fisiologia do desenvolvimento dos frutos

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Fisiologia do Desenvolvimento dos Frutos Prof. Dra. Adriana Dantas UERGS, Caxias do Sul, RS

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Page 1: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Fisiologia do Desenvolvimento

dos Frutos

Prof. Dra. Adriana DantasUERGS, Caxias do Sul, RS

Page 2: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

O conhecimento sobre o padrão de

desenvolvimento e a fisiologia dos frutos permite a manipulação e armazenagem de maneira adequada, aumentando o período de conservação e a manutenção da qualidade.

Desenvolvimento dos frutos

Page 3: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Sistema Reprodutivo

Page 4: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

O fruto é formado por um ou mais ovários maduros

de uma mesma flor ou de flores diferentes de uma inflorescência podendo haver o desenvolvimento de outras partes da flor (como o pedúnculo no caju e o receptáculo na pera)

No ovário, o desenvolvimento dos óvulos fecundados originará as sementes

Os frutos representam a etapa final da reprodução sexual e são órgãos disseminadores das angiospermas (promovem dispersão de sementes)

Definições

Page 5: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Folhas Flores Raízes Tubérculos Brotações Frutos

PRODUTOS SE ORIGINAM DE DIFERENTES ESTRUTURAS ANATÔMICAS DOS VEGETAIS

Diferenças na fisiologia

!!!

Page 6: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

O padrão de crescimento de todo ser vivo é

sigmoidal.

Sigmoidal simples: maçã, pera, tâmara, abacaxi, banana, abacate,

morango, laranja.

Sigmoidal duplo: pêssego, nectarina, ameixa, cereja, figo,

framboesa, uva.

FASES DO DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS

Page 7: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Desenvolvimento: série de eventos desde o início do crescimento de um fruto até a morte do mesmo.

FASES DO DESENVOLVIMENTO DE FRUTOS

Page 8: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Crescimento: aumento irreversível de atributos físicos de um fruto em desenvolvimento.

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 9: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Maturação: estádio do desenvolvimento que leva à maturidade fisiológica ou horticultural.

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 10: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Maturidade fisiológica: estádio a partir do qual o fruto continuará seu desenvolvimento mesmo que separado da planta.

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 11: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Amadurecimento: série processos que ocorrem no final do desenvolvimento, e que resultam em características estéticas e de qualidade, evidenciadas por mudanças na composição, coloração, textura, sabor e aroma

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 12: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Senescência: série processos que ocorrem após a maturidade fisiológica ou horticultural e levam à morte dos tecidos.

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 13: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Maturidade horticultural: estádio do desenvolvimento onde um fruto possui os pré-requisitos para utilização pelo consumidor para um determinado propósito.

Fases do Desenvolvimento dos Frutos

Page 14: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Fase de Crescimento e Maturação:

divisão e alongamento celular; diferenciação dos tecidos; maturação e amadurecimento; senescência(degradação):

FASE DE DEGRADAÇÃO DOS COMPOSTOS E MORTE DOS TECIDOS.

PROCESSO NORMAL E IRREVERSÍVEL PORÉM PODE SER RETARDADO

Estádios de formação dos frutos

Page 15: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Curva de desenvolvimento

Page 16: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Durante o processo de desenvolvimento dos

frutos ocorre a acumulação de reservas (crescimento) e a sua transformação em substâncias solúveis (maturação).

Transformações físico-químicas durante o desenvolvimento dos

frutos

Page 17: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

respiração produção de etileno perda de firmeza mudança da cor degradação de ácidos transformação de açúcares produção de compostos aromáticos perda de água

PRINCIPAIS PROCESSOS QUE OCORREM APÓS A COLHEITA

Page 18: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

R E S P I R A Ç Ã O

Page 19: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Influencia na colheita, na armazenagem e

perecibilidade dos frutos. Determinante da longevidade Não-climatéricos:

Apresentam um declínio lento e constante da taxa respiratória.

Climatéricos: No final do período de maturação, apresentam um

marcante aumento na taxa respiratória, provocada pelo aumento na produção de etileno

Padrão de respiração dos frutos

Page 20: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Respiração dos Frutos em Relação ao seu Desenvolvimento

Page 21: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Respiração dos Frutos em Relação ao seu Desenvolvimento

Page 22: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos
Page 23: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Não-climatéricos:

uva, limão, laranja, abacaxi, morango, romã, caju, cereja, nêspera, carambola, figo, framboesa, amora.

Não podem ser colhidos antes da maturação Climatéricos:

pêssego, nectarina, ameixa, maçã, abacate, melão, goiaba, banana, manga, mamão, maracujá, pera, caqui, kiwi, mirtilo.

Podem ser colhidos em estádios anteriores ao amadurecimento.

Padrão de Respiração

Page 24: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Produção de Etileno e CO2 em frutos

Page 25: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Não Climatério:

Etileno x Respiração

Page 26: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Produção de etileno e de CO2 em frutos climatéricos após a colheita

Page 27: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Período de desenvolvimento de um fruto

caracterizado por uma série de alterações bioquímicas associadas ao aumento da taxa respiratória e da produção auto catalítica de etileno (Kader et al., 1984)

Período de desenvolvimento de certos frutos no qual uma série de mudanças bioquímicas é iniciada pela produção auto catalítica de etileno, marcando o limite entre o crescimento e a senescência (Rhodes, 1970)

Climatério

Page 28: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Taxa Respiratória de Frutos Climatéricos a 15ºC

Page 29: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Taxa respiratória de frutos climatéricos e não climatéricos a 20ºC

(ml CO2.kg-1.h-1)

Page 30: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

DIFERENÇAS ENTRE FRUTOS CLIMATÉRICOS E NÃO CLIMATÉRICOS

Page 31: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Resultante do aumento da demanda energética?

Energia gerada pelo metabolismo basal é suficiente para as transformações bioquímicas do amadurecimento

Resultado da mudança na organização celular? Climatério é uma resposta homeostática da

mitocôndria para compensar os efeitos degradantes da senescência.

Reação ao estresse da colheita? O aumento do etileno também é resposta a esse estresse

Quais são os fatores que nele interferem?

Climatério

Page 32: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Tipos de Danos: Fisiológicas: respiração, transpiração,

amadurecimento, senescência, estresse. Físicas :amassamento, corte, perfuração,

raspagem, batida. Fitopatológicas: doenças (ocorre em virtude de

uma lesão) e pragas

Perdas em pós-colheita

Page 33: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Padrão de Respiração

Page 34: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Diversos aspectos são utilizados para a

identificação do ponto ideal de colheita dos frutos

O ponto de colheita varia de acordo com objetivo da produção

A escolha adequada do momento para a sua realização afeta a qualidade e a longevidade dos frutos.

Índices de colheita

Page 35: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos
Page 36: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

Aparência:tamanho, forma, cor, defeitos. Textura:firmeza, suculência, fragilidade. Flavor:doçura, acidez, adstringência, amargor,

aroma. Nutritivo: carboidratos, proteínas, lipídeos,

vitaminas, minerais, água. Segurança:resíduos, micotoxinas,

microorganimos

Atributos de qualidade

Page 37: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos

O armazenamento em baixas temperaturas tem

sido considerado como o método mais eficiente para manter a qualidade da maioria das frutas e verduras, devido aos seus efeitos na redução da respiração, na transpiração e na produção de etileno.

O armazenamento refrigerado também diminui a velocidade do amadurecimento, atrasando o início da senescência e o desenvolvimento de podridões.

Armazenagem

Page 38: Fisiologia do desenvolvimento dos frutos