etapas do - furg · 2013. 4. 5. · brincadeiras infantis para o pleno desenvolvimento desta etapa....
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Etapas do Grafismo
Pensamento cinestésico
Garatuja desordenada
Garatuja ordenada
Garatuja nomeada
Pensamento imaginativo
Etapa do
Pré-esquema
Pensamento simbólico
Etapa do Esquematismo
Etapa do Realismo
Etapa do Pseudonaturalismo
Imaginação é uma palavra que
contém outra: imagem.
Segundo Vygotsky (1996), criar
também significa reorganizar imagens
que guardamos em nossa memória, do
nosso conhecimento prático,
adquirido a partir das nossas
experiências e de nossa cultura.
Assim, quanto mais vivências pudermos assimilar, tanto maior será o
nosso repertório de imagens que poderemos reorganizar e recriar,
dando forma à nossa imaginação. Daí a importância do jogo e das
brincadeiras infantis para o pleno desenvolvimento desta etapa.
Grafismo
Pensamento Imaginativo
Etapa do Pré-esquema
O momento do fechamento da forma é de fundamental
importância para a criança.
Isto porque, em nível perceptual, a criança está celebrando a
descoberta da consciência do Eu. Seria como pensar: Este
desenho sou eu !
Trata-se da primeira tentativa de representar algo do mundo real.
As primeiras tentativas do fechamento da forma em círculos demarcam a transição da etapa
da garatuja nomeada para a etapa do pré-esquema.
Para Lowenfeld & Brittain ( 1977), nesta etapa, as crianças
desenham a si próprias ou tudo o que desenham tem como ponto
de referência a sua existência. Por isso, alguns autores dizem que,
nesta fase, a criança desenha de forma egocêntrica : eu sou o
centro de meu universo!
Etapa do Pré-esquematismo
Os temas são apropriações,
como: o meu gato ou a minha mãe.
Nesta etapa, a motricidade
permite que a criança desenhe
formas rudimentares de representação da figura humana.
A cor é ainda casual; os
materiais devem permitir destreza
no traço e liberdade; papel
de grande formato.
O esquema corporal da figura humana inicia com a
configuração cabeça-pés.
O desenho da figura
humana cabeça-pés vai
evoluindo para o
desenho tronco e
membros.
As formas humanas são
genéricas e muito
parecidas com as
esquematizações
utilizadas também para o
desenho de animais.
Para Lowenfeld (1977),
essa etapa ocorre entre
quatro e seis anos.
O desenho da figura humana representado por tronco e membros
A plena liberdade de expressão é a tônica desta etapa. O
rabisco vigoroso da garatuja transforma-se em
preenchimento. O conhecimento assimilado do exercício da
cinestesia desenvolvido anteriormente dá segurança à
criança para a execução de projetos gráficos arrojados.
O espaço do papel é preenchido com liberdade e, de
acordo com o egocentrismo natural desta etapa, todos os
elementos representados em grupos de figuras giram em
torno da figura central que, via de regra, representa a
criança. O uso da cor é afetivo, emocional, portanto,
muitas vezes, a criança colore a grama de vermelho, porque
gosta da cor.
O espaço representado é de flutuação, conhecido
também por espaço do astronauta, por proporcionar ao
adulto observador, a sensação visual de ausência da força
da gravidade.
REFERÊNCIAS
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