espectrometria de massas v1.1.09

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Page 1: Espectrometria de massas v1.1.09

Espectrometria

De

Massas

Versão 1.1.09

Page 2: Espectrometria de massas v1.1.09

2

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................................... 3

1.1 O ESPECTRÔMETRO DE MASSAS ................................................................................................................................ 3

1.1.1 Técnicas de Ionização ................................................................................................................................... 4

1.1.1.1 Impácto de elétrons ............................................................................................................................................. 5

1.1.1.2 Ionização Química ................................................................................................................................................ 6

1.1.2 Analisadores de massa ................................................................................................................................. 7

1.1.2.1 Quadrupolo.......................................................................................................................................................... 7

1.1.3 Detectores de Massa .................................................................................................................................... 9

2 O CROMATOGRAMA DE ÍONS TOTAIS E O ESPECTRO DE MASSAS .......................................................................... 10

2.1 INTERPRETAÇÃO DE ESPECTRO DE MASSAS ................................................................................................................. 13

2.1.1 Procedimento para Interpretação ............................................................................................................... 14

2.1.2 Ferramentas para interpretação de espectros de massas ............................................................................ 14

2.1.2.1 Abundância isotópica ......................................................................................................................................... 15

2.1.2.2 Determinação de Íon Molecular.......................................................................................................................... 16

2.1.2.3 Regra do Nitrogênio ........................................................................................................................................... 16

2.1.2.4 Anéis e dupla ligação .......................................................................................................................................... 17

2.1.2.5 Perdas Lógicas de fragmentos............................................................................................................................. 17

2.1.2.6 Perdas lógicas de moléculas ............................................................................................................................... 18

2.1.2.7 Íons Comuns ...................................................................................................................................................... 18

2.1.3 Guia para normalização das abundâncias ................................................................................................... 18

3 EXEMPLOS DE INTERPRETAÇÃO DE ESPECTROS DE MASSAS .................................................................................. 19

3.1 COMPOSTO DESCONHECIDO X ................................................................................................................................ 19

3.2 COMPOSTO DESCONHECIDO Y ................................................................................................................................ 23

3.3 COMPOSTO DESCONHECIDO Z ................................................................................................................................ 25

4 EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO ........................................................................................................................................ 28

Page 3: Espectrometria de massas v1.1.09

3

1 Introdução

O espectrômetro de massas depende de uma fase de separação dos compostos a serem identificados

antes da admissão no sistema. Esta fase de separação não necessariamente deverá ser um cromatógrafo,

qualquer outra técnica que separe os componentes de uma mistura, pode ser acoplado a um espectrômetro

de massas. O estado da arte da espectrometria de massas atualmente permite acoplá-lo a inúmeros

instrumentos e os avanços crescem de forma exponencial, tanto na química orgânica quanto a inorgânica.

1.1 O espectrômetro de massas

Em 1913, J.J. Thonson demonstrou que o neon de diferentes espécies atômicas (isótopos) tendo peso

atômico de 20 e 22 g/mol. Thonson é considerado o “pai da espectrometria de massa”. Seu trabalho repousa

na descoberta de Goldstein´s (1886) de que íons carregados positivamente podem sofrer deflexão pelos

campos elétrico e magnético.

O espectrômetro de massa é um instrumento que mede a razão massa/carga (m/z) de íons na fase

gasosa e fornece a abundância de cada espécie iônica. Em GC/MS a carga é quase sempre 1, de maneira que a

escala é calibrada em dalton ou unidade de massa atômica. Todos os espectrômetros de massas operam pela

separação dos íons na fase gasosa em um ambiente de baixa pressão através da interação de um campo

elétrico ou magnético com as partículas carregadas. Os espectrômetros de massas mais comuns operam

interfaciados com cromatógrafos gasosos e são classificados de acordo com o método de classificação dos íons

em setor magnético ou quadrupolo.

Figura 1 – Representação esquemática para a espectrômetria de massas.

Page 4: Espectrometria de massas v1.1.09

4

Figura 2 – Representação ilustrada de um espectrômetro de massas acoplado a um CG.

Figura 3 – Espectrômetro de massas acoplado a um cromatógrafo (Agilent).

1.1.1 Técnicas de Ionização

Existem três métodos importantes para a preparação de íons gasosos (I) Volátil, os materiais são

geralmente ionizados por interação de seus vapores com elétrons, íons, ou fortes campos elétricos (II) Um

Page 5: Espectrometria de massas v1.1.09

5

campo elétrico forte também pode ionizar materiais não-voláteis além de, íons não-voláteis e termicamente

estáveis. (III) alternativamente, soluções líquidas do analito podem diretamente serem convertidas em íons de

fase gasosa via técnicas de spray. Método (i) pode só ser aplicados a monômeros ou em conjunto com

métodos de degradação (principalmente pirólise). Métodos (ii) e (iii) estes métodos são para polímeros não

fragmentados.

A produção de íons nos espectrômetros de massas envolve vários fatores. Certos tipos de análises

necessitam de íons em profusão e outros de seletividade. Há casos em que a energia com que se forma o íon

é muito importante. Também, o estado da amostra como visto anteriormente, pode determinar qual o

método a ser usado.

Os métodos mais utilizados em espectrometria de massas são: Ionização por elétrons ou impacto de

elétrons (EI); Ionização Química (CI); Ionização por radiação laser; Ionização por campo elétrico; Ionização de

superfície; Ionização por electrospray. Nesta apostila será dada ênfase aos dois métodos mais utilizados que

são impacto de elétrons (EI) e ionização química (CI).

Figura 4 – Foto ampliada de uma fonte de íons para a técnica impácto de elétrons (Agilent).

1.1.1.1 Impácto de elétrons

Quando uma corrente é aplicada a um filamento, o filamento é aquecido resistivamente até a

incandescência, emitindo vários elétrons simultaneamente. Placas colimadoras são empregadas para o

controle do feixe de elétrons emitidos. Um potencial de aproximadente 70 V é mantido entre o filamento e a

placa de tal forma que os elétrons sejam acelerados para longe do filamento e passem através das placas

colimadoras com uma energia média de 70 eV.

O valor de 70 eV é comum porque a probabilidade de ionização para a maioria dos compostos

orgânicos é maximizada próximo deste valor.

As placas colimadoras levam os elétrons energéticos a colidirem com as moléculas do gás. Utilizando o

nitrogênio como exemplo, o impacto do elétron primário, ep-, sobre a molécula de N2 faz com que a molécula

em seu estado fundamental seja promovida a energias maiores escapando do poço de potencial da molécula

neutra. Um elétron secundário, es-, é liberado pela molécula de nitrogênio, segundo a equação (1.1).

)eV5,54(eeNN)eV70(e ps.

22p (1.1)

Page 6: Espectrometria de massas v1.1.09

6

O cátion de nitrogênio excitado (N2+.), tem uma energia no estado fundamental de 15,6 eV acima da

molécula original de N2, pois a energia de ionização EI (N2) é de 15,6 eV. A colisão pode resultar na formação

de N2+ excitado com energias mais altas. Quando o excesso de energia é eletrônico (B), a energia pode ser

liberada na forma de um fóton com energia específica, permitindo que íon N2+ volte ao seu estado

fundamental (X), segundo a equação (1.2).

hv)X(N)B(N 22 (1.2)

O impacto do elétron primário pode também aumentar a energia vibracional do cátion resultante e

este aumento na energia vibracional tem um importante papel na espectrometria de massas. Na medida em

que a razão de vibração e alongamento aumenta, a probabilidade de rompimento da ligação também

aumenta. A ruptura da ligação resulta na fragmentação do íon-pai como se fora um copo de vidro que se

quebra ao cair no chão. O padrão de fragmentação depende da composição do íon-pai, e o exame do padrão

de fragmentação leva a uma compreensão da estrutura e composição do íon-pai. Para o nitrogênio a única

fragmentação possível é o íon N+.

Figura 5 – Esquema de fonte de ionização eletrônica

1.1.1.2 Ionização Química

Um modo alternativo de ionização é a ionização química (CI). Alguns equipamentos, que contém um

cromatógrafo acoplado, permitem através de um chaveamento automático a obtenção do espectro por

impacto eletrônico (EI) e a ionização química (CI). O método da CI envolve a mistura da amostra (~10-

4Torr) com um gás reagente em alta pressão (1Torr) na fonte de formação dos íons. Os gases reagentes,

comumente usados, são: metano, isobutano e amônia. A mistura resultante submetida ao bombardeio

eletrônico ioniza, inicialmente, algumas moléculas do gás reagente. Deste modo, usando o gás metano as

espécies esperadas são, CH4+. e CH3

+.. Em alta pressão, colisões destas espécies e reações íon-molécula com o

próprio gás reagente são comuns, levando a formação de íons secundários, com um pequeno excesso de

energia interna:

Page 7: Espectrometria de massas v1.1.09

7

CH4+. + CH4 ==> CH5

+ + CH3

CH3+ + CH4 ==> C2H5+ + H2

Estes íons secundários, eventualmente, colidem com moléculas da amostra, resultando na ionização

química das últimas. A ionização química é, comumente, devido à protonação, especialmente para compostos

básicos:

M + CH5+ ==> ( M + 1 )+ + CH4

Os íons, quase-moleculares, são espécies com elétrons pares que tendem a ser mais estáveis do que os

íons moleculares produzidos por EI. A combinação da energia mais baixa no processo de ionização, com esta

maior estabilidade, indica que os íons quase-moleculares são, geralmente, pouco abundantes no espectro de

CI.

A interpretação destes espectros é com freqüência mais direta do que para o espectro de EI, desde

que existam poucos íons fragmentados, os quais tendem a ser de maior significância. A quantidade da

fragmentação pode ser mudada pela natureza do gás reagente. Em geral, tanto as faixas dos compostos

protonados e o grau de fragmentação observado decrescem quando o gás reagente é mudado na ordem:

metano > isobutano > amônia. Por exemplo, a amônia protonará fracamente moléculas básicas tais como

alcoóis e aminas.

1.1.2 Analisadores de massa

1.1.2.1 Quadrupolo

Figura 6 – Esquema de um quadrupolo simples

Page 8: Espectrometria de massas v1.1.09

8

Figura 7 – Foto mostrando sistema GC/MS (cortesia PerkinElmer)

Um analisador de massa tipo quadrupolo consiste de quatro barras hiperbólicas e circulares (fig.8).

Figura 8 – Analisador de massa tipo quadrupolo.

Cada par de barras opostas são conectadas eletricamente e fornecidas voltagens de mesma magnitude

porém de polaridades diferentes. A voltagem aplicada em cada par consiste de uma corrente contínua (CC), U,

e uma componente de radiofreqüência (rf), Vcost. Valores típicos são varias centenas de volts para U, vários

milhares de volts para V, e megahertz para . Uma vez que o potencial total de cada barra é +(U + Vcost) ou

–( U + Vcost), o campo radiofreqüência alterna a polaridade da barra.

Os íons são acelerados ao longo do eixo z (~5 a 10eV) antes de entrar no espaço entre as barras do

quadrupolo onde eles experimentam um campo combinado resultante do potencial das barras. O cátion é

induzido para o pólo negativo e vice-versa; se o potencial muda de sinal antes da descarga do íon, o íon muda

de direção oscilando através das barras. O íon irá passar com sucesso através das barras ou será descartado

em função da CC e rf voltagem aplicada, como mostrado na figura 9 para íons de três diferentes massas; na

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9

figura, o íon de massa m2 tem uma trajetória estável (podem passar através do quadrupolo) em valores U e V

situado dentro da curva ponteada.

Figura 9- Diagramas superpostos de estabilidade U por V para íons em ordem crescente de razão massa/carga. Rampeando os potenciais de DC e RF apropriadamente, somente os picos de cada diagrama individual serão interceptadas. Portanto, os íons serão emitidos seletivamente do filtro de massas quadrupolar sendo os íons mais leves primeiramente emitidos.

1.1.3 Detectores de Massa

Os íons com trajetórias estáveis que saem do filtro de massas quadrupolar são detectados de duas

formas: usando um Copo de Faraday (CF) ou um Multiplicador de Elétrons (ME). O CF é o detector mais

simples. Os íons positivos que saem do espectrômetro de massas entram no copo metálico que esta aterrado.

Quando os íons se chocam com as paredes do copo, os mesmos são neutralizados, absorvendo um elétron do

copo metálico, a perda de um elétron do copo metálico é medida por um amperímetro interposto entre o

copo e o terra. Portanto, quanto maior o número de íons que entram no copo, maior a corrente detectada.

Uma das melhores características do CF é a de que todos os íons são detectados com a mesma eficiência, de

acordo com suas massas. No entanto, o CF e limitado a baixas pressões e se torna impraticável abaixo de 10-9

Torr.

A baixas pressões, inferior a 10-9 Torr, o ME e um detector bastante preciso. O ME tem formato de

cone e os íons entram na boca do cone. A boca do cone é fortemente negativa, relativamente ao fundo do

cone, de tal forma que íons positivos são acelerados em direção a superfície do cone. Na medida em que

atingem a cone, as íons de velocidade alta ejetam elétrons da superfície do cone (Fig. 10).

Figura 10 - Multiplicadora de Elétrons (ME). Íons positivos atingem o interior do cone, próximo da boca do multiplicador de elétrons, liberando elétrons que são acelerados na direção do fim do cone devido a um gradiente negativo no cone. Os elétrons se chocam repetidamente com a superfície interna do cone, causando a emissão de mais elétrons. Esta multiplicação de elétrons causa a emissão de uma cascata de elétrons no final do cone. Os elétrons atingem o detector de tal forma que a corrente eletrônica é proporcional a corrente de íons que penetram a boca do cone.

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10

Estes elétrons secundários são acelerados em direção ao fim do cone, se chocando com a superfície do

mesmo repetidamente e causando a liberação de mais elétrons da superfície do cone. Esta multiplicação do

número de elétrons causa a emissão de uma cascata de elétrons no fim do cone. O gradiente no cone e

ajustado de tal forma a manter um mínimo de 105 elétrons emitidos no fim do cone para cada íon que entra,

no entanto a cone pode liberar ate 108 elétrons por íon. A corrente eletrônica é amplificada para produzir uma

corrente elétrica ou sinal iônico que é proporcional à corrente iônica incidente no detector.

Uma vez que as potenciais DC e RF são rampeados a uma razão constante, o gráfico da variação

temporal da intensidade do sinal de CF ou ME produz um espectro de massas para as razões massa/ carga do

intervalo de varredura. Cada pico obtido pode ser relacionado a uma correspondente razão massa/ carga. Esta

conversão do eixo x de tempo para razão massa/carga só é válida na medida em que a razão de rampeamento

de U e V sejam conhecidas e possam ser referenciadas ao correspondente diagrama de estabilidade.

2 O cromatograma de íons totais e o espectro de massas

Nesta apostila iremos abordar algumas técnicas para a interpretação de espectros de massa. Através

de alguns passos iremos identificar uma boa quantidade de compostos, porém existem outros mecanismos de

fragmentação que não serão abordados.

Identificar uma molécula simples a partir de um espectro de massa obtido através do impacto

eletrônico (EI) é muito mais simples que outros tipos de espectro. O espectro de massas mostra a massa da

molécula em seus vários “cacos”, após ser quebrada.

É importante fazermos uma pequena revisão de alguns conceitos básicos de química para iniciarmos o

estudo.

Primeiramente vamos ver a aparência de um espectro de massas e entender como um espectro é

gerado a partir de um cromatograma.

Page 11: Espectrometria de massas v1.1.09

11

Figura 11 – Cromatograma de íons totais (TIC) e espectro de massas

Como pode ser observado na figura 11, considerando que temos acoplado ao espectrômetro de

massas um cromatógrafo, uma amostra foi injetada e após aproximadamente 5 minutos, notamos 5 picos

formados a partir da soma das abundâncias dos fragmentos ionizados das moléculas de cada scan. A palavra

scan traduzida indica varredura, ou seja, em intervalos de tempo pre-programados o detector de massas

“varre” uma faixa de massas que pode variar de acordo com o interesse do estudo (ex. de 10 a 400 u). O

intervalo de tempo para cada scan pode atingir até 7 scans/segundo dependendo das condições de interesse

do método analítico. No exemplo da figura 6, no quadro abaixo, visualizamos o que chamamos de espectro de

massas, onde o primeiro composto apresenta fragmentos de 25 a 200 u. Este scan compreende ao instante em

que a abundância de íons é mais intensa, ou seja, na altura máxima do pico. Portanto, cada pico corresponde a

um composto distinto, previamente separado na coluna cromatográfica. O exemplo abaixo nos auxiliará na

visualização prática.

Page 12: Espectrometria de massas v1.1.09

12

Gerando um cromatograma de íons totais

Massa/carga

Número do scan

1 2 3 4 5 6 7 8 9

42 3 1 16 87 238 144 10 2 3

72 95 94 91 106 114 83 98 87 112

82 7 5 78 482 1246 958 89 9 5

105 0 2 24 157 401 345 40 4 2

182 4 2 52 463 1438 1600 277 13 4

198 2 3 7 6 198 225 43 2 6

272 2 0 4 38 149 219 56 3 1

303 1 2 7 95 389 647 191 10 2

íons totais 114 109 279 1434 4173 4221 804 130 135

Soma dos íons totais vs. Número do scan

Na figura 12, é mostrado um espectro de massas simples da molécula do metano, onde pode ser

observado o íon molecular de massa 16, o íon 15 que corresponde ao CH3+. (perda de um hidrogênio), o íon 14

que corresponde ao CH2+. (perda de dois hidrogênios), o íon 13 correspondente a CH+. (perda de 3

hidrogênios), o íon 12 correspondente C+. (perda de 4 H´s) e finalmente o íon 17 que corresponde ao elemento

Page 13: Espectrometria de massas v1.1.09

13

“A + 1” que está relacionado com a abundância isotópica do carbono, detalhes estes que serão vistos nos

tópicos subseqüentes.

Figura 12 – Espectro de massas para o metano.

2.1 Interpretação de espectro de massas

Objetivo: Determinar a identificação absoluta de um composto desconhecido unicamente a partir da

inspeção de seu espectro de massas.

Realidade: O uso do espectro de massas e outras informações podem limitar o número de possíveis

compostos de cerca de 10.000.000 para poucos. O grau de sucesso é em função da quantidade e qualidade da

informação disponível, bem como a habilidade do analista.

Objetivos:

Introduzir um acesso sistemático para interpretar um espectro de massas.

Introduzir e aplicar as ferramentas mais comuns de interpretação.

Aplicar o uso destas ferramentas para resolução de problemas.

Algumas nomenclaturas importantes no estudo de interpretação:

Pico base – é o pico mais abundante do espectro.

Íon molecular – íon com mesma massa nominal da molécula neutra

Pico parente – é o íon molecular

Massa – medida em daltons, anteriormente amu (unidade de massa atômica)

Razão massa/carga (m/z): refere-se à massa do íon.

Abundância absoluta - Resposta do sistema de detecção.

Abundância relativa – Pico base normalizado para 100%.

(mainlib) Methane10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

0

50

100

1213

14

15

16

17

H

H

H

H

Page 14: Espectrometria de massas v1.1.09

14

2.1.1 Procedimento para Interpretação

2.1.2 Ferramentas para interpretação de espectros de massas

Nos próximos subitens iremos aprender melhor sobre estas ferramentas.

Espectro de massa Observar o aspecto geral do espectro

Identificar o íon molecular

Abundância isotópica

Regra do nitrogênio

Composição elementar Abundância isotópica Perdas lógicas de moléculas

Perdas lógicas de fragmentos

Anéis e dupla ligação

Características estruturais

Anéis e dupla ligação

Postular a estrutura molecular

Abundância

Isotópica

Anéis +

Dupla ligação

Perdas lógicas de fragmentos

Regra do nitrogênio

Perdas lógicas de

moléculas

Page 15: Espectrometria de massas v1.1.09

15

CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%

CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%

CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%

CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%

CH3 CH2 CH2 CH2 CH2 CH3 1,1%6,6

H2C CH C N

H2C CH C N

H2C CH C N

H2C CH C N

0,4%

1,1%

1,1%

1,1%

3,7

2.1.2.1 Abundância isotópica

Figura 13 – Tabela das abundâncias isotópicas dos elementos mais comuns.

ELEMENTOS “A”

1) Existem quatro elementos, comuns em análise por GC/MS que tem somente uma ocorrência natural, isótopo estável. Estes quatro elementos são: fósforo, flúor, hidrogênio, e iodo. Os pesos atômicos destes elementos são: 30,97, 18,99, 1,00 e 126,9, respectivamente.

2) Destes quatro elementos o hidrogênio é o mais comum. 3) A presença de iodo pode ser inferida a partir de alto peso molecular e perda de 126,9 u durante a

fragmentação. 4) Um elemento “A + 2” que é freqüentemente incluído como elemento “A” é o oxigênio. Isto é devido à

baixa abundância relativa de seu isótopo “A + 2”, que é somente 0,2 %. Esta baixa abundância relativa faz com que a determinação do número de átomos seja dificultada a partir da abundância isotópica.

ELEMENTOS “A + 1”

1) Existem dois elementos com um isótopo com uma unidade de massa a mais que o isótopo mais abundante. Estes elementos são carbono e nitrogênio.

2) A abundância de carbono 12, relativa para o carbono 13 é 1,1%. A abundância do nitrogênio 14, relativa para ao nitrogênio 15 é 0,37%.

Exemplo de Abundância isotópica para elementos “A + 1“ para o carbono

Page 16: Espectrometria de massas v1.1.09

16 (mainlib) Cyclohexane, methyl-

10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 1100

50

100

27 39

41

53

55

69

83

98

elementos “A + 2”

1) Identifique o íon molecular e agrupamentos dos isótopos 2) Se a abundância “A + 2” for < 98% da abundância de “A” então não tem presença de bromo. 3) Se a abundância “A + 2” for < 33% da abundância de “A” então não tem presença de cloro 4) Se a abundância de “A + 2” é menor que 4,4% de “A” então não temos presença de enxofre. O enxofre

“A + 1” tem 0,8% de abundância. 5) Se a abundância de “A + 2” é menor que 3,4% de “A” então não temos presença de enxofre. Sílica “A +

1” tem 5,1% de abundância. A combinação das abundâncias de “A + 1” e “A + 2” identifica facilmente a presença de sílica.

2.1.2.2 Determinação de Íon Molecular

O íon molecular fornece a mais valiosa informação no espectro de massa; sua massa e composição elementar mostra os limites da molécula no qual os fragmentos indicados no espectro de massa devem ser explicados.

O íon molecular deverá ser o pico de maior massa no espectro (com exceção para o pico dos isótopos)

2.1.2.3 Regra do Nitrogênio

Uma molécula com número ímpar de átomos de nitrogênio terá peso molecular ímpar.

Íons nos quais resultam de uma fragmentação simples têm massas pares.

Moléculas com número par de átomos de nitrogênio (0 é um número par) têm peso molecular par.

Íons nos quais resultam de fragmentação simples têm massa ímpar.

(mainlib) Ethanamine, N-ethyl-10 20 30 40 50 60 70 80

0

50

100

15 26

29

30

3142

44

56

58

59

72

73

74

NH

Page 17: Espectrometria de massas v1.1.09

17

2.1.2.4 Anéis e dupla ligação (A + D)

Devido à valência dos elementos envolvidos, o número total de anéis e duplas ligações em uma molécula de

fórmula CxHyNzOn deverá ser igual a A + D = 1Z21Y

21X ,

Onde:

X= carbono ou silício

Y= hidrogênio, flúor, cloro, bromo ou iodo

Z= nitrogênio ou fósforo

Para íons, o valor calculado poderá terminar em “0,5” (indicando que o número de elétrons é par). Como usar esta regra fica claro observando o exemplo abaixo:

Piridina – C5H5N anéis + dupla ligação X = 5 – 2,5 + 0,5 + 1 = 4

Piridina+. Número ímpar de elétrons

Benzoíla – C7H5O anéis + dupla ligação X = 7 – 2,5 + 1 = 5,5

C7H5CO+ número par de elétrons

O valor encontrado de 4 para a piridina representa o anel e três duplas ligações dessa molécula. O valor de 5,5 encontrado para a benzoíla mostra o anel, as três duplas ligações do benzeno, e a dupla ligação do grupo carbonila.

2.1.2.5 Perdas Lógicas de fragmentos

Somente um número limitado de fragmentos neutros de baixa massa que são perdidos na

decomposição do íon molecular. Estes fragmentos resultam da quebra de ligações simples.

Os fragmentos mais comuns são:

Page 18: Espectrometria de massas v1.1.09

18

2.1.2.6 Perdas lógicas de moléculas

As perdas de moléculas neutras resultam em fragmentos no espectro de massas no qual o íon tem um

número de elétrons ímpar. A perda de uma molécula neutra pode somente ocorrer através de uma

“combinação” intramolecular do átomo via mecanismo de transferência e eliminação. Isto é menos comum

de ocorrer do que nos processos de fragmentação de ligações simples. A perda de molécula neutra a partir de

um íon molecular par, normalmente resulta em fragmento de massa par no espectro de massas.

2.1.2.7 Íons Comuns

Um número de grupos orgânicos funcionais produz fragmentos específicos. A observação destes

detalhes poderá ser útil na identificação dos possíveis grupos funcionais do composto desconhecido no

espectro de massas.

2.1.3 Guia para normalização das abundâncias

1. Selecione o íon molecular em potencial.

2. Se o íon selecionado não é o íon mais abundante no espectro (pico base) multiplique por

100/abundância relativa (fator de normalização – NF) do íon selecionado.

Page 19: Espectrometria de massas v1.1.09

19

3. Multiplique a abundância isotópica pelo fator de normalização para determinar a abundância

relativa do íon selecionado.

4. O erro inerente na abundância isotópica medida é de +/-10% relativa ou 0,2 absoluta, qualquer

que seja o valor.

5. A magnitude do erro também deve ser multiplicada pelo fator de normalização durante o

processo.

6. Uma seleção apropriada do espectro deverá ser feita visando aumentar a abundância relativa

do íon selecionado, baseando-se nos parâmetros de aquisição, ou seja, o espectro selecionado

deverá ser o mais representativo possível.

Exemplo: C9H8O4

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF

A 180 15,1 100 6,62

A + 1 181 1,5+/-0,2 9,9+/-1,3

A + 2 182 0,1+/-0,2 0,6+/-1,2

3 Exemplos de interpretação de espectros de massas 3.1 Composto desconhecido X

Acima são listados as abundâncias para os íons de maiores m/z para nos ajudar nos cálculos.

A primeira coisa a se fazer é determinar o íon molecular. A primeira vista o íon 87 parece ser

uma escolha razoável.

Sendo um número ímpar, indica a presença de quantidade ímpar de nitrogênio (regra do

nitrogênio).

A maior parte dos fragmentos é ímpar. Eles deveriam ser par se houvesse a presença de

nitrogênio.

Page 20: Espectrometria de massas v1.1.09

20

Outro fator a considerar é que se 87 for o íon molecular é o tamanho do elemento “A + 1”.

Ele aparenta ser muito alto.

Se normalizarmos a abundância baseada no íon 87 teremos:

m/z Abun.Norm.

87 100

88 46,9

89 3,1

Isto implicaria dizer que existem cerca de 42 átomos de carbono, o que não é coerente para

um peso molecular de 87 u.

Tentaremos usar como peso molecular a massa 88.

Sendo uma massa par e a maioria dos fragmentos são ímpares.

Em seguida iremos fazer a normalização para o íon 88.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF Cn-1 Cn Cn+1

A 88 1,5 100 66,7

A + 1 89 0,1 6,7

88 aparenta ser um valor razoável. Vale lembrar que os valores podem ter desvio de 10%.

Seis carbonos parece ser a sugestão do elemento “A + 1”.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF Cn-1 Cn Cn+1

A 88 1,5 100 66,7 60 72 84

A + 1 89 0,1 6,7 5,5 6,6 7,7

Íon molecular proposto: 88

6 carbonos: -72

massa restante 16

- Possível formula molecular se limitada aos elementos associados com moléculas orgânicas:

C6H16 C6O

- O teste de anéis e dupla ligação deverá mostrar qual deverá ser o íon molecular.

Page 21: Espectrometria de massas v1.1.09

21

X = 1Z21Y

21X

C6H16

1102

166

C6O

71006

O valor de –1 encontrado para C6H16 deveria indicar a ausência de anéis e dupla ligação. Na realidade

este valor indica um excesso de hidrogênios nesta estrutura. Para hidrocarbonetos saturados: CnH2n+2, se n=6,

o número máximo de hidrogênios deveria ser 14. Esta fórmula está errada.

O valor de 7 para C6O indica um altamente insaturado. Você poderá tentar de várias maneiras

encontrar uma estrutura razoável para esta fórmula, sem sucesso. A ausência de hidrogênios nesta fórmula

também sinaliza como sendo uma fórmula errada.

Voltando na planilha de normalização:

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF C5 C6 C7

A 88 1,5 100 66,7 60 72 84

A + 1 89 0,1 6,7 5,5 6,6 7,7

Se C6 foi impossível, C7 deverá ser ainda mais. Vamos assumir 5 carbonos, mesmo sendo acima do

limite de 10%, ainda está na faixa de +/-0,2 absoluto.

Então agora:

Íon molecular proposto: 88

5 carbonos: -60

massa restante 28 Possíveis fórmulas: C5H28 (esta fórmula certamente está errada)

C5N2 (esta parece muito estranha, não tem H)

C5H12O (parece razoável)

Vamos para o teste dos anéis e dupla ligação:

C5H12O

0102

125X

Page 22: Espectrometria de massas v1.1.09

22

O valor de zero encontrado indica um composto saturado e sem presença de anéis. Agora

verificaremos as as perdas lógicas e fragmentos comuns:

Estas características sugerem ser um álcool. Os íons 17 e 31 são fortes evidências. Temos também a

evidência de fragmentos C5, C4, C3, C2 e C1, isto indica uma cadeia linear. Assumiremos que seja o 1-pentanol e

vemos que os fragmentos fazem sentido.

Page 23: Espectrometria de massas v1.1.09

23

3.2 Composto desconhecido Y

Primeiramente devemos identificar o íon molecular.

86 – se utilizarmos esta linha, não teremos informações do isótopo

85 – se esta linha for selecionada, então 86 também se mostra muito alto.

84 – esta linha parece mais razoável. Usaremos estes valores para normalização.

O elemento “A + 1” é 5,1% - massa par

Sendo 1,1% para cada carbono, indica que a estrutura deverá ter de 4 a 5 carbonos.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF Cn-1 Cn Cn+1

A 84 100 100 1

A + 1 85 5,1 5,1

A + 2 86 4,4 4,4

Baseando-se somente na primeira linha “A + 1”, poderíamos ficar como sendo 4 ou 5

carbonos, mas a linha “A + 2” deverá nos ajudar a realçar ainda mais as evidências.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF C3 C4 C5 A 84 100 100 1 36 48 60

A + 1 85 5,1 5,1 3,3 4,4 5,5 A + 2 86 4,4 4,4

Avaliando a tabela de abundância isotópica dos elementos “A + 2”

Elemento massa Ab.Rel. massa Ab.Rel. massa Ab.Rel. Classe O 15,9949 100 17,9992 0,2 A + 2 S 31,9720 100 32,9715 0,8 33,9679 4,4 A + 2 Cl 34,9989 100 36,9659 32,5 Br 78,9183 100 80,9163 98

Observando a linha do elemento “A + 2”, vemos que a abundância relativa do enxofre é de 4,4%, então

o enxofre é provavelmente o elemento presente. O enxofre também contribui com 0,8% na linha “A + 1”.

Page 24: Espectrometria de massas v1.1.09

24

Se enxofre esta presente na estrutura, então C5S tem valor muito alto de massa e o elemento “A + 1” é

muito baixo para C3S. Assim, assumiremos que ele tem C4S.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF C3S C4S C5S A 84 100 100 1 68 80 92

A + 1 85 5,1 5,1 4,1 5,2 6,3 A + 2 86 4,4 4,4 4,4 4,4 4,4

Se nosso íon molecular é m/z 84 com 4 carbonos e um enxofre então:

Íon molecular 84

4 carbonos -48

1 enxofre -32

massa restante 4 (muito provavelmente 4 hidrogênios)

Formula potencial C4H4S

Agora faremos o teste para verificar se esta fórmula poderá ser o íon molecular:

Teste de anéis + dupla ligação (lembrando que oxigênio e enxofre não entram)

310244X

Com o resultado de anéis + dupla ligação de 3:

Sendo um valor inteiro, pode ser o íon molecular.

Nós poderíamos ter um anel, múltiplas ligações e até o grupo C=S.

Torna-se necessário agora analisarmos o espectro de massa para identificar as perdas lógicas para

associarmos as evidências.

Page 25: Espectrometria de massas v1.1.09

25

m/z Perda lógica

26 C2H2

39 C3H3

45 CHS

52 C4H4

58 C2H2S

Não tem a presença de CH3 ou C2H5, então uma estimativa razoável seria de que existe a

presença de anel. Relembrando, Anéis + dupla ligação = 3

Tiofeno apresenta ser uma boa estimativa:

esta estrutura satisfaz a condição do teste de anéis + dupla ligação (3). Duas duplas e um

anel

Sabemos também que uma estrutura de anéis são bastante estáveis gerando íon

moleculares de grande intensidade.

Resta agora identificar os fragmentos do tiofeno na estrutura:

Com essas evidências, a probabilidade de espectro do composto ser o tiofeno é elevada.

3.3 Composto desconhecido Z

S

S S

S

39C3H3

CHS45

26C2H2

58C2H2S

52C4H4

32S

Page 26: Espectrometria de massas v1.1.09

26

m/z Abundância 72 0,34 73 2,25 74 21,54 75 1,02

O íon 74 aparenta ser um candidato a nosso íon molecular.

Precisamos agora normalizar os dados.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF Cn-1 Cn Cn+1

A 74 21,54 100 4,64

A + 1 75 1,02 4,73

A + 2

Não existe o elemento “A + 2”. 4 carbonos parece um número razoável.

m/z Ab.Rel. Ab. Norm. NF C3 C4 C5

A 74 21,54 100 4,64 36 48 60

A + 1 75 1,02 4,73 3,3 4,4 5,5

A + 2

C4 ainda é um valor razoável. A linha “A + 1” é ainda um pouco alta.

Isto poderia indicar a presença de nitrogênio, mas o íon molecular é par e as outras maiores

linhas são todas ímpares.

Vamos fazer uma tentativa de distribuir estes carbonos.

Íon molecular 74

4 carbonos -48

massa restante 26

A massa restante de 26 é muito alta para ter a presença de 2 nitrogênios ou para serem

todos hidrogênios (máximo 10 se for saturado). Se o composto fosse saturado, teríamos

ainda 16 restantes. Poderia ser o oxigênio?

Íon molecular 74

4 carbonos -48

1 oxigênio -16

massa restante 10

Uma fórmula razoável a se propor é: C4H10O. Vejamos se ela passa no teste dos anéis +

dupla ligação:

0102

104X

Page 27: Espectrometria de massas v1.1.09

27

Zero como resultado indica que ele pode ser o íon molecular e não tem presença de anéis

nem dupla ligação.

Nosso composto pode ser álcool ou éter. Aldeído ou cetona são descartados devido ao teste

acima.

C4H7F é também uma possibilidade, mas não existe a presença de 19 no espectro.

Considerando ainda que em GC/MS não é muito comum amostras contendo flúor.

Agora precisamos analisar o espectro e avaliar os fragmentos comuns e as perdas lógicas.

íons e perdas possíveis fragmentos

Somente os fragmentos contendo C, H e O foram considerados nas linhas maiores

Não vemos qualquer linha ou perda de 17, então o composto não parece ser um álcool.

Basicamente isto evidencia ser nosso composto um éter.

Existem algumas possibilidades, como podemos ver abaixo.

Page 28: Espectrometria de massas v1.1.09

28

Os espectros de massa destes compostos apresentam basicamente as mesmas massas, porém o que

diferencia são as abundâncias de cada íon. Para definirmos qual destes é nosso composto em estudo,

precisaríamos estudar outros mecanismos de fragmentação, o que foge do escopo desta apostila. A resposta

correta para o composto é etoxietano.

4 Exercícios de Fixação

1) Qual é o princípio da espectrometria de massas?

2) Faça um desenho esquemático de um espectrômetro de massas.

3) Assinale no espectro de massa abaixo, os seguintes termos usuais em ionização por eletrônica: pico

base, pico do íon molecular, pico de fragmentos.

4) Identifique o composto acima.

5) O que vem a ser isótopo?

6) Complete o quadro abaixo

Composto Peso molecular Número de carbonos % “A + 1” Água 0,0

Metano 1,1 Etano 2,2

Propeno 3,3 Benzeno 6,6 Tolueno 7,7 Amônia 0,4

Ácido cianídrico 1,5 Dimetilamina 2,6

Pirrole 4,8 Piridina 5,9 Anilina 7,0

7) Descreva sucintamente a forma de normalizar as abundâncias isotópicas.

8) Descreva brevemente o funcionamento de analisador de massas do tipo quadrupolo.

Page 29: Espectrometria de massas v1.1.09

29

9) Quais íons normalmente originados a partir de uma molécula neutra são identificados no detector

de massas?

10) Os espectros gerados a partir de EI apresentam baixo ou alto grau de fragmentação?

11) Explique a regra do nitrogênio.

12) Aplique a regra do nitrogênio para os compostos abaixo. (não é necessário calcular a massa

molecular – indique se é par ou ímpar)

Composição molecular Íon molecular é... C3H8 C6H12O2 C6H11NO

C32H25N3O2S

C8H20N2 C7H9N

C3H6BrN

C9H11ClN4O2 C17H32Cl2

13) Aplique a regra dos anéis e dupla ligação para os compostos abaixo.

Composição molecular a+d = C3H8 C6H12O2 C6H11NO C32H25N3O2S C8H20N2 C7H9N C3H6BrN C9H11ClN4O2 C17H32Cl2

14) Considere um radical formado a partir da quebra de um íon molecular par. A massa dos fragmentos

deverá ser par ou ímpar?

15) Dadas a seguintes informações espectrais, determine a fórmula do composto. Você deverá assumir

que o íon molecular é 84.

m/z Abundância (%)

84 100

85 6,7 +/-0,7

86 0,0 +/-0,2

( ) C5H8O

( ) C5H10N

( ) C6H10

( ) C6H12

Page 30: Espectrometria de massas v1.1.09

30

16) Identifique o candidato a íon molecular que melhor se apresenta no espectro abaixo

17) Você está para identificar um composto no qual você sabe que ele pode conter somente carbono,

hidrogênio e cloro. Baseado nas informações abaixo indique quantos átomos de cloro existem neste

composto.

m/z Abundância

M 46500

M + 2 61800

M + 4 31000

M + 6 6700

M + 8 570

M + 10 10

18) Qual do átomos abaixo é um elemento “A + 2”

( ) carbono ( ) nitrogênio ( ) oxigênio ( ) fluor

19) Qual dos seguintes espectros abaixo é mais provável de ser um composto aromático? Justifique!

( ) espectro A ( ) espectro B ( ) nenhum deles ( ) não tem informação suficiente

( ) 62

( ) 64

( ) 98

( ) 100

( ) 102

( ) 1

( ) 2

( ) 3

( ) 4

( ) 5

( ) 6

Page 31: Espectrometria de massas v1.1.09

31

20) Existe uma ordem em que os passos a serem seguidos na interpretação de espectros são

importantes. Enumere a ordem mais sensata a ser seguida.

( ) encontrar o íon molecular, se possível

( ) propor as possíveis estruturas

( ) determinar a composição elementar

( ) Avaliar a aparência geral do espectro

( ) obter um bom espectro

( ) identificar as características estruturais

21) Para o espectro abaixo, determine qual linha deverá representar uma perda lógica de +C4H9 a partir

do íon molecular 86.

22) Identifique o compostos abaixo:

a)

( ) 71

( ) 57

( ) 43

( ) 29

Page 32: Espectrometria de massas v1.1.09

32

b)

c)

d)

74 –100%

75 – 4,62%

76 – 0,28%

m/z abun.

16 999

15 887

14 204

13 106

12 38

17 16