ediçao n.º 1561
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Diario do AlentejoTRANSCRIPT
SEXTA-FEIRA, 23 MARÇO 2012 | Diretor: Paulo BarrigaAno LXXX, No 1561 (II Série) | Preço: € 0,90
Santana de Cambas terra de mil históriasNo fi m do mundo existe agora uma passagem para o lado de lá. Santana de Cambas, Mértola, terra raiana agarrada às antigas minas de São Domingos, é hoje um ponto de referência para quem cruza a fronteira na ponte internacional entre Pomarão e El Granado. págs. 4/5
Europa avança com 300 milhões de eurosA União Europeia vai antecipar para 16 de outubro o pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias aos agricultores portugueses, em virtude da seca que se faz sentir. Normalmente estas verbas são apenas disponibilizadas no fi nal do ano. pág. 6
Peixe do rio, porco, pão e laranjasEste é o fi m de semana de todas as feiras e petiscos. No Pomarão, Mértola, há peixe do rio para provar e para pescar. Em Ourique inter-nacionaliza-se a Feira do Porco Alentejano. E em Vidigueira celebra-se os 500 anos do foral da vila com pão e laranjas. págs. 10/11
O fi mdo celeiroda nação
pág. 7
pág. 13
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Na próxima sexta-feira dá entrada
nos serviços da Unesco, em Paris, a
candidatura do cante a Património
Imaterial da Humanidade. A
mais emblemática das expressões
culturais do Alentejo vai mostrar-
-se ao mundo. A quase totalidade
dos municípios com ranchos corais
e mais de 130 agrupamentos deram
o seu aval a esta iniciativa. Apesar
de algumas vozes discordantes,
agora é tempo de todos cantarem
em uníssono. págs. 16/17
Domingo à uma da manhã, adiante os relógios uma hora PU
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CantealentejanoPatrimónioda Humanidade
Dom
Hugo LucasO artista de Ferreira que pinta os vidrões de Lisboa
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2 EditorialVelhosPaulo Barriga
Há já um bom par de me-ses que o “Diário do Alentejo” anda em ex-
cursão pelas aldeias da região. Ainda esta semana fomos a Santana de Cambas, Mértola. E sempre que de lá voltamos, das nossas aldeias, chegamos mais abastados. Muito mais ri-cos interiormente do que ante-riormente éramos quando para lá fomos. Porque é lá que habi-tam, de facto, os últimos resis-tentes. Os guardiães da nossa cultura, da nossa memória co-letiva. Ancestral. É lá que resi-dem os mais rijos e vigorosos alentejanos. Ainda que tal vigor e rijeza possam, de forma enga-nosa, aparente, estar pendidos num cajado ou enrodilhados de-baixo de um xaile negro. A de-sertificação humana do Alentejo é uma realidade inquestioná-vel. Assustadora, até. Mas o en-velhecimento das comunidades rurais não é em si um problema. Ou “o problema”. O abandono, o isolamento, o esquecimento a que estão votadas estas popula-ções é que é aflitivo. Envelhecer é a coisa mais natural desta vida. Conviver com a solidão e com o silêncio que o corte geracio-nal faz é que mata. As nossas al-deias estão pejadas de velhos. E são eles, os sábios da nossa terra, os nossos anciãos, os primeiros a sofrer na pele as consequên-cias dos disparates que os douto-res que habitam os gabinetes das cidades praticam. Para estes, vi-ver numa aldeia do Alentejo é si-nónimo de qualidade de vida. Ainda que por lá possa não exis-tir médico, emprego, trans-portes públicos, ruas pavimen-tadas, ambulância ou até um simples telefone. Qualidade de vida. Ainda que os que por ali teimam em sobreviver paguem os mesmos impostos, a eletri-cidade ao mesmo preço, os me-dicamentos sem descontos, tal como nas grandes cidades acon-tece. E onde, supostamente, não existe qualidade de vida. São os velhos das nossas aldeias, per-sistentes e firmes, que ainda fa-zem de Portugal um todo. Um país por inteiro. E não uma bar-caça cada vez mais entornada para o litoral. Com uma cidade colossal na proa que se afunda. E onde dizem que até nem existe qualidade de vida.
A Federação do Baixo Alentejo do PS, presidida por Pita Ameixa, acusou o Governo de ter um discurso “falacioso” e de secundarizar Alqueva. Para os socialistas, a forma como se está a tratar o financiamento para concluir as obras é “irresponsável”, e leem as declarações da ministra como uma “confirmação da retirada” das verbas do Proder, quando a sua substituição ainda “nem está garantida”.
Leopoldo Santos,
66 anos, reformadoNão estou a par da situação dos clubes. Estou um pouco afas-tado do desporto da cidade por-que tive um problema de saúde. Mas sou sócio de todos os clu-bes da terra e apoio-os todos. Agora que estou a melhorar, aos poucos vou voltar aos jogos.
José Serra,
53 anos, desempregadoSou sportinguista mas aqui em Beja não “vou muito à bola” com nenhum dos clubes. Nem com o Despertar nem com o Desportivo. Não simpatizo. Não é por nenhum motivo em espe-cial, mas não costumo ir à bola. Também não estou a par da si-tuação dos clubes. Antigamente ia ver o Desportivo, mas há anos que não vou.
Nídio Tareco,
50 anos, pintorNão vou ver jogos. Não gosto do futebol do distrito. Aquilo não vale nada. Para ir ver jogos do Inatel não vale a pena. Gosto mais de ficar a jogar à carta. Apoio o Despertar, não sou só-cio, mas já joguei lá. Sei da situ-ação dos clubes através dos jor-nais. Se fossem equipas mais fortes… mas são só moços pe-quenos, nem vale a pena ir.
José Silva,
45 anos, motoristaSou sócio do Trindadense e cos-tumo ir ver os jogos. Agora es-tou um pouco afastado, mas jo-guei nas primeiras distritais, no Ferrobico, que agora vai em primeiro na primeira distri-tal. De resto oiço falar por alto e estou preocupado principal-mente com o Desportivo de Beja, que era o clube da cidade e agora está na mó de baixo. Até há quem diga que a melhor so-lução era acabar com ele e co-meçar com um novo nome.
Voz do povo É sócio de algum clube da região? Vai aos jogos? O que acha da situação atual dos clubes de Beja?
Inquérito de Ângela Costa
Vice-versaO “cenário número um” para o financiamento das obras de Alqueva é a transição para o Fundo de Coesão, disse a ministra da Agricultura, esta semana, em Beja. Caso tal não seja possível é que Assunção Cristas admite trabalhar “com outros cenários”.
Fotonotícia Primavera. Estamos na primavera desde terça-feira última. Oficialmente. Porque, de facto, a primavera du-
rou o inverno inteiro. Ameno e impávido que ele, o inverno, se passeou disfarçado de primavera. De vez em quando, no Alentejo, costuma
ser assim: invernos mascarados de primaveras e primaveras armadas em verões. A esta transformação chamam os agricultores seca. E os
locutores de rádio “bom tempo”. Certo é que sempre que o inverno se apruma de primavera, a coisa costuma dar para o torto. E nem as flor-
zinhas que polvilham os campos escondem a depressão que a falta de chuva costuma causar. PB Foto de José Ferrolho
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Rede social
Iniciou em fevereiro um conjunto de
contactos com entidades da região li-
gadas ao setor agrícola, contactos es-
ses subordinados aos temas Alqueva e
regadio. Que preocupações lhe foram
transmitidas até ao momento e que ba-
lanço faz desses encontros?
Fazemos um balanço positivo quer pela aceitação quer pelo aprofundamento de conhecimentos. As preocupações mais sentidas foram a rentabilidade da ativi-dade agrícola quer pelo aumento cres-cente dos custos de produção, quer pela asfixia em termos de preços que são prati-cados pela comercialização e pela grande distribuição, a necessidade de organiza-ção dos agricultores para poderem resis-tir a estas ofensivas, as ajudas à produção, o preço da água e a inexistência de segu-ros. Verificamos também a necessidade de acompanhamento e apoio a peque-nos e médios agricultores, uma vez que estas explorações são fundamentais para a vitalidade social das nossas aldeias e vi-las uma vez que estes agricultores têm um papel fundamental na dinamização das economias locais, quer pela aquisição lo-cal de produtos quer pela contratação lo-cal de trabalhadores, o que muitas vezes não acontece com explorações de grande dimensão.Sentimos ainda duas grandes necessidades: a instalação de indústria transformadora como forma de garantir que fica na região uma parte substancial da riqueza produzida a partir de Alqueva; e a inexistência de uma entidade com competência na promoção da utilização da terra disponível e na promoção da di-versificação de culturas, como forma de aumentar a empregabilidade e garantir a solidez do projeto. Como comenta as notícias vindas a pú-
blico que dão quase como certa a es-
colha de Sintra ou do Montijo para
receber companhias low cost em detri-
mento do aeroporto de Beja?
Desconheço uma decisão oficial mas continuo a afirmar que Beja tem um ae-roporto já construído que pode ficar a uma distância aceitável de Lisboa, assim se gaste uma parte daquilo que se inves-tiria na adaptação de uma base aérea, na qualificação das ligações ferroviárias en-tre Beja e Lisboa. A coesão territorial e o investimento feito com base em estudos estratégicos têm de sobrepor-se a outros interesses menos claros. Que outros temas pretende abordar
nos tempos mais próximos?
Abordaremos no decorrer da legisla-tura todas as matérias a que nos propu-semos no manifesto eleitoral da CDU, mas destaco já as questões da agricul-tura de sequeiro, incluindo a pecuária e o montado, questões sociais e o emprego, a atividade mineira, a mobilidade, as questões do turismo e as energias, entre outras. Nélia Pedrosa
3 perguntasa João Ramos
Deputado do PCP eleito pelo círculo de Beja
Semana passada
QUINTA-FEIRA, DIA 15
MILFONTES GNR DETÉM DOIS HOMENS POR SUSPEITA DA PRÁTICA DE LENOCÍNIO
A GNR deteve dois homens, de 38 e 41 anos, na zona de Vila Nova de Milfontes (Odemira), por suspeita da prática do crime de lenocínio (favorecimento à prostituição), disse à Lusa fonte da guarda. A detenção dos homens, de nacionalidade portuguesa, foi efetuada na madrugada de quinta-feira durante uma busca a uma casa, onde as autoridades suspeitavam que havia prática do crime de lenocínio, explicou o oficial de relações públicas do Comando Territorial de Beja da GNR, tenente-coronel José Candeias. Durante a busca à casa, a GNR identificou ainda sete mulheres estrangeiras, uma delas sem situação ilegal em Portugal, e que seriam exploradas sexualmente pelos dois detidos, acrescentou. Segundo o oficial, durante a busca à casa, a GNR também apreendeu vários objetos e centenas de euros, alegadamente, relacionados com a prática de lenocínio. A busca foi efetuada na sequência de um mandado judicial no âmbito de um processo-crime, que estava a ser investigado pela GNR de Vila Nova de Milfontes. A casa, onde a força de segurança “já tinha efetuada uma rusga há semanas”, foi selada por ordem judicial e “encontra-se à guarda da GNR de Milfontes”.
SÁBADO, DIA 17
SINES OITO PESSOAS DETIDAS EM DUAS OPERAÇÕES DE COMBATE AO TRÁFICO DE DROGA
Oito pessoas foram detidas no sábado, no decorrer de duas operações de combate ao tráfico de estupefacientes na região de Sines, disse à Lusa fonte da GNR. A primeira operação, que decorreu na localidade de Barbuda, resultou na detenção de cinco homens, com idades compreendidas entre os 19 e 27 anos. Durante a operação os militares da GNR apreenderam 45,7 gramas de heroína, 80,3 gramas de cocaína, 20,5 gramas de crack, cinco telemóveis, uma pistola calibre 6.35 e munições e 1 175 euros em dinheiro. Três dos homens foram detidos por tráfico de estupefaciente e dois por permanência ilegal em território nacional. Na sequência desta operação, a GNR desencadeou depois uma outra ação na área de Sines, tendo detido três homens com idades compreendidas entre os 19 e 33 anos, por tráfico de estupefacientes. No decorrer desta diligência, a GNR apreendeu 6,4 gramas de heroína, 1,6 gramas de cocaína, uma viatura ligeira de passageiros e 735 euros em numerário.
ODEMIRA DETIDO HOMEM POR CAÇA ILEGAL AO JAVALI
A GNR deteve um homem, de 55 anos, em flagrante delito, por crime de caça ilegal ao javali, no concelho de Odemira, e apreendeu uma arma de caça e vários cartuchos.O homem, residente no Algarve, foi detido perto de São Teotónio quando estava numa plataforma, que tinha sido montada num sobreiro. Na altura da detenção, que foi efetuada pelo Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente da GNR de Odemira, o homem “tinha isco espalhado pelo solo” e já tinha efetuado “disparo sem êxito”.
SEGUNDA-FEIRA, DIA 19
VIDIGUEIRA RUÍNAS DE SÃO CUCUFATE ACOLHEM PEÇA TEATRAL
A Direção Regional de Cultura do Alentejo deu início a um programa que tem como objetivo sensibilizar as crianças e jovens para a importância da preservação e valorização do património cultural edificado. A primeira iniciativa do Programa de Sensibilização para a Educação Patrimonial decorreu nas Ruínas Romanas de São Cucufate, no concelho de Vidigueira, com a representação da peça “Vêm aí os Cómicos – A História do Teatro em Comprimidos”, pelo Pim Teatro. O programa conta com a parceria dos municípios e de agrupamentos de escolas dos concelhos abrangidos.
BEJA CADÁVER DE HOMICIDA RECLAMADO HÁ MAIS DE UMA SEMANA, FUNERAL JÁ REALIZADO
O cadáver do triplo homicida de Beja foi reclamado há mais de uma semana por uma pessoa das suas relações, que realizou o funeral, revelou na segunda-feira à Lusa fonte do Instituto Nacional de Medicina Legal. “O corpo foi reclamado há cerca de uma semana e meia por uma pessoa das relações próximas” do homicida, que se responsabilizou pelo funeral, disse a fonte. O homem, suspeito de ter assassinado à catanada a mulher, a neta e a filha, suicidou-se a 17 de fevereiro no Estabelecimento Prisional de Lisboa.
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O mais famoso taberneiro de Beja tem novo balcãoVovó Joaquina é o nome da nova taberna que Jorge Benvinda, dos Virgem Suta, abriu na rua do Sembrano. Depois da Galeria do Desassossego, o músico que gosta de servir copos apostou num espaço cheio de bom gosto e de bom vinho.
O rock vivinho da silva no palco de Os InfantesOs Caracol Blues, banda roqueira de Beja, fizeram no último sábado a primeira apresentação do seu primeiro trabalho discográfico. E a sala encheu para escutar como a guitarra elétrica, apesar de velhinha, ainda continua a mandar lá em casa.
Assim é que se apaga um fogo que nunca existiuNo Dia Mundial da Floresta os meninos das escolas primárias e do pré-escolar andaram a brincar aos incêndios com os bombeiros. Mas a ideia é mesmo não atear fogo a coisa nenhuma e muito menos à floresta. Estão a perceber?
Muita gente importante para homenagear MattosoJosé Mattoso, pensador da História, ofereceu a sua gigantesca biblioteca ao Campo Arqueológico de Mértola. E por causa deles, dos muitos livros, se fizeram na passada sexta-feira umas jornadas de arquivismo e uma merecida homenagem ao mestre.
Agora sim foi de vez e para os próximos dois anosNa última sexta-feira, por fim, a Cimbal entrou no acordado ciclo de rotatividade. Jorge Pulido Valente, do PS, cedeu a cadeira a José Maria Pós-de-Mina, eleito pela CDU em Moura. Esperam-se mudanças em tempos de vacas magras.
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Santana de CambasNova ponte para Espanha abre possibilidades de reencontro e de negócio
A piscar o olho aos “primos” espanhóis
No limite do concelho de Mértola com a fronteira espanhola, Santana de Cambas já foi terra de mineiros, quando
a jazida de São Domingos ainda estava a laborar em pleno. E de contrabandistas, quando não res-tavam muitas mais alternativas de sobrevivência na raia ao longo desses anos miseráveis das dita-duras de Franco e Salazar. Já viu chegar e partir gente, sobretudo a partir de meados dos anos 60, período de grande boom migratório, e ser-lhe in-terposta a barragem do Chança no caminho para Espanha. Em 2009, mais de 20 anos passados so-bre essa construção, que absorveu os trilhos cal-correados pelos vizinhos e primos ibéricos, para lá e para cá, eis que uma nova ligação, a ponte in-ternacional do Baixo Guadiana, encurtou para 12 quilómetros o caminho entre Pomarão e El Granado. As expetativas de maior dinamismo económico eram muitas mas o que contam as gentes no largo Dr. Serrão Martins é que as visi-tas de nuestros hermanos estão a passar ao lado de Santana de Cambas.
Manuel José dos Santos, um septuagenário de olhar doce e porte elegante, faz as honras da casa junto à fachada do Centro de Convívio Cultural e Recreativo, já vazio depois da hora de ponta pós-almoço. Diz ele, que chegou a tentar o contrabando “mas não quis saber dessa vida”, que a aldeia não tem o que os visitantes procuram: “Chegam aqui, não há nada, não há aqui uma casa onde façam co-mida, e então vão para Moreanes, para os Corvos. Aqui só temos o café e aquela mercearia além”.
Chamar mercearia ao estabelecimento de António Gomes, de 70 anos, é no mínimo re-dutor. Fruta, frigideiras, trelas para cães, meias, pacotes de batatas fritas e pastilhas elásticas compõem o cenário em que se movimenta há 38 anos, sempre atrás daquele balcão e com um olho de esguelha na taberna, que funciona atrás de si. Uma porta aberta em cada lado do mesmo quarteirão. “É mercearia, é taberna, também tenho roupas… é uma miscelânea. E nestas ter-ras pequenas, se não for assim, não nos gover-namos, e mesmo assim governamo-nos mal”, desabafa, lembrando a perda de poder de com-pra, o predomínio dos velhos na balança demo-gráfica e as escassas oportunidades de traba-lho para os novos. “Dois lares, dois pedreiros de construção civil e a Câmara de Mértola. Não há aqui mais nada”, acrescenta. E confirma o des-vio dos espanhóis, em busca de sítios “onde co-mer bem”. “Vão ali a Mértola e aos Corvos e os portugueses vão à procura de gasolina e gás; ou-tras coisas já não trazem porque já não dá resul-tado. A mercearia já é cá mais barata”.
Mas apesar dos dias difíceis, Santana de Cambas ainda é um sítio onde se vai levando a vida com alguma calma e harmonia, remata o comerciante: “Só duas pessoas é que não têm casa própria. Não se pode dizer que se vive bem, porque sabemos bem que em todo o lado é a
Terra raiana e de antigos contrabandistas, outrora ancorada no empreen-
dimento mineiro de São Domingos, Santana de Cambas guarda uma his-
tória de resistência ímpar que talvez explique o forte espírito comunitário
que ali se sente. Em nome dos que vivem da terra, deu-se por encerrada há
dias uma novena para pedir chuva aos céus. Também é o povo que cuida
com afeto da sua igreja paroquial, na falta de um padre em exclusividade.
Para breve, está a abertura do primeiro restaurante da aldeia. E todos espe-
ram que seja um bom isco para as visitas de Espanha, agora mais frequen-
tes desde a inauguração da ponte que liga o Pomarão a El Granado.
Texto Carla Ferreira Fotos Serrano
mesma miséria, mas é uma terra onde mais ou menos está tudo composto, tudo equilibrado, e não se olha ao que os outros têm”.
À porta de casa, a desembocar para o largo principal da aldeia, Rosa Maria, de 68 anos, é da mesma opinião. Por isso não se arrepende de ter deixado para trás a cidade de Haia, na Holanda, onde esteve emigrada 33 anos, a trabalhar “oito horas por dia, numa fábrica e depois em limpe-zas nuns escritórios”. “Gosto muito de estar aqui. Gosto do convívio. Há muitas mulheres, juntamo--nos aqui todas, fazemos costura, quando alguma faz anos, fazemos uma festa na Casa do Povo”, des-creve, satisfeita. Com as vizinhas espanholas já se estabeleceu um novo ritual desde que foi inaugu-rada a nova ponte, há três anos. Em cada Dia da Mulher, há festa feminina. Ora do lado de cá, ora do lado de lá da ribeira do Chança. “Este ano vie-ram elas cá, no ano que vem vai a gente lá. Antes da ponte não havia contactos, porque era difícil. Para ir a Espanha, tínhamos que ir por Serpa ou pelo Algarve. Agora está tudo à mão”.
Rosa Maria e Manuel dos Santos são os nos-sos pontos de contacto com o “grupo da novena”. Em poucos minutos, rodeia-nos uma agremiação de mulheres de roupas coloridas, viçosas na sua madurez. Conversamos sob as arcadas do ponto dos Correios, onde se alinham as caixas de apar-tado. Maria Júlia Carrasco, de 73 anos, é a porta-voz. Em poucas horas, cumprir-se-á a sexta noite de prece pela chuva, que é “o elemento da natu-reza de que mais precisamos”, explica. O grupo, maioritariamente feminino, concentra-se à porta da igreja e depois segue para um ponto diferente da aldeia em cada serão. “Não sou seareira, não tenho gados, mas tenho pena. Fui um dia destes ao Pomarão, passei ali à estrada e vi uns borre-guinhos andarem com a boquinha em cima da terra sem uma ervinha para comer”, esclarece Maria Júlia. A compaixão é unânime e a fé tam-bém, pelo que não foi difícil juntar à volta de duas dezenas de habitantes para as peregrinações no-turnas que terminavam dali a três dias. Um en-cerramento com direito à presença do pároco de Mértola, que só costuma aparecer para uma missa mensal porque tem a seu cargo um conce-lho inteiro. “Coitado, ele faz o que pode. É uma pessoa já com mais de 60 anos”, salvaguarda Ana Maria Pereira, de 79 anos, que guarda e mostra às visitas a igreja paroquial, templo que deverá datar do século XVII, como se fosse a sua pró-pria casa.
Descendo à terra, fala-se de um novo negócio, um restaurante que está prestes a abrir num es-paço de que é proprietária Maria Júlia Carrasco, com exploração a cargo de familiares próximos. “Neste momento, parece que há margem para negócio, por causa das visitas dos espanhóis. Moreanes tem dois restaurantes, a Mina tem dois ou três, Corvos também tem um. Por que é que Santana não há de ter o seu?”, remata.
“Só duas pessoas é que não têm casa própria. Não se pode dizer que se vive bem, porque sabemos bem que em todo o lado é a mesma miséria, mas é uma terra onde mais ou menos está tudo composto, tudo
equilibrado, e não se olha ao que os outros têm”. António Gomes, comerciante
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Em termos demográficos, como se caracteriza
Santana de Cambas, tendo em conta o contexto
global do concelho de Mértola?
Embora se verifique um decréscimo populacio-nal na freguesia, não é um decréscimo tão elevado quanto noutras do concelho. Temos atualmente 800 habitantes. E é óbvio que, dentro das possibili-dades da junta de freguesia tudo tem sido feito para que se possa viver condignamente numa freguesia que é “amiga” das pessoas.
Como se tem vindo a recompor a freguesia de-
pois do fecho das minas de São Domingos, no fi-
nal da década de 60, que dava trabalho a grande
maioria da população? No final da década de 60, com o encerramento das minas de São Domingos e com a diminuição da ati-vidade piscatória, é evidente que muita população teve que ir para outras paragens e todos aqueles que ficaram se foram adaptando a novas atividades.
Quais são as principais fontes de riqueza e em-
prego para quem vive aqui atualmente? Atualmente a construção civil, a agricultura, a pe-cuária, os produtos tradicionais como o mel, queijo e pão, o turismo rural e algum comércio são as principais fontes de riqueza da nossa freguesia.
Santana de Cambas tem uma antiga relação com
Espanha, nomeadamente através do contra-
bando. Como se carateriza essa relação hoje, com
a existência da nova ponte sobre o rio Chança?
Com a construção da nova ponte transfronteiriça e, após termos tomado conta dos destinos da fre-guesia, temos intensificado as relações luso-espa-nholas, com os mais variados intercâmbios cultu-rais nas áreas do lazer, do desporto e de parcerias em diferentes atividades.
Quais são os momentos altos da vida social e cul-
tural da freguesia e qual o vigor do movimento
associativo aqui?
É, sem dúvida, a freguesia onde o movimento asso-ciativo é mais intenso; quase todas as localidades da freguesia têm as suas festas de verão. Existem três instituições particulares de solidariedade social (a Casa do Povo de Santana de Cambas, o Centro de Apoio a Idosos de Moreanes e o Centro Social de Montes Altos) que contribuem, quer para a cria-ção de emprego, quer para o bem-estar da popula-ção mais idosa. Para os mais jovens, existe o Centro Educativo de Santana de Cambas que inclui as va-lências do pré-escolar e 1.º ciclo. A própria junta re-aliza ao longo do ano, em parceria com a população da freguesia, inúmeras atividades de âmbito cultu-ral, lúdico e desportivo, como por exemplo passeios de BTT, passeios pedestres, comemorações festivas, cinema itinerante, passeios no Guadiana, entre ou-tras. A junta de freguesia apoia também as ativida-des realizadas pelas associações locais. Realizam-se ainda nesta freguesia três grandes eventos cul-turais, sendo eles a Feira da Aldeia de Santana de Cambas, a Feira Agropecuária Transfronteiriça de Vale do Poço e o Festival do Peixe do Rio, que terá lugar nos próximos dias 24 e 25 do presente mês, e que convido, desde já, todos os leitores a visitar.
Luís dos ReisPresidente da Junta de Freguesia de Santana de Cambas
Objetos e testemunhosdo contrabando num museu
Inaugurado em 2009, o Museu do Contrabando regista em ob-jetos e testemunhos escritos e filmados o que foi este fenó-meno de sobrevivência na zona raiana, durante mais de três décadas e especialmente intenso nos três anos (1936-1939) da Guerra Civil de Espanha. Nas vitrinas expõem-se latas de café, um exemplar do clássico moinho de zinco e latão, alpercatas e sapatos de borracha, muito procurados pelos mineiros de São Domingos, a saca de serapilheira, que servia de mochila para transportar as cargas clandestinas, ou ainda a temida farda
da Guarda Fiscal. Instalado bem no centro da localidade, no largo onde se encontram a igreja e o centro de convívio, o nú-cleo museológico “é pequenino mas muito visitado por gente de fora”, garante, orgulhoso, Manuel José dos Santos (na foto), um dos muitos que por esses dias tentou a sua sorte a cami-nho de Espanha. “Noites e noites andando, para depois perder a carga antes de chegar ao destino. Vinha para trás e não ga-nhava nada. Desisti, não quis saber dessa vida”, conta. O mu-seu, que se quer em permanente construção, alberga ainda um mapa no qual vão sendo assinalados, mediante as infor-mações que forem chegando, todos os trilhos do contrabando na raia ibérica.
Um “complexo” de solidariedadesocial em Montes Altos
Entre as três instituições particulares de solidariedade social da freguesia, o Centro Social de Montes Altos foi a que ganhou maior notoriedade nacional, pelo volte face que provocou nesta pequena povoação, onde se contavam apenas 11 pessoas na fase de arranque do equipamento, em 1993. A partir do velho edifício da escola primária, criou-se primeiro um centro de con-vívio, depois o centro de dia e o apoio domiciliário e, mais tarde,
a valência de lar de terceira idade, tendo entretanto também sido criadas três empresas de inserção (construção civil, higiene habitacional e lavandaria). Segundo dados do sítio eletrónico da instituição, são 37 os seus atuais colaboradores e 94 os uten-tes que beneficiam dos seus serviços. Por lá passou o Presidente da República, em 2006, no âmbito do Roteiro para a Inclusão, e ficou surpreendido com o que viu, quatro anos depois de o fun-dador da instituição, António Diogo Sotero, ter sido distinguido com o Prémio Nacional Nunes Corrêa Verdades de Faria, pelo seu trabalho no apoio a idosos desprotegidos.
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Atual
Novo presidente da EDIA preocupado com a falta de chuva
Alqueva disponibiliza água para todos
06 A exposição interativa “Vinhos e Azeites”, dedicada “a dois
dos mais preciosos néctares” em “grande desenvolvimento
e modernização” no Alentejo, é uma das novidades da 29.ª
Ovibeja, que decorre entre 27 de abril e 1 de maio. A mostra,
criada “a pensar no consumidor”, além de promover vinhos
e azeites de qualidade reconhecida aos níveis nacional e
internacional, terá um espaço multimédia com “uma forte
componente didática e interativa”. Através de várias ações,
como workshops de ciência, degustações, provas comentadas,
demonstrações culinárias e tertúlias, o visitante será
convidado a participar em experiências sensoriais vínicas
e gastronómicas e irá obter respostas a perguntas como
“O que é um bom azeite?” ou “Quais os diferentes tipos
de vinhos e em que ocasiões devem ser consumidos?”.
Exposição interativa
“Vinhose Azeites” na
29.ª Ovibeja
Alentejo produz33 mil toneladas de azeitona
Os lagares do Alentejo, a região portuguesa
que mais azeite produz, realizaram 33 mil
toneladas na última campanha olivícola,
o que representa um aumento de 19 por
cento em relação à anterior. Na campanha
de 2011/2012, segundo “dados provisórios”,
foram apanhadas “cerca de 210 mil toneladas”
de azeitona nos 165 mil hectares de olival da
região, adiantou à Lusa Henrique Herculano,
do Centro de Estudos e Promoção do Azeite
do Alentejo. Trata-se de uma quantidade
“ligeiramente superior” à registada na
anterior campanha de 2010/2011, quando
tinham sido apanhadas “cerca de 200 mil
toneladas” de azeitona, disse. A partir da
azeitona apanhada, precisou, os cerca de
60 lagares do Alentejo produziram “33 mil
toneladas de azeite, um aumento de 19 por
cento” em relação à campanha de 2010/2011.
Cooperativa de Moura regista maior produção de sempre
O maior produtor português de azeite, a
Cooperativa Agrícola de Moura e Barrancos
(CAMB), registou “a maior produção
de sempre” na última campanha, tendo
recebido 37,5 mil toneladas de azeitona e
produzido 7 000 toneladas de azeite. “Foi a
maior produção de sempre da cooperativa”,
que “é o maior produtor de azeite de
Portugal”, já que, até à última campanha
olivícola, “nenhum outro lagar” do País
“recebeu os volumes de azeitona e produziu
a quantidade de azeite que recebemos e
produzimos”, disse João Ribeiro, da CAMB.
Alqueva depende de “todas as formas de financiamento”
A ministra da Agricultura revelou no final
da semana passada que a conclusão de
Alqueva vai depender do estudo de “todas
as formas de financiamento” das obras,
frisando que “o cenário número um” é a
transição para o Fundo de Coesão No caso
de não se concretizar o cenário de transição
do financiamento das obras do Programa
de Desenvolvimento Rural (Proder)
para o Fundo de Coesão, o Governo irá
trabalhar “com outros cenários”, mas não
vai “desistir” daquele antes de saber se o
consegue “efetivamente concretizar”, disse
Assunção Cristas. A ministra da Agricultura
falava aos jornalistas em Beja, depois de
se ter reunido com a nova administração
e com trabalhadores da Empresa de
Desenvolvimento e Infraestruturas do
Alqueva (EDIA). Segundo Assunção Cristas,
há verba no Proder “para se poder lançar os
concursos para continuar” as obras “depois
do que está a ser feito”, mas o Governo tem
“a ambição de poder fazer” a transição do
financiamento para o Fundo de Coesão,
porque “há várias razões positivas”.
A União Europeia vai antecipar para 16 de outubro o pagamento de 300 milhões de euros de ajudas comunitárias – que normalmente são pagas no final de de-zembro – aos agricultores portugue-ses. O anúncio foi feito pelo secretá-rio de Estado da Agricultura, José Diogo Albuquerque, no final do Conselho de Ministros da Agricultura, em Bruxelas, esta terça-feira, onde foi apresentado o ponto da situação relativamente à seca no nosso país.
Texto Carlos Júlio*
“Portugal recebe de ajudas diretas, no todo, cerca de 600 milhões de euros. Estamos a falar de uma an-
tecipação de 50 por cento – 300 milhões de eu-ros – já para outubro”, disse o secretário de Estado, salientando que essa antecipação “é muito importante porque apoia os agriculto-res mais cedo”.
As verbas não podem chegar antes de ou-tubro, adiantou o governante, porque têm que ser feitos controlos, assegurados pelos estados--membros.
“Para podermos adiantar apoios comuni-tários temos que ter os controlos todos feitos. Temos que trabalhar nisso”, referiu o secretá-rio de Estado, lembrando que “durante dois ou três anos não houve controlos em Portugal e tivemos que pagar multas”.
“Estamos a trabalhar já, muito de antemão,
com a questão dos controlos para não termos esses problemas. Vamos identificar, com as várias direções-regionais, onde possa haver limitação a nível de controlos, para fazermos reforços”, disse.
Um outro montante de 45 milhões será an-tecipado, a nível nacional, para abril e maio, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural, para pagamento de medidas agroam-bientais e para regiões desfavorecidas, tendo o secretário de Estado adiantado aos jorna-listas que neste Conselho de Ministros da Agricultura houve também o reconhecimento da necessidade de “derrogações para que os agricultores possam trabalhar em modo de seca”.
Do lado dos agricultores, a Faaba – Federação das Associações de Agricultores do Baixo Alentejo –, pela voz do seu presidente, Castro e Brito, disse ao “Diário do Alentejo” que o que “era preciso era que fossem pagos os 120 milhões de ajudas relativas a 2011 que es-tão por pagar” e que a federação a que preside ainda “não conhece quaisquer medidas” que possam atenuar os prejuízos da seca.
Também o anterior ministro da Agricultura do PS, António Serrano, através do Facebook, considerou que “os regulamen-tos comunitários incluem esta disposição de antecipação de pagamentos das ajudas comu-nitárias para 16 de outubro desde que o estado membro possa garantir, antes dessa data, ter concluído o processo de controlos in loco, junto dos agricultores constantes das amostras. Ora
tal nunca aconteceu, mas pode ser que exista um milagre e como este é um governo de fé, quem sabe!!!! Mais propaganda... infelizmente para os agricultores...”.
A CAP – Confederação da Agricultura Portuguesa – mostrou-se satisfeita com este anúncio, mas avisa o Governo de que é pre-ciso avançar “imediatamente” no processo de candidaturas, de modo a não prejudicar esse prazo.
Segundo João Machado, presidente da CAP, para que as ajudas comunitárias che-guem efetivamente em outubro, as 220 mil candidaturas dos agricultores portugueses têm de dar entrada nos gabinetes de Bruxelas até final de maio, havendo, por isso, muito tra-balho a fazer.
Por seu turno, a CNA – Confederação Nacional da Agricultura – disse “não enten-der a satisfação do Governo” por ter conse-guido de Bruxelas a antecipação para outubro de apoios que normalmente só chegam em de-zembro. Para o dirigente da CNA, João Dinis, em declarações à comunicação social, “até ou-tubro há centenas de animais que vão morrer e milhares de explorações agrícolas que vão falir”.
João Dinis considerou que o Governo está a vender “gato por lebre” quando anuncia a an-tecipação do pagamento das ajudas para fazer face aos problemas da seca, acrescentando que o executivo “parece não estar consciente de que estamos a viver uma das crises mais gra-ves de que há memória”. * com Lusa
UE antecipa pagamento de ajudas comunitárias devido à seca
Europa avança com 300 milhões
A empresa gestora do Alqueva vai dispo-nibilizar aos agricultores água para o gado e rega de culturas fora das áreas
equipadas pelo projeto, para contribuir para minimizar o impacto da seca no Alentejo.
A decisão de disponibilizar água, enqua-drada pelas orientações do Ministério da Agricultura, reflete a “preocupação muito grande” da empresa “com a questão da seca” no Alentejo, disse o novo presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), João Basto.
“São as medidas que vamos e poderemos to-mar dentro daquilo que são as competências da empresa”, frisou João Basto, que falava aos jor-nalistas em Beja, depois de uma reunião entre a ministra da Agricultura, Assunção Cristas, e a nova administração e trabalhadores da EDIA.
Num comunicado distribuído aos jornalis-tas no final da reunião, a EDIA frisa que, através das medidas, “pretende contribuir para a mini-mização dos impactes” da seca na agricultura
da região, “respondendo às solicitações dos agricultores”.
Segundo João Basto, o acesso à água não está limitado aos agricultores da área de influência do Alqueva, que ainda não está equipada, mas também abrange o regadio precário, ou seja, to-das as parcelas contiguas àquela área.
As medidas vão permitir o acesso dos agri-cultores à água de Alqueva, através da flexibi-lização de procedimentos e da autorização de captações de água nas infraestruturas do em-preendimento, sempre que for “técnica e am-bientalmente possível”, refere a EDIA. Desta forma, explica a empresa, os agricultores com necessidade de água para o gado poderão reco-lher água em qualquer albufeira, canal ou boca de rega do empreendimento e nos perímetros já instalados em pontos pré-identificados pela empresa.
A água para o gado será disponibilizada de forma gratuita, mas o transporte da água será da responsabilidade do agricultor, explica
a EDIA, lembrando que “o abeberamento de gado diretamente nas albufeiras está interdito por lei”.
Por outro lado, a EDIA vai facilitar acesso a água do empreendimento aos agricultores que não estão servidos pelo sistema global de rega de Alqueva, mas que tenham necessidade de água para regar as suas culturas.
O acesso à água será facilitado através do li-cenciamento de captações diretas ou disponibi-lizando bocas de rega pré-definidas pela EDIA e situadas nas zonas limítrofes dos blocos de rega já equipados, explica a empresa, referindo que a água disponibilizada para rega será cobrada se-gundo o tarifário em vigor para cada caso.
No caso das captações diretas em al-bufeiras ou canais da rede primária do Alqueva, o agricultor deverá instalar a res-petiva bomba e contador, explica a EDIA, referindo que os editais para efetivação das medidas vão ser afixados nos locais habitu-ais “até ao próximo dia 23”.
PS contra posição do Governo sobre Alqueva A Federação do Baixo Alentejo do PS acusou o Governo de secundarizar e menorizar o Alqueva e de ter um discurso “falacioso” e uma conduta de “irresponsabilidade” em relação ao financiamento para concluir as obras. Na passada sexta-feira, em Beja, a ministra da Agricultura “confirmou” que “a retirada” de verbas destinadas ao Alqueva do Programa de Desenvolvimento Rural (Proder) e “a sua propalada substituição por verbas do Fundo de Coesão é apenas um cenário cuja concretização não é, nem está garantida”, refere o PS.
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Algumas áreas de cereal deram lugar a olival regado
O que foi feito do “celeiro” da nação?
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Empresa do ramo imobiliário pretende recrutar avaliadores imobiliários, no regime de prestação de serviços, para os distritos de Évora, Beja, Portalegre e Santarém. Os interessados deverão enviar o seu curriculum vitae, com in-dicação da sua morada e dos distri-tos/concelhos a que se candidatam, para o seguinte endereço electrónico: [email protected]
A produção de cereais tem vindo a de-crescer nas zonas de sequeiro, mas a aumentar nas zonas de regadio. Ainda assim importantes áreas de cereais de-ram lugar a olival regado. Atualmente estima-se que existam 80 a 100 mil hec-tares semeados e muitas preocupações na cabeça dos homens que trabalham a terra.
Texto Bruna Soares
Ilustração Paulo Monteiro
Ao percorrer-se os campos do Alentejo facilmente se percebe que a paisagem, outrora marcada
maioritariamente por searas, foi-se alte-rando. A cultura cerealífera de sequeiro diminuiu e a esperança de água, anun-ciada por Alqueva, abriu novas perspeti-vas aos agricultores da região. E o que foi feito do “celeiro” da nação?
Para Bernardo Albino, presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais (Anpoc), “Alqueva e todos os in-vestimentos privados de regadio, bem como as vastas áreas de sequeiro, vão sempre continuar a produzir cereais”. E explica: “A produção de cereais no Baixo Alentejo tem vindo a decrescer nas zonas de sequeiro e a aumentar nas de regadio. Os agricultores, como empresários que são, atentos aos elevados custos culturais dos cere-ais atuais, optaram por se exporem menos ao risco do sequeiro, optando mais pelo regadio”.
Francisco Palma, pre-sidente da Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo (AABA), lembra, porém, que ainda “existe uma área significativa” de sementeiras de cereal na região. E Bernardo Albino completa: “Não dispomos de dados exa-tos e desagregados, mas se considerar-mos que a média nacional tem sido de, aproximadamente, 200 mil hectares, nas últimas campanhas agrícolas, a área que estimamos no Baixo Alentejo é de, aproxi-madamente, 80 a 100 mil hectares”.
O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais, considera, no entanto, que a “ausência de uma po-lítica agrícola europeia e nacional, que deveria ser incentivadora des-tas culturas, tem vindo a afastar os agricultores dos cereais”, sobretudo “no sequeiro”, onde, em sua opinião, “existem poucas outras alternativas, senão mesmo o abandono”.
Francisco Palma, por sua vez, afirma
que “houve áreas que foram sendo recon-vertidas para outras culturas com mais rentabilidade”. No entanto, considera que não pode existir aquilo a que chama “efeito carneirada”, onde toda a gente vai atrás, produzindo e fazendo o mesmo que o ou-tro está a fazer, porque supostamente está a dar. Até porque, defende: “O Alentejo tem todas as condições para ter uma agri-cultura diversificada”. Enunciando, por exemplo, “a qualidade dos solos”.
Poderá futuramente o Alentejo vol-tar a aumentar a produção de cereais? “Claramente”, responde o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais, argumentado: “É necessário que
os produtores se unam em torno das or-ganizações de produtores, que a fileira dos vários produtos funcione de forma mais efetiva, eventualmente reduzindo o número de variedades semeadas por cada cereal, e que o mercado remunere devi-damente o investimento do agricultor”. Investimento, esse, que é uma das preo-cupações dos homens que trabalham a terra. “Ninguém mantém um negócio que não seja rentável. A agricultura profissio-nal também tem de ser rentável”, afirma o presidente da Associação dos Agricultores do Baixo Alentejo.
Bernardo Albino aponta ainda outro fator que contribuiu para uma quebra na produção de cereais. “Entre os anos de 2003 e 2007 houve, sobretudo no Baixo Alentejo, uma transformação de impor-tantes áreas de cereais em olival regado”.
Em ano de seca, no que à produção de cereais diz respeito, as preocupações dos agricultores também aumentam e, de acordo com Francisco Palma, “em-bora as contas só se possam fazer no fim, as coisas não estão nada fáceis para os agricultores”.
“No sequeiro do Baixo Alentejo os efei-tos da seca estão a sentir-se de forma dife-rente, consoante os tipos de solos. Nas zo-nas de barro, onde choveu alguma coisa, ainda existe alguma esperança de apro-veitamento das culturas, nomeadamente se chover nos próximos 10 a 15 dias, e se o calor não for exagerado. São expectáveis produtividades menores que num ano médio devido ao stress hídrico que foi im-posto às searas. Nas zonas de solos mais delgados já existem muitas searas perdi-das, pelo que, este ano, vai haver um de-créscimo de produção muito importante nessas zonas”, conclui o presidente da Associação Nacional dos Produtores de Cereais.
EDIA quer aumentar a taxa de adesão ao regadio
A nova administração da empresa gestora do Alqueva quer “rentabilizar o investimento” feito no empre-endimento e “trazer riqueza para a região”, sobre-
tudo através do aumento da taxa de adesão e utilização do regadio já instalado.
“Independentemente do programa de obra que espe-ramos cumprir, claramente o nosso objetivo é rentabili-zar o investimento e trazer riqueza para a região”, disse à Lusa o novo presidente da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), João Basto.
No fim do atual mandato, de três anos, frisou, a nova
administração da EDIA espera “ter uma região em Alqueva com uma taxa de ocupação do território e de utilização do regadio muito superior” à atual.
João Basto disse que tem estado a “conhecer” o empre-endimento do Alqueva e a “inteirar-se” dos “problemas principais” que a nova administração da EDIA “vai ter pela frente” para “poder começar a tomar um conjunto de decisões”.
Além do presidente, o novo conselho de administração da EDIA é constituído por duas pessoas que faziam parte da estrutura da empresa, Augusta Cachoupo, que transitou da
anterior equipa administrativa, e Jorge Vasques.Desta forma, frisou João Basto, o novo conselho de ad-
ministração da EDIA consegue “decidir mais rápido” e ter uma “capacidade acrescida de intervenção, o que já se tem notado no levantamento das questões que são prementes e na apresentação de algumas soluções”.
A primeira medida apresentada publicamente pela nova administração, na passada sexta-feira, prevê disponibilizar aos agricultores água para o gado e rega de culturas fora das áreas equipadas pelo projeto para contribuir para minimi-zar o impacto da seca no Alentejo.
“Os agricultores, como empresários que são, atentos aos elevados custos culturais dos cereais atuais, optaram por se exporem menos ao risco do sequeiro, optando mais pelo regadio”. Bernardo Albino
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A Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) exigiu ao Go-verno que cumpra a lei orgânica da
GNR e atribua a segurança do aeroporto de Beja à guarda, criticando o “duplo policia-mento” GNR/PSP da infraestrutura.
“O que exigimos, unicamente e de imediato, é que a tutela faça o cumprimento da lei orgâ-nica da GNR”, que atribui à guarda a competên-cia de segurança do aeroporto de Beja, disse o co-ordenador da zona sul da APG/GNR, António Barreira. A atual lei orgânica da GNR, que entrou em vigor em novembro de 2007, atribui à força de segurança, entre outras, a competência de “man-ter a vigilância e a proteção de pontos sensíveis”, como infraestruturas aeroportuárias.
O aeroporto de Beja situa-se na freguesia ru-ral de São Brissos, uma área da responsabilidade da GNR, e, por isso, a APG/GNR “nunca teve dú-vidas de que o policiamento” da infraestrutura “deveria ficar a cargo” da guarda, como “deter-mina” a lei orgânica da GNR, lembrou.
“Não faz qualquer sentido que seja de outra forma”, frisou, criticando o atual “duplo policia-mento” GNR/PSP do aeroporto de Beja, que é “contraproducente” e “carece de lógica”.
O diretor da infraestrutura, Pedro Beja Neves, explicou que a segurança do aeroporto “é asse-gurada pela PSP e pela GNR”, já que “estão ele-mentos das duas forças na portaria e quando há voos a GNR zela pela segurança no lado terra e a PSP no lado ar”.
APG exige que o Governo cumpra a lei
GNR quer aeroporto de Beja
As associações de municípios e de em-presas do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral exigiram ao Governo “urgên-
cia” na criação do grupo de trabalho que irá de-finir soluções para o desenvolvimento do aero-porto de Beja.
A exigência surge numa posição con-junta sobre o aeroporto de Beja tomada pela Associação de Municípios do Baixo Alentejo e Alentejo Litoral (Ambaal) e pela Associação Empresarial do Baixo Alentejo e Litoral (Nerbe/Aebal).
No documento, as associações “lamen-tam os atrasos na confirmação do compro-misso assumido pelo secretário de Estado dos Transportes”, Sérgio Monteiro, de criar, até
final de 2011, “um grupo de trabalho para es-tudo e avaliação das oportunidades de apro-veitamento e utilização do aeroporto de Beja”.
As associações “reclamam urgência na de-signação do grupo de trabalho” e “reiteram” o seu interesse e a sua disponibilidade para “participarem, de forma empenhada e cria-tiva, na apresentação de soluções para o cabal aproveitamento” do aeroporto de Beja.
No passado dia 19 de dezembro, numa reunião em Beja com autarcas, deputados e agendes económicos do Baixo Alentejo, Sérgio Monteiro lançou o desafio de criar um grupo de trabalho para definir “soluções de consenso” para o desenvolvimento do aero-porto de Beja.
Faltam soluções para a aerogare de Beja
Câmaras e empresas querem grupo de trabalho
José Maria Pós-de-Mina é novo presidente da Cimbal O presidente da Câmara Municipal de Moura, o comunista José Maria Pós-de-mina, é o novo presidente do conselho diretivo da Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (Cimbal), sucedendo ao autarca socia-lista de Beja, Jorge Pulido Valente. O socialista António José Ventinhas, da Assembleia Municipal de Moura, é o novo presidente da mesa da
Assembleia Intermunicipal da Cimbal, sucedendo ao comunista Rodeia Machado, da Assembleia Municipal de Beja. A eleição dos novos elementos os órgãos da Cimbal, na qual há um empate entre PS e CDU, que lideram seis câmaras cada, surge no âmbito da rotatividade acordada entre os au-tarcas e que resultou na troca entre socialistas e comunistas dos cargos de presidente do conselho diretivo e da mesa da assembleia intermunicipal.
“Ética, medicina e sociedade plural” é o tema de uma palestra
proferida por Rui Nunes, da Faculdade de Medicina da
Universidade do Porto, que terá lugar na próxima quinta-feira,
dia 29, pelas 21 horas, na sede distrital de Beja da Ordem dos
Médicos. A palestra insere-se na iniciativa “Conversas na Ordem”,
que o conselho distrital de Beja tem vindo a organizar este ano.
Ordem dos Médicos
de Beja debate ética e medicina
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Muralhas de Serpa às escuras na Hora do Planeta A Câmara Municipal de Serpa associa-se
este ano à Hora do Planeta, que ocorre no
próximo dia 31, entre as 20 e 30 e as 21 e 30
horas, ao desligar a iluminação cénica das
muralhas durante os 60 minutos da iniciativa,
“como forma de mostrar o seu apoio à ação
ambientalmente sustentável”. A iniciativa
Hora do Planeta decorre anualmente através
da rede World Wildlife Found, “pretendendo
colocar às escuras edifícios de todo o planeta
como a Torre Eiffel, o Palácio de Buckingham,
a estátua do Cristo Redentor e do Cristo
Rei, num panorama global pelo único
bem que é de todos – o Planeta”, adianta a
autarquia. Assim, durante uma hora, “irá
ocorrer o desligamento globalizado de
todas as luzes – interiores e exteriores – dos
edifícios e monumentos emblemáticos das
cidades, assim como o desligamento das
luzes interiores e exteriores das residências
particulares, com vista à promoção do
compromisso de cada um com o planeta
e com as pessoas de todo o mundo”.
Trabalhadores param por tempo indeterminado
Metalomecânica de Beja em greve
Os trabalhadores da empresa Metalomecânica Projetos Industriais Beja, que têm pagamentos de salá-
rios e subsídios em atraso, estão em greve “por tempo indeterminado” desde terça-feira, dia 20. A decisão foi tomada em plenário reali-zado na sexta-feira da semana passada.
Em causa está, diz a direção do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, a falta de pagamento do subsídio de Natal de 2011, metade do salário de janeiro, o salário de fevereiro e o subsídio de alimentação aos trabalhadores.
Na nota, o sindicato refere ainda que 86
dos trabalhadores disseram aceitar suspen-der a greve e voltar ao trabalho “quando fo-rem pagos todos os salários em atraso”.
Os trabalhadores lamentam que o ad-ministrador da empresa “não dialogue com os trabalhadores nem com os seus repre-sentantes” e repudiam a sua pretensão de “transferir 12 trabalhadores da empresa a laborar na Lisnave para as instalações de Beja com a intenção de substituírem os tra-balhadores que vão entrar em greve”.
Foi ainda decidido pedir a intervenção da Autoridade para as Condições do Trabalho de Beja, devido à “violação da lei na substi-tuição dos trabalhadores grevistas”.
“Odemira em notícia”, a revista editada pela Câmara Municipal de Odemira,
conquistou o 1.º lugar no Concurso Nacional de Boletins Municipais, no âmbito do 22.º
Encontro de Marketing e Comunicação Autárquica, revelou a autarquia. O encontro
foi promovido, este mês, pela ATAM – Associação dos Técnicos Administrativos
Municipais e pelo município de Torres Vedras. Mais de uma centena de edições,
em formatos de revista e jornal, de todo os distritos do País, incluindo as regiões
autónomas, participaram no concurso, que Odemira ganhou pela segunda.
Grândola simplifica e arrecada medalha de ouro O município de Grândola foi distinguido pela Agência para a Modernização (AMA) com a medalha de ouro pelos resultados ob-tidos na 3.ª edição do programa Simplex Autárquico que contou com a participação de 125 autarquias e um total de 748 medidas, anunciou a câmara municipal. De acordo com o relatório apre-sentado pela AMA, “a Câmara de Grândola registou uma taxa de
execução de 100 por cento das medidas propostas com vista a al-terar processos e simplificar ou eliminar procedimentos dispensá-veis”. O programa Simplex Autárquico tem como objetivo “a sim-plificação administrativa e legislativa que pretende tornar mais fácil a vida dos cidadãos e das empresas na sua relação com a ad-ministração e, simultaneamente, contribuir para aumentar a efi-ciência interna dos serviços públicos”.
Percursos pedestres no Vale do GuadianaOs apreciadores de passeios pela natureza
dispõem de nove novos percursos pedestres
na área do Parque Natural Vale do Guadiana.
Os percursos foram criados pela Fundação
Serrão Martins em parceria com a Merturis
e o Parque Natural Vale do Guadiana. O
percurso “PR1 Guadiana - O grande rio do
Sul”, permite passear entre o Poço dos Dois
Irmãos e a Ribeira de Carreiras, o “PR2 Os
canais do Guadiana” entre a Corte Pequena
e os Canais do Guadiana, o “PR3 As margens
do Guadiana” entre a Corte Gafo de Baixo
e a proximidade do Carvoeiro e o “PR4 À
volta do Montado” entre o Monte do Guizo
e a Mina de São Domingos. O “PR5 – Ao
ritmo das águas do Vascão” permite passear
entre a Mesquita e aquela ribeira, o “PR6
Entre a estepe e o montado” é um percurso
circular na zona do Azinhal, o PR7 permite
uma subida à Senhora do Amparo, o PR8
é um percurso ribeirinho entre os moinho
do Alferes e das Relíquias e o PR9 permite
passear entre o Escalda e o Pulo do Lobo.
Boletim Municipal
de Odemira é o melhor do País
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A aldeia ribeirinha de Pomarão, no concelho de Mértola, recebe este fim de semana, dias 24 e 25, a dé-
cima edição do Festival do Peixe do Rio. Um certame que continua a pretender “cativar pessoas para junto do rio, a in-teressá-las pela temática do rio, não só pelas questões ligadas à pesca, mas tam-bém numa visão até de estratégia futura de utilização do rio para fins turísticos, sem esquecer a recuperação de memó-rias passadas, ligadas ao porto mineiro de Pomarão, um local histórico”, explica o presidente da Câmara Municipal de Mértola, a entidade promotora.
“Todo este investimento que é feito pela autarquia, quer monetário, quer em tempo, e toda esta logística, na realização
do festival, é importante, assim como outros investimentos como a nova ponte que liga Pomarão a Espanha, porque te-mos tido um retorno bastante signif i-cativo para o concelho de Mértola”, diz Jorge Rosa.
Dos “quatro a cinco mil“ visitantes que habitualmente passam pelo festival durante os dois dias, “40 a 50 por cento” são espanhóis. Uma adesão que permite transformar, por estes dias, Pomarão “num sítio de conf luências de cultu-ras” e que pesa na feitura do programa, que integra sempre momentos musi-cais a cargo de grupos do outro lado da fronteira. “Sublinho a importância que tem para nós o facto de haver esta liga-ção, que nós procuramos promover, e os
nossos vizinhos do outro lado também procuram fazer o mesmo, que é a ligação Portugal/Espanha, neste caso fregue-sia de Santana de Cambas/El Granado”, adianta o autarca.
O 1.º Simpósio sobre o Património ictiológico do Rio Guadiana, que de-corre amanhã, sábado, no Centro de Interpretação da aldeia, numa organi-zação da autarquia em parceria com o Parque Natural do Vale do Guadiana e a Escola Profissional “Alsud”, é um dos destaques da edição deste ano, segundo refere Jorge Rosa. O encontro será cons-tituído por dois painéis, um dedicado às espécies exóticas e outro às autóctones, e os trabalhos terminam com um pas-seio pelo rio Guadiana a bordo do barco
10 Na sexta-feira, no Centro Interpretativo do Pomarão, no concelho de Mértola,
realiza-se a 10.ª assembleia-geral da Qualifica – Associação Nacional de
Municípios para a Valorização e Qualificação dos Produtos Tradicionais
Portugueses. Em discussão vai estar o relatório de atividades e contas, mas
também as novas condições de adesão. Por fim, numa cerimónia simples, mas
revestida de grande significado, serão publicamente reconhecidas como membros
honorários Maria Antonieta Mestre Quinta Queimada e José Estevam de Matos.
Qualificareúne-se
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membros honorários
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“Vendaval”.“Reis e senhores” do festival serão
também a lampreia, o muge, a saboga, as enguias e outros peixes do Guadiana, “confecionados em vários pratos, alguns ancestrais”, e “que se constituem talvez como o maior atrativo” de todo o cer-tame, diz o presidente.
Além da gastronomia e do simpósio sobre o Património Ictiológico do Rio Guadiana, o programa integra o tradi-cional concurso de pesca desportiva, es-petáculos de música, com destaque para a atuação de Mónica Sintra (dia 24, pe-las 22 horas), uma descida do rio em ca-noa, passeios e o Bar Azul, no Centro de Interpretação do Pomarão, com a pre-sença do DJ Érre Mira.
Dez anos a promover a gastronomia e atividade piscatória
Festival do Peixe do Rio em Pomarão
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É em “ambiente de recriação histó-rica”, evocando a época quinhen-tista, mais concretamente a entrega
do foral à Terra dos Gamas, que decorre em Vidigueira, entre hoje, sexta-feira, e do-mingo, mais um Festival Gastronómico A Pão e Laranjas. Um certame que pretende promover “os produtos de excelência do concelho, em particular o pão, a doçaria e as laranjas, divulgar a riqueza da cozinha tradicional local e oferecer aos visitantes e população local atividades lúdicas de re-criação histórica”.
Há quase meia dúzia de edições que a en-tidade organizadora – a câmara municipal – adota “uma temática assente na história do território, onde se pretende recriar a at-mosfera e o ambiente próprios de um perí-odo histórico que tenha sido fulcral para a sua memória”. Uma aposta que se revelou “uma grande mais-valia”, segundo diz o ve-reador Luís Pestana: “As recriações são uma vantagem. As pessoas gostam de ver este tipo de espetáculo, temos tido sempre muita gente a deslocar-se à Vidigueira no fim de semana do festival e cada ano que passa te-mos mais”. E este ano, apesar “de a crise afetar os orçamentos familiares”, o autarca acredita que não será diferente, admitindo, contudo, “uma diminuição no volume de vendas”.
Durante os três dias do certame, “que preenche todo o centro da Vidigueira, do largo da Cascata à praça da República”, para além da exposição e venda de produ-tos agroalimentares, haverá artesanato,
A edição deste ano da Feira do Porco Alentejano/VI Jornadas Gastronómicas do Porco Alentejano,
que decorre entre hoje e domingo, dia 25, em Ourique, marca o arranque dos traba-lhos preparativos do Congresso Mundial do Presunto, que terá lugar naquela vila em maio do próximo ano e que se assume como um evento de grande importância, dado que “é primeira vez que Portugal recebe uma iniciativa desta envergadura”.
Nesse contexto realiza-se hoje, a partir das 14 horas, no auditório da biblioteca, um en-contro ibérico que reunirá dirigentes e produ-tores, e a partir do qual se “delineará a comis-são científica para que se comece a organizar o Congresso Mundial do Presunto em maio de 2013, já com as datas definidas”, esclarece o pre-sidente da câmara municipal, entidade respon-sável pela organização da feira em parceria com a Associação de Criadores de Porco Alentejano.
Inserido “num projeto mais alargado de internacionalização do porco alentejano, co-financiado pelo QREN, INAlentejo e União Europeia, que visa dar maior abrangência à estratégia de afirmação de Ourique, capital do porco alentejano, junto de mercados funda-mentais para a dinamização económica e so-cial do setor”, o certame deste ano fica ainda marcado pelo “aumento significativo – entre 30 a 40 por cento – do número de exposito-res de empresas oriundas do concelho que co-mercializam porco de raça alentejana”, numa clara demonstração de que “o investimento feito na promoção e valorização” do setor “está a ter retorno”, diz Pedro do Carmo.
“Vamos ter já este ano algumas pequenas empresas agroindustriais que entretanto fo-ram criadas no concelho e que estão em condições de comercializar os seus produ-tos, e esse foi desde sempre o principal obje-tivo, a criação de microindústrias, que tra-zem algum desenvolvimento ao concelho”, adianta o autarca, acrescentando que “as pessoas aperceberam-se que há aqui toda uma estratégia municipal, todo um apoio político e das instituições, para potenciar este tipo de atividade, e que neste momento de dificuldade e de crise é uma oportuni-dade”. No total, entre expositores de pro-dutos de porco de raça alentejana e outros, participam 50 a 60 stands e são esperadas “mais de 10 mil pessoas”
A par do encontro ibérico, dos espa-ços de venda de produtos (este ano vai ser criada uma nova área coberta de 300 me-tros quadrados destinada a expositores de pão e pastelaria tradicional) e do colóquio “A economia e o mundo rural em tempos de crise”, Pedro do Carmo destaca do vasto programa “toda a componente lúdica”, dos showcookings a cargo da Fundação Odemira e do chefe Carlos Capote aos bastante “par-ticipativos e apreciados” concursos Miss Piggy e de grunhidos, sem esquecer os di-versos momentos musicais – espetáculos com Berg e Bandidolos (hoje, 22 horas), Dj TóZé, vocalista dos Per7ume (hoje, 24 ho-ras) e Grupo Musical Banza (dia 24, 22 e 30 horas), desfile de grupos corais (dia 24, 17 e 30 horas) e baile com Tó Romão (dia 24, 21 e 30 horas). NP
tasquinhas com gastronomia local, um mercado medieval, animação de rua, espe-táculos de música e ateliês para famílias.
À semelhança das edições anteri-nos, o programa reserva ainda even-tos paralelos, nomeadamente o colóquio “Internacionalizar o setor agroalimentar”, no auditório do Crédito Agrícola (dia 23, 14 e 30 horas); exposições; oficinas de choco-late com laranja para pais e filhos, avós e ne-tos, com a colaboração da empresa Mestre Cacau (dia 24); o Sabores Gastronómicos a Pão e Laranjas, uma mostra gastronómica que decorre nos restaurantes aderentes que apresentam ementas com pratos con-fecionados à base de pão e/ou laranjas; e a “Orange party” (dia 24, 24 horas).
“Este é um festival único, porque fei-ras quinhentistas ou feiras medievais, ou de outras épocas, existem muitas. Mas um festival em que é associada a recriação his-tórica à divulgação dos produtos locais não há muitos, e esta aliança penso que é para continuar porque tem dado muitos bons resultados. Ao divulgarmos os produtos, as pessoas quando passam pelo IP des-viam para a Vidigueira para virem ao pão ou às laranjas ou pela nossa gastronomia, que é uma das coisas boas que o Alentejo tem para oferecer. E as pessoas deslocam--se cada vez mais pela gastronomia”, con-clui Luís Pestana.
A inauguração oficial do festival está agendado para as 19 horas de hoje, “com ar-ruada pelas ruas e praças dos burgos, aber-tura do arraial e bênção pelo prelado”.
Internacionalização do porco alentejano
Feira do porcoem Ourique
500 anos do foral de Vidigueira
A Pão e Laranjasna Terra dos Gamas
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Festival internacional de dimensões gigantescas
Alqueva ao somda música eletrónica
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Alqueva recebe, entre 20 de julho e 26 de agosto, Kazantip, festival ucraniano, que já percorreu vários países e que tem uma dimensão gi-gantesca. A música eletrónica e o desporto em terras do grande lago.
Junto às margens serenas de Alqueva vai erguer-se um dos maiores fes-tivais de música eletrónica do
mundo. Kazantip, festival ucraniano, que já percorreu vários países, chega este verão pela primeira vez a Portugal. De 20 de julho a 26 de agosto assenta arraias no grande lago, que é o mesmo que dizer no Alentejo.
Segundo a organização, “Kazantip é culto, é fantástico, é de tirar o fôlego, é alucinante”, reforçando: “É simples-mente o paraíso na terra”. É, sem dú-vida, um festival incomum, que junta a música ao desporto.
“Kazantip é um resort gigantesco, situ-ado no lindo lago de Alqueva. O areal pos-sui pistas de dança, com design incrível,
bares e lounges, um parque para X Sports, áreas para os alojamentos e espaço sepa-rado para o estacionamento”, pode ler-se no site do festival.
De acordo com a organização, “mi-lhares de jovens, principalmente entre os 20 e os 35 anos, reúnem-se no Kazantip Party Land, vindos de toda a Europa e do mundo para viver o sonho de festejar pa-cificamente dia e noite, ao som de DJ”, até porque a prioridade máxima de quem pro-cura este festival “é ouvir boa música, dan-çar, conhecer gente nova e divertir-se”.
A organização propõe ainda umas verdadeiras férias aos festivaleiros, dis-ponibilizando área de alojamento e de campismo, um parque de atividades desportivas, local de estacionamento, mas também uma área de aterragem de helicópteros, lembrando ainda a possi-bilidade de se aportar na marina.
Apenas podem entrar no festival maiores de 18 anos e o bilhete para múl-tiplas entradas é chamado de “multipass”, que é individual e que pode ser comprado
durante o processo de reserva. Os preços variam entre os 70 euros (por quarto-sete dias), 120 euros (por oito-14 dias) e 160 euros (por mais de 15 dias). O bilhete di-ário, por sua vez, conhecido por “Viza”, custa 25 euros e o bilhete para dois dias tem um preço de 40 euros.
Para evitar confusões, a cada bilhete ou “multipass” é associada uma foto do seu proprietário, assim como o seu nome, data de nascimento e nacionalidade.
Este cartão é ainda o único método de pagamento disponível em todo o re-cinto, podendo ser carregado nas caixas centrais disponíveis no local.
O festival contará com a presença de DJ de todo o mundo; no entanto, não se-rão anunciados muito antecipadamente, até porque o efeito surpresa é uma das regras do festival.
Há ainda espaço para atividades des-portivas como kiteboarding, wakeboar-ding, skimboarding, dirt jump, mountain boarding, BMX, skateboardinge e pa-rkour, entre outros.
A cidade de Beja e a vila de Mértola vão acolher, em maio, o 1.º Festival de Chás
e Ervas do Mundo, numa iniciativa organizada pela Associação de Defesa
do Património de Mértola (ADPM). O festival decorre entre 14 e 20 de maio,
sendo realizado em parceria com o Instituto Politécnico de Beja e o Centro
de Biotecnologia e Agroalimentar do Baixo Alentejo e Litoral. A iniciativa
surge ao abrigo da Estratégia de Eficiência Coletiva do Provere – Valorização
dos Recursos Silvestres do Mediterrâneo, cofinanciada pelo InAlentejo.
Cháse ervas
do mundoem Beja e
Mértola
DR
Aljustrel prepara certame
Feira do Campo regressa em junho
AA Feira do Campo Alentejano, que anualmente se realiza em Aljustrel, já tem data agendada.
De acordo com a Câmara Municipal de Aljustrel, entidade organizadora do evento, realizar-se-á em junho, entre os dias 8 e 10, antecipando o feriado mu-nicipal, que se comemora no dia 13.
O certame, à semelhança das edi-ções anteriores, decorrerá no Parque de Feiras e Exposições, contando com áreas reservadas para expositores, pa-vilhões institucionais, tasquinhas e res-tauração, entre outros.
A Feira do Campo caracteriza-se por ser um ponto de encontro, juntando em Aljustrel locais e forasteiros, e pretende continuar a atrair muitos visitantes.
O certame marca a agenda cultural da região e tem apostado na sua inter-nacionalização e, este ano, não será ex-ceção, até porque a autarquia mineira está apostada “em estreitar ainda mais as parcerias, já anteriormente estabele-cidas, com municípios espanhóis da re-gião de Andaluzia”.
A dinamização da agricultura e da agroindústria é um dos objetivos, uma
vez que Aljustrel quer tirar ainda mais partido do regadio; no entanto, a vila mineira também não esquece a agri-cultura tradicional e os seus produtos, dando-lhes destaque no seu mais im-portante evento.
A Feira do Campo, um espaço de cultura, tradição, convívio e de ne-gócio, regressa em junho e, até lá, são muitos os preparativos, de modo a que Aljustrel mostre todas as suas potencialidades.
O programa do evento ainda não é conhecido.
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Perfil
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Os desenhos do ferreirense Hugo Lucas andam à solta por Lisboa
Há monstros simpáticos nos vidrões
Nascido em Ferreira do Alentejo, Hugo Lucas, 35 anos, vive e tra-balha em Lisboa. “Saí do Alentejo
há oito anos. Não noto muito a diferença porque vivo perto do emprego, consigo até deslocar-me a pé para lá. Estou numa empresa gráfica, que me dá um ordenado certo. Depois trabalho como free-lan-cer nas áreas da ilustração, pintura e fo-tografia”, explica o artista ao “Diário do Alentejo”. As suas produções artísticas, tipicamente urbanas, adaptam-se mais ao ambiente em que vive. “Em Lisboa te-mos um contato diário com grafiti, pare-des pintadas, e a inspiração surge mais naturalmente. No Alentejo seria mais di-fícil, embora tudo seja uma questão de moda”.
A intervenção nos vidrões “foi inclu-ída no projeto de arte urbana Reciclar o Olhar, promovido pela Galeria de Arte Urbana (GAU) da Câmara Municipal de Lisboa”. Hugo Lucas candidatou-se e foi um dos selecionados para colorir al-guns dos vidrões-iglô que se encontram nas ruas de Lisboa. Os recetáculos verdes destinados à recolha de vidro ganharam vida e novas tonalidades. “Para o vidrão do largo D. Estefânia inspirei-me na es-tátua de Neptuno que decora a fonte que está no centro da rotunda”. O resultado foi um Neptuno bem mais cool, rodeado por coloridos elementos marítimos e por uma sereia, a Estefânia, de pose sedutora. No vidrão da rua D. Filipa de Vilhena o motivo foi a história do Capuchinho Vermelho, com a protagonista do conto a dar lume a um lobo de cigarro entre os dentes. Finalmente, “no caso do vidrão da rua Alexandre Herculano, como ali perto há uma casa de hambúrgueres, pintei as figuras do Elvis e da Marylin Monroe”. O trabalho dos vidrões “foi gratuito, ne-nhum dos artistas ganhou nada, mas fun-ciona como cartão de visita para mostrar o nosso trabalho na cidade”, diz.
O que pretende Hugo Lucas transmi-tir com as suas obras? “Tento dar a mi-nha visão das coisas, um pouco como se fosse uma criança. Pinto coisas bonitas animadas, às vezes com alguma crítica social à mistura. Isto não significa que queira impor a minha visão, pelo con-trário. Prefiro que as pessoas, ao verem os meus trabalhos, puxem pela imagi-nação e inventem a história. É por isso que raramente dou títulos ao que faço, gosto de dar liberdade a quem observa.” O seu estilo é “uma mistura entre fanta-sia e realidade”. “Ando sempre com um
Os desenhos do alentejano Hugo
Lucas são uma festa. Povoados por
simpáticos “monstros” que parecem
saídos de um conto infantil, por hu-
manos deliciosamente imperfeitos,
uma vezes ícones da música ou do
cinema, outras vulgares transeun-
tes com que o autor se cruza na rua,
podem ser vistos em publicações,
cartazes e até em vidrões.
Texto Alberto Franco
O traço do artista alentejano sofreu diversas influências. “Picasso, em primeiro lugar. Depois Paula Rego.
caderninho no bolso, às vezes vejo uma pessoa na rua que me agrada e transfi-guro-a através do desenho”.
Dando sequência a um gosto pelas ar-tes visuais que se manifestou logo na in-fância, Hugo Lucas fez um curso tecno-lógico de design no Liceu de Beja, um curso de cerâmica artística no Museu Rural de Beringel e uma licenciatura em Artes Plásticas na Universidade de Évora. Frequentou ainda o mestrado em Artes Visuais, na mesma universidade.
Como a fotografia é outra das suas pai-xões, Hugo começou por conciliar esta arte com a expressão pictórica. Produziu uma obra fotográfica assinalável, que pode ser parcialmente vista, a par dos desenhos, no site http://hugolucas.net/ e no blogue http://blog.fotoalternativa.net/blog.asp?Autor=252. Sobre o paralelismo entre fotografia e desenho, lê-se no site do artista: “A fotografia é, para mim, a im-pulsão espontânea de uma atenção visual
perpétua, que capta o instante e sua eternidade”.
O traço do artista alente-jano sofreu diversas inf luên-cias. “Picasso, em primeiro lugar. Depois Paula Rego e vários outros autores”. E in-f luências alentejanas? “Vivi muitos anos no Alentejo,
vivi em Ferreira, em Évora, era um pouco ‘emigrante’ dentro da nossa região. Ficam sempre inf luências que se podem mani-festar numa obra”.
Há cerca de qua-tro anos que Hugo Lucas aposta fun-damentalmente na ilustração e na pin-tura. Nessas áreas,
admite que a ilustração de livros se-ria para ele um grande
desaf io, que ta lvez se ve-
nha a concretizar em breve. “Tenho
contatos com o Jorge Serafim, contador de his-
tórias bejense, e talvez den-tro de algum tempo surja a oportunidade de traba-lharmos em conjunto”.
DR
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OpiniãoConfesso: é cansaço!...Ana Paula Figueira Docente do ensino superior
No dia 12 de Março teve lugar, em Beja, a 11.ª conferência promo-vida pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas em parce-ria com a TSF e o “Diário de Notícias”, inserida no ciclo “Portugal – A Soma das Partes: as economias como factor de de-senvolvimento”. O tema, o facto de estas conferências estarem
a ser realizadas em todo o país, os conferencistas e o moderador anunciados fizeram-me decidir assistir. Contudo, pouco me acres-centou!
A iniciativa – e reitero – tinha uma intenção deveras interes-sante, mas o modelo utilizado pecou por não permitir a interac-ção com o público. Ou seja, quem estava a assistir limitou-se a ouvir sem ter a possibilidade de colocar algumas dúvidas ou inter-rogações. Por outro lado, e para além de um discurso bem estru-turado e “diplomaticamente” político do sr. secretário de Estado Carlos Moedas, as intervenções dos deputados das três forças par-tidárias eleitos pelo círculo de Beja limitaram-se à troca de “piro-pos” de génese partidária aliada aos eternos temas: aeroporto de Beja, Alqueva, porto de Sines e acessibilidades. Não pretendo reti-rar a importância que os mesmos têm ou poderão vir a ter no cená-rio de desenvolvimento que se espera para esta região, mas antes de tudo o mais, pergunto: e qual é esse cenário? Projectos âncora, estruturantes? Mas estruturantes de quê, se nem os representan-tes das nossas forças políticas no Parlamento se conseguem enten-der a propósito do que queremos que venha a ser o nosso Alentejo nos próximos anos? E não é a eles que cabe dar a voz aos bejenses no espaço onde são decididas muitas das regras pelas quais temos de nos orientar e que os “projectos” têm de respeitar? A agricultura foi o tema que conseguiu reunir algum consenso… mas, assim mesmo, sem acções estruturadas e a desenvolver… já!
Confesso: é cansaço!... Estou cansada de ouvir pessoas cheias de “boas” intenções, com “boas” palavras, mas sem acções concretas, pragmáticas, que demonstrem ao Zé Povinho que estamos a querer andar para a frente, a antecipar o futuro, e a assumir o ónus da deci-são! Numa altura tão complicada para o País, se decidir mal faz cair as sondagens e arrisca a que os votos sejam insuficientes para uma elei-ção posterior, muito pior (para o País) é manter um status quo confor-tável e demagógico de boas e sábias intenções. Deixem, pois, governar quem foi eleito legitimamente para o fazer! A democracia – o governo do povo e pelo povo – permite o contraditório traduzido, não apenas na acusação, mas na colocação de alternativas… exequíveis, tendo em conta as variáveis externas e internas com que nos defrontamos!
“Conversa de quem está ‘de fora’ e não tem experiência político-partidária. Não sabe como é que isto funciona”! – dirão alguns. Reconheço que não deixam de ter razão. Nem todos podem saber muito de tudo, mas todos podem, e devem, ter uma opinião sobre o que se passa à sua volta. Esta é minha voz mas, decerto, também a voz de muitos cidadãos comuns, atentos – e não vulgares “treina-dores de bancada” com as suas receitas milagrosas – que querem viver e trabalhar num (e para construir um) país – e região – que tem de dar algumas contrapartidas e estímulo para aqui, no mí-nimo, os manterem.
Apesar do cansaço que este jogo do gato e do rato já me pro-voca, permitam-me fazer um apelo que não pude fazer no referido encontro: de certeza que é mais o que nos une do que o que nos se-para! Caros amigos – e com todo o respeito pela vossa missão – en-contrem pontos de entendimento que permitam Beja falar a uma só voz nos locais de decisão! Procurem restituir-nos a confiança e a vontade de acreditar no desenvolvimento desta região. Foi por isso, e para isso, que os elegemos!
Por decisão pessoal, a autora do texto não escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico
Há limites ou vale tudo?Manuel António Guerreiro do Rosário Padre
Os tempos em que vivemos são profundamente contraditórios: fizemos progressos na defesa e promoção dos direitos huma-nos a nível global; encontrámos solução ou caminhos de solu-ção para debelar doenças até aqui incuráveis; esbateram-se barreiras e caíram muros que separavam povos e sociedades;
alargou-se o conceito de democracia ainda a outras realidades e comunidades humanas… E, por paradoxal que pareça, também crescemos nas ameaças aos mais frágeis da sociedade: os idosos, as crianças, os doentes, os mais pobres, as pessoas com deficiên-cia. E o paradoxo chegou ao ponto de se defender, com argumen-tos pretensamente racionais e científicos, o infanticídio.
É caso para dizer, mas onde é que eu já vi este filme? E a res-posta é simples: basta regressar ao nosso vizinho século XX para aí encontrar disseminadas algumas práticas, então condenadas, mas parece que, afinal não são tão erradas, a julgar pelas declara-ções feitas há dias por dois cientistas.
Por mais que as queiram maquilhar e apresentar como sinal de evolução da sociedade, de emancipação do obscurantismo, de liberdade própria das democracias, nada justifica o indefensável. A vida humana tem um início e o primeiro dos direitos huma-nos, sem o qual nada existe, é o direito à vida. Se ontem se quis justificar o aborto, hoje o infanticídio, o que virá amanhã?
Será que podemos impunemente alterar valores estruturan-tes da sociedade, movidos apenas por conveniências, ideologias e lobbies? Bastará, para o efeito, legislar em sede parlamentar, ou sujeitar a opinião pública a campanhas de pressão, levadas a cabo por minorias que dominam alguns dos grandes meios de comunicação?
Não estaremos, se seguirmos por este caminho, condenados a cair na ditadura dos mais fortes, desprotegendo os mais frágeis que não se podem defender nem manifestar?
Ainda estamos a tempo de dizer não a estas e outras formas de eugenia, mascaradas de democracia!
Tributo a um Homem, Grande, Sábio e BomA morte de D. Manuel Falcão (21 de fevereiro de 2012), bispo
emérito de Beja, gerou em mim a firme convicção e obrigação de que deveria escrever algumas linhas sobre ele.
Conheci o sr. D. Manuel na minha juventude e admirei-o logo desde a primeira hora. À medida que fui amadurecendo como homem e cristão, e depois como padre, mais passei a admirar o Homem e a Obra. A sua grande, imensa, sabedoria transver-sal e eclética, a sua humildade e discreção, própria dos homens grandes, a sua delicadeza com todos, sem exceção, a sua proximi-dade às pessoas concretas, aos problemas concretos, no Alentejo, granjearam-lhe a admiração de gente das mais diversas ideolo-gias e perspetivas de vida.
D. Manuel foi também uma espécie de visionário da Igreja em Portugal. Alguns apelidaram-no de “pai da Sociologia Religiosa”; outros preferiram afirmar que da sua pena saíram alguns dos documentos mais emblemáticos da Conferência Episcopal Portuguesa; outros ainda não se coibiram de dizer que poderia ter sido patriarca de Lisboa, mas veio para Beja...
Sobre um homem da estatura e da craveira do sr. D. Manuel tudo o que se disser é pouco e assaz incompleto. No entanto, ne-nhuma das afirmações reconhecendo as suas imensas capacida-des e extraordinárias missões prestadas ao serviço da Igreja em Portugal e no Alentejo perturbava a sua fina sensibilidade e deli-cadeza, nem o levava a exaltar-se ou a alimentar o culto da perso-nalidade. A sua fé era sólida e o amor à Igreja indiscutível.
A sua discreta simplicidade de Homem Grande, Sábio e Bom já marcou a história da Igreja em Portugal e no Alentejo, e D. Manuel integra hoje, sem margem para dúvidas, a plêiade dos grandes bispos do Século XX.
Não “troiko” isto por nadaDaniel Mantinhas Empresário
De volta a esta nossa tertúlia men-sal, e depois do meu regresso à pátria amada, apraz-me cum-primentar todos com lusitanas saudações e com o desejo de um inverno tardio que traga chuva para alagar de esperança todos aqueles que vivem da terra, só porque também vivemos e nos alimentamos dela, porque sin-
ceramente está um tempo do caraças.A grande depressão está instalada, não só a económica, a so-
cial e a financeira mas também a psicológica... já repararam cer-tamente no semblante que todos nós tugas carregamos com a passagem da malfadada crise. Se parecia mal dizer que se estava bem quando encontrávamos um amigo, hoje o lema é dizer que isto está muito mau. Mau porque o banco não empresta dinheiro, mau porque subiu a gasolina, mau porque não há emprego, mau porque alguém perdeu o emprego, enfim todos os maus que existem.
A única boa notícia, segundo o Governo, é o nosso com-portamento no cumprimento do pacto de estado que assina-mos com aqueles senhores do nome esquisito, que ao que pa-rece nos vão continuar a emprestar dinheirinho para pagar os ordenados dos funcionários públicos e as reformas, sim, porque o restante é devolvido a esses mesmos senhores em forma de juros. Os projetos estruturantes pararam, as gran-des obras públicas pararam, as autarquias pararam, tudo pa-rou por falta de verbas.
Se bem percebo isto, o objetivo é aguentar o País em fun-cionamento mínimo garantido até que os mercados acredi-tem em nós para que num tal dia de setembro de 2013 pos-samos regressar a esses mesmos mercados e emitir uma quantidade enorme de dívida pública para continuar os pro-jetos megalómanos e as obras públicas de País de 1.º mundo para português ver, e isto tudo até às próximas eleições legis-lativas. Ufa, que desafio enorme tem este governo e que paci-ência tem o nosso povo.
Enquanto deprimimos há sempre alguém que nos diz para termos cuidado. Curiosamente os próprios banqueiros que, ape-sar de alterarem os spreads dos empréstimos à habitação das fa-mílias de forma unilateral, para manter e até subir os resultados anuais, têm medo do descalabro. Assiste-se hoje a um desenfrear de vendas em hasta pública de casas, património de famílias que não aguentam a pressão da banca e finanças que a todo o custo tentam travar as dívidas e incumprimentos de contribuintes e clientes. O mercado nacional recuou como era de esperar e as in-solvências e falências de todos aqueles que por um motivo ou ou-tro não resistem à pressão.
O que fazer à geração mais qualificada de sempre para tra-var a emigração forçada, e por vezes irrefletida, à espera de oá-sis noutras paragens, que por vezes se transformam em ver-dadeiros infernos? O que fazer com famílias destroçadas cheias de dificuldades e ameaças? Eis as questões que mais me preocupam.
Por fim, e porque não é de meu tom falar tão friamente das coisas, gostaria de exprimir uma última preocupação legítima a qualquer cidadão alentejano. Por que é que ainda não há caracóis e quanto custa o bilhete para o Tony Carreira na Ovibeja?
14 Já se esgotaram os argumentos em relação à candidatura do CANTE a Património Imaterial da Humanidade. A
documentação sobre a pretensão alentejana vai ser entregue em Paris, na próxima sexta-feira, na sede da Unesco. Por muito que, para alguns, esta iniciativa possa conter defeitos ou omissões, a partir deste instante as vozes, todas as vozes da região, devem estar em uníssono e a cantar bem alto, como se fossem apenas uma. É também isto o cante, não é? PB
Este é dos tais fim de semana que ninguém deve parar um segundo sequer em casa. Há FESTAS, feiras e romarias um pouco por toda
a região. E ementas para todos os gostos. A começar pelo peixe do rio que torna, ano após ano, à aldeia ribeirinha do Pomarão, Mértola, passando pela Feira do Porco Alentejano que de abre os apetites em Ourique e terminando com uma bela laranja de Vidigueira, no ano em que se celebra meio século do foral da Vila dos Gamas. PB
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15São os sinais dos tempos. A cada dia que passa há empresas que são obrigadas a FECHAR PORTAS, a suspender a atividade, a dispensar
funcionários. É uma tragédia coletiva que alastra pelo País, pela Europa, mas que se sente grandemente em regiões como a nossa, onde o emprego é, já antes era, um bem escassíssimo. Pelo que é sempre com redobrado pesar, aqui, entre nós, quando temos que dar essas notícias. Como hoje é o caso, apenas exemplificativo, da Metalomecânica Projetos Industriais Beja. PB
Há 50 anosA caminho da independênciada Argélia
“ O acordo de tréguas entre a França e os rebeldes da Argélia” era o título
principal da primeira página da edi-ção do “Diário do Alentejo” de 23 de março de 1962, precisamente há meio século.
Num país a mordaçado pela Censura fascista e já mergulhado na guerra colonial, na frente angolana, o vespertino bejense relatava com destaque os acordos de Evian, en-tre a França do general De Gaulle e a Argélia de Ben Bella e da Frente de Libertação Nacional:
“Após mais de sete anos de luta sangrenta em que morreram milhares de franceses e argelinos, acaba de ser firmado acordo de tréguas entre os representantes da França e os rebel-des da Argélia, na última conferência dos trabalhos respectivos que se rea-lizou em Evian e na qual ficou assente que a determinação de cessar-fogo en-trava em vigor ao meio-dia do dia 19 do corrente, o que se verificou.”
O artigo, assinado por M.A.S., transcrevia os termos do acordo so-bre cinco pontos: tréguas, período in-termédio, autodeterminação, exér-cito (a França tinha 240.000 soldados na colónia) e Sahara (onde havia sido descoberto petróleo...). E depois comentava:
“O primeiro grande passo para a pacificação e futura independên-cia da Argélia acaba de ser dado com este acordo; mas grandes dificuldades ainda surgirão e muito sangue será derramado antes de ser fixado o novo estatuto constitucional da Argélia.
A França firmou tréguas com os re-beldes argelinos; mas outro adversário se ergue intransigente de armas na mão – o ‘Exército Secreto’, que representa uma parte do Exército francês descon-tente e cerca de um milhão de france-ses residentes na Argélia [os colonos, conhecidos pelos pieds-noirs] que não se conformam com o cessar-fogo e o acordo firmado pelos representantes da França e dos rebeldes argelinos.
O general Salan [um dos chefes do ‘Exército Secreto’, o OAS, organiza-ção de índole fascista] interrompeu, em Orão, o discurso do Presidente De Gaulle, em que este comunicava e defendia o acordo de tréguas, uti-lizando a rádio e a televisão. O gene-ral Salan disse que ‘o cessar-fogo re-presenta uma retirada sem desculpa e um crime’ e afirmou que o ‘Exército Secreto’ continua o combate.
A França, mesmo depois de assi-nar o acordo com os rebeldes, enfrenta terríveis dificuldades e inquietações.”
Carlos Lopes Pereira
Iconografia pacense
Um panfleto postalda vila de Cuba em 1946 – retrato breve de um país não só de então…
A miséria que se vive em Portugal neste momento, com muito poucas variantes, além da perda de conforto geral e do recrescimento da fome, pois são sempre os mesmos
a pagar a crise económica – nomeadamente todos aqueles que ganham pouco, até menos que o ordenado mínimo que já não dá para quase nada, e aqueles outros cujos remediados rendimen-tos, controlados pelas empresas privadas e pelo Estado, não po-dem escapar ao sorvedouro vergonhoso dos impostos estatais e, claro, também dos desempregados sem qualquer rendimento –, não é só de agora, portanto, esta desgraça, ainda bem viva e consentida, já era vivida por uma maioria que viu agravada a sua condição social na 2.ª Guerra Mundial e nos anos subsequentes. No intuito de debelar o mal maior, mais visível, sempre houve troicas admitidas pelo Estado, ora internacionais, como agora, ora nacionais, como então, e não seria esse o único ano calami-toso, em 1946, de que nos “fala” este “postal ilustrado”, da vila alentejana de Cuba, que não é propriamente para turista ver. Os historiadores bem se fartam de pôr o dedo na ferida, apontando os porquês da evolução mais ou menos positiva das nações e in-dicando o que deve ser curado de vez, mas os políticos, a grande maioria deles, eleitos ou não, têm sido os maiores transgressores (quase nunca responsabilizados) do bem-estar dos povos.
Este pseudo-postal ilustrado de 1946, no anverso com uma reprodução fotográfica da entrada do Hospital da Misericórdia de Cuba – instalado no antigo convento do Carmo, de raízes seis-centistas, quase todo refeito no século XVIII a expensas do mor-gadio da família Baraona –, destinava-se a avisar a população re-sidente e não só, tal como hoje se faz com a distribuição de fleyrs (pequenos panfletos) para publicitar os eventos mais díspares, de que iria ter lugar no dia 25 de agosto de 1946, em Cuba, um cortejo de oferendas para a referida instituição hospitalar. O caso era sério, não havia dinheiro e também não haveria muita coisa para comprar, mas a junção de vontades, a conjugação de esfor-ços, poderia resolver os problemas mais prementes (não esque-cemos um outro postal do hospital de Beja, da década anterior ao de Cuba, intitulado “Auxiliai os doentes pobres” – o fim era o mesmo). Acreditamos que o “postal” de Cuba também servisse para angariar algum dinheiro, embora nele não conste qualquer valor, porquanto o de Beja o manifestasse.
Todavia, nesse tempo de infortúnio, especialmente para os pobres, e de ditadura política para quase todos, dois poemas de Campos de Figueiredo (1895-1965), dizendo muito mais do que aquilo que se lê sem pensar, e sem sair do espírito indulgente do cortejo, expunham no reverso do “postal” os verdadeiros signifi-cados, como só os poetas conseguem fazer, de “Amor e Caridade” e das “Esmolas de Pobres”. O conjunto dos poemas, mais a ilus-tração e o cortejo anunciado, constituíram então a mini-troica possível de auxílio ao hospital de Cuba, contributo a que respon-deram, obviamente, sempre os mesmos.
Imploramos ao leitor que atente nas entrelinhas dos poemas e que na sua reinterpretação insista, não vá alguém um dia des-tes dizer, se é que não se disse noutro lado qualquer, que o poeta é fascista…
Leonel Borrela
Carta ao diretor
O túmulo das Novas OportunidadesLuís Miguel Ricardo
Investigador na área de Educação e Formação de Adultos
(...) Volvido quase um ano de governação e de polémicas em torno da iniciativa Novas Oportunidades, ainda não se ouviu um ele-mento do PSD ou do CDS-PP falar do assunto com conheci-mento de causa. Constantemente confundem iniciativa Novas Oportunidades com Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências (RVCC). Julgam a primeira pelas metodologias dos segundos, sem entenderem o que são uma e ou-tro na estrutura educativa-formativa portuguesa.
A iniciativa Novas Oportunidades divide-se em duas va-lências. A vertente formativa, onde são englobados cursos de educação e formação de adultos, cursos de educação e forma-ção de jovens e formações modelares. E a componente de cen-tro RVCC, que permite aos cidadãos, impossibilitados de es-tudar no devido tempo, demonstrar, validar e certificar as competências adquiridas ao longo da vida em contextos for-mais, não-formais e informais. Será a esta segunda valência que os senhores deputados da maioria atribuem a responsabi-lidade de distribuírem “diplomas a granel” ou de dar “diplo-mas da ignorância”, fundamentando tais posições no tempo de duração de um processo de RVCC. Uma vez mais sobres-sai a falta de informação dos mesmos opinantes com respon-sabilidades, revelando um desconhecimento abissal do que é um processo de RVCC, confundindo-o com a escola concep-tual e com sistemas de aprendizagem. Em seis meses (tempo médio de duração de um processo de RVCC de nível secundá-rio) o candidato não pode aprender o mesmo que aprende um aluno em três anos de liceu. Mas um processo de RVCC não é um processo de aprendizagem. É um processo de demonstra-ção de saberes, resultantes de processos de aprendizagem de uma vida. Os seis meses são o tempo que o candidato tem para demonstrar, por diversas vias, os conhecimentos adquiridos ao longo da sua existência. Conhecimentos feitos e sólidos que o centro RVCC mais não faz do que verificar, validar e certifi-car, posicionando o candidato nos trilhos da aprendizagem ao longo da vida, bandeira de uma União Europeia promotora da igualdade de oportunidades entre os cidadãos.
Se estes senhores deputados fizessem o trabalho para o qual são pagos: investigar, pesquisar e documentar-se sobre os assun-tos em debate, de maneira a puderem participar de forma constru-tiva na discussão dos temas propostos, não se assistiria ao degra-dante cenário de quarta-feira à tarde (29 de fevereiro de 2012) na casa da democracia portuguesa, no qual o senhor Michael Seufert do CDS-PP foi o expoente máximo da arrogância e da ignorância, tecendo comentários balofos, porque vazios de fundamentação, e insultuosos para milhares de técnicos que sempre contribuíram com profissionalismo para dignificar a iniciativa, e para muitos mais milhares de cidadãos que recorreram a Rede de CNO para certificaram o esforço de uma vida, para concretizarem um so-nho que a adversidade de regimes pouco-democráticos lhes cas-traram à nascença.
Os centros de RVCC não são uma invenção do antigo go-verno socialista, nem são uma invenção portuguesa. Os centros de RVCC fazem parte dos sistemas educativos/formativos de paí-ses de vanguarda no capítulo das qualificações, de que são exem-plos os Estados Unidos da América, a França ou a Inglaterra. Haja coragem para se ignorar as quezílias partidárias e para se avaliar, sem preconceitos, o legado deixado pelos antecessores. A demo-cracia é incompatível com saberes totalitários.
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Quem está, está. Quem vai, vai. Na próxima sexta-feira, 30, é apresentada em Paris, na sede na Unesco, a candidatura do cante a Património Imaterial da Humanidade.
Uma iniciativa que partiu da Câmara de Serpa, mas que ao longo do seu percurso conseguiu reunir a quase totalidade das autarquias com grupos corais. E, mais
importante, obteve a adesão de 132 ranchos em torno do mesmo objetivo: chamar a atenção do mundo para a mais emblemática expressão cultural do Alentejo.
Agora, é tempo para que os próprios críticos se juntem ao grupo. E que cantem em uníssono. Porque é essa a essência do próprio cante: a voz de muitos é uma só. PB
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GRUPO CORAL DO SINDICATO DOS MINEIROS DE ALJUSTREL | GRUPO CORAL DO CENTRO REPUBLICANO OS
CIGARRAS | GRUPO CORAL DE ERVIDEL AS MARGENS DO ROXO | GRUPO CORAL FEMININO FLORES DA PRIMAVERA
| GRUPO CORAL FEMININO ROSAS DE ABRIL | GRUPO CORAL DA FREGUESIA DE S. JOÃO DE NEGRILHOS | GRUPO
CORAL E ETNOGRÁFICO VOZES DE ALMODÔVAR | GRUPO CORAL FLORES DO CAMPO DE ALMODÔVAR | GRUPO
CORAL AS ANDORINHAS DO ROSÁRIO | GRUPO CORAL AS MONDADEIRAS DE SANTA CRUZ | GRUPO CORAL
AS CEIFEIRAS DA SEMBLANA | ASSOCIAÇÃO DE CANTE CORAL ALENTEJANO DO CONCELHO DE ALVITO | GRUPO
CORAL AMIGOS DO CANTE | GRUPO CORAL FEMININO AS MADRUGADEIRAS | GRUPO CORAL FEMININO TERRA
DE CATARINA | GRUPO CORAL INFANTIL OS GIRASSÓIS DE BALEIZÃO | GRUPO CORAL MASCULINO DE BALEIZÃO |
GRUPO CORAL DO EXTERNATO ANTÓNIO SÉRGIO | GRUPO CORAL DA FREGUESIA DA CABEÇA GORDA | GRUPO CORAL
FEMININO DE MOMBEJA | GRUPO CORAL FEMININO DA CASA DO POVO DE NOSSA SENHORA DAS NEVES | GRUPO
CORAL DA CASA DO POVO DA SALVADA | GRUPO CORAL FEMININO AS ROSINHAS DE SANTA CLARA DE LOUREDO
| GRUPO CORAL FEMININO DO CENTRO DE CULTURA, RECREIO E DESPORTO DE SANTA VITÓRIA ESTRELAS DO
ALENTEJO | GRUPO CORAL FEMININO DO PENEDO GORDO AS ALENTEJANAS | GRUPO CORAL DOS CTT DO CDCR DE
BEJA | GRUPO CORAL MISTO SERÕES D’ ALDEIA | GRUPO CORAL VOZES DE CASÉVEL | GRUPO CORAL OS GANHÕES
| GRUPO CORAL AS PAPOILAS | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO OS CARDADORES | GRUPO CORAL FEMININO
AS ATABUAS | GRUPO CORAL FEMININO AS CEIFEIRAS DO ALENTEJO | GRUPO CORAL OS CEIFEIROS DE CUBA |
GRUPO CORAL CUBENSE OS AMIGOS DO CANTE | GRUPO CORAL FEMININO AS FLORES DO ALENTEJO | GRUPO
CORAL AS AMIGAS DO CAMPO | GRUPO CORAL SÃO LUÍS DE FARO DO ALENTEJO | GRUPO CORAL OS CORTICEIROS
DE VILA ALVA | GRUPO CORAL MISTO DE ALFUNDÃO | GRUPO CORAL OS TRABALHADORES | GRUPO CORAL
FEMININO ROSAS DE MARÇO | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO DA ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS DE FERREIRA DO
ALENTEJO | GRUPO MISTO CORAL ALMA NOVA | GRUPO CORAL DESFRUTAR DESTINOS | ASSOCIAÇÃO GRUPO CORAL
OS RURAIS | GRUPO CORAL E INSTRUMENTAL INFANTIL DE FIGUEIRA DE CAVALEIROS | GRUPO CORAL MISTO OS
RURAIS DE FIGUEIRA DE CAVALEIROS | GRUPO CORAL FEMININO MARGARIDAS DE MAIO | GRUPO CORAL MISTO
E ETNOGRÁFICO ALMA ALENTEJANA DE PEROGUARDA | GRUPO FEMININO AS MARGARIDAS DE PEROGUARDA |
GRUPO CORAL MINEIROS DA MINA DE SÃO DOMINGOS | GRUPO CORAL GUADIANA | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO
OS CALDEIREIROS DE SÃO JOÃO | GRUPO CORAL DA SOCIEDADE RECREATIVA AMARELEJENSE | GRUPO CORAL
FEMININO ESPIGAS DOURADAS DA CASA DO POVO DA AMARELEJA | GRUPO CORAL MASCULINO DA CASA DO
POVO DA AMARELEJA | GRUPO CORAL FEMININO TRIGUEIRAS DO ALENTEJO | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO DO
ATENEU MOURENSE | GRUPO CORAL FEMININO DE MOURA BRISAS DO GUADIANA | GRUPO CORAL MASCULINO
DA CASA DO POVO DE SANTO ALEIXO DA RESTAURAÇÃO | GRUPO CORAL FEMININO AS PAPOILAS DE SANTO
ALEIXO | GRUPO CORAL OS RESTAURADORES | GRUPO CORAL FEMININO ASSOCIAÇÃO SOL DA VIDA | GRUPO
CORAL MASCULINO DA CASA DO POVO DE SANTO AMADOR | GRUPO CORAL FEMININO DA ADASA (ASSOCIAÇÃO
DE DEFESA DO PATRIMÓNIO CULTURAL E AMBIENTAL DE SANTO AMADOR) | GRUPO CORAL MASCULINO DA JUNTA
DE FREGUESIA DO SOBRAL DA ADIÇA | GRUPO CORAL DE ODEMIRA | GRUPO CORAL DA CASA DO POVO DE SÃO
LUÍS | GRUPO CORAL VOZES FEMININAS DE AMOREIRAS-GARE | GRUPO DE CANTARES CANTA SÃO TEOTÓNIO |
GRUPO CORAL DE VILA NOVA DE MILFONTES | GRUPO DE CANTARES DA ASSOCIAÇÃO DE REFORMADOS E IDOSOS
DE VILA NOVA DE MILFONTES | GRUPO CORAL DE OURIQUE | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO DA CASA DO POVO
DE BRINCHES | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO OS CAMPONESES DE PIAS | GRUPO CORAL FEMININO AS CEIFEIRAS
DE PIAS | GRUPO CORAL DA ACADEMIA SÉNIOR DE SERPA | GRUPO CORAL OS CEIFEIROS DE SERPA | GRUPO CORAL
E ETNOGRÁFICO DA CASA DO POVO DE SERPA | RANCHO CORAL OS CAMPONESES DE VALE DE VARGO | GRUPO
CORAL FEMININO PAPOILAS DO ENXOÉ | GRUPO CORAL DE A-DO-PINTO | RANCHO DE CANTADORES DE ALDEIA
NOVA DE SÃO BENTO | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO DE VILA NOVA DE SÃO BENTO | GRUPO CORAL FEMININO
MADRIGAL | GRUPO CORAL FEMININO FLORES DO CHANÇA | GRUPO CORAL AMIGOS DA VIDIGUEIRA | GRUPO
CORAL OS VINDIMADORES | GRUPO CORAL DA ASSOCIAÇÃO DE IDOSOS E REFORMADOS DO BACELO | GRUPO
CORAL E ETNOGRÁFICO CANTARES DE ÉVORA | GRUPO CORAL DA ASSOCIAÇÃO DE HUMANIDADE E RESPEITO
PELOS IDOSOS DE ÉVORA | GRUPO CORAL E ETNOGRÁFICO PASTORES DO ALENTEJO | GRUPO CORAL FEMININO DE
CANTARES ALENTEJANOS DE GRANJA | GRUPO CORAL DA GRANJA | GRUPO CORAL FEMININO DA GRANJA FLORES
DE ABRIL | GRUPO CORAL DA LUZ | GRUPO CORAL DE MOURÃO | GRUPO DE CANTARES REGIONAIS DE PORTEL
| GRUPO CORAL DE TRABALHADORES DE MONTOITO | GRUPO DE CANTADORES DE REDONDO | GRUPO CORAL
GENTE NOVA DE CAMPINHO | GRUPO CORAL DA FREGUESIA DE MONSARAZ | GRUPO CORAL DA SOCIEDADE UNIÃO
PEROLIVENSE | GRUPO CORAL DA CASA DO POVO DE REGUENGOS DE MONSARAZ | GRUPO CORAL FEMININO
CANTARES DE ALCÁÇOVAS | GRUPO CORAL FEMININO ETNOGRÁFICO PAZ E UNIDADE DE ALCÁÇOVAS | GRUPO
CORAL DOS TRABALHADORES DAS ALCÁÇOVAS | GRUPO CORAL VELHA GUARDA DE VIANA DO ALENTEJO | GRUPO
CORAL E ETNOGRÁFICO DE VIANA DO ALENTEJO | GRUPO CORAL FEMININO DE VIANA DO ALENTEJO | GRUPO
CORAL ALENTEJANO DA BRANDOA | GRUPO CORAL OS ALENTEJANOS DA DAMAIA | GRUPO CORAL INFANTIL OS
ROUXINÓIS DA DAMAIA | GRUPO CORAL OS POPULARES DO CACÉM | GRUPO CORAL UNIDOS DO BAIXO ALENTEJO
| RUPO CORAL FEMININO ALENTEJANO CANTADEIRAS DE ALMA ALENTEJANA | ASSOCIAÇÃO GRUPO CORAL
E ETNOGRÁFICO AMIGOS DO ALENTEJO DO FEIJÓ | GRUPO CORAL FEMININO RECORDAR A MOCIDADE | GRUPO
CORAL ALENTEJANO OS AMIGOS DO BARREIRO | GRUPO CORAL DA COOPERATIVA DE CONSUMO DE GRÂNDOLA
| GRUPO CORAL ALENTEJANO O SOBREIRO | GRUPO CORAL AUSENTES DO ALENTEJO | GRUPO CORAL 1.º DE
MAIO DO BAIRRO ALENTEJANO | GRUPO CORAL DA CASA DO POVO DE CERCAL DO ALENTEJO | GRUPO CORAL
OPERÁRIO ALENTEJANO DO C.C.D. PAIVAS | GRUPO CORAL ALENTEJANO LÍRIO ROXO | GRUPO CORAL OS AMIGOS
DO INDEPENDENTE DE SETÚBAL | GRUPO CORAL OS AMIGOS DOS SADINOS | GRUPO CORAL DA SANTA CASA DA
MISERICÓRDIA DE SINES | GRUPO CORAL ALENTEJANO DE TUNES.
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Campeonato Nacional de Juniores Fase de permanência série D – (2.ª jornada): Atlético-Despertar, 8-1; Oeiras-Des portivo Portugal, 3-0; Lusitano de Évora-Imor tal, 1-1; União de Montemor-Farense, 2-0; Classificação: 1.º Atlético, 28 pontos. 2.º Oeiras, 25. 3.º Farense, 15. 4.º Lusitano Évora, 13. 5.º Despertar, 12. 6.º Imortal, 11. 7.º Desportivo Portugal, 11. 8.º União de Montemor, 7. Próxima jornada (24/3): Atlético-Oeiras; Desportivo Portugal-Lu si-tano de Évora; Imortal-União de Montemor; Despertar-Farense.
Campeonato Distrital de Juniores (14.ª jor-nada): Amarelejense-Piense, 1-1; Aljustrelense - -Desportivo de Beja, 2-2; Vasco da Gama --São Domingos, 5-0; Odemirense-Castrense, 3-0; Almodôvar -Mou ra, 0-5. Classificação: 1.º Moura, 37 pontos. 2.º Castrense, 31. 3.º Odemirense, 30. 4.º Desportivo de Beja, 25. 5.º São Domingos, 17. 6.º Piense, 17. 7.º Aljustrelense, 15. 8.º Almodôvar, 10. 9.º Vasco da Gama, 10. 10.º Amarelejense, nove. Próxima jornada (24/3): Castrense-Amarelejense; Piense-Al jus trelense; Desportivo de Beja-Vasco da Gama; Moura-São Domingos; Almodôvar --Ode mirense.
Campeonato Distrital de Juvenis (10.ª jor-nada): Desportivo de Beja-Despertar, 1-4; Aljustrelense-Aldenovense, 3-1; Castrense - -Mou ra, 3-1; Sporting de Cuba-Boavista, 5-1. Classif icação: 1.º Despertar, 30 pon-tos. 2.º Moura, 21. 3.º Desportivo de Beja, 21. 4.º Castrense, 15. 5.º Aldenovense, 13. 6.º Aljustrelense, nove. 7.º Boavista, seis. 8.º Sporting de Cuba, quatro. Próxima jornada (25/3): Moura-Desportivo de Beja; Despertar - -Al jus trelense; Boavista-Aldenovense; Sporting de Cuba-Castrense.
Campeonato Distrital de Iniciados (20.ª jor-nada): Odemirense-Desportivo de Beja, 1-3; Amarelejense-Despertar, 3-1; Serpa-Almo-dôvar, 0-2; Ourique-Milfontes, 1-1; Bairro da Conceição-Negrilhos, 4-1; Ferreirense-Gua-diana, 0-2. Classificação: 1.º Desportivo de Beja, 52 pontos. 2.º Odemirense, 49. 3.º Moura, 40. 4.º Serpa, 38. 5.º Despertar, 27. 6.º Guadiana, 26. 7.º Amarelejense, 26. 8.º Almodôvar, 25. 9.º Milfontes, 19. 10.º Bairro da Conceição, 15. 11.º Ferreirense, 13. 12.º Ourique, oito. 13.º Negrilhos, seis. Próxima jornada (25/3): Desportivo de Beja-Amarelejense; Despertar - -Ser pa; Almodôvar-Ourique; Milfontes - -Bairro da Conceição; Negrilhos-Ferreirense; Guadiana-Moura. Campeonato Distrital de Futsal (11.ª jor-nada): AdvnsBento-IP Beja, 4-5; Vila Ruiva - -Al mo dovarense, 2-7; A.Surdos Beja-Al co-fo rado, 1-3; Alfundão-Sporting de Moura, 1-3. Classificação: 1º I.P.Beja, 25 pontos. 2.º Almodovarense, 24. 3º Sporting de Moura, 23. 4.º Alcoforado, 23. 5.º AdvnsBento, 22. 6.º Alfundão, 16. 7.º Vila Ruiva, seis. 8.º A.Surdos Beja, 0. Próxima jornada (23/3): Sporting de Moura-I.P.Beja; Alfundão-Almodovarense; AdvnsBento-Alcoforado; A.Surdos Beja-Vila Ruiva.
Taça Distrito de Beja Seniores Femininos – (5.ª jornada): Ourique-Serpa, 2-4; Benfica de Almodôvar-Odemirense, 2-9; Aljustrelense --Ben fica Castro Verde, 2-1. Classificação final: 1.º Aljustrelense, 15 pontos. 2.º Benfica Castro Verde, 12. 3.º Serpa, nove. 4.º Odemirense, seis. 5.º Ourique, um. 6.º Benfica Almodôvar, um.
Taça Joaquim Branco A primeira jornada da Taça Joaquim Branco (Benjamins) dis-puta-se amanhã com a realização dos seguin-tes jogos (10 e 30 horas) – série A: Benfica de Beja-Sporting de Beja; Beringelense-Vasco da Gama; Bairro da Conceição Serpa; Alvito --Desportivo de Beja. Série B: Figueirense-Mil-fontes; Guadiana-Odemirense; Despertar A-Al-mo dôvar; Aljustrelense-Ourique.
Taça dr. Covas Lima A ronda inaugural da Taça Dr. Covas Lima (infantis) joga-se ama-nhã pelas 10 e 30 horas com o seguintes qua-dro de jogos – série A: Aldenovense-Despertar B; Beringelense --Sporting de Cuba; Sporting de Beja-Alvito. Série B: Almodôvar-Bairro da Conceição; Ourique-Milfontes; Castrense-Al-jus trelense.
Futebol juvenil
Hoje palpito eu...
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Desporto
Nacional 2.ª Divisão
24.ª jornada
Fátima-Pinhalnovense ...................................................... 1-0Louletano-Juventude Évora ............................................ 1-0At. Reguengos-Mafra .........................................................1-1Monsanto-Caldas ................................................................0-1Carregado-Est. Vendas Novas ..........................................2-1Sertanense-1.º Dezembro .................................................2-1Torreense-Oriental ............................................................ 0-0Tourizense-Moura .............................................................. 1-0
J V E D G P
Torreense 24 13 9 2 39-18 48Oriental 24 14 4 6 45-16 46Carregado 24 13 6 5 47-31 45Fátima 24 13 6 5 35-24 45Pinhalnovense 24 13 3 8 35-26 42Mafra 24 9 11 4 27-17 38Louletano 24 10 7 7 22-21 37Sertanense 24 9 7 8 28-27 34E. Vendas Novas 24 10 4 10 32-26 34Juventude Évora 24 8 3 13 24-32 27At. Reguengos 24 5 9 10 25-38 241.º Dezembro 24 6 6 12 23-27 24Tourizense 24 5 9 10 19-31 24Monsanto 24 4 9 11 18-32 21Moura 24 5 4 15 19-47 19
Caldas 24 3 7 14 13-38 16
Próxima jornada (25/3/2012): Moura-Fátima, Pinhalnovense - -Lou letano, Juventude Évora-At. Reguengos, Mafra-Mon-santo, Caldas-Carregado, Estrela Vendas Novas-Sertanense, 1.º Dezembro-Torreense, Oriental-Tourizense.
Distrital 1.ª Divisão
21.ª jornada
Rosairense-Desp.Beja ....................................................... 2-0Sp.Cuba-Milfontes ............................................................. 0-2Castrense-Aldenovense ....................................................5-2Odemirense-Ferreirense ...................................................1-2Vasco da Gama-Almodôvar ..............................................3-2Guadiana-FCSerpa ............................................................. 1-0Panoias-S.Marcos ................................................................1-3
J V E D G P
Castrense 21 17 4 0 52-9 55Milfontes 21 16 2 3 41-16 50Ferreirense 21 11 5 5 36-31 38Vasco da Gama 21 11 1 9 49-31 34Aldenovense 21 11 0 10 34-24 33Rosairense 21 9 4 8 33-29 31FCSerpa 21 8 6 7 27-26 30Odemirense 21 9 2 10 31-31 29Panoias 21 8 4 9 25-34 28Almodôvar 21 7 5 9 38-35 26Desp.Beja 21 6 4 11 24-30 22S.Marcos 21 5 4 12 21-54 19Guadiana 21 5 2 14 22-51 17
Sp.Cuba 21 2 1 18 16-48 7
Próxima jornada (25/3/2012): Odemirense-Sp.Cuba, Ferrei-rense-Rosairense, Desp.Beja-Castrense, FCSerpa-Vasco da Gama, S.Marcos-Guadiana, Aldenovense-Panoias, Desp.Beja --Milfontes.
Domingo, o Moura joga em casa uma das últimas cartadas na luta pela per-manência na II Divisão. No Algarve, o Mineiro inicia a segunda fase da III Divisão Nacional frente ao Esperança de Lagos, com toda a tranquilidade. Já o Despertar, frente ao Redondense, em Beja, parte para uma missão (quase) impossível. No Distrital da I Divisão, o Castrense defronta o Desportivo, em Beja, como favorito, com os ouvidos em Almodôvar, à espera que o Milfontes perca pontos. Na II divisão, o Ferrobico tem na Amareleja uma prova difícil: se ganhar afasta um dos três segundos classificados, mas se perde, complica a luta pela vitória.
A seis jornadas do fim, o Moura Atlético Clube, precisa mesmo de um milagre para fugir à despromoção.
Depois do desaire fora, frente ao Tourizense, pela margem mínima, num golo sofrido através de uma grande penalidade, recebe o Fátima, que é o 4.º classificado. A equipa da cidade de Salúquia não ganha desde 29 de março, e dos 18 pontos que faltam disputar dava-lhe jeito ganhar todos.
Reguengos e Juventude de Évora, respeti-vamente, nos 10.º e 11.º lugares, estão mesmo acima da linha de água, e vão medir forças num combate fratricida. Já o Vendas Novas, que su-biu esta época, tal como o Moura, e está num “confortável” 9.º lugar, recebe o Sertanense e pode dar um pulo na tabela classificativa.
III Divisão regressa Mineiro e Despertar vão regressar à competição, mas agora em cir-cunstâncias diferentes: enquanto os aljus-trelenses lutam pela vitória, sem o espec-tro da despromoção; o “rasga” vai ter de lutar até à exaustão pela permanência, já que parte apenas com dois pontos, menos
oito que o Redondense (5.º), exatamente o seu adversário de domingo, no Complexo Desportivo Fernando Mamede.
Já o Mineiro inicia a segunda fase com 17 pontos, a 11 do Farense, mas será difí-cil anular a diferença e chegar ao título. Para começar tem de bater o Esperança de Lagos, no Algarve, o que, tendo em conta os resultados da primeira fase, não é de todo impossível.
Castrense mais perto do título No “distrita-lão” o Castrense é favorito na deslocação a Beja para defrontar o Desportivo, mas não deixará de estar atento ao que se passa em Almodôvar, onde o Milfontes, segundo clas-sificado, a apenas cinco pontos, irá ter um jogo difícil. O resto da concorrência já se en-contra muito longe para incomodar, sendo o Sporting da Cuba, o “lanterna vermelha”, com apenas sete pontos.
Na segunda divisão, a oito jornadas do termo do campeonato, o histórico Ferrobico desloca-se a Amareleja, um dos três clubes, juntamente com o Piense e o Saboia, que per-seguem o líder a cinco pontos de distância. Mas o Bairro da Conceição, com menos um ponto, recebe o Saboia, e se não quiser hipote-car a subida tem de o bater.
Futsal: Baronia joga em Sines Realiza-se ama-nhã, sábado, a 19.ª jornada do Campeonato Nacional de Futsal da 3.ª Divisão, com o con-fronto entre os Independentes de Sines e o Desportivo da Baronia, numa partida mar-cada para as 18 horas. Com posições bem diferentes na tabela, os Independentes as-sumem o favoritismo, devido ao terceiro lu-gar, em contraste com a décima segunda po-sição do adversário. Os sineenses vêm de um triunfo em Messines (6/8) e o Baronia foi der-rotado em casa pelos Indefetíveis de Alhos Vedros (2/5). Firmino Paixão
Campeonatos entram na reta final
Moura reza por milagre
Mineiro Aljustrelense União foi a base do sucesso da equipa Milfontes ganhou A equipa do litoral não desiste de perseguir o Castrense
João Capristano Silva “Jones”
(2) ALMODÔVAR//MILFONTESJogo muito difícil para as duas equipas, mas atribuo o favoritismo ao Milfontes, que não quererá dilatar a dife-rença de cinco pon-tos para o líder.
(X) SERPA//VASCO DA GAMASerá uma partida muito bem dispu-tada, entre duas equi-pas que se equivalem, o Serpa joga em casa mas o Vasco está mo-ralizado. Empatam.
(1) SÃO MARCOS//GUADIANAJogo entre as duas equi-pas que estão em risco de despromoção. O fa-tor casa e a motivação da vitória em Panoias leva-me a apostar no triunfo do São Marcos.
(1) ALDENOVENSE//PANOIASA jogar em casa o Aldenovense é franca-mente favorito, ape-sar de alguma oposição que os visitantes cer-tamente exercerão.
(2) DESPORTIVO//CAS TRENSESerá um jogo compli-cado pela motivação dos bejenses em joga-rem com o líder do cam-peonato. Apesar disso, o Castrense ganhará.
(1) FERREIRENSE//ROSAIRENSEA recente vitó-ria em Odemira signi-fica uma fase ascen-dente da equipa de Ferreira do Alentejo que nesta partida re-úne o meu favoritismo.
(1) ODEMIRENSE/ /SPORTING DE CUBA O Odemirense não vai deixar escapar os três pontos num jogo em que o adversá-rio é o último classifi-cado do campeonato...
Quem se recordar do período áureo do Desportivo de Beja na 2.ª Divisão Nacional, nos anos
oitenta, recordará quatro grandes jogadores oriundos de Aljustrel, determinantes em muitas
jornadas de glória: Ameixa, Formoso, Jones e Pinheiro. João Capristano Silva, ou Jones, como
ficou conhecido no mundo da bola, nasceu em Cabo Verde, onde se iniciou no futebol, no Grémio
Desportivo Castilho, de São Vicente. Já em Portugal, Jones representou o Sport Clube Mineiro
Aljustrelense durante oito épocas, de onde saiu para o Desportivo de Beja, acabando a carreira
desportiva em Castro Verde. Hoje, com 60 anos, este antigo mineiro já está aposentado.
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São gentes que trabalham, outros aposentados. Não olhemos às idades que cada um ostenta, mas o espírito reinante que envolve o grupo em cada fim de semana. O desporto é a razão que os motiva a praticarem uma modalidade que lhes preenche a alma: o ciclismo. Um ciclismo amador, claro, mas onde se constatam pequenas maldades feitas a um companheiro que por ironia do destino se deparou com eventuais problemas físicos não conseguido superar a pedalada agreste imposta pelos mais fortes. O pelotão tem regras, dizem. Porém, com o evoluir da tirada, o grupo divide-se. Trabalha-se na ponta do elástico. Chovem as gargalhadas. Enaltecem-se as finezas. Uma pretensa avaria na bicicleta apresenta-se como uma opção para uma esfarrapada desculpa. Abelardo, Mestre de nome e mestre nestas andanças, não perde pitada destes delírios velocipédicos em que prolifera um puro amadorismo e sobretudo uma camaradagem entre gentes trabalhadoras cujo objetivo assenta na prática desportiva e no prazer em descobrir o odor da planície de um Alentejo que sonha com uma caixa de pandora iluminada. “A guarda já não quer isto”, confidenciava-me o Abelardo no passado domingo na altura do ajuntamento. “Manda --nos encostar e dividirmo - -nos em grupos pequenos”, adiantou. “Isto já parece a Volta ao Alentejo, hoje somos trinta e tal”, concluiu. Abordei o grupo para dois dedos de conversa numa das rotundas principais de Beja, aquela que nos indica o destino para a Base Aérea. Confesso que fiquei entusiasmado com a dinâmica da rapaziada. Quem chegava era motivo para mais uma dica. Abelardo, com a máquina fotográfica em punho, registava a chegada dos craques atrasados. “Hoje isto está mesmo bom”, comentava Luís Água - -Doce. Eu limitei-me a registar a azáfama desportiva entre gentes amadoras e conclui: “Aqui está a verdadeira casta dos tigres da rotunda!”. Fica o exemplo dos bravos desportistas.
Tigres da rotunda
José Saúde
O Sport Clube Mineiro Aljustrelense venceu a Taça Distrito de Beja
em seniores femininos, depois de ter derrotado a formação da Casa do Benfica de Castro Verde, por 2-1, no Estádio Municipal de Aljustrel, naquela que foi a derra-deira jornada da competição.
Nas cinco jornadas da taça as “mineiras” conseguiram outras
tantas vitórias, marcaram 24 go-los e sofreram oito, concluindo a prova com três pontos de avanço sobre a formação benfiquista de Castro Verde.
Além destas duas equipas par-ticiparam o Odemirense, o Serpa, o Ourique e a Casa do Benfica de Almodôvar, as mesmas equipas que disputam o campeonato distrital de seniores femininos, que atualmente
é liderado pelo Aljustrelense, com seis pontos de avanço sobre o Serpa, quando faltam três jornadas para o final, sendo provável que as minei-ras consigam a “dobradinha”.
A equipa do Aljustrelense é treinada por Vera Costa e tem no seu plantel Ana Rita Nascimento, ambas ex-jogadoras da seleção nacional feminina.
Firmino Paixão
A 5.ª Volta ao Concelho de Almodôvar em Ciclismo, na categoria de masters
(veteranos), disputa-se este fim de semana, dias 24 e 25, coinci-dentes com o período em que es-tará também na estrada a 30.ª Volta ao Alentejo.
A prova é organizada pela Câmara Municipal de Almodôvar e pela Casa do Benfica local e conta com um percurso de 143 quilóme-tros, divididos em três etapas, en-tre elas uma crono escalada.
No primeiro dia de prova (24) realiza-se uma etapa em linha na distância de 94,6 quilómetros, com saída de Almodôvar (15 horas) e passagem por Aldeia dos Fernandes
– meta volante (15 e 18 horas), A-do-Neves (15 e 29), Almodôvar – meta volante (15 e 41), Dogueno – meta volante (16 e 01); Corte Figueira Mendonça (16 e 12), Atalaia – pré-mio montanha 3.ª categoria (16 e 25), Fontes Ferrenhas (16 e 33), Curvatos (16 e 41) Almodôvar (16 e 52); Santa Clara-a-Nova (17 e 07) e Santinha – prémio montanha 3.ª categoria (17 e 15).
No domingo, 25, realizam-se duas tiradas, a primeira no sis-tema de crono escalada na dis-tância de 3,4 quilómetros, com partida às 10 horas da praça da República, em Almodôvar, e pas-sagem pela rua Serpa Pinto, es-trada de São Sebastião, Azinhaga
do Poço de Ourique, variante do Poço de Ourique, antiga es-trada de Ourique e meta em Santo Amaro (10 e 05). Pela tarde cum-pre-se um circuito de 45 quilóme-tros, com 10 voltas a um percurso traçado na variante do Poço de Ourique. Esta etapa começa às 16 horas e tem chegada prevista para as 17 e 20 horas.
Em tempo de preparação para a época, a equipa da Casa do Benfica de Almodôvar esteve no último fim de semana em Sintra, na prova de abertura, onde asse-gurou o segundo lugar por equi-pas, metendo quatro corredores entre os 12 primeiros.
Firmino Paixão
Andebol Zona Azul festejouA equipa sénior de andebol da
Associação Cultural e Recreativa
Zona Azul, de Beja, concluiu a 1.ª
fase do Nacional da 3.ª Divisão
com uma vitória (23/17) sobre a
equipa do Torrense e festejou com
os seus adeptos o primeiro lugar
conquistado na zona sul, com 57
pontos, depois de uma excelente
série de 19 jogos sem conhecer a
derrota. A segunda fase da prova,
ou seja, a provável caminhada dos
bejenses para a segunda divisão,
vai iniciar-se no próximo dia 30,
e os próximos adversários serão o
Ílhavo, Modicus, Monte, Samora
Correia e Boa Hora. Classificação
final: 1.º Zona Azul, 57 pontos;
2.º Boa Hora, 55. 3.º Torrense, 51.
Outros resultadosNacional da 1.ª Divisão Iniciados
Masculinos (5.ª jornada):
Samora Correia-CCPSerpa, 28 -
–15. Campeonato do Alentejo
Minis Masculinos (5.ª jornada):
CCP Serpa-Zona Azul, 18 -
-17; Évora-Ponte Sor, 30-10.
Torneio Complementar do
Alentejo Iniciados Masculinos
(3.ª jornada): Redondo -
-Vidigueira, 10-21; Ponte Sor -
-Zona Azul, 37-32. Nacional
Infantis Masculinos (5.ª jornada):
Zona Azul-Cruz de Malta, 30 -
-21; Portalegre-Évora, 23-22.
Nacional de Juvenis Masculinos
2.ª Divisão (3ª jornada):
Évora-Portalegre, 29-24.
Basquetebol Beja Basket venceuO Beja Basket Clube venceu
o Clube de Basquetebol de
Tavira (93/56) na jornada de
encerramento da 1.ª fase do
Nacional de Basquetebol da 2.ª
Divisão. A equipa classificou-se
no 2.º lugar com 20 pontos,
menos três que os Salesianos de
Évora, que se apuraram para a
segunda fase do campeonato.
Atletismo Prémio Dr. Gradiz em Cuba Realiza-se amanhã, sábado,
na vila de Cuba, o 10.º Grande
Prémio de Atletismo Dr. Carlos
Gradiz, prova de estrada
destinada a todos os escalões
etários, que terá início às 14 e 30
horas no largo Cristóvão Cólon.
Três etapas muito competitivas em Almodôvar
5.ª Volta em Ciclismo
Mineiras a caminho da “dobradinha”
Aljustrelense venceu Taça Distrito de Beja
A fase final do Campeonato Distrital
de Infantis tem início amanhã com o
seguinte calendário de jogos: Moura -
-Despertar A; Odemirense-Vasco da
Gama; Rio de Moinhos-Guadiana.
As partidas iniciam-se às 11 horas.
Fase final do campeonato
distrital de infantis
A fase final do Campeonato
Distrital de Benjamins começa
amanhã a disputar-se com o
seguinte quadro de jogos, marcados
para as 11 horas: Aldenovense -
-Castrense; Renascente-Ferreirense;
Despertar B-Sporting de Cuba.
Fase final do campeonato
distrital de benjamins
Columbófilia Realiza-se amanhã, sábado, a primeira prova do Campeonato de Meio Fundo da Associação Columbófila do Distrito de Beja. A solta ocorrerá na localidade espanhola de Ciudad Real, para as zonas Centro Leste e Sul (360 quilómetros de linha de voo).
Fosso olímpico O Campo de Tiro João Rebelo, em Beja, re-cebe no domingo, 25, a 3.ª Contagem Regional Sul do Campeonato de Portugal de Tiro aos Pratos na modalidade de fosso olímpico (75 pratos). A prova é organizada pelo Clube de Caçadores do Baixo Alentejo.
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As Piscinas Municipais de Ferreira do Alentejo acolheram o primeiro estágio das equipas nacionais de kayak polo, onde estão integrados seis atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja.
Texto e foto Firmino Paixão
João Ribeiro, técnico nacio-nal da modalidade, referiu ao “Diário do Alentejo” que
este foi o primeiro estágio do ano e que tem como objetivo “a prepa-ração das equipas nacionais para o campeonato do mundo que se realizará em setembro deste ano na Polónia”. “Estamos a trabalhar com três equipas – seniores, sub/21 e sub/18 –, sendo que a participa-ção no mundial será apenas para os seniores e, possivelmente, para os sub/21, que está ainda dependente da qualificação”, adiantou.
O técnico da Federação Portu-guesa de Canoagem justificou a presença das seleções no Alentejo sublinhando que “é sempre um prazer” estarem em Ferreira do Alentejo, até pela ajuda que têm do clube local (Ferreira Ativa)”: “Eles são inexcedíveis no apoio, o do mu-nicípio local também, nomeada-mente com a cedência da piscina e do pavilhão”, disse. O técnico elo-giou ainda as condições oferecidas para realização do estágio: “Temos umas condições ótimas, o campo
está montado, a piscina tem uma excelente zona verde envolvente, que nos permite fazer trabalho di-ferenciado, e é um sítio central e equidistante para os vários núcleos de kayak polo que temos no Sul do País: Beja, Fronteira, Setúbal, Lisboa”.
O programa de preparação das seleções prosseguirá com a parti-cipação em torneios nacionais e internacionais e com a realização de estágios mensais, sendo de pre-ver, segundo informação colhida junto dos responsáveis federati-vos, que a Piscina de Ferreira do Alentejo volte a ser escolhida para
receber uma segunda etapa de preparação das equipas nacionais.
A presença de seis atletas da Associação Juvenil Pagaia Sul, de Beja, é, segundo o técnico nacio-nal, o resultado do “desenvolvi-mento e da aposta que o clube tem feito, nomeadamente em equipas muito jovens, e é um facto que será uma das equipas mais represen-tadas, este ano pela primeira vez com um atleta nos seniores [João Roque], que fez os escalões to-dos até sub/21”. Mas o clube, disse ainda João Ribeiro, “tem também atletas nos sub/21 e nos sub/18, uma aposta que o Pagaia Sul de
Beja tem feito na área da formação e cuja evolução está a dar frutos com a chegada desses atletas às se-leções nacionais”.
Ainda que este tenha sido o primeiro estágio da temporada, a perspetiva destes atletas estarem na Polónia a competir no euro-peu da modalidade é elevada, se-gundo o técnico federativo: “Neste momento estão todos em pé de igualdade”, disse. E lembrou: “No ano passado ao nível do sub/21 o Pagaia Sul teve três jogadores no europeu, em Espanha, com uma performance bastante interes-sante, e este ano, quer ao nível dos
sub/21, quer dos seniores, tem le-gitimidade para manter essa am-bição. São jogadores que já ga-nharam hábitos de integração e representação da seleção, agora é uma questão de treinarem, por-que ainda estamos a seis meses do campeonato do mundo”.
Quanto às expectativas de cres-cimento do kayak polo para além dos núcleos já existentes, Ferreira Ativa e Pagaia Sul, João Ribeiro explicou: “Esta modalidade é um pouco complicada, pelo investi-mento que é preciso fazer em ma-terial, ou seja, não é apenas um barco, é preciso uma frota, 10 bar-cos, coletes, capacetes, pagaias es-pecíficas para a modalidade, o que origina um grande investimento dos clubes e, numa altura como a que vivemos, é sempre difícil, ou seja, os clubes que têm já o mate-rial conseguem ir mantendo a ati-vidade, para os outros torna-se muito difícil”.
O técnico revelou ainda: “Não sendo esta uma modalidade olím-pica, é menos atrativa e depois de-pende da existência de planos de água muito específicos, piscinas ou planos de água parada, sem cor-rentes nem marés, em Mértola ou Milfontes, onde temos outros clu-bes filiados, será sempre compli-cado montar um campo de kayak polo e muitas vezes não temos os clubes que desejávamos por ter-mos essas limitações”, concluiu.
Para trás já ficou o trajeto en-tre Castelo de Vide e a vila de Redondo, etapa cor-
rida ontem na abertura desta edi-ção da Alentejana. A caravana ruma hoje ao litoral e amanhã o início da etapa será em Odemira, percorrendo a costa alentejana até Sines, de onde
flete para o interior rumo a Ourique (rampa da avenida 25 de Abril), cuja chegada proporciona, habitualmente, excelente espetáculo. Domingo cum-pre-se a quarta e última tirada, do rio Guadiana para as proximida-des do mar, ou seja, de Mértola para a vila de Grândola, onde o palco fi-
nal será, estamos certos, suficiente-mente fraterno para laurear os ven-cedores desta edição de 2012 da Volta ao Alentejo e confirmará o recorde de um novo vencedor ou festejará a vitória inédita de um dos (agora) dois ciclistas a rolar no pelotão capazes de romper a tradição.
Capitais de distrito fora da Volta As três capitais de distrito ficaram fora do roteiro da prova. Num ano em que a corrida saiu da serra de São Mamede para a serra d’Ossa, deixa o sopé do Mendro para atravessar a planície até às ruínas de Miróbriga, larga da zona
ribeirinha de Odemira recortando o litoral, entrando na faixa piritosa até ao Campo Branco, esvaindo -se em Ourique. Por fim, deixa a zona ribei-rinha de Mértola e, à vista do castelo de Beja, ruma de novo ao litoral, gal-gando a planície para concluir o seu desenho na vila que Zeca Afonso eter-nizou com “Terra de Fraternidade”. Beja, Évora e Portalegre veem a volta passar ao longe e o caso mais gritante é mesmo o de Beja, ausência que o dire-tor técnico da prova Joaquim Gomes, elegantemente, justificou: “A quilome-tragem da etapa não nos permite en-trar em Beja”. Quando o que estava em
causa era um acréscimo de nove qui-lómetros para a caravana contornar a variante sul, em vez de “fugir” da ci-dade pela estrada das Cavadas, à falta de apoio financeiro do município.
Um baixo alentejano no pelotão O cubense João Letras, de 20 anos, a pe-dalar com a camisola do Centro de Ciclismo José Maria Nicolau, é o rosto do Baixo Alentejo no pelotão interna-cional desta Alentejana. “Terminar as etapas dentro dos 10 primeiros”, é a ambição revelada pelo corredor, “or-gulhoso por participar pela segunda vez na Volta ao Alentejo”.
Outros resultados de hóquei em patins Nacional de Iniciados Sul D (4.ª jornada): Estremoz --Benfica, 2-6; Paço d’Arcos-CP Beja, 11-0; Cascais,3 -Vasco da Gama, 5. Classificação: 1.º Benfica, 12 pontos. 2.º Paço d’Arcos, nove. 3.º H.Vasco da Gama, seis. 4.º Estremoz, quatro. 5.º Cascais, dois. 6.º C.P.Beja, um. Próxima jor-nada (24/3): CP Beja-Estremoz; Benfica-Cascais; H.Vasco
da Gama-Paço d’Arcos. Nacional de Juvenis Sul D (4.ª jor-nada): H.Santiago-Benfica, 2-13; Seixal-CP Beja, 7-5; S.Carvalhais-Sesimbra, 4-2. Classificação: 1.º Benfica, 12 pontos. 2.º S.Carvalhais, nove. 3.º Seixal, nove. 4.º CP Beja, seis. 5.º H.Santiago, zero. 6.º Sesimbra, zero. Próxima jor-nada (24/3): Sesimbra-H.Santiago; Benfica-Seixal; CP Beja-S.Carvalhais.
Seis atletas de Beja nas três seleções de kayak polo
Pagaia Sul com os olhos na Polónia
Kayak polo João Roque, da Pagaia Sul de Beja (n.º6) pode estar no mundial da Polónia em setembro
Alentejana termina no domingo em Grândola
Um final fraterno no palco da Vila MorenaO pelotão da 30.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta/Crédito Agrícola Costa Azul volta esta manhã à estrada para cumprir a segunda etapa, rolando mais de 190 quilómetros, a tirada mais extensa do certame, entre Portel e Santiago do Cacém. O cubense João Letras é o único alentejano em prova.
Texto Firmino Paixão
Hóquei de Grândola
sozinho na taça
Depois de uma ronda de Taça de Portugal desastrosa para a grande maioria das equipas alentejanas
(só o Hóquei de Grândola prossegue em prova), regressam os campeonatos nacionais. Na 3.ª
Divisão, numa ronda em que folga o Castrense, o Hóquei de Grândola receberá amanhã o Seixal
e o Aljustrelense desloca-se ao pavilhão da Juventude Salesiana. O Estremoz joga em casa com o
Azeitonense. Na 2.ª Divisão Nacional o H. Vasco da Gama jogará no recinto do Biblioteca. Resultados
da 2.ª eliminatória da Taça de Portugal: Lourinhã-H.Grândola, 3-5; Castrense-Biblioteca, 3-13;
Salesiana-Aljustrelense, 8-6; Estremoz-Campo de Ourique, 3-4; Boliqueime-Vasco da Gama, 5-4.
Diário do Alentejo23 março 2012
21
* O melhor das Amendoeiras em Flor –
Trás os Montes – PROGRAMA ESPECIAL -
Dias 03 e 04 de Março
* NOVA OPORTUNIDADE – “ORA VIRA €
TROIKA O PASSOS” – Dia 4 de Março no
Teatro Maria Vitória
* Fim de semana na Serra da Estrela –
Visitando: Museu do Pão em Seia – Man-
gualde – Linhares da Beira – Almoço no
“Albertino” em Folgozinho - Torre – Dias
10 e 11 de Março
* DISNEY ON ICE – “MUNDOS DE FAN-
TASIA” – DIA 25 DE MARÇO – PAVILHÃO
ATLÂNTICO
* Na Rota dos Templários – Visitando
Vila do Rei – Ferreira do Zêzere – Tomar –
Convento de Cristo – Castelo de Almou-
rol – Dia 11 de Março
* Fallas de Valência – A grande Festa de
Espanha – De 17 a 21 de Março
* Festival Internacional do Chocolate
em Óbidos – Dia 18 de Março
* “JUDY GARLAND – O FIM DO ARCO
IRIS” – TEATRO POLITEAMA – DIA 18 DE
MARÇO
* Fim-de-semana em Coimbra – Com
passeio de barco no Mondego e visita ao
Mosteiro de Lorvão – De 24 a 25 de Março
* Mariscada na Ericeira “Restaurante
César” – Dia 25 de Março
* Passeio à Serra da Estrela – Dia 25 de
Março – NOVA OPORTUNIDADE!
* Excursão ao Santuário de Fátima –
Dia 25 de Março
* Entre Lendas e Tradições do Norte de
Portugal, visita a Marco de Canavezes,
Mosteiro de Vila Boa de Quires, Penafiel
– De 31/3 a 1/4
* Rota dos Castelos do Guadiana – Ju-
romenha, Alandroal, Terena, Santuário
da Boanova, Monsaraz, Mourão – Acom-
panhamento por um historiador – Dia 1
de Abril
* O MELHOR DE LA FÉRIA – CASINO DO
ESTORIL – DIA 1 DE ABRIL
* PARIS E EURODISNEY – De 4 a 10 de
Abril – PROGRAMA DE AUTOCARRO
* PARIS E EURODISNEY – De 5 a 9 de
Abril – PROGRAMA DE AVIÃO
* PÁSCOA EM AMESTERDÃO – De 5 a 9
de Abril
* PÁSCOA NO MINHO – SEMANA SANTA
EM BRAGA, PÓVOA DE LANHOSO, CAL-
DAS DO GERÊS, S. BENTO DA PORTA
ABERTA, PENEDA-GERÊS, GUIMARÃES –
De 6 a 9 de Abril
* Visita a Mérida – Dia 15 de Abril
* Astúrias, Cantábria e Picos da Europa
– 21 a 25 de Abril
* Madeira – FESTA DA FLOR – De 21 a 25
de Abril
* MOSCOVO E SÃO PETERSBURGO – DE
13 A 20 DE JULHO
* CRUZEIRO “FIORDES DO NORTE” –
De 18 a 26 de Maio
* CRUZEIRO “LENDAS DO MEDITER-
RÂNEO” – De 28 de Setembro a 06 de
Outubro
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Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CLUBE DE PATINAGEM DE BEJA
CONVOCATÓRIAAo abrigo da alínea d) do art° 13° e alínea c) do Art° 17°
dos Estatutos do Clube, venho por este meio convocar a
Assembleia Geral Ordinária para o dia 30 de Março de 2012,
pelas 20H30, na Sede do Clube, com a seguinte ordem de
trabalhos:
Ponto único: Apreciação e aprovação do Relatório e
Contas 2011.
De acordo com o art.° 15.° dos Estatutos, se à hora mar-
cada para o início da reunião, não estiver presente o número
legal de sócios, a Assembleia iniciará os seus trabalhos uma
hora mais tarde.
O Presidente Da Mesa Da Assembleia-Geral
Ana Maria Marujo Bule Ramos
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIALNOTÁRIA Fátima Duarte
EXTRACTO
Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves, colaboradora, registada na
Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob
o número cento e trinta e sete/dois, por delegação de competências
– nos termos do artigo 8° número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de
Fevereiro, de Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório
Notarial de Montijo, sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra,
número 249, em Montijo, CERTIFICO, para efeitos de publicação que
por escritura de treze de Março de dois mil e doze, lavrada a folhas
cento e quarenta e seis, do livro de escrituras diversas número cento e
setenta-A, deste Cartório, – MANUEL RAPOSO CASTILHO MESTRE,
natural da freguesia de Albernoa, concelho de Beja, e mulher AMÉ-
LIA MARIA PÁSCOA GUERREIRO CASTILHO MESTRE, natural da
freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime
da comunhão de adquiridos, residentes na Rua 25 de Abril, número
2-A, Albernoa, Beja, contribuintes números 110 318 552 e 146 601 475,
declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão
de outrem de: a) prédio rústico com a área de vinte e quatro mil sete-
centos e cinquenta metros quadrados, composto de cultura arvense,
que confronta do norte com Vila Galé, do sul e nascente com Manuel
Raposo Castilho Mestre e do poente com António Manuel Aguiã, sito no
Montinho da Lagoa, freguesia de Albernoa, concelho de Beja, inscrito
na matriz predial rústica em nome de herdeiros de Alexandre Mestre
sob o artigo 86, da secção I, com o valor patrimonial tributário de 90,88
euros a que atribuem igual valor; b) prédio rústico com a área de nove
mil e quinhentos metros quadrados, composto de cultura arvense e
oliveiras, que confronta do norte com Manuel Raposo Castilho Mestre,
do sul com Fernando da Conceição Palma, do nascente e poente com
Manuel Raposo Castilho Mestre, sito no Montinho da Lagoa, freguesia
de Albernoa, concelho de Beja, inscrito na matriz predial rústica em
nome de herdeiros de Alexandre Mestre sob o artigo 86, da secção I,
com o valor patrimonial tributário de 41,73 euros a que atribuem igual
valor; c) prédio rústico com a área de treze mil duzentos e cinquenta
metros quadrados, composto de cultura arvense, que confronta do
norte, sul, nascente, poente com Manuel Raposo Castilho Mestre,
sito no Montinho da Lagoa, freguesia de Albernoa, concelho de Beja,
inscrito na matriz predial rústica em nome de herdeiros de Alexandre
Mestre sob o artigo 83, da secção I, com o valor patrimonial tributário
de 48,77 euros a que atribuem igual valor.
Que os identifi cados prédios encontram-se omissos na Conserva-
tória do Registo Predial de Beja.
Está conforme.
Montijo, aos treze de Março de dois mil e doze.
A Colaboradora
Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CARTÓRIO NOTARIALNOTÁRIA Fátima Duarte
EXTRACTO
Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves, colaboradora, registada na
Ordem dos Notários em trinta e um de Janeiro de dois mil e onze sob
o número cento e trinta e sete/dois, por delegação de competências
– nos termos do artigo 8º número 1 do Decreto-Lei 26/2004, de 4 de
Fevereiro, de Maria de Fátima Catarino Duarte, Notária do Cartório
Notarial de Montijo, sito no Edifício João XXIII, na Rua Joaquim Serra,
número 249, em Montijo, CERTIFICO, para efeitos de publicação que
por escritura de treze de Março de dois mil e doze, lavrada a folhas
cento e quarenta e oito, do livro de escrituras diversas número cento e
setenta-A, deste Cartório, – MANUEL RAPOSO CASTILHO MESTRE,
natural da freguesia de Albernoa, concelho de Beja, e mulher AMÉ-
LIA MARIA PÁSCOA GUERREIRO CASTILHO MESTRE, natural da
freguesia de Santiago Maior, concelho de Beja, casados sob o regime
da comunhão de adquiridos, residentes na Rua 25 de Abril, número
2-A, Albernoa, Beja, contribuintes números 110 318 552 e 146 601 475,
declararam que, são donos e legítimos possuidores, com exclusão de
outrem, do prédio rústico denominado “Vale Travessos” ou “Vale Traves-
seiros” sito na freguesia de Santa Vitória, concelho de Beja, descrito na
Conservatória do Registo Predial de Beja sob o número oitocentos e
um, da dita freguesia, e inscrito na respectiva matriz predial rústica sob
o artigo 121, da secção L, com o valor patrimonial tributário de 65,36
Euros e a que atribuem igual valor.
Que o identifi cado imóvel encontra-se registado na citada Conser-
vatória, metade indivisa a favor de Luis Mestre e mulher Maria Augusta
de Sousa Mestre ou Maria de Sousa Augusta Mestre, pela apresenta-
ção nove de vinte de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis; e
metade indivisa a favor de Joana Bárbara ou Joana Bárbara Santana
e marido Pedro Domingos Colaço, de Maria das Dores ou Maria das
Dores Santana e marido João Bento David, de Benvinda das Dores
Santana ou Benvinda das Dores Sant’Ana Varela e marido Vasco Lopes
Varela, e de Manuel Francisco Sant’Ana, pela apresentação onze de
vinte de Dezembro de mil novecentos e setenta e seis.
Está conforme.
Montijo, aos treze de Março de dois mil e treze.
A Colaboradora
Fátima de Jesus Lisboa Gonçalves
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS
VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA-GERAL ORDINÁRIA
CONVOCATÓRIANos termos da alínea c) do ponto 2 do art. 41 dos Estatu-
tos, convoco a reunião da Assembleia Geral Ordinária, para o
dia 27 de Março de 2012, Terça-Feira, pelas 20H00m na sede
da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de
Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Discussão e aprovação da Acta da Reunião anterior.
2. Apreciação e votação do relatório e Conta de Gerência
do ano 2011, bem como o parecer do Conselho Fiscal relativo
ao exercício de 2011.
3. Outros assuntos de interesse
Nota – Se à hora marcada, não houver o número legal
de sócios, a Assembleia reunirá com qualquer número de
associados trinta minutos depois.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DOS BOMBEIROS
VOLUNTÁRIOS DE VIDIGUEIRA
ASSEMBLEIA-GERAL EXTRAORDINÁRIA
CONVOCATÓRIANos termos da alínea a) do ponto 3 do art.° 41 dos Esta-
tutos, convoco a reunião da Assembleia Geral Extraordinária,
para o dia 27 de Março de 2012, Terça-Feira, pelas 21H30m na
sede da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários
de Vidigueira, com a seguinte ordem de trabalhos:
Ponto Único – Discutir a aprovar a admissão da Associação
Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vidigueira como
sócio da Cooperativa Vitigéria.
Nota – Se à hora marcada, não houver o número legal
de sócios, a Assembleia reunirá com qualquer número de
associados trinta minutos depois.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
Nuno Alfredo Cordeiro Pelúcia
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CENTRO SOCIAL, CULTURAL
E RECREATIVO DO BAIRRO DA ESPERANÇA
CONVOCATÓRIAEm conformidade com o Art.° 29 alínea b) dos Estatutos
que regem o Centro Social Cultural e Recreativo do Bairro da
Esperança, convoco a Assembleia Geral, para uma reunião
a realizar no dia 12 de Abril (quinta -feira), nas Instalações do
Centro Comunitário, pelas 17:00 horas, com a seguinte:
Ordem de Trabalhos
Ponto um: Apresentação e aprovação do relatório de
contas do ano 2011.
Ponto dois: Diversos.
Nota: Em face do Art.º 31 n.º 1, não estando na hora mar-
cada o número legal de sócios, a Assembleia funcionará uma
hora após com qualquer número de sócios presentes.
Beja, 15 de Março de 2012.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral
António João Rodeia Machado
institucional diversos
Diário do Alentejo23 março 2012
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Marcações a partir das 14 horas Tel. 284322503
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Diário do Alentejo23 março 2012
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Dr. Francisco Barrocas – Psicologia Clínica/Terapia
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Familiar e da Assoc. Port. Terapias Comportamental
e Cognitiva (Lisboa) – Assistente Principal – Centro
Hospitalar do Baixo Alentejo.
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Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
CÂMARA MUNICIPAL DE CUBA
EDITALFrancisco António Orelha, Presidente da Câmara Municipal de
Cuba, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 91º da Lei nº 169/99, de 18 de Setembro, com as alterações introduzidas pela Lei nº 5-A/2002, de 11 de Setembro, torna público que, se encontram abertos os seguintes Concursos Públicos:
1) CONCURSO PÚBLICO PARA CESSÃO DE EXPLORA-ÇÃO DO BAR DAS PISCINAS MUNICIPAIS DESCOBERTAS, EM CUBA
1.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO:O concurso tem por objecto a cessão de exploração do Bar das
Piscinas Municipais Descobertas, em Cuba, pelo período de 15 de junho a 31 de agosto de 2012.
1.2. VALOR BASE:O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de
€ 250,00/mês.Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor.1.3. ADMISSÃO DE CONCORRENTES:Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de
reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão:
a) Não serem devedores de impostos ao Estado português;b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança
Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.;
c) Não serem devedores ao Município de Cuba.1.4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS:O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do
8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão.
1.5. ACTO PÚBLICO:O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil
imediatamente subsequente ao termo do prazo fi xado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h00.
Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados.
1.6. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃOO critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais
vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância:
a) Valor mensal proposto (75%);b) Mérito da proposta (25%).A forma de ponderação destes factores encontra-se fi xada no
programa de concurso.1.7. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE
CONCURSO:As peças que integram o procedimento - o programa do pro-
cedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fi xado para a apresentação das propostas.
O programa do procedimento e o caderno de encargos encon-tram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente.
Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indica-do no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,44 + IVA.
1.8. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS:Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo
prazo de 30 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fi ca o concorrente obrigado a pagar o valor da sua proposta, sendo a adjudicação, neste caso, feita ao concorrente que se clas-sifi car a seguir.
2) CONCURSO PÚBLICO PARA CESSÃO DE EXPLORAÇÃO DO BAR DO JARDIM DOS COMBATENTES, EM CUBA
2.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO:O concurso tem por objecto a cessão de exploração do Bar do
Jardim dos Combatentes, em Cuba, pelo período de 01 de junho a 31 de agosto de 2012.
2.2. VALOR BASE:O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de
€ 250,00/mês.Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor.2.3. ADMISSÃO DE CONCORRENTES:Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de
reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão:
a) Não serem devedores de impostos ao Estado português;b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança
Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.;
c) Não serem devedores ao Município de Cuba.2.4. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS:O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do
8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão.
2.5. ACTO PÚBLICO:O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil
imediatamente subsequente ao termo do prazo fi xado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 10h30.
Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados.
2.6. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃOO critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais
vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância:
a) Valor mensal proposto (75%);b) Mérito da proposta (25%).A forma de ponderação destes factores encontra-se fi xada no
programa de concurso.2.7. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE
CONCURSO:As peças que integram o procedimento - o programa do pro-
cedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fi xado para a apresentação das propostas.
O programa do procedimento e o caderno de encargos encon-tram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente.
Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indica-do no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,44 + IVA.
2.8. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS:Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo
prazo de 30 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fi ca o concorrente obrigado a pagar o valor da sua proposta, sendo a adjudicação, neste caso, feita ao concorrente que se clas-sifi car a seguir.
3) CONCURSO PÚBLICO PARA ARRENDAMENTO COMER-CIAL DO ESTABELECIMENTO DE RESTAURAÇÃO/BEBIDAS SITO NO PARQUE MANUEL DE CASTRO, EM CUBA.
3.1. OBJECTO DO CONCURSO PÚBLICO:O concurso tem por objecto o arrendamento comercial do
estabelecimento de restauração/bebidas sito no Parque Manuel de Castro, em Cuba, cujas obrigações especifi cas constam do caderno de encargos.
3.2. VALOR BASE:O valor base de licitação deste arrendamento comercial é de
€ 300,00/mês.Ao valor referido acresce o IVA à taxa legal em vigor.A renda benefi ciará de uma redução de 50% no valor base e res-
pectiva incidência de IVA nos meses de outubro a março inclusive.3.3. TIPO DE ACTIVIDADE A EXERCER:O estabelecimento objecto do presente concurso destina-se a
restauração/bebidas.3.4. PRAZO DO ARRENDAMENTO:O arrendamento comercial objecto do presente concurso é feito
pelo prazo de 2 anos, sendo automaticamente renovado no seu termo por períodos sucessivos de 1 ano até ao máximo de 10 anos, salvo oposição à renovação por qualquer das partes.
3.5. ADMISSÃO DE CONCORRENTES:Podem ser concorrentes pessoas singulares ou colectivas de
reconhecida competência, solvibilidade e idoneidade, que cumpram as seguintes condições, sob pena de exclusão:
a) Não serem devedores de impostos ao Estado português;b) Não serem devedores de contribuições para a Segurança
Social, devidamente comprovada por certidão emitida pelo Instituto da Segurança Social, I.P.;
c) Não serem devedores ao Município de Cuba.3.6. PRAZO DE APRESENTAÇÃO DAS PROPOSTAS:O prazo para apresentação das propostas é até às 17 horas do
8º dia (dias contínuos, não se suspendendo aos sábados, domingos e feriados) contado da data de publicação deste Edital, sob pena de exclusão.
3.7. ACTO PÚBLICO:O acto público de abertura de propostas tem lugar no dia útil
imediatamente subsequente ao termo do prazo fi xado para a sua apresentação, perante o Júri designado para o efeito, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, sito na Rua Serpa Pinto, 84, em Cuba, pelas 11h00.
Ao acto público pode assistir qualquer interessado, mas nele apenas podem intervir os concorrentes e/ou os seus representantes, estes últimos desde que devidamente credenciados.
3.8. CRITÉRIO DE ADJUDICAÇÃOO critério de adjudicação é o da proposta economicamente mais
vantajosa, atendendo aos seguintes factores, por ordem decrescente de importância:
a) Valor mensal proposto (60%);b) Mérito da proposta (40%).A forma de ponderação destes factores encontra-se fi xada no
programa de concurso.3.9. CONSULTA E FORNECIMENTO DO PROCESSO DE
CONCURSO:As peças que integram o procedimento - o programa do pro-
cedimento e caderno de encargos - encontram-se disponíveis para consulta na Divisão de Administração Geral da Câmara Municipal de Cuba, sita na Rua Serpa Pinto, 84, 7940-172, em Cuba, das 9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, desde o dia da publicação do presente Edital até ao termo do prazo fi xado para a apresentação das propostas.
O programa do procedimento e o caderno de encargos encon-tram-se ainda patentes na página de Internet da Câmara Municipal de Cuba – www.cm-cuba.pt, onde podem ser consultados e copiados gratuitamente.
Em alternativa, os interessados podem adquirir no serviço indica-do no 1º parágrafo deste número, cópia das peças do procedimento, mediante o pagamento do respectivo custo, que é de € 1,80 + IVA.
3.10. PRAZO DE MANUTENÇÃO DAS PROPOSTAS:Os concorrentes obrigam-se a manter as suas propostas pelo
prazo de 66 dias. Em caso de desistência antes do decurso deste prazo, fi ca o concorrente obrigado a pagar 50% do valor da sua proposta e fi ca impedido de poder concorrer a outros procedimentos abertos pelo Município durante o período de 2 anos.
Paços do Município, aos 23 de março de 2012.
O Presidente da Câmara, Francisco António Orelha
Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
AMBAAL – ASSOCIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
DO BAIXO ALENTEJO E ALENTEJO LITORAL
Concurso para cedência
de exploração de espaço
de restauração durante
a 29ª Ovibeja 20121. (Objeto)
A AMBAAL – Associação de Municípios do Baixo Alentejo e
Alentejo Litoral instala anualmente no espaço dos Municípios, no
Pavilhão Institucional, em cada edição da Ovibeja, uma pequena
tasquinha, para fornecimento de bebidas, pequenas refeições e
petiscos.
Em área adjacente à tasquinha são colocadas várias mesas
compridas, máximo (4), equipadas com bancos corridos, permi-
tindo em média a existência de 24 lugares sentados.
2. (Horário de Funcionamento)
O horário diário de abertura e encerramento da tasquinha coin-
cidirá com o horário estabelecido pela organização da OVIBEJA
para todo o Pavilhão Institucional (das 10h00 às 23h00).
3. (Concurso)
O acesso à exploração da tasquinha é feito por concurso.
4. (Concorrentes)
Podem concorrer à exploração da tasquinha, todos os esta-
belecimentos de restauração da área geográfi ca abrangida pela
AMBAAL (Baixo Alentejo e Alentejo Litoral).
Podem também concorrer em segunda linha, quaisquer ou-
tras pessoas coletivas ou singulares, com residência no território
referido no parágrafo anterior.
5. (Propostas)
As propostas dos concorrentes devem dar entrada na sede da
AMBAAL até às 15h,30m do dia 5 de Abril de 2012 e deverão referir
no exterior do envelope o concurso a que se destinam: “OVIBEJA
2012” – Tasquinha AMBAAL –
6. (Abertura das Propostas)
A abertura das propostas terá lugar no dia 5 de Abril às
16h00.
7. (Júri)
O Júri do Concurso será constituído da seguinte forma:
Presidente – Orlando Pereira
1.º Vogal – Pedro Pacheco
2.º Vogal – Cristina Casadinho
8. (Critério de Adjudicação)
O critério de adjudicação será o da proposta economicamente
mais vantajosa.
9. (Casos Omissos)
Os casos omissos no presente regulamento serão resolvidos
pelo Conselho Diretivo da AMBAAL.
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Diário do Alentejo23 março 2012
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Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA
DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS
DE ALMODÔVAR
CONVOCATÓRIA
Nos termos da alínea a) do Art°. 37°. dos Estatu-
tos desta Associação e para efeitos do disposto na
alínea g) do n°. 2 do Art°. 36°. e da alínea c), n°. 2
do Art°. 40° dos mesmos Estatutos, convocam-se de
harmonia com o n°. 1 do Art°. 41° dos já mencionados
Estatutos, todos os associados efectivos no pleno
gozo dos seus direitos, para a ASSEMBLEIA GERAL
ORDINÁRIA a realizar no próximo dia 30 de Março de
2012, pelas 20,30 horas, na sede desta Associação,
com a seguinte ORDEM DE TRABALHOS:
Ponto único: APRECIAR E VOTAR O RELATÓRIO
E CONTA DE GERÊNCIA DO ANO DE 2011 E PARE-
CER DO CONSELHO FISCAL.
Não estando presentes a maioria dos associados,
no dia e hora designados, a Assembleia funcionará
trinta minutos depois, com qualquer número de pre-
senças, conforme determina o n°. 1 do Art°. 42°. dos
mesmos Estatutos.
Para constar se passou a presente convocatória
e outras de igual teor que vão ser afi xadas na sede
da Associação e outros locais julgados de interesse
para o efeito e publicitada conforme determina o
já mencionado n°. 1 do Art°. 41°. dos Estatutos da
Associação.
Almodôvar, 19 de Março de 2012.
O Presidente da Mesa da Assembleia Geral,
João de Deus Lopes Pereira
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Diário do Alentejo nº 1561 de 23/03/2012 Única Publicação
COOPCASTRENSE – Cooperativa
de Consumo Popular Castrense, CRL
CONVOCATÓRIA
Nos termos do estabelecido no Código Coope-
rativo e nos Estatutos, convoco a Assembleia-Geral
da COOPCASTRENSE – Cooperativa de Consumo
Popular Castrense, CRL, para reunir em sessão
extraordinária, no dia 30 de Março de 2012 – sexta-
feira – pelas 20:00 horas, na sua sede, sita na Rua
Alexandre Herculano, n.° 11, em Castro Verde, com
a seguinte ordem de trabalhos:
Primeiro – Análise da situação da Cooperativa;
Segundo – Apreciação e votação de proposta de
celebração de contrato de mútuo com hipoteca, nos
termos do art.° 28.° dos Estatutos.
Notas:
– Esta convocatória altera e substitui a convo-
catória publicada neste jornal no dia 16 de Março
de 2012.
– A Assembleia encontra-se legalmente constituí-
da, quando se encontrarem presentes à hora marca-
da, o número legal de cooperadores estatutariamente
previsto, ou trinta minutos depois, com a presença de
qualquer número de cooperadores.
Castro Verde, 20 de Março de 2012.
O Presidente da Mesa da Assembleia-Geral
Sebastião Colaço Canário
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Modelo Versão Ano CôrAudi A4 Avant 1.9 Tdi 2000 VerdeVW Passat Variant 1.9 Tdi 2000 AzulVW Golf 1.9 Tdi Confortline 5 Portas 2005 CinzentoVW Golf 1.4 Confortline 16 V 2000 CinzentoVW Polo 1.2 Confortline 5 Portas 2002 Preto
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das Neves
MISSA DO
13º ANIVERSÁRIO
Manuel Venâncio
Carocinho
A sua fi lha participa a todas
as pessoas de suas relações
e amizade que no próximo
dia 30, sexta-feira, pelas
18.30 horas será rezada
missa na Sé de Beja pelo
eterno descanso do seu ente
querido, agradecendo-se já
a todos os que se dignarem
assistir à celebração.
Nossa Senhora
das Neves
MISSA DO
7º ANIVERSÁRIO
Luís António
Casteleiro de Góis
No próximo dia 30, sexta-fei-
ra, pelas 18.30 horas, será
rezada missa na Sé de Beja
pelo seu eterno descanso,
agradecendo-se já a todos
os que se dignarem assistir
à celebração.
Serpa
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Filhos, genros, netos e res-
tantes familiares da Sra.
Luísa Pereira Nogueira
Esparteiro, de 92 anos,
cumprem o doloroso dever
de participar o seu faleci-
mento ocorrido no dia 16 de
Março de 2012.
Na impossibilidade de o fa-
zerem pessoalmente vêm
por este meio agradecer
a todas as pessoas que a
acompanharam á sua úl-
tima morada ou de outra
forma lhes expressaram o
seu pesar.
Diário do Alentejo23 março 2012
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“DESDE 1800”
SALVADA
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM ANTÓNIO LEAL SOEIRO, de 62 anos, natural de Salvada - Beja, solteiro. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 15, da Casa Mortuária de Salvada, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ALICE MARIA DO Ó RAPOSO LÚCIO, de 77 anos, natural de Santana de Cambas - Mértola, casada com o Exmo. Sr. Fernando Vinagreiro Lúcio. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
CABEÇA GORDA
†. Faleceu o Exmo. Sr. MANUEL JACOB, de 87 anos, natural de Cabeça Gorda - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Custódia Lampreia dos Santos. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de Penedo Gordo, para o cemitério local.
PENEDO GORDO
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ANA BÁRBARA PÁSCOA, de 82 anos, natural de Santiago Maior - Beja, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 16, da Casa Mortuária de penedo Gordo, para o cemitério local.
SANTA CLARA DE LOUREDO
†. Faleceu o Exmo. Sr. JOAQUIM MARTINS CONDUTO, de 85 anos, natural de Santa Clara de Louredo - Beja, casado com a Exma. Sra. D. Mariana Caturra Martins. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 17, da Casa Mortuária de Santa Clara de Louredo, para o cemitério local.
NOSSA SENHORA DAS
NEVES
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA JOSÉ DA CONCEIÇÃO TOUCINHO, de 75 anos, natural de Nossa Senhora das Neves - Beja, casada com o Exmo. Sr. António Maria Baganha. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 20, das Casas Mortuárias de Nossa Senhora das Neves, para o cemitério local.
BEJA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. ROSA MARIA PEDRO, de 86 anos, natural de Lousa - Loures, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de Beja, para o cemitério desta cidade.
LISBOA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA IRENE DA SILVA PEREIRA DA SILVA, de 83 anos, natural de Tomar, casada com o Exmo. Sr. José Maria Bravo Pereira da Silva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, da Igreja de São João de Deus em Lisboa, para o cemitério do Alto de São João na mesma cidade.
SÃO MARCOS DA ATABOEIRA
†. Faleceu a Exma. Sra. D. MARIA DOS ANJOS CORREIA, de 82 anos, natural de São Marcos da Ataboeira - Castro Verde, viúva. O funeral a cargo desta Agência realizou-se no passado dia 21, das Casas Mortuárias de São Marcos da Ataboeira, para o cemitério local.
Às famílias enlutadas
apresentamos as nossas mais
sinceras condolências.
Consulte esta secção em www.funerariapax-julia.pt
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Funerais – Cremações – Trasladações - Exumações – Artigos Religiosos
Vila Nova de S. Bento
Faleceu a Exma. Sra. Maria da
Consolação Carrasco Mira
de 79 anos Viúva, natural de
Aldeia Nova de S. Bento. O
funeral a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia 17
de Março da casa mortuária
de Vila Nova de S. Bento para
o cemitério local. À família enlu-
tada apresentamos as nossas
cordiais condolências.
AGÊNCIA FUNERÁRIA BARRADAS, LDA.Rua do Outeiro nº 21
Vila Nova de S. BentoTelm: 967026828 - 967026517
Beja – Santa Clara
de Louredo
PARTICIPAÇÃO E
AGRADECIMENTO
Joaquim Martins
CondutoNasceu em 26/01/1927 –
Faleceu em 16/03/2012
Esposa, fi lhas, netos e restan-
te família cumprem o doloroso
dever de participar o faleci-
mento do seu ente querido, e
na impossibilidade de o fazer
individualmente vêm por este
meio agradecer a todas as
pessoas que o acompanharam
à sua última morada ou que
de outra forma manifestaram
o seu pesar.
AGÊNCIA FUNERÁRIA ESPÍRITO SANTO, LDA.Rua das Graciosas, 7
7960-444 Vila de Frades/VidigueiraTm.963044570 | Tel. 284441108
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
Francisco Pedro
Lança Oliveira Nasceu 07.02.1924
Faleceu 15.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco
Pedro Lança Oliveira, natural
de Vidigueira, Viúvo.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 16, da casa mor-
tuária de Vidigueira para o
cemitério local.
À família enlutada apresen-
tamos as nossas condo-
lências.
Selmes
PARTICIPAÇÃO
Francisco António
Delgado Nasceu 05.06.1926
Faleceu 15.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Francisco
António Delgado, natural de
Selmes, casado com a Exma.
Sra. Leopoldina da Ascensão
Mouchinho Delgado.
O funeral a cargo desta Agência
realizou-se no passado dia17,
da casa mortuária de Selmes
para o cemitério local.
À família enlutada apresen-
tamos as nossas condo-
lências.
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
Domingos Francisco
Lança Coxinho Nasceu 17.04.1924
Faleceu 16.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Domingos
Francisco Lança Coxinho,
natural de Vidigueira, Viúvo.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 17, da casa mor-
tuária de Vidigueira para o
cemitério local.
À família enlutada apresen-
tamos as nossas condo-
lências.
Vidigueira
PARTICIPAÇÃO
Sebastião José Rosa
Bastos Nasceu 24.09.1927
Faleceu 16.03.2012
Faleceu o Exmo. Sr. Sebastião
José Rosa Bastos, natural de
Vidigueira, Viúvo.
O funeral a cargo desta
Agência realizou-se no pas-
sado dia 17, da casa mor-
tuária de Vidigueira para o
cemitério local.
À família enlutada apresen-
tamos as nossas condo-
lências.
Às famílias enlutadas apresentamos as nossas condolências
MISSA
Amadeu Rodrigues
Simenta3º Ano de Eterna Saudade
Foste um Anjo na terra
No céu és uma estrela
Que vai guiando os meus
passos
Até que Deus me leve da
terra
Sua esposa e restante família,
participam a todas as pessoas
de suas relações e amizade
que será celebrada missa pelo
eterno descanso do seu ente
querido no dia 31/03/2012, sá-
bado, às 18 horas na Igreja de
Santa Maria em Beja, agrade-
cendo desde já a todos os que
nela participem.
ARRENDA-SE
Em Mértola, na Par-
cela das Lojas, n.º 4,
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Dica da semanaUm vulcão de cor, mais do que um jogo é uma brincadeira. Para isso vais precisar de um recipiente, vinagre, corante para bolos, detergente da loiça e bicarbonato de sódio. Depois “esconde-te” porque vai entrar em ebulição.
De 19 a 25 deste mês decorre o Festival de Animação de Lisboa, onde se vê o que de
melhor se fez no cinema de animação. As atenções estão voltadas para o cinema alemão
e pela primeira vez será atribuído um prémio para o melhor filme português. Dentro
do festival tens a “Monstrinha”, dedicada a um público infanto-juvenil. Fala com a tua
escola e aproveitem para ir a uma dessas sessões. Consulta o programa em http://www.
monstrafestival.com/index.php/pt/escolas
A Monstraestá mesmo
à porta
A páginas tantas ...Hugo Cabret é um menino órfão que vive por entre as paredes de uma movimentada estação de comboios parisiense, onde a sua sobrevivência depende de segredos e do anonimato. Mas quando, repentinamente, o seu mundo se encaixa – tal como as rodas dentadas dos relógios que diariamente observa, ouvindo os seus compassos, vendo os seus enormes ponteiros –, com o de uma excêntrica rapariga amante de livros e o de um velho, dono de uma lojinha de brinquedos, a vida secreta de Hugo e o seu segredo mais precioso são colocados em risco. Um desenho misterioso, um bloco de notas pelo qual Hugo arrisca a sua vida, uma chave roubada, um autómato e uma mensagem escondida do falecido pai de Hugo formam o enredo deste terno e arrebatador mistério. O livro repleto de ilustrações acaba por sugerir uma visão cinematográfica ao leitor. Um filme e um livro a não perderem.
Tem sabido muito bem este inverno soalheiro, tanto que até as flores são enganadas e estão a florir antes do tempo. Por muito que aches aborrecido os dias de chuva, a terra e nós próprios precisamos dela, por isso, e enquanto não somos brindados por umas valentes chuvadas, deixamos-te aqui uma nuvem muito particular.
http://www.minieco.co.uk/okido-craft/
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Boa vidaComer Codornizes fritas com coentros
Ingredientes:10 codornizes,6 dentes de alho,1 folha de louro,2 dl. de vinho branco,50 gr. de banha de porco,1 dl. de azeite,q.b. de piri-piri,1 molho de coentros,q.b. de sal grosso,1 dl. de aguardente.
Confeção:Corte as codornizes aos bo-cados e lave-as em água cor-rente. Tempere-as com sal, alhos esmagados, louro e vi-nho branco. Deixe marinar de um dia para o outro no frigorífico.Numa frigideira aqueça a banha e o azeite. Frite as codornizes de ambos os la-dos até ficarem douradas. Depois de fritas, junte a marinada e a aguardente. Deixe cozinhar durante al-guns minutos para evapo-rar o álcool. Tempere com um pouco de piri-piri e no momento de servir polvilhe com coentros picados.Retifique o tempero a seu gosto.E bom apetite…
António Nobre Chefe executivo de cozinha – Hotéis M’AR De AR, Évora
FilateliaA pintura em novos selos
Pintura sacra, de autores portugueses, é o tema da emissão que os cor-
reios puseram em circulação no dia 23 de fevereiro. Todos os exemplares – quatro selos e dois blocos – reproduzem qua-dros de arte sacra existentes em museus e igrejas portugue-sas. São eles: “Criação de Eva”, de autor desconhecido do sé-culo XVI, existente na igreja de Santo Estevão em Lisboa (selo de 0,47 €); “Moisés no Deserto – A Apanha do Maná”, de André Gonçalves, quadro da igreja de Santa Catarina em Lisboa (0,68 €); “Adoração dos Reis Magos”, de Gregório Lopes, século XVI, do Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa (0,80 €); e “Última Ceia”, de Vasco Fernandes e Francisco Henriques, século XVI, do Museu de Grão Vasco em Viseu (1€).
Os blocos têm ambos a fran-quia de 1,50 € e reproduzem o pai-nel central do “Tríptico da Paixão de Cristo”, atribuído a Cristóvão de Figueiredo, século XVI, do Museu Nacional de Arte Antiga, e “Pentecostes” (predelas: Santa Luzia, Santa Catarina e Santa Margarida), de Vasco Fernandes, colaboração de Gaspar Vaz, sé-culo XVI, Museu de Grão Vasco.
A pagela anunciadora da emissão também reproduz uma obra de arte sacra; neste caso trata-se da “Santíssima Trindade”, retábulo do Museu da Trindade, atribuído a Garcia Fernandes, século XVI, e que também pertence ao acervo do Museu Nacional de Arte Antiga.
Esta emissão iconografica-mente é riquíssima; trata-se, se-guramente, de uma das ricas nos quase 160 anos de emissões dos correios portugueses.
Geada de Sousa
LetrasAs palavras do corpo, antologia de poesia eróticaA brasa do teu corpo,a queimar a palma acesada mão do meu desejo.
A poesia erótica de Maria Teresa Horta – intensa, composta num olhar para dentro – foi toda reunida, numa anto-
logia. As palavras do corpo dão voz à sensua-lidade e ao desejo escrito no feminino por uma escritora/poetisa que desde Minha senhora de mim (1971) não cessou de afirmar o erotismo feminino e cantar o seu corpo e o seu prazer mas também o corpo do homem amado e dese-jado. Vivia-se então a ditadura que enquadrava o puritanismo, o machismo ou o marialvismo dominantes, que negavam o direito à sexuali-dade pelas mulheres. A obra provocou um es-cândalo.
Novas cartas portuguesas, publicado em 1972 pela autora com Maria Isabel Barreno e Maria Velho da Costa, alimentou a polémica e detonou mais uma crítica aguda ao regime, não só sobre a condição da mulher em Portugal mas também sobre o poder da Igreja Católica, a repressão, o colonialismo, a emigração e a situ-ação dos refugiados políticos.
Trinta anos depois, no mês em que ainda faz sentido um Dia da Mulher, em março que traz a primavera que antecipa abril da liber-dade, o desejo escrito no feminino derrama--se, de novo, nas páginas de um livro. O ardor dos poemas é sempre belo. Continua estranha-mente novo. Estranhamente porque, apesar da passagem do tempo e da democracia instalada, ainda é exceção. Na poesia, são ainda poucas as palavras do corpo olhado no feminino que se têm acrescentado às desenhadas por Maria Teresa Horta.
Maria do Carmo Piçarra
Maria Teresa HortaD. QuixotePVP: 14,90 euros296 págs.
28 O Cookie é um cão de porte pequeno, muito dócil com as pessoas e com outros animais.
Precisa de uma família que lhe dê carinho e que lhe preste os cuidados que qualquer animal
de estimação necessita. Como é pequenito irá adaptar-se bem a um apartamento, desde
que possa passear diariamente. Vai ser um amigo para toda a família. Venham conhecê-lo
ao Cantinho dos Animais. Será vacinado e desparasitado antes da adoção.Contactos:
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O mundo do vinho em 10 artigos
Picoteio e vinho
4Com tantas designações quantos os aro-mas e sabores, a finger food, o picoteio, as tapas, os aperitivos, as saladas ou as en-
tradinhas têm uma função de agregação social. Do ponto de vista gastronómico, a comida de picoteio deve servir para predispor o organismo para o resto da viagem à mesa. Para acompa-nhar harmoniosamente estas iguarias leves es-colha sempre as opções líquidas menos calóri-
cas, ou seja, os vinhos mais leves, menos doces e menos alcoólicos. A selecção ideal é um espumante bruto (com muito pouco açúcar residual), que tem a vantagem de liber-tar gás carbónico e contribuir para a salivação, limpeza bu-cal e libertação de sucos gás-tricos.
Como estamos na fase de receção dos convivas, e porque todos (mesmo todos) os nos-sos amigos chegam desidra-tados, a água e o vinho devem andar de mãos dadas: o vinho contém álcool e, portanto, tem uma acção diurética e desidra-tante; a água, por seu lado, é a bebida hidratante por excelên-cia e deve ser a primeira be-bida a ser consumida em qual-quer refeição, mesmo antes do picoteio.
Para comidas fáceis, des-comprometidas, em espa-ços abertos, onde a cultura do grupo ganha ao individualismo das cidades, os vinhos brancos e rosés, quer nas versões tran-quila como efervescente, são a escolha acertada que encontra em todas as regiões vinhatei-ras nacionais. Para quem não passa sem a cor tinta, a opção por vinhos macios e aromáti-cos do Sul de Portugal, sobre-tudo do Alentejo, vai revelar-se surpreendente.
Seja atrevido e refrigere to-dos os vinhos que vier a con-sumir, tal como faz com a água ou os refrigerantes. Não se preocupe com as velhas modas: verá que é preferí-vel beber um vinho tinto a 12 graus do que a 35.A tempera-tura ideal de serviço situa-se entre 16 e 18 graus, em qual-quer circunstância.
Aníbal Coutinho
Vinho de Calendário
Já se encontra on line
e de acesso gratuito
o novo guia “Copo &
Alma, 319 Melhores
Vinhos para 2012”.
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com e conferir. No
Alentejo destacou-se
o vinho DO Alentejo
Conde d’Ervideira,
reserva de 2010.
Vinho Diário
Um dos vinhos
que mais me
impressionou na
recente prova cega
que deu origem ao
meu “Guia Popular
de Vinhos”, edição
2012, já nas livrarias e
nos supermercados,
foi o branco regional
alentejano Convento
da Vila, de 2010.
Compra segura em
qualquer prateleira.
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Petiscos
Borrego de alfitete
Estamos quase na Páscoa e antes de entrar-mos nos grandes ensopados gostaria de vos trazer aqui uma história antiga. Nas
mais antigas referências escritas da gastronomia portuguesa, as especiarias – ao tempo uma no-vidade muito recente – e o açúcar eram usados com a profusão e descontrole com que os novos--ricos, ainda hoje, põem e dispõem naquilo que fazem e, sobretudo, no que não fazem.
Trata-se basicamente dum assado que leva açúcar. Esta forma de preparar o borrego é re-ferenciada em velhos receituários conventuais e transporta uma mistura de gostos menos vulga-res entre nós, atualmente. O seu eventual mere-cimento será sobretudo, na minha opinião, a va-lência histórica que lhe está inerente.
Colhi notícia dela, nos seus detalhes de confe-ção, em livros recentes da especialidade (Manuel Fialho, Alfredo Saramago, Francisco Guedes) mas sei que – até há duas gerações – na minha família materna, em Beja, este prato era apre-sentado por altura das festas. Dele, só já recebi lembrança do nome; de que era utilizada carne de borregos mais velhos; de que a gordura em-pregue seria manteiga e que se comia depois de esfriar um pouco. Cozinhei-o pela primeira vez num concurso da Confraria Gastronómica do Alentejo. Foi para mim uma dupla estreia, fazê--lo e prova-lo.
Utilize quilo e meio de perna de borrego, três decilitros de vinho branco, 150 gramas de
manteiga, quatro dentes de alho, uma colher de chá de colorau, sal e pimenta, 100 gramas de fa-rinha, duas gemas de ovo, 70 gramas de açúcar e dois decilitros de leite.
Limpe a carne cuidadosamente, desosse com-pletamente e ate com fio de cozinha. Barre-a com uma massa de 100 gramas de manteiga, colorau, os alhos bem pisados, sal e pimenta. Regue com um decilitro de vinho. Vai a forno médio até a carne estar rosada.
Entretanto prepare o polme. A farinha é di-luída em dois deci l itros de v inho, sem gru-mos. Bata as gemas, misture com o açúcar, o leite e 50 gramas de manteiga, que entretanto derreteu. Adicione essa massa à farinha dilu-ída no vinho. Misture energicamente até total uniformidade.
Retire a carne do forno – que não deve estar mais do que ligeiramente rosada – desate, deixe esfriar um pouco e envolva com o polme. Volta ao forno, desta vez muito quente, onde acaba de assar. O tempo de forno, nos dois casos, é funda-mental. A carne deve ficar menos passada mas a massa bem cozida. A servir, morna, às fatias trinchadas medianamente.
No meu caso, acompanhei batatas com natas no forno. As batatas são cozidas, pouco, depois cortadas à grossura dum lápis – assim, assim – e vão ao forno num pirex redondo, sujo com man-teiga derretida, em forma de apfelstrudel (torta de maçã), recobertas de natas, um toque de noz--moscada e queijo ralado.
Este prato come-se, também, com respeito: há quatro longos séculos já se fazia assim. É muita água debaixo das pontes!
António Almodôvar
Colhi notícia dela, nos seus detalhes de confeção, em livros recentes da especialidade (Manuel Fialho, Alfredo Saramago, Francisco Guedes) mas sei que – até há duas gerações – na minha família materna, em Beja, este prato era apresentado por altura das festas.
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Fim de semana
O espaço Oficinas, em Aljustrel, recebe hoje à noite, a partir das 22 horas, um concerto pela banda pop
Pinto Ferreira, um duo composto por Filipe Valentim, nos sintetizadores, e Nuno Espírito Santo, no
baixo. “Um é o Pinto, o outro o Ferreira. Ambos são colegas de escritório, e partilham o mesmo gosto
pela música”. Assim se define esta dupla, cuja primeira fornada de nove músicas, com letras de Pedro
Malaquias e produção de Flak (Rádio Macau), é descrita como uma viagem “por ambientes bipolares
entre sentimentalismos ingénuos, amores obsessivos e a estupidez humana”. “Violinos no telhado”,
o single de lançamento, é “uma história de não-amor”, a que se seguiu “Elogio da estupidez”.
Duo Pinto Ferreira hoje em
Aljustrel
8.ª edição do festival de música sacra abre este fim de semana
Terras Sem Sombra em Sines
A igreja Matriz de Sines recebe já amanhã, sábado, pelas 21 e 30 horas, o concerto de aber-tura do Festival Terras Sem Sombra na sua edição de 2012, com uma obra-prima de Rossini, a “Petite Messe Solennelle” para solistas, dois pianos, harmónio e coro. Uma
peça que, segundo a organização, a cargo do Departamento do Património Histórico e Artístico (DPHA) da Diocese de Beja, constitui “um arranque à altura das expetativas” do programa de-lineado pelo diretor artístico, Paolo Pinamonti, que pretende mostrar o papel do canto no uni-verso da música religiosa, desde a polifonia do Renascimento até à vanguarda atual. Sob a direção de Giovanni Andreoli, um dos mais destacados maestros europeus da atualidade, bem conhe-cido pela atuação à frente do Coro da Arena de Verona, vão cantar em Sines algumas das mais be-las vozes da ópera: a soprano María Bayo, a mezzosoprano María José Montiel, o tenor Alexandre Guerrero e o barítono Damián del Castillo. A este elenco associam-se os pianistas Marta Zabaleta e Miguel Borges Coelho, bem como Kodo Yamagishi na interpretação ao harmónio e, no papel de “poderosa moldura vocal”, o Coro do Teatro Nacional de São Carlos. Ingredientes que “fazem deste concerto um momento particularmente significativo da temporada musical portuguesa”.
Seguem-se, até junho, Almodôvar, Beja, Grândola, Vila de Frades e Castro Verde, num pro-grama em que mais uma vez “igrejas históricas, de grande beleza e excelentes condições acústi-cas” servem de palco à música de sacra interpretada por “nomes de peso”.
Festival de Teatro Escolar chega ao fim em Castro Verde Termina hoje, sexta-feira, o IV Festival de Teatro Escolar de Castro Verde, promovido pela junta de freguesia local. Para o encerramento está prevista a subida ao palco do espetá-culo teatral “As Aventuras de João Sem Medo”, texto adaptado da obra de José Gomes Ferreira e encenado por um grupo de alunos da Escola Secundária de Castro Verde. A peça, que será apresentada no Cineteatro Municipal, destina-se aos públicos escolar e geral e acontece em dois horários distintos: 11 e 30 horas e 21 e 30 horas.
Laia visita o bejense Pax Julia O ciclo Novos Valores apresenta amanhã, sábado, no Pax
Julia Teatro Municipal, a banda Laia, feita “a partir de coisas
aparentemente naturais. Como o artesanato de aldeia. Como
o rock de cidade”, tal como se autodefine. Compõem o coletivo
que sobe ao palco pelas 22 horas Alexandre Bernardo, Cipriano
Mesquita, Fred Ferreira, Luís Custódio e Pedro Trigueiro,
um quinteto multi-instrumental, que se desdobra entre as
guitarras elétrica e portuguesa, o adufe, o bombo, a bateria e a
voz. Depois do álbum de estreia, “Viva Jesus e mais ninguém”,
segue-se um novo disco gravado ao lado do Jardim Zoológico
e dos seus habitantes. “Ao vivo, tudo isto é rock”, resumem.
Serrão Martins celebrado em Mértola A Câmara Municipal de Mértola volta a lembrar Serrão
Martins com um conjunto de atividades culturais agendadas
para os próximos dias 23 e 27. A iniciativa tem como propósito
“homenagear o antigo edil e o seu contributo para a cultura
do concelho”, refere a autarquia. Hoje, sexta-feira, o Musical
da Mina de São Domingos é palco de um concerto de música
antiga pelo Pax Antiqua Ensemble, que sobe ao palco pelas
21 e 30 horas. A encerrar a iniciativa, no dia 27, terá lugar a
reabertura ao público do núcleo museológico Casa Romana.
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facebook.com/naoconfirmonemdesminto
31beja: pais jÁ nÃo tÊm
de acampar em novembro
para inscrever os filhos
no infantÁrio em marÇo
O Centro Infantil Coronel Sousa Tavares alterou as regras de inscrição de crianças naquela instituição, tornando o processo muito me-nos burocrático e até mais interessante. Ao que apurámos, os pais já não têm de acampar à porta do centro em novembro para ins-crever os filhos em março. Todavia, têm de suplantar várias etapas para inscreverem os filhos: levantar uma senha no balcão da Segurança Social, na loja do cidadão em Serpa, de olhos vendados e, em seguida, dar uma volta na ciclovia em redor da cidade ao pé--coxinho. Por outro lado, os filhos deverão superar um de dois desafios: ser capazes de reproduzir em plasticina a estátua de Gonçalo Mendes da Maia enquanto recitam o poema “Castelo de Beja” de Mário Beirão em dinamarquês ou fazer um porco doce do Luiz da Rocha com meia dúzia de ovos e uma curgete. Os vencedores terão direito a inscrever-se.
CDU lança vinho “Memórias antifascistas” para concorrer com o vinho “Memórias de Salazar”
A Câmara de Santa Comba Dão registou a marca “Salazar” e pretende comercializar produtos
regionais com essa designação – destaque para o vinho “Memórias de Salazar” a ser lançado
em breve, facto que muito indignou a esquerda portuguesa. A CDU no Alentejo já reagiu e vai
lançar um vinho alentejano para combater a marca “Salazar”. Uma investigação conjunta Não
confirmo, nem desminto/Revista Jeropiga Weekly/Adegas de Ervidel conseguiu aceder a duas
garrafas dos vinhos em questão e faz aqui uma crítica enológica: O vinho “Memórias de Salazar”
liberta um certo aroma a bafio, fruto de 48 anos em barril. Trata-se de um vinho encorpado, com
sabor a flor de Cerejeira e a brilhantina do António Ferro. Vê-se que as uvas foram criadas na ilha
do Tarrafal e pisadas por agentes da PIDE; já o “Memórias antifascistas” tem um certo travo a
Avante impresso em folha de bíblia, com laivos de suor dos camponeses que trabalharam sob o
jugo opressor de grandes latifundiários. As uvas foram claramente cortadas com uma tesoura
que pertencia a uma cooperativa agrícola e pisadas por ex-presidiários do Aljube e de Caxias.
Trata-se de um vinho leve, que acompanha bem nacos de carne e liberdade, atingindo a tempe-
ratura ideal quando ouve qualquer poema de Ary dos Santos.
É já no final deste mês que será entre-
gue, em Paris, a candidatura do cante
a Património Cultural Imaterial da
Humanidade. Apesar da polémica à volta
da mesma, em especial pelas críticas di-
rigidas à Câmara de Serpa por esta se as-
sumir como líder do processo, apresenta-
mos este excerto para demonstrar que
tal não corresponde à realidade e que a
candidatura está bem e recomenda-se. A
carta até foi em edição bilingue (portu-
guês/francês), graças à ajuda do tradutor
do Google, a pior invenção da história da
humanidade a seguir ao programa de do-
mingo à noite na TVI em que celebrida-
des imitam outras celebridades porque
era isso ou trabalhar no call-center.
Unesco e o Cante: Não confi rmo, nem desminto apre-senta um excerto exclusivo da carta de candidatura
Inquérito Este fim de semana vai a alguma feira ou festival?
ADALBERTO ABLETE, 64 ANOS,
Pessoa que quando morrer quer ser cremada e ter as cinzas despe-
jadas no Fluviário de Mora
Vou ao Festival do Peixe do Rio no Pomarão,
se bem que a minha Maria é que aprecia
aquele tipo de comida. No ano passado comi
uma caldeirada de carpa e passei o tempo
todo a cuspir espinhas e escamas para o lado
espanhol. Só aprecio peixe de mar como os
douradinhos, os rissóis de peixe e os filetes
de pescada, tudo peixes que não dão muito
trabalho a comer. Até estamos a pensar em fazer criação de meda-
lhões de pescada no aquário lá de casa.
FLORBELA CHISPE, 43 ANOS
Pessoa que come que nem uma alarve e que afirma não ser gorda
mas sim larga de ossos
Vou à Feira do Porco Alentejano, em Ourique.
Sempre será mais abrangente do que a Feira
do Toucinho a que fui há uns anos. Foi um fim
de semana em que comi sushi de toucinho,
toucinho à Brás, toucinho de escabeche e tou-
cinho gratinado numa cama de rúcula com
redução de medronho. Mas o que me caiu mal
foi o tiramisú de toucinho... Comecei a trans-
pirar e fiquei mal disposta, mas gostei muito. Até o meu colesterol
batia palmas...
VIRIATO BROA DE MILHO, 59 ANOS
Embalsamador de pirilampos
Vou ao Festival Gastronómico A Pão e
Laranjas, na Vidigueira, como faço todos os
anos. É a única possibilidade que tenho de co-
mer laranjas de qualidade, enquanto as laran-
jas que estão no Governo nos comem o resto
do tempo. Eh, eh, estou a brincar... Como
pode ver, passei ao lado de uma grande car-
reira no humor como o Nilton ou o José Lello.
Gosto muito de pão e de todo o tipo de fruta fresca, como pêssegos
em calda, ananás em calda, cerejas em calda, fruta cristalizada...
Borboletário abre caminho para o Bejensário
A câmara bejense apresentou o projeto de um borboletário a ser construído no jardim público da cidade.
Segundo apurámos, este projeto promete ser a rampa de lançamento para um outro empreendimento:
o Bejensário. Enquanto o primeiro é dedicado a borboletas, o segundo debruça-se sobre essa forma de
vida que é o bejense. Fonte da autarquia confidenciou à nossa página alguns detalhes do Bejensário:
“Tal como existe um gráfico que mostra a evolução do homem, vamos ter um outro que mostra a evolu-
ção do bejense ao longo dos últimos 50 anos – na primeira imagem vemos um bejense que vai às com-
pras às portas de Mértola; na segunda, um bejense a fazer compras na Cooperativa; na terceira, a fazer
compras nas grandes superfícies; na quarta, a comprar coisas nas lojas dos chineses; e na última imagem
vemos um homem de calças na mão, retrato f iel do bejense da atualidade. Também vamos ter uma tí-
pica família bejense numa redoma de vidro, em exibição 24 horas por dia, para que os forasteiros vejam
como vivemos. Destaque para o magnífico espetáculo noturno de violência doméstica: a família vai si-
mular cenas de violência, porque ‘a mulher deixou queimar as migas’ ou porque ‘o mais novo chegou bê-
bado da Ovibeja’. O evento chamar-se-á ‘Arraial de porrada night ’ e fará as delícias dos visitantes”.
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MEMÓRIAANTIFASCISTA
Nº 1561 (II Série) | 23 março 2012
RIbanho POR LUCA
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Impressão Empresa Gráfica Funchalense, SA | Distribuição VASP
www.diariodoalentejo.pt
Hoje, sexta-feira, espera-se céu muito nublado em toda a região. A temperatura vai oscilar entre os nove e os 24 graus centígrados. Amanhã, sábado, também são esperadas algumas nuvens e no domingo podem cair alguns aguaceiros.
Mostra de Sopas do Alentejo na OvibejaDurante a próxima edição da Ovibeja vai
decorrer a 1.ª Mostra de Sopas Tradicionais do
Alentejo. A iniciativa encontra-se agendada
para o dia 28, data em que cada participante
revela a sua receita de eleição, que pode ir desde
a tradicional açorda às sopas de tomate ou à
poejada de bacalhau com feijão manteiga, entre
muitas outras. A iniciativa encontra-se a cargo
da Confraria Gastronómica do Alentejo, em
colaboração com a organização da Ovibeja.
Câmara de Sines atribui apoio de 50 mil euros ao Teatro do MarA Câmara Municipal de Sines aprovou o protocolo
entre a autarquia e a Contra Regra – Associação
de Animação Cultural/Teatro do Mar para o ano
2012 (março a dezembro). O protocolo estabelece
um apoio de 50 mil euros da câmara à associação. A
Contra Regra deverá garantir a estreia no concelho
das novas produções da companhia, realizar um
conjunto mínimo de apresentações dessas produções
no concelho, promover várias atividades pedagógicas
e de formação artística e participar nas atividades
comemorativas organizadas pela autarquia.
Santa Clara-a-Nova cede Museu Etnográfico a Almodôvar A Câmara Municipal de Almodôvar e a Casa da
Cultura de Santa Clara-a-Nova assinaram no final
da semana passada o protocolo de colaboração que
integrará o Museu Etnográfico Manuel Vicente
Guerreiro na Rede de Museus de Almodôvar.
Compete agora à autarquia “assegurar todos os
aspetos relativos à gestão do museu, como a limpeza
do espaço, a preservação do seu espólio, a renovação
e divulgação das exposições patentes”, esclarece
a câmara, adiantado que “com a integração deste
museu, a Rede de Museus de Almodôvar passará a
ser composta por três museus, o Museu da Escrita
do Sudoeste, o Museu Severo Portela e o Museu
Etnográfico Manuel Vicente Guerreiro, prevendo-se
para um futuro próximo a abertura do Museu
de Arte Sacra no Convento de Nossa Senhora da
Conceição, que integrará também esta rede”.
O histor iador José Mat toso foi recente-mente homenageado
num encontro científico em Mértola sobre acervos patri-moniais, em que foi dado espe-cial relevo ao tratamento docu-mental de que está a ser alvo a sua biblioteca pessoal, doada ao Campo Arqueológico e que será em breve integralmente dispo-nibilizada on line. Um trabalho que deixa o investigador “muito satisfeito” e convicto de ter dei-xado o seu legado no sítio certo.
Despediu-se da vida acadé-
mica em 2008, numa cerimónia
aqui em Mértola. Abandonou
em definitivo a investigação?
No sítio onde eu passei a viver não tinha livros e portanto não era sério que fizesse qualquer trabalho de investigação. Isso aconteceu de uma forma volun-tária, sem nenhuma espécie de dramatismo. É muito simples que uma pessoa faça investi-gação enquanto pode; quando não pode, faz outras coisas.
Como ocupa os seus dias?
Hesito em responder. A fór-mula simples seria rezar. Mas esse termo provoca grande de-sorientação por parte das pes-soas. Poderia dizer então medi-tar, apreender o real, e preparar a morte. Schopenhauer, por exem-plo, disse que aquilo que é próprio do homem é enfrentar a morte, e
acho que é isso que afinal dá sen-tido à vida. Mas é qualquer coisa de difícil encontrar as orientações certas nessa confrontação, para que não haja nem pessimismo, nem dramatismo. Para que seja qualquer coisa simples e clara, como é o destino de todas as pes-soas que vivem.
Neste momento desempe-
nha alguma função na vida
pública?
Não, felizmente. O último que tive foi na Fundação para a Ciência e Tecnologia, como presidente do conselho con-sultivo para as Ciências Sociais e Humanas. O professor Sentieiro acaba de me pedir mais uma colaboração, num campo mais simbólico do que real, e receio mesmo que não tenha condições de saúde para poder realizar qualquer função significativa.
Doou a sua biblioteca pes-
soal ao Campo Arqueológico
de Mértola sem impor quais-
quer condições. Como vê o
tratamento que lhe está a ser
dado, tal como foi exposto
neste encontro?
Fico surpreendido porque não me parecia que pudesse ser um caso assim tão exemplar. O tipo de biblioteca que eu construí é o normal para um investigador qualquer na área das ciências humanas. Mas, por outro lado,
fico realmente muito satisfeito, porque foi uma equipa que to-mou essa tarefa muito a sério, com uma dinâmica e objetivos muitos firmes e muito comba-tivos e não sei se isso teria sido possível noutro sítio se não aqui em Mértola, onde há uma tra-dição de militância, de gratui-dade no trabalho que as pes-soas fazem.
Como faz o confronto entre
os portugueses de hoje e esse
reino medieval que estudou?
Confesso que tenho alguma pena que aquelas esperan-ças todas que tivemos no 25 de Abril tenham ficado frustradas em termos de capacidade in-telectual, de difusão do conhe-cimento e do saber como base para a organização social, para a construção nacional, das ins-tituições. Acho que houve uma deriva e que os níveis mais al-tos de participação no poder não souberam difundir, criar estra-tégias de generalização do rigor, da capacidade de organização. Mas iniciativas como esta aqui em Mértola mostram que talvez haja pequenos focos de ação cor-reta, adequada, e a minha espe-rança é que eles se alarguem.
A ligação afetiva a Mértola
mantém-se, apesar de já não
residir cá?
Absolutamente. Mantém-se e cresce, acho eu. Carla Ferreira
JoséMattoso 79 anos, natural de Leiria
Entrou para o mosteiro beneditino de Singeverga em 1950 e doutorou-se em História Medieval pela Universidade de Lovaina em 1966, tendo regressado à vida laica em 1970. Prémio Pessoa em 1987, dirigiu uma História de Portugal que ainda é uma referência, sobretudo para quem queira entender o processo de tomada de consciência da identidade nacional. Foi professor universitário, dirigiu a Torre do Tombo, e fixou residência em Mértola durante mais de uma década, na Horta da Malhadinha, propriedade que doou ao Campo Arqueológico, juntamente com a sua biblioteca pessoal, um fundo de cerca de 15 mil documentos especializado em História Medieval.
José Mattoso homenageado pelo Campo Arqueológico
Mértola é “um pequeno foco de ação correta”
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