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ESCOLHA NACIONAL

A qualidade da fruta da época

ESCOLHAPORTUGALDióspiros e uvas

Setembro é, por excelência, a época dos dióspiros e das uvas de mesa. As uvas são produzidas no Alentejo e no Ribatejo - onde fomos visitar dois dos nossos produtores, que nos presenteiam com uma gama que vai desde a variedade Cardinal à tradicional Dona Maria. O dióspiro é produzido principalmente no Algarve, entre Olhão e Tavira, onde o produtor Luís Sabbo tem os seus pomares localizados e onde nos recebeu para falar sobre a sua atividade.

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ESCOLHA NACIONAL

Casa Agrícola Dr. Augusto GomesVinhas plantadas com paixão

Proprietário da casa agrícola a que dá o seu nome, Augusto Gomes, que já ultrapassou a bar-reira das oito décadas de vida, é também um co-nhecido médico otorrinolaringologista – foi chefe de serviço no Hospital Curry Cabral, em Lisboa. Mas, como revela, não era essa a sua vontade na juventude. “Foi a minha mãe que me obrigou a seguir medicina. O que eu queria mesmo era ser engenheiro agrónomo, porque era no campo que me sentia verdadeiramente bem. Mas paciência! A família empurrou-me para outro lado, porque achava que ser médico dava mais prestígio so-cial. Diga-se, contudo, que também gostei muito de ser médico”, afiança.Nascido em berço de ouro, herdou do avô algumas terras e a magnífica quinta onde ainda hoje vive,

em Vale Figueira, Santarém. No entanto, não ficou de braços cruzados “a gozar os rendimentos”. Gran-de parte do dinheiro amealhado com a sua ativida-de enquanto médico tem sido reinvestido na com-pra de novas terras para plantar mais vinhas, algo que “é uma verdadeira paixão”.“Felizmente, nunca tive de ir pedir dinheiro em-prestado à banca. A minha independência econó-mica garante-me alguma folga nas preocupações desta atividade”, que mais não é “que um grande amor ao campo e às artes da lavoura”.Atualmente, Augusto Gomes tem mais de 200 hec-tares de vinha de uva de mesa e de vinho, mas nem assim dá descanso à sua jovial ambição. “Quero comprar mais terras, plantar mais vinhas, experi-mentar novas variedades. Parar é morrer!”

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Manuel Gomes FreixoFrescura à disposição do consumidorA exploração de Manuel Gomes Freixo localiza-se em Casal de Monteira, Arruda dos Vinhos, e cultiva diversas variedades de vinha, nomeadamente Dona Maria, Cardinal e Alphonse Lavallee. O produtor de-cidiu dar início a esta atividade quando, terminado o serviço militar, refletiu nos caminhos pelos quais o seu futuro poderia enveredar. Hoje possui seis hec-tares de vinha e a curta distância que separa a sua exploração da cidade de Lisboa é, indubitavelmente, uma mais-valia para o produto que comercializa: as cerca de cem toneladas de uvas que produz chegam ao consumidor no dia seguinte à sua colheita, o que garante uma frescura ímpar.

Contando com vários elementos da família a aju-dá-lo no negócio, o produtor não hesita em dar em-prego à mão-de-obra local sempre que possível, mas sobretudo na época da colheita, que se inicia em finais de julho e se prolonga até ao fim de se-tembro.Manuel Gomes Freixo foi um dos primeiros a jun-tar-se ao Clube de Produtores Continente e comer-cializa quase em exclusivo para as lojas da insíg-nia. Esta é uma parceria em que a confiança mútua se foi cimentando com o decorrer do tempo e que hoje se traduz numa relação que ultrapassa a ques-tão meramente comercial.

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Luís Sabbo Frutas do AlgarveDiversifi car a produção agrícolaCriada no início da década de 1980, a Luís Sabbo Frutas do Algarve Lda. começou por se dedicar à produção de pêssegos. Com o decorrer dos anos, a empresa foi alvo de uma reestruturação e em 1994 deu início à produção de dióspiros, variedade Roxo Brilhante, hoje a sua princi-pal atividade agrícola. Atualmente, a Luís Sabbo conta já com 20 hectares de exploração, sete deles em plena pro-dução e os restantes em início de produção.Em 2002, esta empresa familiar algarvia decidiu apostar na produção de figos, disponibilizando para isso uma área de três hectares. No ano de 2010, “a conselho do Clube de Produtores Continente”, recorda Luís Miguel Sabbo, foi dado um novo passo quando dois hectares de terreno foram plantados com romãs, com o intuito de ten-tar diversificar o mais possível a produção agrícola.Desde sempre que os responsáveis pela empresa (pri-meiro, Luís Fernando Sabbo e atualmente os herdeiros, Maria Adelaide Sabbo, Luís Miguel Sabbo e Ana Filipa Sabbo) tomaram as suas decisões com o objetivo de di-versificar e procurar produtos agrícolas escassos ou ine-xistentes no mercado, de modo a preencherem lacunas e, com isso, obterem a maior rentabilidade possível. “Esta filosofia tem tido o efeito por nós desejado, permitindo--nos ocupar o nosso lugar no espaço comercial”.A Luís Sabbo Frutas do Algarve Lda. iniciou a atividade com o Continente em 1998, tendo aderido logo ao Clube de Produtores, com o qual “temos mantido desde sempre uma relação comercial muito saudável. O clube tem-nos também ajudado a crescer enquanto empresa, devido às suas elevadas exigências no âmbito do controlo alimen-tar e ambiental”, conclui.

O clube tem-nos também ajudado a crescer enquanto empresa, devido às suas elevadas exigências no âmbito do controlo alimentar e ambiental.

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