É necessário que estejamos presentes em nós, próximos de nós, aceitando-nos como uma agradável...
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É necessário que estejamos presentes em nós, próximos de nós, aceitando-nos como uma agradável companhia, para evitar a terrível
sensação de solidão, de estar invisível no mundo, de suportar o peso do silêncio e da ausência de
mais gente ao nosso lado.
Os maiores sinais de distanciamento de nós mesmos pode ser observados nos aparelhos que
temos em casa.
Podemos não ter preferência por programa algum, mas ligamos o rádio para ouvir pessoas
falando de assuntos que nem nos interessam, só para não cairmos em abismal silêncio.
Sentamos na poltrona, com os olhos vagos, e automaticamente nossa mão vai para o controle
remoto da TV.
Nossa atenção nem está ali, mas apenas o fato de ter gente do outro lado, naquela tela, já nos dá a
ilusão de que não estamos sós.
Muitas vezes, chegando em casa, a primeira coisa que fazemos é checar a secretária eletrônica, caixa postal ou coisa que o valha, mesmo não
estando aguardando nenhuma notícia importante, mas pela necessidade de ver que alguém se
lembrou de nós, já que nós mesmos não lembramos, não nos damos uma palavra agradável, carinhosa, compreensiva, um
pensamento de auto-afeição.
Na caixa de correio só papéis de propaganda, nenhuma carta, nenhum cartão, ninguém sequer
lembrou de nos mandar flores na data do nosso aniversário!
Ah! Tudo isso é pior do que a morte!
Afinal, se tivéssemos morrido, pelo menos algunsconhecidos assinariam o Livro de
Comparecimento,algumas coroas de flores seriam encomendadas
em nossa homenagem.
Que falta faz nossa própria presença em nossa vida!
Felizes aqueles que, nessas condições, têm um computador.
Então é só ligar, conectar e verificar se há e-mails.
Não existe mensagem pior do que aquela que anuncia:
“nenhuma mensagem nova”.
E de novo aquela sensação horrível de abandono, de vazio e a conclusão interior:
“o mundo me esqueceu!”
Esmagadora conclusão, quase mortal conclusão!
Quando não nos abandonamos não nos sentimos sós, e nada é preciso para fazer-nos companhia,
nossa própria presença nos basta, as idéias fluemcom clareza, a criatividade se solta, inspirações
vêm a todo vapor para todo e qualquer tipo de trabalho.
Se você se sente só “encaixe-se” em si mesmo, marque brilhante presença nesse palco que é você. Pare um pouco e olhe-se de fora para
dentro.Nessa hora você estará sendo apresentado à
pessoa mais importante do seu mundo: VOCÊ!!!
Preste bem atenção:
Você não é uma belezura?
Créditos:Créditos:
Texto: Silvia SchmidtTexto: Silvia SchmidtImagens: InternetImagens: Internet
Música: Ernesto Cortazar – Música: Ernesto Cortazar – Stolen kissStolen kiss Formatação: Beth NorlingFormatação: Beth Norling
E-mail: E-mail: [email protected]
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