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Seminário apresenta soluções criativas de engenharia em estruturas e fundações

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3revista notícias da construção / setembro 2014

Dose certa

É preferível um ajuste forte na economia preservando os investimentos produtivos

e D i t o r i a l

Há um consenso entre economistas de que um forte ajuste precisará ser adotado no câmbio, nas contas públicas e nos preços de combustíveis e energia.

Entretanto, devido aos impactos infla-cionários e recessivos, inevitáveis quando esse tipo de ajuste ocorre, uma corrente defende que ele aconteça ao longo dos próxi-mos quatro anos, para desta forma amenizar o elevado custo social.

Outra corrente aposta que se o ajuste for feito de uma vez em 2015, ele terá forte impacto inicial, mas propiciará as condições para o crescimento sustentado da economia nos anos seguintes.

O crescimento da economia que se sucedeu a ajustes semelhantes feitos de uma vez no passado certamente é preferível a pa-decermos mais quatro anos neste cenário de atividade econômica e confiança empresarial em baixa, com inflação crônica batendo no teto da meta.

Assim, é preferível um ajuste único, cortante e recessivo. Entretanto, será preciso cuidar também para que ele tenha a maior brevidade possível.

Não podemos repetir o equívoco de tempos atrás, quando a inflação já havia ce-dido ante a escalada da taxa básica de juros e esta ainda foi mantida excessivamente alta por um longo período.

Também será necessário atacar outras causas estruturais da inflação, como a oferta exígua e a logística deficiente. Devemos manter os investimentos em infraestrutura e facilitar o crédito para ampliação da capaci-

dade produtiva e da oferta de bens e serviços.No caso da construção, as medidas para

fomentar a produtividade são urgentes. Entre elas, figuram o fim da elevada tributação que inibe a industrialização dos processos cons-trutivos e a ampliação das ações de formação de mão de obra especializada.

Em meio a um ajuste profundo, de-terminados setores da economia deveriam ser estimulados para que gerem renda e emprego. É o caso, por exemplo, do turismo. Em regiões como o Nordeste já temos uma boa infraestrutura aeroportuária. Mas uma passagem para Ilhéus às vezes custa mais do que para Miami. Uma revisão da estrutura-ção tarifária poderia baratear as passagens internas e garantir um fluxo contínuo de tu-ristas, fortalecendo as economias regionais.

Por último, será preciso fazer escolhas. O gasto não financeiro da União, excluindo as transferências aos Estados e municípios, era de 14,5% em 1999. Foi crescendo e pode

ser que atinja 19,5% do PIB em 2014.

Na impossibilidade de novos aumentos da já exagerada carga tributária, restará ao próximo gover-no escolher quais progra-

mas e setores seguirá subsidiando e quais terão os subsídios reduzidos ou cortados.

Precisaremos preservar os recursos ne-cessários ao prosseguimento de programas como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida, bem como aqueles destinados ao BNDES para financiamento do aumento da capacida-de produtiva e para a aquisição de máquinas e equipamentos.

Não há ajuste indolor, mas certamente o paciente se recuperará mais rapidamente se os investimentos e subsídios direcionados à produção e ao aumento da produtividade forem preservados.

josé romeuferraz neto é presidente do sindusCon-sP,vice-presidente da CBIC e conselheiro da fiabci-Brasil e da adit

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

Page 4: Gestão de Desafios

4 revista notícias da construção / setembro 2014

resPonsaBILIDaDe soCIaL ..................... 34• Nova febre deve ser notificada• Seconci-SP estreita relação com SindusCon-SP• Ações de saúde prosseguem nos canteiros

reGIonaIs ............................................... 33• Santos recebe deputado Bruno Covas• Rio Preto reforça ações de SST• Prudente inicia Elevação da Escolaridade• Perego assume diretoria de Prudente• Bauru: nova diretoria continuará projetos• Entidades se unem em Campinas• Mogi investe em treinamento de NR-35• Sorocaba define planejamento

trIButos ............................................... 46• Empresa de engenharia poderá optar por Simples

QuaLIDaDe .............................................. 10• Industrialização requer capacitação e planejamento• Assistência técnica: reforma exige atenção

HaBItaÇÃo .............................................. 16• Sindicato cobra mais transparência• Candidaturas expõem os seus planos

meIo amBIente ....................................... 18• Sigor é apresentado para arquitetos• Novidades em todos os segmentos

sInDusCon-sP em aÇÃo .......................... 20• Segurança jurídica terá ações conjuntas• Diretores das Regionais são nomeados• Falcão Bauer integra órgão de acessibilidade• Prefeitura apresenta política habitacional

reLaÇÕes CaPItaL-traBaLHo ................. 22• Fórum internacional discutirá SST• Colaboradores vão à Megasipat

Insumos ................................................. 30• Concrete deu show de tecnologia

C a p aPRECISÃO, SERIEDADE E PPPVIABILIZAM MEGAOBRA NO JAPÃO .....6• Ferraz Neto reafirma compromisso com qualidade• Vencendo desafio no coração da Paulista• Na fundação, todo cuidado é pouco

c o l u n i s t a s

CorreÇÃoO 7º Seminário Legalização de Empreendimentos Imobiliários no Município de São Paulo, que se realizaria de 23 a 24 de setembro, foi adiado para 4 e 5 de novembro. A informação chegou à Redação após a impressão da edição 136. Com o adiamento, os palestrantes servidores da Prefeitura terão mais tempo para conhecer o novo Plano Diretor que irá orientar o mercado imobiliário pelos próximos 16 anos.

esCreva Para esta seÇÃoe-mail: [email protected]: R. Dona Veridiana 55, 2º andar, 01238-010, São Paulo-SP

v o z D o l e i t o r

s u m á r i o

Conjuntura | Robson Gonçalves .............................5

Imobiliário | RicaRdo PeReiRa leite ........................14

empreendedorismo | Hamilton Pozo ...................26

Gestão empresarial | maRia anGelica l. PedReti ......28

segurança do trabalho | José caRlos de a. samPaio ...32

saúde | claudia nakamuRa ...................................36

soluções Inovadoras | simone nakamoto taninaGa

e luciano zanella ................48

jurídico | Renato Romano FilHo .............................50

“O papel desta revista foi feito commadeira de florestas certificadas FSC

e de outras fontes controladas.”

PresidenteJosé Romeu Ferraz Neto

Vice-PresidentesEduardo Carlos Rodrigues NogueiraEduardo May ZaidanFrancisco Antunes de Vasconcellos NetoHaruo IshikawaJorge BatlouniLuiz Antônio MessiasLuiz Claudio Minnitti AmorosoMaristela Alves Lima HondaMaurício Linn BianchiOdair Garcia SenraPaulo Rogério Luongo SanchezRoberto José Falcão BauerRonaldo Cury de Capua

Diretores Das regionaisElias Stefan Junior (Sorocaba)Fernando Paoliello Junqueira (Ribeirão Preto)Germano Hernandes Filho (São José do Rio Preto)Márcio Benvenutti (Campinas)Mario Cézar de Barros (São José dos Campos)Paulo Edmundo Perego (Presidente Prudente)Ricardo Aragão Rocha Faria (Bauru)Ricardo Beschizza (Santos)Sergio Ferreira dos Santos (Santo André)

representantes junto à FiespEduardo Ribeiro Capobianco, Sergio PortoCristiano Goldstein, João Claudio Robusti

assessoria De imprensaRafael Marko - (11) 3334-5662Nathalia Barboza - (11) 3334-5647Fabiana Holtz - (11) 3334-5701

Conselho eDitorialDelfino Teixeira de Freitas, Eduardo May Zaidan, José Romeu Ferraz Neto, Maurício Linn Bianchi, Francisco Antunes de Vasconcellos Neto, Odair Senra, Salvador Benevides, Sergio Porto

eDitor responsávelRafael Marko

redaÇÃoNathalia Barboza e Fabiana Holtz (São Paulo) com colaboração das Regionais: Ester Mendonça (São José do Rio Preto); Giselda Braz (Santos); Geraldo Gomes e Maycon Morano (Presidente Prudente); Enio Machado e Camila Garcêz (São José dos Campos); Marcio Javaroni (Ribeirão Preto); Ana Diniz e Simone Marquetto (Sorocaba); Sueli Osório (Santo André); Vilma Gasques (Campinas).Secretaria: Antonia Matos

arte e DiagramaçãoMarcelo da Costa Freitas/Chefe de Arte

puBliCiDaDeVanessa Dupont - (11) 3334-5627Pedro Dias Lima - (11) 9212-0312Vando Barbosa - (11) 99614-2513André Maia - (21) 99468-4171Nayara Aquino - (11) 3334-5659

endereÇoR. Dona Veridiana, 55, CEP 01238-010, São Paulo-SP

Central de relacionamento sindusCon-sp(11) 3334-5600

Ctp/ impressão: Pancrom Indústria Gráfica

tiragem desta edição: 13.000 exemplares

opiniões dos colaboradores não refletem necessariamente posições do sindusCon-spnoticias@sindusconsp.com.brwww.sindusconsp.com.brfacebook.com/sindusconsptwitter.com/sindusconspyoutube.com/sindusconspmkt

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5revista notícias da construção / setembro 2014

roBson GonÇaLves é professor dos mBas da fGv e consultor da fGv Projetos

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

Um dos termos do economês que os alu-nos mais escutam na graduação em Economia é “vetor de preços relativos”. Como quase tudo nessa língua estranha, trata-se de algo simples, dito de forma sofisticada, talvez só para impressionar os leigos.

O vetor nada mais é do que a relação entre os preços dos diversos bens e serviços. Assim, por exemplo, eu sei que um litro de ga-solina custa mais ou menos o mesmo que uma passagem de metrô na cidade de São Paulo. Já a escola da minha filha tem um preço mensal próximo ao plano de saúde familiar.

Como quase tudo em Economia, o vetor é uma coisa viva. Muda dia a dia e é diferente de país para país. Assim, sabemos que na Flórida a relação entre os preços das roupas e os dos chocolates de grife é bem diferente daquela que vigora no Brasil. Comprar rou-pas aqui exige uma quantidade grande de chocolates finos!

Esse é um conceito tão importante que os economistas sempre se perguntam se não há desequilíbrios no vetor de preços relativos. E na atualidade brasileira, esse é um fato evidente. A taxa de câmbio, por exemplo, estabelece a relação de preços entre importados e produtos nacionais. Quando essa relação é muito desfavorável ao que se produz aqui dentro, as importações crescem. No caso brasileiro, seria possível compensar esse movimento com ganhos de eficiência e produtividade. Mas essa não tem sido a regra.

Os salários são outro preço importan-te no tal vetor. Quando o valor de hora de

trabalho aumenta frente aos preços dos pró-prios bens produzidos, caso as empresas não aumentem sua produtividade, os ganhos dos trabalhadores ocorrem às custas da menor lucratividade das empresas.

E ainda temos o preço da energia e dos combustíveis, sabidamente defasados pelos represamentos dos últimos anos, fato que tem custado caro ao Tesouro Nacional.

Tudo isso junto vai exigir do próximo governo ações para colocar no lugar os preços relativos, corrigindo estas e outras distor-ções. Mas então, o que esperar? Bem... Não há correções indolores de preços relativos, infelizmente.

Câmbio e preços de combustíveis e energia mais altos. Esse é o cenário mais provável para 2015. Consequências? De um lado, obviamente, mais pressão inflacionária. Caso os preços dos alimentos se comportem bem ao longo do próximo ano, pode ser que

uma coisa compense a outra e a alta de pre-ços possa ser contida. Mas se isso não acon-tecer, a inflação que já vem beirando o limite superior da meta po-

derá se aproximar de patamares elevados para o padrão dos últimos anos. Talvez 8%, talvez 9%. Se o mercado de trabalho esfriar um pouco, certamente haverá alguma corrosão salarial. E o Bacen será obrigado a elevar a Selic para evitar o descontrole inflacionário.

Não é um cenário cor de rosa. É um mal necessário. O ajuste que nos espera no ano que vem não será indolor. Mas é melhor colocar os preços relativos no lugar o quanto antes, pavimentando a estrada para a retoma-da mais sustentada do crescimento a partir de 2016, com menos inflação e menor pressão sobre as contas públicas.

realinhar preços

crescimento sustentado só depoisde ajustes dolorosos e inevitáveis

c o n j u n t u r a

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6 revista notícias da construção / setembro 2014

c a p a

no japão, precisão, seriedade e pppviabilizam megaobra

Nathalia BarBoza

Modelo icônico de megaempreendi-mento realizado por meio de uma parceria público-privada (PPP) de sucesso, o Torano-mon Hills foi o grande destaque do 18º Se-minário Tecnologia de Estruturas. O evento do SindusCon-SP reuniu em agosto mais de 250 participantes em São Paulo.

Inaugurado há 3 meses, o Toranomon Hills mudou a paisagem de Minato City, área central de Tóquio (Japão), ao finalmente possibilitar a execução do Anel Viário 2, esquecido há 60 anos pelo governo local.

O problema é que a paciência oriental precisava vencer mais um grande desafio: este foi, curiosamente, o caso de um edifício projetado e erguido com a finalidade de via-bilizar um anel viário, e não o contrário, con-forme explicou em sua palestra Masayoshi Yuge, diretor da Mori Building Corporation, empresa vencedora da licitação.

Yuge explicou que, em torno do palácio

imperial japonês, Tóquio seria cortada por oito anéis viários. Este, em Minato City, era o de número 2, mas não estava completo. “Era necessário despender um grande volu-me de dinheiro e tempo na compra de terre-nos dos moradores. Uma mudança de uma lei local permitiu finalmente construir uma via expressa e prédios, em níveis diferentes, no mesmo espaço”, disse.

A partir disto, o governo metropolitano de Tóquio definiu o traçado do Anel Viário 2 com duas pistas: uma na superfície e outra em um túnel, “que não rasga a cidade e nem incomoda a vizinhança” por passar exatamente embaixo do edifício. E este (de

parceria possibilitou execução do último

anel viário que faltavana capital tóquio

Segundo Yuge, o projeto no centro de tóquio permitiu requalificar Minato City, o que incluiu um pacote de soluções sustentáveis para enfrentar as ilhas de calor típicas da capital japonesa

Fotos: Alexandre Ondir

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7revista notícias da construção / setembro 2014

uso misto, com hotel e áreas corporativas de salas e comércio e residenciais) viabilizou o pagamento das 30 desapropriações, pagas em permuta por unidades novas.

“O recurso de desapropriação, portanto, veio da outorga de áreas adicionais para construção vertical da empresa vendedora da licitação. No final, o coeficiente de aprovei-tamento foi de 11,5 vezes a área do terreno. Já o anel viário e a revitalização do entorno foram bancados pelo governo metropolita-no”, apontou Sussumu Niyama, diretor da Tecnum Construtora, integrante do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) do SindusCon-SP. “Mesmo assim, ainda será preciso mais uns 10 ou 20 anos para finalizar todo o projeto do anel viário”, relatou Yuge.

Terremoto e cidade verdeA construção do Toranomon Hills

começou em 2011 e foi completada em junho de 2014. “A fundação foi feita pelo método invertido das estacas escavadas. Na construção (metálica), constrói-se primeiro o piso térreo; depois, a obra segue para cima e para baixo ao mesmo tempo, acelerando muito a execução. No Toranomon Hills, o cronograma foi reduzido em sete meses.”

O design da fachada é um pouco cur-vado, para combinar com a forma que a via expressa tem.

Yuge explicou também como funciona o sistema de monitoramento de terremotos, a partir do aviso da onda rápida (onda P). O Toranomon tem três tipos de amortecedores, que trabalham para impedir danos à estrutura em sismos de até grau 7 na escala Richter –há amortecedores de óleo (também funcio-nam para reduzir o impacto dos ventos), de freio e deformáveis (absorvem e dissipam a energia sísmica). Um isolante de borracha na via evita impactos ao prédio. “Mesmo que haja um acidente grave na estrada, os usuá-rios do edifício não vão sentir”, contou Yuge.

Ele afirmou ainda que, desde o início, a ideia da Mori era promover a requalificação de Minato City, valendo-se do modelo de “cidade vertical verde”, da qual a empresa

é entusiasta.A Mori tem vários prédios construídos

nesta porção da capital japonesa. O Rop-pongi Hills, de 2003, por exemplo, abriga a sede da Mori e leva a sério o conceito de sustentabilidade. “As ilhas de calor são o grande problema de Tóquio. Temos dado nossa contribuição para mitigar isto”, afir-mou Yuge. “Plantamos diversas espécies no terraço e oferecemos educação ambiental; criamos um sistema que divide bem deta-lhadamente o lixo, separando até o jornal das revistas e de papel impresso.”

O cuidado, explicou Yuge, é com a qualidade do verde da região e não só com a quantidade de plantas ao redor. “Guarda-mos a terra de escavação e a reutilizamos na jardinagem”, disse.

Compromisso com a qualidadeO compromisso de “incentivar incondicionalmente” as

ações que objetivem melhorar a qualidade das obras foi rea-firmado pelo presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, na abertura do Seminário de Estruturas. “O trabalho do SindusCon-SP em favor da qualidade será sempre o nosso objetivo”, completou.

Paulo Sanchez, vice-presidente de Tecnologia e Qualidade, destacou o trabalho contínuo do CTQ para capacitar as empre-sas em aperfeiçoamentos tecnológicos, por meio dos seminá-rios realizados anualmente pelo sindicato, e de outras ações. “O Seminário de Estruturas está consolidado para melhorar o nível tecnológico e a qualidade das nossas empresas”, disse.

Jorge Batlouni Neto, que divide a vice-presidência com Sanchez, ressaltou a qualidade das palestras de alguns dos maiores especialistas em estruturas e fundações. “Nosso esforço é contra o excesso de patologias”, destacou.

Maria angélica Covello Silva, coordenadora técnica do evento, ao lado do s vice-presidentes Francisco

Vasconcellos, Jorge Batlouni e Paulo Sanchez

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8 revista notícias da construção / setembro 2014

capa

Desafio no coração da PaulistaAs dificuldades logísticas para entrega

do material no canteiro do complexo Torre Matarazzo e Shopping Cidade São Paulo são evidentes: a obra consumirá 44.900 m³ de concreto, a serem transportados por 5.900 betoneiras, e mais 4.700 toneladas de aço, movimentadas por 270 carretas pelo terreno que fica no quarteirão da avenida Paulista em confluência com as ruas Pam-plona e São Carlos do Pinhal.

Segundo o consultor e professor da Poli-USP Ricardo Leopoldo e Silva Fran-ça, inicialmente o desafio era uma torre de 185,3 metros de altura (ou 6 vezes a área do terreno). Por restrições legais, a área corpo-rativa perdeu espaço e o empreendimento ficou com 60 metros a menos.

Até as árvores que precisavam ser mantidas no terreno provocaram um pro-blema ao dificultar a movimentação das grandes peças de aço no canteiro, lembrou o engenheiro civil Luiz Antonio Nascimento Maria, diretor da Método Engenharia res-ponsável técnico pela obra.

Faseamento da obraA solução, comentou, em sua palestra

no Seminário de Estruturas, foi planejar minuciosamente o faseamento da obra. “O shopping foi dividido por tipologia do projeto estrutural (são três: reticulado com vigas protendidas, laje plana com vigas e reticulado com vigas de concreto armado), em setores independentes. Assim pudemos otimizar a equipe de montagem e ter uma melhor supervisão da execução”, disse.

Os pátios de carga e descarga foram modificados, reduzindo de 32 para 6 minu-tos o processo de manobra das betoneiras. “O controle da produtividade foi feito em planos independentes, para cada setor: são de 4 a 15 dias por pavimento no shopping, analisando as atividades críticas e a remo-ção de restrições”, contou o diretor.

A escolha ade-quada do cimbramen-to que reduzisse a car-ga total também foi fundamental na obra. “Menos peso significa menor quantidade de peças e mais velocida-de de execução. Tive-mos 25% de redução no consumo de mão de obra, mais previsi-bilidade nos ciclos e melhor acabamento”, revelou o executivo.

A solução de en-genharia encontrada para o cim-bramento das estruturas do cinema do shopping, com pilares solteiros de 12 m de pé direito, foi o uso de plataformas intermediárias de montagem em duas etapas. A escolha encurtou prazo e custo, afirmou Luiz Antonio Maria. Foram utilizadas 600 toneladas de material de cimbramento no cinema e mais 480 no lobby de 24 metros de altura.

A partir do segundo pavimento, a Mé-todo usou os sistemas Alumills e Sistema Deck, da Mills. “Custaram mais. A econo-mia veio no prazo de execução.”

Outra atividade crítica, disse Maria, foi a de armação de pilares: havia-se decidido pelos pilares-parede modulados para voo, inicialmente montados na própria obra. Depois, as peças foram etiquetadas e trans-portadas para a obra.

A execução de cerca de 10 mil m² de paredes-diafragma marcou a primeira fase das obras de infraestrutura e as concreta-gens quase diárias chegavam a 500 m³ por dia, exigindo a adoção de cura química pela aplicação de película.

Faseamento da obra em região de restrição de transporte em São Paulo foi o grande desafio para Luiz antonio Maria (no alto); já ricardo França destacou as restrições de zoneamento, que “roubaram” 60 metros do projeto inicial

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9revista notícias da construção / setembro 2014

na fundação, todo cuidado é pouco

O rigoroso controle tecnológico das fundações é a arma mais eficiente contra as principais patologias que se apresentam nas obras. Segundo Ivan de Oliveira Joppert Jr., professor do Mackenzie e diretor da Infraestrutura Engenharia, “sondagens er-radas, erros conceituais de projeto e vícios executivos podem acarretar custos diretos e indiretos elevadíssimos, desde reforços e recuperação estrutural até ações jurídicas de consequências imensuráveis”. Isto tudo apesar de o preço das fundações de um edifício não passar de 7% do custo total do empreendimento.

Por isso, o especialista defendeu no Se-minário de Estruturas o planejamento minu-cioso das fundações. “A sua execução deverá ser precedida de um projeto específico, que inclua sondagens para reconhecimento do subsolo, análise da implantação arquitetôni-ca e dos carregamentos do empreendimento, além do controle através de uma vistoria de execução por um engenheiro independente e da realização de provas de carga para verificação do seu desempenho. É preciso verificar as sondagens e a homogeneidade do solo abaixo do apoio, se há a necessidade de escavações mais profundas ou de adoção de tensões admissíveis, certificar-se sobre a dimensão correta das sapatas e as interfe-rências com taludes existentes”, enumerou.

“Para se estimar a tensão admissível do solo é comum o uso de fórmulas empíricas relacionadas ao resultado de ensaios de campo e fórmulas que calculam a tensão de ruptura da sapata usando a resistência ao ci-salhamento do solo de apoio”, recomendou.

Em um projeto de fundações em estacas dever ser verificado alguns itens: viabilidade executiva da solução adotada, analisando-se os aspectos geotécnicos, acessos de equipa-mentos, logística e as condições dos prédios

vizinhos; cálculo da resistência das estacas; se a quan-tidade destas ado-tadas em cada pilar é compatível com a resistência cal-culada; a distância mínima entre elas; a coincidên-cia do centro de estaqueamento com o centro de gravidade ou de força dos pilares; o detalhe estrutural (armação e resistên-cia do concreto); e a verificação de interferências com taludes provisórios.

Lucro ou prejuízoO projetista e consultor

em geotecnia Urbano Rodri-guez Alonso externou sua preocupação com a contratação de obras de fundações. “O cara que faz não decide se vai haver lucro ou prejuízo... Isto é consequência do que você contrata!”, opinou.

Ele defendeu que o contratante precisa saber quem é seu parceiro, por considerar fundamental saber a qualidade da empresa a ser contratada. “Não vá pela aparência; vá pela referência”, ensinou. Segundo ele, os trabalhadores precisam ser treinados não só a operar bem o equipamento, mas sobretudo têm de saber como se faz a estaca. “Isto é um serviço, não um produto. Se contratar errado, o produto será uma porcaria!”, enfatizou.

Alonso ainda deu detalhes sobre o controle de execução de estacas e apontou o início da concretagem como pior problema hoje em hélice contínua. “Se não se segurar o trado para que este concreto se mantenha em contato com o solo natural, a estaca vai ficar sem ponta”, justificou.

Para ivan Joppert (no alto), erros em fundações têm consequências imensuráveis; segundo Urbano alonzo, além do controle tecnológico, a escolha da prestadora do serviço também é fundamental

Page 10: Gestão de Desafios

10 revista notícias da construção / setembro 2014

q u a l i D a D e

industrialização requercapacitação e planejamento

Durante seminário da Abcic sobre so-luções industrializadas para o segmento de estruturas de concreto, realizado na Concrete Show, o engenheiro Jorge Batlouni Neto, vice-presidente de Tecnologia, Qualidade e Meio Ambiente do SindusCon-SP, enfatizou a importância do treinamento intensivo da mão de obra.

“Isso vai além da padronização, coorde-nação modular e mecanização. É preciso ter uma equipe bem preparada”, ponderou. Se-gundo ele, a preocupação com a capacitação é ainda mais importante quando se trabalha com produtos pré-fabricados. Como exem-plo, Batlouni citou treinamento específico para içamento (rigging), imprescindível na montagem de peças pesadas.

Ao refletir sobre as necessidades e desafios implícitos no processo de indus-trialização, Batlouni apresentou a ques-tão do ponto de vista de quem constrói. “Temos de levar em consideração que estamos em outro patamar de produção. O cenário mudou: a produção aumentou consideravelmente e a produtividade não acompanhou”, afirmou.

A produção de cimento, por exemplo, saltou de 34,4 milhões em 2004 para 70,2 milhões de toneladas em 2013, enquanto a de aço vergalhão passou de 2,7 milhões para 4,4 milhões de toneladas no mesmo período.

Mais produtividadeDe acordo com Batlouni, conseguir um

aumento real da produtividade é a grande questão do momento. Para tanto, o engenhei-ro recomenda que os empresários tenham respondidas algumas perguntas ainda na fase de projeto. “São questões fundamentais sobre melhora de qualidade e desempenho, redução de custo, prazo, aumento de produ-tividade, melhora da segurança na execução, diminuição das patologias e do custo de assistência técnica e sustentabilidade. São decisões que devem ser tomadas na fase de projeto”, afirmou.

O engenheiro ponderou ainda que o funcionário demora para absorver quais são os riscos e agir de forma preventiva. “Desen-volver a cultura de montagem demora um tempo”, acrescentou.

Entre as vantagens de se industrializar o método construtivo, no caso dos insumos pré-moldados, o vice-presidente citou ainda o melhor controle no consumo de materiais e a diminuição da variabilidade do processo. “Com peças nas dimensões corretas não se corre o risco de ajustes ou improvisações.”

(Fabiana Holtz)

para sinduscon-sp, os pré-fabricados demandam uma

equipe preparada

Batlouni chama a atenção para a necessidade de capacitação no caso de produtos pré-fabricados

Page 11: Gestão de Desafios

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Page 12: Gestão de Desafios

12 revista notícias da construção / setembro 2014

qualiDaDe

assistência técnica: reforma exige atenção

Se a entrada em vigor neste ano da Nor-ma de Reformas (NBR 16.280) não afetou completamente o trabalho interno das áreas de Assistência Técnica das construtoras, por deixar na mão do síndico e do proprietário a responsabilidade por uma intervenção sem anuência de um responsável técnico, pelo menos passou a exigir mais atenção.

Agora, o setor terá de redobrar esforços em relação a reformas não informadas pelo síndico ou condômino. Isto porque não há só a reforma que afeta a segurança estrutural. Há também as que comprometem a manu-tenção definida pela construtora.

Segundo Maurício Ito, diretor da Unida-de de Qualidade e Processos do CTE (Centro de Tecnologia de Edificações), “com certeza a atuação da área será diferente. Ela terá de adaptar-se às solicitações dos síndicos e dar as respostas corretas. Por isso é fundamental que conheça a fundo a norma, para não só distinguir se o questionamento é pertinente como também negar os pedidos de interven-ção perigosa”. Ele conta que as construtoras atendidas pela consultoria já relataram dois pedidos de análise que, no fim, não configu-ravam reformas estruturais. “A área pontuou que a garantia do serviço entregue venceria a partir da execução da mudança”, explica.

Uma das ações possíveis, conta Re-nato Genioli Jr., conselheiro consultivo do SindusCon-SP e membro do Comitê de Tecnologia e Qualidade, é assumir uma atitude proativa e entregar aos síndicos uma descrição da NBR 16.280, alertando-os da responsabilidade que recai sobre eles. “Es-tamos fazendo isso. Explicamos que uma reforma só pode ser feita com a assinatura de um responsável técnico, com contrato assinado e ART emitida. Assim eles ficam

resguardados.”Segundo Ito,

a norma exige que as construtoras se-jam consultadas e informadas quan-do houver uma re-forma que possa afetar a segurança estrutural da cons-trução ou do entor-no. “A construtora poderá cobrar pelo serviço a mais de análise, caso o prédio esteja fora da garan-tia”, diz. “Se passar da garantia, o próprio condomínio deve contratar outro responsável técnico.”

Ito lembra ainda que a norma está inti-mamente ligada à NBR 5.674 (Manutenção de Edificações). Por isso, o responsável técnico tem de ponderar o reflexo que certa mudança terá no plano de manutenção da construtora que, por sua vez, precisa ficar alerta para não assumir uma responsabili-dade que não é mais dela”, alerta.

Produção de documentosSegundo Delton Quadros, consultor de

Produto do software Sienge, da Softplan, a partir da NBR 16.280, tornou-se necessária a produção de documentos que provem a adequação da empresa a ela. “Muitas em-presas ainda não controlam as solicitações feitas à assistência técnica. Isso se reflete em uma qualidade negativa do pós-venda, afetando sua credibilidade. As empresas têm buscado profissionalizar o setor, aumentando a satisfação dos clientes sem comprometer as garantias”, diz. (Nathalia Barboza)

Construtoras precisam monitorar as reformas que afetem a segurança estrutural dos edifícios em garantia

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14 revista notícias da construção / setembro 2014

rICarDo PereIra LeIte é engenheiro civil, mestre em urbanismo e sócio da P3urb engenharia; foi secretário da Habitação de são Paulo de 2010 a 2012

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

O novo Plano Diretor e Estratégico (PDE) de São Paulo define as regras para o desenvolvimento da cidade nos próximos 16 anos. Assim como a capital paulista, muitas outras cidades passarão pelo processo de discussão deste marco legal, já que a primei-ra geração de planos diretores pós Estatuto da Cidade (Lei federal 10.257/2001) está completando dez anos, prazo máximo para sua revisão. E que lições podemos tirar dessa experiência para outras cidades?

São Paulo optou por redigir um novo Plano Diretor, em vez de revisar o anterior. Mudanças drásticas nas regras urbanísticas sempre causam desconforto no mercado, sobretudo pelo risco da incerteza, tanto durante o processo de desenvolvimento da lei –que no caso de São Paulo durou cerca de um ano–, quanto durante suas primeiras aplicações, já que aí tendem a surgir dúvidas, lacunas que aos poucos vão sendo supridas por regulamentações complementares. Po-rém, no médio prazo, esses impactos tendem a se acomodar, já que os empreendedores têm grande capacidade de adaptação.

Uma das marcas do novo Plano Diretor foi definir áreas da cidade para as quais há um conjunto de regras incidentes sobre a produção imobiliária que passam a valer imediatamente, sem depender da atualização da Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (que deverá ser revista em seis meses). Essas regras “autoaplicáveis” foram defini-das para uma porção do território denomina-

da “Eixos de Estruturação da Transformação Urbana”.

Os eixos foram demarcados nas quadras lindeiras aos corredores de ônibus e às esta-ções de trem, metrô, VLT e VLP. O objetivo das regras específicas para estas áreas foi induzir o adensamento próximo ao sistema de transporte público. A ideia é que mora-dia e trabalho se concentrem ao longo das linhas de transporte. Essa diretriz, batizada internacionalmente como “TOD – Transit Oriented Development” é um consenso em grande parte das cidades do mundo, nas quais a mobilidade tem se sobressaído em relação às demais questões urbanas.

O princípio do TOD é tirar proveito da sinergia entre densidade e transporte – um gera demanda para o outro e vice-versa. O planejamento coordenado permite que os nós de transportes sejam ao mesmo tempo “origem” e “destino”, otimizando a opera-ção do sistema de transporte e evitando, por exemplo, que trens viajem superlotados num sentido e vazios em outro, em determinadas horas do dia. Em cidades com alta densidade

e redes de transpor-te sobre trilhos bem estruturadas, como Londres, Hong Kong ou Nova York, é pos-sível ver igual número

de pessoas entrando e saindo dos vagões, na hora do rush.

Além do simples “ganha-ganha” da demanda, soluções mais sofisticadas mos-tram que é possível financiar a implantação da infraestrutura com parte da valorização imobiliária proporcionada pelas condições privilegiadas de adensamento e acessibili-dade. Paradigma deste modelo, Hong Kong

regras sobre construção em eixos detransporte já estão em pleno vigência

i m o b i l i á r i o

pDe: tendênciase oportunidades

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15revista notícias da construção / setembro 2014

–onde a companhia de metrô é ela mesma uma desenvolvedora imobiliária– vem conseguindo viabilizar a implantação do transporte sobre trilhos com a receita oriunda dos empreendimentos ao longo do sistema.

Há uma tendência de que soluções desse tipo, em que o setor privado ajuda a viabilizar a infraestrutura pública, venham a se desenvolver nas cidades brasileiras, impulsionadas, de um lado, pelas limitações orçamentárias do Poder Público e, de outro lado, pela complexidade do contexto urbano.

As restrições orçamentárias já são uma realidade, sobretudo para os governos mu-nicipais após a Constituição de 1988, que delegou muitas atribuições ao poder local, sem prover os recursos correspondentes. Os tributos municipais representam uma parcela ínfima da carga tributária nacional, que está concentrada nos Estados e na União. Assim, os municípios acabam fortemente dependen-tes das transferências –compulsórias ou por programas– das outras esferas de governo, muitas vezes sem autonomia para utilizá-los, por conta das destinações obrigatórias.

Adicionalmente, a complexificação do contexto urbano ocorre tanto por conta das demandas sociais e dos gargalos históricos que temos tido dificuldade em superar, quan-to por conta do próprio ambiente regulatório que se desenvolveu, atentando para questões antes negligenciadas. Entre essas, podemos citar exigências ambientais, de desconta-minação, análise de impacto de tráfego e contrapartidas, restrições por conta de bens ou bairros tombados etc.

Se a nova conjuntura for enfrentada da maneira tradicional, é provável que os riscos novos e o aumento nos custos inviabilizem muitos projetos. No caso da habitação, a re-conhecida demanda com menor capacidade de pagamento ficaria ainda mais alijada do atendimento pelos agentes imobiliários de mercado, sobrecarregando um poder público sempre muito burocrático e com capacida-de executiva limitada para fazer frente aos investimentos necessários.

Tais fatores contribuem para a con-

figuração de ambientes pro-pícios ao de-senvolvimento de projetos a partir de articu-lações público--privadas. Desse modo, projetos e intervenções ur-banas, altamen-te dependentes de regulações públicas e que geralmente re-querem investi-mentos altos e visão de longo prazo, podem ser viabilizados por meio de estruturas ino-vadoras, que incluem, desde sua concepção, dispositivos de transparência, participação e controle, capazes de mitigar riscos e de garantir a sustentabilidade econômica e a continuidade dos projetos e intervenções planejadas.

Além da maior eficiência no processo obtida com os agentes privados, políticas públicas bem direcionadas poderão captu-rar e utilizar de forma inovadora os valores gerados pelos instrumentos urbanísticos ou, ainda, os decorrentes das externalidades positivas como os investimentos em infra-estrutura de mobilidade.

No campo técnico, o novo cenário demandará uma maior qualificação dos pro-fissionais que serão mais valorizados quanto maior for sua formação multidisciplinar.

Assim, os instrumentos de planeja-mento –dentre os quais o Plano Diretor é o principal– ao estabelecer as diretrizes e os meios para o desenvolvimento da cidade, devem estar sensíveis a estas novas possi-bilidades, considerando os agentes imobi-liários como parceiros do desenvolvimento urbano sustentável e não como opositores. Só assim, poderemos alcançar cidades mais equilibradas, com ampla oferta de moradia, comercio, serviços e lazer. Cidades com qualidade de vida!

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H a b i t a Ç Ã o

sindicato cobra mais transparência na Habitação

Convidado para participar do painel so-bre a Política Nacional de Habitação durante a Convenção Secovi-SP, em agosto, Ronaldo Cury, vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, destacou a importância de se privilegiar as novas tecnologias para o avanço do segmento de moradia popular, mas cobrou colaboração do governo com informações e acompanhamento por indi-cadores. “Precisamos de mais informação do governo, transparência é fundamental”, afirmou, referindo-se a falta de divulgação de números. Ao reconhecer os avanços alcançados pelo Minha Casa, Minha Vida, ele pediu mais incentivo ao desenvolvimento tecnológico.

Cury também ressaltou que o trabalho apresentado no mesmo painel pela coorde-nadora de estudos da Construção Civil da FGV, Ana Maria Castelo, era apenas uma parte de um estudo que o sindicato estava para concluir. “Em breve realizaremos um evento para apresentá-lo, assim que estiver pronto”, acrescentou.

A economista apresentou uma série de dados que comprovam os benefícios econô-micos e sociais trazidos pela implantação do programa MCMV, como a geração de 1,2 milhão de empregos e investimento de R$ 139 bilhões. Com relação aos próximos anos, a economista observou que entre 2014 e 2024 a expectativa é de que surgirão mais 15 milhões de novas famílias no país. Desse montante, 11 milhões estarão na faixa de renda de até cinco salários mínimos. “Pelos nossos cálculos, que considero conservado-res, prevemos uma demanda de 16 milhões de moradias para essa faixa de renda na próxima década, considerando o atual déficit de 5 milhões de habitações.”

Outro ponto importante, segundo Ana, é que na sondagem com empresas do setor em agosto os empresários se mostraram mais preocupados com a demanda e menos com a mão de obra. Tal cenário confirma a importância do programa para a economia –considerando o seu potencial de geração de renda e emprego.

Dez fundamentos Flávio Prando, vice-presidente de Ha-

bitação Econômica do Secovi-SP, iniciou o painel reforçando as principais demandas do setor, entre as quais estão a transformação do MCMV em Política de Estado (e não de governo), ajustes nos parâmetros (que estão desatualizados) e sua regionalização nas faixas 1 e 2. “Diante do atraso no anúncio do MCMV 3 e o temor de uma eventual descontinuidade, já solicitamos ao governo uma prorrogação do MCMV 2 por seis me-ses”, afirmou.

Também presente ao encontro, Renato Ventura, diretor executivo da Associação Brasileira de Incorporadoras (Abrainc), des-tacou a previsibilidade e a desburocratização dos processos como condições necessárias para a produtividade do setor. “Temos que buscar soluções práticas, como o balcão único para análises de projetos e licencia-mentos”, afirmou, citando como exemplos a prefeitura do Rio de Janeiro, e o Graprohab, em São Paulo.

Já Luciano Amádio Filho, da Apeop (Associação Paulista de Empresários de Obras Públicas), chamou a atenção para a importância da integração com políticas ur-banas. “O tratamento isolado tem nos levado a resultados perniciosos”, alertou.

(Fabiana Holtz)

Cury pediu mais transparência do governo na divulgação de dados

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17revista notícias da construção / setembro 2014

Representantes de candidatos expõem planos para o setor

O painel sobre Política Nacional de Habitação contou também com as partici-pações de Celso Carvalho, coordenador do projeto de Reforma Urbana do programa de governo da presidente Dilma Rousseff, do PT, e de Alexandre Navarro, coorde-nador de campanha da candidata do PSB, Marina Silva, na Região Centro-Oeste. Representantes dos três principais candida-tos à presidência haviam sido convidados para palestrar sobre o tema na Convenção Secovi-SP.

Ao discorrer sobre o plano de governo da candidata à reeleição, Carvalho reforçou a promessa de continuidade de investimen-tos no PAC e no Minha Casa, Minha Vida. Segundo ele, são três os desafios na área da habitação popular: adequar o MCMV às especificidades regionais, conseguir nú-meros adequados de unidades nos grandes centros urbanos do país e a criação de um programa de “locação social”, que seria complementar ao Minha Casa. “O ajuste por região é fundamental para que o pro-grama alcance principalmente as famílias de menor renda”.

Navarro, por sua vez, apresentou metas previstas no plano de governo da candidata para o setor, criticou a falta de transparência dos agentes financeiros com relação ao anda-mento do programa habitacional e concluiu com uma promessa. “Vamos criar um Fundo Setorial para a Construção Civil. Essa é uma

proposta lançada por nós na cam-panha de 2010 e vamos mantê-la”, afirmou. Entre as metas anunciadas por Navarro estão a implantação de um processo de gestão para acelerar a contratação de moradias e de um programa de incentivo à inclusão de mulheres no setor.

De acordo com Maria do Car-mo Avesani, diretora do Departa-mento de Produção Habitacional da Secretaria Nacional de Habitação, os números do MCMV falam por si e não deixam dúvidas sobre o sucesso do programa. “Existem índices que ainda não conseguimos aferir, pois em um programa dessa enver-gadura a evolução é constante, mas seu sucesso é incontestável”, afirmou.

Para José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção (CBIC), é preciso gerar novos estímu-los para a participação das três esferas de governo. “O MCMV só conseguirá avançar na Faixa 1 com essa união de esforços.”

PropostaNa abertura do evento, Claudio Ber-

nardes, presidente do Secovi-SP, apresentou um documento com propostas para o futuro presidente mitigar os principais entraves enfrentados pelo setor.

Entre os pontos destacados estão a burocracia excessiva e a legislação com-plexa. Ao comentar a crise de confiança que se abateu sobre o setor, ele alertou que a insegurança jurídica tem comprometido a produtividade das empresas e o nível de seus investimentos.

O presidente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, representou a entidade no evento. (FH)

Carvalho reforçou promessa de continuidade do MCMV em um eventual segundo mandato do Pt

Navarro criticou a falta de transparência dos agentes financeiros

Fotos: Calão Jorge

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18 revista notícias da construção / setembro 2014

m e i o a m b i e n t e

sigor para arquitetos

A sustentabilidade é caminho sem volta, mostrou a abertura da 1ª Expo Arquitetura Sustentável – Feira Internacional de Cons-trução, Reforma, Paisagismo e Decoração, ocorrida em agosto, no Expo Center Norte.

O evento defendeu as premissas da sustentabilidade com a apresentação de cer-tificações utilizadas em diversos países e de produtos acessíveis no formato de feira, além de apostar na realização de um congresso com especialistas nacionais e internacionais.

O SindusCon-SP apoiou o evento e se fez presente com as palestras de Francisco Vasconcellos, vice -presidente Administra-tivo e Financeiro do SindusCon-SP e de Fábio Villas Boas, membro do CTQ (Comitê de Tecnologia e Qualidade) e do Comasp (Comitê de Meio Ambiente).

Vasconcellos falou sobre a atuação do sindicato nos últimos 15 anos, desde a cria-ção do Comasp, e ressaltou o Sigor (Sistema de Gerenciamento Online de Resíduos) – Módulo Construção Civil, plataforma eletrônica que resultou do convênio firmado em fevereiro de 2010 entre o SindusCon -SP e o governo de São Paulo, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e da Cetesb.

A ferramenta auxiliará o gerenciamento das informações referentes aos fluxos de re-síduos sólidos no Estado, desde a elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos (PGRs) até a sua destinação final, incluindo o transporte e destinações intermediárias.

Vasconcellos apontou que, entre ou-tros problemas de gestão de resíduos, o

Sigor deve inibir a apresentação de documentos falsos, sobretudo o CTR (Controle de Trans-porte de Resíduos), que acompanha os resíduos transpor-tados. Ele explicou que, como o siste-ma faz o acompa-nhamento integral do resíduo “da for-ma mais transpa-rente possível”, a veracidade do CTR e seu uso correto serão monitorados on-line.

O Sigor possui ainda uma funciona-lidade para a emissão de relatórios, entre eles o Sistema Declaratório Anual, uma das exigências da Política Nacional e da Política Estadual de Resíduos Sólidos. “A constru-tora tem outra vantagem: se o município onde ela opera não tiver um instrumento de controle de resíduos, ela pode fazer e com-provar a gestão direto no Sigor”, comentou.

De acordo com Vasconcellos, o Sin-dusCon-SP investiu cerca de R$ 1,5 milhão na criação do software Sigor. “Acho que este será, de novo, um bom trabalho do SindusCon-SP a ser replicado no país intei-ro”, sentenciou.

Segundo o vice-presidente do Sindus-Con-SP, o sistema deve estar definitivamente no ar em janeiro de 2015.

Ao detalhar um dos megaempreendi-mentos da Tecnisa, onde é diretor, Villas Boas ressaltou a importância das parcerias com a iniciativa privada e a forte atuação do CTQ em projetos voltados para ques-tões ambientais. “Todos podem ter acesso à sustentabilidade, mas para isso é preciso disseminar esta cultura”, afirmou.

sinduscon-spparticipou da primeira feira de arquitetura sustentável do país

Vasconcellos palestrou sobre a trajetória do SindusCon-SP frente a ações de promoção da sustentabilidade

foto: Divulgação/Expo Arquitetura Sustentável

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19revista notícias da construção / setembro 2014

Novidades em todos os segmentosA primeira Expo Arquitetura Sustentá-

vel abrigou cerca de 100 marcas nacionais e internacionais para 7 mil visitantes e compradores, em 8 mil m². Confira a seguir um pouco das novidades que os expositores mostraram na feira:

Nanotecnologia – está provocando uma revolução no desenvolvimento de produtos aplicados em diversos setores e, particular-mente, na construção civil, com soluções que vão de impermeabilizantes a revestimentos e tintas. A Nanotech do Brasil, por exemplo, lançou o Duracril, impermeabilizante acríli-co que evita percolação, não necessita de véu ou tramas, seca em quatro horas e pode ser aplicado mesmo com a umidade em 90%; e o Duracolor, revestimento premium com nanopartículas que oferecem resistência e lavagem sem perda de coloração ao longo do tempo.

Casa eficiente – A Basf apresentou o projeto da sua primeira casa de eficiência energética no país, a CasaE, aberta para visitação na zona sul de São Paulo, com inovações e soluções para o mercado brasi-leiro –é a primeira em clima tropical. Entre os destaques, produtos como o Micronal, microcápsulas poliméricas para massas e argamassas que ajudam a manter a tempera-tura do ambiente; o Elastopor/Elastopir, es-puma rígida de poliuretano que proporciona maior conforto térmico, reduz o consumo de energia e apresenta rapidez no processo de instalação; e o MasterGlenium, hiperplastifi-cante que eleva a eficiência da hidratação do cimento, reduzindo o uso de água em 40% em relação aos processos convencionais.

Tintas – A Universo Tintas levou dois lançamentos à base d’água: a Tinta Acrílica Emborrachada e a Manta Líquida Impermea-bilizante. A primeira é uma tinta elástica para pintura e repintura de superfícies externas

e internas de reboco. Pode ser aplicada sobre massa acrílica, impermeabilizan-do as paredes e as livrando de infiltrações por microfis-suras. A segunda é um pro-duto elástico e flexível, para aplicação a frio e alto poder de alongamento, que forma uma membrana resistente de alta performance. É indi-cada para aplicações sobre lajes ou calhas de concreto, pré-moldados, marquises, áreas frias, telhados de fibroci-mento ou cerâmicos não vitrificados.

Pisos plásticos – A Ecoplate expôs novos pisos permeáveis Elastopave de alta resistência, com destaque para o modelo P500, fabricado com material plástico 100% reciclável, ideal para estacionamentos, áreas rurais, ciclovias, paisagismo e outros.

Madeira plástica – A Eco Block (foto) é detentores da patente tecnológica para a produção da chamada ecomadeira. Tem a aparência natural da madeira tradicional, mas é proveniente de toneladas mensais de resíduos indus-triais, plásticos e fibras do lixo. É resistente a impactos, não racha e não solta farpas, segundo a empresa, além de ser imune à ação de pragas, germes e mofos; não apodre-ce e é impermeável. Produto semelhante faz a AllPex; ela alerta que a utilização deste material impacta na redução do uso de químicos, de resíduos e da própria mão de obra. (Nathalia Barboza)

foto: Arthur Calazans

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fotos: Divulgação

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s i n D u s c o n - s p e m a Ç Ã o

Sarti, Ferraz Neto e Martins, na reunião que definiu a pauta da CMa/CBiC

segurança jurídica: ações conjuntasO presidente do SindusCon-SP, José

Romeu Ferraz Neto, destacou a importância da atuação conjunta entre SindusCon-SP, CBIC e CNI em questões de licenciamento ambiental que requeiram segurança jurídica para as construtoras empreenderem.

A manifestação foi feita ao lado do presidente da CBIC, José Carlos Martins, na abertura da reunião da Comissão de Meio Ambiente (CMA) da CBIC, realizada em agosto no SindusCon-SP. Um dos trabalhos conjuntos deverá ser a elaboração de um manual para uniformizar entendimentos de autoridades do Executivo e do Judiciário em licenciamentos ambientais.

Francisco Vasconcellos, vice-presidente Administrativo e Financeiro do sindicato, e a coordenadora técnica do Comasp, Lilian Sarrouf, também participaram do evento. Eles cobraram uma definição por parte do setor de tintas sobre a correta destinação de

latas e pincéis com restos desse material.

Já o coorde-nador do Comasp do SindusCon- SP, André Aranha, apre-sentou o Sigor (Sis-tema Integrado de Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Estado de São Paulo) – Módulo Construção Civil. Desenvolvido pelo sindicato com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e a Cetesb, o sistema permi-tirá, entre outras funções on-line, a emissão de guias, a fiscalização e o gerenciamento dos resíduos do setor no Estado.

Presidida por Nilson Sarti, a CMA/CBIC definiu o plano de suas atividades, que inclui projetos de estímulo à geração de energia por edificações e maior utilização de fontes alternativas de energia.

Novos diretores das Regionais são nomeadosCom a aprovação da Diretoria, o presi-

dente do SindusCon-SP, José Romeu Ferraz Neto, nomeou cinco novos diretores de Regionais do sindicato. São eles: Ricardo Aragão Rocha Faria (Bauru), Paulo Edmun-do Perego (Presidente Prudente), Fernando Paoliello Junqueira (Ribeirão Preto), Ger-mano Hernandes Filho (São José do Rio

Preto) e Mario Cézar de Barros (São José dos Campos).

Também com a aprovação da Direto-ria, foram reconduzidos aos seus cargos os diretores das regionais Marcio Benvenutti (Campinas), Sergio Ferreira dos Santos (Santo André), Ricardo Beschizza (Santos) e Elias Stefan Junior (Sorocaba).

Falcão bauer integra órgão de acessibilidade

Prefeitura apresentapolítica habitacional

O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, designou o vice-presidente de Ca-pital-Trabalho e Responsabilidade Social do SindusCon-SP, Roberto Falcão Bauer, para integrar a Comissão Permanente de Acessi-bilidade (CPA), como membro titular. Falcão Bauer substituiu Romeu Batista Suguiyama, que representava o sindicato na CPA.

O gerente de Produção e Mercado do SindusCon-SP, Elcio Sígolo, participou em agosto da primeira reunião ordinária do Conselho Municipal de Habitação (CMH). Ele representa o sindicato no CMH, ao lado do representante à Fiesp Cristiano Goldstein. A prefeitura apresentou o trabalho executado pela SMH e sua política habitacional.

Page 21: Gestão de Desafios
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22 revista notícias da construção / setembro 2014

r e l a Ç Õ e s c a p i t a l - t r a b a l H o

Fórum internacional discutirá saúde e segurança do trabalho

O SindusCon-SP, por meio da Vice--presidência de Relações Capital-Trabalho e Responsabilidade Social, realizará entre 11 e 12 de novembro o 1º Fórum Internacional de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) na Construção*. Com a intenção de abrir espaço para a discussão e encaminhamento de propostas sobre o exercício da profissão, o evento reunirá engenheiros de seguran-ça, ergonomistas, médicos, enfermeiros e auxiliares de enfermagem do trabalho. De acordo com Juarez Correia Barros Junior, do Instituto Trabalho e Vida (coordenador técnico do evento), o fórum será distribuído em dois eixos temáticos: gestão em saúde, meio ambiente e segurança do trabalho (SMS), e a saúde e a qualidade de vida na indústria da construção civil.

Para Haruo Ishikawa, vice-presidente de Relações Capital-Trabalho e Responsa-bilidade Social, o objetivo principal dessa iniciativa é reforçar a importância de inves-tir em segurança e saúde, buscando maior integração entre a gestão financeira e a operacional das empresas. “É uma questão de aculturamento do setor. Não há como dis-sociar segurança da gestão da obra e vamos mostrar através do que já foi realizado como a questão é importante”, afirmou.

Cursos e debatesPela manhã, no dia 11, está programada

uma importante discussão sobre os desafios para qualificação e capacitação dos recursos humanos na indústria da construção. Em paralelo, com vagas limitadas, visitas téc-nicas em obras da capital. Entre 14h e 18h será oferecida uma série cursos técnicos simultâneos, com destaque para a aplicação da NR 33 (trabalho em espaços confinados) em canteiros de obras; instalações elétricas

provisórias na obra; gestão de SST; gestão de trabalho com máquinas e equipamentos; gestão de saúde ocupacional e de qualidade de vida, e trabalho em altura. Entre os pa-lestrantes estarão Arthur Zobaran Pugliese, diretor institucional da ONG Mestres da Obra; Paula Scardino, consultora em Ava-liações e Treinamento Técnico; Luiz Carlos Miranda Jr, engenheiro de Segurança do Trabalho; Luisa Tânia Rodrigues, advogada e engenheira de Segurança do Trabalho; e Gianfranco Pampalon, auditor fiscal do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo.

Entre os nomes internacionais que já confirmaram presença da mesa de debates, o fórum contará com Jan Hellings, que foi o gestor em segurança da Olimpíada de Lon-dres; e Dwayne D. Carter, que trabalhou na edificação do World Trade Center em Nova York. Os debates serão coordenados pelos vice-presidentes do SindusCon-SP, Haruo Ishikawa, Francisco Vasconcellos, Roberto José Falcão Bauer e Maristela Honda.

As inscrições estão abertas e as vagas são limitadas. Informações e inscrições pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3334-5600. (FH)

(*) o encontro acontecerá no auditório do sindicato e não mais no teatro do instituto Cultural tomie ohtake

Page 23: Gestão de Desafios

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Page 24: Gestão de Desafios

SetembroDia 17, em Presidente Prudente (Sesi)

Dia 19, em Ribeirão Preto (Senai)Dia 25, em Santo André (Sesi-Mauá)

Dia 26, em Bauru (Senai)

outubroDia 1, em Sorocaba (Sesi)

Dia 3, em São José do Rio Preto (Sesi)Dia 24, em São José dos Campos (Sesi)

Dia 29, em São Paulo (Senai)Dia 31, em Campinas (Senai)

NovembroDia 7, em Santos (Sesi)

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25revista notícias da construção / setembro 2014

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O SindusCon-SP iniciou em agosto o calendário da Megasipat 2014, com a realização do evento para cerca de 200 fun-cionários, prestadores de serviço e demais colaboradores do sindicato e do Seconci-SP, no auditório desta entidade.

Na abertura, o vice-presidente de Rela-ções Capital-Trabalho e Responsabilidade Social José Roberto Falcão Bauer destacou o papel do SindusCon-SP de atualizar co-nhecimentos. “Todos somos trabalhadores. Independente da área em que atuamos, temos que saber escutar e trabalhar em equipe.” Haruo Ishikawa, que divide a pasta com ele, agradeceu o trabalho desenvolvido pela ex-vice-presidente de Responsabilidade Social e atual vice de Obras Públicas, Ma-ristela Honda, e explicou o que é uma Sipat (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho) e destacou o crescimento da

Megasipat nos últimos anos, quando foram incorporados ao calendário os eventos para os colaboradores e em Mogi.

Para Vamberto Martinez, gerente -executivo de Relações com o Mercado do Sesi-SP, a Megasipat é fundamental porque luta pela vida. “Um segundo de distração pode ser fatal”, lembrou.

“A falta de observação dos detalhes e de preocupação com os demais prejudica o nosso dia a dia”, completou Luiz Roberto Gasparetto, da Escola Senai-Tapuapé.

A abertura também teve a presença do deputado estadual Antonio de Sousa Rama-lho, que fez uma breve saudação ao público.

O evento seguiu com esquetes teatrais e palestras sobre temas polêmicos como drogas e violência doméstica, um jogo so-bre sustentabilidade e depoimentos sobre a vivência de quem trabalha no setor. (NB)

Esquetes teatrais animaram o público e discutiram temas polêmicos

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26 revista notícias da construção / setembro 2014

tendência global

Até pouco tempo atrás, o conceito de responsabilidade socioambiental se resumia ao assistencialismo que a empresa oferecia à comunidade. Hoje este pensamento se ex-pandiu, incorporando outros fatores como a preservação do meio ambiente, a valorização do colaborador da empresa e a preocupação em assegurar a qualidade de vida dentro da organização e fora dela.

Neste novo cenário, os consumidores es-peram interagir com organizações éticas, com boa imagem no mercado e que atuem de forma ecologicamente responsável. O compromisso pela sustentabilidade junto aos stakeholders (investidores, clientes, fornecedores, consumi-dores, ONGs e comunidade) contribui para a otimização econômica da organização.

As organizações necessitam entender que deve existir um objetivo comum, e não um conflito, entre desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental, para o mo-mento presente e as gerações futuras.

Fazer atuar as forças de mercado para proteger e melhorar a qualidade do ambiente, com a ajuda de padrões baseados no desem-penho e no uso criterioso de instrumentos econômicos, num contexto harmonioso de regulamentação, é um dos maiores desafios que o mundo empresarial enfrentará nas próximas décadas.

Esta melhoria da qualidade necessita de uma atuação da organização face às pressões dessas forças de mercado, representadas pelas variáveis ambientais: econômicas, tecnológi-cas, sociais, demográficas e legais (normas da série ISO14000, ISO16000 e afins).

Com base na análise das diferentes ativi-dades econômicas exercidas pelas organiza-ções, relacionando-as com suas estratégias de sustentabilidade, estabeleceu-se uma metodo-logia para o diagnóstico socioambiental e se estruturou um indicador de desenvolvimento socioambiental (IDS) que leva em conta a di-ferenciação existente nas empresas em função do seu setor econômico de atuação.

A responsabilidade socioambiental é a resposta natural das empresas ao novo con-sumidor verde e ecologicamente correto. A empresa que pensa verde é sinônimo de bons negócios e no futuro será a única forma de empreendê-los com vida duradoura e lucrativa. Quanto antes as organizações começarem a enxergar a sustentabilidade como seu principal desafio e oportunidade competitiva, maior será a chance de que sobrevivam e obtenham maior lucratividade.

A expansão da consciência coletiva com relação ao meio ambiente e a complexidade

das atuais demandas sociais que a comuni-dade repassa às orga-nizações induzem um novo posicionamen-to dos empresários e

executivos frente a tais questões. O com-portamento dos consumidores está criando novas relações com as empresas no mundo e delineando os contornos de uma nova ordem econômica.

Essa nova tendência nos indica o perfil da economia globalizada para as próximas décadas. Diante de tais transformações eco-nômicas e sociais, uma indagação se faz ne-cessária: minha empresa está preparada para enfrentar o novo caminho da responsabilidade socioambiental?

O sucesso depende somente de nós. Fa-çamos a diferença!

a responsabilidade socioambiental é ocaminho indispensável para o sucesso

e m p r e e n D e D o r i s m o

HamILton Pozo éengenheiro, administrador, mestre e doutor com Pós-Doutorado em administração, professor e pesquisador da universidade anhembi morumbi e do Centro estadual de educação tecnológica

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

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28 revista notícias da construção / setembro 2014

marIa anGeLICa LenCIone PeDretI é professora de Contabilidade e finanças da fGv e mestra em administração de empresas; trabalha em Planejamento estratégico

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temaspara esta coluna: [email protected]

parentes a bordo

a governança nas empresas familiaresrequer regras e mecanismos próprios

G e s t à o e m p r e s a r i a l

A implantação da governança corporati-va numa empresa familiar é peculiar, devido ao tipo de conflito nessas companhias.

Essa empresa também enfrenta riscos como: problemas sucessórios; nepotismo e informalidade em avaliação de desempenho, muitas vezes sem meritocracia; facções entre ramos familiares; mistura de questões fami-liares e empresariais; profissionalismo au-sente em certas situações; ausência de fóruns para solução de divergências familiares; em empresas de capital aberto, acionistas majo-ritários beneficiando a família em detrimento de outros acionistas.

Mas na empresa familiar também pode haver maior convergência de interesses entre acionistas e administradores (normalmente são os mesmos); maior comprometimento e dedicação dos executivos da família que dos profissionais; visão de maior horizonte tem-poral das decisões, já que a família conhece a estratégia; maior agilidade no processo deci-sório; maior interesse dos controladores em construir algo melhor para gerações futuras.

Assim, colocam-se outros desafios à governança corporativa: criar mecanismos para prestar contas de forma transparente a todos; conciliar crescimento da rentabilidade da empresa com o crescimento da família; conciliar interesses coletivos da empresa às expectativas individuais dos envolvidos; edu-car os herdeiros ao papel dos acionistas que geram valor ao capital; e profissionalização da família e da propriedade paralelamente à da empresa.

Na empresa familiar, a governança cor-

porativa lida com conflitos entre a família proprietária, os acionistas capitalistas e a direção profissional. Lá serão três as esferas da governança e cada uma terá suas normas, regras de admissão, valores e estrutura or-ganizacional. Para representar a família, há o Conselho Familiar; para os acionistas, o Conselho de Administração; para a gestão, a diretoria executiva.

O Conselho de Família trabalha com foco em patrimônio da família, educação familiar e manutenção da cultura e memó-ria familiares, com os seguintes objetivos: garantir unidade e comunicação entre fami-liares; evitar assuntos da empresa em eventos familiares; ser o elo entre os Conselhos de Administração e Gestão e a família; e pro-por os candidatos indicados pela família ao Conselho de Administração.

A este Conselho, ainda cabe: promover a educação dos familiares e o planejamento sucessório da companhia; elaborar e revisar políticas de emprego para membros da famí-lia; resguardar os princípios e a cultura da

família, assim como os documentos cor-porativos que reflitam isso; definir critérios para proteção patri-monial; criar meca-

nismos para aquisição de ações de outros sócios em caso de saída.

A cada momento da vida da empresa familiar, surgem novos desafios e necessi-dades. Assim, haverá um tipo de mecanismo de governança mais indicado para cada fase da empresa.

Portanto, os mais sofisticados meca-nismos podem não funcionar em certos momentos, simplesmente porque não eram necessários naquela hora. Esta lição também vale para as empresas não familiares.

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Retenção do ISS na Fonte e Aplicação das disposições Gerais da lei Complementar Federal do ISS - 116/03, Base para todos os Municípios7 de outubro

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Desoneração da Folha de Pagamento no Segmento da Construção Civil8 de outubro

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Controladoria, Administração dos Custos e Gestão Econômica13 de outubro

e-Social x Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aspectos Preparatórios15 de outubro

Noções da Área Fiscal para Engenheiros e Administrativos de Obras3 de outubro, em Bauru

Analista deDepartamento Pessoal3 de outubro, em Campinas

Contabilidade na Construção Civil14 de outubro, em Mogi das Cruzes

A Gestão da Obra Civilem edifícios com Transporte Vertical22 de outubro, em Mogi das Cruzes

Ciclo de Palestras (*) - Gratuito• 9 de outubro, em Santos• 22 de outubro, em Campinas• 23 de outubro, emSanto André

Controles Internos: uma Ferramenta para Redução dos Custos e Aumento dos lucros e da segurança de sua empresa27 de outubro, em Santos

(*) Temas das palestras:1) A Economia de um Bom Projeto2) Projeto de Paredes de Concreto em Bim3) A Alvenaria Estrutural sobre Transição4) Comparativo Econômico entre Concreto Armado, Alvenaria Estrutural e Paredes de Concreto

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30 revista notícias da construção / setembro 2014

i n s u m o s

concrete deu show de tecnologia

Com o apoio do SindusCon-SP, a 8ª edição da Concrete Show South Ameri-ca apresentou, em agosto, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo, as novidades de 600 expositores nacionais e internacionais. Ao todo, empresas de 36 países expuseram seus produtos para um público estimado em 30 mil visitantes.

Veja a seguir algumas das novidades da Concrete Show 2014:

Garra para movimentação de blo-cos de concreto – Da fabricante Saur, o equipamento apresenta-se como seguro e produtivo, dispensando o uso de paletes, mas depende de munk ou ponte rolante para funcionar. A garra tem capacidade entre 1,5 Kg e 5 kg e abertura de 220 e 1.860 mm. Os braços são revestidos com borracha, aço e poliuretano.

Fôrma de aço – A partir do Concrete Show, a ArcelorMittal começou a vender a todo o país a solução de fôrmas para lajes de concreto ArcelorMittal Novatreliça. O produto inovador tem fôrma metálica de aço revestido de zinco ou zinco/alumínio, treliça e espaçador plástico. A solução é fornecida em peças de 6 m ou 12 m, com os espaçadores prefixados na fôrma.

Balancim – A Menegotti lançou o Balancim Max 1000, para edificações de médio ou grande porte, em qualquer etapa

de acabamento e manutenção. Único no mercado com sistema duplo trava quedas anti-inclinação e anti-aceleração. Fácil de montar, com pinos passantes e grampos.

Plataforma de trabalho aéreo – A Mills mostrou a plataforma Genie SX-180, que é, segundo a empresa, a maior do gêne-ro em operação na América Latina. Possui braços telescópicos autopropulsados (pode girar 360° em movimento contínuo) e é capaz de atingir quase 56 metros de altura (com tecnologia de chassi em X), levando dois profissionais na cesta de trabalho. Movida a diesel.

Argamassa polimérica – A Dryko-tec, da Dryko, é bicomponente, com base cimento e agregados com polímeros acrí-licos, e características impermeabilizantes. Inodoro e atóxico, é resistente às pressões negativa e positiva, e portanto mais durável em subsolos, piscinas, cortinas e pisos frios.

Fitas adesivas – A Vedacit apresen-tou as opções branco, terracota e cinza das Fitas Multiuso Autoadesivas Vedacit, que aderem a vários substratos. Utiliza polietileno como estruturante central, servindo para vedar rapidamente goteiras e infiltrações. Sua cobertura superficial de alumínio flexível protege a construção dos raios solares.

Cremalheira – O Elevador Cremalhei-ra, da Mecan, é ágil, de alta performance, com grande capacidade de carga e versátil. Além do interessante custo-benefício, apresenta um alto nível de segurança em sua operação e manutenção.

Feira internacional mostrou novidadesde 600 expositores

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Fotos: Divulgação

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31revista notícias da construção / setembro 2014

Impermeabilização – A Basf levou o MasterSeal Traffic 1500, sistema de im-permeabilização de poliuretano aplicado a frio em áreas de tráfego de veículos e pedestres.

Acelerador de pega – A Sika mostrou o Sigunit L500 AF, um aditivo líquido a base de aluminatos alcalinos para concreto projetado via úmida e via seca. O produto não é tóxico e livre de álcalis, reduzindo o impacto ambiental e o risco de acidentes durantes sua manipulação, armazenamen-to e uso. Entre suas características está o baixo ricochete do concreto durante a aplicação.

Mesa deslizante – A SH Fôrmas lançou a Mesa Deslizante SH, um sistema inovador para grandes concretagens de laje (de 22 cm ou mais de espessura), sobretudo protendida, dispensando a montagem e a desmontagem de torres a cada trecho e utilizando pouco ou nenhum escoramento. Trata-se de uma fôrma de duas vigas de aço estrutural, ligadas entre si por treliças trans-versais, forradas com barrote de madeira e compensado plastificado, que se apoiam em pilares previamente concretados. A redução prometida é de 70% de mão de obra de carpintaria, com aumento de 50% na produtividade.

Fibras para reforço estrutural – Entre os destaques da Viapol estavam as macrofibras sintéticas de elevado desem-penho TUF-Strand SF, recomendadas para reforços estruturais em pisos, pavimentos de concreto e concreto projetado. Tem telas soldadas e fibras de aço. Podem ser aplicadas em pisos industriais, centros de distribuição, pavimentos rodoviários, con-creto projetado e concreto em lajes deck

steel. Composta de polipropileno e polietileno de alta densidade patenteado.

Vergalhão em rolo – Os visitantes conheceram o Ver-galhão Gerdau GG 50 Carretel, que promete elevar a produtividade, gerando peças endireitadas e dobradas com maior qualidade e uniformidade. Suas características técnicas evitam torções e enrosco no momento do desbobinamento, proporcionando segurança, eco-nomia e qualidade para o projeto.

Caixa de passagem – A Caixa de Passagem Elétrica para Bloco de Concreto, da Polar, é instalada diretamente nas fôr-mas ou armaduras, prometendo reduzir em dez vezes o tempo de execução e evitando retrabalhos. Se bem instaladas, garante a estanqueidade da concretagem.

Caixa ajustável – A Polar também apresentou a Caixa de Passagem Elétrica Ajustavel, na versão 4”X2”. A novidade é o sistema ajustável de travamento, que dá pra-ticidade na instalação em várias espessuras de parede, sem uso de gambiarras. Pode ser usada em alvenarias, blocos de concreto ou cerâmico ou em drywall.

Otimizador de concreto – Holcim apostou no otimizador de performance de concreto Duracem Plus, que visa atender ao desempenho mecânico e de durabili-dade dos diferentes concretos, inclusive o auto-adensável. Um dos diferenciais pro-mete ser o desempenho superior e a relação de custo-benefício, devido ao rigoroso controle de qualidade na seleção dos componentes.

(Nathalia Barboza)

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josé CarLos De arruDa samPaIo é consultor de empresas e diretor da jDLQualidade, segurança no trabalho e meioambiente

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olhos que brilham

clima positivo na empresa é essencialpara a segurança e saúde do trabalho

s e G u r a n Ç a D o t r a b a l H o

Por que quando você gosta do que faz, seus olhos brilham? Segundo a medicina chinesa, os olhos são a janela da alma. Se isso for verdade, os olhos são essenciais para sabermos quando uma pessoa está entusias-mada com seu trabalho.

Pelos olhos percebemos as reais in-tenções e sentimentos. Por isso, sempre que conversarmos com alguém, devemos fitá-lo. Os olhos podem revelar muito, pois informam sobre a afetividade e as emoções.

É fácil identificar quando um líder acre-dita numa ideia, pelo brilho do olhar. Olhos brilhantes são os olhares de inspiração, res-peito e paixão que cercam um grande líder. Qualquer pessoa ao executar um trabalho com “brilho nos olhos” fará a diferença e o resultado contagiará os que os cercam.

Mas em muitas empresas que desenvol-vem programas voltados à segurança e saúde no trabalho, não vemos o “brilho nos olhos” dos responsáveis por implantar as ações para prevenir acidentes nos canteiros de obras.

Como fazer brilhar os olhos de todos os envolvidos com a questão? Primeiro, fazen-do acreditar que o trabalho deles é valorizado e que são imprescindíveis para a empresa.

O trabalho na construção é um dos mais valorosos, porque das mãos do homem nas-cerá a edificação, seja ela casa, hospital, sala comercial, escola, igreja ou shopping center. Construir é trabalho de extrema nobreza. Construir é realizar sonhos e executar a obra é materializar esses sonhos.

Segundo quase todos os autores que se aprofundaram nos últimos anos em estu-

dos sobre as habilidades e capacidades de pessoas de alto desempenho, aquelas que possuem grandes habilidades interpessoais e demonstram grande concentração e entu-siasmo na realização de suas atividades são as que conseguem os melhores resultados.

Pessoas entusiasmadas possuem maior habilidade em obter a cooperação, são vo-luntárias, demonstram a autoconfiança que inspira a confiança dos outros, dão atenção às pessoas, ajudam-nas a crescer e se desen-volver e a construir o orgulho pelo trabalho e pelas pessoas. Vibram como uma corda de guitarra.

Para fazer com que todos fiquem com “brilho nos olhos”, tenham orgulho pelo que executam, e melhorem seu desempe-nho e a produtividade, é preciso criar um

clima na empresa que proporcione oportuni-dades de crescimento, estimule a melhoria e os bons exemplos, promova a participa-

ção das pessoas em atividades relacionadas com o seu desenvolvimento fora da empresa e reconheça o desempenho delas.

Podemos afirmar, com certeza, que dentre os fatores vitais para a obtenção de êxito no desenvolvimento do orgulho pelo trabalho, estão o poder da meta, a participação, a retroalimentação e o reco-nhecimento.

Precisamos ter orgulho pelo trabalho, orgulho pelo que fazemos e envolver as pessoas que nos cercam e que trabalham conosco, com disposição e entusiasmo, criando um “terreno fértil” para que façam o que gostam e realizem seus sonhos profis-sionais. Só assim nossos olhos brilharão e só assim veremos brilho nos olhos das nossas equipes de trabalho.

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Excelência na educação profissional e inovação tecnológica é no SENAI-SP

Cursos na área de Construção Civil

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Curso técnico de edificações Qualificações:

Desenhista de edificações Laboratorista de ensaios de materiais

Habilitação: Técnico em edificações

Curso mestre-de-obras Especialização—Planejamento e supervisão

de obras

Formação de mão-de-obra para construção civil ● Carpintaria ● Alvenaria ● Elétrica ● Auto CAD ● Hidráulica ● Pintura ● Vidraçaria ● Cobertura ● Armação de Ferros ● Desenho técnico ● Gesso acartonado ● Aquecimento solar Impermeabilização ● Serralharia de Alumínio Revestimento cerâmico ● Elevação de cargas e pessoas ● Soldador de tubos de polietileno ● Instalação e montagem de elevadores ● NR 10 - Segurança em instalações e serviços com eletricidade

NR 18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção

● NR 33 - Capacitação para trabalhadores em espaços confinados

NR 35 - Trabalhos em altura

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34 revista notícias da construção / setembro 2014

r e s p o n s a b i l i D a D e s o c i a l

nova febre deve ser notificadaO Seconci-SP alerta os médicos das

construtoras, incorporadoras e subcontra-tadas para que notifiquem em menos de 24 horas os casos, mesmo que suspeitos, da febre do chicungunha, doença semelhante à dengue, mas com sintomas que podem durar até um ano.

“Os médicos devem informar as Se-cretarias Municipal e Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone 0800-555466”, alerta a gerente de Medicina Ocu-pacional do Seconci-SP, Xiomara Salvetti.

Todas as 20 infecções confirmadas no Brasil até o fechamento desta edição haviam sido contraídas fora do país. Segundo Xio-mara, o termo Chikungunya é “aquele que se dobra”, no idioma africano makone, e se refere à postura em que o paciente costuma

ficar diante das fortes dores nas articulações, que a doença causa.

Segundo a médica, os sintomas apare-cem entre quatro e oito dias após a picada do mosquito Aedes infectado: febre repentina, dores intensas nas articulações, dor de cabe-ça, dor muscular, náusea, vômitos, manchas vermelhas na pele e conjuntivite.

O diagnóstico é feito com amostras de sangue em laboratórios de referência nacional. Não há tratamento capaz de curar a doença. Analgésicos e antipiréticos aliviam os sintomas. Dores articulares persistentes podem ser aliviadas com corticoides. Para a forma hemorrágica da infecção, mesmo que haja poucos riscos, recomenda-se evitar o uso de medicamentos à base de ácido ace-tilsalicílico nos primeiros dias de sintomas, antes do diagnóstico definitivo.

Xiomara: não há cura para chicungunha, apenas alívio dos sintomas

Seconci-SP estreita relação com o SindusCon-SPO presidente do Seconci-SP e represen-

tante do SindusCon-SP junto à Fiesp, Sergio Porto, esteve em Campinas e Piracicaba em agosto para instalar os Conselhos de Apoio às Unidades (CAUs) do Seconci-SP naque-las cidades e dar posse aos representantes das empresas que deverão liderá-los.

Em Campinas, o escolhido foi Luiz Claudio Minitti Amoroso, vice-presidente de

Interior do SindusCon-SP, e, em Piracicaba, José Edgard Camolese, membro do Conse-lho Consultivo do sindicato.

Cada Regional do Seconci-SP terá o seu Conselho que tem, entre outras, a atribuição de estreitar relações com o SindusCon-SP. Agora são três os CAUs: o primeiro foi o de São José dos Campos, liderado pelo empresário José Antônio Marcondes Cesar.

ações de saúde prosseguem nos canteiros de obrasComo parte das comemorações dos seus

50 anos, o Seconci-SP continua realizando ações de saúde nos canteiros de obras. Em São Paulo, a entidade iniciou atendimento odontológico que deverá beneficiar cerca de 2.300 trabalhadores de 19 canteiros de obras da Cyrela. Palestras sobre escovação e outros cuidados são ministradas, e profis-sionais atendem em duas Unidades Móveis Odontológicas.

Em Piracicaba, foi realizada ação de prevenção ao alcoolismo, em canteiro da Kraide Engenharia. Os funcionários parti-ciparam de palestra e tiveram à disposição exames de sangue gratuitos para avaliar o funcionamento do fígado.

“Nosso objetivo é cuidar por completo da saúde dos trabalhadores da construção civil”, destaca o presidente do Seconci-SP, Sergio Porto.

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36 revista notícias da construção / setembro 2014

Doenças da primavera

p r e v e n Ç Ã o e s a Ú D e

A primavera aumenta a proliferação de vírus e bactérias, trazendo doenças al-tamente contagiosas e comuns na infância, que também podem acometer adolescentes e adultos: caxumba, escarlatina, sarampo, rubéola e varicela (catapora). Falemos destas duas últimas.

A rubéola é causada pelo togavírus. Seu diagnóstico deve ser feito com brevidade, descartando outras viroses, para evitar a transmissão para uma mulher grávida. Um agravante é o período de incubação relati-vamente longo: começa até 10 dias antes de surgirem os sintomas e se estende por mais 15 dias depois da cura clínica.

A característica mais marcante são as manchas avermelhadas que aparecem primei-ro na face e por trás das orelhas, para depois se espalhar pelo corpo. Podem aparecer outros sintomas como dor de cabeça, desconforto ao engolir, dores pelo corpo, nas articulações e músculos, coriza, aparecimento de gânglios e febre.

O contágio se dá por meio das vias respi-ratórias, quando uma pessoa aspira gotículas de saliva ou tem contato com a secreção nasal de alguém contaminado com o togavírus.

Quando o vírus é transmitido da mãe para o feto, via placenta, durante as primeiras semanas de gestação, pode ocorrer a Síndro-me da Rubéola Congênita (SRC).

Quanto mais precoce for a idade ges-tacional, mais grave é a doença, podendo causar aborto. A SRC também provoca más- formações como microcefalia, uma condição neurológica em que o tamanho da cabeça

da criança é significativamente abaixo da média para a idade. Ela também pode levar à de fi ciência mental ou a outros problemas congênitos como diabetes, catarata, glau-coma, perda de visão e surdez, surgindo em diferentes estágios do desenvolvimento da criança. A perda auditiva é o sintoma que em geral aparece primeiro nos casos.

A boa notícia é que há vacina contra a rubéola: a tríplice viral, que protege tam-bém contra sarampo e caxumba. Tem 95% de eficácia e está disponível nos postos de saúde para indivíduos a partir dos 12 meses de idade até 39 anos para homens e 49 anos para mulheres.

A transmissão da catapora também ocorre pelo contato interpessoal direto, pois o vírus se solta através de gotículas provocadas pela tosse, espirros e fala. O vírus responsá-vel pela sua transmissão é o varicela-zóster, integrante da família do herpes e que, por sua vez, também pode causar o herpes zoster em adultos.

O contágio acon-tece de um a dois dias antes de a doença ir-romper no corpo e esse ciclo permanece enquanto as bolhas

encrostadas estão presentes. Os sintomas mais comuns são febre, dor de cabeça, dor de barriga ou perda de apetite de um a dois dias antes de as erupções aparecerem.

As complicações mais sérias ocorrem quando o vírus migra para outros órgãos, como pulmões ou cérebro.

Nesses casos, o paciente pode ter pneu-monia ou, se atingir o cérebro, apresentar sintomas parecidos com o da meningite. Por isso, diante de um quadro de febre e dores, o mais recomendado é procurar um médico e não se automedicar.

CLauDIa naKamura é pediatra do seconci-sP formada pela escola Paulista de medicina, com especialização em alergia e Imunologia Pediátrica

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]

automedicação não é recomendávelse o quadro for de febre e dores

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38 revista notícias da construção / setembro 2014

r e G i o n a i s

santos recebe deputado bruno covasA Regional Santos do Sin-

dusCon-SP, junto com a Assecob (Associação dos Empresários da Construção Civil da Baixada Santista) e o Secovi-SP, recebeu em agosto a visita do deputado estadual Bruno Covas. Con-vidado por empresários, o ex--secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo aproveitou o clima descontraído do encon-tro para comentar passagens de seu dia a dia enquanto esteve à frente da Secretaria, destacando as mudanças adotadas para me-lhorar o seu funcionamento.

Covas abordou também o processo de desenvolvimento sustentável do setor da construção civil, bem como os avanços na gestão de resíduos sólidos, com ênfase para a implantação do Sistema Estadual de Gerenciamento Onli-ne de Resíduos Sólidos (Sigor), resultado direto do convênio firmado entre o governo estadual e Cetesb com o SindusCon-SP. A iniciativa que resultou nesta nova ferra-menta de gestão foi elogiada por Covas, que exaltou o fato de o Sigor ser viável e indispensável para auxiliar no monitora-mento dos resíduos.

O ex-secretário fez questão de frisar que a parceria do governo do Estado com o SindusCon- SP é importante para fortalecer e viabilizar o sistema de resíduos sólidos em âmbito estadual, com adesão de gera-dores, transportadores e áreas de destinação de resíduos da construção.

Para o deputado, o projeto iniciado em Santos certamente ganhará, no futuro, maior abrangência com a adesão dos de-mais municípios do Estado de São Paulo ao sistema.

(Giselda Braz)

luis antonio Paiva dos reis (assecob), Bruno Covas, Sadao Nakai (presidente da Câmara de Santos), Beschizza e renato Monteiro (Secovi-SP)

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39revista notícias da construção / setembro 2014

rio preto reforça ações de saúde e segurança do trabalho

Reunião de grupos de estudos, apoio às entidades para realização de seminários focados em segurança e busca de parcerias para realização da Megasipat. Estas são as iniciativas da Regional de São José do Rio Preto do SindusCon-SP para combater os acidentes de trabalho em obras. Em 2013, a construção civil ficou em segundo lugar no ranking de acidentes de trabalho.

Outra iniciativa foi a realização de um Workshop, em 2 de setembro. A iniciativa, que tem como parceiros o Senac e a Fiesp, ressaltou os aspectos de organização e limpeza no canteiro de obras e como isto influencia na diminuição dos acidentes de trabalho e ainda melhora a produtividade.

“A Regional tem focado o trabalho em

ações de prevenção e apoio às empresas associadas buscando esclarecer sobre a le-gislação e tendo como meta fazer um grande evento na Megasipat”, informou Mércia Go-doy, coordenadora da Regional.

Em Rio Preto, a Megasipat será re-alizada na unidade do Sesi, em 3 de outubro, e contará com o apoio e parcerias de várias empresas entidades.

(Ester Mendonça)

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40 revista notícias da construção / setembro 2014

reGionais

alunos da MrV e representantes do SindusCon-SP e doSesi-SP no lançamento do programa em Prudente

prudente inicia programa elevação de escolaridade

Com a presença de autoridades e con-vidados, foi lançada oficialmente a primeira turma do Programa Elevação de Escola-ridade em Presidente Prudente. O projeto educacional, que inicialmente atenderá aos trabalhadores da MRV Engenharia, é uma parceria entre SindusCon-SP e Sesi-SP.

Paulo da Silva Meireles, aluno da pri-meira turma, elogiou a iniciativa. “Temos de aproveitar essa oportunidade. Esta pode ser a última que teremos em nossa vida", destacou.

Durante a inauguração, o diretor ad-junto da Regional, Luiz Bonifácio Urel, lembrou que esta carência foi detectada em outro evento do sindicato, o ConstruSer. “É importante ressaltar o horário de funciona-mento do curso. Pelo menos três vezes na semana, das 7h às 8h30, o funcionário, em vez de botar a mão na ferramenta, vai para a sala de aula”, disse.

O fato de as aulas serem executadas no próprio ambiente de trabalho também foi destacado pelo diretor do Sesi local, Laercio Doglas Rodrigo. “A forma como está sendo implantado tem o diferencial: aqui a escola veio até o aluno. Isso deve limitar as faltas durante o curso”, pontuou Rodrigo.

Presente na inauguração oficial, o pre-feito de Prudente, Milton Carlos de Mello (Tupã) analisou a iniciativa “de uma maneira muito positiva”. Engenheiro civil, ele desta-cou que conhece a realidade dos canteiros. “A maioria dessas pessoas não deixaram os estudos por opção. Foram obrigadas a fazer isso para sustentar a casa. Com esse tipo de ação, você dá oportunidade para que elas possam ter objetivos maiores”, ressaltou.

Também estiveram presentes o presi-dente da Câmara Municipal, Valmir da Silva Pinto, e a vereadora Elza Alves Pereira (Elza do Gás), além de secretários municipais, dirigentes sindicais e convidados. (Maycon Morano)

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41revista notícias da construção / setembro 2014

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perego assume diretoria de prudenteNovo diretor da Regio-

nal Presidente Prudente, o engenheiro Paulo Edmundo Perego, da Encotel Engenha-ria, declarou ao assumir o cargo que se empenhará em aumentar a representativida-de do sindicato. “Queremos defender o interesse coletivo do setor, atuando fortemente na representação da entidade perante instituições públicas e fiscalizadoras. Vamos con-tinuar atuando nas comissões e associações que visam o desenvolvimento da região, incentivando a comissão tri-partite paritária, fomentando o combate à informalidade no setor, além de promover cursos de tecnologia e gestão para nossos associados”, destacou Perego.

Estiveram presentes à reunião dos

associados o ex-diretor Luís Gustavo Ri-beiro, os associados Antonio Augusto Ri-beiro, Luiz Bonifácio Urel, Marcos Aurélio Cesco, Norton Guimarães de Carvalho e Silvano Rodrigues Sanchez. (MM)

Sanchez, Cesco, Perego, luís ribeiro, Urel, antonio ribeiro e Carvalho

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42 revista notícias da construção / setembro 2014

reGionais

nova diretoria de bauru promete continuidade de projetos

A Regional Bauru comemorou a reno-vação de sua diretoria com o 3º Happy Hour da Construção, em agosto. No encontro, que reuniu empresários associados, o então diretor Renato Parreira destacou as princi-pais ações de sua gestão e a importância das parcerias. “Uma das nossas principais missões era fortalecer a representatividade do setor, melhorar o diálogo com outras entidades e unir esforços de todos ligados à cadeia produtiva em um mesmo objetivo: o crescimento contínuo do setor. Se tivemos tantas conquistas nestes últimos anos foi graças ao apoio e envolvimento de todos, às parcerias”, disse Parreira.

Já o novo diretor Ricardo Aragão afir-mou que dará continuidade aos projetos em andamento e citou algumas metas priori-tárias para os próximos meses. Entre elas, cobrar da Administração Pública a revisão de leis essenciais para o setor, como o Plano Diretor e a Lei de Zoneamento. “Vamos continuar batalhando pela valorização da Regional e da indústria da construção civil no Interior”, acrescentou.

Presente à comemoração, o vice-presi-dente de Interior do sindicato, Luiz Claudio Amoroso, relembrou momentos vividos pela

última gestão para enaltecer o fortalecimento conquistado pela Regional.

Campanha do agasalhoEm agosto, a Regional participou da

campanha Aquece Bauru com a doação de 41 jaquetas novas. Coordenada pela Secreta-ria Municipal do Bem-Estar Social (Sebes), a campanha já recebeu mais de 70 mil peças, que serão distribuídas às famílias atendidas pelos Centros de Referência de Assistência Social do município. Informações: (14) 3223-1998 ou 3223-2009.

(Sabrina Magalhães)

Parreira, amoroso e aragão, no happy hour

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43revista notícias da construção / setembro 2014

entidades de campinas se unem para agilizar projetos

Com o objetivo de simplificar e agilizar os procedimentos ad-ministrativos para a aprovação de obras e edificações em Campinas, em agosto foi firmada uma parceria entre a Regional do SindusCon- SP, Secovi-SP e o Instituto de Arquite-tos do Brasil (IAB). A intenção do grupo é apresentar soluções técni-cas viáveis para dar maior rapidez na análise dos processos, bem como a modernização da emissão de do-cumentos de controle da atividade construtiva.

O próximo passo será a for-matação de um documento com as sugestões discutidas durante o encontro para serem entregues à Administração. “Só para ilustrar o problema que estamos enfrentando: o alvará para demolição ou para colocação de tapumes em uma obra demora de 90 a 120 dias para ser aprovado. Há projetos que demoraram até três anos por causa da burocracia, deixando o setor com baixa produção”, afirmou o diretor da Regional, Márcio Benvenutti.

O grupo de trabalho formado com os representantes das entidades pretende de-senvolver ainda uma espécie de central de apoio aos associados. “O ideal seria termos um espaço físico dentro da Prefeitura para orientar os responsáveis pelos projetos

com as informações necessárias. Muitas vezes o processo fica travado em algum departamento por causa de um problema pequeno que poderia ter sido evitado com antecedência”, destacou Benvenutti.

O ponto principal do acordo que se busca com a Prefeitura é o trabalho trans-parente, uma vez que existem dificuldades até mesmo em ver os processos que estão em fase de aprovação ou parados por conta de algum detalhe. “Em Campinas hoje está mais fácil regularizar uma construção do que aprovar um projeto para depois iniciar a construção. Isso é um incentivo à ilegali-dade. Nossa intenção é ajudar a reduzir os prazos, que hoje não favorecem o setor”, afirmou. (Vilma Gasques)

assunto atraiu representantes das entidades do setor

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44 revista notícias da construção / setembro 2014

reGionais

C L a s s I f I C a D o s

mogi investe em treinamento de nr-35Com foco no aperfeiçoamento profis-

sional e na conscientização pela segurança no trabalho, a Delegacia de Mogi das Cruzes do SindusCon-SP segue empenhada na par-ceria com o Senai para formar novas turmas do curso da Norma Regulamentadora 35 – Trabalho em Altura (NR-35).

Em agosto, a entidade certificou a terceira turma da Construtora Damebe, integrada por 24 funcionários.

O gerente geral de Obras da empresa, engenheiro Leonardo Nogueira, destaca o investimento na habilitação da mão de obra com foco na segurança e no cuidado com os colaboradores. “Esses cursos trazem uma capacitação que é fundamental aos fun-cionários. Um profissional seguro mantém toda a empresa em segurança, além de zelar

pela confian-ça que o nome da construtora conquistou no setor”, afirma.

A cons-trutora possui quatro empre-e n d i m e n t o s em fase de construção, e dois em lan-çamento. “Os projetos hoje estão cada vez maiores e é imprescindível que a empresa atenda às normas exigidas.

(Tatiana Vitorelli)

turma da Damebe durante treinamento de Nr-35

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45revista notícias da construção / setembro 2014

C L a s s I f I C a D o s

sorocaba define planejamento do próximo biênioA Regional Sorocaba apresentou, no

final de agosto, as principais ações para o mandato da diretoria durante o biênio 2014/2016. Elias Stefan Junior e Renan Persio foram reeleitos respectivamente como diretor e diretor adjunto da regional.

Para os próximos dois anos, a diretoria quer continuar promovendo a área de tec-nologia e formação de mão de obra, com cursos, palestras e seminários e ainda con-tribuir com Sorocaba e região participando de grupos de trabalho e ações voltadas à

cidadania. Além disso, faz parte do plane-jamento expandir o número de diretores adjuntos, aumentar o número de associados em pelo menos 50% e instituir os comitês de trabalho de Meio Ambiente, RH, Tecnologia e Qualidade, uma vez que o de Medicina e Segurança de Trabalho já se encontra insta-lado e em pleno funcionamento.

“Serão muitos desafios, mas com o apoio e ajuda de toda equipe da regional tenho certeza que estaremos no caminho certo”, disse o diretor. (Lívia Camargo)

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46 revista notícias da construção / setembro 2014

C L a s s I f I C a D o s

Locação de Equipamentos

t r i b u t o s

amplia-se opção pelo simplesA partir de janeiro de 2015, as atividades de ar-

quitetura, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodesia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas poderão optar pelo Simples Nacional. É o que dispõe a Lei Complementar 147/2014. Porém, antes de a empresa optar, é importante verificar em qual anexo da Lei 123/2006 está enquadrada e o valor do faturamento, para conferir se a opção reduzirá os custos com a tributação.

A mesma lei modificou as regras para as micro-empresas e empresas de pequeno porte participarem de certames licitatórios. A obrigatoriedade de conceder tratamento diferenciado a essas empresas foi estendido para a administração pública indireta, autárquica e fun-dacional, federal, estadual e municipal.

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Page 48: Gestão de Desafios

48 revista notícias da construção / setembro 2014

tubulações para água quente

s o l u Ç Õ e s i n o v a D o r a s

A disseminação do uso de sistemas centrais de aquecimento de água, utilizando diversas tecnologias de aquecimento (eletri-cidade, gás e solar), evidenciou a importância da elaboração de um correto projeto e utili-zação de materiais adequados às instalações hidráulicas prediais de água quente. A amplia-ção do mercado fez com que surgissem novos materiais além das tradicionais tubulações de cobre e de CPVC (policloreto de vinila clorado).

As tubulações de cobre continuam sendo largamente utilizadas, porém as tubulações plásticas têm aumentado a cada ano a sua participação no mercado. As tubulações de CPVC para água quente são utilizadas deste a década de 80, e atualmente outros materiais plásticos têm se apresentado como soluções para esta aplicação, tais com o PP-R (polipro-pileno copolímero random) e o PE-X (polie-tileno reticulado), cujas respectivas Normas Brasileiras foram publicadas em 2010.

Os materiais dos tubos e conexões mais utilizados em sistemas hidráulicos prediais de água quente no Brasil são o cobre, CPVC, PP-R e PE-X. Estes tubos e conexões têm seus requisitos mínimos definidos por Normas Brasileiras. O atendimento às normas repre-senta uma garantia de que apresentarão um desempenho adequado durante sua utilização.

Entretanto, também devem ser obser-vados os critérios mínimos de instalação, especificados pela NBR 7198:2003 “Projeto e execução de instalações prediais de água quente”, que se encontra em revisão na ABNT. Adicionalmente, para as tubulações de CPVC, PP-R e PE-X também devem ser observadas as suas respectivas Normas Brasileiras que especificam os requisitos mínimos relacionados aos procedimentos de transporte, armazenamento, manuseio,

montagem e instalação.Outro ponto a ser destacado é que a

forma de união entre os tubos e conexões apresenta diferenças conforme a alternativa tecnológica escolhida.

Segundo a NBR 13206:2010, os tubos de cobre devem conter no mínimo 99,90% de cobre em sua composição química. São fabricados em 3 classes diferentes, sendo a “E” indicada para os sistemas hidráulicos prediais de água quente.

Em relação às tubulações plásticas, as normalizações internacional e brasileira das tubulações de CPVC, PE-X e PP-R especifi-cam que os tubos devem ser projetados para uma vida útil de 50 anos para uma tempe-ratura de projeto de 70°C. Esta exigência é por meio do método preconizado pela norma ISO 9080:2012, cujo objetivo é estimar se o tubo irá suportar, sob determinadas condi-ções de temperatura e pressão, os 50 anos de utilização.

Além de estabelecer requisitos mínimos para a matéria-prima, as normas vigentes pre-conizam a necessidade de submeter os tubos e conexões a ensaios laboratoriais para a veri-ficação de características físicas, mecânicas e desempenho, tais como: resistência à pressão hidrostática interna de curta e longa duração, resistência a ciclos alternados de temperatura, estabilidade dimensional, entre outros.

O atendimento dos critérios mínimos exigidos pelas normas impacta na segurança da utilização desses materiais pelo tempo de vida útil de projeto das instalações. Ressalta- se que a correta execução das instalações também é fundamental para a obtenção do desempenho esperado dos sistemas hidráu-licos prediais.

O desenvolvimento de novas tecnologias e materiais é contínuo, tendo sempre como

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna:[email protected]@ipt.br

LuCIano zaneLLaé engenheiro civil (feG-unesp) e professor, mestre e doutor em engenharia Civil na área de saneamento e ambiente (feC/unicamp) e pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e saneamento do Cetac/IPt

sImone naKamoto tanInaGa é enge-nheira civil (Poli -usP), mestranda em tecnologia em Cons-trução de edifícios (IPt) e pesquisadora do Laboratório de Instalações Prediais e saneamento do Cetac/IPt

Page 49: Gestão de Desafios

49revista notícias da construção / setembro 2014

Material NorMa Brasileira de requisitos MíNiMos (tuBos)

NorMas Brasileirasde projeto e iNstalação

CobreABNT NBR 13206:2010

Tubo de cobre leve, médio e pesado, sem costura, para condução de fluidos – Requisitos

ABNT NBR 7198:2003Projeto e execução de instalações prediais de água quente

CPVC

ABNT NBR 15884-1:2010Sistemas de tubulações plásticas para instalações

prediais de água quente e fria — Policloreto de vinila clorado (CPVC)

Parte 1: Tubos - Requisitos

ABNT NBR 7198:2003 Projeto e execução de instalações prediais de

água quente

ABNT NBR 15884-3:2010Sistema de tubulações plásticas para instalações

prediais de água quente e fria — Policloreto de vinila clorado (CPVC) Parte 3: Montagem, instalação,

armazenamento e manuseio

PP-R

ABNT NBR 15813-1:2010Sistemas de tubulações plásticas para instalações

prediais de água quente e fria –Parte 1: Tubos de polietileno copolímero random

(PP-R) tipo 3 - Requisitos

ABNT NBR 7198:2003 Projeto e execução de instalações prediais de

água quente

ABNT NBR 15813-3:2010Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais

de água quente e fria – Parte 1: Tubos e conexões de polietileno copolímero random (PP-R) tipo 3 Parte 3: Montagem, instalação, armazenamento e manuseio

PE-X

ABNT NBR 15939-1:2011Sistemas de tubulações plásticas para instalações

prediais de água quente e fria — Polietileno reticulado (PE-X) Parte 1: Requisitos e métodos

de ensaio

ABNT NBR 7198:2003Projeto e execução de instalações prediais de

água quente

ABNT NBR 15939-2:2011Sistemas de tubulações plásticas para instalações

prediais de água quente e fria — Polietileno reticulado (PE-X) Parte 2: Procedimentos para projeto

ABNT NBR 15939-3:2011 Sistemas de tubulações plásticas para instalações prediais de água quente e fria

— Polietileno reticulado (PE-X)Parte 3: Procedimentos para instalação

Normas Brasileiras de tuBos e coNexões para sistemas hidráulicos prediais de água queNte – requisitos míNimos e procedimeNtos de projeto e iNstalação

Material do tubo/conexão tipos de união previstos pelas norMas brasileiras

Cobre Solda a quente (por capilaridade)

Dilatação térmica linear (10-3mm/moC) Solda fria (química)

Ensaio de Flexão (MPa)* Eletrofusão e termofusão

Impacto de corpo de duro (m) Junta mecânica (crimpagem) e eletrofusão

Compressão uniaxial (MPa)* Indicador da resistência mecânica e durabilidade da rocha

Desgaste Amsler (mm/ 1000m) Principalmente quando aplicada empisos de alto tráfego de pessoas

Forma de uNião eNtre os tuBos e coNexões para sistemas hidráulicos prediais de água queNte

foco a melhoria do desempenho das tubula-ções, seja em relação às suas características físicas, químicas e mecânicas, como resistên-cia à altas temperaturas e pressões, seja em relação às técnicas de execução, visando, por exemplo, a redução do número de juntas, e a rapidez e facilidade de instalação.

São exemplos de novas tecnologias para sistemas hidráulicos prediais de água quente os tubos multicamadas e os tubos e conexões em polibutileno.

Os tubos multicamadas consistem em tubos de paredes interna e externa de polie-tileno ou polietileno reticulado aderidas a um tubo central de alumínio, proporcionando uma tubulação flexível e com boa resistência mecânica.

Os tubos e conexões em polibutileno também são flexíveis e possuem sistemas de juntas tipo engate rápido, dispensando o uso de ferramentas na instalação.

O surgimento de novas tecnologias exige o estudo e desenvolvimento de normas que regulem a produção e utilização destes sis-temas e materiais e estabeleçam os métodos de avaliação aos quais os tubos e conexões deverão ser submetidos, de forma a garantir o seu desempenho.

Ensaio de verificação da resistência à pressão hidrostática interna

tubo multicamada PEX-al-PEX

Ensaio em tubos PE-X

Sistema de tubulações em polibutileno

Fotos: Cetac/IPT

Foto: Mexichem Brasil

Foto: Tigre S.A.

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50 revista notícias da construção / setembro 2014

A legalidade da subcontratação de serviços na construção civil está no artigo 455 da CLT. Os artigos 594 e seguintes e 610 e seguintes do Código Civil também a autorizam. O art. 610 inclusive autoriza expressamente a contratação de empreitada de lavor. Todos esses dispositivos não são conflitantes, mas sim complementares.

O art. 5º, II, da Constituição Federal expressa o princípio da legalidade ao dispor que “ninguém será obrigado a fazer ou dei-xar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”. Portanto, não só inexiste proibição de se subcontratar serviços, como ocorre o oposto. E o art. 5º, XIII, da Constituição, diz ainda ser “livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão”.

Se a lei autoriza, qual o motivo da verdadeira cruzada das autoridades contra a subcontratação de serviços, incluindo a construção civil? Certamente porque, em muitos casos, subcontratações feitas ao arrepio da legislação acabam prejudicando trabalhadores.

Embora na construção civil estejamos falando da subcontratação de serviços, em maio o ministro Luiz Fux, do STF, reconhe-ceu a repercussão geral da matéria atinente à terceirização. Assim, a constitucionalidade da terceirização de serviços será apreciada pela Corte Suprema.

A matéria suscita discussões apaixo-nadas. Tão logo o STF admitiu a análise da matéria, começaram as articulações para tentar sensibilizar a Corte da ilegalidade da terceirização de serviços.

Todavia, a análise da Constituição Federal, bem como da legislação ordinária, não autoriza a conclusão de haver ilegali-dade na subcontratação ou na terceirização de serviços.

É preocupante que construtoras que contratam amparadas na lei e cumprem as determinações legais sejam sistematica-mente intimadas pelo Ministério Público do Trabalho a firmarem Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para não mais subcontra-tarem serviços. Como se recusam a assinar, acabam sendo demandadas em ações civis públicas, com pedido de pagamento de in-denizações por danos morais coletivos em quantias vultosas.

Na maioria das vezes, a recusa em assinar TAC ocorre por um único motivo: se assinar o Termo, a empresa ficará impos-sibilitada do pleno exercício da atividade.

A construção civil precisa discutir a necessidade de subcontratar serviços sem qualquer receio. É preciso jogar luz sobre a questão para que os problemas possam ser

enfrentados e corrigi-dos, propiciando às empresas subcontratar com segurança.

Não há argumen-to que possa refutar a

autuação de quem contrata sem a adequada verificação da capacidade do subcontratado, bem como deixa de fiscalizar se este cumpre as disposições legais. Também não há como refutar a aplicação de penalidade a quem se recusa a adequar conduta prejudicial aos trabalhadores e incompatível com a lei.

No entanto, proibir a subcontratação ou a terceirização de serviços não encontra amparo legal e gera grande insegurança, afetando diretamente trabalhadores e em-pregadores.

sem medo de terceirizar

subcontratações na construção têmamparo na constituição e na clt

j u r Í D i c o

renato romano fILHo é assessor jurídico dosindusCon-sP, membro de seu Conselho jurídico, da CPrt e do fórum dos advogados da CBIC, e sócio da romano filho sociedade de advogados

envie seus comentários, críticas, perguntas e sugestões de temas para esta coluna: [email protected]

Page 51: Gestão de Desafios

Brasil põe três restaurantes entre os melhores do mundo.

Aprovação a Dilma bate recorde, mas eleitor quer Lula em 2014Pesquisa Datafolha mostra que governo é aprovado por 64% dos eleitores, taxa mais alta para um presidente com 15 meses de mandato.

Aprovação a Dilma bate recorde, mas eleitor quer Lula em 2014Pesquisa Datafolha mostra que governo é aprovado por 64% dos eleitores, taxa mais alta para um presidente com 15 meses de mandato.

Após 23 anos, Ricardo Teixeira deixa presidência da CBF José Maria Marín assume o cargo Tostão: Ainda é cedo para festejar a saída Juca Kfouri: Pretensão de Ronaldo na confederação é progresso

Brasil põe três restaurantes entre os melhores do mundo.

GOVERNO PAULISTA

Casas novas de Alckmin têm infiltração e vazamento

TRAGÉDIA

Três prédios desabam no centro do Rio

JANIO DE FREITASO Supremo e o mensalão

ANTONIO PRATAEla o chama, ele finge que não ouve

JOSÉ SIMÃOUeba! Saiu a CPI da Galinhada!

MÔNICA BERGAMOClube bem amado

blogs e colunistas

VIAGEM

Em Cuba, Dilma critica EUA por Guantánamo

Empresas avançam para fazer do celular a sua carteira.

Empresas avançam para fazer do celular a sua carteira.

Supermercados acabam com sacolinhas em São Paulo.

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