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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
• Título: Cérebro e aprendizagem: O cérebro pode ser moldado?
Autor Mara Christina Rosas Traci
Escola de Atuação Colégio Estadual Adaile Maria Leite
Município da escola Maringá
Núcleo Regional de Educação Maringá
Orientador Profª Drª Tânia Regina dos Santos Soares
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área (entrada no PDE) Ciências
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)
Público Alvo
(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)
Alunos
Localização
(identificar nome e endereço da escola de implementação)
Colégio Estadual Adaile Maria Leite
Rua: Armando Crippa, n° 735, (44) 32285633, Jardim Liberdade,
Maringá-Pr
Apresentação: Apresenta reflexões sobre a morfologia do
Sistema Nervoso e sua relação com o processo de aprendizagem. Conhecer como o cérebro funciona, sua plasticidade é o mesmo que conhecer como ocorre o conhecimento humano e que este acontece num processo individual, onde cada cérebro se desenvolve de acordo com suas experiências recebidas do ambiente. Conforme Andrade e Lõhr Junior (2005) a neuroplasticidade é uma propriedade natural do sistema nervoso dos indivíduos caracterizada por alterações funcionais e/ou morfológicas nos neurônios em resposta a lesões, hormônios, drogas ou estímulos ambientais. É de grande valia esse estudo para nós educadores, pois hoje temos que considerar tanto a herança genética quanto a herança sócio-histórico-cutural na determinação das características físicas e comportamentais dos nossos alunos, ou seja, no processo ensino aprendizagem.
Serão utilizados para expor à temática: aula expositiva e interativa, diapositivos com gravuras, mapa conceitual, textos científicos, livro didático e vídeos. Inicia-se através da sondagem sobre a organização dos seres vivos e de questionamentos corriqueiros do nosso dia a dia com o objetivo de provocar uma insatisfação e curiosidade com sua concepção prévia, mostrando que com esse conhecimento por si só não é capaz de explicar adequadamente os conteúdos que serão abordados.
Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) Cérebro; Aprendizagem; Plasticidade cerebral
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1 VISÃO GERAL DA UNIDADE DIDÁTICA
Este trabalho é parte integrante das atividades desenvolvidas no Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE 2010/2011 e é dirigida a turma de alunos do
Ensino Fundamental da 7ª série ou 8° ano do Colégio Estadual Adaile Maria Leite,
do período matutino de Maringá.
Apresenta reflexões sobre um conteúdo específico à morfologia do Sistema
Nervoso e sua relação com o processo de aprendizagem. Seu estudo ajuda a
compreender o modo como percebemos o mundo, aprendemos e armazenamos
memórias e como o ambiente e o comportamento influencia sua plasticidade.
Conforme Andrade e Lõhr Junior (2005) a neuroplasticidade é uma propriedade
natural do sistema nervoso dos indivíduos caracterizada por alterações funcionais
e/ou morfológicas nos neurônios em resposta a lesões, hormônios, drogas ou
estímulos ambientais. À medida que aprendemos, memorizamos e executamos
atividades com o cérebro que provocarão mudanças nos neurônios e nas sinapses
que ocorrerão à vida toda daí a importância da diversidade nas metodologias
usadas.
É de grande valia esse estudo para nós educadores, pois hoje temos que
considerar tanto a herança genética quanto a herança sócio-histórico-cutural na
determinação das características físicas e comportamentais dos nossos alunos, ou
seja, no processo ensino aprendizagem.
Há hoje nas escolas uma diversidade de recursos pedagógicos
principalmente tecnológicos, daí a necessidade de aprendermos a utilizá-los e
deixarmos de ficar atrelados à classificação, nomenclatura e definições
desconectados da realidade dos alunos. Serão utilizados para expor à temática:
diapositivos com gravuras, mapa conceitual, pequenos textos, livro didático e
também vídeos que poderão ser usados como um recurso a mais.
Inicia-se através de descobrir a concepção prévia dos alunos sobre a
organização dos seres vivos e de apresentar questionamentos corriqueiros do nosso
dia a dia com o objetivo de provocar uma insatisfação e curiosidade com sua
concepção prévia, mostrando que com esse conhecimento por si só não é capaz de
explicar adequadamente os conteúdos que serão abordados.
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2 INTRODUÇÃO
O processo ensino-aprendizagem é bastante complexo, pois cada indivíduo
tem um ritmo e uma forma característica de aprender, ou seja, não aprendem de
uma forma homogênea, recebem e processam as informações de acordo com sua
preferência. Fatores de diversas naturezas, como físico, ambiental, cognitivo,
afetivo, cultural e socioeconômico, influenciam e muito nesse processo de
desenvolvimento da aprendizagem e do conhecimento.
De que maneira então ensinar o conteúdo sobre o Sistema Nervoso levando
em consideração a experiência existencial do educando? Como milhões de células
neurais individuais, no cérebro, atuam para produzir o comportamento e a
aprendizagem? Como este pode ser influenciado pelo meio ambiente, inclusive pelo
comportamento de outras pessoas?
Para os educadores do ensino fundamental esses conhecimentos sobre a
neurociência são de extrema importância, pois esclarecem uma fase da vida na qual
trabalhamos, a adolescência, o período em que o cérebro da infância se transforma
em um cérebro adulto, onde algumas estruturas crescem, outras encolhem, outras
sofrem reorganizações químicas e estruturais e todas acabam por amadurecer
funcionalmente. É um grande período de mudanças que vai desde a de gostos a
vulnerabilidade ao vício, transtorno de humor até a depressão, sendo o órgão
responsável por todas essas mudanças o cérebro, mais precisamente o hipocampo
(HERCULANO-HOUZEL, 2005). O Cérebro é, sem dúvida, o órgão mais complexo
que possuímos; tanto que muitas de suas funções ainda não estão inteiramente
explicadas.
O estudo do cérebro busca tentar compreender o funcionamento do sistema
nervoso, pois, ao compreender o processo cerebral, o professor poderá induzir um
desenvolvimento de trabalho visando aumentar a eficiência da aprendizagem
escolar e a partir daí facilitar a transmissão deste tema para os alunos. Prioriza-se
nesse ensino a aprendizagem significativa, isto é, que os conteúdos científicos
escolares tenham sentido para o estar no mundo dos alunos, ou seja, o estudante
constrói significados cada vez que estabelece relações “substantivas e não
arbitrárias” entre o que conhece de aprendizagens anteriores (nível de
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desenvolvimento real – conhecimentos alternativos) e o que aprende de novo
(AUSUBEL; NOVAK; HANESIAN, 1980), ou seja, ao contrário da aprendizagem
mecânica ou repetitiva, em que o aluno apenas decorava conceitos para a prova e
logo os esquecia, hoje valorizamos o conteúdo que tem relação com o conhecimento
prévio do aluno, pois só assim este passará ter significado, facilitando assim sua
aprendizagem.
Segundo Miranda-Neto, Molinari e Sant'Ana (2002), a plasticidade do sistema
nervoso é a capacidade do cérebro humano em ser modelado e modificado devido a
formação de novas sinapses entre os neurônios, ou seja, a capacidade de
aprendizagem, sejam elas sensitivas, motoras ou intelectuais depende do que
fazemos com o nosso cérebro, ao aprendermos, nossas conexões cerebrais se
modificam. Ainda conforme os mesmos autores, nosso sistema nervoso pode ser
comparado figurativamente a uma porção de argila a ser modelada, quanto mais for
trabalhada, melhor será o resultado.
Aí a importância da estimulação dos órgãos dos sentidos por parte dos pais e
professores desde a mais tenra idade, pois nosso cérebro irá constituir-se durante
toda a vida numa obra de arte inacabada devido a sua plasticidade, ou seja,
capacidade de reorganização. Mas esta adaptação diminui com o avanço da idade.
Não que as pessoas quando amadurecem deixam de aprender, mas é nessa hora
inclusive que o educador desempenha com maestria a sua função, de facilitador, de
mediador da aprendizagem (FACCHINI, 2001). A plasticidade não é um estado
ocasional do sistema nervoso; ao invés, é o estado contínuo normal do
sistema por toda a duração da vida.
É preciso então observar o estilo de aprendiz que temos em nossa sala de
aula para desenvolvermos estratégias adequadas e diversificadas de
aprendizagens, oportunizando assim o aluno a lidar com suas dificuldades e
aprender da maneira que é melhor para ele em um processo de ensino dinâmico e
prazeroso, conseqüentemente com isso serão provocadas alterações na quantidade
e qualidade das conexões sinápticas, afetando assim o funcionamento cerebral, de
forma positiva e permanente, com resultados extremamente satisfatórios no ensino
aprendizagem.
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3 DESENVOLVIMENTO
Provavelmente as necessidades adaptativas na evolução geraram o
crescimento do sistema nervoso central e foram responsáveis pelo dobramento das
estruturas encefálicas dando origem à atual conformação do mesmo.
O sistema nervoso se desenvolve a partir do ectoderma, que é o folheto, ou
camada, mais externa do embrião desde o 18º dia de desenvolvimento. Neste
momento, o estágio inicial de gastrulação está completo e o embrião passa a
apresentar três folhetos: ectoderma, mesoderma e endoderma.
A notocorda é um cordão com eixo crânio-caudal, situado na região posterior
do embrião responsável pelo desenvolvimento da coluna vertebral. No embrião a
notocorda tem função indutora na formação de um espessamento do ectoderma, a
placa neural que vai progressivamente apresentando uma invaginação a goteira
neural. Isso tudo leva ao fechamento posterior da goteira criando o tubo neural que
dará origem ao sistema nervoso central que após sua formação definitiva será
protegido pelas cavidades ósseas da coluna vertebral e do neurocrânio.
Considera-se o neurônio como a unidade morfofuncional do sistema nervoso e
as células da glia como unidades de apoio. A célula nervosa produz e veicula diminutos
sinais elétricos que são verdadeiros bits de informação, capazes de codificar tudo que
sentimos a partir do ambiente externo e do ambiente interno, e tudo que pensamos a
partir de nossa própria consciência. O neurônio se diferencia de outras células pela sua
morfologia adaptada para o processamento de informações e a variedade de seus tipos
morfológicos. As células da glia seriam encarregadas apenas de alimentar e garantir a
saúde do neurônio, mas constatou-se que elas também lidam com sinais químicos de
orientação do crescimento e da migração dos neurônios durante o desenvolvimento, de
comunicação entre eles durante a vida adulta, de defesa e reconhecimento na vigência
de situações patológicas e outras funções (LENT, 2004). Todos os neurônios
apresentam três partes principais: um corpo celular que é o centro da célula na qual se
concentram todas as organelas responsáveis pela sua manutenção, os dendritos, que
são várias ramificações que partem do corpo celular e que tem a função de aumentar a
área superficial disponível para a conexão com axônios de outros neurônios, ou seja,
recebem estímulos do meio ambiente ou do interior do corpo ou da terminação de outro
neurônio e o axônio que é um prolongamento longo e responsável pela condução dos
impulsos nervosos, que em toda sua extensão está envolvido pela bainha de mielina
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que atua como isolante térmico e facilita a transmissão desses impulsos. Essa
passagem se dá pela região final e ramificada do axônio, onde cada ponta da
ramificação há pequenas dilatações, os bulbos terminais, que contêm vesículas com
mensageiros químicos que levam o impulso para outras células.
Os neurônios são as únicas células com capacidade de se comunicar, por
longas distâncias e com grande rapidez, não só entre si, mas também com outras
células-alvo, não-neurais, como as células musculares e glandulares (KANDEL;
SCHWARTZ; JESSELL, 2000).
Figura 1 – Maquete de neurônio multipolar.
O sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central (SNC) e sistema
nervoso periférico (SNP). O sistema nervoso central é representado pelo encéfalo que é
a parte situada dentro do neurocrânio e a medula espinal que se localiza dentro do
canal vertebral. O encéfalo, por sua vez, é constituído por três estruturas: o cérebro, o
cerebelo e o tronco encefálico. Sendo o cérebro dividido em duas porções: o telencéfalo
e o diencéfalo e o tronco encefálico em três porções que são: mesencéfalo, ponte e
bulbo. O sistema nervoso periférico se localiza fora da cavidade craniana e do canal
vertebral e pode ser dividido em duas partes: o Sistema Nervoso Somático responsável
AXÔNI
BAINHA DE
MIELINA
DENDRIT
CORPO CELULAR
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por relacionar o organismo com o meio ambiente e o Sistema Nervoso Visceral
relacionado com a inervação e controle das estruturas viscerais para manutenção da
vida. São os nervos que fazem a união entre o sistema nervoso central e os órgãos
periféricos, sendo eles: cranianos e espinais (MACHADO, 2006).
Figura 2 – Hemisfério cerebral esquerdo.
Figura 3 – Medula espinal.
Cerebelo
Bulb
Telencéfalo
DiencéfaloMesencéf
Ponte
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O cérebro é a parte mais desenvolvida e a mais volumosa do encéfalo
humano, é um órgão com mais de 100 bilhões de neurônios individuais, que se
comunicam por meio da transmissão sináptica, interconectados em sistemas que
produzem nossa percepção do mundo exterior. As ações cerebrais são
responsáveis por todo comportamento, não apenas por comportamentos motores
(andar e comer), mas também por ações cognitivas associadas com o
comportamento humano como: percepção, ação, emoção, linguagem, aprendizagem
e memória (KANDEL; SCHWARTZ; JESSELL, 2000). É constituído por dois
hemisférios cerebrais, o direito e o esquerdo, que se comunicam através de feixes
de axônios. Quando cortado, apresenta duas substâncias distintas: uma branca, que
ocupa o centro, e outra cinzenta, que forma o córtex cerebral. Conforme Rezende
(2008) o cérebro é o centro de controle do movimento, do sono, da fome, da sede e
de quase todas as atividades vitais necessárias à sobrevivência.
Figura 4 – Sistema Nervoso Central Nervoso – Encéfalo.
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É preciso considerar que o homem não é um organismo acabado. Seu
cérebro continua em constante evolução biológica adequando-se sempre a novas
situações, conforme Cimadon (2004) para que o ser humano tenha condições e
capacidades de aprendizagem, o organismo biológico deve ter pleno funcionamento
para receber e enviar estímulo.
Enfim quanto maior for o estímulo neuronal, maior será a conservação dos
neurônios vivos e melhor será a aprendizagem. Para Rezende (2008) é de grande
importância propiciar formas diversificadas para os educandos expressarem
conhecimento como através das artes visuais, música, dramatizações, aulas
práticas, desenhos, pinturas e leituras.
Assim conhecer o funcionamento do cérebro é conhecer como ocorre a
aprendizagem valorizando sempre as concepções dos alunos nos diferentes níveis
de conhecimento desde a menor idade de formação, pois é através deles que o
conhecimento poderá ser construído.
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4 METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
O projeto será desenvolvido com turma da 7ª série do Ensino Fundamental,
do Colégio Estadual Adaile Maria Leite de Maringá, no período matutino.
4.1 ATIVIDADE 1
4.1.1 Objetivo
Avaliar o conhecimento prévio dos educandos sobre os níveis de organização
dos seres vivos para iniciar o estudo do sistema nervoso.
4.1.2 Metodologia
Iniciaremos a intervenção na escola com a investigação do conhecimento
prévio do aluno utilizando diapositivos e o livro texto para rever os níveis de
organização dos seres vivos (células – tecidos – órgãos – sistemas - organismo),
dando ênfase à morfologia do neurônio. Os alunos deverão ser capazes de
compreender o conceito de célula, bem como de sistema e de órgão. Em seguida,
utilizaremos as questões abaixo para sondagem do conhecimento sobre o tema que
será abordado, o sistema nervoso.
4.1.3 Questões para reflexão
Os três pequenos textos a seguir retratam situações que podem acontecer a
qualquer um de nós, todos relacionados com o sistema nervoso.
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• (I) Cláudia estava em casa, quando, de repente, ouviu um estrondo. Seu
coração imediatamente disparou. Felizmente não era nada de mais:
apenas devido ao vento baldes que estavam em cima da mesa na
dispensa caíram.
• (II) “Abram o livro de Ciências na página 35”, disse a professora.
Maicon abriu a mochila, pegou o livro e procurou a página indicada.
• (III) Carlos observando seus amigos jogando vôlei viu a bola vinda em
sua direção. Mais do que depressa, num reflexo automático, fechou os
olhos.
Em todas as situações descritas anteriormente, o sistema nervoso:
• Recebeu uma informação, de fora ou de dentro do corpo;
• Interpretou essa informação e elaborou uma resposta;
• Mandou ordens para que a resposta ocorresse.
Resolva agora os exercícios abaixo:
1) Identifique em cada texto, nos trechos destacados:
• A informação recebida pelo sistema nervoso;
• A resposta dada através dele.
2) Qual dos casos acima você acha que exigiu maior trabalho de
interpretação do sistema nervoso? Qual solicitou a resposta mais complexa?
4.2 ATIVIDADE 2
4.2.1 Objetivo
Reconhecer as estruturas do sistema nervoso e suas principais funções.
Promover estudos de como ocorre o funcionamento cerebral e como é influenciado
esse funcionamento pelo comportamento das pessoas e pelo meio ambiente onde
vivem.
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4.2.2 Metodologia
Após o levantamento dos conhecimentos prévios, faremos aula expositiva
dialogada sobre a Morfologia e Fisiologia do Sistema Nervoso, utilizando como
recursos didáticos: livro texto, diapositivos, cartazetes, textos científicos, montagem
de maquetes, vídeos com TV pendrive, organização de glossário, análise de mapa
conceitual.
Após a aula expositiva faremos atividades para a fixação de conteúdo.
• Atividade 2.1
Os alunos deverão elaborar em duplas, nos seus cadernos, um glossário de
palavras que expressem conceitos relevantes sobre o tema. A seguir socializaremos
os conceitos.
• Atividade 2.2
Trabalharemos com a elaboração de um mapa conceitual sobre o sistema
nervoso central e periférico.
• Atividade 2.3
Realização de uma atividade prática, em que os alunos deverão montar um
modelo de neurônio, uma coluna vertebral e a medula espinal. A discussão sobre
danos à medula espinal atualmente é de grande importância, visto a quantidade de
acidentes de trânsito que ocorrem e socorros inadequados que na grande maioria
contribuem para o aumento de casos de paraplegia e de tetraplegia. Para que os
alunos saibam como fazer esta montagem, será entregue uma figura do neurônio e
da coluna vertebral, na qual eles poderão se basear. Deverão providenciar os
seguintes materiais:
- Massa de modelar;
- 10 cm Fio elétrico;
- carretéis de linha vazios ou pedaços de tubo de PVC pequenos;
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- discos de papelão;
- pedaços de fita adesiva;
- barbante.
Modo de preparar:
- Para montar o neurônio será usado a massa de modelar e o fio elétrico.
Faça com a massa de modelar um corpo celular e os dendritos, e com o fio
elétrico faça o axônio. Abra o fio na região terminal para demonstrar a
porção terminal do axônio. Para que os alunos saibam como fazer esta
montagem, será entregue para eles uma figura do neurônio, na qual eles
poderão se basear.
- Para montar a coluna vertebral e a medula espinal, utilizarão os carretéis
vazios ou os tubos de PVC (que representaram as vértebras), os discos de
papelão (que representaram os discos de cartilagem entre as vértebras), os
pedaços de fita adesiva (que simularam os ligamentos que mantém as
vértebras unidas) e o barbante (que atravessará o orifício central dos
carretéis ou dos canos de PVC que representaram a medula espinal).
• Atividade 2.4
Será distribuído em duplas um cartazete com o esquema da função de
algumas partes do encéfalo humano que será analisado e discutido com o(a)
professor(a). Após a discussão será distribuído figuras do sistema nervoso central e
sistema nervoso periférico que deverão no seu caderno colar, identificar as
estruturas, pintar cada região de uma cor e as caracterizar.
• Atividade 2.5
Para finalizar a introdução da morfologia do sistema nervoso serão assistidos
os filmes abaixo, da Coleção Super interessante- Body Atlas:
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- O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=0OpLBFiThu4
- O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=abmTg0sePio
- O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 3
http://www.youtube.com/watch?v=i9Bn3JLvA8c&feature=related
• Atividade 2.6
Visita ao MUDI-UEM, Museu Dinâmico Interdisciplinar da Universidade
Estadual de Maringá com ênfase principalmente nas peças do sistema nervoso
humano.
4.3 ATIVIDADE 3
4.3.1 Objetivo
Oportunizar atividades de reflexão sobre atos reflexos.
4.3.2 Metodologia
Análise de um cartazete sobre arco reflexo simples e complexo. Os atos
reflexos ou simplesmente reflexos são respostas automáticas, involuntárias a um
estímulo sensorial. O estímulo chega ao órgão receptor, é enviado à medula
espinal através de neurônios sensitivos ou aferentes (chegam pela raiz dorsal do
nervo espinal). Na medula espinal, neurônios associativos recebem a informação e
emitem uma ordem de ação através dos neurônios motores (saem da medula
espinal através da raiz ventral do nervo espinal). Os neurônios motores ou eferentes
chegam ao órgão efetor que realizará uma resposta ao estímulo inicial. Esse
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caminho seguido pelo impulso nervoso e que permite a execução de um ato reflexo
é chamado arco reflexo. Depois em grupo os alunos deverão montar uma maquete
que represente um arco reflexo simples ou complexo e apresentar para a sala
explicando a função de todas as estruturas envolvidas.
No link a seguir há um explicação muito boa sobre a transmissão de impulsos
nervosos durante a elaboração de uma resposta reflexa (CARDOSO; SABBATINI,
2000): http://www.cerebromente.org.br/n10/fundamentos/animation.html.
4.4 ATIVIDADE 4
4.4.1 Objetivo
Conhecer e caracterizar algumas das doenças que acometem o sistema
nervoso.
A medicina moderna e a tecnologia parecem inseparáveis. Muitos dos
avanços ocorreram na área de investigação por imagem, permitindo aos médicos
ver os órgãos sem abrir o corpo. As tecnologias incluem imagens por ultra-som,
tomografia computadorizada (TC), tomografia por emissão de pósitrons (PET) e
ressonância magnética. Abaixo está uma figura de um tomógrafo computadorizado
(TC) que é um dos métodos de exame mais confiáveis e seguros disponíveis
atualmente. É rápida, simples e totalmente indolor. A TC utiliza um aparelho de raios
X que gira em torno do paciente, fazendo radiografias transversais de seu corpo.
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Figura 5 – Tomógrafo computadorizado.
Fonte: Fotos tiradas pela autora, cedidas pela Clínica Ultra Imagem Diagnósticas – Ourinhos-SP.
O paciente deita-se numa confortável mesa de exame que, muito lenta e
suavemente, vai passando através de uma abertura na unidade de TC. Ao mesmo
tempo, o anel de raios X no interior do Tomógrafo vai girando à volta da mesa de exame,
tomando fotos altamente detalhadas que podem posteriormente ser exibidas em imagens
de três dimensões. Deste modo, a TC pode cobrir extensas seções do corpo num só
exame. Os parâmetros adquiridos através das medições podem ser traduzidos em
fotografias. Estas são imagens transversais de planos extremamente finos do interior de
seu corpo. Portanto, em muitos casos, mesmo o mais minúsculo processo patológico
pode ser identificado. Em certos exames pode se fazer necessário o uso de um meio de
contraste para mostrar determinados vasos de modo mais claro e preciso.
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4.4.2 Metodologia
Serão sorteados para oito equipes os temas: poliomielite, epilepsia, doença
de Alzheimer, doença de Huntington, doença de Parkinson, esclerose múltipla e
depressão.
Este trabalho poderá ser realizado através de pesquisa na internet, revistas
médicas ou entrevista com profissionais da saúde e depois deverá ocorrer à
apresentação do resultado da pesquisa pelas equipes, na ordem em que os temas
foram sorteados.
Os alunos seguirão um roteiro pré-estabelecido:
• Fator de risco;
• Conceito;
• Incidência na população;
• Causa;
• Conseqüência para o indivíduo e a sociedade (características da doença);
• Cuidados para evitar o fator de risco.
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REFERÊNCIAS
ANDRADE, A. L. M.; LÕHR JUNIOR, A. A plasticidade neural e suas implicações nos processos de memória e aprendizagem. Rubs, Curitiba, v. 1, n. 3, p. 12-16, abr./ jun. 2005. Disponível em: <htpp://www.scribd.com/doc/45248866/A-Plasticidade-Neural>. Acesso em: 7 jul. 2011.
AUSUBEL, D.; NOVAK, J. D.; HANESIAN, H. Psicologia educacional. Rio de Janeiro: Interamericana, 1980.
CARDOSO, S. H.; SABBATINI, M. E. Animações e ilustrações. In: MALAVAZZI, André. Como funcionam as células nervosas. Parte II. O reflexo simples.Disponível em: <http://www.cerebromente.org.br/n10/fundamentos/animation.html>. Acesso em: 21 jul. 2011.
CIMADON, A. Ensino e aprendizagem na universidade: um roteiro de estudos. 2. ed. Joaçaba: Editora da UNOESC, 2004.
COLEÇÃO Super Interessante: Body Atlas: O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 1. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=0OpLBFiThu4>. Acesso em: 15 jun. 2011.
COLEÇÃO Super Interessante: Body Atlas: O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 2. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=abmTg0sePio>. Acesso em: 15 jun. 2011.
COLEÇÃO Super Interessante: Body Atlas: O corpo humano - 09 - Sistema nervoso - Parte 3. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=i9Bn3JLvA8c&feature=related>. Acesso em: 15 jun. 2011.
FACCHINI, L. Brainpower: a compreensão neuropsicológica do potencial da mente de um bebê. Revista Educação, Porto Alegre, n. 45, p. 93-106, nov. 2001.
HERCULANO-HOUZEL, S. O cérebro em transformação. Rio de Janeiro: Objetiva, 2005.
KANDEL, E. R.; SCHWARTZ, J. H.; JESSELL, T. M. Fundamentos da neurociência e do comportamento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. cap. 2, p. 519-530.
LENT, R. Cem bilhões de neurônios: conceitos fundamentais de neurociência. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
MACHADO, A. B. Neuroanatomia funcional. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 2006.
MIRANDA-NETO, M. H.; MOLINARI, S. L.; SANT’ANA, D. M. G. Relações entre estimulação, aprendizagem e plasticidade do sistema nervoso. Arq. Apadec, Maringá, v. 6, n. 1, p. 9-14, 2002.
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REZENDE, M. R. K. F. A neurociência e o ensino-aprendizagem em ciências: um diálogo necessário. 2008. 147 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências)–Programa de Pós-Graduação em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia. Universidade do Estado de Amazonas, Manaus, 2008.