1 Diana Krall
3 Academia Júnior
5 Musical Rent
5 Teatro: Esperança
6 Going to England
7 Holi Summer
8 NOS Alive 2016
10 Fungag| da Bicharada
12 Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
Sou f~ da Diana Krall h| anos e estava h| muito tempo { espera de uma
oportunidade para a ver/ouvir ao vivo. Por isso n~o a deixei fugir, mesmo
com todas as críticas ao local.
O Campo Pequeno n~o é o melhor local para um concerto deste tipo, pe-
ca na acústica, na visibilidade da plateia para o palco e no conforto das
cadeiras. Em compensaç~o, os lugares reservados pelo Clube eram muito
bons, n~o sendo os mais caros (na plateia B, mas na primeira fila), com
espaço para esticar as pernas e para ver a aç~o de todos os elementos da
banda.
Com o frio que se fez sentir nessa noite, a cantora aqueceu o ambiente
com a sua banda assumidamente de jazz. Estava { espera de ouvir pelo
menos parte do seu último trabalho – Wallflower – mas o que ela nos
mostrou foi uma coisa diferente, foi quase uma jam session para milhares
de pessoas. Diana Krall mostrou-nos ser uma pianista exímia, que gosta
tanto de tocar que até se esqueceu de cantar num dado momento! Mas
n~o se atrapalhou nada, com imenso { vontade em palco admitiu que se
tinha esquecido de “entrar” e pôs toda a plateia a rir.
É sem dúvida uma experiência a repetir, se ela voltar a Lisboa para tocar
numa sala mais pequena.
Isabel Garcia
Destaques Diana Krall 22 de julho
Campo Pequeno
16 dez - SoliDARiedade: Aç~o de Rua
18 dez - Pesca de Mar Embarcada: Douradas
18 dez - Panda e Os Caricas, o Musical
31 dez - Atletismo: Corrida de S~o Silvestre de Lisboa
06 jan - Cirque du Soleil: Varekai
até 31 jan - SoliDARiedade: Campanha de Recolha de Bens
17 a 19 mar - Vamos {s Capitais de Distrito: Guarda
15 mar - Andrea Bocelli
10 mai - Shawn Mendes
Próximas Iniciativas
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Em primeiro lugar quero dar os Pa-
rabéns ao Clube Galp pelo projeto
e ao mesmo tempo agradecer a
oportunidade que me foi dada de
participar nesta aç~o t~o nobre.
Foi uma experiência extremamen-
te enriquecedora e gratificante.
Foi um misto de sentimentos, por
um lado uma grande tristeza por
contatar diretamente com a reali-
dade de pobreza que nos rodeia, e
foi ao mesmo tempo muito com-
pensador saber que com um sim-
ples gesto podemos dar um pouco
de conforto a tantas pessoas ne-
cessitadas.
Obrigada!
Texto elaborado por
Ana Maria Caetano
Fui no dia 02 de julho ao Festival do
Panda com a minha filha de 2 anos
que é f~ do Panda e de Os Caricas, e
tem uma admiraç~o enorme pelo Ru-
ca.
Este ano o Canal Panda faz 20 anos e
a minha pequena estava ansiosa por
cantar os parabéns ao seu “herói”
preto e branco.
Cheg|mos j| o espet|culo tinha co-
meçado, dado que devido ao tr}nsito
n~o conseguimos estar presentes des-
de o início, mas ainda fomos a tempo
de ouvir os êxitos que a pequenada
adora, como o Panda Style, O Panda é
fixe e os Parabéns ao canal Panda.
[ entrada todas as crianças recebiam
uma pulseira onde era escrito o seu
nome e o contacto de um dos pais,
para o caso se perderem.
Em palco as estrelas que todos os dias
fazem parte do nosso ser~o: Panda e
Os Caricas, Ruca, Nodi, Winx, Heidi e
tantos outros.
O recinto estava bem organizado,
com v|rias atrações insufl|veis, tas-
quinhas com comida e bebida e mer-
chandising do Panda.
As crianças estavam em êxtase e can-
tavam em uníssono com os pais as
canções do seu canal preferido.
A minha filha saltou, cantou, dançou,
riu { gargalhada e por fim adormeceu
no carro abraçada ao cachecol cor-de-
rosa do Panda..
Foi uma manh~ muito divertida para
miúdos e graúdos.
N~o h| nada que mais alegre os pais
do que ver a alegria estampada no
rosto das suas crianças.
Ana Saraiva
Aç~o de Rua 08 julho 2016
Festival Panda
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No seguimento do campeonato inter-
no de 2016 do Clube Galp Energia –
Núcleo Centro, decorreu, no passado
dia 02 de julho, a 2ª prova de pesca
desportiva na Albufeira do Retaxo,
próximo de Castelo Branco.
Esta prova foi efetuada num local to-
talmente desconhecido de todos, tra-
tando-se de uma Albufeira criada mui-
to recentemente, mas que j| oferece
a possibilidade de se conseguir boas
capturas, tendo algumas carpas e
pimpões de bom porte…
Sob um forte calor, a prova foi ganha
pelo Filipe Bertelo com uma pesagem
de 9,174 kg de Carpas e Pimpões, ten-
do-se seguido Daniel Bertelo com
2,168 kg e Hugo Sousa com 2,161 kg.
Esta prova teve em competiç~o a pre-
sença de treze pescadores.
No final houve lugar a uma churrasca-
da promovida pelo Clube de Pesca de
Castelo Branco, que ao terem conhe-
cimento da nossa presença fizeram
quest~o de nos receber de uma forma
extraordin|ria…
Obrigado e forte abraço!
A Direç~o do Clube Galp - Núcleo Cen-
tro vai proceder ao sorteio de quatro
exemplares de Harry Potter e a Crian-
ça Amaldiçoada (partes um e dois), a
oitava história dezanove anos depois.
Baseada numa história original de J.K.
Rowling, John Tiffany e Jack Thorne -
Harry Potter e a Criança Amaldiçoada
– a peça de teatro cuja estreia mundi-
al decorreu no West End em Londres
em julho passado, é a primeira histó-
ria oficial de Harry Potter a ser apre-
sentada em vers~o teatral.
Para se inscreverem devem, os Associa-
dos do Clube Galp – Núcleo Centro, envi-
ar, até ao dia 12 de dezembro próximo,
um mail para o endereço interno “Clube
GalpEnergia – Secretaria” ou telefonar
para a Secretaria do Clube Galp - Núcleo
Centro através do número 21 724 05 32
(extens~o interna 10 532).
Campeonato Interno de Pesca Desportiva
Class. Nome Peso (Kg)
1º Filipe Bertelo 9,174
2º Daniel Bertelo 2,168
3º Hugo Sousa 2,161
4º Rui Sousa 1,050
5º Francisco Novo 0,263
6º Francisco Mouro 0,174
7º José Cruz 0,156
8º Rui Reis 0,040
8º Fernando Moreira 0,040
10º José Couvinha 0,010
11º Joaquim Rodrigues 0,008
12º Jorge Cunha 0,006
13º Camilo Marques 0,000
Sorteio Harry Potter
www.clubegalpenergia.com 4 # 231 julho 2016
Na sexta-feira, dia 22 de julho, fui pela
primeira vez fazer voluntariado no
Clube.
Juntamente com o meu filho Jo~o, a
Manuela, a Glória, a Ana e a Elisabete,
quem nos conduziu foi o Bertelo.
Eu, juntamente com o meu filho, acha-
mos uma experiência enriquecedora,
porque ajudamos pessoas que neces-
sitavam.
Todos nós devíamos passar por esta
entreajuda uma vez na vida, pois hoje
somos nós a ajudar, amanh~ podemos
ser nós a precisar.
Para concluir, eu e o meu filho
queremos agradecer por nos
terem integrado bem no grupo
e esperemos voltar.
Jesuína Pereira
Jo~o Pereira
Na minha opini~o, esta semana foi-me
muito útil, pois ajudou-me a obter
maior conhecimento sobre |reas de
trabalho que desconhecia.
Gostei especialmente dos ateliês de
Televis~o, R|dio e Mandarim.
As instalações onde a semana decor-
reu permitiram ter uma pequena ex-
periência numa verdadeira Faculdade.
Em suma, aconselho vivamente esta
atividade.
Obrigada pela oportunidade.
Maria Carolina
O Clube Galp Energia – Núcleo Centro,
em parceria com o Ocean|rio de Lis-
boa, querendo proporcionar aos fi-
lhos dos seus Associados as melhores
férias grandes de sempre, apresentou
um programa muito do agrado dos
mais novos.
Neste ver~o, os participantes pude-
ram passar alguns dias de férias debai-
xo de |gua sem ir { praia ou { piscina.
Crianças, dos 4 aos 12 anos de idade
mergulharam durante o período de
04 a 08 de julho em uma semana re-
cheada de dias tem|ticos, com temas
bem diferentes como “Pintar com as
cores dos corais”, “Uma expediç~o
pelas florestas tropicais”, “Descobrir
as espécies marinhas mais estranhas”,
“Descobrir as diferentes profissões
dos oceanos” entre outros…
O Ocean|rio de Lisboa, promove vari-
adíssimas atividades envolvendo sem-
pre os mais pequenos e possui exce-
lentes instalações para este efeito.
Voluntariado no Clube Galp
Academia Júnior
Debaixo de \gua
www.clubegalpenergia.com 5 # 231 julho 2016
No passado dia 28 de julho fui assistir
ao musical Rent, no Teatro Ibérico em
Lisboa, através do Clube Galp –
Núcleo Centro.
Passados vinte anos da sua estreia em
Nova Iorque, o musical Rent chegou
finalmente a Lisboa.
Rent é um musical que acompanha o
quotidiano de jovens do mundo do
espect|culo em Nova Iorque no final
dos anos 80 e retrata a história de
vida de v|rios artistas boémios que
vivem em situações degradantes.
O musical foi adaptado para Portugal
e assim tivemos em vez da East
Village em Nova Iorque dos anos 80, o
Intendente em Lisboa dos anos 90,
onde est~o a pobreza, o frio e as
drogas do original, mas também a
terrível sida.
Em estilo ópera-rock, Rent é assinado
pelo compositor e dramaturgo norte-
americano Jonathan Larson e foi um
êxito t~o grande que esteve na
Broadway, em Nova Iorque, de 1996 a
2008.
Foi um óptima noite musical.
Obrigado Clube Galp Energia.
N~o conhecia muito bem César Mou-
r~o, mas depois de o começar a ouvir
na R|dio Comercial com o “Rebenta a
Bolha” fiquei f~ dele, pelo que n~o
podia perder esta oportunidade de o
ver neste espet|culo.
Esta comédia criou alguma espectati-
va pelo facto de ir representar sozi-
nho, mas que foi mais do que supera-
da, porque, conforme foi contando a
história, teve o talento de nos pôr a
imaginar as diferentes fases da vida
de Esperança e de nos fazer rir e de
nos comover a cada passo destas me-
mórias.
No fim, conseguiu ainda criar um des-
fecho surpresa uma vez que o amado
de Esperança, de que tanto ela falou,
sempre esteve ali ao seu lado e foi ela
quem cuidou dele até ao fim e a espe-
rança que ela sempre teve em encon-
tr|-lo concretizou-se, pois l| diz o dita-
do que “a esperança é sempre a últi-
ma a morrer”.
Teresa Lérias
Teatro: Esperança
Musical Rent
www.clubegalpenergia.com 6 # 231 julho 2016
Muitas atividades aconteceram:
rapel, escalada, canoagem, baloiço
3G…
Yoh!!! Foi muito fixe!
Conhecer novos amigos,
Amizades que n~o vamos esquecer.
Mais crescidas e de coraç~o a abar-
rotar,
Para o ano, de certeza, iremos vol-
tar.
Madalena e Margarida Dias Ramos
(9 anos)
As duas semanas que passei em Ingla-
terra nunca ser~o esquecidas!
Fiz amigos de toda a parte do mundo,
pus em pr|tica e melhorei o meu in-
glês de uma maneira muito divertida e
natural e fiquei ainda a conhecer v|-
rias partes de Inglaterra e a sua cultu-
ra.
O grupo português com quem fui, era
no início uma dúzia de desconhecidos
e quando voltou era uma família uni-
da.
O nosso dia começava com uma aula
de três horas de inglês, mas que devi-
do { sua din}mica e aos professores,
passava muito r|pido. A melhor parte
da aula era, sem dúvida, a destinada {
realizaç~o do projeto (que podia vari-
ar entre inventar um novo desporto,
uma nova app ou uma barra de choco-
late entre outros).
[ tarde e { noite havia v|rias ativida-
des, desde nataç~o a teatro, passan-
do pelo jogo do mata e pela noite de
casino. Estas atividades eram sempre
muito divertidas e faziam com que
conhecêssemos ainda mais pessoas.
Tanto os professores como os instru-
tores melhoraram significativamente
esta experiência, eram incans|veis e
estavam sempre l| para nos ajudar.
Os passeios que fizemos foram das
melhores partes desta viagem! Visita-
mos Londres, Cambridge, Colchester,
Ipswich, entre outros.
Foi uma experiência incrível e única,
que nunca ser| esquecida!
Beatriz Pereira
MyCamp Going to England
www.clubegalpenergia.com 7 # 231 julho 2016
A Direç~o do Clube Galp - Núcleo
Centro procedeu ao sorteio, entre
os seus Associados, de três bilhe-
tes duplos para a performance de
Rui Massena, a 2 de dezembro pró-
ximo, no Coliseu dos Recreios de
Lisboa:, e os contemplados foram:
Lília Duarte
Pedro Carvalho
Ricardo Almeida Gomes
Ensemble, o mais recente projeto
de Rui Massena, que se tem igual-
mente afirmado como pianista,
chegou ao primeiro lugar do top
de vendas nacional e motivou salas
cheias na Casa da Música e no Cen-
tro Cultural de Belém, com o artis-
ta a ser premiado no final com en-
tusi|sticas ovações.
Decorreu, no passado dia 4 de Ju-
nho, no Holi Park de Alc}ntara, um
dos famosos festivais de pós colo-
ridos de Portugal: o Holi Summer.
Inspirado nos festivais indianos
com o mesmo propósito, o Holi
Summer contou com pós certifica-
dos que n~o provocassem compli-
cações ao nível da saúde dos festi-
valeiros e com música ao vivo, ao
cargo de: dupla Met Ca Sets, Kare-
tus (que surpreenderam ao convi-
dar Diogo Piçarra), DJ Kamala e
Tom Enzy.
Ao longo do evento s~o realizadas
v|rias explosões de pós coloridos,
as Color Blasts, onde os participan-
tes soltam o pó, todos ao mesmo
tempo.
Espalhadas pelo espaço existem
v|rias bancas e roulotes onde se
pode adquirir quanta comida e be-
bida se desejar, sendo que n~o é
vendido |lcool dentro do recinto.
Este é um festival que dura o dia
inteiro e que deixou milhares ao
rubro, ansiosos pelo próximo: O
Holi Christmas, ainda sem data
marcada.
Rita Mota
Sorteados Rui Massena
Ensemble
Holi Summer
www.clubegalpenergia.com 8 # 231 julho 2016
Decorreu no passado dia 11 de ju-
lho, no MEO Arena em Lisboa, o
concerto de uma banda singular,
com j| algumas décadas de exis-
tência, mas que continua a conse-
guir reunir fans de v|rias gerações:
os Iron Maiden.
A banda nesta tournée - The Book
of Souls World Tour - apresentou
temas do seu décimo sexto disco
que foi disponibilizado em setem-
bro, tendo sido número um de
vendas em cinquenta países.
Um concerto memor|vel, cuja pri-
meira parte esteve a cargo da ban-
da The Raven Age, de quem o filho
mais velho do baixista dos Iron
Maden faz parte, tendo assim fica-
do tudo em família.
NOS Alive é um evento que pro-
porciona experiências.
Todos os sentidos s~o estimula-
dos, desde o passadiço de entrada
até ao regresso a casa.
O NOS Alive tem-nos habituado a
grandes cartazes, para todos os
gostos, criando diversos espaços
com uma enorme qualidade.
2016 n~o foi exceç~o!
A primeira noite da ediç~o de 2016
levou, a quem l| esteve, ao passa-
do.
A viagem ao passado acontece de
forma natural e inconsciente, bas-
tando para isso ouvir os primeiros
acordes de qualquer um dos
“cl|ssicos” de Pixies no Palco NOS.
Num ritmo diferente, as batidas
eletrónicas e o espet|culo de luzes
de The Chemical Brothers contagi-
aram o público, deixando as me-
mórias para tr|s para se viver o
presente.
No NOS Alive est| sempre qual-
quer coisa a acontecer e o mais
espantoso é juntar num só recinto
tanto talento artístico em diferen-
tes palcos, que n~o o “palco princi-
pal”.
Música, espet|culo, energia e mul-
ticulturalidade! É agrad|vel ver co-
mo Lisboa acolhe milhares de naci-
onalidades diferentes, estando o
NOS Alive no roteiro dos festivalei-
ros portugueses e estrangeiros
mais exigentes!
Nicole Ribeiro
Iron Maiden NOS Alive 2016
www.clubegalpenergia.com 9 # 231 julho 2016
Este ano fui a quarta vez ao MY
CAMP!!
Gostei bastante, novas atividades,
novos monitores, novos amigos,
eu diria o paraíso das férias.
Todos os anos levo novos amigos e
trago outros.
Faz bem { toda a gente e recomen-
do vivamente a ida a este campo.
Vicente e Lourenço
A Direç~o do Clube Energia – Nú-
cleo Centro, n~o tem dúvidas de
que os Campos de Férias s~o um
excelente parceiro da Família, da
Escola e da Comunidade no geral.
Ajuda os seus filhos a serem inde-
pendentes, a criarem competên-
cias emocionais e sociais, valores, a
construir o seu car|cter e capaci-
dade de tomada de decis~o, tudo
num ambiente de criatividade e
enriquecimento sob a supervis~o
de adultos exemplares e positivos.
Foi com a MyCamp que cri|mos
uma parceria para a semana de 17
a 23 de julho, onde foi proporcio-
nado um ambiente de proteç~o,
longe da press~o da nossa socieda-
de, que permitiu aos nossos jo-
vens, serem ativos e a desenvolve-
rem as suas capacidades e habili-
dades de forma segura.
My Camp My Camp II
www.clubegalpenergia.com 10 # 231 julho 2016
Foi com alguma expectativa na res-
posta, que propus ao meu filho - o
David de 6 anos - passar uma semana
de férias no ZOO de Lisboa. Expliquei-
lhe que ia conviver de perto com os
animais, participar em jogos e ativida-
des divertidas e, acima de tudo, que ia
conhecer novos meninos(as) e passar
uma semana ao ar livre no Jardim Zo-
ológico… Para minha surpresa a res-
posta foi imediata e bastante positiva!
Com muita curiosidade e um pouqui-
nho de nervosismo, no dia 18 de julho,
o David iniciou a sua semana de férias
no ZOO de Lisboa.
A monitora Marina j| nos esperava,
assim como outros meninos que ti-
nham chegado um pouco mais cedo,
com um grande sorriso. Dois beijinhos
da monitora e o ol| dos outros meni-
nos e foi-se o nervosismo inicial e a
camaradagem entre todos começou
logo ali.
Diariamente, reunida a garotada da-
vam início { “descoberta” do ZOO.
Guiados pela monitora faziam visitas {
“casa” dos habitantes do jardim, con-
versavam com os respetivos tratado-
res e pelo meio realizavam jogos, fazi-
am desenhos e outros trabalhos ma-
nuais sobre o que acabavam de apren-
der.
E foi assim que ficaram a saber que no
ZOO de Lisboa h| golfinhos, macacos,
girafas, rinocerontes, hipopótamos,
chimpanzés, elefantes, flamingos, pa-
pagaios, passarinhos, cabrinhas, co-
bras, lagartos, crocodilos, assim como
v|rias curiosidades sobre estes e ou-
tros animais. Dos golfinhos, que o Da-
vid adora, gostaram particularmente
do show deles e acharam incríveis os
saltos, mergulhos e piruetas que con-
seguem fazer.
Ficaram a saber que as girafas eram
nove, grandes e pequenas e que s~o
mesmo muito altas. As fêmeas têm
cinco metros e os machos seis. Con-
cluíram que devem ser os mais altos
do ZOO!
Nos répteis aprenderam que algumas
serpentes s~o venenosas e que n~o
precisam de fazer a digest~o e tive-
ram também a oportunidade de toca-
rem numa e verificar que a sua pele é
rija! Ao pé das cobras puderam tam-
bém apreciar os lagartos e alguns dos
meninos tiveram medo destes bichos!
Na zona mais colorida do ZOO acha-
ram os pica-paus muito giros e desco-
briram que estes têm o bico muito
duro que lhes permite picarem nas
|rvores.
Tiveram também a experiência de ter
um papagaio no braço – uns gostaram
e disseram que lhes fazia cócegas ao
passearem no braço, outros n~o acha-
ram tanta graça e parece que ficaram
com uns arranhões…
Descobriram que os linces Ibéricos
têm este nome porque só existem em
Portugal e em Espanha e que prefe-
rem comer carne a ervas, e acharam
que as tartarugas andam muito deva-
garinho, porque a carapaça, deve pe-
sar muito!
Quanto aos elefantes, s~o cinco os
que vivem no Zoo e gostam de comer
palha. É com a sua “tromba” que le-
vam a palha para a boca. Ficaram mui-
to surpreendidos quando descobri-
ram que os flamingos - contaram trin-
ta e quatro - por vezes ficam de pé só
numa pata! E que n~o caem!
Por causa do calor os hipopótamos,
que eram três, preferiam fazer a sesta
dentro de |gua, e claro a saltar de ra-
mo em ramo nas |rvores, umas vezes
de cabeça para baixo outras vezes
seguros só com uma pata encontra-
ram os macacos, com os quais se di-
vertiram imenso.
Fungag| da Bicharada
www.clubegalpenergia.com 11 # 231 julho 2016
Visitaram também a horta do ZOO,
onde se cultivam legumes e frutas e
onde crescem alguns animais domés-
ticos - galinhas, coelhos e cabrinhas.
Como me explicou o David, n~o esti-
veram sempre ao pé dos bichos, para
n~o os “incomodar”. Nessas ocasiões
reuniam-se e realizavam algumas ativi-
dades em grupo: os “Peninhas. Fize-
ram binóculos para ver ao longe, uma
coroa com penas, um copo/
auscultador para ouvir o “coraç~o das
|rvores”. Houve também uma caça ao
tesouro e um jogo de detetives
(tiverem de descobrir quem roubou a
comida da dispensa do ZOO – parece
que o le~o tinha muita fome…).
Pelo que ouvi do meu filho, posso di-
zer que tiveram uma semana em
cheio e se para alguns dos meninos
esta n~o foi a primeira vez que estive-
ram no Jardim Zoológico, para todos
foi certamente a primeira vez que ex-
ploraram e descobriram tanta coisa
nova sobre a bicharada do ZOO. Para
confirmar que esta proposta para as
férias da pequenada foi uma boa op-
ç~o, deixo a pergunta que o meu filho
me fez no final da semana que passou
no ZOO – “ M~e, para o próximo ano
posso voltar?”.
Josefina Domingos
A Colónia MyCamp têm sido, ano após
ano, uma das colónias que o Clube
Galp – Núcleo Centro divulga junto
dos seus Associados, sendo v|rias as
semanas em que l| temos participan-
tes que se inscreveram via Clube Galp.
A ida para um Campo de Férias é sem-
pre uma aventura, que acaba por mar-
car todas as crianças e jovens que ne-
les participam.
Ajuda-os a serem mais ativos, come-
çarem a ser independentes, a criar
competências emocionais e sociais,
valores, ajuda-os a construir o seu ca-
r|ter e capacidade de tomadas de de-
cisões, tudo num ambiente de criativi-
dade e entreajuda entre as crianças e
os jovens e os monitores que os
acompanham.
Esta Quinta est| situada relativamen-
te perto de Lisboa, a mais ou menos
60 km, na localidade de Vale da Pinta
– Cartaxo, e conta com excelentes
condições para receber as crian-
ças, promovendo v|rias atividades
indoor e outdoor.
Tudo é feito na Quinta, todas as ativi-
dades, todas as refeições (pequeno-
almoço, almoço, lanche, jantar e ceia),
e o alojamento em camaratas.
E é aqui que s~o criados elos e amiza-
des que perduram fora do MyCamp, e
que, quem sabe, n~o ser~o para a vi-
da.
Fungag| My Camp
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No almoço dos viajantes do Clube
Galp do ano passado (2015) inscrevi-
me logo nesta viagem. Em 2012 tinha
feito a Costa Oeste, h| 2 anos a zona
central e agora a perspetiva de conhe-
cer a Costa Leste (além de Nova Ior-
que e de Washington, onde j| tinha
estado) era aliciante. Gosto muito dos
Estados Unidos e o programa tinha
numerosos motivos de interesse!
Na véspera tinha chegado de Santia-
go de Compostela e foi uma corrida
para desfazer e fazer malas. Mas n~o
houve problemas de maior…
O nosso grupo n~o era grande, tinha
mesmo o tamanho ideal (29 pessoas),
praticamente todas conhecidas e com
o Paulo Rua (Presidente do Clube
Galp) a coordenar, o que é sempre
uma garantia de que tudo vai correr
bem.
Saímos de Lisboa { hora do almoço e,
com a mudança dos fusos hor|rios,
cheg|mos a Nova Iorque 3 horas de-
pois, o que significa que tínhamos to-
da a tarde livre para visitar a cidade.
Adoro Nova Iorque! É aquela cidade
sempre diferente, sempre nova, onde
me sinto feliz: com as suas ruas onde
o movimento n~o para, o colorido e
as luzes da Broadway, as lojas cheias
de coisas lindas, os arranha-céus, on-
de os olhos se perdem até consegui-
rem chegar ao topo, as fachadas dos
teatros, as cadeias de restaurantes…
Apetece-me olhar tudo, tudo e ficar
ali durante muito tempo…
Dificilmente haver| uma língua do
mundo que n~o seja aqui falada em
algum local ou uma cultura que n~o
esteja aqui representada…
16 de julho (1º dia de viagem): Em No-
va Iorque chovia, mas n~o muito. En-
contr|mos de novo o Elliot, que j|
tinha sido o nosso guia h| dois anos
na visita { zona central dos EUA. Nova
Iorque é formada por 5 distritos:
Bronx, Manhattan, Queens, Brooklyn
e Richmond. Começ|mos por fazer
uma visita panor}mica pela 5.ª Aveni-
da, podendo apreciar todo um mundo
onde a sociedade de consumo é bem
visível a cada passo. Prosseguimos,
passando pela Catedral de St. Patrick
(de estilo gótico) e entr|mos na Gran-
de Estaç~o Central que é desde 1913 o
principal terminal de comboios dos
Estados Unidos e o maior do mundo.
Hoje a Grande Estaç~o Central tem
mais de 40 plataformas de onde saem
e onde entram comboios a toda a ho-
ra.
O movimento era imenso. Além de ser
um enorme terminal, a estaç~o tem
v|rias atrações culturais e históricas,
bem como lojas e restaurantes. Em
todas as ruas e olhando para cima,
víamos o Empire State Building a
olhar-nos. Pass|mos pelo Macy’s, a
maior loja do mundo, onde podemos
encontrar tudo o que se possa imagi-
nar.
Saímos do autocarro para tirar uma
fotografia ao Flatiron Building (com o
seu formato semelhante ao de um
ferro de engomar), pass|mos por nu-
merosas lojas de marca e cheg|mos
ao Empire State, que visit|mos. O
controlo da segurança era muito gran-
de, pass|mos por v|rios detetores de
metais e os nossos sacos foram todos
inspecionados. Depois do que aconte-
ceu em 11 de setembro de 2001, temos
de aceitar e compreender todas estas
cautelas.
A vista do último andar do Empire Sta-
te (o 86º), com o seu terraço fechado,
d|-nos uma panor}mica de toda a ci-
dade, bem como do rio Hudson e pro-
curei o novo edifício do Ground Zero,
no local onde tinham estado as Torres
Gémeas e que é atualmente o edifício
mais alto da cidade.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
www.clubegalpenergia.com 13 # 231 julho 2016
Após a descida, continu|mos para a
Broadway, com todos aqueles anún-
cios luminosos que fazem a noite pa-
recer dia. Após o passeio, dirigimo-
nos para o Restaurante The View. É
um restaurante giratório, de onde
podemos ter uma perspetiva noturna
de Nova Iorque e que fica no último
andar do Hotel Marriot Marquis, situa-
do em Times Square, mesmo ao lado
dos teatros, onde s~o representados
os famosos espet|culos da Broadway.
Demos ainda um longo passeio a pé e
depois seguimos para o hotel.
17 de julho (2º dia de viagem): O dia
amanheceu cheio de sol e inici|mo-lo
com um passeio pelo Central Park.
Antes disso, ainda tivemos a possibili-
dade de observar o Edifício Dakota,
um edifício de apartamentos situado
ao lado de uma das entradas do Cen-
tral Park, onde morou John Lennon,
que foi assassinado por um
“admirador” { entrada do prédio, em
8 de dezembro de 1980.
É um dos edifícios mais luxuosos de
Nova Iorque e aqui residiu o embaixa-
dor de Portugal na ONU. Este aparta-
mento pertencente ao Estado Portu-
guês foi recentemente vendido por 10
milhões de dólares.
Entr|mos no Central Park e dirigimo-
nos aos Strawberry Fields, uma parte
do parque dedicada { memória de
John Lennon. A canç~o que ele escre-
veu, “Strawberry Fields for Ever”, deu
o nome a esta zona do parque. H| um
memorial dedicado a John Lennon,
para o qual Yoko Ono (a mulher) con-
tribuiu com um milh~o de dólares. O
memorial é um mosaico redondo, no
estilo da calçada portuguesa, coberto
de flores e velas e no centro est| a
palavra “Imagine”, o nome de uma
das últimas canções que John Lennon
escreveu. Num banco próximo, estava
sentado um jovem que se acompa-
nhava { guitarra e cantava justamente
“Imagine”. Fiquei comovida!
Em seguida, visit|mos a Catedral de
S~o Jo~o o Divino, que é uma das mai-
ores catedrais anglicanas e a maior
catedral neo-gótica do mundo. Na sua
fachada existem figuras que se diz
serem uma profecia da destruiç~o do
World Trade Center. A sua ros|cea
tem mais de 10.000 peças de vidro
colorido. Aqui fizeram eloquentes alo-
cuções acerca da injustiça e da paz
Martin Luther King, Vaclav Havel, Nel-
son Mandela e o Dalai Lama, entre
outros.
Seguimos para a Universidade de Co-
lumbia, instituiç~o privada de ensino
superior. Fundada numa igreja em
1754, a Universidade Columbia abri-
gou a primeira escola de medicina dos
Estados Unidos, e atualmente é a nú-
mero 13 das mais conceituadas Uni-
versidades do Mundo.
Aqui estudaram, entre outros, 82 pré-
mios Nobel, 20 milion|rios (por exem-
plo, David Rockefeller) e 29 chefes de
Estado, incluindo 3 presidentes dos
Estados Unidos (Franklin Roosevelt,
Theodore Roosevelt e Barak Obama).
Estudar aqui é difícil: em 2013 a Uni-
versidade recebeu mais de 26.000
candidaturas, mas apenas foram ad-
mitidos 7% dos candidatos. Tem atual-
mente apenas 4.000 alunos.
Após um passeio pelos terrenos próxi-
mos da Universidade, continu|mos
para Harlem, um bairro conhecido por
ser um grande centro cultural e co-
mercial dos afro-americanos.
Caminh|mos durante algum tempo e
admir|mos o exterior do famoso Tea-
tro Apollo. Aqui cantaram grandes
nomes da música afro-americana.
16 a 30 de julho de 2016
www.clubegalpenergia.com 14 # 231 julho 2016
[ porta do teatro, no ch~o, est~o co-
locadas placas com nomes como Lio-
nel Richie, Etta James, Stevie Wonder,
Billie Holiday, Louis Armstrong, Smo-
key Robinson, Michael Johnson e Ella
Fitzgerald, para apenas citar alguns.
Na rua vendiam CDs, bonés, T-shirts,
pins, imans com os nomes dos canto-
res mais conhecidos. Nas lojas vimos
fatos de homem muito originais, de
todas as cores e padrões (onde pre-
dominavam as flores). Muito interes-
santes, sem dúvida, mas ninguém do
grupo os quis comprar, apesar dos
preços muito acessíveis e convidati-
vos…
Frequentemente é questionada a
segurança deste bairro. Essa ideia
vem da década de 80 e do início dos
anos 90, quando houve um enorme
problema com o “crack”. Harlem
costumava ter uma m| reputaç~o,
mas agora muita coisa mudou. E
mesmo Bill Clinton n~o tem
problemas com este bairro, pois o seu
escritório pessoal est| localizado aqui.
A história do Harlem é muito
interessante; tudo começou em 1626,
quando os holandeses chamaram esta
|rea de “Nieuw Haarlem” (New
Harlem).
No final do século XIX, foi um bairro
muito elegante e é possível perceber
isso pela arquitetura: h| muitas casas
bonitas.
Encaminh|mo-nos para a Salem
United Igreja Metodista, por onde
tem passado a elite cultural e
intelectual do Harlem, localizada no
centro deste distrito. O nosso grupo
foi encaminhado para o balc~o do 1.º
andar. Aqui ouvimos vozes
maravilhosas a entoar c}nticos
gospel, como só os negros s~o
capazes de fazer. Estava { espera de
ouvir canções conhecidas, como Go
down Moses, Amen, This little shine
of mine, Oh Happy Day, mas n~o.
Foram todas diferentes, mas muito
bonitas. Após os c}nticos, algumas
senhoras vieram cumprimentar todas
as pessoas presentes. O pastor fez
uma alocuç~o acerca da paz: “As
sementes da fé constroem o futuro” e
no final algumas jovens dançaram em
frente ao altar.
Tinha chegado a hora do almoço e
fomos { Harlem Tavern, onde come-
mos hamburgers e salada, tudo enor-
me e em grande quantidade, { boa
maneira americana!
O calor era imenso, sobretudo no ex-
terior do restaurante, com um telhei-
ro coberto por uma chapa de zinco!
Continu|mos o nosso percurso no
autocarro, passando pelo Metropoli-
tan Museum of Art, e seguimos ao
longo do Central Park até chegar a
Manhattan. Vimos o Hotel Plaza, hotel
de luxo reconhecido como marco his-
tórico nacional de Nova Iorque e dos
EUA, prosseguimos novamente pela
5.ª Avenida, e cheg|mos ao Museum
of Modern Art (o MoMA), muito inte-
ressante, com as suas coleções de
v|rios pintores – Degas, Kadinsky,
Picasso, etc. Estivemos aqui pouco
tempo.
[ saída pass|mos novamente pelas
grandes avenidas. De vez em quando
chovia, mas com o calor que estava,
tudo ficava seco num instante.
Seguimos depois para Batery Park,
para o cais, onde apanh|mos o barco
que nos levaria { Est|tua da Liberda-
de.
Na verdade, Nova Iorque tem um as-
peto imponente quando vista do meio
do rio Hudson…
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
www.clubegalpenergia.com 15 # 231 julho 2016
N~o subimos { est|tua. Havia cente-
nas de pessoas e o tempo disponível
n~o era muito, mas ainda foi possível
tirar fotografias e registar a nossa pas-
sagem pelo local. Apanh|mos de no-
vo o barco, agora para irmos { Ellis
Island, ao Museu Nacional de Emigra-
ç~o, que conta as histórias das razões
por que tantas pessoas emigraram
para a América e o que lhes aconte-
ceu depois de chegarem.
É um lugar onde famílias e indivíduos
celebram e prestam homenagem aos
membros daquelas famílias que fize-
ram uma difícil viagem para terem
uma vida nova na América. Aí pode-
mos ver, entre outras coisas, muitas
fotografias dos que se aventuraram a
fazer a viagem e as malas e cestos
que usavam para transportar os seus
haveres.
De novo em Manhattan, todos tir|-
mos uma foto com o Charging Bull,
um touro da Bolsa de Valores de Nova
Iorque. Segundo a crença popular,
quem esfregar o chifre, o focinho e os
testículos do touro, atrai sorte e di-
nheiro. Pesa 3,5 toneladas e est| em
frente da Bolsa de Valores. Tir|mos
umas fotos neste local e admir|mos
ainda o resto do ch~o de madeira que
fica em frente do edifício.
Aqui encontr|mos um jovem que ti-
nha vestida a camisola da seleç~o de
Portugal que, um mês antes, se tinha
sagrado Campe~ da Europa em fute-
bol.
Tínhamos chegado ao World Trade
Center e ao National September 11
Memorial & Museum, que é um tribu-
to ao passado e um lugar de esperan-
ça no futuro. No local das antigas Tor-
res Gémeas est~o agora dois enormes
reservatórios de |gua, quadrados,
com |gua a escorrer suavemente pe-
las paredes, antes de chegar a uma
espécie de cisterna, também quadra-
da, cujo fundo n~o é visível. Aqui pre-
domina a cor cinzenta em tudo. Os
quadrados s~o rodeados por balcões
de bronze onde est~o escritos os no-
mes de todas as pessoas que morre-
ram no ataque {s Torres Gémeas em
11 de setembro de 2001. Entre estes
nomes, comoveu-me ver o nome de
uma mulher que tinha a seguir: “e o
seu filho por nascer”. Isto significa
que ela estava gr|vida!...
Continu|mos a caminhar e agora deví-
amos atravessar a ponte de Brooklin e
fazer uma curta visita ao local. Mas
n~o consegui!
Tinha caminhado tanto por Santiago
de Compostela, n~o tinha tido um dia
de paragem entre as duas viagens e
ent~o… n~o consegui caminhar mais.
O Paulo Rua apercebeu-se disso e
imediatamente chamou um t|xi que
nos levou aos três (o meu marido
também) a um café - Starbucks Coffee
- próximo do local onde iríamos jantar
– o restaurante Ellen’s Stardust.
Aí estivemos a conversar, eu descan-
sei e ao fim de um bom bocado l| nos
dirigimos para o restaurante, onde os
nossos companheiros de viagem che-
garam pouco depois.
Este é um restaurante muito interes-
sante, onde j| tinha estado com a
GALP numa outra viagem aos Estados
Unidos. Tem 2 pisos e um palco no
meio. H| um animador, que vai dizen-
do uma larachas e, de vez em quando,
os empregados que servem { mesa,
enquanto v~o fazendo o seu trabalho,
v~o cantando |rias famosas da Bro-
adway.
Tal como da outra vez, gostei muito e
acho que todas as pessoas do grupo
também ficaram satisfeitas.
16 a 30 de julho de 2016
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18 de julho (3º dia de viagem): Depois
de uma último olhar aos arranha-céus
de Manhattan e ao rio Hudson, fizemo
-nos { estrada, a caminho de Filadél-
fia. Ao fim de algum tempo cheg|mos
ao País Amish.
Os amish s~o pessoas muito especiais:
s~o protestantes Europeus adeptos
da n~o-violência, que rejeitaram Calvi-
no e Lutero, defendem a separaç~o
entre a igreja e o estado e recusam
ser batizados antes da idade adulta.
Vivem em comunidades rurais onde
recusam tudo o que seja moderno -
eletricidade, televis~o, telefone e au-
tomóveis (só usam carroças e arados
puxados por bois), criam gado e culti-
vam a terra como h| 300 anos atr|s,
mas obtêm rendimentos iguais ou
superiores aos dos agricultores mais
bem equipados. Iluminam-se com ve-
las e candeeiros a petróleo, habitam
em casas de madeira construídas pe-
las suas próprias m~os e vivem con-
forme os costumes de seus antepas-
sados do século XVI. Est~o de costas
viradas para a vida moderna e recu-
sam-se a participar das conquistas
tecnológicas dos outros americanos.
Os 200 mil amish, dos quais cerca de
50 mil vivem na Pensilv}nia, falam um
dialeto derivado do alem~o - suíço,
n~o aceitam o seguro social oferecido
pelo governo e n~o prestam serviço
militar, vivendo em comunidades se-
paradas do resto do mundo.
Os amish imigraram para a costa nor-
deste norte americana, onde vivem
até hoje. N~o h| amish além dos 200
mil que vivem nos Estados Unidos e
Canad|.
Até hoje, os amish usam fatos e cha-
péus pretos e as mulheres têm a cabe-
ça coberta por um capuz escuro, com
o cabelo preso. S~o conhecidos tam-
bém por viverem em paisagens rurais
maravilhosas, sem poluiç~o, com uma
arquitetura singular nas suas casas e
por serem pessoas am|veis e com
ótima comida. A alimentaç~o é basea-
da em carnes e vegetais frescos pro-
venientes da própria quinta e acom-
panhados por doces, geleias e p~es
caseiros. As comidas s~o sempre pre-
paradas em fogões a lenha e guarda-
das em frigoríficos que trabalham a
g|s. As roupas s~o lavadas em m|qui-
nas antigas, algumas com mais de 20
anos.
Uma decis~o recente dos bispos
amish permitiu o uso de telefones,
desde que estes estejam instalados
em cabines distantes pelo menos 50
metros do prédio principal.
Apesar de sua amabilidade, s~o radi-
cais quanto { sua fé: os amish n~o
gostam de ser fotografados, pois, fa-
zendo uma interpretaç~o extremista
da Bíblia, dizem que um crist~o n~o
deve manter a sua própria imagem
gravada.
Nas poucas lojas onde os amish ven-
dem artesanato produzido por eles
mesmos, s~o vendidas bonecas sem
rosto (de novo para n~o perpetuarem
imagens de pessoas), além de capu-
zes e geleias.
Nas conversas, os amish também s~o
radicais. Qualquer di|logo começa
invariavelmente pelo assunto clima e
dificilmente sai do terreno das vulgari-
dades.
E, como uma demonstraç~o de que
até hoje vivem com a cultura de seus
antepassados enraizada na sua men-
talidade, quem n~o faz parte do gru-
po amish é chamado de "inglês", inde-
pendentemente da sua origem.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
www.clubegalpenergia.com 17 # 231 julho 2016
Os amish sabem muito pouco sobre
outros países e mesmo sobre os Esta-
dos Unidos ou o Canad|, onde vivem.
Nunca falam de política e n~o conhe-
cem as profissões que s~o comuns em
qualquer outro lugar do mundo. Sua
conversa gira em torno da família, do
trabalho, do clima e da fé.
Para manter a tradiç~o, as crianças
amish n~o podem estudar sen~o em
escolas amish. Aqui a educaç~o signifi-
ca aprender apenas o necess|rio para
a vida adulta, isto é, o b|sico das lín-
guas inglesa e alem~, a religi~o e a
matem|tica suficiente para ajudar no
comércio, tudo condensado em oito
anos. Nenhum membro da comunida-
de completa os estudos ou vai para a
universidade. Para conseguir este di-
reito nos Estados Unidos, foi preciso
obter uma decis~o do Supremo Tribu-
nal Americano de 1972, que permitiu
que as crianças amish, ao contr|rio da
restante populaç~o do país, interrom-
pam o estudo antes de 16 anos sem
serem punidas.
Embora os amish n~o tenham auto-
móveis, n~o acham nada estranho
aceitar uma boleia de "um amigo in-
glês". Alegam que ter carro iria criar
diferenças sociais inadmissíveis entre
eles.
Outro pormenor: mesmo vivendo sem
energia elétrica, frequentam hospitais
e aceitam a medicina moderna.
Os homens usam sempre barba de-
pois de casar, mas nunca bigode, que
para eles é um símbolo militar. Ali|s,
os amish s~o totalmente pacifistas e
contra o serviço militar.
Os amish afirmam que a interpretaç~o
da Bíblia é realizada nos cultos e reu-
niões nas suas igrejas. Mesmo n~o
professando os credos históricos do
cristianismo, os amish aceitam-nos.
Defendem que o cristianismo consiste
numa ades~o pr|tica aos ensinamen-
tos de Cristo.
Para os amish, as igrejas n~o s~o su-
bordinadas a nenhuma autoridade
humana, seja ela o Estado ou a hierar-
quia religiosa. Assim, evitam partici-
par em atividades governamentais,
jurar lealdade { naç~o e participar em
guerras.
Visit|mos uma casa amish – a de Hans
Herr, a mais antiga na regi~o de Lan-
caster. Toda a decoraç~o é muito sim-
ples – os quartos apenas têm o essen-
cial. As colchas das camas s~o feitas {
m~o.
Na cozinha vemos panelas de ferro,
vasilhas de madeira e de vime, mobi-
li|rio muito simples, rocas de fiar. Na
sala de jantar a mesa é comprida e
tem bancos corridos.
Vemos p|s, enxadas, os celeiros e
anexos, a serralharia, o forno e outros
equipamentos agrícolas. Observ|mos
as charruas puxadas a cavalos. Aqui
cada família possui v|rios cavalos.
Depois do almoço e sempre com chu-
va, cheg|mos a Filadélfia. Em Julho de
1776, Filadélfia foi o berço da naç~o
que hoje é os Estados Unidos da Amé-
rica. Na época era uma cidade próspe-
ra de 25 mil habitantes e em franco
crescimento económico, assente nas
transações comerciais entre as maté-
rias-primas provenientes do "Novo
Mundo" e os produtos manufatura-
dos oriundos da Europa. Fundada pe-
los colonos Quaker ingleses, foi tam-
bém a porta de entrada para muitos
imigrantes das mais variadas origens
étnicas e religiosas.
Era uma das maiores metrópoles da
colónia brit}nica da América do Norte
e viria a ser, de 1791 a 1800, a capital
dos Estados Unidos..
16 a 30 de julho de 2016
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Começ|mos por visitar o Independen-
ce National Historical Park. Aqui, den-
tro de uma redoma de vidro est| o
Sino da Liberdade, que é um dos sím-
bolos mais conhecidos da indepen-
dência, do nacionalismo e da liberda-
de dos Estados Unidos e é o símbolo
internacional da liberdade.
Em 8 de julho de 1776 o seu toque
convocou os cidad~os de Filadélfia
para a leitura da Declaraç~o de Inde-
pendência dos Estados Unidos. No
sino est| gravada uma inscriç~o que
diz: “Proclamai a Liberdade por toda a
Terra e todos os seus habitantes”.
Junto do sino existem fotos dos mais
conhecidos líderes mundiais que luta-
ram pela liberdade, como Nelson
Mandela e o Dalai Lama.
O sino tem 3,7 metros de perímetro e
pesa 932 kg. O seu perfil, com uma
grande fissura, d| a ideia da expans~o
contínua da liberdade a novos povos
e aspetos da vida.
Visit|mos depois o Carpenter's Hall,
onde se reuniu pela primeira vez o
Congresso e o Independence Hall,
ladeado pelo Old City Hall (sede do
Supremo Tribunal) e pelo Congress
Hall.
No rés-do-ch~o do Independence Hall
entra-se directamente na sala onde se
reunia a assembleia dos representan-
tes dos 13 Estados fundadores dos
EUA e na ala Oeste est~o expostos
alguns dos primeiros exemplares im-
pressos da Declaraç~o de Indepen-
dência e o tinteiro de prata com que a
mesma foi assinada.
Visit|mos ainda a Franklin Court, actu-
almente uma réplica da casa original
habitada em tempos por Benjamin
Franklin e que foi transformada em
museu.
Pass|mos pela China Town, pelo Love
Park e depois pelo centro da cidade,
admirando os seus edifícios e jardins e
por uma avenida onde estavam haste-
adas todas as bandeiras do mundo,
incluindo a Portuguesa.
Cheg|mos ao Museu de Arte de Fila-
délfia, um dos mais importantes dos
Estados Unidos. No alto da sua esca-
daria podemos ver a inscriç~o Rocky e
as marcas de 2 sapatos, em bronze –
aqui foi filmada uma cena de um dos
filmes de Rocky Balboa (interpretado
por Sylvester Stallone, que sobe os
degraus a correr).
Seguiu-se a Elfreth’s Alley { entrada
da qual est| uma placa que diz: “Um
conjunto excecional de casas america-
nas antigas, construídas entre 1720 e
1830. A rua continha as casas e lojas
de diversos artes~os. Mais tarde, imi-
grantes da classe trabalhadora vive-
ram aqui e trabalharam nas proximi-
dades. Os residentes começaram os
esforços de preservaç~o em 1934”.
Admiramos casinhas com as bandei-
ras americanas, de r/c e 1.º andar, com
as entradas das caves sabiamente co-
locadas, de modo a que as crianças
n~o caíssem para o interior das mes-
mas, muitos canteiros de flores e sem-
pre a bandeira americana. Muito boni-
to!
Jant|mos num restaurante italiano
muito agrad|vel – Positano Coast,
com fotos da costa italiana e segui-
mos para o hotel.
Mas a noite n~o foi passada tranquila-
mente: seriam umas 3 horas da ma-
drugada, quando fui acordada por um
som estridente. A primeira ideia que
tive foi que era o toque do telefone
para despertar, como acontecia todas
as manh~s.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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Mas depois de tocar em todos os bo-
tões da mesa-de-cabeceira e aquele
som n~o ter parado, concluí que era
um alarme. Saímos para o corredor do
Hotel, onde j| se tinham aberto todas
as portas dos quartos e os nossos
companheiros de viagem, todos de
pijama, olhavam uns para os outros,
sem saber o que se passava. O alarme
continuava a tocar, com um som for-
tíssimo, e uma voz dizia pelo alto-
falante para nos mantermos calmos e
que, logo que possível, seriam dadas
mais informações.
Estivemos assim durante uma hora,
sentados no ch~o. Houve quem des-
cesse 8 andares para saber mais infor-
mações na receç~o do Hotel, mas n~o
foram dadas quaisquer notícias a es-
clarecer a causa do alarme.
Assim, a voz do alto-falante acabou
por se calar e todos volt|mos para os
quartos. O resto da noite foi tranquilo
e n~o houve mais incidentes!...
19 de julho (4º dia de viagem): Neste
dia saímos de Filadélfia. No caminho
pass|mos pelo est|dio do Philadel-
phia Eagles, a famosa equipa de fute-
bol americano da cidade e ao fim de 2
horas cheg|mos a Baltimore, a cidade
mais populosa do estado de Mary-
land.
É o principal centro urbano, financeiro
e cultural de Maryland. Foi fundada
em 1729 e é um dos principais portos
marítimos do país. Após um declínio
na indústria local, Baltimore passou a
ter uma economia orientada em torno
do setor de serviços. Baltimore é a 19ª
cidade mais violenta do mundo e a 3ª
mais violenta dos Estados Unidos,
apresentando uma taxa de homicídios
bastante elevada, tendo sido em 2013
contabilizados 234 homicídios.
Visit|mos a Basílica, a mais antiga ca-
tedral católica dos Estados Unidos,
com est|tuas dos papas Paulo VI e
Jo~o Paulo II.
Aqui estiveram este Papa, a Santa Te-
resa de Calcut|, Ralph Waldo Emer-
son e o Chefe “Pena Branca” da Tribo
Índia Sioux.
Daqui prosseguimos para a Biblioteca
George Peabody, cujo interior é fre-
quentemente considerado um dos
mais belos do mundo. Concluído em
1878, foi projetado pelo arquiteto Ed-
mund G. Lind em colaboraç~o com o
reitor da Universidade Nathaniel H.
Morison, que descreveu a Biblioteca
como uma "catedral de livros."
O interior é deslumbrante, monumen-
tal, em estilo neo-grego e apresenta
um |trio que, ao longo de um piso de
m|rmore preto e branco formando
desenhos, vai até 180 metros de altu-
ra, com uma clarabóia de vidro fosco
cercado por cinco níveis de ferro fun-
dido preto, varandas e colunas. Aí ex-
istem milhares de livros. H| poucos
anos, esta histórica Biblioteca foi res-
taurada e remodelada.
Perto da Biblioteca, est| a Universida-
de Joan Hopkins. No percurso pela
cidade pass|mos por um jardim com
jogos de |gua, onde as crianças todas
molhadas se divertiam, com a surpre-
sa de n~o saberem de onde a |gua ia
brotar, minimizando assim o calor in-
tenso. Também me apetecia ir para aí
e apanhar |gua…
Entretanto cheg|mos ao porto – o
Harborplace. Aqui encontramos um
centro de compras, entretenimento e
turismo (uma zona lindíssima, cheia
de iates, edifícios modernos, flores e
restaurantes) e o Aqu|rio Nacional de
Baltimore. Vimos uma fragata que nos
fez recordar a nossa “Sagres”. As pes-
soas passeavam de barco, de gaivota
e a pé.
16 a 30 de julho de 2016
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Almoç|mos o famoso “crab cake” na
Reynolds Tavern. O edifício onde fica
situado este restaurante é um dos
melhores exemplos da arquitetura
georgiana em Annapolis, Maryland. A
Reynolds Tavern est| conveniente-
mente localizada no centro de lojas,
restaurantes, teatros, galerias da zona
histórica e muito perto da Academia
Naval dos Estados Unidos.
O edifício foi muito bem restaurado
para refletir a natureza de trabalho da
taberna e a eleg}ncia do século 18.
Reynolds Tavern é a mais antiga ta-
berna em Annapolis e uma das mais
antigas nos Estados Unidos.
Fomos { Igreja in the Circle na diocese
episcopal de Maryland e seguimos
para a Maryland State House, que da-
ta do século XVIII, onde s~o guarda-
dos e preservados os registos e arqui-
vos do Estado. Visit|mos a Rotunda (o
espaço que fica debaixo da cúpula do
edifício), onde est| guardada uma
caixa com a cópia pessoal do discurso
de George Washington, quando este
resignou do seu posto de coman-
dante do Exército Continental, profe-
rido na Velha Sala do Senado em 23 de
dezembro de 1783.
George Washington comandou o
exército continental durante os lon-
gos 8 anos da guerra da independên-
cia da América. Vitorioso e, em lugar
de reclamar o poder para si próprio,
como muitos esperavam, resignou e
devolveu o poder militar do país { au-
toridade civil.
Afirmou: “Tendo agora terminado o
trabalho que me foi destinado, retiro-
me do grande teatro de aç~o”. Estive-
mos na Sala do Senado e na Sala dos
Delegados (a maior sala na State Hou-
se que mede cerca de 144 metros qua-
drados. Os 141 delegados sentam-se
por delegaç~o e os seus votos s~o
registados nos grandes painéis situa-
dos de cada lado da sala).
Vimos a Sala dos Arquivos e pudemos
apreciar como teve lugar a expans~o
dos direitos em Maryland. Vimos tam-
bém a Sala Caucus da State House,
onde est| exposta uma riquíssima
baixela de prata.
A Maryland State House foi designada
como um Marco Histórico Nacional
pelo Departamento do Interior Ameri-
cano em 1960. Em seguida, fomos ao
forte McHenry em St. Mary.
Vimos o velho Edifício do Tesouro – o
mais antigo edifício público em An-
napolis, capital de Maryland e fomos
ao St. John’s College e depois { Uni-
ted States Naval Academy Alumni As-
sociation, em Annapolis, fundada em
1845.
[ entrada da Academia Naval est|
uma placa de bronze onde pode ler-
se: “A Miss~o da Academia Naval é
desenvolver moral, mental e fisica-
mente cadetes navais e imbuí-los nos
mais elevados ideais de dever, honra
e lealdade, de modo a formar chefes
que se dedicam a uma carreira de ser-
viço naval e a ter potencial para o fu-
turo desenvolvimento no espírito e no
car|ter, de modo a assumirem as mais
altas responsabilidades de comando,
cidadania e governo.”
Vimos o campo de jogos da Academia,
com relva artificial, as fardas, armas,
canhões, fotografias dos exercícios no
mar e muitas outras coisas. A Acade-
mia também tem alunas, tal como
vem acontecendo atualmente em to-
dos os estabelecimentos de ensino
militar por todo o mundo. Fizemos
depois uma visita panor}mica da cida-
de.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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Seguimos para Washington D.C. e
cheg|mos ao Hotel, onde jant|mos.
20 de julho (5º dia de viagem): Was-
hington, capital dos Estados Unidos,
foi a primeira cidade do mundo a ser
concebida como capital administrati-
va, quando George Washington pro-
curava um terreno neutro entre o Sul
e o Norte. Foi o engenheiro e arquite-
to francês Pierre Charles L’Enfant
quem elaborou os projetos da cidade.
Verdadeira obra prima do ponto de
vista da conceç~o esses projetos n~o
foram respeitados e, da ideia inicial,
resta apenas a grandiosa perspetiva
do Mall, o grande espaço público on-
de se vê o Capitólio, ao lado do Sena-
do e da C}mara dos Representantes.
No outro extremo est| a Casa Branca,
que se impõe igualmente pela sua
beleza. Ao longo do mal erguem-se
edifícios como o Supremo Tribunal. E
as avenidas vizinhas ajudam a criar um
ambiente de solenidade, com edifícios
de embaixadas, lagos e grandes relva-
dos.
Em frente do nosso Hotel fica a Em-
baixada de Portugal, num edifício com
um aspeto relativamente modesto (se
o compararmos com os outros exis-
tentes na mesma avenida), de 4 anda-
res.
Nesta manh~ e na manh~ seguinte o
pequeno almoço foi um tanto confu-
so – tinha sido dado a cada pessoa do
nosso grupo um voucher no valor de
23 dólares para pagamento do mes-
mo.
Mas o facto de os preços indicados
em cada artigo n~o terem incluído o
IVA nem a taxa de serviço, fez que
tivessem surgido muitas dúvidas, ten-
do-se formado uma longa fila de espe-
ra.
Enquanto aguard|vamos, repar|mos
que na sala do pequeno almoço esta-
vam os nossos ministros da Defesa –
Azeredo Lopes (que n~o reparou no
nosso grupo) e dos Negócios Estran-
geiros (Santos Silva) que veio falar
connosco e nos fez as perguntas habi-
tuais (se est|vamos a gostar, quanto
tempo íamos ficar, ...).
Na visita panor}mica pass|mos pelo
edifício do Fundo Monet|rio Interna-
cional, a Casa Branca (só de longe,
pois por razões de segurança n~o nos
podíamos aproximar), o Capitólio
(que tinha a cúpula em obras), o Mall,
o Monumento a George Washington
ou Obelisco (que tem 169 metros de
altura e est| situado na extremidade
oeste do Mall, entre o Capitólio e ao
lado do Lincoln Memorial e é um mo-
numento que presta homenagem ao
primeiro presidente dos Estados Uni-
dos e comandante do Exército Conti-
nental. George Washington conseguiu
a independência dos Estados Unidos
lutando frente aos ingleses na Guerra
de Independência), os monumentos
s|o dedicados aos presidentes Geor-
ge Washington, Thomas Jefferson,
Abraham Lincoln e Theodor Roose-
velt.
Demos um passeio de barco pelo rio
Potomac e cheg|mos a Mount Ver-
non, a casa de George e Marta Was-
hington. A casa de George Washing-
ton (o 1.º presidente dos EUA) é atual-
mente a casa histórica mais visitada
na América. Nas paredes podemos ler
algumas das frases proferidas por
Washington em v|rias situações da
sua vida. Visit|mos, dentro da proprie-
dade, a casa do jardineiro e a casa do
sal (usado no ver~o e outono para
preservar a carne fresca, peixe e vege-
tais. George Washington também im-
portou todos os anos grandes quanti-
dades de sal de Portugal, entre outros
países). Aqui também eram guarda-
dos equipamentos agrícolas, redes de
pesca e instrumentos de ferreiro.
16 a 30 de julho de 2016
www.clubegalpenergia.com 22 # 231 julho 2016
Washington acreditava profundamen-
te no valor estratégico da disciplina e
treino militar. Em 1797 Washington
afastou-se mais uma vez e regressou
a Mount Vernon. Tinha nessa altura
65 anos bem constituídos e os seus
últimos dois anos e meio de vida fo-
ram passados a cuidar da sua proprie-
dade, a entreter os visitantes e a
aconselhar a administraç~o de John
Adams (o segundo Presidente dos
Estados Unidos). Faleceu em 14 de
dezembro de 1799, em consequência
de uma grave infeç~o na garganta.
Depois da visita, almoç|mos no res-
taurante Mount Vernon Inn, um local
encantador.
[ tarde pass|mos pelo exterior do
cemitério Nacional Militar de Arling-
ton com as suas mais de 400.000 l|pi-
des, inaugurado em 1864. Aqui est~o
sepultados veteranos de todas as
guerras disputadas pelos Estados Uni-
dos, bem o senador Robert Kennedy
e o seu irm~o, o presidente John Ken-
nedy, assassinado em Dallas em 22 de
novembro de 1963.
Est| também a mulher deste - Jacque-
line Kennedy e um filho de ambos,
que morreu pouco depois do nasci-
mento.
O Pent|gono foi visto de muito longe,
só de rasp~o e n~o visit|mos o Memo-
rial aos mortos das guerras do Vietna-
me e da Coreia.
Depois do almoço havia dois museus
para visitar: o Smithsonian National
Air and Space Museum e o Museu Na-
cional de American Indian. N~o havia
tempo para visitar os dois, de modo
que cada pessoa escolheu aquele em
que tinha mais interesse. Nós prefe-
rimos o Museu Smithsonian com as
suas naves espaciais (Gemini IV, o mó-
dulo lunar, a miss~o Space Shuttle em
1983, com Sally Ride, a primeira mu-
lher no espaço, o míssil V2, o projeto
Apollo-Soyuz – miss~o conjunta no
espaço, a história do voo Soyuz, o po-
der tocar num pedaço de pedra lunar,
etc.).
Prosseguimos para a Biblioteca Nacio-
nal do Congresso. Passe|mos a pé
pelo bairro Little Italy, com muitas
lojas, cafés e restaurantes. Fomos {
Gold Stone House (mas n~o en-
tr|mos) – a casa mais antiga em
Washington D.C. construída em 1765 e
completada por volta de 1780. É um
edifício com jardim e a única proprie-
dade retangular que resta da funda-
ç~o de Georgetown em 1751.
Jant|mos no restaurante italiano Il
Canale.
21 de julho (6º dia de viagem): Prosse-
guimos para o Vale de Shenandoah,
onde visit|mos as grutas Luray, das
quais um relatório da Instituiç~o
Smithsoniana datado de 13 e 14 de
julho de 1880 comentou: “é seguro
afirmar que n~o existem provavel-
mente outras grutas no mundo deco-
radas mais completa e profusamente
com estalactites e estalagmites do
que as de Luray. Na realidade s~o
imensas, enormes e lindíssimas. No
interior h| o enorme estalacpipe or-
gan, onde a palavra estalacpipe junta
estalactite e pipe (tubo de órg~o) e aí
pudemos ouvir música cl|ssica. H| um
lago chamado “o poço dos desejos”.
Aqui podemos fazer três pedidos e
deitar moedas para a |gua. Desde
1954 até agora j| foram recolhidos
1.817.860,32 dólares, que têm sido
entregues a diferentes instituições de
solidariedade!
Continu|mos para o Parque Nacional
Shenandoah. Aqui, o Elliot (guia), o
Sérgio (o acompanhante da Tryvel) e
o Paulo Rua (do Clube Galp) j| vinham
prevenidos com o almoço e foi aqui
que comemos.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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Foi um almoço muito agrad|vel ao ar
livre, debaixo de um telheiro, com
aperitivos, azeitonas, sanduiches, ba-
tatas fritas, sumos, |gua e vinho. O
resto da tarde foi passado no parque.
O parque Nacional de Shenandoah é
talvez um dos lugares mais espetacu-
lares para disfrutar das maravilhas da
natureza. Aqui observamos picos de
montanhas, bosques, cascatas e rega-
tos e a fauna do lugar, que inclui renas
e |guias.
O primeiro lugar que se observa ao
entrar no parque é o Skyline Drive,
Este caminho é a rota para todos os
sítios de interesse de Shenandoah. Ao
largo do caminho h| belíssimos pon-
tos panor}micos. Um passeio pelo
Parque Nacional Shenandoah põe-nos
em contacto com a natureza e é um
lugar maravilhoso para escapar ao
bulício de todos os dias.
Ainda fomos ao Centro de Visitantes
do Parque e a meio da tarde prosse-
guimos para Roanoke, uma cidade
independente localizada no Estado
americano de Virgínia. A sua |rea é de
110 km² e a sua populaç~o é de cerca
de 100.000 habitantes. A cidade foi
fundada em 1884 e é banhada pelo rio
do mesmo nome.
Cheg|mos ao Hotel para jantar ao fi-
nal do dia.
22 de julho (7º dia de viagem): No dia
seguinte continu|mos para Charlotte.
É uma cidade bonita, conhecida como
Queen City (a cidade rainha). Este no-
me foi-lhe dado para homenagear a
rainha Charlotte, mulher de George
III, rei da Inglaterra. A opini~o geral é
que em breve Charlotte estar| a rivali-
zar com Atlanta pelo título de mais
próspera cidade do sul americano.
Tem muitos prédios modernos, mas o
que faz a diferença da cidade é mes-
mo o cuidado com os detalhes, a lim-
peza e a decoraç~o.
A sua avenida principal corta o centro
no sentido norte-sul, é toda arboriza-
da e ornamentada com esculturas que
d~o um certo aspeto de museu {s
ruas centrais. No cruzamento das ruas
Tryon e Trade, cada uma das quatro
esquinas tem uma escultura gigante,
representando os diferentes segmen-
tos da sociedade que contribuíram
para o desenvolvimento desta regi~o.
Nos arredores do centro de Charlotte
também pass|mos por Queen's Road,
com as suas numerosas mansões his-
tóricas.
Almoç|mos no restaurante Fortuna-
to, onde foram servidos uns mexi-
lhões deliciosos. Depois visit|mos o
Centro de Convenções de Charlotte.
Mas o melhor deste dia ainda estava
para vir: fomos visitar o Charlotte Mo-
tor Speedway, um circuito oval onde
se realizam corridas de automóveis e
provas de resistência situado perto de
Charlotte, no Estado da Carolina do
Norte. Tem 2,4 km de extens~o, com
inclinaç~o de 24 graus nas curvas e 5
graus nas retas e uma capacidade pa-
ra 217.000 espetadores. Além disso h|
um traçado misto externo com 3,6 km
e um kartódromo com cerca de 1.000
metros. Dividimo-nos por 3 carrinhas
para fazer o percurso do circuito. A
carrinha onde me sentei era conduzi-
da por uma senhora que ia explicando
tudo acerca das corridas, dos carros,
das provas, dos vencedores…
Mas a parte de que mais gostei foi de
seguir a inclinaç~o das curvas. É mes-
mo emocionante! No exterior do cir-
cuito h| um parque cheio de roulottes
para os corredores e toda a multid~o
de pessoas que os acompanha e d|
apoio nas corridas; as bancadas s~o
multicolores, como aquelas que ve-
mos em qualquer circuito de corridas.
16 a 30 de julho de 2016
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Olhando para tudo aqui e fechando os
olhos, parecia-me ouvir os altifalan-
tes, o gritar da multid~o, o diretor da
corrida a mostrar a bandeira quadricu-
lada preta e branca… Vimos também
a zona das boxes, onde é feita a troca
de pneus e o enchimento dos depósi-
tos dos carros com gasolina.
A seguir fomos ao Nascar Hall of Fa-
me, onde observ|mos carros cl|ssicos
que ganharam corridas, carros de fór-
mula V, o Pontiac de Roger Penske, o
Ford de Curtis Tunner, cenas de corri-
das, os prémios ganhos pelos vence-
dores (taças e coroas de louros), pla-
cas com os nomes de vencedores de
corridas famosas (500 milhas de India-
napolis em 1988, Alms Sebring em
2008). Podíamos ver os carros de per-
to, tirar fotografias junto deles e no
seu interior. Havia ainda fotos de cor-
ridas e placas comemorativas de fei-
tos no Motor Speedway.
23 de julho (8º dia de viagem): Saímos
a caminho de Atlanta, onde tiveram
lugar os Jogos Olímpicos de Ver~o de
1996. Atlanta é a capital e a cidade
mais populosa do estado norte-
americano da Geórgia. Possui uma
populaç~o de 500 mil habitantes, com
cerca de 5,2 milhões de habitantes na
sua regi~o metropolitana.
Atlanta foi destruída em 1864, duran-
te a Guerra Civil dos Estados Unidos,
reconstruída depois da guerra e tor-
nou-se a capital do estado em 1868.
Juntamente com Dallas, Houston e
Miami, Atlanta é um dos motores pro-
pulsores do "Novo Sul", que é atual-
mente a regi~o de maior crescimento
populacional e económico dos Esta-
dos Unidos. Atlanta vem assumindo
cada vez mais um lugar entre as gran-
des metrópoles mundiais e ocupando
a terceira posiç~o em número de em-
presas, atr|s de Nova York e Houston.
Atlanta atrai o quarto maior número
de turistas estrangeiros de todo os
Estados Unidos. A cidade é servida
pelo aeroporto mais movimentado do
mundo em número de passageiros, o
Aeroporto Internacional Hartsfield-
Jackson Atlanta, localizado nos arre-
dores da cidade.
Após a chegada, fomos visitar a casa
de Margaret Mitchell, a autora do ro-
mance “E tudo o vento levou”, que
deu origem ao famoso filme com o
mesmo nome. O livro foi escrito aqui.
Margaret e o marido John vieram vi-
ver para esta casa em 1925. Disfruta-
ram da vida até que uma série de pro-
blemas de saúde deixaram Margaret
acamada e incapaz de trabalhar.
Depois de ler quase todos os livros da
biblioteca de Atlanta, John comprou-
lhe uma m|quina de escrever. Embora
tenha demorado quase 10 anos a es-
crever o livro, este foi escrito quando
Margaret se sentava numa secret|ria
ao lado da janela. Em 1932 Margaret e
o marido deixaram esta casa e foram
viver para outro apartamento. O atual
mobili|rio n~o lhes pertenceu. Baseia-
se na mobília que tinham na altura e
foi aqui colocado quando a casa foi
restaurada na década de 90 do século
XX. Numa pequena mesa est| exposta
uma m|quina de escrever, com uma
ch|vena de ch| ao lado e do outro
lado uma série de papeis, como se
tivessem sido ali colocados h| pouco
tempo. H| uma m|quina de costura
Singer, um telefone antigo em que o
auscultador estava separado do bu-
cal, o toucador com objetos de toile-
tte, o fog~o a g|s com uma cafeteira,
o lava louça ainda com pratos, talhe-
res e copos, bem como frigideiras e
caçarolas penduradas, uma foto de
Margaret com Rodolfo Valentino (o
famoso artista do cinema mudo) e
num painel folhas de papel escritas
por pessoas que leram o “E tudo o
vento levou” e outras por pessoas
que viram o filme, com as respetivas
opiniões.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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Veem-se também capas de revistas de
v|rios países com o nome e as perso-
nagens do filme e uma frase: “Se a
novela tem um tema, esse é o da so-
brevivência” e outra: “Scarlett, tens
mais encanto do que aquele que é
permitido por lei”. Almoç|mos num
restaurante muito agrad|vel – o
“Pittypat’s Porch”, também cheio de
fotografias do filme.
Em seguida prosseguimos para o
World of Coca-Cola onde { entrada se
pode ler a frase “Um sistema…uma
família, um grande grupo de pessoas
que acreditam que constituem uma
parte de algo que é maior do que
eles”. E acerca da garrafa da Coca-
Cola é dito: “Uma garrafa t~o
diferente que podia ser reconhecida
pelo toque no escuro ou partida no
ch~o”.
As filas para entrar s~o enormes, têm
centenas de pessoas mas, por sermos
um grupo, n~o tivemos que aguardar.
No interior do edifício h| dezenas de
cartazes alusivos { Coca-Cola e po-
demos visitar o museu da Coca-Cola.
O poder-se experimentar “todos” os
sabores de refrigerantes da Coca-Cola
Company do mundo inteiro é uma
experiência imperdível!
Alguns sabores s~o intrag|veis!
Outros muito gostosos! Mas, como
gostos n~o se discutem, n~o h| como
experimentar um por um para se ter
uma opini~o!
As garrafas est~o sempre a chegar
aos pratos rotativos e basta estender-
mos a m~o para bebermos as que qui-
sermos – “Beba uma coca connosco e
refresque o seu mundo”.
No final da visita encontramos a habi-
tual loja (que h| em todos os monu-
mentos e museus e locais que se po-
dem visitar) onde podemos comprar
tudo o que diga respeito ao produto.
Ainda em Atlanta, seguimos para a
CNN, o canal de notícias da América.
CNN é a sigla de Cable News Network
(Rede de Notícias via Cabo).
É um edifício muito grande, com v|-
rios andares, em cuja parte central,
que é enorme, est~o penduradas to-
das as bandeiras do mundo.
É a sede global e a maior das 48 sedes
da CNN espalhadas pelo mundo. No
cimo h| a inscriç~o CNN Sede Mundial
– Estúdio 7.
Começ|mos por subir uma escada
rolante que é a maior escada rolante
suspensa do mundo, com 60 metros
de altura e oito andares, que desem-
boca num grande globo terrestre,
num passeio guiado, a pé, com a dura-
ç~o de 60 minutos, onde s~o mostra-
dos alguns bastidores do estúdio e
onde se podem acompanhar de perto
as notícias ali produzidas, ficando com
uma ideia geral do funcionamento de
uma grande rede de TV.
Vamos { Sala de Controlo, uma réplica
da verdadeira Sala de Controlo da
CNN situada noutro andar. Em segui-
da vamos até ao Estúdio 7.
E para assistirmos a uma demonstra-
ç~o da tecnologia usada na transmis-
s~o das notícias e do boletim meteo-
rológico. Vemos os carros de exterio-
res e num cartaz enorme com a foto-
grafia de Hillary Clinton é referido que
a Convenç~o Nacional Democr|tica
vai ter lugar em Filadélfia no dia 25 de
julho, pelas 16 horas. A visita acabou
com a ida { loja da CNN.
Continu|mos para o Centro Martin
Luther King, Jr. – de Mudanças Sociais
N~o-Violentas.
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No meio est~o, lado a lado, os túmu-
los do Reverendo Martin Luther King,
Jr. e o da mulher Coretta Scott King,
com as respetivas datas de nascimen-
to e falecimento. Entramos no King
Center, no Hall da Liberdade. H| um
enorme tanque e o passeio da Liber-
dade, com numerosas fotos de Luther
King e de Coretta e a explicaç~o de
toda a atividade de ambos. S~o mos-
trados fatos de ambos usados em di-
versas situações, um discurso de
Luther King manuscrito e assinado
por ele, fotos do funeral, condecora-
ções que recebeu, homenagens que
lhe prestaram, e uma frase: “Tenho
um sonho: que todas as crianças filhas
de Deus deem as m~os”. As palavras
liberdade e paz est~o muito presen-
tes, bem como dignidade. H| também
uma foto de Luther King com Gandhi
e uma est|tua dele com a inscriç~o
“Pedra de Esperança”. H| outras fra-
ses: “Tenho um sonho: que os meus
quatro filhos vivam um dia numa na-
ç~o onde n~o ser~o julgados pela cor
da pele, mas pelo conteúdo do seu
car|ter” e “Tenho um sonho: que um
dia nas montanhas vermelhas da Ge-
orgia, os filhos dos antigos escravos e
os filhos dos donos dos antigos escra-
vos se possam sentar junto { mesa da
irmandade.
Visit|mos também o Martin Luther
King Historic Site e estivemos { porta
da casa onde ele nasceu, em 15 de ja-
neiro de 1929. Jant|mos no Hotel.
24 de Julho (9º dia de viagem): Come-
ç|mos por visitar o Aqu|rio da Geor-
gia, com a sua exuberante fauna e
flora dos oceanos Índico e Pacífico. É
considerado o maior aqu|rio do mun-
do e abriu em 1 de abril de 2002. É
muito bonito, com todo o seu colori-
do. Aqui também encontramos ani-
mais e plantas do Alasca e da Costa da
\frica do Sul, com temperaturas ade-
quadas ao seu habitat natural. [ porta
do Aqu|rio est| o Pinguim Gertrud
que vive na América do Sul e em algu-
mas ilhas da Ant|rtida.
Saímos para Savannah, cidade situada
também na Georgia que tem uma se-
duç~o irresistível. O porto da cidade
foi fundado em 1733 e era fornecedor
de escravos para as plantações, bem
como de arroz, café e algod~o para a
Europa. A cidade mantém ainda um
encanto de raiz inglesa, as casas do
século XVIII, as mansões coloniais e a
especificidade da vivência sulista. Tem
também numerosos parques públicos,
o que lhe tem dado v|rios prémios em
matéria de defesa ambiental.
Aqui almoç|mos no Ristorante da Ma-
ria, um toque de It|lia, um refúgio de
paz e serenidade num sítio muito
agrad|vel, onde comemos peixe deli-
cioso. O restaurante tinha piscina e
apetecia ficar ali o resto da tarde.
Seguimos para o Factor’s Walk, um
conjunto único de edifícios de tijolo
vermelho que foi anteriormente um
centro de comércio dos produtores
de algod~o de Savannah.
A Factors Row também abriga a Bolsa
de Algod~o original, onde os produto-
res de algod~o fixam os preços em
todo o mundo. Numa das paredes vi
um cartaz com as seguintes frases,
que achei giras: “Comam mais caran-
guejos. Os caranguejos fazem bem ao
cérebro. Com o cérebro a funcionar
bem, pode ganhar dinheiro.
E com dinheiro pode comprar mais
caranguejos”.
Visit|mos as lojinhas cheias de obje-
tos curiosos, outros dedicados { pes-
ca e as habituais T-shirts. Depois visi-
t|mos a casa onde nasceu Juliette
Low, que foi a fundadora das escutei-
ras nos EUA.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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25 de julho (10º dia de viagem): No dia
seguinte prosseguimos para St. Au-
gustine, uma cidade da Florida, muito
bonita, fundada por Pedro Menéndez
de Avilés em Setembro de 1565,
sendo a mais antiga colonizaç~o por
europeus na América do Norte. É a
cidade mais antiga dos Estados
Unidos e fica { beira do Rio Matanzas,
em frente ao Oceano Atl}ntico.
Depois de totalmente destruída pelo
fogo no século XVIII, foi recontruída
em redor do Castelo de S~o Marcos.
Esta enorme fortaleza, que demorou
mais de vinte anos a ser construída
(1672-1695) ajudou a proteger as
frotas espanholas carregadas de
tesouros, dos ingleses e dos piratas. É
o mais antigo forte de alvenaria nos
Estados Unidos da América e foi
designado como o primeiro
monumento nacional da América.
Detivemo-nos a tirar fotos do castelo
e do porto. Depois demos um passeio
pela cidade num pequeno comboio,
só para o nosso grupo. Saint Agustine
é quase perfeita pela mistura das
culturas espanhola e americana,
monumentos históricos, tradições
seculares e um toque sulista
indisfarç|vel na sua arquitetura e
culin|ria.
A cidade é lindíssima, com as suas
casinhas baixas (de 1 ou 2 andares),
pequenos hotéis, lojas e restaurantes,
tudo muito bem cuidado. A rua
principal é apenas para peões e
apresenta um comércio variado: lojas
de artesanato, geladarias e galerias de
arte.
Em seguida, visit|mos o Parque Ar-
queológico da Fonte da Juventude.
Para aceder { famosa Fonte da Juven-
tude entra-se por uma porta oval enci-
mada por dois pavões de ferro forja-
do.
A nascente foi descoberta em 1513
pelo explorador espanhol Ponce de
Léon na sua lend|ria busca pela Fonte
da Juventude, tendo os arqueólogos
concluído que este é local onde nas-
ceu a colónia espanhola de St. Augus-
tine, em 1565.
Rejuvenescer é uma ideia que as pes-
soas têm desde sempre.
Com isso em mente, Ponce de León
desembarcou nas terras da Florida no
começo do século 16 em busca da fon-
te mítica capaz de tornar os mais ve-
lhos mais jovens, mas só encontrou a
vastid~o da Península da Florida, em-
bora alguns relatos históricos digam
que ele encontrou, sim, o tal lugar
mas que o manteve em segredo.
Beber um pouco de |gua e ficar mui-
tos anos mais jovem é um sonho ten-
tador para muitas pessoas desde sé-
culos atr|s. Mas o problema é que as
pessoas que bebem a |gua n~o reju-
venescem – pelo menos por enquan-
to.
Mesmo assim, na chamada Fonte da
Juventude de Ponce de León, todo o
nosso grupo bebeu |gua.
Dentro do Parque, fomos até { aldeia
Timucua, com a casa familiar, as caba-
nas cobertas de colmo, os restos ar-
queológicos de v|rios animais, os la-
gos; um homem vestido { maneira
dos colonos fez-nos uma descriç~o da
vida na aldeia; aqui vimos uma canoa
da época, a est|tua de um índio
(Saturiwa) que era o principal chefe
ou “cacique” da tribo Timucua desta
regi~o, incluindo a aldeia índia de Se-
loy aqui localizada, quando o explora-
dor espanhol Pedro Menendez aqui
chegou em 1565.
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Os Timucua viveram aqui durante
4.000 anos e ajudaram os espanhóis a
estabelecer a primeira colónia europe-
ia permanente neste local, a qual fi-
cou conhecida por St. Augustine, na
Florida. No Parque da Juventude vi-
mos pavões totalmente brancos.
[ saída pass|mos pelo Daytona Inter-
national Speedway que, no exterior,
era muito semelhante ao de Nasca.
Entr|mos e vimos que, no interior,
também tinha grandes parecenças
com o anterior. Mas aqui n~o percor-
remos o circuito.
Seguiu-se a visita ao Centro Espacial
Kennedy, em Cabo Canaveral, uma
das bases estratégicas mais importan-
tes da NASA (Agência Espacial
Americana) ao lado da de Houston, no
Texas e que é um local de visita obri-
gatória para todos aqueles que se
interessam pela ciência espacial, pela
tecnologia ou até mesmo para
qualquer curioso.
Daqui partiram numerosas missões
que marcaram o rumo da história. Es-
te centro espacial funciona desde
1962 e aqui podemos ver o trabalho
necess|rio para realizar os lançamen-
tos e missões espaciais. Uma das par-
tes da visita é o International Space
Station Center e aqui podemos apre-
ciar como se preparam os componen-
tes reais da Estaç~o Espacial Interna-
cional antes de serem colocados em
órbita.
Também é possível ter uma ideia da
forma como vivem e trabalham os
membros da tripulaç~o da Estaç~o
Espacial.
No Rocket Garden da NASA podemos
observar as dimensões dessas maravi-
lhas técnicas que um dia viajaram pelo
espaço. Pode-se visitar e admirar o
interior de alguns foguetões Vimos o
interior do módulo de serviço, o carro
onde eram transportados os astro-
nautas até aos foguetões, os fatos, as
luvas, os capacetes, as casas de banho
dos astronautas, as suas refeições, o
dia a dia de cada um e comprovar o
reduzido espaço em que os astronau-
tas se movem nas suas viagens espa-
ciais. No Apollo - Saturn V Center s~o
expostas as m|quinas impressionan-
tes que mostram o Homem na Lua.
No United States Astronaut Hall of
Fame s~o homenageados os astro-
nautas que se aventuraram rumo ao
desconhecido e est~o expostos diver-
sos objetos pessoais dos astronautas.
Aqui observ|mos os foguetões, as
rampas de lançamento, os Space Shu-
ttles, os protótipos da exploraç~o de
Marte, os edifícios da NASA, os fogue-
tões das missões Apollo 9, 10, 11, 12,
13, 14, 15 com os nomes dos astronau-
tas que foram em cada uma das mis-
sões, os treinos destes, vimos foto-
grafias da chegada { Lua e toc|mos
numa pedra que veio da Lua
(apanhada pelo astronauta Jack Sch-
mitt perto do local onde alunou o mó-
dulo lunar Apollo 7. A pedra tem o
peso de 17 gramas e é um fragmento
de uma pedra muito maior). Observ|-
mos também o Atlantis (Space Shut-
tle), que esteve em serviço durante 26
anos e fez 33 missões! Que grande
que ele é! A primeira partida do Atlan-
tis foi do Kennedy Space Center em 6
de abril de 1985. Vimos também as
fotos das aterragens com paraquedas
e a entrada na atmosfera da Terra
Ao final da tarde partimos para Orlan-
do, tendo jantado no Hotel.
26 de julho (11º dia de viagem): Este
dia foi todo passado a visitar o Univer-
sal Orlando Resort, um grande com-
plexo de parques tem|ticos e resorts
localizado na cidade de Orlando.
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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O Universal Studios Florida é um par-
que de divers~o que faz parte do Uni-
versal Orlando Resort.
Aberto em 7 de junho de 1990, o tema
do parque é o entretenimento. O Uni-
versal Studios Florida proporciona aos
seus visitantes a “entrada” em filmes
e séries de televis~o e apresenta v|-
rias atrações e shows ao vivo.
[ entrada do mesmo h| um globo
terrestre que vai rodando e tem escri-
ta a palavra Universal. O calor era in-
tenso, quase insuport|vel.
Aqui pudemos apreciar tudo o que
um parque de diversões deste género
tem para oferecer: visitar os pavi-
lhões, poder andar nas montanhas
russas, ver cópias de locais famosos,
entrar em Museus, entrar em pubs,
no Hard Rock Cafe, ver as fachadas de
hoteis antigos, livrarias, ver o kit do
Justiceiro, observar as paradas com
carros alegóricos, apreciar os malaba-
ristas no meio da rua… Como sempre,
as filas para entrar em qualquer pavi-
lh~o eram enormes, mas valeu sem-
pre a pena o tempo de espera. Por
cima das pessoas que estavam nas
filas eram deitadas pequenas gotas de
|gua para atenuar o calor.
Apenas vi quatro shows: o ET, o Sch-
rek, o Exterminador e o Transformer
(com o simulador Ride 3D), qualquer
deles com efeitos especiais que nos
faziam participar nos combates, apa-
nhar chuva, aproximarmo-nos de bo-
las de fogo (com o respetivo calor),
com as cadeiras em movimento e os
veículos aos saltos… Adorei! Senti-me
criança outra vez!
Todo o grupo se espalhou pelos dife-
rentes locais do parque, vendo os
shows que mais agradavam a cada
pessoa. Almoç|mos numa pizzaria,
onde foi difícil arranjar mesa. Na rua
havia muitos carros cl|ssicos, antigos,
muitos carros cheios de colorido,
vimos a família Simpson, o Pato Do-
nald; havia a Woody Woodpecker Kid
Zone (destinada {s crianças) e um
Passeio da Fama como em Hollywood,
com os nomes dos artistas gravados
em estrelas de 5 pontas, de bronze,
fixadas no ch~o. Entr|mos numa loja
com chapéus de todos os tipos e mo-
delos e com a foto de Carmen Miran-
da. Fomos { loja da Hello Kitty, vimos
uma sósia de Marylin Monroe, toda
vestida de branco, a passear num car-
ro descapot|vel e protegida por um
chapéu de sol também branco.
No final, as habituais lojas com tudo o
que se possa imaginar.
Ao fim do dia regress|mos ao Hotel,
onde jant|mos.
27 de julho (12º dia de viagem): Neste
dia partimos para Palm Beach, que
fica a apenas 115 km de Miami.
Palm Beach foi criada para ser um
centro de lazer, por Henry Flagler, o
fundador da companhia Standard Oil.
Henry Flagler tornou Palm Beach
acessível aos milion|rios da sua épo-
ca, com a construç~o de um caminho
de ferro chamado Florida East Coast
Railway.
O núcleo da cidade foi estabelecido
por meio da construç~o de um hotel
de luxo, que depois se chamou Brea-
kers Hotel, com 2.000 apartamentos.
Construído também por Henry Flagler
em 1890, o Breakers Hotel continua a
ser um dos mais luxuosos hotéis do
mundo e um dos principais pontos de
atraç~o da Florida.
Em 1902 Flagler construiu para si uma
mans~o que foi denominada
Whitehall e com isso perpetuou o que
ficou conhecido como "The Palm Be-
16 a 30 de julho de 2016
www.clubegalpenergia.com 30 # 231 julho 2016
ach Winter Season", com convidados
ilustres e grandes festas que ainda
hoje se realizam. Aqui podemos
observar mansões lindíssimas, lojas
sofisticadas de todas as grandes
marcas de luxo (roupa e joalharia),
muitos jardins, palmeiras e belas
paisagens. Palm Beach é rica em
história e edifícios importantes, a
começar pelo que é hoje o clube
particular de Donald Trump e o Teatro
Paramount (antigo cinema que abriga
um verdadeiro tesouro em fotos de
estrelas de outros tempos), além da
igreja St. Edward (frequentada pela
família Kennedy) e a Green's
Pharmacy (café frequentado por John
F. Kennedy).
Almoç|mos num bonito restaurante
({ lista) e continu|mos a nossa via-
gem ao longo da costa. Pass|mos por
Bayside e fizemos um cruzeiro pela
Biscaine Bay, passando pela Miami
Beach Marina, com dezenas de enor-
mes iates atracados e, nas margens,
casas de milion|rios e de famosos ar-
tistas de cinema. Observ|mos tam-
bém numerosos arranha-céus: uma
paisagem inesquecível. No Ocean Dri-
ve, atravess|mos o Dr. Jose A. Mar-
ques Blvd., mas n~o consegui desco-
brir a raz~o por que h| este nome nu-
ma avenida de Palm Beach.
28 de julho (13º dia de viagem):
Saímos para o Parque Nacional
Everglades
Localizado no sul da Flórida, o Parque
Nacional Everglades é a zona mais
selvagem dos Estados Unidos, com
um terreno pantanoso com uma ex-
tens~o de 6.000 quilómetros quadra-
dos. Devido { sua beleza selvagem e {
grande quantidade de animais exóti-
cos que têm o seu habitat no local, o
Everglades foi declarado Património
da Humanidade, Reserva da Biosfera
e Terreno de \guas de Pouca Profun-
didade de Interesse Internacional.
Neste terreno h| uma vegetaç~o ras-
teira e a lama est| coberta por uma
erva muito longa e fina, que se agita
com o vento.
Devido { pequena camada de |gua
que cobre tudo, a melhor forma de
conhecer o Everglades é a bordo de
um airboat - uma espécie de lancha de
fundo chato impulsionado para a fren-
te por uma hélice de tipo aeronave e
ativado por um motor de automóvel,
que funciona com um grande ventila-
dor e que é um meio de transporte
muito vulgar em |reas pantanosas ou
com |guas muito pouco profundas,
onde um motor com uma hélice sub-
mersa seria impratic|vel, como era
aqui o caso.
A primeira coisa que fizemos ao che-
gar foi percorrer os p}ntanos em alta
velocidade, tentando observar os cro-
codilos e jacarés. Depois demos um
passeio na Aldeia Índia Miccosukee. Aí
vimos totems de madeira, utensílios
de cozinha em metal e madeira; fo-
mos ao Museu Miccosukee, muito
interessante.
Ao pé havia crocodilos fora da |gua e
algumas dezenas dentro de um
tanque com |gua. Debaixo de um al-
pendre algumas mulheres fabricavam
objetos índios: colares, pulseiras, brin-
cos, tapetes com pedrinhas e missan-
gas, outras faziam objetos em madei-
ra. Para finalizar a nossa visita, um
jovem proporcionou-nos um espe-
t|culo com crocodilos, abrindo-lhes a
boca e metendo a cabeça l| dentro!
Interessante, mas n~o acredito que o
animal n~o estivesse dopado… A loja
que encontr|mos { saída tinha os ha-
bituais artigos – bonecas índias, ani-
mais em tamanho reduzido feitos de
diversos materiais, T-shirts, saias índi-
as muito coloridas, talheres de madei-
ra, ....
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos
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Almoç|mos no Restaurante Miccosu-
kee – Tribo de índios da Florida.
Depois prosseguimos o nosso cami-
nho para Key West, com a estrada
sempre bordeada pelas elegantes pal-
meiras desta zona.
H| lugares de contornos difíceis de
imaginar, tal a sua beleza única. Mas o
arquipélago das Keys da Florida é isso
e ainda mais. A estrada parece emer-
gir suspensa sobre o imenso mar azul.
Ao longo de 190 milhas é um cord~o
sem fim de palmeiras, pontes, barrei-
ras de corais, casas de madeira e mari-
nas, que formam esta moldura de
1700 ilhas. Key West fica no final do
arquipélago e é o quilómetro zero da
Florid Scenic Highway (Auto-estrada
Cénica da Florida). A natureza de Key
West é muito bela e est| bem preser-
vada.
O charme da vida bucólica com o seu
casario colonial e praias de areia bran-
ca, atraiu desde as primeiras décadas
do século XX figuras da sociedade
americana. Dizem que Tennesee Willi-
ams escreveu aqui “Um Elétrico cha-
mado Desejo”.
Localizado mais perto de Cuba do que
Miami, Key West é o paraíso subtropi-
cal da Florida meridional, uma conflu-
ência única de história, clima, beleza
natural, diversidade cultural e arquite-
tura. As suas ruas arborizadas com
mansões foram o lar de Ernest He-
mingway, Tennessee Williams, Eliza-
beth Bishop, Robert Frost e Jimmy
Buffett, algumas das pessoas famosas
que descobriram inspiraç~o nesta ci-
dade.
Um outro motivo de interesse de Key
West é o Mallory Square Sunset Cele-
bration (Celebraç~o do pôr-do-sol em
Mallory Square) num local próximo do
mar, onde fomos ao final da tarde.
Aqui estavam algumas centenas de
pessoas. Um homem de meia idade
fazia malabarismos (n~o muito conse-
guidos) em cima de uma corda coloca-
da talvez a 2 metros do solo, tendo
pedido ajuda a uma pessoa do públi-
co. Tal como todos os outros, aguar-
d|mos pelo pôr do sol, que é um es-
pet|culo com que a natureza nos brin-
da, sempre diferente e que nenhum
pintor consegue imitar!
A seguir, jant|mos no Two Friends
Patio Restaurant (o jantar incluiu os-
tras e camarões).
29 de julho (14º dia de viagem): Após
o pequeno almoço demos um passeio
num comboiozinho que nos mostrou
Key West. Pass|mos pelo n.º 907 de
Whitehead Street, onde se encontra a
Casa Museu onde viveu Ernest He-
mingway entre 1931 e 1940, com Pauli-
ne Pfeiffer. A mans~o é rodeada de
um jardim tropical e guarda objetos
do escritor, incluindo a sua m|quina
de escrever. Existem aí dezenas de
gatos descendentes de “Snowball”, a
gata que foi oferecida a Hemingway
por um capit~o de um navio e que
tinha 6 dedos em cada pata. Aqui n~o
par|mos.
Par|mos, sim, no extremo mais meri-
dional do continente americano, em
Key West, exatamente a 90 milhas de
Cuba, para tirar uma fotografia a re-
cordar o momento.
A seguir almoç|mos no Bayside Grill, {
beira da |gua. Depois fomos ao Dol-
phin Mall, um centro comercial gigan-
tesco com mais de 240 lojas, restau-
rantes e locais de divers~o, onde par|-
mos por 2 horas para fazer algumas
compras. Para terminar o dia, jant|-
mos no Restaurant YUCA, em Miami
Beach.
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Era um restaurante cubano, muito
agrad|vel, com música ao vivo e co-
memos aqui umas “empanadas” cu-
banas, deliciosas.
30 de julho (15º e último dia de via-
gem): Começ|mos o dia com um pas-
seio por CocoWalk. O CocoWalk est|
localizado no coraç~o de Coconut
Grove e é o destino final de Miami pa-
ra compras, restaurantes e entreteni-
mento.
Os jardins e edifícios únicos do Co-
coWalk foram cuidadosamente proje-
tados para combinar perfeitamente
com a paisagem desta vila situada ao
lado da baía.
Aqui sentimo-nos livres da agitaç~o da
vida, porque CocoWalk é muito tran-
quila e discreta, deixando apenas ou-
vir o zumbido das conversas informais
de todos aqueles que s~o atraídos
pelo verde deslumbrante dos seus
jardins e pela arte. CocoWalk est|
cheio de boutiques, bons restauran-
tes e cafés e música que vai do jazz {
música da América Latina.
A seguir, caminh|mos pela Little Ha-
vana, um bairro tipicamente cubano,
que é um dos mais populares pontos
de interesse em Miami.
Este bairro é o testemunho vivo da
imigraç~o cubana para Miami e para
os Estados Unidos, que começou em
1959, quando Fidel Castro chegou ao
poder, e todos os seus dissidentes
decidiram sair de Cuba. Aqui o ritmo
cubano é intenso: encontramos tudo
o que se possa imaginar de origem
cubana, incluindo os famosos charu-
tos.
Cheg|mos, entretanto, { Waterfront
e almoç|mos no Tradewinds, { beira
da |gua. As bonitas |guas azuis e
verdes de Miami est~o presentes em
todos os }ngulos e o céu azul do
Oceano Atl}ntico assume aqui uma
tonalidade inesquecível. Portanto,
almoçar aqui { beira da |gua é um
“must”.
E foi com os olhos cheios deste verde
e deste azul que, após o almoço, l|
fomos a caminho do Aeroporto para
regressar a casa.
Mais uma viagem maravilhosa, mais
uma viagem feliz! E agora resta espe-
rar pela próxima que, certamente,
ser| t~o boa como esta, porque melhor
é difícil…
Maria Isabel Soares da Costa
Viagem { Costa Leste dos Estados Unidos