fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

29
Fisiopatologia das Estruturas Fisiopatologia das Estruturas Supra-espinhais que atuam Supra-espinhais que atuam sobre a Motricidade: sobre a Motricidade: O SISTEMA PIRAMIDAL O SISTEMA PIRAMIDAL UNIDADE DE NEUROLOGIA UNIDADE DE NEUROLOGIA

Upload: marcus-cesar-petinda-fonseca

Post on 21-Jan-2018

228 views

Category:

Health & Medicine


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Fisiopatologia das Estruturas Fisiopatologia das Estruturas Supra-espinhais que atuam Supra-espinhais que atuam sobre a Motricidade: sobre a Motricidade:

O SISTEMA PIRAMIDALO SISTEMA PIRAMIDAL

UNIDADE DE NEUROLOGIAUNIDADE DE NEUROLOGIA

Page 2: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

INTRODUÇAO:INTRODUÇAO:

• O sistema motor piramidal está relacionado com a O sistema motor piramidal está relacionado com a motricidade voluntária;motricidade voluntária;

• Sistema piramidal = sistema neocinético e tem a função Sistema piramidal = sistema neocinético e tem a função de inibir ou frenar as atividades das estruturas mais de inibir ou frenar as atividades das estruturas mais antigas;antigas;

• Sua lesão produz: Sua lesão produz: 1- Síndrome deficitária: perda dos movimentos 1- Síndrome deficitária: perda dos movimentos voluntários;voluntários;

2- Síndrome de liberação: série de sinais 2- Síndrome de liberação: série de sinais correspondentes a atividade do sistema extra piramidal correspondentes a atividade do sistema extra piramidal e do SNP. e do SNP.

Page 3: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

INTRODUÇAO:INTRODUÇAO:

• Síndrome piramidal resultante de lesão da cápsula Síndrome piramidal resultante de lesão da cápsula interna (envolvendo ramos da ACM) hemiplegia interna (envolvendo ramos da ACM) hemiplegia contralateral com hipertonia da musculatura flexora no contralateral com hipertonia da musculatura flexora no membro superior e extensora no inferior;membro superior e extensora no inferior;

• Lesões dos núcleos da base movimentos Lesões dos núcleos da base movimentos involuntários espontâneos e anormais, alterações do involuntários espontâneos e anormais, alterações do tônus muscular ( hipertonia, hipotonia, distonia).tônus muscular ( hipertonia, hipotonia, distonia).

Page 4: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

NOÇOES DE NOÇOES DE ANATOMOFISIOLOGIA DO ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA PIRAMIDALSISTEMA PIRAMIDAL• O sistema piramidal, formado pelo trato cortico-espinhal, O sistema piramidal, formado pelo trato cortico-espinhal,

é constituído por neurônios cujos corpos celulares é constituído por neurônios cujos corpos celulares situam-se no córtex cerebral, e cujos axônios situam-se no córtex cerebral, e cujos axônios atravessam o encéfalo, alcançando a medula espinhal, atravessam o encéfalo, alcançando a medula espinhal, estabelecendo sinapses com os corpos celulares do estabelecendo sinapses com os corpos celulares do neurônio motor periférico; estando encarregado de neurônio motor periférico; estando encarregado de elaborar o impulso motor voluntário, e conduzi-lo ao elaborar o impulso motor voluntário, e conduzi-lo ao NMP, e este veicularia o impulso ao músculo estriado;NMP, e este veicularia o impulso ao músculo estriado;

• O tracto corticonuclear tem como destino os núcleos O tracto corticonuclear tem como destino os núcleos motores de nervos cranianos, destinados a veicular motores de nervos cranianos, destinados a veicular impulsos voluntários aos músculos estriados.impulsos voluntários aos músculos estriados.

Page 5: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 6: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

NOÇOES DE NOÇOES DE ANATOMOFISIOLOGIA DO ANATOMOFISIOLOGIA DO SISTEMA PIRAMIDALSISTEMA PIRAMIDAL• O trato piramidal origina se principalmente de células O trato piramidal origina se principalmente de células

piramidais, situadas na terceira e quinta camadas do piramidais, situadas na terceira e quinta camadas do córtex cerebral; córtex cerebral;

• O conjunto de fibras constitui as pirâmides bulbares;O conjunto de fibras constitui as pirâmides bulbares;• A maior parte das fibras cruza se na decussação das A maior parte das fibras cruza se na decussação das

pirâmides, situado na porção caudal do bulbo;pirâmides, situado na porção caudal do bulbo;• Uma pequena porção não se cruza, descendo Uma pequena porção não se cruza, descendo

homolateralmente pela medula;homolateralmente pela medula;• Ao passar no tronco encefálico, muitas fibras vão para Ao passar no tronco encefálico, muitas fibras vão para

os núcleos motores dos nervos cranianos;os núcleos motores dos nervos cranianos;• O trato piramidal tem como função realizar movimentos O trato piramidal tem como função realizar movimentos

finos, habilidosos, realizados pelos músculos flexores finos, habilidosos, realizados pelos músculos flexores distais.distais.

Page 7: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

• O trato piramidal origina se da quinta camada celular O trato piramidal origina se da quinta camada celular das áreas 6, 4,(córtex frontal) 3, 1, 2 (córtex parietal). das áreas 6, 4,(córtex frontal) 3, 1, 2 (córtex parietal).

Page 8: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

• Regiões corpóreas, capazes de executar movimentos de Regiões corpóreas, capazes de executar movimentos de habilidade, possuem maior representação no córtex.habilidade, possuem maior representação no córtex.

Page 9: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• As fibras oriundas dos corpos celulares situadas na As fibras oriundas dos corpos celulares situadas na quinta camada do córtex motor primário, assumem quinta camada do córtex motor primário, assumem direção descendente, atravessando a região subcortical direção descendente, atravessando a região subcortical e chegam ao segmento posterior da cápsula interna;e chegam ao segmento posterior da cápsula interna;

• Fibras motoras corticofugais como as corticorrúbricas, Fibras motoras corticofugais como as corticorrúbricas, corticorreticulares, corticopontinas também fazem o corticorreticulares, corticopontinas também fazem o mesmo trajeto.mesmo trajeto.

Page 10: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• Ao nível do mesencéfalo, as fibras corticospinais situam Ao nível do mesencéfalo, as fibras corticospinais situam se na base do pedúnculo cerebral;se na base do pedúnculo cerebral;

• As fibras corticorrúbricas, neste nível, estabelecem As fibras corticorrúbricas, neste nível, estabelecem sinapses com os corpos celulares do núcleo rubro e sinapses com os corpos celulares do núcleo rubro e estes projetam fibras rubrospinais. estes projetam fibras rubrospinais.

Page 11: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• No mesencéfalo situa se o núcleo do nervo oculomotor No mesencéfalo situa se o núcleo do nervo oculomotor onde saem fibras que atravessam a base do pedúnculo onde saem fibras que atravessam a base do pedúnculo cerebral para emergirem como III par craniano ao nível cerebral para emergirem como III par craniano ao nível da fossa interpeduncular e destinam se a determinados da fossa interpeduncular e destinam se a determinados músculos extrínsecos do globo ocular.músculos extrínsecos do globo ocular.

Page 12: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• As fibras corticoespinais atingem a ponte onde dividem As fibras corticoespinais atingem a ponte onde dividem se em vários fascículos menores, formando fibras se em vários fascículos menores, formando fibras pontocerebelares; pontocerebelares;

• Na ponte há os núcleos pontinos, onde se esgotam as Na ponte há os núcleos pontinos, onde se esgotam as fibras corticopontinas e partem as projeções fibras corticopontinas e partem as projeções pontocerebelares, sendo em sua maioria cruzada.pontocerebelares, sendo em sua maioria cruzada.

Page 13: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• Na ponte situa se o núcleo do nervo abducente e o Na ponte situa se o núcleo do nervo abducente e o núcleo motor do nervo facial;núcleo motor do nervo facial;

• As fibras eferentes desses núcleos atravessam a porção As fibras eferentes desses núcleos atravessam a porção basilar da ponte para emergirem ao nível do sulco basilar da ponte para emergirem ao nível do sulco bulbopontino.bulbopontino.

Page 14: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• Após a ponte, as fibras do tracto piramidal cursam Após a ponte, as fibras do tracto piramidal cursam longitudinalmente através das pirâmides bulbares;longitudinalmente através das pirâmides bulbares;

• As fibras oriundas do núcleo do nervo hipoglosso As fibras oriundas do núcleo do nervo hipoglosso passam próximas ao tracto piramidal, depois emergem passam próximas ao tracto piramidal, depois emergem como nervo hipoglosso entre a pirâmide e a oliva. como nervo hipoglosso entre a pirâmide e a oliva.

Page 15: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• No terço caudal do bulbo surge a decussação das No terço caudal do bulbo surge a decussação das pirâmides, onde ocorre o cruzamento da maioria das pirâmides, onde ocorre o cruzamento da maioria das fibras corticoespinais, as quais descem pelo funículo fibras corticoespinais, as quais descem pelo funículo lateral da medula, constituindo o tracto corticospinal lateral da medula, constituindo o tracto corticospinal lateral;lateral;

• O contingente que não se cruza desce O contingente que não se cruza desce homolateralmente pelo funículo anterior da medula, homolateralmente pelo funículo anterior da medula, constituindo o tracto corticospinal anterior.constituindo o tracto corticospinal anterior.

Page 16: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto corticospinalTracto corticospinal

• As fibras do tracto corticoespinal lateral, nas regiões As fibras do tracto corticoespinal lateral, nas regiões medulares das intumescências cervical e lombar, medulares das intumescências cervical e lombar, terminam diretamente na lamina IX, estabelecendo terminam diretamente na lamina IX, estabelecendo sinapses com os motoneurônios alfa e gama, as quais sinapses com os motoneurônios alfa e gama, as quais são facilitatórias para os motoneurônios destinados a são facilitatórias para os motoneurônios destinados a músculos flexores;músculos flexores;

• Nas demais regiões da medula, as fibras corticoespinais Nas demais regiões da medula, as fibras corticoespinais laterais terminam na laminas V e VI, onde se originam laterais terminam na laminas V e VI, onde se originam interneurônios que estabelecem sinapse com as células interneurônios que estabelecem sinapse com as células da coluna cinzenta anterior;da coluna cinzenta anterior;

• O tracto corticospinal anterior estende-se pelo funículo O tracto corticospinal anterior estende-se pelo funículo anterior da medula, estabelecendo contato com anterior da medula, estabelecendo contato com motoneurônios ipsolaterais e contralaterais.motoneurônios ipsolaterais e contralaterais.

Page 17: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 18: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto piramidal corticonuclearTracto piramidal corticonuclear• Corresponde ao tracto piramidal cujas células de origem Corresponde ao tracto piramidal cujas células de origem

situam se no córtex motor correspondente ao território situam se no córtex motor correspondente ao território muscular subordinado aos nervos cranianos;muscular subordinado aos nervos cranianos;

• As fibras convergem para a cápsula interna, segmento As fibras convergem para a cápsula interna, segmento posterior, situando-se anteriormente as fibras posterior, situando-se anteriormente as fibras corticoespinais;corticoespinais;

• Atingindo o tronco encefálico, as fibras cruzam-se para o Atingindo o tronco encefálico, as fibras cruzam-se para o lado oposto, para estabelecerem sinapses com os lado oposto, para estabelecerem sinapses com os núcleos motores de nervos cranianos;núcleos motores de nervos cranianos;

• O núcleo motor do nervo trigêmeo, recebe fibras do O núcleo motor do nervo trigêmeo, recebe fibras do tracto corticonuclear contralateral e homolateral, emite tracto corticonuclear contralateral e homolateral, emite fibras aos músculos da mastigação;fibras aos músculos da mastigação;

• O núcleo ambíguo recebe fibras corticonucleares O núcleo ambíguo recebe fibras corticonucleares contralaterais e homolaterais, emite fibras aos nervos contralaterais e homolaterais, emite fibras aos nervos glossofaríngeo, vago, acessório.glossofaríngeo, vago, acessório.

Page 19: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a

Tracto piramidal corticonuclearTracto piramidal corticonuclear

• O núcleo do nervo hipoglosso recebe fibras O núcleo do nervo hipoglosso recebe fibras corticonucleares contralaterais e homolaterais, emite corticonucleares contralaterais e homolaterais, emite fibras destinadas a musculatura da língua;fibras destinadas a musculatura da língua;

• O núcleo do nervo facial, sua porção inferior, recebe O núcleo do nervo facial, sua porção inferior, recebe aferências corticonucleares heterolaterais;aferências corticonucleares heterolaterais;

• Na paralisia facial central tem-se o comprometimento Na paralisia facial central tem-se o comprometimento dos músculos da mímica da porção inferior da hemiface dos músculos da mímica da porção inferior da hemiface contralateral;contralateral;

• Na periférica, todos os músculos da mímica Na periférica, todos os músculos da mímica homolaterais estão paralisados. homolaterais estão paralisados.

Page 20: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 21: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 22: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 23: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 24: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 25: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 26: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 27: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 28: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a
Page 29: Fisiopatologia das estruturas supra espinhais que atuam sobre a