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FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA DE PROFESSORES NAS LICENCIATURAS:
PERCURSOS E PERCALÇOS
Antonia Edna Brito/UFPI
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UMA PAUTA POSSÍVEL...
• Palavras Iniciais
• Sobre Formação Inicial
• Sobre Formação Continuada
• Palavras Finais
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PALAVRAS INICIAIS...
Docência como um ofício sem saberes
Professor como um técnico
Desvalorização da formação pedagógica
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PALAVRAS INICIAIS...
Atualmente, a perspectiva é de que a formação docente se alinhe a um modelo formativo que contemple a formação de profissionais que tenham como meta a aprendizagem constante, renovada, com disposição para a pesquisa, para o diálogo com a comunidade escolar, particularmente com os alunos e com os pares e que na sua trajetória formativa e de prática pedagógica valorize e invista em seu desenvolvimento profissional.
Os cursos de licenciatura ocupam lugar significativo na formação de professores, devendo, pois, assumir o importante papel de "[...] possibilitar aos futuros profissionais a aquisição de uma personalidade no plano profissional, isto é, uma maneira socializada de ser, de pensar e de agir”. (GAUTHIER et al, 1998, p. 70).
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SOBRE FORMAÇÃO INICIAL NAS LICENCIATURAS
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Falar de formação de professores implica assumir posições (epistemológicas, ideológicas, culturais, entre outras). O que é formação de professores? Segundo Garcia (1999), é uma área de conhecimento e investigação que estuda os processos por meio dos quais os professores aprendem e desenvolvem a competência profissional.
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A formação inicial é caracterizada pela formação acadêmico-formal, cujo contexto de ocorrência é a universidade, nos cursos de graduação. Compreende a formação específica do futuro professor, configurando-se como o momento em que o aluno se beneficia não só de conhecimentos no campo geral, mas especialmente de conhecimentos pedagógicos e das disciplinas necessárias à formação profissional. Os conhecimentos profissionais docentes compreendem: • Conhecimento do conteúdo; • Conhecimento pedagógico geral: princípios, estratégias de gestão e
organização da classe; • Conhecimento do currículo, dos materiais e dos programas; • Conhecimento do conteúdo pedagógico: combinação entre
conhecimento da matéria e conhecimento do modo de ensinar; • Conhecimento do contexto educativo; • Conhecimento dos fins, propósitos e valores educativos.
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- “Há um excesso de discursos, redundantes e repetitivos, que se traduz numa pobreza de práticas” (Nóvoa, 2009, p. 27).
- Professor reflexivo;
- Professor pesquisador;
- Trabalho coletivo;
- Fprmação interdisciplinar......
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• O que esperar da Formação inicial?
Que oportunize ao futuro professor a aprender a pensar como professor. “Pensar como professor é pensar de forma reflexiva num diálogo com a prática [...]. Pensar de forma reflexiva é ser capaz de exprimir afecto ou perplexidade perante situações imprevistas [...]” (PESSOA, 2008, p.108).
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A formação inicial deve contribuir para a construção de uma identidade profissional com estilo próprio, com habilidades e competências específicas para enfrentar e resolver com autenticidade os problemas e desafios de uma prática exigente. (RAMALHO; NUÑEZ, 1998, p. 34).
Revela-se como o primeiro momento de um longo, complexo e diferenciado processo de desenvolvimento profissional, mas neste nível, a formação ainda não reúne condições de apresentar "produtos bem acabados", até porque, pode-se dizer, representa a via de transição e de interconexão com a formação continuada. (GARCÍA, 1999).
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É possível pensar a aprendizagem do adulto professor?
• Segundo Garcia (1999), para planejar os processos formativos é
importante considerar como o adulto aprende. A esse respeito destaca:
- Adultos evoluem de uma condição de dependência para outra de autonomia;
- É importante analisar a experiência cotidiana dos professores;
- A aprendizagem dos professores parte de problemas e necessidades percebidos pelos próprios professores;
- Os adultos são motivados a aprender por fatores internos ao invés de fatores externos.
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SOBRE A FORMAÇÃO CONTINUADA
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FORMAÇÃO CONTINUADA
É aquela que tem lugar ao longo da carreira profissional após a aquisição da certificação profissional inicial, privilegiando a ideia de que a sua inserção na carreira docente é qualitativamente diferenciada em relação à formação inicial [...] (RODRIGUES; ESTEVES, 1993, p. 44-45)
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FORMAÇÃO CONTINUADA
• Os estudos de Imbernón (2009, p. 54) reconhecem a importância da formação continuada e ressaltam que essa formação não é treinamento (ideia que ainda perdura nas ações formativas). Nesta acepção, não é viável pensar em uma formação padronizada, no contexto da qual “[...] o formador é quem seleciona as atividades que se supõem ajudar os professores a conseguirem resultados esperados [...]”.
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• A formação orientada pela racionalidade técnica não leva em conta as necessidades formativas dos professores e, tampouco, considera a complexidade da prática docente.
• Na verdade, trata-se de um modelo de formação que subestima as competências e os conhecimentos dos professores (não reconhece os conhecimentos que os professores possuem), ocorre de modo descontextualizado e não investe na reflexão e tampouco na construção da autonomia docente.
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- Se desejarmos mudanças nas práticas docentes e nas escolas, precisamos além de rever a formação de professores, analisar suas condições de trabalho e, principalmente, precisamos investir no reconhecimento e valorização dos professores.
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• A formação objetiva um profissional que deve ser ao mesmo tempo agente de mudanças individual e coletiva, sabendo o que deve fazer, por que deve e como deve fazer, cujo formato de trabalho esteja direcionado para a produção do conhecimento, colocando a pesquisa como princípio pedagógico fundamental.
PALAVRAS FINAIS...
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Podemos pensar em uma proposta de formação de professores voltada para o ensino reflexivo. Essa proposta requer algumas características:
a) mentalidade aberta - ausência de preconceitos, de parcialidades, requerendo, dentre outros, a habilidade de escutar e de respeitar diferentes perspectivas;
b) reflexão acerca de formas e alternativas de melhorar sempre mais o que já existe;
c) responsabilidade – atitude que assegura integridade, coerência, harmonia do objeto defendido;
d) entusiasmo - predisposição para enfrentar as atividades propostas com certo grau de curiosidade, energia e capacidade de renovação, batalhando incessantemente contra a rotina (NÓVOA, 1992).
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O professor deve, desde o princípio de sua formação,
assumir-se como sujeito produtor de saberes, conscientizando-se de que ensinar implica mais que “transferir conhecimentos”.
Ensinar e aprender são ações que envolvem reciprocidade, e é no cotidiano social, escolar inclusive, que homens e mulheres vão aprendendo, socializando seus saberes, construindo-se social e historicamente.
O professor deve ser um pesquisador. A tarefa de ensinar exige busca, indagação, pesquisa, propiciando-lhe ultrapassar o estágio da consciência ingênua, passando para o estágio da curiosidade epistemológica.
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• [...] o inacabamento do ser ou sua inconclusão é próprio da experiência vital. Onde há vida, há inacabamento (FREIRE, 1999, p. 50).
• Para desempenhar bem suas atividades, os professores necessitam de uma sólida formação inicial e ter abertura para a formação continuada (NÓVOA, 1998).
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- Para melhorar as escolas é preciso investir no desenvolvimento profissional docente;
- Para melhorar os professores, o desenvolvimento profissional deve ser definido a partir de suas necessidades pessoais e institucionais;
- Os corações dos professores (suas paixões, seus entusiasmos, suas emoções...) são tão importantes quanto suas mãos e suas cabeças (DAY, 2004).
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O que faz a estrada? É o sonho. Enquanto a gente sonhar a estrada permanecerá viva. É para isso que servem os caminhos, para nos fazerem parentes do futuro. (Mia Couto) 22