epidemiologia e profilaxia j.a.l.marinho - 2012 história natural da doença & vigilância...
TRANSCRIPT
Epidemiologia e Profilaxia
J.A.L.Marinho - 2012
História Natural da
Doença&
Vigilância Epidemiológica
Saneamento BásicoAlimentaçãoImunizações
Doenças Cardiovasculares
Infecção HospitalarDoenças Sexualmente
TransmissíveisTuberculoseMeningite
RaivaTétanoMalária
PoliomieliteSarampo
CoquelucheCólera
Instrumento/Ferramenta Processo de adoecere Como vigiar
Ações preventivas, em situações específicas
Sistema de Saúde, Epidemiologia e Profilaxia são contextos integrados
PRESSUPOSTOS DA
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇCA
• Estrutura geográfica, relevo, social, política e econômica
• Condições individuais
• Presença de agentes
A História Natural da Doença orienta ações coletivas e individuais
Falhas na saúde matam dez milhões no mundo
TRACKING PROGRESS IN MATERNAL, NEWBORN & CHILD SURVIVALThe 2008 Report - WHO
Meta 1: Erradicar a pobreza extrema e a fome.Meta 2: Alcançar a educação primária universal.
Meta 3: Promover a equidade de gênero e empoderar a mulher
Meta 4: Reduzir a mortalidade infantil.Meta 5: Melhoror a saúde mental.
Meta 6: Combater a HIV/AIDS, a malária e outras doenças.
Meta 7: Assegurar a sustentabilidade ambiental.Meta 8: Desenvolver parceria global para o
desenvolvimento
Metas de desenvolvimento do milênio
TRACKING PROGRESS IN MATERNAL, NEWBORN & CHILD SURVIVALThe 2008 Report - WHO
Entendimento do binômio saúde-doença
O estado de saúde é o estado de suscetibilidade para doença; o estado de saúde é uma conquista contínua.
Saúde é um estado a alcançar: Os Determinantes são complexos
Quando a sociedade enfrenta muitas ameaças à saúde, novas e recorrentes,
a ambição maior é ação coletiva para construir um futuro coletivo mais seguro, onde
cada um é responsável e age responsavelmente de forma proativa e reativa para minimizar a
vulnerabilidade a eventos agudos e crônicos deSaúde Pública.
O Estado de Saúde é uma conquista contínua
História Natural da Doença: Foco na saúde
A História Natural da Doença:
reflexão sobre o valor do conhecimento e das experiências no modo de adoecer, evoluir da doença, desfechos e como prevenir e vigiar.
Fatoa) Muitas crianças são atendidas com bronquite aguda;b) Medicadas com Amoxacilina, algumas não respondem;c) Após serem medicadas com Azitromicina, elas melhoram;
Entendimento•A maioria das crianças não foram seguidas, e não
retornaram porque melhoraram com Amoxacilina;•Geralmente a bronquite é autolimitada, e
melhora com ou sem tratamento;•A melhora com o segundo (qualquer) antibiótico
pode refletir apenas a história natural da bronquite.
Não se adoece pela existência da
doença; há uma história antes de
adoecer.
Experiência na realização da história clínica e exame físico;
Conhecimento do paciente, da família, da comunidade e meio ambiente que criam o contexto para decidir as ações (diagnósticas e terapêuticas);
Relacionamento com o paciente concretizado pela informação de suas crenças e valores;
Conhecimento prático da disponibilidade de recursos na comunidade;
Sackett: a MBE não é suficiente para atendimento compassivo e efetivo ao paciente. A prática médica integra a MBE e a proficiência, que enfatiza os seguintes e importantes elementos (medicina baseada no paciente):
História Natural da Doença: Prática Médica e MBE
Idade
Processo da Doença
Fase Pré clínica
Fase clínica: Diagnóstico
Prognóstico
Desenvolvimento da Doença
1.2.
3.
Tempo de Exposições
Tempo-Calendário
História Natural da Doença: Determinação pelo tempo
História Natural da Doença: Determinação no tempo
A. Tempo-Calendário1. Eventos históricos:
• Economia e Política de Saúde• Desenvolvimento Social, Urbanização e Tecnologia• Desenvolvimento científico e incorporação de novas
técnicas de diagnóstico, prevenção e tratamento2. Sazonalidade3. Idade: riscos subjacentes para doença e morte4. Tempo de Sobrevivência:
a) a partir do diagnostico: prognósticob) a partir do tratamento: conseqüências/desfechos da
terapia (influência na morbi-mortalidade)
Morbidade: estrutura epidemiológica
História Natural da Doença: Determinação temporal, Discriminação gráfica
Transição EpidemiológicaDesenvolvimento, Expectativa de vida e Morbi-mortalidade
Global Health: today’s challenges. The World Health Report 2003
História Natural da Doença
Desenvolvimento e Mortalidade
História Natural da Doença: Determinação no tempo
Mosaico de alterações geneticamente programadas nas células
• Apoptose: morte celular• Senescência Replicativa: interrupção da divisão,mas com função imprevisível• Oncogênese: replicação fora dos mecanismos de controle
Determinação da Idade
MODELO DA
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇA SEGUNDO LEAVELL& CLARK
AmbienteAmbienteFísicoFísico
AmbienteAmbienteBiológicoBiológico
AmbienteAmbienteSocialSocial
Interação complexa com o ambienteInteração complexa com o ambiente
HOMEMHOMEM
Estilo deEstilo deVidaVida
HerançaHerançaGenéticaGenética
AnatomiaAnatomiaFisiologiaFisiologia
Hospedeiro e Meio ambiente
História Natural da Doença: Aspectos Relevantes no modelo de Leavell & Clark
A – Período Pré-Patogênico:• Conceito de ”Contato”
• Cadeia Epidemiológica do Processo Infeccioso
• Estrutura Epidemiológica versus Ações Coletivas:
saneamento, vacinações, educação sanitária, educação
alimentar, orientação genética, etc.
Prevenção Primária versus Vigilância Epidemiológica
B – Período Patogênico• Comportamento diferenciado das doenças, conforme sua natureza, idade, gênero, co-morbidades;
• Suporte à decisão: diagnóstico, prescrição terapêutica;
• Subsídio na avaliação da efetividade de tratamentos e no relacionamento ético interprofissional e médico-paciente
• Determinação da incidência ou Prevalência (definição de “caso”)
• Integração da Prevenção Secundária e Terciária
História Natural da Doença: Aspectos Relevantes no modelo de Leavell & Clark
A) ”Interessam Evidências Orientadas para o Paciente” e incluem artigos que (Slawson e Shaughnessy):
• Abordam problemas clínicos ou questões clínicas que os médicos nos cuidados primários poderão encontrar em sua prática. • Usam desfechos/resultados orientados para os pacientes• Têm potencial de mudar nossa prática se os resultados são válidos e aplicáveis
B) São menos importantes as “Evidências Orientadas para a Doença”
C) São pouco importantes estudos que usam “resultados orientados para o paciente” mas não têm o potencial de mudar a prática.
História Natural da Doença: Juizo de valor sobre estudos para mudar a prática
(subsídios para avaliar a efetividade)
Vigilância Epidemiológica
DefiniçãoLei 8.080/90: Lei Orgânica da Saúde
Vigilância Epidemiológica: “um conjunto de ações que
proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de
saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou
agravos".
Q u em ?
O n d e?
Q u an d o?
O q u ê?
Descritiva
Q u ais as o p çõ esd e solu ção d o p ro blem ae su as co n seq uên c ias?
Q u a is as co n sequ ên c ias?
Q u al a força d e asso ciaçãoen tre o fa to o bservado
e o ag ravo à saú d e?
C o m o?
P or qu ê?
Analítica
O es tu d o so m aao co n hec im en to
ex is ten te?
Construtiva
Divisões da Epidemiologia
Focos da vigilância epidemiológica
•Objetivos dos programas de luta
•Níveis de ação da vigilância epidemiológica
•Atividades da vigilância epidemiológica
•Instrumentos/ferramenta da vigilância
•Critérios de inclusão de doenças na vigilância
•Limitações do sistema de vigilância
Erradicação: redução a zero da incidência e manutenção desse valor independente da continuidade da
aplicação das medidas de prevenção; Eliminação: redução a zero da incidência mas com necessidade de manter medidas de prevenção, como altas coberturas vacinais; Redução da incidência: os agravos deixam de ser problema de saúde pública, como por exemplo, calazar, doença de Chagas e coqueluche; Redução da gravidade: por meio do diagnóstico e tratamento precoces;• Redução da letalidade: por meio de programas de diagnóstico e tratamento precoces, como no caso do câncer de mama, colo uterino, próstata e outros agravos.
Programas de Luta
NÍVEIS DE AÇÃO DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
Internacional
Nacional
Estadual
Regional
Municipal
Local
ATIVIDADES DE VIGILÂNCIA Notificação Coleta de dados; Processamento de dados coletados;Análise e interpretação dos dados processados; Recomendação das medidas de controle apropriadas; Promoção das ações de controle indicadas; Avaliação da eficácia e efetividade das
medidas adotadas;• Divulgação de informações pertinentes.
Fase I: Animal - Animal
Fase II: Animal - Homem
Fase III: Alguma transmissão Homem – Homem (em pq clusters)
Fase IV: Homem – Homem, com surtos comunitários
Fase V: Homem – Homem em 2 países de uma região da OMS
Fase VI: Homem – Homem em 1 ou mais países de regiões diferentes da OMS
Fonte: OMS
Fases de Alerta Pandêmico: Transmissão
Concretizando o Sistema de Vigilância:
• Sistema sentinela
• Evento sentinela
• Médico sentinela
• Vigilância ativa
• Vigilância passiva
CRITÉRIOS PARA INCLUSÃO DE DOENÇAS NA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
• MAGNITUDE DO AGRAVO • POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO • TRANSCENDÊNCIA DO AGRAVO
• Relevância social • Severidade • Relevância econômica
• VULNERABILIDADE DO AGRAVO • COMPROMISSOS INTERNACIONAIS
Limitações do Sistema de Vigilância
• Subnotificação
• Baixa representatividade
• Baixo grau de oportunidade
• Inconsistência na definição
Obrigado