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ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA ELIZÂNGELA GLÓRIA CARDOSO
Formando Jovens Autônomos, Solidários e Competentes
ROTEIRO DE ESTUDOS Nº 03 - 2º BIMESTRE/2020
2ª SÉRIE
ÁREA DE CONHECIMENTO: Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
COMPONENTE CURRICULAR/DISCIPLINA: História
PROFESSOR: Jerse Vidal e Sergio Bernardes TURMA: 23.01 a 23.08
CRONOGRAMA
Período de realização das atividades: 06/10 a 21/10/2020.
Entrega das atividades:
PARTE 1 – 13/10 PARTE 2 – 21/10
CARGA HORÁRIA DAS ATIVIDADES: 09 aulas
COMPETÊNCIA ESPECÍFICA DA ÁREA
Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a
compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos
Estados-nações.
Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas,
discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.
HABILIDADE/OBJETIVO DA ATIVIDADE
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios,
territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e
culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos
populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas,
políticas e tecnológicas.
EM13CHS201 Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital
nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e
povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, de modo a
compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre
eles.
ESTUDO ORIENTADO
● O(a) estudante deve fazer a leitura cuidadosa dos textos deste roteiro de estudos.
● Realizadas as leituras, deve-se proceder à resolução das atividades avaliativas.
● Tendo dificuldades, orienta-se buscar solução para as dúvidas através do grupo de WhatsApp de Ciências Humanas no dia apropriado (quinta-feira).
● Após sanadas as dúvidas, deve o(a) estudante encaminhar as atividades respondidas ao professor através do formulário Google Forms, disponibilizado no roteiro da semana.
● Os formulários do Google Forms serão desativados para recebimento de respostas assim que o prazo para envio estiver encerrado.
● A nota do segundo bimestre será fechada através da análise que o professor fará sobre o desempenho do(a) estudante no que diz respeito aos itens elencados nestas orientações de
estudo.
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OBJETO DE CONHECIMENTO/CONTEÚDO (Conforme Guia de Aprendizagem 2º bimestre
PARTE 1 – 06/10 a 13/10
A Colonização do Brasil
PARTE 2 – 14/10 a 21/10
A Colonização do Brasil (Continuação)
AVALIAÇÃO
O(a) estudante será avaliado(a) através da observação, por parte do professor, de sua participação no
grupo de WhatsApp apresentando dúvidas ou contribuições. Também, por meio da resolução da
atividade e envio das respostas via Google Forms, no decorrer de cada semana. Assim, prevalecerá a
avaliação interdimensional, observando a prática do exercício do protagonismo e dos 4 (quatro) pilares
da educação: Aprender a Ser, a Fazer, a Conhecer e a Conviver).
BONS ESTUDOS!
PARTE 1 – 06/10 a 13/10
A Colonização do Brasil
A Colonização do Brasil, processo também conhecido como Brasil Colônia ou Brasil colonial,
ocorreu entre os séculos XVI e XIX, quando o atual território brasileiro abrigava colônias do Reino de
Portugal. A nação "Brasil" surgiu, como Estado soberano, com a independência.
Os termos Brasil Colônia e Brasil colonial são categorias de análise historiográfica e se baseiam
no Estado do Brasil, referindo-se às colônias na América Portuguesa que passaram a integrar, em 1815,
o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. O processo de colonização durou da primeira metade do século
XVI até a primeira metade do século XIX, tendo variações geográficas ao longo de seus quase três séculos
de existência, como a existência do Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da
América Portuguesa, que foi incorporado ao Estado do Brasil em 1775. Portanto, o termo "Brasil Colônia" é
anacrônico e meramente indicativo do período histórico colonial. Durante este período, nunca o atual território
brasileiro teve o título ou designação oficial de "colônia". Igualmente, nunca foram utilizadas outras
designações hoje frequentemente usadas como referência do "Brasil colonial", como "Principado do Brasil",
"Vice-Reino do Brasil" ou "Vice-Reinado do Brasil". Durante o processo de colonização, o atual Brasil teve
apenas duas designações oficiais: "Estado do Brasil" e "Reino do Brasil".
Antes de 1500 — ano da chegada dos europeus —, o território que hoje é chamado de Brasil era
habitado por indígenas. Em contraste com as fragmentadas possessões espanholas vizinhas, as possessões
portuguesas, construídas na América do Sul, mantiveram a sua unidade e integridade territorial e linguística
mesmo após a independência, dando origem ao maior país da região. A grandeza do atual território brasileiro,
construída desde o período colonial, foi resultado da interiorização da metrópole portuguesa no território sul-
americano, especialmente após o descobrimento de ouro nos sertões.
A economia do período colonial brasileiro foi caracterizada pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de
obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a
unidade linguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação
de europeus, africanos e indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.
História
O descobrimento da América (1492) e o Tratado de Tordesilhas (1494) consolidaram o domínio
espanhol no Atlântico Norte e restava a Portugal explorar o Atlântico Sul (além da costa africana) e encontrar
o caminho para as Índias pelo sul do Bojador. A viagem de Cabral às Índias de 1500 — depois do retorno de
Vasco da Gama — tinha a missão de consolidar o domínio português naquela região e os contatos
comerciais iniciados por Vasco da Gama em Calecute. Como escreve C. R. Boxer:
É irrelevante saber se o Brasil foi descoberto acidental ou propositadamente, (…) mas a Terra de Vera
Cruz, como foi batizada pelos descobridores, não demorou a se chamar Brasil devido à lucrativa madeira
vermelha utilizada para tingir, assim chamada, que foi encontrada em quantidade razoável ao longo do litoral.
O empenho no comércio com a Índia, no ouro da Guiné (Mina) e nas guerras com o Marrocos durante muitos
https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Col%C3%B3niahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estadohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Soberaniahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_da_Am%C3%A9ricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1815https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido_de_Portugal,_Brasil_e_Algarveshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Maranh%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/1621https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/1775https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Sulhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Monoculturahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Latif%C3%BAndiohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Escravid%C3%A3o_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Linguagemhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileiroshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Europahttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Povos_ind%C3%ADgenas_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cultura_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_da_coloniza%C3%A7%C3%A3o_da_Am%C3%A9ricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1492https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhashttps://pt.wikipedia.org/wiki/1494https://pt.wikipedia.org/wiki/Descoberta_do_caminho_mar%C3%ADtimo_para_a_%C3%8Dndiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bojadorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pedro_%C3%81lvares_Cabralhttps://pt.wikipedia.org/wiki/1500https://pt.wikipedia.org/wiki/Vasco_da_Gamahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Calecutehttps://pt.wikipedia.org/wiki/C._R._Boxerhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Caesalpinia_echinatahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Caesalpinia_echinatahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Elminahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Marrocos
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anos impediu a Coroa portuguesa de dedicar atenção à região recentemente descoberta, que não parecia
possuir nada melhor além da madeira para tingir, papagaios, macacos e selvagens nus, dos mais primitivos.
Em oposição a este pressuposto há historiadores que defendem a hipótese de que os conhecimentos
de Martin Behaim teriam sido decisivos para salvaguardar a "Terra Firma" (os territórios do Brasil) das
ambições espanholas, delineando uma estratégia astuciosa de despiste a fim de os dissuadir de tal
pretensão: abrindo-lhes as portas à exploração na América do Sul de espaços de menor interesse do Estado.
Estavam cientes de que os territórios do Brasil eram bem mais frutuosos. O negócio da tal madeira vermelha
não era, nem de perto nem de longe, o que maior interesse tinha.
De 1500 a 1530, o contato dos portugueses com o Brasil pareceu limitar-se a expedições rápidas para
coleta e transporte de pau-brasil e também de patrulha. Já devia ter ocorrido, no entanto, algumas tentativas
de colonização, pois em 15 de julho de 1526 o rei Dom Manuel I autorizou Pero Capico, "capitão de uma
capitania do Brasil", a regressar a Portugal porque "lhe era acabado o tempo de sua capitania". A Capico, que
era técnico de administração colonial, tinha sido confiada a Feitoria de Itamaracá, no atual estado
de Pernambuco.
Em 1531, devido à ameaça francesa, o rei Dom João III designou o fidalgo Martim Afonso de
Sousa para comandar uma expedição ao Brasil. No ano seguinte, é fundada a vila de São Vicente. Também
em 1532, Bertrand d'Ornesan, o barão de Saint Blanchard, tentou estabelecer um posto de comércio em
Pernambuco. Com o navio A Peregrina, pertencente ao nobre francês, o capitão Jean Duperet tomou
a Feitoria de Igarassu e a fortificou com vários canhões, deixando-a sob o comando de um certo senhor de La
Motte. Meses depois, na costa da Andaluzia na Espanha, os portugueses capturaram a embarcação
francesa, que estava atulhada com 15 mil toras de pau-brasil, três mil peles de onça, 600 papagaios e 1,8
tonelada de algodão, além de óleos medicinais, pimenta, sementes de algodão e amostras minerais. E no
exato instante em que A Peregrina era apreendida no mar Mediterrâneo, o capitão português Pero Lopes de
Sousa combatia os franceses em Pernambuco. Retomada a feitoria, os soldados franceses foram presos e La
Motte foi enforcado. Após ser informado da missão que A Peregrina realizara em Pernambuco, Dom João III
decidiu começar a colonização do Brasil, dividindo o seu território em capitanias hereditárias.
Descobrimento e exploração
O litoral norte brasileiro foi visitado por Vicente Yáñez Pinzón e Diego de Lepe em janeiro e fevereiro
do ano de 1500, respectivamente. Pinzón, primeiro europeu a chegar ao território agora chamado de Brasil
cuja viagem foi documentada, atingiu o Cabo de Santo Agostinho no litoral de Pernambuco em 26 de
janeiro de 1500. Apesar das controvérsias acerca dos locais exatos de desembarque dos navegadores
espanhóis, os seus contatos com os índios potiguares foram violentos. Contudo, a terra que hoje corresponde
ao Brasil foi reivindicada pelo Império Português em 22 de abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa
comandada por Pedro Álvares Cabral a Porto Seguro.
A primeira expedição com objetivo exclusivo de explorar o território descoberto oficialmente por Cabral
foi a frota de três caravelas comandadas por Gonçalo Coelho, que zarpou de Lisboa em 10 de maio de 1501,
levando a bordo Américo Vespúcio (possivelmente por indicação do banqueiro florentino Bartolomeu
Marchionni), autor do único relato conhecido dessa viagem e que até poucas semanas antes servia os Reis
Católicos da Espanha.
Legado do período
Indiretamente, a concorrência entre franceses e portugueses deixou marcas na costa brasileira. Foram
construídas fortificações por ambas as facções nos trechos mais ricos e proveitosos para servir de proteção
em caso de ataque e para armazenamento do pau-brasil à espera do embarque. As fortificações não
duravam muito, apenas alguns meses, o necessário para que se juntasse a madeira e embarcasse.
Obrigados a trabalhar como escravos até a morte, os nômades eram feitos reféns de suas próprias armas. A
exploração do pau-brasil era uma atividade que tinha necessariamente de ser nômade, pois a floresta era
explorada intensivamente e rapidamente se esgotava, não dando origem a nenhum núcleo de povoamento
regular e estável.
E foram justamente a instabilidade e a insegurança do domínio português sobre o atual Brasil que
estiveram na origem direta da expedição de Martim Afonso de Sousa, nobre militar lusitano, e a posterior
cessão dos direitos régios a doze donatários, sob o sistema das capitanias hereditárias.
As capitanias
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A colonização foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em quatorze
capitanias hereditárias, doadas a doze donatários, que podiam explorar os recursos da terra, mas ficavam
encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar — os direitos e deveres dos
capitães-donatários eram regulamentados pelas cartas de foral, servindo o Foral da Capitania de
Pernambuco (ou Nova Lusitânia) de modelo aos forais das demais capitanias. No entanto esse arranjo se
mostrou problemático, uma vez que apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Então,
em 1549 o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a América
Portuguesa. Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas, enquanto outras foram escravizadas ou
exterminadas por doenças europeias para as quais não tinham imunidade, ou em longas guerras travadas
nos dois primeiros séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus.
O açúcar era um produto de grande aceitação na Europa, onde alcançava grande valor de venda.
Após as experiências positivas de cultivo na atual região Nordeste, com a cana adaptando-se bem ao clima e
ao solo, teve início o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio, além de
começar o povoamento de sua colônia americana. Em meados do século XVI, quando o açúcar
de cana tornou-se o mais importante produto de exportação da colônia, os portugueses deram início à
importação de escravos africanos, comprados nos mercados escravistas da África ocidental e trazidos,
inicialmente, para lidar com a crescente demanda internacional do produto, durante o chamado Ciclo do
Açúcar. No início do século XVII, Pernambuco, então a mais próspera das capitanias, era a maior e mais rica
área de produção de açúcar do mundo.
Corsários e piratas
A costa brasileira, sem marca de presença portuguesa além de uma ou outra feitoria abandonada, era
terra aberta para os navios do corso (os corsários) de nações não contempladas na divisão do mundo
no Tratado de Tordesilhas. Há notícias de corsários holandeses e ingleses, mas foram os franceses os mais
ativos na costa brasileira. Para tentar evitar estes ataques, Portugal organizou e enviou ao atual Brasil as
chamadas expedições guarda-costas, em 1516 e 1526, com poucos resultados.
De qualquer forma, os franceses se incomodaram com as expedições de Cristóvão Jacques,
encarregado das expedições guarda-costas, achando-se prejudicados; e sem que suas reclamações fossem
atendidas, Francisco I (1515-1547), então Rei da França, deu a Jean Ango, um corsário, uma carta de
marca que o autorizava a atacar navios portugueses para se indenizar dos prejuízos sofridos. Isso fez com
que D. João III, rei de Portugal, enviasse a Paris António de Ataíde, o conselheiro de estado, para obter a
revogação da carta, o que foi feito, segundo muitos autores, à custa de presentes e subornos.
Logo recomeçaram as expedições francesas. O rei francês, em guerra contra o imperador Carlos V,
do Sacro Império Romano-Germânico podia moderar os súditos, pois sua burguesia tinha interesses no
comércio clandestino e porque o governo dele se beneficiava indiretamente, já que os bens apreendidos
pelos corsários eram vendidos por conta da Coroa. As boas relações continuariam entre França e Portugal, e
da missão de Rui Fernandes em 1535 resultou a criação de um tribunal de presas franco-português na cidade
de Baiona, embora de curta duração, suspenso pelas divergências nele verificadas.
Henrique II, rei da França, filho de Francisco I, iria proibir em 1543 expedições a domínios de Portugal.
Até que se deixassem outra vez tentar e tenham pensado numa França Antártica, uma efêmera colônia
estabelecida no Rio de Janeiro, ou numa França Equinocial, quando fundaram no Maranhão o povoado que
deu origem à cidade de São Luís.
Saque do Recife (1595)
O Saque do Recife, também conhecido como "Expedição Pernambucana de Lancaster", foi um
episódio da Guerra Anglo-Espanhola ocorrido em 1595 no porto do Recife, em Pernambuco, Estado do
Brasil (estado colonial do Império Português). Liderada pelo almirante inglês James Lancaster, foi a única
expedição de corso da Inglaterra que teve como objetivo principal o Brasil, e representou o mais rico butim da
história da navegação de corso do período elisabetano.
A União Ibérica colocou o Estado do Brasil em conflito com potências europeias que eram amigas de
Portugal mas inimigas da Espanha, como a Inglaterra e a Holanda. A Capitania de Pernambuco, mais rica de
todas as possessões portuguesas, se tornou então um alvo cobiçado.
Poucos anos após derrotarem a Invencível Armada espanhola, em 1588, os ingleses tiveram acesso a
manuscritos portugueses e espanhóis que detalhavam a costa do Brasil. Um deles, de autoria do mercador
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português Lopes Vaz, veio a ser publicado em inglês e enfatizava as qualidades da rica vila de Olinda ao
dizer que "Pernambuco é a mais importante cidade de toda aquela costa". A opulência pernambucana
impressionara o padre Fernão Cardim, que surpreendeu-se com "as fazendas maiores e mais ricas que as da
Bahia, os banquetes de extraordinárias iguarias, os leitos de damasco carmesim, franjados de ouro e as ricas
colchas da Índia", e resumiu suas impressões numa frase antológica: "Enfim, em Pernambuco acha-se mais
vaidade que em Lisboa". Logo a capitania seria vista pelos ingleses como um "macio e suculento" pedaço do
Império de Filipe II.
A expedição de James Lancaster saiu de Blackwall, na Grande Londres, em outubro de 1594, e
navegou através do Atlântico capturando numerosos navios antes de atingir Pernambuco. Ao chegar,
Lancaster confrontou a resistência local, mas se deparou na entrada do porto com três urcas holandesas, das
quais esperava uma reação negativa, o que não aconteceu: os antes pacíficos holandeses levantaram âncora
e deixaram o caminho livre para a invasão inglesa, e além de não terem oposto resistência à ação,
terminaram por se associar aos ingleses, fretando seus navios para o transporte dos bens subtraídos em
Pernambuco. Lancaster então tomou o Recife e nele permaneceu por quase um mês, espaço de tempo no
qual se associou aos franceses que chegaram no porto e derrotou uma série de contra-ataques portugueses.
A frota partiu com um montante robusto de açúcar, pau-brasil, algodão e mercadorias de alto preço. Dos
navios que partiram do porto, apenas uma pequena nau não chegou ao seu destino. O lucro dos investidores,
entre eles Thomas Cordell, então prefeito de Londres, e o vereador da cidade de Londres John Watts, foi
assombroso, estimado em mais de 51 mil libras esterlinas. Do total, 6.100 libras ficaram com Lancaster e
3.050 foram para a Rainha. Com tal desfecho, a expedição foi considerada um absoluto sucesso militar e
financeiro.
Após a visita de Lancaster, a Capitania de Pernambuco organizou duas companhias armadas para a
defesa da região, cada uma delas com 220 mosqueteiros e arcabuzeiros, uma sediada em Olinda e outra no
Recife. Anos depois, até meados de 1626, o então governador Matias de Albuquerque procurou estabelecer
posições fortificadas no porto do Recife a fim de que se pudesse dissuadir a Companhia Holandesa das
Índias Ocidentais da ideia empreendida na Bahia em 1624. Os investimentos, no entanto, não foram
suficientes: a nova e poderosa esquadra da Holanda investiu sobre a Capitania de Pernambuco em 1630, e a
conquistou, estabelecendo nela a colônia Nova Holanda, que durou vinte e quatro anos.
Expansão territorial e invasões estrangeiras
Ignorando o Tratado de Tordesilhas de 1494, os portugueses, através de expedições conhecidas
como bandeiras, paulatinamente avançaram sua fronteira colonial na América do Sul para onde se situa a
maior parte das atuais fronteiras brasileiras, tendo passado os séculos XVI e XVII defendendo tais conquistas
contra potências rivais europeias. Desse período destacam-se os conflitos que rechaçaram as incursões
coloniais francesas (no Rio de Janeiro em 1567 e no Maranhão em 1615) e expulsaram os holandeses do
nordeste, sendo o conflito com os holandeses parte integrante da Guerra Luso-Holandesa.
As invasões francesas do Brasil registram-se desde os primeiros tempos da colonização portuguesa,
chegando até ao ocaso do século XIX. Inicialmente dentro da contestação de Francisco I de
França ao Tratado de Tordesilhas, ao arguir o paradeiro do testamento de Adão e incentivar a prática do
corso para o escambo do pau-brasil (Cæsalpinia echinata), ainda no século XVI evoluiu para o apoio às
tentativas de colonização no litoral do Rio de Janeiro (1555) e na costa do Maranhão (1594).
Entre os anos de 1630 e 1654, o Nordeste brasileiro foi alvo de ataques e fixação de holandeses.
Interessados no comércio de açúcar, os holandeses implantaram um governo no território. Sob o comando
de Maurício de Nassau, permaneceram lá até serem expulsos em 1654. Nassau desenvolveu diversas obras
em Pernambuco, modernizando o território. Durante o seu governo, Recife foi a mais cosmopolita cidade de
toda a América.
Revoltas coloniais e conflitos
Em função da exploração exagerada da metrópole, ocorreram várias revoltas e conflitos neste período:
Entrincheiramento de Iguape: A força portuguesa, liderados por Pero de Góis, ao desembarcar na barra
de Icapara, em Iguape, foram recebidos sob o fogo da artilharia, sendo desbaratada. Na retirada, os
sobreviventes foram surpreendidos pelas forças espanholas emboscadas na foz da barra do Icapara,
onde os remanescentes pereceram, sendo gravemente ferido o seu capitão Pero de Góis, por um tiro
de arcabuz.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fern%C3%A3o_Cardimhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_II_de_Espanhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Londreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Oceano_Atl%C3%A2nticohttps://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcarhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Algod%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_I_de_Inglaterrahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_de_Albuquerque,_Conde_de_Alegretehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bahiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Holandahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nova_Holandahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Entradas_e_bandeirashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_territorial_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_francesas_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_francesas_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a_Ant%C3%A1rticahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a_Equinocialhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Luso-Holandesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_francesas_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_I_de_Fran%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Francisco_I_de_Fran%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Escambohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Caesalpinia_echinatahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)https://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_Maur%C3%ADcio_de_Nassauhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambucohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Recifehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9ricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Entrincheiramento_de_Iguapehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pero_de_G%C3%B3ishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Icaparahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Iguapehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Artilhariahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Arcabuz
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Guerra de Iguape: Ocorreu entre os anos de 1534 e 1536, na região de São Vicente, São Paulo. Ruy
Garcia de Moschera e o "Bacharel de Cananeia", aliados aos espanhóis, embarcaram em um navio
francês, capturado em Cananeia e atacaram a vila de São Vicente, que saquearam e incendiaram,
deixando-a praticamente destruída, matando dois terços dos seus habitantes.
Insurreição Pernambucana: ocorreu no contexto da ocupação holandesa, culminando com a expulsão dos
holandeses da região Nordeste do país.
Guerra dos Emboabas: os bandeirantes paulistas queriam exclusividade na exploração do ouro nas minas
que encontraram; Entraram em choque com os imigrantes reinóis (ou seja vindos da metrópole
portuguesa) que estavam explorando o ouro das minas.
Guerra dos Mascates: que se registrou de 1710 a 1711 na então Capitania de Pernambuco.
Guerra Guaranítica: espanhóis e portugueses (apoiados pelos ingleses) entram em conflito com os
índios guaranis catequizados pelos jesuítas, de 1751 a 1758.
Revolta de Filipe dos Santos: ocorrida em Vila Rica, representou a insatisfação dos donos de minas de
ouro com a cobrança do quinto e das Casas de Fundição. O líder Filipe dos Santos Freire foi preso e
condenado à morte pela coroa portuguesa.
Revolta de Beckman: Ocorreu em fevereiro de 1684, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, liderado pelos
irmãos Manuel e Tomas Beckman, apenas reivindicando melhorias na administração colonial, o governo
português reprimiu violentamente o movimento.
Inconfidência Mineira (1789): liderada por Tiradentes, os inconfidentes mineiros eram contra a execução
da Derrama e o domínio português. O movimento foi descoberto pelo Rainha de Portugal (na
época D.Maria I) e os líderes condenados.
Conjuração Baiana (1798): Também conhecida como "Revolta dos Alfaiates". Revolta de caráter
emancipacionista ocorrida na então Capitania da Bahia. Foi punida duramente pela Coroa de Portugal.
Prevendo a possível invasão do território por potências rivais, a Coroa portuguesa lança mão de um
instituto já utilizado no Arquipélago da Madeira: a capitania.
A instalação das primeiras capitanias no litoral brasileiro traz consigo uma consequência trágica: os conflitos
com os indígenas do litoral que, se até então foram aliados de trabalho, neste momento passam a ser um
entrave, uma vez que disputavam com os recém-chegados o acesso às melhores terras. Destes conflitos
entre portugueses e ameríndios o saldo é a mortandade indígena causada por confrontos armados ou por
epidemias diversas.
Após a tentativa fracassada de estabelecer as capitanias hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu
em suas possessões coloniais na América um Governo-Geral como forma de centralizar a administração,
tendo mais controle da colônia.
O primeiro governador-geral foi Tomé de Sousa, que recebeu a missão de combater os indígenas
rebeldes, aumentar a produção agrícola na colônia, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.
Também começavam a existir câmaras municipais, órgãos políticos compostos pelos "homens bons". Estes
eram os ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar
da vida pública nesta fase.
As instituições municipais eram compostas por um alcaide que tinha funções administrativas e
judiciais, juízes ordinários, vereadores, almotacés e os "homens bons". As juntas do povo decidiam sobre
diversos assuntos da Capitania.
Salvador, fundada em 1549, foi a primeira sede do Estado do Brasil. Situa-se na entrada da Baía de
Todos-os-Santos, uma região bastante acidentada do litoral. A escolha do local teve como objetivo criar uma
administração centralizada para o estado colonial português, em um ponto mais ou menos equidistante das
extremidades do território e com favoráveis condições de assentamento e defesa; e teve também relação com
a economia açucareira, uma vez que a Capitania de Pernambuco era o principal centro produtivo da
colônia. Salvador permaneceu capital colonial por mais de dois séculos, porém, durante a primeira
das Invasões holandesas no Brasil, o então Governador de Pernambuco Matias de Albuquerque foi nomeado
Governador-Geral do Estado do Brasil, administrando a colônia a partir de Olinda entre 1624 e 1625.
Em 1763, a sede do governo colonial foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro. Ressalte-se que, com
a ascensão de outras regiões econômicas, outros estados coloniais foram criados, como o Estado do
Maranhão e Piauí e o Estado do Grão-Pará e Rio Negro, com capitais respectivamente em São Luís e Belém.
Desta forma, administrativamente, o território colonial português no atual Brasil dispôs de cinco sedes até
https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Iguapehttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Vicente_(S%C3%A3o_Paulo)https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Paulo_(estado)https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ruy_Garcia_de_Moschera&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ruy_Garcia_de_Moschera&action=edit&redlink=1https://pt.wikipedia.org/wiki/Bacharel_de_Cananeiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cananeiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Insurrei%C3%A7%C3%A3o_Pernambucanahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Emboabashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Mascateshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Guaran%C3%ADticahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guaranishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADtahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_Filipe_dos_Santoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Filipe_dos_Santos_Freirehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_de_Beckmanhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inconfid%C3%AAncia_Mineirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tiradenteshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Derramahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_I_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Conjura%C3%A7%C3%A3o_Baianahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Monarcas_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Arquip%C3%A9lago_da_Madeirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Capitanias_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tom%C3%A9_de_Sousahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ourohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pratahttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A2mara_municipal_(Brasil)https://pt.wikipedia.org/wiki/Homem_bomhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Alcaidehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Almotac%C3%A9https://pt.wikipedia.org/wiki/Salvadorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/1549https://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Todos-os-Santoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ba%C3%ADa_de_Todos-os-Santoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_de_Pernambucohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Matias_de_Albuquerque,_Conde_de_Alegretehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Olindahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1624https://pt.wikipedia.org/wiki/1625https://pt.wikipedia.org/wiki/1763https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Maranh%C3%A3o_e_Piau%C3%ADhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Maranh%C3%A3o_e_Piau%C3%ADhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Gr%C3%A3o-Par%C3%A1_e_Rio_Negrohttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_(Maranh%C3%A3o)https://pt.wikipedia.org/wiki/Bel%C3%A9m_(Par%C3%A1)
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1775: Salvador, Olinda e Rio de Janeiro no Estado do Brasil; São Luís no Estado do Maranhão e Piauí; e
Belém no Estado do Grão-Pará e Rio Negro. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
Acesso em: 17/09/2020.
ATIVIDADE AVALIATIVA - PARTE 1 – 06/10 a 13/10
1. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com
visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos viajantes e
missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena, que se agrava nos
séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
2. (UFMG) Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas
partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se
acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta
maneira vivem desordenadamente (...)." (GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província
de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a
cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.
3. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização e
hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das ocupações,
raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois
o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-
homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos
imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida
verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do campesinato, um novo estado, que
permitiu uma reorganização de categorias tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os
africanos, diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas
distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi transferida
para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade brasileira
colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a
escravidão, completamente desconhecida da sociedade europeia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram
nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
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d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a
diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não
alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.
4. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria
através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.
5. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como desdobramento
da expansão mercantil europeia da época moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento dos
monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de
subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos interesses
da política mercantilista europeia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior dos
portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da
economia colonial.
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Link para envio das respostas:
https://forms.gle/1JStLNNTt28npdis6
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PARTE 2 – 14/10 a 21/10
A Colonização do Brasil (Continuação)
ECONOMIA NO BRASIL COLÔNIA
Ciclo do Açúcar
A base da economia colonial era o engenho de açúcar. O senhor de engenho era um fazendeiro
proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão de obra africana escrava e tinha como
objetivo principal a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar, destacou-se, também, a
produção de tabaco e de algodão. As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes
fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão de obra escrava e visando o comércio exterior.
O Brasil se tornou o maior produtor mundial de açúcar nos séculos XVI e XVII. As principais regiões
açucareiras eram Pernambuco, Bahia e São Vicente (São Paulo). O Pacto Colonial imposto pelo Reino de
Portugal estabelecia que os estados coloniais localizados no atual Brasil só podiam fazer comércio com a
metrópole, não devendo concorrer com produtos produzidos lá. Logo, o Brasil não podia produzir nada que
a metrópole produzisse.
O monopólio comercial foi, de certa forma, imposto pelo governo da Inglaterra a Portugal, com o
objetivo de garantir mercado aos comerciantes ingleses. A Inglaterra havia feito uma aliança com Portugal,
https://forms.gle/1JStLNNTt28npdis6https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Escravaturahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Plantationhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambucohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bahiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Capitania_de_S%C3%A3o_Vicentehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_Colonialhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mercantilismohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterrahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Alian%C3%A7a_Luso-Brit%C3%A2nica
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oferecendo apoio militar em meio a uma guerra pela sucessão da Coroa Espanhola e ajuda diplomática a
Portugal e em troca os portugueses abriram seus portos a manufaturas britânicas, já que Portugal não tinha
grandes indústrias. Nessa época, Portugal e suas colônias, inclusive o Brasil, foram abastecidas com tais
produtos. Portugal se beneficiava do monopólio, mas o país era dependente comercialmente da
Inglaterra. O Tratado de Methuen foi uma das alianças luso-britânicas. A colônia vendia metais, produtos
tropicais e subtropicais a preços baixos, estabelecidos pela metrópole, e comprava dela produtos
manufaturados e escravos a preços bem mais altos, garantindo assim o lucro de Portugal em qualquer das
transações.
Ciclo do Ouro
Foram os bandeirantes os responsáveis pela ampliação do atual território brasileiro além do tratado de
Tordesilhas. Os bandeirantes penetravam além da linha fronteiriça imposta pelo tratado, procurando índios
para aprisionar e jazidas de ouro e diamantes. Foram os bandeirantes que encontraram as primeiras minas
de ouro nas regiões dos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.
Ao final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta
de ouro pelos bandeirantes na década de 1690, abriu um novo ciclo para a economia extrativista da colônia,
promovendo uma febre do ouro no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal,
mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos
(como a Guerra dos Emboabas), entre os antigos colonos e os recém-chegados.
Após a descoberta das primeiras minas de ouro, o rei de Portugal tratou de organizar sua extração.
Interessado nesta nova fonte de lucros, já que o comércio de açúcar passava por uma fase de declínio, ele
começou a cobrar o quinto do ouro, imposto equivalente a um quinto (20%) de todo o ouro que fosse
encontrado no Brasil. Esse imposto era cobrado nas casas de fundição, responsáveis por fundir o ouro; dessa
forma, a cobrança dos impostos era mais rigorosa.
A descoberta de ouro e o início da exploração das minas nas regiões auríferas (Minas Gerais, Mato
Grosso e Goiás) provocaram uma verdadeira "corrida do ouro" para estas regiões. Procurando trabalho na
região, desempregados de várias regiões do Império Português partiram em busca do sonho de ficar rico da
noite para o dia. Cidades começaram a surgir e o desenvolvimento urbano e cultural aumentou muito nestas
regiões. Foi neste contexto que apareceu um dos mais importantes artistas plásticos do Brasil: o Aleijadinho.
Vários empregos surgiram nestas regiões, diversificando o mercado de trabalho na região aurífera. Para
acompanhar o desenvolvimento da região sudeste da colônia, e impedir a evasão fiscal e o contrabando de
ouro, Portugal transferiu a capital do Estado do Brasil para o Rio de Janeiro.
Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração
econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou em manter sob controle e
erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do Quilombo dos
Palmares); e em reprimir todo movimento por autonomia ou independência política (como a Inconfidência
Mineira).
No final de 1807, forças espanholas e francesas ameaçaram a segurança de Portugal Continental,
fazendo com que o Príncipe Regente D. João, em nome da rainha Maria I, transferisse a corte
real de Lisboa para o Brasil. O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das
primeiras instituições brasileiras, como bolsas de valores locais e um banco nacional, e acabou com
o monopólio comercial que Portugal mantinha sob o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações,
o que pôs fim ao período colonial brasileiro.
Cultura
Os naturais do Brasil eram portugueses; diferenciavam-se dos ameríndios e dos escravos que não
tinham direitos de cidadania. Nesta época o vocábulo "brasileiro" designava apenas o nome dos comerciantes
de pau brasil. Só depois da independência do Brasil se pode diferenciar brasileiros e portugueses, visto que é
um anacronismo chamar brasileiro a quem morreu português antes da independência. Distinguia-se o
cidadão português natural do Brasil dos outros portugueses da metrópole e províncias
ultramarinas (português de Angola, português de Macau, português de Goa, etc) designando-o de Português
do Brasil, Luso Americano ou pelo nome da cidade de nascimento. A partir do século XVII o termo "reinóis"
era usado popularmente no Brasil para designar os portugueses nascidos em Portugal e os distinguir
daqueles nascidos no Brasil. Dentro do Brasil podiam-se diferenciar os cidadãos em nível regional, por
https://pt.wikipedia.org/wiki/Espanhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Manufaturahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Methuenhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantes_(hist%C3%B3ria)https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Tordesilhashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Goi%C3%A1shttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mato_Grossohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ourohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeiranteshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ciclo_do_Ourohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Febre_do_ourohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Emboabashttps://pt.wikipedia.org/wiki/Quinto_do_ourohttps://pt.wiktionary.org/wiki/quintohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_de_fundi%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Aleijadinhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o_Sudeste_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estado_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Quilombo_dos_Palmareshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Quilombo_dos_Palmareshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Autonomia#Autonomia_em_ci.C3.AAncia_pol.C3.ADticahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAnciahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inconfid%C3%AAncia_Mineirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inconfid%C3%AAncia_Mineirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Primeiro_Imp%C3%A9rio_Franc%C3%AAshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Peninsularhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Portugal_Continentalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_I_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Transfer%C3%AAncia_da_corte_portuguesa_para_o_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Lisboahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bolsa_de_valoreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Banco_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Monop%C3%B3liohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_antigos_territ%C3%B3rios_portugueseshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_antigos_territ%C3%B3rios_portugueses
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exemplo os pernambucanos dos baianos, no entanto a nível nacional e a nível internacional eram todos
conhecidos como portugueses. Os escravos davam o nome de "mazombo" aos filhos de portugueses
nascidos no Brasil, e mais tarde a qualquer europeu.
A sociedade no período açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade,
com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média
formada por pessoas livres (feitores, capatazes, padres, militares, comerciantes e artesãos) e funcionários
públicos. E na base da sociedade estavam os escravos, de origem africana, tratados como simples
mercadorias e responsáveis por quase todo trabalho desenvolvido na colônia.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres
tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.
A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns
agregados. O conforto da casa grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene
das senzalas (habitações dos escravos).
Alimentação
Os portugueses que vieram para o Brasil tiveram que alterar seus hábitos alimentares. O trigo, por
exemplo, foi substituído pela farinha de mandioca, o mais importante alimento da colônia. A mandioca, de
origem indígena, foi adotada no Brasil por africanos e portugueses, sendo usada para fazer bolos, sopas,
beijus ou simplesmente para se comer misturada ao açúcar. Além da farinha, no engenho também se
consumiam: carne-seca, milho, rapadura, arroz, feijão e condimentos como pimenta e azeite de dendê. As
verduras, as frutas, a manteiga e os queijos eram raros e só entravam na alimentação dos ricos. Mas não
faltavam doces, que eram consumidos em grande quantidade, tanto no campo como nas cidades.
Alimentação diferente experimentaram os moradores de Recife e Olinda durante a invasão
holandesa (1624-1625 e 1630-1654), uma vez que vinha
da Holanda o toucinho, manteiga, azeite, vinho, aguardente, peixe seco, bacalhau, trigo, carne
salgada, fava, ervilha, cevada e feijão. Tanto nas casas mais humildes como nas dos senhores de engenho,
as refeições eram feitas utilizando a mão, devido à ausência de garfo, este só começando a integrar o dia a
dia a partir o século XIX. Outro costume de todas as classes era o de comer sentado no chão.
As bebidas alcoólicas consumidas eram principalmente a bagaceira e o vinho, trazidos de Portugal.
Nos engenhos de açúcar logo foi descoberto o vinho de cana, ou seja, o caldo de cana fermentado, muito
apreciado pelos escravos. Na primeira metade do século XVII descobriu-se que os subprodutos da produção
do açúcar, o melaço e as espumas, misturados com água fermentavam e podiam ser destilados obtendo-se
a cachaça. Ela também podia ser fabricada com o vinho de cana. Devido ao baixo preço e facilidade de
produção, aos poucos foi caindo no gosto da população, ao menos entre os escravos e as pessoas de baixo
poder aquisitivo. Com o tempo, as classes abastadas foram paulatinamente também adotando a cachaça.
Demografia
A tese mais aceita é que os povos indígenas do continente americano são descendentes
de caçadores asiáticos que cruzaram o estreito de Bering passando da Sibéria para a América do Norte. Os
mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo,
foi encontrado em Lagoa Santa (Minas Gerais) o crânio de uma mulher de traços negroides, batizada
de Luzia, que viveu há 11 500 anos. Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações
negroides também tenham vivido na América, e que estas foram exterminadas ou assimiladas pelos
povos mongoloides muitos séculos antes da chegada dos europeus.
Estima-se que, no início da colonização portuguesa, cerca de quatro milhões de ameríndios viviam no
atual território brasileiro. Encontravam-se divididos em diversos grupos étnico-linguísticos: tupi-guaranis
(região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas
(Amazônia).
A colonização no tempo
Século XVI
O território brasileiro não foi imediatamente ocupado pelos portugueses a partir do Descobrimento do
Brasil em 1500. A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas
quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da Metrópole. Apenas alguns
https://pt.wikipedia.org/wiki/Engenhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Casa-grandehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Senzalahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Trigohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Farinhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mandiocahttps://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcarhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Milhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rapadurahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Arrozhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pimentahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Azeite_de_dend%C3%AAhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Recifehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Olindahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_holandesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%A3o_holandesahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Toucinhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Manteigahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Azeitehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vinhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Aguardentehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bacalhauhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Trigohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Favahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ervilhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cevadahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Feij%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Garfohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bagaceirahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Vinhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Engenhos_de_a%C3%A7%C3%BAcarhttps://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%BAcarhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mela%C3%A7ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9ricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ca%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Estreito_de_Beringhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Sib%C3%A9riahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9rica_do_Nortehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Lagoa_Santa_(Minas_Gerais)https://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cr%C3%A2niohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Negroidehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Luzia_(f%C3%B3ssil)https://pt.wikipedia.org/wiki/Mongoloidehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Amer%C3%ADndiohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Portugueseshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Descobrimento_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Descobrimento_do_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Feitoriahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pau-brasil
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degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se
miscigenando com as tribos indígenas.
Ao contrário do que muitos pensam, os primeiros colonos não foram só ladrões, assassinos
ou prostitutas mandados para o Brasil. A maioria era composta por camponeses pobres, agregados de um
pequeno nobre que vinha estabelecer engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Apenas alguns
poucos eram "criminosos", em geral pessoas perseguidas pela Igreja por sua "falta de moral" ou por
cometerem pequenos delitos: judeus, cristãos-novos, bígamos, sodomitas, padres sedutores, feiticeiras,
visionários, blasfemadores, impostores de todas as espécies.
Século XVII
Nos primeiros dois séculos de colonização (XVI – XVII), relativamente poucos portugueses migraram
para o Brasil, não mais que cem mil. Em meados do século XVI, Portugal tinha uma população bastante
pequena, de somente 1,5 milhão de habitantes, e os portugueses estavam empenhados em povoar as ilhas
atlânticas e em se expandir da África à Ásia, havendo pouco excedente populacional exportável. Ademais, a
produção do açúcar no Brasil não era atrativa para os portugueses comuns, uma vez que o estabelecimento
de um engenho exigia altos investimentos, com os quais apenas os mais abastados tinham condições de
arcar. O Brasil era pouco atrativo para os portugueses mais pobres, pois não era do interesse dos
camponeses europeus se submeterem ao trabalho massacrante nos engenhos de cana, trabalho este que
acabou sendo exercido largamente por escravos.
Na década de 1690, bandeirantes paulistas finalmente encontraram ouro no atual estado de Minas
Gerais, ao longo de uma linha que se estende entre as atuais Ouro Preto e Diamantina. A notícia se espalhou
e o povoamento de Minas deu-se muito rapidamente
Século XVIII
Se por um lado a sociedade mineira transformou-se num importante fator de atração, em Portugal
havia um forte fator de expulsão, especialmente na província do Minho. No século XVIII, a produção
de milho espalhou-se no Norte de Portugal, melhorando significativamente a alimentação da população e,
consequentemente, gerou taxas de crescimento populacional relativamente elevadas. Como a economia
no Norte de Portugal era baseada na pequena propriedade rural, o crescimento da população forçou muitos
portugueses mais pobres do Minho a migrarem para o Brasil, de modo a não sobrecarregar a economia local.
O surto migratório que se deu de portugueses do Minho em direção às áreas mineradoras da colônia foi tão
intenso que Portugal teve de baixar três leis proibindo a migração de pessoas do Noroeste português para o
Brasil, nos anos de 1709, 1711 e 1720. Em relação à lei editada em 1720, autoridades portugueses
afirmaram: "Tendo sido o mais povoado, o Minho hoje é um estado no qual não há pessoas suficientes para
cultivar a terra ou prover para os habitantes".
Segundo dados do IBGE, 600 mil portugueses migraram para o Brasil, entre 1701 e 1760. Celso
Furtado estimou, para todo o século XVIII, um número entre 300 e 500 mil portugueses. Maria Luiza Marcilio
apontou um número intermediário: 400 mil. C. R. Boxer considerou esses números exagerados, que, para ele,
seriam de 3 mil a 4 mil portugueses ao ano, no período mais movimentado da corrida do ouro. Após 1720, a
imigração não teria superado 2 mil pessoas ao ano, devido à introdução do passaporte. De qualquer maneira,
nunca haviam chegado tantos portugueses ao Brasil, até então.
As ilhas dos Açores eram uma região mais pobre de Portugal e com excesso de habitantes. Em
consequência, várias vezes o governo português recrutou grupos de açorianos e os enviou para regiões de
fronteira. Entre 1748 e 1754, em torno de 6 mil açorianos foram enviados para Santa Catarina e Rio Grande
do Sul, para garantirem a posse portuguesa da região, historicamente disputada com a Espanha.
Os Africanos
O tráfico internacional de escravos da África subsaariana para o Brasil foi um movimento migratório,
embora forçado. Seu início ocorreu na segunda metade do século XVI, e desenvolveu-se no século XVIII,
atingiu seu ápice por volta de 1845 até ser extinto em 1850.
O tráfico negreiro foi uma atividade altamente lucrativa e contou, até 1850, com amparo legal. Iniciou
oficialmente em 1559, quando a metrópole portuguesa decidiu permitir o ingresso de escravos vindos da
África no Brasil. Antes disso, porém, transações envolvendo escravos africanos já ocorriam no Brasil, sendo a
escassez de mão de obra um dos principais argumentos dos colonos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Prostitui%C3%A7%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3licahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Juda%C3%ADsmo_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Crist%C3%A3o-novohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Sodomiahttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A9cada_de_1690https://pt.wikipedia.org/wiki/Bandeirantehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ourohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Minas_Geraishttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Pretohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Diamantinahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Minho_(prov%C3%ADncia)https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIIIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Milhohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Norte_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/IBGEhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Celso_Furtadohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Celso_Furtadohttps://pt.wikipedia.org/wiki/C._R._Boxerhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Passaportehttps://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7oreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Santa_Catarinahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sulhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Grande_do_Sulhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Espanhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_subsaarianahttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XVIII
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A escravidão era utilizada nas mais desenvolvidas sociedades da África Subsaariana antes mesmo do
início do tráfico negreiro para a América e do envolvimento com as potências europeias. Escravos negros
eram comumente transportados através do Saara e vendidos no norte da África por mercadores muçulmanos.
Estes escravos podiam ser pessoas capturadas nas guerras tribais, escravizadas por dívidas não pagas ou
mesmo filhos de outros escravos por várias gerações. A necessidade de trabalhadores escravos na América
aumentou a procura de escravos de modo que passaram a ser organizados grupos que entravam pelo interior
da África Subsaariana com o único propósito de capturar pessoas de outras nações para serem vendidas
como escravos nos portos do litoral.
A maior parte dos escravos africanos provinham de lugares
como Angola, Guiné, Benim, Nigéria e Moçambique. Eram mais valorizados, para os trabalhos na agricultura,
os negros Bantos ou Benguela ou Bangela ou do Congo, provenientes do sul da África, especialmente de
Angola e Moçambique, e tinham valor os vindo do centro oeste da África, os negros Mina ou da Guiné, que
receberam este nome por serem embarcados no porto de São Jorge de Mina, na atual cidade de Elmina, e
eram, por outro lado, mais aptos para a mineração, trabalho o qual já se dedicavam na África Ocidental. Por
ser a Bahia mais próxima da Costa da Guiné (África Ocidental) do que de Angola, a maioria dos negros
baianos são Minas.
Os traficantes trocavam os escravos por produtos como fumo, armas e aguardentes. Os escravos
comprados eram transportados nos chamados navios negreiros principalmente para as cidades do Rio de
Janeiro, Salvador, Recife e São Luís. As péssimas condições sanitárias existentes nas embarcações, que
vinham superlotadas, faziam com que muitos escravos morressem, entretanto, a maior parte das mortes
ocorria no transporte desde o local de captura até o porto africano de embarque. Quando desembarcavam em
solo brasileiro, os escravos africanos ficavam de quarentena enquanto recuperavam a saúde e engordavam
para serem vendidos em praça pública. A maior parte ainda viajava a pé para as regiões mais distantes do
interior onde havia minas ou plantações.
Os escravos homens, jovens, mais fortes e saudáveis eram os mais valorizados. Havia um grande
desequilíbrio demográfico entre homens e mulheres na população de escravos. No período 1837-1840, os
homens constituíam 73,7% e as mulheres apenas 26,3% da população escrava. Além disto, os donos de
escravos não se preocupavam com a reprodução natural da escravaria, porque era mais barato comprar
escravos recém trazidos pelo tráfico internacional do que gastar com a alimentação de crianças.
Ao todo, entraram no Brasil aproximadamente quatro milhões de africanos na forma de escravos.
Colonização por espanhóis, holandeses e franceses
Durante a colonização, um número impreciso de pessoas com origens em outras partes do mundo,
além de Portugal e do Continente Africano, se fixaram no território que hoje corresponde ao Brasil. Embora a
presença espanhola no Brasil durante o período colonial tenha sido importante em algumas regiões
específicas, ela foi frequentemente ignorada ou mesmo negada. O historiador Capistrano de Abreu, em seu
clássico A História do Brasil, de 1883, chegou mesmo a afirmar que os espanhóis não tiveram nenhuma
importância na formação histórica brasileira ou, se a tiveram, ela foi menor do que a dos franceses. O
próprio IBGE afirma que houve um "exagero" da parte do autor. A presença de colonos espanhóis no Sul do
Brasil foi "histórica e demograficamente densa", como salienta o IBGE. Isto porque grande parte da região Sul
do atual Brasil foi uma zona de disputa entre Portugal e a Espanha e, como não havia barreiras naturais
impedindo a movimentação de pessoas (exceto o Rio Uruguai a oeste), por séculos houve ali uma
convivência (frequentemente conflituosa) entre lusos e hispânicos. O antropólogo Darcy Ribeiro escreveu que
os gaúchos dos pampas "Surgem da transfiguração étnica das populações mestiças de varões espanhóis e
lusitanos com mulheres guarani", demonstrando a importância do elemento espanhol na formação da
população na zona fronteiriça entre o Brasil, a Argentina e o Uruguai. Um estudo genético realizado
pela FAPESP chegou mesmo a concluir que os espanhóis tiveram uma maior importância na formação étnica
dos gaúchos do Sul do Brasil do que os próprios portugueses.
Outro povo que se estabeleceu no Brasil colonial foi oriundo dos Países Baixos.
Os neerlandeses invadiram diferentes partes do Brasil, a mais duradoura invasão ocorreu em Pernambuco,
onde permaneceram por 24 anos (de 1630 a 1654). Existem mitos, especulações e até um certo
"romantismo" em relação à presença holandesa no Brasil. Até hoje esse tema levanta discussões, quase
sempre suscitando o imaginário de como seria o Brasil atualmente se tivesse sido colonizado pelos
holandeses. Em relação a uma possível contribuição holandesa para a formação da população brasileira, não
https://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Subsaarianahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%A9ricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Saarahttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81fricahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Angolahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9_(regi%C3%A3o)https://pt.wikipedia.org/wiki/Benimhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Nig%C3%A9riahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Mo%C3%A7ambiquehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Bantoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Benguelahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Congo_(regi%C3%A3o)https://pt.wikipedia.org/wiki/Mina_(etnia)https://pt.wikipedia.org/wiki/Guin%C3%A9https://pt.wikipedia.org/wiki/Elminahttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_Ocidentalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Fumohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Armahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Aguardentehttps://pt.wikipedia.org/wiki/Navio_negreirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Salvadorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Recifehttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Lu%C3%ADs_(Maranh%C3%A3o)https://pt.wikipedia.org/wiki/Capistrano_de_Abreuhttps://pt.wikipedia.org/wiki/IBGEhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Uruguaihttps://pt.wikipedia.org/wiki/Darcy_Ribeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ga%C3%BAchohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pampashttps://pt.wikipedia.org/wiki/FAPESPhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADses_Baixoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Invas%C3%B5es_holandesas_no_Brasilhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Pernambuco
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existem dados sobre quantos holandeses permaneceram no Nordeste após a retomada do domínio português
na região, tampouco se eram em número suficiente para ter deixado algum legado minimamente importante
após apenas 24 anos de presença. Um estudo genético, porém, abre a possibilidade de ter havido alguma
contribuição holandesa para a formação da população do Nordeste, com base numa análise do cromossomo
Y.
Durante o período de dominação holandesa, não foram poucos os casamentos entre holandeses
oficiais da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais (WIC) e brasileiras pertencentes a aristocracia
açucareira da época, e ainda muito mais numerosas as uniões informais entre os praças da WIC com negras,
índias, mestiças e brancas pobres.
Autores do período afirmam não terem sido poucos os colonos holandeses livres que se dedicavam à
agricultura.
Os franceses também invadiram as regiões onde atualmente ficam parte do Maranhão e do Rio de
Janeiro. Ficaram muito pouco tempo no Brasil, foram rapidamente expulsos, mas alguns deles deixaram filhos
tidos com mulheres indígenas. Porém, assim como no caso dos holandeses, não existe nenhuma
comprovação factível que os franceses tenham tido qualquer influência considerável na formação do povo
brasileiro.
Portugal sempre foi muito preocupado em impedir a entrada de europeus de outras nacionalidades no
Brasil. Foi só em 1808, com a abertura dos portos, que foi permitida a entrada de cidadãos de outras
nacionalidades no país. Até então, somente portugueses e escravos africanos podiam entrar de forma livre na
colônia. Com a exceção da região de disputa de fronteira do Sul, onde a presença espanhola foi marcante, no
resto do Brasil a presença de outros povos, além de portugueses e de africanos, foi bastante exígua. Tal fato
só se alterou no século XIX, quando permitiu-se a migração de outros grupos para o país. O Brasil se
mostrava muito diferente dos Estados Unidos. A Inglaterra não se preocupava em limitar a entrada de não
ingleses nas suas colônias da América do Norte. Desde os primórdios da colonização do atual Estados
Unidos, além dos ingleses, diferentes nacionalidades europeias para lá se deslocaram, como suecos,
espanhóis, alemães, irlandeses, escoceses, holandeses, franceses, além de diversas etnias de escravos
africanos.
No Brasil, as origens da população colonial eram bem menos diversificadas, compostas basicamente
de portugueses e de diferentes etnias africanas, além de índios. Todavia, os diferentes "cruzamentos" entre
esses povos davam ao Brasil, desde o período colonial, um caráter de sociedade multi-étnica. A partir do
século XIX, a população do Brasil se diversificou mais, quando para o país passou a se dirigir correntes
migratórias de origens relativamente diversificadas. Todavia, mais de 80% do fluxo migratório para o Brasil
veio de apenas três países: Portugal, Itália e Espanha. Nos Estados Unidos, por outro lado, os imigrantes
vinham de quase todos os cantos da Europa.
Colonização por outras origens
Os primeiros grupos de imigrantes não lusos e não africanos chegaram ao Brasil, de forma
organizada, somente depois da abertura dos portos de 1808.
Excetuando os portugueses e alguns poucos estrangeiros que se tornaram súditos de Portugal, os
primeiros imigrantes voluntários a vir para o Brasil após a abertura dos portos foram os chineses
de Macau que chegaram ao Rio de Janeiro em 1808. Cerca de 300 chineses de Macau foram trazidos pelo
governo do príncipe regente (futuro rei D. João VI) com o objetivo de introduzir o cultivo de chá no Brasil. Eles
tiveram importante participação na aclimatação de plantas feitas pelo recém-criado Jardim Botânico do Rio de
Janeiro.
Entretanto, a mão de obra livre de imigrantes estrangeiros ainda era considerada dispensável pelos grandes
fazendeiros. Na primeira metade do século XIX ainda desembarcaram no Brasil cerca de um milhão e 300
mil africanos subsaarianos, certamente o maior grupo de imigrantes recebido neste período.
O primeiro movimento organizado, contratado pelo governo brasileiro, de imigrantes europeus foi a imigração
suíça para a região serrana do Rio de Janeiro.
Em 16 de maio de 1818, o príncipe regente baixou um decreto autorizando o agente do Cantão de
Friburgo, Sebastião Nicolau Gachet, a estabelecer uma colônia de cem famílias de imigrantes suíços. Entre
1819 e 1820, chegaram ao Brasil 261 famílias de colonos suíços, 161 a mais do que havia sido combinado
nos contratos, totalizando 1.686 imigrantes. A sua maioria era composta de suíços de cultura e língua
francesa. Os imigrantes estabeleceram-se na fazenda do Morro Queimado, situada na então vila
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo_Yhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo_Yhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Maranh%C3%A3ohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)https://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Inglaterrahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Treze_Col%C3%B4niashttps://pt.wikipedia.org/wiki/It%C3%A1liahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Espanhahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Abertura_dos_portoshttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macauhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Macauhttps://pt.wikipedia.org/wiki/D._Jo%C3%A3o_VIhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Ch%C3%A1https://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Jardim_Bot%C3%A2nico_do_Rio_de_Janeirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttps://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81frica_subsaarianahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Brasileirohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_de_Janeiro_(estado)https://pt.wikipedia.org/wiki/Jo%C3%A3o_VI_de_Portugalhttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cant%C3%A3o_de_Friburgohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Cant%C3%A3o_de_Friburgohttps://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7os
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de Cantagalo. A região era conhecida pelo seu clima ameno e relevo acidentado, o mais semelhante que
poderia haver no Rio de Janeiro com a Suíça. Muitos dos imigrantes suíços logo abandonaram seus lotes e
se dispersaram por toda a região serrana e centro-norte do estado do Rio de Janeiro, em busca de terras
férteis e mais acessíveis. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
Acesso em: 17/09/2020.
ATIVIDADE AVALIATIVA PARTE 2 - 14/10 a 21/10/2020
1. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser servido,
obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser considerado
característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho na
sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas e a
outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com
mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio de
exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação para
os mais altos cargos da administração colonial.
2. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior
3. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à lavoura
de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração de novas
atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os
colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos luso-
espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso,
foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na
escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento da
lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Cantagalo_(Rio_de_Janeiro)https://pt.wikipedia.org/wiki/Su%C3%AD%C3%A7ahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_do_Brasil
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4. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda metade do século
XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por
Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do
planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo
espanhol.
5. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que
a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da sociedade.
6.Autoavaliação da aprendizagem:
Como você avalia a sua aprendizagem acerca do Objeto de Conhecimento (Conteúdos) deste Roteiro de Estudos?
( ) Estudei e entendi todo o conteúdo; ( ) Estudei e entendi parcialmente o conteúdo; ( ) Estudei e não compreendi o conteúdo; ( ) Não estudei o conteúdo, apenas respondi as atividades.
Justifique sua resposta evidenciando suas dificuldades.
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Link para envio das respostas:
https://forms.gle/MLNx443qHk76TQbp6
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ATIVIDADES COMPLEMENTARES
Para