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Setembro de 2011 | Ano 3 | Nº 12 Universidade Veiga de Almeida | Comunicação Social Curso de Jornalismo | Nota 4 no MEC Gustavo Lins adota estilo samba-funk nas canções Além da música, o cantor e compositor se dedica ao lazer, indo ao Maracanã e à Praça Varnhagen 4 Tijuca passa por grandes obras Praça da Bandeira ganha reservatóri- os para minimizar estragos dos ala- gamentos e Esta- ção Uruguai tem promessa de inau- guração para o ano da Copa no Mundo no Brasil 5 Pólo Gastronômico da Tijuca completa sete anos e atrai pessoas de toda a cidade que buscam qualidade e bons preços 8 Aprendizado religioso e social Grupos jovens nas Igrejas participam das missas e auxiliam projetos de ajuda aos pobres 3 Entre mamadeiras e livros Terceira Idade. Com o aumento da população de idosos surge a necessidade de mais atividades voltadas para esse público 3 Casa coletiva Jovens usam repúblicas como lugar para morar fora da casa dos pais. Mas há regras para convivência 8 Alimentação Frutas, verduras e legumes auxiliam no tratamento de doen- ças e podem até ser usados contra a depressão 7 Passeios sobre duas rodas 2 Sem ter com quem deixar os filhos, universitárias levam as crianças para as aulas na faculdade 5 As obras da Estação Urugurai tiveram início em janeiro deste ano

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Alimentação Pólo Gastronômico da Tijuca completa sete anos e atrai pessoas de toda a cidade que buscam qualidade e bons preços 8 Terceira Idade . Com o aumento da população de idosos surge a Setembro de 2011 | Ano 3 | Nº 12 Praça da Bandeira ganha reservatóri- os para minimizar estragos dos ala- gamentos e Esta- ção Uruguai tem promessa de inau- guração para o ano da Copa no Mundo no Brasil 5 necessidade de mais atividades voltadas para esse público 3

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Setembro de 2011 | Ano 3 | Nº 12

Universidade Veiga de Almeida | Comunicação SocialCurso de Jornalismo | Nota 4 no MEC

Gustavo Lins adota estilo samba-funk nas cançõesAlém da música, o cantor e compositor se dedica ao lazer, indo ao Maracanã e à Praça Varnhagen 4

Tijuca passa por grandes obrasPraça da Bandeira ganha reservatóri-os para minimizar estragos dos ala-gamentos e Esta-ção Uruguai tem promessa de inau-guração para o ano da Copa no Mundo no Brasil 5

Pólo Gastronômico da Tijuca completa sete anos e atrai pessoas de toda a cidade que buscam qualidade e bons preços 8

Aprendizado religioso e socialGrupos jovens nas Igrejas participam das missas e auxiliam projetos de ajuda aos pobres 3

Entre mamadeiras e livros

Terceira Idade. Com o aumento da população de idosos surge a

necessidade de mais atividades voltadas para esse público 3Casa coletivaJovens usam repúblicas como lugar para morar fora da casa dos pais. Mas há regras para convivência 8

AlimentaçãoFrutas, verduras e legumes auxiliam no tratamento de doen-ças e podem até ser usados contra a depressão 7

Passeios sobre duas rodas 2

Sem ter com quem deixar os filhos, universitárias levam as crianças para as aulas na faculdade 5

As obras da Estação Urugurai tiveram início em janeiro deste ano

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2 Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12

Carta ao leitorDe obras a alimentação

saudável. Esta edição do Esquina Grande Tijuca foi preparada pelos estudantes da disciplina de Oficina de Jornalismo no primeiro semestre de 2011 e traz pautas referentes à saúde, convivência, qualidade de vida, esporte e lazer.

A tarefa não foi simples, pois o acesso a muitas fontes é dificultado pelo fato de ainda serem estudantes e não terem experiência. Mas nada como a prática para desenvolver a sensibilidade necessária para solucionar os problemas que ocorrem no caminho, desde o acesso a dados a personagens que não querem ser fotografados. A edição número 12 do Esquina é resultado do esforço desses focas.

Logo ao lado, Renato e Luiz Carlos falam sobre os benefícios de andar de bicicleta e das belezas que encontram nas trilhas. Na página três, atividades de jovens e idosos: um grupo vai à missa aos domingos e o outro à universidade se encher de tarefas. Outra matéria que será pauta nos próximos anos é a inauguração da Estação Uruguai do Metrô, prometida para ficar pronta em 2014. Você ainda poderá ler sobre as soluções encontradas por algumas mulheres para a enxaqueca e sobre o Pólo Gastronômico da Tijuca, que completou sete anos.

E tem mais. Confira e boa leitura!

Ciclistas sobem as ladeiras do AltoViviane Oliveira

O Alto da Boa Vista, além de sua beleza e ar puro, é cenário para muitos praticantes de esporte amador que buscam uma qualidade de vida melhor e passeios agradáveis. As trilhas feitas em bicicletas, por grupos de amigos, se tornou muito comum no local e atrai moradores do bairro.

O adestrador de cães e morador da Tijuca, Renato Oliveira, de 27 anos, é um dos praticantes do passeio ciclístico e juntamente com um grupo de amigos sobe o Alto pelo menos duas vezes ao mês para curtir as trilhas.

A prática começou há dois anos quando se sentiu atraído pelo desafio de subir as ladeiras e conhecer a floresta. Da sua casa até a Praça Afonso Vizeu (conhecida como Praça do Alto) ele leva aproximadamente 40

minutos e durante o percurso gosta de tomar banho nas cachoeiras.

Para entrar nas trilhas, Renato e seus amigos deixam suas bikes presas e fazem o restante do percurso a pé. Um dos caminhos favoritos do grupo é o que leva ao Cristo Redentor. “Nós levamos em torno de uma hora e meia para chegar, mas vale muito à pena. O passeio é maravilhoso, o ar é puro e a vista é linda”.

Renato também faz uma reclamação: “Os motoristas não respeitam os ciclistas. É necessário tomar muito cuidado durante o trajeto”. Outra dica dada pelo jovem é com relação aos equipamentos de segurança. Luvas, óculos e capacetes são fundamentais, além de água para cuidar da hidratação.

Luiz Carlos Miranda, pro-fessor de Educação Física, vai além ao que se refere aos cuidados. Ressalta que a prática de exercícios físicos é importante para a saúde, mas faz um alerta aos atletas de fim de semana. “O ideal é que as pessoas se exercitem pelo menos três vezes por semana com orientação profissional para evitar problemas cardíacos”.

Ainda segundo Luiz Carlos, os primeiros dez minutos de pedalada devem ser bem devagar para que o corpo possa se acostumar. Alimentação leve como sucos, frutas e pão em pouca quantidade, também ajudam. Renato frisa que por conta de sua profissão caminha e pedala todos os dias ajudando o seu condicionamento para pedalar em lugares íngremes como o Alto da Boa Vista.

Foto: arquivo pessoal (Renato Oliveira)

Junto com os amigos, duas vezes por mês, Renato pedala e curte as cachoeiras das trilhas do Rio de Janeiro

Reitor

Dr. Mario Veiga de Almeida Júnior

Vice-Reitor

Prof. Tarquínio Prisco Lemos da Silva

Pró-Reitor Acadêmico

Prof. Arlindo Cardarett Vianna

Diretor Administrativo-Financeiro

Mauro Ribeiro Lopes

Diretor de Recursos Humanos

Alvaro Gonçalves Figueiredo Filho

Diretor do Campus Tijuca

Lysio Séllos

Diretor Acadêmico

Prof. Sérgio Baltar

UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA

Jornal Laboratório Esquina Grande Tijuca

Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12

Curso de Comunicação Social reconhecido

pelo MEC em 07/07/99, parecer CES 694/99

Coordenador:

Prof. Luís Carlos Bittencourt

Coordenador de Publicidade:

Prof. Oswaldo Senna

O Esquina Grande Tijuca é um produto da

Oficina de Jornalismo

Reportagens: Oficina de Jornalismo

Edição e Diagramação:

Thatiana Albuquerque e Leonardo Torres

Professor-orientador e edição final:

Érica Ribeiro

AgênciaUVA

Redação: Rua Ibituruna 108, Casa da

Comunicação, 2º andar. Tijuca, Rio de

Janeiro - RJ 20271-020

Telefone: 21 2574-8800 (ramais: 319 e 416)

Site: www.agenciauva.com.br

e-mail: [email protected]

Oficina de Propaganda

e-mail: [email protected]

Impressão

Gráfica Folha Dirigida

Tiragem

2.000 exemplares

Page 3: Esquina_12

Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12 3

Demanda por atividades voltadas para a Terceira Idade cresce no paísFernanda Mathias

Yoga , pe rcussão e dança. Estas são algumas das atividades praticadas semanalmente por um grupo de alunos entre 50 e 90 anos na Universidade Veiga de Almeida. O aumento de atividades voltadas para a terceira idade é resposta ao crescimento da população idosa no país. De acordo com

a Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025 a população de idosos no Brasil crescerá 16 vezes contra cinco vezes a população total, o que dará a colocação de 6º país com mais idosos. Assim, surgem novas demandas sociais, principalmente no que se refere à assistência social e à saúde.

Criado em 1971, a Uni-versidade da Terceira Idade

é um curso de extensão cultura l v inculado à Pró-Reitoria Comunitária da UVA e visa proporcionar às pessoas idosas o acesso à universidade, desenvolvendo atividades considerando as perspectivas da educação continuada e a necessidade de estimular o resgate da cidadania. O curso oferece aulas de yoga

e hidroginástica e oficinas de dança, teatro, canto, arteterapia e percussão, além de palestras com temas relacionados a geriatria.

O professor Dimas Silveira, orientador e coordenador do curso, acredita que as atividades são importantes para o envelhecimento sadio. “Ao vir para cá, elas se obrigam a criar um novo projeto de vida. No começo os alunos debochavam dos idosos por frequentarem a Universidade, hoje, eles trazem seus avós para participar”.

E para os alunos a idade parece não ser mesmo problema. Leila Caffaro Chagas, de 86 anos, está no curso há 15 anos e se diz repetente com prazer. “As aulas são importantes porque ativam nossa memória. Aqui nos renovamos, aqui somos nós”.

Além das atividades promovidas pelo curso, a cada dois meses a turma realiza o Mural Cultural, que envolve atividades externas. Eles realizam excursões e visitas a museus, fazendas e outras Instituições. O grupo já fez viagens ao México e Chile, e se organizam para visitar o Pantanal.A turma da Universidade da Terceira Idade da UVA não se reúne somente na Instituição e promovem até viagens

Foto: Fernanda Mathias

Domingo é dia de missa para muitos jovensMaria Fernanda Nascimento

Primeira Liga Católica Jesus, Maria e José, a Igreja Santo Afonso tem uma agregação bastante diversificada, tendo desde cr ianças a idosos frequentadores, mas é conhecida por ter elevado o número de jovens nas missas e nos grupos. Fundada em 25 de março de 1903, por padres Holandeses, a Paróquia é referência na região, com um papel importante na formação religiosa dos tijucanos.

Thaisa da Rocha Mota é um desses jovens. Com 21 anos, coordena a equipe de Liturgia Jovem e frequenta a Igreja desde criança, não só as missas como também as aulas de Catecismo, ensaios do coral e grupos minijovem. Para ela, a Equipe de Preparação (EPAL) é de extrema

importância, pois foi nesse grupo que se aprofundou de fato na religião. “Nos consideramos uma família, então vivenciei muitas vitórias e também muitas derrotas que mais pra frente nos fizeram crescer juntos. Somos amigos e irmãos de fé, e saber que estamos unidos sempre nos torna

essa família linda e esse amor que tenho por cada um deles é enorme”, diz a coordenadora.

Hoje o grupo conta com 23 jovens que servem a missa aos domingos. Para eles, a participação é importante para o crescimento, pois obtêm responsabilidade e aprender a

lidar com as pessoas, já que trabalham, principalmente, com a recepção durante a missa.

Assistência SocialA Igreja Santo Afonso

desenvolve diversas obras sociais. A primeira foi criada em 1952, para atendimento de carentes, necessitados e paroquianos de Santo Afonso. O “Curso de corte e costura” foi abençoado pelo Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara, em visita a Paróquia. Dois anos depois, foi a vez da Obra Social São Geraldo Majela, com finalidade de assistência material, religiosa e moral.

A a tua l Ob ra Soc ia l Santo Afonso e São Geraldo, entidade filantrópica sem fins lucrativos, foi criada em 1973 e é dedicada a assistência social e promocional aos pobres.

Foto: Arquivo pessoal (Thaisa da Rocha Mota)

O grupo Liturgia Jovem dá apoio aos domingos aos frequentadores da missa

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4 Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12

Tijucano românticoMorador do bairro, Gustavo Lins não abandona o gênero que o consagrouJuliana Monteiro

Responsável pela compo-sição de muitas músicas de sucesso e dono de uma voz suave, o cantor de pagode Gustavo Lins é nascido e criado na Tijuca. Com o crescimento de sua carreira, hoje, divide-se entre o bairro e a Barra da Tijuca, passando a maior parte do tempo em seu lugar de origem, onde ainda moram seus pais. “Eu estou sempre na área”, diz.

Flamenguista, vizinho do Maracanã e presença garantida em quase todos os jogos do rubro-negro no estádio – que está temporariamente fechado para obras –, Gustavo afirma estar um pouco ausente, pois ainda não conhece o Engenhão e foi poucas vezes assistir o time atuar fora do Rio.

Outro local frequentado pelo pagodeiro é conhecido pela maioria dos tijucanos: a Praça Varnhagen, cercada por bares e restaurantes de diversos tipos. Bem próximo, o rapaz escolhe o shopping quando quer ir ao cinema, encontrar algum amigo ou, simplesmente, quando precisa comprar algo.

Além dessas preferências, Gustavo vê a localização do bairro como um ponto positivo. “Na Tijuca você está perto de tudo. Você vai para o Centro com facilidade, para a Zona Sul, Barra, Baixada. Você consegue chegar ao seu destino, geralmente, com rapidez”, afirma o cantor que, por conta da sua profissão, está sempre percorrendo vários lugares fazendo shows.

Apesar da pouca idade, o gosto musical vem desde cedo e Gustavo tem um currículo cheio. Aos 9 anos aprendeu a tocar violão sozinho. No início da adolescência, ele e mais alguns amigos resolveram montar um grupo de pagode – o “Demais da Conta” -, que acabou não vingando. Sem desistir dos seus objetivos, Gustavo compôs, aos 14, sua primeira música de sucesso: “Pra Ser Feliz” – hit que deu nome ao seu primeiro álbum dois anos mais tarde e que tornou-se uma das mais tocadas no Brasil em 2003. No mesmo ano, outra composição sua, “Opções”, gravada pelo

“Passei a sentir que era um trabalho de qualidade e promissor’’

Gustavo Lins, sobre seu talento como compositor

grupo Os Mulekes, ficou em 2º lugar. A partir daí, dava-se início ao sucesso de sua, tão sonhada, carreira musical.

Hoje, aos 24 anos, Gustavo Lins tem cinco CDs e dois DVDs gravados. Antes mesmo de ser cantor, já escrevia músicas e algumas de suas composições foram interpretadas por diversos cantores e grupos, como Belo, Rodriguinho, Alcione, Kelly Key, Exaltasamba e Pique Novo. “O mais importante, para mim, ao ouvir minhas músicas sendo cantadas por outras pessoas, foi a afirmação do meu talento como compositor, como músico. Isso me deu confiança para que eu continuasse compondo. Passei a sentir que era um trabalho de qualidade e promissor”.

Porém, como qualquer outra profissão, já passou por momentos complicados e pensou em abandonar a carreira. “Não por uma questão de sucesso ou fracasso, mas pensando em tomar outros rumos. Algumas coisas são incompatíveis com o que imaginei para a minha vida e no que ela se transformou. Mas eu acho que altos e baixos é normal e temos que estar preparados para passar por certas situações”, declara. E, nessas horas, o apoio dos fãs foi fundamental. Gustavo, aliás, tem um ótimo relacionamento com esses que são os principais responsáveis pelo seu sucesso e lida muito bem com o assédio.

Quando o assunto é sua beleza, tenta ser um pouco modesto. “Eu fico me achando. Mas acredito que um conjunto de fatores faz com que eu tenha esse reconhecimento. Com certeza não é só porque sou bonitinho. Ter uma boa aparência ajuda, mas eu procuro ter o pé no chão, ver o que é cada coisa e saber de onde isso vem”. Para as pretendentes, uma boa notícia: ele está solteiro.

Gustavo está focado em seus novos projetos. “Meus planos, hoje, são para 2011, 2012, 2013... Tudo o que eu tenho feito, principalmente nos últimos tempos, tem sido pensando em algo com mais longevidade, ainda maior do que eu já fiz. Temos que pensar para frente, em superar, fazer um trabalho cada vez melhor. Estou em estúdio, gravando, planejando lançar CD e DVD”. Uma dessas novidades já pode ser conferida em seus shows: o estilo samba funk.

“Não tenho a intenção de atingir outros públicos em fatores comerciais. As mudanças que eu fiz sempre foram naturais, com vontade de me expressar artisticamente. Às vezes, a gente testa um arranjo novo no show, vê o que o público acha, sente a reação. É uma vontade minha e eu estou testando, estudando”, garante Gustavo que, apesar dessas mudanças, não perdeu o gênero romântico que sempre o acompanhou.

Fotos: Juliana Monteiro

O músico está aprendendo a tocar mais um instrumento: bateria

Violão: primeiro instrumento de Gustavo para tirar as primeiras notas

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Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12 5

Estação Uruguai começa a funcionar na CopaTeresa Maçol

Com inauguração prevista para 2014 a Estação Uruguai, 36ª da Linha 1, chegará trazendo novidades para os moradores da Grande Tijuca. Será a primeira totalmente cl imat izada e contará com portas de vidro que se abrirão apenas quando o trem parar, configurando uma proteção extra para o embarque e desembarque de passageiro. O novo acesso é muito aguardado pelos moradores do bairro, principalmente para os usuários que uti l izam o serviço de integração, já que a viagem será realizada em menos tempo.

É o caso de Ângela Márcia, de 46 anos, bancária e estudante

de direito, que utiliza o ônibus e o metrô. Assim, enfrenta o trânsito intenso nos horários de pico. Com a inauguração ela acredita conseguir diminuir o tempo gasto no trajeto até o trabalho, que dura em média 50 minutos. Admiradora desse meio de transporte por evitar engarrafamentos e desperdício de tempo, ela acha que os benefícios serão muitos, mas se preocupa com o aumento do f luxo de passageiros. “Desagrada-me profundamente as condições em que somos transportados, que a meu ver é humilhante, pois viajamos de forma desumana”.

A preocupação se deve ao impacto que a nova estação vai gerar, visto que irá atender aproximadamente 20 mil pessoas a mais. Um problema que não existe, segundo a gerente de Relações Institucionais do Metrô, Rosa Cassar. Ela afirma que não haverá superlotação, pois a concessionária está investindo em medidas que permitirão duplicar o número de lugares. “Dentre elas está a compra de 114 novos carros, ou 19 trens, que começarão a chegar ao final deste ano. Assim, na inauguração, todos os novos trens já estarão circulando”.

Segundo Rosa, os benefícios gerados vão além do transporte de passageiros. A transferência dos terminais de ônibus de integração para o entorno da Rua Uruguai reduzirá os congestionamentos próximo da Praça Saens Peña. Assim, os moradores da região ganham em qualidade de vida.

Com um investimento de R$ 220 milhões e com as obras iniciadas em 19 de fevereiro deste ano, a expectativa de duração é entre 24 e 30 meses. A Estação de Metrô Uruguai contará, ainda, com cinco pontos de acesso para facilitar a vida de todas as pessoas que usam o transporte todos os dias.

Ano de 2011 será de obras na Praça da BandeiraRaquel Halfeld

O bairro da Praça da Bandeira, localizado na Zona Norte, já se tornou uma referência quando se fala em alagamentos na cidade do Rio de Janeiro. Há décadas a cidade assiste os rios transbordarem - Joana, Trapicheiros, Maracanã e Papa-Couve -, paralisando o trânsito da cidade, levando destruição à região e prejuízos aos moradores e comerciantes. A grande novidade é a promessa da Prefeitura da Cidade de resolver o problema até o ano de 2014, com recursos do Programa PAC 2 do Governo Federal.

De acordo com informações do site da Secretaria de Obras do

Município, três piscinões serão construídos na região para acabar com as enchentes. Quando começarem as chuvas, os reservatórios irão acumular a água e impedirão o transbordamento dos rios. O Ministério das Cidades vai investir R$ 284,92 milhões no projeto.

O comerc ian te José Linoppard Vieira, de 56 anos, possui uma sapataria na Rua do Matoso, localizada próxima à Praça da Bandeira, há oito anos, e anseia pelo início das obras. Na chuva ocorrida em abril de 2010 o comerciante perdeu todo o seu estoque de mercadorias, um prejuízo calculado em R$12

mil. “Já é a terceira vez em pouco tempo que a loja é arrasada por causa de uma chuva. Espero que as obras comecem logo para a resolução deste problema”.

A principal ligação entre a Zona Norte e o Centro da Cidade é um dos maiores gargalos da cidade quando ocorrem os grandes temporais. A Praça da Bandeira é rodeada pelas encostas dos morros da Tijuca. Como as obras serão finalizadas no final de 2013 ou início de 2014 será necessário que até lá se trabalhe na prevenção, fazendo a limpeza de rios e galerias de águas pluviais naquela região.

Imagem: Acervo Metrô Rio

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6 Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12

Ainda bebês e já na universidadeAs dificuldades de criar um filho e a busca para realização profissional fazem mães levar as crianças para a sala de aulaHortência Oliveira

Algumas crianças têm que se acostumar com o ambiente de ensino superior já na infância, porque os pais não têm com quem deixá-los e levam os pequenos para a aula.

Estudar exige sacrifícios. Em um mundo onde se vê pais levando filhos para boates e outros lugares impróprios, que é a realidade em que se vive, há os que levam seus filhos pequenos para a faculdade porque não têm com quem deixá-los. Na Universidade Veiga de Almeida algumas mães se encaixam nesse perfil.

É o caso de Daniele Feijó, estudante do 7º período de

a inda va i p ra facu ldade. Tadinho, fico com pena, mas ele não reclama, o máximo que faz é perguntar se ainda vai demorar muito. Ele sabe que tem que ir”.

Débora conta que quando cursava f o n o a u d i o l o g i a alguns professores reclamavam com a presença de Gabriel, o que a fez trancar o curso. Mas em design, afirma que não teve nenhum problema.“Um dia estávamos na aula do Álvaro e ele perguntou sobre o que víamos na tela que

Jornal ismo, que teve que levar sua filha, Eduarda, para a faculdade até ela desmamar. Segundo a futura jornalista, o s p r o f e s s o r e s n ã o s e incomodavam com a situação. “Até hoje pedem para que eu a leve porque estão com saudades”, conta ela.

Outro caso é o de Débora Rocha, estudante de design. Ela tem que levar seu filho, Gabriel Rocha, de 5 anos, para a faculdade todos os dias porque não tem com quem deixá-lo. “Tem dias que ele gosta e dias que ele não gosta de ir. Ele fica muito cansado. Faz judô, natação futsal e

estava sendo mostrada e todos deram sua opinião, Gabriel teve também que dar a dele, disse que o quadro tinha cores quentes, e ele acertou mesmo, foi muito engraçado”.

Mulheres sofrem mais com as dores da enxaquecaLuana Néri

Fortes dores de cabeça, enjôos e resistência à claridade. Quem convive com enxaqueca sabe bem como é doloroso esse problema. Quase 20% da população brasileira feminina enfrenta essa realidade com frequência.

Alimentação inadequada, insônia, poucas horas dormidas e até problemas relacionados aos hormônios sexuais femininos estrógeno e progesterona (a enxaqueca atinge três vezes mais mulheres com problemas de hormônios que homens) podem ser alguns fatores causadores dessa doença.

As mulheres sofrem mais desse mal, devido às mudanças hormonais que passam ao longo da vida, como, por exemplo, a menstruação, já que geralmente a enxaqueca aparece no período de Tensão Pré-Menstrual (TPM)) e a menopausa.

A auxiliar de administração Isabella Villar sofre desde a primeira menstruação. “As dores são horríveis, passo o dia todo de cama com uma compressa

de gelo na cabeça e os olhos tapados de toda claridade. Sofro com isso desde pequena”.

As consequências podem ir além das dores, como no caso da secretária Vanize do Nascimento, que acabou perdendo seu emprego devido à doença. “Como tenho enxaqueca todo período pré-menstrual, um dia por mês acabo faltando ao trabalho, pois minhas dores são alucinantes. Mas agora já estou vendo um tratamento, pois

patrão nenhum acredita que as dores são tão fortes”.

Segundo o neurologista Dr. Paulo Cortez, para casos como de Vanize, existem tratamentos que amenizam as dores. “Existem tratamentos preventivos com uso de medicamentos, porém cada caso é um caso e, sempre deve ser orientado por um médico neurologista. Não devemos nunca nos automedicar. Para evitar dores de cabeça é importante ter uma qualidade de sono melhor,

dormir mais horas por noite e não ficar muito tempo sem se alimentar, além de evitar alimentos como queijo amarelo, que provoca dores”.

Ainda de acordo com o Dr. Cortez, manter o corpo em constante exercício físico é fundamental para combater não somente as dores de cabeça, mas também ajudar outras mazelas do organismo. “Praticar atividade física constantemente e se alimentar com qualidade além de ajudar a prevenir diversas doenças, espaça as dores de cabeça e ajuda quem sofre de enxaqueca”.

Como fo i o caso de Mariane Gonçalves, que após se consultar com um especialista e receber or ientação de manter uma vida saudável, com prática de exercícios e uma alimentação balanceada, sentiu a diferença. “Após o início do tratamento modifiquei a maneira de me alimentar e comecei a praticar caminhada. Com isso, minhas dores além de diminuírem a intensidade, espaçaram muito”.

Foto: Daniel Bispo

Ilustração: www.sxc.hu

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Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12 7

O bom humor começa pela bocaLuana Neri

C o m a i n g e s t ã o d e determinados alimentos é possível manter uma vida mais saudável e sem remédios e, com isso, afastar a depressão que muitas pessoas enfrentam. Alimentos como frutas, verduras e legumes ajudam no equilíbrio de toda a estrutura do corpo.

Para manter o organismo em dia com todas as vitaminas necessárias é preciso ingerir certa quantidade desses alimentos, proporcionando, assim, uma vida mais saudável.

Para a nutricionista Vera Duarte, a ingestão de alguns alimentos é o sucesso de um bom funcionamento do nosso organismo. “O corpo humano necessita de algumas vitaminas que podem ser encontradas em frutas e legumes, por isso é tão importante comermos bem. Existem alguns alimentos, como chocolate, que podemos chamar de antidepressivos. Mas no caso dos doces devemos tomar cuidado com a quantidade”.

A auxiliar administrativo Luciana Xavier diz que se sente melhor quando ingere determinados alimentos sugeridos por seu médico. “Quando estou muito estressada, como um quadradinho de chocolate e logo me sinto melhor”.

Alimentos ricos em tripto-fano, como leite, banana, feijão e chocolate, melhoram o humor e diminuem os sintomas da depressão, trazendo benefícios à saúde e proporcionando bem-estar se ingeridos frequentemente.

A secretária Ivete Gon-çalves enfrentou problemas de depressão e, além do trata-mento, passou a ingerir alimentos antidepressivos com a orientação de sua médica, e o resultado chegou rápido. “Tive problemas depressivos e sair dessa fase foi muito difícil. Minha médica passou um tratamento e, além disso, me apresentou alguns alimentos. Com o tempo pude perceber a melhora. Hoje sou uma pessoa que aproveita mais a vida e se alimenta com mais qualidade”.

Foto: Luana Neri

Praticar esporte é vidaFlávia Cunha

A escolinha Bernard de Vôlei de Praia, localizada ao lado do Shopping Tijuca, já existe há 12 anos e já conta com 1.200 alunos. O projeto foi criado pelo profissional de Educação Física e professor da escolinha Fernando Duarte, de 46 anos, junto com o ex-jogador de vôlei que inventou o saque “jornada nas estrelas”, Bernard Rajzman.

O objetivo do projeto é realizar um trabalho social com o esporte para as crianças. Eles contam com a ajuda da Prefeitura e de patrocinadores para manter esse projeto.

Fernando diz que hoje eles já possuem mais duas escolinhas iguais a essa, na Barra da Tijuca e em Ipanema. “Nós resolvemos levar o esporte até os jovens para, por meio

dele, passarmos educação, disciplina e responsabilidade. Por isso, que para entrar e participar da escolinha, é necessário que a criança ou adolescente esteja estudando. É uma forma de incentivá-los com seus estudos.”

O projeto é dividido em duas etapas. A escolinha funciona durante o dia para quem está começando e não tem experiência no esporte e a da equipe, no período da noite, para quem participa de competições. Esta já ganhou vários títulos, sendo a mais premiada do Brasil nos campeonatos.

Uma das alunas, que está no projeto há quatro anos, Degenane de Souza, de 38 anos, já conquistou medalha nas competições e trouxe a

filha, Yanna Louro, de 12 anos, para participar também. “Eu sempre gostei de esporte e quando soube do projeto resolvi participar. A prática faz bem à alma e à saúde. Depois de um tempo resolvi matricular minha filha, pois além da atividade, a escolinha também apresenta aos alunos palestras sobre assuntos variados. Achei que seria ótimo para ela, pois ajuda na sua educação”.

Para Fe rnando, é de extrema importância a parceria da escolinha com o juizado de menores. “Sempre que preciso, o juizado entra em contato com a gente, para ver se possuímos alguma vaga disponível para que assim, possam enviar um jovem para participar das aulas e aderir ao esporte como uma atividade que lhe proporcione benefícios, abrindo muitas portas”.

Cultura e lazerFlávia Cunha

O teatro não é só visto como cultura, mas também como uma forma de lazer e entretenimento. Foi por esse motivo que o Tijuca Tênis Club e o América Futebol Club resolveram fazer salas de teatro dentro do estabelecimento, que são conhecidos como “Teatro Henriqueta Brieba” e “Max Nunes”, respectivamente. Ambos recebem nas peças dos finais de semana 500 pessoas em média.

A vendedora Michele Souza, de 31 anos, moradora da Tijuca há 7 anos, diz que antes de se mudar para o bairro já frequentava o Teatro do Club América. Ela diz que as peças realmente são excelentes e que usa o seu tempo livre nos finais de semana para poder assistir aos espetáculos com o seu namorado.

O Tijuca Tênis Club, por exemplo, além das peças, usa o espaço do teatro durante a semana para palestras e cursos para adolescentes. Apresentações de peças para projetos escolares acontecem também durante a semana.

Foto: Flávia Cunha

Mãe e filha, Degenane e Yanna participam juntas das aulas de vôlei

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8 Setembro de 2011 | Ano 3 | Número 12

Vivendo sem confortoMorar em república é barato e traz experiências culturais Rafael Chagas

As amizades feitas durante o período de moradia são para a vida toda

Foto: Arquivo pessoal (Marcelo Londoño)

Sucesso gastronômico nas esquinas da Tijuca

Associados ao Pólo Gastronômico da TijucaAdega Villas BoasRua Santa Luisa, 486Tel.: 3238-1748 Bar do AdãoRua dos Artistas, 130Tel.: 2570-5421 Bar VarnhagemPraça Varnhagem 14ªTel.: 2254-3062 Benditho BarRua Baltazar Lisboa, 47Tel.: 2208-2246 Buffet ChantillyRua São Francisco Xavier, 524Tel.: 2254-6068 Buxixo ChoperiaAvenida Maracanã, 760Tel.: 2264-8484 O Camarão Arte BiaRua Dona Zulmira, 134Tel.: 2570-3187

Opção na BrasaRua dos Artistas, 21Tel.: 2278-4340 PancrepeRua Dona Zulmira, 53Tel.: 2268-4260 Meu CantãoAvenida Maracanã, 782Tel.: 2568-2463 SiriRua dos Artistas, 2Tel.: 2208-6165 SókanaAvenida Maracanã, 766Tel.: 2567-7082 Universo da CervejaRua Almirante João Candido Brasil, 134 – Loja CTel.: 2268-6894

Fonte e imagens de capa:www.polotijuca.com.br

Caroline Carneiro

O Pólo Gastronômico na Praça Vanhargem, na Tijuca, completou sete anos em 14 de julho e é conhecido como a passarela do entretenimento, recebendo pessoas da Zona Sul, Zona Norte e Baixada Fluminense, que buscam, qualidade e bom atendimento, não somente bons preços.

A região reúne 30 bares, mas somente 13 são associados ao projeto, criado pelo decreto 24410 e iniciado com uma regularização da Prefeitura, durante a gestão do ex-prefeito César Maia, com o apoio do Sebrae. Segundo o Presidente do Pólo Gastronômico, Alfredo Albres, de 53 anos, o lugar recebe em média 110 mil frequentadores em uma semana. Apesar de ter gente de todos os lugares da cidade, a maioria mora bairro.

A variedade de comidas e aperitivos é o que mais leva o consumidor à região, mas há outros atrativos. Frequentador há cinco anos dos bares do Pólo, o empresário Bruno Pantoja, de 29 anos, gosta também da música ao vivo. “O ambiente é muito agradável e familiar. Nunca presenciei nenhuma briga, apesar do local ter também muitos jovens”, diz.

O Pó lo Gastronômico promete lançar duas marcas comemorativas e um mascote para os jogos da Copa do Mundo de 2014. Serão feitas 200 mil tulipas, camisetas, canecas e abridores para serem vendidos. Com isso, além de arrecadar dinheiro para ajudar na Associação, também incentivará os torcedores brasileiros.

A república é uma boa opção para estudantes que buscam gastar pouco, conhecer e conviver com outras culturas. Normalmente elas funcionam com regras estabelecidas pelos proprietários ou moradores, nos quais os quartos funcionam de acordo com cada local e os ambientes coletivos como sala, cozinha, área de serviço e banheiro devem operar de acordo com as regras definidas pelo grupo para uma boa convivência.

Marcelo Londoño sabe muito bem o que é isso. Ele veio da Colômbia para estudar e morar em uma república no Rio. Nela, conheceu pessoas que vieram do Chile, do México e

também os brasileiros de outros estados. Segundo o estudante, é muito bom viver em uma república por gastar pouco e adquirir experiências culturais. “Escolhi uma república para morar porque aqui não vou me sentir sozinho, além de gastar pouco e conhecer melhor a cultura do país”, diz.

Para quem está pensando em morar em república fica a dica: é preciso estar aberto à convivência coletiva e viver sem muito conforto, mas a experiência, amizades e troca cultural valem à pena. E depois que os estudantes se formam e vão embora a saudade é a con-firmação de que as repúblicas foram uma boa escolha.

Foto: Julliana Marques

Foto: www.sxc.hu

O Pólo completa sete anos de funcionamento e reúne 13 estabelecimentos