janeiro - abril 2016
Número 83
“Um Compromisso Atual
Rumo ao Futuro”
N ESTA EDIÇÃO:
Ano novo, novos desafios... 2
2016 Ano Santo da Misericórdia 3
Almoço de Reis 4
Seia 5
Seia - Ecos 6
Corso de Carnaval 7
Dia Mundial do Doente 8
Março, Um mês em grande 10
Para mais tarde recordar 11
Ovibeja 12
Baile da Primavera 13
Passatempos 14
Vai acontecer 14
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Ano novo, novos desafios, que dão
vida, cor, brilho, luz aos nossos Cen-
tros Hospitaleiros e a todos quantos
neles vivem e trabalham.
Neste Ano, proclamado pelo Papa
Francisco como o Ano da Misericór-
dia, que teve início no dia oito de
dezembro de 2015, a proposta da
vivência das obras de misericórdia
espirituais e corporais, surge com
muita insistência. Elas levam-nos a
sair de nós próprios, porque “a mise-
ricórdia de Deus transforma o cora-
ção do homem e faz-lhe experimen-
tar um amor fiel, tornando-o assim,
por sua vez, capaz de misericór-
dia.” (Mensagem do Papa Francisco
para a Quaresma 2016).
Enquanto comunidade terapêutica e
reabilitadora, com tudo o que isso
implica, não podemos ficar indife-
rentes às várias realidades que vive-
mos. É necessário cultivar não só um
espírito crítico, como assumir atitu-
des pró-ativas a favor da prática do
bem expressando a misericórdia a
que somos impelidos.
Como exemplos práticos e testemu-
nhas fiéis, podemos olhar S. João de
Deus, S. Bento Menni, Santa Faustina
e tantos outros, que assimilaram e
traduziram na prática os conteúdos
imensos do tesouro da misericórdia
nas suas vidas.
Deixo o convite a toda a comunida-
de hospitaleira, para que escute,
olhe, reflita e perante as situações de
fragilidade do nosso mundo (escola,
família, jovens, hospitais...) se revista
da misericórdia que parte ao encon-
tro e se doa continuamente como
esperança e proximidade.
Dar de comer a quem tem fome!
Há tantas fomes no nosso mundo
gasto pela cultura do descartável, do
vale tudo em nome de “liberdades”
pessoais e desejos egoístas e mes-
quinhos, há fome de paz, de amor
autêntico e verdadeiro, de pão para
a boca e de companhia genuína, sem
os ruídos das novas tecnologias; um
sem fim de fomes a matar e a erradi-
car! Que podemos fazer? Dar uma
palavra? Ser gesto de comunhão?
Acolher? Partilhar?
Dar abrigo aos peregrinos! A vida
que vivemos é uma peregrinação, “O
homem é um peregrino” – A pere-
grinação projeta de forma visível
esta verdade, recordando a condição
do homem, ao qual lhe agrada des-
crever a própria existência como um
caminho. Do nascimento até à mor-
te, este caminho será percorrido
sempre ao encontro de si mesmo, do
sentido da vida, da felicidade, da
verdade (…) de novos horizontes,
faminto de paz e de justiça, desejoso
de amor, aberto ao infinito, e cuja
meta final é Deus.” (Miriam, Maio
2002,nº 558).
A vida de Bento Menni, foi também
marcada por um contínuo peregri-
nar, “A 26 de fevereiro, Menni trans-
fere-se para Marselha para os últi-
mos preparativos e, a 4 de abril, en-
tra em território espanhol. Dois dias
depois está em Barcelona onde se
apresenta ao Bispo D. Monserrat
Navarro para lhe explicar as razões
da sua presença na diocese. Ao prin-
cípio, D. Navarro olha-o com certa
desconfiança, mudando de ideias
posteriormente, segundo o afirma o
próprio Pe. Menni: O excelentíssimo
Senhor Navarro, deu prova da sua
bondade e da retidão do seu cora-
ção, dando – se conta do seu erro e
do facto de que eu não era mais que
um humilde religioso, vindo para
cumprir uma legitima, embora difícil
missão; foi depois o meu mais preci-
oso protetor e apoio. (O preço da
coragem pp.31,32).
Por vezes podemos perder-nos no
caminho ou esquecer que somos
peregrinos rumo a uma meta para
além de nós, para além de tudo o
que conhecemos aqui e que Alguém
vai à nossa frente a indicar o rumo.
Podemos também perder a noção
de que connosco vêm também ou-
tros que buscam, esperam, anseiam,
se cansam, procuram uma mão, que
pode ser a nossa ou estendem-nos a
sua, acolhendo a nossa indigência!
Este ano, somos por isso impelidos a
abrir o coração e deixar que ele se
dilate, aprecie e contemple o bem
que existe, saiba dar graças e trazer
até si todos os necessitados de abri-
go! Para isso, abramo-nos à graça
do Senhor; Ele nos fará chegar aos
irmãos. Bento Menni interceda por
nós neste itinerário!
Continuando!....
Ir. Maria Lisete Curral
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O Papa Francisco proclamou
o Jubileu extraordinário da Miseri-
córdia no dia 11 de abril de 2015,
véspera da celebração anual do Do-
mingo da Misericórdia (o segundo
domingo da Páscoa), mediante a
Bula “Misericordiae Vultus- O Rosto
da Misericórdia” (MV).
Chama-se Jubileu “extraordinário”
para distingui-lo do Jubileu ordiná-
rio, que tem lugar na Igreja Católica
a cada 50 anos.
O Ano jubilar iniciou-se em 8 de de-
zembro de 2015, solenidade da Ima-
culada Conceição, data em que se
comemoraram os cinquenta anos do
encerramento do Concílio Vaticano II
(MV, n. 4). Também, em 2015 com-
pletaram-se vinte e cinco anos da
publicação da Encíclica de São João
Paulo II “Dives in misericordia-[Deus]
rico em misericórdia” de 30/11/1980
(MV, n. 11).
O Jubileu extraordinário terminará
na solenidade litúrgica de Jesus Cris-
to, Rei do Universo, no dia 20 de no-
vembro de 2016 (MV, n. 5).
Como sabemos a “Porta Santa” da
basílica de São Pedro foi aberta pelo
Papa em 8 de dezembro de 2015.
E as Portas Santas da catedral de
Roma (S. João do Latrão) e das diver-
sas dioceses, Prelazias, etc, foram
abertas em 13 de dezembro, terceiro
domingo do Advento.
Na linguagem bíblica, a misericórdia
é o amor de Deus para com a huma-
nidade decaída e, em Jesus encon-
tramos a manifestação perfeita da
misericórdia do Pai.
O Papa Francisco diz: «Misericórdia é
o caminho que une Deus ao homem,
porque nos abre o coração à espe-
rança de sermos amados para sem-
pre, apesar da limitação do nosso
pecado […]. Eterna é a sua misericór-
dia: esse é o refrão que aparece em
cada versículo do Salmo 136, ao
mesmo tempo que se narra a histó-
ria da revelação de Deus» (MV, nn. 2
e 8).
O lema do Ano Jubilar é
“Misericordiosos como o Pai” (MV, n.
13), síntese das palavras de Jesus no
Sermão da Montanha: Sede miseri-
cordiosos como vosso Pai é miseri-
cordioso (Lc 6, 37). As duas dimen-
sões da misericórdia, são, por assim
dizer: A dimensão “vertical”. Como o
vosso Pai… O amor misericordioso
do Pai é a fonte e o modelo da mise-
ricórdia dos homens. O Jubileu nos
exorta a fazer uma intensa experiên-
cia pessoal da misericórdia de Deus,
do perdão de Deus. É o que podería-
mos chamar a “dimensão vertical” da
misericórdia: o perdão oferecido por
Deus Pai aos homens, que vai ao
encontro do arrependimento do pe-
cador que recorre a Ele, arrependido
(cf. Lc 15, 11-24).
A dimensão “horizontal”. Sede mise-
ricordiosos. É a misericórdia que de-
vemos praticar com todos os nossos
irmãos, os homens. Essa dimensão
concretiza-se, sobretudo, na prática
das “obras de misericórdia”, de que
falaremos depois (cf. MV, n. 15).
Fontes:
http://www.imissio.net/v2/jubileu-da
-misericordia/10-perguntas-
essenciais-sobre-o-ano-santo-da-
misericordia:3900
http://radiocomunidadefm.com/ano-
santo-da-misericordia/
http://ordinariato.castrense.pt/nota-
pastoral-sobre-o-ano-da-
misericordia/
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No passado dia 8 de janeiro fomos
ao Bairro Padre Cruz, apanhamos o
autocarro perto do continente era
meio-dia. Chegamos lá e avistamos
uma pequena multidão de pessoas
que também iam participar no almo-
ço de reis organizado pela Junta de
Freguesia de Carnide.
O primeiro prato foi um belo caldo
verde com pão, seguiu-se o fiel ami-
go bacalhau acompanhado de bata-
ta cozida e couve. Houve também
sumos e água e ainda uns suculentos
sonhos, arroz-doce e uma fatia de
bolo-rei.
Posteriormente deu-se animado bai-
le.
Foi uma tarde diferente em que
aconteceram momentos de grande
alegria e satisfação.
Unidade 3
Evento realizado em virtude da parceria com:
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Situado em Seia, em plena Serra da
Estrela, o Museu do Pão é um com-
plexo museológico onde é possível
fazer uma pequena viagem ao mara-
vilhoso mundo do Pão.
O Museu do Pão, sediado em Seia na
Quinta Fonte do Marrão, é um mu-
seu privado que pretende recolher,
preservar e exibir os objetos e o pa-
trimónio do pão português nas suas
vertentes: etnográfica, política, social,
histórica, religiosa e artística.
O projeto do Museu do Pão remonta
a 1996, surgindo na sequência de
sinergias criadas entre historiadores,
empresários e docentes. Desde esse
ano de 1996 e até à sua abertura, a
26 de Setembro de 2002, procedeu-
se à recolha do espólio, seja através
de compra em antiquários, alfarra-
bistas e leilões, seja através de doa-
ções.
Entretanto a recolha de espólio con-
tinua sempre, na medida em que se
pretende a constante renovação do
Museu, condição indispensável para
a plena prossecução dos seus objeti-
vos.
O espaço do Museu resultou da re-
construção e ampliação de um edifí-
cio pré-existente, e nos longos tra-
balhos da mesma utilizaram-se ma-
teriais típicos da região, como a ma-
deira e a pedra, de molde a integrar
plenamente o imóvel na paisagem
serrana envolvente.
O resultado foi um complexo muse-
ológico com mais de 3.500 m2 de
área coberta, constituindo-se assim
este Museu do Pão como um dos
maiores, senão o maior, Museu do
Pão em todo o mundo.
SALAS EXPOSITIVAS
(O Ciclo do Pão, o Pão Político, Soci-
al e Religioso, a Arte do Pão e Espa-
ço Temático).
Ciclo do Pão
A Sala do Ciclo do Pão pretende re-
constituir o antigo ciclo tradicional
do pão português através de catorze
painéis ilustrados, a que se juntam as
alfaias e os utensílios retratadas em
cada painel. Assim, aqui surgem os
espaços da produção do pão, seus
trabalhos e momentos.
Para além dos catorze painéis, nesta
sala recria-se ainda uma antiga pa-
daria portuguesa com a utilização de
modelos em tamanho real, podendo
observar-se também três moinhos
em contínua laboração, cujo som
ainda mais nos remete para um pas-
sado tão perto e, contudo, já tão
distante.
Arte do Pão
Nesta sala expõem-se uma série de
objetos artísticos que têm inspiração
no pão, nas suas alfaias, tradições e
labores: azulejaria, vidro, arte sacra,
madeira, postais antigos, diplomas,
calendários, iconografia, cerâmica,
prata, etc... É assim toda uma tradi-
ção multissecular da arte nacional
que se recria neste espaço.
É também de salientar os quadros
do pintor português Velhô dedica-
dos ao pão, nos quais a cor do artis-
ta devolve à terra a sua poesia.
Pão Político, Social e Religioso
Nesta sala reconstitui-se a história
do pão em Portugal desde a Restau-
ração da Independência (1640) até à
Restauração da Democracia (1974).
São cerca de 300 anos de História
reproduzida em centenas de docu-
mentos originais dos mais variados
tipos e géneros.
Ainda nesta sala se observa a simbo-
logia do pão na religião, mediante a
exposição dos objetos religiosos as-
sociados ao cristianismo e ao judaís-
mo, que são as únicas das grandes
religiões nas quais o pão tem uma
conotação sagrada.
Espaço Temático
O Espaço Temático é o local dedica-
do aos visitantes mais novos. É uma
sala didática e de encantamento, um
lugar de cultura e de mito. Aqui se
encontram os gnomos da tribo dos
Hérmios, protetores dos primeiros
habitantes dos Montes Hermínios,
que nos levarão a uma viagem ima-
ginária e mitificada ao passado do
pão.
Um espaço onde História e lenda se
cruzam, onde o passado revive atra-
vés da magia dos sentidos e onde o
pão passa pelos nossos olhos e pelas
nossas mãos…
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No dia 22 de janeiro juntamente
com duas monitoras, Sandra e Tere-
sa, respetivamente fomos visitar Seia.
Saímos por volta das 7h30 e chega-
mos à Junta de Freguesia de Carnide,
onde estava o autocarro pronto para
nos levar até Seia.
Parámos na área de serviço de San-
tarém, para comer e tomar um café.
Durante a viagem pensávamos que
lá haveria muita neve, mas quando
chegámos ficamos um tanto ou
quanto desiludidas pois estavam
20ºC, não estava frio nenhum.
No sítio onde paramos estava um
comboio turístico, no qual entramos,
e nos levou até ao museu do pão.
Só depois de termos desfrutado de
um belíssimo almoço com diversas
qualidades de pão visitamos o mu-
seu do pão e conhecemos a sua his-
tória.
E regressamos à Clínica às 21h00.
Unidade 3
Saímos bem cedinho da Clínica, por
volta das 7h30, e fomos até Carnide
onde apanhamos o autocarro e fo-
mos parando em várias áreas de ser-
viço.
Chegámos a Seia onde apanhamos o
comboio turístico que leva os visi-
tantes até ao restaurante do museu
do pão. Já no restaurante comemos
coisas boas: morcela; chouriço; fari-
nheira; carne de vitela com batatas
assadas e legumes e para sobremesa
um delicioso arroz doce.
Depois do almoço viemos para bai-
xo, havia uma mercearia que vendia
uma panóplia de variedades de pão
e queijo. Pertencia ao museu que
visitamos e onde nos ensinaram a
fazer pão como os antigos faziam,
com bonecos muito engraçados que
mexiam as mãos e a cabeça de por-
celana, estes bonecos eram
duendes e havia também ca-
sas que vendiam peles de ra-
posa.
Vimos paisagens muito boni-
tas mas não apanhamos neve
só apanhamos nevoeiro, mas
estava frio nem apanhamos
chuva, estava um tempo agra-
dável.
Chegamos à Clínica já eram
21h00, foi um passeio muito
agradável.
Luísa Afonso, Unidade 5
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Sexta-feira dia 5 de fevereiro fomos
assistir ao desfile de Carnaval na Ala-
meda com o tema “Procurando a
Paz”.
Desfilaram várias escolas de crianças,
todos mascarados e houve um gru-
po de utentes da Clínica que tam-
bém se mascarou e desfilou.
No palco atuaram figurantes da Jun-
ta de Freguesia de Carnide.
Depois à tarde realizou-se no salão
de apoio um baile de máscaras que
foi muito animado. Várias institui-
ções estavam representadas e foi
constituído um júri para apurar o
vencedor do desfile de máscaras.
Dançamos e desfilamos cada um
com as suas máscaras e claro para
finalizar foi servido o lanche partilha-
do.
Unidade 5
No passado dia 5 de fevereiro, reali-
zou-se o desfile de carnaval, na Ala-
meda.
Foram várias as Instituições que par-
ticiparam neste corso e tivemos a
oportunidade de assistir a um diálo-
go entre alguns mascarados.
Este ano o tema era “Procurando a
Paz” e como vem sendo habitual
cantou-se uma canção a respeito do
tema escolhido.
Foi um entrudo animado. Lançou-se
para o ar papelinhos e serpentinas.
Á tarde houve um baile de máscaras
colorido no qual haviam vários smi-
les espalhados que simbolizavam: a
tristeza, a alegria, a paz e o medo.
Foram também projetadas na parede
várias fotografias do baile de másca-
ras do ano anterior, e depois seguiu-
se o habitual desfile de máscaras a
fim de se conhecer um vencedor. E
claro para acabar a tradição foi servi-
do um maravilhoso lanchinho.
Unidade 3
Procurando a Paz
O mundo está em perigo! O que é
que aconteceu?
Ouvi dizer a paz desapareceu
Vamos embora toca a procurar
Carnide conta contigo prá paz en-
contrar!
Procurando, Procurandooooo
A dançar, a brincar, a cantar, vamos
festejar
Procurando, Procurandooooo
Carnide a bombar, vamos todos a
paz encontrar
Com esta melodia
Carnaval é fantasia
Com a nossa alegria
A paz aprecia
Quero muito mais
Quero muito mais
A alegria contigo, a tristeza sentida
A raiva contida, o medo vencido
Carnide a bombar
Carnide a bombar
(oooooooooh oooooooooooh)
Letra: Conselho executivo de educação
Música: Adaptação da música “bailando”
Enrique Iglésias com a especial colaboração
do Colégio Menino Jesus – ASA e do Profes-
sor de música Pedro Cruz
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Na quinta-feira, dia 11 de fevereiro,
foi dia de festa na Clínica de S. José:
celebrou-se o Dia Mundial do Doen-
te!
Este ano o tema foi “Confiar em
Jesus misericordioso, como Maria:
«Fazei o que Ele vos disser»” (Jo 2,
5) e tem como cenário inspirador o
episódio das “Bodas de Caná”. É um
tema que se insere no âmbito do
Jubileu Extraordinário da Misericór-
dia, que estamos a celebrar desde 8
de dezembro de 2015. Foi com este
tema e esta imagem das “Bodas de
Caná” que se ornamentou um espa-
ço da Capela, como se vê na foto-
grafia.
Na sua mensagem para o Dia Mun-
dial do Doente, o Papa Francisco
salientou a importância e o papel de
vários personagens neste episódio:
Jesus, Maria (atenta, cuidadora,
aquela que intercede) e os
“serventes” (disponíveis para fazer o
que lhes é pedido). Diz o Papa: «No
episódio de Caná, além de Jesus e
sua Mãe, temos aqueles que são
chamados “serventes” e que d’Ela
recebem esta recomendação: “Fazei
o que Ele vos disser” (Jo 2, 5). Natu-
ralmente, o milagre dá-se por obra
de Cristo; contudo Ele quer servir-Se
da ajuda humana para realizar o
prodígio. Poderia ter feito apare-
cer o vinho diretamente nas vasilhas.
Mas quer valer-Se da colaboração
humana e pede aos serventes que as
encham de água. Como é precioso e
agradável aos olhos de Deus ser
serventes dos outros!». Como é
precioso e agradável aos olhos de
Deus o serviço que tantas irmãs, co-
laboradores e voluntários prestam
por amor aos doentes!
Este foi um dia em cheio em que de
manhã celebrámos a Missa, com o
sacramento da Unção dos Enfermos,
e à tarde a festa continuou com um
ótimo momento de diversão e des-
contração!
A missa foi presidida pelo Frei Luís
(capelão da Clínica de S. José) e con-
celebrada pelo Pe. Manuel. Participa-
ram vários membros da família hos-
pitaleira: irmãs, colaboradores, vo-
luntários, doentes e equipa da pas-
toral. A animação musical contou
com o apoio da Irmã Laura, Irmã
Paula, o voluntário João e o coro que
sempre se disponibiliza para estes
momentos de festa.
Ao iniciar a celebração, a Irmã Lisete,
nova superiora da comunidade das
irmãs, saudou a assembleia e dirigiu
algumas palavras, lembrando o es-
sencial da mensagem do Papa para
o Dia Mundial do Doente.
Depois da homilia, seguiu-se a admi-
nistração do sacramento da Unção
dos Enfermos. Várias doentes rece-
beram este sacramento e os seus
ecos foram muito positivos: «Gostei
muito!»; «Gostei muito de receber a
unção dos doentes!»; «Senti-me
muito bem ao receber este sacra-
mento!»; «Gostei muito da missa!». E
os ecos não se ficaram por aqui!
Houve mais: «Gostei! Gostei de ir ler!
Gostei que o Pe. Manuel também
tivesse celebrado! Senti-me
bem!» (AA) e «Foi um dia diferente:
foi de festa! Foi bom e senti-me
bem!» (JV).
Ao finalizar os festejos deste dia, que
possamos assumir como nossas as
palavras do Papa Francisco, na sua
mensagem para este dia: «Nesta Jor-
nada Mundial do Doente, podemos
pedir a Jesus misericordioso, pela
intercessão de Maria, Mãe d’Ele e
nossa, que nos conceda a todos a
mesma disponibilidade ao serviço
dos necessitados e, concretamen-
te, dos nossos irmãos e irmãs do-
entes. Por vezes, este serviço pode
ser cansativo, pesado, mas tenhamos
a certeza de que o Senhor não dei-
xará de transformar o nosso esforço
humano em algo de divino».
Cláudia Antunes - Assistente Espiri-
tual (Pastoral da Saúde)
Página 10
O passado mês de março foi rechea-
do de bênçãos para toda a Igreja e,
naturalmente, também para a Famí-
lia Hospitaleira. Foi o mês em que,
em conjunto, celebrámos a Paixão, a
Morte e a Gloriosa Ressurreição de
Jesus, Nosso Senhor, em momentos
como a Eucaristia, a oração do Terço
e da Via Sacra, a Adoração ao Santís-
simo, entre outros.
Neste Ano Jubilar da Misericórdia
Divina, a celebração da Páscoa foi
ainda mais especial para todos os
crentes!
Dando resposta ao pedido do Papa
Francisco na Quaresma, um grupo
de Irmãs (incluindo a Irmã Provinci-
al), Utentes e Voluntários da Clínica
Psiquiátrica de S. José dirigiu-se à
Igreja Paroquial (também conhecida
por Santuário da Luz) para ali medi-
tar, orar e cantar em adoração ao
Santíssimo.
Na nossa Clínica, recebemos uma
visita que nos deu muita alegria: por
ocasião da visita pastoral à Paróquia
de Carnide (à qual pertencemos),
recebemos o Senhor Dom Nuno
Brás, na nossa Clínica, acompanhado
pelo Pároco José António
(franciscano). À sua chegada, estive-
ram a recebê-lo, além das Irmãs, vá-
rios Utentes, Colaboradores e Volun-
tários, que o saudaram com entusi-
asmo e cantaram. O Senhor Bispo
fez questão de cumprimentar cada
um dos presentes, com muita afabili-
dade, foi à Igreja aonde orou, de
seguida visitou algumas unidades. E
até houve quem fotografasse o mo-
mento, para recordação.
Como costuma acontecer todos os
anos, houve uma Reflexão de Prepa-
ração para a Páscoa, desta feita, nos
dias 16 e 17 de março, sob a orienta-
ção do Padre Capelão, Frei Luís, e da
Responsável da Pastoral da Clínica
Psiquiátrica de S. José, Dra. Cláudia.
Como sempre, esta formação esteve
aberta a todos os que nela quises-
sem participar.
No dia 18 por antecipação, foi a
grande festa de celebração do nosso
Patrono, S. José. A Eucaristia foi pre-
sidida pelo Senhor Padre Manuel e
contou com a participação de um
coro afinado e «os artistas da per-
cussão» que tocaram os seus instru-
mentos. Foi com alegria que verificá-
mos que a Capela se encheu! Seguiu
-se um almoço-convívio para todas
as Irmãs, Colaboradores e Voluntá-
rios que puderam comparecer. O
almoço foi delicioso, mas o melhor
de tudo foi a oportunidade de con-
versar com colegas que não encon-
tramos todos os dias!
Claro que não podia faltar a Via Sa-
cra nas Unidades, a qual decorreu na
Semana Santa, com a participação
da Carla Antão (à viola) e de outros
Colaboradores da Sede do Instituto.
Como habitualmente, foi um mo-
mento de grande interioridade e
comoção, em que celebrámos em
conjunto a nossa Fé.
Por tudo o que aqui foi dito, o mês
de março foi, sem dúvida, marcado
por momentos especiais. Este Ano
da Misericórdia está mesmo a ser
uma bênção!
A Voluntária (Teresa Gonzalez)
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Entre o dia 8 e 13 de março, decor-
reu a visita pastoral de D. Nuno
Brás, à Paróquia de Carnide. Inserido
nesta visita pastoral, no dia 11 de
março, D. Nuno desloca-se à Clínica
Psiquiátrica de S. José para conhecer
esta obra das Irmãs Hospitaleiras do
Sagrado Coração de Jesus.
Com alegria, um grupo de irmãs,
utentes, colaboradores e voluntários,
aguardavam a sua chegada. D. Nuno
chegou acompanhado pelo Sr. Padre
José António, pároco de Carnide,
cerca das 18h00. Foi recebido pela
Irmã Provincial (Ir. Maria do Sameiro
Martins), pela Irmã Superiora (Ir. Li-
sete Curral) e pelo diretor da Clínica
(Dr. Élio Borges).
Após os cumprimentos e saudações
iniciais, a Ir. Lisete congratulou-se
pela visita e acolhimento do Sr. Bis-
po. Iniciou-se a visita à Clínica, co-
meçando pela Capela. De seguida, o
Sr. Bispo foi conhecendo as instala-
ções e visitou algumas unidades (U6-
São Bento Menni e U5-S. João de
Deus), nas quais teve oportunidade
de cumprimentar e falar com algu-
mas utentes e colaboradores.
Foi um momento memorável para a
nossa Casa!
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No dia 22 de abril realizou-se mais
um passeio organizado pela Junta de
Freguesia de Carnide, no qual parti-
ciparam algumas utentes da C.P.S.J.
A viagem decorreu sem incidentes
nos quatro autocarros que nos
acompanharam.
A chegada a Beja ocorreu por volta
de almoço pelo que começamos a
procurar um local aprazível para o
nosso repasto. O almoço constou de
uma bela sopa, entradas com rodelas
de enchidos grelhados e coisas típi-
cas da região.
Após o almoço procuramos o lugar
mais doce da feira para nos deliciar-
mos da melhor sobremesa da feira,
os chamados doces tradicionais da
região.
Visitamos a feira conhecida por Ovi-
Beja da qual nos apraz deixar um
registo de simpatia com que sempre
nos recebem.
Além da simpatia, a feira oferece
exposições de artesanato, gado, au-
tomóveis topo de gama e claro vá-
rias opções de comes e bebes.
Não quisemos despedir-nos da feira
sem comer um gelado que nos sou-
be muito bem.
Foi um dia muito bem passado do
qual nunca mais esqueceremos.
Bem hajam as monitoras que de tão
bom agrado nos acompanham.
Ana Cabral e Alexandra Aires, Unida-
de 3
Página 13
Foi aos 28 dias do mês de abril que
se realizou, mais uma vez, o tão
aguardado Baile da Primavera, Na
Clínica Psiquiátrica de S. José. O
evento dinamizado pela CPSJ em
parceria com o Grupo de Solidarie-
dade e Gerações da Junta de Fregue-
sia de Carnide juntou grupos da lo-
calidade para um momento de ani-
mação e partilha neste tempo de
renascimento e união. Estiveram pre-
sentes a Academia Sénior e o Centro
Paroquial de Carnide, A CERCI Lisboa
– Espaço da Luz, o Centro de Dia da
Santa Casa da Misericórdia do Bairro
Padre Cruz, o Grupo de Ação Comu-
nitária e a CPSJ.
O evento contou com a animação do
instrutor de Zumba, Sérgio e a pre-
sença dos utentes, equipa clínica e
demais colaboradores das diversas
instituições. Foi um momento espe-
cial de confraternização com muito
bom-humor e boa disposição. Co-
meçou por uma aula de zumba que
se desenvolveu em vários graus de
dificuldade e não deixou ninguém de
fora!
Todos participaram e deram o seu
contributo em alegria e jovialidade,
entregando-se ao movimento e ao
ritmo que animaram os presentes e
superaram as espetativas.
Para além da dança, houve lugar a
desfile. Não houve quem não esti-
vesse vestido a rigor. As meninas de
flores no cabelo e saias rodadas, os
meninos de chapéu alto e florzinha
na lapela. Foi um momento de gran-
de descontração e convívio, sem
fronteira de idades. No final distribu-
íram-se presentes, com muito mérito
das diversas instituições que não
pouparam em indumentária. Não
houve últimos, só vencedores neste
grande Baile da Primavera. Para re-
compor energias, seguiu-se o lanche.
E despediram-se todos para um no-
vo baile no próximo ano!
João