fernandes. o que é sociologia

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  • 8/2/2019 FERNANDES. O que Sociologia

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    BIBLlOTECA UNIVERSIT A R I ASerle 2 .a - Ciencias Sociais

    Volume 38

    Vir'fRo d.FLORESTAN FERNANDES

    ( Professor Emerit a d. Universidade de Sao Paulo)

    iI~

    FLORESTAN FERNANDES(Universidade de Toronto)

    elementos deSOCIOLOGIA,TEORICA

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    DEDALUS - Acervo - FFlCH-FllE le m e nt os d e s o ci ol og ia t eo ri ca ;

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    COMPANHIA EDITORA NACIONALEDITORA DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO

    SAO PAULO

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    CAPITULO 1o QUE E A SOCIOLOGIA ?( 0 )

    A maneira mais simples de enunciar 0 objeto da sociologiaconsiste em descreve-la como "a ciencia Que estuda os fena-menos socials". Mesmo 0 observador desprevenido pooe dar-se conta de que certas atividades de organismos como as for-migas, as abelhas, os macacos ou os homens realizam-semediante a conjuga~ao de esforcos e concorrem para a sa-tisfacao de necessidades que sao tanto individuais, quantosupra-individuals ou colet ivas. Por isso, e - tao comum falar-seem "comportarnento social" das formigas, das abelhas, etc., eem "multidao", "comunidade" ou "sociedade" de fonnigas, deabelhas, etc. N esse sentido, entende-se que a nog.ao "fe-Hameno social" se refere a -atividades (ou comportamentos).:gja manifesta ao genera idade e re eti ao e en em III I-reta ou diretamente, de condi96es extern as ou internas dosorganismos: 0 modo deles coexistirem; as de endencias exis--~ntes entre ~les no ue concerne a adapta~ao ao ambientenatural, a a imenta ao a re rodu~ao ou a rote~ao mmua;os larros invislveis ou ob etivos, ue fazem da agregac;ao e a

    os necessarios nos f!~ro...,c""e""s~so~s~~...:..::::::.'Essa representacao do objeto da sociologia e , no entanto,

    demasiado tosca. Ela serve como ponte de partida. Mas, eimprecisa, por fundar-se em nocoes que nao sao especificas

    ( . ) Trabalho inedito, escrito em 1959, como parte de urn manual destmndoil serie de ciencias sociais d. Biblioteca Universitciria da Companhia Editor. Na-clonal.

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    20 ELEMENTOS DE SOCIOLOCIA TE6RICAda soci~ogi~. Por paradoxal que pare~a, a c cteri~a~.ao doque e ' cial" no comportamento dos organismos nao e pro-

    ema exc usiyamente sociol6gico. A parte desempenhada pelaagrega~ao e pela associacao nos processos da vida chegl aser tao importante em varias espeeies de organismos, que tantoa biologia, quanto a psicologia e a antropologia tambern sepreocupam, fundamentalmente, com a natureza, as variedadese as funeoes dos comportamentos sociais entre as seres vivos.

    riza a contribui ao da sociolo .a e ue eialida com os "fenomenos sociais" no lana em ue eles odemser descritos, 0 )etivamente, atraves de p.r.a.p.rie.dadda_p.w::~lio social do meio ambiente dos or anismos e dos rocessosoe ne a ocortem. Em consequencia, nao the cabe estudar os

    organismos como tais, nem as propriedades deles, que deter-minam ou condicionam seus comportamentos sociais. ~pete-lhe, especif!c~mente, e'studar 6s com ortamentos sociaisem si mesinos, ou se]a, como parte e uma re e e inter e-_.Eendencias e de intera~oes sociais, caracteristica da especie deorganismos considerados.

    Portanto, 0 soci6lo 0 opera em urn lana altamente com-plicado e abstrato, -isolando e ana 'san 0 relacoes que definem,aemodo imediato, 0 nivel de complexidade alcancado pelasdiferentes manifestacoes da vida social entre os seres vivos.Da mesma maneira !aue 0 biolo 0 e 0 sic610 0 sabem ue osprocessos biol6gicos e pSicol6gicos sao condicionados pelassltuac;oes sociais e vi a os organism os, 0 sociologo reconheceue os rocessos sociais sao variavelmente re ulados or ele-

    mentos e mecanismos extra-sociais, de natureza biolco ~ca ou hio sico g~ pen as, concentra sua ateneaonas propriedades dos aspectos sociais da vida, que sao objetode sua especialidade.

    Em suma, a sociologia nao se interessa, indiscriminada-mente, pelo "estudo dos fenomenos socials". Ela trata dos fe-nomenos sociais na medida em que estes traduzem ou expri-m e m certo e s t a ' d o " " de sociabilidade e de coordeDa~1i.u....sup.m-individual de rea oes ou de comportamentos de or an' scoexistentes nas mesmas uni a es de vida or iSSO,.,.S.ellonta.. }e referencia, na descriC;ao dos fenamenos sociais, nao e 0 I(

    INTRODUC;:AO 2 1

    de intera - e de Tela oes sociais. Ou seja, em outras pa-lavras: a ordem social, inerente as diversas modalidades dJ I~' drnanifestacao organizada da vida, oferece 0 ponto de referen- ~ (OJ ecia . a~a:es do qual os Ienomenos sociais devem ser descritos f e l o . . W'0'sociologicamente. , .\~ ~

    Esta conclusao nad em de tautologica. Ela nao esta- \ ' fv ' t- '0Y'O-cbelece que urn fenomeno e social orque e pertinente a vida tsocial. Antes, procura sugerir que certa poreao dos elementose dos processos da vida e , por natureza, social. Sao os ele-.!!lentos e os processos ue concorrem ara asse -urar "con-di~6es normais de existencia" as eSI,1ecie e orga~ismos quedependem da agregaQao ou da associa9ao para sobreyiverem,se reproduzirem e se adaptarem as exigencias estaveis 011 va,riaveis do meio ambiente. Nesse caso, os organismos vivemem c f ; 1 - ue convertem a a egarrao ou a associa~ao em_!lecessidade vital . A sociedade nao se op6e a na ureza, poisrepresenta 0 seu J2!olongamento na organiza9ao dos processos,da vidaA . luz de tais argumentos imp6e-se, sobretudo, considerar

    tres fatos basicos. Primeiro, ~ ordem social parece constar_entre os fundamentos do equilibrio da natureza, nos nfveisde ~rganiz5.a ~a :v.id que re~uerem no ente a ag[e-a~ao ou a aSSOClac;aodos or anismos. Segundo, a importancia

    re atlva da or em socia, na determina9iio do equilibrio d;;:natureza, e incontestavelmente variavel, por serern muito di-versas as necessidades que ela parece preencher nos diferentesniveis de organizarriio da vida. Terceiro, a estabilidade daordem social parece ser amplamente afetada por fatores e ~ rmecanismos extra-sociais mas, inversamente, tambem parece Y ' - e C , P l ' o ec~aro que, em dadas condicoes, a instabilidade da ordem so - ' f C V + I ...1) S Ocial resulta de elementos e de processos sociais, 0 que The con- I /"fere influencia causal para alterar 0 padrao de equillbrio da C D C -0 ry.natureza.

    Quanto ao primeiro fato, e possivel distinguir, grossomodo, quatro niveis de organizacao da vida, tendo-se em vista~ estrntura dos organismos e a natureza do intercambio queeles conseguem desenvolver com 0 meio em que vivem. Aesses ni.ve~~r.apl icamos gualif ica~6es provis6rias e precarias,

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    22 ELEMENTOS DE SOCIOLOGIA TEORICA INTRODUC;AO 23cimentos: a ordem bi6tica a 0dem biossocial, a ordem psicos-social e a ordem ociocultural 1). A traduz acondic;ao mais elementar a capacidade dos organismos de esta,-belecer intera ao ocial corn outros organism os da mesma es-pecie ou de especies diferentes. 0 e exem12Io a res eito,

    . ~sao as aglom~e~~. Nelas se observarn certas ten-~ gregarias, vincUla as a urn padrao extremamente ele-men tar de sociabilidade, assegurado pelo modo de coexisten-cia das plantas individuais no espac;o e por interdependenciaspuramente biot icas, produzidas por fatores inorganicos e orga-nicos ( 2) . A or_dem biossocial aparece ern urn nivel mais com-plexo de organizacao da vida, no qual os organismos dispoemda capacidade, biologicamente condiciona a, e se ocomove-

    e in eragirem e e sl:-TaI oraem representa 0 pro-u 0 o concurso e a ores organicos estaveis, embora se

    possa presumir que fatores supra-orgsnicos chegam a desem-penhar algum papel na interacao dos organismos entre si oucom 0 meio (3). 0 exemplo t ipico desse nivel de organizacaode vida nos e dado pelas "sociedades de insetos" (como asconstituidas por forrnigas e por abelhas), as quais os "fatoresbiol6gicos predominantemente canalizam as funs-oes sociais" eem ue os padroes sociais emergem, onto enicamente, atravesa influencia dominante de fa A 'tanos 4 A ordemsicossocial envolve uma combinacao mais complicada na ope-

    racao e fatores organicos, de carater psicobiol6gico, e defatores sociais, inerentes a maneira pela qual as Individuosaprendem a viver em grupo e a reagir apropriadarnente apresenc;a de outros organismos, da mesma especie ou de espe-des diferentes. A ilustracao tipica desse nivel de organizacaoda vida e fornecida pelos primatas sub-humanos. Em relacaoaos chipanzes, porexemplo, ja se disse que eles sentern "urnafome ou necessidade de estimulacao social que e comparavel,

    o unico amma ca az de domesticar suas manifest.ac;Deugir as suas limita90es na "Iuta pela vida".o que se pode chamar de ordem social, em cada urndesses niveis de organizac;ao da vida, e portanto algo extrema-

    mente varia vel. De urn extremo ao outro, pass amos dos me-canismos sociais elernentares e difusos, latentes nas mais di-versas formas de manifestacao da vida, a padr6es definidosde diferenciacao e de integracao das atividades sociais. Arigor, s6 no nivel humano os fatores sociais da vida alcan amuma expressao criadora com arave a inf luencia dos fator..Qrga . os emais niveis, Todavia,~~i.st.m.certas reac;oes ou tendencias ue eviden i JlllQr.tancie_dquirida pela sociabilidade, ela a_ re_a ao au eIa associa-c;ao como requisitos da adapta~o_ os organis s S 1;.- e~ vIda que estejam aptos a enfrentar. Dai a eonclusao deque as expressoes mais altas aa vida social acham seus fun-damentos ern tendencias de agrega9ao au de associacao quesao universais entre as seres vivos, das plantas aos animais (6) .Estas tendencias indiferenciadas e universais seriam incon-gruentes se as organism os vivessem em estado de isolamentoe se as reacoes a presenc;a de outros nao adquirissem valorpratico, seja para os individuos, seja para as aglomeracoes ouagrupamentos par eles constituidos ( 7 ) . EpaI' aqui que se ex-plicam as enormes variac;oes, inerentes a im120rtancia relativa_2e tendencias e de comportamentos sociais nos diversos niveis

    (1) Cf. F. FERNANDES,Sociologia, pp, 3-4; a parte objet ivamente fundada dasdi.tinc5es baseia-se em conclusiies dos estudos te6ricos de Schneirla (especialmente,"The Levels Concept in the Study of Social Organization on Animal" e "AntLearning as a Problem in Comparative Psychology") e nos resultados das inves-t iga~es psicol6gicas, antropol6gicas e sociol6gicas s6bre os primatas e 0 homo.sapiens,(2) A ~sse respeito, c r. especialmente, J. ERAUN-ELANQ,UET,lant Sociology,pp. 35 e segts. .(3) Cf. acima, nota 1, as referencias as contribuicoes de SCRNEIRLA.

    (5) R. M. YERKES,Chipomzees, p. 42.(6) Cf., especiaimente, W. C. ALLEE, The Social Life of Animals, capitulosrn-vnr, especialmente, pp. 117, 245-50 e 274-75.(7) Cf., especialmente, O. L. TINKLEPAUGH,"Social Behavior of Animals",

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    26 ELEMENTOS DE SOCIOLOCIA TEORICAacordo com 0 nivel de organizac;1io da vida no qual se pre-tenda estudar os fenomen os sociais . E certo que, no niv el hu -mana, eles serao de natureza sociocultural; mas, nos niveissub-humanos, eles cornpreenderao toda a garna de elementosinorganicos, organicos e superorganicos que concorram paraestabelecer 0alcance, a cornplexidade e a plasticidade da fun-

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    2 8 ELEMENTOS DE SOCIOLOGIA TEOruCA INTRODU

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    cializacao pela transmissao da heranca cultural e a conviven-cia fundada em uma ordem social. Esses sao, porern, caracte-res especificos, que separam 0 universo social humano domundo social sub-humano. Alem deles, existem outros requi-sitos da vida social que se repetem sempre que a interacao ea aglomerac;:ao de seres vivos assumem carater social. Taisrequisites sao, naturalmente, afetados pelo grau de comple-xidade atingido pelo ambiente social nos diferentes niveis deorganizac;:ao de vida, 0 que ja foi mencionado acima, a pro-p6sito da sociabilidade, da agregac;:ao e da associacao, Mas,isso nao impede que eles possuam enorrne interesse empiricoe teorico para a sociologia, a qual se defronta, em nossos dias,com dois tipos de tarefas igualmente dificeis: 1.0) obter sabreos Fenomenos sociaissub-humanos conhecimentos eomparaveisaos acumulados pelos sociologos mediante 0 estudo das socie-dades human as, as quais permitem expliear as condicoes de.existencia social atraves dos requisitos especificos da interacaosocial em dado nivel da vida; 2.0) dar nova orientacao a ana-lise comparativa dos Ienomenos sociais, de modo a estenderas explicacoes sociologicas as propriedades elementares e uni-versais desses fenomenos. No estado atual da sociologia, osinvestigadores mostram-se poueo propensos a admitir que se-melhantes desenvolvimentos das investigacoes sociol6gicaspossam contribuir para ampliar os nossos conhecimentos sabreo comportamento social humano. Isso parece ser incontesta-vel. Todavia, nao e menos claro que lancariarn nova luz sabrea compreensao das funcoes do ambiente social nos processosda vida e que, especialmente, ofereceriam uma perspectivaadequada a focalizacao de condicoes ou mecanismos da vidasocial, que manifestam no nivel humano sem se tornarem pa-tentes a observacao e a analise ( 12) .

    Da solucao dessas questoes dependera, eertamente, 0 teormais ou menos inclusivo da definicao que se atribuir ao objetoda sociologia. Em sentido lato, e inegavel que a sociologiaestuda Ienomenos de interacao social. Quer se trate de inter-dependencias produzidas pela sociabilidade, quer de redes de

    (12) Urn exemplo disso e oferecido pelos aspectos de eonvivencia que preo-cupam SCHELER no estudo dos fatores emocionais mais profundos do comporta-mento humane,

    INTRODUC;AO

    1atividades ou de acoes e de relacoes, inerentes as van a s mo-dalidades de agrega9ao e de associacao, 0 estado de eoexis-tencia dos organismos e dinarnico, de interacao dentro de urncampo social indiferenciado ou organizado. Por isso, bastarialigar essa nocao ao ponto de vista defendido acima, a res-peito da extensao das indagaeoes socio16gicas, para se ter uma,rlefini ao suficientemente inc1usiva do ob'eto da soeiolo a..Em sintese, a sociologia e a ciencia que tem por obieto estudar; a inieraciio social dos seres vivos nos difel'entes niveis de orga-~.nizadio da vida ( 1 3 ) .l-

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    Esbo~o d e u r n q u a d r od e referencia g e r a l