pressão alta. O normal é
justamente os vasos serem invadidos, se
dilatarem e assim passar mais sangue
para o feto. Esse é o fenômeno fisiológico
normal”, conta o obstetra do Fleury.
No entanto, pode ser que essas invasões
– chamadas de ondas de invasões tro-
foblásticas – não se realizem, levando a
gestante a desenvolver pressão alta
específica da gravidez.
Uma vez que essas duas justificativas
são apenas teorias – o que dificulta ain-
da mais o diagnóstico da doença –, é
fundamental que o pré-natal busque
fatores de riscos costumeiramente
associados à pré-eclâmpsia. Entre eles
estão: mulheres negras e mulheres em
primeira gravidez, idade avançada, his-
tórico de pré-eclâmpsia em outras ges-
tações, hipertensão crônica, gestações
gemelares e sobrepeso.
Em relação à obesidade, tanto a mulher
que já engravida com sobrepeso quanto
a que ganha muito peso durante a gravi-
dez (acima de 12 quilos) tem mais chan-
ces de ter hipertensão. Além disso,
mulheres que já engravidaram sem pro-
blemas, mas que agora têm uma nova
gravidez com um parceiro diferente tam-
bém aumentam os fatores de risco.
“É aquela questão imunológica. Como é a
primeira vez que ela está engravidando
daquele parceiro, não sabemos ainda se
sua reação imunológica será boa ou
ruim”, esclarece Burlacchini.
Diagnóstico melhoradoPor não haver clareza sobre as causas da
pré-eclâmpsia, nem mesmo sobre sua
definição, o diagnóstico da doença geral-
mente depende muito da interpretação
do médico, que precisa acompanhar a
paciente de perto durante toda a gesta-
ção. “Se ela tem pressão alta, o pré-natal
será todo diferente. Ela fará mais consul-
tas e mais exames, como o ultrassom –
• Primeira gravidez
• Mulheres negras
• Quadro de pré-eclâmpsia prévia
• Histórico de pré-eclâmpsia
na família
• Hipertensão crônica
• Idade avançada
(acima de 40 anos)
• Obesidade
• Gestação gemelar
• Ganho de muito peso
na gravidez
• Alterações sanguíneas
• Tabagismo
• Diabetes
• Doença renal
• Fertilização in vitro
• Doença trofoblástica gestacional
Fatores de risco para pré-eclâmpsia
7Roche News | Abril/Maio 2015
/// Fazendoa diferença
De acordo com o Dr. Mário
Burlacchini, gestantes com hipertensão
necessitam de um acompanhamento
mais detalhado e frequente para
evitar ao máximo a piora súbita
de seu quadro clínico
para controlar o ganho de peso do feto e
o volume de líquido – e o teste de vitalida-
de – o doppler, que estuda o aporte de
sangue no cordão umbilical, no cérebro
do feto e nas artérias uterinas da mãe.
Em casos mais graves, isso é feito até
mesmo diariamente”, relata Burlacchini.
Além disso, é realizada uma série de exa-
mes de sangue que vai desde o hemo-
grama até testes mais específicos para
pré-natal, como ureia, creatina, ácido úri-
co, transaminases e bilirrubinas. Essa
variedade de exames que precisa ser
acompanhada, além do quadro clínico
usualmente instável da mãe, dificulta bas-
tante o manejo da paciente. Vale destacar
que a única maneira de realmente acabar
com a pré-eclâmpsia é realizando o par-
to. Portanto, saber exatamente o quão
avançada está a doença e seus reais efei-
tos sobre a mãe e o feto é primordial para
dar segurança ao médico na hora de
decidir quando realizar o parto.
Justamente com o objetivo de oferecer
um produto de grande valia clínica a
médicos e pacientes, a Roche
Diagnóstica lançou, em 2010, o Elecsys®
Pré-eclâmpsia sFIt-1/PlGF. O teste avalia
dois parâmetros associados à incidência
do distúrbio hipertensivo: o fator de cres-
cimento placentário (PlGF) e a soluble
fms-like tyrosine kinase-1 (sFIt-1).
Ao passo que o primeiro é responsável
pelo funcionamento placentário normal, o
segundo está associado à terminação da
gravidez, nas últimas semanas de gesta-
ção. Em mulheres com pré-eclâmpsia, os
níveis circulantes dessas duas proteínas
encontram-se alterados.
Como a hipertensão na gravidez é bas-
tante instável, o quadro da mulher pode
mudar rapidamente. Com o Elecsys®
Pré-eclâmpsia – teste que mede os dois
cobas® e 411 – Registro na AnvIsA nº 10287410608Elecsys® PlGF – Registro na AnvIsA nº 10287410815Elecsys® sFlt-1 – Registro na AnvIsA nº 10287410811
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/// Fazendoa diferença
parâmetros simultaneamente –, o médico
consegue ter um valor objetivo e normaliza-
do para definir, por exemplo, se está na
hora de realizar o parto.
Antes de ser oferecido comercialmente
no Fleury, o teste passou por um longo
processo de validação e acompanhamen-
to interno para adaptá-lo à rotina do
laboratório. Quem explica como funciona
tudo isso é a assessora técnica de cro-
matografia e imunoensaios do Grupo
Fleury, Teresinha Tamie Tachibana: “Após
análise da bula do kit e de posse do kit a
ser validado, as amostras em vários níveis
de concentração são obtidas e seguem um
protocolo de validação pré-estabelecido e
documentado. Todos os dados são então
avaliados em um programa informatizado
e os resultados obtidos são apresentados
aos assessores médicos, para aprovação
ou rejeição do kit. O processo demora em
média três meses. No caso dos kits para
pré-eclâmpsia, o tempo foi maior, em fun-
ção da aquisição de amostras para vali-
dação e da complexidade para análise
dos dados”.
A gerente de Produtos de Saúde
da Mulher e Oncologia da Roche
Diagnóstica, Viviane Dias, comenta que o
Elecsys® Pré-eclâmpsia foi concebido para
auxiliar a paciente em um dos momentos
mais delicados de sua vida: a gravidez.
Ela ainda explica que, a partir de uma única
amostra de sangue – o que não é invasivo e
não gera riscos nem à mãe, nem ao feto –,
Além da pré-eclâmpsia, existem outras formas de hiper-
tensão na gravidez que precisam ser observadas com
atenção durante o pré-natal. Uma delas é a hipertensão
gestacional, quando a mulher tem pressão alta, mas não
elimina proteína na urina. Há também a hipertensão crôni-
ca, que ocorre quando a gestante já tinha a complicação
antes mesmo de engravidar. É um caso que precisa ser
acompanhado de perto, pois a mãe pode desenvolver
pré-eclâmpsia superajuntada no decorrer da gestação.
Além disso, existe uma forma ainda mais grave de hiper-
tensão, conhecida como HELLP, em que a doença se
desenvolve para um quadro extremamente complicado,
associando-se a hemólise (destruição de hemácias no
sangue), alterações hepáticas e diminuição no número
de plaquetas (plaquetopenia). De acordo com um estu-
do multicêntrico da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp) de 2013, os distúrbios hipertensivos graves
corresponderam à principal causa de morbidade mater-
na grave ou 70% do total dos casos analisados.
“Diferenciar esses tipos de doenças hipertensivas não é fá-
cil. Em geral, se a mulher já tem pressão alta no começo do
pré-natal, ela deve ser crônica, porque isso não é esperado
da pré-eclâmpsia. Por outro lado, se a gestante está com o
pré-natal bom e depois, no segundo ou terceiro trimestre,
desenvolve pré-eclâmpsia, então essa já é uma hipertensão
mais específica da gestação”, diz Burlacchini.
Hipertensão na gravidez
Essa relação do sFIt-1 sobre o PlGf traz uma capacidade muito boa de identificar o risco de pré-eclâmpsia e o risco de complicar uma gravidez que já está com pressão alta
Dr. Mário Burlacchini, médico sênior de medicina fetal do Fleury Medicina e Saúde
9Roche News | Abril/Maio 2015
/// Fazendoa diferença
o equipamento processa as amostras em ape-
nas 18 minutos. “O resultado tanto pode dar
um diagnóstico, ou seja, dizer se a paciente
tem ou não pré-eclâmpsia, como pode ser uti-
lizado para uma avaliação do quadro clínico,
ou seja, para predizer se ela terá ou não pré
-eclâmpsia em um determinado período. São
duas aplicações diferentes, ambas a partir da
20ª semana de gravidez”, detalha Viviane.
Dessa forma, e graças a extensos estudos
para determinar os cut-offs, o teste é capaz de
indicar se a mulher está sob alto risco de
desenvolver a doença nas próximas quatro
semanas ou se não irá desenvolvê-la na sema-
na seguinte. “Como os sinais e sintomas da
pré-eclâmpsia são muito inespecíficos, isso
traz um alívio para o médico. Com o resultado,
ele consegue determinar, por exemplo, a
necessidade de internar ou não a paciente.
Isso é importante não apenas sob o aspecto
clínico, mas também do ponto de vista psico-
lógico para a mãe, pois a internação é uma
situação bastante estressante”, acrescenta.
Grande parte das mulheres que têm
pré-eclâmpsia, em especial nos casos mais
severos, acaba tendo partos prematuros.
Consequentemente, o risco é maior para que
esses bebês sofram as sequelas típicas da
prematuridade. Portanto, um teste como o
Elecsys® Pré-eclâmpsia facilita a efetividade
do acompanhamento clínico e melhora a
segurança da gestação tanto para a mãe
quanto para o bebê. “Existem vários testes
para ajudar o médico a decidir se a gravidez
se encontra estável ou não, mas são métodos
que até então não tinham parâmetros tão
bem determinados, não conseguiam chegar a
um valor de predição tão bom. Essa relação
do sFIt-1 sobre o PlGF traz uma capacidade
muito boa de identificar o risco de
pré-eclâmpsia e o risco de complicar uma
gravidez que já está com pressão alta.
Trata-se de um teste que realmente agrega
valor à assistência obstétrica. É uma informa-
ção a mais que o obstetra tem, mas não sim-
plesmente isso: é uma informação com preci-
são e bem testada do ponto de vista estatístico
e de literatura médica”, conclui Burlacchini.
O teste da Roche
para pré-eclâmpsia
mede o PlGF e
o sFlt-1 simultanea-
mente, colocando-se
como importante
ferramenta para o
controle do distúrbio
hipertensivo
cobas® e 411 – Registro na AnvIsA nº 10287410608
10
/// ÉCiência
A pré-eclâmpsia é uma doença que acomete cerca de 5% a 8% das gestantes1. Seu diagnós-tico é feito a partir da 20ª semana de gravidez ou nos primeiros dias após o parto e baseia-se no desenvolvimento de hipertensão arterial (PA ≥ 140 x 90 mmHg) e proteinúria (≥ 300 mg/24h)2. A maioria dos diagnósticos é feita no terceiro trimestre de gravidez, sendo que a gravidade da doença é maior quanto mais pre-coce se dá sua manifestação clínica.
Apesar de apenas hipertensão arterial, que pode variar de formas leves até quadros de emergência hipertensiva de difícil controle, e proteinúria fazerem parte dos critérios diag-nósticos da pré-eclâmpsia, esta é uma doença sistêmica caracterizada por intensa resposta inflamatória, lesão endotelial, agregação pla-quetária, ativação do sistema de coagulação e aumento da resistência vascular generali-zada3,4. Sendo assim, todos os órgãos podem sofrer com as repercussões da pré-eclâmpsia.
O impacto da pré-eclâmpsia sobre a gesta-ção é visto como uma preocupação mun-dial, pois a doença representa importante
Pré-eclâmpsia: aplicabilidade dos fatores angiogênicos
Prof. Dr. Leandro Gustavo de Oliveira
Prof. do Depto. de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp
causa de morbimortalidade materna e peri-natal em todo o mundo5. Ainda que esses números possam certamente ser subesti-mados, calcula-se que cerca de 76 mil mor-tes maternas e 500 mil mortes perinatais são relacionadas à pré-eclâmpsia todos os anos6. A partir de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), é possível afirmar que no Brasil cerca de três gestantes morrem por dia vítimas das complicações causadas pela pré-eclâmpsia7.
FisiopatologiaApesar de sua elevada importância, a pré--eclâmpsia ainda não possui causa bem esta-belecida. Sabe-se, entretanto, que a placenta é peça fundamental para sua ocorrência, não havendo necessidade nem mesmo do desenvol-vimento fetal (casos de mola completa podem ser acompanhados de pré-eclâmpsia grave e de instalação precoce).
Dentro de sua etiopatogenia, o desenvolvi-mento da pré-eclâmpsia pode ser dividido em duas fases. A primeira começa a acontecer já
11Roche News | Abril/Maio 2015
/// éCiência
no primeiro trimestre da gestação, quando o citotrofoblasto extraviloso (TEV) não desem-penha normalmente suas funções e não invade adequadamente a parede uterina8. No fenô-meno da invasão trofoblástica normal, os citotrofoblastos extravilosos atingem as arte-ríolas espiraladas miometriais e promovem um desarranjo da camada muscular desses vasos9,10. Assumindo ainda características de células endoteliais, os trofoblastos substituem a camada endotelial das arteríolas espiraladas. Quando todo esse processo se dá de forma e em momento adequados, ocorre o relaxamento e maior complacência das artérias uterinas, que passam a permitir adequado suprimento san-guíneo uteroplacentário10.
Alterações placentárias edisfunção endotelial generalizadaOs primeiros relatos do professor James Roberts (Universidade de Pittsburgh) nas décadas de 1980 e 1990 ressaltaram as disfunções endote-liais como bases das alterações relacionadas à pré-eclâmpsia11. Características como elevada permeabilidade endotelial, presença sérica de fatores relacionados à sua injúria, como fibro-nectina, fator VIII e trombomodulina, além da elevada reatividade vascular na pré-eclâmp-sia, corroboram suas hipóteses. As alterações circulatórias uteroplacentárias que marcam a fisiopatologia da pré-eclâmpsia determinam exacerbação do processo apoptótico no tro-foblasto viloso, com formação e liberação de micropartículas sinciciais que caem na cir-culação sistêmica materna11, 12. Essas micro-partículas são capazes de lesar diretamente o endotélio, promover ativação de neutrófilos e inflamação. Cockellet al. demonstraram a agressão endotelial em modelo experimental colocando as micropartículas sinciais em con-tato com vasos do omento materno13.
Os principais fatores angiogênicos que desem-penham papéis fundamentais na manutenção da homeostase endotelial são VEGF (do inglês vasculo-endothelial growth factor), PlGF (do inglês placental growth factor) e TGF-β114,15. O VEGF participa da manutenção endotelial de órgãos como rim, fígado e cérebro, sinali-zando por meio de dois receptores, FlK e Flt-1. Este último também tem como ligante o PlGF16. Esses fatores são também importantes para o próprio desenvolvimento placentário.
Em resposta às alterações vasculares uteropla-centárias que marcam a fisiopatologia da pré--eclâmpsia, a placenta passa a produzir grande quantidade de fatores antiangiogênicos como o sFlt-1 (do inglês soluble fms-like tyrosin) e a sEndoglin (do inglês soluble endoglin). Dessa forma, o sFlt-1 se liga aos VEGF e PlGF cir-culantes e impede que estes se liguem aos seus receptores comuns e desempenhem suas funções na manutenção da homeostase endo-telial sistêmica16. Maynard et al. demonstra-ram que a injeção de sFlt-1 em camundongos prenhes determina hipertensão arterial e pro-teinúria nesses animais, simulando a expres-são clínica da pré-eclâmpsia17. Outros traba-lhos mostram que o VEGF é responsável pela manutenção das fenestras do endotélio glo-merular e que a presença do sFlt-1 impede o efeito do VEGF e leva à endoteliose e protei-núria18. A sEndoglin (soluble-Endoglin) age de forma semelhante ao sFlt-1 impedindo a ação do TGF-β1.
Trabalhos conduzidos pelo grupo do profes-sor Annanth Karumanchi (Universidade de Harvard) demonstraram a presença de ele-vadas concentrações de fatores antiangiogê-nicos na circulação de pacientes com pré--eclâmpsia. Esses autores demonstraram que elevações nos níveis séricos de sFlt-1 podem
12
/// ÉCiência
Figura 1. Fatores angiogênicos (PlGF) e antiangiogênicos (sFlt-1) em gestantes com pré-eclâmpsia grave
ser identificadas cerca de cinco semanas antes das manifestações clínicas da pré-eclâmpsia18. Associados à elevação dos níveis de sFlt-1, os autores demonstraram ainda a redução dos níveis de VEGF e PlGF livres na circulação materna. Romero et al. demonstraram também em outra população que as elevações plasmáticas de sFlt-1 e s-Endoglin associadas à redução de PlGF precedem as manifestações clínicas da pré-eclâmpsia19.
Recentemente, em resultados preliminares, nós avaliamos as concentrações séricas de sFlt-1 e PlGF em pacientes com pré-eclâmpsia de ins-talação precoce (< 34 semanas) (Figura 1). As concentrações médias de sFlt-1 em pacien-tes com pré-eclâmpsia grave e leve foram res-pectivamente 12,324 pg/mL e 9,505 pg/mL.
No grupo-controle, a concentração média de sFlt-1 foi 2,201 pg/mL (P<0.0001 e P=0.003, respectivamente). Ao contrário, a concentração média de PlGF em pacientes com pré-eclâmp-sia grave (152,2 pg/mL) foi significativamente menor do que no grupo-controle (447 pg/mL) (P=0.02). Quando avaliamos a relação sFlt-1/PlGF, também encontramos valores significa-tivamente maiores nos grupos de pacientes com pré--eclâmpsia grave (175,8pg/mL) e leve (134,1pg/mL) do que no grupo-controle (9.7pg/mL) (P=0.0005 e P=0.003, respectivamente).
Fatores angiogênicos (PlGF) e antiangiogênicos (sFlt-1) como fator prognóstico de pré-eclâmpsia
PlG
F pg
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-1/P
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Normaln=8 n=10
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n=8 n=10
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0
Normal
n=8 n=10
P=0.02
PE grave0
100
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0
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200
250
13Roche News | Abril/Maio 2015
/// éCiência
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20. Oliveira LG, Peraçoli JC, Peraçoli MT, Korkes H, Zampieri G, Moron AF, Sass N. sFlt-1/PlGF ratio as a prognostic marker of adverse out-comes in women with early-onset preeclampsia. Pregnancy hyper-tension: An International Journal of Women’s Cardiovascular Health Volume 3, Issue 3, July 2013.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Segundo trabalhos recentes, a relação sFlt-1/PlGF seria diretamente proporcional a des-fechos desfavoráveis em pacientes porta-doras de pré-eclâmpsia de início precoce. De acordo com nossos trabalhos iniciais, gestantes com relação sFlt-1/PlGF alte-rada apresentaram maior risco de restrição de crescimento, prematuridade e necessi-dade de antecipação do parto com conse-quente aumento das taxas de parto cesáreo20. A razão do fator antiangiogênico sobre o fator angiogênico apresentou valor de 260
(127.7-404.7) em gestantes que tiveram a gestação interrompida em até sete dias, enquanto outro grupo que possuía mediana de 14.4 (3.35-34.97) prosseguiu a gestação por mais de duas semanas.
De acordo com os novos conceitos relaciona-dos à aplicação do balanço entre fatores angio-gênicos e antiangiogênicos na pré-eclâmpsia, torna-se possível a utilização desses fatores tanto para o rastreamento quanto diagnóstico e manejo dessa doença.
14
/// EMFoco
Grupo Hermes Pardini utiliza metodologia da Roche Diagnóstica
Um dos maiores grupos de medicina
diagnóstica preventiva do Brasil, com
presença em Minas Gerais, Goiás,
Rio de Janeiro e São Paulo, o Grupo
Hermes Pardini possui 106 unidades
próprias. Em 2014, realizou mais de
quatro milhões de testes para a detec-
ção de doenças infecciosas, incluindo
os parâmetros de imunologia e biolo-
gia molecular da Roche para testagem
das hepatites virais e HIV.
“O Grupo Hermes Pardini utiliza todo o
portifólio de teste para doenças infec-
ciosas da Roche, ou seja, faz desde o
diagnóstico até o monitoramento do
paciente”, ressalta a gerente de Produtos
de Imunologia e Banco de Sangue da
Roche, Andrea Bredariol.
Andrea explica que os produtos da
Roche para a área de doenças infeccio-
sas são de última geração e têm grande
valor médico, justamente por cobrir todas
as etapas em que o paciente precisará
do teste. “Nossos testes de virologia da
linha de biologia molecular, por exem-
plo, são bastante utilizados em estudos
clínicos de medicamentos para monito-
ramento dos pacientes”, diz.
Já a gerente corporativa de produção
do Grupo Hermes Pardini, Junia Perez,
destaca a confiança que a metodologia
Roche oferece. “Para HIV, por exemplo,
temos uma tranquilidade grande. Nunca
tivemos um caso de falso negativo. Além
disso, a grande vantagem da Roche é o
nível de atendimento. Mesmo quando
temos algum problema, conseguimos um
retorno ou investigação junto à empresa”,
explica a médica patologista clínica.
Grupo Hermes Pardini e doenças infecciosas
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15Roche News | Abril/Maio 2015
/// EMFoco
Equipe do laboratório de antigoagulação do Hospital de Base
Nos dias 15 e 16 de abril aconte-
ceu, na sede da Roche Diagnóstica,
em São Paulo, o 1º Workshop Roche
2015 sobre NAP e qPCR, destinado
a pesquisadores e profissionais da
área de Life Science que utilizam
essas duas tecnologias.
O objetivo do evento foi realizar uma
apresentação científica sobre a tec-
nologia da Roche para extração e
purificação de ácidos nucleicos (NAP
– nucleic acid purification) e também
sobre a área de PCR em tempo real
(qPCR - quantitative polimerase chain
reaction). Ambas são tecnologias
que possuem diversas aplicações
na área de ciências da vida, podendo
ser utilizadas tanto por laboratórios
de pesquisa quanto por laboratórios
que trabalham com testes in house.
As palestras foram realizadas pelos
consultores de Produto da Roche
para a área de Life Science, Marli
Foglietto e Felipe Braga. De acordo
com a gerente de Produtos de Life
Science da Roche, Ingrid Furlan, a
empresa vem demonstrando cada
vez mais foco na área, tanto por meio
do desenvolvimento de novas tecno-
logias quanto por parcerias e aquisi-
ções de empresas nesse segmento.
“O workshop é uma excelente opor-
tunidade de estarmos próximos aos
clientes, trocar experiências e tra-
zer informações científicas relevan-
tes com aplicação em seu dia a dia”,
comenta Ingrid.
Tecnologias de Life Science são apresentadas em workshop
O CoaguChek® já beneficiou mais
de 500 mil usuários no mundo todo
em função de sua praticidade e pre-
cisão no monitoramento do INR. O
equipamento pode ser encontrado
em mais de 10 hospitais. Um deles
é o Hospital de Base (HB) de São
José do Rio Preto (SP), administrado
pela Fundação Faculdade Regional
de Medicina (Funfarme), que obser-
vou ganhos quantitativos e qualitati-
vos desde que adotou a ferramenta.
No final de 2014, a Funfarme realizou
uma pesquisa de satisfação que apon-
tou melhorias significativas na quali-
dade do atendimento e na eficiência
dos testes. “O atendimento ficou mais
humanizado, temos mais contato com o
paciente e ganhamos muito na rapidez
dos resultados”, explica a enfermeira
do Setor de INR, Giselia Marcelino
de Souza Silva. O CoaguChek® é um
Ambulatório do Hospital de Base se beneficia com utilização do CoaguChek®
sistema de monitorização da coagula-
ção do sangue desenhado especifica-
mente para responder às necessidades
de médicos e pacientes. Para estes,
o produto permite rapidez, fazendo
com que se sintam mais respeitados
e bem atendidos. “Já para o Complexo
Funfarme, agiliza o fluxo do ambulató-
rio e permite a realização de um tra-
balho mais efetivo com cada paciente,
aumentando sua adesão ao tratamento
e diminuindo as complicações”, explica
a executiva de contas Point of Care da
Roche, Regina Cicillini.
De acordo com ela, a parceria com
a Funfarme tem sido extremamente
satisfatória, com grande envolvimento
dos colaboradores, “que não poupam
esforços para fazer do ambulatório do
HB um dos melhores. Foram diferentes
tentativas e muitas ideias e opiniões até
chegarmos ao modelo ideal”.
HIV® – Registro na ANVISA nº 10287410495CoaguChek® – Registro na ANVISA nº 10287410562
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ção
16
/// canalRoche
A Escola de Pato logia Oncológica
Avançada Humberto Torloni (EPOAHT)
é um programa do A. C. Camargo Cancer
Center lançado em 2014, com o obje-
tivo de resgatar a tradição de educação
continuada na área da patologia. “É um
novo conceito de abrangência integral
aos aspectos de educação continuada.
As atividades estão centradas em even-
tos científicos de altíssimo nível, verticais
e que permitirão aos patologistas uma
imersão profunda no tema”, explica o dire-
tor da Escola, Fernando Augusto Soares.
Sem se restringir aos eventos, a EPOAHT
também busca atingir todos os aspectos
educacionais e ainda prevê treinamen-
tos a distância, reunião para residentes,
seminários de lâminas e preceptorships.
Atualmente, a iniciativa conta com o apoio
da Roche, que patrocina todas as atividades
da Escola – o primeiro evento realizado a
partir da parceria entre Roche e EPOAHT
foi a Jornada Patológica com foco em uro-
patologia, realizada de 5 a 7 de março. Já
em maio, de 27 a 30, ocorre a edição com
foco em hematopatologia.
De acordo com a gerente de Produtos de
Tissue Diagnostic da empresa, Claudia
Kawakami, trata-se de uma rica parceria.
“Mais do que um centro de referên-
cia, o A. C. Camargo Cancer Center é
líder”, destaca. “Esse apoio se estende
na divulgação dos objetivos da Escola e
permite levar conhecimento e informa-
ção aos canais de capilaridade de uma
forma que somente uma empresa como
a Roche é capaz. Nossos parceiros per-
mitem que sonhemos em cumprir com
sucesso nossa missão”, conclui Soares.
Roche patrocina programa do A. C. Camargo Cancer Center
A.C
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ivulg
ação
Escola de Patologia Oncológica Avançada Humberto Torloni realiza treinamentos e seminários
Roche News | Abril/Maio 2015 17
/// canalRoche
Em abril de 2014, a FDA aprovou a uti-
lização do teste de HPV da Roche para
ser utilizado no rastreio primário do cân-
cer de colo do útero em mulheres de 25
anos ou mais. Trata-se do único teste do
mercado reconhecido pelo órgão norte-
-americano para tal finalidade, de acordo
com artigo publicado na segunda edição
do volume 136 da Gynecology Oncology,
em fevereiro de 2015.
Já no início de 2015, a Gynecologic
Oncology, uma das mais prestigiadas
revistas científicas da área publicou os
resultados finais do ATHENA, estudo
multicêntrico da Roche sobre os bene-
fícios clínicos da genotipagem do HPV
16/18 na prevenção do câncer de colo
do útero. A pesquisa foi feita com mais
de 47 mil mulheres durante um período
de três anos. “O ATHENA foi importante
porque também embasou uma mudança
no guideline americano para rastreio da
doença”, explica a gerente de Produtos
de Saúde da Mulher e Oncologia da
Roche, Viviane Dias.
Essa sequência de reconhecimentos
ao teste de HPV 16/18 ressalta a ino-
vação e o pioneirismo presentes na
Roche. “Essas duas publicações saí-
ram exatamente no mesmo número
da Gynecology Oncology. Isso mos-
tra a robustez dos dados já que foram
imediatamente utilizados no guideline.
Entendemos que isso é importante
para o nosso mercado. Embora o gui-
deline seja americano, já mostra uma
tendência”, destaca Viviane.
HPV – Registro na Anvisa nº 10287410898
Teste é aprovado para rastreio primário docâncer de colo do útero
SOG
ESP
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ivulg
ação
A Associação de Obstetrícia e Ginecologia
do Estado de São Paulo (SOGESP) pro-
moveu em 14 de março o IV Simpósio
SOGESP de HPV. O evento, que reu-
niu mais de 500 médicos, a maioria
ginecologistas e obstetras, aconteceu
no auditório do Hotel Renaissance, em
São Paulo (SP).
Segundo a coordenadora do encontro,
Dra. Márcia Fuzaro Terra Cardial, o obje-
tivo foi promover educação continuada
para o médico, levando o que há de mais
atual em relação à prevenção do HPV.
Um dos assuntos abordados foi a utili-
zação do teste de HPV para rastreio pri-
mário do câncer cervical (colo do útero).
Márcia explica que o debate em torno do
assunto é importante para esclarecer pro-
fissionais da área quanto aos benefícios
que podem ter com a nova alternativa.
HPV é tema de palestras da SOGESP
“É um teste novo, já bastante consagrado,
mas sempre houve uma série de resis-
tências para sua entrada no sistema de
rastreio populacional”, comenta Márcia,
que também é membro da diretoria da
SOGESP e da Associação Brasileira de
PTGI e Colposcopia (ABPTGIC).
A gerente de Produtos de Saúde
da Mulher e Oncologia da Roche
Diagnóstica, Viviane Dias, valoriza a
importância do evento da SOGESP, já
amplamente reconhecido na área. “Esse
simpósio acontece anualmente e é uma
ótima oportunidade de atualização para
o ginecologista. Neste ano, algumas
aulas abordaram o rastreio do câncer
do colo do útero utilizando o teste de
HPV 16/18 e os participantes puderam
entender o benefício do teste molecular
para suas pacientes e como utilizá-lo na
prática clínica”, diz.
Simpósio apresentou o que há de mais atual em relação à prevenção do câncer de colo do útero
18
/// canalRoche
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Roberto Souza (MTB: 11.408) editor: Rodrigo Moraes
Reportagem: Lais Cattassini, Renato Santana de Jesus e
Vinicius Morais Revisão: Paulo Furstenau Projeto gráfico: RS Press
diagramação:Lenon Della Rovere, Leonardo Fial,
Luiz Fernando Almeida e Willian Fernandes
FSC
No dia 7 de março, foi realizado o 23º Encontro de
Cirurgia Vascular Integrada do Hospital Beneficência
Portuguesa, maior instituição hospitalar privada da
América Latina. O encontro aconteceu no Mercure
Grand Hotel, em São Paulo (SP).
Coordenado pelos médicos Ivan Godoy e Adilson
Ferraz, do Serviço de Cirurgia Vascular Integrada
do hospital, o evento atraiu aproximadamente
200 profissionais de todo o País para debater
alguns dos mais importantes temas relacionados
à área. “Neste ano, optamos por discutir assun-
tos voltados à patologia das veias, com grande
foco na área cirúrgica”, comenta Dr. Godoy.
O evento de cirurgia vascular da Beneficência
Portuguesa começou pequeno, em 1992, sendo
destinado para reciclagem apenas aos esta-
giários do serviço. Contudo, cresceu ao longo
dos anos e hoje é reconhecido e chancelado
pela Sociedade Brasileira de Angiologia e de
Cirurgia Vascular (SBACV), estando aberto à
comunidade médica.
Nessa última edição, a Roche esteve presente
como apoiadora. “Fizemos a divulgação do
CoaguChek®, produto indicado para pacientes
com problemas vasculares em uso de anticoa-
gulante oral”, explica a gerente de Produtos Point
of Care da Roche Diagnóstica, Juliana Inácio.
Exposição do CoaguChek® em evento do Beneficência Portuguesa
CoaguChek® – Registro na AnVISA nº 10287410562
23º Encontro de Cirurgia Vascular Integrada atraiu cerca de 200 profissionais
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Roche News | Abril/Maio 2015 19
/// canalRoche
Roche Diagnóstica edistribuidores autorizados RocheROCHE DIAGNÓSTICA BRASILAv. Engenheiro Billings, 1729, Jaguaré | São Paulo | CEP 05321-900 | TEL: 0800 77 20 295 | www.roche.com.br
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