gil vicente
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GIL VICENTEA desmistificação
de Portugal
Vida do autor São incertas as informa-
ções sobre Gil Vicente; Terá nascido provavel-
mente em Guimarães; O ano de 1465 é apon-
tado como sendo o do seu nascimento;
Viveu em Lisboa e fre-quentava a corte;
Nasce durante o reinado de D. Afonso V e percorre os reinados de D. João II, D. Manuel e morre durante o reinado de D. João III;
Na primeira década do século XVI, era "mestre da balança" da Casa da Moeda de Lisboa;
Em 1520, estava incumbido pelo rei D. Manuel I de es-crever, organizar e ensaiar os autos para a corte.
Casou duas vezes e teve várias actividades profis-sionais: Ourives (é-lhe atribuí-
da a autoria da famosa Custódia de Belém);
Escritor, encenador e actor.
Reinado de D. Manuel Corresponde à época áurea
dos Descobrimentos: Abundância de ouro; Gosto pela ostentação; Importância conferida às
cortes enquanto veículo de divulgação cultural;
Cultivava-se o espírito humanista e renascentista.
Casamento de D. Manuel
Reinado de D. João III Época da instauração
da Inquisição em Portugal: Diminuem as festas
e representações teatrais;
Perda da espontanei-dade e da alegria;
As obras são censura-das.
Principais temas vicentinos Criticava:
A justiça; O novo-rico; Os escudeiros; As alcoviteiras; A actuação do rei; O povo;
A Igreja – por causa da vida desregrada, da imoralidade nos conventos, do comércio de almas e pecados (bulas e indulgências);
Revelava os reais motivos que im-pulsionavam os marinheiros dos Des-cobrimentos.
Pai do teatro português? Gil Vicente contribuiu decisivamente
para tornar mais consistentes as manifestações teatrais já existentes (associando o profano e o religioso, recorrendo a vários elementos tea-trais, dotando a peça de um enredo mais elaborado);
Não pode ser considerado o pai, já que isso seria pressupor que não existiam manifestações teatrais.
Classificação da sua obra
Normalmente, o autor divide a sua obra em: Comédias; Farsas; Moralidades.
Autor de transição
Vive entre a Idade Média e o começo (português) do Renascimento.
A sua obra reflecte valores sociais, religiosos e culturais muito diversificados.
Gil Vicente tem mantido bastante da sua actualidade uma vez que, dominado por um espírito reformador e satírico, observava a sociedade e o comportamento de típicos grupos humanos que ainda hoje persistem.
AUTO DA BARCA DO INFERNO 1517
Incorpora-se nas moralidades já que pretende representar determinados pre-ceitos (morais, políticos, religiosos,…) através da crítica aos costumes, hábitos e vícios da sociedade.
ARGUMENTO Neste auto, as almas
chegam ao cais que “per força havemos de passar”, são submeti-das a um julgamento e a sentença dita-lhes a entrada numa de duas barcas: a do Anjo ou a do Diabo.
A porta do Inferno A porta do Paraíso
FIM