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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA Tema Análise Comparativa do Rendimento de Três Variedades de Batata - doce (Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de Polpa Alaranjada e uma de Polpa Branca Cultivado no Sistema Orgânico no Campus da ESUDER no Distrito de Vilankulo Licenciatura em Produção Agrícola Discente: Zaina Ramiro Omar Vilankulo, Junho de 2016

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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA

Tema Análise Comparativa do Rendimento de Três Variedades de Batata - doce

(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de Polpa Alaranjada e uma de Polpa Branca Cultivado no Sistema Orgânico no Campus da ESUDER no Distrito de

Vilankulo

Licenciatura em Produção Agrícola

Discente: Zaina Ramiro Omar

Vilankulo, Junho de 2016

Zaina Ramiro Omar

Tema Análise Comparativa do Rendimento de Três Variedades de Batata-Doce

(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de Polpa Alaranjada e uma de Polpa Branca Cultivado no Sistema Orgânico no Campus da ESUDER no Distrito

de Vilankulo

Trabalho de Culminação do Curso a

Apresentar ao Departamento De Produção

Agrária da Universidade Eduardo Mondlane

Escola Superior de Desenvolvimento Rural

para a obtenção do grau de Licenciatura em

Produção Agrícola.

Supervisor:

dr. Peter Kerkhoff Msc.

Co- supervisor: Eng. Guimarães Dalazane

UEM – ESUDER Vilankulo

2016

i

Declaração de Honra

Declaro que este trabalho nunca foi apresentado, na sua essência, para a obtenção de qualquer

grau, e que ele constitui o resultado de uma investigação pessoal, estando no texto e na

bibliografia as fontes que foram por mim utilizadas.

Vilankulo, aos _______ de Junho de 2016

__________________________________________

(Zaina Ramiro Omar)

ii

Dedicatória

Aos meus amados pais Ramiro Omar e Lúcia Clementina Manhiça, pela confiança que sempre

tiveram, e pela paciência durante o curso. E em particular ao meu filho Paulo Carlos e ao meu

marido Carlos Paulo pela força que sempre proporcionou.

iii

Agradecimentos

Em primeiro lugar ao meu Deus todo-poderoso, por me conceber a honra de chegar a este grande

dia, o dia da vitória e por me dar vida e saúde a cada dia, por isso a ti meu Pai eu agradeço;

Aos meus pais Ramiro Omar e Lúcia Clementina Manhiça; a vocês, eu sempre agradecerei por

mim terem colocado neste mundo maravilhoso e por terem me educado, ate me tornar a pessoa

que sou hoje, aos vossos ensinamentos, ensinamentos esses que levo a cada dia e em tudo o que

eu faço e que farei para o resto da minha vida. Por tudo isso e o que não mencionei o meu muito

obrigado;

Ao meu supervisor Peter Kerkhoff MSc endereço-lhe o meu sentimento de gratidão pela atenção

nas orientações e nos esclarecimentos prestados durante a longa caminhada da elaboração deste

trabalho, acima de tudo agradecer a sua paciência e compreensão que sempre demonstrou ao

longo do trabalho;

Ao Eng. Guimarães Dalazane, o meu muito obrigado pela ajuda concebida na elaboração deste

trabalho;

Aos meus amores Carlos Paulo e Paulo Carlos Vilanculo, pela paciência e pela ajuda que

demonstraram durante a elaboração deste trabalho, pela força e coragem que sempre

proporcionaram, o meu muito obrigado vocês são meu tesouro.

Aos meus irmãos Dário, Sara, José, Moisés, Celsa, Eusébio e ao falecido Omar, o meu obrigado

vai para todos vocês, pelo companheirismo e pela linda família que somos. E pela linda família

que cada um de vocês nos deram. Abraços a todos.

Ao Iron das Neves, só tu sabes o quanto foi difícil o primeiro passo deste trabalho no campo,

com sua ajuda se tornou mais fácil, foste muito importante, me faltam palavras para dizer, um

simples muito obrigado, pode ser muito significante neste momento de alegria, muito obrigado

Iron.

Aos meus amigos Rosita Muticane, Faidate Abreu, Sara Nhantumbo, Inocêncio Matavel, Isac

Langa, Guido José, Bernância Massalonga, e em especial Felismina Pedro Langa pelos

momentos únicos que compartilhamos durante esse todo período que convivemos, pela amizade

que ultrapassa todas as barreiras e a familiaridade que construímos, o meu muito obrigado a

todos vocês.

E aos que directa ou indirecta fizeram parte da minha vida estudantil, aqui vão os meus

sentimentos de gratidão.

iv

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SIMBOLOS

Abreviações

A - Área

ANOVA - Análise da Variância

CIP - International Potato Center

CV - Coeficiente de variação

DCC - Delineamento complentamente casualisado

ESUDER- Escola Superior de Desenvolvimento Rural

FAO - Food and Agriculture Organization

Fig. – Figura

FV – Fonte de variação

GL- Graus de liberdade

Ha - Hipótese alternativa

Ho - Hipótese nula

HSTS - High temperature and short time

INE- Instituto Nacional de Estatística

INIA - Instituto Nacional de Investigação Agrícola

IITA - Instituto Internacional de Agricultura Tropical

MAE - Ministério de Administração Estatal

MQ – Média dos Quadrados

ns – não significativo

Npt - Número de plantas na area util

NPK – Nitrogénio, Fósforo e Potássio

SQ – Soma dos Quadrados

Stand - Número de plantas sobreviventes na área útil

PNA- Polissacarídeos não amídicos

v

Siglas e Simbolos

0C - Graus celsus

cm - Centímetros

ha - Hectares

kg - kilogramas

Km2- Kilometros quadrados

L - Litros

m - Metros

mm - Milimetros

% - Percentagens

pH - Potencial de hidrogenio

t - Toneladas

vi

Glossário

Andrógenas - é todo vegetal que possui simultaneamente flores masculinas e femininas,

agrupadas na mesma espiga.

Beta-caroteno é capaz de se converter em vitamina A, sendo, por isso, importante na prevenção

de distúrbios de crescimento da primeira infância, consequentes da deficiência dessa vitamina.

Carácter robusto; vigor; fortaleza

Carboidratos- são substâncias importantes que servem como fonte de energia para todos os

seres vivos

Carotenoides -é um tipo de pigmento natural, disponível nos alimentos como o beta-caroteno e

licopeno.

Flôr cordiforme – refere-se a flores com formato de coração

Flôr sagitado – refere-se a flores muito pequenos

Folha acuminada - refere-se as folhas e frutas terminadas em ponta

Meristemas apicais é o tecido responsável pelo crescimento vertical, ou seja, pelo alongamento

das plantas

Mutações - pode ser definida como qualquer modificação súbita e hereditária do material

genético

Mutações induzidas - que são provocadas por elementos químicos ou físicos

Pecíolo - é uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras

Produtividade - resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do que se produz, do que é rentável.

Produção refere-se à acção de produzir, à coisa produzida, à forma de se produzir ou à

totalidade dos produtos da terra.

Raizes com formato Fusiforme – são raízes grossas com casca amarelada ramosa alongado.

Silagem é o produto oriundo da conservação de forragens húmidas (planta inteira) ou de grãos

de cereais com alta humidade (grão húmido) através da fermentação em meio anaeróbico,

ambiente isento de oxigénio, em locais denominados silos.

vii

LISTA DE FIGURAS, TABELAS

Figuras Páginas.

Figura 1: Características morfológicas de variedades de batata-doce utilizadas no experimento 21

Figura 2: Percentagem de pegamento …………………………………………………...............27

Figura 3: Comprimento de rama após 2 meses ………………………………………………….28

Figura 4: Comprimento de rama após 5 meses…………………………………………………. 28

Figura 5: Peso médio de tuberculos (kg/talhão)………………………………………………... 29

Figura 6: Peso médio comercial (kg/talhão)……………………………………………………. 30

Figura 7: Peso médio não-comercial (kg/talhão)………………………………………………...32

Figura 8: Peso médio do tubérculo por planta (kg/talhão). ……………………………………...33

Tabelas Paginas

Tabela 1: Maiores produtores mundiais da Batata – doce ……………………………………… .8

Tabela 2: Composição média de matéria seca nas raízes da batata doce ………………………..15

Tabela 3: Resumo das Análises de variância para as variáveis estudadas ……………………...26

viii

LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS

Apêndices Paginas

Apêndice I: Layout do Campo Experimental ……………………………………………………..I Apêndice II: Desenho da Unidade Experimental ……………………………………………...….I Apêndice III: Leitura do Esquema ……………………………………………………..………...II

Apêndice IV: Variedades...………………………………………………………………….……II

Apêndice V: Legenda de ANOVA ……………………………………………………………...II Apêndice VI: ANOVA de percentagem de pegamento ………………………………………..III ApêndiceVII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 2 meses após a plantação ….III ApêndiceVIII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 5 meses após a plantação….III Apêndice IX: ANOVA de Peso comercial ………………………………………..……….……IV

Apêndice X: ANOVA de Peso não comercial ……………………………………………….….IV

Apêndice XI: ANOVA de Peso Total ……………………………………………….……….…IV

Apendice XII: Peso total por planta ……………………………………………………….……..V Apêndice XIII: Cronograma de atividades ……………………………………………………....V Apêndice XIV: A cultura em campo após a plantação …………………………………………VI Apêndice XV: Cultura estabelecida em campo ……………………………………...…………VI Apêndice XVI: Maturação e Inflorescência da batata doce ………………………………..…..VII Apêndice XVII:Batata após a colheita e Pesagem ……………………………………………..VII Apêndice XVIII: Variedades de batata- doce ……………………………………..…………..VIII Apêndice XIX: Dados brutos de comprimento de rama (cm) 2meses após o plantio …… …… IX Apêndice XX: Dados brutos de comprimento das ramas (cm) 5 meses após o plantio … ……...X Apêndice XXI: Dados brutos do peso do tubérculo (kg) 5 meses após a plantação ……………XI Anexos Anexo 1: Localização geográfica de Vilankulo……………………………………...…………XII

ix

Resumo

A batata - doce é uma cultura de subsistência extremamente importante devido ao seu

rendimento e alta adaptação a vários tipos de solos. Entre as culturas alimentares a batata - doce

ocupa a 5a posição em termos de importância económica e contribuição de calorias e teor de

proteínas nos países em desenvolvimento. O presente trabalho teve como objectivo analisar de

forma comparativa o rendimento de três variedades de batata - doce sendo duas de polpa

alaranjada e uma de polpa branca cultivado no sistema orgânico. Para atingir o objectivo deste

trabalho foi alocado um ensaio no campus da Escola Superior de Desenvolvimento Rural no

período compreendido entre 11 de Outubro de 2014 a 21 de Março de 2015. O delineamento

usado foi o delineamento complentamente casualizados dispostos em parcelas divididos, com 3

repetições e 3 variedades (Cordner, Local e Jonathan). Entre as variáveis avaliadas estão: a

percentagem de pegamento, comprimento de rama, número de tubérculo por planta e o

rendimento das variedades em termos do peso do tubérculo por talhão e por planta, peso

comercial e não comercial. Os resultados obtidos do ensaio mostraram que houve um efeito

significativo para a percentagem de pegamento e comprimento de rama após 5 meses tendo a

variedade Local se destacado em ambas variáveis com 91,66% e 2789.3cm respectivamente. Em

termos gerais não houve efeitos significativos para o comprimento de rama nos primeiros 2

meses, peso médio total do tubérculo, peso não comercial, peso comercial, peso médio do

tubérculo por planta.

Palavras -chaves: Ipomoea batatas L. Crescimento, variedades de batata-doce, Rendimento.

Índice

Conteúdo Paginas

Declaração de honra……………………………………………………………………………….i

Dedicatória …………………………………………………………………………..…………. ii

Agradecimentos ……………………………………………………………………..……… .….iii

Lista de abreviatura, siglas e símbolos …………………………………………………………..iv

Glossário………………………………………………………………………………………….vi

Lista de figuras, tabelas ……………………………………………………………...……..…...vii

Lista de apêndices e anexos ……………………………………………………………..……...viii

Resumo …………………………………………………………………………………………..ix

CAPITULO I: INTRODUÇÃO …………………………………………………...……………1

1.1 Generalidades …………………………………………………………………………...…….1

1.2 Problema …………………………………………………………………………..………….3

1.3 Justificação ……………………………………………………………………………………4

1.4 Objectivos …………………………………………………………………………………….5

1.4.1. Geral ………………………………………………………………………………………..5

1.4.2. Específicos …………………………………………………………………………………5

1.5 Hipóteses …………………………………………………………………………………… ..5

CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFICA ……………………………………………….6

2.1 Cultura da batata - doce ………………………………………………………...…….………6

2.1.1. Origem e distribuição …………………………………………………………….….……..6

2.2 Classificação Botânica ………………………….…………………………………………….6

2.3 Produtividade da Batata doce ……...………………………………………………………….8

2.4 Importância Económica e Social …………..…………………………………………………8

2.5 Valor nutritivo …………………..……………………………………………………………9

2.6 Cultivo da batata-doce …………….………………………………………………………….9

2.6.1 Aspectos de Clima ……………………………………………….………………………..10

2.6.2 Solo ………….…………………………………………………………………………….10

2.6.3 Compasso ………………………………………………………………………………….10

2.7 Formas de propagação ………………………….…………………………………………...11

2.8 Potenciais de Utilização ……………………………………………………………………..11

2.8.1 Alimentação Humana ……………………………………………………………………11

2.8.2 Alimentação Animal ……………………………………………………………………12

2.8.3 Produção de álcool ………………………………………………………………………..13

2.9 Composição da Matéria seca nas Raízes da Batata Doce …………………………………14

2.10 Adubações ……………………………………………………………………………….14

2.10.1 Adubação orgânica ……………………………………………………………….15

2.10.2 Vantagem da adubação orgânica ………………………………………………………...15

2.10.3 Esterco ………………………………………………………………………………….15

2.10.4 Esterco de aves …………………………………………………………………………16

2.11 Limitação de Produção de Batata doce ……….……………………………………………16

2.12 Colheita ……...……………………………………………………………………………..17

CAPITULO III: METODOLOGIA ……..…………………………………………………...18

3.1Caracterização do local……………………………………………………………………..18

3.1.1 Localização da área……………………………………………………………………….18

3.2 Materiais ………………………………………………………………………………….19

3.2.1 Descrição das variedades em estudo …………………………………………………….19

3.3 Métodos …………………………………………………………………………………….20

3.3.1 Delineamento Experimental ………….………………………………………………….20

3.4 Condução do Ensaio ………………………………………………………………………20

3.4.1 Preparação do Solo ……………………………………………………………………….20

3.4.2 Armação de camalhões …………………………………………………………………21

3.4.3 Adubação …………………………………………………………………………………21

3.4.4 Colecta das ramas …………………………………………………………………………21

3.4.5 Plantação das ramas ……………………………………………………………………..21

3.4.6 Tratos culturais …………………………………………………………………………….21

3.4.6.1 Rega ……………………………………………………………………………………..22

3.5 Colheita ……………………………………………………………………………………..22

3.6 Parâmetros Medidos ………………………………………………………………………..22

3.6.1 Percentagem de Pegamento ……………………………………………………………..22

3.6.2 Comprimento das ramas …………………………………………………………………22

3.6.3 Rendimento das Raízes Frescas …………………………………………… ……………23

3.7 Análise estatística de dados …………………………………………………………………23

3.8 Constrangimentos…………………………………………………………………………..24

CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES ………………………………………..25

4.1 Percentagem de Pegamento …………………………………………………………………25

4.2 Comprimento de rama após 2 e 5 meses respectivamente ………………………………….26

4.3 Peso médio de todos tubérculos (kg por talhao) ………………………………………….....28

4.4 Peso médio comercial dos tubérculos (kg/talhão) ………………………………………….28

4.5 Peso médio não-comercial dos tubérculos (kg por talhao) ……………………………….29

4.6 Peso médio de tubérculos por planta (kg) …………………………………………………30

CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ………………………………..31

5.1 Conclusão ……………………………………………………………………………………31

5.2 Recomendações ……………………………………………………………………………..32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………………………………..33

Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos

Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 1

CAPITULO I: INTRODUÇÃO 1.1 Generalidades O cultivo de hortaliças em pequena escala é geralmente uma atividade múltipla de produção

agrícola, exercida com pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional, obtendo baixos

índices de produtividade e baixa qualidade dos produtos (SILVA et al., 2002).

A cultura da batata-doce (Ipomoea batatas L.) é um exemplo dessa situação, pois, ao longo do

tempo, tem sido cultivada de forma empírica pelas famílias rurais em conjunto com diversas

outras culturas, visando à alimentação da família principalmente na primeira refeição diária,

utilizada na forma de raízes cozidas, assadas ou fritas (SILVA et al., 2002).

A batata-doce é a única espécie da família Convolvulácea cultivada para fins alimentícios.

Outras espécies da mesma família, no entanto, são cultivadas para fins ornamentais na Ásia,

África e Austrália (HALL & PHATAK, 1993).

A batata-doce é uma hortaliça tipicamente tropical e subtropical, rústica, de fácil cultivo, boa

resistência a seca e ampla adaptação e, de grande importância por ser fonte de calorias e

apresentar alto conteúdo de vitaminas e minerais. Apresenta custo de produção relativamente

baixo, com investimentos mínimos e de retorno elevado se bem conduzida (SILVA et al., 2004).

A variação na sua coloração interna é um indicador de concentração de betacaroteno, tido como

maior precursor da vitamina A, isto é, quanto mais escura for a tonalidade da cor interna, maior

será a concentração de betacaroteno. A batata-doce que não apresenta coloração é conhecida

como sendo de polpa branca, portanto, a cor constitui aqui um dos importantes elementos de

distinção entre as variedades (SILVA et al., 2004).

A produção de alimentos em sistema orgânico tem como um dos mais importantes princípios a

nutrição equilibrada das plantas. O maneio da fertilidade do solo nesse sistema de cultivo tem

como um dos principais componentes a adubação orgânica, utilizando preferencialmente fontes

de matéria orgânica disponíveis no local de cultivo e aplicação na dose e intervalos corretos para

as culturas (PRIMAVESI, 1990).

Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos

Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 2

Em África, a batata-doce é considerada importante fonte de alimento, porque constitui cultura

básica para a população. Além de ter excelente aceitação pelo seu sabor, pode-se aproveitar a

planta na sua totalidade, comendo raízes cozidas e utilizando as folhas para preparação

tradicional, “caril” (INIA, 1990).

Em Moçambique, a batata-doce tem ainda características que a faz especialmente apropriada,

para fazer face às crises alimentares que o país tem enfrentado, devido às cheias e secas

recorrentes (INIA, 1990).

Trata-se de uma cultura que necessita de mão-de-obra para o controlo de ervas daninhas e possui

capacidades de fornecer grandes quantidades de alimento em áreas reduzidas com possibilidades

de ser, ainda, colhidas gradualmente durante um período prolongado. É extensivamente adaptada

as diversas zonas agro-ecológicas e pode produzir algum rendimento agronómico, mesmo em

condições marginais (INIA, 1990).

De acordo com o INE (2001), a província de Inhambane é uma das províncias com menor área

de cultivo, realizando apenas 4% (1.766 ha). Contudo, o rendimento desta cultura varia muito

consoante a variedade o que implica que conhecimento das diversas variedades é requerido antes

de decidir sobre o seu cultivo.

Este trabalho visa essencialmente fazer uma análise comparativa do rendimento de três

variedades de batata doce sendo duas variedades de polpa alaranjada. O trabalho é composto por

cinco capítulos, designadamente: Introdução, Revisão bibliográfica, Metodologia, Resultados e

Discussões, e Conclusão e Recomendações.

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Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 3

1.2 Problema

A produção e o consumo de batata-doce de polpa cor alaranjada foram inicialmente introduzidos

em Moçambique, para fins de pesquisa, entre os anos 1999 e 2000, pelo Instituto Nacional de

Investigação Agrícola (INIA). A partir de 2000, sua produção em massa foi incentivada pelo

governo, visando à redução dos índices de desnutrição, já que agronomicamente a batata-doce

oferece muitas vantagens e, além disso, nutricionalmente é enriquecida com carotenoides, que

fazem com que suas variedades contemplem maior concentração da vitamina “A”, que é

essencial principalmente na alimentação infantil.

Embora as famílias estejam conscientes do problema de desnutrição, após cinco anos de intensas

campanhas de massificação não estão com o mesmo entusiasmo, optando por retrair-se aos

moldes de consumo anteriores, com a batata-doce de polpa branca. A produção voltou a ser em

consórcio e pequenas parcelas são reservadas para a variedade de polpa alaranjada.

Segundo os trabalhos feitos por MIRASSE (2006) e SITOE (2006), tem-se observado aumento

de níveis de desnutrição infantil, principalmente nas zonas rurais, pressupõe-se que as famílias

não consomem a batata-doce de polpa alaranjada devido à baixa produção da cultura. Este

problema de fraca adopção das variedades de polpa alaranjada, é influenciado pelo fraco

conhecimento sobre o real valor destas em termos de rendimento e seu valor nutricional, aliado a

dificuldade de abandono das práticas anteriormente utilizadas pelos agricultores.

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1.3 Justificativa

A batata- doce é uma cultura perene que pode ser cultivada em pequena escala, e é muito

eficiente em converter a quantidade de enérgia solar em química quando comparada com outras

culturas.

Os genótipos com polpa de cor alaranjada, além de fornecerem grandes quantidades de

carboidratos apresentam altos teores de betacaroteno, precursor da vitamina A, constituindo uma

importante estratégia contra os baixos índices de vitamina A em populações carentes, sobretudo

para crianças, faixa etária onde a ocorrência do défice de vitamina está relacionada com o

aumento da taxa de mortalidade infantil (SILVA et al., 2007).

Um estudo comparativo sobre diferentes variedades de batata doce de polpa alaranjada pode

ajudar os produtores na escolha da melhor variedade, que tenha melhores rendimentos do

tubérculo. Assim, altos rendimentos poderão proporcionar mais ganhos econômicos e

consequente melhoria de segurança alimentar no seio das famílias produtoras.

A implementação do tema análise comparativa do rendimento de três variedades de batata-doce

(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de polpa alaranjada e uma de polpa branca cultivado no

sistema orgânico visa contribuir na melhoria da produção e qualidade da batata-doce de modo a

superar os níveis em que nos encontramos de desnutrição, crise alimentar, no distrito de

Vilanculos.

Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos

Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 5

1.4 Objetivos

1.4.1Geral:

Analisar comparativamente o rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.)

entre as quais duas de polpa alaranjada e uma de polpa branca cultivado no sistema orgânico no

campus da ESUDER no distrito de Vilanculos.

1.4.2 Específicos:

Avaliar os parâmetros de crescimento (percentagem de pegamento, comprimento de rama )

das variedades ‘Local’ (polpa branca), ‘Cordner’ (polpa alaranjada) e ‘Jonathan’(polpa

alaranjada)

Avaliar o rendimento das variedades ‘Local’, ‘Cordner’ e ‘Jonathan’ em termos de peso dos

tubérculos por talhão e por planta.

1.5 Hipóteses

H0: Entre as variedades de batata doce cultivado no sistema orgânico neste estudo não existem

diferenças significativas nos parâmetros de crescimento nem no rendimento.

Ha: Entre as variedades de batata doce cultivado no sistema orgânico neste estudo existe pelo

menos uma diferença significativa nos parâmetros de crescimento ou no rendimento.

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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1Cultura de batata-doce

2.1.1 Origem e Distribuição

A batata-doce é uma cultura herbácea perene com um crescimento extensivo em regiões tropicais

e subtropicais do mundo, sendo importante em países em desenvolvimento. Evidências

arqueológicas, linguísticas e históricas estabelecem que a batata-doce teve sua origem na região

da América Central e Sul. A habilidade desta cultura para se adaptar a uma ampla variedade de

condições climáticas, permitiu seu desenvolvimento em regiões tropicais e de temperaturas

moderadas da África, Ásia e América. As evidências sugerem que a batata-doce foi introduzida

há 5000 anos e se estendeu através dos continentes durante os séculos XVII e XVIII, devido a

seu carácter robusto, ampla adaptação e a capacidade de se multiplicar rapidamente (WOOLFE

citado por PESTANA 2011).

2.2 Classificação Botânica

A batata-doce (Ipomoea batatas L.) é uma planta dicotiledônea, membro da família

Convolvulaceae, na qual há cerca de 400 espécies do gênero Ipomoea distribuídos ao longo dos

trópicos. Embora algumas dessas espécies tenham raízes frescas, são usualmente impalatáveis e

Ipomoea batatas é a única de importância econômica (IITA, 1982)

O caule ou rama possui hábito de crescimento que pode ser rasteiro, trepador, erecto, de

constituição herbácea, verde ou arroxeado, podendo alcançar ate 5 metros de comprimento

(SOARES et al., 2002).

As folhas são simples, alternas dispostas em espiral em torno do caule, pubescentes ou glabras. O

pecíolo é longo de cor e pubescência semelhante ao caule, podendo apresentar ou não

pigmentação na inserção do caule. O limbo foliar e as nervuras têm coloração e formato bastante

variáveis, podendo ser cordiforme, cordiforme-arredondado, sagitado, hastado, lobado,

lanceolado e às vezes fendido ou partido (FOLQUER citado por CAMARGO 2013).

As flores são perfeitas, ou seja, completas e andrógenas, de coloração que varia do branco, lilás a

diversas tonalidades de roxo.

Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos

Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 7

A maior parte das raízes se desenvolve nos primeiros 10 cm de profundidade do solo, havendo,

entretanto, uma raiz pivotante que atinge profundidade de até 1,30m. A batata- doce possui dois

tipos de raízes, as de reservas ou tuberosas, que constituem a principal parte de interesse

comercial e as raízes absorventes, responsáveis pela absorção de água e nutrientes pelo solo

(SILVA et al., 2002)

As raízes tuberosas ou batatas se formam desde o inicio do desenvolvimento da planta, são

facilmente identificadas pela maior espessura, pela pouca presença de raízes secundarias e por se

originarem dos entrenós que se enraizaram, através do acumulo de amido e açúcares. As raízes

absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos nós, quanto nos entrenós

(SILVA et al., 2002).

As batatas são revestidos por uma pele fina, formada por poucas camadas de células, um camada

de aproximadamente 2 mm denominada de casca e a parte central denominada de polpa ou carne.

A penícula externa ou pele se destaca facilmente de casca, mas a divisão entre a casca e a polpa

nem sempre é nítida e facilmente separável, dependendo da variedade, do estádio vegetativo de

planta e do tempo de armazenamento (SILVA et al., 2002).

As raízes podem apresentar formatos variados, redondos, elíptico-redondo, elíptico, oval, oboval,

oblongo, oblongo-longo, elíptico-longo, longo irregular, fusiformes ou alongados (CEAGESP,

2011).

Tanto a pele, quanto a casca e a polpa, podem apresentar coloração variável de púrpura, roxo,

salmão, alaranjada, amarelada, creme ou branco. A coloração arroxeada é formada pela

deposição do pigmento antocianina, que se concentrar na pele, na casca ou ainda construir

manchas na polpa. O tecido colorido se torna cinza escura durante o cozimento, e parte do

corante se dissolve na água, causando o escurecimento de outros tecidos expostos (SILVA et al.,

2002).

Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos

Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 8

2.3 Produtividade da Batata doce

A batata-doce é cultivada em vários países, sendo que aproximadamente 90% da produção é

obtida na Ásia, apenas 5% na África e 5% no restante do mundo (SILVA et al., 2004). No

quadro mundial, os grandes produtores são a China, Indonésia, Índia e o Japão (tabela 1). A

China é o país que mais produz batata doce, representando 88,9% da produção mundial (CIP,

2008). A batata doce é considerada a sétima cultura de maior produção mundial (FAO, 2007).

Tabela 1: Maiores produtores mundiais da Batata doce

Países Produção (toneladas)

China 70, 526,000

Indonésia 2, 386, 729

Índia 1, 132, 400

EUA 1, 124, 230

Japão 942, 3

Brasil 505, 35

Fonte: FAOSTAT (2013)

2.4 Importância Económica e Social

Esta cultura tem potencial imenso e papel importante a desempenhar na nutrição humana,

segurança alimentar e na redução da pobreza nos países em desenvolvimento (BOVELL-

BENJAMIN, 2007).

Segundo FIGUEIREDO (1995), em virtude dessa hortaliça apresentar elevada rusticidade e

amplo espectro de potencialidade de uso, apresenta-se também como espécie de interesse

económico, principalmente, para países em desenvolvimento e com escassez de alimentos para a

população.

Desta forma, o consumo de batata-doce com polpa alaranjada, rica em provitamina A

(betacaroteno) pode melhorar as reservas de vitamina A no corpo humano, reduzir o risco de sua

deficiência e, consequentemente, proteger o sistema imunológico e contribuir para a redução da

mortalidade infantil.

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2.5 Valor nutritivo

A batata-doce é uma raiz tuberosa bastante rica em termos nutricionais, tanto para alimentação

humana como animal. Altamente energética, a batata-doce é rica em carboidratos com teores que

variam de 13,4 a 29,2%, principalmente amido, 4,8 a 7,8% de açúcares solúveis, 2,0 a 2,9% de

proteínas e 0,3 a 0,8% de gorduras (SOARES et al., 2002).

Ao ser colhida, a batata doce apresenta cerca de 30% de massa seca que contém em média 85%

de carboidratos. Comparada a outros vegetais amiláceos, possui maior teor de massa seca,

carboidratos, lípidos, cálcio e fibras que a batata (Solanum tuberosum L.), mais carboidratos e

lípidos que o taro (Colocasia esculenta L.) e mais proteína que a mandioca (Manihot esculenta

L.) (WOOLFE, 1992).

As raízes de batata-doce são também excelentes fontes de vitamina A, vitaminas do complexo B,

cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, enxofre e sódio (SOARES et al., 2002).

2.6 Cultivo da batata-doce

Comparada com culturas como arroz, banana, milho e sorgo, a batata-doce é uma das culturas

mais eficientes em aproveitar a enérgia solar e convertê-la em enérgia química. A batata-doce é a

hortaliça com maior índice de produtividade em kcal ha-1 dia-1 e a enérgia líquida produzida por

unidade de área e de tempo é grande, isso porque produz grande volume de raízes em um ciclo

curto, durante o ano inteiro (BARBOSA, 2005).

A batata-doce hoje é considerada uma cultura marginal que com pouco investimento na

produção, gera um produto de baixa qualidade que sofre restrição na comercialização, com

redução do preço pago e refugo por parte dos consumidores (SILVEIRA, 2007). Assim, quando

se compara a produtividade e os custos de produção, percebe-se claramente que ainda existe uma

lacuna na pesquisa científica para a batata-doce.

2.6.1 Aspectos de Clima

Devido às suas características marcantes de rusticidade e capacidade de adaptação às diferentes

condições edafoclimáticas, a batata-doce pode se desenvolver melhor em locais ou épocas em

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que a temperatura média é superior a 24°C, pluviosidade anual média de 750 a 1.000 mm com

necessidade de 500 mm na fase de crescimento. Não suporta geada, mas pode ser cultivada em

regiões subtropicais, nos períodos de primavera e verão, quando a temperatura elevada e a alta

radiação solar favorecem o desenvolvimento da cultura (SILVA et al., 2004).

A temperatura para o cultivo da batata-doce situa-se entre 15-330C e durante o ciclo vegetativo, a

temperatura ideal varia de 23 a 300C. Os rendimentos mais elevados são obtidos quando as

temperaturas são elevadas durante o dia (25-300C) e baixas pela noite (15-200C). Baixas

temperaturas durante a noite favorecem a formação de raízes de reserva, enquanto altas

temperaturas durante o dia favorecem o desenvolvimento vegetativo. O desenvolvimento das

raízes de reserva ocorre somente dentro do intervalo de temperatura compreendido entre 20-

300C, sendo a temperatura óptima de 250C e é interrompido geralmente abaixo de 100C

(RAMIREZ, 1991).

2.6.2 Solo

A batata-doce é uma cultura que se desenvolve bem em qualquer tipo de solo, desde os francos

arenosos até os mais argilosos, entretanto consideram-se como ideais aqueles leves, soltos, bem

estruturados, permeáveis, com fertilidade de média a alta, bem drenados e com boa aeração

(SILVEIRA, 2007). A produção é prejudicada em solos encharcados ou muito húmidos, onde a

aeração deficiente retarda a formação da batata. Solos compactados ou mal preparados causam

alterações no formato e uniformidade das raízes tuberosas, diminuindo o seu valor comercial

(SILVA et al., 2004).

O pH ideal está na faixa de 5,6 a 6,5, porém a planta pode crescer e produzir bem em solos com

pH 4,5 a 7,7. Ou seja, o melhor solo para a batata-doce é o que apresenta boa drenagem, textura

arenosa ou areno argilosa, levemente ácido ou neutro (SOARES et al., 2002).

2.6.3 Compasso

Os espaçamentos mais utilizados para o plantio de batata doce variam de 80 a 100 cm entre

camalhões e de 25 a 40 cm entre plantas, que facilitam a drenagem, a abrasão do solo. Usa-se

rama com 30 cm de comprimento com material de plantio devendo ser enterrado até 2/3 do seu

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comprimento total e plantada a 30 cm de intervalo no mesmo camalhão (VILAS B0AS, 1999). A

fertilização possibilita um melhoramento da planta e a produção de batata doce de melhor

qualidade.

2.7 Formas de propagação

Segundo De MIRANDA et al. (1995) a batata doce é uma planta perene, mas é cultivada como

anual. Pode ser multiplicada por meio de semente botânica, pedaços de batatas, ramas e cultivo

de meristemas apicais ou outros tecidos vegetais. A semente botânica é empregue apenas nos

programas de melhoramento genético, para a obtênção de novos cultivares.

O cultivo de meristemas apicais é empregue apenas para fins comerciais, com a obtenção de

plantas livres de vírus. A cultura de meristemas e outros tecidos vegetais também é empregue na

obtenção de plantas para estudos genéticos ou indução de mutações (De MIRANDA et al.,

1995).

2.8 Potenciais de Utilização

Por ser uma matéria prima muito versátil, com grande número de acessos existentes no mercado,

com características diferentes, a potencialidade de uso é cada vez maior (FABRI et al., 2008). A

batata-doce pode ser utilizada na alimentação humana na forma de doces, frita, assada, cozida,

transformada em farinha e como fonte de amido, além de poder ser destinada a alimentação

animal e ainda convertida a álcool.

2.8.1 Alimentação Humana

A batata doce é fonte de suprimento alimentar para populações em áreas de pobreza, por ser rica

em carboidratos e altamente energética. No Perú, a farinha das raízes tuberosas e as folhas da

batata doce são usadas na fabricação de multimisturas visando o combate a desnutrição infantil

(SOARES et al., 2002).

As raízes tuberosas podem ser utilizadas in natural, cozidas, fritas e assadas, bem como

utilizadas para a produção de doces, biscoitos e bolos, podendo ainda ser industrializadas e

utilizadas para a produção de farinha, açucares e xaropes. Devido ao elevado teor de protéicos

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(23 a 25% em massa seca) e valor nutritivo das folhas e pecíolos frescos, estes também são

consumidos como qualquer outra hortaliça de folha em saladas ou cozidas com bons resultados.

Além disso, as raízes tuberosas podem ser utilizadas tanto em indústria têxteis, de colas e para

produção de álcool, como também utilizadas para a produção de corantes naturais, sendo que

nesse caso as mais usadas são as plantas de polpa alaranjada ou roxa (FOLQUER, 1978;

CHALFANT, et al., 1990)

O amido que é a principal substância de reserva da raiz tuberosa da batata doce é utilizado na sua

maioria pela indústria alimentícia, mas o polímero também pode ser usado em muitos processos

industriais, destacando seu uso pelas indústrias químicas e têxteis (LEONEL & CEREDA,

2002).

Outra forma de agregar valor à batata-doce é o uso do processamento mínimo que pode suprir o

mercado de produtos de fácil e rápida utilização como farinhas pré-gelatinizadas, cereais pré-

cozidos. A desidratação osmótica, a secagem a alta temperatura em curto tempo (HTST) também

são alternativas tecnológicas que permitem a industrialização e uma maior exploração da cultura

(LEONEL & CEREDA, 2002).

De acordo com GREENE, (2010) a farinha de batata-doce está sendo bastante utilizada

atualmente, principalmente a farinha feita a partir de cultivares de polpa alaranjada. A

composição centesimal da farinha de batata-doce é semelhante à de mandioca que é amplamente

utilizado no Brasil. O processo de produção de farinha de batata-doce é simples e de baixo custo,

o que pode ser útil para a agricultura familiar. Mais uma das finalidades da batata-doce é em

dietas de baixo custo para combate á desnutrição infantil.

2.8.2 Alimentação Animal

A batata-doce pode ser utilizada na alimentação de várias espécies de animais, como suínos,

bovinos, aves, coelhos e peixes. Em países como a China, Vietnã, Indonésia, Filipinas Papua

Nova- Guine e Uganda é muito comum a prática da alimentação de animais com a batata doce

(PETERS et al., 2011). Na alimentação animal podem ser utilizadas raízes, ramas, folhas e

brotos.

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As raízes utilizadas são aquelas fora de padrão comercial, deformadas ou defeituosas, na forma

de raspas integrais, farinha de raspas, e farelo de fécula. São utilizadas essencialmente como

fonte de energia, pois o teor de proteína destas é baixo (PETERS et al., 2005).

As ramas de batata doce podem ser utilizadas in natural ou na forma de silagem (MIRINDA et

al., 1995). O processo de ensilagem reduz o nível de inibidor de tripsina e permite o

armazenamento do material por até cinco meses com condições de anaerobiose. Estudos recentes

verificaram que silagem de raízes cruas de batata-doce promoveu ganho do peso em suínos igual

ao ganho promovido pelas raízes cozidas, com a vantagem de eliminar o cozimento,

economizando mão-de-obra e capital (PETERS et al., 2005) e que o fornecimento de raízes e

ramas de batata-doce na forma de silagem teve maior incremento de massa seca e proteína em

relação ao material fresco também para suínos (ZUOHUA et al., 2004).

2.8.3 Produção de álcool

A utilização dos “combustíveis limpos”, não derivados de petróleo e fontes de minerais, pode

impulsionar a produção de álcool a partir de batata doce no Brasil (ABAM, 2007).

Para a produção do álcool a partir de batata doce é desejada não só pela larga possibilidade de

cultivo deste produto no território brasileiro, mas também pela diversificação das fontes de

matéria prima para a produção de álcool no país. Essa diversificação de matriz bioenergética é

também uma oportunidade de emprego e geração de renda, oferecendo mais opções para as

diferentes realidades do país, principalmente a agricultura familiar (SILVEIRA, 2007).

2.9 Composição da Matéria seca nas Raízes da Batata Doce

Como todas as raízes e tubérculos, em geral, a batata doce tem maior teor de humidade que por

consequência apresenta um teor de matéria seca relativamente baixo. O teor médio de matéria

seca nas raízes de reserva é de aproximadamente 30%, mas varia dependendo de factores tais

como cultivar, clima, comprimento de dia, tipo de solo, inscidência de pragas e doenças e as

práticas de cultivo (BRADBURY, et al., 1988).

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A composição média da matéria seca nas raízes da batata doce é mostrada na tabela 2. Na prática

a composição é extremamente variável e a concentração de cada componente depende dos

mesmos fatores que influenciam o conteúdo da matéria seca.

Tabela 2: Composição media de matéria seca nas raízes da batata doce

Constituintes % na matéria seca da raiz

Valor médio Intervalo

Amido 70 30 -85

Açúcar total 10 5 - 38

Proteína total (N x 6,25) 5 1,2 - 10

Lípidos 1 1 – 2,5

Cinzas 3 0,6 – 4,5

Fibra total (PNA + Lignina)* 10

Vitaminas, ácidos orgânicos e

componentes em concentração

baixas.

<1

*PNA- Polissacarídeos não amídicos calculados por diferença

Fonte: adaptado de WOOLFE (1992).

2.10 Adubações

Segundo SANTOS (2000), citado por JAIME (2005), os adubos são substâncias que afetam a

produção mediante uma acção direta, isto é, proporcionando as culturas uma maior

disponibilidade dos elementos nutritivos que necessitam.

2.10.1 Adubação orgânica

Adubos orgânicos são materiais de origem animal ou vegetal, alguns considerados resíduos ou

dejectos, que têm grande utilização na agricultura orgânica ou ecológica. São recomendados

por sua capacidade de aumentar a fertilidade de solos “pobres”. Sua riqueza nutricional

promove a elevação da actividade biológica do solo (WEINARTNER et al., 2006).

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A matéria orgânica melhora substancialmente a estrutura do solo, aumenta a capacidade de

retenção de água e nutrientes, e facilita a circulação da água e das raízes das plantas (GRADE

& GARDE, 1977).

2.10.2 Vantagem da adubação orgânica

Segundo LOURENÇO & MEDRADO (1998) a vantagem da adubação orgânica é:

Aumenta o teor de matéria orgânica no solo;

Melhora a estrutura do solo;

Aumenta a capacidade de retênção de água e sua disponibilidade para as plantas;

Aumenta a infiltração das águas da chuva e diminui a enxurrada;

Diminui a compactação, promove maior aeração e enraizamento das plantas;

Melhora a qualidade de ar e solo;

Fornece nutrientes essenciais como N, P, K e micronutrientes;

Melhora o enraizamento das plantas;

Aumenta a actividade microbiana do solo.

2.10.3 Esterco

Estrumes são excreções de animais misturadas com as camas (palha) dos mesmos animais

(FREIRE, 2004).

Segundo WEINARTNER et al., (2006) o esterco é a fonte de matéria orgânica mais lembrada

quando se fala em adubos orgânicos. É um dos recursos naturais que o agricultor tem a sua

disposição e a sua utilização deve ser a mais optimizada possível.

Os estercos possuem características próprias, dependendo do tipo de animal e mesmo oriundo

da mesma espécie animal se diferencia conforme a idade, alimentação e maneio.

Independente da origem do dejecto, este deverá passar por um processo de fermentação para

que possa ser utilizado. A fermentação elimina alguns organismos indesejáveis para a saúde

humana. O esterco fresco pode também queimar a planta.

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2.10.4 Esterco de aves

Segundo FREIRE (2004), estercos de aves são muito ricos em nitrogênio, este tipo de esterco

é aplicado normalmente junto com a maravalha (cama) que é colocada para acomodar os

frangos em aviários. Este material quando bem curtido, apresenta-se bem farelado, escuro e

frio sem excesso de amônia. A madeira da maravalha se decompõe quase totalmente devido a

grande quantidade de nitrogênio de esterco. Nem sempre este insumo esta disponível ao

agricultor e deve-se ter cuidado quanto a origem da madeira que compõe a cama.

2.11 Limitação de Produção de Batata doce

A planta da batata doce é conhecida pela rusticidade, sendo possível cultiva-la sem aplicação de

agro-químicos. Apesar de ser bastante rústica, a batata doce é susceptível a um grande número de

doenças causadas por fungos, vírus, nemátodos bem como ao ataque de númerosas pragas

(HUANG et al., 1986). Em condições favoráveis para a ocorrência de pragas e doenças,

recomenda-se inspecionar periodicamente as plantas no viveiro e procedendo ao devido controle.

As pragas constituem um dos principais constrangimentos da produção de batata-doce, sendo as

mais frequentes o rato do campo (Praomy natalensis), gorgulho pequeno (Cylas formicarius,

Cylas punticollis), nematódos de galha (Meloidogyne spp.) e gorgulho grande (Alcidoles spp.)

(MIRANDA et al., 1987).

Na cultura da batata doce plantada de porte rastejante, as ervas daninhas apenas são problema na

fase inicial da cultura, antes desta recobrir o terreno o que acontece entre a 3a a 8a semana

(SEGEREN et al., 1994). As espécies mais importantes são as gramíneas tais como: Eleusina

indica, Panicum maximum, Sorghum arundinaceu, e algumas ervas de folha larga de grande

estatura como, por exemplo, a Partheniumhy steophorus, Argemone mexicana, Xanthium

strumarium e Chenopodium spp.

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2.12 Colheita

A colheita é feita manualmente com enxada. Na colheita da batata-doce, deve-se evitar o corte

ou danificação das raízes tuberosas para maior aproveitamento da polpa.

Rachaduras no solo indicam quando as raízes tuberosas são grandes. A batata-doce pode ser

colhida aos poucos removendo raízes grandes, e deixando as raízes pequenas para continuarem a

crescer. A cultura inteira pode também ser colhida de uma única vez. Danos e feridas,

provocadas pelo gorgulho, na colheita podem levar a rápidas perdas pós-colheita devido à

podridão. Remoção das ramas uma ou duas semanas antes da colheita pode contribuir para a

“cura” das raízes tuberosas, e reduzir os danos na colheita e posterior apodrecimento (HELEN,

s/d).

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CAPITULO III: METODOLOGIA

3.1Caracterização do Local

O Experimento foi conduzido no distrito de Vilanculos, no campus da ESUDER, sob as

coordenadas geográficas 0350 16’ 14.8’’E e 21059’30.6’’S, e teve como período Outubro de 2014

a Março de 2015.

3.1.1 Localização da área de estudo

O distrito de Vilanculos situa se a Norte da província de Inhambane, tendo como limite a Norte

com o distrito de Inhassouro, a Sul com o distrito de Massinga, Oeste com o distrito de

Funhalouro e Mabote e a Este com o Oceano Indico.

A superfície do distrito é de 5.867 km2 e tem uma população estimada em cerca de 138.340

habitantes, o distrito de Vilanculos tem uma densidade populacional de 23.6 hab/km2 (MAE,

2005).

O clima é denominado por zonas do tipo tropical seco, no interior, e húmido, à medida que

caminha para a costa, com duas estações: a quente ou chuvosa que vai de Outubro a Março e a

fresca ou seca de Abril a Setembro (MAE, 2005).

A zona litoral, com solos acidentados e permeáveis, é favorável para a agricultura e pecuária,

apresentando temperaturas médias entre os 180C a 330C e uma precipitação média anual na

época chuvosa (Outubro a Março) de 1500 mm, com maior incidência nos meses de Fevereiro a

Março (MAE, 2005).

A zona interior do distrito apresenta solos franco-arenosos e areno- argilosos e uma precipitação

media anual de 1000 a 1200mm, acompanhado por temperaturas elevadas de 29-350C (MAE,

2005).

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3.2 Materiais

Os equipamentos usados para a realização do experimento foram os seguintes:

Variedades em estudos: ‘Local’ (polpa branca), ‘Cordner’(polpa alaranjada) e ‘Jonathan’

(polpa alaranjada) Adubo: Esterco de aves curtido

Instrumentos de trabalho: enxada de cabo curto, balança, fita métrica, regadores, ancinho,

carinha de mão, linha, catana, caderno de anotações, caneta, máquina calculadora, balde de 15L,

placas e estacas.

3.2.1 Descrição das variedades em estudo

As características morfológicas das variedades Local (polpa branca), Cordner (polpa alaranjada)

e Jonathan (polpa alaranjada) foram determinadas através de observações visuais do material de

campo.

- Local: suas folhas apresentam ponta de lâmina aguda de base reniforme, limbo irregularmente

partido e inserção do pecíolo levemente púrpura, porte semi ramador, com comprimento de 9 a

12 cm e largura de 7 a 10 cm. Suas raízes possuem película externa branca, córtex branco e polpa

branca. As raízes são de formato fusiforme, com boa uniformidade e óptimo aspecto comercial.

É uma cultura de ciclo médio podendo ser colhida de 150 a 180 dias (Fig.1).

- Cordner: as plantas apresentam folhas grandes, medindo de 11 a 15 cm de comprimento e de 13

a 17 cm de largura na parte, mas dilatada, cordiforme, pecíolo longo de coloração verde e o

ponto de inserção do pecíolo com o limbo apresenta cor púrpura. Apresenta raízes com película

externa roxa, fusiforme alongado, boa uniformidade e óptimo aspecto comercial, córtex laranja e

polpa laranja. É uma cultivar de ciclo curto (Fig.1).

- Jonathan: suas folhas apresentam limbo verde, base cordiforme e ponta acuminada,

comprimento de 8,5 a 9,5 cm e largura de 18 a 11 cm, caule e pecíolo verde, com folhas do ápice

arroxeada e a inserção do limbo com o pecíolo e nervura verde. Suas raízes possuem película

externa creme, córtex e polpa laranja. As raízes são de formato fusíforme alongado, boa

uniformidade e óptimo aspecto comercial. É uma cultivar de ciclo precoce (Fig.1).

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Local Jonathan Cordner

Figura 1: Características morfológicas de variedades de batata-doce utilizadas no experimento.

3.3 Métodos

3.3.1 Delineamento Experimental

O delineamento utilizado foi o DCC (delineamento completamente casualizado) com três

tratamentos (variedades) e três repetições. As nove parcelas, ou unidades experimentais, tinham

dimensões de 3,90 m * 2,90 m. Cada unidade experimental foi composto por dois camalhões de

0,30 m de altura e de 1 m de largura dispostos no sentido de comprimento da parcela. As

variedades estudadas foram Local, Cordner e Jonathan. Cada variedade foi plantada numa linha

simples nos topos de ambos os camalhões de uma unidade experimental (ver o layout no

apêndice I). A distância entre as plantas numa linha foi de 0,30 m. Duas linhas de 12 plantas

deram 24 plantas por unidade experimental não houve efeito bordadura.

3.4 Condução do Ensaio

3.4.1 Preparação do Solo

Para a preparação do terreno foi feita uma aração com o auxilio de uma enxada, para deixar o

solo em condições adequadas para a plantação da cultura, e ancinho para nivelar a área e ajudar a

levantar os camalhões.

A medição de camalhões foi feita com o auxilio da fita métrica, estacas que teve a função de

separar uma variedade da outra.

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3.4.2 Armação de camalhões

O terreno foi disposto em camalhões de 1,0 m de largura na base, deixando para o corredor 0,90

m entre camalhões de 0,30 m de altura dentro da parcela, e uma senda de 1m de largura entre as

parcelas para facilitar tanto a drenagem do excesso de água das chuvas ou da rega, nos tratos

culturais e na colheita.

3.4.3 Adubação

Para a adubação foi usado o estrume de aves curtido, que foi incorporado no solo 30 kg em toda

área experimental (2336 kg/ha) e seguidamente misturado com a areia do terreno para facilitar a

sua estabilidade. Após a mistura do solo com o adubo foi feita uma rega.

3.4.4 Colecta das ramas

A procura das ramas consistiu na identificação das variedades da batata-doce, onde foram

seleccionadas e colhidas com ajuda duma faca na baixa de Matadouro um dia antes da plantação.

Para a conservação das ramas foram cortadas unidades de 30 cm de comprimento e colocadas em

sacos plásticos contendo água para manter as folhas vivas para o momento da sua plantação no

solo.

3.4.5 Plantação das ramas

A plantação foi executada no dia 11 de Outubro de 2014 no solo molhado por rega. As ramas

foram plantadas uma por covacho verticalmente, cobertas por solo por um terço da parte do

comprimento. Após a plantação foi executado mais uma rega.

3.4.6 Tratos culturais

Durante o estabelecimento da cultura no solo foram efectuadas uma monda e duas sachas que

consistia na retirada das ervas daninhas com o auxílio de enxada e duas amontoas para cobrir o

solo, prevenindo deste modo na redução de produção provocada pelo ataque de pragas e doenças

devido à exposição do tubérculo.

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3.4.6.1 Rega

As regas eram feitas quatro vezes por semana durante os primeiros 20 dias, tempo em que a

cultura necessitou de muita água para se estabelecer no solo. Dos 20 a 40 dias a rega foi feita três

vezes por semana e à medida que o tempo foi passando a rega foi reduzindo, sendo feito duas

vezes em cada semana consoante as necessidades da cultura até que se cessou uma semana antes

para facilitar a colheita.

3.5 Colheita

Uma semana antes da colheita foi feita a última rega para facilitar a colheita deixando o solo

afofado. A colheita foi realizada no dia 21 de Março de 2015, o que significa 160 dias após a

plantação. Antes de se efectuar a colheita fez-se a última medição das ramas tendo sido a

primeira nos primeiros dois meses após a plantação. A colheita foi feita de forma manual com o

auxílio de uma enxada. Seguida a colheita foram colhidos os dados referentes ao ensaio.

3.6 Parâmetros Medidos

3.6.1 Percentagem de Pegamento

Para a obtenção da percentagem de pegamento foi feita a contagem de todas as ramas das mudas

sobreviventes por cada variedade de batata doce na área útil 2 meses após o plantio. E com o

auxilio da seguinte expressão foi determinada a percentagem de pegamento.

Fórmula 1:

% de Pegamento= � ����

���× 100 Onde:

Stand- Número de plantas sobreviventes na área útil

Npt- Número de plantas plantadas na área útil

3.6.2 Comprimento das ramas

Seguida a contagem das ramas sobreviventes, efetuou- se dois eventos de medição do

comprimento de cada rama nomeadamente no dia 18 de dezembro (60 dias após a plantação) e

10 de Março (150 dias após a plantação) na área útil com o auxilio de uma fita métrica. Foi

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registrado o somatório de comprimentos de todas as ramas por parcela (ver apêndice xviii e xix,

dados brutos).

3.6.3 Rendimento das Raízes Frescas

Na altura da colheita as raízes de cada parcela foram separadas em comerciais (sem danos) e não

comerciais (com danos) e pesadas com o auxilio de uma balança. A partir dos pesos foram

calculados o rendimento comercial, não comercial e total das raízes usando a seguinte expressão:

Fórmula 2:

Rendimento (t/ha) =��

� x 10 Onde:

Pa- Peso de raízes(kg) na área útil

A - Área útil (m2)

3.7 Análise estatística de dados

Após o termino da recolha de dados, utilizou-se para a análise de dados o software estatístico

ASSISTAT Versão 7.7 beta (2016). A análise de variância (ANOVA) foi feito para os seguintes

variáveis: percentagem de pegamento, comprimento das ramas por talhão, peso total dos

tubérculos por talhão, peso comercial por talhão, peso não-comercial por talhão e peso de

tubérculos por planta. Seguidamente foi executado o teste de médias se for relevante. Para a

obtenção dos gráficos usou-se o Microsoft Excel.

Para o teste das médias usou-se o teste de médias de Tukey a um nível de significância de 5%.

Tendo em conta que as medias de mesmas letras não diferem entre si a um nível de confiança de

5%.

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3.8 Constrangimentos

Ao decorrer do ensaio deparamos com varios constragimentos é o exemplo de agua de rega que

por varias vezes nos vimos a voltar sem nem sequer ter efectuada a rega por essa não sair ou por

vezes sermos proibidos de o fazer pelos chineses responsaveis pelas obras de construção de

campus da ESUDER o que prejudicou o desenvolvimento das plantas.

A falta de material bibliografico constituiu tambem um factor limitante para a elaboração deste

trabalho.

A proibição do uso do material que o campus disponibilizava para o uso exclusivo dos

estudantes como as luvas, fitametrica, balança eléctrica pela parte dos chineses prejudicou de

forma significativa para o resultado final do ensaio.

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CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES

A tabela 2 mostra um resumo das análises de variância executadas. As tabelas de ANOVA que

serviram de base deste resumo pode-se encontrar nos apêndices VI,VII,VIII,IX,X,XI e XII.

Tabela no 2: Resumo das Análises de variância para as variáveis estudadas.

Variavel Significancia CV%

Percentagem de pegamento após 2 meses * 17,86

Comprimento total de ramas após 2 meses (cm) ns 20,93

Comprimento total de ramas após 5 meses (cm) * 20,11

Peso médio de todos tubérculos por parcela (kg) ns 35,16

Peso medio de tubérculos comerciáveis por parcela (kg) ns 35,63

Peso médio de tubérculos não-comerciáveis por parcela

(kg)

ns 44,67

Peso médio de tubérculos por planta (kg) ns 39,65

4.1 Percentagem de Pegamento

De acordo com a ANOVA elaborada para a percentagem de pegamento, os resultados

demostram que existe efeito significtivo (0.01=< p < 0.05) aceitando-se a hipótese alternativa.

O coeficiente de variação foi de 17,86% o que significa que existe boa precisão experimental.

Aplicando o teste de Tukey a um nivel de 5% de significância verificou-se que as variedades de

Local e Cordner mostraram-se ter maior percentagem de pegamento aos 2 meses tendo 91,66% e

74,33% respectivamente e com menor valor encontramos a variedade Jonathan com 42,22%,

como ilustra a figura 4. Facto este que pode ser explicado pela morte das ramas do ensaio em

conformidade com a época de ensaio, visto que em Moçambique a época frequente de plantio da

batata doce tem sido de Janeiro a Março, factores que não apenas as variedades e adubação

afectaram o ensaio, não fazendo parte deste ensaio, como por exemplo a precipitação e a rega.

Esta diferença de percentagem de pegamento, pode ser explicado também pelo facto do solo

usado para a alocação do ensaio ter sido virgem (não ter sido anteriorimente usado no cultivo de

uma outra cultura recentimente). E sendo a variedade de polpa branca a que maior percentagem

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de pegamento apresentou por ter se adaptado melhor as condições do solo.

Segundo RAMIREZ (1991) é importante ter o solo hú

bom pegamento. O solo deve tamb

120 dias). A temperatura é também considerada o fa

Figura 4: Percentagem de pegamento

Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta

sensibilidade, este factor se torna limitante no desenvolvimento e e

Ele é responsavel pela reactivação

sobrevivência ( MARCOS FILHO, 2005).

4.2 Comprimento de Rama após 2 e 5 Meses R

Os resultados obtidos na ANOVA (Tabela n

(p ≥ 0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para

as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.

E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença

significativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).

Fazendo uma análise de forma independente observou

meses apresentou um coeficiênte de variação de 20,93%. Não foi submetido a

0

20

40

60

80

100

Cordner Local Jonathan

% de Pegamento após 2 meses

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apresentou por ter se adaptado melhor as condições do solo.

1991) é importante ter o solo húmido durante a plantação para gara

bom pegamento. O solo deve também ser mantido húmido durante o periodo de crescimento (60

120 dias). A temperatura é também considerada o factor de maior influência sobre o pegamento.

4: Percentagem de pegamento

Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta

sensibilidade, este factor se torna limitante no desenvolvimento e estabelecimento das culturas.

é responsavel pela reactivação do metabolismo e por outras etapas envolvidas no processo de

sobrevivência ( MARCOS FILHO, 2005).

4.2 Comprimento de Rama após 2 e 5 Meses Respectivamente

Os resultados obtidos na ANOVA (Tabela n0 2) mostraram-se não haver diferença significativa

0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para

as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.

E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença

nificativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).

lise de forma independente observou-se que o comprimento de rama após o

nte de variação de 20,93%. Não foi submetido ao teste de

Jonathan

% de Pegamento após 2 meses

% de sobrevivencia apos 2 meses

doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema

Página 26

mido durante a plantação para garantir o

mido durante o periodo de crescimento (60-

tor de maior influência sobre o pegamento.

Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta

stabelecimento das culturas.

do metabolismo e por outras etapas envolvidas no processo de

se não haver diferença significativa

0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para

as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.

E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença

nificativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).

se que o comprimento de rama após os 2

o teste de

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comparação da médias devido a nulidade do efeito de tratamento, conforme mostra a figura 5.

Fig.5: Comprimento de rama após 5 meses

Este era um comportamento esperado, uma vez que a cultura ainda se encontrava num estágio de

estabelecimento no solo, tendo em conta que um melhor desenvolvimento da raiz reflete de

maneira positiva na parte aérea. De acordo com FREDDI et al., (2008), o crescimento e

desenvolvimento do sistema radicular e consequentemente da parte aérea estão associados as

boas condições fisicas do solo.

Caso esse que se difere em relação ao comprimento de rama após 5 meses que mostrou haver

diferença significativa entre as variedades. De acordo com o teste de médias a variedade Local

apresentou maior comprimento de rama com uma média de 2789.3cm e coeficiente de variação

de 20,11%.

Segundo EMBRAPA (1995), a época de plantio mais favorável para o desenvolvimento de

plantas de batata doce na região Sudoeste compreende os meses de novembro, dezembro e

janeiro, periodo na qual a cultura foi implatada no solo.

0

500

1000

1500

2000

2500

3000

Cordner Jonathan Local

Comprimento de rama apos 5 meses (cm)

Comprimento de rama apos 5 meses (cm)

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4.3 Peso Médio de Todos os Tubérculos (kg por talhão)

Segundo os dados ilustrados na tabela 2 (ANOVA) elaborados para o peso médio de todas as

raizes de reserva demonstram não haver diferença significativa (p ≥ 0,05). A média do peso

médio de todas as raizes é de 3,5kg por talhão.

Não foram observados efeitos significativos no peso médio de todos tubérculos, portanto não foi

necessária a submissão dos dados a um teste de comparação das médias. O coeficiente de

Variação de 35,63%. O ensaio apresentou um coeficiente de variação alto e uma precisão baixa.

Os baixos rendimentos registados na variedade Jonathan podem ter sido influenciados pela época

de plantação, aliada a baixa precipitação registada durante os meses de Novembro de 2014 a

Março de 2015 e a baixa percentagem de pegamento da variedade em relação as outras.

Apesar de não se observar diferença significativo o BARBOSA (2005), SANTOS et al. (2006) e

SANTOS et al. (2009) relatam que a adubação com fontes orgânicos no cultivo da batata doce

traduz-as no aumento da produção de raízes.

Resultados semelhantes foram encontrados por AZEVEDO et al. (2000) que obtiveram

produtividade total de raizes entre 33,5 t/ha-1 com o clone 92676. Um estudo feito por

MIRANDA (2006), avaliando clones de batata doce, obteve produtividade de raizes de 25t ha-1

com a cultivar Brazlandia Rosada, em ciclo de 5 meses.

.

4.4 Peso Médio Comércial dos Tubérculos (kg/talhão)

De acordo com os resultados obtidos na tabela 2 de dados ANOVA mostraram-se não haver

diferença significativa (p ≥ 0,05) para a produção comercial das variedades da batata doce. A

média geral do peso médio comercial foi de 3,02 e o coeficiente de variação de 35,16% , o que

implica que tem maior grau em termos de precisão.

Não foram feitos testes de médias devido a nulidade do efeito de tratamento. Aspecto este que

pode ser explicado pela melhor resposta que a variedade teve em relação a adubação que

contribuiu para a defesa das plantas, pois permitiu que as plantas crescessem mais resistentes e

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fortes, restaurando ainda o ciclo biológico natural do solo, fazendo com que se reduzam de

maneira significativa as infestações de pragas.

Alguns exemplos podem ser citados para a produção total e comercial da batata doce, é o caso da

população de plantas na parcela ou densidade de plantio, a adaptabilidade dos acessos em

determinada região de cultivo, os métodos de plantio, a forma de inserção das raizes o que

determina o grau de dificuldades na colheita, a ocorrência de defeitos na pele, a resistência a

insecto-praga, entre outras (AZEVEDO et al., 2000; SOUZA, 2000; DAROS & AMARAL

JUNIOR, 2000).

Resultados semelhantes foram encontrados por AZEVEDO et al. (2000) avaliando clones de

batata doce não encontraram diferença significativa entre clones para esta caracteristica, sendo a

média encontrada de 0,188kg. Média essa que é inferior em relação a média encontrada no

experimento.

4.5 Peso Médio Não-Comercial dos Tubérculos (kg por talhão)

Com base nos resultados obtidos na ANOVA (Tabela n0 2) mostraram-se não haver diferença

significativa (p ≥ 0,05) para a produção medio não-comercial para as variedades da batata doce,

aceitando a Ho (hipotese nula).

O coeficiente de variação 40,78% é muito alto e a precisão é baixa. Não foram feitos os testes de

médias devido a nulidade do efeito de tratamento. Facto este que é explicado pelos seguintes

factores; deformação fisiológica do tubérculo, tamanho reduzido do tubérculo e ataque de pragas.

CARDOSO et al., (2005), obteve resultados onde também não houve diferença significativa

entre os clones de batata doce em relação à resistência aos insectos de solo.

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4.6 Peso Médio de Tubérculos por Planta (kg)

Para o peso do tubérculo por planta os dados de análise da variância (tabela 2) feita (p<0,05),

verificou-se não haver diferença significativo para as variedades de batata doce.

O experimento apresentou uma média de 0,22kg do peso médio dos tubérculos por planta.

Não foram feitas testes de média devido a nulidade do efeito de tratamento.

O experimento apresenta um coeficiente de variação de 39,65%, o que significa que o CV é alto

e a precisão baixa. O que pode ser explicado pela morte das plantas durante o estágio da cultura e

pelo menor número de raizes por planta obtidos durante a colheita. Facto este que é defendido

por (OPEÑA E SUN, 1988) que diz que o número de raizes por planta é um factor bastante

importante e usado pelos melhoradores de raízes e tubérculos para prever o rendimento.

De acordo com o programa feita pela AFRICARE - MEFSI em coordenação com MINAG , com

vista a promover a produção de batata-doce de polpa alaranjada “OFSP” nas comunidades alvos

em que sofreram efeitos de seca, tiveram resultados semelhantes que a variedade Cordner obteve

maior valor em todos distritos em relação a outras variedades.

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CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

5.1 Conclusões

Nas condições em que o ensaio foi feito foi possível concluir que:

Houve um efeito significativo para a percentagem de pegamento durante os primeiros 2meses

tendo a variedade Local se apresentado com o maior valor com uma média geral de 91,66%

na área experimental.

Para o comprimento de rama não houve um efeito significativa para a primeira medição

(após 2 meses) se observando que a variedade Local e a Cordner se mostraram com maior

valor de comprimento 1122,33cm e 870,67cm respectivamente. Resultado que se difere

quando comparado com a medição de comprimento de rama após 5 meses, que indica haver

diferença significativa entre as variedades de batata doce, tendo a variedade Local se

destacado com o maior valor de comprimento de rama com uma média de cerca de

2789.3cm.

Não houve efeito significativo para a produção total de tubérculos entre as variedades e a

média geral do ensaio foi de 3,5kg/talhão.

O peso comercial e produção não-comercial de tubérculos mostraram-se não haver um efeito

significativo.

Não foram encontradas diferenças significativas entre os pesos médios de tubérculos por

planta das três variedades.

Durante o estudo constactou-se que a variedade Cordner destacou-se na maioria dos

parâmetros estudados são eles produção médio do tubérculo, produção não-comercial, e

produção médio do tubérculo por planta porém as diferenças não foram significativas.

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5.2 Recomendações

Aos Agricultores

Não havendo encontrado diferenças significativas na produção dos tubérculos entre as

variedades, recomenda se provisoriamente o uso das variedades alaranjadas.

O uso de adubos orgânicos (esterco de aves) no cultivo de batata doce como forma de

aumentar a produtividade, com baixo custo.

O cultivo de variedade Cordner e Local (branca) na época quente, conforme a época de

ensaio.

Aos Investigadores

Visto a grande variabilidade encontrada entre pesos do mesmo tratamento, (valores de CV

acima de 35%) e os baixos rendimentos deste ensaio recomenda se repetir em outras

condições adversas a que esse foi submetido.

Que ensaios deste gênero se repitam em épocas frescas como quentes.

Que sejam feitos pesquisas do gênero em diversas zonas agro-ecológicas do País, analisando

comparativamente o rendimento de variedades de batata doce no cultivo orgânico.

São necessárias pesquisas neste segmento, principalmente ensaios contínuos

permanentemente para melhor comparar o rendimento de variedades de batata doce cultivado

no sistema orgânico com esterco de aves.

Na prática de pequenos camponeses ocorre frequentemente desfolhagem durante o

crescimento da cultura para o consumo famíliar. Pode-se investigar o efeito de desfolhagem

parcial sobre o crescimento das raízes.

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2002, v.2, p. 449-503.

43. SILVA, J.B.C.; LOPES, C.A.; MAGALHÃES, J.S. Cultura da batata-doce. Sistemas de

Produção, 6. EMBRAPA HORTALIÇAS. Versão electrónica. Dez. 2004.

44. SITOE, TOMAS ADRIANO. Experiência de Moçambique na construção de segurança

alimentar: seminário Internacional sobre a Segurança Alimentar e Desenvolvimento Rural.

Lubango-Angola: SETSAN, 2006.

45. SOARES KT; MELO A. S. DE; MATIAS EC. 2002, A cultura da batata-doce (Ipomea

batatas (L.) Lam). João Pessoa: EMEPA-PB, 26 p. il. (EMEPA-PB. Documentos, 41).

46. VILAS BOAS, B. M.; OKUMURA, H. H. ; MALUF, W. R. Cultivo da batata-doce. Boletim

Técnico de Hortaliças. Lavras: UFLA, n. 42, p. 1-5, 1990.

47. WEINARTNER, M. A., ALDRIGHI, C. F. S., MEDEIROS, C. A. B. (2006). Práticas

agroecológicas Adubação orgânica, 1ª edição, pp 20. Embrapa Brasil

48. WOOLFE, J. A., 1992. Sweet potato an untapped food resource. Cambridge University

Press, Cambridge. 659 pp.

49. ZUOHUA, L.; ZONGHUI, L.; JIAN, H.; FEIYUN, Y.; ZHENGZE, Z., WEN, L. Sweet

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Hermann, M. (Ed). Sweet potato post-harvest research and development in China. Bogor:

CIP, 2004. P. 88-99.

APÊNDICES

E

ANEXOS

I

Apêndice I: Layout do Campo Experimental 0.9 m 1.0 m

3.9 m 12m 3.9m 3.9 m Apêndice II: Desenho da Unidade Experimental

3.9 m

0.3m

0.1m 0.9m

II

Apêndice III: Leitura do Esquema

a) Legenda:

Comprimento do ensaio: 12 m

Largura do ensaio: 10.7 m

Comprimento da Unidade Experimental: 3.9 m

Largura da unidade experimental: 1 m

Separação entre variedades dentro do camalhão: 0.1 m

Distância entre camalhões dentro da parcela: 0.9 m

Distância entre parcelas: 1.0 m

Área total de ensaio: (12 m x 10.7 m) = 128.4 m2

Área por unidade experimental: (3.9 m x1 m) = 3.9 m2

b) Planta:

Compasso de plantação: 0.3 m

N0 de plantas porcamalhão dentro da parcela: 12

N0 de plantas dentro da parcela: 24

N0 total de plantas por variedade: 72

N0 total das plantas no ensaio: 216

Apêndice IV: Variedades

Apêndice V: Legenda de ANOVA * - Significativo ao nível de 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) ns - não significativo (p ≥ 0,05) Fc- Factor calculado CV- Coeficiente de Variação

Representação a cores Descrição das variedades Cordner Cordner Branca Branca Jonathan J onathan

V3 Cordner

V2 Local

V1 Jonathan

III

Apêndice VI: ANOVA de percentagem de pegamento

FC GL SQ QM FC P

Tratamentos 2 2997,09262 1498,54631 9,3603* 0,0143

Resíduos 6 960,57413 160,09569

Total 8 3957,66676

ApêndiceVII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 2 meses apos a plantação

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,04080 0,02040 3,4019ns 0,1029

Resíduos 6 0,03598 0,00600

Total 8 0,07679

ApêndiceVIII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 5 meses apos a plantação

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,21330 0,10665 4,2274ns 0,0715

Resíduos 6 0,15137 0,02523

Total 8 0,36467

IV

Apêndice IX: ANOVA de Peso comercial

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,01948 0,00974 1,7509 ns 0,2518

Resíduos 6 0,03338 0,00556

Total 8 0,05286

Apêndice X: ANOVA de Peso não comercial

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,00055 0,00027 2,2101ns 0,1909

Resíduos 6 0,00074 0,00012

Total 8 0,00219

Apêndice XI: ANOVA de Peso Total

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,03113 0,01556 1,6648 ns 0,266

Resíduos 6 0,05609 0,00935

Total 8 0,08722

V

Apendice XII: Peso total por planta

FC GL SQ

QM FC P

Tratamentos 2 0,02521 0,01260 1,7108 ns 0,2583

Resíduos 6 0,04420 0,00737

Total 8 0,06941

Apêndice XIII: Cronograma de atividades Data Atividades 22 de Setembro de 2014 Identificação da área de estudo 23 de Setembro de 2014 24 de Setembro de 2014

Preparação do solo

29 de Setembro de2014 30 de Setembro de 2014

Demarcação da área

01 de Outubro de 2014 Levantamento dos camalhões 02 de Outubro de 2014 Rega 06 de Outubro de 2014 Adubação e Rega 10 de Outubro de 2014 Coleta das ramas 11 de Outubro de 2014 Plantação das ramas e rega 20 de Outubro de 2014 Replantação 11 de Novembro de 2014 Monda 13 de Dezembro de 2014 Amontoa e Rega 18 de Dezembro de 2014 30 de Janeiro de 2015

Medição do coprimento de rama Rega

15 de Fevereiro de 1015 Sacha 10 de Março de 2015 Medição de comprimento de rama 21 de Março de 2015 Colheita

23 de Março de 2015 Pesagem

VI

Apêndice XIV: A cultura em campo após a plantação

Apêndice XV: Cultura estabelecida em campo

VII

Apêndice XVI: Maturação e Inflorescência da batata doce

Apêndice XVII:Batata apos a colheita e Pesagem Variedade cordner

VIII

Apêndice XVIII: Variedades de batata doce Variedade Jonathan Variedade Local

IX

Apêndice XIX: Dados brutos de comprimento de rama (cm) 2meses após o plantio

Local Cordner Jonathan

Planta Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3

1 30 150 30 45 40 m 100 50 30

2 30 30 30 30 60 m m 45 30

3 30 50 85 40 85 60 40 m 40

4 40 65 70 50 65 100 m m m

5 40 70 m 60 60 50 40 115 120

6 30 80 32 30 55 40 115 m m

7 40 60 60 30 30 70 30 m m

8 30 30 50 30 80 30 120 130 62

9 30 60 80 30 60 75 30 40 m

10 60 65 47 55 m m m 110 m

11 55 40 40 60 m 70 m m m

12 40 m 45 40 m 50 m m m

13 40 70 m 80 m m 30 m m

14 85 90 m 36 30 m m m m

15 m 80 50 m 80 m m m m

16 50 40 m m 50 30 m m m

17 70 30 30 46 m 30 40 110 70

18 100 30 37 30 30 40 30 m 50

19 40 40 50 60 30 30 80 m m

20 60 60 75 40 m 75 40 45 m

21 40 30 60 30 60 m 85 m m

22 30 35 57 m 30 30 60 60 m

23 45 40 35 55 80 m 40 100 m

24 70 42 32 m m 30 55 50 m

Comprim total 1085 1287 995 877 925 810 935 855 402

Plantas vivas 23 23 20 20 17 16 16 11 7

Comprim medio 47.17 55.96 49.75 43.85 54.41 50.63 58.44 77.73 57.43

Comprim total: comprimento total de todas ramas no talhao Plantas vivas: numero de plantas encontradas vivas Comprim media: comprimento medio das ramas por planta m: planta morta

X

Apêndice XX: Dados brutos de comprimento das ramas (cm) 5 meses após o plantio

Local Cordner Jonathan

Planta Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep

1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3

1 56 180 m 100 102 m 224 m 91

2 142 208 160 40 133 m m m 101

3 89 192 220 33 134 35 33 m 142

4 92 92 138 110 140 93 136 m m

5 40 120 130 76 94 m m 269 m

6 140 116 m 66 110 m m m 230

7 54 152 96 56 87 124 180 56 m

8 111 131 193 69 143 m 161 140 m

9 58 128 128 69 170 72 31 30 174

10 180 117 76 127 m 44 182 120 m

11 75 118 110 m m m 88 242 m

12 134 m 121 m m 112 m 160 45

13 161 222 m 111 47 m 124 174 m

14 150 50 m 77 57 m m 155 m

15 m 150 134 m 115 160 m m 84

16 m 109 m 92 100 150 58 m m

17 137 192 61 86 63 m 148 220 m

18 177 212 87 115 43 138 47 m 183

19 212 184 134 85 m 70 88 m 112

20 219 64 152 86 m 143 174 226 m

21 100 144 164 m 112 141 80 m m

22 140 146 133 100 m m 220 m m

23 45 158 111 160 56 m 180 240 113

24 122 140 61 88 170 160 157 44 40

Comprim total 2634 3325 2409 1746 1876 1442 2311 2076 1315

Plantas vivas 22 23 19 20 18 13 18 18 11

comprim medio 119.73 144.57 126.79 87.3 104.22 110.92 128.39m 159.69 119.55

Comprim. total: comprimento total de todas ramas no talhão Plantas vivas: número de plantas encontradas vivas Comprim. media: comprimento médio das ramas por planta m: planta morta

XI

Apêndice XXI:

Dados de pesos de tuberculos (kg) 5 meses apos o plantio

Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3

Peso com 2 3,1 3,4 4,3 6 2,7 1,7 2,3 1,7

Peso nao com 0,5 0,4 0,6 0,7 1 0,3 0,3 0,2 0,3

Peso tot 2,5 3,5 4 5 7 3 2 2,5 2

Plantas vivas 23 23 20 20 17 16 16 11 7

Peso com planta 0.0870 0.1348 0.1700 0.2150 0.3529 0.1688 0.1063 0.2091 0.2429

Peso tot planta 0.1087 0.1522 0.2000 0.2500 0.4118 0.1875 0.1250 0.2273 0.2857

Rend 1768.3466 2740.9372 3006.1892 3801.9452 5305.0398 2387.2679 1503.0946 2033.5986 1503.0946

Peso com: peso de tuberculos comerciaveis por talhao

Peso nao-com: peso de tuberculos nao comerciaveis por talhao

Peso tot: peso total de tuberculos por talhao

Peso com planta: peso medio por planta dos tuberculos comerciaveis

Peso tot planta: peso medio por planta dos tuberculos

Rend: rendimento em termos de tuberculos comerciaveis por hectare

Dimensoes talhoes: 3,90 m X 2,90 m = 11,31 m2

Local Cordner Jonathan

XII

ANEXO I: Localização geográfica de Vilankulo

Figura 1: Mapa do Distrito de Vilankulo Fonte: MAE, (2005)