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A taxa elevada de cesáreas no Brasil levou as
entidades públicas e privadas envolvidas e
os médicos ginecologistas e obstetras a uma
reflexão sobre esta problemática.
A visão dos médicos indica que a maioria
das condições de trabalho, da qualificação
profissional e da remuneração, além
da integração entre os médicos de
assistência pré-natal e equipes formadas
exclusivamente para acompanhamento e
realização de parto, podem ser estratégias
adequadas para aumentar o percentual de
partos normais no Brasil.
O cartão da gestante e o partograma são
ferramentas importantes para a melhor
qualificação da assistência obstétrica na
saúde suplementar do país.
Tenha acesso à pesquisa completa em
www.portalmedico.org.br
Sobre a ANS
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora do Governo Federal vinculada ao Ministério da Saúde, que atua em todo o território nacional na regulação, normatização, controle e fiscalização do setor de planos de saúde no Brasil.
Sobre o CFM
O Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Medicina são os órgãos supervisores da ética profissional em toda a República e ao mesmo tempo, julgadores e disciplinadores da classe médica, cabendo-lhes zelar e trabalhar por todos os meios ao seu alcance, pelo perfeito desempenho ético da medicina e pelo prestígio e bom conceito da profissão e dos que a exerçam legalmente.
Sobre a Febrasgo
A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia é o órgão que tem por finalidade patrocinar, promover, apoiar e zelar pelo aperfeiçoamento técnico e científico, pelos interesses econômicos e pelos aspectos éticos do exercício profissional de ginecologistas e obstetras.
Sobre a SBP
A Sociedade Brasileira de Pediatria é o órgão que tem por finalidade atuar na defesa profissional dos pediatras e também zelar pelos direitos de crianças e adolescentes brasileiros.
Pesquisa sobre a assistência obstétrica na saúde suplementar
COMISSÃO DO PARTO NORMAL
Relatório resumido de pesquisa
Introdução
Esta pesquisa oferece uma visão geral acerca do que pensam os médicos obstetras sobre o parto normal e o contexto em que esta alternativa se apresenta no Brasil. Portanto, constitui-se em um retrato, tratando de avaliar conhecimento, atitudes, crenças e práticas destes profissionais diante da questão de assistência obstétrica na saúde suplementar.
Aspectos metodológicos
O estudo foi realizado de 07 de junho a 20 de outubro de 2010 considerando o universo de médicos com registro na Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia - Febrasgo. A pesquisa foi feita em ambiente virtual e o e-mail foi a ferramenta utilizada para divulgação e acesso ao questionário online, resultando em 3.131 médicos participantes.
Caracterização demográfica
A média de idade dos participantes foi de 45 anos, sendo quase equitativamente distribuídos quanto ao sexo.
MasculinoSexo
50,8% Feminino 49,2%
A maioria (89,8%) indicou ter residência médica em Ginecologia e Obstetrícia. Destes, 72,9%, afirmou ter o Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia - TEGO.
Com residênciaResidência médica
89,8% Sem 10,2%
Quanto à formação acadêmica, predominaram aqueles com Especialização, seguidos por aqueles com Mestrado, Doutorado e, em menor quantitativo, graduação. Dos 37,3% que informaram ter atividade docente de orientação teórica-prática em Medicina, 25,1% são preceptores.
Especialização Formação acadêmica
74,5%
11,9%8,3%
5,3%
Mestrado Doutorado Graduação
As atividades profissionais dos médicos que responderam à pesquisa são desempenhadas, majoritariamente em consultório (83,5%). Deste quantitativo, 73% atua na saúde suplementar.
Consultório Local de atuação
83,5% Outros 16,5%
Organização do trabalho médico obstétrico
Neste quesito, ficou evidente que a integração entre profissionais de assistência pré-natal e equipes formadas exclusivamente para acompanhamento e realização de parto é percebida como algo que contribui para aumentar o percentual de partos normais.
Pagamento e incentivo ao parto normal
Ao avaliar opções relacionadas a pagamento e em que medida elas contribuiriam para o incentivo ao parto normal, os participantes consideraram a melhoria da remuneração como a estratégia mais eficaz para incentivar o parto normal.
A pesquisa também perguntou acerca de três estratégias que poderiam ser adotadas para incentivar o parto normal. Destaca-ram-se, na seguinte ordem:
Disponibilizar apoio jurídico para casos de questionamentos da prática médica.
Integrar as equipes médicas responsáveis pelo pré-natal e parto na discussão das boas práticas médicas.
Desenvolver grupos de gestantes para orientá-las sobre gestação saudável e incentivar o parto normal.
No que se refere aos fatores de risco que contribuem para o aumento de cesáreas, foram destacados seis aspectos:
1. ausência de sala de pré-parto,
2. falta de leitos obstétricos hospitalares,
3. falta de equipamentos para monitoração do trabalho de par-to,
4. disponibilização imediata de salas cirúrgicas para urgência,
5. disponibilidade de anestesistas e pediatras, e
6. disponibilidade de plantonistas com especialidade em obstetrícia.
Hábitos pessoais e cultura popular
Segundo os médicos, dentre as situações que contribuem para o aumento da prática do parto cesário, observou-se:
Insegurança
sofrimento
Insegurança do médico quanto à disponibilidade de leito para internação
A opção da gestante por cesárea é por medo da dor do parto normal
Além disso, mais dois fatores foram destacados:
• precariedade das condições de trabalho: o trabalho de parto, em razão do deslocamento do profissional e da sua permanência à noite na maternidade, o expõe mais à violência.
• falta de qualificação e controle: insuficiência de equipes qualificadas disponíveis em situações de emergência.