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GEOGRAFIA DO DESPERDÍCIO: CALCULO DA PEGADA ECOLÓGICA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NAS CIDADES DE MANAUS E PARINTINS-
AM
Orivane de Souza e SOUZA;
Ana Carla Matos de SOUZA;
Greycianne da Cruz LEITE1.
RESUMO
Pegada ecológica termo proposto inicialmente pelos especialistas William Rees e
Mathis Wackernagel em 1996, pulicado em um livro “Our Ecological Footprint”, criado
para nos ajudar a perceber o quanto de recursos da Natureza utilizamos para sustentar
nosso estilo de vida. Com a aplicação desse indicador de Sustentabilidade Pegada
Ecológica (PE), é possível medir o grau de pressão exercida pelos padrões de consumo,
em diferentes escalas, como uma cidade, representado a quantidade de áreas produtiva
naturais em hectares, necessários para sustentar o estilo de vida urbano e para a
absorção dos resíduos gerados. Que é um dos mais graves problemas ambientais. Estes
resíduos apresentam gradientes crescentes, devido ao auto consumo, causando grandes
impactos ao ecossistema, devido ao crescimento demográfico da cidade, e do auto
consumo. Causado maior pressão ecológica sobre o ecossistema sobretudo, da
Amazônia. Principalmente na sua capital, Manaus e a cidade de Parintins, que é um dos
exemplos na Amazônia, com um histórico significativo do crescimento demográfico da
população urbana nos últimos 20 anos na Capital em (1990 – 1.006.585, 2000 –
1.396.768 ,2010 – 1.792.881), representando 52% da população estadual. Constitui-se
como a cidade mais populosa da Região Norte. Em seguida a cidade de Parintins, com
uma população total na zona urbana em (1990 – 41.591, 2000 –58.125, 2010 – 69.890).
Assim, são cidades em evolução demográfica e territorial. Com o crescimento
demográfico destas cidades, os impactos ecológicos também crescem e as mudanças
ligadas ao alto consumo dos indivíduos, por melhores condições de vida, vêm gerando
1 UEA – Centro de Estudos Superiores de Parintins, Graduandas do curso de licenciatura em Geografia.
Email: ([email protected]; [email protected]; [email protected])
resíduos bem diferentes daqueles produzidos pelas cidades a vinte anos atrás. Devido
ao aumento do consumo de: embalagem descartáveis, produtos de beleza, de
eletrodomésticos entre outros, são responsáveis por alteração nas características dos
resíduos e consequente ônus ambiental. Necessitam ter um acompanhamento,
principalmente no que tange a produção de resíduos Sólidos que é um dos mais graves
problemas ambientais, pois envolve nosso lugar de moradia diretamente. Nenhuma
pessoa quer estar próxima a grandes lixões a céu aberto. Porém, não deixamos de ser
excessivamente consumistas. Neste sentido esta pesquisa tem como objetivo quantificar
e calcular a Pegada Ecológica da produção de resíduos sólidos em Manaus e Parintins.
Assim, para cada sistema urbano obteve-se o quantitativo de RS produzido em tonelada
em ordem decrescente Manaus (2002; 2014) e Parintins (2012; 2014) por ano de acordo
com Secretaria Municipal de Limpeza e Serviços Públicos (SEMULSP) e Secretaria
Municipal de Obras e Serviço Público (SEMOSP) 504.000 t (2002); 966.923 t (2014);
23.040 t (2012) 28. 800 (2014). Posteriormente, com esses dados obteve-se o cálculo da
PE que ao final é apresentado em Global Hectare (GHA). Seu resultado total per capita
demonstram a pressão do consumo e produção de resíduos sólidos da população na
capital de Manaus e para a cidade de Parintins. Comparando através do tempo e lugar.
Pois este, indicador se presta a comparações de tempo e lugar. Portanto espera-se que a
partir dessa sistematização, possam contribui para o acompanhamento dos impactos
ecológicos no Amazonas e também auxiliar os municípios na tomada de decisões de
políticas públicas, para construir estratégias e subsidiar ações preventivas que amenizem
os impactos ecológicos.
Palavras-chave: Pegada Ecológica; Resíduos Sólidos; Amazonas.
INTRODUÇÃO
Neste trabalho nosso estudo concentra-se em fazer a mensuração da Produção
de Resíduos Sólido através do indicador de Sustentabilidade Pegada Ecológica (PE), em
inglês Ecological Footprint method (EFM), criada por Ress e Wackernagel (1996),
pulicado em um livro “Our Ecological Footprint”, para nos ajudar a perceber o quanto
de recursos da Natureza utilizamos para sustentar nosso estilo de vida. Então nos
questionamos o que é Pegada Ecológica? Entende-se por Pegada Ecológica como o
espaço do meio Ambiente, que utilizamos para manter nosso estilo de vida. Ao
retiramos os recursos da natureza, casamos impactos em nosso Planeta.
Desse modo a PE quantificar o impacto desproporcional de centros urbanos,
representando a quantidade de áreas necessária para absorção de Gases de Efeito Estufa
(GEE) destes resíduos em GHA (Global em hectares). Assim, aplicação desse indicador
de sustentabilidade tem como pressuposto medir o grau de pressão exercida pelos
padrões de consumo em diferentes escalas, como uma cidade, responsável por grandes
impactos aos ecossistemas, sobretudo no que tange a produção de resíduos sólidos (RS).
Que é um dos mais graves problemas ambientais, por apresentarem gradientes
crescentes em decorrência da expansão da população, o aumento do consumo, causado
maior pressão ecológica sobre o ecossistema por esses Resíduos sobretudo.
O objetivo principal desta pesquisa foi demonstrar, quantificar e calcular a
pressão ecológica ou pegada ecológica da produção de resíduos sólidos em Manaus e
Parintins. Para isso se fez necessário, obter-se o quantitativo de RS para cada sistema
urbano, e por seguinte foi aplicado o método da Pegada Ecológica, necessária para
sistematização e acompanhamento dos impactos ecológicos da Zona Urbana de Manaus
e Parintins no estado do Amazonas. Posteriormente, com esses dados obteve-se o
cálculo da PE que ao final é apresentado em Global Hectare (GHA).
A partir dessa sistematização, espera-se que possam contribui para o
acompanhamento dos impactos ecológicos no Amazonas e também auxiliar os
municípios na tomada de decisões de políticas públicas, para construir estratégias e
subsidiar ações preventivas que amenizem os impactos ecológicos.
O trabalho está organizado da seguinte forma: metodologia, que trilharam os
objetivos proposto em todo o trabalho, para obtenção dos resultados. Por seguinte o
cálculo da pegada ecológica da produção de resíduos sólidos na Cidade de Manaus
e Parintins, por fim a considerações Finais.
METODOLOGIA
Está Pesquisa classifica-se como quantitativa, visto que utilizamos um
indicador de sustentabilidade, buscando dados que os representem para posteriormente
analisar os resultados obtidos, e por fim realizar a mensuração da sustentabilidade.
A técnica da pesquisa utilizada para a coleta dos dados, foi a partir de fontes
secundárias ou levantamento bibliográfico, que abrange toda bibliografia já tornada
pública em relação ao tema de estudo, monografias, tese, etc., (LAKATOS e
MARCONI, 2001). Portanto ressalta-se que não foi necessário, trabalhos de campo da
bolsista a estas cidades escolhidas, pois os dados encontrados, estavam presentes em
monografias (TCC, Dissertações e Teses), e disponibilizados pela SEMULSP2, no que
tange a geração de resíduos sólidos, institucionais (IBGE) dados da População.
O Método utilizado foi o da pegada ecológica propostos por Wackernagel e
Rees (1996). Definida pela WWF, (2013, p, 8) como uma “metodologia de
contabilidade ambiental que permite avaliar a demanda humana por recursos naturais
renováveis, com a capacidade regenerativa do planeta”. “Criado para nos ajudar a
perceber o quanto de recursos da Natureza utilizamos para sustentar nosso estilo de
vida” (WWF, 2007, p. 7) Desse modo a PE quantificar o impacto desproporcional de
centros urbanos, representando a quantidade de áreas necessária para absorção de Gases
de Efeito Estufa (GEE) destes resíduos em GHA (Global em hectares) e a
biocapacidade de carga que o planeta pode suporta.
2 Secretaria Municipal de Limpeza Pública - Semulsp é o órgão responsável pela gestão dos serviços de
Resíduos Sólidos e Limpeza Pública no Município de Manaus. Disponível em:
http://semulsp.manaus.am.gov.br/coleta-seletiva. Acesso dia: 27/10/2015.
Assim, o método representa a apropriação de uma determinada população
sobre a capacidade de carga total do sistema. Conforme pode ser observado na
ilustração a seguir (figura 1).
Figura 1: A dinâmica do Sistema Urbano e a sua dependência dos recursos naturais.
Fonte: adaptada aparte da literatura (2015).
Dessa forma, quanto maior o consumo de recursos e a geração de resíduos,
maior o tamanho da pegada para sustentar sistema. Isto é, maior a demanda por áreas de
terra para garantir a manutenção das atividades. Entretanto a definição de hectares ou
áreas necessárias para atender uma pessoa ou sistema populacional urbano, implica
considerar não apenas o número de indivíduos presentes, mas a dinâmica existente em
determinado sistema. (ANDRADE, 2006)
De acordo com as pesquisas, a capacidade de carga3, no nosso planeta é 51
bilhões de hectares, destes, somente 11,2 bilhões são áreas bioprodutivas. As terras
bioprodutivas estão divididas em 2,3 de áreas marítimas (recursos pesqueiros) e 8,8
bilhões de áreas de terras e estão distribuídos em duas: terrenos e consumo. (WWF,
2007) Conforme demonstra a figura 2 (A e B).
3 Conceito de capacidade de carga, também chamado de Biocapacidade, isto é, a quantidade de recursos
que o planeta pode oferecer como também a sua capacidade de absorver os resíduos gerados.
Figura 2: (A)Categoria Terrenos (B) Categoria de Consumo da Pegada Ecológica.
Fonte: Fig. A: Parente, (2007, p. 135); fig. B: Barros, (2014)
Na categoria de terrenos está subdivida em terra produtiva (pasto, cultivo,
floresta), mar produtivo, áreas de energia fóssil e área construída (urbanizada) e
biodiversidade. Na categoria de consumo, estão incluídos área construída, produtos
florestais, pesca, produtos animais, combustíveis fósseis e a produção de cultivos. Essas
categorias representam áreas em hectares que somadas resultam na pegada ecológica
total (PEREIRA, 2008, p. 44; BARROS, 2014, p. 30).
Como neste trabalho iremos calcular a área necessária para absorção de
resíduos sólidos urbano, utilizaremos o espaço ecológico do território de energia que
tem um fator de equivalência4 de 1,37 para transformação do resultado em global
hectare (GHA). É o espaço ecológico necessário para absorção de Gases de Efeito
Estufa (GEE), destes resíduos, para evita a concentração na atmosfera e o aquecimento
global. (Parente, 2007, p. 134). Para se efetuar o cálculo da Pegada Ecológica de
resíduos sólidos, exige obediência nas seguintes etapas metodológicas de acordo com os
passos utilizados no trabalho Andrade (2006, p. 137). Logo abaixo:
Figura 3: Etapas do cálculo da Pegada Ecológica
4 O Fator de Equivalência (Equivalence Factor): representa a produtividade média mundial de um
determinado espaço ecológico bioprodutivo, representado em Global Hectare (gha).
Fonte: adaptada por Orivane Souza, 2016. A partir dos passos de Andrade (2006)
CALCULO DA PEGADA ECOLÓGICA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NAS
CIDADES DE PARINTINS E MANAUS.
A cidade de Manaus e Parintins localizam-se as margens dos rios, Negro e
Amazonas, respectivamente. A Capital Manaus está a uma distância aproximada de
1700 km até a foz do Rio Amazonas, no Oceano Atlântico, e possui uma área territorial
de 11.401, 058 Km 2. O Município de Parintins está localizado a leste do Estado do
Amazonas a 369 km da capital Manaus em linha reta e 420 km por via fluvial e possui
uma área territorial de 5.952,30 km 2 (IBGE, 2010), equivalentes a 595.230 hectares, a
maior parte ambiente de várzea. A área urbana se estende por 396 hectares (Santos et al.
2013).
Quanto a população, apresenta um histórico significativo do crescimento
demográfico da população urbana nos últimos 20 anos na Capital em (1990 –
1.006.585, 2000 –1.396.768 ,2010 – 1.792.881), representando 52% da população
estadual. Constitui-se como a cidade mais populosa da Região Norte. Em seguida a
cidade de Parintins, com uma população total na zona urbana em (1990 – 41.591, 2000
–58.125, 2010 – 69.890). Assim, são cidades em evolução demográfica e territorial.
Logo, os impactos ecológicos também crescem e sobretudo no que tange a produção de
resíduos sólidos (RS). Que é um dos mais graves problemas ambientais, por
apresentarem gradientes crescentes em decorrência da expansão da população, ligadas
ao alto consumo dos indivíduos, por melhores condições de vida, gerando resíduos bem
diferentes daqueles produzidos pelas cidades a vinte anos atrás e consequente ônus
ambiental.
E não teve o acompanhamento da produção desse Resíduos, e muito menos da
mensuração desses impactos. Necessitam ter um acompanhamento, pois envolve nosso
lugar de moradia diretamente. Nenhuma pessoa quer estar próxima a grandes lixões a
céu aberto. Porém, não deixamos de ser excessivamente consumistas. A Produção de
resíduos gerados, nestes centros urbanos por dia, mês e ano é demonstra-se na (tabela
1).
Tabela 1: Geração de Resíduos em Manaus, Parintins, por dia, mês e ano.
Cidade Manaus (2002, 2014) Parintins (2011, 2013)
Coleta Dia Mês Ano Coleta Dia Mês Ano
2002 1.400 42.000 504.000 2012 65 1.950 23.040
2014 2.654, 5 79.635 966.923 2014 80 2.400 28.800
Fonte: Organizada pela autora com base nos dados coletados.
No decorrer deste ano de 2014, a SEMULSP, recolheu 966.923 toneladas de
resíduos sólidos da cidade de Manaus, um aumento de 2,4 % em relação ao ano de
2013. A média diária de 2014 chegou a 2.654,5 toneladas. Por dia, cada manauara
produziu em média 1,315 quilos de resíduos. Desse total de lixo produzido, 65,4% é
proveniente da modalidade de coleta domiciliar, com média de 1.738,2 toneladas por
dia. A coleta tirou das residências manauaras, em 2014, um total de 634.450,6
toneladas de lixo, incremento de 28.912 a mais de toneladas de resíduos sólidos em
relação a 2013 (acréscimo de 4,8%). Esta modalidade foi incrementada, com a
renovação em 50% da frota com 28 novos caminhões compactadores e uma vassoura
mecânica atuando no Centro de Manaus. Cada manauara produziu a taxa média diária
de 860 gramas de lixo doméstico.
De acordo com as pesquisas a geração de lixo em Parintins, onde obtiveram
dados do artigo e na dissertação de (CARDOSO FILHO 2014) junto a Secretaria
Municipal de Obras e Serviço Público (SEMOSP), que demonstrou uma produção
diária de lixo 65 a 75 toneladas por dia de resíduos sólidos (2012) e 80 toneladas (2014)
na cidade de Parintins. Observou-se que a maior parte dos resíduos gerados é
domiciliar, resíduos sólidos de limpeza pública, resíduos de serviços de saúde, resíduos
da construção civil e outros. Sendo que nos períodos de festividades na cidade, como: o
Festival Folclórico de Parintins ocorrido anualmente no último final de semana do mês
de junho, período de carnaval e no período de festas de fim de ano, verifica-se que a
geração de resíduos sólidos no município cresce vertiginosamente e atinge acima de 75
toneladas/dia, o que evidencia a elevação do consumo com a produção de resíduos na
cidade.
O resíduo sólido urbano produzido tem como destinação final a lixeira pública
da cidade, localizada em uma área urbana, situada à Av. Massaranduba, fronteiriço com
os bairros: Distrito Industrial, Paschoal Allágio, Dejard Vieira e está ao lado do Centro
de Estudos Superiores de Parintins – UEA, há mais de 20 anos (CARDOSO FILHO,
2014). A área ocupa uma superfície de 300 x 350 m, correspondente a 10,5 hectare, ao
lado da Universidade do Estado do Amazonas – UEA, em uma área residencial.
E não teve o acompanhamento da produção desse Resíduos, e muito menos da
mensuração desses impactos. São raros trabalhos de mensuração desses impactos
ecológicos, sobretudo na produção de resíduos sólidos nos centros urbanos do
Amazonas. Esse tipo de pesquisa faz-se necessárias para demonstrar, quantificar e
calcular a pressão ecológica ou pegada ecológica da produção de resíduos sólidos no
estado do Amazonas. Nesse sentido, faz-se a seguir o cálculo da pressão ecológica ou
pegada ecológica que ao final é apresentado em Global Hectare (GHA) da produção de
resíduos sólidos em Manaus e Parintins. Por meio de dados quantitativo de RS de cada
sistema urbano e da aplicação do indicador de sustentabilidade Pegada Ecológica,
necessária para sistematização e acompanhamento dos impactos ecológicos da Zona
Urbana de Manaus e Parintins no estado do Amazonas. O cálculo da pegada ecológica
da geração de resíduos sólidos por: dia, mês e ano da cidade de Manaus referente ao ano
de 2002 e 2014 e Parintins 2012 e 2014 pode ser verificado nas tabelas a seguir:
Pegada Ecológica: Resíduos Sólidos Dia Mês Ano
1- População (IBGE, 2000) 1.396.768 1.396.768 1.396.768
2- Geração resíduos em t/dia (DEMULP, 2002) 1.400 42.000 504.000
3- Geração RSU em Kg 1.400.000 42.000.000 504.000.000
Tabela 2: Calculo da PE: Resíduos Sólidos em Manaus, 2002
Fonte: organizado pelas autoras, 2016
Tabela 3: Calculo da PE: resíduos sólidos em Manaus, 2014
Fonte: organizado pelas autoras, 2016.
Tabela 4: Cálculo da pegada ecológica da produção em Parintins, 2012.
Fonte: organizado pelas autoras, 2016.
4- Emissão CO2 em Kg 466.666,66 14.000.000 168.000.000
5- Emissão de CO2 (t) 466,66 14.000 168.000
6- PE (ha) população Emissão CO2 466,66 14.000 168.000
7- PE (ha) Per capita Emissão CO2 0,000334 0.01002 0,1202
8- PE (ha) população CO2 e CH4 933.32 28.000 336.000
PE (ha) Per capita (CO2 e CH4 ) 0,000668 0.02004 0,2405
9- PE (gha) população (CO2 e CH4 ) 1.278,6484 20.437,95 460.320
PE (gha) per capita (CO2 e CH4 ) 0,000915 0,0146 0,3295
Pegada Ecológica: Resíduos Sólidos Dia Mês Ano
1- População (IBGE 2010) 1.792.881 1.792.881 1.792.881
2- Geração resíduos em t (SEMULSP, 2014) 2.654,5 79.635 966.923
3- Geração RSU em Kg 2.654.500 79.635.000 966.923.000
4- Emissão CO2 em Kg 884.833,33 26.545.000 322.307.666,7
5- Emissão de CO2 (t) 884,833 26.545 322.307,66
6- PE (ha) população Emissão CO2 884,833 26.545 322.307,66
7- PE (ha) Per capita Emissão CO2 0,000493 0,0148 0,1797
8- PE (ha) população CO2 e CH4 1.769,66 53.090 644.615,32
PE (ha) Per capita (CO2 e CH4 ) 0,000987 0,0296 0,359
9- PE (gha) população (CO2 e CH4 ) 3.539,32 72.733,3 470.522,13
PE (gha) per capita (CO2 e CH4 ) 0,000197 0,0405 0,2624
Pegada Ecológica: Resíduos Sólidos Dia Mês Ano
1- População (IBGE, 2010) 69.890 69.890 69.890
2- Geração resíduos em t (CARDOSO FILHO, 2012) 65 1950 23.400
3- Geração RSU em Kg 65.000 1.950.000 23.400.000
4- Emissão CO2 em Kg 21.666,66 650.000 7.800.000
5- Emissão de CO2 (t) 21,666 650 7.800
6- PE (ha) população Emissão CO2 21,666 650 7.800
7- PE (ha) Per capita Emissão CO2 0,000310 0,00930 0,1116
8- PE (ha) população CO2 e CH4 43,333 1.300 15.600
PE (ha) Per capita (CO2 e CH4) 0,000620 0,0186 0,2232
9- PE (gha) população (CO2 e CH4) 59,364 1.781 21.372
PE (gha) per capita (CO2 e CH4) 0,000849 0,0254 0,3057
Pegada Ecológica: Resíduos Sólidos Dia Mês Ano
1- População (IBGE, 2010) 69.890 69.890 69.890
2- Geração resíduos em t (CARDOSO FILHO, 2014) 80 2.400 28.800
3- Geração RSU em Kg 80.000 2.400.000 28.800.000
4- Emissão CO2 em Kg 26.666,66 800.000 9.600.000
Tabela 5: Cálculo da pegada ecológica da produção em Parintins, 2014.
Fonte: organizado pelas autoras, 2016.
O resultado final apresentado em Global Hectare (gha) é a pegada ecológica.
Seus resultados per capita e total demonstram a pressão do consumo e produção de
resíduos sólidos da população na capital de Manaus e para a cidade de Parintins. Após a
obtenção dos resultados, este indicador PE, permite a comparações de tempo e lugar.
Entretanto, faz-se a segui somente a comparação através do tempo destas. Destacamos
que, quanto maior o consumo de recursos e a geração de resíduos, maior o tamanho da
pegada para sustentar sistema. Isto é, maior a demanda por áreas de terra para garantir a
manutenção das atividades.
Nesse contexto a Pegada ecológica, neste trabalho demonstra a quantidade da
emissão CO2+CH4 na Atmosfera e calcula área territorial necessário para absorção de
Gases de Efeito Estufa (GEE), destes resíduos, para evita a concentração na atmosfera e
o aquecimento Global, através do fator de equivalência 1,37 do espaço ecológico do
território de energia. Transformando em GHA.
Segundo o IBGE (2000) a área urbana de Manaus estende-se por 37.700
hectares e tinha uma população de 1.396.768 habitantes com uma área per capita de
0,0269 de hectares. Em Parintins a área urbana corresponde a 0,066% (396 ha) do total,
com uma população de 69.890 do total municipal com área per capita (hectare)
disponibilidade de 0,00566 hectares por habitante (SANTOS, 2013). Nesse sentido,
mesmo com o aumento da produção de resíduos sólidos, os resultado obtidos em Gha
para absorção deste, não ultrapassam os hectares disponíveis para cada habitante por
dia.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
5- Emissão de CO2 (t) 26,66 800 9.600
6- PE (ha) população Emissão CO2 26,66 800 9.600
7- PE (ha) Per capita Emissão CO2 0,0003815 0,0114 0,137
8- PE (ha) população CO2 e CH4 53,32 1.600 19.200
PE (ha) Per capita (CO2 e CH4) 0,000763 0,0228 0,2747
9- PE (gha) população (CO2 e CH4) 73,048 2.192 26.304
PE (gha) per capita (CO2 e CH4) 0,001045 0,0313 0,3763
Com o crescimento demográfico das cidades, os impactos ecológicos também
crescem. Principalmente pelas mudanças de paradigmas ao longo dos anos, em que a
sociedade vai estabelecendo outras formas de vida, e por seguinte, surge novas
necessidades, ligadas ao alto consumo dos indivíduos, e a produção. Alterando as
características dos resíduos, consequentemente aumentando a pressão ecológica sobre
os ecossistemas, sobretudo amazônico. E necessitam ter um acompanhamento. É nesse
sentido, essa pesquisa buscou fazer a mensuração dos impactos ecológicos, da produção
de resíduos sólidos nos centros urbanos de Parintins. Que causam grandes impactos aos
ecossistemas.
Como bem sabemos, as questões, referente a produção de resíduos, depende
tanto das políticas públicas como das ações comunitárias como o todo, até mesmo
porque todos são responsáveis pela produção e geração deste, afetando nosso lugar de
moradia diretamente, entretanto nenhuma pessoa quer estar próxima a grandes lixões a
céu aberto. Entretanto, não deixamos de ser excessivamente consumistas, resultando na
formação de lixeiras em lugares não apropriados, havendo controvérsias em relação ao
espaço urbano com animais e a população.
O cálculo da pegada ecológica dos resíduos sólidos urbanos, realizado em dois
maiores centros urbanos, do Amazonas: Manaus (2000 e 2014) e Parintins (2012 e
2013), representa um impacto negativo sofridos pelo ecossistema. Os referidos impactos
estão relacionados a contaminação dos solos, lençol freático, diversas tipos de doenças,
principalmente, a concentração da emissão de CO2 (dióxido de carbono) e CH4
(metano) na atmosfera e contribuindo com aquecimento Global. São raros os trabalhos
de mensuração desses impactos ecológicos, sobretudo na produção de resíduos sólidos
nos centros urbanos do Amazonas. E pode ser realizado em outros centros Urbanos da
Amazônia, necessárias para demonstrar, quantificar e calcular a pressão ecológica ou
pegada ecológica da produção de resíduos sólidos no estado do Amazonas.
Contribuindo na tomada de melhores decisões por meio das políticas públicas, para
construir estratégias e panoramas futuros.
REFERENCIAS
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