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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO VINICIOS MIGUEL GOMES PROPOSTA PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UMA EMPRESA DE TECNOLOGIA UTILIZANDO AS MELHORES PRÁTICAS DO PMBOK TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO Santa Rosa 2015

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL MACHADO DE ASSIS FACULDADES INTEGRADAS MACHADO DE ASSIS

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

VINICIOS MIGUEL GOMES

PROPOSTA PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UMA EMPRESA DE TECNOLOGIA UTILIZANDO AS MELHORES PRÁTICAS DO PMBOK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Santa Rosa 2015

VINICIOS MIGUEL GOMES

PROPOSTA PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UMA EMPRESA DE TECNOLOGIA UTILIZANDO AS MELHORES PRÁTICAS DO PMBOK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Tecnólogo no Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação.

Orientadora: Ma. Marilei de Fatima Kovatli

Santa Rosa 2015

VINÍCIOS MIGUEL GOMES

PROPOSTA PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS EM UMA EMPRESA DE TECNOLOGIA UTILIZANDO AS MELHORES PRÁTICAS DO PMBOK

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

Relatório de Estágio Supervisionado apresentado às Faculdades Integradas Machado de Assis, como requisito parcial para obtenção do Título de Tecnólogo no Curso Superior de Tecnologia em Gestão da Tecnologia da Informação.

Banca Examinadora

__________________________________ Prof.ª Ma. Marilei de Fatima Kovatli – Orientadora

________________________________ Prof. Esp. Maxlan Maximiliano Roa

________________________________ Prof. Me. Diego Nestor Soardi Andrada

Santa Rosa, 12 de Dezembro de 2015.

DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a minha mãe que me apoiou durante toda essa trajetória, a minha namorada que me deu forças para não desistir e as minhas irmãs que estiveram sempre junto me incentivando.

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado forças e coragem para enfrentar mais essa etapa da minha vida, aos meus professores que não se negaram em passar seus conhecimentos, em especial minha orientadora que incentivou para que se tornasse possível a conclusão desse trabalho, a IES que proporcionou um ambiente criativo e amigável e à organização Luanett que me abriu as portas tornando, possível a criação desse estudo.

“O céu é só uma promessa Eu tenho pressa, vamos nessa direção Atrás de um sol que nos aqueça Minha cabeça não aguenta mais.”

Engenheiros Do Hawaii

RESUMO

Com a evolução da tecnologia e os altos investimentos é imprescindível antes de iniciar alguma atividade se tenha um planejamento. Diante disso este estudo tem como fim elaborar uma proposta para o gerenciamento de projetos em uma empresa de tecnologia, utilizando as melhores práticas do PMBoK (Project Management Body of Knowledge). Essa pesquisa, sobre a gestão do gerenciamento de projeto, tem como objetivo elencar os fatores que auxiliam o gerenciamento dos mesmos dentro da organização LuaNett Informática localizada na cidade de Boa Vista do Buricá, na região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, baseando-se nas áreas do conhecimento especificadas pelo PMBoK mostrando uma direção correta a ser tomada nas decisões envolvidas nos projetos. Para atingir os objetivos se realizou uma metodologia aplicada que classifica como pesquisa qualitativa que permitiu uma análise e interpretação mais precisa dos dados. A pesquisa com caráter exploratório e estudo de caso, ocorreu por meio de um questionário e uma análise participante, onde os processos da criação de projetos foram mapeados e analisados a fim de identificar possíveis falhas, tendo como intuito elaborar um plano que contenha os passos necessários para a elaboração dos projetos para ser utilizado pela organização. Esses passos são fundamentais, pois cada vez mais os investimentos são maiores dentro do gerenciamento de projetos. Portanto, é através de um plano de gerenciamento de projeto que se pode antecipar falhas, alavancar recursos e ter um melhor controle financeiro para atingir com sucesso o objetivo do projeto. Sendo assim conclui-se que para garantir o sucesso do projeto deve-se assegurar alguns aspectos como: gerenciar a integração das etapas do projeto, o tempo, a finalidade, o custo para o desenvolvimento, garantir a qualidade, gerenciar as pessoas e as comunicações, verificar os riscos, gerenciar as aquisições necessárias do projeto e por fim controlar todas as partes que estão interessadas.

Palavras-chave: projeto – gerenciamento – organizações – PMI - PMBoK

ABSTRACT

With the evolution of technology and the high investment is essential to start some activity, without having a plan. This research about management administration, have as objective to list the factors that help the project management within the LuaNett Computer company located in Boa Vista do Buricá in the Northwest region of Rio Grande do Sul, more specifically in the area of PMBoK (Project Management Body of Knowledge), showing a right direction to take the decisions involved in the projects. To achieve the objectives, we used a qualitative research that allowed for a more accurate analysis and interpretation of data. The same with exploratory and case study happened via a questionnaire and a participant analysis, where the processes of creating projects were mapped and analyzed to identify possible fail with the intention to develop a plan that contains the necessary steps to preparation of procedures to be used by the organization. To ensure the success of the project musk take into account some aspects as: managing the integration of the stages of the project, time, purpose, cost for development, ensure quality, people management, communications and control all portion who are interested.

Keyword: project – management – organizations – PMI – PMBoK.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Ilustração 1 - Organograma funcional Luanett Informática ........................................ 20

Ilustração 2 - Processo integrado do gerenciamento de projetos.............................. 26

Ilustração 3 - Ciclo de vida do projeto subdividido em fases. .................................... 28

Ilustração 4 - Visão geral do Gerenciamento da Integração do Projeto. ................... 33

Ilustração 5 - Visão geral do Gerenciamento do Escopo do Projeto. ........................ 36

Ilustração 6 - Exemplo de Diagrama de Gantt........................................................... 38

Ilustração 7 - Visão geral do Gerenciamento do Tempo do Projeto .......................... 39

Ilustração 8 - Visão geral do Gerenciamento de Custo do Projeto ............................ 41

Ilustração 9 - Visão geral do Gerenciamento da Qualidade do Projeto ..................... 43

Ilustração 10 - Visão geral do Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto. . 45

Ilustração 11 - Matriz RACI ....................................................................................... 46

Ilustração 12 - Modelo Básico de Comunicação ....................................................... 47

Ilustração 13 - Visão geral do Gerenciamento das Comunicações do Projeto. ......... 48

Ilustração 14 - Visão geral do Gerenciamento dos Riscos do Projeto. ...................... 51

Ilustração 15 - Exemplo AHP para seleção de fornecedores .................................... 53

Ilustração 16 - Visão geral do Gerenciamento das Aquisições do Projeto. ............... 54

Ilustração 17 - Exemplo de poder/interesse com as partes interessadas ................. 56

Ilustração 18 - Visão geral do Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto .. 57

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Modelo termo de abertura do projeto para a empresa ........................... 69

Tabela 2 – Modelo plano de gerenciamento do projeto para a empresa .................. 70

Tabela 3 – Modelo plano de gerenciamento do tempo do projeto............................. 71

Tabela 4 – Modelo de gerenciamento da qualidade do projeto ................................. 72

Tabela 5 – Modelo de gerenciamento dos recursos humanos do projeto ................. 73

Tabela 6 – Modelo de gerenciamento das comunicações do projeto ........................ 74

Tabela 7 – Modelo para gerenciamento dos riscos do projeto .................................. 75

Tabela 8 – Modelo plano de gerenciamento das aquisições do projeto .................... 76

Tabela 9 – Modelo plano de gerenciamento dos stakeholders do projeto ................ 77

LISTA DE ABREVIAÇÕES, SIGLAS E SÍMBOLOS.

AHP - Analytical Hierarchic Process

ANATEL - Agência Nacional de Telecomunicações.

CEO - Chief Executive Officer

EAP- Estrutura Analítica do Projeto

GP - Gerenciamento de Projetos.

IES - Instituição de Ensino Superior.

ISO - International Organization for Standardization

p - Página

PDCA - plan, do, check e act

PMBoK - Project Management Body of Knowledge.

PMI - Project Management Institute.

PMP - Project Management Professional

RH - Recursos Humanos

SWOT - Strengths, Weaknesses, Opportunities, Threats

TI - Tecnologia da Informação.

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 13

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO .............................................................. 15 1.1 TEMA .................................................................................................................. 15 1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA ................................................................................... 15

1.3 PROBLEMA ........................................................................................................ 15 1.4 OBJETIVOS ........................................................................................................ 16 1.4.1 Objetivo Geral ................................................................................................. 16

1.4.2 Objetivos Específicos .................................................................................... 16 1.5 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 16 1.6 METODOLOGIA .................................................................................................. 18 1.6.1 Categorização da Pesquisa ........................................................................... 18

1.6.2 Dados Coletados ............................................................................................ 19 1.6.3 Analise e Interpretação dos Dados ............................................................... 19

1.6.4 Apresentação da Organização ...................................................................... 20

2 REFERENCIAL TEÓRICO ..................................................................................... 22 2.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO E GESTÃO DE PROJETOS.................................... 22

2.1.1 Características dos projetos ......................................................................... 24

2.1.2 Gerenciamento de Projeto ............................................................................. 25 2.1.3 A Tecnologia da informação aliada à gestão de projetos ........................... 26 2.1.4 Fases do Ciclo de vida dos projetos ............................................................ 27 2.2 EVOLUÇÃO DO GUIA PMI – PMBOK ................................................................ 29 2.3 O GUIA PMBOK E SUAS ÁREAS DO CONHECIMENTO .................................. 30 2.3.1 Gerenciamento da Integração do Projeto .................................................... 31

2.3.2 Gerenciamento do Escopo do Projeto ......................................................... 34 2.3.3 Gerenciamento do Tempo do Projeto ........................................................... 37

2.3.4 Gerenciamento dos Custos do Projeto ........................................................ 40 2.3.5 Gerenciamento da Qualidade do Projeto ..................................................... 42 2.3.6 Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto ................................... 44

2.3.7 Gerenciamento das Comunicações do Projeto ........................................... 46

2.3.8 Gerenciamento dos Riscos do Projeto ......................................................... 49 2.3.9 Gerenciamento das Aquisições do Projeto ................................................. 52 2.3.10 Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto ................................. 55

2.4 A CONTRIBUIÇÃO DO PMBOK NA GESTÃO DE PROJETOS ......................... 57

3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE .................................................................................. 59 3.1 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS NA ORGANIZAÇÃO E A APLICAÇÃO DAS ÁREAS DO PMBOK .................................................................................................. 59 3.1.1 Mapeamento da Integração dos Projetos ..................................................... 60 3.1.2 Mapeamento do Escopo dos Projetos .......................................................... 61 3.1.3 Mapeamento do Tempo dos Projetos ........................................................... 62

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3.1.4 Mapeamento dos Custos Envolvidos nos Projetos .................................... 63

3.1.5 Mapeamento da Qualidade disponível nos Projetos ................................... 63 3.1.6 Mapeamento dos Recursos Humanos disponíveis nos Projetos .............. 64 3.1.7 Mapeamento das Comunicações Efetuadas nos Projetos ......................... 65 3.1.8 Mapeamento dos Riscos que Ocorrem nos Projetos .................................. 66 3.1.9 Mapeamento das Aquisições Necessárias para os Projetos ..................... 67

3.1.10 Mapeamento das Partes Interessadas nos Projetos ................................. 68 3.2 PROPOSTA PARA A GESTÃO DE PROJETOS NA ORGANIZAÇÃO ............... 68 3.2.1 Primeira Etapa ................................................................................................ 69 3.2.2 Segunda Etapa ............................................................................................... 69 3.2.3 Terceira Etapa ................................................................................................. 70

3.2.4 Quarta Etapa ................................................................................................... 71 3.2.5 Quinta Etapa ................................................................................................... 72

3.2.6 Sexta Etapa ..................................................................................................... 73 3.2.7 Sétima Etapa ................................................................................................... 74 3.2.8 Oitava Etapa .................................................................................................... 75 3.2.9 Nona Etapa ...................................................................................................... 76

4 RECOMENDAÇÕES .............................................................................................. 78

CONCLUSÃO ........................................................................................................... 81

REFÊRENCIAS ......................................................................................................... 83

APÊNDICES ............................................................................................................. 85

APÊNDICE A – ENTREVISTA REALIZADA NA ORGANIZAÇÃO COM O CEO ...... 86 APÊNDICE B – PLANO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS LUANETT........... 88

ANEXOS ................................................................................................................... 97

ANEXO A – MS PROJECT VALORES ..................................................................... 98

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INTRODUÇÃO

Com o grande investimento feito pelas organizações é imprescindível que,

antes de realizar uma ação possua um projeto para colocá-la em prática. Diante

disso o gerenciamento e criação de projetos vêm ganhando força no cenário atual.

Analisando que as melhores práticas oferecidas pelo PMBoK (Project Management

Body of Knowledge), que é desenvolvido pelo instituto sem fins lucrativos o PMI

(Project Management Institute), e considerando esse cenário observa-se que o

PMBoK é referência nesse assunto.

Com isso, as utilizações das melhores práticas oferecidas pelo PMBoK

mostram uma maior segurança para a alocação de recursos, controles financeiros, e

gestão de riscos durante o gerenciamento dos projetos em organizações.

Cada vez mais as organizações investem em ferramentas para sua gestão,

sempre se preocupando em obter o máximo de controle sobre seus custos e

gerenciamento dos processos. Posto isso, esta pesquisa tem como finalidade,

mostrar o gerenciamento dos projetos para as organizações, através de um resumo

das áreas para que possam adotar aplicações de conhecimento sobre as

habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades dos projetos para atenderem

seus requisitos, e minimizar ou até eliminar as deficiências na criação e no

gerenciamento de projetos em sua infraestrutura.

Essa solução proposta pelo PMI é usada em nível mundial pelas

organizações, pois mostra a melhor forma para gerenciar os projetos desenvolvidos

pelas organizações.

Com isso este trabalho se estruturará da seguinte forma, no primeiro

capítulo será mostrado a contextualização do trabalho, iniciando-se de forma clara

com o tema e o problema que originou o desenvolvimento desse projeto. Após será

mostrado o objetivo geral e os objetivos específicos, que serão alcançados com o

desenvolvimento da pesquisa, seguindo com a justificativa que explica a importância

desse estudo. Também nesse capítulo será apresentado a metodologia e como os

dados serão coletados, para assim serem analisados e interpretados e para

completar será apresentado a organização do estudo.

14

Já no segundo capítulo será apresentado o referencial teórico, trazendo

fundamentações científicas com base nos autores estudados, como o instituto de

gerenciamento de projetos que desenvolveu o guia PMBoK com uma metodologia

ampla, e Ricardo Vargas que desenvolveu um manual prático sobre o

gerenciamento de projetos, trazendo casos específicos que podem ser utilizados

como modelo para a gestão de projetos dentro das organizações e para estudo

científico.

No terceiro capítulo será apresentado, o diagnóstico e a análise utilizando

como base de dados coletados na organização e comparados com as metodologias

científicas para a elaboração de uma proposta de gestão de projetos.

No quarto capítulo, será descrito quais são as recomendações para

gerenciar projetos e quais ferramentas específicas podem ser utilizadas para o

controle do desenvolvimento. Por fim, será apresentada a conclusão dessa proposta

e as referências bibliográficas utilizadas nesse estudo.

15

1 CONTEXTUALIZAÇÃO DO TRABALHO

Este trabalho traz como contextualização tópicos que se dividem em: tema

proposto pelo estudo, a sua delimitação, o problema da pesquisa, o objetivo geral e

os objetivos específicos, a justificativa, a metodologia utilizada e a apresentação da

organização.

1.1 TEMA

Com o grande investimento feito pelas organizações é imprescindível que,

antes de realizar uma ação, possua um projeto para colocá-la em prática. Diante

disso o gerenciamento e criação de projetos vêm ganhando força no cenário atual.

Analisando que as melhores práticas oferecidas pelo PMBoK, que é desenvolvido

pelo instituto, sem fins lucrativos, o PMI, e considerando esse cenário observa-se

que o PMBoK está se tornando referência neste assunto.

Com isso, as utilizações das melhores práticas oferecidas pelo PMBoK

mostram uma maior segurança para a alocação de recursos, controles financeiros, e

gestão de riscos durante o gerenciamento dos projetos em organizações. Portanto, o

tema definido para este relatório é: proposta para o gerenciamento de projetos em

uma empresa de informática utilizando as melhores práticas do PMBoK.

1.2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A delimitação do tema do presente trabalho é uma proposta para o

gerenciamento de projetos em uma empresa de informática utilizando as melhores

práticas do PMBok na empresa Luanett Informática Matriz, localizada na cidade de

Boa Vista do Buricá, na Região Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil.

1.3 PROBLEMA

Cada vez mais as organizações investem em ferramentas para sua gestão,

sempre se preocupando em obter o máximo de controle sobre seus custos e

gerenciamento dos processos. Com isso, esta pesquisa tem como finalidade o

gerenciamento dos projetos das organizações, a adoção e aplicação do

16

conhecimento das habilidades, ferramentas e técnicas nas atividades dos projetos

para atender seus requisitos, tendo como fim minimizar ou eliminar as deficiências

na criação e no gerenciamento de projetos em sua infraestrutura.

Assim, tendo como problema da pesquisa: Como o uso das melhores

práticas do PMBoK pode contribuir na gestão de projetos em uma empresa de

tecnologia?

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

O objetivo geral deste estudo foi definido a partir elaboração de uma

proposta para o gerenciamento de projetos em uma empresa de tecnologia,

utilizando as melhores práticas do PMBoK.

1.4.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos para esta pesquisa constituem-se em:

a) Conhecer os processos atuais da gestão de projetos da empresa, para

identificar as possíveis falhas.

b) Identificar no PMBoK quais as áreas de gerenciamento que podem ser

aplicadas para melhorar a gestão de projetos da empresa.

c) Elaborar uma proposta baseada nas melhores práticas do PMBoK, para

contribuir na gestão de projetos da Luanett.

1.5 JUSTIFICATIVA

O tema abordado nesse estudo é de suma importância no cenário atual das

organizações, na medida que o gerenciamento de projetos torna a segurança e o

desenvolvimento de uma ideia mais precisa, garantindo o sucesso do mesmo, A

criação de projetos está cada vez mais presente nas organizações, pois nem uma

organização quer ter prejuízo na hora de tirar a ideia do papel, visando que cada vez

os valores envolvidos nas decisões a serem tomadas são maiores.

17

Com o objetivo de padronizar o processo da criação e gerenciamento de

projetos para a organização é imprescindível seguir uma linha de melhores práticas

para um gerenciamento de projetos adequados para a organização em específico,

utilizando sempre conhecimentos essenciais para atingir os requisitos.

O gerenciamento dos projetos desenvolve e implementa planos para o

alcance de um escopo específico. Segundo o PMI o gerenciamento de projetos é a

aplicação de dados gerados pelo conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas

nas atividades do projeto, para se atingir seus requisitos. O gerenciamento de

projetos é o uso da aplicação e integração apropriada de 47 processos de GP

(Gerenciamento de Projetos) agrupados em cinco grupos de processos sendo,

iniciação, planejamento, execução, monitoramento/controle e encerramento (PMI,

2014).

Cada projeto é considerado exclusivo da organização e pode ser definido

como o planejamento, a programação, e o controle de várias tarefas integradas que

têm como fim atingir um ou mais objetivos com exatidão. Desta forma percebe-se

que as organizações passaram a dar maior importância à gestão de projetos que

mostram uma maior segurança tanto para o futuro como para o presente da

organização (KERZNER, 2006).

Contudo, o cenário atual das organizações mostra que o gerenciamento de

projetos ocasiona um controle maior sobre o desenvolvimento das atividades dos

mesmos, trazendo uma maior segurança, tornando-se algo único da empresa.

Este tema demonstrará para a IES (Instituição de Ensino Superior) o

desenvolvimento das habilidades e competências do corpo discente no campo da

criação e do gerenciamento de projetos, bem como evidenciará o quanto a

instituição é válida para a preparação do acadêmico dentro de um âmbito

organizacional, tornando-o capaz de efetivar este estudo. Além disso, este estudo

servirá de base de consulta para futuras pesquisas que poderão ser utilizadas pelos

acadêmicos da Instituição.

Para o acadêmico o desenvolvimento desse estudo é de suma importância,

é através dele que é aprofundado o conhecimento científico, onde se complementa o

processo de aprendizagem, permitindo colocá-lo em prática após o estudo teórico.

Permite, também, ao aluno um contato com a realidade empresarial, onde ele

poderá propor alternativas de soluções para os problemas observados através da

interação entre a teoria e a prática. Através deste trabalho é possibilitado ao

18

acadêmico uma experiência profissional que é fundamental para uma carreira de

sucesso.

Para a organização, Luanett Informática poderá agregar valor no sentido da

padronização do processo de criação e gerenciamento de projetos, alinhando as

melhores práticas do PMI, que hoje é referência no segmento. Utilizando o guia será

possível ter uma maior segurança na realização de projetos, diminuindo as

incertezas através da análise da viabilidade de se efetuar qualquer projeto. O guia

PMBoK traz as melhores práticas sobre o gerenciamento de projetos, onde busca

mostrar um melhor gerenciamento sobre os custos, o escopo, as pessoas, o tempo,

a qualidade e os riscos que podem intervir na elaboração e desenvolvimento do

mesmo.

1.6 METODOLOGIA

A metodologia mostra o que é necessário para o desenvolvimento de uma

pesquisa, serve como base para orientar a pesquisa e esquematizar os

procedimentos a serem seguidos durante a sua elaboração. Esse tópico está assim

estruturado: incialmente será visto a categorização da pesquisa, seguido pela coleta

dos dados, análise e interpretação dos mesmos, sendo o último tópico a

apresentação da organização onde será feito o estudo.

1.6.1 Categorização da Pesquisa

Esta pesquisa possui a natureza de uma pesquisa aplicada, pois terá como

objetivo resolver os problemas do gerenciamento dos projetos em uma empresa de

tecnologia.

A pesquisa também possui características que a tornam descritivas, pelo

fato de serem descritos de forma sistemática os fenômenos de estudo. Para Gil “As

pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características

de determinada população ou fenômeno ou, então o estabelecimento de relações

entre variáveis” (GIL, 2010, p.27).

Para essa pesquisa também são utilizados estudos exploratórios que devem

ser realizados através de dois aspectos nos quais se define documentos e contatos

diretos, os documentos podem ser obtidos através de fontes primárias como dados

19

históricos, bibliográficos e estatísticos, informações, pesquisa de material etc. e

através de fontes secundárias como imprensa em geral e obras literárias, já o

contato direto é realizado com as principais pessoas que podem fornecer

informações ou sugerir possíveis fontes de dados (MARCONI; LAKATOS, 2003).

É considerada como pesquisa bibliográfica, pois a utilização de materiais já

publicados fornecem fundamentação teórica para o desenvolvimento do projeto,

bem como, mostram o estágio atual do conhecimento referente ao tema. (GIL,

2010).

Com isso, o estudo permitirá a geração de dados que servirão de conceitos,

entendimentos e ideias equivalentes para o desenvolvimento do projeto.

1.6.2 Dados Coletados

As técnicas utilizadas para a coleta de dados foram a pesquisa bibliográfica

em livros e artigos, pesquisa documental, através de relatórios da empresa e

pesquisa participante dentro da organização, onde foi desenvolvido um estudo do

cenário atual da empresa. Foi aplicado também um questionário direto com o gestor

da empresa, com o intuito de verificar quais são os processo atuais de

gerenciamento de projetos da organização.

1.6.3 Analise e Interpretação dos Dados

Como plano de análise de dados foi buscado identificar uma solução para os

problemas do projeto de pesquisa, e como interpretação foi realizada comparações

entre as informações procurando entender o verdadeiro significado das questões.

Foi realizada também uma análise através da utilização de informações teóricas dos

autores já pesquisados, comparadas com as informações obtidas na organização,

utilizando planilhas, gráficos, e relatórios para serem melhores interpretados e

analisados. Essas informações teóricas trazem afirmações de autores da área,

tornando-se uma forte base para a obtenção de resultados para os problemas

encontrados na organização.

20

1.6.4 Apresentação da Organização

No ano de 1999, através de sociedade entre duas famílias, iniciou-se a

LUANETT com venda de produtos e prestações de serviços de informática, mas

devido ao grande número de vendas e serviços, a organização foi crescendo, e

passou a implantar um sistema de Internet, tornando-se provedor para certo número

de usuários.

Após constatar a necessidade de instalação de internet no município,

investiram na compra de vários equipamentos para torres de internet. Sendo assim,

iniciaram suas atividades como provedor o que inicialmente eram conexões

discadas simultâneas e que posteriormente com altos investimentos, passaram a ser

Provedor de Internet Via Rádio, licenciado pela ANATEL. O Provedor com muita

agilidade e sem a necessidade do uso de linhas telefônicas, passou a atender assim

as cidades de Boa Vista do Buricá-RS, Nova Candelária, São José do Inhacorá, São

Martinho, todas localizadas no Rio Grande do Sul, as quais são atendidas até hoje.

A sociedade ficou então para uma única Família "Ströher", sendo assim, pais

e filhos, atendendo hoje um total de 15 cidades da região noroeste do Rio Grande do

Sul, Brasil

De acordo com a Ilustração a organização é dividida em:

Ilustração 1 - Organograma funcional Luanett Informática Fonte: Gomes (2015)

21

a) Missão

“Através de muito trabalho e competência, adquirir o que de melhor temos a

oferecer, qualidade nos serviços prestados e um bom atendimento ao cliente. Com

certeza são as ferramentas principais para adquirirmos o sucesso.”

b) Visão

“Ser a principal prestadora de Serviços e Venda de Produtos em Informática

da região, acreditar que com o nosso bom atendimento e qualidade nos serviços e

produtos, conseguiremos ir mais longe.”

c) Valores

- Qualidade nos Produtos, priorizando marcas;

- Bom atendimento;

- Satisfação do Cliente;

- Agilidade e Simplicidade;

- Responsabilidade.

22

2 REFERENCIAL TEÓRICO

O referencial teórico é desenvolvido através de leituras de texto sobre o

tema proposto no projeto. É partindo do referencial que se desenvolve o projeto

tendo como base os dados obtidos.

Respondendo ainda à questão como? aparecem aqui os elementos de fundamentação teórica da pesquisa e, também, a definição dos conceitos empregados. [...] Todo projeto de pesquisa deve conter as premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador (o coordenador e os principais elementos de sua equipe) fundamentará sua interpretação. (MARCONI; LAKATOS, 2003, p. 224).

Com isso, o trabalho mostra um entendimento sobre a gestão dos projetos,

identificando o que é um projeto, suas características, seus processos, e as

ferramentas de planejamento estratégicos, sempre alinhados à aplicação das

melhores práticas de gerenciamento, usando como base fundamental os passos

descritos no PMBoK.

2.1 DEFINIÇÃO DE PROJETO E GESTÃO DE PROJETOS

Diante do cenário atual é imprescindível antes de criar uma inovação ou

melhorar um setor dentro de uma organização a realização de um projeto

(KERZNER, 2006). Um projeto pode ser definido como um esforço temporário dentro

de uma organização para a criação de um produto, serviço ou um resultado único

(PMI, 2014).

Vargas afirma que um projeto se torna um empreendimento não repetitivo,

que possui características de sequências claras e lógicas de eventos, tendo um

início um meio e um fim para verificar a viabilidade de atingir um objetivo claro,

sendo conduzido por pessoas com conhecimentos sobre tempo, custo, recursos

(humanos e financeiros) e qualidade (VARGAS, 2009).

A gestão de projetos pode ser definida como um processo onde é feito um

planejamento, uma execução e um controle, desde seu início até sua conclusão,

tendo como fim um objetivo a ser atingido em determinado prazo. Esse objetivo é

um produto final com o melhor desempenho possível, sob uma perspectiva dinâmica

e flexível (ROLDÃO, 2012).

23

A gestão de projetos tem por sua formação um ciclo dinâmico, que começa

no planejamento que fixa os objetivos, recursos e estratégias, passando à execução,

que por sua vez aloca os recursos, a gestão da execução e coordena os esforços,

que por final passa ao controle que avalia os resultados, elabora relatórios, e cria

respostas aos eventuais problemas tomando medidas corretivas (ROLDÃO, 2012).

Um projeto pode ser então definido como uma atividade exclusiva de cada

organização por um tempo determinado, a fim de chegar a um objetivo claro ou

responder à pergunta da viabilidade de determinada ação antes de sua

concretização. O projeto é a criação de algo novo dentro da organização, é diferente

de uma atividade de rotina.

O término de um projeto é definido quando se atinge os objetivos, ou quando

os objetivos não conseguem ser alcançados por razões óbvias, ou quando a

necessidade do mesmo passa a deixar de existir (PMI, 2014).

Os projetos podem ser aplicados em quase todas as áreas de

conhecimento, incluindo trabalhos administrativos, estratégicos, operacionais e na

vida pessoal (VARGAS, 2009).

Segundo o PMI um projeto pode criar um produto de aprimoramento de

outro item, um item final, um serviço ou a capacidade de realizar um serviço, uma

melhoria nas linhas de produtos e serviços, ou um resultado único, como um produto

ou documento (PMI, 2014).

Para o PMI, “As atividades do projeto podem ser novas para os membros de

uma equipe de projeto, o que poderá exigir um planejamento mais dedicado do que

outro trabalho de rotina.” (PMI, 2014, p.3).

Portanto, um projeto é um plano designado a cumprir um objetivo. Seu

tempo é determinado por um início e um fim, obedecendo a prioridades nele

elencadas.

É um processo de gerenciamento sobre o planejamento, execução e

controle de uma atividade que gera um produto final de forma mais rápida e

específica, sempre atendendo a todos os critérios. Pode ser designado a criar um

produto final ou uma segmentação de um produto já existente, ou melhorar a forma

de produção e distribuição de resultados de organizações.

24

2.1.1 Características dos projetos

Um projeto pode ser caracterizado por vários fatores. Para Vargas as

principais características dos projetos são a temporariedade e a individualidade do

produto ou serviço a ser desenvolvido pelo projeto (VARGAS, 2009).

A temporariedade demonstra que todo o projeto tem um ciclo com início e

um fim definido determinado em seu objetivo (VARGAS, 2009). Esse ciclo pode ser

identificado também como o ciclo de vida de um projeto que parte de um processo

de trabalho estratégico inicial até atingir um topo de trabalho executivo de produção

que antecede o seu término (WIDEMAN, Apud VARGAS, 2009).

Já a individualidade significa realizar algo que não tinha sido feito antes

dentro da organização (PMI, Apud VARGAS, 2009).

Diante dessas duas principais características podem-se definir outras como:

todo projeto possui uma sequência lógica de eventos, é conduzido por pessoas,

utilizam recursos especificamente alocados a determinados trabalhos e possuem

parâmetros predefinidos (VARGAS, 2009).

Para Ribeiro os projetos ainda possuem outras características como, o

envolvimento entre fornecedores cliente e usuários, a limitação quanto aos recursos,

têm um objetivo claro e definido e são concebidos de uma incerteza associada sobre

o resultado esperado e/ou as condições de realização (RIBEIRO, 2008).

Os projetos também são caraterizados por terem uma elaboração

progressiva que integra os conceitos temporário e exclusivo. Essa elaboração

progressiva significa desenvolver em etapas e continuar por incrementos, ou seja, o

escopo do projeto será descrito de maneira geral no início do projeto, os objetivos se

tornam mais amplos à medida que forem detalhados pela equipe do projeto, essa

elaboração progressiva não deve ser confundida como um aumento do escopo e sim

como um entendimento mais completo dos objetivos e das entregas dos resultados

(PMI, 2004).

Todos os projetos devem produzir essas características para atenderem

seus objetivos. Essas características serão claramente observadas e identificadas

no decorrer do projeto, são elas que garantem a objetividade e a consolidação do

produto a ser desenvolvido.

25

2.1.2 Gerenciamento de Projeto

O gerenciamento de projetos nada mais é do que a aplicação do

conhecimento sobre as habilidades, ferramentas e técnicas durante as atividades do

projeto para chegar ao seu objetivo e atender todos os requisitos (PMI, 2014).

Gerenciar projetos preenche um espaço existente na execução de planos de

estratégia das organizações (TRENTIM, 2011). Pretende-se ainda com a gerência

de projetos, planejar, organizar, alinhar e controlar todos os esforços necessários,

coordenando pessoas e alocando os recursos necessários para atingir o resultado

desejado dentro dos parâmetros propostos (BOSSIDY, CHARAM, Apud TRENTIM,

2011). Para Carvalho e Rabechini Jr,

A implementação do gerenciamento de projetos nas organizações, assim deve enfatizar não só questões de ordem tática, mas essencialmente, estratégicas. Ou seja, as mudanças organizacionais implicam, certamente, alterar o fluxo de informação e tomada de decisões, o modelo gerencial e as regras de poder interno. Decorrente disso tudo, sabe-se que as resistências são muitas e, portanto, precisam ser trabalhadas. (CARVALHO, RABECHINI, JR. 2011, p.18).

Portanto através do gerenciamento de projetos, pode-se verificar o

conhecimento e as habilidades, sobre as ferramentas e as técnicas para o

desenvolvimento de estratégias, e ainda organizar os recursos e as tomadas de

decisões para atingir os objetivos propostos.

Segundo o PMI:

O gerenciamento de projetos é realizado através da aplicação e integração apropriadas dos 47 processos de gerenciamento de projetos, logicamente agrupados em cinco grupos de processos. Esses cinco grupos de processos são:

Iniciação

Planejamento

Execução

Monitoramento e controle, e

Enceramento. (PMI, 2014, p.5).

O gerenciamento do projeto se descreve em dez áreas, cada área possui um

detalhamento específico e uma abrangência própria que estão sempre integradas

uma a outra, formando um todo único e organizado conforme a ilustração a seguir

(VARGAS, 2009).

26

Ilustração 2 - Processo integrado do gerenciamento de projetos

Fonte: PMI apud VARGAS (2014, p.19).

Cada uma dessas dez áreas controlam as entradas, as ferramentas e

técnicas, e as saídas do gerenciamento do projeto.

Segundo o PMI as entradas podem ser definidas como a inserção do que

será transformado, as ferramentas e técnicas são o que se usa para transformar, e

as saídas se referem ao que se espera, ou o resultado com o valor agregado (PMI,

2014).

2.1.3 A Tecnologia da informação aliada à gestão de projetos

O uso da Tecnologia da Informação (TI) torna-se um fator importante para o

gerenciamento dos projetos dentro de uma organização, mas para isso é necessário

que a TI seja utilizada e alinhada a uma necessidade de negócio, auxiliando o

alcance dos objetivos e metas dos projetos.

As vantagens que são produzidas pela TI refletem em benefícios efetivos

internos dentro da organização, como o aumento da produtividade, a automação de

processos, melhor qualidade de resultado e aumento da flexibilidade nos negócios

que proporciona uma diminuição nos custos operacionais (ALBERTIN, ALBERTIN,

2008).

A TI auxilia os projetos gerenciando, tempo, custo e organizando os recursos

através de ferramentas estratégicas. Fiorot e Gerosa em seu artigo demonstram

algumas ferramentas tecnológicas que dão suporte ao gerenciamento de projetos

27

como o Microsoft Project, Primavera, GP3, DotProject e NetOffice (FIOROT,

GEROSA, 2007).

O guia PMBoK alinha suas atividades sobre o gerenciamento e controle dos

processos sobre os projetos, mostra ferramentas (softwares) de gerência de projeto

que são aplicativos especificamente projetados para auxiliar a equipe do projeto no

planejamento, monitoramento e controle do mesmo, esses softwares de tecnologia

podem gerar uma estimativa dos cronogramas e custos. Auxiliam também na

comunicação e colaboração da equipe, geram um controle de documentos mais

eficientes e criam um gerenciamento de registros sobre as análises de risco (PMI,

2004).

Assim sendo, percebe-se que para gerenciar um projeto de forma dinâmica

e concreta é necessário a utilização de ferramentas tecnológicas para manter as

informações organizadas. Essas ferramentas possibilitam acompanhar o progresso

do projeto, gerenciando o tempo, o custo, os recursos utilizados, permitindo um

controle sobre todas as etapas do projeto.

2.1.4 Fases do Ciclo de vida dos projetos

Conhecer as fases do ciclo de vida dos projetos proporciona vários

benefícios como determinar o que foi ou não feito pelo projeto, como ele está

progredindo até o momento e em que ponto exato o projeto se encontra (VARGAS,

2014).

Todo projeto possui um início, um meio e um fim, ou seja, é um esforço

temporário (PMI, 2014), ele se desenvolve a partir de uma ideia que é jogada no

papel, que por sua vez é executada e concluída. Portanto, as fases do projeto

dependem totalmente da natureza do projeto (VARGAS, 2009).

Cada fase do projeto é caracterizada pela entrega, ou término de um

determinado esforço sendo ele tangível e de fácil identificação, pode-se definir como

exemplo um relatório, um cronograma estabelecido, ou um conjunto de atividades já

realizadas (VARGAS, 2009).

Todos os projetos variam em tamanho e complexidade, entretanto, todos

podem utilizar uma estrutura genérica do ciclo de vida dos projetos (PMI, 2014).

Essa estrutura possui “as fases consideradas genéricas dentro de um projeto. Cada

28

projeto pode ser dividido em fases que dependem intimamente da natureza do

projeto.” (VARGAS, 2014, p.13).

Portanto de forma genérica, o ciclo de vida de um projeto pode ser dividido

em 5 fases caracterizadas conforme a ilustração 3.

Ilustração 3 - Ciclo de vida do projeto subdividido em fases. Fonte: Vargas (2014, p.19).

As 5 fases dentro de um ciclo de vida de um projeto normalmente definem

qual o trabalho técnico que deve ser realizado e quem deve estar envolvido

(VARGAS, 2014). Roldão ainda divide as fases em dois grupos, onde identifica o

grupo das fases da concepção (iniciação e planejamento), que pretende definir com

maior rigor principalmente o estudo do mercado, escolha da tecnologia, definição de

custos, estudo das condições de exploração, planejamento sobre a implementação e

dos principais eventos, análise das condições legais de realização, estudo de

financiamento e análise de risco. Também define o grupo das fases de

implementação (execução, monitoramento e controle), que tem por objetivo

desenvolver o projeto dentro dos parâmetros acordados de tempo, custo e qualidade

(ROLDÃO, 2012).

A fase de iniciação é a primeira fase do projeto, é determinada com a

identificação de uma necessidade que é transformada em um problema a ser

resolvido, nessa fase é definida a missão e o objetivo do projeto, são levantados os

documentos iniciais e definidas as melhores estratégias (VARGAS, 2014).

A fase de planejamento é um processo realizado para se “definir o escopo

do projeto e do produto, refinar e detalhar seus objetivos e requisitos, desenvolver

29

um plano de ação para atingir os objetivos do projeto”. (TRENTIM, 2011, p.41).

Também, “é a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo

projeto, incluído custos, cronogramas, interdependência entre as atividades,

alocação de recursos envolvidos, análise de custos etc.” (VARGAS, 2014, p.14).

Nessa fase é importante que seja feito o detalhamento de tudo o que será utilizado

no projeto, para que ele seja executado sem dificuldades e imprevistos (VARGAS,

2014).

Na fase de execução, é feito o processo de execução do trabalho definido no

plano de gerenciamento de projeto seguindo as especificações e requisitos

(TRENTIM, 2011). “Grande parte do orçamento e esforço do projeto é consumido

nessa fase.” (VARGAS, 2009, p.12).

O monitoramento e o controle é a fase que acontece juntamente com as

demais fases, seu objetivo é controlar e acompanhar tudo o que está sendo

realizado no projeto, comparando o status atual do projeto com o status previsto pelo

planejamento, tomando ações que antecedem ou corrigem problemas em caso de

desvios de planejamento (VARGAS, 2014).

Na fase de encerramento é feito uma auditoria por terceiros sobre todas as

falhas ocorridas no projeto, essas falhas são discutidas e analisadas para que erros

parecidos não ocorram em novos projetos (VARGAS, 2009). Para Trentim, é um

processo realizado para “finalizar o projeto ou fase e todos os seus grupos de

processos formalmente”. (TRENTIM, 2011, p.41).

De forma genérica todos os projetos possuem fases a serem desenvolvidas

durante seu crescimento, praticamente todas essas fases são realizadas uma na

sequencia da outra, e/ou às vezes simultaneamente como na fase de monitoramento

e controle. Qualquer projeto é um esforço temporário e deve ser gerenciado para

atingir seu objetivo de forma concreta, com isso o controle sobre o ciclo de vida do

projeto deve ser eficiente para que seu desenvolvimento atenda a todos os

requisitos em todas as fases mantendo um alinhamento sobre quem e quando deve

estar envolvido.

2.2 EVOLUÇÃO DO GUIA PMI – PMBOK

O PMI surgiu em 1969 por cinco voluntários quando os principais projetos da

NASA estavam sendo desenvolvidos. Na década de 70 se realizou o primeiro

30

seminário fora dos Estados Unidos sobre gerenciamento de projetos, onde surgiu o

primeiro capitulo do guia PMBoK. Já na década de 80 se realizou a primeira

avaliação para certificação PMP, além disso, se implantou um código de ética para a

profissão. No começo dos anos 90 foi publicado a primeira versão do guia PMBoK,

o qual se tornou pilar base para a gestão de projetos (BALLESTER, 2014).

O PMBoK, pode ser considerado a bíblia da área de gestão de projetos, por

ter se tornado em um nível mundial um padrão de fato. O PMBoK não se constitui

como uma metodologia mas sim como um guia para a melhor forma de gerenciar

todas as partes de um projeto (TERIBILI FILHO, 2011).

O PMBoK surgiu da ideia de que as práticas de gerenciamento de projetos

deveriam ser documentadas, com isso em 1983, começou um pequeno esboço do

PMBoK com apenas 6 áreas que gerenciavam, o escopo, tempo, custos, qualidade,

RH e comunicação, já em 1986, uma versão revisada incluía ainda o gerenciamento

de aquisições e de riscos. Em 1987, surgiu oficialmente a primeira edição do

PMBoK, 13 anos após (2000) surgiu a segunda edição, já em 2004 a terceira edição,

e em 2008 a quarta edição que já anexava mais uma área do conhecimento que

foca em gerenciar a integração do projeto, que inclui atividades para identificar,

definir, combinar, unificar e coordenar os processos dentro de grupos de processos,

assim totalizando 9 áreas do conhecimento (TERIBILI FILHO, 2011).

Em 2014 surgiu a 5ª ed. sendo a mais completa, onde foi acrescentada uma

nova área do conhecimento para abordar o gerenciamento das partes interessadas

do projeto, que traz como objetivo, engajar as partes interessadas no projeto de

forma apropriada nas decisões e atividades chave associadas a um projeto (PMI

2014).

2.3 O GUIA PMBOK E SUAS ÁREAS DO CONHECIMENTO

O PMBok é um guia do conhecimento sobre as melhores práticas em gestão

de projetos, fornece diretrizes que definem conceitos relacionados ao

gerenciamento, ao ciclo de vida e aos processos de um projeto. É um padrão que

descreve normas, métodos, processos e práticas estabelecidas em um documento

formal (PMI, 2014).

31

Atualmente o PMBoK está dividido em 10 áreas e 47 processos, que têm a

finalidade de gerenciar e apoiar o início, o desenvolvimento e o término do projeto.

Essas 10 áreas são detalhadas em gerenciamento do escopo, gerenciamento do

tempo, gerenciamento dos custos, gerenciamento de qualidade, gerenciamento da

integração, gerenciamento dos recursos humanos, gerenciamento das partes

interessadas, gerenciamento das comunicações, gerenciamento dos riscos e

gerenciamento das aquisições, cada uma com seus processos que são agrupados

de acordo com as 5 fases, ou grupos de processos (VARGAS, 2014 Apud PMI,

2014).

O PMBok apresenta processos agrupados por áreas do conhecimento de modo a facilitar o entendimento da finalidade comum dos processos semelhantes. Além disso, os processos também são agrupados nos Grupos de Processos, seguindo a ordem lógica de realização. (TRENTIM, 2011 p.52)

Vargas ainda afirma que, “Cada um desses processos tem um

detalhamento específico e uma abrangência própria, porém, está integrado a todo o

momento, com os demais, formando um todo único e organizado.” (VARGAS, 2009,

p.19).

Assim sendo, o guia PMBoK mostra as melhores práticas para o

gerenciamento de projetos, buscando utilizar as suas 10 áreas do conhecimento

aplicadas com seus 47 processos, divididos entre elas de acordo com as fases do

ciclo de vida do projeto.

2.3.1 Gerenciamento da Integração do Projeto

O gerenciamento da integração do projeto inclui processos e atividades que

identificam, facilitam, vinculam e coordenam vários processos dentro do

gerenciamento de projetos (PMI, 2014). A integração também inclui e faz escolhas

sobre onde alocar os recursos, criando uma concessão entre objetivos e alternativas

conflitantes, também gerencia as dependências mutuas entre as áreas de

conhecimentos do gerenciamento de projetos (PMI, 2014).

A integração do projeto cria condições propícias para um desenvolvimento

adequado do projeto, fornecendo elementos de coordenação dos vários planos do

projeto e controle da alteração em projetos (CARVALHO, RABECHINE, JR, 2011).

32

O PMBoK descreve que o gerenciamento da integração do projeto deve

conter os seguintes processos:

a) Desenvolver o termo de abertura do projeto: este processo tem como

fim desenvolver um documento formal que autoriza a existência do

projeto, entregando ao gerente a autoridade necessária para aplicar

recursos organizacionais em todas as atividades do projeto (PMI, 2014).

Tem como fim desenvolver o termo de abertura do projeto e estabelecer

uma parceria entre a organização executora do projeto e a organização

solicitante (VARGAS, 2014).

b) Desenvolver o plano de gerenciamento do projeto: tem como objetivo

definir, preparar e organizar todos os planos auxiliares a um plano de

gerenciamento mais abrangente. (PMI, 2014).

c) Orientar e gerenciar o trabalho do projeto: o processo de liderar e

realizar o trabalho que já está definido no plano de gerenciamento de

projeto é feito nesta etapa, a implantação das mudanças já aprovadas

também é gerenciada nesse plano (PMI, 2014). Carvalho e Rabechini Jr.

ainda afirmam que: “consiste em executar o trabalho definido no plano de

gerenciamento do projeto para alcançar seus objetivos.” (CARVALHO,

RABECHINI, JR. 2011, p.70).

d) Monitorar e controlar o trabalho do projeto: este processo é

responsável por acompanhar, revisar, e registrar o progresso do projeto,

para que atenda os objetivos de desempenho propostos pelo plano de

gerenciamento do projeto (PMI, 2014). Vargas ainda afirma que é o

processo que faz os ajustes no progresso para atender aos objetivos.

(VARGAS, 2014).

e) Realizar o controle integrado de mudanças: faz a revisão de todas as

solicitações de mudanças onde é responsável por aprovar, gerenciar, e

comunicar através de documentos todas as mudanças feitas no

gerenciamento de projeto (PMI, 2014).

f) Encerar o projeto ou fase: processo onde é feita a finalização formal

de todas as atividades de todos os grupos de processos ou de uma fase

(PMI, 2014). Molinari ainda afirma que o fim do projeto “é quando o

projeto é dado por terminado, atingindo ou não seus objetivos.”

(MILIONARI, 2010, p.50).

33

A visão geral do gerenciamento da integração mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposta na ilustração 4.

Ilustração 4 - Visão geral do Gerenciamento da Integração do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.65).

34

Com isso, podemos verificar que o gerenciamento da integração mostra um

desenvolvimento coordenado e adequado de todos os processos e etapas do

projeto, desde seu início até sua conclusão, alocando de forma correta todos os

recursos.

2.3.2 Gerenciamento do Escopo do Projeto

O conceito escopo pode ser o mais variado dentro das áreas de

conhecimento de gerenciamento de projetos. Nele pode conter intenções, objetivos,

esboço, limites que se referem ao trabalho a ser realizado no âmbito do projeto

(CARVALHO, RABECHINI, JR. 2011).

O escopo do projeto contém tudo o que é necessário para concluir o projeto.

Segundo o PMBoK.

O gerenciamento do escopo do projeto inclui os processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso. O gerenciamento do escopo do projeto esta relacionado principalmente com a definição e controle do que está e do que não está incluso no projeto. (PMI, 2014 p.105).

Vargas ainda firma que o gerenciamento do escopo tem como objetivo

definir e controlar todos os trabalhos feitos pelo projeto, garantindo que o produto ou

serviço seja obtido através do menor esforço possível, mantendo o alinhamento

estabelecido no objetivo do projeto (VARGAS, 2014).

Molinari ainda complementa que “a definição do escopo é uma definição do

projeto suficiente para realizar as estimativas de tempo, recursos e prazos.”

(MOLINARI, 2010, p.68).

O PMBoK descreve que o gerenciamento do escopo do projeto deve conter

os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento do escopo: é o processo responsável por

criar um documento formal que determina como o escopo será definido

validado e controlado (PMI, 2014). Molinari ainda complementa que além

de se criar um documento formal, o escopo deve ter fundamentos para

futuras decisões do projeto (MOLINARI, 2010).

35

b) Coletar os requisitos: é o processo responsável por determinar

documentar e gerenciar as necessidades e requisitos de todas as partes

interessadas tendo como fim atingir o objetivo do projeto (PMI, 2014).

c) Definir o escopo: processo responsável por criar uma descrição formal

e detalhada do projeto e do produto (PMI, 2014). A definição do escopo

pode ser um processo que visa elaborar e documentar progressivamente

todas as informações a serem geradas no projeto contendo

essencialmente a justificativa de sua criação, objetivos do projeto e

produto do projeto, ou seja, o resultado a ser obtido (CARVALHO,

RABECHINI, JR. 2011).

d) Criar EAP: subdivide as entregas e trabalhos do projeto em partes que

podem ser mais facilmente gerenciadas e controladas (PMI, 2014). A

subdivisão das entregas desse trabalho pode ser expressa por uma

ferramenta analítica conhecida como EAP que consiste na subdivisão

hierárquica de todo o projeto, através da decomposição de seus

principais resultados (CARVALHO, RABECHINI, JR. 2011).

e) Validar o escopo: este processo tem o papel de fazer a validação de

todas as entregas feitas no projeto, aumentando a probabilidade de

aceitação final do produto, serviço, ou resultado (PMI, 2014). Essa

validação deve ser formalizada a fim de ser aceita (MOLINARI, 2010).

f) Controla o escopo: é o processo responsável por monitorar o progresso

do escopo do projeto e do produto e gerenciar as mudanças feitas na

linha base do projeto (PMI, 2014).

Segundo o PMI o termo escopo pode se referir ao “escopo do produto” que

mostram características e funções que caracterizam um produto, serviço ou trabalho.

Também, o termo escopo pode se referir ao “escopo do projeto” em si, mostrando

o trabalho a ser realizado para entregar um produto, serviço ou resultado com

características e funções já especificadas (PMI, 2014).

Molinari ainda afirma que “o escopo deve delimitar e definir os requisitos a

serem atendidos determinando os objetivos, a meta a ser alcançada.” (MOLINARI,

2010, p.66).

36

A visão geral do gerenciamento do escopo mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposto na ilustração 5.

Ilustração 5 - Visão geral do Gerenciamento do Escopo do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.106).

O escopo do projeto mostra uma visão de tudo o que é necessário para a

conclusão do projeto, é a etapa responsável por fazer uma análise de todas as

tarefas que serão executadas. Coleta ainda os requisitos e as necessidades das

37

partes interessadas, para que elas possam ficar satisfeitas com a conclusão do

projeto.

2.3.3 Gerenciamento do Tempo do Projeto

O gerenciamento do tempo do projeto possui os processos necessários para

gerenciar o termino exato do projeto, ou seja, até quando realizar e em que ordem

(MOLINARI, 2010). É uma representação em forma de cronograma que planeja a

execução das atividades do projeto incluído a duração e dependências de cada

etapa. O plano de gerenciamento do tempo identifica um método de ferramenta de

cronograma que especifica critérios para o desenvolvimento e controle da duração

do projeto (PMI, 2014). O principal objetivo desse processo não é mostrar a causa

de um problema, mas sim seu impacto. O gerenciamento do tempo é como um

termômetro para febre, pois mostra que algo esta errado, mas não diz a razão do

problema (VARGAS 2014).

O PMBoK descreve que o gerenciamento do tempo do projeto deve conter

os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento do cronograma: é o processo responsável

por estabelecer as políticas, procedimentos e documentações para o

planejamento, desenvolvimento, gerenciamento, execução e controle do

projeto (PMI 2014).

b) Definir as atividades: processo que define e identifica todas as

documentações em cada ação ou atividade em específico que será

realizada para produzir as entregas do projeto (PMI 2014).

c) Sequenciar as atividades: processo de identificação e documentação

das atividades que depende uma das outras gerando uma sequência de

execução dentro do projeto (PMI 2014).

d) Estimar os recursos das atividades: este processo gera uma

estimativa de quantidades e tipos de materiais, recursos humanos,

equipamentos ou suprimentos que serão necessários para realizar cada

atividade do projeto (PMI 2014).

e) Estimar as durações das atividades: processo que cria uma estimativa

do período de trabalho que será necessário para terminar cada atividade

com os recursos já estimados (PMI 2014).

38

f) Desenvolver o cronograma: processo que depende da sequência das

atividades, buscando as suas durações, recursos necessários, restrições

no cronograma, a fim de criar um modelo de cronograma, que especifica

a duração de cada etapa ou fase do projeto (PMI 2014). Para Carvalho e

Rabechini está é uma etapa crucial do projeto, pois deve “chegar a um

cronograma factível, respeitando os marcos temporais previstos em

contratos e sujeitos às limitações dos recursos.” (CARVALHO,

RABECHINI, JR, 2011 p.114).

g) Controlar o cronograma: processo responsável por monitorar o

andamento das atividades do projeto, para verificar o seu progresso e

realizar o planejado (PMI 2014). Molinari ainda complementa que é o

“controle das alterações no cronograma do projeto.” (MOLINARI, 2010

p.74).

Para gerenciar o tempo pode-se utilizar ferramentas que auxiliam esse

processo, facilitando a elaboração de sua programação e geração do cronograma, o

gráfico de diagrama de Gantt é uma das técnicas mais antigas utilizadas para esse

fim (CARVALHO, RABECHINI, JR, 2011). Podemos ver o exemplo da construção de

uma casa na ilustração a seguir:

Ilustração 6 - Exemplo de Diagrama de Gantt Fonte: CARVALHO, RABECHINI, JR, (2011 p.115).

39

A visão geral do gerenciamento do tempo mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposto na ilustração 7.

Ilustração 7 - Visão geral do Gerenciamento do Tempo do Projeto Fonte: PMI (2014, p.143).

40

Como visto, o objetivo do gerenciamento do tempo do projeto, é definir o

tempo máximo de cada etapa, criar uma sequência de desenvolvimento, fase ou

atividade através de um cronograma que deve ser controlado, gerenciado e

atualizado quando há alguma alteração.

2.3.4 Gerenciamento dos Custos do Projeto

O gerenciamento de custos inclui vários processos firmemente interligados

podendo ser visto como um processo único. Segundo o PMBoK “O gerenciamento

de custos inclui processos envolvidos em planejamento, estimativas, orçamentos,

financiamentos, gerenciamento e controle dos custos, de modo que o projeto possa

ser terminado dentro do orçamento aprovado.” (PMI, 2014 p.193).

Carvalho, Rabechini, ainda complementam que o gerenciamento de custos,

deve ser desenvolvido e controlado de forma agregada em todo o projeto, e não

atividade por atividade (CARVALHO, RABECHINI, JR 2011).

O PMBoK descreve que o gerenciamento do custos do projeto deve conter

os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento de custos: processo que estabelece

políticas, procedimentos e documentos para o planejamento de como

será feita a gestão das despesas e controle dos custos envolvidos no

projeto (PMI, 2014).

b) Estimar os custos: processo responsável por criar uma estimativa de

custos sobre os recursos monetários que serão necessários para concluir

as atividades do projeto (PMI, 2014).

c) Determinar o orçamento: processo que faz o agrupamento de todos os

gastos monetários necessário em cada atividade, para estimar uma linha

base sobre os custos autorizados no projeto (PMI, 2014). Molinari ainda

afirma que “o método mais adequado para elaborar o orçamento é

estimar o custo por atividade (ou grupos de atividades afins).”

(MOLINARI 2010, p.86).

d) Controlar os custos: este processo faz o monitoramento da forma

como está sendo gerenciados os gastos, faz também o gerenciamento

de todas as mudanças feitas na linha de base dos custos.

41

O PMI ainda diz que o gerenciamento de custos deve considerar os

requisitos das partes interessadas, pois as diferentes partes interessadas podem

medir os custos de forma diferente em tempos diferentes (PMI, 2014).

A visão geral do gerenciamento de custos mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposto na ilustração 8.

Ilustração 8 - Visão geral do Gerenciamento de Custo do Projeto Fonte: PMI (2014, p.194).

42

Dentro de um projeto o custo deve ser bem controlado, pois a falta do

mesmo pode levar a falha do projeto Com isso podemos verificar que o

gerenciamento do custo, visa organizar de forma ordenada todos os custos do

projeto, criando estimativas, determinado o orçamento disponível para cada

atividade e fazendo o monitoramento.

2.3.5 Gerenciamento da Qualidade do Projeto

O gerenciamento da qualidade inclui processos que determinam as políticas

de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, tendo como objetivo satisfazer as

necessidades do projeto (PMI, 2014).

Em geral a qualidade visa garantir que o resultado foi realmente alcançado

com base nos requisitos levantados para o desenvolvimento do projeto (MOLINARI,

2010). “Pode-se dizer também, que qualidade pode ser descrita como a adequação

de um produto/serviço às necessidades de uso e a satisfação das expectativas e

exigências do usuário/cliente.” (MOLINARI, 2010, p.92).

Segundo Vargas o gerenciamento da qualidade tem como principal objetivo

garantir que o projeto seja concluído dentro da qualidade esperada, com fim de

satisfazer as necessidades dos stakeholders1 (VARGAS, 2014).

O PMBoK descreve que o gerenciamento da qualidade do projeto deve

conter os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento da qualidade: processo que identifica os

requisitos e padrões para a qualidade do projeto e suas entregas,

também, é responsável por gerar uma documentação de conformidade

com os padrões de qualidade (PMI, 2014).

b) Realizar a garantia da qualidade: é o processo responsável por fazer

uma auditoria sobre a qualidade que está sendo empregada em cada

etapa e/ou atividade do projeto para garantir o uso de padrões de

qualidade (PMI, 2014).

c) Controlar a qualidade: processo responsável pelo monitoramento e

registro dos resultados das atividades de qualidade empregadas no

1 Stakeholders: “Um indivíduo, grupo ou organização que possa afetar, ser afetado, ou sentir-

se afetado por uma decisão, atividade, ou resultado de um projeto” (PMI, 2014. p.555).

43

projeto para avaliar o desempenho e recomendar mudanças necessárias

(PMI, 2014).

O gerenciamento da qualidade pretende ser compatível com padrões de

qualidade da ISO. Com isso, todos os projetos devem ter um plano de

gerenciamento da qualidade que comprovem a conformidade do mesmo. No

contexto de compatibilidade com a ISO o gerenciamento da qualidade busca

minimizar a variação e entregar resultados que cumprem os requisitos definidos

através de abordagens modernas que incluem satisfação do cliente, prevenção ao

invés de inspeção, melhoria contínua através de um ciclo PDCA, responsabilidade

da gerência e custo da qualidade (PMI, 2014).

A visão geral do gerenciamento da qualidade mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposta na ilustração 9.

Ilustração 9 - Visão geral do Gerenciamento da Qualidade do Projeto Fonte: PMI (2014, p.230).

44

Posto isso, podemos ver a importância de uma boa qualidade sobre os

projetos, pois é ela que dá a garantia de que todas às etapas atendem as

necessidades especificadas em padrões regulamentadores como a ISO.

2.3.6 Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto

O gerenciamento de recursos humanos determina processos que

organizam, gerenciam e guiam as pessoas/equipe envolvidas no projeto (PMI,

2014).

Segundo o PMBoK “a equipe do projeto consiste das pessoas com papeis e

responsabilidades designadas para completar o projeto.” (PMI, 2014 p.255). Os

membros das equipes podem ter varias habilidades, se envolver de forma integral ou

parcial ao projeto e podem ser anexados ou removidos da equipe à medida que o

projeto se desenvolve (PMI 2014).

Pode-se perceber que as pessoas acabam se tornando o elo central dos

projetos, pois são elas que definem as metas e os planos, organizam os trabalhos,

produzem resultados, direcionam, coordenam e controlam todas as atividades do

projeto, utilizando sempre suas habilidades e competências técnicas/sociais

(VARGAS, 2014).

O PMBoK descreve que o gerenciamento dos recursos humanos do projeto

deve conter os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento dos recursos humanos: é o processo

responsável por fazer toda a documentação e identificação dos papéis,

responsabilidades, habilidades necessárias em cada etapa ou fase do

projeto, verificar as relações hierárquicas e criar um plano de

gerenciamento das pessoas (PMI, 2014).

b) Mobilizar a equipe do projeto: processo que confirma se a equipe está

disponível ou não a fim de obter a equipe necessária para terminar

determinadas atividades no projeto (PMI, 2014).

c) Desenvolver a equipe do projeto: este processo é responsável por

melhorar a competência da equipe para aprimorar o desempenho do

projeto (PMI, 2014). Molinari ainda afirma que é o processo de

“treinamento e desenvolvimento de habilidades ou perfis do indivíduo e

do grupo para executar o projeto.” (MOLINARI 2010 p.102).

45

d) Gerenciar a equipe do projeto: faz o acompanhamento do desempenho

dos membros da equipe, fornecendo feedback aos mesmos. Resolve

problemas e controla as mudanças para aprimorar o desempenho do

projeto (PMI, 2014).

A visão geral do gerenciamento dos recursos humanos mostrando suas

entradas, ferramenta e técnicas e as saídas está disposto na ilustração 10.

Ilustração 10 - Visão geral do Gerenciamento dos Recursos Humanos do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.257).

46

O PMBoK prevê algumas ferramentas como é o caso da utilização do gráfico

RACI quando a equipe tem recursos internos e externos, serve para garantir a

divisão correta dos papéis/responsabilidades e expectativas. Cada membro é

responsável por uma parte do projeto, evitando confusões sobre quem está

encarregado por determinada tarefa ou tem autoridade sobre o trabalho do projeto

(PMI, 2014). Pode-se ver um exemplo de uma matriz RACI na ilustração a seguir.

Ilustração 11 - Matriz RACI Fonte: PMI (2014, p.262)

Verifica-se que é nessa etapa que são especificados os papéis de atuação

de cada membro da equipe. Essa etapa, também, faz a verificação da

disponibilidade e verifica as necessidades da equipe, a fim de melhorar suas

competências para o desenvolvimento correto das tarefas.

2.3.7 Gerenciamento das Comunicações do Projeto

O gerenciamento da comunicação inclui processos necessários para garantir

que as informações estejam sempre organizadas e alinhadas. Segundo o PMI:

O gerenciamento das comunicações do projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto sejam planejadas, coletadas, criadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas, gerenciadas, controladas, monitoradas e finalmente dispostas de maneira oportuna e apropriada. Os gerentes de projetos passam a maior parte do tempo se comunicando com os membros da equipe e outras partes interessadas do projeto, quer sejam internas (em todos os níveis da organização) ou externas à organização. (PMI, 2014 p.287).

47

Vargas ainda afirma que “Um efetivo processo de comunicação é necessário

para garantir que todas as informações desejadas cheguem às pessoas corretas no

tempo certo e de uma maneira economicamente viável.” (VARGAS, 2014 p.49).

O PMBoK descreve que o gerenciamento das comunicações do projeto deve

conter os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento das comunicações: este processo tem o

papel de desenvolver uma abordagem formal e um plano de

comunicação do projeto entre as partes interessadas com base em suas

necessidades de comunicações (PMI, 2014).

b) Gerenciar as comunicações: processo de criar, coletar, distribuir

armazenar, recuperar e dispor as informações seguindo o plano proposto

no gerenciamento das comunicações (PMI, 2014).

c) Controlar as comunicações: este processo tem o objetivo de controlar

e monitorar as comunicações do projeto desde seu inicio até chegar a

sua conclusão, é ele que assegura que sejam atendidas todas as

necessidades de informações exigidas pelas partes interessadas (PMI,

2014).

Pode-se ver um conceito de comunicação em uma forma esquemática de

como acontecem as comunicações entre os emissores e os receptores na ilustração

a seguir.

Ilustração 12 - Modelo Básico de Comunicação Fonte: PMI (2014, p.294)

Na ilustração pode-se definir que emissor é o elemento que cria e codifica a

mensagem; a mensagem pode ser um pensamento, ideia, fatos etc. que podem ser

reduzidas em código capaz de ser compreendido pelo receptor; meio é definido

48

como o veículo ou método que transmite a mensagem; receptor, é o elemento que

receberá a mensagem; feedback é o ato de enviar um sinal ao emissor, garantindo a

recepção da mensagem; ruídos são atritos que ocorrem durante o processo de

envio/recepção das mensagens (CARVALHO, RABECHINI, JR 2011).

As atividades de comunicação envolvidas nesse processo podem ter várias

dimensões que devem ser consideradas como comunicação interna (dentro do

projeto) x externa (clientes, fornecedores etc.), comunicação formal (relatórios,

instruções) x informal (e-mails, memorandos), comunicação vertical (níveis

superiores e inferiores da organização) x horizontal (com colegas), comunicação

oficial (boletins, relatórios anuais) x não oficial (comunicações confidenciais) e por

ultimo comunicação escrita, oral e verbal x não verbal (PMI, 2014).

A visão geral do gerenciamento das comunicações mostrando suas

entradas, ferramenta e técnicas e as saídas está disposta na ilustração 13.

Ilustração 13 - Visão geral do Gerenciamento das Comunicações do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.288)

49

Nessa etapa percebe-se a importância da comunicação dentro do projeto,

ela é responsável por coordenar a disposição das informações de forma correta,

através de uma abordagem formal, porém, sempre controlando e monitorando as

informações de todos os stakeholders.

2.3.8 Gerenciamento dos Riscos do Projeto

O gerenciamento de risco do projeto mostra os processos de definição de

como conduzir as atividades do gerenciamento dos riscos de um projeto, podendo

assim identificar possíveis riscos e fazer uma possível análise dos mesmos,

visualizando quais podem afetar o projeto. Contudo, deve-se fazer uma

documentação de suas características.

Segundo o PMBoK,

O Gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas e controle de riscos de um projeto. Os objetivos do gerenciamento dos riscos do projeto são aumentar a probabilidade e o impacto dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto. (PMI, 2014 p.309).

Molinari ainda complementa que “não é certo que ele ocorrerá. A única

certeza é que, se ele ocorrer, haverá algum prejuízo” (MOLINARI, 2010, p.127).

Com isso, o PMBoK descreve que o gerenciamento dos riscos do projeto

deve conter os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento dos riscos: processo que mostra como se

deve conduzir com todas as atividades do gerenciamento de riscos. Esse

processo também é importante para fornecer tempo e recursos

financeiros suficientes para seu gerenciamento e deve ser elaborado na

fase inicial do planejamento do projeto. (PMI, 2014).

b) Identificar os riscos: O processo de identificação dos riscos pode

envolver membros da equipe desenvolvedora, como gestores de

projetos, especialistas de riscos, equipes de gerenciamento de riscos,

partes interessadas, etc. Essas pessoas, por mais que participam

diretamente no processo de desenvolvimento do projeto, devem ser

estimuladas a identificar riscos (PMI, 2014). A identificação de riscos é o

50

processo responsável por verificar e documentar as características e

possíveis impactos dos riscos em um projeto.

c) Realizar a análise qualitativa dos riscos: o processo da análise

qualitativa prioriza riscos avaliando o seu nível de ocorrência no projeto,

o efeito do impacto nos objetivos, tempo de resposta depois de uma

falha, custos, cronograma, escopo, qualidade do projeto, entre outros

(PMI, 2014).

d) Realizar a análise quantitativa dos riscos: a análise quantitativa avalia

numericamente o impacto de cada risco, a produção de informações

numéricas sobre os riscos ajuda na tomada de decisões a fim de reduzir

o grau de incerteza no projeto (PMI, 2014).

e) Planejar as respostas aos riscos: este processo tem como objetivo

desenvolver opções e ações para reduzir ameaças no projeto,

aumentando as oportunidades positivas, também cria um banco de

respostas para cada risco em especifico, que identifica uma possível

solução para o mesmo (PMI, 2014).

O planejamento de respostas ao risco deve ser apropriado a sua severidade, eficiente no custo, realista dentro do contexto do projeto, consensual de todas as partes envolvidas e sob a responsabilidade de uma única pessoa. (PMI, 2000 Apud CARVALHO, RABECHINI JR, 2011, p.274).

f) Controlar os riscos: é o processo de implementar o plano de resposta

sob os riscos do projeto, é responsável por monitorar, identificar e avaliar

a eficácia do processo do gerenciamento dos riscos durante todo o

desenvolvimento do projeto (PMI, 2014).

Trentim ainda afirma que controlar os riscos,

É o processo de implantação dos planos de respostas aos riscos, acompanhamento dos riscos identificados, monitoramento dos riscos residuais identificação de novos riscos e avaliação de eficácia de processos de riscos durante o projeto. (TRENTIM, 2011, p.247).

51

A visão geral do gerenciamento dos riscos mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposto na ilustração 14.

Ilustração 14 - Visão geral do Gerenciamento dos Riscos do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.312)

52

O PMBoK mostra uma técnica para identificar os riscos através da matriz

SWOT, essa técnica examina o projeto verificando suas forças e fraquezas,

oportunidades e ameaças, a fim de se ter uma busca mais abrangente dos riscos

gerados internamente (PMI, 2014).

Os fatores de riscos não devem ser gerenciados de maneira discordantes,

mas sim conforme as técnicas apresentadas, que adaptam o projeto a uma forma

metodológica, que reduz os riscos e as falhas no projeto, aumentando a

probabilidade de alcançar o objetivo do projeto.

2.3.9 Gerenciamento das Aquisições do Projeto

O gerenciamento das aquisições inclui os processos necessários para

comprar e adquirir produtos, serviços ou resultados externos à equipe do projeto.

Também, é responsável por gerenciar todos os contratos de organizações externas,

e os pedidos de compra por membros autorizados da equipe do projeto (PMI, 2014).

Com isso Carvalho, Rabechini afirmam que, “o gerenciamento das

aquisições do projeto inclui os processos requeridos para garantir a aquisição de

bens e serviços necessários ao desenvolvimento de projeto.” (CARVALHO,

RABECHINI JR, 2011 p.281).

A equipe do gerenciamento de projetos nessa área também “é responsável

por assegurar que todas as aquisições atendam às necessidades específicas do

projeto e, ao mesmo tempo cumpram as políticas de aquisição da organização.”

(PMI, 2014 p.357).

“O gerenciamento das aquisições tem como objetivo dar garantia de que

todo elemento externo participante do projeto ira assegurar o fornecimento de seu

produto ou serviço para o projeto.” (VARGAS, 2014, p.57).

O PMBoK descreve que o gerenciamento das aquisições do projeto deve

conter os seguintes processos:

a) Planejar o gerenciamento das aquisições: é o processo responsável

por documentar todas as aquisições decididas no projeto, a fim de

identificar potenciais fornecedores (PMI, 2014).

“O principal benefício desse processo é que ele determina se, deve-se

adquirir ou não apoio externo, e se for o caso, o que adquirir como fazer

53

a aquisição, a quantidade necessária, e quando efetuar a aquisição.”

(PMI, 2014 p. 358).

b) Conduzir as aquisições: este processo é responsável por selecionar

fornecedor, obter todas as respostas dos fornecedores e obtenção de um

contrato. Tem o objetivo de prover um alinhamento entre as partes

interessadas internas e externas através de acordos estabelecidos (PMI,

2014).

c) Controlar as aquisições: este objetivo tem o papel de manter um

monitoramento do desempenho do contrato e controlar todas as

mudanças e correções nos contratos, o principal objetivo desse processo

também é manter a garantia que, tanto o fornecedor quanto o comprador,

cumpram os requisitos da aquisição nos termos legais (PMI, 2014).

d) Encerar as aquisições: como o próprio nome já diz este processo tem a

intenção de finalizar todos os contratos com fornecedores. O principal

objetivo desse processo é gerar contratos e outros documentos

relacionados para consultas futuras (PMI, 2014).

Para a seleção de fornecedores pode ser usada uma ferramentas chamada

AHP, mostrada na ilustração seguinte que “é um método criado por Saaty na década

de 1970, que permite incorporar tanto fatores qualitativos quanto quantitativos no

processo de tomada de decisão.” (SAATY, 1980 Apud CARVALHO, RABECHINI JR,

2011 p.294).

Ilustração 15 - Exemplo AHP para seleção de fornecedores Fonte: CARVALHO, RABECHINI JR, (2011 p.294).

54

A visão geral do gerenciamento das aquisições mostrando suas entradas,

ferramenta e técnicas e as saídas está disposta na ilustração 16.

Ilustração 16 - Visão geral do Gerenciamento das Aquisições do Projeto. Fonte: PMI (2014, p.356)

Os fatores de aquisições do projeto devem ser gerenciados de forma eficaz

para assegurar que o projeto tenha todo o necessário para ser efetivado. Essa é a

55

etapa que controla todas as aquisições, a fim de manter um monitoramento sobre o

desempenho e as mudanças dos contratos.

2.3.10 Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto

Esta área do gerenciamento é nova e está implementada na quinta edição

do PMBoK, foi acrescentada para abordar o gerenciamento das partes interessadas

(stakeholders) dos projetos.

Essa atividade fornece processos que permitem gerenciar todas as partes

envolvidas no projeto. Essas partes podem ser pessoas, grupos ou organizações

que podem impactar ou serem impactados pelo projeto. Analisa as expectativas e as

decisões e se concentra na comunicação continua entre as partes envolvidas para

atender suas necessidades (PMI, 2014).

Os interessados podem ser internos à empresa como executivos, gerentes,

funcionários etc., ou externos como comunidade, órgãos reguladores, fornecedores,

clientes etc. (VARGAS 2014).

O PMBoK descreve que o gerenciamento das partes interessadas do projeto

deve conter os seguintes processos:

a) Identificar as partes interessadas: esse processo se designa a

identificar todas as partes que possam impactar ou serem impactadas

por uma decisão, atividade ou resultado do projeto, também é

responsável por analisar e documentar informações sobre o nível de

engajamento, interdependências, influências e o potencial impacto das

mesmas no projeto (PMI, 2014).

b) Planejar o gerenciamento das partes interessadas: o processo de

planejar as partes interessadas deve desenvolver estratégias apropriadas

para engajar as partes de maneira eficaz durante todo o ciclo de vida do

projeto (PMI, 2014). Segundo o PMP Solberg,

Existe uma série de métodos que um gerente de projetos pode utilizar para

influenciar as partes interessadas e garantir a suas participações bem

sucedidas que, na maioria das vezes, dependem de dois conjuntos de

fatores concorrentes: interação individual versus envolvimento da equipe e

coerção versus colaboração. (SOLBERG, 2011).

56

c) Gerenciar o engajamento das partes interessadas: processo

responsável por comunicar e trabalhar com as partes interessadas, a fim

de atender as necessidades e ou as expectativas. Aborda as questões e

incentiva o engajamento apropriado das partes interessadas nas

atividades do projeto em todo o seu ciclo de vida (PMI, 2014).

d) Controlar o engajamento das partes interessadas: faz o

monitoramento do engajamento das partes interessadas no projeto em

geral, ajustando conforme necessário. O principal objetivo desse

processo é a manutenção ou aumento da eficiência e eficácia das

atividades de engajamento das partes durante o projeto (PMI, 2014).

Segundo o PMBoK,

Todos os projetos têm partes interessadas que são afetadas ou podem afetar o projeto de uma maneira positiva ou negativa. Embora algumas partes interessadas possam ter uma habilidade limitada de influenciar projeto, outras podem ter uma influência significativa no projeto e nos seus resultados esperados. (PMI, 2014 p.391).

As partes interessadas devem ser gerenciadas como uma área fundamental

do projeto, pois são elas que possuem a capacidade de influenciar positivamente no

projeto ou até mesmo influenciar de forma negativa, podendo acarretar na falha total

do projeto.

O PMBoK traz um modelo de representação que pode ser usado para

mostrar o grau de poder/interesse, onde na ilustração a seguir as letras de A-H

representa as partes interessadas dispostas conforme o nível de poder e interesse

dentro de um projeto genérico.

Ilustração 17 - Exemplo de poder/interesse com as partes interessadas Fonte PMI (2014, p.397)

57

A visão geral do gerenciamento das partes interessadas mostrando suas

entradas, ferramentas e técnicas e as saídas está disposta na ilustração 18.

Ilustração 18 - Visão geral do Gerenciamento das Partes Interessadas do Projeto Fonte: PMI (2014, p.392)

Essa etapa é de suma importância, pois segue os processos que conduzem

o gerenciamento de todas as pessoas envolvidas no projeto que possam impactar

diretamente no seu desenvolvimento.

2.4 A CONTRIBUIÇÃO DO PMBOK NA GESTÃO DE PROJETOS

Por que os projetos falham? Segundo Vargas, “muitas falhas são

decorrentes de obstáculos naturais ou externos que estão completamente fora do

controle da organização.” (VARGAS, 2014 p.7). Com isso o sucesso de uma

58

organização não só depende, mas necessita do entendimento do que é um projeto

(VARGAS, 2014).

Uma pesquisa realizada pelo PMI mostra que uma organização que pratica

uma alta atividade no desenvolvimento de projetos antes de qualquer ação, tem o

dobro de iniciativas estratégicas realizadas com sucesso, quando comparadas com

organizações com baixa atividade (PMI Apud VARGAS, 2014).

O PMBoK contribui com uma melhoria contínua e um detalhamento mais

específico sobre o gerenciamento de projetos, essa melhoria permite que a equipe

de gerenciamento trabalhe com um nível mais detalhado à medida que ele evolui

(PMI 2014).

O guia PMBoK identifica um conjunto de processos, habilidades ferramentas

e técnicas que são reconhecidos como uma boa prática para a gestão de projetos,

capaz de seemr aplicados na maioria dos projetos (PMI, 2014).

O PMBoK é capaz de melhorar o gerenciamento do projeto a ser realizado

por uma organização. Ele é capaz de gerenciar tudo o que está envolvido no projeto,

como as pessoas, os custos, o objetivo, os riscos entre outros, através de processos

como descritos anteriormente que mostram como deve ser feita a gestão em cada

etapa para se atingir com sucesso a meta proposta. Outra vantagem também de se

utilizar o PMBoK é que seus processos não precisam ser levados a risca, mas

podem ser adaptados/moldados quando necessário, já que se trata de um conjunto

de boas práticas e não de uma norma específica.

59

3 DIAGNÓSTICO E ANÁLISE

Este capítulo tem como objetivo apresentar um diagnóstico e análise através

dos dados coletados em questionários, contando com a utilização de informações

teóricas dos autores já pesquisados, comparadas com as informações obtidas na

organização.

O primeiro tópico apresenta o objetivo específico, que é conhecer os

processos atuais da gestão de projetos da empresa para identificar as possíveis

falhas, mostrando um mapeamento dos processos de como são desenvolvidos os

projetos na organização. Neste mesmo tópico, está o segundo objetivo específico,

que é identificar no PMBoK quais as áreas de gerenciamento que podem ser

aplicadas para melhorar a gestão de projetos da empresa, onde as falhas já

identificadas serão alinhadas às áreas do PMBoK para que possam ser aplicadas

para melhorar a gestão de projetos na organização.

No segundo e último tópico apresenta-se o objetivo específico número três

que é a elaboração de uma proposta baseada nas melhores práticas do PMBoK,

para contribuir na gestão de projetos da organização pesquisada.

3.1 MAPEAMENTO DOS PROCESSOS NA ORGANIZAÇÃO E A APLICAÇÃO DAS

ÁREAS DO PMBOK

Como dito, anteriormente, a gestão de projetos é considerada exclusiva de

uma organização e pode ser definida como o planejamento, a programação, e o

controle de várias tarefas integradas que têm como fim atingir um ou mais objetivos

com exatidão. Dessa forma percebe-se que as organizações passaram a dar maior

importância à gestão de projetos, mostrando uma maior segurança tanto para o

futuro como para o presente da organização (KERZNER, 2006).

Entende-se que não se deve analisar os processos do gerenciamento de

projetos de forma igualitária em todas as organizações por se tratar de algo

exclusivo de cada uma, sendo assim foi realizado um mapeamento participativo e

uma entrevista que aborda todas as áreas de gerenciamento de projetos disponíveis

no PMBoK dentro da organização para entender como é feito o controle dos

projetos, a fim de identificar possíveis falhas em cada etapa. As falhas detectadas

em cada etapa serão alinhadas às melhores práticas do gerenciamento de projetos,

60

com o objetivo de corrigir ou melhorar todos os processos da gestão de projetos

desenvolvidos pela organização.

3.1.1 Mapeamento da Integração dos Projetos

O gerenciamento da integração contém processos necessários para garantir

a conexão das demais áreas do PMBoK. Com isso seu objetivo é dar uma estrutura

ao projeto, a fim de atender todas as necessidades das partes envolvidas.

A questão elaborada na organização foi como é feito o gerenciamento dos

projetos nos dias atuais dentro da organização? Com base na análise participante foi

identificado que os projetos feitos pela organização não disponibilizam de um

documento formal que autoriza a existência do projeto. Isso acontece porque a

organização não dispõe de um método específico para a criação e elaboração dos

mesmos. Eles se iniciam pela necessidade de ter algo concreto em determinado

local, dessa forma não se tem como identificar onde e como alocar recursos

humanos necessários para a realização do projeto. Isso pode gerar conflito entre a

equipe.

O monitoramento do projeto é feito somente por uma pessoa o que dificulta

a tomada de decisões e o controle sobre o trabalho, porém, ela está sempre

presente no desenvolvimento, atuando com a equipe.

Outro ponto observado na organização é que antes de se iniciar um projeto

a pessoa responsável analisa as necessidades esperadas para o desenvolvimento

em um plano, que registra todos os recursos materiais necessários para o projeto,

pois a organização se baseia mentalmente em projetos anteriores para a realização

de novos, sempre aprendendo com os erros, porém, esse plano é feito

informalmente, ou seja, não oficial (no lápis) tornando-se único para um projeto em

específico, não sendo possível tomar como base para futuros projetos, pois ele é

descartado no final do projeto. Apesar disso, quase todos os projetos são concluídos

com êxito pelo motivo de serem analisados bem antes de serem iniciados. Isso se

torna um ponto positivo para a organização.

Diante dos problemas detectados, onde a organização não dispõe de um

documento oficial para determinar a criação do projeto, o monitoramento é feito

somente por uma pessoa e a organização se baseia em projetos anteriores para

alocar os recursos materiais necessários. O PMBoK mostra que a área de

61

gerenciamento da integração inclui processos que determinam como deve ser

elaborado esse plano.

Esse documento inclui “fazer escolhas sobre alocação de recursos,

concessões entre objetivo e alternativas conflitantes, e gerenciamento das

dependências mútuas entre as áreas do conhecimento de gerenciamento de

projetos.” (PMI, 2014, p.63).

O primeiro processo definido por ele mostra que se deve desenvolver um

documento formal que autoriza a existência do projeto para poder alocar de forma

correta todos os recursos organizacionais. Essa área integra as demais áreas do

PMBoK que auxiliam o projeto para um desenvolvimento coordenado das fases,

também prevê processos que auxiliam como monitorar e orientar o trabalho a ser

desenvolvido em todo o seu progresso.

3.1.2 Mapeamento do Escopo dos Projetos

O gerenciamento do escopo inclui todos os processos necessários para

assegurar que o projeto inclua todo o trabalho necessário para ser realizado. Com

base nisso foi elaborado a questão de como é feito esse gerenciamento na

organização, diagnosticando-se que os projetos desenvolvidos pela organização não

disponibilizam de métodos de gerenciamento específico, gerando um esforço maior

para a conclusão dos mesmos. Também não há um plano para a coleta de

requisitos necessários, e não é feita a distribuição dos trabalhos a serem realizados.

Apesar disso, os projetos desenvolvidos pela organização sempre possuem um

objetivo a ser concluído e uma meta a ser alcançada, que mesmo sem uma

metodologia específica ela é capaz de alcançar.

Como analisado a organização não possui um método específico para o

gerenciamento de projetos o que gera um esforço desnecessário. O PMBoK diz em

seu primeiro processo que se deve criar um documento formal que contenha o

objetivo do projeto o que se quer atingir com ele, porém, para isso é necessário

coletar requisitos para determinar, documentar e gerenciar as necessidades de

todos os envolvidos (PMI, 2014). O processo de “Definir o Escopo” contém a

justificativa do projeto e o objetivo, ou seja, o resultado que se pretende alcançar

com ele.

62

A criação de uma EAP mostra uma estrutura analítica que subdivide o

projeto em partes que podem ser mais facilmente gerenciadas e controladas, é

através dessa subdivisão que se pode determinar a distribuição dos trabalhos a

serem realizados.

3.1.3 Mapeamento do Tempo dos Projetos

O gerenciamento do tempo prevê o término exato de cada etapa ou fase,

porém, como analisado e questionado para o gerente a organização não prevê um

tempo específico para a conclusão de um projeto. Os projetos criados são feitos de

formas aleatórias sem a previsão do início de cada etapa e da conclusão do projeto

como um todo, também não dispõe da uma ferramenta específica para controlar as

dependências em cada fase, tornando difícil o gerenciamento o que acaba

demorando mais tempo para atingir o objetivo do projeto. Outro ponto detectado na

pesquisa é que a organização não possui um plano para gerenciar os fornecedores

que às vezes acabam atrasando a entrega dos recursos necessários para o

desenvolvimento dos projetos.

Diante desses problemas detectados na organização, pode-se utilizar o

gerenciamento do tempo descrito no PMBoK que traz processos necessários para

gerenciar e controlar a duração dos projetos, entregando as etapas no prazo através

de um cronograma (PMI, 2014). As atividades devem ser identificadas e

documentadas para serem sequenciadas. O processo de sequenciamento das

atividades identifica quais são as primeiras etapas a serem executadas e quais as

dependências entre elas, ou seja, qual atividade depende da outra para ser

concluída ou iniciada.

O PMBoK diz que deve ser feito uma estimativa dos recursos que serão

necessário no projeto, para verificar o tempo que esses materiais levam para

estarem disponíveis. Após essa verificação deverá ser estimado o tempo que cada

atividade levará para ser concluída, levando em conta fatores como os recursos que

já devem ter sido estimados (PMI, 2014).

O processo mais importante no gerenciamento do tempo é criar um

cronograma que mostra as sequências das etapas. Esse cronograma explana todas

as atividades com o seu tempo de início, conclusão e suas dependências,

63

controlando o andamento do projeto. O cronograma deve ser sempre monitorado

para verificar se o projeto está progredindo como o planejado.

3.1.4 Mapeamento dos Custos Envolvidos nos Projetos

Segundo o CEO da organização, e através de uma análise participante para

a gestão dos projetos na organização, quase todos os custos são orçados antes de

se iniciar na prática um projeto. Busca-se e seleciona-se sempre os melhores

fornecedores, a fim de obter materiais de boa qualidade com o melhor custo

beneficio. Isso é um ponto positivo para a organização, pois ela é capaz de controlar

alguns gastos que podem ser favoráveis para o alcance do objetivo do projeto. Outro

ponto analisado dentro da organização é o domínio dos materiais utilizados que são

controlados pelo gestor do projeto, evitando desperdícios.

Apesar do guia PMBoK mostrar que custos envolvem o processo de

financiamento a organização não necessita, pois seus projetos somente são

realizados com recursos financeiros próprios, porém, apesar de não necessitar de

financiamentos a organização nem sempre estima todos os recursos monetários

necessários, gerando gastos em compras de materiais durante o desenvolvimento

do projeto, isso se torna um ponto importante a ser analisado.

O PMBoK prevê processos sobre como fazer uma estimativa dos custos

para se concluir o projeto. Determina o orçamento, agrupando todos os gastos

necessários em cada etapa e faz um controle de como está sendo gasto todos os

recursos monetários no projeto (PMI, 2014). A aplicação desses processos na

organização, evita o problema dos gastos não previstos durante o desenvolvimento,

pois cria uma linha base de custos separados por atividades.

3.1.5 Mapeamento da Qualidade disponível nos Projetos

A qualidade de um projeto como previsto no PMBoK deve ser compatível

com padrões ISO que buscam minimizar a variação e entrega dos resultados para

que cumpra os requisitos definidos pelo escopo do projeto. Diante disso, foi feita

uma análise participativa com o gerente da organização sobre a qualidade dos

projetos feitos pela organização, onde foi verificado que ela ainda não utiliza normas

para o controle de qualidade, mas mesmo assim ela se satisfaz com as

64

necessidades esperadas. Os projetos sempre são realizados como o previsto, de

forma que se mantenha um padrão único criado pela organização. Esse padrão

inclui todas as atividades a serem desenvolvidas de forma igualitária em todos os

projetos, porém, não define o tempo de projeto nem as atividades que poderiam ser

feitas de forma simultânea, ou seja, duas etapas ao mesmo tempo.

O PMBoK descreve processos para garantir a qualidade no projeto, a

organização pode usar esses processos para efetivar um boa qualidade em seus

trabalhos, pois esses processos identificam requisitos e padrões para fazer o

planejamento de como deve ser efetuada a qualidade, trazendo uma garantia que

essa qualidade esta sendo mesmo efetuada através de auditorias (PMI, 2014).

Com a utilização dos processos que gerenciam a qualidade o projeto terá

uma maior aceitação pela equipe, pois irá aprimorar o tempo de desenvolvimento e

concluirá as etapas de forma mais efetiva.

3.1.6 Mapeamento dos Recursos Humanos disponíveis nos Projetos

Detectou-se que os recursos humanos necessários para o desenvolvimento

dos projetos estão disponíveis internamente, o que depende muito pouco de

terceirização, por se tratar de uma empresa de tecnologia que gera projetos

tecnológicos para suprir suas necessidades.

As partes terceirizadas estão disponíveis e somente são solicitadas quando

realmente há necessidade, pois a equipe possui todas as habilidades necessárias

para o desenvolvimento.

Outro ponto analisado após um questionamento com o gestor é que as

equipes que estão envolvidas nos projetos sempre estão passando por

treinamentos, para melhorar a competência e aprimorar o desempenho, e estão

alocadas em áreas onde possuem mais conhecimentos técnicos e teóricos. Porém,

as pessoas envolvidas não possuem uma tarefa específica para ser concluída, ou

seja, elas estão envolvidas em todas as etapas de forma igualitária durante o

desenvolvimento do projeto, não possuem um responsável para cada função,

apenas é comandada pelo gestor do projeto que tem uma responsabilidade mais

elevada. Isso se dá pelo motivo da organização não efetuar projetos em larga

escala, mas sim para suprir suas necessidades.

65

O gerenciamento dos recursos humanos determina processos que

gerenciam e controlam as pessoas envolvidas no projeto (PMI, 2014). Esses

processos podem ser adaptados à organização para resolver os problemas

detectados como a divisão das tarefas, onde ninguém possui uma tarefa específica,

o processo responsável por controlar isso segundo o PMBoK é o gerenciamento dos

recursos humanos, que é responsável por criar uma documentação que identifica os

papéis e responsabilidades das pessoas em cada etapa (PMI, 2014), assim é

direcionado a atividade para quem tem a melhor capacidade para realizar a tarefa.

Caso não possua alguém com capacidade, a organização pode utilizar o

processo de mobilização da equipe que é responsável por obter uma equipe

necessária para terminar determinadas atividades. Essa equipe pode ser interna ou

externa à organização (PMI, 2014).

Outro ponto fundamental no gerenciamento dos recursos humanos, o qual a

organização não dispõe, é fornecer feedback sobre o desempenho dos membros da

equipe, neste caso o processo de gerenciar a equipe do projeto resolve esse

problema, pois ela gera uma opinião sobre o desempenho dos membros

aprimorando o execução do projeto.

3.1.7 Mapeamento das Comunicações Efetuadas nos Projetos

Após o questionamento realizado com o gerente da organização sobre como

é feita a gestão das comunicações com os membros da equipe, e uma analise

participativa se obteve a conclusão de que a comunicação entre as pessoas

envolvidas no projeto não possui um plano específico, o que às vezes pode

acarretar em informações desconexas ou insuficientes. Diante do cenário analisado

as comunicações realizadas entre a equipe e o gestor são feitas através de telefone

ou pessoalmente. O gestor tem o papel ainda de levar essas informações ao gerente

do projeto (CEO da organização). Essas informações levadas para o gerente do

projeto não possui um documento ou sistema que realiza o registro, impossibilitando

o armazenamento para eventuais consultas futuras e possível disposição pública

necessária para as partes interessadas.

O PMBoK nos diz que um processo de comunicação garante que todas as

informações chegam às pessoas corretas no momento certo (PMI, 2014). Com isso

ele traz processos que podem resolver os problemas acima citados, como

66

desenvolver um plano formal entre as partes interessadas através do planejamento

do gerenciamento das comunicações, criar, coletar e distribuir as informações de

forma correta seguindo o plano de comunicação que é controlado pelo processo de

gerenciamento das comunicações (PMI, 2014). Através disso podemos ter um

controle sobre o tempo total do projeto, podendo criar uma estimativa de sua

conclusão.

3.1.8 Mapeamento dos Riscos que Ocorrem nos Projetos

Riscos no projeto são incertos, porém, caso ocorram é certo que haverá

algum prejuízo. A análise participativa feita em cima dos riscos na organização

mostrou que ela não possui um gerenciamento ou controle sobre os eventos que

acontecem nos projetos. A única reposta obtida através do gerente da empresa foi

que a organização sempre melhora com os erros encontrados em projetos

anteriores, porém, os erros não são armazenados em um banco de falhas, tornando

difícil a identificação para possível controle.

Fica difícil para a organização identificar possíveis riscos, pois como não há

um banco que registra os problemas. Essa prática torna impossível a resolução ou

minimização de um evento indesejável através de respostas.

Apesar da empresa não ter um controle de armazenamento dos riscos, esse

problema pode ser resolvido através do gerenciamento de riscos no qual o PMBoK

mostra o processo de planejamento, elaborando um plano de como conduzir as

atividades de forma correta. Também mostra em seu processo de identifica-los, que

deve ser feito um mapeamento antes do início e durante o decorrer do projeto sobre

os possíveis riscos que poderão ocorrer. Esses riscos deverão ser registrados e

analisados para se determinar o grau de impacto e se possível tentar diminuir seus

efeitos ou até eliminá-los através de um plano que contenha respostas para a

solução do problema detectado (PMI, Apud VARGAS, 2014). Esse banco de eventos

negativos com suas possíveis soluções deve ser alimentado constantemente para

prováveis problemas que poderão acontecer durante o projeto atual ou em projetos

futuros. Uma forma de fazer isso é estimular a equipe a identificar os riscos e

registrá-los, e se possível documentar uma solução para os mesmos.

67

3.1.9 Mapeamento das Aquisições Necessárias para os Projetos

A obtenção de material necessário para o desenvolvimento de um projeto é

de suma importância, pois a falta do mesmo pode levar a falha ou a não obtenção

do objetivo de forma geral no projeto.

Através de uma análise participante foi verificado que a organização busca

dispor de todos os materiais necessários para o desenvolvimento do projeto antes

de seu início. Essa analise se concluiu com a resposta obtida no questionário com o

CEO da organização, que afirmou que todos os materiais são obtidos antes da

execução. Um problema detectado é que a organização não possui um fornecedor

específico que tenha todos os materiais disponíveis no mesmo local, dependendo de

mais de um fornecedor. O contato com esses fornecedores não são armazenados, o

que dificulta a seleção do melhor fornecedor para cada recurso necessário no

projeto, gerando uma enorme perda de tempo em busca de fornecedores que

tenham o produto específico para a utilização.

A quantidade necessária de recursos para os projetos são analisadas

quando o projeto está sendo criado, e é baseada mentalmente em projetos

anteriores, porém, alguns materiais são adquiridos em excesso ou em pouca

quantidade, gerando custos desnecessários no andamento do projeto.

Para resolver os problemas encontrados na pesquisa, o PMBok traz

processos que organizam, controlam e direcionam todas as aquisições necessárias

nos projetos. Essa área é capaz de planejar como será feito o gerenciamento das

aquisições, a fim de detectar os melhores fornecedores, a quantidade necessária de

recursos e quando efetuar a compra (PMI, 2014). Também é capaz de conduzir as

aquisições através de contratos e documentos de acordos, mantendo um

alinhamento entre comprador e fornecedor. No final do projeto a área do

gerenciamento das aquisições inclui o processo de encerar as aquisições que

finaliza todos os contratos com os fornecedores, evitando gastos após a conclusão

do projeto. A utilização da ferramenta AHP citada anteriormente no capitulo dois

pode analisar critérios como fatores qualitativos (preço, confiabilidade, experiência...)

entre os fornecedores para facilitar a decisão na escolha da compra de algum

recurso.

68

3.1.10 Mapeamento das Partes Interessadas nos Projetos

As partes interessadas podem impactar de forma positiva ou negativa no

objetivo a ser alcançado com um projeto. Como analisado a organização tem como

fim obter lucros após a conclusão de um projeto, porém, os projetos somente são

efetuados conforme as necessidades exigidas pelos clientes, que acabam se

tornando uma parte fundamental na viabilidade do projeto.

Segundo o CEO da organização no questionário afirma que todos os clientes

da organização são as principais partes interessadas nos projetos e influenciam

diretamente na viabilidade do projeto.

Como é uma empresa prestadora de serviços de Telecom, a implantação de

algo novo somente será viável se as necessidades exigidas pelos clientes forem

favoráveis para a obtenção de lucros. O problema detectado é que a organização

não tem um controle específico que planeja ou cria estratégias para que essas

partes participem e utilizem o resultado desenvolvido pelo projeto, a fim da

organização obter lucro, gerando o fracasso em alguns projetos após sua conclusão,

pois o desenvolvimento do projeto terá um custo maior do que a rentabilidade

esperada por ele.

Em sua quinta edição o PMBoK considerou a necessidade de controlar as

partes interessadas no projeto. Com isso pode-se resolver o problema acima

detectado através dos processos descritos pelo PMBoK, o primeiro processo que ele

prevê é a identificação das partes interessadas que devem ser analisadas pela

organização para identificar o possível impacto que elas trarão para o projeto. Após

o processo de gerenciamento das partes deverá ser elaborada uma proposta para

engajar essas pessoas no projeto (PMI, 2014). Uma vez engajadas deverão ser

gerenciadas e controladas, recebendo comunicações constantes, a fim de atender

suas necessidades ou expectativas.

3.2 PROPOSTA PARA A GESTÃO DE PROJETOS NA ORGANIZAÇÃO

Depois de feita a análise e o mapeamento sobre todos os processos

envolvidos na gestão de projetos da organização, é elaborada uma proposta que

servirá de base antes e durante o desenvolvimento de seus projetos. Seguindo esse

69

Plano de Gestão de projetos a organização poderá concluir com êxito e atender a

todos os objetivos especificados e definidos pela intenção do projeto.

3.2.1 Primeira Etapa

Desenvolver o termo de abertura do projeto. “O termo de abertura é o

documento legal que reconhece a existência do projeto.” (VARGAS 2014 p.69).

O modelo de termo de abertura do projeto desenvolvido para a organização

contém o título do projeto, justificativa, nome do gerente, principais partes

interessadas e aprovação com a assinatura do responsável pelo documento.

Tabela 1

Modelo Termo de abertura do projeto para a empresa.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Resumo das condições do projeto:

* Deve-se relatar uma pequena introdução do projeto.

Justificativa do projeto:

* Deve ser relatada a principal vantagem do desenvolvimento do projeto.

Nome do gerente do projeto e suas responsabilidades:

* Precisa conter o nome do gerente do projeto e suas premissas.

Principais partes interessadas:

* Deve ser analisada e descritas quem são as principais partes que influenciam significativamente no projeto.

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.2 Segunda Etapa

Desenvolver o termo de requisitos do projeto “é o documento que registra os

requisitos necessários para atender às necessidades do projeto.” (VARGAS 2014,

p.73).

70

Esse termo deve conter o título do projeto, nome da pessoa que elaborou o

documento, objetivo do projeto, estrutura analítica do projeto (EAP) de forma

hierárquica, dicionário da EAP.

Tabela 2

Modelo plano de gerenciamento do projeto para a empresa.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Objetivo do projeto:

* Descrever o que se pretende alcançar com o projeto dentro de um prazo específico.

Estrutura analítica do projeto:

* Deve-se desenvolver a EAP de forma hierárquica, contendo todas as etapas que serão desenvolvidas no projeto.

EX:

Dicionário da EAP - Etapa 1 Responsável:

* Detalhar as tarefas que serão desenvolvidas na etapa 1.

Dicionário da EAP - Etapa 2 Responsável:

* Detalhar as tarefas que serão desenvolvidas na etapa 2.

Dicionário da EAP - Etapa 3 Responsável:

* Detalhar as tarefas que serão desenvolvidas na etapa 3.

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.3 Terceira Etapa

Na terceira etapa a organização deve gerenciar o tempo do projeto, para que

ele se conclua com sucesso.

Nome do

projeto

Etapa 1:

XXXX

Etapa 2:

XXXX

Etapa 3:

XXXX

71

O documento proposto para a organização que gerencia o tempo contém

itens importantes como: listar todas as atividades/tarefas cada uma com a sua

duração, criar o gráfico de Gantt com a duração das etapas e tarefas do projeto.

Tabela 3

Modelo plano de gerenciamento do tempo do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Atividade/duração das etapas: (modelo)

ETAPA 1 DURAÇÃO: 2 dias

Tarefa 1 1 D

Tarefa 2 1 D

ETAPA 2 DURAÇÃO: 3 dias

Tarefa 1 3 D

ETAPA 3 DURAÇÃO: 1 dia

Tarefa 1 1 d

Gráfico de Gantt: (modelo)

DIA(S) 1 2 3 4 5 ETAPA 1 Tarefa 1 Tarefa 2 ETAPA 2 Tarefa 1 ETAPA 3 Tarefa 1

Duração do projeto: 5 dias

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.4 Quarta Etapa

A quarta etapa demonstra um documento que contém itens de verificação da

qualidade que serão definidos pela organização e devem ser controlados em todo o

desenvolvimento do projeto.

72

Tabela 4

Modelo de gerenciamento da qualidade do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Itens de verificação: (modelo)

Item da qualidade Sim Não N/D Data Comentário

O projeto tem um plano de gerenciamento da qualidade?

X

__/__/___

O plano de gerenciamento da qualidade foi revisto pelos stakeholders?

X

__/__/___

O plano de gerenciamento da qualidade é constante?

X

__/__/___

A norma ISO 9001 está sendo aplicada em todas as etapas?

X __/__/___

XXXXXXXXXXXXXXXXXX X __/__/___

OBS:

* Área destinada a escrever algumas observações gerais

_______________ Assinatura Responsável

Fonte: Gomes (2015)

3.2.5 Quinta Etapa

A quinta etapa traz uma proposta em um documento formal que tem por

objetivo gerenciar as pessoas envolvidas no projeto através de uma matriz de

responsabilidade e um diagrama de funções que deverá ser controlado e gerenciado

pela organização.

73

Tabela 5

Modelo de gerenciamento dos recursos humanos do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Matriz de responsabilidade: (modelo)

Nome Área

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

João TI R R R

Marcos Consultoria A A I

Pedro TI A I S

Bia Compras R R R

Carlos TI S R A

R: Responsável A: Apoio S: Suplente I: Informado

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.6 Sexta Etapa

A sexta etapa se refere às comunicações realizadas no projeto, traz um

modelo onde deve ser especificado como será o processo de comunicação (formal,

informal) e quais mecanismos utilizados, e os eventos de comunicação,

especificando sua data e hora. Ex: reunião para o dia xx as xx:xx h, Objetivo: dar

inicio ao projeto.

74

Tabela 6

Modelo de gerenciamento das comunicações do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Processo de comunicação:

* Descrever como será feito o processo de comunicação se será Informal ou formal. * E- mail. * Telefone; * Reuniões.

Eventos da comunicação: (modelo)

Reunião: Dia xx as xx:xx h, Objetivo: Dar início ao projeto

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.7 Sétima Etapa

Esta etapa no desenvolvimento do projeto deve ser alimentada

constantemente, pois somente assim poderá ter um controle total sobre problemas

que acontecerão no projeto. Para a organização foi desenvolvido um modelo que ela

poderá utilizar não apenas no projeto atual, mas também em projetos futuros.

Esse modelo traz o mapeamento de todos os riscos que podem ou vão

acontecer no projeto, qualifica e determina sua probabilidade de impacto caso algum

dos riscos mapeados aconteça, e cria um banco de respostas caso algum risco

75

venha a ocorrer, ou seja, não cria somente soluções para a resolução dos riscos,

mas também viabiliza a utilização de planos de contingência.

Tabela 7

Modelo para gerenciamento dos riscos do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Mapeamento dos riscos:

Risco 01: XXXXX Risco 02: XXXXX Risco 03: XXXXX

Qualificação dos riscos:

* Cria uma determinação através de probabilidades de ocorrência dos riscos. EX: Risco 1: Baixo Probabilidade de ocorrência menor que 15% Risco 2: Médio Probabilidade ocorrência entre que 15% e 70% Risco 3: Alto Probabilidade ocorrência maior que 70%

Respostas planejadas aos riscos:

* Elabora uma ou mais resposta/solução para cada risco mapeado.

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.8 Oitava Etapa

Esta etapa é responsável por controlar todas as aquisições necessárias em

cada etapa e os contratos com os fornecedores. Os contratos com os fornecedores

especificados nesse modelo proposto pela organização são apenas para controle

interno da mesma. Serve apenas para mostrar quando vai iniciar o contrato e

quando deve ser finalizado. A parte legal dos contratos deve ser um documento

76

anexado junto a esse para eventuais consultas e deve ser elaborado pela

organização.

Tabela 8

Modelo para gerenciamento das aquisições do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Recursos Materiais por Etapa:

Etapa 1:

Etapa 2:

Etapa 3:

* Analisar todas as aquisições necessárias em cada etapa do projeto (softwares,

hardware).

Potenciais Fornecedores:

* Listar principais fornecedores que possuem os materiais necessários em cada etapa.

Anexos:

* Documento de contratação com fornecedores, terceiros, etc.

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

3.2.9 Nona Etapa

O modelo de gerenciamento das partes interessadas é um documento criado

para mostrar o nível de poder e o nível de interesse das pessoas envolvidas no

projeto da organização.

77

Tabela 9

Modelo para gerenciamento dos Stakeholders do projeto.

Título do projeto Versão: x.x

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por: xxxxxxx

Mapa das partes Interessadas: (modelo)

P

o

d

e

r

Manter satisfeito Gerenciar com

atenção

4 1;5

Monitorar Manter informado

2 3

I n t e r e s s e

Partes: (modelo)

1- João

2- Marcos

3- Pedro

4- Clientes Externos

5- CEO

_______________

Assinatura Responsável Fonte: Gomes (2015)

78

4 RECOMENDAÇÕES

Tendo como base as pesquisas sobre o gerenciamento de projetos que

estão dispostas nesse trabalho, observou-se que o uso de um plano de

gerenciamento de projetos é de grande importância para um bom resultado no

desenvolvimento dos projetos para a organização, trazendo uma conclusão efetiva e

sempre atendendo a todas as necessidades da empresa, proporcionando assim um

maior controle sobre as atividades que serão desenvolvidas nos projetos efetuados

pela organização.

Com essa proposta a organização tem um maior gerenciamento sobre os

projetos a serem realizados, pois poderá ter um controle sobre o custo, tempo,

partes interessadas e resolução de problemas, através de um plano concreto

desenvolvido com as melhores práticas dispostas pelo PMI em seu guia de

gerenciamento de projetos PMBoK.

Como observado a organização possui falhas em todas as áreas, mas essas

falhas podem ser ajustadas com o uso de ferramentas que apoiam esse

gerenciamento. O uso dessas ferramentas é de suma importância, pois são capazes

de aprimorar os processos e trazer uma maior confiança nos dados.

No item 3.1.3 a organização não tem um controle sobre o tempo do projeto.

A utilização de ferramentas como MSPROJECT e DOTPROJECT podem auxiliar

nesse controle. Apesar do MSPROJECT ser ferramenta paga, custando em média

na sua versão standard R$1.400,00 seu investimento compensa na diminuição do

tempo do projeto e traz um controle sobre as etapas a serem desenvolvidas de

forma sequenciada. Controlando os custos e outros elementos do projeto, ele é

capaz de armazenar todas as informações referentes ao projeto em uma base de

dados própria para consultas futuras, diminuindo relatórios impressos, pois podem

ser acessados de forma digital (LÓPEZ, 2008).

Já o DOTPROJECT é um software livre com código aberto para

gerenciamento de projetos, sua instalação deve ser feita em um servidor e seu

acesso é feito pela web o que facilita acesso em tempo real da situação do projeto

em qualquer lugar. Sua vantagem é de possuir código aberto, que pode ser

modificado de acordo com as necessidades da organização. Com ele pode-se gerar

gráficos do andamento do projeto, informações sobre as tarefas, contato com

funcionários, entre outras funções (SILVA, 2006).

79

Outra recomendação para o gerenciamento das comunicações efetuadas

pela organização é a utilização da ferramenta Lync que é gratuita, por se tratar de

uma empresa de tecnologia ela dispõe de equipamentos necessários para sua

implantação. Essa ferramenta pode ser implantada em um servidor já disposto na

organização que fará um controle sobre todas as comunicações, registrando-as para

possíveis consultas futuras.

Para controlar os riscos recomenda-se a organização efetuar um

monitoramento constante sobre os problemas que se encontram no projeto e

documentá-los em planilhas eletrônicas, pois assim será possível criar uma ou mais

respostas para cada risco detectado. A vantagem dessa documentação é que a

organização poderá utilizá-la em projetos futuros como base para ter certeza na

tomada de uma decisão ariscada. Outra recomendação seria a organização

incentivar a equipe do projeto a procurar possíveis riscos durante o

desenvolvimento, pois isso evita falhas futuras no projeto.

Para o controle sobre o melhor fornecedor a ser escolhido e que possui os

melhores critérios sobre qualidade, preço, confiabilidade etc. pode ser utilizada a

ferramenta AHP desenvolvida por Saaty disposta no item 2.3.9. Apesar de ser uma

ferramenta manual que não necessita de tecnologia para seu funcionamento, ela

pode ser utilizada em projetos futuros na organização, onde terá uma base sobre os

fornecedores que possuem os critérios necessários para cada projeto. Essa

ferramenta pode ser adaptada atendendo às necessidades.

Para controlar as partes interessadas elencando critério como níveis de

poder x interesse a organização pode utilizar um mapa já disposto no modelo de

gerenciamento das partes interessadas (Tabela 9), onde ela pode numerar as partes

e identificar quem ela deve manter satisfeito, quem deve ser gerenciado com

atenção, quem deve ser monitorado, e quem dever estar sempre sendo informado.

Como visto é inviável iniciar um projeto sem gerenciá-lo, pois engloba

atividades que não são esperadas pela organização e que somente são vistas

durante sua execução. Essa proposta traz um plano de todos os processos que

devem ser monitorados no projeto. Para atingir seu objetivo também traz

ferramentas para organizar e dar maior confiabilidade no desenvolvimento, além

disso, gerando uma vantagem competitiva, trazendo a fidelização de mais clientes

pela qualidade e comprometimento imposto nos projetos desenvolvidos pela

organização.

80

Esse plano foi criado e está disponível no Apêndice B, contendo 9 etapas

para serem gerenciadas e utilizadas nos projetos desenvolvidos pela organização.

Outra recomendação para a organização, é ela determinar um gerente de

projetos capaz de desenvolver qualquer atividade atribuída a ele, colocando

responsabilidades sobre a geração de documentos e o uso de um plano de

gerenciamento, porém esse gerente deve receber treinamentos em PMBoK para

entender o processo do gerenciamento de projetos utilizando as melhores práticas

desenvolvidas pelo PMI.

81

CONCLUSÃO

Através desse estudo pode-se verificar que é indispensável o uso de um

método de gerenciamento de projetos eficaz, pois ele é capaz de elaborar um plano

que descreve tudo o que é necessário para o desenvolvimento de um projeto, onde

se pode analisar sua viabilidade, antes de colocá-lo em prática.

Com esse estudo foi possível verificar que o gerenciamento dos projetos

desenvolvidos pela organização não estão sendo controlados por uma metodologia

específica, gerando problemas que passam às vezes despercebidos. Com isso foi

verificada a importância de se gerenciar um projeto através de um plano que

contenha as etapas necessárias.

Por meio do gerenciamento do escopo é possível verificar todo o trabalho

que será necessário para o desenvolvimento do projeto com o menor esforço

necessário dentro de um tempo estabelecido em um cronograma que inclui o início,

meio e fim de cada etapa ou atividade. Gerenciar o custo do projeto pode evitar

surpresas durante o desenvolvimento, pois esse gerenciamento engloba todos os

gastos dos processos envolvidos, estimando custos, orçamentos e financiamentos.

Pode-se perceber que além de controlar essas etapas anteriores, manter a

qualidade do projeto é essencial para ter resultado esperado pelos stakeholders,

pois é no gerenciamento da qualidade que se tem uma garantia que o objetivo será

alcançado com base nos requisitos especificados. Porém, para manter a qualidade

também é necessário controlar as pessoas, determinando a responsabilidade de

cada uma através do gerenciamento dos recursos humanos, e a comunicação entre

elas através do gerenciamento da comunicação.

Os riscos devem ser gerenciados conforme técnicas apresentadas, que

adaptam o projeto a uma forma metodológica. Isso reduz os riscos e as falhas no

projeto, aumentando a probabilidade de alcançar seus objetivos. Os contratos e

aquisições necessárias se não forem bem gerenciados podem levar a falha do

projeto. Com isso o gerenciamento assegura que todas as aquisições necessárias

estejam garantidas.

82

O gerenciamento das partes interessadas é de suma importância dentro do

desenvolvimento do projeto, pois ela identifica todas as partes que podem impactar

ou serem impactadas pelo projeto de forma positiva ou negativa.

Posto isso, esse estudo proporciona à organização um método específico

para gerenciar os projetos de forma confiável, trazendo benefícios na qualidade e

um melhor controle sobre as etapas a serem desenvolvidas diminuindo as incertezas

sobre a viabilidade de se efetuar qualquer projeto. Traz ainda um plano que pode ser

alimentado e utilizado para gerenciar e atender a cada fase do desenvolvimento,

mostrando uma maior confiabilidade para as partes interessadas, além de trazer um

padrão alinhado às melhores práticas do gerenciamento do PMI.

Para o acadêmico esse estudo aprofundou o conhecimento científico,

complementando o processo de aprendizagem. Permitiu um contato com a realidade

empresarial, onde foi possível elaborar alternativas de soluções para os problemas

detectados, proporcionando uma interação entre a teoria e a prática.

Com isso o trabalho se tornou relevante, pois mostrou uma avaliação do

conhecimento adquirido e a importância de conhecer novos métodos científicos

como solução de gerenciamento de projetos disponibilizado pelo PMI.

83

REFÊRENCIAS

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84

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85

APÊNDICES

86

APÊNDICE A – ENTREVISTA REALIZADA NA ORGANIZAÇÃO COM O CEO

1. Nos dias atuais como é feito o gerenciamento de novos projetos dentro da

organização? É utilizado algum padrão ou norma?

2. Dentre os projetos que a organização realiza todos são concluídos com

sucesso?

3. O PMBok diz que “O gerenciamento do escopo do projeto inclui os

processos necessários para assegurar que o projeto inclua todo o trabalho

necessário” como é feito esse gerenciamento hoje na organização?

4. Os projetos realizados pela organização possuem tempo/prazo para

conclusão? São cumpridos no prazo?

5. O Gerenciamento de custos segundo o PMBok “inclui processos envolvidos em planejamento, estimativas, orçamentos, financiamentos, gerenciamento e controle dos custos”. Visando isso como a organização administra a parte financeira necessária para os projetos?

87

6. A organização conclui os projetos com qualidade sempre satisfazendo as necessidades esperadas pelos clientes? Utiliza algum padrão de qualidade ex: norma ISO?

7. A organização possui os recursos humanos com capacidades técnicas para a

realização dos projetos? Ou é necessário terceirizar esses recursos humanos?

8. Durante o desenvolvimento de um projeto como é feita a comunicação com os

membros envolvidos? Possui alguém responsável por levar as informações

importantes até os gestores?

9. Os problemas encontrados no desenvolvimento do projeto são identificados e

controlados? Possui algum banco de falhas que são alimentados com

problemas já detectados?

10. Todos os recursos materiais necessários para o desenvolvimento dos projetos

são obtidos antes do início do projeto ou são adquiridos durante a execução?

11. Além da organização quem seriam as principais Partes Interessadas nos

projetos que a organização desenvolve? De que forma elas influenciam no

desenvolvimento de novos projetos?

88

APÊNDICE B – PLANO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS LUANETT

Termo de Abertura

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Resumo das condições do projeto:

Justificativa do projeto:

Nome do gerente do projeto e suas responsabilidades:

Principais partes interessadas:

_______________

Assinatura Responsável

89

Requisitos do Projeto

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Objetivo do projeto:

Estrutura analítica do projeto:

Dicionário da EAP - Etapa 1 Responsável:

Dicionário da EAP - Etapa 2 Responsável:

Dicionário da EAP - Etapa 3 Responsável:

Dicionário da EAP - Etapa 4 Responsável:

_______________

Assinatura Responsável

90

Plano de Gerenciamento do Tempo

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Atividade/duração das etapas:

Gráfico de Gantt:

_______________

Assinatura Responsável

91

Plano de Gerenciamento da Qualidade

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Itens de verificação:

Item da qualidade Sim Não N/D Data Comentário

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

__/__/___

OBS:

______________

Assinatura Responsável

92

Plano de Gerenciamento dos Recursos Humanos

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Matriz de responsabilidade:

Nome Responsável Área

ETAPA 1

ETAPA 2

ETAPA 3

ETAPA 4

ETAPA 5

R: Responsável A: Apoio S: Suplente I: Informado

_______________ Assinatura Responsável

93

Plano de Gerenciamento das Comunicações

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Processo de comunicação:

Eventos da comunicação:

_______________

Assinatura Responsável

94

Plano de Gerenciamento dos Riscos

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Mapeamento dos riscos:

Risco 01: Risco 02: Risco 03: Risco 04: Risco 05: Risco 06:

Qualificação dos riscos:

Respostas planejadas aos riscos:

.

_______________

Assinatura Responsável

95

Plano de Gerenciamento das Aquisições

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Recursos Materiais por Etapa:

Etapa 1:

Etapa 2:

Etapa 3:

Etapa 4:

Etapa 5:

Potenciais Fornecedores:

Anexos:

_______________ Assinatura Responsável

96

Plano de Gerenciamento das Partes Interessadas

Projeto: Versão:

Preparado por: Luanett Informática Aprovado por:

Mapa das partes Interessadas:

P

o

d

e

r

Manter satisfeito Gerenciar com

atenção

Monitorar Manter informado

I n t e r e s s e

Partes:

1-

2-

3-

4-

5-

_______________ Assinatura Responsável

97

ANEXOS

98

ANEXO A – MS PROJECT VALORES

1 PROJECT STANDARD 2016

2 PROJECT PROFESSIONAL 2016