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Geografia . Aula 02 2 .1 A globalização é um grande desafio ou uma grande oportunidade
para o mundo contemporâneo?
O espaço mundial a partir da globalização
2.3 O que é Globalização?
•A globalização, de que tanto se fala, é muito
abstrata e pouco concreta, logo, é difícil criar
uma definição oficial.
•Chama-se globalização ou mundialização, o
crescimento da interdependência de todos os
povos e países da superfície terrestre.
•Alguns falam em “aldeia global”, pois parece
que o planeta está ficando menor e todos se
conhecem (assistem a programas semelhantes
na TV, ficam sabendo no mesmo dia o que
ocorre no mundo inteiro).
2.4 A GLOBALIZAÇÃO NO TEMPO
A Globalização no tempo
• 1a Fase - antes das descobertas: a
economia mundo.
• 2a Fase - mercantilismo: descoberta
de novos continentes e
interligações com Índia e China.
• 3a Fase - industrialização –
colonização americana, asiática e
africana.
• 4a Fase - globalização nos tempos
atuais: colapso do socialismo, crise
do Estado e revolução tecnológica.
2.5 O DIA-A-DIA DA GLOBALIZAÇÃO
• Para se ter idéia desse processo, saiba que nos anos 60 somente cerca
de 25 milhões de pessoas viajavam de avião de um país para outro, por
ano. Hoje em dia, esse número subiu para cerca de 400 milhões .
• Em 1980, o volume dos investimentos de residentes de um país nos
mercados de capitais (compra de ações de empresas) de outros países
atingia a quantia de 120 milhões de dólares, em 1990; dez anos depois,
esse valor já atingia a casa dos 1,4 trilhões de dólares, Isso quer dizer que
as economias nacionais estão se desnacionalizando em ritmo acelerado.
• A Globalização está associada a uma aceleração do tempo. Tudo muda
mais rapidamente hoje em dia. E os deslocamentos também se tornaram
muito rápidos: o espaço mundial ficou mais integrado.
2.6 MITOS & REALIDADES SOBRE A GLOBALIZAÇÃO
• Aumenta desigualdades (internamente e externamente entre os países).
• Ameaça empregos em todos os níveis.
• Os ganhos em eficiência nem sempre são distribuídos igualmente.
• Aumenta dependência externa.
• Reduz soberania.
• É a chave para o desenvolvimento.
• Contribui para o avanço da democracia.
• Aumenta o acesso a mercados, fluxos de capital e novas tecnologias.
• Reduz custos de importação.
• Amplia mercado de exportação.
DIFERENTES VISÕESGANHA PERDE
2.7 GLOBALIZAÇÃO: OS DOIS LADOS DA MESMA MOEDA
• Contradições e interesses
Globalização:
Para alguns, um desafio a ser vencido.
Para outros, uma grande oportunidade.
Crescem as exportações. Quem ganha, quem perde?
2.8 O FENÔMENO DA GLOBALIZAÇÃO ENCURTOU OS ESPAÇOS E ACELEROU O TEMPO?
• As mudanças no mundo de hoje operam-se, por isso, em diferentes
cadeias cronológicas. Vamos conhecer algumas:
I. TEMPO FINANCEIRO
II. TEMPO DA MÍDIA
III. TEMPO ECONÔMICO
IV. TEMPO POLÍTICO
V. TEMPO DIPLOMÁTICO
2.9 TEMPO FINANCEIRO
• O tempo financeiro, ou
o tempo on-line dos
fluxos financeiros, que,
na sua volatilidade, vêm
produzindo crises
sucessivas nos países de
mercados emergentes.
3.0 TEMPO DA MÍDIA
• O tempo da mídia, também um
tempo on-line, repercute
imediatamente na velocidade dos
eventos e na percepção coletiva dos
mesmos. Com isso, a agenda das
pessoas fica fragmentada e dificulta
uma visão completa dos processos.
3.1 TEMPO ECONÔMICO
• O tempo econômico, o do ciclo da
produção e do investimento, é um
tempo mais lento que, no caso do
Brasil, encontra-se afetado pelas
condições sistêmicas da
competitividade e impõe a necessidade
de reformas como a tributária.
3.2 TEMPO POLÍTICO
• O tempo político, que é, em
princípio, num regime democrático,
um tempo mais lento, condicionado
pela territorialidade das instituições
políticas, pelos ciclos eleitorais,
pelos interesses dos partidos e, no
caso do Brasil, pelo problema do
complexo equilíbrio dos estados da
Federação.
3.3 TEMPO DIPLOMÁTICO
• O tempo diplomático é aquele em
que ocorrem as negociações
políticas ou econômico-comerciais
globais, regionais ou inter-regionais.
• Por ter de levar em conta todos os
demais tempos, ele pode ser mais
lento, como nas negociações
econômico-financeiras, ou mais
rápido, como no recente tentativa de
golpe na Venezuela.
3.4 A GLOBALIZAÇÃO ACABOU COM O PROTECIONISMO? • A globalização, por suas características de
competitividade, encurralou as economias
emergentes numa disputa covarde.
• Para amenizar este problema, estas economias
criaram os blocos de integração econômica, no
qual os planos e metas são vistos e revistos a todo
instante, a busca pelo desenvolvimento e troca de
tecnologias se tornam necessários, a produção e o
consumo se aliam, e todos os envolvidos acabam
percebendo ser indispensável esse tipo de
convivência para a sobrevivência de seus
investimentos e equilíbrio de suas contas.
3.5 PROTECIONISMO, SERÁ QUE É PARA TODOS?
• Protecionismo é a defesa que os países armam
com tarifas e outras barreiras para encarecer,
dificultar e até impedir a venda de produtos
importados em seu mercado interno.
• Em maior ou menor grau, todo país pratica o
protecionismo.
• Ele é exercido por meio de cobrança de tarifas,
controle e regulamentação da entrada e saída
de capitais do país, do favorecimento de
patentes nacionais, de subsídios à indústria, da
proteção de capitais investidos no exterior, entre
outros.
• A OMC (Organização Mundial do Comércio) é
responsável por fiscalizar o intercâmbio entre as
nações para regular os atos de protecionismo.
3.6 O QUE SÃO BLOCOS ECONÔMICOS MUNDIAIS ?
São associações de países que estabelecem relações econômicas privilegiadas entre si,
e que tendem a adotar uma soberania comum, ou seja, os parceiros concordam em abrir
mão de parte da soberania nacional em proveito do todo associado.
Os blocos econômicos podem classificar-se em:
zona de preferência tarifária,
zona de livre comércio,
união aduaneira,
mercado comum,
união econômica e monetária.
3.7 ZONA DE PREFERÊNCIA
TARIFÁRIA
Este primeiro processo de integração
econômica consiste apenas em garantir níveis
tarifários preferenciais para o conjunto de países
que pertencem a esse tipo de mercado .
A antiga Associação Latino-Americana de
Livre Comércio (ALALC) foi um exemplo de
Zona de Preferência Tarifária, pois procurou
estabelecer preferências tarifárias entre os seus
onze membros, que eram todos os Estados da
América do Sul, com a exceção da Guiana e do
Suriname, e mais o México.
Em 1980, a Associação Latino-Americana de
Integração (ALADI) substituiu a ALALC.
3.8 ZONA DE LIVRE COMÉRCIO
Quando constituem uma Zona de Livre
Comércio (ZLC), os países parceiros reduzem
ou eliminam as barreiras alfandegárias, tarifárias
e não-tarifárias, que incidem sobre a troca de
mercadorias dentro do bloco. Esse é o segundo
estágio no caminho da integração econômica.
O NAFTA constitui-se em exemplo de Zona
de Livre Comércio, um acordo firmado entre os
Estados Unidos, o Canadá e México.
Para o antigo GATT, um acordo comercial só
pode ser considerado uma Zona de Livre
Comércio quando abarcar pelo menos 80% dos
bens comercializados entre seus países-
membros.
3.9 UNIÃO ADUANEIRA
A União Aduaneira caracteriza-se por adotar
uma Tarifa Externa Comum (TEC), a qual
permite estabelecer uma mesma tarifa aplicada
a mercadorias provenientes de países que não
integram o bloco.
Nessa fase, dá-se início à formação de
comissões parlamentares conjuntas,
aproximando-se o Poder Executivo dos Estados
nacionais de seus respectivos Legislativos.
O Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai
constituem, na atual fase de desenvolvimento,
uma União Aduaneira que luta para se
transformar em um Mercado Comum.
4.0 MERCADO COMUM
O Mercado Comum apresenta-se como um
processo bastante avançado de integração
econômica, garantindo-se a livre circulação de
pessoas, bens, serviços e capitais, ao contrário
da fase como União Aduaneira, quando o
intercâmbio restringia-se à circulação de bens.
No Mercado Comum circulam bens, serviços
e os fatores de produção (capitais e mão-de-
obra), e pressupõem-se a coordenação de
políticas macro-econômicas, devendo todos os
países-membros seguir os mesmos parâmetros
para fixar taxas de juros e de câmbio, e para
definir políticas fiscais.
4.1 UNIÃO ECONÔMICA E
MONETÁRIA
Constitui o estágio mais avançado do
processo de formação de blocos econômicos,
contando com uma moeda única e um fórum
político.
No estágio de União Econômica e Monetária,
tem de existir uma moeda única e uma política
monetária inteiramente unificada e conduzida
por um Banco Central comunitário.
Para se chegar ao estágio de União
Econômica e Monetária, há que se atravessar
toda uma série de momentos que demandam
tempo e discussões entre os países-membros.
Assim, cada acordo significa um avanço em
relação às situações anteriores de níveis de
integração, sempre dependente da vontade
política dos parceiros que fazem um
determinado bloco econômico em processo de
integração.