estudo portland building, de michael graves

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  • 8/10/2019 Estudo Portland Building, de Michael Graves

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOISUnUCET Anpolis

    Arquitetura e Urbanismo

    GUILHERME CAMPOS

    PORTLAND BUILDING MICHAELGRAVES

    Anpolis7 de Dezembro de 2010

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    PORTLAND BUILDING MICHAEL GRAVES

    O Portland Building, como mais conhecido, um prdio de escritrios municipal da cidade dePortland, no Oregon, estado dos E.U.A. um edifcio de 15 pavimentos localizado na reacentral da cidade. Construdo a um custo de 29 milhes de dlares, ele abriu as portas em1982, e foi considerada a primeira obra Ps-modernista de grande porte em todo o mundo.

    HISTRIA

    O aspecto distinto do edifcio, com seu uso variado de materiais com diferentes texturas ecores, janelas diminutas e incluso de adornos decorativos, era de extremo contraste aosedifcios de escritrios construdos em sua poca, e se tornou um cone da arquitetura ps-moderna.

    O projeto de Graves foi escolhido dentre onze outros projetos submetidos ao jri do concurso,em 1979. Philip Johnson era um dos jurados, e muitos dizem que a proximidade dos doisarquitetos pode ter tido impacto na escolha de Michael Graves. O prefeito de Portland na

    poca, Frank Ivancie, expressou a opinio de que os centros das cidades americanas comeoua se tornar montono, devido ao grande nmero de prdios de escritrios cobertos de vidro eao, com sria ausncia de elementos decorativos. Dentre os arquitetos do jri, a reao foimista, com muitos deles criticando o design enquanto outros o abraavam pela representaoanti-moderna.

    Alm de julgamentos de esttica, muitas falhas estruturais e de conforto foram notadas logoaps a entrega do edifcio. Algumas delas foram encaradas com humor ou desprezo peloscidados empregados dentro do edifcio, que o descreviam como feito a preo de pec hincha ede difcil expediente em seu interior.

    http://en.wikipedia.org/wiki/File:Portland_Building_1982.jpg
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    Em 1990, apenas oito anos aps ter sido completado, o lobby e o restaurante precisavam dereformas. Quatro firmas se prestaram ao servio, incluindo a de Michael Graves, esperandopela licitao das obras. Karen Nichols, do escritrio de Graves disse Michael sente como seele devesse algo cidade, ns temos feito muitos prdios pblicos desde o PortlandoBuilding.

    REAO

    Em maio de 1983, o prdio ganhou um prmio de honra do American Institute of Architects.Em 1985, a esttua de cobre Portlandia foi colocada frente da entrada.

    A aparncia do edifcio ainda continua controversa entre os cidados de Portland, assim comopara vrios arquitetos ao redor do mundo. Em 1990, o jornal local The Oregonia n afirmou difcil achar quem desgoste do edifcio Pioneer Courthouse Sqaure... ainda mais difcil deachar aquele que admita que goste do Portland Buildong. Paul Goldberger disse -Paramelhor ou para pior, o Portland Building abrange muitas coisas. Ele mais importante peloque representa do que pelo . Teve um grande efeito sobre a arquitetura americana e trouxeum retorno ao classicismo que nos revigorou com vrios prdios influenciados com bom gostoe qualidade. Pietro Belluschi disse -Eu o acho totalmente errado. No arquitetura, apenassuperfcie. Eu disse poca que havia apenas duas coisas boas sobre ele, que poria Portlandno mapa arquitetnico, e que nunca seria repetido. Em Outubro de 2009, a revistaTravel+Leisure afirmou que que o edifcio um dos mais odiados exemplos de arquiteturados Estados Unidos.

    CORRENTE ARQUITETNICA

    Historicismo abstrato - Silvio Colin

    De acordo com Silvio Colin, o edifcio se insere na corrente historicista abstrata, por ser umamescla de motivos histricos da tradio clssica ocidental aplicados de maneira livre, comsuas propores e mesmo seu desenho modificados pelo arquiteto, no se atendo a respeitara fonte de onde pega emprestados os elementos. A inteno de protesto ou ironia, alm,

    claro, da valorizao decorativa. uma adaptao do mtodo clssico, de simetria edeterminismo formal, s novas exigncias e nova escala, misturado aos procedimentosmodernistas, como vista na insero desses moldes a uma malha ortogonal de janelas.

    De acordo com Joseph Maria Montaner, o edifcio se enquadra na vertente ClassicistaHistoricista. Podemos claramente ver as referncias clssicas, mas a diferena que essacorrente apresenta aos classicistas revivalistas a de que, ao projetar, no se preocupem como respeito e integridade de proporo, ritmo e escala clssica, usando os elementostransfigurados, pintados, torcidos ou de ponta-cabea. Ou seja, exatamente como Silvio Colinenxerga, porm com nomenclatura diferente.

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    De acordo com o prprio Michael Graves, sua arquitetura figurativa. Ele entende por isso ouso de amostras do passado, vivas em nosso sub-consciente, que ele usa para despertar anoo de familiaridade e tradio. Aquilo que, ao dim e ao cabo, nos proporciona o nossosentimento de identidade com um edifcio, um lugar, um aposento (...). Ocarter e ascaractersticas dos edifcios so em parte narraes, em parte memria, em parte nostalgia,em parte smbolo. Uma arquitetura significativa deve incorporar tanto expresses internascomo externas. A linguagem externa, que absorve as invenes da cultura de maneira geral,baseia-se numa atitude figurativa, associativa e antropomrfica.

    Ou seja, a arquitetura figurativa aquela que transmite, atravs de parfrases de outrasarquiteturas, objetos e smbolos, uma linguagem rica em comunicao com o expectador.

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    BIOGRAFIA DE MICHAEL GRAVES

    Nascido em 9 de Julho de 1934, em Indianpolis, estado de Indiana, Estados Unidos da

    Amrica, Michael Graves teve um interesse logo na infncia por desenho e pintura que oacompanhou na sua carreira de arquiteto e designer. Graves recebeu seu primeiro treino emarquitetura pela Universidade de Cincinnati, num programa cooperativo que o permitiutrabalhar no escritrio de Carl A. Strauss e Associados, enquanto completava sua educaoformal em sala de aula. Foi neste escritrio que Michael Graves achou um de seus mentores,Ray Roush.

    Aps receber o ttulo de Bacharelado na Cincia da Arquitetura em 1958, Graves entrou para aUniversidade de Harvard, e terminou o mestrado no ano seguinte. Aps essa graduao,Michael foi trabalhar com o Designer e Arquiteto George Nelson, onde seu profundo interesse

    em design de mveis foi encorajado. Graves no continuou por muito tempo neste escritrio,porque em 1960 ele recebeu o chamado para estudar na Academia Americana em Roma.

    Sob os ensinamentos da Academia Americana, Graves passou os prximos 2 anos em Roma ecidades prximas, estudando pintura, e desenhando os edifcios e as paisagens. No foi apenasexposto arquitetura fsica, mas tambm aos escritos de grandes clssicos da teoria e crticaarquitetnica. L aprendeu a linguagem da arquitetura. Graves nunca havia sido exposto teoria arquitetnica, ento essa experincia na Academia teve influncia enorme em suacarreira docente e na sua prtica arquitetnica.

    Em 1962, Graves aceitou a posio de professor na Universidade de Princeton, e hojeprofessor geral do departamento de arquitetura em Princeton. professor honorrio emAustin, Houston, Los Angeles, Maryland, Charlotte, New York, entre outras universidades.Graves regularmente participa em jris de crtica de design e projetos para muitasuniversidades e organizaes. Publicou artigos e livros no mundo inteiro e deu palestras aoredor do globo.

    O desenho um recurso central no trabalho de Graves, e muito conhecido por seu croquisevocativos. Em 1979 os croquis de Michael foram apresentados na galeria de arte MaxProtetch, um caso raro ao vermos desenhos arquitetnicos sendo apreciados como obras dearte. Graves participou de mais de 150 exposies mundiais de arte com seus croquis.

    Nos anos 70, Michael Graves era conhecido por ser um dos Cinco de Nova York, devido spublicaes dos cinco destacados arquitetos, vindos de uma reunio do CASE (Conference ofArchitects for the Study of the Environment), que aconteceu no Museu de Arte Moderna deNova York em 1969. O trabalho de Graves era representado juntamente com o de PeterEisenmann, Charles Gwathmey, John Hejduk, e Richard Meier. O trabalho deles poca erafirmado ao Modernismo e era caracterizado pelas construes brancas.

    Desde aquele tempo, o trabalho de Michael Graves evoluiu dramaticamente, tanto quanto seuuso da cor como pelo seu interesse na simbologia figurativa incorporada arquitetura, junto

    aos ensinamentos do Modernismo. Michael Graves foi referido pela revista House e Garden dapoca, como o homem que reescreveu a linguagem da cor, mostrando o lado de Graves

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    afinado s cores dos materiais e da natureza. Exemplo das cores usadas por ele so a terracotapara representar a terra, geralmente vista na base de suas estruturas. Azul usado comometfora do cu, geralmente visto no teto. De acordo com DougLas Davis da Newsweek,Michael Graves um homem obcecado em comunicar o significado de todos os elementos desua obra. Suas cores leves, reforam a expresso e seu cuidado com o simbolismo.

    Em um mongrafo escrito por Graves no livro Buildings and Projects 1966-1981, um ensaio deseu punho intitulado "A Case for Figurative Architecture, ele discute a relao da figurahumana com a forma da arquitetura resultando em uma figurao arquitetnica. Arquiteturafigurativa restabelece a linguagem tradicional pr-moderna, que diferentemente dasabstraes de grande parte do movimento moderno, baseado na ocupao social, psquica efsica do espao.

    Michael Graves se ope uma fachada inteiramente de vidro, a chamada de pele de vidro,pelo fato de se assemelhar a uma gria na linguagem. Michael Graves prefere ver uma janela

    como um elemento distinto numa fachada, emoldurando a vista do ocupante ao exterior,aumentando a diferena hierrquica entre dentro e fora, e expressando a dimenso da figurahumana de fora do edifcio. O interesse de Graves em instaurar os elementos tradicionais daarquitetura como distintos do restante no implica simplesmente em voltar ao passado.Michael Graves estava interessado tambm em relatar em sua paleta as lies positivas doModernismo assim como das correntes prvias.

    O escritrio de Michael Graves j abrangeu uma grande amplitude de projetos, que incluemurbanismo e arquitetura, edifcios corporativos, municipais, shoppings, habitaes uni emultifamiliares, educativos e culturais como bibliotecas, escolas, museus, centros de arte, salas

    de concertos, moblia e artefatos. Para cada novo trabalho, o contexto sempre muitoanalisado e de suma importncia. Os edifcios de Graves nunca abalam o local onde estoinseridos nem tampouco somem na paisagem. Utilizando de formas e linguagens prprias eabastecendo-se de elementos dos arredores as construes se firmam solidamente no espao.

    O cromatismo e o senso arquitetnico derivado de Graves levaram a grandes influncias noapenas nos projetos de edifcios como tambm nos projetos de interior. Muitos dos interioresde Graves incluem moblia, artefatos e at mesmo pinturas e murais criados pelo arquiteto.Suas criaes na rea vo desde talheres, jogo de mesa, ch, porcelana, luminrias, cadeiras emesas, joalheria, relgios de pulso, relgios de parede, carpetes e tapetes, fantasias e roupas

    de bal, psteres, trabalho grfico e at mesmo um telefone.

    Michael Graves recebeu muitos ttulos e prmios por seus edifcios, interiores e produtos.Includos na lista esto 7 Prmios de Honra Nacional pelo Instituto de Arquitetos Americanospor seus projetos arquitetnicos, 31 Prmios de arquitetura pela New Jersey Society ofArchitects; 14 da revista Progressive Architecture, e 7 pela revista Interiors, incluindo oDesigner do Ano de 1980.

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    BIBLIOGRAFIA

    http://architect.architecture.sk/

    http://www.greatbuildings.com/

    http://shuandjoe.com/

    http://www.bustler.net/index.php/

    http://espacoimaginarium.blogspot.com/

    http://www.metropolismag.com/

    http://portlandmuse.com/

    http://www.emporis.com/

    http://www.americanwaymag.com/

    http://www.travelandleisure.com/

    Colin, Silvio. 2004. So Paulo, Ed. Uap Ps-modernismo, repensando a arquitetura

    http://www.travelandleisure.com/http://www.travelandleisure.com/http://www.travelandleisure.com/