Download - Nome 1º autor, e-mail, instituição - ideau.com.br file · Web viewA relação entre medo e ansiedade,
INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL DO ALTO URUGUAI
FACULDADES IDEAU
MANEJO ODONTOLÓGICO DO PACIENTE COM ASMATOCHETTO, Anne Karoline1*
PARCIANELLO, Talia¹CADORIN, Natércia¹
BATTISTI, Rúbia Mara Tenuti¹NOGUEIRA, Audrea Dallazem²
FRESCHI, Elisandra Mottin² MAHL, Deise Luiza²
LAGHI, Luiz Vittorio²PIEROZAN, Morgana Karin²
WRZESINSKI; Andiara²ZAIONS, Ana Paula Demarco Resende Esmerlindro²
RECHE, Marcio Eduardo Assi2
RESUMO: A asma é uma doença sistêmica muito comum nos consultórios odontológicos e isso faz com que os cirurgiões dentistas tenham que se preparar para receber, orientar e se necessário, atender este tipo de pacientes com segurança. O objetivo é revisar a literatura existente sobre a asma no que tange os cuidados que o cirurgião dentista deve ter ao prestar atendimento odontológico a pacientes com esta afecção. Foram buscadas informações em artigos acadêmicos, livros e outros informativos do ano de 1995 até 2017, iniciando as pesquisas no dia 17 de julho de 2017 até o dia 6 de novembro de 2017. Conclui-se que o asmático necessita sim de um suporte diferenciado, uma vez que o quadro clínico não pode ser descartado, para que haja sucesso no procedimento.
Palavras-chave: asma; atendimento; odontologia.
ABSTRACT: Asthma is a very common systemic disease in dental offices and this causes dentist to be prepared to receive, guide and, if necessary, safely attend to these types of patients. The objective is to review the existing literature on asthma with regard to the dental surgeon's care in providing dental care to patients with this condition. Informations was sought in academic articles, books and other information from 1995 to 2017, starting the researches on July 17, 2017 until November 6, 2017. It is concluded that the asthmatic one needs to differentiated support, since the clinical picture can not be discarded, so that there is success in the procedure.
Keywords:asthma; ttendance; dentistry.
1 INTRODUÇÃO
A asma é uma doença crônica ocasionada pela inflamação dos brônquios que causa o
fechamento das vias aéreas, dificultando a respiração com sintomas como tosse seca, irritação,
desconforto e chiado no peito. No Brasil pelo menos 20 milhões de pacientes são acometidos
pela doença. A asma é uma doença sistêmica muito comum nos consultórios odontológicos e
isso faz com que os cirurgiões dentistas tenham que se preparar para receber, orientar e se
necessário, atender este tipo de pacientes com segurança.
Pacientes com asma têm propensão a serem respiradores bucais, o que, juntamente
com a necessidade de tomarem medicamentos como os corticóides, faz com que produzam
menor quantidade de saliva, reduzindo a capacidade de limpeza da cavidade bucal,
1 Discentes do Curso (Odontologia), Nível 2 2017/1- Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.2 Docentes do Curso (Odontologia), Nível 2 2017/1 - Faculdade IDEAU – Getúlio Vargas/RS.*E-mail para contato: [email protected]__________________________________________________________________________________________
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aumentando a chance de terem problemas dentários e periodontais, tornando comum este tipo
de paciente que busca tratamento odontológico.
A relação entre medo e ansiedade, fatores muito comuns em pacientes que necessitam
de tratamento odontológico são fortemente associados a deflagração de sintomas em pacientes
asmáticos, e deveriam ser controlados ou minimizados nesses pacientes.
São objetivos deste trabalho revisar a literatura existente sobre a asma no que tange os
cuidados que o cirurgião dentista deve ter ao prestar atendimento odontológico a pacientes
com esta afecção. Além de coletar informações sobre o correto manejo do paciente asmático
que necessita de tratamento odontológico e se há restrições para este tipo de tratamento.
2 DESENVOLVIMENTO
Nesta parte do trabalho será detalhado o referencial teórico, a metodologia
empregada e os resultados encontrados. Contém a exposição ordenada e pormenorizada do
assunto tratado do estudo.
2.1 Referencial Teórico
A asma é a causa mais comum de dispneia periódica, tosse e chiado, e caracteriza-se
pela obstrução reversível das pequenas vias aéreas. Ocorre devido ao fato dos brônquios do
asmático serem mais sensíveis e reagirem de forma brusca há exposição de desencadeadores
da doença, como por exemplo frio, mudança de temperatura, fumaça, ácaros ou fungos, e até
mesmo odores fortes. Esta doença inflamatória crônica atinge 6,4 milhões de brasileiros
acima de 18 anos, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) do Ministério da Saúde
e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (BRASIL, 2015).
Os mecanismos básicos da doença, mesmo ainda sendo desconhecidos parecem estar
ligados a um desequilíbrio do controle adrenérgico e colinérgico do diâmetro das vias aéreas,
sua gravidade é alterada de forma espontânea ou como resultado da terapêutica. A asma
brônquica é classificada de acordo com sua gravidade em: intermitente, leve, persistente
moderada e grave (ANDRADE et al., 2011). Os pacientes são classificados em fenótipos de
acordo com as diferentes apresentações clínicas e fatores envolvidos. Recentemente surgiu o
conceito de endótipos, que classifica os pacientes de acordo com o mecanismo causal da
disfunção (CAMPOS, 2015).
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De acordo com Motta et al (2007), na atual classificação da asma quanto a sua
gravidade, estima-se que 60% dos casos sejam do tipo leve intermitente ou leve persistente,
25 a 30% sejam do tipo moderada persistente e de 5 a 10% sejam do tipo severa persistente,
sendo esta última a responsável pela maior parte da mortalidade relacionada à asma. Sintomas
moderados em crianças podem ser tidos como leves em adultos e tornam-se, em alguns casos,
severos em determinadas estações do ano.
Na classe leve intermitente o paciente não tem sintomas frequentes (falta de ar, chiado,
tosse e aperto no peito) e apresenta função pulmonar normal entre as exacerbações. As crises
noturnas ocorrem menos que duas vezes por mês e a utilização do broncodilatador menos de
duas vezes por semana para alívio dos sintomas (MOTTA et. al, 2007).
Segundo Motta, et al. (2007), quando o paciente apresenta mais que duas crises por
semana, mas não diariamente, as exacerbações podem afetar a atividade física do paciente e
podem ocorrer durante a noite mais de duas vezes por mês é classificada como leve
persistente.
Já na moderada persistente, Motta et al. (2007) descreve que os sintomas ocorrem
diariamente com frequentes exacerbações que podem comprometer a atividade física do
paciente, sendo que as exacerbações noturnas ocorrem com uma frequência maior que uma
vez por semana. O paciente faz uso diário de β2-agonista de curta duração de ação.
Os sintomas da classe severa persistente são contínuos e as exacerbações são
frequentes. Durante a noite os sintomas também ocorrem com maior frequência, limitando a
atividade física do paciente, que utiliza broncodilatador diariamente e corticosteroides por via
oral para controle dos sintomas. Este é o quadro clínico mais severo da doença (MOTTA et al.
2007).
As mudanças estruturais e os principais eventos que ocorrem nas vias aéreas na asma
são bronquioconstrição devido a gradativa sensibilidade do músculo liso bronquial,
hipersecreção do muco levando a um entupimento das vias aéreas, edema de mucosa levando
a um estreitamento das vias aéreas, extravasamento do plasma em tecidos submucosos devido
a permeabilidade dos vasos, infiltração da mucosa brônquica por eosinófilos, mastócitos,
células linfoides e macrófagos, necrose focal do epitélio das vias aéreas, deposição de
colágeno sob o epitélio brônquico em casos prolongados. O escarro contém cristais de
Charcot-Leyden (derivados de grânulos eosinófilos) e espirais de Curschmann (compostos de
botões mucosos das pequenas vias aéreas) (STEVENS & LOWE, 1996).
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2.2 Protocolo do atendimento odontológico ao paciente com asma
Representando a sexta maior causa de emergências no consultório odontológico, a
asma, pode ter seu desencadeamento relacionado aos aerossóis dos equipamentos
odontológicos e também em outros produtos usados no atendimento. O cirurgião-dentista
utiliza, diariamente, inúmeras substâncias que podem atuar como alérgenos e desencadear um
desequilíbrio no sistema respiratório ou parte dele (KETZER, 2013).
Segundo estudos, pacientes asmáticos que são alérgicos à aspirina correspondem de 10
a 28% dos casos, e podem também apresentar alergia a outros anti-inflamatórios não-
esteroidais (AINES), por isso é necessário ter mais cuidado com essa classe de medicamentos,
inclusive para que um quadro de sensibilidade cruzada seja evitado. Os corticoides podem ser
utilizados como alternativa aos AINES nesses casos, já o analgésico de escolha seria o
acetaminofeno ou o paracetamol (COKE, 2002).
Tendo em vista que o estresse é um dos desencadeadores das crises, é importante que a
ansiedade do paciente seja controlada, de forma verbal ou através de medicamentos, o uso do
óxido nitroso/oxigênio não é irritante ao epitélio pulmonar e proporciona uma sensação de
tranquilidade ao paciente, evitar dores e esforço físico do paciente é indispensável no
atendimento ao asmático (MOTTA et al, 2007).
De acordo com Andrade (2006), o uso de soluções anestésicas locais com
vasoconstritores não é contraindicado para pacientes asmáticos e, acredita-se que a epinefrina
poderia ter uma ação benéfica por agir em receptores β2 promovendo o relaxamento da
musculatura bronquiolar e melhoria das condições respiratórias. Entretanto, não é raro
portadores de asma terem histórico de alergia aos sulfitos, especialmente os dependentes de
corticosteroide (8,4% dos pacientes).
O objetivo primordial do tratamento da asma brônquica, a longo prazo, é manter uma
condição pulmonar estável, a mais próxima do normal, ao cirurgião-dentista cabe a tarefa de
identificar o paciente com histórico de asma brônquica, através de anamnese e a partir disso
buscar informações sobre o controle da doença, sendo recomendado fazer o contato com o
médico que assiste ao paciente e tomar medidas para evitar uma crise aguda durante o
atendimento odontológico. (ANDRADE et al., 2011).
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Segundo Andrade et al. (2011), algumas medidas preventivas que podem ser tomadas
pelo cirurgião-dentista tendo o objetivo de evitar episódios de crise aguda como manter uma
relação de confiança com o paciente para o controle da ansiedade e apreensão, a anestesia
local deve ser perfeita para prevenir qualquer grau de desconforto, orientar o paciente a levar
a “bombinha” (broncodilatador em aerossol) em todas as consultas, evitar prescrever ácido
acetilsalicílico ou anti-inflamatórios não esteroides, substituindo-os por corticosteroides,
paracetamol ou dipirona, entre outros.
No caso de uma crise asmática no consultório odontológico, é importante diferenciar
uma crise asmática moderada e uma severa, na ocorrência de uma crise aguda o cirurgião
deve tranquilizar o paciente, colocá-lo sentado com os braços para frente, outras posições
podem ser aceitas desde que ele sinta-se confortável, pedir para que o paciente faça o uso
imediato do broncodilatador em aerossol, administrar oxigênio utilizando máscaras ou cânula
nasal, e em caso de persistência dos sintomas, administrar epinefrina, via intramuscular, que
irá promover a broncodilatação; Em casos de crise asmática grave deve-se solicitar a
emergência médica imediatamente (RESENDE, et al. 2009).
2.3 Comprometimento da saúde oral pelo tratamento da asma
A medicação do asmático pode comprometer a saúde oral do paciente, particularmente
a que é administrada por via inalatória, através de inaladores e nebulizadores, tendo em vista
que além de grande parte do fármaco ficar retido na orofaringe, pode-se perceber alterações
salivares, impedindo que a saliva execute sua função protetora, preservando a integridade dos
tecidos orais. Desta forma, o risco de aparecimento de patologias orais, tais como a cárie
dentária, erosão dentária, alterações salivares, doença periodontal, má oclusão e candidíase
oral, revela-se superior em doentes asmáticos (CAÇADOR, 2015).
Em virtude de os pacientes asmáticos terem um aumento de patologias bucais a
reavaliação de pacientes asmáticos deve ser mais frequente, quando comparado aos pacientes
não portadores desta doença, visando uma melhor manutenção de sua saúde bucal. Deste
modo, devem ser tomadas medidas efetivas de prevenção e também é aconselhável um
rigoroso controle da dieta (KETZER, 2013).
2.3.1 Alterações Salivares
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No ponto de vista biológico, a saliva é essencial para a cavidade oral, porém sua
importância muitas vezes acaba sendo subestimada. Grande parte da sua composição é
constituída por água, seguida por componentes orgânicos e inorgânicos que estes são
responsáveis por diversas funções como na atividade de enzimas responsáveis pela digestão,
lubrificação durante a mastigação, atua nas estruturas dentárias contra a erosão e a cárie
dentária, possui uma grande capacidade tampão reguladora do pH, participa também na
deglutição, potenciando a sensação gustativa dos alimentos (WIDMER, 2010).
Grande parte dos fármacos inalados ficam retidos na cavidade oral e orofaringe, isso
acontece porque apenas 10 a 20% do fármaco chega diretamente aos pulmões. Pela presença
de β2 na parótida e nas demais glândulas salivares, consequentemente o uso prolongado de
agonistas β2 afeta os receptores adrenérgicos, fazendo que haja um aumento desses mesmos
receptores com consequências na secreção de proteínas salivares (COSTA & XAVIER,
2008).
Deste modo, ocorre uma diminuição tanto na produção quanto na excreção salivar,
assim existem estudos que defendem que o fluxo salivar diminui em 26% em pacientes que
usam broncodilatadoresβ2 durante períodos prolongados (GODARA; GODARA;
KHULLAR, 2011). Desta forma quando há uma diminuição na produção e secreção salivar, o
fator responsável é a administração dos agonistas β2, tendo em vista que os doentes
asmáticos, apresentam uma resposta diminuída pelos linfócitos, essas alterações são
consequências das medicações e não da devida doença (COSTA & XAVIER, 2008).
Segundo Widmer (2010), as crianças asmáticas apresentam uma alteração na função
salivar, causado pelo efeito direto da doença, é possível que doentes asmáticos sejam
respiradores orais, e as alterações relacionadas com a terapêutica medicamentosa também são
analisadas, como o fluxo salivar.
A utilização prolongada de fármacos por via inalatória é mais um fator que provoca
alterações na cavidade oral, como a mudança no paladar (GODARA; GODARA; KHULLAR,
2011).
2.3.2 Cárie Dentária
A cárie dentária é uma patologia que resulta de uma interação complexa entre
bactérias produtoras de ácidos e fatores do hospedeiro como na constituição do esmalte, o pH
ou saliva na cavidade oral, considerada a doença crônica mais prevalente no mundo inteiro.
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Essa doença pode se desenvolver tanto na coroa como na raiz do dente (KHALIFA et al.,
2014).
Além de ser uma patologia de uma grande interação de fatores complexos que levam
ao desenvolvimento desta doença, compreende-se que o Streptococcus mutans ainda é o
principal microrganismo promotor da mesma (MATTOS-GRANER, KLEIN& SMITH,
2014).
Se torna indispensável no desenvolvimento da cárie dentária a presença de placa
bacteriana, isso tudo pela indução a fermentação de diversos açúcares como a sacarose,
frutose e glucose que em consequência irão originar a formação de ácidos diminuindo o pH,
conduzindo a dissolução de componentes do esmalte como os cristais de hidroxiapatita
(STENSSON et al., 2013).
A lesão inicial pode progredir para uma lesão mais escurecida, essas lesões
encontradas em pacientes asmáticos são mais frequentes nas faces vestibulares dos dentes
anteriores e nas faces oclusais dos dentes posteriores. A saliva em condições normais é
responsável pela proteção das estruturas dentárias, evitando assim a desmineralização, então
quando o fluxo salivar se encontra alterado, acaba não conseguindo exercer sua função
protetora (GODARA; GODARA; KHULLAR, 2011).
Há evidências onde permitem a associação da asma com a cárie dentária, isso pelo fato
de sua terapêutica prolongada com agonistas β2 e corticosteroides administrados por via
inalatória que acabam provocando a diminuição do fluxo salivar e alteram o pH da placa,
outro fator que gera uma certa preocupação é o uso de xaropes açucarados (SAMEC et al.,
2013).
Desta forma, defende-se que o risco de surgimento da cárie está relacionado com a
asma, pela sua farmacoterapia e com a interação entre os dois, isso porque os fatores de riscos
incluem a diminuição do fluxo salivar e a diminuição do pH que irão potenciar a
desmineralização da estrutura dentária (KHALIFA et al., 2014).
Outro fator relevante para o aumento no aparecimento da cárie são as bebidas que as
crianças ingerem após administrar um fármaco, essas bebidas são açucaradas para aliviar o
sabor deixados pelos mesmos. Deste modo, estas bebidas em conjunto com as consequências
da respiração oral típica dos asmáticos, com a redução do fluxo salivar provocado pelos
agonistas β2, podem se tornar uma preocupação para os doentes asmáticos, pois haverá como
consequência um aumento na cárie nestes pacientes (THOMAS et al., 2010).
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2.3.3 Doença Periodontal
O periodonto é constituído por gengiva, cemento, osso alveolar e ligamento
periodontal, quando saudável a gengiva apresenta-se rosada, com consistência firme e não
ocorre sangramento à escovagem. É nesta porção da cavidade oral em que ocorre a
periodontite (CAÇADOR, 2015). A periodontite é uma doença infecciosa que resulta na
destruição do ligamento periodontal e osso alveolar (CURY et al., 2003).
Semelhantemente ao que ocorre na asma, o mecanismo patogênico da doença
periodontal é caracterizado pela resposta imunitária-inflamatória. As alterações periodontais
relacionadas à asma são causadas pela ativação patológica do sistema imunológico pela
própria doença, à terapêutica inalatória e à interação de ambas (GODARA; GODARA;
KHULLAR, 2011).
De acordo com Thomas et al. (2010), o aumento da incidência da gengivite, parte
inicial e reversível da doença periodontal, está ligada aos seguintes fatos: as respostas
imunitárias são deficientes em doentes asmáticos, o fato dos asmáticos serem respiradores
bucais, especialmente em casos agudos da doença e como consequência dessa respiração é
potenciada a desidratação da mucosa alveolar. Foram ainda encontradas quantidades altas de
IgE na saliva e no tecido gengival de doentes asmáticos, sendo que a IgE é responsável pela
destruição do periodonto, revelando ser uma das causas de desenvolvimento da doença
periodontal.
Em relação à terapêutica inalatória, os fármacos usados em grandes doses e durante
longos períodos de tempo, principalmente os corticosteróides, podem ter um papel
desencadeador no início e na progressão da doença periodontal. O uso prolongado dos
medicamentos também foi relacionado com a perda de estruturas dentárias, em particular na
mandíbula (THOMAS et al., 2010).
2.3.4 Halitose
A halitose ou mal hálito é uma condição de saúde bucal caracterizada por odores
desagradáveis que emanam da cavidade bucal consistentemente. Indesejável, que pode ser
manifestada em pacientes asmáticos provavelmente pela falta de saliva, pH da boca
descontrolado e alimentação incorreta (COSTA & XAVIER, 2008).
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2.3.5 Má oclusão
A má oclusão é uma desarmonia dos dentes e dos arcos dentários, podendo levar a
problemas estéticos, alterações na fala, na mastigação e na respiração (BARBOSA, et al,
2016).
A obstrução crônica das vias aéreas que acomete as crianças asmáticas, pode resultar
em distúrbios do equilíbrio dento-facial e consequentes distúrbios funcionais como mordida
cruzada, prognatismo maxilar e aumento da altura facial (COSTA & XAVIER, 2008).
2.3.6 Candidíase oral
Segundo Silk (2014), candidíase oral é uma lesão branca-amarelada não aderida.
Considerada uma infecção fúngica oportunista causada pela espécie Candida albicans ou por
outra espécie do gênero Candida em menor incidência.
A infecção é facilitada por fatores predisponentes como xerostomia, terapia com
corticosteroide tópico ou sistêmico, doenças sistêmicas como a diabetes ou imunodeficiência,
má higiene bucal, entre outras. As placas são formadas por fungos, células inflamatórias,
bactérias, fibrina, células epiteliais descamadas e resíduos queratócitos. Ao realizar-se exame
clínico pode-se observar na mucosa jugal, orofaringe, língua e fundo do vestíbulo (REGEZI,
SCIUBBA, & JORDAN, 2008).
A associação entre os corticosteroides por via inalatória e o surgimento de candidíase
é muito encontrado na literatura. Esta relação é explicada pela acumulação do fármaco que
acaba retido na orofaringe (THOMAS et al., 2010). Os corticosteroides causam diminuição no
pH salivar, fazendo com que a cavidade oral se torne um alvo susceptível à infecção pela
Candida albicans (WIDMER, 2010).
2.3.7 Erosão dentária
Pode-se definir erosão dentária como a perda de dentina e esmalte pela ação de ácidos
encontros na cavidade oral. Neste processo não existe a ação bacteriana, trata-se apenas de um
processo químico o qual acontece a dissolução cristalina. Quando o pH chega a valores
inferiores a 5,5 ocorre a desmineralização do esmalte (TAJI & SEOW, 2010).
Segundo Seonget al. (2015), nessa situação as alterações dentárias causadas pela
erosão são mais visíveis nos bordos incisais e faces oclusais. Caracteriza-se por possuir
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superfícies brilhantes e lisas, com possível perda de anatomia dentária, bordo incisal com
aumento na translucidez, zonas com esmalte inexistentes e mudanças anatômicas do bordo
incisal.
A medicação para a asma é um dos principais motivadores de erosão dentária, visto
que estes fármacos reduzem a capacidade da saliva de proteger os dentes contra os ácidos
intrínsecos e extrínsecos (THOMAS et al., 2008).
De acordo com Widmer (2010), os fármacos que possuem maior ligação com a erosão
dentária são os broncodilatadores, como os agonistas β2 adrenérgicos que podem promover
erosão, sendo igualmente responsáveis pela diminuição do fluxo salivar. Também as
metilxantinas como a aminofilina e teofilina, provocam o relaxamento da musculatura lisa,
causando consequentemente refluxo gastroesofágico, que é um dos fatores etiológicos da
erosão dentária.
2.4 Fármacos utilizados no tratamento da asma
A asma é cercada de mitos e preconceitos, ideias preconcebidas a respeito da doença e
de seu tratamento acabam levando o paciente à procura constante de tratamentos alternativos
e da sua “cura”. O tratamento ineficaz, sem controle da doença, ocasiona inúmeras restrições
às atividades do paciente, com enorme prejuízo tanto para a própria vida como para a
sociedade. Infelizmente, a asma é basicamente tratada apenas durante seu agravo, com
broncodilatadores, principalmente orais, tais como xantinas e beta2-adrenérgicos, devido ao
temor dos pacientes aos aerossóis (FERNANDES et al, 1995).
O tratamento da asma inclui fármacos que reduzem a quantidade de IgE ligada aos
mastócitos (omalizumabe), fármacos que evitam a degranulação de mastócitos
(cromoglicatodissódico e nedocromil), bloqueadores da ação dos produtos libertados
(antileucotrienos), fármacos que inibem o efeito da acetilcolina libertada pelos nervos motores
vagais (anticolinérgicos), ou fármacos com capacidade relaxante direta nas vias aéreas
(antagonistas β2 adrenérgicos e teofilina). Como a asma é também caracterizada pelo aumento
de processos inflamatórios, outra alternativa terapêutica é a terapia anti-inflamatória com
corticosteroides, cuja ação de redução da inflamação nas vias aéreas é bastante útil na resposta
asmática tardia (CAÇADOR, 2015).
Os broncodilatadores fenoterol, formoterol, salbutamol e salmeterol apresentam os
mais diferentes tipos de efeitos adversos incluindo ansiedade, agitação, insônia, náuseas,
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vômitos, dores abdominais, constipação, tonturas, palpitações, taquicardia, tosse, respiração
curta. Também podem ocorrer isquemia do miocárdio, aumento ou diminuição severa da
pressão arterial, falta de ar, insônia, depressão, dor de dente, alteração do paladar, secura da
boca.. Os últimos efeitos citados fazem com que o doente procure atendimento odontológico
(BRASIL, 2010).
2.5 Fármacos inapropriados para o uso de asmáticos
Segundo Araújo (2011), algumas classes de medicamentos podem desencadear
exacerbações nos doentes asmáticos, como os anti-inflamatórios não-esteroides (AINES) e os
betabloqueadores usados em administração oral como anti-hipertensivos na insuficiência
cardíaca e em administração tópica como colírio, no tratamento do glaucoma.
Com os AINES o problema é mais acentuado, visto que é muito utilizado no dia-a-dia
no tratamento de dores e constipação. Pesquisas apontam que a frequência da crise
desencadeada pode afetar de 4 a 11% dos adultos com asma. Em termos práticos, cerca de 30-
120 min após a ingestão de um anti-inflamatório não-esteroide, os asmáticos apresentam
congestão e corrimento nasal, seguidos de falta de ar, podendo apresentar também
manifestações oculares, cutâneas ou gástricas (ARAÚJO, 2011). Alguns doentes apresentam,
no entanto, hipersensibilidade a um AINEs específico, sem reação a outros AINEs, o que
acontece frequentemente com os derivados pirazolínicos (com atividade analgésica,
antipirética e anti-reumática) (FARIA, 2004).
Inibidores fracos de COX-1, como o paracetamol e nimesulida, podem causar a curto
prazo obstrução brônquica, embora a reação ao paracetamol seja muito menos
frequente. Mesmo que o uso de inibidores seletivos da COX-2 constitua uma alternativa
propicia, os resultados observados ainda não são precisos, com broncoespasmo relatado em
pacientes que receberam celecoxib e rofecoxib (LEVY & VOLANS, 2001).
Segundo WEINBERGER & KAPLAN (2016), os possíveis efeitos prejudiciais dos
betabloqueadores aos asmáticos são a diminuição do efeito de beta-agonistas inalatórios,
como o salbutamol, além do aumento da obstrução brônquica e da reatividade da via aérea.
Recentemente, alguns estudos têm demonstrado que o uso de betabloqueadores que
bloqueiam principalmente o receptor beta-1 como o metoprolol e o atenolol, pode ser seguro
em pacientes com doença de via aérea leve a moderada. No entanto, a evidência desses
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estudos é limitada e o acompanhamento foi de curto prazo (WEINBERGER & KAPLAN,
2016).
Com forte indicação e em situações específicas de uso de betabloqueadores como, por
exemplo, cardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca e arritmias, em pacientes que não
tenham doença respiratória grave, o uso dos betabloqueadores pode ser cogitado, desde que
haja monitoramento frequente e seja utilizada a menor dose possível (BASSO &
BENEDETTO, 2016).
4 Metodologia
Esta pesquisa realizou um levantamento bibliográfico, através da busca de
informações usando as palavras-chaves “asma”, “odontologia” e “complicações” em artigos
acadêmicos, livros e sites de busca como BIREME, LILACS, MEDLINE, SCIELO dos anos
de 1995 até 2017. Iniciando as pesquisas no dia 17 de julho de 2017 até o dia 6 de novembro
de 2017, visando publicar na Mostra de Iniciação Científica realizada no Instituto de
Desenvolvimento Educacional do Alto Uruguai (IDEAU) no ano de 2018. Será realizada, no
semestre decorrente, uma apresentação para a banca de professores com a exposição do
banner executado pelos acadêmicos do Projeto de Aperfeiçoamento Teórico Prático relativo a
asma do segundo semestre do curso de odontologia.
5 Resultados e Discussão ou Análise dos Resultados
Após a leitura independente realizada pelos acadêmicos de 50 resumos pré-
selecionados, um total de 23 artigos corresponderam aos critérios de inclusão estabelecidos.
Posteriormente, os textos completos foram lidos e analisados detalhadamente.
6 CONCLUSÃO
A asma é uma doença crônica sistêmica muito frequente nos consultórios
odontológicos e o cirurgião-dentista deve identificar o paciente acometido por esta doença na
anamnese. Medidas preventivas devem ser tomadas para evitar episódios agudos durante o
atendimento. É muito importante fazer contato com o médico assistente do paciente, e poderá
auxiliar em caso de emergência. conclui-se que o asmático necessita sim de um suporte
diferenciado, visto que, o quadro clínico não pode ser descartado, para que haja sucesso no
procedimento.
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Constituiu-se uma revisão bibliográfica que não pode abranger todos os assuntos,
tendo em vista ser um assunto muito amplo e frequentemente estudado, onde surgem novos
medicamentos e métodos de melhorar o cotidiano do paciente, o presente projeto ateve-se a
doença e os reflexos no tratamento odontológico.
Assim, após as leituras dos artigos, pode-se concluir que a asma, além de ser uma
complicação para o paciente, é também para os profissionais da área da saúde, pois
necessitam conhecer as limitações do paciente em questão, o que pode ou não ser feito frente
a essas limitações e saber atuar de modo correto quando ocorrer qualquer nível de crise. Deste
modo, cabe ao cirurgião dentista procurar conhecer com afinco não apenas a asma, mas
inúmeras outras patologias as quais ele pode deparar-se no seu consultório.
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