edição 997

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PUB Edição 997 Ano XIX 16 de abril de 2013 Semanário Gratuito Sai à 3ª feira Diretor: João Tavares Conceição Siga-nos no Oleiros Aposentados querem criar núcleo local Página 7 Castelo Branco Mega-agrupamentos Escolas avançam com greve Página 2 Palestra debate importância da floresta Página 15 " Estou tranquila " Irene Barata Entrevista PUB Páginas 12 e 13 Desporto Sport Benfica e Castelo Branco vence Pampilhosa Página 19 Autárquicas PSD já tem todos os candidatos. Fernando Jorge concorre a Oleiros Página 3 Termas de Monfortinho As águas que tudo curam Página 2

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 1·

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Edição 997 • Ano XIX • 16 de abril de 2013 • Semanário Gratuito • Sai à 3ª feira • Diretor: João Tavares Conceição • Siga-nos no

Oleiros

Aposentados querem criar núcleo local

Página 7

Castelo Branco

Mega-agrupamentosEscolas avançam com greve

Página 2

Palestra debate importância da fl oresta

Página 15

"Estou tranquila" Irene Barata

Entrevista

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Páginas 12 e 13

DesportoSport Benfi ca e Castelo Branco vence Pampilhosa

Página 19

AutárquicasPSD já tem todos os candidatos. Fernando Jorge concorre a Oleiros

Página 3Página 3

Termas de Monfortinho

As águas que tudo curam

Página 2

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 2·

POR TIAGO CARVALHO

Um mês após a abertu-ra de mais um ano termal, o balneário das unidades hoteleiras Fonte Santa e Astoria, do Grupo Ô Ho-tels & Resorts, situado nas Termas de Monfortinho, regista mais de 100 pessoas inscritas.

A reputação histórica do balneário e as virtudes terapêuticas das águas, reconhecidas cientifica-mente, atraem até aquela estância, no concelho de Idanha-a-Nova, pessoas oriundas de vários pontos

de Portugal e de países como Espanha, França, Suíça, Inglaterra ou Esta-

dos Unidos.O diretor termal do

Grupo Ô Hotels & Resorts, Pedro Próspero, explica que estas pessoas procuram “essencialmente quatro va-lências para tratamento e prevenção de patologias”, que incidem nos campos da dermatologia, reumato-logia, aparelho respiratório e aparelho digestivo.

Mas o termalismo “também é para pessoas perfeitamente saudáveis”, frisa Pedro Próspero. “Há um leque de serviços para bem estar e repouso que

permite às pessoas recar-regar baterias com uma ex-periência termal, que pode durar uma manhã, um fim de semana ou vários dias”, afirma, realçando “a bele-za paisagística” do territó-rio que envolve as termas.

Embora os termalistas beneficiem de descontos em alojamento e alimenta-ção nos hotéis Fonte Santa e Astoria, para frequentar o balneário termal não é necessário estar hospeda-do numa destas unidades. Para Pedro Próspero, esta é “uma mais-valia que ainda

é pouco aproveitada” por quem reside no concelho de Idanha-a--Nova e em regiões pró-ximas, dado que “permi-te reduzir custos”.

O tra-t a m e n t o termal no Hotel Fon-te Santa é acompanha-do por um corpo clíni-co liderado por Carlos Crisóstomo. O médico hidrologista e chefe de serviço de medi-cina geral e família explica que “as virtudes terapêu-ticas das Termas do Mon-fortinho devem-se ao facto das águas serem hipomine-ralizadas, bicabornatadas, sódicas, cálcicas e magné-sicas, possuindo o maior teor de sílica entre as águas termais portuguesas”.

Carlos Crisóstomo re-fere ainda que neste balne-

ário “é aplicado tudo o que há de melhor e mais sofis-

ticado em termos de técnicas ter-mais” que, regra geral, aliam ba-nhos, duches e massagens.

O mé-dico, que se juntou a este projeto em janeiro deste ano, realça que os trata-mentos po-dem “evitar o gasto em

medicamentos, por exem-plo ao nível de afeções da pele, que são caros e, por vezes, com contraindica-ções”.

Para cativar clientes, as unidades Ô Hotels & Resorts têm promoções regulares, que podem ser acompanhadas através da internet, nomeadamente no site oficial do grupo e nas redes sociais Facebook e Twitter. ■

Destaque

Mega-agrupamentos

Professores fazem greve nas escolas de Castelo Branco e Covilhã POR TIAGO CARVALHO

O Sindicato dos Pro-fessores da Região Centro (SPRC) convocou uma greve para o dia 22 de abril, segun-da-feira, “contra a imposição de mega-agrupamentos” nos concelhos de Castelo Branco e Covilhã.

O SPRC refere que o pes-soal docente fará greve entre as 8h25 e as 10 horas, por considerar “ilegítima a im-posição de mega-agrupamen-tos” quando a “generalidade da comunidade educativa se pronunciou contrária a essa proposta”. O sindicato exige “respeito pelas propostas das escolas e municípios”.

Em comunicado, o SPRC acrescenta que, a partir das 8h30, “professores, edu-cadores e demais membros da comunidade educativa con-centrar-se-ão, em protesto, à porta das escolas ou sedes de agrupamento” envolvidos nos

três processos de agregação que o Governo anunciou para o distrito de Castelo Branco.

Recorde-se que, neste distrito, o Ministério da Edu-cação determinou a criação de três novas unidades orgâ-nicas: Agrupamento Amato Lusitano, em Castelo Branco (agrega a Secundária Amato Lusitano e o Agrupamento de Escolas João Roiz, somando 1710 alunos); Agrupamen-to Nuno Álvares, também na capital de distrito (une a

Secundária Nuno Álvares e os agrupamentos Cidade de Castelo Branco e Faria de Vasconcelos, englobando 2627 alunos); e uma nova uni-dade na Covilhã, que junta os agrupamentos Escolas do Paúl e Entre Ribeiras, Escolas do Tortosendo e a Secundária Frei Heitor Pinto, envolvendo 1677 alunos.

A ação de protesto de segunda-feira conta com a participação do secretário-ge-ral da Federação Nacional de

Professores (Fenprof), Mário Nogueira, que irá deslocar-se à EB 2.3 Cidade de Castelo Branco e à Escola Secundária Nuno Álvares, ambas na capi-tal de distrito.

Mário Nogueira regres-sa, assim, a estas duas esco-las, depois de ter participado em reuniões sindicais com docentes de Castelo Branco, na passada quarta-feira, dia 10, para debater formas de luta contra os novos mega--agrupamentos.

O dirigente sindical disse ao POVO DA BEIRA que “a constituição de mega-agrupa-mentos é um absurdo do pon-to de vista pedagógico e orga-nizacional, prossegue apenas o objetivo de despedir gente e reduzir custos, independente das consequências graves que isso tem para as escolas e para os alunos”.

O secretário-geral da Fenprof estima que a criação de três mega-agrupamentos no distrito de Castelo Branco

poderá “levar a que várias de-zenas de professores fiquem sem horário”.

Mário Nogueira subli-nhou ainda que a criação das novas estruturas “é feita con-tra a vontade de praticamente tudo e todos: comunidades educativas, famílias e autar-quias”.

Mário Nogueira recor-dou que uma resolução recen-te do Conselho Nacional de Educação refere que a agre-gação de escolas “tem vindo a criar problemas onde eles não existiam” e que PSD e CDS “quando eram oposição criticaram os mega-agrupa-mentos” então criados pelo governo socialista.

A hipótese de recurso aos tribunais para travar a criação dos mega-agrupamentos está em cima da mesa, mas só po-derá avançar “quando os pro-cessos forem concluídos, algo que ainda não aconteceu”, disse Mário Nogueira. ■

Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof

Os representantes de pais e encarregados de edu-cação das cerca de 50 turmas do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco convocaram uma ação de protesto para o próximo dia 22 de abril, entre as 8h30 e as 10h00, junto ao portão princi-pal da escola sede.

Em comunicado, os or-

ganizadores do protesto ape-lam aos pais para que, neste dia, “não deixem entrar as crianças na escola”.

Os pais temem, em es-pecial, que as novas unidades orgânicas criem problemas de gestão, organização, indisci-plina e diminuição da quali-dade do ensino no Agrupa-mento. ■

Pais juntam-se ao protesto

Termas de Monfortinho

Mais de uma centena de pessoas procuram experiência regeneradora

O Grupo Ô Hotels & Resorts tem um protocolo com a Associação Amigos dos Queimados e com o Hospital Dona Estefânia, em Lisboa, que se traduz no tratamento de crianças com queimaduras nas Ter-mas de Monfortinho.

O médico Carlos

Crisóstomo, responsável clínico pelo balneário ter-mal, explica que “as pro-priedades destas águas dão-lhes um poder emo-liente, cicatrizante e hi-dratante” e, por isso, “tem havido uma recuperação muito significativa das crianças”. ■

Águas termais usadas para tratar queimados

Horários de Funcionamento16 de março a 30 de junho: 9h - 13h1 de julho a 13 de outubro: 9h - 13h | 16h - 19h14 de outubro a 3 de novembro: 9h - 13hConsultas Médicas (2ªs, 3ªs, 5ªs e Sábados): 9h - 13h

O termalismo pode ser utilizado para efeitos de tratamento, prevenção ou bem-estar

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 3·Destaque

EDITORIAL

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Autárquicas Castelo Branco

PSD aprova candidatos a todas as câmaras do distrito

POR CRISTINA VALENTE E TIAGO CARVALHO

O PSD já escolheu os candidatos do partido aos 11 municípios do distrito de Castelo Branco, nas elei-ções autárquicas deste ano.

Os seis candidatos au-tárquicos que ainda faltava definir foram aprovados, sábado passado, em reu-nião do Conselho Nacional do PSD.

A principal surpresa é a escolha de Fernando Jor-ge como cabeça-de-lista da candidatura à Câmara de Oleiros. O médico é mem-bro da Comissão Política Nacional do PSD e líder da bancada social-democrata na Assembleia Municipal de Castelo Branco.

Natural da aldeia de Silvosa, no concelho de Oleiros, Fernando Jorge explica que este era um

“desafio que não podia rejeitar”. “Não podia re-cusar bater-me pelo conce-lho onde nasci e pelas suas gentes. Vou dar o meu me-lhor para corresponder, em prol de Oleiros”, afirma ao POVO DA BEIRA o can-didato.

Em Penamacor, Ví-tor Gabriel, presidente da concelhia do PSD, volta a ser o nome escolhido para encabeçar a lista social-de-mocrata à presidência do município.

Jorge Tomé é o candi-dato autárquico a Proença--a-Nova. O jurista, natural da freguesia de Sobreira Formosa, neste concelho, é líder da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Proença-a-Nova e in-tegra a Comissão Política Permanente da Distrital do PSD de Castelo Branco.

A candidatura do PSD

à Câmara Municipal de Idanha-a-Nova é encabe-çada por António Moreira.

No Fundão avança Paulo Fernandes, atual pre-sidente da Câmara. O can-didato assume a liderança do município desde feve-reiro de 2012, após Manuel Frexes ter pedido a suspen-são do mandato.

Em Belmonte o parti-do vai apoiar a candidatura do ex-militante Jorge Ama-ro, que avança como inde-pendente.

Recorde-se que já eram conhecidos os nomes que encabeçam as listas do PSD às Câmaras de Cas-telo Branco (Paulo Mora-dias), Covilhã (Joaquim Matias), Vila Velha de Ró-dão (Natália Ramos), Ser-tã (recandidatura do atual presidente, José Farinha Nunes) e Vila de Rei (Ri-cardo Martins Aires). ■

Politicamente com-plicado, por enten-dimentos difíceis, e

exigente, pelos planos B que vão ter de avançar, foi isto que abril trouxe aos nossos governantes. Ape-sar da boa escolha dos ti-mings para o conhecimen-to das várias mudanças e das notícias, que por dra-máticas, encobriam outras que circunstancialmente poderiam ser mais explo-radas negativamente, as-sistimos, entre duvidosas expetativas, a trocas de palavras que, ambíguas, tentam justificar o injus-tificável, quando sempre existiram alternativas.

A remodelação mi-nisterial, curta, está fei-ta. Subsistem dúvidas no controlo dos dinheiros europeus para os planos de apoio, desconhecem--se os predicados do outro ministro, mas mantém-se a linha politica nas rela-ções com o Parlamento. A solução económica, que compense o chumbo do Tribunal Constitucional, tem de ter o acordo da

troika, mas o Eurogrupo aceitou prolongar, em sete anos, as maturidades dos empréstimos europeus. Dá-nos para respirar um pouco, mas não resolve qualquer problema estru-tural. Mas enquanto o pau vai e vem…

Quanto à Oposição temos um Seguro, com o partido bem orquestrado, a liderar a contagem de votos nas eleições diretas para o cargo de secretário--geral do PS, com cerca de 90% dos votos. Entre a pressa de ser primeiro--ministro e a declarada in-capacidade de dar a volta ao texto (ou não o tenha afirmado ainda há dias), vai tentando ganhar um espaço que os seus oposi-tores internos, no momen-to calados, dificilmente quererão perder.

É sintomático como, hoje em dia, as explosões noticiosas podem ser per-

feitamente controladas. O antigo senhor, Relvas, o TC, Gaspar, Isaltino, até os condenados no caso Casa Pia, acabam por ter direito a um protago-nismo efémero. Assim como Soares que, quando fala do regime, se mostra muito pior que o próprio. Com a proveta idade que tem, com o percurso po-lítico tão cheio, com os ganhos adquiridos (?) que lhe permitem viver como um nababo, porque é que clama constantemente várias conspirações. Do PP ao BE procura apoios para fazer ameaças, pre-conizando o pior futuro para Portugal, e fazendo baixa política, numa ne-cessidade constante de manter a sua imagem pú-blica. Também se deveria dar tempo de antena a este “comentador”, apesar da sua esquizofrenia partidá-ria. ■

António Moreira, candidato a Idanha-a-Nova

Jorge Tomé, candidato a Proença-a-Nova

Fernando Jorge, candidato a Oleiros

Vítor Gabriel, candidato a Penamacor

Paulo Fernandes, candidato ao Fundão

Jorge Amaro, candidato (independente) a Belmonte

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 4· Castelo Branco

Conferência ‘Turismo no Interior’

“Turismo perde se não contar com diversifi cação da oferta”, diz Hortense Martins

POR TIAGO CARVALHO

“O turismo português perde se não contar com a diversificação da oferta, com produtos que integrem a cultura, natureza e gas-tronomia de todo o país”, diz Hortense Martins, que considera que a “aposta no turismo do sol e mar” criou grandes assimetrias “na distribuição espacial do tu-rismo em Portugal”.

A deputada socialista eleita pelo círculo de Caste-lo Branco participava como oradora numa conferência sobre ‘Turismo no Inte-rior’, organizada pelo polo local da Escola Profissional Agostinho Roseta (EPAR), no passado dia 8, nas insta-lações da Associação Em-presarial da Região de Cas-telo Branco (Nercab).

Segundo Hortense Martins, que falou sobre o papel do turismo no de-senvolvimento regional, “marginalizou-se o apro-veitamento de fatores de atração como o termalis-mo e a cultura, que per-mitiriam a diversificação da oferta [turística] e uma maior harmonização do es-paço territorial português”. A situação resulta “em des-favor do próprio turismo”, garante.

“Para haver uma políti-ca que reequilibrasse o país, teria de haver uma discri-minação positiva, suficien-temente atrativa” para as empresas e populações do interior, defende Horten-se Martins, que evocou a introdução de portagens na A23 e lamentou que o QREN “não discrimine po-

sitivamente os empresários do interior”.

Na abertura da confe-rência, a diretora geral e pe-dagógica de EPAR, Maria do Sameiro, afirmou que o turismo é “uma atividade económica que é necessário continuar a desenvolver”. “Não nos chega sermos simpáticos, é preciso saber-mos fazer e sabermos estar, e é aqui que entra a Escola Profissional Agostinho Ro-seta”, disse.

No polo de Castelo Branco da Agostinho Rose-ta são lecionados os cursos de Técnico de Restauração, nas vertentes restaurante--bar e cozinha-pastelaria, que qualificam recursos humanos para o setor do turismo.

Francisco Lopes, for-mador da EPAR e dinami-

zador da conferência, subli-nhou que o turismo “gera emprego, riqueza, qualifi-cação e a preservação da identidade cultural, histó-ria, arquitetónica e ambien-tal do nosso país”, tanto no interior como no litoral.

A iniciativa contou ainda com os oradores Cristina Estevão, coorde-nadora da licenciatura em Gestão Hoteleira da Esco-la Superior de Gestão de Idanha-a-Nova, e Antó-nio Trigueiros de Aragão, presidente da Nercab, que falaram sobre turismo e empregabilidade e turismo e empreendedorismo, res-petivamente.

A EPAR tem 600 alu-nos, distribuídos por cinco polos: Castelo Branco, Lis-boa, Crato, Albufeira e Vila Real. ■

A conferência foi organizada pela Escola Profi ssional Agostinho Roseta

Autárquicas 2013

Candidatos do Bloco visitam Taberna Seca Os candidatos autár-

quicos do Bloco Esquerdo (BE) ao concelho de Cas-telo Branco, Filipe Louren-ço, Luís Barroso e Pedro Coelho, visitaram a Taber-na Seca, anexa integrante da Freguesia de Castelo Branco, para se inteirarem do estado de conservação de algumas infraestruturas locais.

A visita começou na Praia Fluvial do rio Ocre-za, que os candidatos do Bloco dizem, “encontra-se totalmente inoperacional, ainda que a Autarquia de Castelo Branco de forma propagandista continue a enganar toda a população, ao incluí-la no guia das Praias Fluviais da Região Centro”.

Os candidatos bloquis-tas consideram que agora com o cancelamento da construção da Barragem do Alvito, que implicava a submersão daquela zona,

“é importante requalificar e recuperar o pouco que ainda lá existe, de forma a não se perder a totalidade do investimento feito e a devolver aquele espaço na-

tural a todos os munícipes e visitantes que queiram usufruir do mesmo”.

O Polidesportivo e es-paços de apoio envolven-tes, composto pelos balne-

ários, bar e arrecadação, é um equipamento que para o BE denuncia estar total-mente ao abandono e a degradar-se diariamente, “não há população jovem ou menos jovem para o utilizar. Fez-se a obra e inaugurou-se com pompa e circunstância, mas não se pensou para que iria ser uti-lizado e a quem serviria”.

A falta de crianças na anexa, “segundo a popula-ção existem duas crianças, apenas” não torna priori-tário o Parque Infantil e a sua requalificação”, obra que faz parte do Plano de Atividades e Orçamento para 2013 da Freguesia de Castelo Branco com uma dotação de 20 000 euros. Para os candidatos do BE

o reduzido numero de ca-sais jovens na localidade, “revela a falta de visão do executivo da Freguesia em relação ao incentivo à na-talidade com a fixação de casais jovens bem como à falta de planeamento urba-no”.

Os candidatos visita-ram ainda o Centro de Dia, local em que verificaram que as obras de reabilitação e ampliação pecam por tar-dias e estão evoluindo mui-to lentamente.

“Entendemos ser uma obra de relevo, pelo seu pa-pel de cariz social junto dos idosos da Taberna Seca, e por isso mesmo deverá ser prioritária a sua conclu-são” adiantam os candida-tos. ■

Ambiente

Escola Nun’ Alvares é uma Eco Escola

POR CRISTINA VALENTE

A Escola Secundária Nuno Alvares obteve o título de Eco Escola, con-ferido pela Associação Bandeira Azul da Euro-pa, secção portuguesa da Foundation for Environ-mental Education.

A distinção acontece depois da candidatura da escola no âmbito do Pro-jeto Eco Escolas e é o re-conhecimento do trabalho desenvolvido, no ano letivo anterior, em benefício do ambiente e da sustentabi-lidade.

Foi um esforço que en-volveu toda a comunidade escolar, mas com especial destaque para as turmas 9ºC, 11ºD e 11ºF.

“Graças ao vosso entu-siasmo conseguiram con-cretizar o projeto. Prova-ram também que sozinhos não mudamos comporta-mentos, nem mentalida-des, mas juntos podemos

fazer a diferença” afirmou Margarida Baptista, direto-ra da escola.

Os alunos das três turmas foram agraciados com a medalha de Méri-to e Valor Nun’ Alvares 2011/2012.

A escola teve como parceiros os Serviços Mu-nicipalizados de Castelo Branco e Autarquia Albi-castrense.

Luís Correia, vereador da autarquia Albicastren-se, destacou o quanto é im-portante os jovens estarem sensibilizados e preocupa-dos com o ambiente e a sustentabilidade do plane-ta, “aqui promove-se uma cultura de consciência cí-vica e ambiental e promo-vem-se comportamentos ambientalmente corretos” e pediu aos jovens que não percam a vontade de “aprofundar os conheci-mentos e terem comporta-mentos e atitudes de pre-servação ambiental”. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 5·Castelo BrancoInsolvência da Dressuomo

Tribunal coloca trabalhadores em 1º lugar na distribuição de créditosPOR TIAGO CARVALHO

A União dos Sindi-catos de Castelo Branco (USCB) reuniu terça-feira passada, dia 9, com as tra-balhadoras da empresa de confeções Dressuomo para comunicar que o Tribunal de Castelo Branco decidiu dar-lhes primazia na recla-mação dos créditos resul-tantes da venda do patri-mónio da empresa.

A sentença de gradu-ação de créditos, datada de 27 de março, refere que “os trabalhadores são os primeiros credores, à fren-te de todos os outros, na diferença entre o que já receberam do Fundo (de Garantia Salarial] e aqui-lo que ainda têm a haver”, afirmou Luís Garra, coor-denador da USCB.

Recorde-se que a Dres-suomo abriu processo de insolvência há oito anos e que desde essa altura dezenas de trabalhadores aguardam os seus créditos.

Apesar da decisão do Tribunal de Castelo Bran-co, Luís Garra mostra-se

cauteloso, dado que o Fun-do de Garantia Salarial “pode vir a recorrer desta sentença e já o fez noutras situações”, reclamando créditos “à frente dos tra-balhadores ou em igualda-de de circunstâncias”.

O prazo para um even-tual recurso do Fundo de Garantia Salarial terá ter-minado ontem, dia 15.

O valor da venda do património ainda não foi apurado, segundo Luís Garra.

Na reunião com a USCB, em Castelo Bran-co, estiveram cerca de 35 trabalhadoras da Dressuo-mo. ■

As trabalhadoras foram informadas da decisão por Luís Garra, coordenador da União dos Sindicatos

União de Sindicatos

Marcha contra o empobrecimento e por “mudança de governo”POR TIAGO CARVALHO

A União dos Sindi-catos de Castelo Branco (USCB) promoveu na pas-sada terça-feira, dia 9, uma ‘Marcha Contra o Em-pobrecimento’, integrada numa ação nacional com que a CGTP percorreu o país entre os dias 6 e 13 de março.

As marchas do distri-to, que clamaram por uma mudança de política e de governo, tiveram lugar em Castelo Branco, no Fundão e na Covilhã.

“O distrito de Caste-lo Branco está a sofrer um ataque violento à sua sus-tentabilidade”, protestou Luís Garra, coordenador

da USCB.“O desemprego no

distrito aumentou, tem a terceira média salarial mais baixa do país, os serviços de saúde têm estado a ser destruídos e as escolas têm estado a ser encerradas”, disse Luís Garra, durante a marcha na cidade de Caste-lo Branco.

O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, esteve na ação realizada na Covilhã, a última etapa da “Marcha Contra o Em-pobrecimento" realizada no distrito. Recebeu das delegações sindicais locais um memorando que alerta para o agravamento da si-tuação económica e social da região. ■

Os manifestantes marcharam em Castelo Branco, Fundão e Covilhã

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 6· Castelo Branco

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Até sempre ...Tó Solipa

À memória do Coronel António SolipaAinda me despedi de ti, meu Amigo,dirigiste uma palavra breve, de cansado,há muitos anos que contei contigoe com as estórias de adulto remoçado.Escolheste para partir, um dia de solpor vezes invadido por algum ventolevando a tua boa disposição no seu rol,libertando-te, talvez, de algum tormento.Soubeste viver a vida no dia a dia,fazias amigos com grande facilidadea qualquer grupo enchias de alegria,com as histórias da tua mocidade.Acredita que serás sempre lembrado,não apenas pela tua bonomia,mas serás sobretudo recordadopela tua bondade sem fantasia.

Adeus, Tó Solipa!...Da família Vieira Pires

Associação Comercial de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão

Adelino Minhós reeleito presidente da ACICBPOR TIAGO CARVALHO

Adelino Minhós foi re-eleito presidente da Asso-ciação Comercial, Indus-trial e Serviços de Castelo Branco, Idanha-a-Nova e Vila Velha de Ródão (ACI-CB).

No discurso de toma-da de posse, quarta-feira passada, o arquiteto disse que apesar do comércio tradicional ter “um papel fundamental junto dos consumidores que apresen-tam uma condição econó-mica desfavorável”, cada vez mais regista “grande dificuldade de sobrevivên-cia”.

Entre os fatores que ameaçam a continuidade dos “pequenos comercian-tes e prestadores de ser-viços”, Adelino Minhós destaca a “instalação ex-cessiva das grandes super-fícies comerciais” e a “crise económica e financeira”.

O presidente da ACI-CB realçou, porém, que esta associação “encontra--se dotada de meios técni-

cos, de recursos humanos e de meios tecnológicos” que permitem responder aos desafios atuais.

Adelino Minhós con-sidera que esta estrutura associativa tem “cada vez mais um papel decisivo junto do tecido empresa-rial regional, em particular no caso das pequenas e médias empresas, que en-volvem uma percentagem bastante significativas das atividades nos setores do comércio e da prestação de serviços”.

O presidente da Câ-

mara de Castelo Branco, que marcou presença na tomada de posse dos cor-pos sociais da ACICB para o quadriénio 2013/2017, recordou que o “principal problema” do concelho é o emprego. “Só podem criar emprego os empresários, que são quem se dedica a criar riqueza”, frisou Joa-quim Morão.

O autarca disse ainda que “nunca houve tanto dinheiro nos fundos co-munitários do QREN para apoiar empresas”, mas acrescentou que é neces-

sário “haver capacidade organizativa para o obter”. Segundo Joaquim Morão, a ACICB tem condições para apoiar os associados na apresentação de candi-daturas a estes fundos.

Questionado sobre uma solução para melho-rar as instalações da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA), criada em 1992, por con-trato estabelecido com a ACICB, Joaquim Morão adiantou apenas que es-tão algumas hipóteses em cima da mesa. ■

Adelino Minhós mantém-se à frente da ACICB

Fitas 2013 Crise afasta tunas Espanholas

POR CRISTINA VALENTE

A organização do Fitas deste ano, deparou-se com algumas dificuldades em manter o caracter interna-cional do Festival.

Desde a primeira edição que o Festival Internacional de Tunas, primava pela pre-sença de Tunas Espanholas e inclusive numa das edições contou com a presença de uma Tuna do México. Este ano, as dificuldades eco-nómicas e a realização em Madrid de um grande evento com Tunas no mesmo fim de semana, impossibilitou a presença no Festival Albicas-trense de um grupo do país vizinho.

De resto as dificulda-des económicas e a falta de apoio têm marcado os últi-mos anos do Festival, “em 2011 não se realizou por fal-ta de verba, no ano passado foi feito com um orçamento reduzido, cerca de sete mil euros, este ano o objetivo é realizar o Fitas com um orçamento ainda mais redu-

zido” diz José Eduardo Fer-nandes, Vice-presidente da Associação Juvenil Castra Leuca.

O Fitas começa no pró-ximo dia 19, com a Serenata, às 22 horas, na escadaria da Câmara de Castelo Branco. No dia 20, sábado, às 15 ho-ras será a receção aos tunos na Câmara Albicastrense, seguindo-se o Pasacalles du-rante a tarde e à noite , às 21 horas, o Festival decorre no Cine-Teatro Avenida.

Confirmadas estão as presenças da TAUÉ – Tuna Académica da Universidade de Évora, ATUNAMOS – Tuna Médica da UBI, Tem-plária do Instituto Politécni-co de Tomar e a Luna e Tuna da faculdade de Psicologia e Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.

Os bilhetes para assis-tir ao Fitas 2013 já se en-contram à venda, no Cine--Teatro, IPCB e na Sede da Associação, Rua Drádra, os preços são de 3 euros para estudantes e sócios e 5 euros para não estudantes. ■

José Eduardo Fernandes e Luis Alves apresentaram o FITAS 2013

Tunas ameaçam não participar na Semana Académica As tunas académicas

albicastrenses anunciaram que não vão participar na Semana Académica des-te ano, por considerarem inaceitáveis as condições propostas pela Federação Académica do Instituto Po-litécnico de Castelo Branco (FACAB).

Em comunicado, en-viado no passado dia 9, as tunas consideram “ina-ceitável o tratamento e falta de consideração” que têm por parte da FACAB, “tendo em conta a falta de apoio regular, logístico ou financeiro ao longo do ano letivo e nas demais atividades das tunas”; consideram “intolerável o desconhecimento que a FACAB tem sobre as tunas da cidade”; e classificam de “vergonhoso o facto das tunas terem de ‘pagar’ para tocar na Semana Acadé-mica”.

Estes motivos levam

a que as tunas tenham to-mado “a difícil decisão de não participar no evento”, que decorre entre 26 e 30 de abril.

Em causa estão a Ar-tintuna Copitusa – Tuna Académica Masculina da Escola Superior de Artes Aplicadas; a Castra Leuca – Tuna Académica Mas-culina do Instituto Politéc-nico de Castelo Branco; a Dartatuna – Tuna Acadé-mica Feminina da Escola Superior de Artes Aplica-das; a Estudantina Acadé-mica de Castelo Branco; a

TFA – Tuna Feminina Al-bicastrense; e a TUSALD - Real Tuna Académica da Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias.

“Foi com enorme gos-to que recebemos o convite da FACAB para partici-parmos no evento máximo da academia albicastrense. Gosto esse rapidamente transformado em desilusão e sentimento de ‘mais do mesmo’. As tunas perante a FACAB continuam a ser vistas como grupos fáceis, baratos, supérfluos e so-bretudo discriminadas face

aos denominados ‘cabeça de cartaz’”, lê-se no comu-nicado.

“Representamos e dig-nificamos a cidade e a aca-demia albicastrense pelo país fora, incluindo ilhas e alguns de nós estrangeiro, mas infelizmente o trata-mento que recebemos na nossa própria cidade é mui-to diferente e discrimina-tório”, lamentam a tunas, que acusam a FACAB de falta de vontade em encon-trar soluções para a parti-cipação destes grupos na Semana Académica. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 7·Castelo Branco

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Retaxo caminha pelo Ambiente

A VALNOR e a As-sociação Cultural e Social Rancho folclórico do Reta-xo, realizaram no passado dia 6, a I Caminhada Am-biental no Retaxo.

Este passeio contou com a participação de 110 caminheiros, que ao longo de um percurso de 8 quiló-metros através da serra das Olelas, ajudou a apreciar melhor a riqueza paisagísti-ca da nossa região.

Durante esta caminha-da os participantes, através da observação do meio ambiente, tomaram cons-ciência dos diversos peri-gos que os resíduos podem provocar na natureza, e nos ecossistemas, bem como da necessidade de se mudarem os hábitos no que toca ao tratamento e à valorização dos mesmos, passando pela necessidade de todos e cada um colaborarem com a re-ciclagem através da sepa-ração dos resíduos sólidos urbanos.

Este evento foi também marcado pela solidarieda-de, uma vez que consegui-

ram reunir mais de 400 € em bens alimentares fruto das inscrições. Estes ali-mentos foram encaminha-dos através da Secção local do Retaxo do Banco Ali-mentar contra a fome desti-nados a auxiliar 20 famílias carenciadas das freguesias do Retaxo e dos Cebolais.

Momento alto de con-vívio foi o almoço servido no salão da Junta de Fre-guesia do Retaxo, confe-cionado e servido por duas dezenas de voluntários.

À tarde os mais novos jogaram o jogo da Glória do Ambiente da Valnor, aprendendo assim um pou-co mais sobre a reciclagem.

Esta iniciativa que será para repetir contou como apoio da Junta de fregue-sia do Retaxo, instituto Português do Desporto e Juventude, Agrupamento de Escutismo de Cebolais de Cima, António Ezequiel Lda., Padarias Albano e Canelas e Coelho, e de di-versas pessoas que também colaboraram com a oferta de géneros para o almoço.■

Associação de Aposentados quer criar núcleo local POR TIAGO CARVALHO

A Associação de Apo-sentados, Pensionistas e Reformados (Apre!) prepa-ra-se para criar um núcleo em Castelo Branco. O pri-meiro passo nesse sentido foi dado com um encontro na Biblioteca Municipal, sexta-feira passada, que reuniu cerca de três deze-nas de pessoas.

O evento serviu para apresentar aos albicastren-ses esta associação, que visa a “defesa dos direitos dos aposentados, pensionistas e reformados portugueses”,

disse ao POVO DA BEIRA a presidente da Apre!, Ro-sário Gama.

O movimento cívico que deu origem à Apre! nasceu em outubro do ano

passado, em Coimbra, como resposta a algumas medidas que viriam a inte-grar o Orçamento de Esta-do 2013.

A constituição da asso-

ciação foi formalizada em dezembro e o objetivo é, agora, “formar um núcleo em Castelo Branco e nas restantes capitais de distrito e outras cidades”, explica Rosário Gama. Foram já criadas estruturas em Avei-ro, Braga, Porto, Coimbra, Leiria, Lisboa, Évora, Fi-gueira da Foz e Faro.

A presidente da Apre! quer que a reunião de sex-ta-feira seja o “embrião” do núcleo albicastrense, de modo a ser formado “um grupo de pessoas disponí-vel para dinamizar as ati-vidades da associação na

cidade”.“Não damos ordem a

partir do topo, são as bases que se organizam”, disse Rosário Gama, acrescen-tando que está a ser feito um levantamento das an-tigas profissões dos asso-ciados que queiram ter um papel mais ativo.

A responsável sugeriu ainda que em ano de elei-ções autárquicas os núcle-os da Apre! questionem os candidatos às câmaras sobre “medidas que permi-tam transformar as nossas cidades em cidades amigas dos seniores”.

O encontro aconte-ceu numa altura em que os direitos de pensionistas e reformados “estão a ser violentados” e esta classe social “está a ser considera-da descartável”, recordou, por seu lado, José Ribeiro, dinamizador da primeira reunião da Apre! em Caste-lo Branco.

Além da ação reivin-dicativa que desenvolve, a Apre! pretende estabelecer protocolos nos domínio de ação social, aconselhamen-to jurídico, saúde, assistên-cia domiciliária e bens e serviços de interesse geral.■

Rosário Gama, presidente de Apre!, e o dinamizador do encontro, José Ribeiro

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 8· Castelo Branco

Investigadores ensinam a combater a ansiedade em provas de avaliação

O Agrupamento de Escolas João Roiz, em Castelo Branco, recebeu no passado dia 5, o colóquio “A ansiedade em contex-to escolar: as situações de exame ou provas de avalia-ção”.

O objectivo da iniciati-va, que contou com a pre-sença de especialistas do IPCB e de Universidades Espanholas, foi mostrar que os alunos devem “sa-ber que a ansiedade é uma emoção negativa, pelo que deve ser controlada nas situações de frequências, testes e exames escolares e que para tal o relaxe, a motivação, os hábitos de saúde e os métodos de es-tudo são fundamentais” aos professores e aos pais/encarregados de educa-ção cabe ajudar os alunos transmitindo-lhes confian-ça e mantendo um diálogo interativo de modo a per-ceber as suas reações e di-ficuldades, ensinando-lhes mecanismos de atitudes positivas e assertivas.

O Colóquio além de abordar questões teóricas sobre as emoções e, espe-cialmente, da ansiedade/stress, permitiu dar a co-

nhecer várias técnicas de relaxamento (respiração, muscular) e a autoavalia-ção da ansiedade. O impor-tante ao nível escolar é que professores e pais devem ter uma atenção especial para com os alunos com ní-veis de ansiedade elevados. Aprende-se ouvindo, ob-servando, contemplando, imitando, confiando, refle-tindo, criticando, recriando e refazendo relações.

As manifestações de ansiedade ocorrem em três níveis: motor, fisiológico e psicológico e têm como consequências a influência exercida pela ansiedade em processos de memória, evocação e desempenho

intelectual. De um modo geral pode-se dizer que os altos níveis de ansiedade em reduzir a eficiência da aprendizagem, uma vez que diminui a concentra-ção, atenção e de retenção, o que torna difícil lembrar e, portanto, de desempe-nho.

Para combater os ní-veis de ansiedade, os in-vestigadores defendem que os alunos devem adotar hábitos de vida saudáveis, de alimentação e repouso suficiente, principalmente na época de exames ou pe-ríodo de frequências, uma semana antes; ter uma téc-nica eficaz de estudo, com método/metodologia de

compreensão do adquiri-do/aprendido e procedi-mentos de gestão do tempo.

Organizado pela coor-denação da Licenciatura em Educação Básica do IPCB/ESE, Projeto de In-teligência Emocional (Uni-versidad de Extremadura/ Grespe, Espanha, e IPCB/ESE) e Direção do Agru-pamento de Escolas João Roiz, o colóquio contou com a presença do docen-te do IPCB/Escola Supe-rior de Educação Ernesto Candeias Martins (mode-rador), e dos investigadores Juan Hermosell e Isabel Romero, da Universidad de Extremadura, Facultad de Educación,Badajoz. ■

EcoGerminar promove Feira de Trocas

A associação EcoGer-minar está a criar um gru-po de trocas em Castelo Branco na sua página de facebook https://www.facebook.com/comercioso-lidariosustentavel que pre-tende promover a partilha e a troca de bens utilitários. Será um espaço virtual para a Trocas de Ideias, que terá como evento de partida uma Feira de Trocas no dia 20 de Abril, no Parque da Cidade de Castelo Branco.

A feira de trocas será dividida por zonas; lazer e

cultura; bebé e criança; ma-lhas e tralhas e tecnologia. Haverá ainda, com o apoio da ETEPA, animação, par-tilha e boa disposição e para terminar, às 16:30 vai realizar-se uma sessão de meditação “Medicina Para a Mente”, organizada pelo Centro Budista Kamarupa.

Entretanto a Associa-ção vai aproveitar o evento para fazer uma recolha de produtos de higiene femini-na, gel de banho, shampoo, pensos higiénicos, cremes, etc. para a CIJE. ■

Preciosas comemora aniversário com desfile

A associação da Cara-palha é palco no próximo dia 20 às 15 horas de um desfile muito especial.

A iniciativa, que as-sinala o 7º aniversário do Salão Preciosas, pretende mostrar que a moda é para

todos e por isso os modelos desta passagem de mode-los, de penteados e maqui-lhagem são algumas pesso-as com limitações físicas.

A música estará tam-bém presente na festa com o grupo “Os Chibatas”. ■

Livro em festa na Biblioteca MunicipalComeçam esta segun-

da-feira, dia 15 as ativida-des na Biblioteca Munici-pal de Castelo Branco, para assainalar e comemorar "O Dia Mundial do Livro"

O conjunto de ativida-des intitulada “Uma mão cheia de Letras”, decorre até ao próximo dia 23.

E as festividades ini-ciam-se no dia 15 com o arranque da Estafeta de Contos na Biblioteca Mu-nicipal de Castelo Branco, sendo o testemunho passa-do entre as seguintes insti-tuições: Agrupamento de Escolas Afonso de Paiva, Escola Secundária Nuno Álvares, Agrupamento de Escolas João Roiz, Esco-la Secundária Amato Lu-sitano, Agrupamento de Escolas Faria de Vascon-celos, Jardim Escola João de Deus, Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Branco, Agregação de Es-

colas Alcains/S. Vicente da Beira, Centro Social Padres Redentoristas e Escola Tec-nológica e Profissional Al-bicastrense.

O dia 17 de Abril será marcado com a presença da Fundación Germán San-chéz Ruipérez. No âmbito do acordo de cooperação entre as duas instituições através do “Projeto Net” duas técnicas da Bibliote-

ca de Peñaranda de Bra-camonte irão dinamizar a Hora do Conto, às 11 horas e às 14h00, farão uma Ação de Formação para profes-sores e bibliotecários sobre “Utilização do quadro ele-trónico nas atividades de animação da leitura”.

Nesse mesmo dia, às 16h30, será inaugurada a exposição de Livros Pop--Up, com cerca de 200 li-

vros cedidos para este fim, pela Fundação. A mostra estará patente na Biblioteca Municipal de Castelo Bran-co até 31 de Maio.

Elsa Serra, contadora de histórias é a convida-da especial da BMCB no dia 19 onde irá dinamizar duas atividades. A primei-ra realiza-se às 14h30 e é uma formação destinada a professores e educadores

“Oficina de contadores de Histórias”. O segundo mo-mento realiza-se às 21h30 com o início da Maratona de Contos “Conte_con-nosco”. Esta atividade será aberta a toda a comunida-de que esteja interessada em contar um conto inde-pendentemente de ser da sua autoria ou não. As ins-crições poderão ser feitas através dos seguintes con-

tactos: Telefone: 272 340 600/606 (BMCB) ou Mail: [email protected].

O dia Mundial do Li-vro comemora-se desde 1996 por decisão da UNES-CO a 23 de Abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram impor-tantes escritores como Cer-vantes e Shakespeare. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 9·Regional

Estreia Teatro “Sombra” no Casino FundanenseFoi com “casa cheia”

que estreou o Projeto Som-bra, uma iniciativa artística, pedagógica e social que pôs à prova o talento dos jovens do projeto Matriz E5G.

Durante os meses de Janeiro, Fevereiro e Mar-ço, um grupo de crianças e jovens do Projeto Ma-triz E5G criou, imaginou e construiu um espetáculo de teatro de sombras, sob a orientação de Magda Mo-reira, atriz-marionetista.

Durante estes meses de

trabalho foi gratificante as-sistir ao empenho dos par-ticipantes, tendo sido uma experiência enriquecedora

no que diz respeito aos re-sultados alcançados.

Trabalharam-se com-petências artísticas e pes-

soais que contribuíram e reforçaram o empenho de todos neste projeto e o que inicialmente se impunha como um desafio, atual-mente é uma realidade bem-sucedida.

A reforçar os resulta-dos alcançados as duas ses-sões da estreia, que decor-reram no dia 7 de Abril, no Casino Fundanense, com a presença de 120 espectado-res, tendo ficado a promes-sa da peça de teatro assumir o caracter de mobilidade. ■

“Retiro Detox” na Escola de Hotelaria e Turismo do Fundão

Irá realizar-se, entre os dias 19 e 21 de abril, na Escola de Hotelaria e Tu-rismo do Fundão, no Pavi-lhão Multiusos, um “Retiro Detox”, numa organização do Município do Fundão, Escola de Hotelaria e Tu-rismo do Fundão, Anan-da Café, Ananda Marga e C.A.S.A.S.

Esta iniciativa irá pro-piciar a limpeza do orga-nismo, permitindo viver de forma natural ao longo de três dias e compreender a ligação entre corpo, mente e espírito, ao mesmo tempo que revitaliza o seu sistema imunitário com sumos ver-des, que ajudam a prevenir

e a curar doenças. O “Retiro Detox”

será dinamizado por Dada Dhyanananda, monge, professor de Yoga e Medi-tação, decorrendo na sexta--feira, entre as 18.30h e as 22.30h, no sábado e no do-mingo, entre as 10.00h e as 16.00h.

Este retiro terá o custo de 20€ por dia e as inscri-ções poderão ser realizadas até dia 16 de abril, na Divi-são de Desenvolvimento e Ordenamento do Território do Município, através dos telefones 275 779 060 e 969 527 918 ou do e-mail [email protected]. ■

Fotógrafos registaram belezas de Castelo Branco e Castelo NovoRealizou-se no passado

dia 6, o passeio/convívio de fotógrafos amadores En-tre os Castelos, Branco e o Novo, um Mar de Fotogra-fia.

A organização, faz um balanço, "muito positivo" da atividade.

"Foi um dia excelente, de sã partilha de momentos entre pessoas com gostos comuns, num ambiente cal-mo como o é a Barragem de Sta. Águeda - Marateca e as ruas e vielas graníticas da aldeia histórica de Castelo Novo" diz um dos elemen-tos participantes.

Estiveram presentes 42 fotógrafos de várias regiões do país. Etã Costa, veio de Sintra, e diz que o convivio foi "muito bom, cada um foi para onde quis (dentro dos locais propostos), não havendo lugar a um atrapa-lhar as fotos do outro, que é habitual em encontros com muita gente. Houveram mo-mentos de convívio, parti-

lha e trocas de experiências e materiais".

Na opinião de Paulo Batista, que se deslocou de Leiria, e administrador do grupo "Click - Art" - Foto-grafos Amadores" , "foi um dia Fantástico!!!! Adorei conhecer o pessoal e puder estar com pessoas que até agora só conhecia virtual-mente".

O convivio teve o apoio dos Serviços Municipaliza-

dos de Castelo Branco,que facultou alguma documen-tação distribuída aos parti-cipantes visando a promo-ção da poupança da água e de um ambiente sustentá-vel, dado que um dos locais do encontro foi nas mar-gens da barragem que abas-tece de água a nossa cidade.

As fotografias recolhi-das durante o passeio vão dar lugar a exposições, a organização já tem a con-

firmação do interesse do Turismo do Fundão, para acolher uma expoisção com as fotografias de Castelo Novo, mas muitas outras se podem seguir, uma vez que a organização contactou várias entidades e aguarda respostas.

O encontro serviu tam-bém de "semente" à criação de uma Associação de Fo-tógrafos Amadores em Cas-telo Branco. ■

Idanha-a-Nova /Oledo

“Caminhar Pela Biodiversidade em Prol da Humanidade”

O Gabinete de Turismo do Município de Idanha-a--Nova, organizou o percur-so pedestre intitulado, “Ca-minhar Pela Biodiversidade em Prol da Humanidade” que se realizou no passado dia 7, em Oledo.

Este evento contou com a colaboração da As-

sociação Desportiva e Re-creativa de Oledo, Cruz Vermelha delegação de Castelo Branco e Junta de Freguesia da localidade. No início da atividade, foi efetuado um rastreio da tensão arterial e da glice-mia, com o objetivo de in-formar cada participante da

sua saúde. Cerca de cem cami-

nheiros percorreram a pas-so largo, os dez quilóme-tros do recorrido. O roteiro caminheiro seguiu-se por montes, vales e veredas, descobrindo locais como a zona dos Vales, Ribeiro de Oledo, Tapada da Serra,

Barreiro Branco, antigas choças, que serviam de ha-bitação aos pastores, como também a diversidade da paisagem que caracterizou todo o itinerário.

No final na Casa do Povo de Oledo, foi servido o almoço, num ambiente de confraternização. ■

PenamacorJSD critica aumentos nos centros de dia

A Juventude Social Democrata de Penamacor demonstra-se “muito pre-ocupada com os aumen-tos financeiros que estão a ser impostos aos utentes dos centros de dia” geri-dos pelo Lar D. Bárbara Tavares da Silva e acusa a administração desta insti-tuição local de “desnorte” e de não ter “consideração pelos utentes, a maioria com pensões quase insufi-cientes para pagar o servi-ço”.

Em nota de imprensa, a JSD de Penamacor ga-rante mesmo ter “conheci-mento que alguns idosos já pediram a rescisão do con-trato de prestação” do ser-viço de apoio domiciliário, “visto que não dispõem de condições financeiras para suportar” a atualização dos valores.

Os jovens do PSD to-maram conhecimento da situação “através de vários contatos que foram che-gando à estrutura política e que davam conta de que as mensalidades cobradas aos utentes dos centros

de dia administrados pelo Lar D. Bárbara Tavares da Silva, do qual é presidente o autarca [de Penamacor] Domingos Torrão, seriam atualizadas, deixando em pânico alguns utentes, muitos com pensões de pouco mais de 200 euros”, refere a nota enviada ao POVO DA BEIRA.

Citando “fonte ligada ao processo”, a JSD diz que as atualizações no contrato de prestação de serviços representam “au-mentos na ordem dos 20 euros mensais, passando a existir contratos em que o utente que receba uma pensão de pouco mais de 200 euros passa a pagar 170 euros pelo serviço de apoio domiciliário”.

Esta é uma “situação insustentável, se analisar-mos que muitos dos uten-tes são idosos, vivem em situação de pobreza e de doença, em que a maioria necessita de cuidados de saúde e dispensa elevadas quantias monetárias em medicação”, criticam os jovens do PSD. ■

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 10· Educação

Escola dos Redentoristas assiste a Musical no Teatro PoliteamaOs alunos da Esco-

la Básica do 1.º Ciclo do Centro Social Padres Re-dentoristas, assistiram no passado dia 3 ao Espetá-culo Musical “Peter Pan”, no Teatro Politeama em Lisboa.

Apesar da chuva, que foi uma constante durante a viagem, as crianças esta-vam visivelmente ansiosas por chegar rapidamente ao destino. Todos assisti-ram com muito interesse ao espetáculo, repleto de canções e magia, criado a partir de um clássico da li-teratura infantil da autoria de James Matthew Barrie, que nos dá conta de um pe-

queno rapaz voador que se recusa a crescer e que acre-dita em fadas.

À saída do Teatro Po-liteama era bem visível o encantamento e a alegria

no rosto de todos os alunos, que ficaram visivelmente deslumbrados com a recria-

ção das aventuras de Peter Pan, Sininho, Capitão Gan-cho e todos os habitantes

da Terra do Nunca, num ambiente de pura magia.

As condições atmosfé-ricas favoráveis acabaram por permitir que o almoço fosse saboreado ao ar livre, mesmo em frente ao Mos-teiro dos Jerónimos. Antes de regressarem a casa, as crianças tiveram ainda a oportunidade de dar um passeio pela zona circun-dante e alguns até visitaram a Igreja Santa Maria Be-lém, onde puderam apre-ciar, entre outras coisas, os janelões decorados com vitrais, os confessionários e os túmulos de Luís Vaz de Camões e de Vasco da Gama. ■

IPCB edita publicações sobre as três raças de pequenos ruminantes com solar de origem na Beira Baixa

O Instituto Politécnico de Caste Branco (IPCB) editou três publicações técnicas sobre as três raças de pequenos ruminantes com solar de origem na Beira Baixa - Raça Capri-na Charnequeira - Ecotipo Beiroa, Raça Ovina Meri-no da Beira Baixa e Raça Ovina Churra do Campo.

Para o autor, o estudo efetuado sobre as caraterís-ticas das raças tem como um dos objetivos preservar o património genético das três raças de pequenos ru-minantes com solar de ori-gem na Beira Baixa.

Relativamente aos animais da Raça Caprina Charnequeira - Ecotipo Beiroa, o investigador re-fere que “face ao grande incremento na produção de leite de ovelha e à gran-de concorrência dos pro-dutos derivados dele há uma crescente procura de leite de cabra, pela fa-cilidade de esco-amento dos q u e i j o s tradicio-n a i s, q u e não tem

sido acompanhada pela oferta. Além disso, a pos-sibilidade de ser consumi-do quer em natureza quer transformado em diver-sos produtos catalogados como dietéticos dá-lhe acesso a um mercado mais variado e abrangente que o de leite de ovelha”.

Carlos Andrade diz ainda que “em termos de produtos de qualidade o leite de cabra pode ser usa-do no fabrico do Queijo à “Cabreira” de Castelo Branco (Amarelo e Pi-cante). Estes queijos têm Denominação de Origem Pro- tegida

(DOP). Para a carne temos o “Cabrito da Beira” como produto de Indicação Ge-ográfica de Proveniência (IGP) indexado a cabritos das raças Charnequeira e Serrana abatidos entre os 40 e 45 dias”.

Já quanto ao Merino da Beira Baixa, o investiga-dor adianta que “a produ-ção de ovinos leiteiros na Beira Baixa pelos seus pro-dutos de qualidade e Or-ganizações de Produtores existentes, com agressivi-dade no mercado, continu-ará a sua senda de progres-so. A raça Merino da Beira Baixa, até pelo facto da DOP não estar afeta ao leite que produz, está vo-cacionada para sobreviver como animal adaptado aos sistemas mais extensivos e pobres, como opção de ocupação de áreas que não são próprias para culturas de rendimento e, onde as raças exóticas (alta produ-ção) não são capazes de sobreviver por não estarem

adaptadas ao pastoreio de percurso”.

Na região da Bei-ra Baixa, produzem--se vários tipos de queijo de ovelha ou de mistura com leite de cabra, dos quais o mais afa-mado é o queijo à ovelheira deno-minado “Quei-jo de Castelo Branco”, um queijo de pasta mole, mesmo

amanteigado, muito sabo-roso, idêntico ao da Serra da Estrela, com o qual se pode confundir. Dentro dos queijos feitos à cabrei-ra temos o “Amarelo” e o “Picante” da Beira Baixa. Como produto IGP exis-te também o “Borrego da Beira”.

Já quanto à raça ovina Churra do Campo, dada como extinta em 2004 e re-cuperada a partir de 2007 pela Câmara Municipal de Penamacor em colabo-ração com o IPCB/ESA, através do Projeto Trans-fronteiriço (INTERREG III – Rotas da Transumân-cia), Carlos Andrade, que é também o Secretário téc-nico responsável pelo livro genealógico da raça, refere que “o efetivo atual é de 261 fêmeas e 17 machos divididos por seis explora-ções”.

Face à inexistência de quaisquer dados relativos ao efetivo atual, no âmbi-to do PRODER, foi feita uma caraterização global do efetivo, informação que deu origem à publicação agora editada.

Relativamente aos queijos e borregos da Raça Churra do Campo, o autor afirma que têm o mesmo enquadramento que o Me-rino da Beira Baixa.

Carlos Rebello de An-drade é engenheiro Zoo-técnico e tem desenvolvido a sua atividade principal na área dos pequenos ru-minantes. ■

Relativamente aos animais da Raça Caprina Charnequeira - Ecotipo Beiroa, o investigador re-fere que “face ao grande incremento na produção de leite de ovelha e à gran-de concorrência dos pro-dutos derivados dele há uma crescente procura de leite de cabra, pela fa-cilidade de esco-amento dos q u e i j o s tradicio-n a i s, q u e não tem

Pro- tegida Baixa, até pelo facto da DOP não estar afeta ao leite que produz, está vo-cacionada para sobreviver como animal adaptado aos sistemas mais extensivos e pobres, como opção de ocupação de áreas que não são próprias para culturas de rendimento e, onde as raças exóticas (alta produ-ção) não são capazes de sobreviver por não estarem

adaptadas ao pastoreio de percurso”.

Na região da Bei-ra Baixa, produzem--se vários tipos de queijo de ovelha ou de mistura com leite de cabra, dos quais o mais afa-

Voluntários na ESNAA Escola Secundária

Nuno Alvares recebeu no passado mês de março, uma ação de formação so-bre Voluntariado, na qual participaram as turmas B e C do 10º ano. Na ação, estiveram presentes vários elementos de organizações de voluntariado.

Rita Iria, voluntária na Cruz Vermelha, deu a conhecer as atividades da-quele organismo, nomeada-mente os campos de férias e atividades pedagógicas, de modo a sensibilizar a sociedade para este tema, apelando ainda aos jovens presentes para que, se qui-sessem de algum modo ajudar, o poderiam fazer, começando logo por ações de voluntariado na esco-la, organizando a comida na cantina da escola, por exemplo.

Carlos Borga, voluntá-rio na AVISO, associação que promove o apoio do-miciliário a idosos e que também incentivou os alu-nos a criar uma associação juvenil de modo a ajudar os

demais, definiu também o voluntariado como “uma recompensa intrínseca, que nos motiva a ajudar”.

Em representação da Cáritas, Fátima Santos deu a conhecer a sua asso-ciação, que apoia os mais necessitados, fazendo en-trega de refeições e ajuda económica, entre outros, acabando o seu discurso com uma mensagem de so-lidariedade e de apelo aos jovens a cumprirem os seus compromissos no que toca ao voluntariado.

Para finalizar, foi apre-sentada a EAPN - Rede Nacional Anti Pobreza, que foi introduzida pelo Coronel Augusto Alves e Paula Montês começando com um jogo que envolvia o lançamento de um novelo de lã a todos os presentes, de modo a que estes perce-bessem que os voluntários estavam todos interligados. A EAPN promove o desen-volvimento social, defen-de os direitos humanos, e ajuda economicamente os mais necessitados. ■

Minorca promove Sábado AmigoA Academia Minorca

vai realizar no próximo dia 20 a iniciativa Sábado Ami-go.

Uma atividade realiza-da em parceria com o Espa-ço Mamã, aberta a toda a comunidade.

Às 10 horas vai ter lu-gar um workshop de mas-sagem shantala e às 11:30 uma sessão de psicomotri-cidade. Com estas dinâmi-

cas a Academia Minorca pretende aproximar e en-volver toda a comunidade com momentos de partilha e aprendizagens, prestando este serviço gratuitamente à comunidade de Castelo Branco para que todos os que queiram participar o fa-çam sem qualquer custo.Os interessados podem incre-ver-se na Academia Minor-ca ou no Espaço Mamã. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 11·EducaçãoEspanha premeia Escola Cidade Castelo Branco pelo 3.º ano consecutivo

2.º lugar nos Prémios “Pilar Moreno Díaz de Peña”A Embaixada de Es-

panha em Portugal, em parceria com o Ministé-rio da Educação e Ciên-cia, atribuiu pelo 3.º ano consecutivo um prémio Pilar Moreno a alunos da disciplina de Espanhol do Agrupamento de Escolas Cidade de Castelo Bran-co.

Depois de alcançar o primeiro e o terceiro luga-res nacionais nas duas edi-ções anteriores, este ano a escola albicastrense viu re-conhecido o trabalho que a aluna Inês Serra do 7.º ano preparou, no âmbito da disciplina de Espanhol, para o concurso “Pinta Tu

España”, inserido na X edição dos referidos pré-

mios.De entre os 929 tra-

balhos a concurso, que inclui o 3.º ciclo e secun-

dário na mesma categoria, a aluna de Castelo Branco conseguiu um honroso 2.º lugar nacional, garantin-do ao Agrupamento a 3.ª presença na cerimónia de entrega dos prémios, que este ano contou com uma celebração especial come-morativa do décimo ani-versário dos prémios Pilar Moreno, que existem des-de 2004 graças à generosi-dade da ilustre lusófila Pi-lar Moreno Díaz de Peña, destacada representante da comunidade espanhola em Portugal, e pretendem incrementar as relações culturais e linguísticas en-tre Portugal e Espanha.

Nas edições de 2011 e 2012 os projetos interdisci-plinares do Agrupamento “Buenos dias Galicia: fan-tasía y realidad caminan de la mano” e “Andalucía: Encuentro extraordinario con un crisol de culturas”, respetivamente, versavam a preparação de viagens culturais a Espanha, tendo merecido a confiança do júri, composto por repre-sentantes da Consejería de Educación da Embai-xada de Espanha, família Pilar Moreno, Ministério da Educação e Ciência e APELE (Associação de Professores de Espanhol Língua Estrangeira). ■

IPCB oferece Cursos Preparatórios de Acesso ao Ensino Superior

O Instituto Politecnico de Castelo Branco (IPCB) vai organizar pelo segun-do ano consecutivo Cursos Preparatórios de Acesso ao Ensino Superior destinados aos maiores de 23 anos que estejam interessados em candidatar-se aos cursos de licenciatura do IPCB.

Os cursos têm por obje-tivo preparar os candidatos para as provas especialmen-te adequadas destinadas a avaliar a capacidade para a frequência dos cursos su-periores e serão lecionados exclusivamente pelos do-centes da Instituição.

O plano de estudos é composto por dois módu-los: um de Formação Ge-ral e outro de Formação Específica, que depende do curso a que o aluno se quer

candidatar, e as matérias incidirão sobre os temas a abordar nas provas.

O IPCB pretende, com esta iniciativa, reforçar a promoção de uma política de igualdade de oportuni-dades no acesso ao ensino superior, ao oferecer cursos orientados para públicos não tradicionais, com per-cursos académicos diferen-tes do habitual, e que têm vindo a aumentar grande-mente nos últimos anos.

Os Cursos Preparató-rios funcionarão na Escola Superior de Educação entre 22 de abril e 21 de junho de 2013, devendo os interes-sados proceder à inscrição nos Serviços Centrais e da Presidência.

Para mais informações consultar www.ipcb.pt ■

Final Nacional das XXXI Olimpíadas de Matemática

Alunos da Nun’Alvares entre os melhoresInês Santos Faustino,

aluna do 8.º ano da Escola Secundária Nun’Alvares, esteve entre os melhores alunos de matemática, sele-cionados pelas Olimpíadas Portuguesas da Matemáti-ca.

Na categoria A (8.º e 9.º anos), Inês Faustino esteve presente na Escola Básica e Secundária de Al-bufeira, durante a semana

de 14 a 17 de março, onde participou na Final Nacio-nal das XXXI Olimpíadas. Estiveram presentes 86 par-ticipantes, finalistas olímpi-cos de Matemática, apura-dos de entre 40 mil alunos, de todo o país.

Tal como os seus cole-gas finalistas, Inês Faustino passou a prova a nível de escola e, posteriormente, a prova regional que a levou

a esta Final Nacional, de onde trouxe um honroso quarto lugar.

A propósito desta Final Nacional, Inês Faustino, exprime a sua relação para com a Matemática, ““Para mim, a Matemática não consiste apenas numa dis-ciplina em que resolvemos problemas e realizamos cál-culos, mas sim numa área que nos dá a oportunidade

de estimular o nosso racio-cínio lógico, desenvolver mais capacidades de inter-pretação e, ao mesmo tem-po, divertirmo-nos. Assim, queria incentivar todos os meus colegas a não olha-rem para esta disciplina como um quebra-cabeças, mas sim como uma opor-tunidade de melhorar capa-cidades, com alguma diver-são à mistura.” ■

Aluno de Violino da Escola Superior de Artes Aplicadas na “World Youth Orchestra”

Vasken Fermanian, aluno do 1º ano do Mes-trado em Música na Escola Superior de Artes Aplica-das do Instituto Politécnico de Castelo Branco, da clas-se do professor Augusto Trindade, foi selecionado para a “World Youth Or-chestra” (Orquestra de Jo-vens Mundial).

À semelhança do que acontece com outras or-questras internacionais, a prova de seleção realizou--se através do envio de um vídeo com obras impostas pela organização que, no caso concreto, exigia um concerto de Mozart e excer-tos orquestrais de elevada dificuldade, nomeadamen-te de Rossini e Brahms.

Este concurso surge na senda de muitos outros pro-

postos e alcançados com sucesso no seio da classe de violino dos docentes da ESART Augusto e Ale-xandra Trindade, desde a Orquestra de Jovens da União Europeia, Orques-

tra Sinfónica do YouTube, Orquestra J. Futura (Itália), Orquestra da Fundação Ópera Estúdio de Guima-rães Capital Europeia da Cultura 2012, Orquestra da Universidade da Extre-

madura (Espanha) e, mais recentemente, a Orquestra Mundial – “World Orches-tra by East-West Music”, onde foram admitidos qua-tro alunos da Licenciatura e Mestrado em Violino e um de Contrabaixo.

De referir que Vasken Fermanian, natural do Bra-sil, já tem no seu currículo ter sido selecionado para a Orquestra Sinfónica do YouTube 2011 e premiado no Concurso para Violino “Paços’ Premium”, nesse mesmo ano. Ao integrar agora o naipe dos violinos da Orquestra de Jovens Mundial, Vasken Ferma-nian terá a possibilidade de realizar estágios e concer-tos na próxima temporada, estando programada uma tournée à China. ■

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 12·

POR CRISTINA VALENTE

POVO DA BEIRA: No dia em que esta en-trevista é publicada, segunda-feira, começa o seu julgamento. Imagino que este seja um momen-to duro para si. Como se sente?

IRENE BARATA: Estou tranquila, muito tranquila. Seria um mo-mento duro se eu tivesse feito alguma coisa em be-neficio próprio, como foi, é e continuará a ser para beneficiar as pessoas que vivem neste concelho, pe-las IPSS, estou muito tran-quila. Não fiz nada que à luz da minha consciência

seja errado. Se permitimos que se

fizessem obras na miseri-córdia, que por qualquer lapso não foram a seu tempo devidamente licen-ciadas, o mesmo aconte-ce também com os pri-vados. Tam-bém permi-timos que se licenciem obras que en t re tan to foram feitas, por desco-nhecimento ou por outra razão qualquer, muitas ve-zes a ideia era fazer uma pequena obra, e depois ti-veram que fazer uma obra maior. Por isso não estou

nada incomodada de ir a tribunal.

POVO DA BEIRA: Em outubro, num co-municado que dirigiu à população diz que está a

ser alvo de “uma ten-tativa de de-negrir a sua i m a ge m ” . Esta é uma questão po-litica, por

este ser ano de eleições, ou pessoal ?

IRENE BARATA: Não é por ser ano de elei-ções, porque enquanto provedora da Misericór-dia, onde estou há 15 anos, tenho tido vários processos contra mim, enquanto pro-vedora. Foram mais de 30 processos, nunca perdi ne-nhum, porque tudo o que fiz e faço é em prol do bem comum, nunca fiz nada em beneficio próprio. A pessoa que coloca os pro-cessos está devidamente identificada, mas não con-sigo perceber porque o faz.

POVO DA BEIRA: Quando há 24 anos, che-gou à Câmara de Vila de Rei qual foi a sua primei-ra grande preocupação?

IRENE BARATA: Foi fazer um inventário, com levantamento fotográ-fico, daquilo que eu consi-derava serem as maiores necessidades de Vila de Rei. Começando pelo abastecimento de água a todo o concelho, que era um projeto muito grande. Trazer a água da Albufei-ra de Castelo de Bode para abastecer o concelho era um projeto em que, acho, ninguém acreditava a não ser eu própria.

Sempre foi minha pre-

ocupação que se vivesse em todo o concelho com o mínimo de dignidade possível, luz já havia, era necessário levar a água a todas as povoações e criar arruamentos dignos.

Depois de ter concluí-do o levantamento e traça-do as prioridades, fiz uma exposição ao governo, e comecei a ter o seu apoio para concretizar as obras e conseguir cumprir o que me tinha proposto. Foi um trabalho duro, mas que me deu imenso prazer. O con-celho de Vila de Rei era uma ilha, vivia isolado, e foi um árduo trabalho combater esse isolamento, por exemplo foram feitas 9 pontes.

POVO DA BEIRA: Há 24 anos, não era muito habitual ver uma mulher como autarca.

IRENE BARATA: De facto não era usual, era-

mos apenas cinco mulhe-res presidentes de câmara. Eu sou natural deste con-celho, Fundada, estava há quase 30 anos em Lisboa, mas vinha todas as sema-nas ao concelho. Quando regressei como candidata e depois fiquei como presi-dente, fui muito bem rece-bida. Nunca ouvi palavras menos simpáticas.

POVO DA BEIRA: Que balanço faz destes 24 anos?

IRENE BARATA: Um balanço muito, muito positivo.

POVO DA BEIRA : O concelho que vai deixar de dirigir, é um concelho muito diferente e com pernas para andar e cres-cer.

IRENE BARATA: Agora mais que nunca, apesar dos tempos difíceis que vivemos. Acho que a

crise tem a vantagem de obrigar as pessoas a pensar e a dar valor ao que se têm. Mas é também preciso mais imaginação para fa-zer obra, para criar empre-go, para fixar pessoas.

POVO DA BEIRA: Vila de Rei é um conce-lho pequeno, como a Sr.ª diz aconchegadinho, que viu, nos últimos Censos, confirmado o aumento de população. Este é resul-tado de uma politica por sim implementada desde a primeira hora.

IRENE BARATA: É verdade. Os resultados dos Censos são fruto de um esforço muito grande da autarquia para fixar e atrair pessoas. Hoje te-mos uma excelente rede de apoio à terceira idade e criámos excelentes condi-ções a nível social, cultural e desportivo para as famí-lias. Não é por acaso que

Entrevista

Irene Barata aguarda julgamento com tranquilidade A poucos dias de começar a ser julgada pelos crimes de prevaricação, peculato e falsificação de documentos agravada, Irene Barata falou ao POVO DA BEIRA. Recebeu-nos uma autarca calma, que se diz de consciência tranquila e com a convicção que tudo o que fez foi em prol dos Vilarregenses.Nesta entrevista recorda momentos emocionantes que viveu ao longo dos últimos 24 anos à frente da autarquia de Vila de Rei e do carinho que sempre recebeu do povo do seu concelho.

Quando foi inaugurado um dos troços IC8 e a Ponte do Cabril, fui convidada a estar na cerimónia pelo gabinete do 1º ministro, Cavaco Silva e pela então Junta Autóno-ma de Estradas (JAE). Achei estranho, porque as obras não eram no meu concelho. Eu fui, e no final da cerimónia chamaram-me para me anunciarem pessoalmente, 1º mi-nistro e presidente da JAE, que ia ser aberto concurso para a estrada Vila de Rei-Abrantes. Não consegui conter-me e as lágrimas correram-me cara a baixo de tanta felicidade. ■Irene Barata

“Emociono-me muito, não consigo evitar!”

"Tudo fiz em prol da população do concelho"

Irene Barata promete continuar a trabalhar em prol do concelho na Misericórida e na Fundação João e Fernanda Garcia

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 13·

recebemos pelo terceiro ano consecutivo a bandeira da Associação Portuguesa das Famílias Numerosas, como autarquia familiar-mente responsável.

POVO DA BEIRA: Qual é a situação econó-mica/financeira da autar-quia?

IRENE BARATA: Está muito bem, de muito boa saúde. Com as contas em dia. Cumprimos a Lei dos compromissos com a qual concordo plenamen-te.

P O V O DA BEIRA: Qual é a sua opinião so-bre a cria-ção das co-munidades Intermuni-cipais?

IRENE BARATA: Haverá para algumas situ-

ações benefícios em ter es-sas comunidades, mas não é assunto com o qual con-cordo a 100%. Nunca esti-ve muito de acordo com as CIMs porque se têm criado gabinetes e mais gabinetes, capelinhas e mais cape-linhas. Recordo que um PDM tem que ter parecer de 18 “capelinhas”.

POVO DA BEIRA: Vila de Rei é um dos con-celhos do distrito que vai integrar a Comunidade do Médio Tejo. Esta foi uma escolha natural? O conce-

lho sempre esteve mais ligado para essa região do que para o resto do distrito.

IRENE BARATA: É verdade

era a escolha natural e normal. Castelo Branco

nunca se preocupou com os concelhos pequeninos que estão longe, nunca soube atrair--nos para a capital. Se o distrito fosse coeso tinha ao longo dos anos criado condições para que todos os seus conce-lhos estivessem ligados à capital, com redes de trans-portes que possibilitassem a ida à capital. Isso nunca aconteceu, nunca houve um transporte Vila de Rei - Castelo Branco. Isso afas-tou-nos de Castelo Branco e foi-nos aproximando de Abrantes por exemplo.

POVO DA BEIRA: Sai com o PSD no Gover-no, numa situação com-plicada para o país. Que balanço é que faz do go-verno de Passos Coelho?

IRENE BARATA:

Admiro muito o Dr. Pedro Passos Coelho. A cora-gem dele. Com tanta gente contra ele. Não foi ele que fez o buraco, ele não teve sequer tempo para fazer obras, nem bem nem mal feitas. Portanto o que há feito de divida não foi ele, e estamos a falar de dividas que estavam encobertas, como toda a gente sabe. Tenho pena, e dá-me triste-za, que só não veja quem não quer ver que as dividas estavam escondidas.

Com a TROIKA tudo veio ao de cima. E é por isso que tenho uma admi-ração muito grande por ele. Também sou prejudicada

com os cor-tes que têm sido feitos, todos somos e muito, mas não há outra saída.

Quanto ao PSD, sou militante há 30 anos, e vejo com algu-ma tristeza que o parti-do não esteja a funcionar como funcionava naquele tempo. Tenho saudades desse tempo. Sem dúvida que tenho.

POVO DA BEIRA: O candidato do partido à Câmara de Vila de Rei é um dos seus vereadores, espera que seja dada con-tinuidade ao seu trabalho?

IRENE BARATA: É o candidato natural. O ve-reador Ricardo Aires, tra-balha comigo diretamente está por dentro de tudo o

que se passa na autarquia, tanto como eu.

Em termos de partido, está no PSD desde miúdo, pela mão do pai, andou sempre nos meandros da politica. É uma pessoa muito capaz. É por isso o candidato certo, e acredito que os Vilarregenses vão confiar nele.

POVO DA BEIRA: E

a D. Irene Barata, o que é

que vai fazer? IRENE BARATA:

Confesso que não vai ser fácil. Mas vou continuar a trabalhar em prol dos Vilarregenses na Miseri-córdia e na Fundação João e Fernanda Garcia. Traba-lhar em prol dos outros é o que me dá mais prazer na vida, trabalhar a favor dos que nada nos dão em tro-ca, mas que dão o prazer de ser ajudados. ■

Entrevista

As comunidades Intermunicipais

são mais “capelinhas”

para aumentar a burocracia

Irene Barata aguarda julgamento com tranquilidade

“Admiro muito Pedro Passos

Coelho” Irene Barata

A autarquia de Vila de Rei vai retomar um projeto iniciado em 2003, com a Santa Casa da Misericór-dia de Lisboa e construir no concelho um Centro Geriátrico, residência para idosos, que criará numa primeira fase 50 postos de trabalho.

“A ideia é trazer uten-tes da Misericórdia de Lis-boa para aqui, pessoas que estão sozinhas, entregues a famílias a quem a Mise-

ricórdia paga para tratar dos idosos” explica Irene Barata

O projeto vem no se-guimento do investimento realizado na área social, “a nossa rede de lares, foi a salvação do concelho, criamos aqui centenas de postos de trabalho, que fi-xaram as pessoas”.

Numa primeira fase o Centro Geriátrico vai ter um edifício com capacida-de para 60 camas, “mas o

objetivo é criar mais blo-cos, ou seja numa primei-ra fase criamos 50 postos de trabalho diretos, mas a tendência é que sejam mul-tiplicados depois” afirma a autarca.

A autarca garante que a obra vai ser lançada ain-da este ano.

Esta é uma iniciativa com três parceiros, Mise-ricórdia de Lisboa e Autar-quia e Misericórdia de Vila de Rei. ■

Centro Geriátrico cria 50 postos de trabalho

Quando cheguei à câmara não distribui pelouros aos vereadores, confesso que por inexperiência, e chamei a mim todas as áreas. Foi uma loucura.

Às 8 da manhã vinha para a Câmara e assistia à dis-tribuição dos trabalhos, e depois acompanhava as obras em pormenor. O despacho era feito em casa à noite. Foram anos de muito trabalho, duros, mas bons. É daquelas dores que sabem bem. ■Irene Barata

“Os primeiros anos foram duros de tanto trabalho, mas muito bons!”Irene Barata promete continuar a trabalhar em prol do concelho na Misericórida e na Fundação João e Fernanda Garcia

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 14· Proença-a-Nova

POR PAULO JORGE MARQUES Cogumelos silvestres em destaque

II Reunião de primavera do Movimento Amigo dos Tortulhos reuniu 120 participantesPOR PAULO JORGE MARQUES

Um passeio micológi-co, visita ao Centro Ciên-cia Viva da Floresta e uma ementa recheada de pratos à base de cogumelos foram alguns dos pontos do pro-grama da II Reunião de primavera dos Amicos Sil-vestris – Movimento ami-go dos tortulhos. Cerca de 120 pessoas participaram na iniciativa, que se desdo-brou entre as instalações do centro e o Hotel das Amo-ras. Além do balanço das atividades realizadas, foi lançado o planeamento da reunião de outono, que irá realizar-se na Escola Profis-sional do Fundão.

Numa pausa entre o almoço e uma oficina de cozinha ao vivo, José Luís Gravito, um dos dinamiza-dores do movimento, apon-tou a gastronomia como fator determinante para a valorização dos cogumelos, aliado a atividades técni-

cas. “Só se pode valorizar um produto consumindo--o”, destacou, lembrando o elevado contributo econó-mico dos cogumelos silves-tres, que já foram nalguns anos o produto agrícola de maior valor nas exporta-ções nacionais.

Agradecendo a José Luís Gravito, engenhei-ro agrónomo da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, o apoio que tem dado a atividades

realizadas no Centro Ci-ência Viva da Floresta, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Pau-lo Catarino, congratulou--se com a elevada adesão à iniciativa. Durante a tarde, uma pequena área expositi-va incluiu uma banca com os produtos da loja online Proença-a-Nova Origem.

Amicos silvestres – Movimento amigo dos tor-tulhos é um grupo de pes-soas que se propõe trocar

e divulgar conhecimentos sobre os cogumelos, para preservar e promover este recurso. Com uma estru-tura associativa simples, não cobra quaisquer quo-tas, apelando ao sentido de responsabilidade dos seus amigos, que não devem faltar duas vezes consecuti-vas às reuniões semestrais. Sónia Tomé, do Centro Ciência Viva da Floresta, é a atual presidente do movi-mento. ■

Proteção Civil em destaque na escolaPOR PAULO JORGE MARQUES

Sensibilizar a comu-nidade escolar e divulgar procedimentos a seguir em caso de emergência são al-guns dos objetivos de uma ação decorreu na Escola Básica e Secundária Pedro da Fonseca. A iniciativa en-volveu a turma do Curso de Educação e Formação de Bombeiros e integrou-se no programa de ações que as-sinalaram, a nível regional, o Dia da Proteção Civil.

Promovida em parce-ria pelo Comando Distrital de Operações de Socorro

de Castelo Branco e pelo Serviço Municipal de Pro-ença-a-Nova, com a cola-

boração dos Bombeiros, do Agrupamento de Escolas, dos Sapadores Florestais

e da GNR, a ação incluiu demonstrações por parte dos alunos, assim como a divulgação de materiais so-bre o tema.

“Cidadão: primeiro agente de proteção civil” foi o lema escolhido este ano para o Dia Mundial da Proteção Civil, come-morado em Portugal desde 2008. Assinalado a 1 de março, o dia tem motivado iniciativas locais desdobra-das ao longo do mês. As férias escolares da Páscoa ditaram o adiamento da ação de sensibilização para abril. ■

VII encontro de educação especial

Na Quarta, dia 17, às 17 horas realiza-se no Au-ditório Municipal os VII Encontros de Educação Especial-Educação sexual na infância e na adolescên-cia

As psicólogas Ana Margarida Almeida e San-dra Martins irão aprofun-dar o tema da educação

sexual, indicando “Ativi-dades e estratégias a de-senvolver” e a abordagem específica da “Sexualidade na deficiência”. A sessão de abertura está marcada para as 17h30 e o progra-ma, com dois momentos para debate, termina com o jantar, sujeito a inscrição prévia. ■

Apresentação do livro Maria Teresinha Tavares – Peregrina de mil sonhos

Na Quinta 18, pelas 18h00 acontece na Cafeta-ria Municipal, a apresenta-ção do livro Maria Teresi-nha Tavares – Peregrina de mil sonhos. É uma obra da autoria de Maria Leonarda Tavares, com António Car-doso Ferreira.

Natural da aldeia de Carvalhal, Maria Teresinha Tavares integrou o grupo

fundador do movimento Graal nacional, na década de 50. Através de dezenas de testemunhos, a irmã mais nova traça a biogra-fia desta cidadã do mundo que, “com determinação e perseverança, continua a rasgar caminhos de huma-nidade, porfiando na luta de um amanhecer mais so-lidário e digno”. ■

Dia Regional - Festa De São JorgeTambém Domingo, dia

21, pelas 9 horas a Junta Regional CNE organiza o Dia Regional Festa de São Jorge, no Parque Urbano.

Depois da receção, a partir das 9 horas, escutei-ros vindos de toda a dioce-se participamna Eucaristia

e terão, durante amanhã, atividades por secção.Às 15h30, no parque urbano, a população é convidada a participar num espetáculo único: cerca de mil artistas juntam-separa umconcerto cominstrumentos recicla-dos. ■

Apresentação da revista AÇAFA online

No Domingo, dia 21, pelas 14h30, na Cafetaria Municipal acontece, organi-zado pela Associação de Es-tudos do Alto Tejo, a apre-sentação da revista AÇAFA online.

Com periodicidade anual, a revista Açafa online destina-se a divulgar docu-mentos relacionados com o estudo e salvaguarda do pa-

trimónio cultural e natural da bacia interior do rio Tejo, sobretudo na região de Cas-telo Branco. Este número é particularmente dedicado ao concelho de Proença-a--Nova, explorando vestígios como as antas, o conjunto de fortes e baterias integra-dos na linha defensiva da Serra das Talhadas e os mo-numentos geológicos. ■

Peddy Paper No Domingo, dia 14,

pelas 14h30 realizou-se PE-DDY PAPER, com equipas de 3 a 7 elementos, numa organização da Associação de Pais/CLDS Agir.

Depois da primeira edi-ção, dedicada ao Dia Inter-nacional dos Monumentos e Sítios, este ano o peddy

paper convidou a desco-brir um novo percurso com pormenores e curiosidades da história local. O único requisito na constituição das equipas é que integrem elementos de diferentes gerações, prontas a seguir as pistas lançadas e passar uma tarde diferente. ■

Torneio de ténis prossegue em maioPOR PAULO JORGE MARQUES

Doze praticantes de té-nis participaram no segun-do open do Proença Cham-pionship Tour, que decorre ao longo do ano nos cam-pos de ténis municipais. Com uma participação crescente de jogadores vin-dos de outras localidades, registaram-se inscrições de Leiria e de Vila de Rei.

Gonçalo Farinha foi o ven-cedor da prova realizada no fim de semana, liderando igualmente o ranking de pontos. O próximo desafio está marcado para 25 de maio.

Durante a manhã rea-lizaram-se os jogos da fase de grupos, iniciando-se du-rante a tarde os quartos-de--final, meias-finais e final. Rui Duque, de Vila de Rei,

venceu Edgar Santos numa das meias-finais, tendo o outro jogo sido disputado entre Gonçalo Farinha e Sérgio Almeida. No jogo final, Gonçalo Farinha ven-ceu por 4-2 e 4-2.

O torneio, aberto a to-dos os praticantes de ténis interessados, estabelece um ranking de pontos a ní-vel local. Sérgio Almeida ocupa o segundo lugar, en-

quanto Rui Duque e Edu-ardo Almeida têm o mes-mo número de pontos. A iniciativa conta com apoios do comércio local – este foi o Open Jacinto, seguindo--se o Open Minipreço. A qualquer momento podem inscrever-se novos partici-pantes, não sendo obrigató-ria a presença no conjunto de cinco torneios. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 15·Oleiros

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Evolução histórica das florestas

“A importância da floresta portuguesa” em OleirosPOR PAULO JORGE MARQUES

Realizou-se no passado dia 10 de abril no auditório da Casa da Cultura de Olei-ros, a palestra “A importân-cia da floresta portuguesa”, pelo Professor Jorge Paiva, da Universidade de Coim-bra. Num auditório repleto de alunos, provenientes de vários estabelecimentos de ensino da região, foi pos-sível a todos os presentes ficar com uma noção bas-tante completa sobre a evo-lução histórica das florestas e a sua importância vital para a sobrevivência e bem--estar de todos os seres que povoam o planeta.

O interesse foi geral e o local revelou-se pequeno para acolher os muitos par-ticipantes que acorreram

a esta sessão. Recorde-se que a iniciativa se inse-riu no âmbito da Prova de Aptidão Profissional "A importância das Plantas Aromáticas e Medicinais no Turismo" de uma aluna Oleirense do Curso Profis-sional de Técnico de Turis-mo Ambiental e Rural da Escola Tecnológica e Pro-

fissional da Sertã, contando com o apoio do Município de Oleiros.

A abrir a sessão este-ve o presidente da Câmara Municipal de Oleiros, José Santos Marques, o qual fo-cou a questão do uso múl-tiplo da floresta enquanto vetor de maior rentabili-dade florestal e destacou a

preocupação do município pela valorização dos recur-sos endógenos e pela defesa da floresta contra as suas ameaças, nomeadamente os incêndios florestais.

A questão do papel da floresta na gastronomia dos povos não foi esquecida pelo Professor Jorge Paiva, o qual revelou ainda conhe-

cer muito bem o valioso pa-trimónio florestal Oleiren-se. Dele fazem parte a Mata de Álvaro, bastante estuda-da por botânicos e ecologis-tas, dando origem a uma conhecida fonte, a Fonte da Mata ou o bosque reliquial de floresta laurissilva, situ-ado no Vale das Fragosas (Orvalho), na envolven-

te do geomonumento da Naturtejo conhecido por Queda da Fraga da Água d´ Alta, local onde existe, entre outras espécies de relevo, a maior mancha de azereiro da Península Ibé-rica. Refira-se que foi esta espécie que deu origem ao nome do Rio Zêzere, pelo que muitos consideram que o étimo “zêzere” vem de “azereiro”, “zezereiro” ou “zenzereiro”.

Para os muitos inte-ressados em assistir a esta palestra, informa-se que o Professor Jorge Paiva prometeu voltar a Oleiros, numa data posterior “por alturas do medronho e da castanha”, pretendendo alertar para a riqueza do património florestal conce-lhio. ■

Ao sabor dos dias em Pinheiral BravoPOR PAULO JORGE MARQUES

No próximo dia 25 de abril, pelas 19 horas, no auditório da Casa da Cultura de Oleiros, vai ser

apresentado o livro “Ao sabor dos dias de Pinhei-ral Bravo”, da autoria de Fátima Fidalgo.

A autora chegou a re-sidir um tempo em Olei-

ros, terra que descreve através de um romance ficcional. Na obra são também relatadas vivên-cias sentidas na primeira pessoa. ■

Dias 31 de maio, 1 e 2 de junho

Feira Quinhentista em Oleiros

POR PAULO JORGE MARQUES

Está agendada para os dias 31 de maio, 1 e 2 de junho, a Feira Quinhen-tista de Oleiros. O evento insere-se no âmbito da ce-lebração dos 500 anos da atribuição do Foral Ma-nuelino àquela vila e é or-ganizado pelo Município de Oleiros em conjunto com o Agrupamento de Escolas Padre António de Andrade e a Companhia de Teatro Viv´Arte. Esta feira

realiza-se em Oleiros, pela segunda vez e consiste num evento diferenciador onde não faltará um mercado da época, um torneio d´armas a cavalo, animação de rua, colóquios, teatro e recria-ções históricas.

Tal como em 2011, o evento pretende transportar as pessoas numa viagem no tempo para um período histórico importante para Oleiros, coincidindo com o século em que nasceu em Oleiros o Padre António

de Andrade, primeiro eu-ropeu a descobrir o Tibete. A era de mil e quinhentos representou ainda uma época profícua em termos nacionais e mundiais, na qual chega a Portugal o Renascimento e ocorreram os Descobrimentos. Na sua primeira edição, há dois anos, este evento revelou-se um enorme sucesso devido ao empenho de toda a co-munidade escolar, o qual se alastrou a toda a sociedade local. ■

Dia 27 de abril

Nova peça de teatro sobe ao palco POR PAULO JORGE MARQUES

Vai realizar-se no pró-ximo dia 27 de abril (sába-do), pelas 21:30h, no au-ditório da Santa Casa da Misericórdia de Oleiros, mais uma peça de teatro resultante do empenho de um grupo de amigos, uti-lizadores e funcionários da Casa da Cultura.

A peça levada ao pal-co aborda a temática da

Crise em três vertentes: internacional, nacional e local. Nesse sentido, como convidados especiais para a realização da palestra “Mas que Crises!!!”, vão estar em Oleiros os repre-sentantes da Troika, do FMI e do Governo Local, os quais “com a sua sabe-doria e experiência” irão certamente deixar suges-tões e incentivos à popula-ção para melhor enfrentar

a conjuntura atual. Não querendo reve-

lar muito sobre a peça e o seu elenco, refira-se que a moderadora desta pa-lestra é uma figura muito conhecida da cena políti-ca internacional e que os dirigentes presentes serão presenteados com as me-lhores iguarias gastronó-micas da região. A entrada é gratuita e aberta a toda a população. ■

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 16· Sertã

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CARTÓRIO NOTARIAL - CASTELO BRANCONOTÁRIA LIC. MARIA FERNANDA CORDEIRO VICENTE

JUSTIFICAÇÃO

CERTIFICO que por escritura de nove de Abril de dois mil e treze, lavrada a folhas cinquenta e sete e seguintes, do respectivo Livro de Notas para Escrituras Diversas número Cento e Cin-quenta e Três, do Cartório Notarial, sito na Rua Cadetes Toledo, Lote Cinco-C, rés-do-chão, em Castelo Branco, da Notária Lic. Maria Fernanda Cordeiro Vicente:

Maria Manuela Gomes Gardete Amaro Inácio e marido Manuel Dias Amaro Inácio, ca-sados sob o regime da comunhão de adquiridos, naturais da freguesia de Perais, concelho de Vila Velha de Ródão, residentes na Urbanização Quinta das Violetas, Rua Maria Martins, Lote 59, em Castelo Branco, NIFs 153 639 504 e 121 609 669, justificaram por não possuírem título a aquisição por usucapião do prédio rústico, sito em Coutadinha, na freguesia de Malpica do Tejo, concelho de Castelo Branco, que se compõe por terra de mato, com a área de vinte e seis mil setecentos e cinquenta metros quadrados, a confrontar do norte com Rio Ponsul, sul com Cosabe - Companhia Silvo Agrícola da Beira, S.A. e do nascente e poente com Manuel Sanches Antunes, inscrito na matriz cadastral sob o artigo 8 secção Z3 com o valor patrimonial tributário e atribuído de nove euros e vinte e um cêntimos, omisso na Conservatória do Registo Predial de Castelo Branco.

Está conforme o original.Castelo Branco, nove de Abril de dois mil e treze.

A Notária,(Maria Fernanda Cordeiro Vicente)

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Natação

CCDSertã arrecadou 10 medalhas no FundãoPOR PAULO JORGE MARQUES

No passado sábado, a equipa de natação do CCD Sertã participou com19 nadadores no Torneiro de Natação das Cerejas, que decorreu no Fundão. O torneio contou com a par-ticipação de 169 nadadores representando 11 clubes.

São de destacar os re-sultados obtidos pela equi-pa sertaginense: as juvenis Carolina Catarino (primei-ro lugar nos 50m livres e costas e segundo lugar nos 50m bruços), Daniela An-tunes (segundo lugar nos 100m estilos e terceiro lu-gar nos 50m livres e mari-posa), Amélia Garcia (ter-

ceiro lugar nos 50m costas) e os infantis Rodrigo Gal-vão (primeiro lugar nos 50m costas) e Francisco Pereira (terceiro lugar nos 50m livres e 100m estilos). No total, estes nadadores trouxeram 10 medalhas

para o Concelho da Sertã. Destaque também para os Cadetes que obtiveram al-guns lugares no pódio.

É de salientar o empe-nho e a dedicação daqueles atletas que se empenham todos dias para representar

da melhor forma as cores do Concelho da Sertã, ten-tando obter novos recor-des, sendo que nesta prova obtiveram um total de 40 novos recordes pessoais e 6 novos recordes para o clube. ■

Programa de atividades

Comemorações dos 500 anos dos forais da Sertã e Pedrógão Pequeno

POR PAULO JORGE MARQUES

O programa de ativi-dades de comemorações dos 500 anos dos forais da Sertã e Pedrógão Pequeno decorrerá durante todo o ano com a realização de diversas atividades e es-petáculos, nomeadamente atividades de sensibiliza-ção junto de crianças para a importância do foral e da época a ele associado, rea-lização de serões de poesia do século XVI, concertos, lançamento de um livro e filme sobre o Concelho da Sertã, homenagem a per-sonalidades do concelho, assim como uma sessão evocativa dos 500 anos do Foral e a promoção do concurso “Uma Canção para o Concelho”. Entre as várias personalidades alvo de homenagem, des-tacam-se o médico Rogé-rio Marinha Lucas e o ci-neasta Silvino Santos. Está prevista ainda a constitui-ção da Orquestra do Foral.

Durante todo o ano, nas catorze freguesias se-

rão exibidos em itinerân-cia filmes clássicos do ci-nema português: “O Costa do Castelo”, “Aldeia da Roupa Branca”, “O Leão da Estrela”, “O Pátio das Cantigas”, “A Canção de Lisboa” e “A Menina da Rádio”.

Para José Farinha Nu-nes, Presidente da Câmara Municipal da Sertã, a co-memoração dos 500 anos de Foral é uma oportuni-dade para “retratar e con-solidar a nossa história, história da Vila e do Con-celho da Sertã”.

Recorde-se que o Fo-ral da Sertã foi atribuído pelo Rei D. Manuel I a 20 de Outubro de 1513.

Dia 21 – “Há Cine-ma nas Freguesias”: Os clássicos do cinema portu-guês em itinerância pelas Freguesias do Concelho da Sertã – “A Menina da Rádio”, Salão da Junta de Freguesia de Ermida

Dias 26 e 27 – Roma-ria São Nuno de Santa Maria, Cernache do Bon-jardim. ■

Enquanto escola de referência na área da saúde e prestação de socorro

Celebração do dia da proteção civil representou mais um passo na afirmação do Instituto Vaz Serra POR PAULO JORGE MARQUES

O Instituto Vaz Serra assinalou o Dia da Prote-ção Civil com um conjunto de atividades que envol-veram toda a comunidade educativa. Demonstrações de meios de defesa ou de socorro e salvamento, pa-lestras, jogos, preencheram um dia que ficará na me-mória de todos.

Participaram nas ativi-dades deste dia: o Coman-do Territorial da GNR de Castelo Branco que esteve representado pela Brigada Cinotécnica, pela Brigada de Trânsito e pelo Corpo de Intervenção; a GNR – Escola Segura da Sertã, o

Centro Distrital de Opera-ções de Socorro de Castelo Branco; os Bombeiros Vo-luntários da Sertã, repre-sentados pela sua Secção de Salvamento em Grande Ângulo; os Bombeiros Vo-luntários de Cernache do Bonjardim, com as suas secções de Mergulho, de Urgência Hospitalar e de Combate a Incêndios Ur-banos; A Escola Prática de Cavalaria de Abrantes, através do seu Segundo Comandante, o Tenente--Coronel Paulo Zagalo. Estiveram ainda presentes o Presidente da Câmara Municipal da Sertã, que é também responsável pelos Serviços de Municipais

Proteção Civil, bem como os Presidentes das Juntas de Freguesia de Cernache do Bonjardim e do Nespe-ral. Estiveram, ainda, em ação os alunos do Curso de Educação e Formação de Bombeiro e os alunos do Curso Profissional de Técnico Auxiliar de Saú-de, realizando palestras e demonstrações, bem como os alunos dos cursos de Desporto, estes mais envol-vidos na organização das atividades. A coordenação desta atividade esteve a cargo do Departamento de Infraestruturas e Segurança da escola.

As questões relacio-nadas com a saúde e segu-

rança não são apenas uma preocupação genérica da direção da escola. Na ver-dade, o Instituto Vaz Serra orientou a sua oferta for-mativa para esta área, atra-vés da criação dos Cursos de Educação e Formação de Bombeiro e Profissional de Técnico Auxiliar de Saú-de, tendo vindo a especiali-zar o seu corpo docente e a criar parcerias com as mais diversas instituições neste domínio. A celebração do dia da proteção civil re-presentou, assim, mais um passo na afirmação do Ins-tituto Vaz Serra enquanto escola de referência na área da saúde e prestação de so-corro. ■

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 17·Vila de Rei

POR PAULO JORGE MARQUES

De 27 de julho a 4 de agosto

XXIV Feira de Enchidos, Queijo e Mel já tem cabeças de cartaz escolhidosPOR PAULO JORGE MARQUES

O Parque de Feiras de Vila de Rei vai receber, de 27 de Julho a 4 de Agosto, a XXIV edição da Feira de Enchidos, Queijo e Mel (FEQM).

O evento, organizado pela Câmara Municipal de Vila de Rei, volta assim a divulgar da melhor forma os produtos endógenos e artesanais do Concelho e a promover as actividades empresariais Vilarregenses.

Na edição de 2013, a FEQM volta a ser rea-lizada durante nova dias, numa medida que, após a realização de um inquéri-to de satisfação, se provou

ser do agrado de visitantes, expositores e comerciantes locais.

O palco principal do Parque de Feiras de Vila de Rei volta também a receber grandes nomes do panora-ma musical português, dos mais variados estilos, ten-do os visitantes da FEQM a oportunidade de assistir aos espectáculos de Au-gusto Canário e Amigos, Miguel Araújo, Graciano Ricardo, Quim Barreiros, João Só e Abandonados, Mafalda Arnauth e The Gift.

À semelhança dos anos anteriores, o progra-ma da XXIV edição do evento conta também com

mais uma edição da Feira do Livro, exposições, ani-mação de rua, rastreios de saúde, diversas actividades

desportivas, tasquinhas e com a realização da 22ª Colheita de Sangue de Vila de Rei e da 3ª Colheita de

Medula Óssea.O certame irá contar

com mais de uma centena de expositores oriundos de

vários pontos do país, que apresentarão variados pro-dutos artesanais, para além da gastronomia regional e dos sectores de serviços, industriais e comerciais do concelho de Vila de Rei.

Os visitantes podem, uma vez mais, saborear os deliciosos enchidos, queijo e mel da região, admirar e adquirir o típico artesanato local e deliciar-se com a óp-tima gastronomia regional nas esplanadas instaladas no recinto da Feira.

De 27 de Julho a 4 de Agosto, a XXIV Feira de Enchidos, Queijo e Mel oferece o melhor do artesa-nato, gastronomia e músi-ca. Visite Vila de Rei! ■

Acolhe família

Recuperação e manutenção na antiga Escola Primária de S. João do Peso POR PAULO JORGE MARQUES

A Câmara Municipal de Vila de Rei, juntamente com a Junta de Freguesia de São João do Peso, reali-zou diversas obras de recu-peração e manutenção na antiga Escola Primária de S. João do Peso, permitin-do assim que uma família desta freguesia, que vivia numa situação de extrema carência habitacional, pu-desse mudar a sua residên-cia para estas instalações.

Esta acção vem permi-tir que esta família, com-posta por uma senhora ido-

sa e pelos seus dois netos, tenha acesso às necessida-

des básicas de iluminação eléctrica, água canalizada, casa de banho com zona de banho e água quente.

Presente na entrega das chaves da nova habitação à família, Paulo César, Vere-ador da Autarquia de Vila de Rei, afirmou que “foi com enorme satisfação que o Município de Vila de Rei contribuiu para oferecer condições dignas de habita-ção a uma família do nosso Concelho que vivia em si-tuação de elevada carência habitacional.” ■

Novamente ao serviço

Funcionários da Autarquia restauram tractor antigoPOR PAULO JORGE MARQUES

Os funcionários do Es-taleiro Municipal de Vila de Rei, Carlos Cardiga, João Salvador e Carlos Sil-va, realizaram diversos tra-balhos de restauração num antigo tractor, propriedade da Autarquia, colocando-o novamente capaz de reali-zar todas as suas funções.

O veículo, que se en-contrava totalmente ino-peracional, pertencia à Câmara Municipal de Vila

de Rei desde Fevereiro de 1994.

Ao longo do último mês, foi alvo duma nova

pintura, restaurações eléc-tricas, rectificação de tra-vões e de vários arranjos na sua parte mecânica que permitiram colocar o trac-tor de novo em funciona-mento.

Os trabalhos de restau-ro efectuados vêm permitir, deste modo, que os servi-ços da Autarquia tenham à sua disposição mais um veículo capaz de auxiliar os funcionários nas mais diversas obras e trabalhos a realizar. ■

Verifi cação do estado de conservação e registo fotográfi co Levantamento dos fontanários e fontes de mergulho do concelho

Com vista ao Levan-tamento dos Fontanários e das Fontes de Mergulho do concelho de Vila de Rei, foi efetuado pela Câmara Mu-nicipal de Vila de Rei o seu inventário, verificação do es-tado de conservação e registo fotográfico.

Foram inventariados no total 190 fontanários e fontes de mergulho no concelho, dos quais 152 são Fontaná-rios e 38 são Fontes de Mer-gulho, distribuídos pelas três freguesias, nomeadamente:

Freguesia de Vila de Rei: 102 fontanários e 20 fontes de mergulho; freguesia da Fundada: 41 fontanários e 14 Fontes de Mergulho; fregue-sia de S. João do Peso: nove fontanários e quatro fontes de mergulho.

Não obstante, refere-se que o referido levantamento poderá em qualquer data ser atualizado, caso seja eventu-almente detetada a existên-cia de algum fontanário ou fonte de mergulho não loca-lizado até à data. ■

Liga Cultural dos Amigos do Vilar do Ruivo

A Liga Cultural dos Amigos do Vilar do Ruivo, com o apoio da Câmara Mu-nicipal de Vila de Rei, orga-niza, no dia 27 de Abril, um passeio pedestre denomina-do “Na Rota do Vilar”.

A concentração para o passeio está marcada para as 9:00 horas, junto à sede da Associação, estando previs-to o início do percurso para trinta minutos depois.

O percurso circular, com início e fim em Vilar do Rui-vo, irá já percorrer alguns dos trilhos englobados na Grande Rota do Zêzere.

No final do percurso, pelas 13:00 horas, será rea-lizado um almoço-convívio entre todos os participantes.

Os interessados deve-rão efectuar a sua inscrição até ao dia 22 de Abril para o correio electrónico [email protected] ou para os números 962 308 554 ou 914 245 608.

O custo da inscrição será de 10€ para sócios da Liga Cultural dos Amigos do Vilar do Ruivo e de 15€ para não-sócios. O valor engloba o passeio, almoço, lanche e seguro pessoal. ■

Passeio Pedestre “Na Rota do Vilar”

Augusto Canário e Amigos será um dos vários grupos portugueses a subir ao palco

Foto: farm9.staticfl ickr.com

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 18·

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Assembleia-Geral do Benfica e Castelo Branco aprovou por unanimidade, o Relatório e Contas do ano de 2012. A reunião magna que, decorreu, com a presença de razoável número de associa-dos, aprovou ainda um voto de louvor à atual direção do clube encarnado, pelo exce-lente trabalho desenvolvido, quer a nível de gestão finan-ceira, quer na boa prestação da equipa sénior no campeo-nato nacional da 2ª divisão.

António Machado,

presidente da coletividade, assegurou que continuará à frente da direção, caso não apareça uma lista para o ato eleitoral dos corpos so-ciais, pelo que solicitou ao presidente da Assembleia, a continuação da reunião no

próximo dia 17 de abril, pe-las 20h30. "Será importante darmos mais um espaço de tempo, para sabermos se surge alguma lista para diri-gir os destinos do Benfica e Castelo Branco.

No entanto, como so-

mos pessoas responsáveis e gostamos da coletivida-de, nunca deixaremos cair o Clube no vazio, pelo que saberemos assumir na devi-da altura, a continuidade do nosso trabalho", garantiu o timoneiro encarnado. ■

Desporto

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Taekwondo

Carapalha com novo cinto negro

Hélder Gonçalves, da Escola de Artes Marciais Koreanas da Associação Cultural e Desportiva da Carapalha, por indica-ção da Associação de Ta-ekwondo do Distrito de Castelo Branco (ATDCB) participou, nos exames na-cionais para cintos negros das regiões centro e norte, promovido pela comissão de graduação da Federação Portuguesa de Taekwondo, sob a direção do diretor téc-nico nacional o Grão Mes-tre Luciano Neto, estando também presente o Mestre Sebastião Fernandes, que se realizaram em Santa Maria da Feira. Os exames das regiões sul e ilhas foram realizados no mês passado.

Hélder Gonçalves foi aprovado nos exames para a graduação de cinto negro 1º Dan, após longos anos de prática da modalidade. Assim conta o distrito com

mais um cinto negro de taekwondo, formado nas Escolas de Artes Marciais Koreanas, trazendo uma mais- valia à Escola de ar-tes Marciais Koreanas da coletividade de Castelo Branco.

José Perquilhas, pre-sidente da Associação da Carapalha, evidencia o tra-balho que o Mestre Sebas-tião Fernandes tem vindo a desenvolver na Escola de Artes Marciais Korea-nas da Associação, a qual possui atletas de valor, no-meadamente Gonçalves que, como já foi noticiado, depois de no Open Interna-cional de Peniche ter con-quistado o título de Vice Campeão internacional em Poomsae (Formas), com a medalha de prata na ca-tegoria dos veteranos, vem uma vez mais dignificar a Associação com esta con-quista. ■

Carapalha conquista cinto negro

Associação de Paintball promove ação “Limpar e refl orestar” A Associação de Pain-

tball de Castelo Branco Relâmpagos (APCBR) de-senvolveu, a 6 e 7 de abril, a ação “Limpar e Reflores-tar”, uma das várias inicia-tivas cívicas planeadas para este ano.

Desta forma, reuni-ram-se num ambiente de boa disposição e de conví-vio os associados da AP-CBR para procederam à limpeza de um espaço ar-borizado e à plantação de novas árvores. Para tal, e como tem sido hábito neste tipo de ações, os associados contaram com o apoio de amigos e familiares, com especial relevância para o sócio número um desta As-sociação, que também fez questão de estar presente na atividade.

No decorrer da lim-peza, infelizmente, foram apanhadas inúmeras garra-fas de plástico e até restos de garrafões que as pessoas lançam para o meio natural inadvertidamente.

No final da ação era notória a satisfação dos participantes pois, para

além de proporcionarem a limpeza do espaço, planta-ram cerca de 200 árvores oferecidas pela empresa Lena Ambiente, a quem a APCBR agradece sendo que só assim a ação se tor-nou possível.

No entanto, nem todos os objetivos foram concre-

tizados pois era necessário proceder à colocação de manilhas para escoamen-to de águas para que estas não fiquem estagnadas e propensas à propagação de doenças. Este objetivo não foi atingido pois não foram conseguidos os apoios para tal. ■

Torneio de Sueca em Tojeiras

A Associação dos Amigos das Tojeiras pro-move, no próximo dia 21 de abril, a partir das 9 horas na sede da coletividade, a primeira edição do Torneio de Sueca. Nesta prova se-rão atribuídos troféus aos

seis primeiros classificados e lembranças para os res-tantes.

As inscrições poderão ser feitas até ao dia 16 de abril, na sede da associa-ção, ou através do telemó-vel 963 354 451. ■

“Morcegos” comemoraram o seu 5º aniversárioO MORCEGOS

CUSTOM CLUB come-morou o seu quinto ani-versário no sábado, dia 13 de Abril.

Os membros deste clube, nascido em 2008, nutrem a paixão pela ver-tente dos “ferros” no pa-norama motociclístico, sendo conhecidos por um tipo específico de mota: a chopper. Este tipo de mota é caraterizado como sendo imponente, pois apresenta um visual muito próprio: tem grandes dimensões, cromados, potentes moto-res e um ronco caraterís-tico bastante grave. Entre as várias marcas de mota, destacam-se a Harley-Da-

vidson, Honda, Yamaha e Suzuki.

Os ‘Morcegos’, como são vulgarmente chama-dos, já percorreram o país de norte a sul e também já andaram além-fronteiras,

representando a nossa re-gião.

No final de 2012 for-maram associação e a sua sede social, ainda em fase de conclusão, fica na zona histórica da cidade, na Rua

do Arco nº 21, local onde os ‘Morcegos’ se encon-tram todas as sextas-feiras à noite, a partir das 21h00, e em dias de passeio ou outras atividades aos fins de semana. ■

Assembleia do Benfi ca e Castelo Branco continua 4ª feira

Corpos sociais do Benfi ca e Castelo Branco

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 19·

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

A equipa de Pampilho-sa que nesta sua deslocação a Castelo Branco vinha com o objetivo de vencer o jogo, dado que ainda te-ria se tal fosse possível, a oportunidade de uma pos-sível subida de divisão, não teve argumentos perante o Benfica e Castelo Branco, que praticamente dominou a primeira parte, abrindo as hostilidades logo aos cinco minutos, quando Telmo, num potente remate levou a bola a passar rente ao tra-vessão da baliza defendida

por Eduardo. Estava dado o mote para uma boa exi-bição dos encarnados, que trocando bem a bola, cria-ram várias oportunidades de aumentar a vantagem, valendo a boa exibição do guardião visitante, Nos minutos finais da primeira parte, a equipa de Pampi-lhosa, ainda tentou chegar à baliza albicastrense, mas a falta de concretização foi mais que evidente.

Para a etapa comple-mentar, após um período de algum desacerto para ambas as equipas, com a bola a rolar muito pelo ar,

foram os visitantes que aos 50 minutos, quase que inauguravam o marcador, quando Sarmento num re-mate bem colocado, levou a uma excelente defesa de Fábio Mendes. Também ao minuto 71, o guardião encarnado teve que efetuar outra defesa de recurso pe-rante o remate de Ladeira. Finalmente surgiu o golo na partida, quando Delmi-ro driblou dois adversários, rematando forte para o fun-do da baliza contrária, um golo que fez levantar o es-tádio, pela sua espetaculari-dade. Até final do encontro,

não houve mais lances que pudessem representar peri-go para ambas as balizas, terminando a partida com a justa vitória da equipa do Benfica e Castelo Branco.

Trabalho da equipa de arbitragem com algumas deficiências, nomeadamen-te o auxiliar do lado da ban-cada, que não esteve bem.■

Desporto

Benfica CB 1

Estádio Municipal de Castelo BrancoÁrbitro: Sérgio SoaresAuxiliares: Ricardo Nogueira e Tiago Loureiro (AF Porto)

Benfica CB: Fábio Mendes, João Afonso, Tomás Sousa, Delmiro, Álvaro (75, Fábio Brito), Marocas (90, Luís Graça), Esquivas, Patas, Telmo (68, Ronan), Dani Matos e Filipe Fernandes.Treinador: Ricardo AntónioMarcador: Delmiro (79)Cartão amarelo: Telmo (11), João Afonso (25), Patas (55) e Tomás Sousa (70)

Pampilhosa: Eduardo, Galvão, Koné (23, Ivan, 74, Wilson), Ricardo, Bandeira, Diogo André, Sarmento, Wilson, Bruno, Ladeira (74, Paulo Ferreira) e IssoufTreinador: Fernando NisaCartão amarelo: Diogo André (51), Ladeira (64), Wilson (68) e Manuel (81)

Pampilhosa 0

Domínio encarnado com vitória justa

Clube Desportivo de Alcains realiza várias atividades

Para divulgação e no seguimento do nosso plano de actividades para época 2012/2013 vimos informar as actividades que iremos realizar no mês de Abril e Maio.

No âmbito do plano de atividades do Clube Des-portivo de Alcains (CDA) decorreu, no passado sába-do, uma conferência/ação de sensibilização tendo como referência a Recicla-gem, Nutrição e o Álcool. O evento destinou-se aos atletas, pais, sócios e ami-gos do CDA

Os objectivos desta ação foram a sensibilização e consciencialização para a

importância destes temas nos dias de hoje, promover o convívio e debate entre os participantes e dinamizar o clube na área da recreação, cultura e formação na vila de Alcains.

Para os dias 5, 12 e 19 de maio, o CDA irá organi-zar um Torneio Popular de Futebol 11, com a presença de oito equipas: Alcains, Salgueiro do Campo, Es-calos de Cima, Escalos de Baixo, Barbaído, Póvoa Rio de Moinhos, Rochas de Baixo e Fundão. Ainda no dia 18 deste mês, decorrerá uma prova de perícia e um rastreio para a população de Alcains. ■

Ténis

Atletas mundiais em Castelo Branco

A Academia de Ténis Colina do Castelo - Riba Clube/Zonameeting, com o apoio da Associação de Ténis de Castelo Branco, abraçou o desafio de pro-mover na cidade albicas-trense, pela primeira vez, uma prova do Circuito Profissional de Ténis, ins-crita no Calendário Ofi-cial da ITF (International Tennis Federation) e com um prémio monetário de 10.000 euros.

A prova denominada

“Internacionais de Ténis de Castelo Branco” será realizada na semana de 6 a 12 de maio, com uma fase de qualificação de 3 a 5 de maio, nos campos de ténis da Associação de Ténis de Castelo Branco e do Hotel TRYP Colina do Castelo, envolvendo cerca de 150 atletas de todo o mundo, com vis-ta a obtenção de pontos para o ranking mundial masculino da modalidade (ATP).■

POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Futsal | Campeonato Nacional 3ª Divisão - Série C

Prodeco 1 - Boa Esperança 6POR JOSÉ MANUEL R. ALVES

Excelente vitória da equipa de Castelo Branco perante um adversário que no seu reduto consegue sempre criar dificuldades.

No entanto, a equi-pa da Boa esperança foi nitidamente superior, do-

minando por completo o jogo. Criativos e bastante fortes tecnicamente e fisi-camente, os albicastrenses "passearem" a sua classe, conquistando por margem folgada uma vitória, que ainda poderá ser decisiva para os lugares cimeiros do campeonato. ■Domínio absoluto dos albicastrenses

Atletismo

Meia-Maratona entre Alcains e Castelo Branco

As freguesias de Cas-telo Branco e Alcains, com organização técnica da As-sociação de Atletismo pro-movem, no próximo dia 25 de abril, a tradicional meia--maratona entre as duas localidades, este ano aberta a atletas federados e não fe-derados.

A partida está marcada para as 11 horas, no Largo de Santo António, em Al-cains, num percurso de 21 quilómetros, com chegada à Avenida Nuno Álvares, em Castelo Branco.

Paralelamente a esta

prova, decorre a Corrida da Liberdade, para escalões entre benjamins e juniores, com os mais novos a par-tirem da Avenida Nuno Álvares e os juniores da Ro-tunda da Europa. ■

Futebol | Campeonato Nacional 2ª Divisão - Zona Centro

Delmiro marca golo monumental

Futsal

Sport Lisboa e Benfi ca em Castelo BrancoPOR JOSÉ MANUEL R. ALVES

A convite da Casa do Benfica em Castelo Branco (CBCB), a equipa de futsal do Sport Lisboa e Benfi-ca que jogou no Fundão, onde obteve um empate 4-4, almoçou no domingo, no restaurante Domus, em Castelo Branco, presente-ando os sócios e adeptos do clube da Luz com uma sessão de autógrafos e fo-

tografias.José Valente Pires, pre-

sidente da CBCB, congra-tulou-se pela presença dos

campeões nacionais, por-menor que despertou um enorme carinho por parte dos benfiquistas da capital

da Beira Baixa, que tive-ram o privilégio de estarem em contato com os craques mais conhecidos do futsal português. "Estamos feli-zes por termos entre nós jogadores de alto nível, que muito têm feito pelo prestígio do Sport Lisboa e Benfica, e esperamos que a sua presença, motive ain-da mais os atletas da nossa coletividade, para alcança-rem mais êxitos". ■

Jogadores do SL Benfi ca em Castelo Branco

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 20· Cultura

Livros & Leituras

Sugestões de Cristina Valente

As Histórias de Terror do

Navio Negro

Género: Infantojuvenil Tradutor: Duarte Sousa Tavares N.º de páginas: 192 PVP: 16,50€

Chris Priestley

Um livro muito assustador!

Um navio assombrado de seres fantasmagóricos, tempestades que assobiam através das velas, piratas a vaguear, são alguns dos ingredientes do novo livro de Chris Priestley, autor de As histórias de terror do tio Montague (junho 2011).

As histórias de terror do Navio Negro reúne vários contos ilustrados, todos cheios de suspense e com uma única intenção: arrepiar o público mais jovem.

Na Velha Estalagem, sobre um mar tempestuoso, Ethan e Cathy esperam a chegada do pai. Entretanto, um marinheiro aparece em busca de abrigo, e assim co-meça uma longa noite de histórias aterradoras… Há algo neste homem que inquieta Ethan, mas ele não sabe o quê. É então que o amanhecer abre os olhos das crianças para uma realidade ainda mais chocante, mais angustiante do que as histórias que ouviram na noite anterior.

É um escritor e ilustrador inglês de renome, com uma vasta obra publicada em todo o mundo e ampla-mente premiada. As suas ilustrações e os seus cartoons são presença constante em diversos meios de comuni-cação ingleses, incluindo o Independent e o Economist.

Entre outras obras, é autor desta arrepiante e bri-lhante série, “As Histórias de Terror”, publicada em mais de catorze países. Vive em Cambridge, onde conti-nua a escrever os seus assustadores contos e romances.

David Roberts É um ilustrador galardoado e com uma ampla obra

publicada, que tem colaborado com diversos autores. Vive em Londres.

Castelo Branco – Cine-Teatro AvenidaDia 17 às 21 horas

Os Coros VoxiMixi e VoxiMini vão apresentar neste concerto parte do trabalho que conduzirá à gravação de um CD de música coral erudita com

obras de Sérgio Azevedo. Terá lugar, também, um Loto Sonoro, no qual o público poderá participar e, no final, serão sorteados pelos presentes, 3 cabazes.

VoxiMix e VoxiMini em concerto

Vila Velha de RódãoAté 29 de junho

Está patente, na Bi-blioteca Municipal José Baptista Martins, em Vila Velha de Ródão, até 29 de junho, a exposição de di-vulgação da obra de Hans Cristian Andersen.

Trata-se de uma revi-sitação do autor, uma vez que, no verão de 2009, foi apresentada uma mostra de trabalhos desta expo-sição itinerante, criada e

produzida por Niels Fis-cher para divulgar a obra do célebre escritor dina-marquês.

Dado que Andersen foi, para além de um ima-ginativo escritor, também um talentoso criador de recortes de papel, a ex-posição inclui uma ima-ginativa e eclética mostra de colagens de Natércia d’Almeida, artista plástica.

Exposição Hans Christian Andersen

Castelo Branco – Cine-teatro AvenidaDia 18 às 21:30

James Stewart é John Ferguson, um ex-polícia que sofre de vertigens. Con-tratado por um velho ami-go para seguir a sua mulher Madeline (Kim Novak), Ferguson acaba por desen-volver uma paixão obsessi-va por ela. "A Mulher que Viveu Duas Vezes", uma das obras-primas de Hitch-cock, é um filme para ver e rever e voltar a ver. O cine-asta nunca tinha sido - nem nunca mais viria a ser - tão desesperadamente român-

tico. É quase uma celebra-ção funesta, perversamente necrófila, que avança em estado febril até à eclosão da tragédia. E quem pode-ria imaginar que o afável James Stewart se tornasse numa presença tão pertur-badora? Recentemente elei-to o melhor filme de todos os tempos pela Sight and Sound, é agora reposto em cópia digital pela distribui-dora Midas Filmes. Entra-da: €4,00, Maiores de 12 anos.

Vertigo de Alfred Hitchcock

PenamacorDia 18 de abril

A Câmara Municipal de Penamacor e a Santa Casa da Misericórdia local vão, em conjunto, assina-lar o dia Internacional do Monumentos e Sítios, que se comemora no dia 18 de Abril.

Em resposta ao repto da Direcção-Geral do Pa-trimónio Cultural, as duas instituições, unem-se mais uma vez para levar a cabo um programa que consta

da visita à igreja de Águas, obra do arquiteto Nuno Te-otónio Pereira, seguida da passagem pelo Núcleo Mu-seológico da Bemposta.

A terminar, evoca-se o carácter memorial que representa o edifício do antigo Quartel, sede da 1ª Companhia Disciplinar de Penamacor, por onde pas-saram conhecidos oposito-res da ditadura do Estado Novo.

Dia Internacional dos Monumentos e Sítios assinalado em Penamacor

Castelo Branco – Monte de S. MartinhoDia 20 das 10 às 18 horas

Monte de S. Martinho, Senhora Santa Ana e Nos-sa Senhora de Mércules: O Triângulo das origens.

Passeio pelas origens do povoamento antigo de Castelo Branco. O mapa do Tesouro da identidade Itinerário: Castelo Branco S. Martinho pela antiga estrada romana da Carapa-lha, Visita ao povoado pré-

-histórico. Identificação dos vestígios romanos da base. O mundo religioso pagão e cristão. A capela templária de Mércules. Os campos de Nossa Senhora.

Os guias do passeio se-rão Sílvia Moreira e Pedro Miguel Salvado. Inscrições gratuitas, até dia 19 de Abril, para o e-mail [email protected].

Sketching e Fotografi a no Monte de S. Martinho

Penamacor - Dia 20 – às 16 horas Auditório da Escola de Música

O livro “Histórias Proibidas” de José António Pinho, vai ser apresentado em Penamacor no próximo dia 20 de Abril. Este é o terceiro volume de uma se-quência, iniciada em 2010 com a publicação de “A Estátua”.

Esta não é a primei-ra vez que José António Pinho vem a Penamacor apresentar os seus livros, nem é por acaso que faz questão que assim seja.

A apresentação do li-vro, “Histórias Proibidas”, terá lugar no auditório da

Escola de Música, às 16 ho-ras, e contará com a partici-pação musical de um grupo de músicos amigos do au-tor. A apresentação estará a cargo de Joaquim Nabais.

Histórias Proibidas

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 21·Lazer

PASSATEMPOSSO

LUÇÕ

ES

1 4 25 4

4 1 7 93 6 5

6 2 9 3 8 19 5 26 4 2 7

7 39 3 5

Preencha usando os números de 1 a 9.Grau de dificuldade: Fácil

Sudo

ku:

ANEDOTASEstavam dois velhos Alentejanos falando sobre o mar quando a páginas tantas diz um pró outro:- Oh home, cala-te que na percebes nada de mar.Resposta pronta do outro:- P'ra tua informação, o mar morto, que é o mar morto já eu o conhecia antes dele estar doente.

--Sabes o que se encontra debaixo de um tapete de um manicómio?- Um doido varrido!

--- O meu cão perdigueiro é tão extraordinário que, a um quilómetro de distância, sabe logo que sou eu. Que me dizes a isto?- Que te devias lavar mais vezes!

Modo de preparação:

Ingredientes:• 125g. de polme de batata

• 250g. de açúcar

• 1,2dl. de água

• 1 Pitada de canela em pó

• 1 Casca de limão

• 1 Colher (sobremesa)

brandy

• 250g. de miolo de amên-

doa (moída)

• 3 Gemas

• 1 Clara

POR MÁRIO MARINHO - chef *

Queijinhos de Londres

Terça-feira, 16 de abrilQuarta-feira, 17 de abrilQuinta-feira, 18 de abrilSexta-feira, 19 de abrilSábado, 20 de abrilDomingo, 21 de abrilSegunda-feira, 22 de abril

Nuno ÁlvaresReis

SalavessaLeal Mendes

Rodrigues dos SantosGrave

Progresso (antiga Higiene)

Farmácias de Serviço - Castelo Branco

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FAÇA VOCÊ MESMO O SEU ANUNCIO - RECORTE E ENVIE

Conheci a Celeste no início dos anos 80, no século XX.

Ela, e mais um gru-po de jovens, entre eles, a Fernanda Oliveira Ribei-ro, hoje na SIC, e, creio, o Ricardo, cantavam e re-flectiam sobre o mundo, no colo generoso das fran-ciscanas que animavam a Casa do Bem (belo nome), que agora é o Museu do Canteiro e a Biblioteca, em Alcains.

Eu era operária na Dielmar e também gosta-va de reflectir, daí apare-cer nas reuniões do Curso Bíblico que a Irmã São coordenava, mais para pro-vocar a estrutura do Poder que era a Igreja do que para aprofundar a minha fé.

Eu só tinha mais dois ou três anos do que muitos elementos do grupo, mas uma maturidade adquirida no meu trabalho na fábri-ca.

Por isso, naquele tem-po, mais que a interpreta-ção da Bíblia, era a justiça social que me interessava.

Confesso que aprendi muito na Casa do Bem, e é justo reconhecer que gran-de parte dos jovens alcai-nenses dos anos 80 devem

muito às irmãs francisca-nas, que realizaram, nesses anos, um trabalho extraor-dinário em Alcains.

Foi na Casa do Bem que conheci a Celeste e foi a partir daí que me habi-tuei ao seu largo sorriso.

O qual reencontrei no Jardim de Infância onde ela trabalhava, com a sua bata de xadrez miudinho que lhe dava um ar de irmã mais velha a conduzir um bando de crianças curio-sas, com vontade de mexer e perguntar por tudo.

Também no café Al-pendre (corrijo, no Azei-tonas). Sempre com o seu grande sorriso.

O sorriso era a sua energia contagiante. E uma imagem de marca inesque-cível.

Talvez por isso, e ago-ra que tenho ao meu dispor uma Galeria de Arte com uma horta, em Coimbra, onde realizo todos os meus sonhos, que começaram na fábrica e na Casa do Bem, em Alcains; quando voltar o Sol, vou encher a horta de crianças com bibes de xadrez miudinho e juntos vamos cantar O Jardim da Celeste. Com muita alma e do fundo coração.

POR ELSA LIGEIROO Sorriso da CelesteCorreio do Leitor

Siga o nosso jornal em recortes.pt

Coze-se a batata e passa-se pelo passe-vite. Leva-se o açúcar com a água, o brandy e a cas-ca de limão ao lume até obter ponto de “cabelo”, junta-se a pitada de canela e ao atingir o ponto, deixa-se arrefecer. Mistura-se depois a amêndoa moída, o polme de batata, as gemas e a clara batida em castelo. Depois de todos os ingre-dientes bem misturados, leva-se novamente ao lume, mexendo com uma colher de pau e quando fizer o ponto “estrada” no fundo do tacho, retira-se do lume e deixa-se arrefecer no mínimo 5/6 horas.

Findo este tempo, tendem-se uns queijinhos, que se envolvem em açúcar, podendo colocar sobre cada um, metade de uma noz.

Ponto de cabelo ou nata: Ao mergulhar a colher na calda e ao levantá-la, correm dela fios finos e estaladiços.

Ponto de estrada: Ao passar com a colher no fundo do tacho, forma uma estrada, que demora um pouco a unir novamente as pontas.

Page 22: edição 997

Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 22· Opinião

Redação:([email protected])Coordenação: Cristina Valente (CP2370)Jaime Pires (CP4484)José Manuel R. Alves (CP8361)Tiago Carvalho (CO1015)

Colaborador Permanente:Paulo Jorge Marques

Colaboradores:Álvaro BaptistaAna Paula AtanásioÂngela GonçalvesArmando SoaresCarlos ValeCésar AmaroClementina LeiteCristina GranadaEduardo BastosFernando JorgeFilipe AntunesGuilherme AlmeidaJoão Carlos NunesLuís MalatoMário MarinhoNuno FiguinhaPatrícia AndréPedro PittéRicardo PortugalSónia CarreiraVanessa Cruz

Conceção gráfi ca:Cristina Levita Martins([email protected])

Publicidade:Gustavo Teixeira([email protected])José Carlos Marques([email protected])

Secretária de Administração:Florinda Cruz([email protected])

Sede:Press IbéricaComunicação Social, LdaAv. Gen. Humb. Delgado, Lote 58 - 1º andar6000-081 CASTELO BRANCONIF: 506 583 023Tel: 272 324 432Fax: 272 327 732

Impressão:Coraze - Oliveira de AzeméisTelf.: 910252676 / 910253116 / [email protected] no ICS: 117 501Depósito Legal: 74145/94Empresa Jornalística: 218 326Tiragem Semanal: 10.000 exemplaresDistribuição gratuitaEste jornal escreve segundo o novo Acordo Ortográfi coTodos os artigos de opi-nião e assinados pelos respetivos autores, são da sua inteira responsabili-dade não podendo em circunstância alguma o Povo da Beira ser respon-sabilizado pelo conteúdo dos mesmos. Reservamo--nos no direito de não publicar, caso os artigos enviados não respeitem a legislação em vigor e o Estatuto Editorial do jornal.

DiretorJoão Tavares Conceição

Povo da BeiraPOR DOMINGOS JACINTO“Tribunal Europeu Repôs Justiça” Salvaterra do ExtremoCorreio do Leitor

A liberdade de ex-pressão é para nós um direito do qual

não abdicamos na crítica e no confronto de ideias na lógica do debate político tendo por objectivo a defe-sa do interesse público.

Foi guiados por estes princípios, que os cidadãos Salvaterrianos Domingos Jacinto e José Bargão, Em Julho de 2004, subscreve-ram e enviaram uma carta ao Ministério da Saúde de-nunciando as práticas do auxiliar de apoio e vigilân-cia, António Joaquim dos Santos Carreiro, em servi-ço na Extensão de Saúde de Salvaterra do Extremo. Afirmámos precisamente o seguinte:”Que só traba-lhava um dia e meio por se-mana mas recebia o salário mensal com se trabalhasse cinco dias por semana; que dominado pelos vícios e hábitos instalados se tradu-ziam na cultura de favor e dependência das pessoas simples e pouco esclareci-das; que utilizava práticas pouco consentâneas com a ética profissional no seu re-lacionamento com os uten-tes; que utilizava métodos de influência, dos quais ti-rava partido das formas que mais lhe convinha; pedi-mos por fim, que fosse pos-to termo a tão degradante situação de privilégio”.

Na sequência da nossa carta, o visado foi sujeito a um processo disciplinar pela Inspecção Geral de Saúde, no qual ficaram provados algumas das ile-galidades e irregularidades por nós enunciadas, do qual resultou ter o mesmo sido penalizado com uma multa de 500€ , forçado a devolver 546€ por desvio de taxas moderadoras e mudança do local de traba-lho de trabalho para os Ser-viços de Saúde de Idanha--a-Nova. A sanção que lhe foi aplicada tem, a nosso ver, a expressão mínima face à gravidade dos factos apurados, conforme consta nas conclusões do referido processo.

O citado auxiliar de vigilância, considerou-se

ofendido com o teor da nossa carta, queixou-se no Tribunal de Idanha-a-No-va, o qual, veio a condenar os subscritores da carta pelo crime de difamação. Sentença à posterior con-firmada pelo Tribunal da Relação de Coimbra que não aceitou os argumentos por nós invocados tendo por base o nosso exercício de cidadania, no âmbito da liberdade de expressão con-sagrada na Constituição.

Inconformados com as decisões injustas dos referi-dos Tribunais, recorremos para o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que repôs a JUSTIÇA, ABSOLVENDO-NOS e condenando o Estado Por-tuguês por Violação da Li-berdade de Expressão.

Sentimo-nos compen-sados pela reposição da Justiça, que complementa a razão dos nossos argumen-tos. Foram mais de oito anos de espera para repor a verdade e limpar a nos-sa imagem como cidadãos que, guiados por princípios éticos e morais participa-ram na defesa dos interes-ses sociais e públicos da População da nossa Aldeia.

Enquanto nós lutá-mos para que nos fosse feita Justiça, forçados a recorrer ao Tribuna Euro-peu, o nosso interlocutor e infractor acima citado, entrou num processo de vitimização com baixa mé-dica por um longo período, não tendo exercido funções para onde foi transferido, foi de seguida requisitado pela Câmara Municipal de Idanha-a-Nova que lhe deu abrigo como secretário ou assessor da Vereação. Per-guntamos: Questiona-se: Qual o critério que norteou a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova para proce-der à requisição do referido funcionário? Quais as suas habilitações para o desem-penho das funções atribuí-das?.

Sempre à sombra dos Partidos no poder no Con-celho, o citado auxiliar de vigilância tem sido figura central dos factos nocivos

que tem manchado a vida social e política em Salva-terra do Extremo, a saber: Funcionário da Extensão de Saúde, Presidente da Junta de Freguesia, Pre-sidente da Assembleia de Freguesia, Vice- Presiden-te da Santa Casa de Mi-sericórdia/Centro de Dia etc… Resultados apura-dos: Processo de Inquérito n.º 50513, promovido pela Inspecção Geral da Admi-nistração do Território, do qual se extraem acusações por graves ilegalidades e irregularidades das quais tirou proveitos, tendo o ins-trutor do processo, propos-to a sua perda de mandato, avalizada pelo Sr. Ministro da Administração Interna de então, que despachou para ser enviado ao Tribu-nal, entretanto, este trajec-to terá sido interrompido dado que, desaguou no seu branqueamento!.Proces-so Disciplinar n.º 6/06-D, Inspecção Geral de Saúde, com os resultados acima ci-tados; Participação no Pro-cesso de desvio do dinheiro do caixa do Centro de Dia, que culminou na sua ruína, falência e encerramento, destruindo uma estrutura de enorme relevo social da qual beneficiavam os idosos que constituem a maioria da População de Salvater-ra. Este processo encontra--se pendente no Tribunal de Idanha-a-Nova, aguardan-do desenvolvimento, que passa por apurar um, dos três presumíveis Autores identificados.

Há ainda mais factos participados às Inspecções da Administração Pública, DGAL, IGAL e outros Po-deres constituídos, que por motivos estranhos primam pela ausência e silêncio.

Em nosso entender, os factos acima citados enqua-dram-se na lógica da cul-tura do favor e do compa-drio que enxameia a nosso Concelho.

A AGREGAÇÃO DAS JUNTAS DE FRE-

GUESIA SALVATERRA EXTREMO/MONFOR-TINHO

A nova Lei que cria as novas Freguesias aí está, esteja-se de acordo ou não só nos resta a aceitação da nova realidade . Mas aten-ção, não há extinção da Freguesia de Salvaterra ou de Monfortinho, há sim a agregação das duas Fregue-sias, que de acordo com a lei obriga à seguinte deno-minação:” UNIÃO DAS FREGUESIAS DE SAL-VATERRA DO EXTRE-MO/ MONFORTINHO “ as estruturas existentes e os apoios permanentes às Populações mantêm-se inalteráveis. O que de facto se altera são os Órgãos das Freguesias, Junta e Assem-bleia, que de dois passa a ser só um, estando por defi-nir o seu local de funciona-mento, que eventualmente poderia ser a meio cami-nho no “Alto do Barreiro” se houvesse condições para tal.

Tendo em conta a realidade económica de Salvaterra e Monfortinho, não me custa a aceitar que exista a tendência para que os citados Órgãos fiquem a funcionar nas Termas de Monfortinho. Existem na lei dados indicativos sobre o presumível local do seu funcionamento, entretanto, estão delegados poderes à Assembleia de Freguesia para no prazo de 90 dias se pronunciar sobre o lo-cal mais adequado tendo em conta os interesses das Populações. Não há que ter receios. Há sim, que ter consciência cívica, políti-ca e cultura democrática, participando de forma ac-tiva na vida autárquica da nova Freguesia, defender de forma séria e respon-sável a causa pública e o consequente interesse das Populações, que não se po-dem deixar confundir com os interesses pessoais, das famílias ou dos amigos.

A futura e nova Junta

de Freguesia, terá de ser composta por elementos que pugnem pelo rigor efi-ciência, isenção e cultura democrática, organizando os serviços de forma ade-quada a fim de dar respos-ta no tempo às questões essenciais das pessoas. A distância não constitui um problema para os tempos actuais. No passado, mon-tado num burro demorava--se um dia a percorrer o caminho entre Salvaterra--Monfortinho, hoje, tudo está à distância de um cli-que.

Há muitas preocupa-ções a ter como é óbvio, elas começam já com o novo acto eleitoral. O es-pectáculo vai começar, os actores já se perfilam no terreno. Os líderes partidá-rios já escolheram os Pre-sidentes de Câmara, estes, vão escolher os Presidentes das Juntas de Freguesia, que por sua vez escolhem os da família e os amigos dando seguimento à con-tinuidade. A subserviência mais uma vez se vai sobre-por à competência, na ló-gica do compadrio e vícios instalados ou seja: , vão ser capturados os obedientes que interessam, em detri-mento dos que têm ideias, projectos, são idóneos e têm cultura democrática. Depois, virão os desfiles das caravanas partidárias, a música, comeretes e os beberetes para melhor ins-trumentalizar e conduzir as pessoas simples e pouco esclarecidas a votar neles.

Como resultado destas práticas políticas, constata--se, de que o nosso Conce-lho não consegue descolar do lugar 304, que continua a ocupar no ranking dos 308 Municípios existentes.

Por tudo o que cita-mos, é urgente dizer não à continuidade, aos hábitos e vícios instalados que corro-em a vida social e política na nossa Aldeia.

Salvaterra do Extremo, Março. 2013

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Edição 997 • 16 de abril de 2013 • Povo da Beira · 23·Opinião* P

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POR NUNO DUARTE M. FIGUINHA

“Quero Ser Astronauta”

POR CRISTINA GRANADA

“Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe…”“Não há bem que sempre dure, “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe…”“Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe…”“Não há bem que sempre dure, “Não há bem que sempre dure, “Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe…”“Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe…”“Não há bem que sempre dure,

POR CARLOS VALE *

A insolvência do interior

É recorrente que, crian-ças pequenas e ain-da desconhecedoras

da realidade da sociedade, quando questionadas sobre o que querem ser “quando forem grandes”, respondam algo quase impossível de concretizar. E grande parte dessas respostas costuma ser: - “Astronauta!”.

Porém, todos crescemos e soubemos adaptar-nos (na medida do possível) à dura e cruel realidade. No entan-to, casos há que vivem sem-pre nas ilusões infantis de grandeza e de realizações a roçar o impossível. Casos de gente “grande” e com idade para “ter juízo” mas que continua “agarrada” às fantasias e a comportamen-tos infantis. Casos como o de António José Seguro, que apenas alguns minutos após se conhecer o chumbo do TC ao Orçamento de 2013, e questionado sobre como resolveria ele o problema, respondeu: "Quem criou o problema que o resolva!". Ou poderia ter dito “quem o diz é quem é!” que o grau de “maturidade” da “pessoa” seria mais ou menos o mes-mo! Mas ao menos ficamos elucidados de que se o país precisar de alternativa a Pas-sos Coelho, poderá “confiar” num político que se porta como numa disputa de crian-ças! Certo..? Pois…

Por outro lado com Se-guro como primeiro-minis-tro, certamente iriamos ser alvo de mais um resgate mui-to em breve! E porquê? Basta

ver a “ideia” de Seguro para “poupar”, devido ao chumbo do T.C., ideia essa que con-sistia em GASTAR MAIS 400 milhões de euros! Fan-tástico hã? Só mesmo alguém que, perante o chumbo do TC, afirma aos quatro ventos que vai ser primeiro-minis-tro, é que tem a capacidade “extrassensorial” de verbali-zar frases de tal calibre!

Ou seja, não tem uma única ideia a não ser a de pedir eleições com urgência! Mas, quiçá devido aos ares primaveris, ele tenha ficado afetado e não tenha reparado que, não só a diferença en-tre PSD e PS nas sondagens se mantêm quase marginal, como também o “estrago” do chumbo não foi tão “mor-tífero” como alguns meios de comunicação tentam apre-goar! Mas e se Seguro fosse efetivamente eleito primeiro--ministro, eu pergunto-me: - Com que programa? Alguém acredita que a Troika treme-ria às exigências de Seguro de aligeiramento do progra-ma de ajustamento? É que a Troika já alargou o prazo duas vezes, desceu os juros uma vez, reviu duas vezes o défice e prepara-se para alar-gar a maturidade de parte da dívida por sete anos…e Se-guro ainda reclama??? Pois… O “atrativo” do posto de 1º ministro parece ter mel…

Como se tudo isto não bastasse, na "comunicação ao país" Seguro, mais uma vez, demonstrou até onde vai a sua coerência, deixando cair a referência a eleições e

optando pela repetição de um discurso radical idêntico ao que foi realizado na mo-ção de censura, escusando-se a apontar de forma clara qual era a sua estratégia. Assim, facilmente se comprova que a sua “estratégia” é não ter ne-nhuma “estratégia” e apenas opta por simplesmente se re-cusar a dar um contributo so-bre o que quer que seja, preci-samente por não ter a menor ideia do que fazer! Havendo abertura do Governo para serem apresentadas alternati-vas, o PS limitou-se a tornar ainda mais explícito o seu in-teresse num segundo resgate e no que respeita à econo-mia, a repetir um conjunto de slogans, de frases feitas, que não traduzem nenhuma opção concreta e real! Assim, desde que Seguro passou a fazer depender de eleições qualquer solução, meteu-se num beco sem saída. Pedro Passos Coelho, obviamente não abdica do poder, Cavaco Silva deixa andar…e Seguro fica a falar sozinho, quiçá a imaginar-se astronauta ou primeiro-ministro!

Só espero é que o Go-verno, ao contrário de Segu-ro, seja adulto e responsável, aproveitando a “folga” de mais anos para se “ajustar” e não aplique medidas de-masiado penalizadoras para a população. E enquanto uns trabalham e tentam con-tribuir, mal ou bem, para o futuro do país, outros limi-tam-se a usar a imaginação, quiçá num foguetão em dire-ção à lua!

Provérbio usado fre-quentemente com tanta propriedade. O

que diz o povo é sensato, nem sempre bate certo! Por-tugal que o diga … Estamos mergulhados numa das si-tuações socioeconómicas e políticas mais inverosímeis da nossa História! É nisto que revejo o provérbio “não há bem que sempre dure…”

Citando o New York Times, num artigo de Ro-bert Fishman(1), «Portugal foi vítima dos mercados financeiros internacionais, que ameaça Espanha, Itália e Bélgica e outras democra-cias» … bate tudo certo. O autor prossegue no artigo intitulado «O Resgate Des-necessário de Portugal», afirmando «que o pedido de ajuda português, depois do

irlandês e do grego, "deve ser um aviso a democracias em todo o lado", porque "não é realmente sobre dívi-da"». Isto tem de fazer-nos parar e pensar.

E o sociólogo Norte Americano vai mais longe: «Portugal teve um forte de-sempenho económico nos anos 1990 e estava a gerir a sua recuperação da recessão global melhor que vários outros países na Europa, mas foi sujeito a uma pres-são injusta e arbitrária dos negociadores de obrigações, especuladores e agências de 'rating'. (…) Estes agentes dos mercados financeiros conseguiram, por "razões míopes ou ideológicas" le-var à demissão de um gover-no democraticamente eleito e potencialmente "atar as

mãos do que se lhe segue"».Paramos para pensar?Não acredito em teorias

da conspiração. Porque não quero acreditar. Mas sei que Portugal é pequeno demais para correr o risco de “não jogar o jogo.” Qualquer que seja “o jogo”. Não é aqui que ele se decide. Nós, aqui, só podemos envolver--nos em minúsculas ações que nos permitam salva-guardar o mínimo que nos resta. Procurar recuperar uma agricultura morta, um sector produtivo morto, um sector financeiro asfixiado e inexistente.

Não costumo, nem gos-to de pensamentos azedos, mas esta é a simples realida-de. Encará-la é como o do-ente que ultrapassa a fase da negação e inicia o caminho

para a recuperação. Pensa-mento positivo.

Tudo o que podemos fazer é dar largas à imagina-ção e trabalhar, em qualquer coisa. Não há empregos daqueles “para sempre” e continuará a haver quem lucre com a crise. Não há varinhas de condão e os sa-lários da maioria continua-rão baixinhos. Temos um governo inoperante e como dizia Fishman, a crise “não é realmente sobre dívida” (leiam o artigo, ainda está na NET). E os governos es-tão simplesmente “de mãos atadas”. E como desatá-las?

Continuo eu aqui a acreditar na Democracia, no envolvimento de todos, na necessidade de nos tor-narmos autónomos em diversas questões: alimen-tação, energias, etc. A Cor-reia do Norte fica longe, os misseis podem assobiar à distância, contudo há um problema que nos paira so-bre as cabeças, estamos en-volvidos numa teia global, inexoravelmente.

Atendendo a que man-tenho as minhas convicções pró-europeístas e pró-federa-listas, a solução é global, só pode ser global. A Europa

já não é o centro do mundo, nem económica nem cultu-ralmente, mas tem milénios de sabedoria acumulados. Espero que encontre a ener-gia e a sagacidade necessá-rias à busca da solução (que será forçosamente mundial). Um olhar mais humilde da nossa parte sobre todas as economias emergentes, so-bre todos os povos a neces-sitarem de implementar as suas democracias seria útil.

Garantidamente se o mundo acreditasse na De-mocracia, talvez esta pu-desse vir a ser um dia uma realidade universal. Oxalá!

Para perceber o estado desta região desertifi-cada e despovoada, eis

alguns dados estatísticos: Em 1960 a população

do Distrito era de 316.536 habitantes, no Censo/2011 restavam apenas 196.264 habitantes. Ou seja, menos 120.272 habitantes. Em 1960, representávamos 3,5% da po-pulação, agora só 1,9%. Da-dos que espelham o fracasso das políticas dos Governos PS,PSD e CDS, que levaram ao despovoamento da Re-gião. Como já estamos em 2013 e os portugueses estão a sair do País aos magotes, de certeza que já somos menos.

Juntando o facto de o Distrito ter dos mais baixos índices de poder de compra do País, temos a verdadeira dimensão da tragédia. Na azáfama do dia-a-dia, ao an-darmos pelas cidades, vilas e aldeias a adquirir os produtos que necessitamos, facilmente damos conta da quantidade de lojas encerradas ou, das suas dificuldades (e nossas).

O empobrecimento re-sultante do roubo dos salá-rios e subsídios, aumento de impostos, entre eles, o do IVA para 23%, mais a altís-sima taxa de desemprego, foram factores decisivos para o fecho de milhares de lojas. Vejamos os dados nacionais referentes a 2012: Na Res-tauração e Bebidas encerra-ram 11.000 empresas, 37.000 trabalhadores perderam o posto de trabalho; na Cons-trução Civil fecharam 13.000 empresas, mais 107.000 tra-

balhadores no desemprego; no Comércio e Serviços os encerramentos são diários, sem emprego ficaram 56.000 pessoas; no Ramo Automó-vel fecharam 2.500 empresas, 23.000 trabalhadores desem-pregados. As vendas atingi-ram o nível mais baixo desde 1985; 1600 Farmácias tinham os fornecimentos suspensos.

O recente Inquérito ao Emprego confirma a tendên-cia de agravamento do de-semprego com a destruição de milhares postos de traba-lho. Um flagelo sem fim à vista.

O desemprego em senti-do restrito estava nos 923.200 (16,9%) e em sentido lato 1.443.900 (25,3%). Agora já ultrapassámos os 17,6%, o que confirma o falhanço das políticas do Governo. A que-bra das exportações é uma triste realidade. A quebra do volume de negócios é imensa. Sem uma inversão das polí-ticas económicas só se pode esperar o aumento das insol-vências e consequentemente, mais desemprego.

É o próprio Presidente do Conselho Económico e Social (CES), Silva Peneda, que afirma “… os consu-midores não consomem, os produtores não produzem, as financeiras não financiam e os trabalhadores não têm trabalho”.

Se a nível nacional é as-sim, que dizer de um Distrito como o nosso, que assentava a capacidade de emprego na mão-de-obra barata, e que já mostrava dificuldades na cria-

ção de emprego? O resultado é fulminante, a maior onda de desemprego de sempre. Como aconteceu à indús-tria têxtil, também as pou-cas fábricas de vestuário que sobreviveram entraram em colapso, umas atrás das ou-tras, uma razia. Mas o flagelo também chegou à metalome-cânica, às oficinas, aos stands de automóveis, às serrações, nem os call-center da mão--obra-barata, escaparam. Os Parques industriais de Caste-lo Branco, Covilhã, Fundão são o testemunho dos encer-ramentos e do desemprego. Nem a fábrica alemã de bo-necos de peluche em Oleiros, escapou. Foram 103 os ope-rários despedidos. Imaginem os efeitos devastadores para o Concelho.

Os “Centros Cívicos” das cidades e vilas estão de-sertos, as lojas sem clientes. Fatalmente, a economia do Distrito vai sofrer as conse-quências. Os desempregados são 14207. Calcula-se que 60% não tem acesso a qual-quer subsídio. Castelo Branco é o 4º. Distrito do Continente com salários mais baixos, o desemprego jovem constitui 37% do total.

Perante este quadro tene-broso, mais a extrema com-plexidade resultante dos erros do governo a condicionar os tempos que se aproximam, como entender o anúncio de um “novo ciclo” de desen-volvimento, prosperidade e modernidade? Lembram-se o que aconteceu com a célebre “teoria do oásis”? Pois…

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Povo da Beira • 16 de abril de 2013 • Edição 997· 24· ÚltimaPUB

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