fisiopatologia das infecções de micoses profundas

76
Fisiopatologia das Infecções de Micoses Profundas ou Sistêmicas Safia Naser. Ana Claudia Leandro da Silva Elaine Dantas Ferreira Marcelo de Jesus dos Santos

Upload: safia-naser

Post on 03-Jun-2015

9.665 views

Category:

Health & Medicine


12 download

TRANSCRIPT

Page 1: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Fisiopatologia das Infecções de Micoses Profundas ou Sistêmicas

Safia Naser.Ana Claudia Leandro da Silva Elaine Dantas FerreiraMarcelo de Jesus dos

Santos

Page 2: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Micoses Sistêmicas

São infecções causadas por fungos capazes de comprometer não somente a unidade dermo-epidermica,mas também o tecido celular subcutâneo e outros órgãos extracutâneos (possiveis causadores de doenças).

Page 3: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Micoses Sistêmicas

As micoses sistêmicas (MS) apresentam diversas características em comum, entre elas:

Distribuição geográfica limitada, com principal ocorrência nas Américas;

Os agentes etiológicos estão presentes no solo,em dejetos animais;

A principal porta de entrada são as vias aéreas superiores;

Page 4: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Micoses Sistêmicas

“A incidência de infecções fúngicas sistêmicas em pacientes saudáveis e imunocomprometidos tem crescido mundialmente nos últimos anos, tornando os fungos patogênicos um importante campo de pesquisa médica” (TAVARES,2005).

Page 5: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Classificação das micoses e seus agentes etiológicos

Micoses profundas ou sistêmicaso Paracoccidiodomicose

• Paracoccidiodes brasiliensis. oHistoplasmose

• Histoplasma capsulatum.oBlastomicose

• Blastomyces dermatidis.oCoccidiodomicose.

• Coccidiodis immitis

Page 6: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Paracoccidiodomicose

Paracoccidiodes brasiliensis

Page 7: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Paracoccidioides brasiliensis

Infecção granulomatosa de evolução crônica com grande polimorfismo clínico.

Via de introdução mais frequente da P.brasiliensis

é a árvore respiratória, por meio da

inalação de conídios brasiliensis.

Fig.1. - Conídios de Aspergillus agrupados em forma de cabeça, ao redor de uma vesícula.

Page 8: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Morfologia

Fungo dimórfico

Cresce na forma de bolor no meio ambiente e como levedura em gemulação em tecido infectado.

Transição do estado bolor para levedura de 25° a 37°.

Page 9: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Paracoccidioides brasiliensis

Fase filamentosa Fase Leveduriforme

Dimorfismo Térmico

Page 10: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Inalação - Conídeos

12hs alveolite - Leveduras

neutrófilos, linfomono, macrófagos, linfócitos T

disseminação linfática

6ª semana granulomas epitelióides

Disseminação hematogênica, 20ª semana: mucosas, linfonodos, fígado, baço, supra-renais, ossos.

Page 11: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Epidemiologia

Restrita nas América Central e do Sul, apresentando elevada incidência no Brasil, Venezuela, e Colômbia.

Cultivado em solos de áreas endêmicas, os fungos residem em ambiente com elevada umidade.

Atinge indivíduos do sexo masc.30 a 40 anos.

Page 12: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Epidemiologia

Page 13: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Ciclo Biológico do P.brasiliensis.

Page 14: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Habitat do P.brasiliensis

Em 1964 Grose e Tamsitt,afirmam ter encontrado o P.brasiliensis em morcegos. Foi isolado também três vezes nos intestinos de tatus naturalmente infectados.

Page 15: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Formas de Micose P.brasiliensis

È dividida nas formas aguda e crônica, de acordo com a idade, duração e manifestações clínicas.

Tipo Juvenil.

Tipo Adulto.

Page 16: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Forma Aguda da P.brasiliensis.

Responsável por 3 a 5% dos casos.

Manifestação em 4 a 12 semanas.

Letalidade -11%

Page 17: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Forma Aguda da P.brasiliensis

Efeitos:

Adenomegalia de linfonodos superficiais;

Comprometimento abdominal ou aparelho digestivo;

Comprometimento ósseo;

Outras manifestações clinicas;

Page 18: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Forma Crônica da P.brasiliensis

Pode acometer todos os órgãos citados, inclusive o SNC.

Pode ser:

a) forma leve;

b) forma moderada;

c) forma grave.

Page 19: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Manifestações Clínicas

Comprometimento de :

Tecidos pulmonares;

Mucosas;

Sistema Fagócitico mononuclear

• Fígado

• Baço

• Adrenais

• Demais Orgãos

Page 20: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Figura 2 . Lesão infiltrada, centro ulcerado, localizada na perna. Paracoccidioidomicose &SIDA.

Figura 3.Lesão ulcerada, fundo com secreção sero-purulenta, bordas infiltradas, localizada no braço. Paracoccidioidomicose & SIDA.

Manifestações Clínicas

Page 21: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Sistema Imunológico e P.brasiliensis

Na PCM como outras infecções granulomatosas crônicas, a resposta imune celular é o principal mecanismo de defesa.

Pacientes portadores de doenças que possuem imunodepressão são os mais afetados por micoses sistêmicas, principalmente portadores do vírus da síndrome da imunodeficiência adquirida (HIV/AIDS),

Page 22: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Imunidade Celular e P.brasiliensis

Com relação entre a imunidade celular do indivíduo com a infecção pelo fungo, há intima relação, tendo em vista que a pessoa com baixa imunidade fica mais propícia não só ao acometimento da contaminação, mas também a manifestação da moléstia.

Na infecção por paracoccidioidomicose,a resposta imune do hospedeiro ao agente infectante se dá com um processo inflamatório granulomatoso crônico, ocasionando fibrose.

Page 23: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Imunidade Celular e P.brasiliensis

No ápice da resposta inflamatória ocorre grande aumento de citocinas que induzem a formação de colágeno, dentre as citocinas produzidas, destaque para o fator de necrose tumoral (TNF-α) e fator de crescimento transformador (TGF-β).

Com o acúmulo de colágeno e formação de fibrose podem levar a alterações anatômicas e funcionais dos órgãos acometidos, em particular os pulmões.

Lesões no sistema nervoso central e adrenal são acometidos pelo fungo, decorrente do processo de formação de fibrose.

Page 24: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Classificação Clínica da P.brasiliensis

Infecção: estágios assintomáticos e subclínicos.

Contatos com o fungo sem desenvolver sintomas. Testes intradermico positivos.

Doença clínica sintomática

Page 25: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Sintomatologia

Febre

Tosse

Sudorese

Formação de granulomas ocasionando a úlceras vermelhasna pela e mucosas (boca e nariz).

Neuroparacoccidioidomicose, caracterizada por comprometimento do parênquima

e dos folhetos que revestem o sistema nervoso central.

As formas pulmonares podem evoluir para insuficiência respiratória crônica.

Page 26: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico Laboratorial

Exame direto: Material da lesão ou escarro com KOH.

São encontradas formas características de leveduras com parede dupla e múltiplos brotamentos (em roda de leme).

Em pus: Células arredondadas (na sua maioria), ovaladas, com

parede grossa bem refringente. Tamanho variável. Formação de brotos únicos, duplos ou múltiplos (em roda de leme). Disposição catenulada ou aglomerada. Pequenos vacúolos aparecem no citoplasma.

Page 27: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Figura 4.P.brasiliensis no escarro

Page 28: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

Em material corado pela hematoxilina-eosina:

Apresenta-se como formas arredondadas, de 1 a 20 mm, com parede grossa e refringente, isoladas ou agrupadas, com brotamento único ou múltiplo (em roda de leme). A coloração do citoplasma varia de levemente azulada e levemente avermelhada, podendo ser incolor.

Page 29: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico Laboratorial

Figura 5.Cultura: Cultivo em agar Sabouraud e agar Mycosel a 25oC. Após 20-30 dias, crescimento de colônias brancas que à análise micromorfológica apresentam clamidósporos intercalados ou terminais nas hifas. O diagnóstico pode ser feito se observado a conversão da forma micelial para leveduriforme cultivando-se a 37°

Page 30: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

Esfregaços de secreções biológicas e cortes histológicos.

Apresenta-se como células arredondadas, de dupla parede,birrefrigente,com ou se gemulação.

Provas sorológicas.

Reação de Fixação do Complemento,

Imunodifusão,

ELISA,

Western Blot

Page 31: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Figura 6.Corte Histológico do P.brasiliensis

Page 32: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Paracoccidioides brasiliensis

Page 33: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Figura 7.Coloração pela prata – GMS -

Page 34: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

HistoplasmoseHistoplasma capsulatum

Page 35: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Histoplasma capsulatum

É uma doença granulomatosa, tendo como agente etiológico o fungo Histoplasma capsulatum, que apresenta especial afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas.

Figura 8. Histoplasma capsulatum

Page 36: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Ciclo Biológico

Page 37: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Esquema de infecção do fungo no Homem

Page 38: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Disseminação do fungo no organismo

Page 39: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Epidemiologia

A Histoplasmose Capsulam e amplamente distribuída em todas as zonas tropicais, subtropicais e temperadas.

Page 40: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Síndromes Clínicas

Principais síndromes clínicas associadas ao H.capsulatum são:

Doença respiratória ligeira Histoplasmose Pulmonar aguda Histoplasmose Disseminada Histoplasmose Crônica Coomplicações :Pericardite e fibrose mediastica

Page 41: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Classificação das Formas CLínicas

Assintomática: Indivíduos que entram em contato com o fungo mais não desenvolvem sintomas.

Algumas vezes podem aparecer sintomas que se assemelham desde uma tuberculose a um resfriado.

Os glânglios mediastinais podem estar envolvidos. Quando não ocorre a cura espontânea, evolui para a forma generalizada.

Page 42: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Tipos de Histoplasmose

Histoplasma capsulatum var. capsulatum Histoplasma capsulatum var. duboisii,

Ambos apresentam especial afinidade pelo sistema retículo endotelial, produzindo diversas manifestações clínicas.

Em indivíduos imunocompetentes, este fungo, usualmente, causa infecção autolimitada ou localizada.

Page 43: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Sintomatologia

Assintomática

Indivíduos que entram em contato com o fungo, mas não desenvolvem sintomas. Algumas vezes, podem aparecer sintomas que se assemelham com tuberculose ou resfriado.

Generalizada

Sintomas de acordo com o órgão afetado. Principalmente, os que fazem parte do sistema retículo endotelial como fígado, baço e linfonodos.

Page 44: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Aspectos Clínicos

Page 45: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

Evidências sorológicas.

Exame histopatológico com o tecido infectado.

Cultura do agente etiológico.

O diagnostico rápido da doença é possível pela detecção direta dos antígenos H.capsulatum.

Page 46: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Exame direto:

Material biológico com KOH – as formas deleveduras dificilmente são encontradas por este método.

Em corte de tecido corado pela H.E.:

Células parasitárias arredondadas,aparecendo como elementos intracelulares, de parede grossa e citoplasma retraído. Observa-se uma zona clara entre a parede e o citoplasma, o que simula uma cápsulas

Page 47: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico Laboratorial

Histoplasmose à histoplasma capsulatum chez un Haïtien immunodéprimé

Page 48: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico Laboratorial

Os microrganismos demoram 2 semanas para crescer em cultura, em seguida analisa-se as características morfológicas presença de hifas septadas e delgadas com macroconídios tuberculados.

Page 49: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Tratamento Anfotericina B (padrão para Histoplasmose disseminada e

outras formas mais graves da doença).

Os pacientes com SIDA existe uma provável recaída após o fim do tratamento.

Page 50: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

BlastomicoseBlastomyces dermatidis

Page 51: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

A blastomicose é uma infecção causada pelo fungo Blastomyces dermatitidis que é dismórfico e cresce em tecidos de mamíferos na forma de célula em brotamento.

Infecção Pulmonar, podendo disseminar-se através da corrente sanguínea.

Inalação dos conídios.

Infecções pulmonares primárias frequentemente inaparentes e de difícil observação

Blastomyces Dermatitidis

Page 52: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Blastomyces Dermatitidis

Microorganismo Inalado

Infecção Respiratória crônica ou branda

A fase respiratória da doença tem semelhanças com a

tuberculose,coccidioidomicose,paracoccidioidomicose e

histoplasmose..A distinção deve ser cuidadosamente feita por

cultura e por métodos histológicos.

Page 53: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Morfologia

A B.dermatitidis encontra-se muito próximo do ponto de vista bioquímico e sorológico do H.capsulatum,sendo que ambas as fases sexuais se encontram classificadas no mesmo gênero ajellomyces.

Page 54: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Epidemiologia

Era considerada uma doença norte-americana sobretudo no sudeste do vale do rio Mississipi.No entanto,foram documentados casos no Canadá,Àmerica Latina,na África.

Não se conhece o reservatório natural do agente da blastomicose,não sendo encontrado frequentemente no solo.

Page 55: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Ciclo de Biológico

Page 56: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Sintomatologia

Comprometimento da mucosa oral e nasal

Sudorese,Calafrios,Febre

Dor torácica e dificuldade respiratória.

Tosse (com ou sem expectoração).

Dor no peito e dificuldade em respirar.

Apesar de, em regra, a infecção pulmonar piorar lentamente, por vezes melhora sem tratamento.

Lesões ósseas produzem dor e disfunsão;as vertebras e as costelas são as mais afetadas.

Page 57: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Aspectos Clínicos

Page 58: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Aspectos Clínicos

Page 59: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico Laboratorial

Aspectos Microscópicos: pelo método de retalhamento das colônias desenvolvidas em temperatura ambiente (fase bolor)observa-se:

Conídios solitários, redondos ou ovais, com paredes lisas, nas extremidades de conidióforos curtos, ou diretamente sobre hifas.

A levedura a 37° aparece como células redondas, com paredes espessas, em brotamento solitários, com istmo largo no local onde a célula filha se liga a célula mãe

Page 60: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico laboratorial

Fase Bolor Fase de levedura

Page 61: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnostico laboratorial

Page 62: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Tratamento

Anfotericina B

Itraconazol

Fluconazol pode ser uma alternativa àqueles pacientes incapazes de tolerar o itraconazol.

Page 63: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Coccidiodomicose Coccidiodis immitis

Page 64: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Coccidiodis immitis

O agente etiológico dessa doença é o Coccidioides immitis, um fungo saprófita do solo, que sobrevive em áreas desérticas e semidesérticas.

A infecção se dá pela inalação de artroconídios, os quais são facilmente transportados pelo ar e altamente resistentes às condições ambientais.

***Importante considerar a presença de cálcio,cloreto de sódio, e sulfatos que favorece o C.immitis e inibem outros microrganismos.

Page 65: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Coccidiodis immitis

Page 66: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Ciclo Biológico

Solo salino declima seco é o

ambientepropício para o

desenvolvimentode C. immitis nafase filamentosa

Artroconídiossão levados porcorrentes de arcontaminando

assim o homeme animais

Após entrar pela viarespiratório os artroconídiossofrem modificação para afase leveduriforme do C.

immitis (esférula) causandolesão pulmonar e em outros

órgãos

Page 67: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Epidemiologia

A coccidiodomicose é endêmica em áreas desérticas da América do Norte, América Central e América do Sul, com casos esporádicos no Brasil.

A maior incidência é em trabalhadores rurais, horticultores e vaqueiros.

Em periodos de chuvas as hifas crescem e sofrem maturação,após isso em tempo seco,as hifas morrem e dão origem as artroconídias (ou esporos), que são dispersadas pelo ar, podendo ser inaladas pelos seres humanos.

Page 68: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Sintomatologia

60% dos indivíduos apresentam infecção primária inaparente.

Artralgia

Comprometimento respiratório baixo

Anorexia

Febre Eritema nodose

Sudorese Noturna Reações de exantemáticas

Dor pleural

Dispeneia

Tosse produtiva

Page 69: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Aspectos Clínicos

Page 70: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Aspectos Clínicos

Multifocal hepatic granulomas caused by disseminated C. immitis infection (same alpaca as Figure 3). (© Noah's Arkive, University of Georgia

Page 71: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

Avaliação da resposta à coccidioidina, da detecção de anticorpos, e da inoculação da forma micelial em camundongos.

Em meios enriquecidos a 37°C há encontro de esférulas e hifas; em cultivos a 24-28°C surgem colônias brancas algodonosas a castanho-amareladas, ricas em artroconídios. Esférulas são encontradas em cortes teciduais.

Page 72: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

Aparência microscópica:

O tratamento de colônia pelo método de retalhamento revela ramificações híficas em ângulos de 90° e muitos artroconídios de paredes espessas, com forma de barril ou retangulares que se alternam com células disjuntoras vazias.

Observação direta da Amostra:

Esférulas redondas, com paredes espessas, cheias de endósporos pequenos.

Page 73: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

C.Immitis no escarro

Numerosos endósporos.A ruptura das esférulas libra os endósporos, que desenvolvem novas esférulas, continuando o ciclo parasitário.

Page 74: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Diagnóstico Laboratorial

C.Immitis no tecido

Page 75: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Tratamento

Anfotericina B; Miconazol, Cetoconazol, Itraconazol Outros derivados imidazólicos apresentam resultados

limitados.

Page 76: Fisiopatologia das infecções de micoses profundas

Medidas de Segurança na Manipulação de Patógenos Sistêmicos

Em áreas endêmicas implementar atividades educativas acerca do risco de infecção e formas de proteção.

Medidas alternativas, tais como umedecer solos secos e campos de pouso, bem como o uso de máscaras e, se possível a utilização de veículos com ar refrigerado, são também utilizadas em situações específicas.

Os profissionais de saúde devem seguir estritas normas de biossegurança ao manejar pacientes ou manipular amostras em laboratório.