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ESCOLA SUPERIOR DE DESENVOLVIMENTO RURAL DEPARTAMENTO DE PRODUÇÃO AGRÁRIA
Tema Análise Comparativa do Rendimento de Três Variedades de Batata - doce
(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de Polpa Alaranjada e uma de Polpa Branca Cultivado no Sistema Orgânico no Campus da ESUDER no Distrito de
Vilankulo
Licenciatura em Produção Agrícola
Discente: Zaina Ramiro Omar
Vilankulo, Junho de 2016
Zaina Ramiro Omar
Tema Análise Comparativa do Rendimento de Três Variedades de Batata-Doce
(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de Polpa Alaranjada e uma de Polpa Branca Cultivado no Sistema Orgânico no Campus da ESUDER no Distrito
de Vilankulo
Trabalho de Culminação do Curso a
Apresentar ao Departamento De Produção
Agrária da Universidade Eduardo Mondlane
Escola Superior de Desenvolvimento Rural
para a obtenção do grau de Licenciatura em
Produção Agrícola.
Supervisor:
dr. Peter Kerkhoff Msc.
Co- supervisor: Eng. Guimarães Dalazane
UEM – ESUDER Vilankulo
2016
i
Declaração de Honra
Declaro que este trabalho nunca foi apresentado, na sua essência, para a obtenção de qualquer
grau, e que ele constitui o resultado de uma investigação pessoal, estando no texto e na
bibliografia as fontes que foram por mim utilizadas.
Vilankulo, aos _______ de Junho de 2016
__________________________________________
(Zaina Ramiro Omar)
ii
Dedicatória
Aos meus amados pais Ramiro Omar e Lúcia Clementina Manhiça, pela confiança que sempre
tiveram, e pela paciência durante o curso. E em particular ao meu filho Paulo Carlos e ao meu
marido Carlos Paulo pela força que sempre proporcionou.
iii
Agradecimentos
Em primeiro lugar ao meu Deus todo-poderoso, por me conceber a honra de chegar a este grande
dia, o dia da vitória e por me dar vida e saúde a cada dia, por isso a ti meu Pai eu agradeço;
Aos meus pais Ramiro Omar e Lúcia Clementina Manhiça; a vocês, eu sempre agradecerei por
mim terem colocado neste mundo maravilhoso e por terem me educado, ate me tornar a pessoa
que sou hoje, aos vossos ensinamentos, ensinamentos esses que levo a cada dia e em tudo o que
eu faço e que farei para o resto da minha vida. Por tudo isso e o que não mencionei o meu muito
obrigado;
Ao meu supervisor Peter Kerkhoff MSc endereço-lhe o meu sentimento de gratidão pela atenção
nas orientações e nos esclarecimentos prestados durante a longa caminhada da elaboração deste
trabalho, acima de tudo agradecer a sua paciência e compreensão que sempre demonstrou ao
longo do trabalho;
Ao Eng. Guimarães Dalazane, o meu muito obrigado pela ajuda concebida na elaboração deste
trabalho;
Aos meus amores Carlos Paulo e Paulo Carlos Vilanculo, pela paciência e pela ajuda que
demonstraram durante a elaboração deste trabalho, pela força e coragem que sempre
proporcionaram, o meu muito obrigado vocês são meu tesouro.
Aos meus irmãos Dário, Sara, José, Moisés, Celsa, Eusébio e ao falecido Omar, o meu obrigado
vai para todos vocês, pelo companheirismo e pela linda família que somos. E pela linda família
que cada um de vocês nos deram. Abraços a todos.
Ao Iron das Neves, só tu sabes o quanto foi difícil o primeiro passo deste trabalho no campo,
com sua ajuda se tornou mais fácil, foste muito importante, me faltam palavras para dizer, um
simples muito obrigado, pode ser muito significante neste momento de alegria, muito obrigado
Iron.
Aos meus amigos Rosita Muticane, Faidate Abreu, Sara Nhantumbo, Inocêncio Matavel, Isac
Langa, Guido José, Bernância Massalonga, e em especial Felismina Pedro Langa pelos
momentos únicos que compartilhamos durante esse todo período que convivemos, pela amizade
que ultrapassa todas as barreiras e a familiaridade que construímos, o meu muito obrigado a
todos vocês.
E aos que directa ou indirecta fizeram parte da minha vida estudantil, aqui vão os meus
sentimentos de gratidão.
iv
LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SIMBOLOS
Abreviações
A - Área
ANOVA - Análise da Variância
CIP - International Potato Center
CV - Coeficiente de variação
DCC - Delineamento complentamente casualisado
ESUDER- Escola Superior de Desenvolvimento Rural
FAO - Food and Agriculture Organization
Fig. – Figura
FV – Fonte de variação
GL- Graus de liberdade
Ha - Hipótese alternativa
Ho - Hipótese nula
HSTS - High temperature and short time
INE- Instituto Nacional de Estatística
INIA - Instituto Nacional de Investigação Agrícola
IITA - Instituto Internacional de Agricultura Tropical
MAE - Ministério de Administração Estatal
MQ – Média dos Quadrados
ns – não significativo
Npt - Número de plantas na area util
NPK – Nitrogénio, Fósforo e Potássio
SQ – Soma dos Quadrados
Stand - Número de plantas sobreviventes na área útil
PNA- Polissacarídeos não amídicos
v
Siglas e Simbolos
0C - Graus celsus
cm - Centímetros
ha - Hectares
kg - kilogramas
Km2- Kilometros quadrados
L - Litros
m - Metros
mm - Milimetros
% - Percentagens
pH - Potencial de hidrogenio
t - Toneladas
vi
Glossário
Andrógenas - é todo vegetal que possui simultaneamente flores masculinas e femininas,
agrupadas na mesma espiga.
Beta-caroteno é capaz de se converter em vitamina A, sendo, por isso, importante na prevenção
de distúrbios de crescimento da primeira infância, consequentes da deficiência dessa vitamina.
Carácter robusto; vigor; fortaleza
Carboidratos- são substâncias importantes que servem como fonte de energia para todos os
seres vivos
Carotenoides -é um tipo de pigmento natural, disponível nos alimentos como o beta-caroteno e
licopeno.
Flôr cordiforme – refere-se a flores com formato de coração
Flôr sagitado – refere-se a flores muito pequenos
Folha acuminada - refere-se as folhas e frutas terminadas em ponta
Meristemas apicais é o tecido responsável pelo crescimento vertical, ou seja, pelo alongamento
das plantas
Mutações - pode ser definida como qualquer modificação súbita e hereditária do material
genético
Mutações induzidas - que são provocadas por elementos químicos ou físicos
Pecíolo - é uma superfície achatada dotada de duas faces, o limbo percorrido pelas nervuras
Produtividade - resultado daquilo que é produtivo, ou seja, do que se produz, do que é rentável.
Produção refere-se à acção de produzir, à coisa produzida, à forma de se produzir ou à
totalidade dos produtos da terra.
Raizes com formato Fusiforme – são raízes grossas com casca amarelada ramosa alongado.
Silagem é o produto oriundo da conservação de forragens húmidas (planta inteira) ou de grãos
de cereais com alta humidade (grão húmido) através da fermentação em meio anaeróbico,
ambiente isento de oxigénio, em locais denominados silos.
vii
LISTA DE FIGURAS, TABELAS
Figuras Páginas.
Figura 1: Características morfológicas de variedades de batata-doce utilizadas no experimento 21
Figura 2: Percentagem de pegamento …………………………………………………...............27
Figura 3: Comprimento de rama após 2 meses ………………………………………………….28
Figura 4: Comprimento de rama após 5 meses…………………………………………………. 28
Figura 5: Peso médio de tuberculos (kg/talhão)………………………………………………... 29
Figura 6: Peso médio comercial (kg/talhão)……………………………………………………. 30
Figura 7: Peso médio não-comercial (kg/talhão)………………………………………………...32
Figura 8: Peso médio do tubérculo por planta (kg/talhão). ……………………………………...33
Tabelas Paginas
Tabela 1: Maiores produtores mundiais da Batata – doce ……………………………………… .8
Tabela 2: Composição média de matéria seca nas raízes da batata doce ………………………..15
Tabela 3: Resumo das Análises de variância para as variáveis estudadas ……………………...26
viii
LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS
Apêndices Paginas
Apêndice I: Layout do Campo Experimental ……………………………………………………..I Apêndice II: Desenho da Unidade Experimental ……………………………………………...….I Apêndice III: Leitura do Esquema ……………………………………………………..………...II
Apêndice IV: Variedades...………………………………………………………………….……II
Apêndice V: Legenda de ANOVA ……………………………………………………………...II Apêndice VI: ANOVA de percentagem de pegamento ………………………………………..III ApêndiceVII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 2 meses após a plantação ….III ApêndiceVIII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 5 meses após a plantação….III Apêndice IX: ANOVA de Peso comercial ………………………………………..……….……IV
Apêndice X: ANOVA de Peso não comercial ……………………………………………….….IV
Apêndice XI: ANOVA de Peso Total ……………………………………………….……….…IV
Apendice XII: Peso total por planta ……………………………………………………….……..V Apêndice XIII: Cronograma de atividades ……………………………………………………....V Apêndice XIV: A cultura em campo após a plantação …………………………………………VI Apêndice XV: Cultura estabelecida em campo ……………………………………...…………VI Apêndice XVI: Maturação e Inflorescência da batata doce ………………………………..…..VII Apêndice XVII:Batata após a colheita e Pesagem ……………………………………………..VII Apêndice XVIII: Variedades de batata- doce ……………………………………..…………..VIII Apêndice XIX: Dados brutos de comprimento de rama (cm) 2meses após o plantio …… …… IX Apêndice XX: Dados brutos de comprimento das ramas (cm) 5 meses após o plantio … ……...X Apêndice XXI: Dados brutos do peso do tubérculo (kg) 5 meses após a plantação ……………XI Anexos Anexo 1: Localização geográfica de Vilankulo……………………………………...…………XII
ix
Resumo
A batata - doce é uma cultura de subsistência extremamente importante devido ao seu
rendimento e alta adaptação a vários tipos de solos. Entre as culturas alimentares a batata - doce
ocupa a 5a posição em termos de importância económica e contribuição de calorias e teor de
proteínas nos países em desenvolvimento. O presente trabalho teve como objectivo analisar de
forma comparativa o rendimento de três variedades de batata - doce sendo duas de polpa
alaranjada e uma de polpa branca cultivado no sistema orgânico. Para atingir o objectivo deste
trabalho foi alocado um ensaio no campus da Escola Superior de Desenvolvimento Rural no
período compreendido entre 11 de Outubro de 2014 a 21 de Março de 2015. O delineamento
usado foi o delineamento complentamente casualizados dispostos em parcelas divididos, com 3
repetições e 3 variedades (Cordner, Local e Jonathan). Entre as variáveis avaliadas estão: a
percentagem de pegamento, comprimento de rama, número de tubérculo por planta e o
rendimento das variedades em termos do peso do tubérculo por talhão e por planta, peso
comercial e não comercial. Os resultados obtidos do ensaio mostraram que houve um efeito
significativo para a percentagem de pegamento e comprimento de rama após 5 meses tendo a
variedade Local se destacado em ambas variáveis com 91,66% e 2789.3cm respectivamente. Em
termos gerais não houve efeitos significativos para o comprimento de rama nos primeiros 2
meses, peso médio total do tubérculo, peso não comercial, peso comercial, peso médio do
tubérculo por planta.
Palavras -chaves: Ipomoea batatas L. Crescimento, variedades de batata-doce, Rendimento.
Índice
Conteúdo Paginas
Declaração de honra……………………………………………………………………………….i
Dedicatória …………………………………………………………………………..…………. ii
Agradecimentos ……………………………………………………………………..……… .….iii
Lista de abreviatura, siglas e símbolos …………………………………………………………..iv
Glossário………………………………………………………………………………………….vi
Lista de figuras, tabelas ……………………………………………………………...……..…...vii
Lista de apêndices e anexos ……………………………………………………………..……...viii
Resumo …………………………………………………………………………………………..ix
CAPITULO I: INTRODUÇÃO …………………………………………………...……………1
1.1 Generalidades …………………………………………………………………………...…….1
1.2 Problema …………………………………………………………………………..………….3
1.3 Justificação ……………………………………………………………………………………4
1.4 Objectivos …………………………………………………………………………………….5
1.4.1. Geral ………………………………………………………………………………………..5
1.4.2. Específicos …………………………………………………………………………………5
1.5 Hipóteses …………………………………………………………………………………… ..5
CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRAFICA ……………………………………………….6
2.1 Cultura da batata - doce ………………………………………………………...…….………6
2.1.1. Origem e distribuição …………………………………………………………….….……..6
2.2 Classificação Botânica ………………………….…………………………………………….6
2.3 Produtividade da Batata doce ……...………………………………………………………….8
2.4 Importância Económica e Social …………..…………………………………………………8
2.5 Valor nutritivo …………………..……………………………………………………………9
2.6 Cultivo da batata-doce …………….………………………………………………………….9
2.6.1 Aspectos de Clima ……………………………………………….………………………..10
2.6.2 Solo ………….…………………………………………………………………………….10
2.6.3 Compasso ………………………………………………………………………………….10
2.7 Formas de propagação ………………………….…………………………………………...11
2.8 Potenciais de Utilização ……………………………………………………………………..11
2.8.1 Alimentação Humana ……………………………………………………………………11
2.8.2 Alimentação Animal ……………………………………………………………………12
2.8.3 Produção de álcool ………………………………………………………………………..13
2.9 Composição da Matéria seca nas Raízes da Batata Doce …………………………………14
2.10 Adubações ……………………………………………………………………………….14
2.10.1 Adubação orgânica ……………………………………………………………….15
2.10.2 Vantagem da adubação orgânica ………………………………………………………...15
2.10.3 Esterco ………………………………………………………………………………….15
2.10.4 Esterco de aves …………………………………………………………………………16
2.11 Limitação de Produção de Batata doce ……….……………………………………………16
2.12 Colheita ……...……………………………………………………………………………..17
CAPITULO III: METODOLOGIA ……..…………………………………………………...18
3.1Caracterização do local……………………………………………………………………..18
3.1.1 Localização da área……………………………………………………………………….18
3.2 Materiais ………………………………………………………………………………….19
3.2.1 Descrição das variedades em estudo …………………………………………………….19
3.3 Métodos …………………………………………………………………………………….20
3.3.1 Delineamento Experimental ………….………………………………………………….20
3.4 Condução do Ensaio ………………………………………………………………………20
3.4.1 Preparação do Solo ……………………………………………………………………….20
3.4.2 Armação de camalhões …………………………………………………………………21
3.4.3 Adubação …………………………………………………………………………………21
3.4.4 Colecta das ramas …………………………………………………………………………21
3.4.5 Plantação das ramas ……………………………………………………………………..21
3.4.6 Tratos culturais …………………………………………………………………………….21
3.4.6.1 Rega ……………………………………………………………………………………..22
3.5 Colheita ……………………………………………………………………………………..22
3.6 Parâmetros Medidos ………………………………………………………………………..22
3.6.1 Percentagem de Pegamento ……………………………………………………………..22
3.6.2 Comprimento das ramas …………………………………………………………………22
3.6.3 Rendimento das Raízes Frescas …………………………………………… ……………23
3.7 Análise estatística de dados …………………………………………………………………23
3.8 Constrangimentos…………………………………………………………………………..24
CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES ………………………………………..25
4.1 Percentagem de Pegamento …………………………………………………………………25
4.2 Comprimento de rama após 2 e 5 meses respectivamente ………………………………….26
4.3 Peso médio de todos tubérculos (kg por talhao) ………………………………………….....28
4.4 Peso médio comercial dos tubérculos (kg/talhão) ………………………………………….28
4.5 Peso médio não-comercial dos tubérculos (kg por talhao) ……………………………….29
4.6 Peso médio de tubérculos por planta (kg) …………………………………………………30
CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES ………………………………..31
5.1 Conclusão ……………………………………………………………………………………31
5.2 Recomendações ……………………………………………………………………………..32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ………………………………………………………..33
Analise comparativa de rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema orgânico no campus da ESUDER no distrito de Vilanculos
Zaina Ramiro Omar Licenciatura em Produção Agricola Página 1
CAPITULO I: INTRODUÇÃO 1.1 Generalidades O cultivo de hortaliças em pequena escala é geralmente uma atividade múltipla de produção
agrícola, exercida com pouco uso de tecnologia e sem orientação profissional, obtendo baixos
índices de produtividade e baixa qualidade dos produtos (SILVA et al., 2002).
A cultura da batata-doce (Ipomoea batatas L.) é um exemplo dessa situação, pois, ao longo do
tempo, tem sido cultivada de forma empírica pelas famílias rurais em conjunto com diversas
outras culturas, visando à alimentação da família principalmente na primeira refeição diária,
utilizada na forma de raízes cozidas, assadas ou fritas (SILVA et al., 2002).
A batata-doce é a única espécie da família Convolvulácea cultivada para fins alimentícios.
Outras espécies da mesma família, no entanto, são cultivadas para fins ornamentais na Ásia,
África e Austrália (HALL & PHATAK, 1993).
A batata-doce é uma hortaliça tipicamente tropical e subtropical, rústica, de fácil cultivo, boa
resistência a seca e ampla adaptação e, de grande importância por ser fonte de calorias e
apresentar alto conteúdo de vitaminas e minerais. Apresenta custo de produção relativamente
baixo, com investimentos mínimos e de retorno elevado se bem conduzida (SILVA et al., 2004).
A variação na sua coloração interna é um indicador de concentração de betacaroteno, tido como
maior precursor da vitamina A, isto é, quanto mais escura for a tonalidade da cor interna, maior
será a concentração de betacaroteno. A batata-doce que não apresenta coloração é conhecida
como sendo de polpa branca, portanto, a cor constitui aqui um dos importantes elementos de
distinção entre as variedades (SILVA et al., 2004).
A produção de alimentos em sistema orgânico tem como um dos mais importantes princípios a
nutrição equilibrada das plantas. O maneio da fertilidade do solo nesse sistema de cultivo tem
como um dos principais componentes a adubação orgânica, utilizando preferencialmente fontes
de matéria orgânica disponíveis no local de cultivo e aplicação na dose e intervalos corretos para
as culturas (PRIMAVESI, 1990).
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Em África, a batata-doce é considerada importante fonte de alimento, porque constitui cultura
básica para a população. Além de ter excelente aceitação pelo seu sabor, pode-se aproveitar a
planta na sua totalidade, comendo raízes cozidas e utilizando as folhas para preparação
tradicional, “caril” (INIA, 1990).
Em Moçambique, a batata-doce tem ainda características que a faz especialmente apropriada,
para fazer face às crises alimentares que o país tem enfrentado, devido às cheias e secas
recorrentes (INIA, 1990).
Trata-se de uma cultura que necessita de mão-de-obra para o controlo de ervas daninhas e possui
capacidades de fornecer grandes quantidades de alimento em áreas reduzidas com possibilidades
de ser, ainda, colhidas gradualmente durante um período prolongado. É extensivamente adaptada
as diversas zonas agro-ecológicas e pode produzir algum rendimento agronómico, mesmo em
condições marginais (INIA, 1990).
De acordo com o INE (2001), a província de Inhambane é uma das províncias com menor área
de cultivo, realizando apenas 4% (1.766 ha). Contudo, o rendimento desta cultura varia muito
consoante a variedade o que implica que conhecimento das diversas variedades é requerido antes
de decidir sobre o seu cultivo.
Este trabalho visa essencialmente fazer uma análise comparativa do rendimento de três
variedades de batata doce sendo duas variedades de polpa alaranjada. O trabalho é composto por
cinco capítulos, designadamente: Introdução, Revisão bibliográfica, Metodologia, Resultados e
Discussões, e Conclusão e Recomendações.
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1.2 Problema
A produção e o consumo de batata-doce de polpa cor alaranjada foram inicialmente introduzidos
em Moçambique, para fins de pesquisa, entre os anos 1999 e 2000, pelo Instituto Nacional de
Investigação Agrícola (INIA). A partir de 2000, sua produção em massa foi incentivada pelo
governo, visando à redução dos índices de desnutrição, já que agronomicamente a batata-doce
oferece muitas vantagens e, além disso, nutricionalmente é enriquecida com carotenoides, que
fazem com que suas variedades contemplem maior concentração da vitamina “A”, que é
essencial principalmente na alimentação infantil.
Embora as famílias estejam conscientes do problema de desnutrição, após cinco anos de intensas
campanhas de massificação não estão com o mesmo entusiasmo, optando por retrair-se aos
moldes de consumo anteriores, com a batata-doce de polpa branca. A produção voltou a ser em
consórcio e pequenas parcelas são reservadas para a variedade de polpa alaranjada.
Segundo os trabalhos feitos por MIRASSE (2006) e SITOE (2006), tem-se observado aumento
de níveis de desnutrição infantil, principalmente nas zonas rurais, pressupõe-se que as famílias
não consomem a batata-doce de polpa alaranjada devido à baixa produção da cultura. Este
problema de fraca adopção das variedades de polpa alaranjada, é influenciado pelo fraco
conhecimento sobre o real valor destas em termos de rendimento e seu valor nutricional, aliado a
dificuldade de abandono das práticas anteriormente utilizadas pelos agricultores.
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1.3 Justificativa
A batata- doce é uma cultura perene que pode ser cultivada em pequena escala, e é muito
eficiente em converter a quantidade de enérgia solar em química quando comparada com outras
culturas.
Os genótipos com polpa de cor alaranjada, além de fornecerem grandes quantidades de
carboidratos apresentam altos teores de betacaroteno, precursor da vitamina A, constituindo uma
importante estratégia contra os baixos índices de vitamina A em populações carentes, sobretudo
para crianças, faixa etária onde a ocorrência do défice de vitamina está relacionada com o
aumento da taxa de mortalidade infantil (SILVA et al., 2007).
Um estudo comparativo sobre diferentes variedades de batata doce de polpa alaranjada pode
ajudar os produtores na escolha da melhor variedade, que tenha melhores rendimentos do
tubérculo. Assim, altos rendimentos poderão proporcionar mais ganhos econômicos e
consequente melhoria de segurança alimentar no seio das famílias produtoras.
A implementação do tema análise comparativa do rendimento de três variedades de batata-doce
(Ipomoea batatas L.) entre as quais duas de polpa alaranjada e uma de polpa branca cultivado no
sistema orgânico visa contribuir na melhoria da produção e qualidade da batata-doce de modo a
superar os níveis em que nos encontramos de desnutrição, crise alimentar, no distrito de
Vilanculos.
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1.4 Objetivos
1.4.1Geral:
Analisar comparativamente o rendimento de três variedades de batata-doce (Ipomoea batatas L.)
entre as quais duas de polpa alaranjada e uma de polpa branca cultivado no sistema orgânico no
campus da ESUDER no distrito de Vilanculos.
1.4.2 Específicos:
Avaliar os parâmetros de crescimento (percentagem de pegamento, comprimento de rama )
das variedades ‘Local’ (polpa branca), ‘Cordner’ (polpa alaranjada) e ‘Jonathan’(polpa
alaranjada)
Avaliar o rendimento das variedades ‘Local’, ‘Cordner’ e ‘Jonathan’ em termos de peso dos
tubérculos por talhão e por planta.
1.5 Hipóteses
H0: Entre as variedades de batata doce cultivado no sistema orgânico neste estudo não existem
diferenças significativas nos parâmetros de crescimento nem no rendimento.
Ha: Entre as variedades de batata doce cultivado no sistema orgânico neste estudo existe pelo
menos uma diferença significativa nos parâmetros de crescimento ou no rendimento.
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CAPITULO II: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1Cultura de batata-doce
2.1.1 Origem e Distribuição
A batata-doce é uma cultura herbácea perene com um crescimento extensivo em regiões tropicais
e subtropicais do mundo, sendo importante em países em desenvolvimento. Evidências
arqueológicas, linguísticas e históricas estabelecem que a batata-doce teve sua origem na região
da América Central e Sul. A habilidade desta cultura para se adaptar a uma ampla variedade de
condições climáticas, permitiu seu desenvolvimento em regiões tropicais e de temperaturas
moderadas da África, Ásia e América. As evidências sugerem que a batata-doce foi introduzida
há 5000 anos e se estendeu através dos continentes durante os séculos XVII e XVIII, devido a
seu carácter robusto, ampla adaptação e a capacidade de se multiplicar rapidamente (WOOLFE
citado por PESTANA 2011).
2.2 Classificação Botânica
A batata-doce (Ipomoea batatas L.) é uma planta dicotiledônea, membro da família
Convolvulaceae, na qual há cerca de 400 espécies do gênero Ipomoea distribuídos ao longo dos
trópicos. Embora algumas dessas espécies tenham raízes frescas, são usualmente impalatáveis e
Ipomoea batatas é a única de importância econômica (IITA, 1982)
O caule ou rama possui hábito de crescimento que pode ser rasteiro, trepador, erecto, de
constituição herbácea, verde ou arroxeado, podendo alcançar ate 5 metros de comprimento
(SOARES et al., 2002).
As folhas são simples, alternas dispostas em espiral em torno do caule, pubescentes ou glabras. O
pecíolo é longo de cor e pubescência semelhante ao caule, podendo apresentar ou não
pigmentação na inserção do caule. O limbo foliar e as nervuras têm coloração e formato bastante
variáveis, podendo ser cordiforme, cordiforme-arredondado, sagitado, hastado, lobado,
lanceolado e às vezes fendido ou partido (FOLQUER citado por CAMARGO 2013).
As flores são perfeitas, ou seja, completas e andrógenas, de coloração que varia do branco, lilás a
diversas tonalidades de roxo.
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A maior parte das raízes se desenvolve nos primeiros 10 cm de profundidade do solo, havendo,
entretanto, uma raiz pivotante que atinge profundidade de até 1,30m. A batata- doce possui dois
tipos de raízes, as de reservas ou tuberosas, que constituem a principal parte de interesse
comercial e as raízes absorventes, responsáveis pela absorção de água e nutrientes pelo solo
(SILVA et al., 2002)
As raízes tuberosas ou batatas se formam desde o inicio do desenvolvimento da planta, são
facilmente identificadas pela maior espessura, pela pouca presença de raízes secundarias e por se
originarem dos entrenós que se enraizaram, através do acumulo de amido e açúcares. As raízes
absorventes se formam a partir do meristema cambial, tanto nos nós, quanto nos entrenós
(SILVA et al., 2002).
As batatas são revestidos por uma pele fina, formada por poucas camadas de células, um camada
de aproximadamente 2 mm denominada de casca e a parte central denominada de polpa ou carne.
A penícula externa ou pele se destaca facilmente de casca, mas a divisão entre a casca e a polpa
nem sempre é nítida e facilmente separável, dependendo da variedade, do estádio vegetativo de
planta e do tempo de armazenamento (SILVA et al., 2002).
As raízes podem apresentar formatos variados, redondos, elíptico-redondo, elíptico, oval, oboval,
oblongo, oblongo-longo, elíptico-longo, longo irregular, fusiformes ou alongados (CEAGESP,
2011).
Tanto a pele, quanto a casca e a polpa, podem apresentar coloração variável de púrpura, roxo,
salmão, alaranjada, amarelada, creme ou branco. A coloração arroxeada é formada pela
deposição do pigmento antocianina, que se concentrar na pele, na casca ou ainda construir
manchas na polpa. O tecido colorido se torna cinza escura durante o cozimento, e parte do
corante se dissolve na água, causando o escurecimento de outros tecidos expostos (SILVA et al.,
2002).
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2.3 Produtividade da Batata doce
A batata-doce é cultivada em vários países, sendo que aproximadamente 90% da produção é
obtida na Ásia, apenas 5% na África e 5% no restante do mundo (SILVA et al., 2004). No
quadro mundial, os grandes produtores são a China, Indonésia, Índia e o Japão (tabela 1). A
China é o país que mais produz batata doce, representando 88,9% da produção mundial (CIP,
2008). A batata doce é considerada a sétima cultura de maior produção mundial (FAO, 2007).
Tabela 1: Maiores produtores mundiais da Batata doce
Países Produção (toneladas)
China 70, 526,000
Indonésia 2, 386, 729
Índia 1, 132, 400
EUA 1, 124, 230
Japão 942, 3
Brasil 505, 35
Fonte: FAOSTAT (2013)
2.4 Importância Económica e Social
Esta cultura tem potencial imenso e papel importante a desempenhar na nutrição humana,
segurança alimentar e na redução da pobreza nos países em desenvolvimento (BOVELL-
BENJAMIN, 2007).
Segundo FIGUEIREDO (1995), em virtude dessa hortaliça apresentar elevada rusticidade e
amplo espectro de potencialidade de uso, apresenta-se também como espécie de interesse
económico, principalmente, para países em desenvolvimento e com escassez de alimentos para a
população.
Desta forma, o consumo de batata-doce com polpa alaranjada, rica em provitamina A
(betacaroteno) pode melhorar as reservas de vitamina A no corpo humano, reduzir o risco de sua
deficiência e, consequentemente, proteger o sistema imunológico e contribuir para a redução da
mortalidade infantil.
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2.5 Valor nutritivo
A batata-doce é uma raiz tuberosa bastante rica em termos nutricionais, tanto para alimentação
humana como animal. Altamente energética, a batata-doce é rica em carboidratos com teores que
variam de 13,4 a 29,2%, principalmente amido, 4,8 a 7,8% de açúcares solúveis, 2,0 a 2,9% de
proteínas e 0,3 a 0,8% de gorduras (SOARES et al., 2002).
Ao ser colhida, a batata doce apresenta cerca de 30% de massa seca que contém em média 85%
de carboidratos. Comparada a outros vegetais amiláceos, possui maior teor de massa seca,
carboidratos, lípidos, cálcio e fibras que a batata (Solanum tuberosum L.), mais carboidratos e
lípidos que o taro (Colocasia esculenta L.) e mais proteína que a mandioca (Manihot esculenta
L.) (WOOLFE, 1992).
As raízes de batata-doce são também excelentes fontes de vitamina A, vitaminas do complexo B,
cálcio, ferro, fósforo, potássio, magnésio, enxofre e sódio (SOARES et al., 2002).
2.6 Cultivo da batata-doce
Comparada com culturas como arroz, banana, milho e sorgo, a batata-doce é uma das culturas
mais eficientes em aproveitar a enérgia solar e convertê-la em enérgia química. A batata-doce é a
hortaliça com maior índice de produtividade em kcal ha-1 dia-1 e a enérgia líquida produzida por
unidade de área e de tempo é grande, isso porque produz grande volume de raízes em um ciclo
curto, durante o ano inteiro (BARBOSA, 2005).
A batata-doce hoje é considerada uma cultura marginal que com pouco investimento na
produção, gera um produto de baixa qualidade que sofre restrição na comercialização, com
redução do preço pago e refugo por parte dos consumidores (SILVEIRA, 2007). Assim, quando
se compara a produtividade e os custos de produção, percebe-se claramente que ainda existe uma
lacuna na pesquisa científica para a batata-doce.
2.6.1 Aspectos de Clima
Devido às suas características marcantes de rusticidade e capacidade de adaptação às diferentes
condições edafoclimáticas, a batata-doce pode se desenvolver melhor em locais ou épocas em
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que a temperatura média é superior a 24°C, pluviosidade anual média de 750 a 1.000 mm com
necessidade de 500 mm na fase de crescimento. Não suporta geada, mas pode ser cultivada em
regiões subtropicais, nos períodos de primavera e verão, quando a temperatura elevada e a alta
radiação solar favorecem o desenvolvimento da cultura (SILVA et al., 2004).
A temperatura para o cultivo da batata-doce situa-se entre 15-330C e durante o ciclo vegetativo, a
temperatura ideal varia de 23 a 300C. Os rendimentos mais elevados são obtidos quando as
temperaturas são elevadas durante o dia (25-300C) e baixas pela noite (15-200C). Baixas
temperaturas durante a noite favorecem a formação de raízes de reserva, enquanto altas
temperaturas durante o dia favorecem o desenvolvimento vegetativo. O desenvolvimento das
raízes de reserva ocorre somente dentro do intervalo de temperatura compreendido entre 20-
300C, sendo a temperatura óptima de 250C e é interrompido geralmente abaixo de 100C
(RAMIREZ, 1991).
2.6.2 Solo
A batata-doce é uma cultura que se desenvolve bem em qualquer tipo de solo, desde os francos
arenosos até os mais argilosos, entretanto consideram-se como ideais aqueles leves, soltos, bem
estruturados, permeáveis, com fertilidade de média a alta, bem drenados e com boa aeração
(SILVEIRA, 2007). A produção é prejudicada em solos encharcados ou muito húmidos, onde a
aeração deficiente retarda a formação da batata. Solos compactados ou mal preparados causam
alterações no formato e uniformidade das raízes tuberosas, diminuindo o seu valor comercial
(SILVA et al., 2004).
O pH ideal está na faixa de 5,6 a 6,5, porém a planta pode crescer e produzir bem em solos com
pH 4,5 a 7,7. Ou seja, o melhor solo para a batata-doce é o que apresenta boa drenagem, textura
arenosa ou areno argilosa, levemente ácido ou neutro (SOARES et al., 2002).
2.6.3 Compasso
Os espaçamentos mais utilizados para o plantio de batata doce variam de 80 a 100 cm entre
camalhões e de 25 a 40 cm entre plantas, que facilitam a drenagem, a abrasão do solo. Usa-se
rama com 30 cm de comprimento com material de plantio devendo ser enterrado até 2/3 do seu
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comprimento total e plantada a 30 cm de intervalo no mesmo camalhão (VILAS B0AS, 1999). A
fertilização possibilita um melhoramento da planta e a produção de batata doce de melhor
qualidade.
2.7 Formas de propagação
Segundo De MIRANDA et al. (1995) a batata doce é uma planta perene, mas é cultivada como
anual. Pode ser multiplicada por meio de semente botânica, pedaços de batatas, ramas e cultivo
de meristemas apicais ou outros tecidos vegetais. A semente botânica é empregue apenas nos
programas de melhoramento genético, para a obtênção de novos cultivares.
O cultivo de meristemas apicais é empregue apenas para fins comerciais, com a obtenção de
plantas livres de vírus. A cultura de meristemas e outros tecidos vegetais também é empregue na
obtenção de plantas para estudos genéticos ou indução de mutações (De MIRANDA et al.,
1995).
2.8 Potenciais de Utilização
Por ser uma matéria prima muito versátil, com grande número de acessos existentes no mercado,
com características diferentes, a potencialidade de uso é cada vez maior (FABRI et al., 2008). A
batata-doce pode ser utilizada na alimentação humana na forma de doces, frita, assada, cozida,
transformada em farinha e como fonte de amido, além de poder ser destinada a alimentação
animal e ainda convertida a álcool.
2.8.1 Alimentação Humana
A batata doce é fonte de suprimento alimentar para populações em áreas de pobreza, por ser rica
em carboidratos e altamente energética. No Perú, a farinha das raízes tuberosas e as folhas da
batata doce são usadas na fabricação de multimisturas visando o combate a desnutrição infantil
(SOARES et al., 2002).
As raízes tuberosas podem ser utilizadas in natural, cozidas, fritas e assadas, bem como
utilizadas para a produção de doces, biscoitos e bolos, podendo ainda ser industrializadas e
utilizadas para a produção de farinha, açucares e xaropes. Devido ao elevado teor de protéicos
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(23 a 25% em massa seca) e valor nutritivo das folhas e pecíolos frescos, estes também são
consumidos como qualquer outra hortaliça de folha em saladas ou cozidas com bons resultados.
Além disso, as raízes tuberosas podem ser utilizadas tanto em indústria têxteis, de colas e para
produção de álcool, como também utilizadas para a produção de corantes naturais, sendo que
nesse caso as mais usadas são as plantas de polpa alaranjada ou roxa (FOLQUER, 1978;
CHALFANT, et al., 1990)
O amido que é a principal substância de reserva da raiz tuberosa da batata doce é utilizado na sua
maioria pela indústria alimentícia, mas o polímero também pode ser usado em muitos processos
industriais, destacando seu uso pelas indústrias químicas e têxteis (LEONEL & CEREDA,
2002).
Outra forma de agregar valor à batata-doce é o uso do processamento mínimo que pode suprir o
mercado de produtos de fácil e rápida utilização como farinhas pré-gelatinizadas, cereais pré-
cozidos. A desidratação osmótica, a secagem a alta temperatura em curto tempo (HTST) também
são alternativas tecnológicas que permitem a industrialização e uma maior exploração da cultura
(LEONEL & CEREDA, 2002).
De acordo com GREENE, (2010) a farinha de batata-doce está sendo bastante utilizada
atualmente, principalmente a farinha feita a partir de cultivares de polpa alaranjada. A
composição centesimal da farinha de batata-doce é semelhante à de mandioca que é amplamente
utilizado no Brasil. O processo de produção de farinha de batata-doce é simples e de baixo custo,
o que pode ser útil para a agricultura familiar. Mais uma das finalidades da batata-doce é em
dietas de baixo custo para combate á desnutrição infantil.
2.8.2 Alimentação Animal
A batata-doce pode ser utilizada na alimentação de várias espécies de animais, como suínos,
bovinos, aves, coelhos e peixes. Em países como a China, Vietnã, Indonésia, Filipinas Papua
Nova- Guine e Uganda é muito comum a prática da alimentação de animais com a batata doce
(PETERS et al., 2011). Na alimentação animal podem ser utilizadas raízes, ramas, folhas e
brotos.
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As raízes utilizadas são aquelas fora de padrão comercial, deformadas ou defeituosas, na forma
de raspas integrais, farinha de raspas, e farelo de fécula. São utilizadas essencialmente como
fonte de energia, pois o teor de proteína destas é baixo (PETERS et al., 2005).
As ramas de batata doce podem ser utilizadas in natural ou na forma de silagem (MIRINDA et
al., 1995). O processo de ensilagem reduz o nível de inibidor de tripsina e permite o
armazenamento do material por até cinco meses com condições de anaerobiose. Estudos recentes
verificaram que silagem de raízes cruas de batata-doce promoveu ganho do peso em suínos igual
ao ganho promovido pelas raízes cozidas, com a vantagem de eliminar o cozimento,
economizando mão-de-obra e capital (PETERS et al., 2005) e que o fornecimento de raízes e
ramas de batata-doce na forma de silagem teve maior incremento de massa seca e proteína em
relação ao material fresco também para suínos (ZUOHUA et al., 2004).
2.8.3 Produção de álcool
A utilização dos “combustíveis limpos”, não derivados de petróleo e fontes de minerais, pode
impulsionar a produção de álcool a partir de batata doce no Brasil (ABAM, 2007).
Para a produção do álcool a partir de batata doce é desejada não só pela larga possibilidade de
cultivo deste produto no território brasileiro, mas também pela diversificação das fontes de
matéria prima para a produção de álcool no país. Essa diversificação de matriz bioenergética é
também uma oportunidade de emprego e geração de renda, oferecendo mais opções para as
diferentes realidades do país, principalmente a agricultura familiar (SILVEIRA, 2007).
2.9 Composição da Matéria seca nas Raízes da Batata Doce
Como todas as raízes e tubérculos, em geral, a batata doce tem maior teor de humidade que por
consequência apresenta um teor de matéria seca relativamente baixo. O teor médio de matéria
seca nas raízes de reserva é de aproximadamente 30%, mas varia dependendo de factores tais
como cultivar, clima, comprimento de dia, tipo de solo, inscidência de pragas e doenças e as
práticas de cultivo (BRADBURY, et al., 1988).
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A composição média da matéria seca nas raízes da batata doce é mostrada na tabela 2. Na prática
a composição é extremamente variável e a concentração de cada componente depende dos
mesmos fatores que influenciam o conteúdo da matéria seca.
Tabela 2: Composição media de matéria seca nas raízes da batata doce
Constituintes % na matéria seca da raiz
Valor médio Intervalo
Amido 70 30 -85
Açúcar total 10 5 - 38
Proteína total (N x 6,25) 5 1,2 - 10
Lípidos 1 1 – 2,5
Cinzas 3 0,6 – 4,5
Fibra total (PNA + Lignina)* 10
Vitaminas, ácidos orgânicos e
componentes em concentração
baixas.
<1
*PNA- Polissacarídeos não amídicos calculados por diferença
Fonte: adaptado de WOOLFE (1992).
2.10 Adubações
Segundo SANTOS (2000), citado por JAIME (2005), os adubos são substâncias que afetam a
produção mediante uma acção direta, isto é, proporcionando as culturas uma maior
disponibilidade dos elementos nutritivos que necessitam.
2.10.1 Adubação orgânica
Adubos orgânicos são materiais de origem animal ou vegetal, alguns considerados resíduos ou
dejectos, que têm grande utilização na agricultura orgânica ou ecológica. São recomendados
por sua capacidade de aumentar a fertilidade de solos “pobres”. Sua riqueza nutricional
promove a elevação da actividade biológica do solo (WEINARTNER et al., 2006).
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A matéria orgânica melhora substancialmente a estrutura do solo, aumenta a capacidade de
retenção de água e nutrientes, e facilita a circulação da água e das raízes das plantas (GRADE
& GARDE, 1977).
2.10.2 Vantagem da adubação orgânica
Segundo LOURENÇO & MEDRADO (1998) a vantagem da adubação orgânica é:
Aumenta o teor de matéria orgânica no solo;
Melhora a estrutura do solo;
Aumenta a capacidade de retênção de água e sua disponibilidade para as plantas;
Aumenta a infiltração das águas da chuva e diminui a enxurrada;
Diminui a compactação, promove maior aeração e enraizamento das plantas;
Melhora a qualidade de ar e solo;
Fornece nutrientes essenciais como N, P, K e micronutrientes;
Melhora o enraizamento das plantas;
Aumenta a actividade microbiana do solo.
2.10.3 Esterco
Estrumes são excreções de animais misturadas com as camas (palha) dos mesmos animais
(FREIRE, 2004).
Segundo WEINARTNER et al., (2006) o esterco é a fonte de matéria orgânica mais lembrada
quando se fala em adubos orgânicos. É um dos recursos naturais que o agricultor tem a sua
disposição e a sua utilização deve ser a mais optimizada possível.
Os estercos possuem características próprias, dependendo do tipo de animal e mesmo oriundo
da mesma espécie animal se diferencia conforme a idade, alimentação e maneio.
Independente da origem do dejecto, este deverá passar por um processo de fermentação para
que possa ser utilizado. A fermentação elimina alguns organismos indesejáveis para a saúde
humana. O esterco fresco pode também queimar a planta.
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2.10.4 Esterco de aves
Segundo FREIRE (2004), estercos de aves são muito ricos em nitrogênio, este tipo de esterco
é aplicado normalmente junto com a maravalha (cama) que é colocada para acomodar os
frangos em aviários. Este material quando bem curtido, apresenta-se bem farelado, escuro e
frio sem excesso de amônia. A madeira da maravalha se decompõe quase totalmente devido a
grande quantidade de nitrogênio de esterco. Nem sempre este insumo esta disponível ao
agricultor e deve-se ter cuidado quanto a origem da madeira que compõe a cama.
2.11 Limitação de Produção de Batata doce
A planta da batata doce é conhecida pela rusticidade, sendo possível cultiva-la sem aplicação de
agro-químicos. Apesar de ser bastante rústica, a batata doce é susceptível a um grande número de
doenças causadas por fungos, vírus, nemátodos bem como ao ataque de númerosas pragas
(HUANG et al., 1986). Em condições favoráveis para a ocorrência de pragas e doenças,
recomenda-se inspecionar periodicamente as plantas no viveiro e procedendo ao devido controle.
As pragas constituem um dos principais constrangimentos da produção de batata-doce, sendo as
mais frequentes o rato do campo (Praomy natalensis), gorgulho pequeno (Cylas formicarius,
Cylas punticollis), nematódos de galha (Meloidogyne spp.) e gorgulho grande (Alcidoles spp.)
(MIRANDA et al., 1987).
Na cultura da batata doce plantada de porte rastejante, as ervas daninhas apenas são problema na
fase inicial da cultura, antes desta recobrir o terreno o que acontece entre a 3a a 8a semana
(SEGEREN et al., 1994). As espécies mais importantes são as gramíneas tais como: Eleusina
indica, Panicum maximum, Sorghum arundinaceu, e algumas ervas de folha larga de grande
estatura como, por exemplo, a Partheniumhy steophorus, Argemone mexicana, Xanthium
strumarium e Chenopodium spp.
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2.12 Colheita
A colheita é feita manualmente com enxada. Na colheita da batata-doce, deve-se evitar o corte
ou danificação das raízes tuberosas para maior aproveitamento da polpa.
Rachaduras no solo indicam quando as raízes tuberosas são grandes. A batata-doce pode ser
colhida aos poucos removendo raízes grandes, e deixando as raízes pequenas para continuarem a
crescer. A cultura inteira pode também ser colhida de uma única vez. Danos e feridas,
provocadas pelo gorgulho, na colheita podem levar a rápidas perdas pós-colheita devido à
podridão. Remoção das ramas uma ou duas semanas antes da colheita pode contribuir para a
“cura” das raízes tuberosas, e reduzir os danos na colheita e posterior apodrecimento (HELEN,
s/d).
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CAPITULO III: METODOLOGIA
3.1Caracterização do Local
O Experimento foi conduzido no distrito de Vilanculos, no campus da ESUDER, sob as
coordenadas geográficas 0350 16’ 14.8’’E e 21059’30.6’’S, e teve como período Outubro de 2014
a Março de 2015.
3.1.1 Localização da área de estudo
O distrito de Vilanculos situa se a Norte da província de Inhambane, tendo como limite a Norte
com o distrito de Inhassouro, a Sul com o distrito de Massinga, Oeste com o distrito de
Funhalouro e Mabote e a Este com o Oceano Indico.
A superfície do distrito é de 5.867 km2 e tem uma população estimada em cerca de 138.340
habitantes, o distrito de Vilanculos tem uma densidade populacional de 23.6 hab/km2 (MAE,
2005).
O clima é denominado por zonas do tipo tropical seco, no interior, e húmido, à medida que
caminha para a costa, com duas estações: a quente ou chuvosa que vai de Outubro a Março e a
fresca ou seca de Abril a Setembro (MAE, 2005).
A zona litoral, com solos acidentados e permeáveis, é favorável para a agricultura e pecuária,
apresentando temperaturas médias entre os 180C a 330C e uma precipitação média anual na
época chuvosa (Outubro a Março) de 1500 mm, com maior incidência nos meses de Fevereiro a
Março (MAE, 2005).
A zona interior do distrito apresenta solos franco-arenosos e areno- argilosos e uma precipitação
media anual de 1000 a 1200mm, acompanhado por temperaturas elevadas de 29-350C (MAE,
2005).
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3.2 Materiais
Os equipamentos usados para a realização do experimento foram os seguintes:
Variedades em estudos: ‘Local’ (polpa branca), ‘Cordner’(polpa alaranjada) e ‘Jonathan’
(polpa alaranjada) Adubo: Esterco de aves curtido
Instrumentos de trabalho: enxada de cabo curto, balança, fita métrica, regadores, ancinho,
carinha de mão, linha, catana, caderno de anotações, caneta, máquina calculadora, balde de 15L,
placas e estacas.
3.2.1 Descrição das variedades em estudo
As características morfológicas das variedades Local (polpa branca), Cordner (polpa alaranjada)
e Jonathan (polpa alaranjada) foram determinadas através de observações visuais do material de
campo.
- Local: suas folhas apresentam ponta de lâmina aguda de base reniforme, limbo irregularmente
partido e inserção do pecíolo levemente púrpura, porte semi ramador, com comprimento de 9 a
12 cm e largura de 7 a 10 cm. Suas raízes possuem película externa branca, córtex branco e polpa
branca. As raízes são de formato fusiforme, com boa uniformidade e óptimo aspecto comercial.
É uma cultura de ciclo médio podendo ser colhida de 150 a 180 dias (Fig.1).
- Cordner: as plantas apresentam folhas grandes, medindo de 11 a 15 cm de comprimento e de 13
a 17 cm de largura na parte, mas dilatada, cordiforme, pecíolo longo de coloração verde e o
ponto de inserção do pecíolo com o limbo apresenta cor púrpura. Apresenta raízes com película
externa roxa, fusiforme alongado, boa uniformidade e óptimo aspecto comercial, córtex laranja e
polpa laranja. É uma cultivar de ciclo curto (Fig.1).
- Jonathan: suas folhas apresentam limbo verde, base cordiforme e ponta acuminada,
comprimento de 8,5 a 9,5 cm e largura de 18 a 11 cm, caule e pecíolo verde, com folhas do ápice
arroxeada e a inserção do limbo com o pecíolo e nervura verde. Suas raízes possuem película
externa creme, córtex e polpa laranja. As raízes são de formato fusíforme alongado, boa
uniformidade e óptimo aspecto comercial. É uma cultivar de ciclo precoce (Fig.1).
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Local Jonathan Cordner
Figura 1: Características morfológicas de variedades de batata-doce utilizadas no experimento.
3.3 Métodos
3.3.1 Delineamento Experimental
O delineamento utilizado foi o DCC (delineamento completamente casualizado) com três
tratamentos (variedades) e três repetições. As nove parcelas, ou unidades experimentais, tinham
dimensões de 3,90 m * 2,90 m. Cada unidade experimental foi composto por dois camalhões de
0,30 m de altura e de 1 m de largura dispostos no sentido de comprimento da parcela. As
variedades estudadas foram Local, Cordner e Jonathan. Cada variedade foi plantada numa linha
simples nos topos de ambos os camalhões de uma unidade experimental (ver o layout no
apêndice I). A distância entre as plantas numa linha foi de 0,30 m. Duas linhas de 12 plantas
deram 24 plantas por unidade experimental não houve efeito bordadura.
3.4 Condução do Ensaio
3.4.1 Preparação do Solo
Para a preparação do terreno foi feita uma aração com o auxilio de uma enxada, para deixar o
solo em condições adequadas para a plantação da cultura, e ancinho para nivelar a área e ajudar a
levantar os camalhões.
A medição de camalhões foi feita com o auxilio da fita métrica, estacas que teve a função de
separar uma variedade da outra.
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3.4.2 Armação de camalhões
O terreno foi disposto em camalhões de 1,0 m de largura na base, deixando para o corredor 0,90
m entre camalhões de 0,30 m de altura dentro da parcela, e uma senda de 1m de largura entre as
parcelas para facilitar tanto a drenagem do excesso de água das chuvas ou da rega, nos tratos
culturais e na colheita.
3.4.3 Adubação
Para a adubação foi usado o estrume de aves curtido, que foi incorporado no solo 30 kg em toda
área experimental (2336 kg/ha) e seguidamente misturado com a areia do terreno para facilitar a
sua estabilidade. Após a mistura do solo com o adubo foi feita uma rega.
3.4.4 Colecta das ramas
A procura das ramas consistiu na identificação das variedades da batata-doce, onde foram
seleccionadas e colhidas com ajuda duma faca na baixa de Matadouro um dia antes da plantação.
Para a conservação das ramas foram cortadas unidades de 30 cm de comprimento e colocadas em
sacos plásticos contendo água para manter as folhas vivas para o momento da sua plantação no
solo.
3.4.5 Plantação das ramas
A plantação foi executada no dia 11 de Outubro de 2014 no solo molhado por rega. As ramas
foram plantadas uma por covacho verticalmente, cobertas por solo por um terço da parte do
comprimento. Após a plantação foi executado mais uma rega.
3.4.6 Tratos culturais
Durante o estabelecimento da cultura no solo foram efectuadas uma monda e duas sachas que
consistia na retirada das ervas daninhas com o auxílio de enxada e duas amontoas para cobrir o
solo, prevenindo deste modo na redução de produção provocada pelo ataque de pragas e doenças
devido à exposição do tubérculo.
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3.4.6.1 Rega
As regas eram feitas quatro vezes por semana durante os primeiros 20 dias, tempo em que a
cultura necessitou de muita água para se estabelecer no solo. Dos 20 a 40 dias a rega foi feita três
vezes por semana e à medida que o tempo foi passando a rega foi reduzindo, sendo feito duas
vezes em cada semana consoante as necessidades da cultura até que se cessou uma semana antes
para facilitar a colheita.
3.5 Colheita
Uma semana antes da colheita foi feita a última rega para facilitar a colheita deixando o solo
afofado. A colheita foi realizada no dia 21 de Março de 2015, o que significa 160 dias após a
plantação. Antes de se efectuar a colheita fez-se a última medição das ramas tendo sido a
primeira nos primeiros dois meses após a plantação. A colheita foi feita de forma manual com o
auxílio de uma enxada. Seguida a colheita foram colhidos os dados referentes ao ensaio.
3.6 Parâmetros Medidos
3.6.1 Percentagem de Pegamento
Para a obtenção da percentagem de pegamento foi feita a contagem de todas as ramas das mudas
sobreviventes por cada variedade de batata doce na área útil 2 meses após o plantio. E com o
auxilio da seguinte expressão foi determinada a percentagem de pegamento.
Fórmula 1:
% de Pegamento= � ����
���× 100 Onde:
Stand- Número de plantas sobreviventes na área útil
Npt- Número de plantas plantadas na área útil
3.6.2 Comprimento das ramas
Seguida a contagem das ramas sobreviventes, efetuou- se dois eventos de medição do
comprimento de cada rama nomeadamente no dia 18 de dezembro (60 dias após a plantação) e
10 de Março (150 dias após a plantação) na área útil com o auxilio de uma fita métrica. Foi
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registrado o somatório de comprimentos de todas as ramas por parcela (ver apêndice xviii e xix,
dados brutos).
3.6.3 Rendimento das Raízes Frescas
Na altura da colheita as raízes de cada parcela foram separadas em comerciais (sem danos) e não
comerciais (com danos) e pesadas com o auxilio de uma balança. A partir dos pesos foram
calculados o rendimento comercial, não comercial e total das raízes usando a seguinte expressão:
Fórmula 2:
Rendimento (t/ha) =��
� x 10 Onde:
Pa- Peso de raízes(kg) na área útil
A - Área útil (m2)
3.7 Análise estatística de dados
Após o termino da recolha de dados, utilizou-se para a análise de dados o software estatístico
ASSISTAT Versão 7.7 beta (2016). A análise de variância (ANOVA) foi feito para os seguintes
variáveis: percentagem de pegamento, comprimento das ramas por talhão, peso total dos
tubérculos por talhão, peso comercial por talhão, peso não-comercial por talhão e peso de
tubérculos por planta. Seguidamente foi executado o teste de médias se for relevante. Para a
obtenção dos gráficos usou-se o Microsoft Excel.
Para o teste das médias usou-se o teste de médias de Tukey a um nível de significância de 5%.
Tendo em conta que as medias de mesmas letras não diferem entre si a um nível de confiança de
5%.
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3.8 Constrangimentos
Ao decorrer do ensaio deparamos com varios constragimentos é o exemplo de agua de rega que
por varias vezes nos vimos a voltar sem nem sequer ter efectuada a rega por essa não sair ou por
vezes sermos proibidos de o fazer pelos chineses responsaveis pelas obras de construção de
campus da ESUDER o que prejudicou o desenvolvimento das plantas.
A falta de material bibliografico constituiu tambem um factor limitante para a elaboração deste
trabalho.
A proibição do uso do material que o campus disponibilizava para o uso exclusivo dos
estudantes como as luvas, fitametrica, balança eléctrica pela parte dos chineses prejudicou de
forma significativa para o resultado final do ensaio.
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CAPITULO IV: RESULTADOS E DISCUSSÕES
A tabela 2 mostra um resumo das análises de variância executadas. As tabelas de ANOVA que
serviram de base deste resumo pode-se encontrar nos apêndices VI,VII,VIII,IX,X,XI e XII.
Tabela no 2: Resumo das Análises de variância para as variáveis estudadas.
Variavel Significancia CV%
Percentagem de pegamento após 2 meses * 17,86
Comprimento total de ramas após 2 meses (cm) ns 20,93
Comprimento total de ramas após 5 meses (cm) * 20,11
Peso médio de todos tubérculos por parcela (kg) ns 35,16
Peso medio de tubérculos comerciáveis por parcela (kg) ns 35,63
Peso médio de tubérculos não-comerciáveis por parcela
(kg)
ns 44,67
Peso médio de tubérculos por planta (kg) ns 39,65
4.1 Percentagem de Pegamento
De acordo com a ANOVA elaborada para a percentagem de pegamento, os resultados
demostram que existe efeito significtivo (0.01=< p < 0.05) aceitando-se a hipótese alternativa.
O coeficiente de variação foi de 17,86% o que significa que existe boa precisão experimental.
Aplicando o teste de Tukey a um nivel de 5% de significância verificou-se que as variedades de
Local e Cordner mostraram-se ter maior percentagem de pegamento aos 2 meses tendo 91,66% e
74,33% respectivamente e com menor valor encontramos a variedade Jonathan com 42,22%,
como ilustra a figura 4. Facto este que pode ser explicado pela morte das ramas do ensaio em
conformidade com a época de ensaio, visto que em Moçambique a época frequente de plantio da
batata doce tem sido de Janeiro a Março, factores que não apenas as variedades e adubação
afectaram o ensaio, não fazendo parte deste ensaio, como por exemplo a precipitação e a rega.
Esta diferença de percentagem de pegamento, pode ser explicado também pelo facto do solo
usado para a alocação do ensaio ter sido virgem (não ter sido anteriorimente usado no cultivo de
uma outra cultura recentimente). E sendo a variedade de polpa branca a que maior percentagem
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de pegamento apresentou por ter se adaptado melhor as condições do solo.
Segundo RAMIREZ (1991) é importante ter o solo hú
bom pegamento. O solo deve tamb
120 dias). A temperatura é também considerada o fa
Figura 4: Percentagem de pegamento
Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta
sensibilidade, este factor se torna limitante no desenvolvimento e e
Ele é responsavel pela reactivação
sobrevivência ( MARCOS FILHO, 2005).
4.2 Comprimento de Rama após 2 e 5 Meses R
Os resultados obtidos na ANOVA (Tabela n
(p ≥ 0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para
as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.
E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença
significativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).
Fazendo uma análise de forma independente observou
meses apresentou um coeficiênte de variação de 20,93%. Não foi submetido a
0
20
40
60
80
100
Cordner Local Jonathan
% de Pegamento após 2 meses
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apresentou por ter se adaptado melhor as condições do solo.
1991) é importante ter o solo húmido durante a plantação para gara
bom pegamento. O solo deve também ser mantido húmido durante o periodo de crescimento (60
120 dias). A temperatura é também considerada o factor de maior influência sobre o pegamento.
4: Percentagem de pegamento
Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta
sensibilidade, este factor se torna limitante no desenvolvimento e estabelecimento das culturas.
é responsavel pela reactivação do metabolismo e por outras etapas envolvidas no processo de
sobrevivência ( MARCOS FILHO, 2005).
4.2 Comprimento de Rama após 2 e 5 Meses Respectivamente
Os resultados obtidos na ANOVA (Tabela n0 2) mostraram-se não haver diferença significativa
0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para
as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.
E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença
nificativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).
lise de forma independente observou-se que o comprimento de rama após o
nte de variação de 20,93%. Não foi submetido ao teste de
Jonathan
% de Pegamento após 2 meses
% de sobrevivencia apos 2 meses
doce (Ipomoea batatas L.) cultivado no sistema
Página 26
mido durante a plantação para garantir o
mido durante o periodo de crescimento (60-
tor de maior influência sobre o pegamento.
Considerando que o pegamento é uma das fases mais afetadas pelo defice hídrico devido sua alta
stabelecimento das culturas.
do metabolismo e por outras etapas envolvidas no processo de
se não haver diferença significativa
0,05) para a medição do comprimento das ramas por parcela após 2 meses de plantio para
as variedades da batata doce. A figura 5 mostra os comprimentos das três variedades.
E a ANOVA dos comprimentos das ramas apòs 5 meses demonstrou haver diferença
nificativa para as variedades (tabela 2), aceitando assim a Ha (hipotese alternativa).
se que o comprimento de rama após os 2
o teste de
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comparação da médias devido a nulidade do efeito de tratamento, conforme mostra a figura 5.
Fig.5: Comprimento de rama após 5 meses
Este era um comportamento esperado, uma vez que a cultura ainda se encontrava num estágio de
estabelecimento no solo, tendo em conta que um melhor desenvolvimento da raiz reflete de
maneira positiva na parte aérea. De acordo com FREDDI et al., (2008), o crescimento e
desenvolvimento do sistema radicular e consequentemente da parte aérea estão associados as
boas condições fisicas do solo.
Caso esse que se difere em relação ao comprimento de rama após 5 meses que mostrou haver
diferença significativa entre as variedades. De acordo com o teste de médias a variedade Local
apresentou maior comprimento de rama com uma média de 2789.3cm e coeficiente de variação
de 20,11%.
Segundo EMBRAPA (1995), a época de plantio mais favorável para o desenvolvimento de
plantas de batata doce na região Sudoeste compreende os meses de novembro, dezembro e
janeiro, periodo na qual a cultura foi implatada no solo.
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Cordner Jonathan Local
Comprimento de rama apos 5 meses (cm)
Comprimento de rama apos 5 meses (cm)
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4.3 Peso Médio de Todos os Tubérculos (kg por talhão)
Segundo os dados ilustrados na tabela 2 (ANOVA) elaborados para o peso médio de todas as
raizes de reserva demonstram não haver diferença significativa (p ≥ 0,05). A média do peso
médio de todas as raizes é de 3,5kg por talhão.
Não foram observados efeitos significativos no peso médio de todos tubérculos, portanto não foi
necessária a submissão dos dados a um teste de comparação das médias. O coeficiente de
Variação de 35,63%. O ensaio apresentou um coeficiente de variação alto e uma precisão baixa.
Os baixos rendimentos registados na variedade Jonathan podem ter sido influenciados pela época
de plantação, aliada a baixa precipitação registada durante os meses de Novembro de 2014 a
Março de 2015 e a baixa percentagem de pegamento da variedade em relação as outras.
Apesar de não se observar diferença significativo o BARBOSA (2005), SANTOS et al. (2006) e
SANTOS et al. (2009) relatam que a adubação com fontes orgânicos no cultivo da batata doce
traduz-as no aumento da produção de raízes.
Resultados semelhantes foram encontrados por AZEVEDO et al. (2000) que obtiveram
produtividade total de raizes entre 33,5 t/ha-1 com o clone 92676. Um estudo feito por
MIRANDA (2006), avaliando clones de batata doce, obteve produtividade de raizes de 25t ha-1
com a cultivar Brazlandia Rosada, em ciclo de 5 meses.
.
4.4 Peso Médio Comércial dos Tubérculos (kg/talhão)
De acordo com os resultados obtidos na tabela 2 de dados ANOVA mostraram-se não haver
diferença significativa (p ≥ 0,05) para a produção comercial das variedades da batata doce. A
média geral do peso médio comercial foi de 3,02 e o coeficiente de variação de 35,16% , o que
implica que tem maior grau em termos de precisão.
Não foram feitos testes de médias devido a nulidade do efeito de tratamento. Aspecto este que
pode ser explicado pela melhor resposta que a variedade teve em relação a adubação que
contribuiu para a defesa das plantas, pois permitiu que as plantas crescessem mais resistentes e
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fortes, restaurando ainda o ciclo biológico natural do solo, fazendo com que se reduzam de
maneira significativa as infestações de pragas.
Alguns exemplos podem ser citados para a produção total e comercial da batata doce, é o caso da
população de plantas na parcela ou densidade de plantio, a adaptabilidade dos acessos em
determinada região de cultivo, os métodos de plantio, a forma de inserção das raizes o que
determina o grau de dificuldades na colheita, a ocorrência de defeitos na pele, a resistência a
insecto-praga, entre outras (AZEVEDO et al., 2000; SOUZA, 2000; DAROS & AMARAL
JUNIOR, 2000).
Resultados semelhantes foram encontrados por AZEVEDO et al. (2000) avaliando clones de
batata doce não encontraram diferença significativa entre clones para esta caracteristica, sendo a
média encontrada de 0,188kg. Média essa que é inferior em relação a média encontrada no
experimento.
4.5 Peso Médio Não-Comercial dos Tubérculos (kg por talhão)
Com base nos resultados obtidos na ANOVA (Tabela n0 2) mostraram-se não haver diferença
significativa (p ≥ 0,05) para a produção medio não-comercial para as variedades da batata doce,
aceitando a Ho (hipotese nula).
O coeficiente de variação 40,78% é muito alto e a precisão é baixa. Não foram feitos os testes de
médias devido a nulidade do efeito de tratamento. Facto este que é explicado pelos seguintes
factores; deformação fisiológica do tubérculo, tamanho reduzido do tubérculo e ataque de pragas.
CARDOSO et al., (2005), obteve resultados onde também não houve diferença significativa
entre os clones de batata doce em relação à resistência aos insectos de solo.
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4.6 Peso Médio de Tubérculos por Planta (kg)
Para o peso do tubérculo por planta os dados de análise da variância (tabela 2) feita (p<0,05),
verificou-se não haver diferença significativo para as variedades de batata doce.
O experimento apresentou uma média de 0,22kg do peso médio dos tubérculos por planta.
Não foram feitas testes de média devido a nulidade do efeito de tratamento.
O experimento apresenta um coeficiente de variação de 39,65%, o que significa que o CV é alto
e a precisão baixa. O que pode ser explicado pela morte das plantas durante o estágio da cultura e
pelo menor número de raizes por planta obtidos durante a colheita. Facto este que é defendido
por (OPEÑA E SUN, 1988) que diz que o número de raizes por planta é um factor bastante
importante e usado pelos melhoradores de raízes e tubérculos para prever o rendimento.
De acordo com o programa feita pela AFRICARE - MEFSI em coordenação com MINAG , com
vista a promover a produção de batata-doce de polpa alaranjada “OFSP” nas comunidades alvos
em que sofreram efeitos de seca, tiveram resultados semelhantes que a variedade Cordner obteve
maior valor em todos distritos em relação a outras variedades.
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CAPITULO V: CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES
5.1 Conclusões
Nas condições em que o ensaio foi feito foi possível concluir que:
Houve um efeito significativo para a percentagem de pegamento durante os primeiros 2meses
tendo a variedade Local se apresentado com o maior valor com uma média geral de 91,66%
na área experimental.
Para o comprimento de rama não houve um efeito significativa para a primeira medição
(após 2 meses) se observando que a variedade Local e a Cordner se mostraram com maior
valor de comprimento 1122,33cm e 870,67cm respectivamente. Resultado que se difere
quando comparado com a medição de comprimento de rama após 5 meses, que indica haver
diferença significativa entre as variedades de batata doce, tendo a variedade Local se
destacado com o maior valor de comprimento de rama com uma média de cerca de
2789.3cm.
Não houve efeito significativo para a produção total de tubérculos entre as variedades e a
média geral do ensaio foi de 3,5kg/talhão.
O peso comercial e produção não-comercial de tubérculos mostraram-se não haver um efeito
significativo.
Não foram encontradas diferenças significativas entre os pesos médios de tubérculos por
planta das três variedades.
Durante o estudo constactou-se que a variedade Cordner destacou-se na maioria dos
parâmetros estudados são eles produção médio do tubérculo, produção não-comercial, e
produção médio do tubérculo por planta porém as diferenças não foram significativas.
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5.2 Recomendações
Aos Agricultores
Não havendo encontrado diferenças significativas na produção dos tubérculos entre as
variedades, recomenda se provisoriamente o uso das variedades alaranjadas.
O uso de adubos orgânicos (esterco de aves) no cultivo de batata doce como forma de
aumentar a produtividade, com baixo custo.
O cultivo de variedade Cordner e Local (branca) na época quente, conforme a época de
ensaio.
Aos Investigadores
Visto a grande variabilidade encontrada entre pesos do mesmo tratamento, (valores de CV
acima de 35%) e os baixos rendimentos deste ensaio recomenda se repetir em outras
condições adversas a que esse foi submetido.
Que ensaios deste gênero se repitam em épocas frescas como quentes.
Que sejam feitos pesquisas do gênero em diversas zonas agro-ecológicas do País, analisando
comparativamente o rendimento de variedades de batata doce no cultivo orgânico.
São necessárias pesquisas neste segmento, principalmente ensaios contínuos
permanentemente para melhor comparar o rendimento de variedades de batata doce cultivado
no sistema orgânico com esterco de aves.
Na prática de pequenos camponeses ocorre frequentemente desfolhagem durante o
crescimento da cultura para o consumo famíliar. Pode-se investigar o efeito de desfolhagem
parcial sobre o crescimento das raízes.
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Hermann, M. (Ed). Sweet potato post-harvest research and development in China. Bogor:
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I
Apêndice I: Layout do Campo Experimental 0.9 m 1.0 m
3.9 m 12m 3.9m 3.9 m Apêndice II: Desenho da Unidade Experimental
3.9 m
0.3m
0.1m 0.9m
II
Apêndice III: Leitura do Esquema
a) Legenda:
Comprimento do ensaio: 12 m
Largura do ensaio: 10.7 m
Comprimento da Unidade Experimental: 3.9 m
Largura da unidade experimental: 1 m
Separação entre variedades dentro do camalhão: 0.1 m
Distância entre camalhões dentro da parcela: 0.9 m
Distância entre parcelas: 1.0 m
Área total de ensaio: (12 m x 10.7 m) = 128.4 m2
Área por unidade experimental: (3.9 m x1 m) = 3.9 m2
b) Planta:
Compasso de plantação: 0.3 m
N0 de plantas porcamalhão dentro da parcela: 12
N0 de plantas dentro da parcela: 24
N0 total de plantas por variedade: 72
N0 total das plantas no ensaio: 216
Apêndice IV: Variedades
Apêndice V: Legenda de ANOVA * - Significativo ao nível de 5% de probabilidade (0,01 ≤ p < 0,05) ns - não significativo (p ≥ 0,05) Fc- Factor calculado CV- Coeficiente de Variação
Representação a cores Descrição das variedades Cordner Cordner Branca Branca Jonathan J onathan
V3 Cordner
V2 Local
V1 Jonathan
III
Apêndice VI: ANOVA de percentagem de pegamento
FC GL SQ QM FC P
Tratamentos 2 2997,09262 1498,54631 9,3603* 0,0143
Resíduos 6 960,57413 160,09569
Total 8 3957,66676
ApêndiceVII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 2 meses apos a plantação
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,04080 0,02040 3,4019ns 0,1029
Resíduos 6 0,03598 0,00600
Total 8 0,07679
ApêndiceVIII: ANOVA de medição de comprimento de rama dos 5 meses apos a plantação
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,21330 0,10665 4,2274ns 0,0715
Resíduos 6 0,15137 0,02523
Total 8 0,36467
IV
Apêndice IX: ANOVA de Peso comercial
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,01948 0,00974 1,7509 ns 0,2518
Resíduos 6 0,03338 0,00556
Total 8 0,05286
Apêndice X: ANOVA de Peso não comercial
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,00055 0,00027 2,2101ns 0,1909
Resíduos 6 0,00074 0,00012
Total 8 0,00219
Apêndice XI: ANOVA de Peso Total
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,03113 0,01556 1,6648 ns 0,266
Resíduos 6 0,05609 0,00935
Total 8 0,08722
V
Apendice XII: Peso total por planta
FC GL SQ
QM FC P
Tratamentos 2 0,02521 0,01260 1,7108 ns 0,2583
Resíduos 6 0,04420 0,00737
Total 8 0,06941
Apêndice XIII: Cronograma de atividades Data Atividades 22 de Setembro de 2014 Identificação da área de estudo 23 de Setembro de 2014 24 de Setembro de 2014
Preparação do solo
29 de Setembro de2014 30 de Setembro de 2014
Demarcação da área
01 de Outubro de 2014 Levantamento dos camalhões 02 de Outubro de 2014 Rega 06 de Outubro de 2014 Adubação e Rega 10 de Outubro de 2014 Coleta das ramas 11 de Outubro de 2014 Plantação das ramas e rega 20 de Outubro de 2014 Replantação 11 de Novembro de 2014 Monda 13 de Dezembro de 2014 Amontoa e Rega 18 de Dezembro de 2014 30 de Janeiro de 2015
Medição do coprimento de rama Rega
15 de Fevereiro de 1015 Sacha 10 de Março de 2015 Medição de comprimento de rama 21 de Março de 2015 Colheita
23 de Março de 2015 Pesagem
VII
Apêndice XVI: Maturação e Inflorescência da batata doce
Apêndice XVII:Batata apos a colheita e Pesagem Variedade cordner
IX
Apêndice XIX: Dados brutos de comprimento de rama (cm) 2meses após o plantio
Local Cordner Jonathan
Planta Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3
1 30 150 30 45 40 m 100 50 30
2 30 30 30 30 60 m m 45 30
3 30 50 85 40 85 60 40 m 40
4 40 65 70 50 65 100 m m m
5 40 70 m 60 60 50 40 115 120
6 30 80 32 30 55 40 115 m m
7 40 60 60 30 30 70 30 m m
8 30 30 50 30 80 30 120 130 62
9 30 60 80 30 60 75 30 40 m
10 60 65 47 55 m m m 110 m
11 55 40 40 60 m 70 m m m
12 40 m 45 40 m 50 m m m
13 40 70 m 80 m m 30 m m
14 85 90 m 36 30 m m m m
15 m 80 50 m 80 m m m m
16 50 40 m m 50 30 m m m
17 70 30 30 46 m 30 40 110 70
18 100 30 37 30 30 40 30 m 50
19 40 40 50 60 30 30 80 m m
20 60 60 75 40 m 75 40 45 m
21 40 30 60 30 60 m 85 m m
22 30 35 57 m 30 30 60 60 m
23 45 40 35 55 80 m 40 100 m
24 70 42 32 m m 30 55 50 m
Comprim total 1085 1287 995 877 925 810 935 855 402
Plantas vivas 23 23 20 20 17 16 16 11 7
Comprim medio 47.17 55.96 49.75 43.85 54.41 50.63 58.44 77.73 57.43
Comprim total: comprimento total de todas ramas no talhao Plantas vivas: numero de plantas encontradas vivas Comprim media: comprimento medio das ramas por planta m: planta morta
X
Apêndice XX: Dados brutos de comprimento das ramas (cm) 5 meses após o plantio
Local Cordner Jonathan
Planta Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep
1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3
1 56 180 m 100 102 m 224 m 91
2 142 208 160 40 133 m m m 101
3 89 192 220 33 134 35 33 m 142
4 92 92 138 110 140 93 136 m m
5 40 120 130 76 94 m m 269 m
6 140 116 m 66 110 m m m 230
7 54 152 96 56 87 124 180 56 m
8 111 131 193 69 143 m 161 140 m
9 58 128 128 69 170 72 31 30 174
10 180 117 76 127 m 44 182 120 m
11 75 118 110 m m m 88 242 m
12 134 m 121 m m 112 m 160 45
13 161 222 m 111 47 m 124 174 m
14 150 50 m 77 57 m m 155 m
15 m 150 134 m 115 160 m m 84
16 m 109 m 92 100 150 58 m m
17 137 192 61 86 63 m 148 220 m
18 177 212 87 115 43 138 47 m 183
19 212 184 134 85 m 70 88 m 112
20 219 64 152 86 m 143 174 226 m
21 100 144 164 m 112 141 80 m m
22 140 146 133 100 m m 220 m m
23 45 158 111 160 56 m 180 240 113
24 122 140 61 88 170 160 157 44 40
Comprim total 2634 3325 2409 1746 1876 1442 2311 2076 1315
Plantas vivas 22 23 19 20 18 13 18 18 11
comprim medio 119.73 144.57 126.79 87.3 104.22 110.92 128.39m 159.69 119.55
Comprim. total: comprimento total de todas ramas no talhão Plantas vivas: número de plantas encontradas vivas Comprim. media: comprimento médio das ramas por planta m: planta morta
XI
Apêndice XXI:
Dados de pesos de tuberculos (kg) 5 meses apos o plantio
Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3 Rep 1 Rep 2 Rep 3
Peso com 2 3,1 3,4 4,3 6 2,7 1,7 2,3 1,7
Peso nao com 0,5 0,4 0,6 0,7 1 0,3 0,3 0,2 0,3
Peso tot 2,5 3,5 4 5 7 3 2 2,5 2
Plantas vivas 23 23 20 20 17 16 16 11 7
Peso com planta 0.0870 0.1348 0.1700 0.2150 0.3529 0.1688 0.1063 0.2091 0.2429
Peso tot planta 0.1087 0.1522 0.2000 0.2500 0.4118 0.1875 0.1250 0.2273 0.2857
Rend 1768.3466 2740.9372 3006.1892 3801.9452 5305.0398 2387.2679 1503.0946 2033.5986 1503.0946
Peso com: peso de tuberculos comerciaveis por talhao
Peso nao-com: peso de tuberculos nao comerciaveis por talhao
Peso tot: peso total de tuberculos por talhao
Peso com planta: peso medio por planta dos tuberculos comerciaveis
Peso tot planta: peso medio por planta dos tuberculos
Rend: rendimento em termos de tuberculos comerciaveis por hectare
Dimensoes talhoes: 3,90 m X 2,90 m = 11,31 m2
Local Cordner Jonathan