Download - Revista BrOffice No 14
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 1 Agosto | 2010Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista Diagramado no BrOffice.org Draw
Ano 4 | N° 14 |Agosto 2010
Revista
Artigos | Dicas | Tutoriais | e muito mais...
Escritório abertoModelos de documentos para fazer bonito na hora de conseguir um emprego
SpechOONão é ficção científica! Extensão em desenvolvimento permitirá digitar textos por comando de voz
BrOffice.org mais rápidoSaiba o que fazer para abrir e fechar o aplicativo com mais agilidade
Organize-se!Aprenda a usar o Base para armazenar a sua agenda de contatos
Fique ligado! O sonho da construção de uma carreira no setor público pode passar pelo conhecimento no aplicativo. Veja como se preparar!
EntrevistaRevista BrOffice.org inspira criadores do site PASL, portal gratuito de oferta e busca de suporte em software livre
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 2 Agosto | 2010
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| carta do leitor
Carta do leitor 04
| como nós ...
… fazemos a tradução da RevistaBrOffice.org
06
| reportagem
10 anos de projeto - Comemorações começam no OOoCon, em Budapeste
09
| artigo
A co-autoria na era das redesinformacionais
11
| entrevista
26As páginas amarelas do Software Livre
| cultura
Redblade Episódio 05 - Quatro num carro 46
Dica de filme - Invasor de Mentes 48
| dica
Abrir e salvar documentos BrOffice.orgmais rápido
32
Edição de duas ou mais seções de umdocumento
33
| tutorial
Agenda de contatos usando assistente debanco de dados
35
Gerenciamento Eletrônico de DocumentosIntegração do BrOffice.org
41
| resumo do mês
Resumo do mês 49
| dica rápida
31Dica rápida
índice |
BrOffice.org em Concursos Públicos 14
| escritório aberto
20Concurso Público
Fisl11: Evento Comunitário BrOffice.org 21
| novas tecnologias
23Reconhecimento de voz para BrOffice.org
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 3 Agosto | 2010
Colaboradores desta edição Redação:Carlisson GaldinoCícero RochaClóvis TristãoLuiz OliveiraPedro CiríacoRochele Prass
Dicas e tutorial:Edgard CostaRaul Pacheco da SilvaWilkens Lenon
Diagramação:Cícero RochaDuilio NetoEliane DomingosLuiz OliveiraMaria Aparecida ColtroRochele Prass
Revisão:Antonio HermidaCícero RochaClaudia FonteneleClóvis TristãoFátima ContiLuiz OliveiraMaria Aparecida ColtroPetro CiríacoRenata MarquesRochele Prass
Capa:Duilio Neto
Edição:Luiz Oliveira Rochele [email protected]
Jornalista responsável:Luiz Oliveira – Mtb.31064 | [email protected]
Coordenador Geral BrOffice.org:Claudio Ferreira Filho | [email protected]
Escreva para a Revista BrOffice.org:[email protected]
Edições anteriores: www.broffice.org/revistaO conteúdo assinado e as imagens que o integram são de inteira responsabilidade de seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião da revista BrOffice.org e de seus responsáveis. Todos os direitos sobre as imagens são reservados a seus respectivos proprietáriosO que é o BrOffice.orgÉ o produto, ferramenta de escritório multiplataforma, livre, em bom português, desenvolvido sob os termos da licença LGPL, composto por editor de texto, planilha de cálculo, apresentação, matemático e banco de dados, mantido pela comunidade e OSCIP, que trabalha para a difusão do SL/CA no País.DesenvolvimentoEsta revista foi elaborada no BrOffice.org, editor de texto, planilha ele-trônica, apresentação e, diagramação. A reprodução do material con-tido nesta revista é permitida desde que se incluam os créditos aos au-tores e a frase: “Reproduzido da Revista BrOffice.org – www.broffice.org/revista em local visível.O BrOffice.org declara não ter interesse de propriedade nas imagens. Os direitos sobre as mesmas pertencem a seus respectivos autores/proprietários.O conteúdo da Revista Broffice.org está protegido sob a licença Crea-tive Commons BY-NC-SA, disponível no www.creativecommons.org.br. Esta licença não se aplica a nenhuma imagem exibida na revista, e para utilização delas obtenha autorização junto ao respectivo autor.
| editorial
Revista BrOffice.org: Comunidade viva e atuanteRevista BrOffice.org: Comunidade viva e atuante
m tempos nos quais valores individuais, muitas vezes,
falam mais alto, a Revista BrOffice.org mostra como fazer
a diferença. Não somos melhores. Nem piores. Também não somos
medíocres. Mas acreditamos que fazemos a diferença na vida das
pessoas. Somos muito mais que bases instaladas. Somos muito
mais que linhas de código, bits e escolhas mecânicas de como
resolver um problema. Somos um exemplo do que o trabalho
colaborativo é capaz de fazer. Uma comunidade vibrante, atuante e
dona da própria história.
Quando vocês, leitores, baixam a Revista BrOffice.org, leem artigos,
reportagens, dicas e tutoriais, estão fazendo download de um
trabalho que só pode existir com o comprometimento de muitas
pessoas. Na equipe, impera a lógica da colaboração, do exercício
do que existe de melhor no ser humano: a capacidade de
compreender dificuldades, de doar tempo (seja qual for) para somar
esforços em favor de pessoas que, muitas vezes (a maioria das
vezes), não conhecemos.
Nossa meta é a perfeição que, sabemos, jamais poderemos atingir.
Não porque nos falta competência e qualidade, mas porque
sabemos da impossibilidade da tarefa. Por outro lado, temos
consciência da nossa responsabilidade com os leitores e isso nos
faz acreditar que, se a perfeição é impossível, buscá-la,
cotidianamente, é a nossa missão maior.
Mas de onde vem essa vontade? Vem do espírito de nobreza dos
envolvidos nesta empreitada. E vem dos retornos que recebemos
de vocês, leitores. Não se trata apenas dos elogios e parabéns, mas
sim do reconhecimento e respeito que demonstram em suas
manifestações, nas suas sugestões, que engrandecem o nosso
trabalho e agregam. E é com este sentimento que um grupo de
pessoas conseguiu um feito histórico: a internacionalização da
Revista BrOffice.org. Sim! Em poucas semanas, um grupo de
colaboradores assumiu o projeto que estava parado e finalizou duas
edições da Revista para o inglês. Se a comunidade brasileira já era
vitrine nos encontros internacionais agora passou a ser modelo a
ser seguido, um “case” de sucesso.
Enfim, ao ler as páginas que relatam inovações, como o SpechOO,
as dicas e tutoriais publicados para facilitar o dia a dia dos usuários,
a entrevista que relata uma iniciativa em prol do Software Livre,
queremos que compreendam que por trás desse trabalho há um
coração que pulsa forte, que chora, que sonha, que se desespera e
até pensa em desistir por limitações humanas, mas sempre aparece
uma mão salvadora, duas mãos, três, provando mais uma vez que
juntos podemos muito mais. Boa leitura!
Luiz Oliveira e Rochele [email protected]
EE
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 4 Agosto | 2010
carta do leitor |
Esta é a sua seção! Na “Carta do Leitor”, você pode tirar dúvidas
sobre o BrOffice.org, seja produto, comunidade ou desenvolvi-
mento, enviar críticas ou sugestões que possam enriquecer ainda
mais a nossa revista.
Envie um email para [email protected].
Participe!
Oi!
Sem dúvida, um trabalho maravilhoso.
Estou aproveitando que a maioria de meus clientes e
colaboradores não se adaptaram à interface Ribbon
do Office 2007 e estou "implantando" licenças do
BrOffice.org. Sem pirataria para alguns e sem custo
para outros.
Mais uma vez, parabéns pelo trabalho da equipe!
Reinaldo de Oliveira Pereira
Olá! Parabéns!
Tenho o orgulho de ser um participante do BrOffice.org.
Obrigado!
Dominique Silva Neves
Opinião
É maravilhoso poder participar junto com vocês, pois
esta revista é sensacional. Faz com que as pessoas
se conscientizem. Desde já, estou agradecida.
Cleonice de Souza Naice
Só parabéns...
Pois é, só passei para dar parabéns mesmo.
Primeiramente ao trabalho na revista apresentando
ótima qualidade nos assuntos debatidos e excelente
meio de divulgação de novidades...
Também gostaria de agradecer aos palestrantes que
estão enriquecendo o fisl11 com assuntos e
novidades sobre o BrOffice.org. Hoje (22/7) participei
da palestra do Willian (Colen), que falou sobre
extensões, muito bom!!!
...mais uma vez, valeu pessoal!
Luciano da Cunha
Promoção!Promoção!Concorra a cinco ingressos para o Solisc 2010
Quer ganhar um ingresso para o 5º Congresso Catarinense do
Software Livre? Então escreva para a Revista BrOffice.org! Envie
um e-mail com o assunto “Ingresso Solisc” para revista@broffi-
ce.org com seu nome completo, RG e o local em que você mora.
Serão cinco ingressos sorteados, através de parceria entre a
Revista BrOffice.org e a organização do evento.
O sorteio será realizado no dia 30 de setembro pela equi-
pe da Revista. Os ganhadores serão contatados pela or-
ganização do Solisc e receberão um código para retirada
do ingresso no local do evento, que acontece em Floria-
nópolis, nos dias 22 e 23 de outubro.
Confira o site do Solisc: http://www.solisc.org.br/2010/
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 5 Agosto | 2010
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 6 Agosto | 2010
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como nós ... |
desafio como sempre foi o tempo. Colocamos
como meta deixar pelo menos duas edições pron-
tas antes da Conferência Internacional do
OpenOffice.org que acontece em Budapeste de 31 de
agosto a 03 de setembro. Paralelamente, havia a produ-
ção desta edição e o planejamento de edições especiais;
um presente que queremos oferecer ao nosso público lei-
tor que em breve vai saber mais detalhes.
Voltando ao assunto, o projeto de tradução já existia;
equipes já haviam sido formadas. Há projetos de tradução
em andamento para o Galego, Francês, Inglês e Caste-
lhano. Também há pessoas interessadas em traduzir a
Revista para o Japonês, Alemão e Hindi. Entretanto, a
Zine 01 e a Zine 09 são as primeiras traduções a saírem.
Textos traduzidos por equipes anteriores e disponíveis em
nosso Wiki foram aproveitados. Daí a importância do tra-
balho coletivo.
E quanto aos novos desafios? A ideia é traduzir todas as
edições anteriores para o Inglês até chegarmos ao ponto
de termos edições bilíngues saindo simultaneamente. E
se você quiser integrar a equipe de tradução mande-nos
um email: [email protected].
...fazemos a tradução da Revista BrOffice.orgh
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A ideia é traduzir todas as edições para o inglês.
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Por Luiz Oliveira
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 7 Agosto | 2010
como nós ... |...fazemos a tradução da Revista BrOffice.org | Por Luiz Oliveira
“Quando me juntei ao grupo da
Revista BrOffice.org, em novembro
de 2009, fui muito bem recebido.
Algum tempo depois soube da in-
tenção de se fazer edições em In-
glês da revista, que já contava
com projetos semelhantes para
Francês, Galego e Castelhano.
Mas foi no IV Encontro Nacional
BrOffice.org que o desafio de lan-
çarmos a revista em Inglês, em de-
finitivo ganhou corpo. A forma de
se fazer isso ficou para o time de
tradução decidir. Após algumas
conversas preliminares surgiu a
principal dúvida: “O que precisarí-
amos para viabilizar o projeto? Na
minha opinião um revisor, de pre-
ferência nativo no idioma, pois tra-
duzir do inglês para o português é
uma coisa. O contrário é mais difí-
cil para quem não tem um conhe-
cimento muito íntimo do idioma.
Curiosamente, no mesmo dia em
que disse isso, o Rogério Luz se
dispôs a começar como tradutor
na revista, mas ele foi escalado
para ser revisor já que estudou e
viveu fora do Brasil muitos anos. A
partir daí começamos a traduzir.
Levamos algum tempo para aparar
algumas arestas. Mas, devagar
fomos prosseguindo. No início do
mês de Agosto, tínhamos traduzi-
do metade da edição 9, mas ainda
faltava muito. O objetivo era tradu-
zir a edição 9 e a 1 totalmente,
além de produzir uma edição es-
pecial bilíngue. Isso coincidiu com
vários contratempos. Mas, logo o
Clóvis deu um gás que eu não
acreditei. Em uma semana tradu-
zimos a edição 9, na semana se-
guinte a 1. Combinamos de eu re-
visar os textos do Clóvis e ele os
meus. Em seguida, o Rogério co-
meçou o trabalho para tornar os
textos inteligíveis para "los grin-
gos".
Pareceu uma coisa muito desor-
ganizada e mal feita, mas as coi-
sas fluíram de uma maneira tão
natural que me fez crer que o tal
modelo "bazar" funciona de manei-
ras muito além da nossa imagina-
ção. É um grande prazer e um pri-
vilégio fazer parte desse time.”
A seguir, três depoimentos sobre o trabalho de tradução da Revista BrOffice.org pelos próprios tradutores, Paulo S. Lima, Rogério Luz e Clóvis Tristão:
“Não tardou para eu ter não uma, mas
duas revistas inteiras para fazer
revisão.”
(Rogério Luz)
Eu pensei: "tudo bem, eu já nem estou atolado de trabalho, mas
como as coisas devem ir num ritmo lento eu topo". Obviamente eu
não sabia que existia um complô contra a minha vida, o Clóvis e o
Paulo decidiram que seriam duas metralhadoras de traduções e não
tardou eles tinham a tradução não de uma, mas de duas revistas in-
teiras para eu revisar ... é claro, amigo leitor que me vi em apuros.
Mas dei uma olhada nas traduções, uma correçãozinha aqui e ali, e
toca a lenha. Ambas as traduções estão decentes, e se gringo não
entender é porque não quer se esforçar (brincadeirinha). Eles vivem
tentando me dar crédito por algum processo de revisão que eu tenha
feito (acho que eles têm medo de me assustar com a quantidade e
velocidade da tradução que são capazes) mas a verdade é que tanto
a RB09 quanto a Zine1 não tem quase um dedo sequer meu. Esses
dois e sua fábrica de traduções são a alma do projeto do qual me
orgulho de poder participar de vez em quando. Parabéns ao Clóvis e
ao Paulo e a equipe da Revista BrOffice.org por mais essa iniciativa.
Eu me envolvi com a Revista BrOf-
fice.org quando fui convidado a fa-
zer um artigo com base em um
post que fiz no Grupo de usuários.
Fiz o artigo, foi publicado e achei a
experiência toda o máximo! Em 15
dias me convidaram para ver como
organizaríamos um grupo de tra-
dução bilíngue inglês/português.
“É um grande prazer e um privilégio fazer parte desse time”
(Paulo S. Lima)
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 8 Agosto | 2010
A nossa equipe é bem unida, basta apenas um cha-
mado e todos já se mobilizam e ajudam como podem;
essa ideia de bazar funciona mesmo. Unidos somos
fortes...
O texto do Paulo resume todo o processo que
passamos para a tradução dos exemplares Zine01 e
RB09.
Não tenho muito o que acrescentar. Essa ideia de
Bazar citada pelo Paulo, funciona bem, pois cada um
dá o seu esforço e tempo na medida certa, sem
muitas cobranças. Bom, aqui vai um bit de informação
sobre a minha impressão de todo o processo:
"Quando o Luiz me ligou dizendo que precisava de
uma ajuda na tradução da Revista BrOffice.org 09 e
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como nós ... |...fazemos a tradução da Revista BrOffice.org | Por Luiz Oliveira
“A nossa equipe é bem Unida”(Clóvis Tristão)
da Zine 01 para o Inglês, a mosca da curiosidade ali-
ada ao desafio me "picou". Afinal, somos movidos por
desafios e superação de metas a todo o momento. Fi-
quei me perguntando, será que consequimos fazer
isso em uma semana? Coloquei isso como meta, e
comecei a trabalhar nas traduções, conversando com
o Paulo, traçamos objetivos e prazos. Como ele e Ro-
gério já estavam com o processo de tradução iniciado
na RB09, propus terminarmos a tradução da RB09 e
depois começarmos a Zine 01, que já tinha algumas
matérias traduzidas. Para minha surpresa, todo esse
processo da RB09 e Zine01, foi realizado em uma
semana. Pra ser mais exato, concluímos o processo
em 02 noites.
Uma ideia que tive e passei para o Paulo, era de tra-
duzir direto no Draw, assim o processo de cópia e
cola, ficou bem mais rápido, agilizando os trabalhos
de revisão e diagramação, pois a revista já sai pronta,
com o formato do modelo original e texto em inglês.
A minha intenção, para o futuro, seria a tradução para
o Inglês de todas as Revistas BrOffice.org. E sendo
mais ousado, lançamento das próximas edições nas
versões em português e inglês."
A Catedral e o Bazar (em inglês: The Cathedral and the Bazaar) é um ensaio de Eric S. Raymond sobre métodos
de engenharia de software, baseado em suas observações do processo de desenvolvimento do Linux e suas
experiências administrando o projeto open source fetchmail. Foi primeiramente apresentado pelo autor no Linux
Kongress em 27 de Maio de 1997 e publicado como parte do livro com o mesmo nome em 1999. É normalmente
considerado como o manifesto do movimento Open source.
O ensaio apresenta dois diferentes modelos de desenvolvimento de um software livre:
* O modelo Catedral, no qual o código fonte está disponível para cada release do software, mas o código
desenvolvido entre dois releases é restrito a um exclusivo grupo de desenvolvedores. Os projetos Emacs e GCC
são apresentados no ensaio como exemplos.
* O modelo Bazar, no qual o código é desenvolvido de forma totalmente aberta e pública, utilizando a Internet.
Raymond credita Linus Torvalds, líder do projeto Linux, como o inventor deste modelo de desenvolvimento de
software. Ele também fornece alguns relatos anedóticos da aplicação desse modelo ao projeto Fetchmail.
A tese central do ensaio de Raymond é que "Dado um número de olhos suficiente, todos os erros são triviais" (que
é o enunciado da Lei de Linus): se o código fonte está disponível para teste, escrutínio e experimentação pública,
então os erros serão descobertos rapidamente. Em contraste, Raymond alega que uma irregular quantidade de
tempo e energia devem ser gastos procurando por erros no modelo da Catedral, quando as diversas versões de
código são avaliadas por um número limitado de desenvolvedores.
Este ensaio ajudou a convencer a maioria dos projetos open source e softwares livres a adotar o modelo do Bazar,
completa ou parcialmente — incluindo os projetos Emacs e GCC, os exemplos originais para um modelo Catedral.
Mais notavelmente, isso ainda providenciou o empurrão final para a Netscape Communications Corp abrir o código
fonte do Netscape Communicator e iniciar o projeto Mozilla.
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/A_Catedral_e_o_Bazar
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 9 Agosto | 2010
A conferência de 2010 não será ape-
nas um encontro anual para desenvol-
vedores, adeptos, entusiastas, evange-
lizadores, mas também será o início
das comemorações das comunidades
locais ao redor do mundo. Conforme
dados do Marketing Internacional
OpenOffice.org, estudos mostram que
a suíte de escritórios ocupa mais de
20% do mercado. Desde a sua cria-
ção, em 2000, mais de 300 milhões de
downloads já foram registrados. So-
mente na versão atual, a 3.2, foram
mais de 43 milhões de downloads. A
suíte está disponível para mais de 90
idiomas e tem suporte para os princi-
pais sistemas operacionais.
"Nossa equipe tem trabalhado muito
duro para fazer desta conferência de
aniversário a melhor OOoCon de to-
dos os tempos", afirma Peter Szakal
da SKM Open, líder da equipe e do
comitê de organização em Budapeste,
encarregados de hospedar o evento.
Por Clóvis Tristão e Rochele Prass
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reportagem |
10 anos de projeto10 anos de projeto10 anos de projeto10 anos de projetoComemorações começam Comemorações começam no OOoCon, em Budapesteno OOoCon, em Budapeste
Conferência Anual do Proje-
to OpenOffice.org, que
acontece dos dias 31 de
agosto a 3 de setembro, em Budapes-
te, é marcada pelo aniversário de 10
anos do aplicativo. Organizada pela
comunidade local, apoiada por patro-
cinadores, a Conferência
OpenOffice.org – OOoCon, é o princi-
pal evento da comunidade internacio-
nal do projeto. O encontro reúne re-
presentantes de vários países para
celebrar, trocar conhecimento sobre
as realizações ao longo do ano, além
de discutir estratégias e desafios.
Neste ano, novamente o BrOffice.org
estará presente no evento, sendo re-
presentado por uma comitiva. Além
do Coordenador Geral da BrOffi-
ce.org, Claudio Ferreira Filho, e o Di-
retor da Associação BrOffice.org, Oli-
vier Hallot, que também é integrante
do Conselho Internacional
OpenOffice.org, esta edição do even-
to contará com a presença de Carlos
Braguini e Gustavo Pacheco, ambos
colaboradores da comunidade brasi-
leira e conselheiros da Oscip. “Minha
expectativa é de representar bem to-
dos que se mobilizam e trabalham a
favor do projeto, especialmente aos
que se entregam às diversas ativida-
des de organização e mobilização do
Encontro Nacional”, diz Braguini.
AAAA
"Com a ajuda de nossos patrocinado-
res, e com o apoio não só da comuni-
dade local, mas dos projetos ao redor
do mundo, nós estamos diante de um
acontecimento extraordinário na capi-
tal da Hungria. Emoldurada por muitos
eventos da comunidade, estamos con-
fiantes de que a Conferência
OpenOffice.org 2010 será um evento
memorável para todos", diz.
"Há 10 anos, o OpenOffice.org pos-
sui milhões de usuários ao redor do
mundo, sendo um dos aplicativos
mais premiados e de fácil uso, em
termos de produtividade", diz Mi-
chael Bemmer, vice-presidente da
Oracle. "Na Oracle, estamos orgu-
lhosos de ser o principal contribuinte
para o OpenOffice.org, assim como
uma patrocinadora Platinum da con-
ferência deste ano. Estamos orgu-
lhosos e ansiosos, e com certeza
passaremos diversas conferências
juntos”, diz.
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Fonte: Divulgação Marketing Internacional OpenOffice.org / Tradução: Clóvis Tristão / Adaptação: Rochele Prass
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 10 Agosto | 2010
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 11 Agosto | 2010
Por Wilkens Lenon Silva de Andrade
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Por isso mesmo que Pierre Levy, após ter captado bem o
espírito do nosso tempo, disse que:
“O ser cognoscente é uma rede complexa na qual os nós
biológicos são redefinidos e interfaceados por nós técni-
cos, semióticos, institucionais, culturais (…) É preciso
pensar em efeitos de subjetividade nas redes de interfa-
ces e mundos emergindo provisoriamente de condições
ecológicas locais” (Levy, 1993, p. 161).
Na citação acima Levy (1993) faz referência ao conceito
de Ecologia Cognitiva, onde deixa claro que o conheci-
mento é o resultado das complexas interações entre os
sujeitos que pensam e articulam ideias, portanto, sujeitos
cognoscentes com e o meio, cuja pluralidade se compõe
de natureza, instituições humanas, artefatos culturais,
signos e símbolos semióticos e culturas diversas. Nessa
perspetiva, podemos afirmar, junto com Levy, que o co-
nhecimento e, por conseguinte a autoria, é o resultado
das relações interativas na coletividade. Sobre isso ele
ainda afirma o seguinte:
“Já vimos que um grande número de processos e de
elementos interveem em um pensamento. Mais uma vez
não há mais paradoxo em pensar que um grupo, uma
instituição, uma rede social ou uma cultura, em seu
conjunto “pensem” ou conheçam. O pensamento já é
sempre a realização de um coletivo. (Levy, 1993, p. 161).”
A co-autoria A co-autoria
informacionais
ma obra cultural, seja lite-
rária, artística, tecnológica
ou de qualquer outro tipo é sem-
pre o resultado do trabalho com
ideias que já existem. Não há au-
toria como algo sui generis, ori-
ginada de conhecimento real-
mente novo, pensado por um su-
jeito sem a interação com a reali-
dade. Pelo contrário, a realidade
e as relações são as fontes pri-
márias das ideias e, portanto,
dos conceitos, das definições e
dos valores humanos que deram
e darão origem a todas as produ-
ções culturais existentes e que
ainda virão do exercício criativo
dos/as autores/as. As produções
culturais são sempre resultado da
interatividade.
na era das redesna era das redes
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 12 Agosto | 2010
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Se o pensamento, suporte de todas as formas de saber,
surge como resultado desse conexionismo, podemos
concluir que o desenvolvimento da cultura e a sua diver-
sidade se dá dentro de um contexto colaborativo propor-
cionado pela teia de relações que é estabelecida entre su-
jeitos individuais, grupos sociais, somados a outros ele-
mentos presentes na cultura, tornando-se significativo,
possibilitando avanços, transformações individuais e cole-
tivas. E, com isso, criando no tempo e no espaço, mas
especialmente no ciberespaço, terrenos férteis a autoria e
co-autorias de obras diversificadas com base no comparti-
lhamento das ideias. Nesse sentido, Levy diz que:
“O conjunto das mensagens e das representações que
circulam em uma sociedade pode ser considerado como
um grande hipertexto móvel, labiríntico, com cem forma-
tos, mil vias e canais. Os membros da mesma cidade
compartilham de grande número de elementos e cone-
xões da megarrede comum. Entretanto, cada um tem
apenas uma visão pessoal dele, terrivelmente parcial, de-
formada por inúmeras traduções e interpretações. São
justamente estas associações indevidas, estas metamor-
foses, estas torções operadas por máquinas locais, singu-
lares, subjetivas, conectadas a um exterior que reinjetam
movimento, vida no grande hipertexto social: na 'cultura'”
(LEVY – 1993, p. 185).
O texto acima é uma síntese do pensamento de Levy em
relação à grande teia de relações que dão forma à cultura
e, consequentemente, aos diversos saberes existentes e
criações culturais. O autor insiste em afirmar que todo co-
nhecimento é resultado de uma megarrede colaborativa
formada por “mil vias e canais”. Nesse aspecto, concor-
damos com ele pois, se “as nossas mentes pensam por
associação, não seria estranho supor que nossa cultura
realiza-se também por conexão, por constantes recombi-
nações.” (SILVEIRA et. al. apud BUSH, 2007). Justamen-
te por essas razões e por muitas outras é que digo que o
direito autoral não pode cercear o acesso ao conhecimen-
to de quem quer que seja. Muito pelo contrário, o com-
partilhamento é necessário para retroalimentar a autoria.
É o compartilhamento das ideias que possibilita a criativi-
dade porque sem isso não há fontes onde se possa bus-
car o material necessário para as produções culturais. A
música é um exemplo fantástico do que estou afirmando.
A harmonia e os acordes musicais é o resultado das mis-
turas de diferentes notas. As músicas mais belas são
compostos harmônicos de sons que sozinhos não fazem
sentido. Outra belíssima metáfora da pluralidade que faz
emergir de si beleza e sentido é a natureza cheia de
cores, tonalidades e biodiversidade.
A diversidade é fonte de inspiração para quem cria, mas
também para quem cria em cima da criatividade dos ou-
tros. É fonte de remixagem. É a pluralidade e o comparti-
lhamento dentro desse contexto cultural que geram as re-
combinações e o reaproveitamento das ideias para au-
mentar e melhorar o conhecimento existente. É da plura-
lidade que se alimentam as produções culturais.
No meio desse caos de diversidade, há um complexo
mundo de autores compartilhando conhecimento, cultura
e arte. Não há linearidade nem algo pronto e acabado,
mas existe uma maravilhosa organização de mentes e co-
rações interfaceados pela lógica da generosidade. As re-
des sociais e as Comunidades de software livre são
exemplos vivos da megarrede de interatividade e colabo-
ratividade articulada em nosso tempo.
O resultado disso é a produção de saberes comunitários
que têm como semente o desejo de contribuir, de perten-
cimento, de reconhecimento mútuo, de autoria que é re-
conhecida produção e desenvolvimento em conjunto. O
nome disso é meritocracia. No interior das redes informa-
cionais, já não há mais espaço para o meu conhecimento,
mas para a colaboração. A rede é feita de comunidades e
essas de autores e coautores. Por isso, o absurdo da leis
contemporâneas dos direitos autorais e da indústria de
patentes que, além de tentarem retirar do autor o direito
sobre sua obra tentam acabar com as fontes primárias de
produção desses saberes.
O que seria da ciência se as fórmulas de Aristóteles esti-
vessem sob patentes ou fossem distribuídas sob copy-
right? Se as descobertas de Newton pertencessem a uma
pessoa ou a um grupo? Que tipo de avanço científico co-
nheceríamos se o método científico fosse privativo? Se a
ciência não fosse livre? Se o conhecimento dos antigos
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A co-autoria na era das redes informacionais | Por Wilkens Lenon
artigo |
O direito autoral não pode cercear o acesso ao
conhecimento de quem quer que seja. Muito pelo
contrário, o compartilhamento é
necessário para retroalimentar a autoria
“
”
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 13 Agosto | 2010
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nos fossem negados. Essas e outras questões semelhan-
tes estão na base das discussões dos problemas gerados
pelas leis de patentes e pela indústria do copyright. Ques-
tões amplamente discutidas por Lemos (2004):
“A cultura de massa marcou a esfera e a opinião públicas
dos séculos XVIII ao XX. Adorno (1974) mostrou bem
como a cultura de massa se configura como uma “indús-
tria cultural”, distribuindo os diversos produtos culturais de
forma padronizada, em série, homogeneamente acessí-
vel, protegidos pela propriedade intelectual como obra in-
violável (diga-se, cópia e circulação não autorizada). A
cultura de massa marca a sociedade industrial do século
XX. Os mass media agem, nesse contexto, como fluxo
massivo, difundindo os produtos culturais (emissões de
rádio, TV, cinema, fotografia, música, artes plásticas, lite-
ratura…) a partir de um pólo emissor (as emissoras de
rádio e TV, os jornais, os editores de revistas e livros, as
gravadoras de música etc.) a uma massa de consumido-
res (receptores)” (LEMOS, 2004, p 8)
O verdadeiro objetivo dessa indústria é tornar a produção
cultural humana em artigo seriado, do tipo homogêneo, ir-
radiado por uma ou algumas poucas fontes, sem a parti-
cipação dos usuários, portanto, sem a riqueza cultural das
comunidades de usuários ou
instituições locais que, neste
caso, servem apenas como
consumidores desses produ-
tos. A prática é transformar
as obras culturais em produ-
tos para consumo de massa
com vistas ao aumento dos
lucros das grandes empre-
sas monopolizadoras. Os
mecanismos utilizados para
a legalização dessa prática
capitalista é a lei de patentes
e o copyright. Por isso, o au-
tor acima é enfático ao afir-
mar que:
“A liberdade e autonomia de
um povo passa por essa in-
flação do fluxo informativo.
No entanto, essa emissão,
controlada e proprietária, re-
duz a uma minoria as vozes
de emissão da informação e
homogeneíza a recepção
das massas. Mesmo não
conseguindo essa homoge-
neização de forma total e
implacável, como mostram
os estudos de recepção, os
mass media controlam a
emissão. A divulgação cultu-
ral massiva pré-cibercultura,
com raras exceções, fica nas
mãos daqueles que contro-
lam os meios de comunica-
ção, fonte de poder político,
de prestígio e de influência
sobre o que é ou não dito às
massas. Controlar os mass
media é controlar a opinião
das massas, barrar a diver-
sidade cultural e forjar uma
A co-autoria na era das redes informacionais | Por Wilkens Lenon
artigo |
A divulgação cultural massiva pré-cibercultura, com raras exceções, fica nas mãos daqueles que controlam os meios de comunicação, fonte de poder político, de prestígio e de influência sobre o que é ou não dito às massas
“
”
identidade essencialista, pu-
rista e imutável”. (LEMOS,
2004, p. 9).
Nossa luta pela mudança da
Lei dos direitos autorais é
em defesa do crescimento
desse fluxo informativo nas
redes informacionais. As ri-
quezas culturais se multipli-
cam na medida em que en-
contram a necessária liber-
dade aos fluxos de conhe-
cimento. Tornar o conheci-
mento posse de alguns pou-
cos polos emissores, como
deseja a indústria cultural, é
empobrecer a humanidade
naquilo que tem de mais
rico, que é a capacidade si-
nérgica de produzir saber de
forma coletiva.
A era das redes é também
tempo da multiplicação do
conhecimento, da remixa-
gem pelas recombinações
dos saberes e da arte. Por
isso, é chegado o tempo da
fluência e da influência das
Comunidades cibernéticas.
É tempo da co-autoria e do
desenvolvimento entre pa-
res.
O sujeito é convidado à par-
ticipação e a ação em defe-
sa da diversidade cultural na
rede e em rede, onde as
fontes são diversas e diver-
sificadas. Com vários rostos,
corpos e mentes, mas com
um único sentimento cha-
mado de generosidade.
Referências:
Levy, Pierre. As Tecnologias da Inteligência – O futuro do pensamento na era da informática. São Paulo. Editora 34. 2004, 13a Edição.
Lemos, André. Cibercultura, cultura e identidade. Em direção a uma “Cultura Copyleft”? André Lemos Contemporânea, vol. 2, no 2 p 9-22 Dez 2004.Silveira, Sérgio Amadeu. et. al.
DIVERSIDADE DIGITAL E CULTURA. 2007. em http://www.cultura.gov.br/site/2007/06/20/diversidade-digital-e-cultura-por-sergio-amadeu-e-associados/. Acesso em 23 de agosto de 2010 .
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 14 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
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reportagem |
stabilidade no emprego, salários vantajosos e outros benefícios atraem milhões de brasileiros,
que se preparam para concorrer a uma vaga em órgãos públicos. Conforme dados da Associ-
ação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos Públicos (ANPAC), anualmente são cerca de 12
milhões de inscrições, número que vem crescendo nos últimos cinco anos.
Tal aumento leva, evidentemente, à maior exigência por qualificação dos candidatos. Ainda de acor-
do com dados da ANPAC, entre 2003 e 2009, cresceu em 26% o número de servidores civis do Exe-
cutivo Federal com curso superior, enquanto os funcionários somente com o fundamental caíram
14%. E diante de um quadro em que vários órgãos públicos estão adotando o BrOffice.org como suíte
de escritórios padrão, a exigência por candidatos que conheçam o aplicativo não poderia ser diferente.
Professor de cursos preparatórios de candidatos a concur-
sos desde 2004, Áriston Jorge Meireles, 40 anos, conta que
está com salas lotadas nas duas instituições em que atua
em Goiás. São cerca de 120 alunos em cada turma, em dois
turnos diferentes, visando ao concurso do MPU. Segundo
ele, o número de alunos que procuram apoio para estudar a
suíte de escritórios BrOffice.org registra aumentos significa-
tivos: “A demanda vem crescendo bastante, pois muitos ór-
gãos públicos vêm adotando BrOffice.org”. Ele ministra au-
las preparatórias para concursos de esferas municipais a fe-
derais.
Graduado em Sistemas de Informação, Áriston também é
Auxiliar Judiciário – Tecnologia da Informação no Tribunal
de Justiça do estado, órgão que usa BrOffice.org. Em sua
opinião, a inclusão de questões sobre o aplicativo em pro-
vas
Conhecer BrOffice.org é diferencial para conquistar uma vaga
E
Conforme o presidente da Associação Brasileira de Candi-
datos a Concurso Público, José Vânio Sena, a exigência
de conhecimentos em software livre está crescendo. “É
uma tendência a utilização de softwares livres. É natural
exigir seu conhecimento, pois os candidatos terão que
exercer o manuseio após serem nomeados”, afirma.
É o caso, por exemplo, do concurso para Analista e Técni-
co dos quadros do Ministério Público da União, que inclui
nos objetos de avaliação em informática para níveis supe-
rior e médio conhecimentos em BrOffice.org. São 594 va-
gas, com rendimentos que variam de R$ 3.993,09 a R$
6.551,52, dependendo do cargo escolhido. O concurso dos
Correios, que recebeu 1.064.209 inscrições, também prevê
conhecimentos no aplicativo, para quase todas as 6.565
vagas. Os salários variam entre R$ 706,48 e R$ 3.108,37.
leo
cub'
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 15 Agosto | 2010
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de concurso é muito importante para o andamento do tra-
balho de candidatos aprovados. “É perceptível o conhe-
cimento que alguns concursados têm em relação aos
mais antigos ou comissionados que não se interessam
tanto por novas tecnologias”, diz.
Conforme relata, os alunos chegam aos cursos geralmen-
te com pouca noção sobre a ferramenta, quando o foco é
concurso público. As pessoas que já têm experiência no
serviço público, explica, costumam estar mais familiariza-
das à ferramenta. Evidentemente, um assunto a mais
para conhecer nem sempre deixa feliz quem pretende su-
perar os concorrentes. Mas o quesito BrOffice.org não é
visto pelos alunos como um obstáculo, e sim um aliado:
“No início, muitos alunos reclamavam por terem que estu-
dar mais um pacote de aplicativos, porém hoje eles veem
isso como um diferencial na preparação”, afirma Áriston.
O Diretor de Relações Trabalhistas da Associação Brasi-
leira de Recursos Humanos do Rio Grande do Sul
(ABRH), Paulo Delfino, explica que o questionamento
sobre custos é uma realidade de empresas privadas e ór-
gãos públicos. Nesse contexto, o uso de software livre é
uma tendência. “O domínio completo de software livre co-
loca o candidato na posição de competitividade, seja na
prova objetiva, seja no teste prático”, afirma. Delfino lem-
bra que muitos concursos realizam, além de testes objeti-
vos, exames práticos para admitir o candidato. “Só isso já
te coloca em posição de vantagem”, fala ao enfatizar que
os profissionais devem se atualizar.
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BrOffice.org em Concursos Públicos | Por Rochele Prass
reportagem |
No início, muitos alunos
reclamavam por terem que
estudar mais um pacote de
aplicativos, porém hoje eles veem isso como
um diferencial na preparação
“
”
Como se preparar
atento a essas falhas. A dica que o professor deixa para
quem está se preparando para prestar concurso público é
estudar através da resolução de provas já aplicadas. Em
caso de dúvidas, diz, consultar a ajuda do software e parti-
cipar de grupos de discussão também são recomendáveis.
Para o Diretor da ABRH, Paulo Delfino, o processo de
aprendizagem deve ser constante, e não apenas visando a
um concurso específico. Para tornar-se competitivo no mer-
cado de trabalho, é preciso transformar essa questão numa
tarefa diária. O Diretor ressalta que os concursos são ela-
borados com o objetivo de selecionar os melhores inscritos.
“Se estou concorrendo com melhores, tenho que treinar di-
ariamente”, afirma. Outro ponto que salienta é que o nível
dos concorrentes de concursos públicos costuma ser alto,
reunindo pessoas com bom nível de instrução e bem prepa-
radas.
A postura de alguém que almeja essa conquista deve pas-
sar por uma disciplina séria e de dedicação. Além disso,
Delfino também aconselha os concurseiros a realizarem
simulados, pesquisar provas de concursos anteriores e trei-
nar, repetindo as condições do processo de seleção com o
número de questões e tempo disponível para completar a
prova. Apesar de as questões mudarem, abrangem os
mesmos tipos de conhecimentos. “Não é possível decorar o
caminho, mas é possível treinar para se submeter a uma si-
tuação semelhante”, explica.
O presidente da Associação Brasileira de Candidatos a
Concurso Público, José Vânio Sena, também salienta a im-
portância de o candidato conhecer a forma como as ques-
tões são elaboradas. Mas aconselha os estudantes a fica-
rem atentos à teoria. “O candidato pode perfeitamente do-
minar o manuseio prático, em um computador, e, na teoria,
se enrolar com os termos técnicos de informática”, diz.
As dificuldades que os alunos têm em relação ao BrOf-
fice.org, explica o professor Áriston Jorge Meireles, são
praticamente as mesmas em relação a suítes seme-
lhantes. Os pontos que geram mais dúvidas são as
fórmulas e funções do Calc. Para auxiliar os concursei-
ros, ele procura focar em questões que já caíram em
outros concursos. Quando um edital aponta necessida-
de de conhecimentos em duas suítes, o professor adota
a prática de comparar as duas ferramentas, mostrando as
diferenças. “Os alunos que dedicam um tempo para a re-
solução de provas anteriores e, a partir delas aprendam
novas funções, não acham difíceis as questões”, diz.
Segundo Áriston, o problema está, muitas vezes, em
questões mal elaboradas pelos organizadores dos
concursos. Para os concurseiros, a melhor saída é estar
Áriston Jorge Meireles, professor de cursos preparatórios para concursos.
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 16 Agosto | 2010
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A estabilidade e a garantia de uma aposentadoria es-
tável atraíram a atenção do jornalista Luis Henrique
Silveira. Ele é um dos inscritos para o concurso do
MPU e conta que pretende se preparar para a prova
por conta própria. Como estratégia, está montando um
plano de estudos a partir de conteúdos listados no edi-
tal do concurso, além de analisar outras provas.
“Quando eu li o programa, achei muito interessante
porque a parte de informática contempla software livre”,
diz. Usuário de BrOffice.org, Luis conta que sua maior
preocupação é com questões relativas à outra suíte de
escritórios. Além disso, pretende dar maior atenção às
planilhas, já que as usa esporadicamente no seu dia a
dia. “Nestes casos terei que estudar ambos”, conta.
BrOffice.org em Concursos Públicos | Por Rochele Prass
reportagem |
Em busca de uma vaga...
Na opinião de Luis Henrique, muitas das questões de
concurso sobre informática são até fáceis para quem usa
a ferramenta. “São perguntas do tipo, para você fazer tal
coisa precisa fazer quais passos?”, analisa. Entretanto,
pondera que muitas perguntas são do tipo verdadeiro ou
falso, o que pode gerar confusão na hora da prova.
Um cargo no setor público é o sonho de muitos brasilei-
ros. Isso porque o mercado de trabalho atual é mutante e
flexível, conforme a análise de Delfino. Muitos trabalha-
dores de gerações passadas conseguiram fazer uma boa
carreira em empresas privadas, “mas isso nem sempre é
possível”, lembra Delfino.
A carreira no serviço público, entretanto, é também uma
questão de perfil. “Tem pessoas que não se acostumam
com o processo que deve ser seguido no setor, mas ra-
ramente fazem concurso”, diz. Porém, essa estabilidade
no emprego não significa falta de espaço para realização
pessoal e construção de uma carreira promissora. “É uma
questão de personalidade. O jovem que entra em concur-
so está sendo desafiado e isso coloca uma pressão sobre
os órgãos para que lidem com a necessidade de reco-
nhecimento mais imediata dos jovens”, explica.
Conforme analisa o diretor, as gerações que estão se co-
locando no mercado de trabalho procuram concurso pú-
blico também por reconhecer que os órgãos estão mais
sérios e vêm se estruturando melhor. A partir da década
de 60, as empresas privadas passaram a ser modelo de
organização. “Existe a 'recuperação' da qualidade do ser-
viço público que foi modelo nos anos 50”, explica. A bus-
ca pelos melhores profissionais, regras de crescimento e
de desempenho também estão atraindo as melhores pes-
soas. “Se acomodam os que querem se acomodar”, diz.
E, diante desse contexto, chegar a um ambiente de traba-
lho sabendo como lidar com tarefas da rotina é muito im-
portante para a integração do novo profissional ao grupo.
O mercado de trabalho
O jovem que entra em concurso está sendo desafiado e isso coloca uma pressão sobre os órgãos para que lidem com a necessidade de reconhe-cimento mais imediata ”
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Paulo Delfino, Diretor de Relações Trabalhistas da ABRH - RS.
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Luis Henrique Silveira dedica manhãs e tardes aos estudos, para o concurso do Ministério Público da União.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 17 Agosto | 2010
Questão 2:
Com relação ao BrOffice.org Writer 3.2.0 (configuração
padrão do fabricante), as opções de recortar um objeto
selecionado qualquer no documento (imagem ou um
trecho do texto) e colar esse objeto em um local espe-
cífico no texto, podem ser realizadas a partir do tecla-
do, utilizando, respectivamente, as teclas de atalho:
a) CTRL + Y e ALT + V.
b) ALT + C e ALT + V.
c) CTRL + T e CTRL + X.
d) CTRL + X e CTRL + V.
e) CTRL + C e CTRL + V.
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reportagem |
Análise: questões BrOffice.org em concursos públicosPrepare-se! Veja algumas perguntas que já caíram em provas de seleção
Pesquisa e comentários | Por Cícero Rocha
Questão 1:
Considere a figura a seguir, extraída do BrOffice.org Calc 3.2.0 (configuração padrão do fabricante):
Considerando que na célula C3 o usuário digita a
fórmula =MÉDIA(A1/B1;A2*B2), o valor resultante
nesta célula (C3) será de:
a) 2,25.
b) 2,5.
c) 3,0.
d) 3,25.
e) 3,5.
Comentário: Como padrão da informática, e também dos
processadores de textos atuais, os atalhos das funções
recortar/colar é, respectivamente, CTRL + X e CTRL + V,
e no BrOffice.org Writer 3.2.0, não seria diferente. Portan-
to, a resposta correta é letra D.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleção da Universidade Federal do Piauí
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 – Cargo: Agente Ad-
ministrativo. Data de realização: 11/07/2010.
Comentário: Com os dados da questão, podemos ob-
servar que a função MÉDIA, primeiro irá resolver a divisão
e multiplicação, para depois realizar a média que neste
caso será 3. Portanto, a resposta correta é letra C.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleção da Universidade Federal do Piauí
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 – Cargo: Agente Ad-
ministrativo. Data de realização: 11/07/2010.
Integrante do Grupo de
Usuários BrOffice.org -
CE, Cícero Pinho Rocha
é colaborador da Revista
BrOffice.org. Possui gra-
duação em Licenciatura
Plena em Computação
pela Universidade Esta-
dual do Piauí (2005).
Atualmente, é professor da Escola Estadual de Educação
Profissional Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa. Tem
experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase
em Informática Educativa e em Matemática e Física.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 18 Agosto | 2010
reportagem |
Pesquisa e comentários | Por Cícero Rocha
Questão 3:
A respeito do ambiente BrOffice.org, assinale a opção
correta.
a) O Base permite acessar dados armazenados
em diversos formatos de arquivos de banco de
dados, tais como o formato dBase, e também permite
a conexão com bancos de dados relacionais, como
MySQL ou Oracle.
b) Para localizar ou substituir palavras, o Writer dis-
ponibiliza ferramenta acessível por meio do ícone,
enquanto, no Calc, essa ferramenta é obtida a
partir do ícone .
c) Os documentos elaborados no Writer podem ser
armazenados em arquivos nos formatos HTML e PDF,
mas não em arquivos com extensão .doc, que é restri-
ta a documentos criados no Word.
d) O Impress disponibiliza a opção de criar gráficos
vetoriais, slides, objetos em três dimensões, com o
auxílio de grades e guias.
e) O Math disponibiliza vários operadores, funções e
assistentes de formatação, que permitem a inserção
automática de uma fórmula em um documento em edi-
ção no Writer. No entanto, o Math deve ser reiniciado
a cada fórmula inserida no documento, já que não é
possível a sua edição e formatação.
Comentário: A questão requer um conhecimento um
pouco mais profundo de toda a suíte BrOffice.org.
Contudo, pelas próprias alternativas, torna-se fácil a
resposta, visto que o Base, realmente acessa banco de
dados, esta é sua função. Portanto, a resposta correta é
letra A.
*Prova organizada pelo Centro de Seleção e Promo-
ção de Eventos – UERN da Universidade de Brasília.
Cargo: Técnico de Nível Superior. Data de realização:
25/04/2010.
*Prova organizada pela Coordenadoria Permanente de
Seleção da Universidade Federal do Piauí
(COPESE/UFPI). Edital 05/2010 – Cargo: Técnico em
Informática. Data de realização: 11/07/2010.
Comentário: Sabendo que o Calc é uma planilha eletrô-
nica e que o técnico estaria excluindo o conteúdo de uma
célula na tela que surge, a opção que não é exibida é
Formas. Portanto, a resposta correta é letra A.
Questão 4:
Um técnico de informática estava utilizando o
programa Calc do BrOffice 3.2.0 e, ao pressionar a
tecla delete, deparou-se com uma janela denominada
“Excluir Conteúdo”. Marque a opção que NÃO pode
ser escolhida nesta janela.
a) Formas.
b) Números.
c) Formatos.
d) Excluir Todas.
e) Fórmulas.
http
://co
mm
ons
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rg/w
iki/F
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enci
l.jp
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| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 19 Agosto | 2010
reportagem |
Pesquisa e comentários | Por Cícero Rocha
Questão 6
Considerando ainda a figura do BrOffice.org Writer 3.0,
assinale a opção que indica o procedimento correto
para exportar o texto para o Word.
a) Clicar a opção Exportar arquivo do menu Ferra-
mentas , selecionar a pasta desejada e por fim clicar
OK.
b) Clicar a opção Word do menu Exibir, selecionar a
pasta desejada e, em seguida, clicar OK.
c) Ao se clicar sobre a opção , será apresenta-
da a opção referente ao tipo de arquivo para exporta-
ção. Após clicar o tipo de arquivo desejado, é suficien-
te selecionar a opção Word e clicar OK.
d) Clicar o menu Janela e arrastar o texto para uma
janela do Word, necessitando dessa forma abrir uma
nova tela do BrOffice Writer 3.0.
e) Clicar a opção Salvar Como do menu Arquivo, se-
lecionar a opção Microsoft Word (versão válida) e cli-
car o botão Salvar.
Comentário: Primando pela portabilidade dos arquivos
gerados no BrOffice.org, é possível criar arquivos para
serem abertos no Word. Dessa forma, basta seguir os
procedimento da alternativa e, portanto, a resposta corre-
ta é a letra e.
*Prova organizada pelo Centro de Seleção e
Promoção de Eventos – UERN da Universidade de
Brasília. TRE/MT – Área Judiciária
*Prova organizada pelo Centro de Seleção e
Promoção de Eventos – UERN da Universidade de
Brasília. TRE/MT – Área Judiciária
Questão 5
Com relação à figura e à utilização do BrOffice.org Wri-
ter 3.0, assinale a opção correta.
a) A figura apresenta a página 1 de um texto que con-
tém 10 páginas.
b) A indicação apresentada no can-
to inferior direito da tela evidencia que uma senha para
acesso está sendo requisitada.
c) A opção na parte inferior da tela indica
que o texto foi inserido a partir de uma página da In-
ternet.
d) Para se exportar o texto para o formato PDF é su-
ficiente clicar sobre a opção , digitar o nome do ar-
quivo apropriado e clicar a opção Salvar.
e) Para se limpar a formatação do texto é suficiente
selecioná-lo e clicar a ferramenta .
A figura a seguir serve para responder as 2
próximas questões.
Comentário: Diferentemente do pacote de escritório
proprietário, o BrOffice.org já traz nativamente uma fer-
ramenta de conversão para o formato PDF. Portanto, a
resposta correta é letra D.
Trazendo dicas e informação,todos os dias e na dose certa
www.dicas-l.com.br
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 20 Agosto | 2010
O ingresso no mercado de trabalho através de
concurso público é atualmente o sonho de milhares
de pessoas no Brasil. O BrOffice.org está sendo cada
vez mais exigido nesse tipo de provas. Porém o que
alguns não sabem é que o Escritório Aberto, projeto
da comunidade BrOffice.org, dá uma força extra aos
“concurseiros” com esses modelos:
escritório aberto |
O Projeto Escritório Aberto tem como objetivo fornecer modelos de arquivos para o BrOffice.org total-
mente gratuitos, prontos para usar e excelentes para o aprendizado. Assim, futuros usuários conta-
rão com aplicações práticas para demonstração dos diversos usos do BrOffice.org por meio de exemplos
utilizáveis. Trata-se de arquivos de uso diário, enviados por colaboradores e que servem perfeitamente
às nossas necessidades, todos licenciados pela GPL.
Por Pedro Ciríaco
Por Pedro Ciríaco
Quando for nomeado e começar a desfrutar de um bom
salário, é uma boa ideia controlá-lo com o Orçamento
familiar para assalariado.
Download: Orçamento Familiar Assalariado
Um bom cartão de visitas valoriza o seu relacionamento
interpessoal.
Download: Cartão de Visitas
O primeiro passo é fazer a inscrição no concurso público,
que poderá ser realizada com este modelo de procuração.
Download: Procuração
Agora, se você ainda não passou em um concurso
público, poderá arrumar um emprego na iniciativa privada
através de um Currículo elegante.
Download: Currículo Elegante
Ao
Viv
o B
r
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 21 Agosto | 2010
órgão usa o BrOffice.org para uma das missões
mais importantes diante da população: o controle
externo de recursos públicos. São cerca de 120
auditores e 180 técnicos de fiscalização que usam o apli-
cativo na tarefa de analisar o fluxo de recursos de 667
unidades gestoras no estado, por onde circula anualmen-
te uma média de R$ 13 bilhões. A suíte já está presente
em 90% das 700 estações de trabalho, meta projetada
para 2011, mas que foi atingida ainda no primeiro semes-
tre deste ano. Anualmente, os auditores do TCE/MT ge-
ram aproximadamente 20 mil documentos.
Conforme o coordenador, o motivo predominante para a
implantação do BrOffice.org foi econômico, o que significa
redução de custos para os cofres públicos. A entidade
calcula poupar até R$ 800.000,00 por ano com pagamen-
to de licenças proprietárias de suítes de escritórios. Mas
também já chamava a atenção da equipe as questões
sobre interoperabilidade e o formato ODF, padrão de ar-
mazenamento de documentos do BrOffice.org.
Por Rochele PrassA
rqu
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al
reportagem |
fisl11: fisl11:
Ro
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ras
s
Para conseguir o respaldo necessário para a migração, a en-
tidade procurou auxílio externo. A estratégia foi buscar no
mercado quem conhecesse o assunto. “Obviamente, a esco-
lha foi pela Associação BrOffice.org”, explica Maragon. Con-
forme ressalta, a contratação da entidade pelo TCE/MT foi
por meio de inexigibilidade de licitação. De acordo com a
Lei, explica, quando uma instituição é notória na sua área de
atuação, o procedimento administrativo para a contratação
de seus serviços é dispensado.
A partir dessa parceria, técnicos da entidade iniciaram uma
capacitação pela própria Associação BrOffice.org, tornando-
se multiplicadores de conhecimento para outros usuários da
entidade. Os treinamentos duravam cerca de três horas uma
vez por semana e cumpriam um papel a mais: a cada pro-
blema identificado, a equipe de multiplicadores era aciona-
da. “Com a contratação da BrOffice.org, nós conseguimos o
apoio qualificado para resolução de problemas”, afirma Ma-
ragon. Em 2006, o TCE/MT instituiu o BrOffice.org como fer-
ramenta corporativa, por meio de decreto administrativo.
Um dos maiores cases de migração para
BrOffice.org foi o tema principal do even-
to comunitário do BrOffice.org, realizado
durante o fisl11. Segundo o Coordenador
Técnico de Tecnologia da Informação do
Tribunal de Contas do Estado de Mato
Grosso, Edmar Maragon, e o analista
técnico responsável pelo BrOffice.org na
entidade, Claudio Ferraz, que apresenta-
ram parte do evento, o planejamento de
implantação da suíte de escritório iniciou
em 2002, quando os auditores do
TCE/MT ainda precisavam extrair manu-
almente informações dos bancos de da-
dos para composição de relatórios.BrOffice.org discute sustentabilidade de projetos de migração em evento comunitário
TCE/MT apresenta caso de migração e aponta caminhos para sustentabilidade dos projetos de implantação
OO
Evento Comunitário BrOffice.org Evento Comunitário BrOffice.org
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 22 Agosto | 2010
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Evidentemente, houve resistências iniciais, conta Mara-
gon, principalmente entre os que já conheciam outras fer-
ramentas. “É aqui que o gestor tem que se preocupar”,
enfatiza. Conforme aponta, o caminho deve ser o de
quebra de paradigmas, tratando de mudar a cultura das
pessoas, os usuários. “E foi neste ponto que o TCE/MT
teve êxito”, afirma. Ele explica que o processo é contínuo
e todo o esforço se repete cada vez que um novo colabo-
rador passa a integrar o quadro. Muitos usuários que re-
clamam não se dão conta de que as dificuldades de
aprendizagem são idênticas as que teriam com uma suíte
proprietária, constata. “Mas não são só problemas que a
gente encontra. Tem benefícios também”, declara.
Conforme ressalta Claudio Ferraz, que é o especialista
em BrOffice.org no TCE/MT, o sucesso na adoção do
BrOffice.org está também na integração do BrOffice.org
com os principais sistemas legados no TCE/MT, respon-
sável pelo controle de processos.
Uma das dificuldades técnicas foi quanto à inserção de
imagens em lote no editor de texto para geração de rela-
tórios. O caminho encontrado esteve novamente na par-
ceria com a BrOffice.org: foi desenvolvida uma extensão
que permite inserir em um documento imagens a partir de
um diretório determinado. Depois de testada e aprovada,
a extensão foi disponibilizada para todos os usuários do
BrOffice.org como uma contribuição do Tribunal ao traba-
lho colaborativo do projeto. A AddPics está disponível
para download no repositório do de extensões do
OpenOffice.org.
Conforme Claudio Ferraz, uma outra vantagem de estar
em permanente contato com a Associação BrOffice.org é
a possibilidade de sugerir melhorias no aplicativo na me-
dida em que necessidades são identificadas na rotina de
trabalho dos usuários. Uma das questões foi com os grá-
ficos gerados no Calc. Quando as imagens eram coladas
no editor de texto, o Writer, os dados desapareciam. O
problema estará solucionado a partir da versão 3.3 do
BrOffice.org.
O Conselheiro e sócio fundador da OSCIP BrOffice.org
Gustavo Pacheco, que prestou consultoria à entidade du-
rante o processo de implantação, ressaltou que o caso do
TCE/MT é importante porque representa um dos grandes
desafios pós migração: a sustentabilidade desses proje-
tos. “O TCE/MT tem um histórico de sucesso na migração
e de suporte de apoio de desenvolvimento do aplicativo,
dando contribuições ao projeto internacional”, diz.
Referente às dificuldades técnicas encontradas ao longo do
processo de migração e no dia a dia dos usuários, Pacheco
Outra palestra realizada no Encontro Comunitário
BrOffice.org foi sobre técnicas de conversão de do-
cumentos, ministrada pelo diretor da Oscip e respon-
sável pela tradução do aplicativo para português, Oli-
vier Hallot. Conforme explica, uma das maiores difi-
culdades para empresas e entidades que migram
para BrOffice.org é a conversão de documentos. Hal-
lot demonstrou, na prática, formas que facilitam o pro-
cesso.
Leonardo Cezar, integrante das comunidades BrOffi-
ce.org e PostgreSQL, que é administrador de bancos
de dados, apresentou ao público maneiras possíveis
de acessar informações armazenadas num banco de
dados PostgreSQL através do Base. De acordo com
ele, essa integração é uma solução que facilita o
acesso a dados, aproveitando recursos disponíveis da
suíte de escritório.
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fisl11: Evento Comunitário BrOffice.org | Por Rochele Prass
reportagem |
http://extensions.services.openoffice.org/pt-br/project/AddPics
esclarece a importância de discuti-las e até mesmo prevê-
las durante o planejamento de uma migração. “A tendên-
cia, com esse tipo de planejamento, registro e acompa-
nhamento é que os resultados efetivos sejam cada vez
mais rápidos, pela proximidade que o BrOffice.org propor-
ciona entre usuário e desenvolvedor”, diz.
A OSCIP BrOffice.org mantém com o TCE/MT um contra-
to que prevê prestação de consultoria e parte de desen-
volvimento. Além disso, a organização atua como inter-
mediária junto à comunidade internacional
OpenOffice.org.
Baixe a extensão:
Ro
che
le P
ras
sTCE/MT destaca ao público que apoio aos usuários é contínuo
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 23 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
novas tecnologias |
para BrOffice.orgpara BrOffice.orgpara BrOffice.orgpara BrOffice.orgforma como o homem interage com o computador vem se modifi-
cando significativamente desde a déca-da de 90, a partir da exigência por re-cursos mais sofisticados na computa-
ção. Nesse novo conceito, uma das di-retrizes é de que os sistemas devem se adaptar às formas multi sensoriais pelas
quais o homem se relaciona com o mundo, e não o contrário. Imagine pro-duzir um texto inteiro sem precisar do teclado para digitar. É isso que preten-de o SpeechOO, uma extensão de re-
conhecimento de voz para o OpenOffice.org. O projeto é brasileiro e
open source.
A ideia de desenvolver a ferramenta surgiu há cerca de
quatro meses e foi lançada oficialmente durante o fisl11.
O projeto é dos pesquisadores Pedro Batista, que traba-
lha com aplicações de reconhecimento de voz dentro do
Grupo FalaBrasil, e do pesquisador William Colen, res-
ponsável pelo Corretor Gramatical CoGrOO. Os dois jun-
taram as experiências e o resultado, ainda em fase de
amadurecimento, é promissor, como explica Pedro na en-
trevista a seguir:
A interação homem máquina está mudando... Pode-
mos considerar o SpeechOO uma amostra de van-
guarda do que ainda está por vir nessa relação?
Sim, o SpeechOO é um aplicativo bastante novo. Na ver-
dade, uma possibilidade nova, pois a ideia de se usar a
voz para interagir com o computador já vem sendo apre-
sentada por filmes de ficção científica há bastante tempo.
Porém, somente agora a possibilidade de criar aplicações
livres com essa tecnologia para o português brasileiro é
possível, graças ao trabalho do Grupo FalaBrasil que vem
desenvolvendo o reconhecedor de voz Coruja. Existem
outras aplicações que estamos colocando em prática no
Grupo FalaBrasil, que podem ser conferidas na página:
http://www.laps.ufpa.br/falabrasil
AA
Reconhecimento de vozReconhecimento de vozReconhecimento de vozReconhecimento de voz
Visite o site do projeto:http://code.google.com/p/speechoo
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 24 Agosto | 2010
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soal
Que funcionalidades o SpeechOO já oferece? Ou seja,
o que os usuários que desejam testar imediatamente
podem esperar ou não dele?
Disponibilizamos recentemente uma versão com uma me-
lhor taxa de reconhecimento. Atualmente, o que ele faz é
simplesmente reconhecer a voz e colocar o texto na tela
do BrOffice.org. Estamos trabalhando para que possamos
incluir nele comandos para controlar o BrOffice.org. É im-
portante que a comunidade use para nos reportar bugs e
ideias. Porém, ao usar é importante entender que o proje-
to ainda está em fase de testes e muitos erros poderão
ser encontrados.
Percebe-se que a ferramenta é de grande utilidade
para várias pessoas, mas tem um potencial muito
grande para portadores de necessidades especiais.
Isso foi pensado na concepção do projeto?
Quando pensamos em desenvolver o SpechOO, era ape-
nas uma ideia que parecia legal. Combinamos e então
começamos a desenvolver. Quando o projeto foi amadu-
recendo, percebemos a sua importância principalmente
para pessoas com deficiência motora. E então tivemos
mais essa motivação.
Quantas pessoas colaboram?
Quando se fala em reconhecimento de voz o trabalho se
deve ao Grupo FalaBrasil, que é o desenvolvedor do re-
conhecedor Coruja e este pode ser usado em inúmeras
aplicações. Quando se fala de SpeechOO, apenas eu e o
William, que usamos a tecnologia do Coruja no desenvol-
vimento. O LaPS (Laboratório de Processamento de Si-
nais da UFPA) recentemente se interessou pelo projeto e
custeou a passagem para o fisl11. Pelo LaPS, também
recentemente propomos um projeto para o CNPQ e es-
tamos aguardando a resposta, para podermos contratar
mais bolsistas e amadurecer o SpeechOO.
Quais são os principais desafios técnicos para o pro-
jeto?
A questão do reconhecimento de voz por si só já é um
grande problema. Podemos observar isso quando ligamos
para centrais de atendimento e não conseguimos fazer
com que a máquina nos entenda. Aqui a situação é pare-
cida, porém um pouco melhor, pois a qualidade do som é
melhor. Porém, ainda não alcançamos a taxa de reconhe-
cimento desejada e o Grupo FalaBrasil vem trabalhando
para melhorar o Coruja, consequentemente nos ajudando
com o SpeechOO. Outra questão é a integração com o
BrOffice.org, já que o Coruja é nativamente um código em
C++ e tivemos que integrar com o BrOffice.org usando
Java, isso foi possível graças a JNI (Java Native Interfa-
ce). Outra questão que estamos trabalhando é na mode-
lagem dos comandos de controle do BrOffice.org.
E além das questões técnicas?
Estamos buscando desde financiamento, principalmente
por parte do governo, para que possamos contar com
mais pessoas no desenvolvimento, até divulgação para
atrair desenvolvedores voluntários. Como sabemos, um
software livre cresce com a ajuda da comunidade.
Ou seja, está aberto a colaborações... Como a comu-
nidade pode ajudar?
Quem tem algum conhecimento de programação pode
ajudar no desenvolvimento. Uma questão importante é
que, para possibilitar o reconhecimento de voz, precisa-
mos de uma grande base de áudio com texto transcrito.
Para conseguir isso, a ajuda da comunidade é essencial.
Existe uma iniciativa livre que faz a coleta de voz e a dis-
tribui livremente, este pode ser encontrado em
http://www.voxforge.org. Além disso, sugestões são bem-
vindas.
Reconhecimento de voz para BrOffice.org | Rochele Prass
novas tecnologias |
o projeto ainda está em
fase de testes e muitos erros
poderão ser encontrados
“”
http://www.youtube.com/watch?v=bcc9tvnHjr8
Pedro dos Santos Batista é estudante
de Engenharia da Computação e
membro do Grupo FalaBrasil, da
Universidade Federal do Pará. Atua
também no desenvolvimento do
Coruja, um reconhecedor automático
de voz para português brasileiro.
Os desenvolvedores do SpechOO
William Colen é mestrando em
Ciência da Computação no IME –
USP. É membro do Centro de
Competência em Software Livre e
responsável pelo desenvolvimento
do Corretor Gramatical CoGrOO.
Quer ver o SpeechOO
em ação? Acesse:
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 25 Agosto | 2010
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 26 Agosto | 2010
Por Rochele Prass
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entrevista |
o ar há menos de
um mês, o site PASL -
Páginas Amarelas do
Software Livre – chegou para
unir duas pontas. Trata-se de
um local de acesso público, em
que tanto a busca, quanto a
oferta de serviços em Software
Livre são gratuitos. O projeto foi
idealizado pelo técnico em ele-
trônica, Paulo Souza Lima, a
partir de reportagem publicada
na edição 9 da Revista BrOffi-
ce.org. “A reportagem sobre
BrOffice.org nos municípios
brasileiros deu a base de sus-
tentação para o que eu já des-
confiava, mas ainda não tinha
muito claro na mente”, diz ao ci-
tar que a matéria levanta a dis-
cussão sobre a importância do
suporte continuado nos projetos
de migração.
“Não adianta apenas instalar o novo software,
precisa dar treinamento. E depois do treinamento,
suporte e acompanhamento”, lembra.
Paulo compartilhou a ideia com Carlos Alberto
Vega Loyola Junior, administrador do fórum Tuto-
linux, que ofereceu um espaço em servidor para a
iniciativa e trabalhou no desenvolvimento da inter-
face. Recentemente, duas pessoas passaram a
ajudar no desenvolvimento do site, Marco Aurélio
Fonseca de Almeida (lelocrow), programador e
suporte técnico em software, de São Paulo/SP e
o professor Dyego Garcia, de Pernambuco.
Nos primeiros dias após as primeiras divulgações
em algumas listas de discussão e redes sociais, o
volume de acessos aumentou. O número de ca-
dastros e de pessoas oferecendo serviços de su-
porte, gratuitos ou pagos, conta Paulo, chegou a
60, reunindo profissionais de todo o Brasil. Já fo-
ram registrados picos de 80 pessoas online. Em
cada estado, o site registrou uma média de 200
acessos. Paulo e Carlos contam os detalhes do
projeto em entrevista a seguir:
NNNão adian-ta apenas ins-
talar o novo software, pre-
cisa dar trei-namento.
E depois do treinamento,
suporte e acompanha-
mento
““
””
do Software Livredo Software LivreAs páginas amarelasAs páginas amarelas
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 27 Agosto | 2010
O que essa iniciativa pretende gerar em se tratando de
difusão e uso pleno do software livre?
Muito se fala da tal sustentabilidade dos negócios com
software livre. Iniciativas como o projeto Cauã de John
“Maddog” Hall, visam oferecer qualificação para pessoas
carentes de modo que possam gerar renda com o software
livre, mas onde está a demanda? Onde estão as pessoas
que precisam dos serviços desses novos técnicos? O
software livre já possui uma base de sustentação nas em-
presas e no governo, mas não nos usuários domésticos. A
demanda doméstica é tão importante quanto a demanda
corporativa, se não mais. Recentemente houve uma dis-
cussão sobre o suporte. Chegamos à conclusão de que o
suporte presencial é muito importante, porque as pessoas
não têm tempo nem disposição para buscar ajuda em fó-
runs. A maioria das pessoas gosta e precisa de suporte
presencial. Então nos ocorreu a questão: porque não juntar
num só local, quem busca suporte presencial e quem o
oferece?
Por que a demanda doméstica pode ser mais importan-
te que a demanda corporativa?
Quando falamos de “inclusão digital” estamos necessaria-
mente falando de pessoas e de computadores domésti-
cos. O governo e as empresas já estão digitalmente incluí-
dos. Quem necessita ser incluído, neste momento, são as
pessoas que ainda não têm acesso a todos os serviços e
informações disponíveis na grande rede.
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As páginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass
entrevista |
Gerar renda com o
software livre, mas onde está a
demanda? Onde estão as pessoas que precisam dos
serviços desses novos técnicos?
““
””Paulo Souza Lima é técnico em eletrônica e administrador. Tra-balha no Instituto de Tecnologia do Paraná como metrologista.
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Por isso, a demanda doméstica tende a ser
mais importante do que a empresarial e gover-
namental. Além disso, mesmo na situação atual,
a pirataria é muito mais disseminada no âmbito
da computação doméstica do que na corporati-
va, o que pode ser um nicho interessante para o
software livre. O software proprietário não é
predominante apenas porque as empresas o uti-
lizam. Ele é predominante porque conquistou o
âmbito doméstico na forma do pirata. Redes so-
ciais e sites de relacionamento foram criados
para pessoas, não para empresas. Então por
que insistimos em dizer que o sucesso está nas
empresas e no governo, se ambos são feitos de
pessoas? O sucesso está nas pessoas, onde
quer que elas estejam. O SL já está bastante
presente no governo e nas empresas. É hora de
o colocarmos nas residências.
Quais são as maiores dificuldades que vocês
identificam para que os usuários sigam
usando software livre após terem o primeiro
contato com ferramentas e sistemas opera-
cionais open source?
Com o software livre, a maior dificuldade que
enfrentamos é, justamente, a de manter as
pessoas usando o SL depois da instalação.
Todas as vezes que esse acompanhamento
não foi feito, a pessoa abandonou o SL e vol-
tou para o pirata. Em muitos casos, frustrada.
Na maioria dos fóruns, blogs e listas de dis-
cussão, fala-se muito da "preguiça do usuário"
em aprender coisas novas. Todo suporte gra-
tuito para SL, passa necessariamente pelos fó-
runs e listas. Os suportes pagos são raros e
caros. Nas listas de discussão, sempre falam
para os iniciantes serem específicos e claros
nas suas perguntas, mas esquecem que essas
pessoas sequer têm ideia do que perguntar.
Resumindo: a dificuldade do iniciante é muito
maior do que apenas técnica. Para o usuário
final vem a pergunta: porque vou utilizar Linux
se o que as empresas precisam é de profissio-
nais para sistemas proprietários, que são maio-
ria nas empresas? Consequentemente, esses
usuários não têm um estímulo para aprender o
sistema Linux.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 28 Agosto | 2010
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As páginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass
entrevista |
Vocês podem citar exemplos dessas difi-
culdades e dar dicas aos iniciantes que
buscam ajuda?
Paulo: Meu pai, por exemplo, é um senhor de
65 anos, que mora numa cidade no Norte do
Paraná. Eu instalei uma versão do Ubuntu
para ele há uns dois anos. Não durou um
mês, porque ele precisava fazer certas coisas
funcionarem e o único suporte disponível era
o das listas de discussão. Nas listas, o mote é
o seguinte: seja educado e faça perguntas ob-
jetivas. Acontece que quem sofre de Mal de
Parkinson, tem 65 anos e pouquíssima intimi-
dade com computadores, não sabe exata-
mente o que perguntar. Isso, somado ao fato
de que a maioria dos voluntários das listas
são de áreas técnicas, não contribui em nada
para que as listas sejam mais, digamos, “hu-
manas”. Temos aí conflitos entre visões, ge-
rações etc. Claro, há exceções.
Segundo: Há cerca de dois meses, instalei o
Ubuntu para uma amiga com a expressa
condição de que eu estivesse por perto
quando ela precisasse. Até agora, ela me
chamou apenas duas vezes para resolver
problemas simples. Mas está totalmente se-
gura em usar o Ubuntu e BrOffice.org para
suas atividades.
As pessoas gostam e se sentem mais segu-
ras e atendidas com uma pessoa por perto.
Não adianta nada para elas receber um e-
mail do outro lado do País, ou do mundo, di-
zendo “faça isso ou aquilo”. Elas não querem
aprender a resolver os problemas, elas que-
rem que a máquina funcione e que alguém as
faça funcionar quando ela apresenta proble-
mas.
Existem dois tipos de iniciantes: os que pos-
suem o viés técnico e querem aprender os
aspectos técnicos do SL, e os típicos usuári-
os de computador, que não têm interesse em
aprender os detalhes técnicos. É principal-
mente a esses últimos, a imensa maioria, que
pretendemos oferecer o portal. A dica para
quem está na segunda categoria, e quer inici-
ar o uso do SL, é: antes de se aventurar a
migrar por sua conta, procurar alguém próxi-
mo, ou mesmo online, que possa ajudá-lo
quando você precisar.
““As pessoas gostam e se sentem mais seguras e atendidas com uma pessoa por perto. Não adianta nada para elas receber um e-mail do outro lado do país, ou do mundo, dizendo 'faça isso ou aquilo' ””
Vocês consideram que os projetos
de migração podem ter mais su-
cesso se usuários domésticos tive-
rem mais conhecimento sobre
software livre de antemão?
Os de migração, com toda certeza.
Quando dizemos “migração” estamos
afirmando que já existe algo que pre-
cisa ser mudado. Não dá para mudar,
e é um erro fazê-lo, quando não se
conhece a direção, as ferramentas, os
recursos. É como vendar o cidadão,
colocá-lo próximo a um precipício e
dizer para ele dar um passo em qual-
quer direção. Ele pode até dar, mas a
possibilidade de cair é grande.
No que se refere ao acompanha-
mento dos projetos, qual deve ser a
conduta de gestores, no universo
empresarial, ou monitores de tele-
centros, por exemplo?
Paulo: Eu tive contato com duas “escolas”: a técnica e a social/humana.
Na vertente técnica, tem a tendência de classificar as pessoas em grupos
muito muito genéricos. Assim colocam-se todos dentro de um mesmo
saco e aplica-lhes o “atendimento padrão” para o grupo. No entanto, as
pessoas são diferentes, têm diferentes interesses e objetivos. Acredita-
mos que quem ensina precisa saber identificar qual é o objetivo e o inte-
resse de quem aprende. A maioria não quer saber o que é o “root”. Eles
querem saber como é que o Ubuntu, o Fedora ou o BrOffice.org vão fa-
zer seu trabalho mais ágil, mais seguro e menos burocrático.
Carlos Alberto Vega Loyola Junior é programa-dor desde 2003. Atualmente, tem uma empresa de desenvolvimento de software e web design, a Include Web.
Quem ensina
precisa saber identificar
qual é o objetivo e o
interesse de quem
aprende. A maioria não quer saber o
que é root
““
””
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 29 Agosto | 2010
As páginas Amarelas do Software Livre | Por Rochele Prass
entrevista |
Quais são os próximos passos do PASL?
Gostaríamos muito de poder chegar a um ponto
onde a iniciativa se tornasse uma ferramenta
para todas as comunidades de software livre e
para as pessoas que querem começar a usar o
SL. Para quem busca ajuda, é a possibilidade
de encontrar quem entende do assunto na sua
localidade, ou próximo dela. Para quem anun-
cia, há um duplo benefício: primeiro, consegue
oferecer seus serviços na sua localidade e tor-
nar-se conhecido nela. Em segundo, pode ser
pesquisado por empresas que precisam de pro-
fissionais com seu perfil e conhecimentos. Ou
seja, o site pode ser um local de divulgação de
habilidades profissionais. Como o assunto é li-
mitado a apenas software livre, os currículos
não estarão diluídos junto com os currículos de
outros profissionais que trabalham com outras
tecnologias.
Ou seja, os objetivos vão muito além do
conceito de “Páginas Amarelas”... Há al-
guma outra ideia em vista?
Sim, depois que começamos a desenvolver
mais a ideia, percebemos que poderíamos ofe-
recer muito mais. Em nossa lista de melhorias
estão: Banco de currículos; Biblioteca online;
Catálogo de fontes de suporte; Automatização
da publicação de anúncios e currículos; Página
de prestação de contas de recursos vindos de
doações.
Veja como proceder para enviar anúncios:
Ir até o portal www.pasl.net.br e cadastrar-se como usuário. Assim que o cadastro for habilitado, a
pessoa terá acesso a um formulário de inclusão de anúncio. Preenchido o cadastro do anúncio,
ele será rapidamente avaliado e, caso esteja tudo certo, incluído no lugar próprio do site. No for-
mulário, as informações mais importantes são as do mini currículo, que é onde a pessoa informa o
que sabe fazer e no que quer dar suporte, e as comunidades onde atua. Essa última informação é
fundamental para dar referências para quem procura ajuda. A participação ativa nas comunidades
pode dar, entre outras referências, a qualidade das respostas que o profissional oferece nas listas
de discussão, sua conduta com os iniciantes, entre outras particularidades. Por isso, é aconselhá-
vel informar também o “nick” nessas comunidades. Quem quiser, também pode optar por ficar de
plantão no chat IRC, cuja interface está disponível no portal.
““ Gostaríamos muito de poder chegar a um ponto
onde a iniciativa se tornasse uma ferramenta para todas as
comunidades de software livre e para as pessoas que querem
começar a usar o SL. ””
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 30 Agosto | 2010
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 31 Agosto | 2010
Por Cícero Pinho Rocha
dica rápida |
Congelando Células no Calc.
Como fazer isso? Simples!
1 - Digite os dados como na figura acima;
2 - Selecione as linhas de 1 a 3, clicando em cima dos cabe-
çalhos de linhas e arrastando até a 3;
3 - Em seguida, vá ao menu Janela e clique em dividir;
4 - Arraste a linha que surgir até abaixo da linha 3;
5 - Feito isso, clique novamente no menu janela em seguida
congelar;
Pronto! As células estão congeladas e você pode digitar to-
das as informações e o cabeçalho da sua tabela não
“sumirá”.
Figura 1 : Visualizando os 20 primeiros alunos.
Figura 2 : Cabeçalho congelado - Páginas posteriores.
Imagine a seguinte situação: um professor precisa fazer uma
tabela de notas de 41 alunos. No entanto, ele só consegue
visualizar 20 alunos (com fonte legível), como mostra a figura
abaixo(Figura 1). Quando chegar no aluno 23, ele não terá
mais acesso ao cabeçalho da tabela (em negrito). Então, fica
difícil saber o que digitar.
Para resolver este problema, é necessário congelar as li-
nhas que possuem o cabeçalho.
Formatação condicional de células no Calc.
Por Paulo de Souza Lima
Se você quiser que uma determinada célula se comporte de
maneiras diferentes, de acordo com os dados inseridos nela,
a dica é usar a formatação condicional. Para isso, selecione
a célula que você quer configurar e clique no menu Formatar
> Formatação condicional.
É possível configurar até três parâmetros para a célula. Su-
pondo que você queira, por exemplo, que o fundo da célula
apareça em azul com letras brancas, se o valor da célula for
positivo, fundo vermelho com letras brancas em negrito, se o
valor for negativo, e preto com letras pretas se o valor for
zero, para isto basta seguir os passos abaixo:
1 - Habilite as três condições nas caixas de verifica-
ção à esquerda do menu de Formatação condicional.
2 - Para cada condição, clique em “Novo estilo” para
editar as configurações da célula.
3 - Não esqueça de dar um nome para o estilo antes
de incluí-lo na lista de estilos.
Figura 1 : Procedimento da formatação condicional.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 32 Agosto | 2010
Por Raul Pacheco da Silva
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dica |
Abrir e Salvar documentos Abrir e Salvar documentos
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00
m dos motivos para o BrOffice.org demorar para ab-
rir e salvar documentos é o fato de ele salvar imagens,
texto e formatação do documento em uma forma
compactada, resultando em arquivos menores. Em contra-
partida, exige muito mais processamento para serem criados
e abertos.
Uma forma de reduzir o tempo de carregamento dos ar-
quivos e evitar pausas durante a edição é aumentar o ta-
manho do Cache de figuras, no menu "BrOffice.org > Fer-
ramentas > Opções > Memória". Usar um cache maior faz
com que o BrOffice.org consuma mais memória RAM,
mas fique perceptivelmente mais rápido.
Em um PC com 1 GB de RAM (ou mais), se terá bons resul-
tados aumentando o "Número de etapas" para 100, se na op-
ção "Utilizar para o BrOffice.org" reservando 196 MB, e ao
aumentar a "Memória por objeto" para 20 MB. Isso fará com
que as imagens e outros elementos incluídos nos documentos
BrOffice.org mantenham-se carregados na memória, ao invés
de serem lidos a todo instante do arquivo origem, salvo no
HD. Logicamente, 196 MB de memória é apenas um limite,
atingido somente na edição de documentos muito pesados.
A opção "Remover da memória após" indica por quanto tempo
os arquivos serão mantidos no Cache. Se o BrOffice.org fica
aberto o tempo todo, editando os mesmos documentos na
maior parte do tempo, use um valor alto (como algo em torno
de 6 horas) para evitar que o cache para os documentos que
estão abertos fiquem se atualizando constantemente.
Entretanto, se você tem um micro com 256 MB ou menos,
terá melhores resultados colocando no "Número de eta-
pas" 20, "Utilizar para o BrOffice.org" 32 MB (ou até me-
nos, dependendo da memória disponível), "Memória por
objetos" para 16 MB (para o BrOffice.org manter na me-
mória apenas os objetos do trecho que estiver editando).
Nos PCs atuais, os ajustes acima farão com que o BrOffi-
ce.org fique, na verdade, mais lento, já que não poderá
manter muitos elementos na memória. Entretanto, em
PCs antigos a redução no uso de memória acaba supe-
rando o impacto devido à redução nos caches.
Como pode imaginar, o "Carregar o BrOffice.org na inicializa-
ção do sistema" ativa o pré-carregador, fazendo com que ele
mantenha parte das bibliotecas carregadas na memória para
início rápido. Essa opção é interessante apenas para quem
tem o hábito de abrir e fechar os aplicativos com frequência.
BrOffice.orgBrOffice.org mais rápido mais rápido
Fonte: http://www.gdhpress.com.br/blog/mais-dicas-openoffice/
UU
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 33 Agosto | 2010
Por Rubens Queiroz
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oal
or desconhecimento, muitas pessoas deixam de
usar um recurso importante e muito útil da suíte
de escritórios BrOffice.org: a edição de um docu-
mento, planilha, apresentação etc. utilizando duas janelas.
Este recurso é especialmente interessante para pessoas
que frequentemente precisam trabalhar com documentos
grandes. Ao invés de ficar indo e vindo para o começo e
para o fim do documento, podemos abrir duas ou mais ja-
nelas de edição de um mesmo documento. Tudo que for
feito em uma janela imediatamente se reflete nas demais.
Geralmente, duas janelas é mais do que suficiente, mas
se quiser (ou puder trabalhar com mais), vá em frente.
Para abrir uma janela adicional, vá até o menu Janela e em seguida selecione Nova Janela:
Isto feito, é aberta uma nova janela editando o mesmo
documento. Se o seu monitor for mais largo, você pode
alinhar as duas janelas lado a lado, podendo consultar e
editar diferentes partes do documento simultaneamente,
como podemos ver pela figura abaixo:
Edição de duas ou mais seções Edição de duas ou mais seções
dica |
de um documentode um documento
PP
Mas você não precisa se limitar a trabalhar com a edição
do documento. Você pode realizar em cada uma das jane-
las, de forma independente, qualquer função que desejar.
Uma destas funções é visualizar a impressão em uma das
telas e na outra você pode ir corrigindo os erros de forma-
tação que encontrar.
O que normalmente fazemos é invocar o modo de visuali-
zação do documento, navegar por ele e, ao encontrar um
erro, sair do modo de visualização para corrigir o proble-
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 34 Agosto | 2010
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ma para logo em seguida retornar ao modo de visualiza-
ção. Cansativo até para se descrever, imagine ficar traba-
lhando assim. Vemos a seguir um exemplo desta forma
de trabalhar:
Um pouco poluído, não? Ao trabalharmos desta forma, é
conveniente desativarmos algumas das opções de exibi-
ção de ferramentas, como os painéis laterais. Com isto,
temos mais espaço para trabalhar.
Com apresentações, uma forma de trabalho interessante,
é ter em uma das janelas o Classificador de Slides, e na ou-
tra os slides individuais, como mostrado na figura abaixo:
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Edição de duas ou mais seções de um documento | Por Rubens Queiroz
dica |
Todas as operações que fizermos na janela de edição, à
direita, imediatamente se refletem na tela de visualização
do documento, que está à esquerda:
No exemplo acima, selecionei um parágrafo, aumentei o
tamanho da fonte e apliquei o atributo negrito. Imediata-
mente a modificação realizada se reflete na tela de visua-
lização.
Evidentemente, este recurso não se restringe apenas a
documentos de texto. Qualquer tipo de documento supor-
tado pelo BrOffice.org pode ser editado desta forma.
Vemos a seguir um exemplo de edição simultânea de
uma apresentação:
O classificador de slides nos dá uma visão mais ampla do
documento, nos permitindo organizar melhor as ideias. Já
na tela da direita, acima, podemos ir fazendo os ajustes
individuais.
Finalmente, podemos fazer o mesmo em planilhas com
múltiplas páginas. Se precisarmos referenciar valores em
páginas diferentes, basta abrir uma janela em cada uma
das páginas com que trabalharemos e tudo fica muito
mais fácil.
Na figura anterior temos uma planilha com duas páginas:
Totais e Fluxo de Caixa Pessoal, em que simulamos a
cópia em uma célula da página Totais de uma célula da
página Fluxo de Caixa Pessoal. No processo normal, di-
gitamos o caractere “=” na célula que referenciará um va-
lor da outra página, alternamos para a página que contém
o dado que queremos copiar e selecionamos a célula com
o mouse. É útil para referenciar um ou dois valores, mas
se tivermos que efetuar um grande número de operações
fica demorado.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 35 Agosto | 2010
Por Wilkens Lenon
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tutorial |
Que tal organizar todos os seus contatos, para localizá-los facilmente? O BrOffice.org Base é uma ferramenta que pode
ser usada para criação de pequenos aplicativos de entrada e saída de dados e tem funcionalidades que atendem a várias
necessidades. Neste tutorial, vamos mostrar como utilizar o Assistente de banco de dados para, rapidamente e sem
complicações, fazer uma Agenda de contatos. Mãos à obra!
Agenda de contatosAgenda de contatos usando assistente deusando assistente de banco de dadosbanco de dados
Abra o BrOffice.org Base e clique em:
Aplicativos > Escritório > Banco de Dados
Em seguida, aparecerá uma tela conforme
mostra a figura ao lado.
Deixe marcada a opção Criar novo banco
de dados e clique em Próximo.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 36 Agosto | 2010
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No próximo passo, observe a tela de Criação do Banco
de Dados, ao lado:
Deixe marcadas as opções Sim, registre o banco de
dados para mim e marque também a opção Criar ta-
belas utilizando o assistente de tabelas. Clique em
concluir.
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Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon
tutorial |
Digite um nome para o seu banco de dados, escolha
uma pasta para armazená-lo e clique no botão Salvar
e em Próximo.
Conforme Figura abaixo, você escolherá a Categoria
(negócios ou Pessoal), e a Tabela que será usada para
guardar as informações dos contatos e os Campos da tabela
escolhida que serão usados para editar informações dos seus
contatos como nome, endereço, telefone, etc. Dessa maneira
deixe marcada a opção Pessoal em Categoria, escolha a
Tabela Endereços em Exemplos de tabelas.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 37 Agosto | 2010
A seguir, selecione os campos que desejar inserir na Tabela Endereços. Isso pode ser feito campo a campo, individualmen-
te, selecionando o campo desejado e clicando no botão ou clicando no botão para selecionar todos os campos
de uma única vez, conforme abaixo:
Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon
tutorial |
> >>
Na sequência, você definirá os
tipos de dados (formatos),
item 2 em Etapas para cada
Campo da sua Tabela, conforme
Figura ao lado. Neste tutorial
vamos usar o mesmo formato
(tipo de dado para todos os
campos, ou seja, Text [VAR
CHAR].
Todos os campos terão o forma-
to texto, serão manipulados
como texto. Mesmo aqueles que,
normalmente, são tratados como
números. Em um tutorial futuro,
explicaremos a diferença entre
esses tipos de dados ou forma-
tos.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 38 Agosto | 2010
Em seguida, será definida a
chave primária (um campo de
valor único que servirá para
identificar cada registro em par-
ticular), como apresentado ao
lado. Em nosso caso, esses re-
gistros serão os contatos que
irão ser inseridos em nosso
aplicativo quando estiver pronto.
Se você estiver seguindo este
tutorial neste momento, deixe a
janela com as opções – Criar
chave primária, Adicionar
uma chave primária automati-
camente e Valor automático.
Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon
tutorial |
Agora digite o nome da Tabela, na figura ao lado
e marque a opção Criar um formulário baseado
nessa tabela como na Figura abaixo e depois
clique em Concluir.
Da mesma forma como escolhemos os campos
da tabela, escolheremos os campos do formulá-
rio, porém lembre-se de que os campos da tabe-
la são exatamente os mesmos que estão à dis-
posição para serem utilizados no formulário. Po-
deríamos fazer uma seleção dos campos que
desejaríamos inserir, mas, neste tutorial, iremos
inserir todos, coincidindo os campos do nosso
formulário com os campos criados originalmente
na tabela. Detalhe: Nosso banco de dados só
tem uma tabela, mas poderia ter várias. Clique
em Avançar.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 39 Agosto | 2010
Em seguida, aparecerá a Figura ao lado. Apenas cli-
que em Avançar sem marcar nada.
Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon
tutorial |
A parte a seguir é bem legal, porque nela você escolhe-
rá o layout do seu formulário. Conforme a figura abaixo,
escolha a quarta opção da esquerda para a direita na
opção Disposição do formulário principal. É a opção
Em Blocos – Rótulos em cima. Clique em Avançar.
Deixe a próxima janela com as opções desmarca-
das, conforme a figura abaixo. Assim, você poderá
usar o formulário para editar as informações que
estão armazenadas na tabela podendo inserir,
modificar ou excluir informações dos seus contatos
através do formulário. Poderia fazer isso direta-
mente na tabela, mas é bem melhor através do
formulário. Avançar.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 40 Agosto | 2010
Agenda de Contatos usando assistente de Banco de Dados | Por Wilkens Lenon
A seguir, escolha o estilo (o design do seu
formulário). Nós escolhemos, para esta
demonstração, a cor azul como fundo (op-
ção Aplicar estilos) e Visual 3D na opção
Borda do campo. Fique à vontade para
escolher o design que achar melhor. Perce-
ba que a medida que você vai clicando nos
estilos e tipos de bordas verá, por detrás da
janela, que as suas escolhas são aplicadas
imediatamente. Podemos visualizar essas
mudanças na figura ao lado. Após, clique
em Avançar.
Na próxima tela, digite o nome o seu formu-
lário e deixe Marcada a opção Trabalhar
com o formulário como na figura abaixo:
Clique em Concluir.
Voilá. Aí está o seu formulário. Com ele, você pode Inserir, Excluir, Modificar, imprimir e até exportar seus dados
para um arquivo PDF. No entanto, o grande benefício de poder criar um pequeno aplicativo como este usando o
BrOffice.org Base é a possibilidade de poder manipular suas informações rapidamente.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 41 Agosto | 2010
Por Edgard Costa
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tutorial |
momento que o Brasil está começando a viver é
o de não trabalhar com papel. Desde a criação
do ITI-ICP (Instituto Nacional de Tecnologia da In-
formação), a digitalização de grandes acervos está possi-
bilitando a transformação dos arquivos de papel em ar-
quivos digitais mesmo que ainda existam discussões nas
instâncias superiores da Justiça Brasileira sobre a materi-
alidade ou imaterialidade do arquivo eletrônico.
Precisamos nos acostumar com alguns termos que são
importantes neste mundo dos documentos. O primeiro é
ECM - Enterprise Content Management ou Gestão de
conteúdo empresarial – que é o conjunto de normas que
regem a digitalização de documentos, sua guarda e inde-
xação em local específico.
Muitos documentos têm vida de armazenamento diferen-
tes. Alguns são para trinta anos. Outros para um ano
apenas. Já temos normas que permitem que os acervos
sejam totalmente digitalizados e desmaterializados. Ou
seja, todo o conteúdo permaneça somente, digital. Para
que a desmaterialização seja efetiva, deve-se cumprir
normas estabelecidas pelo Conarq, órgão que regulamen-
ta todos os critérios para que a operação tenha total con-
trole.
O segundo termo com o qual precisamos nos familiarizar
é o GED – Gerenciamento Eletrônico de Documentos.
Trata-se de uma tecnologia que provê um meio de faci-
mente gerar, controlar, armazenar, compartilhar e recupe-
rar informações existentes em documentos. Os sistemas
GED permitem aos usuários acessar os documentos de
forma ágil e segura, normalmente via navegador Web
por meio de uma intranet corporativa acessada interna
ou externamente, sendo esta última forma mais presente
nos dias de hoje. A capacidade de gerenciar documentos
é uma característica indispensável para a gestão do co-
nhecimento.
Definição encontrada em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gerenciamento_eletrônico_de_documentos
O terceiro conceito do mundo dos documentos, é work-
flow – fluxo de trabalho – que em conjunto com o GED
determina a fluidez dos documentos entre departamentos
e mesmo entre o ciclo completo de produção, incluindo
clientes, fornecedores e entidades governamentais.
Integração do BrOffice.orgIntegração do BrOffice.org
Gerenciamento Eletrônico Gerenciamento Eletrônico de Documentosde DocumentosGerenciamento Eletrônico Gerenciamento Eletrônico de Documentosde Documentos
htt
p:/
/ww
w.f
lic
kr.c
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s/es
ther
ase
/52
172
823/
siz
es/l
/in/p
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tos
tre
am/
OO Já temos normas que permitem que os acervos sejam totalmente
digitalizados e desmaterializados. Ou seja, todo o conteúdo
permaneça somente, digital
““
””
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 42 Agosto | 2010
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Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa
tutorial |
BrOffice.org e Alfresco
O BrOffice.org é uma suíte de escritórios completa e se
encaixa perfeitamente no contexto de GED e Workflow
com uma plataforma denominada Alfresco, que tem duas
versões. Uma de código fechado, Enterprise; e uma de
código aberto Community.
A versão Community é encontrada para sistemas opera-
cionais Windows, Linux e Mac e pode ser obtida em: http://wiki.alfresco.com/wiki/Download_Community_Edition
O Alfresco trabalha muito bem com os banco de dados
MySQL ou PostgreSQL e existem versões para trabalhar
em conjunto com Jboss e Tomcat.
Para que as estações de trabalho consigam trabalhar com
o Alfresco é necessário baixar e instalar uma extensão
denominada Conector para Alfresco CMS. Tal extensão
pode ser encontrada no repositório de extensões do
OpenOffice.org, acessível no endereço:
http://extensions.services.openoffice.org/project/alfrescoconnector
Sua instalação é fácil e tranquila.
Depois de configurado o Alfresco, duas interfaces estarão
à disposição dos usuários. Uma de gerenciamento de do-
cumentos e outra de compartilhamento denominada Sha-
red.
Pode-se trabalhar com o Gerenciador de documentos de duas formas:
a) Via Browser
Visão Geral do Alfresco para gerenciamento de documentos
Tela de login
Tela de trabalho inicial
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 43 Agosto | 2010
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Diretório
b) via desktop – (Em ambiente Windows)
Uma vez instalada a extensão, o BrOffice.org terá uma aparência similar à seguinte no seu menu principal, podendo variar
em função de configurações pessoais, conforme se observa abaixo:
→ mostra que o plugin está
pronto para trabalhar.
Destaque para:
Uma vez acionado o ícone, temos à direita da tela:
→ Alfresco pronto para trabalhar
Outra forma de acionar o Alfres-
co é via menu Arquivo:
Para que este acio-
namento seja perfei-
to, é necessário con-
figurar o BrOffice.org
para que entre em
contato com o servi-
dor Alfresco via
Fermentas-> Opções
> Alfresco.
Ferramentas->Opções ->Alfresco
Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 44 Agosto | 2010
tutorial |
Clicando-se em Alfresco faz-se a configuração desta forma:
Uma vez a configuração esteja concluída podemos abrir nossos documentos de forma transparente:
Abrindo documentos do Servidor Alfresco Salvando documentos no Alfresco
c) Via desktop (Ambiente Linux)No Desktop Linux as
coisas são mais tran-
quilas. Não há neces-
sidade da instalação
do plugin, já que o
protocolo webdav, na-
tivo no Alfresco e
também do Linux, é
facilmente reconheci-
do. Basta localizar a
pasta, tanto via inter-
face do Broffice.org
como via Navegador
de arquivos, que todas
as operações: salvar,
copiar, colar, editar
serão totalmente
transparentes.
Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 45 Agosto | 2010
tutorial |
Alfreco Share é uma plataforma colaborativa via internet local (lan). É muito eficiente para colaboração de projetos. Tem
wiki, reconhece e adiciona usuários da mesma rede ou de rede externas, desde que devidamente autorizados pelo admi-
nistrador.
Uma vez logado a interface de trabalho é a seguinte:
Ambiente colaborativo. A tradução para pt-br já está pronta
Numa breve exposição, mostramos que um ambiente co-
laborativo e de produção não tem mais a necessidade de
trabalhar com uma folha de papel sequer. Todos os do-
cumentos podem ser guardados, enviados e trabalhados
por qualquer instância do mundo produtivo e permanecer
intacto livre de intempéries, fungos, traças,
desastres naturais, por tempo indeterminado e em pe-
quenos espaços físicos.
Uma conjunção da suíte de escritórios BrOffice.org com o
Alfresco consegue aumentar a produtividade com enorme
redução de custos. Agora é só tomar a decisão e imple-
mentar.
Alfresco Share
Integração do BrOffice.org com softwares de Gerenciamento Eletrônico de Documento | Por Edgard Costa
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 46 Agosto | 2010
Por Cárlisson Galdino
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cultura |
imagem
Enfim, estamos aqui saindo do hotel com a bagagem. Há
mortos por aqui também, mortos andantes por todo canto.
Permanecemos por alguns longos minutos no quarto, fa-
zendo um lanche preparatório e definindo nosso futuro.
Foi consenso – exceto talvez por Richard, mas ele sim-
plesmente não se pronunciou a este respeito – que nós
deveríamos partir imediatamente para Paris, para che-
garmos lá o quanto antes. Sem luz, sem rádio, televisão
ou telefone não temos a menor ideia do que está aconte-
cendo em nível maior. Essa praga digna de filmes trash
afetou Le Mans apenas? Cidades vizinhas? Toda a Fran-
ça? Toda a Europa? O mundo? Simplesmente não temos
resposta para esta pergunta, mas temos esperança de
que o caos habite apenas aqui e, se for este o caso, ado-
raríamos estar em um lugar seguro ao anoitecer. Um lu-
gar com mais eletricidade, comida e conforto, e com me-
nos mortos andantes...
Agora todos no carro. O Professor Álvaro dirigindo, eu ao
seu lado. No banco de trás, Jörg e Richard, já com armas
próximas.
- Sabe, Fábio, é realmente algo assustador tudo isto! Mas
estamos presenciando um momento histórico. Le Mans
tem sua importância no mundo.
- E que cidade não tem sua história...
- Aqui ocorre todo ano a corrida de 24 horas.
- Nunca ouvi falar...
Década de 1990, quando a Magia volta à Terra, trazendo caos. Redblade narra a jornada de
um grupo de aventureiros por países devastados. A história acontece no mesmo mundo que
Marfim Cobra e Jasmim, romances do mesmo autor, mas tem uma abordagem diferente...
Episódio 05: Quatro num carro
Quatro estranhos num carro
E o caminho se forma
É estranho e bizarro
Mas é o que acontece
Por quem foi, uma prece
Mesmo que ir não queira
Buscamos o horizonte
Não há outra maneira
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 47 Agosto | 2010
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- É uma corrida de resistência, uma competição que
ocorre desde a década de 1920. Imaginas o que seja!? É
mundialmente conhecida.
- E como será que estarão os outros participantes do
nosso evento?
- Creio que a esta altura mortos.
- Cuidado!
O carro atropela alguém, que cambaleava na rua. A rua
está cheia de mortos. Não é fácil conseguir passagem.
Sorte temos que tem sido possível.
O professor começa a falar com a galera do banco de
trás, em Inglês. Pelo que entendo, praticamente está fa-
lando do mesmo que falou a mim em Português. Dessa
corrida de 24 horas de Le Mans...
- Estás vendo, Fábio? Todos conhecem a corrida de Le
Mans, só tu que nunca ouvistes falar a respeito.
- É, não há como a gente conhecer tudo...
- Não há... Mas é como bem dissestes. Na Europa que ci-
dade não tem sua importância?
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Redblade - Episódio 05: Quatro num carro | Por Cárlisson Galdino
cultura |
Bacharel em Ciência da Computação e pós-graduado em Produção de Software com Ênfase em
Software Livre. Membro da Academia Arapiraquense de Letras e Artes, é autor do Cordel do
Software Livre, do Cordel do GNU/Linux, do Cordel do BrOffice.org e do Cordel da Pirataria.
Líder, vocalista e baixista da banda Infinnita. http://bardo.cyaneus.netCárlisson Galdino
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Que cidade não tem histórias para contar? Espero que
esta seja apenas mais uma história que Le Mans possa
contar daqui a uns anos, ainda que por meio de seus
descendentes ora ausentes...
- Também espero...
“Cidade fantasma” é uma expressão que assusta. Imagi-
ne uma cidade totalmente vazia... A expressão não assus-
ta por haver fantasmas, mas porque cidades vazias não
são uma boa coisa. E o que se pode dizer de uma cidade
cheia de zumbis?
É como se não tivesse caído a ficha ainda que estamos
lidando com pessoas. Pessoas como nós quatro, como
você. Pessoas que morreram e, não se sabe porque, con-
tinuam se movendo. Tenho a impressão de que estamos
em um pesadelo, anestesiados pela surpresa e que a rea-
lidade guarda um golpe severo para nós, esperando ape-
nas essa ficha cair.
Temos que sair daqui urgentemente, antes que a ficha
caia. De um jeito ou de outro. Vamos em frente torcendo
que Paris não seja Le Mans.
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 48 Agosto | 2010
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cultura |
Neste filme de ação, que em vários momentos se parece
com um videogame, grandes empresas dominam o mun-
do, entre as quais a Microsoft. Sem ter mais espaços pu-
blicitários onde divulgar produtos, uma empresa inventa
um chip que, instalado no cérebro das pessoas, pode cu-
rar, mas também levar o indivíduo à loucura e à morte. O
protagonista é o personagem Lucas Gibson (Cuba Jr.),
que se envolve em um estranho acidente, perde a espo-
sa, a memória e quando acorda o mundo não é mais o
mesmo que conheceu. Aos poucos, descobre que tem um
implante no cérebro que salvou sua vida, mas ao mesmo
tempo pode matá-lo a qualquer momento.
TEXTO
Dica de Filme |
A empresa responsável pelo chip tem o controle total de
todas as 660 pessoas escolhidas para testar o novo dis-
positivo e se alguém começa a fazer perguntas demais
corre o risco de ser eliminado. A sorte de Lucas, no entan-
to, está em um grupo de hackers que invade o sistema
“controlador de mentes” e bloqueia as ações homicidas e,
de quebra, ajuda o “escolhido” a encontrar os responsá-
veis pela morte da sua esposa, que, por acaso, são os
mesmos que implantaram o chip em sua cabeça.
O Hardwired, título original do filme, foi lançado em 2009.
A direção é de Ernie Barbarash.
Quer conferir? O trailler legendado está disponível no Youtube. Acesse:
http://www.youtube.com/watch?v=BTGiirsFLDo
Paranoia Paranoia ou realidade?ou realidade?
Dica de filme: Invasor de Mentes | Por Luiz Oliveira
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 49 Agosto | 2010
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resumo do mês |
Palestra sobre a Revista BrOffice.org no RS
Trata-se de um documento
público de intenção para
adoção de formatos abertos
de documentos. A adesão
aconteceu durante o 2º
Encontro dos Signatários do
Protocolo Brasília, no Palá-
A Revista BrOffice.org foi
tema de palestra durante
curso de formação de
monitores de telecentros. O
treinamento faz parte de
projeto de inclusão digital no
Serpro RS. Foi apresentado
aos participantes o método de produção da publicação, além
de canais onde é possível buscar ajuda e conhecer mais
sobre a suíte de escritórios.
O projeto de Inclusão Digital do Serpro fornece
computadores, o projeto elétrico e lógico e a formação de
monitores. Atualmente, no Rio Grande do Sul, existem 48
telecentros inaugurados e 18 em fase de pré-inauguração.
As formações de monitores são realizadas na sede da
entidade em Porto Alegre, sob demanda. São cerca de três
treinamentos por ano, reunindo participantes de vários
municípios do Estado.
Prefeitura Municipal de Silva Jardim, RJ, adere ao Protocolo de Brasília
cio Itamaraty. O município de Silva Jardim foi a primeira
cidade no Estado do Rio de Janeiro a aderir ao Protocolo.
Segundo o servidor Marcelo Massao, representando o
prefeito Marcello Zelão, além de Silva Jardim, apenas os
municípios de Novo Hamburgo (Rio Grande do Sul) e Nova
Aurora (Paraná) já aderiram ao protocolo.
Braile no OpenOffice.org
Uma universidade belga dispo-
nibilizou o odt2braille, extensão
que oferece suporte a Braille no
OpenOffice.org. Após instalada,
a extensão cria um menu “Brail-
le” com opções para traduzir
documentos para formatos
Braille como o .brf ou .pef, ou
enviar o conteúdo para impres-
soras Braille. O suporte inclui
diversos detalhes, preservando
o layout, permitindo a entrada
de texto diretamente em Braille
se desejado, e até mesmo com
Indonesia vai migrar documentos oficiais para ODF
Isso deve acontecer depois que todos
os computadores das agências
governamentais forem migrados para
Open Source, em 2011.
A informação foi anunciada por Ashwin
Sasongko, Ministro das Comunicações
e Informática, no IOSA (Indonesian
Open Source Awards 2010) em
Jakarta. O governo fez ainda um apelo
para que as empresas que prestam
serviços de interesse público também
migrassem para o padrão ODF
http://www.broffice.org/investimos
Fo
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p://
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suporte a fórmulas e símbolos matemáticos.Fonte: http://br-linux.org/2010/odt2braille-braille-no-openoffice/
| Revista BrOffice.org | www.broffice.org/revista 50 Agosto | 2010