herpetologia agosto 2020 brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfhistória da...

227
Agosto 2020 rasileira B H erpetologia volume 9 número 2 ISSN: 2316-4670

Upload: others

Post on 12-Nov-2020

4 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades

1

Agosto 2020

rasileiraBHerpetologia

volume 9 nuacutemero 2ISSN 2316-4670

HerpetologiarasileiraB

Agosto de 2020

Uma publicaccedilatildeo da Sociedade

volume 9 nuacutemero 2

Sociedade Brasileira de Herpetologiawwwsbherpetologiaorgbrhttpswwwinstagramcomsbherpetologia

Presidente Otavio Augusto Vuolo Marques1deg Secretaacuterio Selma Maria Almeida Santos2deg Secretaacuterio Karina Rodrigues da Silva Banci1deg Tesoureiro Myriam Elizabeth Velloso Calleffo2deg Tesoureiro Rafael dos Santos Henrique

Conselho Deacuteborah Silvano Diego Santana Joseacute P Pombal Jr Luciana Nasci-mento Luis Felipe Toledo Magno V Segalla Marcio Martins Mariana L Lyra e Taran Grant

Membros Honoraacuterios Augusto S Abe Carlos Alberto G Cruz Ivan Sazima Luiz D Vizzoto Thales de Lema

Diagramaccedilatildeo Isadora Puntel de Almeida

ISSN 2316-4670

Brasileira de Herpetologia

Corallus cropaniGuapiruvu Eldorado - SP Jonne Roriz

Micrurus lemniscatusParna Serra do Divisor - AC Glauco Oliveira

Informaccedilotildees Gerais

eacute quadrimestral (com nuacutemeros em Abril Agosto e Dezembro) e publica textos sobre assuntos de interesse para a comunida-de herpetoloacutegica brasileira

Ela eacute disponibilizada em formato PDF apenas online na paacute-gina da Sociedade Brasileira de Herpetologia (httpwwwsbherpetologiaorgbrpublicacoesherpetologia-brasileira) e nas redes sociais ou seja natildeo haacute versatildeo impressa em graacutefica Entretanto qualquer associado pode imprimir este arquivo

A revista eletrocircnica Herpetologia Brasileira

Xxxxxxxx xxxxxxxxxXxxxxxxx Xxxxxxx - XX Diego Cavalheri

Dendropsophus rhodopeplusCruzeiro do Sul - AC Lucas Lima

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees diversas sobre a SBH e eacute de responsabilidade da diretoria da Sociedade

Notiacutecias Herpetoloacutegicas Gerais Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre os eventos cursos concursos fon-tes de financiamento bolsas projetos etc de interesse para nossa comunidade A seccedilatildeo tambeacutem inclui informaccedilotildees sobre grupos de pesquisa instituiccedilotildees progra-mas de poacutes-graduaccedilatildeo etc

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre a conservaccedilatildeo da herpetofauna brasileira ou de fatos de interesse para nossa comunidade

Histoacuteria da Herpetologia Brasileira Esta seccedilatildeo apresenta ensaios entrevistas e curiosidades sobre a histoacuteria da herpeto-logia Brasileira (eg congressos histoacuterias de campo etc hellip) buscando resgatar um pouco a histoacuteria da herpetologia brasileira para os dias atuais

Trabalhos Recentes Esta seccedilatildeo apresenta resumos breves de trabalhos publica-dos recentemente sobre espeacutecies brasileiras ou sobre outros assuntos de interesse para a nossa comunidade preferencialmente em revistas de outras aacutereas

Dissertaccedilotildees amp Teses Esta seccedilatildeo eacute publicada anualmente no uacuteltimo volume do ano (dezembro) e apresen-ta as informaccedilotildees sobre as dissertaccedilotildees e teses em qualquer aspecto da herpetologia brasileira defendidas no ano anterior Qualquer egresso ou orientador pode entrar em contato diretamente com o editor da seccedilatildeo informando os seguintes dados refe-rentes a dissertaccedilatildeo ou tese defendida (1) universidade e departamentoinstituto (2) graduaccedilatildeo (3) data da defesaaprovaccedilatildeo (4) programa de poacutes-graduaccedilatildeo (5) aluno (6) tiacutetulo (7) orientador

Seccedilotildees

Seccedilotildees

Meacutetodos em Herpetologia Esta seccedilatildeo trata dos meacutetodos claacutessicos e de vanguarda referentes a herpe-tologia Satildeo abrangidos revisotildees e descriccedilotildees de novos meacutetodos empiacutericos relacionados aos diversos meacutetodos de coleta e anaacutelise de dados represen-tando a multidisciplinaridade da herpetologia moderna

Ensaios amp Opiniotildees Esta seccedilatildeo apresenta opiniotildees sobre assuntos de interesse geral em herpe- tologia

ResenhasEsta seccedilatildeo apresenta textos que resumem e avaliam o conteuacutedo de livros de interesse para nossa comunidade

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Esta seccedilatildeo apresenta artigos que preferencialmente resultam de observa-ccedilotildees de campo de natureza fortuita realizadas no Brasil ou sobre espeacutecies que ocorrem no paiacutes

Obituaacuterios Esta seccedilatildeo apresenta artigos avisando sobre o falecimento recente de um membro da comunidade herpetoloacutegica brasileira ou internacional conten-do uma descriccedilatildeo de sua contribuiccedilatildeo para a herpetologia

Listas de Espeacutecies Brasileiras Periodicamente a SBH publica a lista oficial de espeacutecies de anfiacutebios e reacutepteis brasileiros

Editores Gerais Deacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Joseacute P Pombal Jr (pombalacdufrjbr)Magno Segalla (msegallagmailcom)

Editor de liacutengua inglesaRoss D MacCullochRoyal Ontario Museum Canada

Notiacutecias da SBH Rafael dos Santos Henrique (rafahenriquebiologiagmailcom)

Notiacutecias Herpetoloacutegicas GeraisCinthia Aguirre Brasileiro (cinthia_brasileiroyahoocombr)Mirco Soleacute (mksoleuescbr)Paulo Seacutergio Bernarde (snakebernardehotmailcom)Rachel Montesinos(kelmontesinosgmailcom)

Notiacutecias de ConservaccedilatildeoCybele Lisboa(cyblisboayahoocombr)Deacutebora Silvano (deborasilvanogmailcom)

Corpo Editorial

Ibere F Machado (iberemachadogmailcom)Luis Fernando Marin (pulchellagmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)

Histoacuteria da Herpetologia BrasileiraDeacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

Trabalhos RecentesAdriano Oliveira Maciel (aombiologoyahoocombr)Ariadne Fares Sabbag (ariadnesabbaggmailcom)Daniel S Fernandes (danferufrjgmailcom)Jeacutessica Mudrek (jessicamudrekgmailcom)Laura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)

Corpo Editorial

Dissertaccedilotildees amp TesesGiovanna G Montingelli (mastigodryasgmailcom)

DivulgaccedilatildeoLaura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

Meacutetodos em HerpetologiaAlexandro Tozetti (alexandrotozettigmailcom)Luis Felipe Toledo (toledolf2yahoocom)

Ensaios amp OpiniotildeesJulio Cesar Moura-Leite (jmouraleitegmailcom)Luciana B Nascimento (lunapucminasbr)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

ResenhasJoseacute P Pombal Jr - Anfiacutebios (pombalacdufrjbr)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo GeograacuteficaCarla Santana Cassini - Anfiacutebios (carlacassinigmailcom)Henrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

ObituaacuteriosEntrar em contato com os editores

Listas de Espeacutecies BrasileirasHenrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Magno Segalla - Anfiacutebios (msegallagmailcom)Paulo Christiano A Garcia - Anfiacutebios(pcagarciagmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Sumaacuterio

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia

2612

4454

76136

Trabalhos Recentes

Ensaios e Opiniotildees

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Listas de Anfibios e Reacutepteis

38Histoacuteria da Herpetologia

66Resenhas

Ameerega pulchripectaSerra do Navio - AP Eduardo Campo

12

A Herpetologia Brasileira (HB) revista eletrocircnica de divulgaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Her-

petologia eacute produzida atraveacutes da dedi-caccedilatildeo voluntaacuteria de nossos editores e busca a sintonia com as demandas da nossa comunidade herpetoloacutegica Nes-te contexto a Herpetologia Brasileira esta em constante construccedilatildeo buscan-do uma maior interaccedilatildeo com a nossa comunidade herpetoloacutegica

Desde o iniacutecio do mecircs de junho de 2020 HB estaacute presente nas miacutedias sociais Agora aleacutem dos volumes publicados nos meses de abril agosto e dezembro HB tambeacutem esta no Instagram com o perfil Herpetologia Brasileira - HB e no Twitter

Notiacutecias da SociedadeBrasileira de HerpetologiaNota dos editores

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Nossos perfis satildeo coordenados por nos-sas novas editoras e divulgadoras

Laura Alencar Mariana Pontes Quezia Ramalho e Sarah Macircngia

Sigam a HB e guardem por mais novi-dades nos nossos canais de comunica-ccedilatildeo

13

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Deacutelio Baecircta Joseacute P Pombal Jr e Magno Segalla

Editores Gerais - Herpetologia Brasileira

Mudanccedila no corpo editorial

A SBH e a Herpetologia Brasi-leira agradecem imensamente aos nossos editores que deixam o nosso corpo editorial e daacute boas vindas aos novos editores

A produccedilatildeo das revistas da SBH soacute eacute possiacutevel graccedilas agrave dedicaccedilatildeo dos membros dos corpos editoriais

que dedicam seu tempo agrave editoraccedilatildeo Devido a outras exigecircncias profissionais e pessoais agraves vezes os editores satildeo obri-gados a renunciar aos cargos para poder atender a outras demandas e permitir que outros pesquisadores passem a fa-zer parte dos corpos editoriais

Agradecemos imensamente aos editores

Francisco Luis Franco (Obituaacuterios)

Rodrigo Tinoco (Editor graacutefico e con-tato para publicidade)

Yeda Bataus (Notiacutecias de Conservaccedilatildeo)

Tambeacutem damos boas-vindas aos novos editores que passam a inte-grar a Herpetologia Brasileira

Jessica R Mudrek (Trabalhos Recentes)

Laura R V de Alencar (Trabalhos Recentes)

Mariana R Pontes (Notiacutecias da conservaccedilatildeo)

Quezia Ramalho (Resenhas)

Sarah Macircngia (Notas de Histoacuteria Natural e Distri-buiccedilatildeo Geograacutefica)

14

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Devido agrave pandemia do novo co-ronaviacuterus a diretoria da SBH juntamente com seus con-

selheiros decidiu adiar o Congresso Brasileiro de Herpetologia (CBH) que ocorreria em meados de julho de 2021

A organizaccedilatildeo de um CBH eacute desafiado-ra e conta com a participaccedilatildeo o enga-jamento e o voluntariado de diversas pessoas instituiccedilotildees e empresas Esse desafio seria ainda maior durante uma pandemia na qual haacute incertezas e pre-ocupaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves nossas ativi-dades diaacuterias e ao futuro Aleacutem disso a diretoria da SBH acredita que ainda natildeo podemos pensar na organizaccedilatildeo de um evento que aglomeraraacute pessoas em salas e auditoacuterios Haacute muitas in-certezas para o proacuteximo ano e o mais seguro seraacute adiar o nosso tatildeo querido CBH para um momento no qual tenha-mos tranquilidade para estarmos todos juntos discutindo ciecircncia e encontran-do velhos e novos amigos A diretoria da SBH espera que todos estejam bem e que possamos nos encontrar no Con-gresso Brasileiro de Herpetologia de 2022

Editor Rafael S Henrique

Congresso Brasileiro de Herpetologia adiado

15

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Corallus caninusManaus - AM Alexander T Mocircnico

16

Os dados de citaccedilatildeo de 2019 para os perioacutedicos indexados na Web of Science foram publicados

no final de junho e a South American Journal of Herpetology (SAJH) alcan-ccedilou seu maior fator de impacto (FI) 1388 ultrapassando perioacutedicos tradi-cionais de referecircncia mundial na aacuterea (Figura 1) Esse resultado eacute a conquista de toda a nossa sociedade especialmen-te dos editores associados e inuacutemeros revisores que de maneira voluntaacuteria laboram para garantir a qualidade dos trabalhos e dos autores que escolhem a SAJH para publicar seus resultados

Parte da estrateacutegia para atingir esse FI inclui a limitaccedilatildeo do nuacutemero de artigos publicados por ano O FI eacute calculado como o nuacutemero de citaccedilotildees no ano C aos artigos publicados nos anos A e B dividido pelo nuacutemero de artigos publi-cados nos anos A e B Idealmente to-dos os artigos publicados contribuiacuteram positivamente para o FI Entretanto infelizmente natildeo todos os artigos cien-tificamente excelentes e importantes satildeo altamente citados nos primeiros dois anos apoacutes sua publicaccedilatildeo e a reali-dade eacute que a maioria dos artigos publi-cado na SAJH natildeo eacute bem citada duran-te esse periacuteodo Portanto o FI depende criticamente dos muito poucos artigos altamente citados - principalmente os estudos monograacuteficos publicados como nuacutemeros especiais Para natildeo diluir o efeito desses artigos altamente citados eacute necessaacuterio limitar o nuacutemero total de artigos publicados

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Informe sobre a South American Journal of Herpetology

Uma consequecircncia infeliz dessa limi-taccedilatildeo tem sido o atraso prolongado da publicaccedilatildeo de artigos aceitos Com a consolidaccedilatildeo do nosso FI em 2020 comeccedilamos a aumentar o nuacutemero de artigos publicados por ano de 24-25 em anos anteriores a 34-35 este ano Tambeacutem alteramos os procedimentos de publicaccedilatildeo para aproveitar melhor o mecanismo de ldquoissues in progressrdquo que a BioOne oferece para a liberaccedilatildeo an-tecipada online dos artigos aceitos Sob esse mecanismo os artigos necessaria-mente satildeo liberados na versatildeo final in-clusive com a paginaccedilatildeo final Portan-to todos os artigos de um determinado volume devem ser liberados na sequecircn-cia final engessando o processamento dos artigos Para garantir maior flexi-bilidade em 2020 comeccedilamos a publi-car vaacuterios volumes por ano em vez de um uacutenico volume com vaacuterios nuacutemeros Desta maneira podemos disponibilizar artigos de vaacuterios volumes simultanea-mente agrave medida que a ediccedilatildeo e a dia-gramaccedilatildeo forem finalizadas aceleran-do a disseminaccedilatildeo dos artigos Com essa mudanccedila a expectava no iniacutecio do ano era a liberaccedilatildeo de todos os artigos aceitos ateacute junho de 2020 mas natildeo foi possiacutevel atingir essa meta por causa dos diversos impactos da pandemia de COVID-19 De qualquer forma todos os artigos aceitos seratildeo liberados nos proacuteximos meses inclusive os dos volu-mes formalmente publicados em 2021

17

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Agrave medida que a revista cresce e amadu-rece surgem novos desafios O aumen-to significativo na taxa de submissatildeo de artigos tem sido um estresse enor-me para a gestatildeo da revista Aleacutem da demora em receber pareceres de qua-lidade sobre as submissotildees - um desa-fio que todos os perioacutedicos enfrentam - as demandas de correspondecircncia com autores durante o processamento das submissotildees aumentaram resultando em respostas atrasadas ou inclusive e-mails natildeo atendidos Essa situaccedilatildeo tambeacutem exacerbada pela pandemia eacute lamentaacutevel e inaceitaacutevel Portanto a Diretoria da SBH autorizou a contrata-ccedilatildeo de serviccedilo de secretariado para au-xiliar na comunicaccedilatildeo com os autores

e funccedilotildees relacionadas o que deve ser fechada em breve

Com essas mudanccedilas estou confiante de que iremos conseguir manter a exce-lecircncia e o alto ranking da SAJH reduzir significativamente o prazo de liberaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos artigos e melhorar a frequecircncia e a qualidade das interaccedilotildees com os autores durante o processamen-to das submissotildees

Taran Grant

Editor-in-Chief SAJH

Figura 1 Valores do Fator de Impacto de 2019 de perioacutedicos da aacuterea da herpetologia

18

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

NOTA DE REPUacuteDIO DAS ASSOCIACcedilOtildeES E SOCIEDADES

CIENTIFICAS BRASILEIRAS AO DESMANTELAMENTO DAS POLIacuteTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

A Sociedade Brasileira para Progresso da Ciecircncia (SBPC) Associaccedilatildeo

Brasileira de Limnologia (ABLimno) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e

Conservaccedilatildeo (ABECO) Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO) Sociedade

Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP) Sociedade

Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox) Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC) Associaccedilatildeo Brasileira de

Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen) Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-

Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) Sociedade Astronocircmica Brasileira

(SAB) Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) Sociedade Brasileira de Biofiacutesica

(SBBf) Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos Sociedade Brasileira de

Geneacutetica (SBG) Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Sociedade Brasileira de

Eletromagnetismo (SBMAG) Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO) Associaccedilatildeo Nacional de

Histoacuteria (ANPUH) Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT) Sociedade

Brasileira de Matemaacutetica (SBM) Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Sociedade Brasileira de Virologia Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais

(SBPM) Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) Sociedade Brasileira de Quiacutemica

(SBQ) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP) Associaccedilatildeo Nacional de

Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL) Sociedade Brasileira

De Zoologia (SBZ) Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) Sociedade

Brasileira de Carcinologia (SBC) Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Sociedade Brasileira de Etologia SBEt Sociedade Brasileira de Malacologia

(SBMa) Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) Sociedade Brasileira de

Primatologia (SBPR) Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto) Sociedade

Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL) Sociedade Brasileira para

o Estudo de Quiropteros (SBEQ) Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias (ESOCITE)

vecircm manifestar repuacutedio quanto ao enfraquecimento e desmantelamento das poliacuteticas de

19

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia conservaccedilatildeo ambiental no Brasil desde o iniacutecio de 2019 aumentando a pressatildeo humana

sobre os ecossistemas brasileiros e sobre agrave Biodiversidade Efeitos de meacutedio e longo prazo

sobre perda de haacutebitats e de espeacutecies satildeo esperados com danos de grande magnitude agrave

biodiversidade brasileira consequentemente no funcionamento dos ecossistemas Este

quadro eacute uma das consequecircncias da reduccedilatildeo de dispositivos legais de fiscalizaccedilatildeo do

desmantelamento dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle aleacutem da reduccedilatildeo dos

mecanismos de participaccedilatildeo popular em oacutergatildeos como o CONAMA (1)

A recente declaraccedilatildeo do Ministro do Meio do Ambiente Ricardo Salles repercutida em

todo mundo eacute um grave indicativo da ausecircncia de uma poliacutetica ambiental com foco na

conservaccedilatildeo e sustentabilidade dos recursos naturais do paiacutes assim como um grave atentado

contra o proacuteprio Ministeacuterio que deveria representar Ao declarar que o ldquogoverno deveria

aproveitar o momento em que o foco da sociedade estaacute voltado para o combate ao Covid

19 para simplificar regras e normasrdquo o atual ministro abre um grave precedente agrave

devastaccedilatildeo do sistema de conservaccedilatildeo ambiental brasileiro expondo accedilotildees contra os

interesses nacionais de gestatildeo dos recursos naturais que satildeo funccedilatildeo da sua proacutepria pasta

Tais medidas aleacutem de questionadas devem ser submetidas a um rigoroso processo de

avaliaccedilatildeo com as devidas medidas legais aplicadas

A falta de compromisso do atual governo com a conservaccedilatildeo ambiental expotildee a

falha no cumprimento dos princiacutepios expostos no artigo 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira que

claramente descreve o papel da Uniatildeo e da coletividade na defesa e preservaccedilatildeo do meio

ambiente

A ideia de desmantelamento vem desde a eacutepoca das eleiccedilotildees quando o entatildeo candidato

cogitava na extinccedilatildeo da pasta do Meio Ambiente como Ministeacuterio No entanto a existecircncia do

mesmo natildeo foi garantia de manutenccedilatildeo da poliacutetica de conservaccedilatildeo ambiental acordos climaacuteticos

e combate ao desmatamento sendo o Serviccedilo Florestal Brasileiro transferido para o Ministeacuterio da

Agricultura e a Agecircncia Nacional das Aacuteguas (ANA) para o Ministeacuterio de Desenvolvimento

Regional

- O desmatamento da Amazocircnia tem registrado os maiores aumentos percentuais

dos uacuteltimos 10 anos desde 2019 com um pico registrado no uacuteltimo mecircs de abril no Estado

do Paraacute segundo dados gerados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) (2) Entre

as graves consequecircncias no avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia podem ser destacados aleacutem

da irreparaacutevel perda da biodiversidade os efeitos em escala global com aumento de incidecircncia de

secas e extremos climaacuteticos bem como aumento da liberaccedilatildeo de CO2 (134)

20

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

- A reduccedilatildeo abrupta no uacuteltimo ano do nuacutemero de multas aplicadas pelo IBAMA em

todo paiacutes (5) especialmente na regiatildeo Norte e as frequentes declaraccedilotildees negativas do

Ministro Ricardo Salles e do proacuteprio governo em relaccedilatildeo aos marcos regulatoacuterios que

definem o papel criacutetico dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo expondo o patrimocircnio ambiental do

paiacutes a um aumento sem precedentes no desmatamento e a outros crimes de natureza

predatoacuteria

- Exoneraccedilatildeo de especialistas de cargos fundamentais na fiscalizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

de estrateacutegias e poliacuteticas de conservaccedilatildeo ambiental como ICMBio (6) Criado pela lei

11516 de 28 de agosto de 2007 o ICMBio tem como missatildeo executar medidas para

cumprimento do exposto no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo)

incluindo fiscalizaccedilatildeo das Unidades de Conservaccedilatildeo (UCs) instituiacutedas por lei Outra

medida do atual governo foi a revisatildeo de UCs alegando ilegalidades na criaccedilatildeo com

possibilidade de afrouxamentos nos niacuteveis de proteccedilatildeo ambiental que foram instituiacutedos

por teacutecnicos especializados atraveacutes de criteriosa anaacutelise ambiental e planos de manejo

Tais medidas associadas a outras de mesma natureza expotildee as UCs a alta vulnerabilidade

e riscos pois incluem aacutereas de alta relevacircncia para conservaccedilatildeo espeacutecies raras e

endecircmicas bem como haacutebitats uacutenicos e espeacutecies altamente ameaccedilados

- Desde o iniacutecio do atual governo aproximadamente 551 agrotoacutexicos foram

liberados sendo que 30 a 35 destes foram considerados potencialmente canceriacutegenos

pelas agecircncias regulamentadoras internacionais e proibidos pela Uniatildeo Europeacuteia Aleacutem

dos evidentes riscos agrave sauacutede humana o aumento na liberaccedilatildeo de agrotoacutexicos com alto

iacutendice de toxicidade representam um retrocesso na poliacutetica ambiental nacional com

consequentes e seacuterios riscos agrave sauacutede humana e aos ecossistemas naturais (7) aumentando

concentraccedilatildeo e acuacutemulo de substacircncias deleteacuterias nos solos e corpos dacuteaacutegua

- O definhamento do sistema de Gestatildeo de Riscos e Resposta a Desastres Naturais

bem como a ausecircncia de investimentos para o setor ao longo dos anos aumenta a

vulnerabilidade dos ecossistemas da biodiversidade e da populaccedilatildeo humana a fatores que

podem ser evitados a partir do comprometimento governamental quanto ao

monitoramento preventivo agrave contenccedilatildeo de diversos acidentes envolvendo por exemplo

o derramamento de substacircncias toacutexicas e o rompimento de barragens As falhas constantes

na coordenaccedilatildeo e na gestatildeo de crises ambientais assim como a reduccedilatildeo abrupta de

investimentos foram expostas durante o episoacutedio do derramamento de petroacuteleo que

contaminou a costa brasileira em 2019 Neste caso mesmo com a ocorrecircncia de altos

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

21

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia niacuteveis de contaminaccedilatildeo ambiental da plataforma continental e ecossistemas associados o

Plano de Contingecircncia para Incidentes de Poluiccedilatildeo por Oacuteleo natildeo foi acionado mesmo este

estando previsto em lei (Decreto Nordm 8127 de 22 de outubro de 2013)

- A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo popular e de setores da sociedade civil em oacutergatildeos como

o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) A participaccedilatildeo da sociedade civil

representa um marco no papel de fiscalizaccedilatildeo dos ambientes no sentido da conservaccedilatildeo

uso e gestatildeo de seus recursos naturais Assim a reduccedilatildeo da participaccedilatildeo da sociedade

nesse processo se reflete o enfraquecimento de um marco democraacutetico importante no

processo decisoacuterio

- Aleacutem das questotildees de abrangecircncia nacional como as previamente mencionadas

a natildeo adesatildeo e saiacuteda do Brasil das discussotildees associadas agraves poliacuteticas internacionais de

Combate de mudanccedilas climaacuteticas e Aquecimento Global eacute um retrocesso Os draacutesticos

cortes de verbas e discursos erraacuteticos e negacionistas sobre a relevacircncia das medidas a

serem tomadas nesse sentido eacute um indicador da ausecircncia de compromisso do presente

governo com as poliacuteticas internacionais incluindo a reduccedilatildeo da emissatildeo de gases de efeito

estufa em um momento onde o aumento destes gases liberados pela crise de

desmatamento e incecircndios na Amazocircnia receberam grande repercussatildeo internacional

Diante desse cenaacuterio as presentes Associaccedilotildees e Sociedades Cientiacuteficas Brasileiras

da aacuterea de Biodiversidade Ciecircncias Bioloacutegicas Ciecircncias Exatas e Humanidades

expressam seu repuacutedio e solicitam providecircncias dos oacutergatildeos responsaacuteveis no sentido de

impedir e coibir a atual poliacutetica de desmantelamento ambiental O patrimocircnio ambiental

eacute um elemento criacutetico no desenvolvimento e manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta e das

futuras geraccedilotildees e portanto deve ser salvaguardado de medidas predatoacuterias O futuro do

Brasil depende da sua Natureza

Brasil 26 de maio de 2020

Ildeu Moreira

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia (SBPC)

Luciana Gomes Barbosa (UFPB) Presidente da Associaccedilatildeo Brasileira de Limnologia (ABLimno)

Carlos Eduardo de Viveiros Grelle

Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

22

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Maria Alice dos Santos Alves Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)

Fernanda Vidigal Duarte Souza

Sociedade Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG)

Tacircnia Regina dos Santos Silva (UEFS) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Ana da Silva Leacutedo

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP)

Flavio Manoel Rodrigues da Silva Juacutenior Presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox)

Ricardo Gazzinelli

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Gisele Sanglard Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC)

Silvia Batistuzzo

Associaccedilatildeo Brasileira de Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen)

Marco Antonio Mitidiero Junior Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)

Reinaldo de Carvalho

Sociedade Astronocircmica Brasileira (SAB)

Maria Elina Bichuette Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI)

Antonio Costa

Sociedade Brasileira de Biofiacutesica (SBBf)

Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos

Maacutercio de Castro Silva Filho Sociedade Brasileira de Geneacutetica (SBG)

Vilma Alves de Oliveira

Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Joseacute Roberto Cardoso

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

23

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)

Acircngelo Alves Correcirca Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Daniel Caixeta Andrade

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO)

Marcia Maria Menendes Motta Associaccedilatildeo Nacional de Histoacuteria (ANPUH)

Cristiano Magalhatildees Panazio

Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT)

Paolo Piccione Sociedade Brasileira de Matemaacutetica (SBM)

Ana Maria Ceacutesar Pompeu

Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Fernando Spilki Sociedade Brasileira de Virologia

Kalyne Leal

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM)

Simone Pereira Cerqueira Cruz Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)

Norberto Peporine Lopes

Sociedade Brasileira de Quiacutemica (SBQ)

Flaacutevia Biroli Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP)

Frederico Fernandes

Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL)

Luciane Marinoni

Sociedade Brasileira De Zoologia (SBZ)

Joatildeo Thadeu de Menezes Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

24

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

William Ricardo Amancio Santana (USC) Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC)

Gabriel Augusto Rodrigues de Melo

Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Fabio Prezoto Sociedade Brasileira de Etologia SBEt

Sonia Barbosa dos Santos

Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa)

Alexandre Reis Percequillo Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)

Gustavo Canale

Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPR)

Marcio Martins Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto)

Otto Bismarck Fazzano Gadig

Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL)

Enrico Bernard Sociedade Brasileira para o Estudo de Quiropteros (SBEQ)

Eliane Dias Quintela

Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Maiacutera Baumgarten Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias

(ESOCITE)

Referecircncias

1 Thomaz SM Barbosa LG Souza MC Panosso R Opinion The future of nature conservation in Brazil Inland Waters In press

2 Fonseca A Cardoso D Ribeiro J Ferreira R Kirchhoff F Amorim L Monteiro A Santos B Ferreira B Pontes M Souza Jr C Veriacutessimo A 2020 Boletim do desmatamento da Amazocircnia Legal (abril 2020) SAD (p 1) Beleacutem Imazon

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

25

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

3 CNN Brasil 2019 Quais os riscos do avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia CNN Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwcnnbrasilcombrnacional20200308quais-os-riscos-do-avanco-do-desmatamento-na-amazonia

4 Marengo JA Soares WR Saulo C Nicolini M 2004 Climatology of the low-level jet east of the Andes as derived from NCEP-NCAR reanalyses characteristics and temporal variability J Clim 172261ndash2280

5 Shalders A 2020 Queimadas disparam mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro BBC News Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwbbccomportuguesebrasil-49430376

6 Menegassi D 2020 ICMBio exonera todos os chefes de UCs que protegem o mico-leatildeo-dourado O Eco Rio de Janeiro [acessado25 de maio de 2020] httpswwwoecoorgbrreportagensicmbio-exonera-todos-os-chefes-de-ucs-que-protegem-o-mico-leao-dourado

7 Marin-Morales MA Ventura-Camargo BC Hoshina MM 2013 Toxicity of herbicides impact on aquatic and soil biota and human health In Price AJ Kelton JA editors In Herbicides ndash Current Research and Case Studies in Use InTech Rijeka Croatia p 399ndash443

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

26

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA CONSERVACcedilAtildeO DO BOI-DEO MAIS RARO DO MUNDO A JIBOIA-DO-RIBEIRA - Corallus Cropanii (HOGE1953)

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Localizada ao sul do Estado de Satildeo Paulo a regiatildeo do Vale do Ribeira abriga em uma faixa de vegetaccedilatildeo

contiacutenua grande parte dos remanescentes de Mata Atlacircntica do Brasil apresentan-do uma potencial fonte de recursos natu-rais e encantadora diversidade ecoloacutegica Abrangendo 31 municiacutepios satildeo encon-tradas diferentes tipos de comunidades distribuiacutedas historicamente ao longo de todo o Vale como quilombolas caiccedilaras indiacutegenas dentre outras aleacutem de uma rica biodiversidade ainda parcialmente desco-nhecida

Eacute nesta regiatildeo que vive uma serpente con-siderada por especialistas como uma das mais raras do mundo ameaccedilada de ex-tinccedilatildeo de acordo com a lista vermelha da Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (Marques 2010) e vulneraacutevel agrave extinccedilatildeo pela lista de espeacutecies ameaccedila-das do Brasil (ICMBio 2018) a Corallus cropanii (Hoge 1953) tambeacutem conhecida como Boa de Cropan e recentemente reba-tizada como Jiboia-do-Ribeira Acredita-

Daniela Gennari sup1 Bruno Rocha sup2

sup1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil danigen-narigmailcomsup2 Instituto Butantan 05503-900 Satildeo Paulo SP Brasil brunorochaherpetogmailcom

-se que essa jiboia tem distribuiccedilatildeo restri-ta ao Vale do Ribeira poreacutem permanecem desconhecidas a estrutura e a dinacircmica populacional desta enigmaacutetica espeacutecie

O primeiro indiviacuteduo conhecido desta es-peacutecie chegou agraves matildeos do herpetoacutelogo do Instituto Butantan Dr Alphonse Richard Hoge em 1953 e foi descrito como Xeno-boa cropanii uma homenagem ao Baratildeo Ottorino de Fiore di Cropani Geoacutelogo e Vulcanoacutelogo italiano que foi professor vi-sitante no Brasil durante a fundaccedilatildeo da Universidade de Satildeo Paulo (Hoge 1953) Apoacutes a descriccedilatildeo o indiviacuteduo - um macho com cerca de 1m de comprimento encon-trado no municiacutepio de Miracatu SP - foi tombado como holoacutetipo da espeacutecie na co-leccedilatildeo do Instituto Butantan e posterior-mente perdido no incecircndio ocorrido na mesma coleccedilatildeo em 2010 (Franco 2012)

O segundo exemplar foi encontrado em Pedro de Toledo em 1969 e levado agrave Co-leccedilatildeo do Instituto Butantan sendo poste-riormente doado ao American Museum of Natural History em New York (EUA) O

27

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

terceiro espeacutecime foi encontrado em 1978 e chegou ao Instituto Butantan pelo trem que partia da estaccedilatildeo de Santos litoral de Satildeo Paulo e por este motivo natildeo tem sua procedecircncia especiacutefica

Apoacutes cerca de 30 anos sem novos regis-tros pesquisadores do Instituto Butantan receberam um novo espeacutecime morto em 2002 encontrado no municiacutepio de Eldo-rado por um fazendeiro que havia preser-vado em aacutelcool somente a cabeccedila e a pele do animal Alguns anos depois em 2009 outro exemplar da espeacutecie foi morto e re-gistrado com uma uacutenica fotografia por moradores do bairro Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras (SP) publicado posterior-mente como o quinto registro da espeacutecie (Machado-Filho et al 2011) Em 2016 os moradores do mesmo local encontraram um novo espeacutecime da jiboia que embora tenha sido morto teve parte de sua pele e esqueleto recuperados e material geneacutetico coletado Trata-se do sexto registro e en-contra-se na coleccedilatildeo cientiacutefica do Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo

Historicamente haacute na relaccedilatildeo homem-ser-pentes diversas crenccedilas mitos e lendas negativas sobre esses animais estimulan-do a rejeiccedilatildeo e o medo e fazendo com que na maior parte das vezes as serpentes se-jam mortas quando encontradas (Argocirclo 2004 Lima-Verde 1994 Vizotto 2003) No caso da Jiboia-do-Ribeira natildeo seria diferente jaacute que segundo os moradores muitas vezes satildeo confundidas com outra espeacutecie peccedilonhenta e abundante na aacuterea a Bothrops jararacussu Outro ponto im-portante eacute que mesmo havendo exaustivo esforccedilo amostral em buscas cientiacuteficas por parte de pesquisadores na regiatildeo do Vale

todos os exemplares foram avistados ape-nas por membros da comunidade

Intrigados por esse contexto somado a deficiecircncia de dados sobre aspectos gerais da biologia da espeacutecie e os mais de 60 anos sem acesso a um espeacutecime vivo desenvol-vemos em 2016 o ldquoProjeto de Conservaccedilatildeo da Jiboacuteia do Ribeirardquo (Figura 01) utili-zando entatildeo a Educaccedilatildeo Ambiental como ferramenta principal para encontrar es-peacutecimes vivos de Corallus cropanii Con-tando com a ajuda da comunidade local buscamos ampliar a percepccedilatildeo ambiental dos moradores de diversas faixas etaacuterias atraveacutes da sensibilizaccedilatildeo a fim de elucidar os valores cientiacuteficos agregados a esta es-peacutecie e desenvolver atitudes que lhes per-mitam adotar uma posiccedilatildeo participativa a respeito das questotildees relacionadas com a conservaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo consciente dos recursos naturais Atraveacutes das atividades educativas (Figura 02) ressaltamos a im-portacircncia de encontrar espeacutecimes vivos para monitorar de perto a Jiboia-do-Ri-beira em seu habitat natural e obter infor-maccedilotildees ainda desconhecidas sobre seus haacutebitos de vida

28

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 1 Logo de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira

Figura 2 Atividade de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira para os mora-dores da comunidade do Guapiruvuacute utilizando os folhetos Foto Tiago Queiroz

29

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Para viabilizaccedilatildeo do projeto a Uniatildeo In-ternacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (IUCN) forneceu o apoio financeiro atra-veacutes do Boas and Phytons Specialist Group (BPSG) e contamos tambeacutem com apoio e orientaccedilotildees do RAN-ICMBio durante ofi-cina do PAN (Plano de Accedilatildeo Nacional para Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) Comeccedila-mos criando um novo nome vernacular vi-sando estreitar a ligaccedilatildeo da sociedade com esta espeacutecie o termo ldquoJiboiardquo para sinali-zar a identificaccedilatildeo como uma espeacutecie de serpente natildeo venenosa e ldquodo Ribeirardquo por ser endecircmica da regiatildeo do Vale do Ribeira Demos iniacutecio ao plano de educaccedilatildeo am-biental com a comunidade do Guapiruvuacute bairro rural de Sete Barras (SP) onde fo-ram feitos os registros mais recentes desta espeacutecie

Essa interaccedilatildeo do projeto junto agrave comuni-dade do Guapiruvuacute foi significativamente favorecida pelo fato da comunidade estar historicamente ligada agraves causas ambien-

tais e uso sustentaacutevel do meio ambiente Logo no iniacutecio houve uma parceria com a frente ambiental da Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute os ldquoAmigos da Matardquo (Figura 03) que nos ajudaram a realizar aulas e palestras sobre as espeacutecies de serpentes que habitam a regiatildeo infor-mando sobre como identificar as espeacutecies venenosas e apresentando a Jiboia-do-Ri-beira ao puacuteblico infantil jovem e adulto enfatizando que eacute um animal especial que soacute existe ali que se as pessoas continuas-sem a mataacute-los eles poderiam se extinguir antes mesmo que aprendecircssemos algo a respeito Tivemos o cuidado de destacar a relevacircncia cientifica dessa serpente acima de qualquer valor econocircmico pois sabe-mos que esta espeacutecie desperta o interesse de traficantes de animais que vendem ser-pentes para o comercio ilegal de animais de estimaccedilatildeo Ao longo desse processo foram distribuiacutedos por toda a comunidade car-tazes e folhetos contendo fotos e informa-ccedilotildees sobre a Jib0ia-do-Ribeira instruindo sobre como proceder e nos contactar no

caso de um encontro com um animal (Figura 04)

Figura 3 Bruno Rocha du-rante uma das palestras mi-nistradas junto ao grupo dos Amigos da Mata Foto Liacutevia Correcirca

30

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figuras 4 Folhetos elaborados por parte do Projeto para divulgaccedilatildeo identificaccedilatildeo da Jiboia -do-Ribeira e instruccedilotildees de como proceder frente a um encontro

Jiboacuteia do Ribeira Projeto de conservaccedilatildeo da serpente

Corallus cropanii

bull Vive somente no Vale do Ribeira bull Natildeo possui veneno

A Jiboacuteia do Ribeira

bull Possui proacuteximo a boca fossetas (buracos) entre as escamas

Projeto de conservaccedilatildeo e pesquisa de um animal raro

que vive aqui no Vale do Ribeira

Favor natildeo perturbar o animal caso o tenha encontrado

Se possui alguma informaccedilatildeo sobre a localizaccedilatildeo deste animal

favor entrar em contato pelos nuacutemeros abaixo

Bruno Rocha (Bioacutelogo) E-mail brunorochaherpetogmailcom

(11) 94908-4727 (Tim) (11) 95640-0922 (Vivo) WhatsApp

Ajude-nos a encontraacute-la Viva

31

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2- Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

A parceria Ciecircncia-Comunidade rendeu bons frutos Em ja-neiro de 2017 um novo indiviacuteduo da Jiboia-do-Ribeira foi en-contrado vivo por moradores do Bairro Guapiruvuacute no muni-ciacutepio de Sete Barras estado de Satildeo Paulo (Figuras 05 e 06)

Figuras 5 O seacutetimo es-peacutecime conhecido de Co-rallus cropanii sendo o primeiro conhecido vivo apoacutes o holoacutetipo da espeacutecie Foto Liacutevia Correcirca

Figuras 6 Detalhe das evidentes fossetas la-biais que auxiliaram a identificaccedilatildeo por parte dos moradores que a en-contraram Foto Daniela Gennari

32

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 7 Bruno Rocha com Andreacute Marques Bezerra e Paulo Viniacutecius Teixeira moradores do Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras Es-tado de Satildeo Paulo que encontraram o indiviacute-duo e nos auxiliaram durante todo o monito-ramento Foto Liacutevia Correcirca

Figura 8 A valiosa interaccedilatildeo entre os pes-quisadores e as crianccedilas da comunidade do Guapiruvu elaborada em atividades que per-mitem a conscientizaccedilatildeo e desmistificaccedilatildeo das serpentes sempre pautada nas curiosidades e histoacuterias por outro lado alertando tambeacutem possiacuteveis riscos Foto Liacutevia Correcirca

Uma fecircmea adulta com cerca de 175m de comprimento e quando estava prestes a levar uma paulada foi reconhecida como a tal Jiboia-do-Ribeira por dois rapazes do grupo que participaram das atividades de Educaccedilatildeo Ambiental que vinham sen-do desenvolvidas por parte do Projeto de Conservaccedilatildeo Jiboacuteia do Ribeira (Figuras 07 e 08) O exemplar apelidado pelas crian-ccedilas do projeto Amigos da Mata por ldquodona Crocircrdquo foi monitorado ao longo de 3 meses

consecutivos depois de ser solto no mes-mo local em que fora encontrado Figuras 09 a 13) Apoacutes o fim do monitoramento em 2017 a escassez de recursos fez com que nossas visitas e atividades educativas na regiatildeo fossem menos intensas nos uacuteltimos anos

33

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 9 Comunidade reunida para a tatildeo esperada soltura da dona Crocirc Foto Tiago Queiroz

Figura 10 Daniela Gennari e a Jiboia-do-Ri-beira durante o manejo em cativeiro Foto Tiago Queiroz

Figura 11 Bruno Rocha e a Jiboia-do-Ribeira durante o manejo para a soltura do animal no local onde foi encontrado Foto Tiago Queiroz

34

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 13 Bruno Rocha e Daniela Gennari durante o monitoramento noturno da dona Crocirc utilizando aleacutem da busca visual a frequecircn-cia do sinal do tag acopla-do ao animal Foto Tiago Queiroz

Figura 12 Daniela Gennari e Bruno Rocha durante o monitoramen-to diurno da dona Crocirc acompanhando o deslocamento do indiviacuteduo visualmente e por registros fotograacuteficos Foto Tiago Queiroz

35

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Foi quando em abril deste ano um novo indiviacuteduo de Corallus cropanii foi morto na beira de uma estrada de chatildeo no muni-ciacutepio de Sete Barras (SP) num bairro proacute-ximo de onde empreendemos as atividades de Educaccedilatildeo Ambiental Os moradores re-gistraram o encontro por fotografias e ao compararem as fotos com as informaccedilotildees disponibilizadas na internet nos cartazes do projeto entraram em contato conos-co No mesmo instante empreendemos as buscas ao espeacutecime no local de encontro com ajuda da Associaccedilatildeo de moradores do Guapiruvuacute mas infelizmente natildeo tivemos sucesso Ainda assim ao analisar detalha-damente as fotografias enviadas garanti-mos o registro do oitavo exemplar de Co-rallus cropanii conhecido ateacute o presente momento

Atualmente estamos em fase de publica-ccedilatildeo dos dados obtidos no monitoramento da Dona Crocirc e seguimos buscando novas fontes de investimentos e parcerias para expandir as atividades educacionais tanto no Guapiruvuacute quanto em outros bairros rurais das cidades da regiatildeo do Vale do Ri-beira Acreditamos que soacute com a uniatildeo dos esforccedilos entre ciecircncia e comunidade tere-mos novas oportunidades de encontrar espeacutecimes vivos e monitoraacute-los in situ buscando elucidar os mais diversos as-pectos de vida dessa espeacutecie Vale ressal-tar tambeacutem a ideia de que essa rara jiboia pode ser vista como uma espeacutecie bandeira para o Vale do Ribeira e que atraveacutes des-ta parceria com a comunidade poderemos elaborar estrateacutegias de conservaccedilatildeo para a Corallus cropanii bem como para vaacuterias espeacutecies da fauna e flora local

De uma forma geral cabe aos cientistas aprenderem a dialogar e compartilhar o conhecimento com as pessoas dos mais variados graus de instruccedilatildeo Em contra-partida aprendemos com as vivecircncias e a sabedoria de quem vive haacute geraccedilotildees na flo-resta Soacute desta forma teremos resultados beneacuteficos para todas as partes envolvidas e no nosso caso principalmente para esta espeacutecie de serpente tatildeo fantaacutestica da her-petofauna brasileira

Para acompanhar de perto esse projeto si-ga-nos nas miacutedias sociais

bull Facebook Projeto de Conservaccedilatildeo Ji-boacuteia do Ribeira - Corallus cropanii

bull Instagram jiboiadoribeira

bull Twitter projetocropanii

Agradecimentos

Agradecemos ao Boa amp Python Specialist Group (IUCNSSC) pelo apoio financei-ro no iniacutecio do projeto Somos profunda-mente gratos a toda comunidade do Bair-ro Guapiruvu pela parceria em especial agrave Viniacutecius Teixeira e Andreacute Bezerra e tam-beacutem agrave Gilberto Otta agrave Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute e agrave iniciativa Amigos da Mata Agradecemos tambeacutem aos editores da Herpetologia Brasileira pelas sugestotildees no texto

36

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Referecircncias

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos ca-cauais do sudeste da Bahia Editora da UESC Ilheacuteus

Franco FL 2012 A Coleccedilatildeo Herpetoloacutegi-ca do Instituto Butantan da sua origem ao incecircndio ocorrido em 15 de maio de 2010 Herpetologia Brasileira 122ndash31

Hoge AR 1953 A new genus and species of Boinae from Brazil Xenoboa cropanii gen nov sp nov Memoacuterias do Instituto Butantan 2527ndash31

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Con-servaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Institu-to Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodi-versidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Lima-Verde J S (1994) Por que natildeo matar as nossas cobras Herpetologia no Brasil 192ndash101

Machado-Filho PR Duarte MR Carmo LF Franco FL 2011 New record of Co-rallus cropanii (Boidae Boinae) a rare snake from the Vale do Ribeira State of Satildeo Paulo Brazil Salamandra 47112ndash115

Marques O 2010 Corallus cropanii The IUCN Red List of Threatened Species 2010 eT39904A10281308 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2010-4RLTST39904A10281308en Consultado em 16 June 2020

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mi-tos supersticcedilotildees e crendices Editora Plecirc-iade Satildeo Paulo

Editora Cybele S Lisboa

37

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Dactyloa punctataSanta Teresa - ES Tatiane M Carmo

38

Histoacuteria da HerpetologiaCarlos Alberto Gonccedilalves da Cruz

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Professor Titular Aposentado Departamento de Biologia Animal Ins-tituto de Biologia Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroPesquisador Associado Setor de Herpetologia Departamento de Ver-tebrados Museu Nacional Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de JaneiroMarinheiro Regional de Conveacutes Capitania dos Portos do Rio de Janei-ro Marinha do Brasil

Carlos Cruz Reserva Santa Luacutecia Santa Teresa Espiacuterito Santo (1812006)

39

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Ao receber esse convite primeiro fi-quei assustado pensei ldquopor que eu por que natildeo os outros Satildeo tantosrdquo

Depois achei que seria muito difiacutecil escrever sobre mim e continuo achando Seria muito mais faacutecil escrever sobre um amigo ou mes-mo sobre os sapos Mas enfim vou tentar e aproveito para agradecer o convite que certa-mente seraacute uma oportunidade das pessoas me conhecerem um pouco mais

Nasci em 17 de julho de 1944 na regiatildeo de Guaratiba municiacutepio do Rio de Janeiro Es-tado do Rio de Janeiro Filho de Fernando

Carlos e sua esposa Arilda Parque Estadual do Itacolomi Ouro Preto Minas Gerais (28112003)

Gonccedilalves da Cruz e Antonia Maria Teixeira da Cruz Venho de famiacutelia classe meacutedia baixa meu pai era comerciante Em 20 de janeiro de 1970 casei-me com a professora Arilda Meira Gonccedilalves da Cruz e tenho trecircs filhos Adria-na Meira Gonccedilalves da Cruz 48 anos Monica Meira Gonccedilalves da Cruz 46 anos e Carlos Augusto Gonccedilalves da Cruz 43 anos Possuo ainda quatro netos Amanda Gonccedilalves da Cruz 15 anos Patrick Gonccedilalves da Cruz da Silva 13 anos Erick Gonccedilalves da Cruz da Sil-va 9 anos e Vicente Madeira Correcirca Gonccedilal-ves da Cruz nascido em 07 de maio de 2020

40

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Estudei os cinco anos do ensino primaacuterio em Campo Grande Zona Oeste do Rio de Janei-ro onde todo ano eu era considerado o me-lhor aluno do Coleacutegio Ainda guardo as cinco medalhas de Honra ao Meacuterito Em seguida ingressei na Escola Agroteacutecnica Ildefonso Si-motildees Lopes na Universidade Rural do Brasil hoje Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro onde concluiacute os cursos de Mestria Agriacute-cola e Teacutecnico Agriacutecola no periacuteodo de 1959 a 1965 No ano de 1966 eu cursei o Coleacutegio Uni-versitaacuterio e em 1967 prestei vestibular para o curso de Agronomia da UFRRJ contrariando minha vontade que era fazer Geologia O cur-so de Agronomia durou de 1967 a 1970 Logo no primeiro ano do curso eu me interessei pela disciplina de Zoologia ministrada pelo professor Eugenio Izecksohn que com muito conhecimento e desenvoltura sabia cativar seus alunos O professor Eugenio gostava de conversar apoacutes as aulas seja nos corredores seja no seu gabinete e a qualquer dia e hora que fosse procurado natildeo se furtava em nos atender sempre com muita atenccedilatildeo Certo dia do mecircs de setembro de 1967 eu ofereci ao professor Eugenio uma pequena coleccedilatildeo de escorpiotildees alguns vivos e a maioria mortos conservados em aacutelcool Ele se mostrou mui-to interessado e quis logo saber onde eu havia coletado aqueles exemplares Assim que in-formei que os animais eram provenientes da Restinga da Marambaia RJ seu interesse au-mentou muito e quis logo saber como poderia ir ao local Dei meu jeito e na semana seguin-te laacute estaacutevamos abrindo bromeacutelias e coletan-do Hyla truncata (hoje Xenohyla truncata) Aparasphenodon brunoi (hoje Nyctimantis brunoi) entre outros Esses dois nomes eu nunca mais esqueci pegamos muitos e ouvi

muitas vezes a repeticcedilatildeo deles O professor Eugenio logo percebeu que eu havia gostado de observar e coletar os anfiacutebios e assim pas-sou a me convidar para juntamente com seus bolsistas e outros interessados fazer coletas noturnas na Floresta da Tijuca municiacutepio do Rio de Janeiro no Horto Florestal de Santa Cruz municiacutepio de Seropeacutedica na Sacra Fa-miacutelia do Tinguaacute municiacutepio de Paulo de Fron-tin Teresoacutepolis Tinguaacute municiacutepio de Nova Iguaccedilu todas as localidades no estado do Rio de Janeiro Essas eram as localidades mais frequentes vaacuterias outras tambeacutem faziam par-te deste rol E foi assim que comecei troquei os escorpiotildees onde eu soacute me divertia em vecirc--los se alimentar pelos anfiacutebios onde eu natildeo soacute me interessei por estudaacute-los mas tambeacutem fiz deles uma paixatildeo Passei a maior parte da minha vida me dedicando a procurar desco-brir identificar e estudaacute-los Cheguei mesmo em algumas ocasiotildees a dedicar mais tempo aos anfiacutebios do que agrave minha famiacutelia Mas no fundo eu sabia que era compreendido e esse apoio que me foi dado foi fundamental para minha realizaccedilatildeo profissional e pessoal

Entatildeo voltando agrave narrativa logo apoacutes a colaccedilatildeo de grau como Engenheiro Agrocircnomo fui contra-tado pela UFRRJ como Auxiliar de Ensino para a aacuterea de Zoologia do Departamento de Biologia Animal em abril de 1971 A carga de lecionaccedilatildeo era pesada e quase natildeo sobrava tempo para as coletas de campo No ano seguinte ingressei no Regime Especial de Trabalho em Tempo In-tegral e Dedicaccedilatildeo Exclusiva com a aprovaccedilatildeo dos Projetos intitulados ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo e ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Peixes das Famiacutelias Rivulidae e Characidae Brasileirosrdquo

41

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Jaacute se passavam trecircs anos e meio de trabalho como Professor Auxiliar quando em 1974 tive a oportunidade de prestar concurso puacute-blico de Provas e Tiacutetulos para Professor Assis-tente do Quadro Permanente da UFRRJ onde trecircs vagas haviam sido destinadas agrave Aacuterea de Zoologia Obtive aprovaccedilatildeo e fui empossado em 5 de junho de 1974

Em 1976 fui aprovado nas provas de seleccedilatildeo do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional Rio de Janeiro UFRJ Desenvolvi um trabalho de Dissertaccedilatildeo sobre larvas de grupos de espeacutecies de Phyllomedusidae brasi-leiras sob a orientaccedilatildeo do professor Eugenio Izecksohn Naquela ocasiatildeo tive oportunida-de de frequentar a Biblioteca do Museu Na-cional bem como o laboratoacuterio do professor Antenor Leitatildeo de Carvalho e de outros pro-fessores daquela instituiccedilatildeo Concluiacute o referi-do curso em dezembro de 1978

No ano de 1980 obtive do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) uma Bolsa de Pesquisa para desenvol-ver o Projeto ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo Essa bolsa se manteve ateacute marccedilo de 2017 quando apre-sentei relatoacuterio referente ao periacuteodo de 2014 a 2017 e uma carta de agradecimento pelo apoio a mim concedido enquanto fui bolsista Nessa oportunidade natildeo apresentei projeto para so-licitaccedilatildeo de nova bolsa de pesquisa

Em janeiro de 1981 fui promovido ao cargo de Professor Adjunto O julgamento dessa promo-ccedilatildeo foi feito por uma comissatildeo de trecircs profes-sores adjuntos que analisaram o relatoacuterio por mim apresentado sobre minhas atividades de

ensino e pesquisa Neste mesmo ano fui aceito pela coordenaccedilatildeo do curso de Poacutes-graduaccedilatildeo em Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo para cursar o doutorado daquela Instituiccedilatildeo Desenvolvi um projeto de tese sobre as relaccedilotildees intergeneacutericas dos Phyllomedusidae da Flores-ta Atlacircntica bem como os seus relacionamen-tos entre si e com os demais gecircneros dessa fa-miacutelia Tive como orientador o professor Paulo Emiacutelio Vanzolini Minha defesa de tese ocorreu em dezembro de 1987

Durante o periacuteodo de 1983 a 1985 tive a opor-tunidade de participar ativamente do projeto ldquoFrogs of Boraceacuteiardquo juntamente com W Ro-nald Heyer e Craig Nelson da Smithsonian Institution Washington Stanley Rand da Smithsonian Tropical Research Panamaacute e Oswaldo Luiz Peixoto da UFRRJ Esse pro-jeto teve a coordenaccedilatildeo de Ronald Heyer no exterior e de Paulo Emiacutelio Vanzolini no Bra-sil e foi financiado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo pelo Smithsonian Institution e pelo Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico Des-se projeto resultaram duas publicaccedilotildees Seu desenvolvimento foi uma experiecircncia mui-to valiosa pois aleacutem do trabalho em si tive a oportunidade de escrever discutir e desen-volver trabalhos de campo com esses pesqui-sadores citados aleacutem de outros como Linda Maxson Mississipi State University e Ronald Crombie Smithsonian Institution

Em seguida veio a primeira experiecircncia ad-ministrativa que se deu com minha eleiccedilatildeo para chefe do Departamento de Biologia Ani-mal Instituto de Biologia UFRRJ em no-vembro de 1989 com mandato de dois anos

42

findado em novembro de 1991 Na sequecircncia fui reeleito para um segundo mandato A con-diccedilatildeo de chefe de Departamento me assegu-rou desde novembro de 1989 o assento como Membro do Conselho Departamental do Ins-tituto de Biologia Este Conselho dentre as vaacuterias funccedilotildees tem a obrigatoriedade de jul-gar as contas da Diretoria proceder a divisatildeo de recursos julgar projetos de pesquisas e programas de disciplinas bem como de tratar assuntos relacionados a ordem disciplinar de discentes e docentes

No ano de 1992 prestei concurso puacuteblico de Tiacutetulos e Provas para o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da UFRRJ Esse con-curso foi homologado em 15 de setembro de 1992 Fui aprovado e nomeado para o referido cargo em 17 de setembro de 1992

No ano seguinte venci a eleiccedilatildeo para o Cargo de Diretor do Instituto de Biologia e fui no-meado em 7 de setembro de 1993 para exer-cer por quatro anos o mandato do referido Cargo Entretanto em 14 de marccedilo de 1995 fui aposentado e nesse mesmo dia nomeado como Servidor Aposentado para cumprir o mandato ateacute o seu final previsto (7 de setem-bro de 1997)

Laacute pelos idos de 1995 recebi a visita do meu amigo professor Ulisses Caramaschi Mu-seu nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro que me convidou para trabalhar-mos juntos nas pererecas do grupo de Hyla polytaenia (atualmente Boana polytaenia) Inicialmente seria apenas para fazermos um trabalho soacute que foram aparecendo outros e mais outros e assim estamos trabalhando ateacute

os dias de hoje Com isso transitamos pelos Chiasmocleis Pseudis Melanophryniscus Dendrophryniscus entre outros Fui contra-tado como Professor Visitante por trecircs periacute-odos de dois anos cada no Departamento de Vertebrados do Museu Nacional

Laacute tive a oportunidade de interagir com maior eficiecircncia junto a estudantes de poacutes-gradua-ccedilatildeo Entretanto como natildeo era professor do quadro efetivo do Museu Nacional somente pude atuar como co-orientador E assim par-ticipei da orientaccedilatildeo de nove estudantes de doutorado e outros nove de mestrado En-quanto que na UFRRJ tive um estudante de doutorado e dois de mestrado

No que se refere a premiaccedilotildees e tiacutetulos hono-riacuteficos recebi os seguintes

Cynolebias cruzi nova espeacutecie de peixe da famiacutelia Rivulidae (1988) Cacruzia novo gecircnero de Orthoptera (1992) Pesquisador Associado Museu Nacional UFRJ (1998) Hyla cruzi (atualmente Dendropsophus cru-zi) nova espeacutecie de Anura (1998) Homena-geado no I seminaacuterio Ecirclio Gouvecirca Itatiaia RJ (2001) Chiasmocleis crucis nova espeacutecie de Anura (2003) Homenageado no II Congres-so Brasileiro de Herpetologia Belo Horizonte MG (2005) Cruziohyla novo gecircnero de Anu-ra (2006) Phasmahyla cruzi nova espeacutecie de Anura (2009) Cruzioseptins nova famiacutelia de peptiacutedeos antimicrobianos (2016) Membro Honoraacuterio da Sociedade Brasileira de Herpe-tologia (2017)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

43

Parque Estadual do Ibitipoca Conceiccedilatildeo do Ibitipoca Lima Du-arte Minas Gerais - fotos da esquerda e direita superior (12042006) - foto direita inferior (19102005)

A minha produccedilatildeo cientiacutefica resultou ateacute a presente data na publicaccedilatildeo de 117 artigos em revistas nacionais e internacionais na publi-caccedilatildeo de 44 artigos em anais de eventos na publicaccedilatildeo de um livro e em sete capiacutetulos de outros livros Apesar de essa produccedilatildeo estar voltada basicamente para a Floresta Atlacircntica do sudeste brasileiro eu viajei coletando por quase todos os estados do Brasil onde tive es-pecial atenccedilatildeo aos estados da Bahia e Espiacuterito Santo No entanto ainda natildeo tive a oportuni-dade de conhecer os estados do Acre Amapaacute Maranhatildeo Piauiacute e Rondocircnia

Finalmente sinto-me bastante feliz no que se refere agrave minha contribuiccedilatildeo ao conhecimen-to da biodiversidade dos peixes das famiacutelias Rivulidae e Characidae das quais descrevi seis espeacutecies novas e dos anfiacutebios anuros especialmente da Floresta Atlacircntica de onde descrevi ateacute o momento cerca de 80 espeacutecies novas e o gecircnero Phasmahyla Pretendo ter-minar alguns trabalhos em andamento cerca de 10 artigos Provavelmente quando esses artigos forem concluiacutedos e publicados eu mais os Professores Ulisses Caramaschi Re-nato Neves Feio Luciana Barreto Nascimento e Ivan Nunes entre outros amigos arranjare-mos mais alguns motivos para continuar indo ao campo coletar beber muita cerveja e con-tar muitas histoacuterias vividas

Rio de Janeiro 20 de fevereiro de 2020

Editores Deacutelio Baecircta Teresa C Avila-Pires

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Carlos Cruz

44

Jaramillo AF De La Riva I Guayasamin J M Chaparro JC Gagliardi-Ur-rutia G Gutieacuterrez RC Brcko I Vilagrave C Castroviejo-Fisher S 2020 Vastly underestimated species richness of Amazonian salamanders (Plethodontidae Bolitoglossa) and implications about plethodontid diversification Molecular Phylogenetics and Evolution 149106841 Doi httpsdoiorg101016jym-pev2020106841

As salamandras da famiacutelia Ple-thodontidae compreendem 66 das espeacutecies de Caudata e

tecircm sido amplamente utilizadas como modelos em estudos de biologia evolu-tiva As espeacutecies do grupo ocorrem da Ameacuterica do Norte ateacute a Ameacuterica do Sul com a maior riqueza na Ameacuterica Cen-tral que concentra 280 espeacutecies em 17 gecircneros Por outro lado a Ameacuterica do Sul apresenta apenas 37 espeacutecies em dois gecircneros Oedipina e Bolitoglossa Para alguns autores a baixa diversida-de na Ameacuterica do Sul poderia ser expli-cada por uma colonizaccedilatildeo mais recen-te No entanto descobertas geoloacutegicas paleontoloacutegicas e biogeograacuteficas apon-tam para a possibilidade de uma colo-nizaccedilatildeo mais antiga Estudos indicam que a diversidade em Bolitoglossa eacute mais subestimada na Ameacuterica do Sul que em outras localidades sendo a es-peciaccedilatildeo do gecircnero desacompanhada de mudanccedilas morfoloacutegicas detectaacuteveis Aleacutem disso os estudos de delimitaccedilatildeo de espeacutecies usando sequecircncias de DNA

ou morfologia trazem uma amostragem geralmente limitada geograficamente Os autores deste trabalho investigaram as relaccedilotildees evolutivas entre espeacutecimes de Bolitoglossa da Amazocircnia para di-mensionar a diversidade de espeacutecies do gecircnero e seus padrotildees de diversifi-caccedilatildeo e distribuiccedilatildeo Foram utilizadas sequecircncias de trecircs genes mitocondriais e dois nucleares de 366 espeacutecimes 189 correspondentes a 89 espeacutecies prove-nientes de fora da Amazocircnia Da Ama-zocircnia o estudo abrangeu 177 espeacuteci-mes incluindo tipos e topoacutetipos de oito das nove espeacutecies reconhecidas para a regiatildeo Com essa amostragem os au-tores atingiram 73 das espeacutecies co-nhecidas atualmente em Bolitoglossa Foram realizadas anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia e de Maacutexima Verossimi-lhanccedila para inferir as relaccedilotildees filogeneacute-ticas aleacutem de anaacutelises de delimitaccedilatildeo de espeacutecies dataccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da histoacuteria biogeograacutefica das espeacutecies sul americanas Os resultados revelam que a diversidade de Bolitoglossa na regiatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Trabalhos recentes

45

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

estaacute bastante subestimada Ao todo 44 espeacutecies putativas foram identificadas pelos autores Se este nuacutemero for con-firmado em estudos futuros a Ameacuteri-ca do Sul atingiraacute 79 espeacutecies e deveraacute ser considerada um importante centro de diversificaccedilatildeo de Plethodontidae O reloacutegio molecular e as anaacutelises bioge-ograacuteficas mostraram que Bolitoglossa colonizou a Ameacuterica do Sul a partir da Ameacuterica Central provavelmente por conexotildees desta com a regiatildeo do Chocoacute Colombiano que satildeo evidenciadas em estudos geoloacutegicos Aleacutem disso disper-sotildees posteriores entre a Amazocircnia e os Andes coincidem com as maiores mu-danccedilas reconhecidas na paisagem ama-zocircnica ocorridas ao fim do Mioceno e no Plioceno

Editor A O Maciel

46

Morales CH Sturaro MJ Nunes PMS Lotzkat S Peloso PLV 2020 A species-level total evidence phylogeny of the microteiid lizard family Alopo-glossidae (Squamata Gymnophthalmoidea) Cladistics 36301ndash321 Doi ht-tpsdoiorg101111cla12407

Alopoglossidae eacute uma famiacutelia de lagartos composta por dois gecircneros Alopoglossus e Pty-

choglossus que agrupam 23 espeacutecies encontradas desde a Costa Rica ateacute o norte da Ameacuterica do Sul a leste e oes-te dos Andes e em toda a Amazocircnia As espeacutecies do grupo satildeo diurnas mi-niaturizadas de coloraccedilatildeo e comporta-mento criacuteptico e vivem na serapilheira de florestas e em aacutereas de cultivo agriacute-cola Por muito tempo Alopoglossidae foi reconhecido como uma subfamiacutelia de Gymnophthalmidae mas recente-mente foi elevada agrave categoria de famiacutelia com base em filogenia molecular ten-do sido reconhecida como grupo irmatildeo de Teiidae + Gymnophthalmidae Ape-sar das relaccedilotildees entre essas trecircs famiacute-lias ainda serem consideradas contro-versas Alopoglossidae foi suportado como um grupo monofileacutetico com base tanto em morfologia quanto em dados moleculares No entanto as filogenias publicadas trazem uma amostragem pouco abrangente dos taacutexons que com-potildeem a famiacutelia Com o intuito de tes-tar o monofiletismo de Alopoglossidae e as relaccedilotildees entre as suas espeacutecies os autores deste trabalho realizaram uma anaacutelise filogeneacutetica integrando evidecircn-cias fenotiacutepicas e geneacuteticas incluindo

todos os taacutexons descritos para a famiacute-lia agrave exceccedilatildeo de uma espeacutecie O banco de dados incluiu sequecircncias de trecircs ge-nes mitocondriais e um nuclear aleacutem de 143 caracteres de folidose morfolo-gia da liacutengua morfologia do hemipecircnis e osteologia Os resultados das anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia corroboraram o monofiletismo de Alopoglossidae e apontaram o parafiletismo de Ptycho-glossus que foi entatildeo considerado si-nocircnimo juacutenior de Alopoglossus Para resolver um problema de homoniacutemia gerado no ato de sinonimizar os dois gecircneros um novo nome foi erigido para Alopoglossus festae que passou a ser A harrisi Aleacutem disso foram apresen-tadas uma nova diagnose para Alopo-glossus e algumas consideraccedilotildees bioge-ograacuteficas sobre Alopoglossidae

Editor A O Maciel

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

47

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Mailho-Fontana PL Antoniazzi MM Alexandre C Pimenta DC Sciani JM Brodie-Jr ED Jared C 2020 Morphological eviden-ce for an oral venom system in caecilian amphibians IScience 231ndash9 Doi httpsdoiorg101016jisci2020101234

Os anfiacutebios satildeo conhecidos por te-rem a pele rica em glacircndulas de to-xinas geralmente utilizadas como

defesa quiacutemica passiva contra predadores enquanto em outros grupos de animais as toxinas satildeo utilizadas durante a predaccedilatildeo como fazem as serpentes ao inocularem veneno em suas presas Os anuros e as salamandras ao longo das suas histoacuterias evolutivas desenvolveram uma variedade de sistemas de alimentaccedilatildeo No entanto as ceciacutelias apresentam apenas um meca-nismo de captura e ingestatildeo de suas pre-sas que eacute caracterizado por uma mordida poderosa auxiliada por numerosos dentes pontiagudos e recurvados Neste trabalho os autores avaliaram a morfologia da ca-beccedila da espeacutecie de ceciacutelia sul-americana Siphonops annulatus e encontraram glacircn-dulas associadas aos dentes das fileiras ex-ternas das maxilas superior e inferior Na maxila superior o conteuacutedo dessas glacircn-dulas eacute canalizado exclusivamente para a base dos dentes enquanto na maxila infe-rior o ducto das glacircndulas pode se canali-zar tambeacutem para o interior de cavidades presentes na mucosa oral onde os dentes maxila superior se acomodam quando a boca estaacute fechada Os autores tambeacutem en-contraram o mesmo tipo de glacircndulas em espeacutecies representantes de outras trecircs fa-miacutelias de ceciacutelias e notaram diferenccedilas na quantidade de glacircndulas presentes Aleacutem disso na ceciacutelia Typhlonectes compressi-cauda as glacircndulas estatildeo presentes ape-nas na maxila inferior o que pode estar

relacionado ao haacutebito aquaacutetico da espeacutecie O estudo do produto das glacircndulas de S annulatus apontou a presenccedila de muco e lipiacutedios aleacutem de proteiacutenas com ativi-dades enzimaacuteticas muito similares agraves en-contradas em animais peccedilonhentos como alguns lagartos e serpentes Observando a alimentaccedilatildeo da espeacutecie em laboratoacuterio foi possiacutevel verificar que apesar dos den-tes das ceciacutelias natildeo apresentarem sulcos especializados na conduccedilatildeo da secreccedilatildeo esta escorre das glacircndulas cobrindo a su-perfiacutecie dos dentes no momento da pre-daccedilatildeo o que possibilitaria a inoculaccedilatildeo de toxina na presa Aleacutem disso a morfologia da mucosa oral que envolve e que interco-necta os dentes favorece uma distribuiccedilatildeo uniforme da secreccedilatildeo ao longo da fileira de dentes durante a mordida Atraveacutes da anaacutelise de espeacutecimes receacutem eclodidos foi verificado que as glacircndulas encontradas em S annulatus tecircm origem na lacircmina dental e natildeo na epiderme onde se origi-nam as glacircndulas cutacircneas dos anfiacutebios Desse modo as glacircndulas associadas aos dentes das ceciacutelias satildeo consideradas ho-moacutelogas agraves das serpentes Portanto este trabalho abre novas perspectivas sobre o estudo comparativo da morfologia e com-posiccedilatildeo do produto das glacircndulas orais em vertebrados

Editor A O Maciel

48

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

de Saacute FP Haddad CFB Gray MM Verdade VK Thomeacute MTC Rodri-gues MT Zamudio KR 2019 Male-male competition and repeated evolution of terrestrial breeding in Atlantic Coastal Forest frogs Evolution 74459ndash475 Doi httpdxdoiorg101111evo13879

C ycloramphus e Zachaenus satildeo gecircneros de anuros que perten-cem agrave famiacutelia Cycloramphidae

uma famiacutelia de anuros conhecida por ter espeacutecies com haacutebitos saxiacutecolas e es-peacutecies com haacutebitos terrestres Este es-tudo teve por objetivos estudar padrotildees evolutivos nas relaccedilotildees filogeneacuteticas de Cycloramphus e Zachaenus relaccedilotildees ateacute entatildeo mal resolvidas em trabalhos anteriores Ateacute esse estudo poreacutem natildeo existia uma filogenia molecular que abrangesse a maior parte das espeacutecies dos gecircneros e que as tratasse como es-peacutecies focais

Especificamente os autores testaram trecircs hipoacuteteses (1) se a terrestrialidade evoluiu apenas uma vez no grupo (2) se machos e fecircmeas tecircm tamanhos de corpo variando conforme os haacutebitos reprodutivos e (3) se o dimorfismo se-xual em tamanho eacute maior em espeacutecies terrestres Para esse estudo os autores utilizaram amostras de tecido inclusi-ve de espeacutecimes coletados pelo conhe-cido Ronald W Heyer (Instituto Smi-thsonian) nas deacutecadas de 1970 e 1980

Com esse material amplificaram e se-quenciaram fragmentos mitocondriais

e nucleares para anaacutelises moleculares que incluiacuteram reconstruccedilotildees filogeneacute-ticas e anaacutelises filogeneacuteticas compara-tivas As caracteriacutesticas de tamanho de corpo dimorfismo sexual em tamanho e terrestrialidade foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas comparativas sintetizadas em diversas figuras ao lon-go do texto

Seguindo os resultados obtidos os autores concluiacuteram que taxonomica-mente Cycloramphus e Zachaenus deveriam ser considerados como um uacutenico gecircnero embora natildeo tenham fei-to a sinonimizaccedilatildeo Entre tantos outros resultados encontraram que possivel-mente o grupo passou por mais de uma mudanccedila de haacutebito de saxiacutecola para terrestre O ancestral comum a todo o grupo eacute saxiacutecola pequeno e com pe-queno dimorfismo sexual no tamanho do corpo Aleacutem disso encontraram uma correlaccedilatildeo entre o haacutebito reprodu-tivo e o dimorfismo sexual no tamanho do corpo sendo que espeacutecies saxiacutecolas contam com machos maiores e mais territoriais

Editora A Sabbag

49

Fratani J Ponssa ML Rada M Abdala V 2020 The influence of locomotion and habitat use on tendo-muscular units of an anuran clade (Anura Diphyaba-trachia) Zoologischer Anzeiger 28466ndash77 Doi httpsdoiorg101016jjcz201911002

Anatomia eacute atualmente um dos assuntos pouco estudados para anuros no Brasil Menos estu-

dados ainda satildeo os tendotildees de anuros Esse estudo traz uma mudanccedila neste cenaacuterio apresentando uma anaacutelise ex-tensa da variaccedilatildeo nos tendotildees (e muacutes-culos associados) de anuros da famiacutelia Leptodactylidae e Centrolenidae

Os objetivos dos autores foram cen-trados na hipoacutetese de que a variaccedilatildeo nessas estruturas estaacute relacionada agrave combinaccedilatildeo de fatores filogeneacuteticos funcionais e ecoloacutegicos Para isso ana-lisaram sob estereomicroscoacutepio as uni-dades tendo-musculares dos membros da cintura peacutelvica e da cintura peitoral de quase 200 exemplares dessas duas famiacutelias E adicionalmente incluiacuteram anaacutelises anatocircmicas de outras espeacutecies para efeitos comparativos e utilizaccedilatildeo como grupo externo

Para todas as espeacutecies eles revisaram informaccedilotildees sobre tipo de movimen-to efetuado com essas partes do corpo (salto escalada etc) e tipos de haacutebitos desses animais (terrestre arboriacutecola etc) entre outras informaccedilotildees Com

esses dados com revisatildeo bibliograacutefica e com dados morfomeacutetricos dos ele-mentos tendo-musculares os autores fizeram anaacutelises estatiacutesticas e anaacutelises filogeneacuteticas comparativas

Eles encontram uma correlaccedilatildeo posi-tiva significativa entre as dimensotildees de um tendatildeo e a forccedila potencial exer-cida pelo muacutesculo em associaccedilatildeo com esse tendatildeo Tambeacutem encontram que as variaccedilotildees estruturais dos elementos tendo-musculares estatildeo relacionadas agrave funccedilatildeo mecacircnica que esses elementos desempenham na locomoccedilatildeo e haacutebitos dos animais Mas que aleacutem disso existe uma relaccedilatildeo entre essa variaccedilatildeo e a his-toacuteria evolutiva dos grupos Esse eacute um padratildeo jaacute conhecido para outros verte-brados em relaccedilatildeo a essas estruturas mas pouco estudado em anfiacutebios

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

50

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Colaccedilo G Bittencourt-Silva GB Silva HR 2020 Can a shade shed light on the monophyly of Cycloramphidae (Lissamphibia Anura) Zoologischer An-zeiger 28518ndash26 Doi httpsdoiorg101016jjcz202001002

Os olhos de anfiacutebios anuros sem-pre despertaram a curiosidade de pesquisadores por diversas

razotildees Esse eacute um estudo anatocircmico so-bre uma estrutura ldquolobadardquo presente na iacuteris dos olhos de alguns anuros

Essa estrutura ganhou ao longo da his-toacuteria da batracologia mundial diversos nomes entre eles ldquomeniscusrdquo ldquoely-giumrdquo ldquoumbraculumrdquo Os autores fize-ram uma revisatildeo dos trabalhos que tra-tam dessa estrutura na literatura para entender se esses nomes se referem ao mesmo elemento encontrado em sema-forontes de Cycloramphidae o grupo focal do estudo

Para isso os autores dissecaram os olhos de adultos jovens e larvas de vaacute-rias espeacutecies de Cycloramphidae (Cy-cloramphus Zachaenus e Thoropa) e descreveram os ldquolobosrdquo com desenhos esquemaacuteticos e fotos de alta qualidade Encontraram que as espeacutecies de Cyclo-ramphus possuem a estrutura quando larvas jovens e adultos enquanto que as espeacutecies de Thoropa possuem ape-nas na fase larval

A partir dessas informaccedilotildees e da se-quecircncia ontogeneacutetica que analisaram para esses gecircneros eles sugerem uma hipoacutetese sobre a perda da estrutura nos adultos de Thoropa Esse tipo de con-clusatildeo natildeo foi possiacutevel para Zachaenus jaacute que os autores natildeo possuiacuteam exem-plares larvais muito difiacuteceis de encon-trar na natureza

Como existem vaacuterios nomes para esse ldquolobordquo para distintas famiacutelias de anu-ros os autores fazem uma discussatildeo sobre as propriedades morfoloacutegicas que indicam que essas estruturas satildeo homoacutelogas Discutem tambeacutem a pos-sibilidade dessa estrutura ser uma si-napomorfia para Cycloramphidae e sugerem que o nome dessa estrutura deva ser ldquomeniscusrdquo (menisco em por-tuguecircs) o primeiro nome apresentado na literatura por Miranda-Ribeiro

Editora A Sabbag

51

Cassini CS Taucce PPG Carvalho TR de Fouquet A Soleacute M Haddad CFB Garcia PCA 2020 One step beyond a broad molecular phylogene-tic analysis species delimitation of Adenomera marmorata Steindachner 1867 (Anura Leptodactylidae) PLoS ONE 15e0229324 Doi httpsdoiorg101371journalpone0229324

Adenomera eacute um dos gecircneros mais abundantes de anuros da Mata Atlacircntica apesar de pou-

co encontrado visualmente por muitos herpetoacutelogos Satildeo anfiacutebios pequenos que vivem preferencialmente na serapi-lheira e que satildeo muito difiacuteceis de iden-tificar por terem pouquiacutessima variaccedilatildeo morfoloacutegica entre as espeacutecies Apesar disso estudos anteriores indicam que existe uma grande variaccedilatildeo molecular e que se trata de um ldquocomplexordquo de es-peacutecies morfologicamente criacutepticas

Nesse trabalho os especialistas inten-cionaram delimitar especificamente a espeacutecie Adenomera marmorata e duas linhagens natildeo descritas associa-das a ela A ideia era avaliar para aleacutem da variaccedilatildeo molecular o quanto a va-riaccedilatildeo morfoloacutegica e variaccedilatildeo no canto de anuacutencio satildeo capazes de distinguir as linhagens geneacuteticas conhecidas Os autores para isso amplificaram e se-quenciaram fragmentos nucleares e mitocondriais de novas amostras (aleacutem do que jaacute existe publicado) Analisa-ram caracteriacutesticas morfomeacutetricas e estruturas morfoloacutegicas e fizeram uma anaacutelise sonora de gravaccedilotildees de canto

de anuacutencio A maior parte dos machos estudados foram sequenciados e anali-sados morfologicamente Isso eacute pouco comum em estudos com espeacutecies de Adenomera (e outros gecircneros de sera-pilheira) pela dificuldade de encontro visual com os indiviacuteduos e dificuldade em se associar o canto ao espeacutecimes

No estudo os autores apresentam hi-poacuteteses filogeneacuteticas distacircncias geneacute-ticas redes de haploacutetipos mapas de distribuiccedilatildeo fotografias de algumas estruturas morfoloacutegicas e anaacutelises es-tatiacutesticas com os dados de morfometria e canto Incluem tambeacutem um histoacuterico taxonocircmico das linhagens com uma discussatildeo sobre o caminho percorri-do pela Expediccedilatildeo Novara (de 1857) responsaacutevel pela coleta do holoacutetipo de Adenomera marmorata (apresentado em fotografia no artigo) Os autores de-cidem pela unificaccedilatildeo dos clados agrave Ade-nomera marmorata e redescrevem a espeacutecie

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

52

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

da Fonte LFM Mayer M S Loumltters 2019 Long-distance dispersal in amphi-bians Frontiers of Biogeography 11 e44577 Doi httpdxdoiorg1021425F5FBG44577

Dispersatildeo de longa-distacircncia (em inglecircs lsquolong-distance dis-persalrsquo LDD) eacute um tipo pouco

comum de dispersatildeo em anfiacutebios que envolvem movimentaccedilotildees para aleacutem da aacuterea usual de movimentaccedilatildeo das espeacutecies Nesse estudo os autores ela-boraram uma anaacutelise cienciomeacutetrica para entender como funciona esse tipo de dispersatildeo em anfiacutebios Em especial fizeram um levantamento sobre as for-mas de estudo desse tipo de evento e um levantamento sobre os padrotildees ge-rais de LDD

Foram levantadas informaccedilotildees de mais de 70 artigos a partir das bases de da-dos do ldquoWeb of Sciencerdquo e ldquoScopusrdquo Para as anaacutelises consideraram prin-cipalmente as dispersotildees ativas mas mencionam sobre os tipos baacutesicos de dispersatildeo passiva Grande parte das bibliografias levantadas satildeo estudos focados em anaacutelises moleculares que permitem inferecircncias mais raacutepidas so-bre padrotildees de dispersatildeo Os autores fornecem uma tabela sumaacuteria do le-vantamento bibliograacutefico e um mapa esquemaacutetico com as principais regiotildees do planeta com estudos sobre LDD

Concluem que os anfiacutebios embora ra-ramente realizam dispersatildeo de longa--distacircncia e mostram que esses eventos tiveram um papel importante no atual padratildeo biogeograacutefico do grupo em es-pecial nas ocorrecircncias disjuntas e nas colonizaccedilotildees de ilhas A maior distacircn-cia percorrida ativamente foi de 34 km e em termos de dispersatildeo de longa-dis-tacircncia passiva encontraram que os mo-vimentos chegam a 1000 km pela aacutegua Adicionalmente eles propotildeem que dez km eacute a distacircncia miacutenima de movimen-taccedilatildeo que pode ser considerada como dispersatildeo de longa-distacircncia

Editora A Sabbag

53

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Leptodactylus rhodomystaxReserva Florestal Adolpho Ducke - Manaus - AM Igor Fernandes

54

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Ensaios e Opiniotildees

Rachel Montesinos1 amp Heacutelio Ricardo da Silva2

1 Laboratoacuterio de Herpetologia Departamento de Zoologia Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Uni-versidade Federal de Minas Gerais 31270-901 Belo Horizonte MG montesinosufmgbr2 Laboratoacuterio de Histoacuteria Natural Anatomia Comparada e Sistemaacutetica de Anfiacutebios Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 23897-000 Seropeacutedica RJ heliorsilvagmailcom

Edward Drinker Cope uma ldquoestaacutetuardquo que tambeacutem precisa ser derrubadaAs razotildees por traacutes da decisatildeo da American Society of Ich-thyologists and Herpetologists de mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia

No iniacutecio de julho de 2020 uma das primeiras sociedades herpetoloacutegi-cas do mundo a American Society

of Ichthyologists and Herpetologists (ASIH - fundada em 1915) tomou uma decisatildeo his-toacuterica mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia A revista foi fundada em 1913 e de um comeccedilo simples quase fundo de quintal patrocinado pelo seu criador e primeiro editor John Treadwell Nichol (veja Berra 1984 Mitchell amp Smith 2013) atingiu em 2020 a marca de 108 volumes publica-dos Trata-se de uma revista internacional de prestiacutegio dedicada a publicar artigos cientiacute-ficos originais de alta qualidade sobre com-portamento conservaccedilatildeo ecologia geneacutetica morfologia evoluccedilatildeo fisiologia sistemaacutetica e taxonomia de peixes anfiacutebios e reacutepteis tanto

viventes como foacutesseis (asihcopeiaonlineorg) Segundo a Scimago Journal amp Country Rank (SJR) a Copeia apresentou em 2019 o fator de impacto de 1017 ocupando a 106ordf posiccedilatildeo entre as 429 revistas da aacuterea de Ciecircncia Ani-mal e Zoologia com SJR de 06 e Quartile Q1 (scimagojrcom)

O nome Copeia foi utilizado por John Nichol como homenagem ao renomado paleontoacute-logo ictioacutelogo e herpetoacutelogo do seacuteculo XIX Edward Drinker Cope (Figura 1) Com esta ampla gama de interesses Cope simbolizava a reuniatildeo dos interesses dos estudiosos de ldquover-tebrados de sangue friordquo (que representava o cargo do criador da revista) Cope produziu inuacutemeros estudos autorais e com colaborado-res sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis (viventes e foacutesseis) No entanto uma outra vertente das atividades intelectuais de Cope como cidadatildeo

55

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

do seacuteculo XIX satildeo menos conhecidas e divul-gadas Cope tinha ideias racistas e era contraacute-rio agrave emancipaccedilatildeo e ao voto das mulheres

Recentemente o assassinato do negro ameri-cano George Floyd por um policial branco na cidade de Minneapolis (Minnesota EUA) no dia 25 de maio de 2020 levou a uma onda de protestos naquele paiacutes contra o racismo estru-tural que permeia a sociedade (ver Lawrence amp Keleher 2004 Almeida 2019) e impede a ascensatildeo social de negros bem como sua pre-senccedila em todos os espaccedilos sociais Outro im-pacto trazido pelas reflexotildees decorrentes dos protestos foi a accedilatildeo de remoccedilatildeo de estaacutetuas e siacutembolos que refletem o preconceito aos ne-gros e outras minorias nos Estados Unidos como a icocircnica estaacutetua do ex-presidente ame-ricano Theodore Roosevelt que se encontra na entrada do American Museum of Natural History Nova York e que deve ser removida

em breve Esse movimento ainda considera-do polecircmico tambeacutem resultou na discussatildeo sobre quais figuras histoacutericas devem ser ho-menageadas e o que elas representam para as sociedades contemporacircneas

Neste ensaio procuramos apresentar a polecirc-mica relacionada ao nome da revista Copeia que tem sido discutida pelos associados agrave ASIH explicando o porquecirc dessa homenagem em primeiro lugar assim como as razotildees para rever essa escolha neste momento Eacute impor-tante ressaltar que embora o tema seja mais ligado agraves disciplinas das Ciecircncias Sociais nos-so ensaio representa apenas uma apresenta-ccedilatildeo da literatura baacutesica sobre o assunto para despertar a curiosidade e ao mesmo tempo chamar a atenccedilatildeo para as dimensotildees sociais das atividades de pesquisa e dos pesquisado-res em biologia de um modo geral

Cope cientista autodidata e expoente no estudo de reacutepteis anfiacutebios e peixes

Segundo o proacuteprio site da ASIH a escolha de John Nichols pelo nome Copeia foi para ho-menagear Edward Cope jaacute que desde o iniacutecio esta revista foi devotada a publicar artigos cientiacuteficos sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis principais aacutereas de atuaccedilatildeo de Cope (asihorgabout Hilton amp Crump 2016)

Edward Drinker Cope nasceu em 28 de julho de 1840 na Philadelphia EUA Desde muito novo seus pais perceberam que se tratava de uma crianccedila com capacidades intelectuais destacadas (Gill 1897) Aos sete anos Cope ga-nhou de presente de aniversaacuterio uma viagem de navio a Boston Durante essa viagem ele escreveu um relato de bordo no qual descre-

Figura 1 Edward Drinker Cope (1840 - 1897) Imagem de domiacutenio puacuteblico Fonte Osborne (1929)

56

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

via e ilustrava os lugares e animais que avista-va indicando ser uma crianccedila com habilida-des cognitivas e artiacutesticas bem desenvolvidas (Davidson 1997 Figura 2)

Aos nove anos em 1848 Cope foi envia-do para a escola primaacuteria eacutepoca que iniciou suas visitas agrave Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP) durante as quais elaborou um extenso documento sobre suas observaccedilotildees neste museu Este eacute o primeiro documento onde Cope reporta com detalhes

os foacutesseis destacando-se seu impressionante desenho de um Ichthyosaurus Aleacutem disso Cope coletava serpentes sapos e salamandras e os levava para a ANSP para serem identifi-cados Aos 18 anos Cope passou a trabalhar aiacute como herpetoacutelogo (Davidson 1997) e um ano depois publicou seu primeiro artigo cien-tiacutefico intitulado ldquoOn the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Speciesrdquo (Cope 1859)

Cope nunca teve uma formaccedilatildeo universitaacuteria formal mas isso natildeo o impediu de seguir sua paixatildeo pelas ciecircncias da natureza No iniacutecio de

Figura 2 Algumas das ilustraccedilotildees feitas em sua viagem ateacute Boston quando tinha apenas sete anos de idade Fonte Davidson (1997)

57

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

(Gill 1897 Osborne 1929)sua carreira Cope se revezava entre a coleccedilatildeo do Smithsonian Institution em Washington e a ANSP (Gill 1897 Davidson 1997) Segundo Osborne (1929) em 1863 Cope viajou para a Europa visitando os mais renomados museus da eacutepoca Ao retornar para os Estados Unidos Cope tornou-se professor de Ciecircncias Natu-rais no Haverford College onde permaneceu por apenas trecircs anos Ele decidiu se afastar das aulas para se dedicar a suas expe-diccedilotildees cientiacuteficas e escrever seus artigos A partir de en-tatildeo Cope comeccedilou a ana-lisar materiais geoloacutegicos identificando e classifican-do novos foacutesseis aleacutem de seguir coletando e catalo-gando exemplares viventes de peixes e reacutepteis

A Herpetologia era o campo que mais interessava a Cope (Gill 1897) Os principais estudos de Cope na Herpe-tologia satildeo ldquoThe Batrachia of North Americardquo (Cope 1889) sendo o maior ca-taacutelogo feito no continente incluindo aspectos anatocirc-micos das espeacutecies (Figura 3) e ldquoThe Crocodilians Li-zards and Snakes of North Americardquo (Cope 1898) En-tretanto como um natura-lista Cope fez diversas con-tribuiccedilotildees para a Ictiologia Ornitologia Mastozoologia Paleontologia e Geologia

Figura 3 Paacutegina 410 do livro ldquoThe Ba-trachia of North Americardquo Fonte Cope (1889 biodiversitylibraryorg)

58

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Cope sempre foi bastante respeitado na co-munidade cientiacutefica Entretanto sua repu-taccedilatildeo e financcedilas foram bastante afetadas por suas brigas puacuteblicas com seu colega paleon-toacutelogo Othoniel Marsh (1831 ndash 1899) que fi-caram conhecidas como a ldquoGuerra dos Ossosrdquo (Mark 2000) Cope morreu em 1897 aos 56 anos deixando um legado de mais de 1400 artigos cientiacuteficos e nomeando mais de 1000 espeacutecies de vertebrados Ateacute hoje ningueacutem conseguiu publicar tantos artigos cientiacuteficos quanto Cope (Osborne 1929 Mark 2000)

Um outro lado do Naturalista de reno-me o racismo e a misoginia de Cope

Apesar de ter falecido relativamente jovem e de seu nuacutemero astronocircmico de artigos pu-blicados Cope ainda encontrava tempo para escrever sobre suas opiniotildees sociais e poliacuteti-cas o que o tornou uma pessoa extremamen-te controversa Cope escrevia abertamente sobre ideias racistas e misoacuteginas As declara-ccedilotildees racistas de Cope incomodavam a muitos ateacute mesmo naquela eacutepoca em que esse tipo de pensamento poderia reverberar entre vaacuterios intelectuais de raciociacutenio semelhante

Suas ideias encontravam eco com aquelas pu-blicadas e discutidas por figuras importantes da eacutepoca O meacutedico cientista e escritor R W Shufeldt por exemplo dedicou seu livro in-titulado ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (Shufeldt 1907) a Cope por seus esforccedilos de manter a pureza das raccedilas (Figura 4) Neste livro Shufeldt apresenta duas das cartas publicadas por Cope na revista ldquoThe Open Courtrdquo intituladas ldquoThe Return of the Negroes to Africardquo onde Cope se declara-va abertamente a favor de uma deportaccedilatildeo

em massa dos negros para a Aacutefrica inclusive aqueles nascidos nos Estados Unidos

Dentre algumas passagens marcantes presen-tes nessas cartas podemos listar (em idioma original com traduccedilatildeo livre para o portuguecircs disponiacutevel no rodapeacute)

ldquoMr Frederick May Holland has replied to my article on the proposed removal of the African race in the United States to Africa citing various objections to such a course [] all races are not equally capable of sus-taining this relation between order and free-dom [] The negro has conspicuously failed in all but absolute governments [] Whate-ver reasons may have existed or do exist for the removal of particular peoples or the ex-clusion of particular races from any country they exist with tenfold force in the case of the negroes of the United States [] I will not discuss again the mental status of the black race It is well known except to those who will not see [] The reasons why the American negroes object to being returned to Africa are self-evident As beneficiaries of a civilized na-tion they have their rights better protected than they would have under a government of their own race [] If he is so capable as some persons believe it will do him no harm If he succeeds no better in the future than he has in the past he will not surprise some who think they know him betterrdquo [1] (Cope 1890a The Open Court 130 pp 2110-2111 Figura 5)

59

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

eacute bem conhecido exceto por aqueles que natildeo querem

enxergar [] As razotildees do porquecirc os negros america-

nos tecircm objeccedilotildees para voltar para a Aacutefrica satildeo oacutebvias

Como beneficiaacuterios de uma naccedilatildeo civilizada eles tecircm

seus direitos melhores protegidos do que se estivessem

sob um governo de sua proacutepria raccedila [] Se ele eacute tatildeo

capaz como algumas pessoas acreditam isso natildeo faraacute

mal a ele Se ele natildeo for melhor sucedido no futuro do

que foi no passado ele natildeo surpreenderaacute aqueles que

acreditam conhececirc-lo melhorrdquo

[1] ldquoO Sr Frederick May Holland respondeu ao meu

artigo propondo remover a raccedila Africana nos Esta-

dos Unidos para a Aacutefrica citando vaacuterias objeccedilotildees para

isso [] todas as raccedilas natildeo satildeo igualmente capazes de

sustentar as relaccedilotildees entre liberdade e ordem [] O

negro falhou visivelmente em todos os governos exce-

to o absolutista [] quaisquer razotildees que existiram ou

ainda existem para a remoccedilatildeo de determinadas pesso-

as ou exclusatildeo de uma raccedila em particular de qualquer

paiacutes elas existem com uma forccedila dez vezes maior no

caso dos negros dos Estados Unidos [] Eu natildeo dis-

cutirei novamente o status mental da raccedila negra Isto

Figura 4 Capa do livro ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (esquerda) e dedicatoacuteria feita pelo autor a Cope (direita) Fonte Shufeldt (1907 biodiversitylibraryorg)

60

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Estas publicaccedilotildees geraram diversas criacuteticas e como resposta Cope publicou uma nova carta no The Open Court

ldquoI am not surprised to find that the objectors to the project of transferring the negroes from this country to Africa have nothing but sen-timental objections to urge against it They call their objections ethical and imagine that they have the support of justice in their po-sition Their understanding of the import of ethics and justice may differ from mine but I suspect that their view chiefly results from an ignorance of some fundamental principles of biology [] As to the question of injustice we

have to decide [] Shall we subject the higher race to deterioration or shall we subject the lower to transportation without material loss to it To do the former is to injure the entire human species To do the latter is to continue the process which the abolition of slavery inaugurated to teach the negro to stand on his own legs [] The characteristics of the ne-gro-mind are of such a nature as to unfit him for citizenship in this country He is thorou-ghly superstitious and absolutely under the control of supernaturalism [] He is lacking in rationality and in morality Without going further these traits alone should exclude him from citizenship [] if he remains in this

Figura 5 Capa do jornal The Open Court nuacutemero 130 onde Cope publicou uma de suas cartas Fonte opensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj

61

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

[2] ldquoEu natildeo estou surpreso de ver que os opositores ao

projeto de transferir os negros deste paiacutes para a Aacutefrica

natildeo tenham nada a natildeo ser objeccedilotildees emocionais para

argumentar contra isto Eles chamam suas objeccedilotildees de

eacuteticas e imaginam que eles tecircm o suporte da justiccedila em

suas posiccedilotildees A compreensatildeo deles sobre o significa-

do da eacutetica e da justiccedila podem diferir da minha mas

eu suspeito que a visatildeo deles resulte principalmente

da ignoracircncia sobre alguns princiacutepios fundamentais

da biologia [] Quanto agrave questatildeo da injusticcedila temos

que decidir [] Devemos submeter a raccedila superior agrave

deterioraccedilatildeo ou devemos sujeitar a raccedila inferior ao

transporte sem perdas materiais resultante disso Fa-

zer o primeiro eacute ferir toda a espeacutecie humana Fazer o

outro eacute continuar o processo que a aboliccedilatildeo da escra-

vidatildeo inaugurou ensinar o negro a se apoiar nas proacute-

prias pernas [] As caracteriacutesticas da mente do negro

satildeo de tal natureza que o torna inapto para a cidadania

neste paiacutes Ele eacute completamente supersticioso e absolu-

tamente sob o controle do sobrenatural [] Ele carece

de racionalidade e moralidade Sem ir aleacutem apenas es-

ses traccedilos jaacute deveriam excluiacute-lo de cidadania [] se ele

permanecer neste paiacutes ele se misturaraacute com os bran-

cos ateacute que em meio seacuteculo ou menos natildeo haveraacute uma

uacutenica pessoa com sangue negro puro [] uma imensa

populaccedilatildeo de mulatos onde deveria haver um nuacutemero

igual de brancos A deterioraccedilatildeo resultante seria desas-

trosa para nossa capacidade intelectual e moral e con-

sequentemente para nossa poliacutetica prosperidade []

A necessidade me parece grande e urgente [] Os proacute-

prios negros natildeo satildeo tatildeo avessos a deixarem este paiacutes

como muitos querem que acreditemos [] Milhares

deles estatildeo prontos para emigrar agorardquo

country he will mix with the whites until in a half century or less there will not be a per-son of pure negro blood in it [] an immense population of mulattoes where there should be an equal number of whites The deteriora-tion thus resulting would tell disastrously on our intellectual and moral and consequently on our political prosperity [] The necessity seems to me to be great and urgent [] The negroes themselves are not nearly so much averse to their leaving this country as many would have us believe [hellip] Thousands of them are ready to emigrate nowrdquo [2] (Cope 1890b The Open Court 146 p 2331)

Essas cartas e cartas respostas claramente indicam convicccedilatildeo de ideias e formas de pro-testos contra tais pensamentos por parte de alguns autores Aleacutem de suas ideias racistas Cope tambeacutem era um homem misoacutegino Em-bora ele acreditasse na importacircncia de mulhe-res estudarem (ideia considerada agrave frente de seu tempo naquela eacutepoca) Cope acreditava que mulheres independente da raccedila eram seres inferiores aos homens Cope usava atri-butos bioloacutegicos para justificar suas ideias onde dizia que mulheres eram fisicamente in-feriores por ldquoinferior muscular strength and child-bearingrdquo e mentalmente inferiores por

62

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

ldquoinferior mental co-ordination and greater emotional sensibility which interferes more or less with rational actionrdquo [3] (Osborne 1929)

Cope tambeacutem era contra o voto feminino pois acreditava que o homem era o protetor e le-gislador das mulheres Ele argumentava que mulheres seriam movidas pelo sentimento e votariam de acordo com ou mesmo contra a opiniatildeo de seus amantes ou maridos (Osbor-ne 1929)

O que a permanecircncia do nome de Cope no principal veiacuteculo de uma sociedade cientiacutefica nos ensina

O corpo editorial da Copeia foi composto por muito tempo majoritariamente por homens brancos Desde a fundaccedilatildeo da ASIH o perfil de toda sociedade nunca foi muito diferen-te disso embora vaacuterias mulheres brancas tambeacutem tenham feito parte da sociedade do corpo editorial da revista e publicando arti-gos Apenas no ano 2000 uma mulher Dra Maureen A Donnelly passou a incorporar o comitecirc diretivo da ASIH permanecendo ateacute 2016 (Hilton amp Crump 2016) Com base no exame de fotografias dos participantes dos encontros da sociedade eacute possiacutevel notar que embora o nuacutemero de mulheres brancas tenha aumentado ao longo dos anos natildeo parece ha-ver participaccedilatildeo de negros na sociedade Uma explicaccedilatildeo para a existecircncia e manutenccedilatildeo de iacutecones racistas e misoacuteginos como siacutembolos e

homenagens nas sociedades contemporacircne-as seria relacionada a um ensino da histoacuteria que parece tentar apagar o passado racista de membros da sociedade americana de um modo geral e a quase inexistecircncia de diversi-dade eacutetnico-raciais em sociedades cientiacuteficas como eacute o caso da ASIH

Com o assassinato de George Floyd reacen-deu-se nos Estados Unidos a luta por igual-dade racial com criacuteticas e autocriacuteticas agraves atitu-des e ao simbolismo racista Como resultado o movimento blacklivesmatter ganhou for-ccedila vozes e sua mensagem passou a ser ouvida por diversos outros segmentos da sociedade em geral Uma das consequecircncias deste refor-ccedilo resultou no incocircmodo expresso por muitos soacutecios da ASIH que entre outras accedilotildees levou ao questionamento da continuidade do uso do nome Copeia para homenagear Cope

Em consideraccedilatildeo a seus soacutecios principalmen-te aos membros negros o Comitecirc Executivo da ASIH votou a favor por unanimidade de mudar o nome da Copeia para ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo conforme mensagem di-vulgada no dia 27 de junho de 2020 (twittercomIchsAndHerpss=20) O nome sugeri-do passou para ser votado por uma instacircncia superior o Board of Governors que deve-ria decidir por (1) trocar o nome para ldquoIch-thyology and Herpetologyrdquo ou (2) manter o nome Copeia No dia 02 de julho foi anun-ciado que o novo nome foi aprovado com 88 votos a favor e 11 votos contras (httpsbitlyASIH_BOG_MOTION Figura 6) Assim o nome ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo passaraacute a vale a partir do Nuacutemero 1 de 2021 Esta eacute indubitavelmente uma decisatildeo histoacuterica Dei-

[3] por terem forccedila muscular inferior e por engravida-rem hellip coordenaccedilatildeo mental inferior e maior sensibili-dade emocional a qual interfere accedilotildees racionais

63

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

xar de homenagear Cope natildeo significa apagar a histoacuteria de seu legado cientiacutefico mas sim fazer uma nova histoacuteria na qual homenagens natildeo sejam dadas sem considerar todo o con-texto de ideias do homenageado seu impacto e o que elas representam para a comunidade cientiacutefica e a sociedade como um todo

Figura 6 Tweet publicado pela ASIH no dia 02 de julho de 2020 (A) nova logo da ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo (B) mensagem sobre a aprovaccedilatildeo do novo nome pelo Board of Governors Fonte twittercomIchsAndHerpss=20

Esperamos que este seja o primeiro passo para uma Herpetologia mais justa e inclusiva Eacute importante que negros mulheres e outras minorias tenham representatividade nas nos-sas sociedades cientiacuteficas incluindo a proacutepria Sociedade Brasileira de Herpetologia

64

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Agradecimentos

Agradecemos a Annelise Frazatildeo Nunes Fer-nando Arauacutejo Perini e aos editores da Herpe-tologia Brasileira ndash Ensaios e Opiniotildees (Lu-ciana Barreto Nascimento Teresa Aacutevila Pires e Julio Cesar de Moura Leite) pelos comentaacute-rios e sugestotildees no texto

Referecircncias

Almeida S 2019 Racismo Estrutural (Femi-nismos Plurais) Poacutelen Livros Satildeo Paulo

American Society of Ichthyologists and Her-petologists About ASIH asihorgabout Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Copeia asihcopeiaonlineorg Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Twitter twittercomIchsAn-dHerpss=20 Acessado em 27 de junho de 2020

Berra TM 1984 A chronology of the Ame-rican Society of Ichthyologists and Herpe-tologists through 1982 American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication 21ndash21

Cope ED 1859 On the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Species Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 11122ndash128

Cope ED 1889 The Batrachia of North Ame-rica United States National Museum Bulletin 341ndash467

Cope ED 1890a The return of the negroes to Africa The Open Court 130 2110-2111 (dis-poniacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj)

Cope ED 1890b The return of the negroes to Africa The Open Court 1462331 (disponiacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiview-contentcgiarticle=4672ampcontext=ocj)

Cope ED 1898 The Crocodilians Lizards and Snakes of North America Report of the United States National Museum 1898 153ndash270

Davidson JP 1997 The Bone Sharp The Life of Edward Drinker Cope Academy of Natu-ral Science of Phyladelphia Special Publica-tion 171ndash237

Gill T 1897 Edward Drinker Cope Natura-list - A Chapter in the History of Science The American Naturalist 31831ndash863

Hilton EJ Crump ML 2016 The American Society of Ichthyologists and Herpetologists at 100 Setting the Stage for the Next Hun-dred Years Copeia 104952ndash964

Lawrence K Keleher T 2004 Chronic Dispa-rity Strong and Pervasive Evidence of Racial Inequalities Poverty Outcomes Structural Racism Race and Public Policy Conference Disponiacutevel em httpswwwintergroupre-sourcescomrcDefinitions20of20Ra-cismpdf

65

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Mark J 2000 The Gilded Dinosaur The Fos-sil War Between E D Cope and O C Marsh and the Rise of American Science Crown Pu-blishing Group New York

Mitchell JC Smith DG 2013 Copeia 1913 Number 1 Origin and Authors Copeia 2013189ndash193

Osborne HF 1929 Biographical Memoir of Edward Drinker Cope 1840-1897 National Academy of Sciences of the United States of America Biographical Memoirs XIII (Third Memoir)124ndash317

Shufeldt RW 1907 The Negro A Menace for the American Civilization The Gorham Press Boston

Scimago Journal amp Country Rank scimagojrcom Acessado em 26 de junho de 2020

66

ResenhasLarry Rohter 2019 Rondon uma biografia (traduccedilatildeo de Caacutes-sio de Arantes Leite) Objetiva Rio de Janeiro

Joseacute P Pombal Jr

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro Quinta da Boa Vista 209404-040 Rio de Janeiro RJ email pombalacdufrjbr

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

67

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

No Epiacutelogo desta biografia o autor narra uma viagem as terras visitadas por Rondon haacute mais de um seacuteculo Eacute

um tanto doloroso depois de termos lido so-bre estes locais nos tempos de Rondon ouvir-mos sobre o desenvolvimento da regiatildeo Em Mato Grosso o autor nos conta sobre uma ce-rimocircnia oficial em Mimoso em cinco de maio de 2015 para a celebraccedilatildeo dos 150 anos do nascimento de Candido Rondon ldquoO exeacutercito estava no comando entatildeo o tom era marcial e patrioacutetico como as celebraccedilotildees para marcar o dia da Independecircncia Unidades portan-do as bandeiras do Brasil do Mato Grosso e do Exeacutercito passaram marchando a fizeram uma saudaccedilatildeo na direccedilatildeo do palanque onde importantes dignitaacuterios locais e nacionais incluindo ateacute Tweed Roosevelt bisneto de Theodore[]rdquo ldquoApoacutes chegar de helicoacuteptero o comandante do Exeacutercito o general Eduardo Dias da Costa Villas Bocircas que passou parte consideraacutevel de sua carreira na Amazocircnia fez um discurso exaltando as virtudes de Rondon como soldado e patriota [] Nenhum discur-so foi aleacutem de ortodoxos e limitados clichecircs sobre Rondon destacando seus feitos como explorador e o pacifismo subjacente a esses esforccedilos sem mencionar que as exortaccedilotildees de Rondon especialmente o ldquomorrer se preciso for matar nuncardquo haviam sido muito mais ig-norados do que observadas na histoacuteria recen-te do Mato Grosso e da Amazocircniardquo

Eacute difiacutecil resenhar um excelente livro sobre o Marechal Cacircndido Mariano da Silva Rondon e natildeo cair na tentaccedilatildeo de falar sobre o bio-grafado e natildeo sobre o livro A maioria de noacutes conhece alguma parte da histoacuteria de Rondon

um estado recebeu seu nome Rondocircnia (an-tes territoacuterio do Guaporeacute) construccedilatildeo das linhas telegraacuteficas participaccedilatildeo de pesqui-sadores em suas expediccedilotildees como Hoehne e Miranda-Ribeiro Serviccedilo Nacional do Iacutendio e seu quase mantra ldquomorrer se preciso for ma-tar nuncardquo nos primeiros encontros com in-diacutegenas foi atingido por uma flecha em 1913 sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda Expediccedilatildeo Cientiacutefica Roosevelt -Rondon Rondon fez tudo isso mas muito mais Como relatado na apresentaccedilatildeo desta biografia por qualquer criteacuterio quantidade de expediccedilotildees distacircncias vencidas grau de dificuldades e informaccedilotildees coletadas Ron-don foi o maior explorador dos troacutepicos da histoacuteria com realizaccedilotildees que superam perso-nagens mais conhecidos como Sir Richard Francis Burton Rondon esteve em mais de duas duacutezias de expediccedilotildees pelo isolado norte do Brasil viajando mais de 40 mil quilocircme-tros a peacute em canoas a cavalo ou mulas Aleacutem de engenheiro militar bacharel em matemaacute-tica e ciecircncias fiacutesicas e naturais foi professor de astronomia na escola militar A comissatildeo Rondon que estava sob seu comando publicou mais de cem artigos cientiacuteficos em antropolo-gia astronomia botacircnica ecologia etnologia ictiologia linguiacutestica metereologia minera-logia e ornitologia e nenhum outro indiviacuteduo contribui mais com exemplares para o Museu Nacional Rondon tinha ainda mais interesse pelas populaccedilotildees humanas que pela fauna e flora Muitos de seus artigos satildeo sobre gramaacute-tica sintaxe e vocabulaacuterio das liacutenguas dos po-vos da regiatildeo A Comissatildeo Rondon jaacute conta-va com equipe de filmagem e produzia filmes sobre os povos da Amazocircnia documentado

68

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

ainda sua muacutesica Em 1925 no Brasil Albert Einstein maravilhado pela figura de um ge-neral pacifista indicou Rondon para o precircmio Nobel da Paz a fim de exaltar seus esforccedilos Quando morreu em 1958 com 92 anos o pre-sidente da Cruz Vermelha Leacuteopold Boisser o saudou como o mais importante apoacutestolo da natildeo violecircncia nos tempos modernos desde Gandhi Rondon foi um dos maiores defenso-res dos direitos indiacutegenas durante a primeira metade do seacuteculo XX Foi diretor-geral do Ser-viccedilo de Proteccedilatildeo aos Iacutendios cujas atribuiccedilotildees de assistecircncia e proteccedilatildeo aos grupos indiacutege-nas dentro do princiacutepio ao respeito da diver-sidade cultural e depois presidiu o Conselho Nacional de Proteccedilatildeo ao Iacutendio e lutou com os irmatildeos Villas Boas dentre outros pelo estabe-lecimento do Parque Indiacutegena do Xingu

A primeira coisa que me chamou a atenccedilatildeo em um livro sobre Rondon foi ter sido publicado antes em inglecircs e apenas depois ser traduzi-do para o Portuguecircs Talvez isso diga sobre os interesses das editoras do Brasil que prefiram sempre apostar em um sucesso no estrangeiro para a partir disso resolver investir

O autor desta biografia bem traduzida por Caacutessio de Arantes Leite Larry Rohter eacute um conhecido jornalista estadunidense que foi correspondente no Brasil do jornal The New York Times tendo outros livros publicados Contando com mais de 500 paacuteginas incluin-do vasta bibliografia mapas e fotografias estaacute biografia eacute dividida em quatro partes Come-ccedila como deve ser toda biografia com o nasci-mento e infacircncia do ldquoMarechal da Pazrdquo como seria um dia conhecido Cacircndido Mariano da Silva o sobrenome Rondon foi incorporado

posteriormente do sobrenome se sua avoacute ma-terna As quatro partes satildeo divididas em 26 capiacutetulos A primeira parte conta com trecircs capiacutetulos onde satildeo narrados infacircncia che-gada ao Rio de Janeiro para entrada no exeacuter-cito periacuteodo em que passou muitas necessi-dades e seu envolvimento no golpe de 15 de novembro A parte II conta com 14 capiacutetulos onde satildeo apresentadas toda sua vida adulta como oficial do exeacutercito suas missotildees e vida familiar Parte III com cinco capiacutetulos nos apresenta o Rondon maduro foi promovido a General de Brigada em 1919 aos 54 anos Ainda plenamente em atividades mas como natildeo poderia deixar de ser um personagem tatildeo forte e complexo contava com grande apoio e igualmente oposiccedilatildeo O major Bittencourt escritor e futuro general que lecionava na aca-demia militar escreveu ldquoHaacute no seio do exeacuter-cito duas correntes francamente opostas [] Os partidaacuterios do primeiro grupo [] acham o pacificador dos aboriacutegenes nacionais um li-dador de peso e conta prestando ao paiacutes em organizaccedilatildeo serviccedilos de grande valia e meacuterito os formadores do grupo adverso [] veem no grande brasileiro um servidor comum cujos esforccedilos seriam perfeitamente recompensa-dos com algumas dezenas de mil-reacuteis a mais Uns o querem general de brigada ou divisatildeo respeitado e querido por seus meacuteritos e tra-balhos [] Outros mais exigentes ou menos refletidos o desejam afastado do exeacutercito ignorado e esquecido agraves fileirasrdquo Suas accedilotildees como indigenistas ainda hoje podem ser po-lecircmicas e talvez a mais contundente seja de um pesquisador atual da antropologia do Mu-seu Nacional instituiccedilatildeo a qual Rondon sem-pre teve ligaccedilotildees importantes A uacuteltima parte

69

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

com quatro capiacutetulos trata do periacuteodo em que vai para a reserva quando passa por uma seacuterie de humilhaccedilotildees deliberadas em raacutepida suces-satildeo Uma das que mais lhe afetou foi o Serviccedilo Nacional do Iacutendio ter perdido prestiacutegio e ser transformado em uma seccedilatildeo de uma direto-ria Isso equivalia segundo o militar ligado ao SPI na eacutepoca a extinccedilatildeo do oacutergatildeo Todavia privado de suas atividades de comando pocircde devotar seu tempo a atividades cientiacuteficas Ele continuava bem-vindo ao Museu Nacional onde seu amigo Roquette-Pinto foi diretor Aleacutem disso haacute nesta biografia um epiacutelogo com a qual iniciei estaacute resenha

O livro estaacute muito bem impresso com for-mato e papel agradaacuteveis a leitura Da mesma forma o tamanho da fonte eacute igualmente agra-daacutevel a leitura As 25 fotografias em preto e branco natildeo estatildeo impressas em papel espe-cial mas no geral tem entre boa a razoaacutevel ni-tidez O detalhamento e profundida do texto satildeo excelentes ao menos para mim um qua-se ignorante na vida deste grande personagem brasileiro (ainda que com apenas 160 cm de altura) e natildeo tem como natildeo se admirar com a obra do Marechal Rondon Como zooacutelogo natildeo haacute como natildeo ficar maravilhado e ateacute mesmo tenso com as agruras que passaram Rondon soldados pesquisadores e todo o pessoal que o acompanhou Natildeo falta nada nestas aven-turas fome cansaccedilo ataque de indigenas inclusive com flechadas (sem que houvesse contra ataque) e coleta de material cientiacutefico A expediccedilatildeo mais conhecida eacute a com o Roo-sevelt onde passaram todo tipo de privaccedilatildeo pelo Rio da Duacutevida depois renomeado como Rio Roosevelt Realmente este foi o melhor li-vro de natildeo ficccedilatildeo que li em 2019 e recomendo

fortemente a todos que se interessam por via-gens de naturalistas zooacutelogos e antropoacutelogos Na verdade creio que todo brasileiro se be-neficiaacuteria da leitura desta excelente biografia

Mas se Rondon foi capaz de feitos tatildeo ex-cepcionais por que eacute quase desconhecido no mundo Talvez isso possa ser respondido por uma uacutenica palavra que denota uma das maiores ou a maior chaga humana racismo Seguramente o racismo e o preconceito natildeo eram menores que nos dias hoje Ainda em 1930 por exemplo The New York Times ain-da se referia a Rondon como o ldquoguia nativo do Coronel Rooseveltrdquo (estaacute claro que o sucesso e mesmo a sobrevivecircncia de Roosevelt se deve a Rondon Sim por pouco que Roosevelt natildeo morreu) Aleacutem de origem indiacutegena era oacuter-fatildeo nascido na pobreza e no interior do Bra-sil onde um simples ensino baacutesico era difiacutecil de obter Uma simples foto de Rondon mostra que ele natildeo atende ao estereoacutetipo de grande explorador cultivada pelo mundo anglo-sa-xatildeo com cor e feiccedilotildees tiacutepicas de um indigena sul-americano Seu pai Cacircndido Mariano da Silva um mascate de ascendecircncia europeia e indiacutegena tambeacutem com sangue africano que morreu apenas cinco meses apoacutes o nascimen-to de Rondon Sua matildee Claudina Maria de Freitas Evangelista tinha como ancestrais dois dos principais grupos indiacutegenas do centro de Mato Grosso Bororo e Terena Neste excelen-te livro temos a oportunidade de vislumbrar o periacuteodo as lutas sucessos e idiossincrasias deste brasileiro que nos enche de orgulho

Enfim termino por onde comecei o epiacutelogo desta biografia O autor menciona a eleiccedilatildeo presidencial brasileira de 2018 indicando um

70

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

futuro sombrio para as populaccedilotildees indiacutegenas Mas o autor ainda nos lembra de duas falas de personalidades do poder Pergunta o General Heleno Ribeiro Pereira quando era coman-dante militar da regiatildeo amazocircnica ldquocomo um brasileiro natildeo pode entrar numa terra porque eacute terra indiacutegenardquo ou o ldquoGeneral Maacuterio Ma-theus Madureira ex-comandante da 10 bri-gada de Infantaria de Selva que afirma que a demarcaccedilatildeo de grandes porccedilotildees de terra para grupos indiacutegenas e reserva ecoloacutegicas pode inviabilizar o desenvolvimento econocircmico do estadordquo

Embora as homenagens devidas tenham sido prestadas em 2005 aos 150 anos de nascimen-to do Marechal Candido Rondon pelo estado de Mato Grosso e pelo exeacutercito estaacute claro que eles natildeo entenderam quem foi o personagem que estavam homenageando

Editor Deacutelio Baecircta

71

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

Reuber Albuquerque Brandatildeo Renata Dias Franccediloso Theodo-ro de Hungria Machado Neuber Joaquim dos Santos (Orgs) 2020 Histoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudeste do Brasil PerSe Satildeo Paulo Ebook

Deacutelio Baecircta

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brasil deliobaetagmailcom

72

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

A regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo com-preende uma fascinante regiatildeo do Cerrado no marco de encontro entre

os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais que abrange propriedades privadas e Unidades de Conservaccedilatildeo com diferentes categorias in-cluindo o Parque Nacional do Grande Sertatildeo Veredas O livro ldquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Su-deste do Brasilrdquo eacute focado na histoacuteria natural e estaacute organizado em onze capiacutetulos que descre-vem aspectos da histoacuteria fauna flora geolo-gia e geografia desta regiatildeo Preacuteviamente aos capiacutetulos satildeo apresentados os prefaacutecios biliacuten-gues (inglecircs e portuguecircs) de autoria de James A Ratter (Royal Botanic Garden Edinburg) e John N Landers (Order of British Empire) que trazem uma bela apresentaccedilatildeo da regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo seguido de um proacute-logo ldquoBem vindo ao cerrado dos Sertotildees da Trijunccedilatildeordquo onde os organizadores comparti-lham suas experiecircncias e memoacuterias sobre a a regiatildeo do Sertatildeo do Trijunccedilatildeo convidando os leitores a mergulhar nesta fascinante regiatildeo de Cerrado Antes de iniciar os capiacutetulos os autores deixam uma bela homenagem a Ju-dith Cortesatildeo ambientalista pesquisadora e educadora

A obra inicia com uma concisa e ao mesmo tempo detalhada apresentaccedilatildeo histoacuterico-bio-geograacutefica da regiatildeo do Trijunccedilatildeo lsquoCami-nhando pelo sertatildeo da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Minas Gerais e Goiaacutesrsquo De autoria de Theodoro H Machado o capiacutetulo 1 introduz ao leitor a importacircncia desta aacuterea de conflu-ecircncia entre os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais como ponto de passagem de diversas expediccedilotildees viajantes e autoridades da coroa

portuguesa que se dirigiam para os sertotildees regiotildees ainda natildeo exploradas no interior do territoacuterio Seguindo a apresentaccedilatildeo da regiatildeo somo contextualizados no capiacutetulo 2 (A regiatildeo do Trijunccedilatildeo no contexto do Bioma Cerrado) de autoria de Renata Franccediloso e Reuber Bran-datildeo sobre as caracteriacutesticas do Cerrado da re-giatildeo (eg precipitaccedilatildeo e temperatura meacutedia) indicando as diferentes categorias de Unida-des de Conservaccedilatildeo presentes na regiatildeo Jaacute neste capiacutetulo eacute feito um importante alerta so-bre a diminuiccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico da regiatildeo fato preocupante que tem se tornado comum a diversas regiotildees do Cerrado

A partir do capiacutetulo 3 estendendo ateacute o ca-piacutetulo 9 iniciam-se as detalhadas descriccedilotildees sobre a flora e fauna da regiatildeo comeccedilando com a lsquoCaracterizaccedilatildeo floriacutestica e potencial de uso as espeacutecies vasculares ocorrentes na re-giatildeo do Trijunccedilatildeorsquo de autoria de Joseacute Felipe Ribeiro e colaboradores Neste capiacutetulo satildeo apresentados as fitosionomias presentes na regiatildeo bem como uma extensa lista de espeacute-cies indicando seu haacutebito e habitat Os auto-res tambeacutem resumem em uma tabela (paacutegs 80-84) as informaccedilotildees sobre o uso econocircmico e sustentaacutevel para algumas espeacutecies botacircnicas ocorrentes na regiatildeo abrangendo diversos usos como por exemplo plantas alimentiacutecias apiacutecolas condimentares artesanato medici-nais tecircxteis etc

Jaacute os capiacutetulos 4 a 6 apresentam um pano-rama da herpetofauna presente da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 4 lsquoAnfiacutebios da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Goiaacutes e Mi-nas e do Parque Nacional Grande Sertatildeo Ve-redasrsquo de autoria de Reuber Brandatildeo Paula Leatildeo e Leonardo Gedraite abordada aspectos

73

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

introdutoacuterios sobre os anfiacutebios e sua relaccedilatildeo com o Cerrado aleacutem dos ambientes de ocor-recircncia das espeacutecies na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e do PARNA Grande Sertatildeo Veredas A diversi-dade de anfiacutebios encontrada na regiatildeo eacute gran-de para o Cerrado (47 spp) e corresponde a aproximadamente um quarto das espeacutecies re-gistradas para este bioma (220 spp) indican-do a importacircncia desta regiatildeo em relaccedilatildeo ao bioma como um todo Esta importacircncia tam-beacutem eacute evidenciada pela presenccedila de anuros que ainda necessitam de confirmaccedilatildeo quan-to a sua identidade especiacutefica e pela descri-ccedilatildeo de Rhinella veredas (Brandatildeo Maciel amp Sebben 2007) que tem sua localidade tipo na Fazenda Trijunccedilatildeo (atualmente PARNA Grande Sertatildeo Veredas) Para cada espeacutecie de anfiacutebios registradas os autores incluem as informaccedilotildees sobre o registro na regiatildeo distri-buiccedilatildeo geograacutefica histoacuteria natural e status de conservaccedilatildeo

O capiacutetulo 5 lsquoReacutepteis da Trijunccedilatildeo e o Itineraacute-rio de Spix e Martius entre o Satildeo Francisco e o Vatildeo do Paranatildersquo de autoria de Guarino Colli Frederico Franccedila Daniel Mesquita e Davi Pantoja aborda o itineraacuterio da expediccedilatildeo dos naturalistas Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius (1871-1820) e sua passagem pelo regiatildeo do Trijunccedilatildeo em destino a Bahia Este capiacutetulo juntamente com o capiacutetulo 1 prendeu minha atenccedilatildeo de-vido aos aspectos histoacutericos abordados Atra-veacutes do levantamento de localidades citadas por Spix e Martius e sua atualizaccedilatildeo com os nomes atualmente empregados os autores deste capiacutetulo confirmam a passagem de Spix e Martius pelo Vatildeo do Paranatilde e Carinhanha pernoitando nas cabeceiras do Juqueri regiatildeo

onde hoje se encontra a Trijunccedilatildeo A passa-gem destes naturalistas pela regiatildeo resultou na coleta de uma espeacutecie de caacutegado no rio Ca-rinhanha sendo posteriormente descrita por Schweigger como Phrynophus geoffroanus (Schweigger 1812) O exemplar ainda se en-contra (hoje um casco) na seccedilatildeo de herpeto-logia do Museu de Munique Alemanha As-sim como para outros grupos de fauna e flora os autores indicam a importacircncia da regiatildeo para a conservaccedilatildeo do Cerrado evidencia-da pela descriccedilatildeo de duas espeacutecie de lagartos endecircmicas da regiatildeo Stenocercus quinarius (Nogueira amp Rodrigues 2006) e Psilopus se-ductus (Rodrigues et al 2017) para o PARNA Grande Sertatildeo Veredas

Os autores registraram 48 espeacutecie de reacutepteis na Fazenda Trijunccedilatildeo o que corresponde a 50 das espeacutecies conhecidas para a regiatildeo sendo algumas delas registradas somente para a a fazenda Aleacutem disto o levantamento tambeacutem evidenciou a existecircncia de uma nova espeacutecie de lagarto do gecircnero Tropidurus e re-gistrou Phalostris labiomaculatus serpente endecircmica para o Cerrado conhecida somente de poucos exemplares provenientes de algu-mas localidades na divisa dos estados de To-cantins e Maranhatildeo Quando consideram a Fazenda Trijunccedilatildeo e a regiatildeo do entorno os autores indicam uma riqueza de 100 espeacutecies de reacutepteis com diferentes graus de endemis-mos de espeacutecies para o Cerrado (33) e Ca-atinga (4) Os autores tambeacutem apresentam comentaacuterios e atualizam os registros de reacutep-teis para regiatildeo finalizando com a importacircn-cia dos reacutepteis da regiatildeo para compreensatildeo dos processos biogeograacuteficos que atuam no Cerrado e Caatinga

74

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

O capiacutetulo 6 lsquoHistoacuteria natural do jacareacute-pa-guaacute (Paleosuchus palpebrosus) o pequeno notaacutevel das veredas dos sertotildees da Trijunccedilatildeo entre Bahia Goiaacutes e Minas Geraisrsquo de autoria de Beatriz Vasconcelos Joseacute Marcos Abreu e Reuber Brandatildeo finaliza a temaacutetica herpeto-fauna trazendo informaccedilotildees sobre a histoacuteria natural do jacareacute-paguaacute Seguindo os capiacutetu-los anteriores a introduccedilatildeo apresenta os dados relativos agrave histoacuteria natural conservaccedilatildeo e im-pacto antroacutepicos nas populaccedilotildees deste jacareacute Tendo como objeto de estudo uma populaccedilatildeo de jacareacutes-paguaacute presentes na Lagoa do For-moso foi avaliado o tamanho corporal dieta oferta de recursos alimentares microhabitats disponiacuteveis e utilizados e densidade da po-pulaccedilatildeo desta espeacutecie Os resultados obtidos mostraram uma semelhanccedila com outras po-pulaccedilotildees do jacareacute-paguaacute e somaram infor-maccedilotildees para a ecologia conservaccedilatildeo e manejo desta

O capiacutetulo 7 lsquoAvifauna do Trijunccedilatildeo as aves do Grande Sertatildeo Veredas de Guimaratildees Rosarsquo eacute de autoria de Marcelo Bagno Tarciacutesio Abreu e Vivian Braz Este capiacutetulo apresenta um extenso inventaacuterio da avifauna presente na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e na parte baiana do PARNA Grande Sertatildeo Veredas Realizado em 12 pontos amostrais entre os anos 2000 e 2002 o inventaacuterio listou 219 espeacutecies in-cluindo espeacutecies consideradas ameaccedilas de ex-tinccedilatildeo de acordo com lista oficial de espeacutecies brasileiras ameaccediladas de extinccedilatildeo e de acordo com a lista de espeacutecies ameaccediladas do Estado de Minas Gerais Tambeacutem foram registradas espeacutecies ameaccediladas a niacutevel mundial de acor-do com os criteacuterios da Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (Internatio-

nal Union for Conservation of Nature -IUCN) A composiccedilatildeo da avifauna apresentou uma predominacircncia por espeacutecies do Cerrado com grande predominacircncia das espeacutecies endecircmi-cas deste bioma que estatildeo associadas princi-palmente a ambientes campestres (14 de 33 espeacutecies) Apesar da grande diversidade de aves com uma grande distribuiccedilatildeo geograacutefica a maior parte delas correspondeu a espeacutecies associadas a ldquoDiagonal Seca da Ameacuterica do Sulrdquo (Biomas da Caatinga Cerrado e Chaco) no entanto espeacutecies associadas aos biomas da Amazocircnia e Mata Atlacircntica tambeacutem foram re-gistradas Todos os registros satildeo muito bem detalhados e discutidos ao longo do texto comparando os resultados do inventaacuterio da avifauna da Trijunccedilatildeo entre as fitofisionomias da regiatildeo bem como com inventaacuterios de ou-tras regiotildees O capiacutetulo eacute finalizado com uma detalhada discussatildeo biogeograacutefica sobre a avi-fauna do Trijunccedilatildeo enfocando principalmen-te aspectos de conservaccedilatildeo

Os capiacutetulos 8 e 9 apresentam a fauna de ma-miacuteferos de pequeno meacutedio e grande porte do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 8 lsquoPequenos mamiacuteferos da Trijunccedilatildeo leste do Cerradorsquo de autoria de Cibele Boncicino e colaborado-res traz uma lista de 19 espeacutecies de pequenos mamiacuteferos ocorrentes na regiatildeo Para todas as espeacutecies satildeo apresentados dados referen-tes a histoacuteria natural e distribuiccedilatildeo aleacutem de incluiacuterem um mapa de distribuiccedilatildeo no Brasil e uma foto da espeacutecie acompanhada do nome cientiacutefico e popular Jaacute o capiacutetulo 9 lsquoOs ma-miacuteferos de meacutedio e grande porte da regiatildeo do Trijunccedilatildeo com observaccedilotildees sobre pequenos mamiacuteferosrsquo eacute de autoria de Marcelo Reis Ca-rolina Lobo Keiko Pellizzaro e Reuber Bran-

75

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

datildeo apresenta os resultados de inventaacuterios raacutepidos da biodiversidade de mamiacuteferos da regiatildeo Esta amostragem raacutepida registrou 48 espeacutecies de mamiacuteferos entre capturas obser-vaccedilotildees diretas e indiretas

Os dois uacuteltimos capiacutetulos satildeo focados no ciclo das aacuteguas e uso do solo da regiatildeo do Trijun-ccedilatildeo O capiacutetulo 10 lsquoO ciclo das aacuteguas na regiatildeo da triacuteplice junccedilatildeo dos estados de Goiaacutes Mi-nas Gerais e Bahiarsquo eacute de autoria de Maria Te-resa Gaspar e de Joseacute Eloacutei Campos Os auto-res abordam a importacircncia do ciclo das aacuteguas para o estabelecimento de uma lsquofauna e flora exuberantesrsquo na regiatildeo do sertatildeo (nas palavras dos autores) De forma didaacutetica os autores in-cluem no texto informaccedilotildees sobre conceitos e definiccedilotildees ao explicarem o ciclo das aacuteguas da regiatildeo fundamental para a compreensatildeo do tema abordado no capiacutetulo Os autores fina-lizam o capiacutetulo apresentando bases e subsiacute-dios para a gestatildeo de forma sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos da regiatildeo jaacute que apesar da presenccedila de unidades de conservaccedilatildeo na re-giatildeo a Trijunccedilatildeo jaacute sofre com os impactos na alteraccedilatildeo do ciclo das aacuteguas

O capiacutetulo 11 (Uso e cobertura da Terra no su-doeste da Bahia municiacutepios de Cocos e Jabo-randi) de autoria de Eraldo Matricardi Ana Beatriz Ferreira e Joseacute Pires analisa o uso do solo nestes municiacutepios em relaccedilatildeo a qualidade ambiental da regiatildeo Os autores copilaram da-dos do uso e cobertura da terra entre os anos 2000 e 2016 identificando a conversatildeo da ve-getaccedilatildeo nativa para uso antroacutepico do solo o que ocasionou a fragmentaccedilatildeo dos habitats nestes municiacutepios Este capiacutetulo focado nos municiacutepios baianos traz um alerta para a

pressatildeo exercita para o uso do solo em ativi-dades antroacutepicas

De forma geral o livro eacute muito bem ilustrado e diagramado com textos de faacutecil leitura sem uso excesso de termos teacutecnicos que desenco-rajam a leitura por quem natildeo eacute familiarizado Mesmo quando utilizados estes termos satildeo muito bem explicados Apesar do cuidado com a obra haacute pequenos problemas na diagra-maccedilatildeo alguns subtiacutetulos ficaram deslocados em relaccedilatildeo ao texto que se referem como por exemplo nas paacuteginas 78 e 108 onde os sub-tiacutetulos lsquoAlternativa de Uso e Zoneamentorsquo e lsquoOlolygon cf skaios Pombal Jr Carvalho Jr Canelas amp Bastos 2010rsquo (respectivamente) fi-caram no fim da paacutegina longe do texto a que se referem No entanto isto natildeo prejudica a leitura da obra

As fotos e ilustraccedilotildees da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo satildeo um espetaacuteculo agrave parte e des-pertam a vontade de conhecer e vivenciar esta regiatildeo A obra lsquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudes-te do Brasilrsquo reflete o cuidado e a dedicaccedilatildeo de todos os envolvidos neste projeto ao longo dos anos Eacute um livro para ser apreciado

EditorJoseacute P Pombal Jr

76

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Rafael Mitsuo Tanaka Mariana Pedrozo Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP BrazilCorresponding author edelciomuscatterracombr

MORE THAN ONE PATH TO SUCESS AN ALTERNATIVE STRATEGY FOR physalaemus atlantiCus (AMPHIBIA LEP-TODACTYLIDAE) LARVAL DEVELOPMENT

The order Anura currently com-prises 39 described reproduc-tive modes of which 27 are

found in the Atlantic Forest (Haddad amp Prado 2005) However little is known about some basic aspects of reproduc-tive biology (Hartmann et al 2010) For instance data about the duration of larval development and the influ-ence of environmental parameters in this process remain scarce (Hartmann et al 2010) Herein we describe our ob-servations on larval development and a new reproductive mode for the Atlantic Forest endemic species Physalaemus atlanticus Haddad amp Sazima 2004

Physalaemus atlanticus is a small frog whose type locality is Nuacutecleo Picin-guaba municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil (Haddad amp Sazima 2004) This species is part of the P sig-

nifier species group (Haddad amp Sazima 2004) and is listed as vulnerable ac-cording to IUCN Red list criteria (Cox and Stuart 2004) The species can be distinguished from other Physalaemus species by its morphological features such as a smooth to slightly rugose dor-sal skin texture and orange belly in life and also by its advertisement call with a duration of 06ndash084 s and a frequen-cy between 09ndash18 kHz Physalaemus atlanticus lays its eggs on a foam nest either in leaf litter or in small tempo-rary puddles (Hartmann et al 2010) defined by Haddad amp Prado (2005) as mode 28 and 11 respectively

The study took place in the municipal-ity of Ubatuba (-234620 -451453 WGS 84 14m asl) Satildeo Paulo state Bra-zil The study area encompasses 1613 ha and is a private reserve belonging to

77

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Projeto Dacnis (PD) a non-profit orga-nization The mean annual precipita-tion varies from 2000mm to 2500mm The hot and wet season runs from the end of November to March

Physalaemus atlanticus is the only species of the genus that occurs in the PD reserve and uses a foam nest as re-productive strategy We confirmed our identification based on the morpholog-ical characteristics of adults found in the spawning area (Fig 1) by the ad-vertisement call and by the imagoes observed

We monitored the area daily between October 2014 and January 2015 and re-corded the stages in the development of the tadpoles For the description of an-uran embryos and larvae development stages we followed Gosner (1960) We collected some environmental data including water pH (using the Mache-rey-Nagel system) and water tempera-ture (Thermofocus model 01500A3)

Advertisement calls were recorded us-ing a Zoom H2n Handy recorder We deposited the recording at Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV) Museu de Zoologia ldquoProf Adatildeo Joseacute Cardosordquo Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas Bra-zil (FNJV-45024)

On 3 November 2014 we found a P atlanticus foam nest in a water-filled bract of the palm Syagrus botryophora on the forest floor (Fig 2A and 2B) On

25 November 2014 we recorded 16 lar-vae between stages 36-39 (Fig 2C) On 15 December 2014 we observed four imagoes between stages 42-43 (Figure 2D) On the following day we did not find any imagoes in the area Forty-two days passed from the day we found the foam nest to the last day we observed the imagoes on the bract The pH of the water in the bract remained constant at 70 The water temperature was 20degC in the morning and 23degC in the late af-ternoon and the temperature ampli-tude remained constant throughout the study

The observation of oviposition in a leaf bract by P atlanticus is the first record of this species using this mode When the rain filled the bract with water it provided an environment with the nec-essary conditions for the continuity of egg development in a place with poten-tially fewer predators and competitors This reproduction strategy is classified as mode 14 by Haddad amp Prado (2005) and is already known for other species of the genus Physalaemus (eg P caete Pombal amp Madureira 1997 P erythros Caramaschi Feio amp Guimaratildees 2003 Pcrombiei Heyer amp Wolf 1989)

On 6 October 2014 we found a P at-lanticus foam nest deposited on dry soil After a few days of precipitation temporary puddles formed surround-

78

ing the foam with water We observed dozens of tadpoles being released in the water and occupying the temporary puddle surrounding the nest However after a few days the puddle began to dry out and many tadpoles were found dead

Physalaemus atlanticus may depos-it its foam nest on different substrates such as the water surface of rock crev-ices anchored to plants or directly on leaf litter near ponds (Haddad amp Sazi-ma 2004 Hartmann et al 2010) This may show to some extent a plasticity in foam nest deposition site selection or may simply be related to the availabil-ity of oviposition sites (Taylor 1962 Schleich 2002) The species shows a dependence on puddles formed mainly by precipitation They provide an ide-al aquatic habitat for the larvae before the terrestrial phase begins (Wilbur amp Collins 1973) but they rely on rain to remain constantly full which can ex-pose the larvae to a high mortality risk or accelerate the metamorphosis pro-cess (Newman 1992) In the case of the bract the strategy was successful

Acknowledgements

We would like to thank Elsie Laura Rotenberg for major support Daniel Stuginski Ana Helena Stuginski and Matheus de Toledo Moroti for text re-view and Ivan Sazima the incentive provided We also thank the reviewers for helping us to improve the paper

References

Caramaschi U Feio RN Guim-aratildees-Neto AS 2003 A new bright-ly colored species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from Minas Gerais southeastern Brazil Herpeto-logica 59519ndash524

Cox N Stuart S 2004 Physalae-mus atlanticus The IUCN Red List of Threatened Species 2004 eT57240A11607388 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2004RLTST57240A11607388en Downloaded on 05 June 2020

Gosner KL 1960 A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification Herpeto-logica 16183ndash190

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive modes in frogs and their un-expected diversity in the Atlantic forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Haddad CFB Sazima I 2004 A new species of Physalaemus (Amphibia Leptodactylidae) from the Atlantic forest in southeastern Brazil Zootaxa 4791ndash12

Hartmann MT Hartmann PA Hadd-ad CFB 2010 Reproductive modes and fecundity of an assemblage of anu-ran amphibians in the Atlantic rainfor-est Brazil Iheringia 100207ndash215

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

79

Heyer WR Wolf AJ 1989 Physalae-mus crombiei (Amphibia Leptodac-tylidae) a new frog species from Es-piacuterito Santo Brazil with comment on the P signifer group Proceedings of the Biological Society of Washington 102500ndash506

Newman RA 1992 Adaptive Plasticity in Amphibian Metamorphosis Biosci-ence 42 671ndash678

Pombal Jr JP Madureira CA 1997 A new species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from the Atlantic rain forest of northeastern Brazil Alytes 15105ndash112

Schleich HH 2002 Amphibians and reptiles of Nepal biology systemat-ics field guide ARG Gantner Verlag Ruggell

Taylor E H 1962 The amphibian fauna of Thailand University of Kansas Sci-ence Bulletin 43265ndash499

Wilbur HM Collins JP 1973 Eco-logical aspects of amphibian metamor-phosis Science 1821305ndash1314

Editora Carla S Cassini

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

80

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Physalaemus atlanticus individual found in the spawning area municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil on 19 October 2014 A) Dorso-lateral view and B) ventral view Photos by EM

A

B

81

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Physalaemus atlanti-cus development stages recorded in the municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil A) Foam nest B) Spawn in a Syagrus bo-tryophora bract C) Tadpole be-tween stages 36-39 and D) Imago recorded in the spawn area Pho-tos by EM

A

B

C

D

82

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Antoacutenio J R Cruz1 Leandro O Drummond2 Adriele P Magalhatildees3 Caryne A C Braga4 Maria R S Pires3

1 Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Universidade Federal de Minas Gerais 31270-910 Belo Hori-zonte MG Brazil2 Laboratoacuterio de Ciecircncias Ambientais Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brazil3 Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados Departamento de Evoluccedilatildeo Biodiversidade e Meio Ambiente Universidade Federal de Ouro Preto 35400-000 Ouro Preto MG Brazil4 Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM Universidade Federal do Rio de Ja-neiro 27965-045 Macaeacute RJ Brazil

Corresponding author cruzonygmailcom

enyalius perditus (SQUAMATA LEIOSAURIDAE) VOMITING AS A DEFENSIVE BEHAVIOR

Lizards have many predators mostly snakes other lizards birds mammals and inverte-

brates (mainly arachnids) (Schalk amp Cove 2018) Numerous strategies have evolved to escape this diverse range of predators including mimicry and camouflage rapid escape death feign-ing caudal autotomy tail display and vibration mouth opening and gular expansion (Arnold 1984 Green 1988 Martins 1996 Vitt amp Caldwell 2014 Pough et al 2015) In addition to natu-ral predation pressure introduction of invasive species (Trompeter amp Langk-ilde 2011) can lead to a change in the effectiveness of a particular strategy and changes in behavioral defensive responses

Enyalius perditus Jackson 1978 (Squa-mata Leiosauridae) is a semi-arboreal lizard endemic to the Atlantic Forest in southeastern and southern Brazil (Jackson 1978 Rocha et al 2000 Sturaro amp Silva 2010 Rodrigues et al 2014) It is a diurnal species found in forest leaf litter exhibiting sexual di-morphism in color and size and a diet based on invertebrates (Jackson 1978 Sousa amp Cruz 2008 Sturaro amp Silva 2010 Barreto-Lima amp Sousa 2011 Barreto-Lima et al 2013)

During fieldwork conducted from Janu-ary to December 2010 in Serra do Ouro Branco municipality of Ouro Branco Minas Gerais Brazil (20deg30prime3291Prime S 43deg36prime3047Prime W datum SAD 69) we captured 52 specimens of Enyali-us perditus using active searches and

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

83

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

pitfall traps with drift fences (Cruz et al 2014) and documented an unusu-al and unrecorded defense behavior for Enyalius We sexed young specimens by everting the hemipenis and used a digital caliper to take snout-vent length to 001 mm resolution All captured specimens were deposited in the herpe-tological collection of the Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados (LZV) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Minas Gerais The lizards were collected under permits issued by the Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis (IBAMA-48106-NUFAS-MG) and In-stituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBIO-21543-1)

In January 2010 while attempting to photograph a male (LZV-940s) the liz-ard performed the defensive behavior of mouth opening hissing and gular expansion before and during handling Following this behavior it regurgitated its stomach contents The second and third vomiting records were made In September 2010 while removing two males (LZV-1038s and LZV-1040s) from a pitfall trap both exhibited the same vomiting behavior In October 2010 another male (LZV-1077s) vom-ited while being transported in a trans-parent plastic bag

All regurgitations were preceded by similar defensive behavior (mouth opening hissing and gular expansion) Analysis of the vomit revealed the pres-

ence of beetles (Coleoptera) crickets (Orthoptera) and spiders (Aranae) (Table 1) common prey of E perditus (Sturaro amp Silva 2010 Sousa amp Cruz 2008 Barreto-Lima amp Sousa 2011)

Most sedentary lizards including En-yalius use camouflage running or jumping and running as primary de-fensive behavior (Rautenberg amp Laps 2010) Previous studies report a wide range of defensive strategies for Eny-alius when individuals are cornered or handled such as mouth opening hiss-ing biting tail whipping death feign-ing gular inflation cloacal discharge and even physiological color changes (males becoming darker) (Rautenberg amp Laps 2010 Gomides amp Sousa 2011 Silva et al 2018) During our field-work all these behaviors were also dis-played by specimens of E perditus on at least one occasion except for death feigning and tail whipping which were not recorded

Different individuals or populations of a species do not always exhibit the same defensive strategies (Trompeter amp Langkild 2011) Indeed in a popu-lation of E perditus from Juiz de Fora Minas Gerais (approximately 140 km southeast of Ouro Branco) Gomides amp Sousa (2011) reported death feign-ing in approximately 9 of individuals during handling None of the 52 indi-viduals handled in Serra do Ouro Bran-co feigned death although four adults (8) regurgitated Although these re-cords represent a small percentage of

84

examined specimens they may suggest differences in defensive response be-tween the two populations

Acknowledgments

We thank the residents of the Itatiaia community in Serra do Ouro Bran-co for their receptivity sympathy and hospitality during the execution of the project and FAPEMIG (Biota Minas) for the financing We also thank the anonymous reviewers and Henrique C Costa for pertinent suggestions and critical review of the manuscript

References

Arnold EN 1984 Evolutionary aspects of tail shedding in lizards and their relatives Journal of Natural History 18127ndash169

Barreto-Lima AF Sousa BM 2011 Feeding ecology and sexual dimor-phism of Enyalius perditus in an At-lantic forest Brazil Herpetological Bulletin 1181ndash9

Barreto-Lima AF Pires E O Sousa BM 2013 Activity foraging mode and micro-habitat use of Enyalius perdi-tus (Squamata) in a disturbed Atlantic rainforest in southestern Brazil Sala-mandra 49177ndash185

Cruz AJR Drummond L O Luce-na VD Magalhatildees AP Braga CAC Rolim JM Pires MRS 2014 Lizard

fauna (Squamata Sauria) from Serra do Ouro Branco southern Espinhaccedilo Range Minas Gerais Brazil Check List 101290ndash1299

Gomides SC Sousa BM 2011 Enya-lius perditus death-feigning Herpeto-logical Review 42602

Greene HW 1988 Antipredator mechanisms in Reptiles Pp 1ndash152 in Gans C Huey RB (Eds) Biology of the Reptilia Vol 16 Ecology defense and life history Allan R Liss New York

Jackson JF 1978 Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae) implications for Pleisto-cene climatic changes in eastern Brazil Arquivos de Zoologia 301ndash79

Martins M 1996 Defensive tactics in lizards and snakes the potential contri-bution of the Neotropical fauna Anais de Etologia 14185ndash199

Rautenberg R Laps RR 2010 Natural history of the lizard Enyalius iheringii (Squamata Leiosauridae) in south-ern Brazilian Atlantic forest Iheringia 100287ndash290

Pough FH Andrews RM Crump ML Savitzky AH Wells KD Brand-ley MC 2015 Herpetology Sinauer Associates Sunderland

Rautenberg R Laps RR 2001 Natural history of the lizard Enyalius iheringii

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

85

(Squamata Leiosauridae) in southern Brazilian Atlantic Forest Iheringia 100287ndash290

Rocha CFD Van-Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Silva RRE Neo FA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 79ndash87 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van-Sluys M (Eds) A Fauna Ameaccedilada de Ex-tinccedilatildeo do Estado do Rio de Janeiro Ed-itora UERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT Bertolotto CEV Am-aro RC Yonenaga-Yassuda Y Freire EMX Pellegrino KCM 2014 Mo-lecular phylogeny species limits and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata Leio-sauridae) An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia Molecular Phylogenet-ics and Evolution 81137ndash146

Schalk CM Cove MV 2018 Squa-mates as prey Predator diversity pat-terns and predator-prey size relation-ships Food Webs 161ndash4

Silva MA Hudson AA Souza BM 2018 Enyalius bilineatus (Two-lined fat-headed Anole) Defensive behavior Herpetological Review 49742

Sousa BM Cruz CAG 2008 Haacutebi-tos alimentares em Enyalius perditus (Squamata Leiosauridae) no Parque Estadual do Ibitipoca Minas Gerais Iheringia 98260ndash265

Sturaro MJ Silva VX 2010 Natural history of the lizard Enyalius perdi-tus (Squamata Leiosauridae) from an Atlantic forest remnant in southeast-ern Brazil Journal of Natural History 441225ndash1238

Trompeter WP Langkilde T 2011 In-vader danger Lizards faced with novel predators exhibit an altered behavioral response to stress Hormones and Be-havior 60152ndash158

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Defense and Escape Pp 319ndash351 in Vitt LJ Caldwell JP (Eds) Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles Academic Press LondonWalthamSan Diego

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

86

Table 1 Individuals of Enyalius perditus that regurgitated whileafter handling in Serra do Ouro Branco Minas Gerais Brazil

SVL = snout-vent length M = male F = female

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Collection number

SVL (mm) Sex Regurgitated content

Local coordinates

LZV- 940s 7595 M Aranae Or-thoptera

20deg29prime3513PrimeS 43deg36prime2417Prime W

LZV- 1038s 6489 M Aranae Coleoptera

20deg29prime4500PrimeS 43deg35prime4853Prime W

LZV- 1040s 7597 M Aranae 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

LZV- 1077s 7898 F Coleoptera 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

87

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Ana Helena Pagotto Daniel Rodrigues Stuginski Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP Brazil Corresponding author edelciomuscatterracombr

thamnodynastes strigatus (GUumlNTHER 1858) (SERPENTES DIPSADIDAE) FORAGING SITE FIDELITY

Like many other taxa snakes have home ranges where they perform daily activities like foraging

breeding thermoregulating and rest-ing (Macartney et al 1988 Powell et al 2000) Although home ranges can differ seasonally andor depend on the species and sex (Hyslop et al 2009 Breininger et al 2011) snakes gener-ally remain within their home ranges and even philopatry has already been reported for some species (Brischoux et al 2009) In recent decades long-term mark-recapture studies and the use of radio-telemetry have provided an increasing amount of data about home ranges movement and habi-tat use (Webb amp Shine 1997 Dorcas amp Willson 2009) and there is now a much more fine-scale comprehension of how snakes use their habitats It is now known that they exhibit site fidel-ity using the same spots within their home range repeatedly to perform var-ious activities (Madsen amp Shine 1996 Moore amp Gillingham 2006) Site fidel-ity can occur for short periods or for years restricted to small areas (eg a burrow used as shelter) or large (eg extensive hunting grounds) within a snakersquos home range (Madsen amp Shine 1996 Webb amp Shine 1997)

Site fidelity was reported for some spe-cies in the Northern Hemisphere that use the same den site for hibernation sometimes travelling great distanc-es (Burger amp Zappalorti 1992 Go-mez et al 2015) Sea snakes such as Laticauda colubrina (Schneider 1799) have long-term egg-laying site fidelity (Brischoux et al 2009) Whitaker amp Shine (2003) reported the daily use of a shelter site by the same individual of Pseudonaja textilis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854) These authors report-ed snakes traveling more than 800 m from their hunting grounds to the same retreat site daily One explanation for site fidelity is linked to the fact that hab-itats are complex and heterogeneous with some sites offering better feeding opportunities protection against pred-ators and more favorable thermal and hydric microenvironments (Du et al 2009) It is expected that snakes use some sites within their home range more frequently because of the need of a particular resource

Food is a resource that can be high-ly variable across the landscape Such variability may also be seasonal and prey abundance can differ spatial-

88

ly and temporally (Madsen amp Shine 1996 Cundall amp Pattishall 2011) The Foraging Theory predicts that ani-mals increase their energetic gain by decreasing the time and energy spent searching for food (Stephens amp Krebs 1986) Thus if a site presents food abundance or any hunting advantage some degree of site fidelity by preda-tors is expected Foraging site fideli-ty has been reported for snakes and they used specific hunting grounds repeatedly in both foraging modes (sit-and-wait ambushers and active searching) (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004 Sazima amp Marques 2007) The ambush-hunting snake Chilabothrus inornatus (Reinhardt 1843) in Puerto Rico used the entrance of one cave to hunt bats returning to the same point regularly (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004) Sazima amp Marques (2007) ob-served a specimen of the active-search-ing Philodryas olfersii (Lichtenstein 1823) revisiting a successful bird-hunt-ing site for nine months The authors recorded the same snake hunting birds in the same tree five times (three of which were successful) and suggested that this foraging site fidelity could be linked to a snakersquos learning process In the present manuscript we report similar foraging site fidelity during two consecutive years by Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) a snake spe-cies that usually hunts by active search-ing (Bernarde et al 2000b but see Mario-da-Rosa et al [2020] who mon-

itored specimens relying exclusively on ambush hunting)

Thamnodynastes strigatus is a noctur-nal viviparous and opisthoglyphous xenodontine (Marques et al 2001 Zaher et al 2019) The species occurs in Argentina Paraguay Uruguay and Brazil In Brazil T strigatus occurs in the southeastern and southern At-lantic Forest the Pampa and the Cer-rado (Nogueira et al 2019) The spe-cies can be locally abundant Zanella amp Cechin (2006) found T strigatus to be the most common snake in the Plan-alto Meacutedio of the state of Rio Grande do Sul Specimens seem to use swampy areas frequently searching for food on the ground and in vegetation (Bernarde et al 2000ab)

The diet of T strigatus consists of an-urans fish mammals and reptiles Anurans of the families Leptodactyli-dae Odontophrynidae Bufonidae and Hylidae represent the major part of the diet in some populations of T strigatus (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) The species may be considered an anuran specialist that occasional-ly feeds on other prey although some populations seem to be highly special-ized in eating fish (Mario-da-Rosa et al 2020)

On 12 November 2018 we recorded a specimen of T strigatus SVL 390 mm foraging on the lower branches of a tree in the Projeto Dacnis private reserve (22deg53prime447Prime S 45deg56prime294Prime W) Satildeo Francisco Xavier subdistrict munic-

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

89

ipality of Satildeo Joseacute dos Campos state of Satildeo Paulo Brazil Identification was based on the following morphological features dorsal scales smooth in 19 rows at midbody and infralabial scales with dark markings that taper ventral-ly (Franco amp Ferreira 2003) The tree stands on the edge of a swamp area and near an artificial pond Approximately 20 frog species use the pond and swamp area as breeding sites and at least five treefrog species use this tree as a call-ing site Boana faber (Wied 1821) Dendropsophus minutus (Peters 1872) Scinax eurydice (Bokermann 1968) Scinax aff perereca and Scinax crospedospilus (Lutz 1925) During this first encounter we observed the snake hunting for one hour without success in capturing prey We returned to the same tree ten times over the next 17 nights

During eight of these nights we identi-fied the same individual of T strigatus foraging for frogs on low tree branch-es We recognized this individual by the following characters the third and fourth brown bars of the left supra-labial scales in contact on the upper edge the fifth and sixth brown bars on the distal portion of the fifth and sixth supralabials not reaching the up-per margin of those scales the fourth left supralabial brownish bar with an inverted ldquoLrdquo shape the lower portion of the left postocular dark stripe nar-rows markedly at the distal margin of the last supralabial scale prefrontal

and internasal scales have a V-shaped brownish blotch a dark-bordered cir-cular mark on the left supraocular and frontal scale forms a complete circle in contrast with the right side where the circle is interrupted on the rostral part of the frontal scale (Figure 1)

In our sixth encounter we inadver-tently surprised a specimen of S aff perereca (SVL approximately 40 mm) that jumped near the T strigatus The snake grasped the frog and started eat-ing it immediately (Figure 2) The frog appeared to have been envenomated because it did not react vigorously but remained motionless for most of the in-gestion process similar to the findings of Bernarde et al (2000a) The feeding event lasted at most five minutes and after that the snake moved along the branches to the trunk of the tree The last date on which we found the snake on the tree 29 November 2018 was co-incident with a decrease in the calling activity of Scinax

During the monitoring period we found four more specimens of T strigatus foraging at the swamp area and also other snake species (Bothrops

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

90

Figura 1 Morpho-logical features used to recognize the Thamnody-nastes strigatus individual (A) Third and fourth brownish bars on the left supralabial scales in contact at the upper edge of the scales The fourth left suprala-bial brownish bar forms an inverted ldquoLrdquo shape (blue arrow) Fifth and sixth brownish la-bial bars are short not reaching the upper edge of the scales and are only at the distal portion of the scale (yellow arrows) Lower portion of the left pos-tocular dark stripe narrows at the dis-tal margin of the last supralabial scale (white arrow) (B) Prefrontal and inter-nasal scales have a V-shaped brownish blotch (blue arrow) On the portion for-med by the frontal and scales there is a pair of dark-bordered ocelli but the border of the right ocellus is interrup-ted at the rostral portion of the fron-tal scale (yellow arrow) Both pictures were taken in 2019

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

91

jararaca (Wied 1824) Oxyrhopus guibei (Hoge amp Romano 1977) and Dipsas neuwiedi (Ihering 1911) but no snake other than this specimen of T strigatus on this particular tree We kept monitoring the area searching the tree thoroughly twice a week for 12 months but found no more snakes

In early November 2019 we detect-ed a number of S aff perereca and S crospedospilus using the same tree as a calling site On 20 November 2019 during one of our regular field surveys we found a specimen of T strigatus on the tree A comparison of photos taken in 2018 and on this night showed that it was the same individual we had mon-itored in the previous year The snake was resting on tree branches approxi-mately 1 m above ground During the encounter we noticed that the stomach area was distended suggesting recent ingestion of prey

This is the first report of foraging site fidelity for a Thamnodynastes species and the second long-term foraging site fidelity reported for a Brazilian species (Sazima amp Marques 2007) The rela-tionship between snake presence on that tree and anuran calling activity especially Scinax spp suggests a re-source-based foraging site fidelity in-stead of random use of the space It is clear to us that this snake used the same foraging site while prey abundance was high but when resources decreased it moved from this area returning after 12 months when resources were abun-dant again

Frogs were abundant in all swamp ar-eas and we also found other snakes including more specimens of T strigatus foraging in the swamp and around the pond Despite searching the swamp area thoroughly we only saw this individual when it was on the tree

Figura 2 Thamnodynastes strigatus feeding on Scinax aff perereca on 22 Novem-ber 2018

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

92

never elsewhere Foraging site fidelity by active-hunting snakes was previous-ly reported in P olfersii a semi-arbo-real and diurnal Xenodontine species (Sazima amp Marques 2007) Similarly to P olfersii T strigatus feeds on a wide range of taxa although some pop-ulations show a strong predilection for frogs (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) or even fish (Mario-da-Ro-sa et al 2020) Based on the analysis of the stomach contents of 44 T strigatus Bernarde et al (2000a) hypothesized that most foraging activity occurred on the ground and at water level but they also suggested the use of the arboreal stratum as a foraging site for the spe-cies These authors noted that Scinax was the most frequent frog genus in the stomach contents accounting for over 40 of the preyed frogs

In our sampled area frogs were pres-ent in the entire swamp but we do not know if frog abundance was greater near the tree than in other areas Some Scinax used this tree as a calling site but not as a breeding site since all Sci-nax species observed in our field sur-veys breed in flooded areas (Haddad amp Prado 2005) The choice of a specific tree as the snakersquos main foraging area seems to be directly related to the abun-dance of prey on it It is relevant that there were other frog species that are regularly consumed by T strigatus in the studied area (Ruffato et al 2003) So it is possible that the site fidelity we report is related not only to frog abun-

dance but specifically to Scinax abun-dance on that tree Furthermore Ber-narde et al (2000b) suggested that T strigatus hunts by visual orientation based on frog movement and that the snake is less prone to detect frogs that remain quiet and motionless As most frogs on the tree were males in high calling activity and its branches were diffuse and easily accessible the snake could gain some advantage by perform-ing a visually oriented search at this foraging site

The snakersquos return to the same hunt-ing spot after one year is surprising and reinforces that snakes may exhib-it strong site fidelity related to their feeding grounds (Sazima amp Marques 2007) Long-term site fidelity was also reported for other snake activities eg breeding or hibernating (Brischoux et al 2009 Gomez et al 2015) but less frequently for foraging We still do not know if this foraging site fidelity occurs in different snake species and how they maintain this fidelity It is possible that such long-term foraging site fidelity is guided exclusively by chemical cues of prey congregating seasonally at the same site but learning and memory processes cannot be discarded as lead-ing forces in foraging site fidelity by snakes (Sazima amp Marques 2007)

Acknowledgments

We thank Matheus de Toledo Moro-ti for the 2019 photographs and Elsie Laura Rotenberg for all the help with this manuscript

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

93

References

Bernarde PS Moura-Leite JC Mach-ado RA Kokobum MNC 2000a Diet of the colubrid snake Thamnody-nastes strigatus (Guumlnther 1858) from Paranaacute state Brazil with field notes on anuran predation Revista Brasileira de Biologia 60695ndash699

Bernarde PS Kokubum MNC Marques OAV 2000b Atividade e uso de habitat em Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) no sul do Brasil (Serpentes Colubridae) Boletim do Museu Nacional (NS) Zoologia 4281ndash8

Breininger DR Bolt MR Legare ML Drese JH Stolen ED 2011 Fac-tors Influencing Home Range Sizes of Eastern Indigo Snakes in Central Flor-ida Journal of Herpetology 45484ndash490

Brischoux F Bonnet X Pinaud D 2009 Fine-scale site fidelity in sea kraits Implications for conserva-tion Biodiversity and Conservation 182473ndash2481

Burger J Zappalorti RT 1992 Philo-patry and nesting phenology of pine snakes Pituophis melanoleucus in the New Jersey Pine Barrens Behavioral Ecology and Sociobiology 30331ndash336

Cundall D Pattishall A 2011 Foraging Time Investment in an Urban Popula-tion of Watersnakes (Nerodia sipedon) Journal of Herpetology 45174ndash177

Dorcas ME Willson JD 2009 In-novative methods for studies of snake ecology and conservation Pp 5ndash37 in Mullin SJ Seigel RA (Eds) Snakes Ecology and conservation Comstock Ithaca

Du W Webb JK Shine R 2009 Heat sight and scent multiple cues influence foraging site selection by an ambush-foraging snake Hoplocephalus bungaroides (Elapidae) Current Zool-ogy 55266ndash271

Franco FL Ferreira T 2002 De-scriccedilatildeo de uma nova espeacutecie de Tham-nodynastes Wagler 1830 (Serpentes Colubridae) do nordeste brasileiro com comentaacuterios sobre o gecircnero Phyllomedusa 157ndash74

Gomez L Larsen KW Gregory PT 2015 Contrasting patterns of migra-tion and habitat use in neighboring Rattlesnake populations Journal of Herpetology 49371ndash376

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive Modes in Frogs and Their Unexpected Diversity in the Atlantic Forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Hyslop NL Cooper RJ Meyers JM 2009 Seasonal Shifts in Shelter and Mi-crohabitat Use of Drymarchon couperi (Eastern Indigo Snake) in Georgia Co-peia 2009458ndash464

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

94

Macartney JM Gregory PT Larsen KW 1988 A tabular survey of data on movement and home ranges of snakes Journal of Herpetology 2261ndash73

Madsen T Shine R 1996 Seasonal mi-gration of predators and prey pythons and rats in tropical Australia Ecology 77149ndash56

Mario-da-Rosa C Abegg AD Mal-ta-Borges L Righi AF Bernarde PS Cechin SZ Santos TG 2020 A fisher-manrsquos tale Activity habitat use and the first evidence of lingual lure behavior in a South American snake Salamandra 5639ndash47

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar Holos Ribeiratildeo Preto

Moore JA Gillingham JC 2006 Spa-tial ecology and multi-scale habitat se-lection by a threatened rattlesnake the Eastern Massasauga (Sistrurus catena-tus catenatus) Copeia 2006742ndash51

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Her-petology 141ndash274 doi102994SA-JH-D-19-001201

Pattishall A Cundall D 2008 Spa-tial Biology of Northern Watersnakes (Nerodia sipedon) Living along an Ur-ban Stream Copeia 2008752ndash762

Powell RA 2000 Animal home rang-es and territories and home range esti-mators Pp 65-100 in Boitani L Full-er TK (Eds) Research Techniques in Animal Ecology Columbia University Press New York

Puente-Roloacuten AR Bird-Picoacute FJ 2004 Foraging behavior home range movements and activity patterns of Epicrates inornatus (Boidae) at Mata de Platano Reserve in Arecibo Puer-to Rico Caribbean Journal of Science 40343ndash352

Ruffato R Di-Bernardo M Maschio F 2003 Dieta de Thamnodynastes strigatus (Serpentes Colubridae) no Sul do Brasil Phyllomedusa 227ndash34

Sazima I Marques OAV 2007 A re-liable customer hunting site fidelity by an actively foraging neotropical col-ubrid snake Herpetological Bulletin 9936ndash38

Stephens DW Krebs JR 1986 For-aging Theory Princeton Princeton University Press

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

95

Webb JK Shine R 1997 A field study of the spatial ecology and movements of a threatened snake species Hoplo-cephalus bungaroides Biological Con-servation 82203ndash217

Whitaker PB Shine R 2003 A ra-diotelemetric study of movements and shelter-site selection by free ranging brownsnakes (Pseudonaja textilis El-apidae) Herpetological Monographs 17130ndash144

Zaher H Murphy RW Arredondo JAC Graboski R Machado-Filho PR Mahlow K Grazziotin FG 2019 Large-scale molecular phylogeny morphology divergence-time estima-tion and the fossil record of advanced caenophidian snakes (Squamata Ser-pentes) PLoS ONE 14e0216148

Zanella N Cechin SZ 2006 Taxo-cenosis of snakes in the middle plateau region of Rio Grande do Sul Brazil Revista Brasileira de Zoologia 23211ndash217

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

96

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Paulo Roberto Machado-Filho12 Guilherme Marson Moya3 Faacutebio Maffei4

1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brazil2 Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista 13506-900 Rio Claro SP Brazil3 Instituto Proacute-Terra 17209-070 Jauacute SP Brazil4 Departamento de Ciecircncias Bioloacutegicas Faculdade de Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 17033-360 Bauru SP Brazil

Corresponding author prmfilhosbogmailcom

FIRST STATE RECORD OF uraCentron azureum (LINNAE-US 1758) (SQUAMATA TROPIDURIDAE) FROM THE STATE OF MATO GROSSO BRAZIL

Tropiduridae consists of me-dium-sized lizards (4ndash15 cm snout-vent length) occurring

throughout South America including the Galapagos Islands (Vitt amp Cald-well 2014) In Brazil there are 42 species belonging to seven genera Eurolophosaurus Plica Stenocercus Strobilurus Tropidurus Uracentron and Uranoscodon (Costa amp Beacuternils 2018) Lizards of the genus Uracentron (Linnaeus 1758) are arboreal and diur-nal inhabit primary ldquoterra firmerdquo for-est where they are found on trunks and tree canopy (about 5 meters above the ground) and occasionally at the forest edge (Avila-Pires 1995) The genus is endemic to Amazonia and currently comprises two species Uracentron fla-viceps (Guichenot 1855) and Uracen-tron azureum (Linnaeus 1758) the lat-ter with three subspecies Uracentron azureum azureum (Linnaeus 1758) endemic to eastern Amazonia Uracen-tron azureum werneri Mertens 1925 endemic to northwestern Amazonia

and Uracentron azureum guentheri Boulenger 1895 predominantly occur-ring in southwestern Amazonia with one isolated record in eastern Ama-zonia (Boulenger 1894 Beebe 1944 Hoogmoed amp Lescure 1975 Duellman 2005 Peacuterez 2015 Ribeiro-Junior 2015)

Uracentron azureum guentheri is known to occur in Peru and Brazil from the states of Paraacute Amazonas and Rondocircnia (Ribeiro-Junior 2015) The eastern portion of its distribution is delimited by the lower Negro river and the Madeira river basin with one isolated record in the lower Trombe-tas river (eastern Amazonia) This sub-species can be distinguished from oth-er subspecies by having three narrow crossbands on the neck followed by one crossband descending through the an-ti-humeral fold (Peters amp Donoso-Bar-ros 1970)

97

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Here we present the first record of Ura-centron azureum from the state of Mato Grosso and the southernmost record for Uracentron about 650 km southeast of the closest known record (Figure 1) On 10 September 2015 one individual of Uracentron azureum guentheri was captured in a pitfall trap in the munici-pality of Comodoro state of Mato Gros-so Brazil (13deg42prime6Prime S 60deg25prime43Prime W 227 m elevation) ndash collection permit issued by the Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Ren-ovaacuteveis (IBAMA license 6172015 process 020010003282009-98)

The area consists of a fragment of sec-ondary forest in advanced stage of re-generation The fragment adjoins the riparian vegetation of the Guaporeacute riv-er which borders Brazil and Bolivia It is a transitional area between the Am-azonia and Cerrado biomes predomi-nantly covered by seasonal semidecidu-ous forest The capture site has a dense understory with many lianas but with a relatively open canopy and thin leaf litter The specimen is an adult male of about 80 mm snout-vent length and was not collected (Figure 2)

Uracentron azureum is a poorly known lizard non-heliothermic restricted to rainforest habitat and unable to survive in deforested areas (Vitt et al 2008) The specimen was recorded in the most deforested region of the state of Mato Grosso (Richards amp VanWey 2015 Valdiones et al 2019) Between 2000 and 2012 nearly 80000 km2 of forest

and Cerrado were razed in Mato Gros-so often for pastures and croplands (Hansen et al 2013)

Acknowledgements

We thank Ambientare Soluccedilotildees em Meio Ambiente for logistic support

Rerefrences

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Bra-zilian Amazonia (Reptilia Squamata) Zoologische Verhandelingen 2991ndash706

Beebe W 1944 Field notes on the liz-ards of Kartabo British Guiana and Caripito Venezuela Part 2 Iguanidae Zoologica 29195ndash216

Boulenger GA 1895 ldquo1894rdquo Second report on additions to the lizard collec-tions in the Natural History Museum Proceedings of the Zoological Society of London 1894722ndash736

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Bra-sileira 711ndash57

Duellman WE 2005 Cuzco Amazoacuteni-co - The lives of amphibians and rep-tiles in an Amazonian rainforest Cor-nell University Press Ithaca amp London

98

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Hansen MC Potapov PV Moore R Hancher M Turubanova SAA Tyukavina Ahellip Townshend JRG 2013 High-resolution global maps of 21st-century forest cover change Sci-ence 342850ndash853

Hoogmoed MS Lescure J 1975 An Annotated Checklist of the Lizards of French Guiana Mainly Based on 2 Recent Collections Zoologische Mededelingen 49141ndash171

Peters JA Donoso-Barros R 1970 Catalogue of the Neotropical Squama-ta Part II Lizards and Amphisbae-nians United States National Museum Bulletin 2971ndash293

Peacuterez GAT 2015 Diversidad de los reptiles de la Orinoquiacutea Colombiana anaacutelisis de los patrones de distribucioacuten y relaciones ambientales Inuversidad Nacional de Colombia Bogotaacute

Ribeiro-Junior MA 2015 Catalogue of distribution of lizards (Reptilia Squa-mata) from the Brazilian Amazonia I Dactyloidae Hoplocercidae Iguanidae Leiosauridae Polychrotidae Tropidu-ridae Zootaxa 39831ndash110

Richards P VanWey L 2015 Where deforestation leads to urbanization how resource extraction is leading to urban growth in the Brazilian Amazon Annals of the Association of American Geographers 105806ndash823

Valdiones AP Silgueiro V Bernasconi P 2019 Caracteriacutesticas do desmata-mento no Cerrado mato-grossense em 2018 Instituto Centro de Vida Cuiabaacute

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Herpetol-ogy An Introductory Biology of Am-phibians and Reptiles Elsevier Am-sterdam

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema Manaus

Editor Henrique C Costa

99

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Map showing Brazilian Amazonia and all known records of Ura-centron azureum azureum U a guentheri (including the new one presented here) and U a werneri Adapted from Avila-Pires (1995) and Ribeiro-Junior (2015)

100

Figura 2 Live speci-men (not collected) of Uracentron azureum guentheri in lateral (A) and dorsal view (B) pi-tfall traps (C) installed in seasonal semideci-duous forest at the mu-nicipality of Comodoro state of Mato Grosso state central Brazil a transitional area betwe-en Amazonia and Cer-rado biomes

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

101

Gaspar Joseacute Gomes Neto Carlos Henrique de Oliveira Nogueira Leonardo Serafim da Silveira

Hospital Veterinaacuterio Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens Universidade Es-tadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brasil

Corresponding author gasparbioherpetogmailcom

PRIMEIRO REGISTRO DE PREDACcedilAtildeO DE BrasilisCinCus agilis (SCINCOMORPHA MABUYIDAE) POR oxyrhopus trigeminus (SERPENTES DIPSADIDAE)

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Oxyrhopus trigeminus eacute uma espeacutecie de serpente com am-pla distribuiccedilatildeo geograacutefica

no Brasil sendo encontrada do esta-do do Amapaacute ateacute o estado do Paranaacute nos biomas Amazocircnia Caatinga Cer-rado Mata Atlacircntica e Pantanal aleacutem de alguns registros nas florestas secas da Boliacutevia (Nogueira et al 2019) Eacute uma serpente oviacutepara terrestre que apresenta haacutebitos diurnos (Gaiarsa et al 2013) e tem sua alimentaccedilatildeo com-posta majoritariamente por lagartos e pequenos mamiacuteferos (Gaiarsa et al 2013 Coelho et al 2019)

Brasiliscincus agilis eacute uma espeacutecie de lagarto tiacutepica das restingas brasileiras (Vrcibradic amp Rocha 2002) sendo en-contrado tambeacutem em aacutereas de serra (Teixeira et al 2003) Satildeo animais de haacutebitos diurnos (Vrcibradic amp Rocha 2002) criptozoacuteicos e terriacutecolas ocu-pando principalmente a serapilheira e troncos de aacutervores (Vrcibradic amp Ro-cha 1996)

No dia 28 de maio de 2018 em uma aacuterea de restinga (21deg50rsquo2728rdquoS 41deg

0rsquo4776rdquo O niacutevel do mar) no municiacutepio de Satildeo Joatildeo da Barra estado do Rio de Janeiro encontramos um exemplar jaacute morto de O trigeminus (comprimento rostro-cloacal [CRC] 305 mm) iden-tificado pela coloraccedilatildeo mais clara das escamas supralabiais (Zaher amp Cara-maschi 1992) apresentando lesatildeo na cabeccedila sinais de atropelamento e au-mento de volume do terccedilo meacutedio indi-cando a presenccedila de conteuacutedo estoma-cal O animal foi coletado seguindo as diretrizes estabelecidas pela instruccedilatildeo normativa nordm 3 do Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversi-dade (ICMBio 2014) que em seu 25ordf artigo trata do aproveitamento de car-caccedilas de animais encontrados mortos Apoacutes a coleta foi levado para a coleccedilatildeo herpetoloacutegica do Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Flumi-nense Darcy Ribeiro (NEPAS-UENF) Em laboratoacuterio ao realizarmos a aber-tura do estocircmago da serpente (Figura 1) foi possiacutevel observar a presenccedila de um indiviacuteduo adulto de Brasiliscincus agilis em posiccedilatildeo sugestiva de deglu-

102

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

ticcedilatildeo iniciada pela cabeccedila (183 lamelas digitais CRC 75 mm e comprimento da cauda 89 mm) identificado seguindo a metodologia de contagem de lamelas digitais e pela coloraccedilatildeo caracteriacutestica descrita por Hedges amp Conn (2012) que diferencia o gecircnero de outros por ter uma combinaccedilatildeo de listras dorso-laterais escuras e paacutelidas (Figura 2)

Realizamos uma revisatildeo de literatura em todas as ediccedilotildees da revista Her-petological Review e pela platafor-ma Google Acadecircmico utilizando as seguintes palavras-chave em inglecircs e portuguecircs dieta haacutebitos alimentares histoacuteria natural (diet feeding habits natural history) e Oxyrhopus trigem-inus Foram encontrados 220 resul-tados (07042020) sendo apenas quatorze relevantes para esse estudo

(Tabela 1) Oxyrhopus trigem-inus jaacute foi registrada na Caat-inga como predadora de Brasiliscincus heathi (Coelho et al 2019) o que torna o registro de pre-daccedilatildeo de B agilis esperado visto que o habitat de presa e predador se so-brepotildeem (Vrcibradic amp Rocha 1996 Gaiarsa et al 2013)

Agradecimentos

Gostariacuteamos de agradecer ao NE-PAS por ter cedido toda a estrutura necessaacuteria para produccedilatildeo deste tra-balho e Iberecirc Farina Machado por ter nos ajudado nas versotildees anteriores e pela revisatildeo do manuscrito

Figura 1 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus com cavidade aberta eviden-ciando a presenccedila de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido

103

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus ao lado de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido previamente retirado de seu estocircmago

Referecircncias

Alencar LR Galdino CA Nascimento LB 2012 Life history aspects of Oxy-rhopus trigeminus (Serpentes Dipsa-didae) from two sites in southeastern Brazil Journal of Herpetology 469ndash13

Coelho RDF Sales RFD Ribeiro LB 2019 Sexual dimorphism diet and notes on reproduction in Oxyrhopus trigeminus (Serpentes Colubridae) in the semiarid Caatinga of northeastern Brazil Phyllomedusa 1889ndash96

Coelho-Lima AD Ramos GO Mar-tins RBX Meira LPC 2020 First record of ophiophagy in the false coral snake Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854 Cuadernos de Herpetologiacutea 3489ndash91

Franccedila FGR Mesquita DO Noguei-ra CC Arauacutejo AFB 2008 Phylogeny and ecology determine morphologi-cal structure in a snake assemblage in the Central Brazilian Cerrado Copeia 200823ndash38

104

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gaiarsa MP Alencar LR Martins M 2013 Natural history of Pseudoboine snakes Papeacuteis Avulsos de Zoologia 53261ndash283

Hedges SB Conn CE 2012 A new skink fauna from Caribbean islands (Squamata Mabuyidae Mabuyinae) Zootaxa 32881ndash244

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 03 de 01 de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Seccedilatildeo 1 60(02092014)60ndash62

Marques R Mebert K Fonseca Eacute Roumldder D Soleacute M Tinocircco MS 2016 Composition and natural history notes of the coastal snake assemblage from Northern Bahia Brazil ZooKeys 693ndash142

Mesquita PC Passos DC Borges-No-josa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das serpentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113

Mikalauskas JS Santana DO Fer-rari SF 2017 Lizard predation Tropi-durus hispidus (Squamata Tropidu-ridae) by false coral snake Oxyrhopus trigeminus (Squamata Dipsadidae) in the Caatinga in northeastern Brazil Pesquisa e Ensino em Ciecircncias Exatas e da Natureza 160ndash67

Nogueira CC Argocirclo AJS Ar-zaendia V Azevedo JA Barbo FE Beacuternils RS hellip Martins M 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpetolo-gy 141ndash274

Pires RC Borges VS de Souza AM Eterovick PC 2012 Natural history of a snake assemblage alongside a river in south-eastern Brazil Journal of Natu-ral History 46369ndash381

Rocha CFD Van-Sluys M Vrci-bradic D Hatano FH Galdino CA Cunha-Barros M Kieffer MC 2004 A comunidade de reacutepteis da restinga de Jurubatiba Pp 179ndash198 in Ro-cha CFD Esteves FA Scarano FR (Orgs) Pesquisas ecoloacutegicas de longa duraccedilatildeo na restinga de Jurubatiba eco-logia histoacuteria natural e conservaccedilatildeo RiMa Editora Satildeo Carlos

Rocha CFD Van-Sluys M Hatano FH Bergallo HG 2005 Oxyrhopus trigeminus (false coral snake) Prey Herpetological Review 36458

Rocha-Silva J Pereira WR Vie-gas-de-Arruda F Brito-de-Carvalho C Mendonccedila-do-Prado V H 2017 Micrablepharus atticolus Predation Herpetological Review 48652

105

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Teixeira RL Rocha CFD Vrcibrad-ic D Cuzzuol MG 2003 Ecology of Mabuya agilis (Squamata Scincidae) from a montane Atlantic rainforest area in southeastern Brazil Cuadernos de Herpetologiacutea 17101ndash109

Vitt LJVangilder LD 1983 Ecology of a snake community in northeastern Brazil Amphibia-Reptilia 4273ndash296

Vrcibradic D Rocha CFD 1996 Eco-logical differences in tropical sympatric skinks (Mabuya macrorhyncha and Mabuya agilis) in southeastern Brazil Journal of Herpetology 3060ndash67

Vrcibradic D Rocha CFD 2002 Use of cacti as heat sources by thermoreg-ulating Mabuya agilis (Raddi) and Mabuya macrorhyncha Hoge (Lacer-tilia Scincidae) in two restinga habitats in southeastern Brazil Revista Brasile-ira de Zoologia 1977ndash83

Zaher H Caramaschi U 1992 Sur le statut taxinomique drsquoOxyrhopus tri-geminus et O guibei (Serpentes Xe-nodontinae) Bulletin du Museacuteum na-tional drsquohistoire naturelle Section A Zoologie biologie et eacutecologie animales 14805ndash827

Editor Henrique C Costa

106

PRESAS FONTE

SQUAMATA

ldquoLagartosrdquo

Ovo de lagarto (espeacutecie natildeo identificada) Vitt amp Vanglier (1983) Gaiarsa et al (2013)

Tropiduridae

Tropidurus hispidus (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Gaiarsa et al (2013) Mikalauskas et al (2017)

Tropidurus hygomi (Reinhardt amp Luumltken 1862)

Marques et al (2016)

Tropidurus torquatus (Wied 1820)

Rocha et al (2004) Rocha et al (2005)

Tropidurus sp Franccedila et al (2008) Gaiarsa et al (2013)

Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)

Rocha et al (2005) Franccedila et al (2008) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013) Coelho et al (2019)

Ameivula ocellifera (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Rocha et al (2005) Marques et al (2016)

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccini-ni-Seale 1997)

Coelho et al (2019)

Tabela 1 Itens alimentares jaacute reportados na dieta de Oxyrhopus trigeminus

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

107

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau De Jonnegraves 1818) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Gymnophthalmidae

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)

Coelho et al (2019)

Micrablepharus atticolus Ro-drigues 1996 RochandashSilva et al (2017)

Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823) Este trabalho

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)

Mesquita et al (2013) Coelho et al (2019)

Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides Spix 1825 Coelho et al (2019)

Serpentes

Colubridae

Oxybelis aeneus (Wagler 1824) CoelhondashLima et al (2020)

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854

Marques et al (2016)

108

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

MAMMALIA

Cinco mamiacuteferos (natildeo identificados)

Franccedila et al (2008)

Cricetidae

Roedor natildeo identificado Pires et al (2012)

Akodon sp Gaiarsa et al (2013)

Necromys lasiurus (Lund 1841)

Rocha et al (2005) Alencar et al (2012) Ga-iarsa et al (2013)

Nectomys squamipes (Brants 1827)

Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Oligoryzomys sp Gaiarsa et al (2013)

Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund 1840)

Gaiarsa et al (2013)

Monodelphis domestica (Wagner 1842)

Coelho et al (2019)

AVES

Furnariidae

Synallaxis sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Emberizidae

Coryphospingus sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

109

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Clodoaldo L Assis1 Henrique C Costa2

1 Departamento de Biologia Animal Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilosa 36570-900 Viccedilosa MG Brazil

2 Departamento de Zoologia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036-900 Juiz de Fora MG Brazil

Corresponding author ccostahgmailcom

leposternon oCtostegum NEW RECORD OF AN ENDANGERED WORM LIZARD SPECIES WITH COMMENTS ON HABITAT AND OPPORTUNISTIC PREDATORS (SQUAMATA AMPHISBAENIA)

The worm lizard genus Leposter-non currently comprises 11 spe-cies distributed in South Amer-

ica mainly in Brazil from where most of the species are endemic (Ribeiro et al 2015 2018 Colli et al 2016) One of these species Leposternon octosteg-um (A Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) is known from a small area (577 kmsup2) in the metropolitan region of Sal-vador state of Bahia northeastern Bra-zil (Barros-Filho et al 2013 ICMBio 2018) Described almost 170 years ago (Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) this species remained known only from its holotype (from an unknown Brazilian locality) until recently when new specimens were recorded through field research (Couto-Ferreira et al 2011) and collect-ed during wildlife rescues (Barros-Fil-ho et al 2013) Today L octostegum is known from the following munici-palities (specific localities in parenthe-sis) Camaccedilari (Arembepe) Dias drsquoAacutevi-la (Santa Helena) Mata de Satildeo Joatildeo

(Reserva de Imbassaiacute) Salvador (Ater-ro Metropolitano Centro) and Simotildees Filho (Fazenda Real) (Couto-Ferreira et al 2011 Barros-Filho et al 2013) The record from Mata de Satildeo Joatildeo however lacks a voucher specimen or even photographs (Couto-Ferreira et al 2011) In this note we present new records of L octostegum from Mata de Satildeo Joatildeo based on four specimens deposited in Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilo-sa (MZUFV) Minas Gerais Brazil

From 13 to 21 October 2014 CLA worked in a wildlife rescue at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (124606deg S 380937deg W 70 m elevation datum WGS 84) municipality of Mata de Satildeo Joatildeo state of Bahia about 15 km northwest from Reserva de Imbassaiacute An area of about 70 ha originally covered by rainfor-est was used for Pinus plantation but abandoned after eight years allowing native vegetation to grow among the Pi-nus trees The wildlife rescue occurred

110

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

while the area was being deforested for Eucalyptus planting (Figure 1) When a bulldozer cut the trees and turned the soil six specimens of Leposternon octostegum were observed after being unearthed from depths of 30ndash50 cm

On 13 October 2014 two specimens (MZUFV 1390 1391) were found dead after the soil was turned by the bulldoz-er and other two specimens (MZUFV 1389 1392) were found on 18 October Specimens were collected in agreement with a Normative Instruction from the Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio 2014) In-dividuals of other species were also found dead the skink Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951) the gecko Gymnodactylus darwinii (Gray 1845) and the anole Norops ortonii (Cope 1868)

On 18 October CLA observed two crest-ed caracaras Carcara plancus (Miller 1777) each capturing one L octosteg-um as soon as the specimens were un-earthed by the bulldozer Although an opportunistic predation event this is the first time L octostegum is recorded as prey of another species Other birds also landed to eat unearthed animals although their prey could not be identi-fied the yellow-headed caracara (Mil-vago chimachima (Vieillot 1816) the roadside hawk (Rupornis magniros-tris (Gmelin 1788)) and the lesser yel-low-headed vulture (Cathartes burrovi-anus Cassin 1845) Such opportunistic predation by birds on worm lizards was

previously reported by Zamprogno amp Sazima (1993) who observed Carcara plancus and other species preying on specimens of Leposternon wuchereri (Peters 1879) unearthed by bulldozers in coastal Bahia

The collected specimens can be identi-fied as L octostegum despite MZUFV 1389 and 1392 having damage on the posterior portion of the body by the presence of a large azygous shield cov-ering most of the dorsal head and the rostronasal prefrontals oculars and first temporals visible in dorsal view (Barros-Filho et al 2019) Although the head of MZUFV 1391 is severely damaged dorsally (Figure 2) the pres-ence of more than 350 ventral post-pectoral annuli confirms it as L octos-tegum MZUFV 1391 is also the largest specimen of L octostegum ever record-ed snout-vent length (SVL) 388 mm tail length 153 mm (Figure 3) Mor-phometric characters and scale counts of the four specimens are shown in Ta-ble 1 We measured SVL using a ruler to nearest 1 mm and the tail length using a digital caliper to nearest 01 mm

In preservative three of the four collect-ed specimens of L octostegum (MZUFV 1389 1390 1392) show a pale beige color throughout the body except in the dorsal region of the head which has a darker beige color MZUFV 1391 has a slightly darker beige color throughout the body Except for MZUFV 1390 all specimens have a series of dorsal seg-ments each bearing a dark brown spot

111

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

the spots more intense in the posterior half of the body The dark brown spots are also present at the dorsal region of the tail of MZUFV 1391 This pattern has also been reported for specimens from Camaccedilari and Barros-Filho et al (2019) suggested it could be age-relat-ed since it was observed only in larger specimens SVL gt 230 mm However one specimen collected in this study MZUFV 1390 exhibited only faint dark brown pigments on the dorsum (Figure 4) despite its large size (SLV 330 mm) This suggests that dark brown pigmen-tation in L octostegum may not be linked to ontogeny Gans (1968) stated that as dark pigmentation of an am-phisbaenian species increases the per-meability of the skin to water and the preferred burrowing depth decreases and that darker specimens tend to bask near or at the surface It is possible that differences in pigmentation pattern of L octostegum could simply be individ-ual variation with specimens with dark brown markings being able to forage andor thermoregulate closer to the surface

Leposternon octostegum was previous-ly restricted to a small area originally covered by the Atlantic Forest biome (sensu IBGE 2019) in the lowlands of Bahia Coastal Forests and the Atlantic Coast Restingas ecoregions 15-85 m asl (Dinerstein et al 2017) With the new record its range is increased to 780 kmsup2 The main soil type at the ar-eas where the species is recorded are

acrisol and arenosol the latter present at the more coastal localities (Imbas-saiacute and Arembepe) (Table 2 Figure 5) Acrisol is an acidic and deep soil poor in nutrients and with a subsoil rich in clay typical of some tropical forests and common in river valleys of north-eastern Brazil while arenosol is a deep sandy soil typical of the northeastern coast (Gardi et al 2015 IUSS Working Group WRB 2015) In the region where L octostegum occurs both soils have an upper layer with coarser texture varying from loamy sand to sand (FAO et al 2012) This means that despite having a skull shape apparently more specialized for digging (Gans 1968) L octostegum inhabits less compacted soils (unless one finds that specimens can excavate the deeper clay-rich layers of acrisols) similar to a slender conge-ner of southeastern coastal Brazil L scutigerum (Hemprich 1820) (Hohl et al 2017)

Most of the known records of L octos-tegum were based on wildlife rescues when the species habitat was destroyed by anthropic activities Because of its narrow geographic range and the lack of records in protected areas other than the Imbassaiacute private reserve the spe-cies is considered endangered in Brazil (MMA 2014 ICMBio 2018) Lepos-ternon octostegum however seems to be able to occur in early growth second-ary forest (Barros-Filho et al 2013 present study) and may be abundant in some areas with records of up to 10

112

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

individuals within 150 msup2 (~667 ind hectare) (Barros-Filho et al 2013) Such high abundance was recorded for L wuchereri at coastal Bahia where Zamprogno amp Sazima (1993) estimated one specimen per 50 msup2 (200 ind ha) The detection of amphisbaenians in the wild is difficult due to their fossorial habits and records of large numbers of specimens at a single place is usually as-sociated with human activities like dam filling or vegetation removal (eg Zam-

progno amp Sazima 1993 Colli amp Zam-boni 1999 Barros-Filho et al 2013) The low abundance at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (six specimens in 70 ha) al-though observed during vegetation re-moval should be viewed with caution and reinforces how little we still know about amphisbaenian natural history

Figura 1 Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil where the specimens of Leposternon octostegum were collected

113

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Detail of the head of two specimens of Leposternon octostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil in dorsal ventral and lateral views MZUFV 1391 (A B and C) (top of the head dama-ged) and MZUFV 1390 (D E and F) Scale bars = 5 mm

114

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 3 MZUFV 1391 the largest recorded speci-men of L octostegum (388 mm snout-vent length) in dorsal (A) and ventral (B) views Scale bars = 20 mm

Figura 4 Detail of the in-tensity of dark brown pig-mentation at the dorsum of specimens of Leposter-non octostegum MZUFV 1391 (A) and MZUFV 1390 (B) collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo munici-pality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil Sca-le bars = 5 mm

115

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 5 Known locality records of Leposternon octostegum considering ecoregions (Dinerstein et al 2017) and native vegetation remnants (SOS Mata Atlacircntica amp INPE 2018) (top map) soil type (FAO et al 2012) (middle map) and elevation (CSI 2018) (bottom map)The shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute (a light thin line) which could be the eastern limit of Bahia Coastal Forests or the nor-thern range of Atlantic Coast Restingas (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of Bahia Coastal Forests

116

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 1 Summary of morphological data of the four specimens of Leposternon oc-tostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil

Specimen MZUFV 1389

MZUFV 1390

MZUFV 1391

MZUFV 1392

Dorsal postpectoral annuli

325 377 373 235

Ventral postpectoral annuli

327 +n 363 365 233 +n

Lateral annuli

damaged 6 6 damaged

Caudal annuli

damaged 12 10 damaged

Midbody dorsal segments

28 28 29 27

Midbody ventral segments

25 25 25 25

Precloacal pores

damaged 0 0 damaged

Precloacal segments

damaged 7 6 damaged

Postcloacal segments

damaged 20 20 damaged

Supralabials 1 1 1 1Infralabials 1 1 1 1Snout-vent length (mm)

270 +n 330 385 250 +n

Tail length (mm)

damaged 1501 1532 damaged

Head length (mm)

854 825 954 994

Head width (mm)

558 594 673 706

SVL HW unknown 555 572 unknown

Locality Munici-pality Lat Long Elev Vegeta-

tionEcore-gion

Soil type

Soil texture Voucher Source

Aterro Metro-politano Centro

Salvador -1285deg -3836deg 55 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MNHN 20070023 20070024 ZUFRJ 1748 1749 MZUEFS 652ndash657 695 696

1

Arembepe Camaccedilari -1278deg -3820deg 15 m restinga ACR areno-sol

sand MCP 18192 18193 MZUSP 96349 ZUFRJ 1713ndash1716)

1

Fazenda Real

Simotildees Filho

-12757deg -38423deg 18 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MZUSP 100074

1

Santa Helena

Dias drsquoAacutevila

-12577deg -38195deg 27 m secondary rainforest within a savanna (cerrado) enclave

BCF acrisol loamy sand

released 1

Reserva de Imbassaiacute

Mata de Satildeo Joatildeo

-12478deg -37957deg 25 m restinga ACR areno-sol

sand released 2

Fazenda Vaacuterzea de Baixo

Mata de Satildeo Joatildeo

-124606deg -380937deg 85 m rainforest in initial regenera-tion stage within abandoned Pinus plantation

BCF acrisol loamy sand

MZUFV 1389ndash1392

3

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 2 Summary of the locality records (datum WGS 84) for Leposternon octos-tegum All localities are in the State of Bahia Brazil Vegetation according with lit-erature sources ecoregions follow Dinerstein et al (2017) (BCF = Bahia Coastal Forests ACR = Atlantic Coast restingas) soil type and texture follows FAO et al (2012) Collection acronyms follow Sabaj (2016) Source 1 ndash Barros-Filho et al (2013) 2 ndash Couto-Ferreira et al (2011) 3 ndash this studyThe shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute which could be the eastern limit of BCF or the northern range of ACR (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of BCF

118

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Acknowledgments

We thank Pedro H Pinna and an anonymous reviewer for suggestions that improved the manuscript Renato N Feio (MZUFV) for allowing access to specimens under his care CLA is sup-ported by a doctoral scholarship from CAPES (Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloa-mento de Pessoal de Niacutevel Superior)

References

Barros-Filho JD Freitas MA Sil-va TFS Valverde MCC Loguercio MFC Veriacutessimo D 2013 On the dis-tribution and ecology of Leposternon octostegum Putting a subterranean reptile species on the map Wildlife Bi-ology in Practice 91ndash6

Barros-Filho JD Freitas MASil-va TFS Loguercio MFC Valverde MCC 2019 Redescription of Lepos-ternon octostegum (Dumeacuteril 1851) with an identification key for Brazilian Leposternon species remarks on mer-istic methodology and a proposal for pholidosis nomenclature (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Threat-ened Taxa 1113058ndash13086

Colli GR Zamboni DS 1999 Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil Copeia 1999733ndash742

Colli GR Fenker J Tedeschi LG Barreto-Lima AF Mott T Ribeiro SLB 2016 In the depths of obscuri-ty Knowledge gaps and extinction risk of Brazilian worm lizards (Squamata Amphisbaenidae) Biological Conser-vation 20451ndash62

Couto-Ferreira D Tinocircco MS Olivei-ra MLT Browne-Ribeiro HC Fazo-lato CP Silva RM Barreto GS Dias MA 2011 Restinga lizards (Reptilia Squamata) at the Imbassaiacute Preserve on the northern coast of Bahia Brazil Journal of Threatened Taxa 31990ndash2000

CSI (Consortium for Spatial Informa-tion) 2018 SRTM 90m DEM Digital Elevation Database SRTM Data Ac-cessed on 21 April 2020 httpsrtmcsicgiarorgsrtmdata

Dinerstein E Olson D Joshi A Vynne C Burgess ND Wikramanay-ake E hellip Saleem M 2017 An Ecore-gion-Based Approach to Protecting Half the Terrestrial Realm BioScience 67534ndash545

Dumeacuteril AMC Dumeacuteril A 1851 Cat-alogue meacutethodique de la collection des reptiles du Museacuteum drsquoHistoire Na-turelle de Paris Gide et Baudry Paris

FAO (Food and Agriculture Organiza-tion) IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) ISRIC (In-ternational Soil Reference and Infor-

119

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

mation Centre) ISSCAS (Institute of Soil ScienceChinese Academy of Sci-ences) amp JRC (Joint Research Centre of the European Commission) 2012

Harmonized World Soil Database (ver-sion 12) Accessed on 21 April 2020 httpwwwfaoorgsoils-portalsoil-surveysoil-maps-and-databasesharmonized-world-soil-database-v12en

Gans C 1968 Relative success of diver-gent pathways in Amphisbaenian spe-cialization The American Naturalist 102345ndash362

Gardi C Angelini M Barceloacute S Comerma J Cruz-Gaistardo C En-cina-Rojas A hellip Ravina-da-Silva M 2015 Soil Atlas of Latin America and the Caribbean European Commission - Publications Office of the European Union Luxembourg

Hohl LSL Loguercio MFC Sicuro FL Barros-Filho JD Rocha-Barbosa O 2017 Body and skull morphometric variations between two shovel-head-ed species of Amphisbaenia (Reptilia Squamata) with morphofunctional in-ferences on burrowing PeerJ 5e3581

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica) 2019 Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil compatiacutevel com a escala 1250 000 Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatiacutestica Rio de Janeiro

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 3 de 1ordm de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 16860-62

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasilei-ra Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IUSS Working Group WRB (Interna-tional Union of Soil Sciences) 2015 World Reference Base for Soil Resourc-es 2014 update 2015 International soil classification system for naming soils and creating legends for soil maps Page World Soil Resources Reports Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome

MMA (Ministeacuterio do Meio Ambiente) 2014 Portaria no 444 de 17 de dezem-bro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 245121ndash126

Ribeiro S Santos AP Jr Zaher H 2015 A new species of Leposternon Wagler 1824 (Squamata Amphisbae-nia) from northeastern Argentina Zoo-taxa 4034309ndash324

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A New Species of Leposter-non (Squamata Amphisbaenidae) from Brazilian Cerrado with a Key to

120

Pored Species Journal of Herpetology 5250ndash58

Sabaj MH 2016 Standard symbol-ic codes for institutional resource col-lections in herpetology and ichthyolo-gy an Online Reference Version 65 Accessed on 21 April 2020 asihorgsitesdefaultfilesdocumentssymbol-ic_codes_for_collections_v65_2016pdf

SOS Mata Atlacircntica Fundaccedilatildeo amp INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) 2018 Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlacircntica Periacuteo-do 2016-2017 Relatoacuterio Teacutecnico Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais Satildeo Paulo

Zamprogno C Sazima I 1993 Verte-brate Predation on the neotropical am-phisbaenian Leposternon wuchereri Herpetological Review 2482ndash83

Editor Deacutelio Baecircta

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

121

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Rodrigo Castellari Gonzalez1 Arthur Diesel Abegg2 Diego Matheus de Mello Mendessup3 Marceacutelia Basto da Silva4 Paulo Roberto Machado-Filho5 Conrado Mario-da-Rosa6 Daniel Cunha Passos7 Maurivan Vaz Ribeiro8 Ronildo Alves Beniacutecio9 Jane C F Oliveira10

1 Museu de Histoacuteria Natural do Cearaacute Prof Dias da Rocha Centro de Ciecircncias da Sauacutede Uni-versidade Estadual do Cearaacute 60741-000 Fortaleza CE Brasil2 Departamento de Zoologia Instituto de Biociecircncias Universidade de Satildeo Paulo 05508-090 Satildeo Paulo SP Brasil arthur_abegghotmailcom3 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Entomologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazocircnia 69080-971 Manaus AM Brasil diegomellomendesgmailcom4 Centro de Educaccedilatildeo Aberta e a Distacircncia Universidade Federal do Piauiacute 64001-280 Teresi-na PI Brasil marceliabastogmailcom5 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil prmfil-hosbogmailcom6 Laboratoacuterio de Herpetologia Centro de Ciecircncias Naturais e Exatas Universidade Federal de Santa Maria 97105-000 Santa Maria RS Brasil conradomdrgmailcom7 Laboratoacuterio de Ecologia e Comportamento Animal Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ecologia e Conservaccedilatildeo Departamento de Biociecircncias Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universi-dade Federal Rural do Semi-Aacuterido 59625-900 Mossoroacute RN Brasil danielpassosufersaedubr8 Associaccedilatildeo Guardiotildees do Cerrado Rod GO206 Km 3 Serranoacutepolis GO 75820-000 Brazil9 Laboratoacuterio de Herpetologia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Diversidade Bioloacutegica e Recursos Naturais Universidade Regional do Cariri 63105-000 Crato CE Brasil benicioherpetogmailcom10 Departamento de Ecologia Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro 20550-019 Rio de Janeiro RJ Brasil janeherpetogmailcom

LISTA DOS NOMES POPULARES DOS REacutePTEIS NO BRASIL ndash PRIMEIRA VERSAtildeO

Abstract

Popular species names have always been based on human relationships with things around them usually re-flecting speciesrsquo external morpholo-gy behavior or even the habitat they inhabit In Brazil the high number of popular names in many cases for the same species makes it difficult to com-prehensively recognize these names

hampering communication between everyone interested in reptiles This study presents a compilation of the po-pular names for the species of reptiles occurring in Brazil based on literature data We listed 1264 popular names 25 for Amphisbaenia 29 for Crocodylia 137 for Testudines 301 for ldquoLizardsrdquo and 772 for Snakes All Testudines and

122

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Crocodylia have popular names howe-ver we found no popular names for three (4) species of Amphisbaenia 66 (24) ldquoLizardsrdquo and 60 (15) Snakes Therefore 15 of the 802 reptile spe-cies currently known in the country still have no popular names Also all species of Testudines and Crocodylia have exclusive popular names never-theless we found no exclusive names for 68 (92) species of Amphisbaenia 191 (69) species of ldquoLizardsrdquo and 218 (53) species of Snakes This inventory is currently the most comprehensive ef-fort to list the popular names of reptile species in Brazil

Palavras-chave

Amphisbaenidae Anfisbaenas Caacutega-dos Chelonia Cobras Crocodylia et-noherpetologia etnotaxonomia Jabu-tis Jacareacutes Lagartos nomenclatura popular nomes vernaculares nomes vulgares Quelocircnios Reptilia Serpen-tes Squamata Tartarugas taxonomia popular Testudines

Introduccedilatildeo

A taxonomia usa a liacutengua latina para nomear organismos garan-tindo a comunicaccedilatildeo inequiacutevo-

ca entre cientistas que utilizam diferentes idiomas (ICZN 1999) Por outro lado a sociedade tende a utilizar diversos nomes populares para se referir aos seres vivos ao seu redor (eg Costa-Neto amp Marques

2000 Pinto et al 2013)

A classificaccedilatildeo de organismos a partir de percepccedilotildees populares eacute chamada de etnotaxonomia (Berlin et al 1973) Diferente da taxonomia cientiacutefica que eacute impessoal e baseada em criteacuterios ob-jetivos a etnotaxonomia eacute muito mais plaacutestica incorporando muacuteltiplas face-tas inerentes a cada cultura (Begossi et al 2008 Lopes et al 2010) Os nomes populares possuem diversas origens (Garrido 2012) como a localidade em que as espeacutecies ocorrem a cultura e as crenccedilas locais e a idade relativa dos espeacutecimes (Amaral 1978 Costa amp Beacuter-nils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) Assim aleacutem de caracteriacutesticas peculia-res de cada espeacutecie tais como morfolo-gia comportamento e ambiente utiliza-do a etnotaxonomia tende a enfatizar a importacircncia praacutetica dos organismos tais como seus usos na alimentaccedilatildeo e fins medicinais (Hunn 1982 Cleacutement 1995 Crump 2015) Neste contexto a nomenclatura popular eacute sobretudo in-fluenciada pelas relaccedilotildees afetivas dos seres humanos com os organismos agrave sua volta variando de predileccedilotildees (eg afeiccedilatildeo carismaacutetica veneraccedilatildeo) a aver-sotildees (eg repugnacircncia medo) (Alves et al 2012 Crump 2015) Essas as-sociaccedilotildees explicam o porquecirc de algu-mas espeacutecies receberem vaacuterios nomes populares muitas vezes com variaccedilotildees regionais enquanto outras satildeo prati-camente ignoradas pelo conhecimento tradicional (Nolan amp Robbins 2001 Alves et al 2012 Passos et al 2015)

123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Diversos nomes populares satildeo ante-riores agrave vinda dos primeiros naturalis-tas ao Brasil (Raddi 1820 Frederico 2009 Cardoso 2009) Giuseppe Raddi foi um dos mais importantes natura-listas a chegar ao paiacutes apoacutes a abertura dos Portos agraves Naccedilotildees Amigas em 1808 Em suas contribuiccedilotildees agraves descriccedilotildees de espeacutecies de reacutepteis ele tambeacutem teve o cuidado de listar e descrever os no-mes populares conhecidos de cada uma (Raddi 1820) Outros nomes aplicados agraves espeacutecies brasileiras tecircm origem indiacute-gena (eg Tupi-Guarani para diversas espeacutecies de serpentes Amaral 1977) Geralmente esses nomes satildeo uma tra-duccedilatildeo literal de um conjunto de signi-ficados observados pelo popular Por exemplo Spilotes pullatus (Linnaeus 1758) eacute conhecida principalmente por Caninana (do Tupi ldquoAcaninan-ardquo ou do Guarani ldquoCaninatilderdquo) cujo significado eacute akam- (cabeccedila) + inatilde-a (irritada) = (de) cabeccedila irritada (Amaral 1977)

Diferente de outros paiacuteses (veja Frank amp Ramus 1995 Midtgaard 2019) no Brasil houve poucas tentativas de se listar os nomes populares dos reacutepteis e muitas dessas tentativas satildeo restritas a livros e guias de campo muitos deles regionais (ie Amaral 1978 Marques et al 2001 2005 2015 2017 2019 Lema 2002 Argocirclo 2004 Abegg amp Entiauspe-Neto 2012 Vasconcelos--Neto et al 2018 Silva et al 2019) Deste modo os registros dos nomes populares dos reacutepteis no Brasil se en-contram dispersos na literatura A

criaccedilatildeo de nomes populares artificiais por pesquisadores e o uso de nomes de maneira indiscriminada e despreo-cupada (ie cobra-verde para diversas espeacutecies) acabaram por se propagar pela literatura acumulando informa-ccedilotildees errocircneas e agraves vezes redundantes (ie espeacutecies com dois ou mais nomes diferentes e espeacutecies diferentes com o mesmo nome) o que acabou por difi-cultar a comunicaccedilatildeo entre todos aque-les interessados em reacutepteis (Frank amp Ramus 1995) Aleacutem disso muitos no-mes populares genuiacutenos (v Amaral 1973 1977 1978) acabaram caindo no esquecimento

A presente compilaccedilatildeo eacute a primeira abordagem em direccedilatildeo a uma listagem completa dos nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil Contu-do tendo em vista a amplitude terri-torial do paiacutes sua elevada diversidade cultural e riqueza de espeacutecies eacute natural que este esforccedilo natildeo tenha exaurido as referecircncias sobre o assunto Portanto versotildees atualizadas desta lista seratildeo publicadas apoacutes as esperadas contri-buiccedilotildees das comunidades tradicionais e cientiacutefica

Material e Meacutetodos

A listagem dos taacutexons utilizados neste estudo segue Costa amp Beacuternils (2018) considerando apenas o niacutevel especiacutefico para a listagem geral dos taacutexons e No-gueira et al (2019) para atualizaccedilotildees da taxonomia de serpentes Aleacutem dis-

124

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

so adotamos Poe (2004) para o gecircnero Anolis (Daudin 1802) consideramos Apostolepis barrioi Lema 1978 como sinocircnimo juacutenior de A dimidiata (Jan 1862) (Entiauspe-Neto et al 2019) A mariae Borges-Nojosa et al 2016 de A thalesdelemai Borges-Nojosa et al 2016 (Entiauspe-Neto et al 2020) e Chironius laurenti Dixon et al 1993 como sinocircnimo objetivo de C dixoni Wiest 1978 (Entiauspe-Neto amp Loeb-mann 2019) aleacutem da alocaccedilatildeo de Epic-tia collaris (Hoogmoed 1977) para Ha-brophallos collaris (Hoogmoed 1977) (Martins et al 2019) Portanto para esta compilaccedilatildeo consideramos um to-tal de 802 espeacutecies de reacutepteis natildeo voa-dores (daqui em diante referido como ldquoreacutepteisrdquo) atuais que ocorrem no Brasil

Para a listagem dos nomes populares realizamos buscas em fontes bibliograacute-ficas tais como livros guias de campo artigos cientiacuteficos publicaccedilotildees oficiais de listas vermelhas estaduais e nacio-nais e paacuteginas on-line (Anexo 2) Es-sas pesquisas ocorreram entre Janeiro e Dezembro de 2019 e todos os nomes encontrados satildeo apresentados nesta compilaccedilatildeo Por natildeo se tratar de uma revisatildeo taxonocircmica stricto sensu op-tamos por natildeo citar a autoria dos no-mes populares tanto pela antiguidade natildeo rastreaacutevel de determinados nomes (eg nomes indiacutegenas) (eg Amaral 1977 Cardoso 2009 Frederico 2009) quanto pelo amplo uso e pela pulveri-zaccedilatildeo desses nomes na literatura o que dificultou a justa determinaccedilatildeo do pri-

meiro autor Conveacutem ressaltar que natildeo foi o objetivo deste estudo identificar as origens dos nomes populares encontra-dos

A organizaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo desta lis-ta foram feitas da seguinte maneira os Reacutepteis foram divididos em seus grandes grupos tradicionais Testudines Croco-dylia Amphisbaenia ldquoLagartosrdquo (dora-vante Lagartos) e Serpentes Dentro de cada uma dessas categorias as espeacutecies satildeo apresentadas em ordem alfabeacutetica A grafia dos nomes populares seguiu as normas ortograacuteficas da liacutengua portuguesa para os nomes de animais (CPLP 1990) Para isso os nomes populares foram gra-fados com letras maiuacutesculas (exceto pre-posiccedilotildees) e nomes compostos foram es-critos com hiacutefen entre seus elementos Os nomes populares encontrados para cada espeacutecie satildeo listados em ordem alfabeacutetica sendo os nomes exclusivos (usados uma uacutenica vez) sublinhados

Por fim apresentamos o panorama do que foi encontrado no esforccedilo deste estudo para cada uma das categorias (Testudines Crocodylia Amphisbae-nia Lagartos e Serpentes) o nuacutemero total de nomes populares encontrados o nuacutemero de nomes exclusivos as es-peacutecies com o maior nuacutemero de nomes conhecidos o termo geral mais comum para se referir agraves espeacutecies o nuacutemero de espeacutecies com nomes populares des-conhecidos o nuacutemero de espeacutecies sem nomes populares exclusivos e o nuacuteme-ro de espeacutecies com nomes associados a espeacutecies peccedilonhentas

125

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Resultados

Compilamos 1264 nomes popula-res atribuiacutedos a 673 das 802 espeacute-cies de reacutepteis que ocorrem no Brasil (Anexo 1) Desse total de nomes popu-lares encontrados 917 (73) satildeo nomes exclusivos Natildeo encontramos nenhum nome para 129 (15) espeacutecies e natildeo en-contramos nomes exclusivos para 477 (59) espeacutecies

Encontramos 137 nomes populares para as 36 espeacutecies de Testudines que ocor-rem no Brasil sendo 120 (88) nomes exclusivos O termo mais frequente usa-do para designar as espeacutecies desse gru-po foi ldquoCaacutegadordquo (usado 59 vezes sozinho ou em combinaccedilotildees) seguido por ldquoTar-tarugardquo (usado 40 vezes) Entre as espeacute-cies do grupo Caretta caretta Chelonia mydas e Platemys platycephala foram as espeacutecies com mais nomes (respecti-vamente 14 13 e 12 cada) Todas as es-peacutecies de Testudines possuiacuteram ao me-nos um nome exclusivo

Encontramos 29 nomes populares atri-buiacutedos agraves seis espeacutecies de Crocodylia que ocorrem no Brasil sendo 24 (83) deles nomes exclusivos De modo geral o termo mais frequente para se referir agraves espeacutecies de crocodilianos foi ldquoJaca-reacuterdquo usado em 21 combinaccedilotildees diferen-tes Paleosuchus palpebrosus foi a es-peacutecie que apresentou o maior nuacutemero de nomes (15 nomes diferentes) Todas as espeacutecies desse grupo apresentaram ao menos um nome exclusivo

Em relaccedilatildeo agraves 74 espeacutecies de Amphis-baenia que ocorrem no Brasil encon-tramos um total de 25 nomes popula-res dos quais 20 (80) foram nomes exclusivos No entanto 68 espeacutecies (92) natildeo possuiacuteram nomes exclusi-vos sendo chamadas indistintamen-te de ldquoCobras-de-Duas-Cabeccedilasrdquo eou ldquoCobras-Cegardquo Outras trecircs espeacutecies (4) natildeo possuiacuteram quaisquer nomes populares atribuiacutedos a elas A espeacutecie que apresentou o maior nuacutemero de no-mes populares foi Amphisbaena alba com seis diferentes nomes

Em relaccedilatildeo aos Lagartos encontramos 301 nomes populares para um total de 275 espeacutecies dos quais 194 (64) fo-ram nomes exclusivos Nesse caso em-bora o nuacutemero de nomes encontrados tenha sido superior ao nuacutemero de taacute-xons natildeo encontramos quaisquer no-mes para 66 espeacutecies (24) ou nomes exclusivos para 191 espeacutecies (69) de lagartos A espeacutecie com o maior nuacuteme-ro de nomes populares diferentes foi Salvator merianae (N = 21) seguida por Hemidactylus mabouia (N = 19) Em relaccedilatildeo ao uso o termo mais fre-quente para designar as espeacutecies desse grupo foi ldquoCalangordquo (usado 150 vezes) seguido por ldquoLagartordquo (109 vezes) e ldquoLagartixardquo (92 vezes)

Encontramos 772 nomes populares para Serpentes para o total de 411 espeacute-cies no Brasil sendo 559 (72) exclusi-vos Adicionalmente natildeo encontramos

126

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quaisquer nomes populares na literatu-ra para 60 espeacutecies de serpentes (15) enquanto que para 218 (53) natildeo en-contramos quaisquer nomes populares exclusivos As espeacutecies que possuiacuteram o maior nuacutemero de nomes populares na literatura foram Xenodon merremii (N = 48) e Bothrops jararaca (N = 28) O nome mais frequente para se refe-rir agraves espeacutecies desse grupo foi ldquoCoralrdquo (usado 293 vezes) seguido por ldquoJara-racardquo (usado 153 vezes) A palavra ldquoCo-brardquo (usada 498 vezes) foi amplamente utilizada para se referir aos integrantes desse grupo sendo o termo ldquoSerpenterdquo raramente utilizado (apenas 5 vezes)

Dos nomes listados 10 espeacutecies de la-gartos tiveram pelo menos um nome associado a animais peccedilonhentos Oito espeacutecies foram identificadas como ldquoViacute-borasrdquo (Copeoglossum nigropuncta-tum Diploglossus fasciatus Dracaena paraguayensis Hemidactylus agrius H mabouia Phyllopezus pollicaris Psychosaura agmosticha e P ma-crorhyncha) e duas como ldquoCoraisrdquo (Di-ploglossus fasciatus e D lessonae)

Entre as serpentes 27 espeacutecies satildeo consideradas apenas como Falsas-Co-rais (Apostolepis Atractus Elapo-morphus Phalotris Pseudoboa Ro-driguesophis Tantilla e Xenopholis) e seis espeacutecies como ldquoFalsas-Jararacasrdquo (Dipsas neuwiedi Thamnodynastes chaquensis T longicaudus T rutilus Xenodon guentheri e X nattereri) No entanto 94 espeacutecies natildeo peccedilonhentas

tecircm ao menos um nome identifican-do-as com nomes de espeacutecies peccedilo-nhentas Atractus major Clelia clelia (juvenil) Drepanoides anomalus Hy-drops martii Siphlophis cervinus S pulcher e Xenodon matogrossensis foram apenas identificadas como ldquoCo-raisrdquo trazendo a ideia de se tratarem de espeacutecies peccedilonhentas Quarenta e duas espeacutecies foram identificadas como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo principalmente dos gecircneros Chironius Dipsas Echinanthera Epicrates Ery-throlamprus Helicops Hydrops Hy-drodynastes Imantodes Leptodeira Lygophis Mastigodryas Palusophis Phrynonax Psomophis Spilotes Ta-eniophallus Thamnodynastes Tro-pidodryas e Xenodon Nove espeacutecies foram identificadas ora como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo verdadeiros ora como falsos (Thamnodynastes almae T nattereri T hypoconia T palli-dus Tomodon dorsatus T ocellatus Xenodon merremii X neuwiedii e X severus) Do mesmo modo outras es-peacutecies foram identificadas ora como ldquoCorais-verdadeirasrdquo ora como ldquoFalsas--coraisrdquo (gecircneros Anilius Apostolepis Atractus Boiruna Coronelaps Ery-throlamprus Mussurana Oxyrhopus Phalotris Pseudoboa Rhinobothryum Simophis Siphlophis e Xenodon) Por fim para cinco espeacutecies as identifica-ccedilotildees se misturam pois os nomes popu-lares variam ora como viacutebora cascavel ou jararaca ora como ldquoCoraisrdquo falsos ou verdadeiros (Clelia plumbea Ery-throlamprus poecilogyrus Erythro-

127

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

lamprus taeniogaster Hydrodynastes bicinctus e Xenopholis scalaris)

Quanto agraves espeacutecies de interesse meacutedico (67 espeacutecies dos gecircneros Bothrocophias Bothrops Crotalus Lachesis Leptomi-crurus e Micrurus) quase todas possu-iacuteram ao menos um nome popular (exce-to B sazimai M boicora e M diutius) Entre estas espeacutecies 13 receberam mais de 10 nomes populares cada em sua maioria (10 espeacutecies) pertencentes ao gecircnero Bothrops Entre as 67 16 espeacute-cies natildeo apresentaram nomes exclusi-vos (13 do gecircnero Micrurus) enquanto Crotalus durissus apresentou 16 nomes todos exclusivos (Anexo 1)

Discussatildeo

Encontramos 1264 nomes populares atribuiacutedos a 673 das 802 espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil atual-mente Esse grande nuacutemero de nomes populares provavelmente estaacute asso-ciado agrave elevada riqueza de espeacutecies de reacutepteis e de culturas populares no paiacutes As origens desses nomes residem na compreensatildeo popular acerca de vaacuterios aspectos inerentes agraves espeacutecies (Frank amp Ramus 1995 Vizotto 2003 Begos-si et al 2008 Alves et al 2012 Cos-ta amp Beacuternils 2012 Crump 2015) Por exemplo aspectos da morfologia (eg Jacareacute-Enferrujado para Paleosuchus palpebrosus) do comportamento (eg Dorme-Dorme para Dipsas spp) da dieta (Papa-Pinto para Drymarchon

corais) do habitat (Fura-Terra para Atractus spp) da aacuterea geograacutefica de principal ocorrecircncia (Jacareacute-do-Panta-nal para Caiman yacare) do polimor-fismo (Urutu-Preta ou Urutu-Amarela para Xenodon merremii) da variaccedilatildeo ontogeneacutetica (Cobra-Preta e Cobra-Co-ral para Clelia clelia) da variaccedilatildeo re-gional (Lagartixa Osga Briba para He-midactylus spp) e da variaccedilatildeo regional na grafia (Tegu Teiuacute Tejo Teju Tejuacute Tiju e Tiuacute para Salvator merianae) Neste estudo noacutes mantivemos todos os nomes populares encontrados na lite-ratura respeitando sua grafia original mesmo quando se tratavam unicamen-te de variaccedilotildees regionais valorizando assim o conhecimento popular em re-laccedilatildeo aos reacutepteis

Apesar dessa diversidade de nomes po-pulares presentes na literatura natildeo en-contramos quaisquer nomes atribuiacutedos para 129 (15) espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil todas elas Squama-ta De modo geral essas espeacutecies pos-suem atributos em comum como haacutebi-tos fossoriais (eg Amphisbaena spp) tamanho corporal reduzido (eg Cole-odactylus spp) ocorrecircncia rara (eg Apostolepis arenaria) ou distribuiccedilatildeo restrita (eg Dendrophidion atlanti-ca) fatores que podem explicar a baixa fixaccedilatildeo entre os conhecimentos tradi-cionais Portanto a ausecircncia de nomes populares para estas espeacutecies pode ser explicada por elas figurarem em menor frequecircncia e intensidade no cotidiano das comunidades tradicionais e conse-

128

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quentemente terem menor importacircn-cia praacutetica seja na alimentaccedilatildeo no uso como faacutermaco-teraacutepicos ou mesmo im-portacircncia meacutedica (Crump 2015)

Tambeacutem encontramos uma consideraacute-vel repeticcedilatildeo dos mesmos nomes po-pulares (sinoniacutemias etnotaxonocircmicas) para diferentes espeacutecies Alguns ter-mos aparecem nesta lista com frequecircn-cia relativamente alta como por exem-plo ldquoCalangordquo (150 vezes) ldquoJararacardquo (153) e ldquoCoralrdquo (293) tanto para espeacute-cies distintas (eg Jararaca para Xeno-don neuwiedii e Bothrops jararaca) ou em composiccedilotildees diferentes para a mes-ma espeacutecie (eg Bothrops jararaca Jararaca-Comum Jararaca-da-Mata--Virgem Jararaca-do-Campo Jarara-ca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pregui-ccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso) Esses casos foram observados sobretudo em taacutexons com ampla distribuiccedilatildeo (eg Bothrops spp Micrurus spp) mesmo que cada espeacutecie possua caracteriacutesticas diagnoacutesticas Aparentemente a mag-nitude das semelhanccedilas sugere uma nomeaccedilatildeo convergente na etnotaxo-nomia (eg Bothrops spp = jararaca Micrurus spp = Coral) Embora esta denominaccedilatildeo popular de maneira ge-neralizada se decirc para taacutexons com pouco interesse meacutedico ou alimentiacutecio (Von Ihering 1968)

Por outro lado Alves et al (2011 2012) apontam que pelo menos 81 espeacutecies de reacutepteis com ocorrecircncia no Brasil satildeo reconhecidas pela cultura popular por apresentarem conflitos ou por se-

rem uacuteteis de alguma maneira Os usos dessas espeacutecies satildeo bastante diversos como fonte de alimento medicinal religioso animais de estimaccedilatildeo e ateacute mesmo como enfeite em residecircncias (Alves et al 2011 2012) Comparan-do os nomes aqui levantados com as 81 espeacutecies apontadas por Alves et al (2011 2012) nota-se que todas as es-peacutecies que possuem usos ou conflitos com a populaccedilatildeo apresentam ao menos um nome popular conhecido sendo que 32 (40) delas receberam mais de 10 nomes Aleacutem disso as espeacutecies usa-das para alimentaccedilatildeo tecircm um ou mais nomes exclusivos mas natildeo necessaria-mente um grande nuacutemero de nomes Os quelocircnios amazocircnicos e os crocodi-lianos por exemplo amplamente usa-dos na culinaacuteria tradicional na produ-ccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos e tambeacutem no tratamento de doenccedilas (Alves et al 2011 2012 Rhodin et al 2017) satildeo re-conhecidos pelas comunidades locais recebendo nomes populares espeacutecie--especiacuteficos relativamente conservados entre diferentes culturas enquanto di-versos taacutexons sem importacircncia cinegeacute-tica satildeo nomeados em geral com os mesmos termos (Alves et al 2012 Von Ihering 1968 este estudo)

O uso de um mesmo nome para espeacute-cies diferentes pode trazer consequ-ecircncias graves como em casos de aci-dentes ofiacutedicos (Costa amp Beacuternils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) assim como a morte de animais natildeo peccedilonhentos decorrentes de identificaccedilatildeo errocircnea

129

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Os taacutexons aacutepodos (eg Ophiodes spp e Amphisbaena spp) satildeo comumente mortos devido agrave semelhanccedila com as serpentes aleacutem de serem popularmen-te associados ao envenenamento As espeacutecies natildeo peccedilonhentas que satildeo iden-tificadas como peccedilonhentas formam um grupo muito heterogecircneo Para os lagartos a associaccedilatildeo com serpentes eacute mais comum nos grupos que possuem membros reduzidos (ie Ophiodes) Jaacute no caso das serpentes de modo geral cinco caracteriacutesticas principais pare-cem ser levadas em conta pelos popu-lares para se atribuir a condiccedilatildeo de pe-ccedilonhenta padratildeo variegado forma da cabeccedila manchas ou cores avermelha-das presenccedila de bandas e tamanho do corpo Serpentes que apresentam tons marrons (eg Leptodeira) ou cabeccedila ligeiramente em forma de lanccedila (eg Thamnodynastes) satildeo identificadas como ldquoJararacasrdquo ldquoJararaquinhardquo e suas variaccedilotildees na cultura popular Es-peacutecies com tons vermelhos ou bandas satildeo identificadas como ldquoCoraisrdquo falsas ou verdadeiras Curiosamente alguns Pseudoboini podem ser reconhecidos como ldquoCoraisrdquo nas fases juvenis (eg Clelia plumbea) mas os adultos de co-loraccedilatildeo preta satildeo reconhecidos como ldquoMuccediluranasrdquo nome que muitas vezes carrega o significado de ser uacutetil por predar outras serpentes Especifica-mente sobre o gecircnero Bothrops indi-viacuteduos pequenos (juvenis ou adultos) satildeo chamados de ldquoJararacasrdquo enquan-to que indiviacuteduos de grande porte (por

vezes da mesma espeacutecie) satildeo chama-dos de ldquoJararacussurdquo ou ateacute mesmo de ldquoSurucucurdquo (Mota-da-Silva et al 2019 este estudo) Esse raciociacutenio se estende tambeacutem para espeacutecies natildeo peccedilonhen-tas que satildeo reconhecidas como ldquoJara-racasrdquo (ie Palusophis bifossatus e Hy-drodynastes gigas) Em alguns casos como Erythrolamprus poecilogyrus os padrotildees de coloraccedilatildeo diferentes ao longo da distribuiccedilatildeo podem explicar o porquecirc dessa espeacutecie ser reconheci-da como ldquoJararacardquo (padratildeo marrom) e ldquoCoralrdquo (padratildeo bandeado) dependen-do da regiatildeo Conveacutem ressaltar que as atribuiccedilotildees ldquofalsardquo ou ldquoverdadeirardquo para essas espeacutecies natildeo parecem seguir cri-teacuterios objetivos

Embora o nuacutemero de espeacutecies de ser-pentes de importacircncia meacutedica seja re-lativamente baixo no Brasil (9 das espeacutecies de serpentes Viperidae N = 31 e Elapidae N = 36) as lendas e mi-tos que estigmatizam esse grupo ainda satildeo um fator potencializador de proble-mas relacionados agrave conservaccedilatildeo dessas espeacutecies (Argocirclo 2004 Moura et al 2010) Apesar da grande maioria das espeacutecies de importacircncia meacutedica rece-berem nomes populares e de algumas poderem ser identificadas de maneira inequiacutevoca a diversidade de nomes po-pulares atribuiacutedas a um mesmo taacutexon e a ampla ocorrecircncia de sinoniacutemias etno-taxonocircmicas com espeacutecies natildeo-peccedilo-nhentas revela a perpetuaccedilatildeo dos pro-blemas de erros de identificaccedilatildeo com seacuterias consequecircncias no acircmbito da con-

130

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

servaccedilatildeo Desta forma eacute urgente que projetos de educaccedilatildeo ambiental eou divulgaccedilatildeo cientiacutefica sejam executados em todo o paiacutes com o objetivo de levar conhecimento acerca das espeacutecies com preocupaccedilatildeo meacutedica e desmistificar questotildees relacionadas agrave identificaccedilatildeo e periculosidade das serpentes em geral reduzindo assim os conflitos entre hu-manos e este grupo de reacutepteis

Diagnosticamos neste estudo que existe um uso majoritaacuterio do termo ldquoCobrardquo em relaccedilatildeo agrave ldquoSerpenterdquo no co-nhecimento popular Haacute importantes discussotildees a respeito do uso desses dois termos na literatura (eg Amaral 1978 Puorto 2001 Sandrin et al 2005 Fer-nandes-Ferreira et al 2011) e o em-prego desses nomes tem sido abordado por diferentes autores sem padroniza-ccedilatildeo (ver discussatildeo em Sandrin et al 2005) Embora as culturas tradicionais brasileiras reconheccedilam as duas pala-vras como sinocircnimas o uso de ldquoCobrardquo eacute bem mais frequente (Sandrin et al 2005 este estudo) Sendo assim suge-rimos o uso do termo ldquoCobrardquo no con-texto do discurso popular reservando o termo ldquoSerpenterdquo ao acircmbito teacutecnico e acadecircmico

A utilizaccedilatildeo de nomes populares para espeacutecies pouco carismaacuteticas como o caso dos reacutepteis eacute fundamental para a aproximaccedilatildeo destes animais com a so-ciedade em geral Neste estudo apre-sentamos a lista de nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil a par-tir de dados disponiacuteveis na literatura Eacute

possiacutevel no entanto que neste primei-ro esforccedilo alguns nomes populares natildeo tenham sido localizados o que se justi-fica pela enorme diversidade cultural e riqueza de espeacutecies no Paiacutes Esta com-pilaccedilatildeo contribui de maneira relevante com a etnoherpetologia brasileira po-reacutem eacute notaacutevel a existecircncia de diversas lacunas no conhecimento tradicional sobre os reacutepteis no Brasil Portanto recomendamos que os herpetoacutelogos em trabalhos de campo considerem valorizem e forneccedilam nos relatoacuterios e publicaccedilotildees os nomes populares locais (em vez de omiti-los ou priorizar aque-les jaacute existentes na literatura) para as espeacutecies-alvo das suas pesquisas Esta simples iniciativa apesar de natildeo ter caraacuteter intriacutenseco etnoloacutegico (ciecircncia com objetos meacutetodos e abordagens teoacutericas proacuteprias) certamente proveraacute um quantitativo imensuraacutevel de novos nomes populares agrave literatura contri-buindo para revelar a real extensatildeo da variaccedilatildeo geograacutefica e cultural dos no-mes populares dos reacutepteis brasileiros e consequentemente substanciar com mais robustez uma futura atualizaccedilatildeo da presente lista

131

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Agradecimentos

RCG agradece ao Prof Dr Marcello Modesto (FFLCH-USP) pelo supor-te teacutecnico sobre as normas da liacutengua portuguesa O presente estudo foi re-alizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior - Brasil (CAPES) CMR dou-torado Processo 888824280552019-01 e PRMF doutorado Processo 15710452015 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacute-gico (CNPq) ADA mestrado Processo 1301152013-3 DMMM doutorado Processo 1418782018-5 e RAB poacutes--doutorado Processo 1555562018-5 e Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) JCFO poacutes-doutorado Processo E-262023882017

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Alves RRN Pereira-Filho GA Vieira KS Souto WMS Mendonccedila LET Montenegro PFGP Vieira WLS 2012 A zoological catalogue of hunted reptiles in the semiarid region of Bra-zil Journal of Ethnobiology and Eth-nomedicine 827 doi1011861746-4269-8-27

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto

WMS hellip Pezzuti JCB 2011 A re-view on human attitudes towards rep-tiles in Brazil Environmental Monito-ring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Brasil Iconografia colorida MelhoramentosEDUSP Satildeo Paulo

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Begossi A Clauzet M Figueiredo JL Garuana L Limca RV Lopes PF Silvan RAM 2008 Are biological species and higher-ranking categories real Fish folk taxonomy on Brazilrsquos Atlantic Forest Coast and in the Ama-zon Current Antropology 49291ndash306 doi101086527437

Berlin B Breedlove DE Raven PH 1973 General principles of classifica-tion and nomenclature in folk biology American Anthropology 75214ndash242 doi101525aa197375102a00140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cardoso JLC 2009 Joseacute de Anchie-ta e as Cartas Pp 521ndash522 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CMS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Cleacutement D 1995 Why is taxonomy utilitarian Journal of Ethnobiology 151ndash44

Costa HC Beacuternils RS 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Costa-Neto EM Marques JGW 2000 A Etnotaxonomia de recursos ictiofauniacutesticos pelos pescadores da co-munidade de Siribinha norte do Estado da Bahia Brasil Biociecircncias 861ndash76

CPLP (Comunidade dos Paiacuteses de Liacuten-gua Portuguesa) 1990 Acordo Orto-graacutefico da Liacutengua Portuguesa Acessiacutevel em httpwwwcplporgFilesFilercplpAcordosmaisAcordosAcordo-OrtogrLinguaPortugpdf Acesso 06 de Abril de 2019

Crump M 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg the Lore and Mythology of Amphibians

and Reptiles University of Chicago Press Chicago

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest amp Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-ges-Nojosa DM Alves RRN 2011 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Frank N Ramus E 1995 A Complete Guide to Scientific and Common Na-mes of Reptiles and Amphibians of the World Reptile and Amphibian magazi-ne Pottsville

133

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Garrido C 2012 Divergecircncias no inven-taacuterio das liacutenguas e na constituiccedilatildeo dos elementos lexicais equivalentes como fonte de discordacircncias interculturais na traduccedilatildeo de textos destinados ao ensino e divulgaccedilatildeo da ciecircncia Leben-de Sprachen 57238ndash264 doi101515les-2012-0021

Hunn E 1982 The utilitarian factor in folk biological classification Ame-rican Anthropologist 84830ndash847 doi101525aa198284402a00070

ICZN (International Commission on Zoological Nomenclature) 1999 The Code 4th ed International code of zo-ological nomenclature Acessiacutevel em httpwwwicznorg Acesso 28 de marccedilo de 2019

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

Lopes P Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Taxono-mia e etnotaxonomia ecologia e etno-ecologia Pp 69ndash94 in Alves RRA

Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A Etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPPEA Recife

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado 1 ed Holos Edi-tora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlssman C Sazima I 2005 Serpentes do Panta-nal Holos Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of thread snakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

134

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Midtgaard R 2019 English common names of reptiles a working checklist Acessiacutevel em httpwwwnatu-reswindowdkUKnameshtml Aces-so 28 de fevereiro de 2019

Mota-da-Silva A Monteiro WM Ber-narde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lan-cehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 521ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pe-dro VA Fernandes VD Feio RN 2010 O relacionamento entre pes-soas e serpentes no leste de Minas Gerais sudeste do Brasil Biota Ne-otropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpeto-logy 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

Nolan JM Robbins MC 2001 Emo-tional Meaning and the Cognitive Orga-nization of Ethnozoological Domains Journal of Linguistic Anthropology 11240ndash249

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagar-tixas concepccedilotildees sobre lagartos entre estudantes do Ensino Meacutedio em For-taleza Cearaacute Brasil Ciecircncia amp Edu-caccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Pinto MF Mouratildeo JS Alves RRN 2013 Ethnotaxonomical considera-tions and usage of ichthyofauna in a fishing community in Cearaacute Sta-te Northeast Brazil Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine 917 doi1011861746-4269-9-17

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Raddi G 1820 Di alcune specie di ret-tili e piante brasiliane Memoria di Giu-seppe Raddi Memorie di Matematica e di Fisica della Societagrave Italiana delle Scienze Presso la Societagrave Tipografica Modena

Rhodin AGJ Iverson JB Bour R Fritz U Georges A Shaffer HB Van Dijk PP 2017 Turtles of the world annotated checklist and atlas of taxo-nomy synonymy distribution and conservation status Chelonian Rese-arch Monographs 71ndash292

135

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Silva JL Mota-da-Silva A Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Amazonia Revista da Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical 531ndash6 doi1015900037-8682-0305-2019

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidis HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Satildeo Paulo

Editor Deacutelio Baecircta

136

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Lista dos Nomes Populares dos Reacutepteis no Brasil ndash Primeira Versatildeo REPTILIA (Reacutepteis)

Anexo 1

Acanthochelys macrocephala (Rhodin Mittermeier amp McMorris 1984)Nomes populares Caacutegado Tartaruga-do-Pantanal

Acanthochelys radiolata (Mikan 1820) - Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Amarelo Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Acanthochelys spixii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua-Doce Caacutegado-de-Canaleta Caacutegado-de-Pescoccedilo-Espi-nhudo Caacutegado-do-Cerrado Caacutegado-Feio Caacutegado-Preto Tartaruga-Bunda

Caretta caretta (Linnaeus 1758)Nomes populares Avoacute-de-Aruanatilde Cabeccedila-Grande Cabeccediluda Careba-Amarela Carebadura Ca-reba-Dura Tartaruga Tartaruga-Amarela Tartaruga-Avoacute Tartaruga-Cabeccediluda Tartaruga-Ca-rei Tartaruga-Marinha-Comum Tartatura-Meio-Pente Tartaruga-Mesticcedila

Chelonia mydas (Linnaeus 1758)Nomes populares Aruanatilde Depeia Falso-Carei Jereba Succediluarana Tartaruga-Apedrecircs Tartaru-ga-de-Sopa Tartaruga-do-Mar Tartaruga-Marinha Tartaruga-Marinha-Comum Tartaruga-Pe-drecircs Tartaruga-Verde Uruanatilde

Chelonoidis carbonarius (Spix 1824)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Piranga Jabuti-Vermelho

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus 1766)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Amarelo Jabuti-Tinga

Chelus fimbriata (Schneider 1783)Nomes populares Caacutegado Matamataacute Mata-Mataacute

TESTUDINES (Caacutegados Jabutis e Tartarugas)

137

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dermochelys coriacea (Vandelli 1761)Nomes populares Careba-Gigante Careba-Mole Tartaruga-de-Cerro Tartaruga-de-Couro Tar-taruga-de-Leste Tartaruga-de-Quilha Tartaruga-Gigante Tartaruga-Preta

Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766)Nomes populares Tartaruga-de-Escamas Tartaruga-de-Pente Tartaruga-do-Mar Tartaruga--Verdadeira Verdadeiro-Carei

Hydromedusa maximiliani (Mikan 1825)Nomes populares Caacutegado-da-Serra Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Hydromedusa tectifera Cope 1870Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccedila-de-Cobra Caacutegado-de-Pescoccedilo-Comprido

Kinosternon scorpioides (Linnaeus 1766)Nomes populares Cabeccediludinho Caacutegado Juraraacute Muccediluatilde Peito-de-Mola

Lepidochelys olivacea (Eschscholtz 1829)Nomes populares Falsa-Careta Tartaruga-Comum Tartaruga-Oliva Tartaruga-Pequena Tarta-ruga-Verde Xibirro

Mesoclemmys gibba (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Poccedilas Caacutegado-de-Poccedilas-da-Floresta

Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2001)Nomes populares Caacutegado Perema-da-Cabeccedila-Amarela

Mesoclemmys hogei (Mertens 1967)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Hoge Caacutegado-de-Hogei Caacutegado-do-Paraiacuteba Caacutegado-do--Paraiacuteba-do-Sul

Mesoclemmys nasuta (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado-da-Cabeccedila-de-Sapo Lalaacute

Mesoclemmys perplexa Bour amp Zaher 2005Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Goiano

Mesoclemmys raniceps (Gray 1856)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Cabeccedila-de-Sapo-Comum Lalaacute

Mesoclemmys tuberculata (Luumlderwaldt 1926)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua Caacutegado-do-Nordeste Caacutegado-Caramujeiro

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour 1973)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccediludo Galaacutepago Tartaruga-Cabeccedila-de-Sapo

138

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Peltocephalus dumerilianus (Schweigger 1812)Nomes populares Acanguaccedilu Cabeccediluda Cabeccediludo Capitari (machos) Juraraacute Peindu Tartaru-ga-Arara Tartaruga-de-Bico-de-Arara

Phrynops geoffroanus (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Barbelas-Pintado Caacutegado-de-Bar-bicha Caacutegado-de-Barbixa Caacutegado-de-Esgoto Caacutegado-de-Ferradura-Comum Caacutegado-do-Rio Cangapara Lalaacute Tartaruga-do-Pescoccedilo-de-Cobra

Phrynops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado-Comum Caacutegado-de-Barbelas-Cinzento Caacutegado-de-Barbilhatildeo

Phrynops tuberosus (Peters 1870)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbicha Caacutegado-Rajado Cangapara

Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983Nomes populares Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Ferradura Caacutegado-de-Ferradura-Sulino

Platemys platycephala (Schneider 1792)Nomes populares Caacutegado Charapa Charapita Charapita-de-Aguajal Charapita-de-Altura Cha-ta Jabuti-Machado Jabuti-Mato-Grossense Lalaacute Machado Perema Quetijaacutepa

Podocnemis erythrocephala (Spix 1824)Nomes populares Calalumatilde Irapuca

Podocnemis expansa (Schweigger 1812)Nomes populares Capitari Tartaruga-da-Amazocircnia Viraccedilatildeo

Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849Nomes populares Cambeacuteua Iaccedilaacute Pitiuacute

Podocnemis unifilis Troschel 1848Nomes populares Tracajaacute Zeacute-Prego

Rhinemys rufipes (Spix 1824)Nome popular Caacutegado-Vermelho

Rhinoclemmys punctularia (Daudin 1801)Nomes populares Aperema Caacutegado Jabuti-Aperema Juraraacute Muccediluatilde Perema

Trachemys adiutrix Vanzolini 1995Nomes populares Caacutegado Capininga Juraraacute Juraraca Pininga

Trachemys dorbigni (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Tartaruga Tartaruga-Imperial Tartaruga-Verdadeira Tartaruga-Verde-e--Amarela Tigre-Drsquoaacutegua Tigre-Drsquoaacutegua-Amarelo

139

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

CROCODYLIA (Jacareacutes)

Caiman crocodilus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacaretinga Jacareacute-Tinga Tinga

Caiman latirostris (Daudin 1801)Nomes populares Jacareacute-Comum Jacareacute-do-Papo-Amarelo Jacareacute-de-Papo-Amarelo Jacareacute--Oriental

Caiman yacare Daudin 1801Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacareacute-do-Paraguai

Melanosuchus niger (Spix 1825)Nomes populares Jacareacute-Accediluacute Jacareacute-Preto

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier 1807)Nomes populares Cocodrilo Crocodilo Jacareacute-Anatildeo Jacareacute-Coroa Jacareacute-do-Buraco Jacareacute--Enferrujado Jacareacute-Ferro Jacareacute-Mirim Jacareacute-Paguaacute Jacareacute-Pedra Jacareacute-Preto Jacareacute-U-na Jacareacute-Vermelho Pretinho Tiritiri

Paleosuchus trigonatus (Schneider 1801)Nomes populares Caimatildeo-de-Cara-Lisa Jacareacute-de-Cara-Lisa Jacareacute-Pedra Jacareacute-Coroa Jacareacute-Curuaacute

AMPHISBAENIA (Cobras-de-Duas-Cabeccedilas Cobras-Cegas e Matildees-da-Sauacuteva)

Amphisbaena absaberi (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena acrobeles (Ribeiro Castro-Mello amp Nogueira 2009)Nome popular desconhecido

Amphisbaena alba Linnaeus 1758Nomes populares Boiacica Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Amarela-Grande Cobra-de--Duas-Cabeccedilas Matildee-da-Sauacuteva Minhocatildeo

Amphisbaena amazonica Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena anaemariae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena anomala (Barbour 1914)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena arda Rodrigues 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena arenaria Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bahiana Vanzolini 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bedai (Vanzolini 1991)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bilabialata (Stimson 1972)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brasiliana (Gray 1865)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brevis Struumlssmann amp Mott 2009Nome popular desconhecido

Amphisbaena caiari Teixeira Jr Dal Vechio Mollo Neto amp Rodrigues 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena camura Cope 1862Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carli Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2010Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carvalhoi Gans 1965Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena crisae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena cuiabana (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Cuiabaacute

Amphisbaena cunhai Hoogmoed amp Avila-Pires 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

141

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena darwinii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Uruguaia

Amphisbaena dubia Muumlller 1924Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena filiformis Ribeiro Gomes Silva Cintra amp Silva Jr 2016Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena frontalis Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena fuliginosa Linnaeus 1758Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena hastata Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena heathi Schmidt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena hiata Montero amp Ceacutespedez 2002Nome popular desconhecido

Amphisbaena hogei Vanzolini 1950Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena ibijara Rodrigues Andrade amp Lima 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena ignatiana Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kingii (Bell 1833)Nomes populares Anfisbena-de-Crista Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kraoh (Vanzolini 1971)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leeseri Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leucocephala Peters 1878Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

142

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena littoralis Roberto Brito amp Aacutevila 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini 1996Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena maranhensis Gomes amp Maciel 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mertensii Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Mertens Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena metallurga Costa Resende Teixeira Jr Dal Vechio amp Clemente 2015Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena miringoera Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mitchelli Procter 1923Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena munoai Klappenbach 1966Nomes populares Anfisbena-Pequena Cobra-Cega-Branca Cobra-Cega-Pequena Cobra-Cega--Uruguaia-Pequena

Amphisbaena neglecta Dunn amp Piatt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena nigricauda Gans 1966Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena persephone Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena pretrei Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena prunicolor (Cope 1885)Nomes populares Anfisbena-Marrom Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Marrom

Amphisbaena ridleyi Boulenger 1890Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena roberti Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

143

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena sanctaeritae Vanzolini 1994Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena saxosa (Castro-Mello 2003)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena silvestrii Boulenger 1902Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Cuiabana

Amphisbaena slevini Schmidt 1938Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena steindachneri Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena supernumeraria Mott Rodrigues amp Santos 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena talisiae Vanzolini 1995Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Pitomba

Amphisbaena trachura Cope 1885Nomes populares Anfisbena-Comum Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Comum Cobra-de--Duas-Cabeccedilas-Grande Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena tragorrhectes Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena uroxena Mott Rodrigues Freitas amp Silva 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena vanzolinii Gans 1963Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena varia Laurenti 1768Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega Matildee-de-Sauacuteva

Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena wiedi Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Leposternon cerradensis Ribeiro Vaz-Silva amp Santos-Jr 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado

144

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Leposternon infraorbitale (Bertold 1859)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon kisteumacheri Porto Soares amp Caramaschi 2000Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon maximus Ribeiro Nogueira Cintra Silva Jre Zaher 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon microcephalum Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon octostegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon polystegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon scutigerum (Hemprich 1820)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon wuchereri (Peters 1879)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Mesobaena rhachicephala Hoogmoed Pinto Rocha amp Pereira 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

ldquoLAGARTOSrdquo (Bribas Calangos Camaleotildees Cobras-de-Vidro Lagartos e Lagartixas)

Acratosaura mentalis (Amaral 1933)Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Acratosaura spinosa Rodrigues Cassimiro Freitas amp Silva 2009Nome popular Lagarto-Espinhoso

Alexandresaurus camacan Rodrigues Pellegrino Dixo Verdade Pavan Argocirclo amp Sites 2007Nome popular desconhecido

Alopoglossus angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Briba Lagartinho-do-Olho-Vermelho Lagartixa Lagarto-da-Terra Lagarto--do-Folhiccedilo

145

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Alopoglossus atriventris Duellman 1973Nome popular desconhecido

Alopoglossus buckleyi (OrsquoShaughnessy 1881)Nome popular desconhecido

Amapasaurus tetradactylus Cunha 1970Nome popular desconhecido

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)Nomes populares Bico-Doce Calango-Bico-Doce Calango-Tijibu Tijibu Calango Calango-Ver-de Camaleatildeo-Ferro Jacareacute-Pinima Lagarto Lagarto-Verde Sardatildeo-Grande Tejubina Tijubina

Ameiva jacuba Giugliano Nogueira Valdujo Collevatti amp Colli 2013Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameiva parecis (Colli Costa Garda Kopp Mesquita Peacuteres Valdujo Vieira amp Wiederhecker 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha Lagarto

Ameivula cipoensis Arias Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Ameivula confusioniba (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nomes populares Calango Calango-ligeiro Tejubina Tijubina

Ameivula jalapensis (Colli Giugliano Mesquita amp Franccedila 2009)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula mumbuca (Colli Caldwell Costa Gainsbury Garda Mesquita Filho Soares Silva Valdujo Vieira Vitt Werneck Wiederhecker amp Zatz 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccinini-Seale 1997)Nomes populares Lagartinho-de-Linhares Lagartinho-Nativo

Ameivula nigrigula (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular desconhecido

Ameivula ocellifera (Spix 1825)Nomes populares Calango Calango-da-Praia Calango-Ligeiro Calango-Listrado Calango-Pe-queno Calango-Tijubina Calanguinho Calanguinho-Pintado Calanguinho-Sardatildeo-Pequeno Calanguinho-Verde Tijubina

Ameivula pyrrhogularis (Silva amp Avila-Pires 2013)Nomes populares Calango Calango-Ligeiro Calango-Tijubina Tijubina

146

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Ameivula xacriaba Arias Teixeira Jr Recoder Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Anisolepis grilli Boulenger 1891Nomes populares Camaleatildeo Lagartinho Lagartixa-das-Uvas Papa-Vento Papa-Vento-Comum Papa-Vento-do-Rabo-Rajado

Anisolepis longicauda (Boulenger 1891)Nome popular desconhecido

Anisolepis undulatus (Wiegmann 1834)Nomes populares Lagartixa Papa-Vento Papa-Vento-do-Sul

Anolis auratus (Daudin 1802)Nome popular Papa-Vento

Anolis bombiceps Cope 1875Nome popular Papa-Vento

Anolis brasiliensis Vanzolini amp Williams 1970Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis chrysolepis Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Calango Camaleatildeo Papa-Vento

Anolis fuscoauratus (DrsquoOrbigny 1837 in Dumeacuteril amp Bibron 1837)Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis meridionalis Boettger 1885Nomes populares Calango-Bandeira Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Anolis ortonii Cope 1868Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis planiceps Troschel 1848Nome popular Papa-Vento

Anolis scypheus Cope 1864Nome popular Papa-Vento

Anolis tandai Avila-Pires 1995Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis trachyderma Cope 1875Nome popular Papa-vento

147

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Anolis williamsii (Bocourt 1870)Nome popular Papa-Vento

Anotosaura collaris Amaral 1933Nome popular desconhecido

Anotosaura vanzolinia Dixon 1974Nome popular desconhecido

Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude 1904)Nomes populares Calango Lagartinho-Listrado Lagarto-do-Folhiccedilo

Arthrosaura reticulata (OrsquoShaughnessy 1881)Nomes populares Calango Lagartinho-Reticulado Lagartixa Lagarto-do-Folhiccedilo

Aspronema dorsivittatum (Cope 1862)Nomes populares Calango-Liso Lagartixa-Brilhante Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-Doura-da Lagarto-Liso Scinco-Comum Scinco-Dourado

Bachia bresslaui (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia cacerensis Castrillon amp Struumlssmann 1998Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia didactyla Freitas Struumlssmann Carvalho Kawashita-Ribeiro amp Mott 2011Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia dorbignyi (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia flavescens (Bonnaterre 1789)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-da-Terra Lagarto-sem-Pata

Bachia geralista Teixeira Jr Recoder Camacho Sena Navas amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia micromela Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia oxyrhina Rodrigues Camacho Nunes Recoder Teixeira Jr Valdujo Ghellere Mott amp Nogueira 2008Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia panoplia Thomas 1965Nome popular desconhecido

148

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bachia peruana (Werner 1901)Nome popular desconhecido

Bachia psamophila Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia pyburni Kizirian amp McDiarmid 1998Nome popular desconhecido

Bachia remota Ribeiro-Juacutenior Silva amp Lima 2016Nome popular desconhecido

Bachia scaea Teixeira Jr Dal Vechio Nunes Mollo Neto Lobo Storti Gaiga Dias amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia scolecoides Vanzolini 1961Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-Sem-Pata

Bachia trisanale (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823)Nomes populares Briba Calango-Liso Cobra-de-Vidro Lagartixa-de-Vidro Lagarto-Liso

Brasiliscincus caissara (Rebouccedilas-Spieker 1974)Nome popular Calango-Liso-da-Restinga

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)Nomes populares Briba Calango-Liso Lagarto-do-Folhiccedilo

Calyptommatus confusionibus Rodrigues Zaher amp Curcio 2001Nome popular Lagarto-Escrivatildeo

Calyptommatus leiolepis Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus nicterus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Caparaonia itaiquara Rodrigues Cassimiro Pavan Curcio Verdade amp Pellegrino 2009Nome popular desconhecido

149

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cercosaura argula Peters 1862Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura bassleri Ruibal 1952Nome popular desconhecido

Cercosaura eigenmanni (Griffin 1917)Nomes populares Calango-da-Maacutescara-Branca Calanguinho-de-Maacutescara Lagartinho-de-Maacutes-cara Lagartinho-de-Maacutescara-Branca Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura ocellata Wagler 1830Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho Lagartinho-Listra-do Lagartinho-Pintado Lagartixa Lagartixa-Listrada Lagarto-do-folhiccedilo Teiuacute-Pigmeu

Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger 1885)Nome popular Lagarto-da-Terra

Cercosaura parkeri (Ruibal 1952)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo-do-Pantanal

Cercosaura quadrilineata Boettger 1876Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-do-Rabo-Grande Lagartixa-de-Quatro--Listras

Cercosaura schreibersii Wiegmann 1834Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-de-Maacutescara Lagartinho-do-Rabo-Gran-de Lagartinho-Liso Lagartixa Lagartixa-Comum Lagartixa-Marrom

Chatogekko amazonicus (Andersson 1918)Nomes populares Lagartixa Lagartixinha

Cnemidophorus cryptus Cole amp Dessauer 1993Nomes populares Calango Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Violeiro

Cnemidophorus gramivagus McCrystal amp Dixon 1987Nome popular Calango

Cnemidophorus lemniscatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-Azul Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Lagartixa--Azul Lagartinho-Listrado

Coleodactylus brachystoma (Amaral 1935)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixinha-Anatilde

150

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Coleodactylus elizae Gonccedilalves Torquato Skuk amp Sena 2012Nome popular desconhecido

Coleodactylus meridionalis (Boulenger 1888)Nomes populares Briba Calanguinho Lagartixa Lagartinho Lagartixinha-Anatilde Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus natalensis Freire 1999Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus septentrionalis Vanzolini 1980Nome popular desconhecido

Colobodactylus dalcyanus Vanzolini amp Ramos 1977Nome popular Lagartinho-do-folhedo

Colobodactylus taunayi Amaral 1933Nome popular desconhecido

Colobosaura modesta (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-cobra Calanguinho Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo La-garto Lagarto-do-Folhiccedilo

Colobosauroides carvalhoi Soares amp Caramaschi 1998Nome popular desconhecido

Colobosauroides cearensis Cunha Lima-Verde amp Lima 1991Nome popular desconhecido

Contomastix lacertoides (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagartixa-Listrada Lagartixa-Verde Tiuacute-da-Areia Lagartinho-Listrado-da--Restinga

Contomastix vacariensis (Feltrim amp Lema 2000)Nomes populares Lagartinho-de-Vacaria Lagartinho-Pintado Lagartinho-Pintado-do-Campo Lagartixa-Pintada

Copeoglossum arajara (Rebouccedilas-Spieker 1981)Nome popular Calango-Liso

Copeoglossum nigropunctatum (Spix 1825)Nomes populares Briba-Brilhante Calango Calango-Cobra Calango-Liso Lagarto-Brilhante Lagarto-de-Vidro Lagarto-Liso Viacutebora

Crocodilurus amazonicus (Spix 1825)Nomes populares Calango-Drsquoaacutegua Jacarerana Jacaruxi

151

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dactyloa dissimilis (Williams 1965)Nome popular Papa-Vento

Dactyloa nasofrontalis (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-Vento

Dactyloa phyllorhina (Myers amp Carvalho 1945)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa punctata (Daudin 1802)Nomes populares Anoles Calango-Verde Camaleatildeo Lagartixa-Verde-da-Amazocircnia Lagarto--Verde Papa-Vento

Dactyloa transversalis (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular Papa-Vento

Diploglossus fasciatus (Gray 1831)Nomes populares Briba Calango-Coral Calango-Liso Cobra-de-Patas Lagarto-Coral Viacutebora

Diploglossus lessonae Peracca 1890Nomes populares Briba Briba-que-Vira-Cobra Calango-Coral Calango-Liso Lagarto-Coral

Dracaena guianensis Daudin 1801Nomes populares Cabeccedila-Encarnada Jacarerana Jacaruxi Jacuruxi Lagarto-Jacareacute

Dracaena paraguayensis Amaral 1950Nomes populares Lagarto-Jacareacute Viacutebora-do-Pantanal

Dryadosaura nordestina Rodrigues Freire Pellegrino amp Sites 2005Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Ecpleopus gaudichaudii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Lagartinho-da-Mata Lagartinho-do-Rabo-Liso Lagartinho-da-Serra-do-Mar

Enyalioides laticeps (Guichenot 1855)Nome popular Papa-Vento

Enyalioides palpebralis (Boulenger 1883)Nome popular desconhecido

Enyalius bibronii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Lagarto-verde Papa-Vento

152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Enyalius bilineatus Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Camaleatildeozinho-do-Cerrado Camaleatildeozinho-de-Duas-Lis-tras Papa-Vento

Enyalius boulengeri Etheridge 1969Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius brasiliensis (Lesson 1828)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius catenatus (Wied 1821)Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius erythroceneus Rodrigues Freitas Silva amp Bertolotto 2006Nome popular desconhecido

Enyalius iheringii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Iguaninha Iguaninha-Verde Papa-Vento Sinimbuacute-Verde

Enyalius leechii (Boulenger 1885)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius perditus Jackson 1978Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius pictus (Schinz 1822)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Eurolophosaurus amathites (Rodrigues 1984) Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus divaricatus (Rodrigues 1986)Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus nanuzae (Rodrigues 1981)Nome popular desconhecido

Exila nigropalmata (Andersson 1918)Nome popular desconhecido

Glaucomastix abaetensis (Dias Rocha amp Vrcibradic 2002)Nomes populares Calango-do-Abaeteacute Lagartinho-de-Abaeteacute Lagartixa-de-Abaeteacute

Glaucomastix cyanura (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango

153

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Glaucomastix littoralis (Rocha Arauacutejo Vrcibradic amp Costa 2000)Nome popular Lagarto-da-Cauda-Verde

Glaucomastix venetacauda (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango-da-Cauda-Azulada

Gonatodes annularis Boulenger 1887Nomes populares Briba Lagartixa Osga

Gonatodes eladioi Nascimento Avila-Pires amp Cunha 1987Nomes populares Briba Lagartixa

Gonatodes hasemani Griffin 1917Nomes populares Lagartinho-Pintado Lagartixa

Gonatodes humeralis (Guichenot 1855)Nomes populares Lagartinho-Bicudo Lagartinho-Colorido Lagartinho-Pintado Lagartixa La-gartixa-da-Mata Lagartixinha-Amazocircnica Lagarto Lagarto-do-Folhiccedilo

Gonatodes nascimentoi Sturaro amp Avila-Pires 2011Nome popular Lagartixa

Gonatodes tapajonicus Rodrigues 1980Nome popular Lagartixa

Gymnodactylus amarali Barbour 1925Nomes populares Briba Lagartixa

Gymnodactylus darwinii (Gray 1845)Nomes populares Lagartixa Lagartixa-da-Mata Lagartixa-Nativa

Gymnodactylus geckoides Spix 1825Nomes populares Briba Lagartinho Lagartixa Lagartixa-do-Cerrado

Gymnodactylus guttulatus Vanzolini 1982Nome popular Briba

Gymnodactylus vanzolinii Cassimiro amp Rodrigues 2009Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus leucomystax Vanzolini amp Carvalho 1991Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus underwoodi Grant 1958Nome popular desconhecido

154

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Gymnophthalmus vanzoi Carvalho 1999Nome popular Briba

Hemidactylus agrius Vanzolini 1978Nomes populares Briba Lagartixa Osga Viacutebora

Hemidactylus brasilianus (Amaral 1935)Nomes populares Briba Briba-do-Rabo-Grosso Lagartixa Lagartixa-do-Rabo-Grosso

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnegraves 1818)Nomes populares Briba Briba-da-Casa Briba-de-Casa Camaleatildeo Crocodilinho-de-Parede Ge-co-das-Casas Jacareacute-de-Parede Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Africana Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-de-Casa Lagartixa-de-Cobreiro Lagartixa-de-Parede Lagartixa-Domeacutestica Lagarti-xa-Domeacutestica-Tropical Osga Sardatildeo Taruiacutera Viacutebora

Hemidactylus palaichthus Kluge 1969Nomes populares Briba Jacareacute-de-Parede Lagartixa Lagartixa-da-Parede Osga

Heterodactylus imbricatus Spix 1825Nome popular desconhecido

Heterodactylus lundii Reinhardt amp Luetken 1862Nome popular Briba Calango-que-Vira-Cobra Cobra-de-Peacute Cobra-de-Vidro Cobrinha

Heterodactylus septentrionalis Rodrigues Freitas amp Silva 2009Nome popular desconhecido

Homonota uruguayensis (Vaz-Ferreira amp Sierra de Soriano 1961)Nomes populares Camaratildeozinho Geco-do-Campo Geco-dos-Campos Geco-Uruguaio

Hoplocercus spinosus Fitzinger 1843Nomes populares Jacarezinho-da-Chapada Jacarezinho-do-Cerrado Lagarto-Espinhoso La-garto-de-Cauda-Espinhosa Lagarto-de-Cauda-Espinhuda Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Lagarto--Roseta Pitoco Rabo-de-Roseta

Iguana iguana (Linnaeus 1758)Nomes populares Camaleatildeo Iguana Iguana-Verde Sinimbu Tejubuacute Tijubuacute

Iphisa elegans Gray 1851Nomes populares Briba Calango Calango-Cobra Lagartinho-de-Folhiccedilo Lagartixa Lagarto-da--Terra Lagarto-de-Folhiccedilo

Kentropyx altamazonica (Cope 1875)Nomes populares Calango Calango-Verde Calanguinho Iguaninha Lagarto

155

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Kentropyx calcarata Spix 1825Nomes populares Calango Calango-Drsquoaacutegua Calango-da-Mata Calango-Verde Calanguinho La-garto Lagarto-da-Mata

Kentropyx paulensis (Boettger 1893)Nomes populares Calango Calanguinho

Kentropyx pelviceps Cope 1868Nomes populares Calango Chicote-da-Floresta Lagarto

Kentropyx striata (Daudin 1802)Nomes populares Calango Lagarto

Kentropyx vanzoi Gallagher amp Dixon 1980Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-Listrado

Kentropyx viridistriga (Boulenger 1894)Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-de-Listras-Verdes

Lepidoblepharis heyerorum Vanzolini 1978Nome popular desconhecido

Lepidoblepharis hoogmoedi Avila-Pires 1995Nome popular desconhecido

Leposoma annectans Ruibal 1952Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Leposoma baturitensis Rodrigues amp Borges 1997Nome popular desconhecido

Leposoma nanodactylus Rodrigues 1997Nome popular desconhecido

Leposoma puk Rodrigues Dixo Pavan amp Verdade 2002Nome popular desconhecido

Leposoma scincoides Spix 1825Nome popular Lagartinho Teiuacute-Pigmeu

Leposoma sinepollex Rodrigues Teixeira Jr Recoder Dal Vechio Damasceno amp Pellegrino 2013Nome popular desconhecido

Liolaemus arambarensis Verrastro Veronese Bujes amp Dias-Filho 2003Nome popular Lagartixa-das-Dunas

156

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Liolaemus lutzae Mertens 1938Nomes populares Lagartixa-de-Areia Lagartinho-Branco-da-Areia Lagartinho-Branco-da-Praia

Liolaemus occipitalis Boulenger 1885Nomes populares Lagartinho-das-Dunas Lagartinho-da-Praia Lagartixa-da-Areia Lagartixa--das-Dunas Lagartixa-da-Praia

Loxopholis ferreirai (Rodrigues amp Avila-Pires 2005)Nome popular desconhecido

Loxopholis guianense (Ruibal 1952)Nomes populares Briba Calango Lagartixa

Loxopholis osvaldoi (Avila-Pires 1995)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Loxopholis percarinatum (Muumlller 1923)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Loxopholis snethlageae (Avila-Pires 1995)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Lygodactylus klugei (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Bribinha Lagartixa-Anatilde Osguinha

Lygodactylus wetzeli (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Briba Lagartixa-Anatilde

Manciola guaporicola (Dunn 1935)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

Marinussaurus curupira Peloso Pellegrino Rodrigues amp Avila-Pires 2011Nome popular desconhecido

Micrablepharus atticolus Rodrigues 1996Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-de-Rabo-Azul

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-Cauda--Azul Piolho-de-Cobra

Neusticurus bicarinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Lagartinho-de-Maacutescara-Alaranjada Lagarto-de-Folhiccedilo

Neusticurus racenisi Roze 1958Nome popular desconhecido

157

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Neusticurus rudis Boulenger 1900Nome popular Calango-Drsquoaacutegua

Nothobachia ablephara Rodrigues 1984Nome popular desconhecido

Notomabuya frenata (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-Liso Lagartixa Lagarto-Liso Scinco-Chacoense Scinco--Cinzento Scinco-Prateado

Ophiodes enso Entiauspe-Neto Marques-Quintela Regnet Teixeira Silveira amp Loebmann 2017Nome popular desconhecido

Ophiodes fragilis (Raddi 1820)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes striatus (Spix 1825)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes yacupoi Gallardo 1966Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Panopa carvalhoi (Rebouccedilas-Spieker amp Vanzolini 1990)Nome popular Lagarto-Liso

Phyllopezus lutzae (Loveridge 1941)Nome popular Briba Lagartixa-de-Bromeacutelia

Phyllopezus periosus Rodrigues 1986Nomes populares Briba Briba-Gigante Lagartixa

Phyllopezus pollicaris (Spix 1825)Nomes populares Briba Briba-de-Parede Lagartixa Lagartixa-de-Parede Lagartixa-de-Pedra Sardatildeo Viacutebora

Phyllopezus przewalskii Koslowsky 1895Nomes populares Lagartixa-de-Pedra Lagartixa-do-Cerrado

158

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Placosoma cipoense Cunha 1966Nome popular Lagartinho-do-Cipoacute

Placosoma cordylinum Tschudi 1847Nome popular desconhecido

Placosoma glabellum (Peters 1870)Nomes populares Lagartinho Lagartinho-do-Rabo-Grande

Placosoma limaverdorum Borges-Nojosa Caramaschi amp Rodrigues 2016Nome popular desconhecido

Plica plica (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-da-Aacutervore Calango-da-Mata Calango-Seringueiro Iguaninha La-garto-de-Aacutervore Tamaquareacute

Plica umbra (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-da-Aacutervore Iguaninha Lagarto-de-Aacutervore Papa-Vento Tamaquareacute

Polychrus acutirostris Spix 1825Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Camaleatildeo Camaleatildeo-Preguiccedila Camaleatildeozi-nho Catatau Falso-Camaleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Polychrus liogaster Boulenger 1908Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Polychrus marmoratus (Linnaeus 1758)Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Calango-Verde Camaleatildeo Catatau Falso-Ca-maleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento Papa-Vento-Verde

Potamites ecpleopus (Cope 1875)Nome popular desconhecido

Potamites juruazensis (Avila-Pires amp Vitt 1998)Nome popular desconhecido

Procellosaurinus erythrocercus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Procellosaurinus tetradactylus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Pseudogonatodes gasconi Avila-Pires amp Hoogmoed 2000Nome popular desconhecido

159

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Pseudogonatodes guianensis Parker 1935Nomes populares Briba Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-Pequeno Lagartixa

Psilops mucugensis Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Nunes Freitas Fernan-des Bocchiglieri Dal Vechio Leite Nogueira Damasceno Pellegrino Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psilops paeminosus (Rodrigues 1991)Nome popular desconhecido

Psilops seductus Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Sales-Nunes Freitas Fer-nandes Bocchiglieri Vechio Fortes-Leite Campos Nogueira Damasceno Machado Pellegrino Suzart-Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psychosaura agmosticha (Rodrigues 2000)Nome popular Viacutebora

Psychosaura macrorhyncha (Hoge 1947)Nome popular Briba Viacutebora

Ptychoglossus brevifrontalis Boulenger 1912Nomes populares Briba Calango Lagartixa Lagarto

Rhachisaurus brachylepis (Dixon 1974)Nomes populares Lagartinho Lagarto-do-Folhiccedilo

Rondonops biscutatus Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pelle-grino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular Lagartinho-de-Folhiccedilo

Rondonops xanthomystax Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pellegrino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular desconhecido

Salvator duseni Loumlnnberg in Loumlnnberg amp Andersson 1910Nomes populares Teiuacute Teiuacute-do-Cerrado Teiuacute-Paraense

Salvator merianae Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Jacuraru Lagarto Lagarto-Comum Lagarto-Tejo Tegu Teiuacute Teiuaccedilu Teiuacute--Accedilu Teiuacute-Branco Teiuacute-Brasileiro Teiuacute-Comum Teiuacute-Gigante Tejo Teju Tejuacute Tejuaccedilu Tejuacute--Accedilu Tejuguaccedilu Tiju Tiuacute Tiuacute-Accedilu

Scriptosaura catimbau Rodrigues amp Santos 2008Nome popular desconhecido

160

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Stenocercus albolineatus Teixeira Jr Prates Nisa Silva Struumlssmann amp Rodrigues 2015Nomes populares Dragatildeozinho Iguaninha-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus azureus (Muumlller 1882)Nomes populares Iguaninha-Azul Lagartixa-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus caducus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Coleira Dragatildeozinho

Stenocercus dumerilii (Steindachner 1867)Nomes populares Calango Dragatildeozinho Iguana-de-Rabo-Curto

Stenocercus fimbriatus Avila-Pires 1995 Nome popular desconhecido

Stenocercus quinarius Nogueira amp Rodrigues 2006Nomes populares Calango Dragatildeozinho Lagarto-de-Chifres

Stenocercus roseiventris DrsquoOrbigny in Dumeacuteril amp Bibron 1837Nome popular desconhecido

Stenocercus sinesaccus Torres-Carvajal 2005Nomes populares Calango Dragatildeozinho

Stenocercus squarrosus Nogueira amp Rodrigues 2006Nome popular desconhecido

Stenocercus tricristatus (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular desconhecido

Stenolepis ridleyi Boulenger 1887Nome popular desconhecido

Strobilurus torquatus Wiegmann 1834Nome popular Lagarto-de-Cauda-Espinhosa Lagartixa

Teius oculatus (DrsquoOrbigny amp Bibron 1837)Nomes populares Lagartixa Lagarto-Verde Teiuacute Teju-Verde Tiuacute-Verdadeiro Tiuacute-Verde

Teius teyou (Daudin 1802)Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-Verde

Thecadactylus rapicauda (Houttuyn 1782)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixa-da-Amazocircnia Osga Osga-Gigante

Thecadactylus solimoensis Bergmann amp Russell 2007Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixatildeo Osga

161

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Trachylepis atlantica (Schmidt 1945)Nome popular Mabuia-de-Noronha

Tretioscincus agilis (Ruthven 1916)Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartinho-de-Rabo-Azul Lagartixa

Tretioscincus oriximinensis Avila-Pires 1995Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartixa

Tropidurus callathelys Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Papa-Vento Calango-de-Pedra-Pintado

Tropidurus catalanensis Gudynas amp Skuk 1983Nomes populares Calango Lagartixa-Cinzenta Lagartixa-Espinhosa Lagartixa-Preta Papa--Vento Tropiduro-Comum

Tropidurus chromatops Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Calango-de-Maacutescara-Azul Papa-Vento

Tropidurus cocorobensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus erythrocephalus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus etheridgei Cei 1982Nomes populares Calango Calango-de-Colar Papa-Vento

Tropidurus guarani Alvarez Cei amp Scolaro 1994Nome popular Calango

Tropidurus helenae (Manzani amp Abe 1990)Nomes populares Calango Labigoacute Lagarto

Tropidurus hispidus (Spix 1825)Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Comum Calango-do-Cerrado Calango-Grande Calango-Urbano Catende Catenga Catexa Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagartixa-Preta--de-Muro Lagarto Papa-Vento

Tropidurus hygomi Reinhardt amp Luetken 1861Nome popular Calango Catende Lagartixa-de-Restinga

Tropidurus imbituba Kunz amp Borges-Martins 2013Nome popular Calango

162

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tropidurus insulanus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus itambere Rodrigues 1987Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Grande Calango-Urbano Papa-Vento

Tropidurus jaguaribanus Passos Lima amp Borges-Nojosa 2011Nome popular Calango-de-Lajeiro

Tropidurus lagunablanca Carvalho 2016Nomes populares Calango Calango-Colorido Calango-Pintadinho Dragatildeozinho-Colorido Papa-Vento

Tropidurus montanus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-da-Montanha Lagarto-da-Pedra

Tropidurus mucujensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus oreadicus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Lagartixa Lagarto Lagarto--da-Pedra Lagarto-de-Parede

Tropidurus pinima (Rodrigues 1984)Nome popular Leixa

Tropidurus psammonastes Rodrigues Kasahara amp Yonenaga-Yasuda 1988Nome popular Calango

Tropidurus semitaeniatus (Spix 1825)Nomes populares Calango-do-Lageiro Catende Lagartixa Lagartixa-do-Lajedo Lagartixa-do--Lajeiro

Tropidurus sertanejo Carvalho Sena Peloso Machado Montesinos Silva Campbell amp Rodri-gues 2016Nome popular Calango

Tropidurus spinulosus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Espinho Papa-Vento

Tropidurus torquatus (Wied 1820)Nomes populares Calango Calango-de-Muro Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagarto Lagarto-da-Pedra Lagarto-de-Parede Taraguira Trauiacutera

163

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tupinambis cryptus Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis cuzcoensis Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis longilineus Avila-Pires 1995Nomes populares Jacuraru Teiuacute Teiuacute-Comprido Teju

Tupinambis palustris Manzani amp Abe 2002Nome popular Teiuacute-Palustre

Tupinambis quadrilineatus Manzani amp Abe 1997Nomes populares Teiuacute Teiuacute-Amarelo Teiuacute-de-Quatro-Linhas Teju

Tupinambis teguixin (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacuaru Jacuraru Jacuruaru Lagartiu Lagarto Tegu Teiuacute Teiuacute-Accedilu Tejo Tejo-Drsquoaacutegua Teju Tejuaccedilu

Uracentron azureum (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Verde Lagarto-Espinhoso Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Tamaquareacute--de-Espinho

Uracentron flaviceps (Guichenot 1855)Nome popular Lagarto-Espinhoso

Uranoscodon superciliosus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Cabeccediludo Dragatildeozinho-Cabeccediludo Iguaninha Lagarto Tamacuareacute Tamaquareacute Tamaquareacute-Drsquoaacutegua

Urostrophus vautieri Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Iguana-Rajada Papa-Vento Papa-Vento-de-Barriga-Listrada

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura rubricauda (Boulenger 1902)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura savanicola Recoder Werneck Teixeira Jr Colli Sites amp Rodrigues 2014Nomes populares Calango-da-Savana Calango-Listrado Lagarto-de-Rabo-Vermelho

Varzea altamazonica (Miralles Barrio-Amoroacutes Rivas amp Chaparro-Auza 2006)Nome popular Calango

164

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Varzea bistriata (Spix 1825)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

SERPENTES (Cobras amp Serpentes)

Amerotyphlops amoipira (Rodrigues amp Juncaacute 2002)Nome popular Cobra-Cega-das-Dunas

Amerotyphlops arenensis Graboski Pereira-Filho Silva Prudente amp Zaher 2015Nome popular desconhecido

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini 1976)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-de-Espinho-Comum Cobra-Cega-de-Espinho-Mar-rom Cobra-Cega-Marrom Cobra-da-Terra

Amerotyphlops minuisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops paucisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops reticulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Minhoca Minhocatildeo

Amerotyphlops yonenagae (Rodrigues 1991)Nome popular Cobra-Cega-do-Satildeo-Francisco

Amnesteophis melanauchen (Jan amp Sordelli 1866)Nome popular desconhecido

Anilius scytale (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Coral Coral-DrsquoAacutegua Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis adhara Franccedila Barbo Silva-Juacutenior Silva amp Zaher 2018Nome Popular desconhecido

Apostolepis albicollaris Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ambiniger (Peters 1869)Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ammodites Ferrarezzi Barbo amp Albuquerque 2005Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

165

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis arenaria Rodrigues 1992Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

Apostolepis assimilis (Reinhardt 1861)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto Coral-Falsa Falsa--Coral

Apostolepis borelli Peracca 1904Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis cearensis Gomes 1915Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Coral-Falsa Coralzinha Falsa-Coral

Apostolepis cerradoensis Lema 2003Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis christineae Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis dimidiata (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis flavotorquata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Apostolepis gaboi Rodrigues 1992Nome popular Cobra-Rainha-das-Dunas

Apostolepis goiasensis Prado 1942Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis intermedia Koslowsky 1898Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis kikoi Santos Entiauspe-Neto Silva-Arauacutejo Souza Lema Struumlssmann amp Albuquer-que 2018 - Nome Popular desconhecido

Apostolepis lineata Cope 1887Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis longicaudata Gomes in Amaral 1921Nome popular Cobra-da-Terra Cobrinha-da-Terra

Apostolepis nelsonjorgei Lema amp Renner 2004Nome popular Cobrinha-da-Terra

166

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis nigrolineata (Peters 1869)Nomes populares Cobra-Cega Falsa-Coral

Apostolepis nigroterminata Boulenger 1896Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis phillipsi Harvey 1999Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis polylepis Amaral 1922Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis quinquelineata Boulenger 1896Nome popular Cobra-da-Terra

Apostolepis quirogai Giraudo amp Scrocchi 1998Nome popular Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto

Apostolepis roncadori Lema 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis serrana Lema amp Renner 2006Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-da-Serra-do-Roncador

Apostolepis striata Lema 2004Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-Estriada

Apostolepis tertulianobeui Lema 2004Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis thalesdelemai Borges-Nojosa Lima Bezerra amp Harris 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis vittata (Cope 1887)Nome popular Cobrinha-da-Terra

Atractus aboiporu Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus albuquerquei Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus alphonsehogei Cunha amp Nascimento 1983Nome popular desconhecido

167

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus altagratiae Passos amp Fernandes 2008Nome popular desconhecido

Atractus badius (Boie 1827)Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus boimirim Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus caete Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra-da-Floresta

Atractus caxiuana Prudente amp Santos-Costa 2006Nome popular desconhecido

Atractus collaris Peracca 1897 Nome Popular desconhecido

Atractus dapsilis Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus edioi Silva Jr Silva Ribeiro Souza amp Souza 2005Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus elaps (Guumlnther 1858)Nome popular desconhecido

Atractus emmeli (Boettger 1888)Nome Popular desconhecido

Atractus flammigerus (Boie 1827)Nome popular desconhecido

Atractus francoi Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus guentheri (Wucherer 1861)Nome popular Coral-Falsa

Atractus hoogmoedi Prudente amp Passos 2010Nome popular desconhecido

Atractus insipidus Roze 1961Nome popular desconhecido

168

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus latifrons (Guumlnther 1868)Nomes populares Coral Falsa-Coral

Atractus maculatus (Guumlnther 1858)Nome popular Coral-Falsa

Atractus major Boulenger 1894Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral

Atractus natans Hoogmoed amp Prudente 2003Nome popular desconhecido

Atractus pantostictus Fernandes amp Puorto 1994Nome popular Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus paraguayensis Werner 1924Nomes populares Cobra-Coral-da-Terra Cobra-de-Terra-Listrada Cobrinha-da-Terra Falsa--Coral

Atractus poeppigi (Jan 1862)Nome popular desconhecido

Atractus potschi Fernandes 1995Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus reticulatus (Boulenger 1885)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Cobra-de-Terra-Comum Cobra-Reticulada Cobra-Tijolo Cobrinha-da-Terra Fura-Terra Fura-Terra-Reticulada

Atractus riveroi Roze 1961Nome popular desconhecido

Atractus ronnie Passos Fernandes amp Borges-Nojosa 2007Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus serranus Amaral 1930Nome popular desconhecido

Atractus snethlageae Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus spinalis Passos Teixeira Jr Recoder Sena Dal Vechio Pinto Mendonccedila Cassimiro amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

169

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus surucucu Prudente amp Passos 2008Nome popular desconhecido

Atractus tartarus Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus thalesdelemai Passos Fernandes amp Zanella 2005Nomes populares Cobra-da-Terra-do-Sul Cobrinha-da-Terra

Atractus torquatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Atractus trefauti Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus trihedrurus Amaral 1926Nome popular Cobra-da-Terra Coral Coral-Falsa

Atractus trilineatus Wagler 1828Nome popular desconhecido

Atractus zebrinus (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Rajada Cobrinha-da-Terra Coral-Falsa Fura-Terra

Atractus zidoki Gasc amp Rodrigues 1979Nome popular desconhecido

Boa constrictor Linnaeus 1758Nomes populares Anaconda Boiuccedilu Cobra-de-Veado Ctaia Jauacanga Jiboia Jiboia-Branca Jiboia-Cinzenta Jiboia-da-Cauda-Vermelha Jiboia-do-Cerrado Kuong-Kuong Salamanta-Boi Suaccedilu

Boiruna maculata (Boulenger 1896)Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral (juvenil) Coral-Falsa Limpa-Mato Lim-pa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum Mussurana

Boiruna sertaneja Zaher 1996Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Bothrocophias hyoprora (Amaral 1935)Nomes populares Cuiama-Nariguda Focinho-de-Porco Jararaca Jararaca-Bico-de-Folha Jara-raca-Bicuda Jararaca-de-Focinho-Levantado Jararaca-Nariguda

Bothrocophias microphthalmus (Cope 1875)Nomes Populares Jararaca Jararaca-Bicuda Jararaca-Nariguda

170

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops alcatraz Marques Martins amp Sazima 2002Nome popular Jararaca-de-Alcatrazes

Bothrops alternatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Cruzeira Cruzeiro Jararaca-de--Agosto Jararaca-do-Rabo-de-Porco Jararaca-Rabo-de-Porco Rabo-de-Mulita Urutu Urutu--Cruzeira Urutu-Cruzeiro

Bothrops atrox (Linnaeus 1758)Nomes populares Acuamboacuteia Boca-Podre Cambeacuteua Caiccedilaca Caiccedilara Comboia Cuamboia Japoboia Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-Accedilu Jararaca-da-Amazocircnia Jararaca-do-Amazonas Ja-raraca-do-Norte Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Gratildeo-de-Arroz Jararacarana Mapanare Surucucu Surucucu-da-Vaacuterzea Surucucu-do-Barranco Surucucurana

Bothrops bilineatus (Wied 1821)Nomes populares Bico-de-Papagaio Cobra-Papagaio Igbigracuatilde Jararaca Jararaca-Pinta-de--Ouro Jararaca-Verde Oricana Ouricana Papagaia Paraamboia Paramboia Patioba Periqui-tamboia Pindoba Pinta-de-Ouro Surucucu-de-Ouricana Surucucu-de-Patioba Surucucu-de--Pindoba Surucucu-Pinta-de-Ouro Uriccedilana

Bothrops brazili Hoge 1954Nomes populares Jararaca Jararaca-Vermelha Jararacuccedilu Jararacuccedilu Surucucurana-de-Fo-go Surucucu-Vermelha

Bothrops cotiara (Gomes 1913)Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Jararaca Jararaca-da-Barriga-Pre-ta Jararaca-Preta

Bothrops diporus Cope 1862Nomes populares Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca-do-Chaco Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Argentina Jararaca-Pintada-do-Sul

Bothrops erythromelas Amaral 1923Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Avermelhada Jararaca-Malha-de--Cascavel Jararaca-da-Seca Jararaca-da-Caatinga Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca-Rosada Jara-raca-Vermelha Jararaquinha Jararacussu Jararaca-da-Folha-Seca

Bothrops fonsecai Hoge amp Belluomini 1959Nomes populares Cotiara Cotiara-Estrela Jararaca-das-Montanhas Jararaca-Estrela Urutu Urutu-da-Serra

Bothrops insularis (Amaral 1922)Nome popular Jararaca-Ilhoa

171

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops itapetiningae (Boulenger 1907)Nomes populares Boipeva Cotiarinha Jararaca Jararaquinha Jararaquinha-do-Campo

Bothrops jararaca (Wied 1824)Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caiccedilaca Caissaca Cola-Branca Jaraca Ja-racaacute Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Quatro-Ventas Jaracuccedilu-Venenoso Jararaca Jararaca-Comum Ja-raraca-da-Mata-Virgem Jararaca-do-Campo Jararaca-do-Mato Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Dormideira Jararaca-Dorminhoca Jararaca-Preguiccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso Ja-raraca-Verdadeira Malha-de-Sapo Patrona Preguiccedilosa Quatro-Ventas Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Bothrops jararacussu Lacerda 1884Nomes populares Cabeccedila-de-Sapo Jaracuccedilu-Malha-de-Sapo Jaracuccedilu-Tapete Jaracuccedilu-Vene-noso Jaracuccedilu-Verdadeiro Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Cabeccedila-de-Sapo Jararacuccedilu-Ta-pete Jararacuccedilu-Verdadeira Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Sapo Surucucu-Dourado Surucucu-Tapete Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Dourado Urutu-Estrela Urutu-Preta Urutu-Preto

Bothrops leucurus Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caissaca Capangueiro Cobra-de-Quatro--Ventas Cobra-do-Rabo-Branco Jaracuccedilu Jaracuccedilu-de-Quatro-Ventras Jararaca Jararaca--Baiana Jararaca-Bahiana Jararaca-da-Cauda-Branca Jararaca-do-Rabo-Branco Malha-de--Sapo Quatro-Ventas

Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro 1915)Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-do-Cerrado Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca--Pintada Tira-Peia

Bothrops marajoensis Hoge 1966Nomes populares Caissaca-de-Marajoacute Jararaca

Bothrops marmoratus Silva amp Rodrigues 2008Nomes populares Jararaca Jararaca-Marmorata Jararaca-Pintada

Bothrops mattogrossensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-Pintada

Bothrops moojeni Hoge 1966Nomes populares Boipeva Bopeva Caiccedilaca Caiccedilara Caissaca Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-de--Vereda Jararaca-do-Cerrado Jararacatildeo Jararaquinha-do-Rabo-Branco

Bothrops muriciensis Ferrarezzi amp Freire 2001Nomes populares Jararaca Jararaca-de-Alagoas Jararacuccedilu

172

Bothrops neuwiedi Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Jararaca Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Bran-co Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Rabo-de-Osso Malha-de-Sapo Rabo-de-Osso Tire-Peia

Bothrops otavioi Barbo Grazziotin Sazima Martins amp Sawaya 2012Nome popular Jararaca-de-Vitoacuteria

Bothrops pauloensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Cruzeira Ja-raraca-de-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararacussu Jararaquinha Rabo-de-Osso Urutu

Bothrops pirajai Amaral 1923Nomes populares Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Tapete Jararacuccedilu-da--Bahia Patrona Tapete

Bothrops pubescens (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-CapangaCruzeira Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-do-Sul Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Uruguaia

Bothrops sazimai Barbo Gasparini Almeida Zaher Grazziotin Gusmatildeo Ferrarini amp Sawaya 2016Nome popular desconhecido

Bothrops taeniatus Wagler in Spix 1824Nomes populares Comboia Japoboia Jararaca-Amarela Jararaca-Cinza Jararaca-Cinzenta Jararaca-Estrela Jararaca-Musgo Jararaca-Tigrina Jararaquinha

Caaeteboia amarali (Wettstein 1930)Nome popular Cobrinha-Marrom-do-Litoral Cobrinha-Marrom-da-Restinga

Calamodontophis paucidens (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Espada-dos-Pampas Cobra-Espada-Xadrez Falsa-Cobra-Espada

Calamodontophis ronaldoi Franco Cintra amp Lema 2006Nomes populares Cobra-Espada-do-Paranaacute

Cercophis auratus (Schlegel 1837)Nomes populares Bicuda Cipoacute-Liquenosa Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Metaacutelica Cobra-de-Bronze Cobra-Liacutequen

Chironius bicarinatus (Wied 1820)Nomes populares Cainana Caninana-Verde Caninana-Verde-Comum Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute--Bicarinada Cobra-Espada Cobra-Verde Espia-Caminho Serra-Azul Voadeira

Chironius brazili Hamdan amp Fernandes 2015Nomes populares Caninana-Marrom-Listrada Cobra-Cipoacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

173

Chironius carinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boicipoacute Boitiaboia Boitipoacute Cainana Cipoacute Cobra-Cipoacute Cutimboia Sacaiboia Sacaiboia-Cipoacute Serra-Veia

Chironius diamantina Fernandes amp Hamdan 2014Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius dixoni Wiest 1978Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius exoletus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caninana Caninana-Verde-Oliva Caninana-Verde-Oriental Cipoacute Cobra-Ci-poacute Cobra-Cipoacute-Madura Cobra-Espada Espia-Caminho Voadeira

Chironius flavolineatus (Jan 1863)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boitipoacute Caninana-Marrom-Listrada Cipoacute Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Sacaiboia

Chironius foveatus Bailey 1955Nomes populares Caninana Caninana-Verde-de-Cabeccedila-Preta Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cipoacute Cobra-Espada Cobra-Verde Serra-Velha

Chironius fuscus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araboia Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de-Rio Cobra--Espada Espia-Caminho Papa-Ovo Sacaiboia Sururucu-de-Fogo Uiraacutepiagara Uropiagara

Chironius laevicollis (Wied 1824)Nomes populares Caninana-Preta Caninana Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de--Cabeccedila-Preta Cobra-Espada Papa-Pinto

Chironius maculoventris Dixon Wiest amp Cei 1993Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius multiventris Schmidt amp Walker 1943Nomes populares Cainana Cobra-Cipoacute Cobra-Verde Sacaiboia Serra-Veia

Chironius quadricarinatus (Boie 1827)Nomes populares Capitatilde-do-Campo Capitatildeo-do-Campo Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-Espada Corre-Campo Sacaiboia

Chironius scurrulus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Acutimboia Cobra-Cipoacute Sururucu-de-Fogo

Clelia clelia (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Muccedilurana-da--Amazocircnia Mussurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

174

Clelia hussami Morato Franco amp Sanches 2003Nome popular desconhecido

Clelia plumbea (Wied 1820)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Cobra--Preta Falsa-Coral (juvenil) Limpa-Campo Limpa-Mato Limpa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Sudeste Muccedilurana-de-Barriga-Branca Muccedilurana-do-Cerrado Muccedilura-na-Grande Mussurana Papa-Rato Rabo-de-Veludo Surucucu-Chumbo

Corallus batesii (Gray 1860)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Bico-de-Papagaio Cobra-de-Papagaio Co-bra-Papagaio Cobra-Verde Papagaia Periquitaboia Periquitamboia

Corallus caninus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Cobra-Papagaio Cobra-Verde Periquita-boia Periquitamboia

Corallus cropanii (Hoge 1953)Nomes populares Boa-de-Cropani Boa-de-Cropan Jiboia-do-Ribeira Jiboia-Dourada

Corallus hortulanus (Linnaeus 1758)Nomes populares Boitinga Cobra-de-Veado Cobra-Veadeira Jiboia-Branca Salamanta Suaccedilu-boia Suassuboia Veadeira

Coronelaps lepidus (Reinhardt 1861)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-Coroada Cabeccedila-Preta-de-Faixa-Amarela Cobra-Coral Cobra-Coroada Cobra-da-Terra Cobra-Mineira Coral-Falsa Falsa-Coral Serpente-Coroada

Crotalus durissus Linnaeus 1758Nomes populares Boicinim Boicininga Boiccedilununga Boiquira Cascabel Cascaveacute Cascavel Cas-cavel-de-Quatro-Ventas Cascavelha Cobra-de-Chocalho Cobra-de-Guizo Cobra-do-Chocalho Maracaacute Maracaboia Maracamboia Surucucu-Cascavel

Dendrophidion atlantica Freire Caramaschi amp Gonccedilalves 2010Nome popular desconhecido

Dendrophidion dendrophis (Schlegel 1837)Nomes populares Boicipoacute Caccediladora Cobra-Cipoacute

Dipsas albifrons (Sauvage 1884)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande Quiriripitaacute

Dipsas alternans (Fischer 1885)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

175

Dipsas bucephala (Shaw 1802)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-Comum Jararaca Jararaquinha- Dormideira

Dipsas catesbyi (Sentzen 1796)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dormideira Dorminhoca Jararaquinha-Dormi-deira Papa-Lesma

Dipsas incerta (Jan 1863)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Dipsas indica Laurenti 1768Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-ca-Preguiccedilosa Jararaquinha-Pingo-de-Ouro Papa-Lesma Pingo-de-Ouro Quiriripitaacute

Dipsas lavillai Scrocchi Porto amp Rey 1993Nome popular Dormideira

Dipsas mikanii (Schlegel 1837)Nomes populares Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dormideira-de-Jardim Dorminho-ca Jaracuccedilu-Dormideira Jararaca-Preguiccedilosa Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas neuwiedi (Ihering 1911)Nomes populares Dormideira Dormideira-Anelada Dormideira-Cinzenta Dormideira-do-Mato Dormideira-Oriental Falsa-Jararaca Jaracuccedilu Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas pavonina Schlegel 1837Nomes populares Cobra-Cipoacute Dorminhoca Papa-Lesma

Dipsas sazimai Fernandes Marques amp Argocirclo 2010Nomes populares Come-Lesma Dormideira

Dipsas turgida (Cope 1868)Nomes populares Cobra-Lesma Dormideira Dormideira-Ocidental Dormideira-Rajada Dormideira-Tigrada Papa-Lesma

Dipsas variegata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-quinha-Dormideira

Dipsas ventrimaculata (Boulenger 1885)Nomes populares Dormideira Dormideira-Comum Dormideira-Grande Dormideira-Marrom Jararaca-de-Jardim Jararaquinha Papa-Lesma Urutuzinho

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

176

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel 1868)Nomes populares Cobra-Cipoacute-das-Aacutervores Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-de-Listras Corre-Cam-po Corredeira Parelheira-Listrada-do-Campo

Drepanoides anomalus (Jan 1863)Nomes populares Coral Cobra-Coral

Drymarchon corais (Boie 1827)Nomes populares Caninana Caninana-Balatildeo Guigraupiagoara Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto

Drymobius rhombifer (Guumlnther 1860)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber brazili (Gomes 1918)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber dichrous (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Corredeira Papa-Rato Rateira

Echinanthera amoena (Jan 1863)Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalomaculata Di-Bernardo 1994Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo 1996Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera cyanopleura (Cope 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-Grande-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera melanostigma (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Cobra-do-Folhiccedilo Jararaquinha-do-Campo Papa-Ratilde

Echinanthera undulata (Wied 1824)Nomes populares Corredeira-do-Mato-Ondulada Papa-Ratilde

Elapomorphus quinquelineatus (Raddi 1820)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Grande Cobra-Cinco-Linhas

Elapomorphus wuchereri Guumlnther 1861Nome popular Coral-Falsa

Epicrates assisi Machado 1945Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia Salamanta Serpente-de-Veado Ser-pente-Furta-Cor Uaccediluboacutei

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

177

Epicrates cenchria (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Cobra-de-Veado Jiboiacute Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Vermelha Salamanta Serpente-Furta-Cor Serpente-de-Veado Suaccedilu Surucucu-de-Fogo Uaccediluboacutei

Epicrates crassus Cope 1862Nomes populares Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Parda Salamanta Salamanta-do-Cerrado Salaman-ta-do-Sudeste Uaccediluboacutei

Epicrates maurus Gray 1849Nome popular Salamanta

Epictia albifrons (Wagler 1824)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-da-Guiana Minhoca

Epictia borapeliotes (Vanzolini 1996)Nomes populares Cobra-Chumbo Cobra-da-Terra Cobra-de-Chumbinho

Epictia clinorostris Arredondo amp Zaher 2010Nomes populares Cobra-Cega

Epictia munoai (Orejas-Miranda 1961)Nomes populares Cobra-Cega-Amarela Cobra-Cega-Minhoca-Comum Cobra-Cega-Sulina

Epictia striatula (Smith amp Laufe 1945)Nome popular desconhecido

Epictia tenella Klauber 1939 - Nome Popular Cobra-Cega-da-Guiana

Epictia vellardi (Laurent 1984)Nome popular Cobra-Cega

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus 1766)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-da-Falsa Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Anelada

Erythrolamprus almadensis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Espada Cobra-Drsquoaacutegua Corre-Campo-Pequena Jararaca-de-Barriga--Vermelha Jararaquinha-Comum Jararaquinha-do-Campo Parelheira

Erythrolamprus atraventer (Dixon amp Thomas 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus breviceps (Cope 1860)Nome popular Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

178

Erythrolamprus carajasensis (Cunha Nascimento amp Avila-Pires 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus cobellus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Selada Jararaca-Rajada Jararaquinha

Erythrolamprus dorsocorallinus (Esqueda Natera La Marca amp Ilija-Fistar 2007)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus frenatus (Werner 1909)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Falsa-Coral Parelheira

Erythrolamprus jaegeri (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Verde Cobra-Verde Corredeira-de-Barriga-Ver-melha Jararaquinha-do-Campo Jararaquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Verde Parelheira

Erythrolamprus macrosomus (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-da-Pastagem Cobra-Rainha-Meridional Cobra-Verde Jabotiboia Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus maryellenae (Dixon 1985)Nomes populares Cobra-Capim Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Parelheira

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-DrsquoAacutegua-Milhete Cobra-de-Banhado Cobra-do-Capim Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Amazocircnica-de-Barriga-Imaculada Cobra-Lisa-Serrana Jararaca (juve-nil) Jararaca-Drsquoaacutegua Parelheira

Erythrolamprus mossoroensis (Hoge amp Lima-Verde 1973)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Jararacuccedilu-Drsquoaacutegua Jararaquinha

Erythrolamprus oligolepis (Boulenger 1905)Nomes populares Cobra-de-Capim Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied 1824)Nomes populares Boipeva Casco-de-Burro Cobra-Corredeira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Caccedilote-Amarela Cobra-de-Capim Cobra-de-Jardim Cobra-de-Lixo Cobra-do-Capim Cobra-do-Lixo Cobra-Lisa Cobra-Verde Cobra-Verde-Argentina Cobra-Verde-do-Capim Co-ral-Falsa Falsa-Coral Jararaquinha Parelheira Peccedila-Nova Rainha

Erythrolamprus pygmaeus (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus reginae (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

179

Erythrolamprus rochai Ascenso Costa amp Prudente 2019Nome popular desconhecido

Erythrolamprus semiaureus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Pampeana Cobra-Preta-de-Banhado

Erythrolamprus taeniogaster (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Espada Jararaquinha Parelhei-ra Surucucu-de-Fogo

Erythrolamprus trebbaui (Roze 1958)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus typhlus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Lisa Cobra-Verde Corredeira-Verde Jararaquinha--Verde Parelheira

Erythrolamprus viridis (Guumlnther 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Cobra-Verde-da-Caatinga

Eunectes deschauenseei Dunn amp Conant 1936Nomes populares Anaconda Sucuri Sucuri-Malhada Anaconda-de-Manchas-Escuras

Eunectes murinus (Linnaeus 1758)Nomes populares Anaconda Aragboia Arigboia Boiaccedilu Boiccedilu Boiguaccedilu Boiuacutena Suaccediluboia Sucuri Sucuri-Comum Sucurijuacute Sucurijuba Sucuri-Preta Sucuriu Sucuriuacuteba Sucuriuacutena Sucuri-Verde Sucurujuba Viboratildeo

Eunectes notaeus Cope 1862Nomes populares Boiguaccedilu Curudiu Curundiu Quetomeniope Sucuri Sucuri-Amarela Sucurijuacute Sucuri-do-Pantanal Sucuriu

Gomesophis brasiliensis (Gomes 1918)Nomes populares Cobra-Bola Cobra-Buraqueira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-do-Lodo

Habrophallos collaris (Hoogmoed 1977)Nome popular desconhecido

Helicops angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana Trairamboia

Helicops apiaka Kawashita-Ribeiro Aacutevila amp Morais 2013Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

180

Helicops boitata Moraes-Da-Silva Amaro Nunes Struumlssmann Teixeira-Jr Andrade-Jr Sudreacute Recoder Rodrigues amp Curcio 2019Nome popular desconhecido

Helicops carinicaudus (Wied 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Preta Cobra-Drsquoaacutegua-do-Litoral

Helicops gomesi Amaral 1922Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops hagmanni Roux 1910Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops infrataeniatus (Jan 1868)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Meridional

Helicops leopardinus (Schlegel 1837)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Helicops modestus Guumlnther 1861Nomes populares Boipeva Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops nentur Costa Santana Leal Koroiva amp Garcia 2016Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Dama-DrsquoAacutegua

Helicops polylepis Guumlnther 1861Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops tapajonicus Frota 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops trivittatus (Gray 1849)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops yacu Rossman amp Dixon 1975Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrodynastes bicinctus (Herrmann 1804)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua Falsa-Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu

Hydrodynastes gigas (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipevaccedilu Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu-Piau Pepeva Sucuri Sucurirana Surucucu-do-Brejo Surucucu-do-Pantanal Surucucurana Surucutinga-do-Pantanal

Hydrodynastes melanogigas Franco Fernandes amp Bentin 2007Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua-Grande-do-Tocantins Jararacuccedilu-Piau Surucucu-do-Pantanal

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

181

Hydrops caesurus Scrocchi Ferreira Giraudo Aacutevila amp Motte 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrops martii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua

Hydrops triangularis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Imantodes cenchoa (Linnaeus 1758)Nomes populares Cipoacute-Olhuda Cobra-Cipoacute Cobra-Fio Dorme-Dorme Dormideira Dorminho-ca Jararaquinha Papa-Lesma

Imantodes lentiferus (Cope 1894)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira Dorminhoca

Lachesis muta (Linnaeus 1766)Nomes populares Bico-de-Jaca Cobra-Topete Cuiama-Pina Daya Pico-de-Jaca Surucucu Surucucu-Bico-de-Jaca Surucucu-Cospe-Fogo Surucucu-de-Fogo Surucucu-Pico-de-Jaca Surucucu-Rabo-de-Mucura Surucucutinga Surucutinga Verrugosa

Leptodeira annulata (Linnaeus 1758)Nomes populares Cacaual Cobra-Cipoacute Cobra-Olho-de-Gato Dormideira Jararaca Jararaca--de-Parede Jararaca-de-Patioba Jararaca-de-Tabuleiro Jararaca-do-Rabo-Fino Jararaquinha Jiboia-Dormideira Olho-de-Gato Rabo-Fino

Leptomicrurus collaris (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Colar Cobra-Coral-de-Costas-Pretas Coral- Verdadeira

Leptomicrurus narduccii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Costas-Pretas-Andina Cobra-Coral-Pintada

Leptomicrurus scutiventris (Cope 1870)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Pequena

Leptophis ahaetulla (Linnaeus 1758)Nomes populares Azulatildeo-Boia Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Jericoaacute Cobra-Paraiacuteso Cobra-Papa-gaio Cobra-Verde Jericoaacute

Lioheterophis iheringi Amaral 1935Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

182

Liotyphlops beui (Amaral 1924)Nomes populares Cobra-Cabelo Cobra-Cega Cobra-Cega-Preta Cobra-de-Chumbinho Fura--Terra

Liotyphlops caissara Centeno Sawaya amp Germano 2010Nome popular desconhecido

Liotyphlops schubarti Vanzolini 1948Nome popular Cobra-Cega-de-Pirassununga

Liotyphlops sousai Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops taylori Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops ternetzii (Boulenger 1896)Nome popular Cobra-Cega

Liotyphlops trefauti Freire Caramaschi amp Argocirclo 2007Nomes populares Cobra-Cega Minhoca

Liotyphlops wilderi (Garman 1883)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Fio

Lygophis anomalus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Jararaca-do-Campo Jararaca-Listrada Jara-raquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Drsquoaacutegua-Comum

Lygophis dilepis Cope 1862Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Cadarccedilo Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Listra-Verme-lha Corre-Campo

Lygophis flavifrenatus Cope 1862Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Corredeira-Listrada Jararaca-Listrada

Lygophis lineatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jararaca-Listrada Jararaquinha

Lygophis meridionalis (Schenkel 1901)Nomes populares Cobra-Corredeira Corredeira-Listrada

Lygophis paucidens Hoge 1953Nome popular Cobra-Corredeira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

183

Mastigodryas boddaerti (Sentzen 1796)Nomes populares Biru Cobra-Cipoacute Corredeira Jararaca-Listrada Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do--Brejo Rateira Surucucu-Lisa

Mastigodryas moratoi Montingelli amp Zaher 2011Nome popular desconhecido

Mastigodryas pleei (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Micrurus albicinctus Amaral 1926Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Preta-e-Branca Cobra-Coral-de-Cinta-Branca Co-ral-Verdadeira

Micrurus altirostris (Cope 1859)Nomes populares Boipinima Cobra-Coral Cobra-Coral-Comum Cobra-Coral-Pampeana Co-bra-Coral-Uruguaia Coral-Verdadeira

Micrurus annellatus Peters 1871Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Anelada Cobra-Coral-de-Aneacuteis Coral-Verdadeira

Micrurus averyi Schmidt 1939Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus boicora Bernarde Turci Abegg amp Franco 2018Nome popular desconhecido

Micrurus brasiliensis Roze 1967Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Leste

Micrurus corallinus (Merrem 1820)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Preta Coral Coral-de-Cintas-Simples Coral-de-Colar-Branco Coralina Coral-Venenosa Coral-Verda-deira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus decoratus (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral-do-Centro-Leste Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Ca-beccedila-Vermelha Cobra-Coral-de-Cintas-Brancas Coral-Verdadeira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus diana Roze 1983Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira

Micrurus diutius Burguer 1955Nome Popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

184

Micrurus filiformis (Guumlnther 1859)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Comprida Cobra-Coral-Fina Cobra-Coral-Verme-lha Coral-Verdadeira

Micrurus frontalis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipinima Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral-de-Cara-Preta Cobra-Coral-do--Sul Coral Coral-Verdadeira

Micrurus hemprichii (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura Coral-Verdadeira

Micrurus ibiboboca (Merrem 1820)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-de-Coral Coral Coral-Verdadeira Ibiboboca

Micrurus isozonus (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-da-Venezuela

Micrurus langsdorffi Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Amarela Cobra-Coral-Amarela-e-Vermelha Co-bra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus lemniscatus (Linnaeus 1758) ndash Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coraacute Co-bra-Coral Cobra-Coral-de-Bigode Cobra-Coral-da-Guiana Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral--VerdadeiraMicrurus mipartitus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Cauda-Vermelha

Micrurus nattereri Schmidt 1952Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus obscurus (Jan 1872)Nomes populares Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Pescoccedilo-Amarelo Coral Coral--Verdadeira

Micrurus ortoni Schmidt 1953Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura-de-Orton Coral-Verdadeira

Micrurus pacaraimae Carvalho 2002Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Vermelha

Micrurus paraensis Cunha amp Nascimento 1973Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Paraense Cobra-Coral--do-Paraacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

185

Micrurus potyguara Pires Silva Feitosa Prudente Pereira-Filho amp Zaher 2014Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus psyches (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-do-Paraacute Coral-Verdadeira

Micrurus putumayensis Lancini 1962Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Amarela

Micrurus pyrrhocryptus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Mato-Grosso-do-Sul

Micrurus remotus Roze 1987Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Remota Cobra-Coral-Ornata

Micrurus silviae Di-Bernardo Borges-Martins amp Silva 2007 ndash Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Rio-Grande-do-Sul

Micrurus spixii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Chumbeguaccedila Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral--de-Pescoccedilo-Amarelo Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus surinamensis (Cuvier 1817)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-Aquaacutetica Cobra-Coral-Drsquoaacutegua Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tikuna Feitosa Silva Jr Pires Zaher amp Prudente 2015Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tricolor Hoge 1956Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Trecircs-Cores

Mussurana bicolor (Peracca 1904)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Muccedilurana Muccedilurana-Bicolor

Mussurana montana (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Muccedilurana-das-Montanhas

Mussurana quimi (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Ninia hudsoni Parker 1940Nomes populares Cobra-Preta-de-Cabeccedila-Branca Cobra-do-Cafeacute

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cipoacute Cipoacute-Bicuda Cobra-Bicuda Cobra-Cipoacute Cobra-Ci-poacute-Bicuda Cobra-Flecha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

186

Oxybelis fulgidus (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cobra-Bicuda Cobra-Papagaio Cobra-Cipoacute Cobra-Flecha Cobra-Papagaio Cobra-Verde Paranaboia

Oxyrhopus clathratus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Bandeada Falsa-Coral-do-Mato Falsa-Coral-Laranja Falsa-Coral-Serrana

Oxyrhopus formosus (Wied 1820)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus guibei Hoge amp Romano 1978Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus melanogenys (Tschudi 1845)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus petolarius (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Preta Limpa-Campo

Oxyrhopus rhombifer Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Comum

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Boi-Coraacute Boicoraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral-de-Barriga-Branca Falsa-Coral-Tricolor

Oxyrhopus vanidicus Lynch 2009Nome popular desconhecido

Palusophis bifossatus (Raddi 1820)Nomes populares Biru Cobra-Bagual Cobra-Nova Jaracuccedilu Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu--Natildeo-Venenoso Jaracuccedilu-Rabo-de-Fuso Jararaca-do-Banhado Jararaca-do-Brejo Jararacatildeo--do-Papo-Amarelo Jararaca-Preta Jararaca-Rabo-de-Veludo Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do-Ba-nhado Jararacuccedilu-do-Brejo Jararacuccedilu-Malhada-de-Pau Malha-de-Traiacutera Rabo-de-Veludo Terra-Nova

Paraphimophis rusticus (Cope 1878)Nomes populares Bicuda Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Pampa Muccedilurana-Marrom Muccedilurana-Pampeana Muccedilurana-Parda

Phalotris concolor Ferrarezzi 1994Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

187

Phalotris labiomaculatus Lema 2002Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lativittatus Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lemniscatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-da-Areia Cabeccedila-Preta-da-Praia Cabeccedila-Preta--Meridional Cabeccedila-Preta-Pampeana

Phalotris matogrossensis Lema DrsquoAgostini amp Cappellari 2005Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-Tricolor

Phalotris mertensi (Hoge 1955)Nomes populares Cobra-Coraacute Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris multipunctatus Puorto amp Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-da-Barriga-Pintada

Phalotris nasutus (Gomes 1915)Nomes populares Fura-Terra Fura-Terra-Nariguda

Phalotris reticulatus (Peters 1860)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Serrana Coralina

Phalotris tricolor (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Philodryas aestiva (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiobi Boiubi Boiubu Cobra-Cipoacute-Carenada Cobra-de-Cipoacute-Verde Cobra--Verde Cobra-Verde-Drsquoaacutervore

Philodryas agassizii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Marrom Cobrinha-Marrom Falsa-Parelheira Papa-Aranha Parelhei-ra-dos-Formigueiros Parelheira-Mirim

Philodryas argentea (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Cobra-Cipoacute Tucanaboia

Philodryas arnaldoi (Amaral 1933)Nomes populares Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira-Clara Parelheira-do-Mato

Philodryas georgeboulengeri Grazziotin Zaher Murphy Scrocchi Benavides Zhang amp Bonatto 2012Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

188

Philodryas laticeps Werner 1900Nome popular Cobra-Verde

Philodryas livida (Amaral 1923)Nomes populares Corre-Campo Parelheira-do-Campo

Philodryas mattogrossensis Koslowsky 1898Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-do-Papo-Amarelo

Philodryas nattereri Steindachner 1870Nomes populares Cobra-Cipoacute Corre-Campo Surradeira Tabuleira

Philodryas olfersii (Liechtenstein 1823)Nomes populares Boiubu Bojobi Caninana Cipoacute-Verde Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Comum Co-bra-Cipoacute-Listrada Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Corredeira Cobra-Facatildeo Cobra-Papagaio Cobra--Verde Cobra-Verde-Lisa Corre-Campo Papagaia Papa-Pinto

Philodryas patagoniensis (Girard 1858)Nomes populares Boitiaporana Boitiporana Cobra-Cipoacute Cobra-dos-Bosques Cobra-Espada Cobra-Parelheira Corre-Campo Corredeira Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira Parelheira-Co-mum Tiaporana

Philodryas psammophidea Guumlnther 1872Nomes populares Corre-Campo

Philodryas viridissima (Linnaeus 1758)Nomes populares Boiobi Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Papagaio Cobra-Ver-de Papagaia Tucanaboia

Phimophis guerini (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Bicuda Bicuda-de-Chatildeo Cobra-Cinza Cobra-de-Nariz Cobra-Nariguda Na-riguda

Phimophis guianensis (Troschel 1848)Nome popular Bicuda

Phrynonax polylepis (Peters 1867)Nomes populares Caninana Cobra-Cipoacute Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Verme-lho Papa-Rato Rateira Surucucu-Facatildeo

Pseudoboa coronata Schneider 1801Nomes populares Cobra-Coral Coral-Macho Falsa-Coral

Pseudoboa haasi (Boettger 1905)Nomes populares Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

189

Pseudoboa martinsi Zaher Oliveira amp Franco 2008Nome popular desconhecido

Pseudoboa neuwiedii (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Ratonel Ratonera

Pseudoboa nigra (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Limpa--Mato Limpa-Pasto Mamadeira Moccedilurana Muccedilurana Mussurana Mussurana-Limpa-Campo

Pseudoboa serrana Morato Moura-Leite Prudente amp Beacuternils 1995Nome popular Coral-Falsa

Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Sucuri

Psomophis genimaculatus (Boettger 1885)Nomes populares Cobra-Cabelo Jararaca-Lanccedilada

Psomophis joberti (Sauvage 1884)Nome popular Cobra-Corredeira

Psomophis obtusus (Cope 1758)Nome popular Corredeira-do-Banhado

Ptychophis flavovirgatus Gomes 1915Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Serrana Cobra-Espada-de-Aacutegua

Rhachidelus brazili Boulenger 1908Nomes populares Cobra-Preta Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli 1785)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Rodriguesophis chui (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-das-Dunas

Rodriguesophis iglesiasi (Gomes 1915)Nomes populares Cobra-Corredeira Falsa-Coral

Rodriguesophis scriptorcibatus (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-do-Satildeo-Francisco

Siagonodon acutirostris Pinto amp Curcio 2011Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

190

Siagonodon cupinensis (Bailey amp Carvalho 1946)Nome popular Cobra-Cega

Siagonodon septemstriatus (Schneider 1801)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra

Sibon nebulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caracoleira Cobra-Cipoacute Cobra-Nebulosa Come-Lesma Dormideira Dormi-nhoca Papa-Lesma

Simophis rhinostoma (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Falsa-Coral-Bicuda

Siphlophis cervinus (Laurenti 1768)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca

Siphlophis compressus (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Coral-Falsa

Siphlophis leucocephalus (Guumlnther 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira

Siphlophis longicaudatus (Andersson 1901)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Dormideira Dormideira-Cipoacute Dormideira--Cipoacute-Cinzenta

Siphlophis pulcher (Raddi 1820)Nomes populares Cobra-Cipoacute-Listrada Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira-Cipoacute-de-Lis-tra-Vermelha

Siphlophis worontzowi (Prado 1940)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Sordellina punctata (Peters 1880)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Preta Cobrinha-Preta-do-Litoral

Spilotes pullatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Cainana Cainana-Flor-de-Algodatildeo Cainana-Teiuacute Caninana Cobra--Tigre Cobra-Voadora Jacaninatilde Malha-de-Teiuacute Papa-Ovo Papa-Pinto Yacaninatilde

Spilotes sulphureus (Wagler 1824)Nomes populares Caccediladora Caninana Caninana-Amarela Caninana-Dourada Caninana-Ver-melha Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Amarelo Papa-Pinto-de-Papo--Vermelho Papa-Pinto-Vermelha Papa-Rato Rateira Surucucu-de-Fogo Surucucu-Dourado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

191

Taeniophallus affinis (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Cabeccedila-Preta Cobra-de-Cabeccedila-Preta Cobra-da-Terra Cobra-do-Ven-tre-Dourado Cobrinha-Cipoacute Corre-Campo Corredeira-do-Mato-Comum Papa-Ratilde

Taeniophallus bilineatus (Fischer 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-de-Mato-Pequena Corredeira-do-Mato-de-Duas--Listras Papa-Ratilde

Taeniophallus brevirostris (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-de-Capim Corre-Campo Jararaquinha

Taeniophallus nicagus (Cope 1863)Nome popular desconhecido

Taeniophallus occipitalis (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-Capim Cobra-do-Capim Cobra-do-Folhiccedilo Cobra--Rainha Corre-Campo Corredeira-do-Campo Corredeira-Pintada Corredeirinha Jararaquinha

Taeniophallus persimilis (Cope 1869)Nome popular desconhecido

Taeniophallus poecilopogon (Cope 1863)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Vermelha Corredeira-do-Mato-de-Barriga-Vermelha

Taeniophallus quadriocellatus Santos-Jr Di-Bernardo amp Lema 2008Nome popular desconhecido

Tantilla boipiranga Sawaya amp Sazima 2003Nome popular desconhecido

Tantilla melanocephala (Linnaeus 1758)Nomes populares Cinco-Minutos Cobra-da-Terra Cobra-do-Folhiccedilo Cobra-Rainha Coral-Fal-sa Falsa-Cabeccedila-Preta Falsa-Coral Onze-Horas Tantila

Thamnodynastes almae Franco amp Ferreira 2003Nome popular Jararaca Jararaca-Falsa Jararaquinha

Thamnodynastes cfnattereri (Mikan 1828)Nomes populares Corre-Campo Corredeira Jararaca-Falsa Jararaquinha Tabuleiro

Thamnodynastes chaquensis Bergna amp Alvarez 1993Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes hypoconia (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Corre-Campo-Carenada Corredeira-Carenada Corredeira-Comum Corredeira-do-Campo Jararaca-Falsa Jararaquinha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

192

Thamnodynastes lanei Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes longicaudus Franco Ferreira Marques amp Sazima 2003Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes pallidus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Corre-Campo Cobra-do-Mato Corre-Campo Corredeira Jararaca--Falsa Jararaquinha Ubicoraacute

Thamnodynastes phoenix Franco Trevine Montingelli amp Zaher 2017Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes ramonriveroi Manzanilla amp Saacutenchez 2005 - Nome Popular desconhecido

Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Amarela Jararaca-Falsa

Thamnodynastes sertanejo Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cipoacute-do-Papo-Amarelo Jararaquinha

Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo Corre-Campo-Lisa Corredeira Corredeira-Co-mum Corredeira-Grande Corredeira-Lisa Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Tomodon dorsatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boipemi Cobra-Cinzento-Castanha Cobra-Espada Cobra-Espada-Comum Cobra-Espada-Grande Cobra-Espada-Verdadeira Corre-Campo Jararaca-da-Chuva Jararaca--Falsa

Tomodon ocellatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Espada-Pampeana Cobra-Espada-Pintada Falsa-Cruzeira Jararaqui-nha-Pintada

Trilepida brasiliensis (Laurent 1949)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida dimidiata (Jan 1861)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida fuliginosa (Passos Caramaschi amp Pinto 2006)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida jani (Pinto amp Fernandes 2012)Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

193

Trilepida koppesi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida macrolepis (Peters 1857)Nomes populares Cobra-Cega Minhocatildeo

Trilepida salgueiroi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra

Tropidodryas serra (Schlegel 1837)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Cobra-Cipoacute Jararaquinha (juvenil) Jiboinha-Rosada

Tropidodryas striaticeps (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Caccediladora Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Malhada Jararaca--Caccediladora Jararaca-das-Aacutervores Jararaquinha Jiboinha Jiboinha-Comum Jiboinha-da-Barri-ga-Preta

Tropidophis grapiuna Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular Jiboinha-Grapiuacutena

Tropidophis paucisquamis (Muumlller in Schenkel 1901)Nome popular Jiboia-Anatilde Jiboinha

Tropidophis preciosus Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular desconhecido

Typhlophis squamosus (Schlegel 1839)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra Minhoca

Xenodon dorbignyi (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Nariguda Jararaca-das-Dunas Jararaca-da-Praia Jararaca-de-Barri-ga-Vermelha Jararaquinha-da-Praia Nariguda-Comum Nariguda-Grande Nariguda-Preta

Xenodon guentheri Boulenger 1894Nomes populares Boipeva Chata Cobra-Chata Jararaca-Falsa

Xenodon histricus (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Falsa-Coral Nariguda-Rajada

Xenodon matogrossensis (Scrocchi amp Cruz 1993)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-do-Papo-Amarelo Coral

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

194

Xenodon merremii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Achatadeira Boca-de-Caccedilapa Boca-de-Capanga Boipeba Boipeva Boipe-va-Comum Boipeva-do-Campo Boipeva-Grande Cabeccedila-de-Patrona Capitatildeo-do-Campo Ca-pitatildeo-do-Mato Cobra-Chata Corre-Campo Cotiara Cururuboia Esparradeira Falsa-Jararaca Focinho-de-Cachorro Goipeba Goipeva Jararaca-Malha-de-Cascavel Jaracambeva Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Capitatildeo Jaracuccedilu-de-Tapiti Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Dourado Jaracuccedilu-Natildeo--Venenoso Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararaca-Amarela Jararacambeva Jararacuccedilu-Bolacha Jararacuccedilu-Tapiti Jericaacute Jeriquaacute Jurucoaacute Malha-de-Sapo Mata-Boi Pepeua Pepeva Suru-cucu-Cascuda Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Falsa Urutu-Preto Urutu-Taacutebua Urutu-Tapete

Xenodon nattereri (Steindachner 1867)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cobra-Nariguda Cobra-Nariguda-do-Campo Falsa-Ja-raraca Nariguda

Xenodon neuwiedii Guumlnther 1863Nomes populares Boipeba Boipeva Boipeva-da-Mata Boipeva-Rajada Boipevinha Caiccedilaca Caissaca Capitatildeo-do-Campo Cobra-Correia Corre-Campo Falsa-Cotiara Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Natildeo-Venenoso Jararaca Jararaca-Falsa Quiriripitaacute Urutu Urutu-Amarelo Urutu--Preto

Xenodon pulcher (Jan 1863)Nomes populares Achatadeira Boipeva

Xenodon rabdocephalus (Wied 1824)Nomes populares Achatadeira Boipeva Jaracuccedilu Jararaca Papa-Sapo Pepeacuteua Surucucu-Jiboia

Xenodon severus (Linnaeus 1758)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cururuboia Falsa-Jararaca Jaccedilanarana Jararaca Pepeacuteua

Xenodon werneri (Eiselt 1963)Nome popular desconhecido

Xenopholis scalaris (Wucherer 1861)Nomes populares Falsa-Coral Jararaquinha-do-Igapoacute

Xenopholis undulatus (Jensen 1900)Nomes populares Cobrinha-do-Folhedo Falsa-Coral

Xenopholis werdingorum Jansen Aacutelvarez amp Koumlhler 2009Nomes populares Cobra-Barriga-de-Fogo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

195

Anexo 2

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Affonso IP Oda FH Gambale PG Batista VG Gomes LC Bastos RP 2015 Publicaccedilotildees cientiacuteficas em Her-petologia na regiatildeo Sul do Brasil Bole-tim do Museu de Biologia Mello Leitatildeo 37409ndash425

Almeida AP Thomeacute JCA Baptis-totte C Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) no Brasil Biodiversidade Brasileira 137ndash44

Aacutelvarez BB Cei JM Scolaro JA 1994 A new subspecies of Tropidurus spinulosus (Cope 1862) from the sub-tropical wet mesic Paraguayan region (Reptilia Squamata Tropiduridae) Tropical Zoology 7161ndash179

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto WMS hellip Pezzuti JCB 2012 A review on human attitudes towards reptiles in Brazil Environmental Mo-nitoring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Alves RRN Leacuteo-Neto NA Santa-na GG Vieira WLS Almeida WO 2009 Reptiles used for medicinal and magic religious purposes in Bra-zil Applied Herpetology 6257ndash274 doi101163157075409X432913

Alves RRN Vieira WLS Santana GG 2008 Reptiles used in traditional folk medicine conservation implica-tions Biodiversity and Conservation 172037ndash2049 doi101007s10531-007-9305-0

Amaral A 1932 Estudos sobre lacerti-lios neotropicos I Novos gecircneros e es-peacutecies de Lagartos do Brasil Memoacuterias do Instituto Butantan 753ndash74

Amaral A 1937 Estudo sobre lacerti-lios neotropicos 4 Lista remissiva dos lacertilios do Brasil Memoacuterias do Ins-tituto Butantan 11167ndash212

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Bra-sil Iconografia colorida Melho-ramentosEDUSP Satildeo Paulo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

196

Andrade MJM de Carvalho GAB Kolodiuk MF Silva NJ Jr Frei-re EMX 2016 Phyllopezus periosus (Paraiba Gecko) Tree Sap Foraging Herpetological Review 47672ndash673

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Arteaga A Salazar-Valenzuela D Me-bert K Pentildeafiel N Aguiar G Saacutenche-z-Nivicela JC Torres-Carvajal O 2018 Systematics of South American snail-eating snakes (Serpentes Dipsa-dini) with the description of five new species from Ecuador and Peru ZooKe-ys 76679ndash147 doi103897zooke-ys76624523

Ascenso AC Costa JCL Pruden-te ALC 2019 Taxonomic revision of the Erythrolamprus reginae species group with description of a new spe-cies from Guiana Shield (Serpentes Xenodontinae) Zootaxa 458665ndash97 doi1011646zootaxa458613

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Herpetofauna da Zona da Mata de Minas Gerais UFV Viccedilosa

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Serpentes de Viccedilosa e Regiatildeo FAPEMIG Viccedilosa

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Brazi-lian Amazonia (Reptilia Squamata) Zo-ologische Verhandelingen 2991ndash706

Avila-Pires TCS Alves-Silva KR Barbosa L Correa FS Cosenza JF Costa-Rodrigues APV Sturaro MJ 2018 Changes in amphibian and reptile diversity over time in Parque Estadual do Utinga Paraacute State Brazil a protected area surrounded by urbani-zation Herpetology Notes 11499ndash512

Balestra RAM 2016 Manejo conser-vacionista e monitoramento populacio-nal de quelocircnios amazocircnicos Ibama--Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis Brasiacutelia

Baptista GCS Costa-Neto EM Val-verde MCC 2008 Diaacutelogo entre con-cepccedilotildees preacutevias dos estudantes e co-nhecimento cientiacutefico escolar relaccedilotildees sobre os Amphisbaenias Revista Ibe-roamericana de Educacioacuten 471ndash16

Barbo FE Gasparini JL Almeida AP Zaher H Grazziotin FG Gusmatildeo RB Sawaya RJ 2016 Another new and threatened species of lancehe-ad genus Bothrops (Serpentes Viperi-dae) from Ilha dos Franceses Southe-astern Brazil Zootaxa 4097511ndash529 doi1011646zootaxa409744

Barbosa RA Nishida AK Costa ES Cazeacute ALR 2007 Abordagem et-noherpetoloacutegica de Satildeo Joseacute da Mata ndash Paraiacuteba ndash Brasil Revista de Biolo-gia e Ciecircncias da Terra 7117ndash123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

197

Bartlett RD Bartlett P 2003 Repti-les and amphibians of the Amazon An ecotouristrsquos guide University Press of Florida Gainesville

Beniacutecio RA Fonseca MG 2014 Guia ilustrado de anfiacutebios e reacutepteis de Picos Piauiacute EDUFPI Teresina

Berlin B 2014 Ethnobiological classi-fication Principles of categorization of plants and animals in traditional so-cieties (Vol 185) Princeton University Press New Jersey

Bernarde PS 2011 Mudanccedilas na clas-sificaccedilatildeo de serpentes peccedilonhentas brasileiras e suas implicaccedilotildees na litera-tura meacutedica Gazeta Meacutedica da Bahia 155ndash63

Bernarde PS 2014 Serpentes peccedilo-nhentas e acidentes ofiacutedicos no Brasil Anolisbooks Satildeo Paulo

Bernarde PS 2019 Corais (Falsas Verdadeiras) do Brasil Herpetofauna Acessiacutevel em httpwwwherpeto-faunacombrCoraishtm Acesso 26 de fevereiro de 2019

Bernarde PS Turci LCB Abegg AD Franco FL 2018 A remarkable new species of coralsnake of the Mi-crurus hemprichii species group from the Brazilian Amazon Salamandra 54249ndash258

Bernarde PS Albuquerque S Bar-ros TO Turci LCB 2012 Serpentes do estado de Rondocircnia Brasil Biota Neotropica 12154ndash182 doi101590S1676-06032012000300018

Begossi A Avila-Pires FD 2005 WSSD 2002 Latin America and Bra-zil Biodiversity and Indigenous Peo-ple Pp 223ndash239 in Hens L Nath B (Eds) The World Summit on Sustai-nable Development Springer Dordre-cht doi1010071-4020-3653-1_10

Borges RC 2001 Serpentes peccedilonhen-tas brasileiras manual de identifica-ccedilatildeo prevenccedilatildeo e procedimentos em ca-sos de acidentes Editoria Atheneu Satildeo Paulo

Borges-Leite MJ Borges-Nojosa DM Lima DC 2012 Guia de Anfiacutebios e Reacutepteis em Satildeo Gonccedilalo do Amaran-te Dedo de Moccedilas Editora e Comunica-ccedilatildeo Ltda Fortaleza

Borges-Martins M Alves MLM Araujo ML Oliveira RB Aneacutes AC 2007 Reacutepteis Pp 292ndash315 in Becker FG Ramos RA Moura LA (Eds) Biodiversidade Regiotildees da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes Planiacutecie Costeira do Rio Grande do Sul Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Cascon P 2006 Herpetofauna da Aacuterea Reserva da Ser-ra das Almas Cearaacute Pp 245ndash260 in Arauacutejo FS Rodal MJN Barbosa

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

198

MRV (Orgs) Anaacutelise das Variaccedilotildees da Biodiversidade do Bioma Caatinga Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Caramaschi U 2003 Composiccedilatildeo e anaacutelise compa-rativa da diversidade e das afinidades biogeograacuteficas dos lagartos e anfisbe-niacutedeos (Squamata) dos brejos nordes-tinos Pp 489ndash540 in Leal I Silva J M C Tabarelli M (Orgs) Ecologia e conservaccedilatildeo da Caatinga Universidade Federal de Pernambuco Recife

Borges-Nojosa DM 2007 Diversidade de Anfiacutebios e Reacutepteis da Serra de Ba-turiteacute Cearaacute Pp 225ndash247 in Oliveira TS Arauacutejo FS (Orgs) Diversidade e Conservaccedilatildeo da Biota na Serra de Batu-riteacute Cearaacute Ediccedilotildees UFC Fortaleza

Borges-Nojosa DM Prado FMV Borges-Leite MJ Filho NMG Baca-lini P 2010 Avaliaccedilatildeo do impacto do manejo florestal sustentaacutevel na herpe-tofauna de duas aacutereas de Caatinga nos municiacutepios de Caucaia e Pacajus no es-tado do Cearaacute Pp 315ndash330 in Gariglio MA Sampaio EVS Cestaro LA Ka-geyama PY (Orgs) Uso sustentaacutevel e Conservaccedilatildeo dos recursos florestais da Caatinga Serviccedilo Florestal Brasileiro Brasiacutelia

Bour R Zaher H 2005 A new species of Mesoclemmys from the open for-mations of northeastern Brazil (Che-lonii Chelidae) Papeacuteis Avulsos de Zoologia 45295ndash311 doi101590

S0031-10492005002400001

Brandatildeo S Santana FT Mariani DB Brum A Koproski L 2017 Reabilita-tion of a hawksbill turtle (Eretmochelys imbricata Linnaeus 1766) Anais do XX Congresso e o XXVI Encontro da Associaccedilatildeo Brasileira de Veterinaacuterios de Animais Selvagens 101ndash103

Brazil V 1911 A Defesa contra o Ophi-dismo Pocai Weiss Satildeo Paulo

Breitman MF Domingos FMCB Bagley JC Wiederhecker HC Fer-rari TB Cavalcante VHGL Colli GR 2018 A new species of Enyalius (Squamata Leiosauridae) endemic to the Brazilian Cerrado Herpetolo-gica 74355ndash369 doi1016550018-0831355

Caixeta BT Monteiro EM Rocha PVP Santos ALQ 2015 Concentra-ccedilotildees bioquiacutemicas seacutericas de Jacareacute-accediluacute (Melanosuchus niger) machos adul-tos de vida livre Pesquisa Veterinaacute-ria Brasileira 3551ndash55 doi101590S0100-736X2015001300009

Campbell JA Lamar WW 2004 The Venomous Reptiles of the Western He-misphere Volume II Cornell Universi-ty Press Ithaca

Campos CEC Lima JD Lima JRF 2015 Riqueza e composiccedilatildeo de reacutepteis Squamata (lagartos e anfisbenas) da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental da Fazen-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

199

dinha Amapaacute Brasil Biota Amazocircnia 584ndash90 doi10185612179-5746biotaamazoniav5n2p84-90

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade L M Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-coroa Pale-osuchus trigonatus (Schneider 1801) no Brasil Biodiversidade Brasileira 348ndash53

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade LM Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-paguaacute Pa-leosuchus palpebrosus (Cuvier 1807) no Brasil Biodiversidade Brasileira 340ndash47

Campos Z Zucco CA Batista G 2007 Registro de ocorrecircncia de Jacareacute-Paguaacute (Paleosuchus palpebrosus) na RPPN Engenheiro Eliezer Batista Pantanal Brasil Comunicado Teacutecnico 601ndash4

Cardim F 1925 Tratados da Terra e Gente do Brasil introduccedilatildeo e notas de Baptista Caetano Capistrano de Abreu e Rodolpho Garcia J Leite amp Cia Rio de Janeiro

Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Malaque CMS Haddad V Jr 2009 Animais peccedilonhentos no Brasil biologia cliacutenica e terapecircutica dos aci-dentes Sarvier Satildeo Paulo

Carvalho AL 1951 Os jacareacutes do Brasil Arquivos do Museu Nacional 43127ndash152

Cassimiro J Rodrigues MT 2009 A new species of lizard genus Gymnodac-tylus Spix 1825 (Squamata Gekkota Phyllodactylidae) from Serra do Sinco-raacute northeastern Brazil and the status of G carvalhoi Vanzolini 2005 Zoota-xa 200838ndash52

Castilhos JC Coelho CA Argolo JF Santos EAP Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Lepidochelys olivacea (Eschs-choltz 1829) no Brasil Biodiversidade Brasileira 128ndash36

Castro TM Silva-Soares T 2016 Reacutep-teis da restinga do Parque Estadual Paulo Ceacutesar Vinha Guarapari Espiacuterito Santo Sudeste do Brasil Centro Uni-versitaacuterio Satildeo Camilo Cachoeiro do Itapemirim

Coelho HRP 2005 Guia de Campo de Bonito MS conhecendo a fauna e a flo-ra da Serra da Bodoquena Impressatildeo dos Autores

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016a Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933) no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo da fauna brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

200

ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabrasilei-racarga-estado-de-conservacao8180-repteis-dactyloa-pseudotigrina Acesso 08 de abril de 2019

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016b Avaliaccedilatildeo do Risco de Extin-ccedilatildeo de Amphisbaena alba Linnaeus 1758 no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da fauna bra-sileira ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabra-sileiracarga-estado-de-conservacao8777-repteis-amphisbaena-alba Aces-so 26 de fevereiro de 2019

Costa HC RS Beacuternils 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC RS Beacuternils 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Crump ML 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg The Lore and Mythology of Amphi-bians and Reptiles University of Chi-cago Press London

Cunha ORD Nascimento FPD 1993 Ofiacutedios da Amazocircnia As cobras da regiatildeo leste do Paraacute Boletim do Mu-

seu Paraense Emiacutelio Goeldi seacuterie Zoo-logia 191ndash191

Curcio FC Nunes PMS Argocirclo AJS Skuk G Rodrigues MT 2012 Ta-xonomy of the American Dwarf Boas of the genus Tropidophis Bibron 1840 with the description of two new spe-cies from the Atlantic Forest (Serpen-tes Tropidophidae) Herpetological Monographs 2680ndash121 doi101655HERPMONOGRAPHS-D-10-000081

Fraga R Lima AP Prudente ALC Magnusson WE 2013 Guia de Cobras da Regiatildeo de Manaus ndash Amazocircnia Cen-tral Editora INPA Manaus

Diaacuterio OficialSC 2011 Lista de Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo no Estado de Santa Catarina por Niacuteveis de Ameaccedila (categoria) Anexo II Nordm 19237 de 20122011 2ndash8

Di-Bernardo M Borges-Martins M Oliveira RB 2002 Reacutepteis Pp 165ndash188 in Marques AAB Fontana CS Veacutelez E Bencke WGA Schneider M Reis RE (Eds) Livro Vermelho da fau-na ameaccedilada de extinccedilatildeo no Rio Gran-de do Sul FZBMCTPUCRSPANGEA Porto Alegre

Domingues Acirc 2008 O Brasil nos re-latos de viajantes ingleses do seacuteculo XVIII produccedilatildeo de discursos sobre o Novo Mundo Revista Brasileira de Histoacuteria 55133ndash152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

201

Dutra-Arauacutejo D Marioni B Fraga R Silveira R 2017 Snakes as prey of Cuvierrsquos Dwarf Caiman (Paleosuchus palpebrosus Alligatoridae) with a new observation from central Amazonia Brazil Herpetology Notes 10169ndash170

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga Enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Etheridge R 1968 A review of the igua-nid lizard genera Uracentron and Stro-bilurus Bulletin of the British Museum (Natural History) Zoology 1747ndash64

Feio RN Assis CL Lessa G Ribon R 2019 Fauna da Serra do Brigadeiro Minas Gerais UFV Viccedilosa

Fernandes DS Hamdan B 2014 A new species of Chironius Fitzinger 1826 from the state of Bahia Northe-astern Brazil (Serpentes Colubridae) Zootaxa 3881563ndash575 doi1011646zootaxa388165

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-gesndashNojosa DM Alves RRN 2012 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Franccedila DPF Barbo FE Silva NJ Jr Silva HLR Zaher H 2018 A new species of Apostolepis (Serpen-tes Dipsadidae Elapomorphini) from the Cerrado of Central Brazil Zootaxa 4521438ndash552 doi1011646zoota-xa452143

Franccedila DPF Fermiano EC Macha-do-Filho PR Zaher H 2020 Taxono-mic contributions and first record of the poorly known species Apostolepis tenuis Ruthven 1927 in Brazil (Serpen-tes Dipsadidae) Herpetologia Brasi-leira 844ndash49

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que C MS Haddad Jr V (Orgs) Ani-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

202

mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Freitas MA 2003 Serpentes brasilei-ras Malha-de-Sapo Publicaccedilotildees e Con-sultoria AmbientalProquigelCIABahia Lauro de Freitas

Freitas MA Silva TFS 2007 Guia ilustrado a herpetofauna das caatingas e aacutereas de altitudes do Nordeste brasi-leiro USEB Pelotas

Gasparini JL 2012 Anfiacutebios e Reacutepteis de Vitoacuteria e Grande Vitoacuteria Espiacuterito Santo GSA Vitoacuteria

Gliesch R 1925 As cobras do estado do Rio Grande do Sul Almanak Agricola Brasileiro 192597ndash118

Gonccedilalves U Torquato S Skuk G Sena GA 2012 A new species of Co-leodactylus Parker 1926 (Squamata Sphaerodactylidae) from the Atlan-tic Forest of northeast Brazil Zootaxa 320420ndash30

Grantsau R 1991 As cobras venenosas do Brasil Bandeirante Satildeo Paulo

Grantsau R 2013 As serpentes peccedilo-nhentas do Brasil Vento Verde Satildeo Paulo

Guedes TB Nogueira CC Marques OAV 2014 Diversity natural history and geographic distribution of snakes

in the Caatinga Northeastern Brazil Zootaxa 38631ndash93 doi1011646zoo-taxa386311

Guerra JAO Paes MG Coelho LIAR Barros MLB Feacute NF Barbo-sa MGV Guerra MVF 2007 Estudo de dois anos com animais reservatoacuterios em aacuterea de ocorrecircncia de leishmanio-se tegumentar americana humana em bairro de urbanizaccedilatildeo antiga na cidade de Manaus-AM Brasil Acta Amazo-nica 37133ndash138 doi101590S0044-59672007000100017

Haddad V Jr Puorto G Cardoso JLC Duarte MR 2012 Sucuris bio-logia conservaccedilatildeo realidade e mitos de uma das maiores serpentes do mundo Technical Books Rio de Janeiro

Hoogmoed MS Fernandes R Ku-charzewski C Moura-Leite JC Beacuter-nils RS Entiauspe-Neto OM San-tos FPR 2019 Synonymization of Uromacer ricardinii Peracca 1897 with Dendrophis aurata Schlegel 1837 (Reptilia Squamata Colubridae Dipsadinae) a rare South American Snake with a disjunct Distribution South American Journal of Herpeto-logy 1488ndash102 doi102994SAJH--D-17-000141

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018a Livro Vermelho da Fauna Brasi-leira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol I Ins-tituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

203

da BiodiversidadeMinisteacuterio do Meio Ambiente Brasilia

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018b Livro Vermelho da Fauna Bra-sileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol IV - Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da BiodiversidadeMinis-teacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IDELFLOR-BIO 2019 Lista de Reacutepteis e Anfiacutebios do Parque do Utinga Beleacutem Paraacute Acessiacutevel em httpideflorbiopagovbrutingabiodiversidaderep-teis-e-afibios Acesso 08 de abril de 2019

Kawashita-Ribeiro RA Arruda LAG Carvalho MA Silva AF Silva JP Aacutevila RW Mott T 2011 Leposoma osvaldoi Avila-Pires 1995 (Squamata Gymnophthalmidae) New records and distribution map in the state of Mato Grosso Brazil Check List 7852ndash853

Lagos AR Fontes AF Marques CAR da Silva CSP Cardoso CAC Belote DF Borde LQ 2017 Guia dos Anfiacutebios e Reacutepteis da aacuterea de influ-ecircncia da Usina Hidreleacutetrica de Batalha Furnas Centrais Eleacutetricas Rio de Ja-neiro

de Lema T 1994 Lista comentada dos reacutepteis ocorrentes no Rio Grande do Sul Brasil Comunicaccedilotildees do Museu de Ciecircncias e Tecnologia da PUCRS seacuterie Zoologia 741ndash150

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

de Lema T Renner MF Di-Bernar-do M Abegg AD Malta-Borges L Mario-da-Rosa C 2018 Herpetofauna do Planalto Oriental do Rio Grande do Sul USEB Pelotas

Lopes PFM Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Ta-xonomia e etnotaxononia ecologia e et-noecologia Pp 69ndash94 in Alves RRN Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPEEA Recife

Loacutepez A Prado W 2012 Anfibios y Reptiles de MisionesndashGuiacutea de Campo Mariacutea Luiza Petraglia de Bolzoacuten Edito-ra Buenos Aires

Loveridge A 1941 Bogertia lutzae- A new genus and species of gecko from Bahia Brazil Proceedings of the Bio-logical Society of Washington 54195ndash196

Malta-Borges L Abegg AD Mario--da-Rosa C 2017 Herpetofauna da Universidade Federal de Santa Maria ndash Campus Sede USEB Pelotas

Manzani PR Abe AS 1990 A new species of Tapinurus from the Caatinga of Piauiacute Northeastern Brazil (Squama-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

204

ta Tropiduridae) Herpetologica 46462ndash467

Marra-Santos FJ Reis RE 2018 Two new blind snake species of the genus Liotyphlops (Serpentes Anomalepi-didae) from Central and South Brazil Copeia 106507ndash514 doi101643CH-18-081

Marccedilal AS Gomes IBSR Coragem JT 2011 UHE Santo Antocircnio Guia das espeacutecies de fauna resgatadas Scri-ba Comunicaccedilatildeo Corporativa Satildeo Pau-lo

Marcovaldi MA Lopez GG Soares LS Santos AJB Bellini C Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Eretmochelys imbricata (Lin-naeus 1766) no Brasil Biodiversidade Brasileira 120ndash27

Marioni B Farias I Verdade LM Bassetti L Coutinho ME Mendonccedila SHST Campos Z 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do Jacareacute-accedilu Me-lanosuchus niger (Spix 1825) no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 331ndash39

Marques OAV Nogueira CC Sawaya RJ Beacuternils RS Martins M Molina FB Germano VJ 2009 Reacutepteis Pp 285ndash327 in Bressan PM Kierul-ff MCM Sugieda AM (Orgs) Fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo vertebrados Fundaccedilatildeo Parque Zooloacutegico de Satildeo Paulo Secretaria do

Meio Ambiente Satildeo Paulo

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado Holos Editora Ri-beiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlss-man C Sazima I 2005 Serpentes do Pantanal Holos Editora Ribeiratildeo Pre-to

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of threadsnakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

Martins M Molina FDB 2008 Pa-norama geral dos reacutepteis ameaccedilados do Brasil Pp 327ndash373 in Machado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

205

ABM Drummond GM Paglia AP (Eds) Livro vermelho da fauna bra-sileira ameaccedilada de extinccedilatildeo MMA e Fundaccedilatildeo Biodiversitas Brasiacutelia e Belo Horizonte

Martins MT Oliveira ME 1993 The snakes of the genus Atractus Wagler (Reptilia Squamata Colubridae) from the Manaus region central Amazo-nia Brazil Zoologische Mededelingen 6721ndash40

Martins MT Oliveira ME 1999 Na-tural history of snakes in forest of the Manaus region Central Amazonia Brazil Herpetological Natural History 678ndash150

Massary JC Hoogmoed MS 2001 Crocodilurus amazonicus Spix 1825 The valid name for Crocodilurus la-certinus auctorum (nec Daudin 1802) (Squamata Teiidae) Jour-nal of Herpetology 35353ndash357 doi1023071566133

Massary JC Hoogmoed MS Blanc M 2000 Comments on the type spe-cimen of Dracaena guianensis Dau-din 1801 (Reptilia Sauria Teiidae) and rediscovery of the species in Fren-ch Guiana Zoologische Mededeelingen 74167ndash180

Mattison C 2006 Snakes ndash From the deadliest to the longest on earth Collins New York

Mattison C 2011 Reptiles Pp 370ndash435 in Burnie D (Ed) Animal the de-finitive visual guide to the worldrsquos wil-dlife Dorling Kindersley London

Mausfeld P Vrcibradic D 2002 On the nomenclature of the skink (Mabuya) endemic to the Western Atlantic Archi-pelago of Fernando de Noronha Brazil Journal of Herpetology 36292ndash295 doi1023071566004

Mendes R 2009 Lagartinho da Serra do Mar ndash Ecpleopus gaudichaudii A Fauna da Mata Atlacircntica do Estado do Rio de Janeiro Acessiacutevel em httpriodejaneiroambientalblogspotcom200911ecpleopus-gaudichau-dii-lagartinho-dahtml Acesso 26 de fevereiro de 2019

Mesquita PCMD Passos DC Bor-ges-Nojosa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das ser-pentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113 doi101590S0031-10492013000800001

Montero R Ceacutespedez J 2002 New Two-Pored Amphisbaena (Squama-ta Amphisbaenidae) from Argentina Copeia 2002792ndash797 doi1016430045-8511(2002)002[0792NTPA-SA]20CO2

Montingelli GG Grazziotin FG Bat-tilana J Murphy RW Zhang YP Zaher H 2019 Higher-level phyloge-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

206

netic affinities of the Neotropical ge-nus Mastigodryas Amaral 1934 (Ser-pentes Colubridae) species-group definition and description of a new genus for Mastigodryas bifossatus Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57205ndash239 doi101111jzs12262

Moraes-da-Silva A Amaro RC Nu-nes PMS Struumlssmann C Teixeira MJ Andrade A hellip Curcio FF 2019 Chance luck and a fortunate finding a new species of watersnake of the genus Helicops Wagler 1828 (Serpentes Xe-nodontinae) from the Brazilian Panta-nal wetlands Zootaxa 4651445ndash470 doi1011646zootaxa465133

Morales-Betancourt MA Lasso CA Ossa JL Fajardo-Patintildeo A 2013 Bio-logiacutea y conservacioacuten de los Crocodylia de Colombia Serie Recursos Hidrobio-loacutegicos y Pesqueros Continentales de Colombia VIII Instituto de Investiga-cioacuten de Recursos Bioloacutegicos Alexander von Humboldt Bogotaacute

Morato SAA Calixto PO Mendes LR Gomes R Galatti U Trein FL Ferreira GN 2014 Guia fotograacutefico de identificaccedilatildeo da herpetofauna da Flo-resta Nacional de Saracaacute-Taquera Es-tado do Paraacute STCP Engenharia de Pro-jetos Ltda Curitiba

Morato SAA Ferreira GN Scupino MRC 2018 Herpetofauna da Ama-zocircnia Central Estudos na FLONA de

Saracaacute-Taquera STCP Engenharia de Projetos Ltda Curitiba

Morato SAA Beacuternils RS Moura--Leite JC 2017 Reacutepteis de Curitiba Coletacircnea de registros Hori Cadernos Teacutecnicos Curitiba

Mota-da-Silva A Monteiro WM Bernarde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lancehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 52(e-20180140)1ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pedro VA Fernandes VD Feio RN 2010 People and snakes the relationship be-tween humans and snakes in eastern Minas Gerais southeastern Brazil Bio-ta Neotropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Neiva AO Cury K 2018 Plano de Ma-nejo Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Niquiaacute Volume III Instituto Chico Mendes de Conser-vaccedilatildeo da Biodiversidade Brasiacutelia

Nogueira CC Rodrigues MT 2006 The genus Stenocercus (Squamata Tropiduri-dae) in extra-Amazonian Brazil with the description of two new species South Ame-rican Journal of Herpetology 1149ndash165 doi1029941808-9798(2006)1[149T-GSSTI]20CO2

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

207

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Herpe-tology 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

OrsquoShea M Halliday T 2002 Reptiles and amphibians Dorling Kindersley Ltd London

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagarti-xas conceptions on lizards among High School students in Fortaleza Cearaacute Brazil Ciecircncia amp Educaccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Passos DC Pinheiro LT Galdino CAB Rocha CFD 2014 Tropidurus semitaeniatus (Calango de Lagedo) Tail bifurcation Herpetological Re-view 45138

Passos P Caramaschi U Pinto R 2006 Redescription of Lepto-typhlops koppesi Amaral 1954 and description of a new species of the Leptotyphlops dulcis group from Central Brazil (Serpentes Leptotyphlo-pidae) Amphibia-Reptilia 27347ndash357 doi101163156853806778190006

Pavan D Dixo M 2004 A Herpetofau-na da aacuterea de influecircncia do reservatoacute-rio da Usina Hidreleacutetrica Luiacutes Eduardo

Magalhatildees Palmas TO Humanitas 413ndash30

Pires M Silva NJ Jr Feitosa DT Prudente ALC Filho GA Zaher H 2014 A new species of triadal coral snake of the genus Micrurus Wagler 1824 (Serpentes Elapidae) from nor-theastern Brazil Zootaxa 3811569ndash584 doi1011646zootaxa381148

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Pontes JAL Rocha CFD 2008 Ser-pentes da Serra do Mendanha Rio de Janeiro RJ - ecologia e conservaccedilatildeo Te-chnical Books Editora Rio de Janeiro

Portillo JTM 2012 Composiccedilatildeo etno-ecologia e etnotaxonomia de serpentes no Vale do Paraiacuteba Estado de Satildeo Pau-lo Dissertaccedilatildeo de mestrado Universi-dade Federal de Ouro Preto Brasil

Powell R Crombie RI Boos HEA 1998 Hemidactylus mabouia (More-au de Jonneacutes) Catalogue of American Amphibians and Reptiles 6741ndash11

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Quintela FM Loebmann D 2009 Os reacutepteis da regiatildeo costeira do extremo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

208

sul do Brasil USEB Pelotas

Ribeiro LB Gomides SC Costa HC 2018 A new species of Amphisbaena from Northeastern Brazil (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Herpeto-logy 52234ndash241 doi10167017-028

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A new species of Leposternon (Squamata Amphisbaenidae) from brazilian Cerrado with a key to po-red species Journal of Herpetology 5250ndash58 doi10167016-125

Ribeiro MA Jr Amaral S 2016 Cata-logue of distribution of lizards (Repti-lia Squamata) from the Brazilian Ama-zonia III Anguidae Scincidae Teiidae Zootaxa 4205401ndash430 doi1011646zootaxa420551

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squamata) from the Brazilian Amazonia I Dacty-loidae Hoplocercidae Iguanidae Leio-sauridae Polychrotidae Tropiduridae Zootaxa 39831ndash110 doi1011646zootaxa398311

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squama-ta) from the Brazilian Amazonia II Gekkonidae Phyllodactylidae Sphae-rodactylidae Zootaxa 39811ndash55 doi1011646zootaxa398111

Ribeiro MA Jr Amaral S 2017 Ca-talogue of distribution of lizards (Rep-

tilia Squamata) from the Brazilian Amazonia IV Alopoglossidae Gym-nophthalmidae Zootaxa 4269151ndash196 doi1011646zootaxa426921

Roberto IJ Ribeiro SC Loebmann D 2013 Amphibians of the state of Piauiacute Northeastern Brazil a preli-minary assessment Biota Neotropi-ca 13322ndash330 doi101590S1676-06032013000100031

Rocha CFD Siqueira CC Ariani CV 2009 A conservaccedilatildeo de Liolaemus lu-tzae lagarto endecircmicos das restingas do Estado do Rio de Janeiro ameaccedilado de extinccedilatildeo Instituto Biomas Rio de Janeiro

Rocha CFD Van Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Neacuteo RRSFA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 11ndash16 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van Sluys M (Eds) A fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo do Esta-do do Rio de Janeiro EdUERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT 1987 Sistemaacutetica eco-logia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo torquatus ao sul do Rio Amazo-nas (Sauria Iguanidae) Arquivos de Zoologia 31105ndash230 doi1011606issn2176-7793v31i3p105-230

Rodrigues MT 2000 A new species of Mabuya (Squamata Scincidae) from the semiarid Caatingas of northeas-tern Brazil Papeacuteis Avulsos de Zoologia 41313ndash328

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

209

Rodrigues MT Juncaacute FA 2002 Herpetofauna of the quaternary sand dunes of the middle Rio Satildeo Fran-cisco Bahia Brazil VII Typhlops amoipira sp nov a possible relative of Typhlops yonenagae (Serpentes Typhlopidae) Papeacuteis Avulsos de Zoo-logia 42325ndash333 doi101590S0031-10492002001300001

Romeu R Alves N 2008 Commercia-lization of Uranoscodon superciliosus Linnaeus 1758 (Tropiduridae) for ma-gicalndashreligious purposes in North and Northeastern of Brazil Sitientibus Seacute-rie Ciecircncias Bioloacutegicas 8257ndash258

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Santos AS Soares LS Marcovaldi MA Monteiro DS Giffoni B Al-meida AP 2011 Avaliaccedilatildeo do Estado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Caretta caretta Linnaeus 1758 no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 13ndash11

Santos E 1981 Anfiacutebios e reacutepteis do Brasil vida e costumes Itatiaia Satildeo Paulo

Santos E 1994 Anfiacutebios e Reacutepteis Villa Rica Rio de Janeiro

Santos FM Entiauspe-Neto OM Arauacutejo JS Souza MB de Lema T

Struumlssmann C Albuquerque NR 2018 A new species of burrowing snake (Ser-pentes Dipsadidae Apostolepis) from the state of Mato Grosso Central-West region of Brazil Zoologia 35e26742 doi103897zoologia35e26742

Sawaya RJ Marques OAV Mar-tins M 2008 Composition and natu-ral history of a Cerrado snake assem-blage at Itirapina Satildeo Paulo state southeastern Brazil Biota Neotro-pica 8129ndash151 doi101590S1676-06032008000200015

Sazima I Haddad CFB 1992 Reacutep-teis da Serra do Japi notas sobre histoacute-ria natural Pp 212ndash237 in Morellato LPC (Ed) Histoacuteria natural da Serra do Japi ecologia e preservaccedilatildeo de uma aacuterea florestal no sudeste do Brasil Edi-tora da UnicampFAPESP Campinas

Sazima I Manzani PR 1995 As co-bras que vivem numa reserva florestal urbana Pp78ndash82 in Morellato PC Leitatildeo-Filho HDF (Eds) Ecologia e preservaccedilatildeo de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra Editora da UNICAMP Campinas

Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Sustentabilidade de Per-nambuco 2017 Lista Estadu-al Oficial de Espeacutecies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo - Reacutepteis Por-taria SEMA Nordm 01 de 15 de Maio de 2017

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

210

Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia 2017 Lista Oficial das Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo do Estado da Bahia Portaria SEMA Nordm 37 de 15 de Agosto de 2017

Silva AL 2008 Animais medicinais conhecimento e uso entre as popula-ccedilotildees ribeirinhas do rio Negro Amazo-nas Brasil Boletim do Museu Paraen-se Emiacutelio Goeldi Ciecircncias Humanas 3343ndash357

Silva JL Mota-da-Silva AM Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Ama-zonia Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 53e20190305 doi1015900037-8682-0305-2019

Silva MB Ribeiro MA Jr Avila-Pi-res TCS 2018 A new species of Tu-pinambis Daudin 1802 (Squamata Teiidae) from Central South America Journal of Herpetology 5294ndash110 doi10167016-036

Soerensen B 2000 Acidentes por ani-mais peccedilonhentos reconhecimento cliacutenica e tratamento Atheneu Satildeo Pau-lo

Sturaro MJ Avila-Pires TCS 2011 Taxonomic revision of the geckos of the Gonatodes concinnatus complex (Squamata Sphaerodactylidae) with

description of two new species Zoota-xa 28691ndash36

Teixeira M Jr Dal Vechio F Recoder R Cassimiro J de Sena MA Rodri-gues MT 2019 Two new highland spe-cies of Amphisbaena Linnaeus 1758 (Amphisbaenia Amphisbaenidae) from Bahia State Brazil South Ame-rican Journal of Herpetology 14213ndash232 doi102994SAJH-D-17-000971

Tinoco MS Hampel MS Rossi ML 2019 Restinga Herpetofauna do Lito-ral Norte da Bahia Barro de Chatildeo Sal-vador Bahia

Tomas WM Chiaravalotti RV Ca-milo AR Freitas GO 2015 Kinoster-non scorpioides scorpioides Linnaeus 1766 range extension and first records in the upper Paraguay River basin and Mato Grosso do Sul Brazil Check List 111ndash5 doi10155601131631

Uetz P Freed P Hošek J 2019 The Reptile Database Acessiacutevel em httpwwwreptilendashdatabaseorg Acesso 16 de julho de 2019

Valencia JH Garzoacuten-Tello K Barra-gaacuten-Paladines ME 2016 Serpientes venenosas del Ecuador sistemaacutetica taxonomiacutea historia natural conserva-cioacuten envenenamiento y aspectos an-tropoloacutegicos Fundacioacuten Herpetoloacutegica Gustavo Orceacutes Quito

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

211

Vanzolini PE 2004 Episoacutedios da zoo-logia brasiacutelica Hucitec Satildeo Paulo

Vanzolini PE Ramos-Costa AMM Vitt LJ 1980 Reacutepteis das Caatingas Academia Brasileira de Ciecircncias Rio de Janeiro

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidi HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vieira LG Santos ALQ Lima FC Mendonccedila SHST Menezes LT Sebben A 2016 Osteologia de Me-lanosuchus niger (Crocodylia Alli-gatoridae) e a evidecircncia evoluti-va Pesquisa Veterinaacuteria Brasileira 361025ndash1044 doi101590s0100-736x2016001000018

Vitt LJ Caldwell JP Colli GR Gar-da AA Mesquita DO Franccedila FGR Novaes-e-Silva V 2005 Uma atua-lizaccedilatildeo do guia fotograacutefico de reacutepteis e anfiacutebios da regiatildeo do Jalapatildeo no Cer-rado Brasileiro Special Publications in Herpetology Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 21ndash24

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema INPA Ma-naus

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Rhino-clemmys punctularia (Daudin 1801) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conser-vacao7428-repteis-rhinoclemmys--punctularia-peremahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops geoffroanus (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7418-repteis-phrynops-geoffro-anus-cagado-de-barbichahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7419-repteis-phrynops-hilarii-ca-gado-de-barbelashtml Acesso 07 de abril de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

212

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops tubero-sus (Peters 1870) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7420-repteis--phrynops-tuberosus-cagado-de-bar-bichahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7421-repteis-phrynops-william-si-cagado-rajadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydro-medusa maximiliani (Mikan 1825) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7403-repteis-hydromedusa-ma-ximiliani-cagado-da-serrahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydromedusa

tectifera Cope 1869 no Brasil Acessiacute-vel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7402-rep-teis-hydromedusa-tectifera-cagado--de-pescoco-de-cobrahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2000) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7412-repteis--mesoclemmys-heliostemma-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys ho-gei (Mertens 1967) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

213

estado-de-conservacao7385-repteis--mesoclemmys-hogei-cagado-de-ho-gei-2html Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys nasuta (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7413-repteis-mesoclemmys-na-suta-cagado-da-cabeca-de-sapo-co-mumhtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys perplexa Bour amp Zaher 2005 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7414-repteis-mesoclemmys-per-plexa-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys raniceps (Gray 1855) no Brasil Aces-siacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7415-rep-teis-mesoclemmys-raniceps-lalahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys vanderhaegei (Bour 1973) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7440-repteis-mesoclemmys-van-derhaegei-tartruga-cabeca-de-sapohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Peltocephalus du-merilianus (Schweigger 1812) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7417-repteis-peltocephalus-dumerilia-nus-cabecudohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

214

ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Acantho-chelys radiolata (Mikan 1820) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7439-repteis-acanthochelys-radiola-ta-cagado-amarelohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Ferrara CR Bernhard R Carvalho VT Balensiefer DC Bo-nora L Novelle SMH 2007 Capiacute-tulo 9 Herpetofauna Pp 127ndash143 in Rapp Py-Daniel L Deus CP Henri-ques AL Pimpatildeo DM Ribeiro OM (Orgs) Biodiversidade do Meacutedio Ma-deira Bases cientiacuteficas para propostas de conservaccedilatildeo INPA Manaus

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Brasiacutelia

Waldez F Vogt RC 2011 Las serpientes ponzontildeosas de la Reserva Piagaccedilu-Purus y accidentes ofiacutedicos en La Region Baja de la Cuenca del Rio Puruacutes Amazoniacutea cen-tral Revista Colombiana de Ciencia Ani-mal-RECIA 3327ndash334 doi1024188reciav3n22011403

Wallach V Williams KL Boundy J 2014 Snakes of the world a catalogue of living and extinct species CRC Floacuterida

Wikispecies 2019 Wikispecies Free spe-cies directory Acessiacutevel em httpsspe-cieswikimediaorg Acesso 12 de Maio de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

215

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

ObtuaacuterioAniacutebal Rafael Melgarejo(22111954 ndash 10052019)

Nelson Jorge da Silva Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Ambientais e Sauacutede Escolas de Ciecircncias Meacutedicas Far-macecircuticas e Biomeacutedicas Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Goiaacutes

Conheci o Aniacutebal no Congresso Brasileiro de Zoologia em Juiz de Fora em 1987 e nos transfor-

mamos em grandes amigos comungan-do duas boas qualidades bom humor e facilidade de rir Foram 32 anos de convivecircncia e uma amizade de irmatildeos que transcende a herpetologia e nossas vidas acadecircmicas e profissionais

O Aniacutebal nasceu em 22 de novembro de 1954 como Aniacutebal Rafael Melgare-jo Gimenez em Montevideacuteu Uruguai Filho de Aniacutebal Nestor Melgarejo Mon-sie e Olga Angelica Gimenez Fuentes tendo somente uma irmatilde Maria del Rosario Melgarejo Gimenez (Charo) com duas sobrinhas (Maria Florencia e Maria Eugenia) e duas sobrinhas netas (Fiorella e Abril) Passou toda a sua in-facircncia adolescecircncia e parte de sua vida adulta no Uruguai sempre estudando em escolas puacuteblicas Segundo sua irmatilde Aniacutebal foi sempre um entusiasmado

Homenagem ao Aniacutebal

216

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

por animais de insetos a reacutepteis e ma-miacuteferos Em seu aniversaacuterio de 12 anos usou o dinheiro que ganhou de presen-te para comprar uma cobra natildeo vene-nosa na feira de Tristan Navarra e desse momento nasceu seu grande amor aos reacutepteis Quando terminou seu ensino baacutesico ingressou na Faculdade Medici-na onde frequentou aulas por um ano ateacute que se deu conta que natildeo era esse o caminho que deveria seguir No ano seguinte ingressou na Faculdad de Hu-manidades y Ciencias da Universidad de la Republica para cursar Biologia se graduando em 1979 (Foto 1)

Foto 1 Anibal Melgarejo em tra-balho de campo Cerro de Arequi-ta Departamento de Lavalleja Uruguai

Veio para o Brasil com uma Bolsa de Aperfeiccediloamento em Anatomia Fun-cional do Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) sob a tutela de Paulo Vanzolini (Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo) e nunca mais retornou ao Uruguai Eventualmente foi contrata-do pelo Instituto Vital Brazil (IVB) em 1987 estruturando a Divisatildeo de Ani-mais Peccedilonhentos e posteriormente a Divisatildeo de Zoologia Meacutedica trabalhan-do ateacute que seu estado de sauacutede permi-tiu em 2019 (Foto 2 e 3)

217

Foto 3 Extraccedilatildeo de veneno de Bo-throps insularis Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Tardiamente conseguiu seu tiacutetulo de doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense em 1998 Cum-priu com seu papel na academia com inuacutemeras publicaccedilotildees teacutecnicas e cien-tiacuteficas capiacutetulos de livros participaccedilatildeo em congressos e simpoacutesios orientaccedilatildeo de monografias de conclusatildeo de cursos de graduaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teses e monografias de mestrado e doutorado Do lado humano o Aniacutebal foi um gran-de instrutor incentivador e entusias-mado com a herpetologia e influenciou muitos que hoje tecircm suas vidas cons-truiacutedas em muito do que ele fez ensi-nou e compartilhou de coraccedilatildeo aberto

Foto 2 Primeira Bothrops insu-laris capturada Ilha da Queimada Grande municiacute-pio de Itanhaeacutem SP

218

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Aqui no Brasil constituiu famiacutelia com sua cara-metade Aniesse Aguiar e seus filhos e grandes companheiros Peneacutelope e Rafael Aguiar Melgarejo estendendo-se por conseguinte a No-ruega onde nasceu sua primeira neta Kali Johansen Melgarejo (filha da Pe-neacutelope) exatamente um mecircs apoacutes a sua partida (Fotos 4 a 7) Em aacuteguas turbu-lentas sempre foi essa rocha familiar que norteou nosso grande amigo To-dos noacutes sofremos com nossas proacuteprias idiossincrasias O Aniacutebal natildeo era dife-rente Era melhor Nunca o vi pessimis-ta Sempre acreditando que tudo tinha uma razatildeo e que no fim daria tudo certo Ateu como era acreditava mui-to mais na vida e na humanidade que muitos de noacutes

Foto 4 Aniacutebal e Aniesse lsquograacutevidosrsquo Niteroacutei RJ (1989)

Sua curiosidade era insaciaacutevel Via-jamos muito juntos pelo Brasil nos moldes da entatildeo Secretaria Nacional de Accedilotildees Baacutesicas da Sauacutede (SNABSMS) atraveacutes do Programa Nacional de Ofidismo (PNOSNABSMS) do Mi-nisteacuterio da Sauacutede (1987-1989) para reuniotildees do Grupo de Trabalho sobre Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (GT Distribuiccedilatildeo Geograacutefica) visando a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo teacutecnica para divulgar e desmistificar os animais venenosos Esse programa (PNO) foi o responsaacutevel pela criaccedilatildeo de Nuacutecleos Regionais de Ofiologia que ti-nham como atribuiccedilatildeo estimular estu-dos sobre serpentes descentralizados dos grandes centros produtores de soro antiofiacutedico (SP MG e RJ) Nesse peacuteri-plo de reuniotildees conhecemos e convi-vemos com pesquisadores estudantes meacutedicos enfermeiros ribeirinhos e os famosos praacuteticos de sauacutede em 15 esta-dos do Norte Nordeste e Centro-Oeste brasileiro e na Amazocircnia colombiana Em todos os lugares o Aniacutebal rouba-va a cena Sua atitude despojada ami-ga sincera e afaacutevel conquistava todos Tambeacutem foram incontaacuteveis as vezes que entregou seus preciosos dados de observaccedilatildeo e pesquisa em prol de co-legas e alunos Excelente fotoacutegrafo e ilustrador suas imagens estatildeo presen-

219

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 5 Em famiacutelia Aniacutebal Aniesse Rafael e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 1990)

Foto 6 Em famiacutelia Aniacutebal Rafael Aniesse e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 2000)

tes em inuacutemeros trabalhos e livros no Brasil e no mundo sempre respeitado e elogiado

Nos primoacuterdios da organiza-ccedilatildeo da herpetologia no Brasil o Aniacutebal ajudou a estruturar a Sociedade Brasileira de Her-petologia (SBH) realizando os Encontros Brasileiros de Herpetoacutelogos entre 1989 e 1991 Se hoje a SBH estaacute bem estruturada e funcionando foi por que haacute mais de 30 anos atraacutes o Aniacutebal enfrentou esse desafio

Encantado pelas surucucus da Mata Atlacircntica (Lachesis muta rhombeata) foi o pri-meiro a ter essas criaturas lin-diacutessimas em estado de confor-to e bem-estar reproduzindo saudavelmente em cativeiro

O Aniacutebal capturou sua pri-meira surucucu em 8 de no-vembro de 1989 na mata da Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada em Alagoas (Foto 8) Seguiu-se a primeira postura e nascimentos em cativeiro em 1990 Apoacutes seu excelente ecircxito na criaccedilatildeo e reproduccedilatildeo das Lachesis em cativeiro obteve apoio da FAPERJ em um projeto da construccedilatildeo de um ldquoLachesaacuteriordquo Assim em

Foto 7 Uma das uacuteltimas fotos de Aniacutebal aguardan-do a chegada de sua neta Kali Ni-teroacutei RJ (2019)

220

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

janeiro de 2001 entrou em funciona-mento um sistema de climatizaccedilatildeo cen-tral que permitia manter temperatura e umidade dentro dos paracircmetros ade-quados monitorados em trecircs pontos diferentes da sala por meio de sensores remotos aleacutem de ajustes por termos-tato e umidificador independentes Na sala um recinto de 15m2 foi delimitado com tela para evitar a fuga das serpen-tes e possibilitar a livre circulaccedilatildeo do ar O mesmo reproduzia as condiccedilotildees paisagiacutesticas de uma floresta tropical incluindo um sistema de circulaccedilatildeo de aacutegua em forma de cachoeira entre pe-dras e diversas opccedilotildees de substratos (serapilheira terra troncos e pedras de diversos tamanhos) aleacutem de piso in-clinado para escoamento da aacutegua nas simulaccedilotildees de chuvas (Foto 9) Diver-sas espeacutecies vegetais nativas de arboacute-reas a epiacutefitas criaram uma comunida-de harmoniosa e representativa dessas florestas Estas condiccedilotildees permitiram observar muacuteltiplos aspectos da biologia das surucucus como o comportamento alimentar mudas de pele e horaacuterios de atividade fiacutesica culminando em 2003 com detalhado registro da reproduccedilatildeo incluindo diversas coacutepulas postura de oito ovos em 5 de setembro e nasci-mento de seis filhotes em 14-15 de no-vembro Em 2005 2007 2008 e 2009 tambeacutem foram registrados estes com-portamentos e conseguida a reprodu-ccedilatildeo Este recinto representou assim um instrumento fundamental para as pesquisas bioloacutegicas da surucucu da

Mata Atlacircntica Aleacutem de otimizar sua manutenccedilatildeo e garantir o fornecimento de veneno que permitiu produzir sus-tentavelmente o soro antibotroacutepico-la-queacutetico no Instituto Vital Brazil (Foto 10) Infelizmente mudanccedilas de objeti-vos e direccedilatildeo do IVB fizeram por des-continuar o referido projeto

Em seus uacuteltimos anos de vida o Aniacutebal comeccedilou a escrever suas memoacuterias que infelizmente natildeo foram finalizadas Vale a pena citar um transcrito de suas anotaccedilotildees gentilmente compartilhado por sua esposa Aniesse Aguiar onde fica muito claro a dedicaccedilatildeo desse amigo

Foto 8 Primeira Lachesis capturada Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada municiacutepio de Quebrangulo AL (1989)

221

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

pelo trabalho que tanto amava mas com a presenccedila marcante de sua cara meta-de ldquoEra dia saacutebado 20 de maio de 1989 no final da manhatilde quando eu chegava ao portatildeo de entrada do IVB Estava com meu dedo indicador da matildeo direi-ta bastante edemaciado aleacutem do meu sangue incoagulaacutevel e hematuacuteria maci-ccedila (com cilindros hemaacuteticos) pois vinte e quatro horas antes havia sido picado por um filhote de jararaca (Bothrops ja-raraca) no Nuacutecleo de Ofiologia de Porto Alegre Rio Grande do Sul (NOPA) du-rante o encerramento de uma reuniatildeo do GT de Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (um dos quatro cria-dos para assessorar o Ministeacuterio da Sauacute-de no PNOSNABS) Tinha conseguido ser liberado da internaccedilatildeo para fazer o devido tratamento com a promessa de que me trataria no Rio assim que che-gasse pois minha esposa estava na uacutel-tima semana de gravidez Poreacutem soube jaacute na portaria do IVB que havia uma cai-xa de madeira com uma cobra surucucu que umas pessoas do Nordeste (precisamente Alagoas) haviam deixado horas antes Apesar do desconforto pelo envene-namento natildeo tratado e da desaprovaccedilatildeo do meu saudoso sogro meacutedico minha esposa no final da gestaccedilatildeo e do Dr Paulo A Lopes que agrave distacircn-cia orientara a me dirigir ao Hospital Universitaacuterio Clementino Fraga Filho

Foto 9 Lachesario Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

Foto 10 Extraccedilatildeo de veneno de Lachesis muta Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

222

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

do Fundatildeo onde ele jaacute havia deixado a equipe meacutedica sobre aviso eu rumei para o serpentaacuterio e me deparei com aquela caixa que achava pequena para conter uma surucucu O desejo e a an-siedade digladiavam-se em minha cabe-ccedila contra a desconfianccedila pelo tamanho da caixa No serpentaacuterio a luta foi achar uma ferramenta para retirar pelo menos uma ripa de madeira daquele recipien-te improvisado Finalmente com uma mega-chave-de-fenda consegui e entatildeo gritei de felicidade (ainda bem que as cobras satildeo surdas) ao ver nitidamente aquelas escamas ocre-alaranjadas e os losangos negros ao longo do dorso do corpo a serenidade da rainha das co-bras e a forma apertada de se enrodi-lhar que fez com que coubesse naquele recipiente Devo ter demorado cerca de meia hora para preparar uma moradia ampla limpa e segura com aacutegua fresca farta porque o pessoal que me aguar-dava na portaria natildeo parava de telefo-nar para irmos ao hospital Jaacute no hos-pital o tratamento foi complicado pois como suspeitava jaacute com a primeira gota de soro hiperimune entrando na mi-nha veia a reaccedilatildeo de meu organismo se apresentou fiquei todo vermelho e com muita falta de ar (dispneia) Era visiacutevel a preocupaccedilatildeo da equipe meacutedica multidisciplinar postada ao meu redor quanto agrave possibilidade do desenvolvi-mento de um choque anafilaacutetico e a ne-cessidade de canular minha traqueia O mais interessante dessa situaccedilatildeo eacute que um mecircs antes haviacuteamos dado uma aula

teoacuterica de ofidismo no curso de poacutes-gra-duaccedilatildeo de muitos dos meacutedicos da refe-rida equipe da emergecircncia finalizaacuteva-mos entatildeo nesse momento a aplicaccedilatildeo do conhecimento praacutetico Na semana seguinte a este episoacutedio nascia entatildeo minha filha Peneacutelope minha princesa e iniciava-se tambeacutem de fato o projeto surucucu ldquoLachesis muta a rainha das matasrdquo Foi e eacute o grande parceiro das ldquoSurucucus da Mata Atlacircnticardquo

Dono de um coraccedilatildeo gigante e espiacuterito inquebrantaacutevel o Aniacutebal nunca negou ajuda e apoio aos iniciantes e colegas Ajudou inuacutemeros bioacutelogos e outros pro-fissionais em seus projetos de poacutes-gra-duaccedilatildeo inclusive o meu com dados material e informaccedilotildees preciosas Em todos os cantos do Brasil o Aniacutebal dei-xou grandes amizades e fica muito di-fiacutecil enumeraacute-las sem cometer erros ou injusticcedilas Entretanto o que prevalece eacute o apreccedilo e a lembranccedila de todos que o conheceram (Foto 11 e 12) De norte a sul leste a oeste o Aniacutebal se fez presen-te em inuacutemeros simpoacutesios encontros e congressos levando sua simpatia e con-quistando as pessoas (Fotos 13 a 15) To-dos que o conheceram tecircm com certeza grandes histoacuterias e muitas gargalhadas com essa figura impagaacutevel

Coautor de um capiacutetulo do livro ldquoAs Cobras-Corais do Brasil Biologia Ta-xonomia Venenos e Envenenamentos (2016)rdquo aguardava ansioso a publi-caccedilatildeo de outro livro ldquoAdvances in Co-ralsnake Biology with an Emphasis in

223

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 11 Nelson Jor-ge Aniacutebal Melgarejo Giuseppe Puorto e Pedro Federsoni (em peacute) Marcus Buonona-to (sentado) Museu Bioloacutegico do Instituto Butantatilde (1991)

Foto 13 Amigos presti-giando Aniacutebal durante o Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacirc-nia GO (2019)

Foto 12 Nelson Jorge e Aniacutebal Melgarejo (2016)

224

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

South Americardquo com 60 autores e 22 capiacutetulos editado e distribuiacutedo nos Es-tados Unidos (2020) onde eacute coautor do capiacutetulo ldquoCoralsnakes of Medical In-terest in Brazilrdquo Unanimemente o livro foi dedicado pelos editores ao Aniacutebal

O Aniacutebal tambeacutem aprendeu a conviver e entender a realidade brasileira da co-munidade cientiacutefica que nem sempre sabe reconhecer o trabalho e a dedi-caccedilatildeo de uma alma fantaacutestica como a dele Natildeo importam trabalhos teses e manter um Curriacuteculo Lattes como uma prova de sua inclusatildeo no ciacuterculo de grandes pesquisadores O que realmen-te vale eacute caraacuteter coraccedilatildeo e amor no que fazia E ele fazia muito bem Uma ge-raccedilatildeo inteira que o conheceu realmente

Foto 14 Participantes do Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacircnia GO (2019)

vai ainda lamentar a ausecircncia desse ser uacutenico outra lamentaraacute sem saber bem o porquecirc e ainda outra vai se arrepen-der por ignorar estes fatos e ignorar ele mesmo nestes uacuteltimos anos

Por isso lamentamos profundamente a perda mas devemos lembraacute-lo com alegria e o incriacutevel privileacutegio de tecirc-lo conhecido e convivido com ele Extre-mamente bem-humorado risadas faacute-ceis e a preocupaccedilatildeo constante com o bem-estar do proacuteximo

225

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Apoacutes o veloacuterio e despedida dos que o consideravam com afeto mesmo que de muitos tenham sido agrave distacircncia foi realizada a cremaccedilatildeo e suas cinzas fo-ram divididas em trecircs partes uma par-te foi depositada no jazigo da famiacutelia da Aniesse junto aos seus pais que o tinham com o afeto que se dedica a um filho Outra parte de suas cinzas foram para Noruega para ficar na casa da Pe-neacutelope junto entatildeo de sua filha O filho Rafael pintou a caixa com as cinzas que ficou com a Peneacutelope (Foto 16) Em sua tampa pintou a bandeira do Uruguai e do Brasil E nas laterais colocou uma visatildeo do Rio de Janeiro (cidade amada pelo Aniacutebal) uma visatildeo do museu de arte projetada pelo Niemayer da cida-de de Niteroacutei em que morou nos anos de uniatildeo com a Aniesse uma visatildeo do Parque Pousada onde morou no Uru-

guai com seus pais e da Noruega onde estaacute a sua filha E a terceira parte foi levada para o Uruguai onde foi colo-cada em parte com seus pais e outra parte depositada por seu melhor amigo (Isidoro Maestro) e seu filhos no local onde ele pegou sua primeira serpente

Falar de uma pessoa como o Aniacutebal eacute uma tarefa muito difiacutecil pela ausecircncia mas muito faacutecil pela pessoa que ele eacute presente e natildeo passado Ele passou por noacutes deixando a sua simpatia coraccedilatildeo aberto abraccedilo amigo e sorriso faacutecil mas ficaraacute sempre nos coraccedilotildees e nas men-tes dos privilegiados que o conheceram Entatildeo a homenagem e a lembranccedila do Aniacutebal tecircm que ser presentes sempre Vida longa amigo das surucucus Deus te guarde em um lugar privilegiado Pa-rafraseando nossa brincadeira pessoal mucho gusto meu amigo

Foto 15 Aniacutebal palestrando durante o Simpoacutesio Interna-cional de Cobras-Corais Goi-acircnia GO (2019)

Foto 16 Caixa com as bandeiras do Uruguai e Brasil pintada por seu filho Rafael

226

Para informaccedilotildees sob preparacatildeo e submissatildeo de manuscritos entre em contato com os edito-res de seccedilatildeo

Instruccedilotildees para Autores

227

Hylomantis asperusUESC Ilheacuteus Ba Edvaldo Neto

Page 2: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades

HerpetologiarasileiraB

Agosto de 2020

Uma publicaccedilatildeo da Sociedade

volume 9 nuacutemero 2

Sociedade Brasileira de Herpetologiawwwsbherpetologiaorgbrhttpswwwinstagramcomsbherpetologia

Presidente Otavio Augusto Vuolo Marques1deg Secretaacuterio Selma Maria Almeida Santos2deg Secretaacuterio Karina Rodrigues da Silva Banci1deg Tesoureiro Myriam Elizabeth Velloso Calleffo2deg Tesoureiro Rafael dos Santos Henrique

Conselho Deacuteborah Silvano Diego Santana Joseacute P Pombal Jr Luciana Nasci-mento Luis Felipe Toledo Magno V Segalla Marcio Martins Mariana L Lyra e Taran Grant

Membros Honoraacuterios Augusto S Abe Carlos Alberto G Cruz Ivan Sazima Luiz D Vizzoto Thales de Lema

Diagramaccedilatildeo Isadora Puntel de Almeida

ISSN 2316-4670

Brasileira de Herpetologia

Corallus cropaniGuapiruvu Eldorado - SP Jonne Roriz

Micrurus lemniscatusParna Serra do Divisor - AC Glauco Oliveira

Informaccedilotildees Gerais

eacute quadrimestral (com nuacutemeros em Abril Agosto e Dezembro) e publica textos sobre assuntos de interesse para a comunida-de herpetoloacutegica brasileira

Ela eacute disponibilizada em formato PDF apenas online na paacute-gina da Sociedade Brasileira de Herpetologia (httpwwwsbherpetologiaorgbrpublicacoesherpetologia-brasileira) e nas redes sociais ou seja natildeo haacute versatildeo impressa em graacutefica Entretanto qualquer associado pode imprimir este arquivo

A revista eletrocircnica Herpetologia Brasileira

Xxxxxxxx xxxxxxxxxXxxxxxxx Xxxxxxx - XX Diego Cavalheri

Dendropsophus rhodopeplusCruzeiro do Sul - AC Lucas Lima

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees diversas sobre a SBH e eacute de responsabilidade da diretoria da Sociedade

Notiacutecias Herpetoloacutegicas Gerais Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre os eventos cursos concursos fon-tes de financiamento bolsas projetos etc de interesse para nossa comunidade A seccedilatildeo tambeacutem inclui informaccedilotildees sobre grupos de pesquisa instituiccedilotildees progra-mas de poacutes-graduaccedilatildeo etc

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre a conservaccedilatildeo da herpetofauna brasileira ou de fatos de interesse para nossa comunidade

Histoacuteria da Herpetologia Brasileira Esta seccedilatildeo apresenta ensaios entrevistas e curiosidades sobre a histoacuteria da herpeto-logia Brasileira (eg congressos histoacuterias de campo etc hellip) buscando resgatar um pouco a histoacuteria da herpetologia brasileira para os dias atuais

Trabalhos Recentes Esta seccedilatildeo apresenta resumos breves de trabalhos publica-dos recentemente sobre espeacutecies brasileiras ou sobre outros assuntos de interesse para a nossa comunidade preferencialmente em revistas de outras aacutereas

Dissertaccedilotildees amp Teses Esta seccedilatildeo eacute publicada anualmente no uacuteltimo volume do ano (dezembro) e apresen-ta as informaccedilotildees sobre as dissertaccedilotildees e teses em qualquer aspecto da herpetologia brasileira defendidas no ano anterior Qualquer egresso ou orientador pode entrar em contato diretamente com o editor da seccedilatildeo informando os seguintes dados refe-rentes a dissertaccedilatildeo ou tese defendida (1) universidade e departamentoinstituto (2) graduaccedilatildeo (3) data da defesaaprovaccedilatildeo (4) programa de poacutes-graduaccedilatildeo (5) aluno (6) tiacutetulo (7) orientador

Seccedilotildees

Seccedilotildees

Meacutetodos em Herpetologia Esta seccedilatildeo trata dos meacutetodos claacutessicos e de vanguarda referentes a herpe-tologia Satildeo abrangidos revisotildees e descriccedilotildees de novos meacutetodos empiacutericos relacionados aos diversos meacutetodos de coleta e anaacutelise de dados represen-tando a multidisciplinaridade da herpetologia moderna

Ensaios amp Opiniotildees Esta seccedilatildeo apresenta opiniotildees sobre assuntos de interesse geral em herpe- tologia

ResenhasEsta seccedilatildeo apresenta textos que resumem e avaliam o conteuacutedo de livros de interesse para nossa comunidade

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Esta seccedilatildeo apresenta artigos que preferencialmente resultam de observa-ccedilotildees de campo de natureza fortuita realizadas no Brasil ou sobre espeacutecies que ocorrem no paiacutes

Obituaacuterios Esta seccedilatildeo apresenta artigos avisando sobre o falecimento recente de um membro da comunidade herpetoloacutegica brasileira ou internacional conten-do uma descriccedilatildeo de sua contribuiccedilatildeo para a herpetologia

Listas de Espeacutecies Brasileiras Periodicamente a SBH publica a lista oficial de espeacutecies de anfiacutebios e reacutepteis brasileiros

Editores Gerais Deacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Joseacute P Pombal Jr (pombalacdufrjbr)Magno Segalla (msegallagmailcom)

Editor de liacutengua inglesaRoss D MacCullochRoyal Ontario Museum Canada

Notiacutecias da SBH Rafael dos Santos Henrique (rafahenriquebiologiagmailcom)

Notiacutecias Herpetoloacutegicas GeraisCinthia Aguirre Brasileiro (cinthia_brasileiroyahoocombr)Mirco Soleacute (mksoleuescbr)Paulo Seacutergio Bernarde (snakebernardehotmailcom)Rachel Montesinos(kelmontesinosgmailcom)

Notiacutecias de ConservaccedilatildeoCybele Lisboa(cyblisboayahoocombr)Deacutebora Silvano (deborasilvanogmailcom)

Corpo Editorial

Ibere F Machado (iberemachadogmailcom)Luis Fernando Marin (pulchellagmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)

Histoacuteria da Herpetologia BrasileiraDeacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

Trabalhos RecentesAdriano Oliveira Maciel (aombiologoyahoocombr)Ariadne Fares Sabbag (ariadnesabbaggmailcom)Daniel S Fernandes (danferufrjgmailcom)Jeacutessica Mudrek (jessicamudrekgmailcom)Laura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)

Corpo Editorial

Dissertaccedilotildees amp TesesGiovanna G Montingelli (mastigodryasgmailcom)

DivulgaccedilatildeoLaura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

Meacutetodos em HerpetologiaAlexandro Tozetti (alexandrotozettigmailcom)Luis Felipe Toledo (toledolf2yahoocom)

Ensaios amp OpiniotildeesJulio Cesar Moura-Leite (jmouraleitegmailcom)Luciana B Nascimento (lunapucminasbr)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

ResenhasJoseacute P Pombal Jr - Anfiacutebios (pombalacdufrjbr)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo GeograacuteficaCarla Santana Cassini - Anfiacutebios (carlacassinigmailcom)Henrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

ObituaacuteriosEntrar em contato com os editores

Listas de Espeacutecies BrasileirasHenrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Magno Segalla - Anfiacutebios (msegallagmailcom)Paulo Christiano A Garcia - Anfiacutebios(pcagarciagmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Sumaacuterio

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia

2612

4454

76136

Trabalhos Recentes

Ensaios e Opiniotildees

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Listas de Anfibios e Reacutepteis

38Histoacuteria da Herpetologia

66Resenhas

Ameerega pulchripectaSerra do Navio - AP Eduardo Campo

12

A Herpetologia Brasileira (HB) revista eletrocircnica de divulgaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Her-

petologia eacute produzida atraveacutes da dedi-caccedilatildeo voluntaacuteria de nossos editores e busca a sintonia com as demandas da nossa comunidade herpetoloacutegica Nes-te contexto a Herpetologia Brasileira esta em constante construccedilatildeo buscan-do uma maior interaccedilatildeo com a nossa comunidade herpetoloacutegica

Desde o iniacutecio do mecircs de junho de 2020 HB estaacute presente nas miacutedias sociais Agora aleacutem dos volumes publicados nos meses de abril agosto e dezembro HB tambeacutem esta no Instagram com o perfil Herpetologia Brasileira - HB e no Twitter

Notiacutecias da SociedadeBrasileira de HerpetologiaNota dos editores

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Nossos perfis satildeo coordenados por nos-sas novas editoras e divulgadoras

Laura Alencar Mariana Pontes Quezia Ramalho e Sarah Macircngia

Sigam a HB e guardem por mais novi-dades nos nossos canais de comunica-ccedilatildeo

13

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Deacutelio Baecircta Joseacute P Pombal Jr e Magno Segalla

Editores Gerais - Herpetologia Brasileira

Mudanccedila no corpo editorial

A SBH e a Herpetologia Brasi-leira agradecem imensamente aos nossos editores que deixam o nosso corpo editorial e daacute boas vindas aos novos editores

A produccedilatildeo das revistas da SBH soacute eacute possiacutevel graccedilas agrave dedicaccedilatildeo dos membros dos corpos editoriais

que dedicam seu tempo agrave editoraccedilatildeo Devido a outras exigecircncias profissionais e pessoais agraves vezes os editores satildeo obri-gados a renunciar aos cargos para poder atender a outras demandas e permitir que outros pesquisadores passem a fa-zer parte dos corpos editoriais

Agradecemos imensamente aos editores

Francisco Luis Franco (Obituaacuterios)

Rodrigo Tinoco (Editor graacutefico e con-tato para publicidade)

Yeda Bataus (Notiacutecias de Conservaccedilatildeo)

Tambeacutem damos boas-vindas aos novos editores que passam a inte-grar a Herpetologia Brasileira

Jessica R Mudrek (Trabalhos Recentes)

Laura R V de Alencar (Trabalhos Recentes)

Mariana R Pontes (Notiacutecias da conservaccedilatildeo)

Quezia Ramalho (Resenhas)

Sarah Macircngia (Notas de Histoacuteria Natural e Distri-buiccedilatildeo Geograacutefica)

14

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Devido agrave pandemia do novo co-ronaviacuterus a diretoria da SBH juntamente com seus con-

selheiros decidiu adiar o Congresso Brasileiro de Herpetologia (CBH) que ocorreria em meados de julho de 2021

A organizaccedilatildeo de um CBH eacute desafiado-ra e conta com a participaccedilatildeo o enga-jamento e o voluntariado de diversas pessoas instituiccedilotildees e empresas Esse desafio seria ainda maior durante uma pandemia na qual haacute incertezas e pre-ocupaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves nossas ativi-dades diaacuterias e ao futuro Aleacutem disso a diretoria da SBH acredita que ainda natildeo podemos pensar na organizaccedilatildeo de um evento que aglomeraraacute pessoas em salas e auditoacuterios Haacute muitas in-certezas para o proacuteximo ano e o mais seguro seraacute adiar o nosso tatildeo querido CBH para um momento no qual tenha-mos tranquilidade para estarmos todos juntos discutindo ciecircncia e encontran-do velhos e novos amigos A diretoria da SBH espera que todos estejam bem e que possamos nos encontrar no Con-gresso Brasileiro de Herpetologia de 2022

Editor Rafael S Henrique

Congresso Brasileiro de Herpetologia adiado

15

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Corallus caninusManaus - AM Alexander T Mocircnico

16

Os dados de citaccedilatildeo de 2019 para os perioacutedicos indexados na Web of Science foram publicados

no final de junho e a South American Journal of Herpetology (SAJH) alcan-ccedilou seu maior fator de impacto (FI) 1388 ultrapassando perioacutedicos tradi-cionais de referecircncia mundial na aacuterea (Figura 1) Esse resultado eacute a conquista de toda a nossa sociedade especialmen-te dos editores associados e inuacutemeros revisores que de maneira voluntaacuteria laboram para garantir a qualidade dos trabalhos e dos autores que escolhem a SAJH para publicar seus resultados

Parte da estrateacutegia para atingir esse FI inclui a limitaccedilatildeo do nuacutemero de artigos publicados por ano O FI eacute calculado como o nuacutemero de citaccedilotildees no ano C aos artigos publicados nos anos A e B dividido pelo nuacutemero de artigos publi-cados nos anos A e B Idealmente to-dos os artigos publicados contribuiacuteram positivamente para o FI Entretanto infelizmente natildeo todos os artigos cien-tificamente excelentes e importantes satildeo altamente citados nos primeiros dois anos apoacutes sua publicaccedilatildeo e a reali-dade eacute que a maioria dos artigos publi-cado na SAJH natildeo eacute bem citada duran-te esse periacuteodo Portanto o FI depende criticamente dos muito poucos artigos altamente citados - principalmente os estudos monograacuteficos publicados como nuacutemeros especiais Para natildeo diluir o efeito desses artigos altamente citados eacute necessaacuterio limitar o nuacutemero total de artigos publicados

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Informe sobre a South American Journal of Herpetology

Uma consequecircncia infeliz dessa limi-taccedilatildeo tem sido o atraso prolongado da publicaccedilatildeo de artigos aceitos Com a consolidaccedilatildeo do nosso FI em 2020 comeccedilamos a aumentar o nuacutemero de artigos publicados por ano de 24-25 em anos anteriores a 34-35 este ano Tambeacutem alteramos os procedimentos de publicaccedilatildeo para aproveitar melhor o mecanismo de ldquoissues in progressrdquo que a BioOne oferece para a liberaccedilatildeo an-tecipada online dos artigos aceitos Sob esse mecanismo os artigos necessaria-mente satildeo liberados na versatildeo final in-clusive com a paginaccedilatildeo final Portan-to todos os artigos de um determinado volume devem ser liberados na sequecircn-cia final engessando o processamento dos artigos Para garantir maior flexi-bilidade em 2020 comeccedilamos a publi-car vaacuterios volumes por ano em vez de um uacutenico volume com vaacuterios nuacutemeros Desta maneira podemos disponibilizar artigos de vaacuterios volumes simultanea-mente agrave medida que a ediccedilatildeo e a dia-gramaccedilatildeo forem finalizadas aceleran-do a disseminaccedilatildeo dos artigos Com essa mudanccedila a expectava no iniacutecio do ano era a liberaccedilatildeo de todos os artigos aceitos ateacute junho de 2020 mas natildeo foi possiacutevel atingir essa meta por causa dos diversos impactos da pandemia de COVID-19 De qualquer forma todos os artigos aceitos seratildeo liberados nos proacuteximos meses inclusive os dos volu-mes formalmente publicados em 2021

17

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Agrave medida que a revista cresce e amadu-rece surgem novos desafios O aumen-to significativo na taxa de submissatildeo de artigos tem sido um estresse enor-me para a gestatildeo da revista Aleacutem da demora em receber pareceres de qua-lidade sobre as submissotildees - um desa-fio que todos os perioacutedicos enfrentam - as demandas de correspondecircncia com autores durante o processamento das submissotildees aumentaram resultando em respostas atrasadas ou inclusive e-mails natildeo atendidos Essa situaccedilatildeo tambeacutem exacerbada pela pandemia eacute lamentaacutevel e inaceitaacutevel Portanto a Diretoria da SBH autorizou a contrata-ccedilatildeo de serviccedilo de secretariado para au-xiliar na comunicaccedilatildeo com os autores

e funccedilotildees relacionadas o que deve ser fechada em breve

Com essas mudanccedilas estou confiante de que iremos conseguir manter a exce-lecircncia e o alto ranking da SAJH reduzir significativamente o prazo de liberaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos artigos e melhorar a frequecircncia e a qualidade das interaccedilotildees com os autores durante o processamen-to das submissotildees

Taran Grant

Editor-in-Chief SAJH

Figura 1 Valores do Fator de Impacto de 2019 de perioacutedicos da aacuterea da herpetologia

18

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

NOTA DE REPUacuteDIO DAS ASSOCIACcedilOtildeES E SOCIEDADES

CIENTIFICAS BRASILEIRAS AO DESMANTELAMENTO DAS POLIacuteTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

A Sociedade Brasileira para Progresso da Ciecircncia (SBPC) Associaccedilatildeo

Brasileira de Limnologia (ABLimno) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e

Conservaccedilatildeo (ABECO) Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO) Sociedade

Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP) Sociedade

Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox) Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC) Associaccedilatildeo Brasileira de

Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen) Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-

Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) Sociedade Astronocircmica Brasileira

(SAB) Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) Sociedade Brasileira de Biofiacutesica

(SBBf) Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos Sociedade Brasileira de

Geneacutetica (SBG) Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Sociedade Brasileira de

Eletromagnetismo (SBMAG) Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO) Associaccedilatildeo Nacional de

Histoacuteria (ANPUH) Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT) Sociedade

Brasileira de Matemaacutetica (SBM) Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Sociedade Brasileira de Virologia Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais

(SBPM) Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) Sociedade Brasileira de Quiacutemica

(SBQ) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP) Associaccedilatildeo Nacional de

Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL) Sociedade Brasileira

De Zoologia (SBZ) Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) Sociedade

Brasileira de Carcinologia (SBC) Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Sociedade Brasileira de Etologia SBEt Sociedade Brasileira de Malacologia

(SBMa) Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) Sociedade Brasileira de

Primatologia (SBPR) Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto) Sociedade

Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL) Sociedade Brasileira para

o Estudo de Quiropteros (SBEQ) Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias (ESOCITE)

vecircm manifestar repuacutedio quanto ao enfraquecimento e desmantelamento das poliacuteticas de

19

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia conservaccedilatildeo ambiental no Brasil desde o iniacutecio de 2019 aumentando a pressatildeo humana

sobre os ecossistemas brasileiros e sobre agrave Biodiversidade Efeitos de meacutedio e longo prazo

sobre perda de haacutebitats e de espeacutecies satildeo esperados com danos de grande magnitude agrave

biodiversidade brasileira consequentemente no funcionamento dos ecossistemas Este

quadro eacute uma das consequecircncias da reduccedilatildeo de dispositivos legais de fiscalizaccedilatildeo do

desmantelamento dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle aleacutem da reduccedilatildeo dos

mecanismos de participaccedilatildeo popular em oacutergatildeos como o CONAMA (1)

A recente declaraccedilatildeo do Ministro do Meio do Ambiente Ricardo Salles repercutida em

todo mundo eacute um grave indicativo da ausecircncia de uma poliacutetica ambiental com foco na

conservaccedilatildeo e sustentabilidade dos recursos naturais do paiacutes assim como um grave atentado

contra o proacuteprio Ministeacuterio que deveria representar Ao declarar que o ldquogoverno deveria

aproveitar o momento em que o foco da sociedade estaacute voltado para o combate ao Covid

19 para simplificar regras e normasrdquo o atual ministro abre um grave precedente agrave

devastaccedilatildeo do sistema de conservaccedilatildeo ambiental brasileiro expondo accedilotildees contra os

interesses nacionais de gestatildeo dos recursos naturais que satildeo funccedilatildeo da sua proacutepria pasta

Tais medidas aleacutem de questionadas devem ser submetidas a um rigoroso processo de

avaliaccedilatildeo com as devidas medidas legais aplicadas

A falta de compromisso do atual governo com a conservaccedilatildeo ambiental expotildee a

falha no cumprimento dos princiacutepios expostos no artigo 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira que

claramente descreve o papel da Uniatildeo e da coletividade na defesa e preservaccedilatildeo do meio

ambiente

A ideia de desmantelamento vem desde a eacutepoca das eleiccedilotildees quando o entatildeo candidato

cogitava na extinccedilatildeo da pasta do Meio Ambiente como Ministeacuterio No entanto a existecircncia do

mesmo natildeo foi garantia de manutenccedilatildeo da poliacutetica de conservaccedilatildeo ambiental acordos climaacuteticos

e combate ao desmatamento sendo o Serviccedilo Florestal Brasileiro transferido para o Ministeacuterio da

Agricultura e a Agecircncia Nacional das Aacuteguas (ANA) para o Ministeacuterio de Desenvolvimento

Regional

- O desmatamento da Amazocircnia tem registrado os maiores aumentos percentuais

dos uacuteltimos 10 anos desde 2019 com um pico registrado no uacuteltimo mecircs de abril no Estado

do Paraacute segundo dados gerados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) (2) Entre

as graves consequecircncias no avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia podem ser destacados aleacutem

da irreparaacutevel perda da biodiversidade os efeitos em escala global com aumento de incidecircncia de

secas e extremos climaacuteticos bem como aumento da liberaccedilatildeo de CO2 (134)

20

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

- A reduccedilatildeo abrupta no uacuteltimo ano do nuacutemero de multas aplicadas pelo IBAMA em

todo paiacutes (5) especialmente na regiatildeo Norte e as frequentes declaraccedilotildees negativas do

Ministro Ricardo Salles e do proacuteprio governo em relaccedilatildeo aos marcos regulatoacuterios que

definem o papel criacutetico dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo expondo o patrimocircnio ambiental do

paiacutes a um aumento sem precedentes no desmatamento e a outros crimes de natureza

predatoacuteria

- Exoneraccedilatildeo de especialistas de cargos fundamentais na fiscalizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

de estrateacutegias e poliacuteticas de conservaccedilatildeo ambiental como ICMBio (6) Criado pela lei

11516 de 28 de agosto de 2007 o ICMBio tem como missatildeo executar medidas para

cumprimento do exposto no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo)

incluindo fiscalizaccedilatildeo das Unidades de Conservaccedilatildeo (UCs) instituiacutedas por lei Outra

medida do atual governo foi a revisatildeo de UCs alegando ilegalidades na criaccedilatildeo com

possibilidade de afrouxamentos nos niacuteveis de proteccedilatildeo ambiental que foram instituiacutedos

por teacutecnicos especializados atraveacutes de criteriosa anaacutelise ambiental e planos de manejo

Tais medidas associadas a outras de mesma natureza expotildee as UCs a alta vulnerabilidade

e riscos pois incluem aacutereas de alta relevacircncia para conservaccedilatildeo espeacutecies raras e

endecircmicas bem como haacutebitats uacutenicos e espeacutecies altamente ameaccedilados

- Desde o iniacutecio do atual governo aproximadamente 551 agrotoacutexicos foram

liberados sendo que 30 a 35 destes foram considerados potencialmente canceriacutegenos

pelas agecircncias regulamentadoras internacionais e proibidos pela Uniatildeo Europeacuteia Aleacutem

dos evidentes riscos agrave sauacutede humana o aumento na liberaccedilatildeo de agrotoacutexicos com alto

iacutendice de toxicidade representam um retrocesso na poliacutetica ambiental nacional com

consequentes e seacuterios riscos agrave sauacutede humana e aos ecossistemas naturais (7) aumentando

concentraccedilatildeo e acuacutemulo de substacircncias deleteacuterias nos solos e corpos dacuteaacutegua

- O definhamento do sistema de Gestatildeo de Riscos e Resposta a Desastres Naturais

bem como a ausecircncia de investimentos para o setor ao longo dos anos aumenta a

vulnerabilidade dos ecossistemas da biodiversidade e da populaccedilatildeo humana a fatores que

podem ser evitados a partir do comprometimento governamental quanto ao

monitoramento preventivo agrave contenccedilatildeo de diversos acidentes envolvendo por exemplo

o derramamento de substacircncias toacutexicas e o rompimento de barragens As falhas constantes

na coordenaccedilatildeo e na gestatildeo de crises ambientais assim como a reduccedilatildeo abrupta de

investimentos foram expostas durante o episoacutedio do derramamento de petroacuteleo que

contaminou a costa brasileira em 2019 Neste caso mesmo com a ocorrecircncia de altos

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

21

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia niacuteveis de contaminaccedilatildeo ambiental da plataforma continental e ecossistemas associados o

Plano de Contingecircncia para Incidentes de Poluiccedilatildeo por Oacuteleo natildeo foi acionado mesmo este

estando previsto em lei (Decreto Nordm 8127 de 22 de outubro de 2013)

- A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo popular e de setores da sociedade civil em oacutergatildeos como

o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) A participaccedilatildeo da sociedade civil

representa um marco no papel de fiscalizaccedilatildeo dos ambientes no sentido da conservaccedilatildeo

uso e gestatildeo de seus recursos naturais Assim a reduccedilatildeo da participaccedilatildeo da sociedade

nesse processo se reflete o enfraquecimento de um marco democraacutetico importante no

processo decisoacuterio

- Aleacutem das questotildees de abrangecircncia nacional como as previamente mencionadas

a natildeo adesatildeo e saiacuteda do Brasil das discussotildees associadas agraves poliacuteticas internacionais de

Combate de mudanccedilas climaacuteticas e Aquecimento Global eacute um retrocesso Os draacutesticos

cortes de verbas e discursos erraacuteticos e negacionistas sobre a relevacircncia das medidas a

serem tomadas nesse sentido eacute um indicador da ausecircncia de compromisso do presente

governo com as poliacuteticas internacionais incluindo a reduccedilatildeo da emissatildeo de gases de efeito

estufa em um momento onde o aumento destes gases liberados pela crise de

desmatamento e incecircndios na Amazocircnia receberam grande repercussatildeo internacional

Diante desse cenaacuterio as presentes Associaccedilotildees e Sociedades Cientiacuteficas Brasileiras

da aacuterea de Biodiversidade Ciecircncias Bioloacutegicas Ciecircncias Exatas e Humanidades

expressam seu repuacutedio e solicitam providecircncias dos oacutergatildeos responsaacuteveis no sentido de

impedir e coibir a atual poliacutetica de desmantelamento ambiental O patrimocircnio ambiental

eacute um elemento criacutetico no desenvolvimento e manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta e das

futuras geraccedilotildees e portanto deve ser salvaguardado de medidas predatoacuterias O futuro do

Brasil depende da sua Natureza

Brasil 26 de maio de 2020

Ildeu Moreira

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia (SBPC)

Luciana Gomes Barbosa (UFPB) Presidente da Associaccedilatildeo Brasileira de Limnologia (ABLimno)

Carlos Eduardo de Viveiros Grelle

Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

22

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Maria Alice dos Santos Alves Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)

Fernanda Vidigal Duarte Souza

Sociedade Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG)

Tacircnia Regina dos Santos Silva (UEFS) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Ana da Silva Leacutedo

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP)

Flavio Manoel Rodrigues da Silva Juacutenior Presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox)

Ricardo Gazzinelli

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Gisele Sanglard Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC)

Silvia Batistuzzo

Associaccedilatildeo Brasileira de Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen)

Marco Antonio Mitidiero Junior Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)

Reinaldo de Carvalho

Sociedade Astronocircmica Brasileira (SAB)

Maria Elina Bichuette Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI)

Antonio Costa

Sociedade Brasileira de Biofiacutesica (SBBf)

Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos

Maacutercio de Castro Silva Filho Sociedade Brasileira de Geneacutetica (SBG)

Vilma Alves de Oliveira

Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Joseacute Roberto Cardoso

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

23

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)

Acircngelo Alves Correcirca Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Daniel Caixeta Andrade

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO)

Marcia Maria Menendes Motta Associaccedilatildeo Nacional de Histoacuteria (ANPUH)

Cristiano Magalhatildees Panazio

Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT)

Paolo Piccione Sociedade Brasileira de Matemaacutetica (SBM)

Ana Maria Ceacutesar Pompeu

Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Fernando Spilki Sociedade Brasileira de Virologia

Kalyne Leal

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM)

Simone Pereira Cerqueira Cruz Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)

Norberto Peporine Lopes

Sociedade Brasileira de Quiacutemica (SBQ)

Flaacutevia Biroli Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP)

Frederico Fernandes

Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL)

Luciane Marinoni

Sociedade Brasileira De Zoologia (SBZ)

Joatildeo Thadeu de Menezes Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

24

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

William Ricardo Amancio Santana (USC) Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC)

Gabriel Augusto Rodrigues de Melo

Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Fabio Prezoto Sociedade Brasileira de Etologia SBEt

Sonia Barbosa dos Santos

Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa)

Alexandre Reis Percequillo Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)

Gustavo Canale

Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPR)

Marcio Martins Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto)

Otto Bismarck Fazzano Gadig

Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL)

Enrico Bernard Sociedade Brasileira para o Estudo de Quiropteros (SBEQ)

Eliane Dias Quintela

Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Maiacutera Baumgarten Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias

(ESOCITE)

Referecircncias

1 Thomaz SM Barbosa LG Souza MC Panosso R Opinion The future of nature conservation in Brazil Inland Waters In press

2 Fonseca A Cardoso D Ribeiro J Ferreira R Kirchhoff F Amorim L Monteiro A Santos B Ferreira B Pontes M Souza Jr C Veriacutessimo A 2020 Boletim do desmatamento da Amazocircnia Legal (abril 2020) SAD (p 1) Beleacutem Imazon

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

25

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

3 CNN Brasil 2019 Quais os riscos do avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia CNN Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwcnnbrasilcombrnacional20200308quais-os-riscos-do-avanco-do-desmatamento-na-amazonia

4 Marengo JA Soares WR Saulo C Nicolini M 2004 Climatology of the low-level jet east of the Andes as derived from NCEP-NCAR reanalyses characteristics and temporal variability J Clim 172261ndash2280

5 Shalders A 2020 Queimadas disparam mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro BBC News Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwbbccomportuguesebrasil-49430376

6 Menegassi D 2020 ICMBio exonera todos os chefes de UCs que protegem o mico-leatildeo-dourado O Eco Rio de Janeiro [acessado25 de maio de 2020] httpswwwoecoorgbrreportagensicmbio-exonera-todos-os-chefes-de-ucs-que-protegem-o-mico-leao-dourado

7 Marin-Morales MA Ventura-Camargo BC Hoshina MM 2013 Toxicity of herbicides impact on aquatic and soil biota and human health In Price AJ Kelton JA editors In Herbicides ndash Current Research and Case Studies in Use InTech Rijeka Croatia p 399ndash443

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

26

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA CONSERVACcedilAtildeO DO BOI-DEO MAIS RARO DO MUNDO A JIBOIA-DO-RIBEIRA - Corallus Cropanii (HOGE1953)

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Localizada ao sul do Estado de Satildeo Paulo a regiatildeo do Vale do Ribeira abriga em uma faixa de vegetaccedilatildeo

contiacutenua grande parte dos remanescentes de Mata Atlacircntica do Brasil apresentan-do uma potencial fonte de recursos natu-rais e encantadora diversidade ecoloacutegica Abrangendo 31 municiacutepios satildeo encon-tradas diferentes tipos de comunidades distribuiacutedas historicamente ao longo de todo o Vale como quilombolas caiccedilaras indiacutegenas dentre outras aleacutem de uma rica biodiversidade ainda parcialmente desco-nhecida

Eacute nesta regiatildeo que vive uma serpente con-siderada por especialistas como uma das mais raras do mundo ameaccedilada de ex-tinccedilatildeo de acordo com a lista vermelha da Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (Marques 2010) e vulneraacutevel agrave extinccedilatildeo pela lista de espeacutecies ameaccedila-das do Brasil (ICMBio 2018) a Corallus cropanii (Hoge 1953) tambeacutem conhecida como Boa de Cropan e recentemente reba-tizada como Jiboia-do-Ribeira Acredita-

Daniela Gennari sup1 Bruno Rocha sup2

sup1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil danigen-narigmailcomsup2 Instituto Butantan 05503-900 Satildeo Paulo SP Brasil brunorochaherpetogmailcom

-se que essa jiboia tem distribuiccedilatildeo restri-ta ao Vale do Ribeira poreacutem permanecem desconhecidas a estrutura e a dinacircmica populacional desta enigmaacutetica espeacutecie

O primeiro indiviacuteduo conhecido desta es-peacutecie chegou agraves matildeos do herpetoacutelogo do Instituto Butantan Dr Alphonse Richard Hoge em 1953 e foi descrito como Xeno-boa cropanii uma homenagem ao Baratildeo Ottorino de Fiore di Cropani Geoacutelogo e Vulcanoacutelogo italiano que foi professor vi-sitante no Brasil durante a fundaccedilatildeo da Universidade de Satildeo Paulo (Hoge 1953) Apoacutes a descriccedilatildeo o indiviacuteduo - um macho com cerca de 1m de comprimento encon-trado no municiacutepio de Miracatu SP - foi tombado como holoacutetipo da espeacutecie na co-leccedilatildeo do Instituto Butantan e posterior-mente perdido no incecircndio ocorrido na mesma coleccedilatildeo em 2010 (Franco 2012)

O segundo exemplar foi encontrado em Pedro de Toledo em 1969 e levado agrave Co-leccedilatildeo do Instituto Butantan sendo poste-riormente doado ao American Museum of Natural History em New York (EUA) O

27

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

terceiro espeacutecime foi encontrado em 1978 e chegou ao Instituto Butantan pelo trem que partia da estaccedilatildeo de Santos litoral de Satildeo Paulo e por este motivo natildeo tem sua procedecircncia especiacutefica

Apoacutes cerca de 30 anos sem novos regis-tros pesquisadores do Instituto Butantan receberam um novo espeacutecime morto em 2002 encontrado no municiacutepio de Eldo-rado por um fazendeiro que havia preser-vado em aacutelcool somente a cabeccedila e a pele do animal Alguns anos depois em 2009 outro exemplar da espeacutecie foi morto e re-gistrado com uma uacutenica fotografia por moradores do bairro Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras (SP) publicado posterior-mente como o quinto registro da espeacutecie (Machado-Filho et al 2011) Em 2016 os moradores do mesmo local encontraram um novo espeacutecime da jiboia que embora tenha sido morto teve parte de sua pele e esqueleto recuperados e material geneacutetico coletado Trata-se do sexto registro e en-contra-se na coleccedilatildeo cientiacutefica do Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo

Historicamente haacute na relaccedilatildeo homem-ser-pentes diversas crenccedilas mitos e lendas negativas sobre esses animais estimulan-do a rejeiccedilatildeo e o medo e fazendo com que na maior parte das vezes as serpentes se-jam mortas quando encontradas (Argocirclo 2004 Lima-Verde 1994 Vizotto 2003) No caso da Jiboia-do-Ribeira natildeo seria diferente jaacute que segundo os moradores muitas vezes satildeo confundidas com outra espeacutecie peccedilonhenta e abundante na aacuterea a Bothrops jararacussu Outro ponto im-portante eacute que mesmo havendo exaustivo esforccedilo amostral em buscas cientiacuteficas por parte de pesquisadores na regiatildeo do Vale

todos os exemplares foram avistados ape-nas por membros da comunidade

Intrigados por esse contexto somado a deficiecircncia de dados sobre aspectos gerais da biologia da espeacutecie e os mais de 60 anos sem acesso a um espeacutecime vivo desenvol-vemos em 2016 o ldquoProjeto de Conservaccedilatildeo da Jiboacuteia do Ribeirardquo (Figura 01) utili-zando entatildeo a Educaccedilatildeo Ambiental como ferramenta principal para encontrar es-peacutecimes vivos de Corallus cropanii Con-tando com a ajuda da comunidade local buscamos ampliar a percepccedilatildeo ambiental dos moradores de diversas faixas etaacuterias atraveacutes da sensibilizaccedilatildeo a fim de elucidar os valores cientiacuteficos agregados a esta es-peacutecie e desenvolver atitudes que lhes per-mitam adotar uma posiccedilatildeo participativa a respeito das questotildees relacionadas com a conservaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo consciente dos recursos naturais Atraveacutes das atividades educativas (Figura 02) ressaltamos a im-portacircncia de encontrar espeacutecimes vivos para monitorar de perto a Jiboia-do-Ri-beira em seu habitat natural e obter infor-maccedilotildees ainda desconhecidas sobre seus haacutebitos de vida

28

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 1 Logo de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira

Figura 2 Atividade de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira para os mora-dores da comunidade do Guapiruvuacute utilizando os folhetos Foto Tiago Queiroz

29

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Para viabilizaccedilatildeo do projeto a Uniatildeo In-ternacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (IUCN) forneceu o apoio financeiro atra-veacutes do Boas and Phytons Specialist Group (BPSG) e contamos tambeacutem com apoio e orientaccedilotildees do RAN-ICMBio durante ofi-cina do PAN (Plano de Accedilatildeo Nacional para Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) Comeccedila-mos criando um novo nome vernacular vi-sando estreitar a ligaccedilatildeo da sociedade com esta espeacutecie o termo ldquoJiboiardquo para sinali-zar a identificaccedilatildeo como uma espeacutecie de serpente natildeo venenosa e ldquodo Ribeirardquo por ser endecircmica da regiatildeo do Vale do Ribeira Demos iniacutecio ao plano de educaccedilatildeo am-biental com a comunidade do Guapiruvuacute bairro rural de Sete Barras (SP) onde fo-ram feitos os registros mais recentes desta espeacutecie

Essa interaccedilatildeo do projeto junto agrave comuni-dade do Guapiruvuacute foi significativamente favorecida pelo fato da comunidade estar historicamente ligada agraves causas ambien-

tais e uso sustentaacutevel do meio ambiente Logo no iniacutecio houve uma parceria com a frente ambiental da Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute os ldquoAmigos da Matardquo (Figura 03) que nos ajudaram a realizar aulas e palestras sobre as espeacutecies de serpentes que habitam a regiatildeo infor-mando sobre como identificar as espeacutecies venenosas e apresentando a Jiboia-do-Ri-beira ao puacuteblico infantil jovem e adulto enfatizando que eacute um animal especial que soacute existe ali que se as pessoas continuas-sem a mataacute-los eles poderiam se extinguir antes mesmo que aprendecircssemos algo a respeito Tivemos o cuidado de destacar a relevacircncia cientifica dessa serpente acima de qualquer valor econocircmico pois sabe-mos que esta espeacutecie desperta o interesse de traficantes de animais que vendem ser-pentes para o comercio ilegal de animais de estimaccedilatildeo Ao longo desse processo foram distribuiacutedos por toda a comunidade car-tazes e folhetos contendo fotos e informa-ccedilotildees sobre a Jib0ia-do-Ribeira instruindo sobre como proceder e nos contactar no

caso de um encontro com um animal (Figura 04)

Figura 3 Bruno Rocha du-rante uma das palestras mi-nistradas junto ao grupo dos Amigos da Mata Foto Liacutevia Correcirca

30

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figuras 4 Folhetos elaborados por parte do Projeto para divulgaccedilatildeo identificaccedilatildeo da Jiboia -do-Ribeira e instruccedilotildees de como proceder frente a um encontro

Jiboacuteia do Ribeira Projeto de conservaccedilatildeo da serpente

Corallus cropanii

bull Vive somente no Vale do Ribeira bull Natildeo possui veneno

A Jiboacuteia do Ribeira

bull Possui proacuteximo a boca fossetas (buracos) entre as escamas

Projeto de conservaccedilatildeo e pesquisa de um animal raro

que vive aqui no Vale do Ribeira

Favor natildeo perturbar o animal caso o tenha encontrado

Se possui alguma informaccedilatildeo sobre a localizaccedilatildeo deste animal

favor entrar em contato pelos nuacutemeros abaixo

Bruno Rocha (Bioacutelogo) E-mail brunorochaherpetogmailcom

(11) 94908-4727 (Tim) (11) 95640-0922 (Vivo) WhatsApp

Ajude-nos a encontraacute-la Viva

31

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2- Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

A parceria Ciecircncia-Comunidade rendeu bons frutos Em ja-neiro de 2017 um novo indiviacuteduo da Jiboia-do-Ribeira foi en-contrado vivo por moradores do Bairro Guapiruvuacute no muni-ciacutepio de Sete Barras estado de Satildeo Paulo (Figuras 05 e 06)

Figuras 5 O seacutetimo es-peacutecime conhecido de Co-rallus cropanii sendo o primeiro conhecido vivo apoacutes o holoacutetipo da espeacutecie Foto Liacutevia Correcirca

Figuras 6 Detalhe das evidentes fossetas la-biais que auxiliaram a identificaccedilatildeo por parte dos moradores que a en-contraram Foto Daniela Gennari

32

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 7 Bruno Rocha com Andreacute Marques Bezerra e Paulo Viniacutecius Teixeira moradores do Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras Es-tado de Satildeo Paulo que encontraram o indiviacute-duo e nos auxiliaram durante todo o monito-ramento Foto Liacutevia Correcirca

Figura 8 A valiosa interaccedilatildeo entre os pes-quisadores e as crianccedilas da comunidade do Guapiruvu elaborada em atividades que per-mitem a conscientizaccedilatildeo e desmistificaccedilatildeo das serpentes sempre pautada nas curiosidades e histoacuterias por outro lado alertando tambeacutem possiacuteveis riscos Foto Liacutevia Correcirca

Uma fecircmea adulta com cerca de 175m de comprimento e quando estava prestes a levar uma paulada foi reconhecida como a tal Jiboia-do-Ribeira por dois rapazes do grupo que participaram das atividades de Educaccedilatildeo Ambiental que vinham sen-do desenvolvidas por parte do Projeto de Conservaccedilatildeo Jiboacuteia do Ribeira (Figuras 07 e 08) O exemplar apelidado pelas crian-ccedilas do projeto Amigos da Mata por ldquodona Crocircrdquo foi monitorado ao longo de 3 meses

consecutivos depois de ser solto no mes-mo local em que fora encontrado Figuras 09 a 13) Apoacutes o fim do monitoramento em 2017 a escassez de recursos fez com que nossas visitas e atividades educativas na regiatildeo fossem menos intensas nos uacuteltimos anos

33

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 9 Comunidade reunida para a tatildeo esperada soltura da dona Crocirc Foto Tiago Queiroz

Figura 10 Daniela Gennari e a Jiboia-do-Ri-beira durante o manejo em cativeiro Foto Tiago Queiroz

Figura 11 Bruno Rocha e a Jiboia-do-Ribeira durante o manejo para a soltura do animal no local onde foi encontrado Foto Tiago Queiroz

34

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 13 Bruno Rocha e Daniela Gennari durante o monitoramento noturno da dona Crocirc utilizando aleacutem da busca visual a frequecircn-cia do sinal do tag acopla-do ao animal Foto Tiago Queiroz

Figura 12 Daniela Gennari e Bruno Rocha durante o monitoramen-to diurno da dona Crocirc acompanhando o deslocamento do indiviacuteduo visualmente e por registros fotograacuteficos Foto Tiago Queiroz

35

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Foi quando em abril deste ano um novo indiviacuteduo de Corallus cropanii foi morto na beira de uma estrada de chatildeo no muni-ciacutepio de Sete Barras (SP) num bairro proacute-ximo de onde empreendemos as atividades de Educaccedilatildeo Ambiental Os moradores re-gistraram o encontro por fotografias e ao compararem as fotos com as informaccedilotildees disponibilizadas na internet nos cartazes do projeto entraram em contato conos-co No mesmo instante empreendemos as buscas ao espeacutecime no local de encontro com ajuda da Associaccedilatildeo de moradores do Guapiruvuacute mas infelizmente natildeo tivemos sucesso Ainda assim ao analisar detalha-damente as fotografias enviadas garanti-mos o registro do oitavo exemplar de Co-rallus cropanii conhecido ateacute o presente momento

Atualmente estamos em fase de publica-ccedilatildeo dos dados obtidos no monitoramento da Dona Crocirc e seguimos buscando novas fontes de investimentos e parcerias para expandir as atividades educacionais tanto no Guapiruvuacute quanto em outros bairros rurais das cidades da regiatildeo do Vale do Ri-beira Acreditamos que soacute com a uniatildeo dos esforccedilos entre ciecircncia e comunidade tere-mos novas oportunidades de encontrar espeacutecimes vivos e monitoraacute-los in situ buscando elucidar os mais diversos as-pectos de vida dessa espeacutecie Vale ressal-tar tambeacutem a ideia de que essa rara jiboia pode ser vista como uma espeacutecie bandeira para o Vale do Ribeira e que atraveacutes des-ta parceria com a comunidade poderemos elaborar estrateacutegias de conservaccedilatildeo para a Corallus cropanii bem como para vaacuterias espeacutecies da fauna e flora local

De uma forma geral cabe aos cientistas aprenderem a dialogar e compartilhar o conhecimento com as pessoas dos mais variados graus de instruccedilatildeo Em contra-partida aprendemos com as vivecircncias e a sabedoria de quem vive haacute geraccedilotildees na flo-resta Soacute desta forma teremos resultados beneacuteficos para todas as partes envolvidas e no nosso caso principalmente para esta espeacutecie de serpente tatildeo fantaacutestica da her-petofauna brasileira

Para acompanhar de perto esse projeto si-ga-nos nas miacutedias sociais

bull Facebook Projeto de Conservaccedilatildeo Ji-boacuteia do Ribeira - Corallus cropanii

bull Instagram jiboiadoribeira

bull Twitter projetocropanii

Agradecimentos

Agradecemos ao Boa amp Python Specialist Group (IUCNSSC) pelo apoio financei-ro no iniacutecio do projeto Somos profunda-mente gratos a toda comunidade do Bair-ro Guapiruvu pela parceria em especial agrave Viniacutecius Teixeira e Andreacute Bezerra e tam-beacutem agrave Gilberto Otta agrave Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute e agrave iniciativa Amigos da Mata Agradecemos tambeacutem aos editores da Herpetologia Brasileira pelas sugestotildees no texto

36

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Referecircncias

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos ca-cauais do sudeste da Bahia Editora da UESC Ilheacuteus

Franco FL 2012 A Coleccedilatildeo Herpetoloacutegi-ca do Instituto Butantan da sua origem ao incecircndio ocorrido em 15 de maio de 2010 Herpetologia Brasileira 122ndash31

Hoge AR 1953 A new genus and species of Boinae from Brazil Xenoboa cropanii gen nov sp nov Memoacuterias do Instituto Butantan 2527ndash31

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Con-servaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Institu-to Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodi-versidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Lima-Verde J S (1994) Por que natildeo matar as nossas cobras Herpetologia no Brasil 192ndash101

Machado-Filho PR Duarte MR Carmo LF Franco FL 2011 New record of Co-rallus cropanii (Boidae Boinae) a rare snake from the Vale do Ribeira State of Satildeo Paulo Brazil Salamandra 47112ndash115

Marques O 2010 Corallus cropanii The IUCN Red List of Threatened Species 2010 eT39904A10281308 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2010-4RLTST39904A10281308en Consultado em 16 June 2020

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mi-tos supersticcedilotildees e crendices Editora Plecirc-iade Satildeo Paulo

Editora Cybele S Lisboa

37

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Dactyloa punctataSanta Teresa - ES Tatiane M Carmo

38

Histoacuteria da HerpetologiaCarlos Alberto Gonccedilalves da Cruz

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Professor Titular Aposentado Departamento de Biologia Animal Ins-tituto de Biologia Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroPesquisador Associado Setor de Herpetologia Departamento de Ver-tebrados Museu Nacional Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de JaneiroMarinheiro Regional de Conveacutes Capitania dos Portos do Rio de Janei-ro Marinha do Brasil

Carlos Cruz Reserva Santa Luacutecia Santa Teresa Espiacuterito Santo (1812006)

39

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Ao receber esse convite primeiro fi-quei assustado pensei ldquopor que eu por que natildeo os outros Satildeo tantosrdquo

Depois achei que seria muito difiacutecil escrever sobre mim e continuo achando Seria muito mais faacutecil escrever sobre um amigo ou mes-mo sobre os sapos Mas enfim vou tentar e aproveito para agradecer o convite que certa-mente seraacute uma oportunidade das pessoas me conhecerem um pouco mais

Nasci em 17 de julho de 1944 na regiatildeo de Guaratiba municiacutepio do Rio de Janeiro Es-tado do Rio de Janeiro Filho de Fernando

Carlos e sua esposa Arilda Parque Estadual do Itacolomi Ouro Preto Minas Gerais (28112003)

Gonccedilalves da Cruz e Antonia Maria Teixeira da Cruz Venho de famiacutelia classe meacutedia baixa meu pai era comerciante Em 20 de janeiro de 1970 casei-me com a professora Arilda Meira Gonccedilalves da Cruz e tenho trecircs filhos Adria-na Meira Gonccedilalves da Cruz 48 anos Monica Meira Gonccedilalves da Cruz 46 anos e Carlos Augusto Gonccedilalves da Cruz 43 anos Possuo ainda quatro netos Amanda Gonccedilalves da Cruz 15 anos Patrick Gonccedilalves da Cruz da Silva 13 anos Erick Gonccedilalves da Cruz da Sil-va 9 anos e Vicente Madeira Correcirca Gonccedilal-ves da Cruz nascido em 07 de maio de 2020

40

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Estudei os cinco anos do ensino primaacuterio em Campo Grande Zona Oeste do Rio de Janei-ro onde todo ano eu era considerado o me-lhor aluno do Coleacutegio Ainda guardo as cinco medalhas de Honra ao Meacuterito Em seguida ingressei na Escola Agroteacutecnica Ildefonso Si-motildees Lopes na Universidade Rural do Brasil hoje Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro onde concluiacute os cursos de Mestria Agriacute-cola e Teacutecnico Agriacutecola no periacuteodo de 1959 a 1965 No ano de 1966 eu cursei o Coleacutegio Uni-versitaacuterio e em 1967 prestei vestibular para o curso de Agronomia da UFRRJ contrariando minha vontade que era fazer Geologia O cur-so de Agronomia durou de 1967 a 1970 Logo no primeiro ano do curso eu me interessei pela disciplina de Zoologia ministrada pelo professor Eugenio Izecksohn que com muito conhecimento e desenvoltura sabia cativar seus alunos O professor Eugenio gostava de conversar apoacutes as aulas seja nos corredores seja no seu gabinete e a qualquer dia e hora que fosse procurado natildeo se furtava em nos atender sempre com muita atenccedilatildeo Certo dia do mecircs de setembro de 1967 eu ofereci ao professor Eugenio uma pequena coleccedilatildeo de escorpiotildees alguns vivos e a maioria mortos conservados em aacutelcool Ele se mostrou mui-to interessado e quis logo saber onde eu havia coletado aqueles exemplares Assim que in-formei que os animais eram provenientes da Restinga da Marambaia RJ seu interesse au-mentou muito e quis logo saber como poderia ir ao local Dei meu jeito e na semana seguin-te laacute estaacutevamos abrindo bromeacutelias e coletan-do Hyla truncata (hoje Xenohyla truncata) Aparasphenodon brunoi (hoje Nyctimantis brunoi) entre outros Esses dois nomes eu nunca mais esqueci pegamos muitos e ouvi

muitas vezes a repeticcedilatildeo deles O professor Eugenio logo percebeu que eu havia gostado de observar e coletar os anfiacutebios e assim pas-sou a me convidar para juntamente com seus bolsistas e outros interessados fazer coletas noturnas na Floresta da Tijuca municiacutepio do Rio de Janeiro no Horto Florestal de Santa Cruz municiacutepio de Seropeacutedica na Sacra Fa-miacutelia do Tinguaacute municiacutepio de Paulo de Fron-tin Teresoacutepolis Tinguaacute municiacutepio de Nova Iguaccedilu todas as localidades no estado do Rio de Janeiro Essas eram as localidades mais frequentes vaacuterias outras tambeacutem faziam par-te deste rol E foi assim que comecei troquei os escorpiotildees onde eu soacute me divertia em vecirc--los se alimentar pelos anfiacutebios onde eu natildeo soacute me interessei por estudaacute-los mas tambeacutem fiz deles uma paixatildeo Passei a maior parte da minha vida me dedicando a procurar desco-brir identificar e estudaacute-los Cheguei mesmo em algumas ocasiotildees a dedicar mais tempo aos anfiacutebios do que agrave minha famiacutelia Mas no fundo eu sabia que era compreendido e esse apoio que me foi dado foi fundamental para minha realizaccedilatildeo profissional e pessoal

Entatildeo voltando agrave narrativa logo apoacutes a colaccedilatildeo de grau como Engenheiro Agrocircnomo fui contra-tado pela UFRRJ como Auxiliar de Ensino para a aacuterea de Zoologia do Departamento de Biologia Animal em abril de 1971 A carga de lecionaccedilatildeo era pesada e quase natildeo sobrava tempo para as coletas de campo No ano seguinte ingressei no Regime Especial de Trabalho em Tempo In-tegral e Dedicaccedilatildeo Exclusiva com a aprovaccedilatildeo dos Projetos intitulados ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo e ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Peixes das Famiacutelias Rivulidae e Characidae Brasileirosrdquo

41

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Jaacute se passavam trecircs anos e meio de trabalho como Professor Auxiliar quando em 1974 tive a oportunidade de prestar concurso puacute-blico de Provas e Tiacutetulos para Professor Assis-tente do Quadro Permanente da UFRRJ onde trecircs vagas haviam sido destinadas agrave Aacuterea de Zoologia Obtive aprovaccedilatildeo e fui empossado em 5 de junho de 1974

Em 1976 fui aprovado nas provas de seleccedilatildeo do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional Rio de Janeiro UFRJ Desenvolvi um trabalho de Dissertaccedilatildeo sobre larvas de grupos de espeacutecies de Phyllomedusidae brasi-leiras sob a orientaccedilatildeo do professor Eugenio Izecksohn Naquela ocasiatildeo tive oportunida-de de frequentar a Biblioteca do Museu Na-cional bem como o laboratoacuterio do professor Antenor Leitatildeo de Carvalho e de outros pro-fessores daquela instituiccedilatildeo Concluiacute o referi-do curso em dezembro de 1978

No ano de 1980 obtive do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) uma Bolsa de Pesquisa para desenvol-ver o Projeto ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo Essa bolsa se manteve ateacute marccedilo de 2017 quando apre-sentei relatoacuterio referente ao periacuteodo de 2014 a 2017 e uma carta de agradecimento pelo apoio a mim concedido enquanto fui bolsista Nessa oportunidade natildeo apresentei projeto para so-licitaccedilatildeo de nova bolsa de pesquisa

Em janeiro de 1981 fui promovido ao cargo de Professor Adjunto O julgamento dessa promo-ccedilatildeo foi feito por uma comissatildeo de trecircs profes-sores adjuntos que analisaram o relatoacuterio por mim apresentado sobre minhas atividades de

ensino e pesquisa Neste mesmo ano fui aceito pela coordenaccedilatildeo do curso de Poacutes-graduaccedilatildeo em Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo para cursar o doutorado daquela Instituiccedilatildeo Desenvolvi um projeto de tese sobre as relaccedilotildees intergeneacutericas dos Phyllomedusidae da Flores-ta Atlacircntica bem como os seus relacionamen-tos entre si e com os demais gecircneros dessa fa-miacutelia Tive como orientador o professor Paulo Emiacutelio Vanzolini Minha defesa de tese ocorreu em dezembro de 1987

Durante o periacuteodo de 1983 a 1985 tive a opor-tunidade de participar ativamente do projeto ldquoFrogs of Boraceacuteiardquo juntamente com W Ro-nald Heyer e Craig Nelson da Smithsonian Institution Washington Stanley Rand da Smithsonian Tropical Research Panamaacute e Oswaldo Luiz Peixoto da UFRRJ Esse pro-jeto teve a coordenaccedilatildeo de Ronald Heyer no exterior e de Paulo Emiacutelio Vanzolini no Bra-sil e foi financiado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo pelo Smithsonian Institution e pelo Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico Des-se projeto resultaram duas publicaccedilotildees Seu desenvolvimento foi uma experiecircncia mui-to valiosa pois aleacutem do trabalho em si tive a oportunidade de escrever discutir e desen-volver trabalhos de campo com esses pesqui-sadores citados aleacutem de outros como Linda Maxson Mississipi State University e Ronald Crombie Smithsonian Institution

Em seguida veio a primeira experiecircncia ad-ministrativa que se deu com minha eleiccedilatildeo para chefe do Departamento de Biologia Ani-mal Instituto de Biologia UFRRJ em no-vembro de 1989 com mandato de dois anos

42

findado em novembro de 1991 Na sequecircncia fui reeleito para um segundo mandato A con-diccedilatildeo de chefe de Departamento me assegu-rou desde novembro de 1989 o assento como Membro do Conselho Departamental do Ins-tituto de Biologia Este Conselho dentre as vaacuterias funccedilotildees tem a obrigatoriedade de jul-gar as contas da Diretoria proceder a divisatildeo de recursos julgar projetos de pesquisas e programas de disciplinas bem como de tratar assuntos relacionados a ordem disciplinar de discentes e docentes

No ano de 1992 prestei concurso puacuteblico de Tiacutetulos e Provas para o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da UFRRJ Esse con-curso foi homologado em 15 de setembro de 1992 Fui aprovado e nomeado para o referido cargo em 17 de setembro de 1992

No ano seguinte venci a eleiccedilatildeo para o Cargo de Diretor do Instituto de Biologia e fui no-meado em 7 de setembro de 1993 para exer-cer por quatro anos o mandato do referido Cargo Entretanto em 14 de marccedilo de 1995 fui aposentado e nesse mesmo dia nomeado como Servidor Aposentado para cumprir o mandato ateacute o seu final previsto (7 de setem-bro de 1997)

Laacute pelos idos de 1995 recebi a visita do meu amigo professor Ulisses Caramaschi Mu-seu nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro que me convidou para trabalhar-mos juntos nas pererecas do grupo de Hyla polytaenia (atualmente Boana polytaenia) Inicialmente seria apenas para fazermos um trabalho soacute que foram aparecendo outros e mais outros e assim estamos trabalhando ateacute

os dias de hoje Com isso transitamos pelos Chiasmocleis Pseudis Melanophryniscus Dendrophryniscus entre outros Fui contra-tado como Professor Visitante por trecircs periacute-odos de dois anos cada no Departamento de Vertebrados do Museu Nacional

Laacute tive a oportunidade de interagir com maior eficiecircncia junto a estudantes de poacutes-gradua-ccedilatildeo Entretanto como natildeo era professor do quadro efetivo do Museu Nacional somente pude atuar como co-orientador E assim par-ticipei da orientaccedilatildeo de nove estudantes de doutorado e outros nove de mestrado En-quanto que na UFRRJ tive um estudante de doutorado e dois de mestrado

No que se refere a premiaccedilotildees e tiacutetulos hono-riacuteficos recebi os seguintes

Cynolebias cruzi nova espeacutecie de peixe da famiacutelia Rivulidae (1988) Cacruzia novo gecircnero de Orthoptera (1992) Pesquisador Associado Museu Nacional UFRJ (1998) Hyla cruzi (atualmente Dendropsophus cru-zi) nova espeacutecie de Anura (1998) Homena-geado no I seminaacuterio Ecirclio Gouvecirca Itatiaia RJ (2001) Chiasmocleis crucis nova espeacutecie de Anura (2003) Homenageado no II Congres-so Brasileiro de Herpetologia Belo Horizonte MG (2005) Cruziohyla novo gecircnero de Anu-ra (2006) Phasmahyla cruzi nova espeacutecie de Anura (2009) Cruzioseptins nova famiacutelia de peptiacutedeos antimicrobianos (2016) Membro Honoraacuterio da Sociedade Brasileira de Herpe-tologia (2017)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

43

Parque Estadual do Ibitipoca Conceiccedilatildeo do Ibitipoca Lima Du-arte Minas Gerais - fotos da esquerda e direita superior (12042006) - foto direita inferior (19102005)

A minha produccedilatildeo cientiacutefica resultou ateacute a presente data na publicaccedilatildeo de 117 artigos em revistas nacionais e internacionais na publi-caccedilatildeo de 44 artigos em anais de eventos na publicaccedilatildeo de um livro e em sete capiacutetulos de outros livros Apesar de essa produccedilatildeo estar voltada basicamente para a Floresta Atlacircntica do sudeste brasileiro eu viajei coletando por quase todos os estados do Brasil onde tive es-pecial atenccedilatildeo aos estados da Bahia e Espiacuterito Santo No entanto ainda natildeo tive a oportuni-dade de conhecer os estados do Acre Amapaacute Maranhatildeo Piauiacute e Rondocircnia

Finalmente sinto-me bastante feliz no que se refere agrave minha contribuiccedilatildeo ao conhecimen-to da biodiversidade dos peixes das famiacutelias Rivulidae e Characidae das quais descrevi seis espeacutecies novas e dos anfiacutebios anuros especialmente da Floresta Atlacircntica de onde descrevi ateacute o momento cerca de 80 espeacutecies novas e o gecircnero Phasmahyla Pretendo ter-minar alguns trabalhos em andamento cerca de 10 artigos Provavelmente quando esses artigos forem concluiacutedos e publicados eu mais os Professores Ulisses Caramaschi Re-nato Neves Feio Luciana Barreto Nascimento e Ivan Nunes entre outros amigos arranjare-mos mais alguns motivos para continuar indo ao campo coletar beber muita cerveja e con-tar muitas histoacuterias vividas

Rio de Janeiro 20 de fevereiro de 2020

Editores Deacutelio Baecircta Teresa C Avila-Pires

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Carlos Cruz

44

Jaramillo AF De La Riva I Guayasamin J M Chaparro JC Gagliardi-Ur-rutia G Gutieacuterrez RC Brcko I Vilagrave C Castroviejo-Fisher S 2020 Vastly underestimated species richness of Amazonian salamanders (Plethodontidae Bolitoglossa) and implications about plethodontid diversification Molecular Phylogenetics and Evolution 149106841 Doi httpsdoiorg101016jym-pev2020106841

As salamandras da famiacutelia Ple-thodontidae compreendem 66 das espeacutecies de Caudata e

tecircm sido amplamente utilizadas como modelos em estudos de biologia evolu-tiva As espeacutecies do grupo ocorrem da Ameacuterica do Norte ateacute a Ameacuterica do Sul com a maior riqueza na Ameacuterica Cen-tral que concentra 280 espeacutecies em 17 gecircneros Por outro lado a Ameacuterica do Sul apresenta apenas 37 espeacutecies em dois gecircneros Oedipina e Bolitoglossa Para alguns autores a baixa diversida-de na Ameacuterica do Sul poderia ser expli-cada por uma colonizaccedilatildeo mais recen-te No entanto descobertas geoloacutegicas paleontoloacutegicas e biogeograacuteficas apon-tam para a possibilidade de uma colo-nizaccedilatildeo mais antiga Estudos indicam que a diversidade em Bolitoglossa eacute mais subestimada na Ameacuterica do Sul que em outras localidades sendo a es-peciaccedilatildeo do gecircnero desacompanhada de mudanccedilas morfoloacutegicas detectaacuteveis Aleacutem disso os estudos de delimitaccedilatildeo de espeacutecies usando sequecircncias de DNA

ou morfologia trazem uma amostragem geralmente limitada geograficamente Os autores deste trabalho investigaram as relaccedilotildees evolutivas entre espeacutecimes de Bolitoglossa da Amazocircnia para di-mensionar a diversidade de espeacutecies do gecircnero e seus padrotildees de diversifi-caccedilatildeo e distribuiccedilatildeo Foram utilizadas sequecircncias de trecircs genes mitocondriais e dois nucleares de 366 espeacutecimes 189 correspondentes a 89 espeacutecies prove-nientes de fora da Amazocircnia Da Ama-zocircnia o estudo abrangeu 177 espeacuteci-mes incluindo tipos e topoacutetipos de oito das nove espeacutecies reconhecidas para a regiatildeo Com essa amostragem os au-tores atingiram 73 das espeacutecies co-nhecidas atualmente em Bolitoglossa Foram realizadas anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia e de Maacutexima Verossimi-lhanccedila para inferir as relaccedilotildees filogeneacute-ticas aleacutem de anaacutelises de delimitaccedilatildeo de espeacutecies dataccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da histoacuteria biogeograacutefica das espeacutecies sul americanas Os resultados revelam que a diversidade de Bolitoglossa na regiatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Trabalhos recentes

45

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

estaacute bastante subestimada Ao todo 44 espeacutecies putativas foram identificadas pelos autores Se este nuacutemero for con-firmado em estudos futuros a Ameacuteri-ca do Sul atingiraacute 79 espeacutecies e deveraacute ser considerada um importante centro de diversificaccedilatildeo de Plethodontidae O reloacutegio molecular e as anaacutelises bioge-ograacuteficas mostraram que Bolitoglossa colonizou a Ameacuterica do Sul a partir da Ameacuterica Central provavelmente por conexotildees desta com a regiatildeo do Chocoacute Colombiano que satildeo evidenciadas em estudos geoloacutegicos Aleacutem disso disper-sotildees posteriores entre a Amazocircnia e os Andes coincidem com as maiores mu-danccedilas reconhecidas na paisagem ama-zocircnica ocorridas ao fim do Mioceno e no Plioceno

Editor A O Maciel

46

Morales CH Sturaro MJ Nunes PMS Lotzkat S Peloso PLV 2020 A species-level total evidence phylogeny of the microteiid lizard family Alopo-glossidae (Squamata Gymnophthalmoidea) Cladistics 36301ndash321 Doi ht-tpsdoiorg101111cla12407

Alopoglossidae eacute uma famiacutelia de lagartos composta por dois gecircneros Alopoglossus e Pty-

choglossus que agrupam 23 espeacutecies encontradas desde a Costa Rica ateacute o norte da Ameacuterica do Sul a leste e oes-te dos Andes e em toda a Amazocircnia As espeacutecies do grupo satildeo diurnas mi-niaturizadas de coloraccedilatildeo e comporta-mento criacuteptico e vivem na serapilheira de florestas e em aacutereas de cultivo agriacute-cola Por muito tempo Alopoglossidae foi reconhecido como uma subfamiacutelia de Gymnophthalmidae mas recente-mente foi elevada agrave categoria de famiacutelia com base em filogenia molecular ten-do sido reconhecida como grupo irmatildeo de Teiidae + Gymnophthalmidae Ape-sar das relaccedilotildees entre essas trecircs famiacute-lias ainda serem consideradas contro-versas Alopoglossidae foi suportado como um grupo monofileacutetico com base tanto em morfologia quanto em dados moleculares No entanto as filogenias publicadas trazem uma amostragem pouco abrangente dos taacutexons que com-potildeem a famiacutelia Com o intuito de tes-tar o monofiletismo de Alopoglossidae e as relaccedilotildees entre as suas espeacutecies os autores deste trabalho realizaram uma anaacutelise filogeneacutetica integrando evidecircn-cias fenotiacutepicas e geneacuteticas incluindo

todos os taacutexons descritos para a famiacute-lia agrave exceccedilatildeo de uma espeacutecie O banco de dados incluiu sequecircncias de trecircs ge-nes mitocondriais e um nuclear aleacutem de 143 caracteres de folidose morfolo-gia da liacutengua morfologia do hemipecircnis e osteologia Os resultados das anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia corroboraram o monofiletismo de Alopoglossidae e apontaram o parafiletismo de Ptycho-glossus que foi entatildeo considerado si-nocircnimo juacutenior de Alopoglossus Para resolver um problema de homoniacutemia gerado no ato de sinonimizar os dois gecircneros um novo nome foi erigido para Alopoglossus festae que passou a ser A harrisi Aleacutem disso foram apresen-tadas uma nova diagnose para Alopo-glossus e algumas consideraccedilotildees bioge-ograacuteficas sobre Alopoglossidae

Editor A O Maciel

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

47

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Mailho-Fontana PL Antoniazzi MM Alexandre C Pimenta DC Sciani JM Brodie-Jr ED Jared C 2020 Morphological eviden-ce for an oral venom system in caecilian amphibians IScience 231ndash9 Doi httpsdoiorg101016jisci2020101234

Os anfiacutebios satildeo conhecidos por te-rem a pele rica em glacircndulas de to-xinas geralmente utilizadas como

defesa quiacutemica passiva contra predadores enquanto em outros grupos de animais as toxinas satildeo utilizadas durante a predaccedilatildeo como fazem as serpentes ao inocularem veneno em suas presas Os anuros e as salamandras ao longo das suas histoacuterias evolutivas desenvolveram uma variedade de sistemas de alimentaccedilatildeo No entanto as ceciacutelias apresentam apenas um meca-nismo de captura e ingestatildeo de suas pre-sas que eacute caracterizado por uma mordida poderosa auxiliada por numerosos dentes pontiagudos e recurvados Neste trabalho os autores avaliaram a morfologia da ca-beccedila da espeacutecie de ceciacutelia sul-americana Siphonops annulatus e encontraram glacircn-dulas associadas aos dentes das fileiras ex-ternas das maxilas superior e inferior Na maxila superior o conteuacutedo dessas glacircn-dulas eacute canalizado exclusivamente para a base dos dentes enquanto na maxila infe-rior o ducto das glacircndulas pode se canali-zar tambeacutem para o interior de cavidades presentes na mucosa oral onde os dentes maxila superior se acomodam quando a boca estaacute fechada Os autores tambeacutem en-contraram o mesmo tipo de glacircndulas em espeacutecies representantes de outras trecircs fa-miacutelias de ceciacutelias e notaram diferenccedilas na quantidade de glacircndulas presentes Aleacutem disso na ceciacutelia Typhlonectes compressi-cauda as glacircndulas estatildeo presentes ape-nas na maxila inferior o que pode estar

relacionado ao haacutebito aquaacutetico da espeacutecie O estudo do produto das glacircndulas de S annulatus apontou a presenccedila de muco e lipiacutedios aleacutem de proteiacutenas com ativi-dades enzimaacuteticas muito similares agraves en-contradas em animais peccedilonhentos como alguns lagartos e serpentes Observando a alimentaccedilatildeo da espeacutecie em laboratoacuterio foi possiacutevel verificar que apesar dos den-tes das ceciacutelias natildeo apresentarem sulcos especializados na conduccedilatildeo da secreccedilatildeo esta escorre das glacircndulas cobrindo a su-perfiacutecie dos dentes no momento da pre-daccedilatildeo o que possibilitaria a inoculaccedilatildeo de toxina na presa Aleacutem disso a morfologia da mucosa oral que envolve e que interco-necta os dentes favorece uma distribuiccedilatildeo uniforme da secreccedilatildeo ao longo da fileira de dentes durante a mordida Atraveacutes da anaacutelise de espeacutecimes receacutem eclodidos foi verificado que as glacircndulas encontradas em S annulatus tecircm origem na lacircmina dental e natildeo na epiderme onde se origi-nam as glacircndulas cutacircneas dos anfiacutebios Desse modo as glacircndulas associadas aos dentes das ceciacutelias satildeo consideradas ho-moacutelogas agraves das serpentes Portanto este trabalho abre novas perspectivas sobre o estudo comparativo da morfologia e com-posiccedilatildeo do produto das glacircndulas orais em vertebrados

Editor A O Maciel

48

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

de Saacute FP Haddad CFB Gray MM Verdade VK Thomeacute MTC Rodri-gues MT Zamudio KR 2019 Male-male competition and repeated evolution of terrestrial breeding in Atlantic Coastal Forest frogs Evolution 74459ndash475 Doi httpdxdoiorg101111evo13879

C ycloramphus e Zachaenus satildeo gecircneros de anuros que perten-cem agrave famiacutelia Cycloramphidae

uma famiacutelia de anuros conhecida por ter espeacutecies com haacutebitos saxiacutecolas e es-peacutecies com haacutebitos terrestres Este es-tudo teve por objetivos estudar padrotildees evolutivos nas relaccedilotildees filogeneacuteticas de Cycloramphus e Zachaenus relaccedilotildees ateacute entatildeo mal resolvidas em trabalhos anteriores Ateacute esse estudo poreacutem natildeo existia uma filogenia molecular que abrangesse a maior parte das espeacutecies dos gecircneros e que as tratasse como es-peacutecies focais

Especificamente os autores testaram trecircs hipoacuteteses (1) se a terrestrialidade evoluiu apenas uma vez no grupo (2) se machos e fecircmeas tecircm tamanhos de corpo variando conforme os haacutebitos reprodutivos e (3) se o dimorfismo se-xual em tamanho eacute maior em espeacutecies terrestres Para esse estudo os autores utilizaram amostras de tecido inclusi-ve de espeacutecimes coletados pelo conhe-cido Ronald W Heyer (Instituto Smi-thsonian) nas deacutecadas de 1970 e 1980

Com esse material amplificaram e se-quenciaram fragmentos mitocondriais

e nucleares para anaacutelises moleculares que incluiacuteram reconstruccedilotildees filogeneacute-ticas e anaacutelises filogeneacuteticas compara-tivas As caracteriacutesticas de tamanho de corpo dimorfismo sexual em tamanho e terrestrialidade foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas comparativas sintetizadas em diversas figuras ao lon-go do texto

Seguindo os resultados obtidos os autores concluiacuteram que taxonomica-mente Cycloramphus e Zachaenus deveriam ser considerados como um uacutenico gecircnero embora natildeo tenham fei-to a sinonimizaccedilatildeo Entre tantos outros resultados encontraram que possivel-mente o grupo passou por mais de uma mudanccedila de haacutebito de saxiacutecola para terrestre O ancestral comum a todo o grupo eacute saxiacutecola pequeno e com pe-queno dimorfismo sexual no tamanho do corpo Aleacutem disso encontraram uma correlaccedilatildeo entre o haacutebito reprodu-tivo e o dimorfismo sexual no tamanho do corpo sendo que espeacutecies saxiacutecolas contam com machos maiores e mais territoriais

Editora A Sabbag

49

Fratani J Ponssa ML Rada M Abdala V 2020 The influence of locomotion and habitat use on tendo-muscular units of an anuran clade (Anura Diphyaba-trachia) Zoologischer Anzeiger 28466ndash77 Doi httpsdoiorg101016jjcz201911002

Anatomia eacute atualmente um dos assuntos pouco estudados para anuros no Brasil Menos estu-

dados ainda satildeo os tendotildees de anuros Esse estudo traz uma mudanccedila neste cenaacuterio apresentando uma anaacutelise ex-tensa da variaccedilatildeo nos tendotildees (e muacutes-culos associados) de anuros da famiacutelia Leptodactylidae e Centrolenidae

Os objetivos dos autores foram cen-trados na hipoacutetese de que a variaccedilatildeo nessas estruturas estaacute relacionada agrave combinaccedilatildeo de fatores filogeneacuteticos funcionais e ecoloacutegicos Para isso ana-lisaram sob estereomicroscoacutepio as uni-dades tendo-musculares dos membros da cintura peacutelvica e da cintura peitoral de quase 200 exemplares dessas duas famiacutelias E adicionalmente incluiacuteram anaacutelises anatocircmicas de outras espeacutecies para efeitos comparativos e utilizaccedilatildeo como grupo externo

Para todas as espeacutecies eles revisaram informaccedilotildees sobre tipo de movimen-to efetuado com essas partes do corpo (salto escalada etc) e tipos de haacutebitos desses animais (terrestre arboriacutecola etc) entre outras informaccedilotildees Com

esses dados com revisatildeo bibliograacutefica e com dados morfomeacutetricos dos ele-mentos tendo-musculares os autores fizeram anaacutelises estatiacutesticas e anaacutelises filogeneacuteticas comparativas

Eles encontram uma correlaccedilatildeo posi-tiva significativa entre as dimensotildees de um tendatildeo e a forccedila potencial exer-cida pelo muacutesculo em associaccedilatildeo com esse tendatildeo Tambeacutem encontram que as variaccedilotildees estruturais dos elementos tendo-musculares estatildeo relacionadas agrave funccedilatildeo mecacircnica que esses elementos desempenham na locomoccedilatildeo e haacutebitos dos animais Mas que aleacutem disso existe uma relaccedilatildeo entre essa variaccedilatildeo e a his-toacuteria evolutiva dos grupos Esse eacute um padratildeo jaacute conhecido para outros verte-brados em relaccedilatildeo a essas estruturas mas pouco estudado em anfiacutebios

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

50

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Colaccedilo G Bittencourt-Silva GB Silva HR 2020 Can a shade shed light on the monophyly of Cycloramphidae (Lissamphibia Anura) Zoologischer An-zeiger 28518ndash26 Doi httpsdoiorg101016jjcz202001002

Os olhos de anfiacutebios anuros sem-pre despertaram a curiosidade de pesquisadores por diversas

razotildees Esse eacute um estudo anatocircmico so-bre uma estrutura ldquolobadardquo presente na iacuteris dos olhos de alguns anuros

Essa estrutura ganhou ao longo da his-toacuteria da batracologia mundial diversos nomes entre eles ldquomeniscusrdquo ldquoely-giumrdquo ldquoumbraculumrdquo Os autores fize-ram uma revisatildeo dos trabalhos que tra-tam dessa estrutura na literatura para entender se esses nomes se referem ao mesmo elemento encontrado em sema-forontes de Cycloramphidae o grupo focal do estudo

Para isso os autores dissecaram os olhos de adultos jovens e larvas de vaacute-rias espeacutecies de Cycloramphidae (Cy-cloramphus Zachaenus e Thoropa) e descreveram os ldquolobosrdquo com desenhos esquemaacuteticos e fotos de alta qualidade Encontraram que as espeacutecies de Cyclo-ramphus possuem a estrutura quando larvas jovens e adultos enquanto que as espeacutecies de Thoropa possuem ape-nas na fase larval

A partir dessas informaccedilotildees e da se-quecircncia ontogeneacutetica que analisaram para esses gecircneros eles sugerem uma hipoacutetese sobre a perda da estrutura nos adultos de Thoropa Esse tipo de con-clusatildeo natildeo foi possiacutevel para Zachaenus jaacute que os autores natildeo possuiacuteam exem-plares larvais muito difiacuteceis de encon-trar na natureza

Como existem vaacuterios nomes para esse ldquolobordquo para distintas famiacutelias de anu-ros os autores fazem uma discussatildeo sobre as propriedades morfoloacutegicas que indicam que essas estruturas satildeo homoacutelogas Discutem tambeacutem a pos-sibilidade dessa estrutura ser uma si-napomorfia para Cycloramphidae e sugerem que o nome dessa estrutura deva ser ldquomeniscusrdquo (menisco em por-tuguecircs) o primeiro nome apresentado na literatura por Miranda-Ribeiro

Editora A Sabbag

51

Cassini CS Taucce PPG Carvalho TR de Fouquet A Soleacute M Haddad CFB Garcia PCA 2020 One step beyond a broad molecular phylogene-tic analysis species delimitation of Adenomera marmorata Steindachner 1867 (Anura Leptodactylidae) PLoS ONE 15e0229324 Doi httpsdoiorg101371journalpone0229324

Adenomera eacute um dos gecircneros mais abundantes de anuros da Mata Atlacircntica apesar de pou-

co encontrado visualmente por muitos herpetoacutelogos Satildeo anfiacutebios pequenos que vivem preferencialmente na serapi-lheira e que satildeo muito difiacuteceis de iden-tificar por terem pouquiacutessima variaccedilatildeo morfoloacutegica entre as espeacutecies Apesar disso estudos anteriores indicam que existe uma grande variaccedilatildeo molecular e que se trata de um ldquocomplexordquo de es-peacutecies morfologicamente criacutepticas

Nesse trabalho os especialistas inten-cionaram delimitar especificamente a espeacutecie Adenomera marmorata e duas linhagens natildeo descritas associa-das a ela A ideia era avaliar para aleacutem da variaccedilatildeo molecular o quanto a va-riaccedilatildeo morfoloacutegica e variaccedilatildeo no canto de anuacutencio satildeo capazes de distinguir as linhagens geneacuteticas conhecidas Os autores para isso amplificaram e se-quenciaram fragmentos nucleares e mitocondriais de novas amostras (aleacutem do que jaacute existe publicado) Analisa-ram caracteriacutesticas morfomeacutetricas e estruturas morfoloacutegicas e fizeram uma anaacutelise sonora de gravaccedilotildees de canto

de anuacutencio A maior parte dos machos estudados foram sequenciados e anali-sados morfologicamente Isso eacute pouco comum em estudos com espeacutecies de Adenomera (e outros gecircneros de sera-pilheira) pela dificuldade de encontro visual com os indiviacuteduos e dificuldade em se associar o canto ao espeacutecimes

No estudo os autores apresentam hi-poacuteteses filogeneacuteticas distacircncias geneacute-ticas redes de haploacutetipos mapas de distribuiccedilatildeo fotografias de algumas estruturas morfoloacutegicas e anaacutelises es-tatiacutesticas com os dados de morfometria e canto Incluem tambeacutem um histoacuterico taxonocircmico das linhagens com uma discussatildeo sobre o caminho percorri-do pela Expediccedilatildeo Novara (de 1857) responsaacutevel pela coleta do holoacutetipo de Adenomera marmorata (apresentado em fotografia no artigo) Os autores de-cidem pela unificaccedilatildeo dos clados agrave Ade-nomera marmorata e redescrevem a espeacutecie

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

52

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

da Fonte LFM Mayer M S Loumltters 2019 Long-distance dispersal in amphi-bians Frontiers of Biogeography 11 e44577 Doi httpdxdoiorg1021425F5FBG44577

Dispersatildeo de longa-distacircncia (em inglecircs lsquolong-distance dis-persalrsquo LDD) eacute um tipo pouco

comum de dispersatildeo em anfiacutebios que envolvem movimentaccedilotildees para aleacutem da aacuterea usual de movimentaccedilatildeo das espeacutecies Nesse estudo os autores ela-boraram uma anaacutelise cienciomeacutetrica para entender como funciona esse tipo de dispersatildeo em anfiacutebios Em especial fizeram um levantamento sobre as for-mas de estudo desse tipo de evento e um levantamento sobre os padrotildees ge-rais de LDD

Foram levantadas informaccedilotildees de mais de 70 artigos a partir das bases de da-dos do ldquoWeb of Sciencerdquo e ldquoScopusrdquo Para as anaacutelises consideraram prin-cipalmente as dispersotildees ativas mas mencionam sobre os tipos baacutesicos de dispersatildeo passiva Grande parte das bibliografias levantadas satildeo estudos focados em anaacutelises moleculares que permitem inferecircncias mais raacutepidas so-bre padrotildees de dispersatildeo Os autores fornecem uma tabela sumaacuteria do le-vantamento bibliograacutefico e um mapa esquemaacutetico com as principais regiotildees do planeta com estudos sobre LDD

Concluem que os anfiacutebios embora ra-ramente realizam dispersatildeo de longa--distacircncia e mostram que esses eventos tiveram um papel importante no atual padratildeo biogeograacutefico do grupo em es-pecial nas ocorrecircncias disjuntas e nas colonizaccedilotildees de ilhas A maior distacircn-cia percorrida ativamente foi de 34 km e em termos de dispersatildeo de longa-dis-tacircncia passiva encontraram que os mo-vimentos chegam a 1000 km pela aacutegua Adicionalmente eles propotildeem que dez km eacute a distacircncia miacutenima de movimen-taccedilatildeo que pode ser considerada como dispersatildeo de longa-distacircncia

Editora A Sabbag

53

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Leptodactylus rhodomystaxReserva Florestal Adolpho Ducke - Manaus - AM Igor Fernandes

54

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Ensaios e Opiniotildees

Rachel Montesinos1 amp Heacutelio Ricardo da Silva2

1 Laboratoacuterio de Herpetologia Departamento de Zoologia Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Uni-versidade Federal de Minas Gerais 31270-901 Belo Horizonte MG montesinosufmgbr2 Laboratoacuterio de Histoacuteria Natural Anatomia Comparada e Sistemaacutetica de Anfiacutebios Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 23897-000 Seropeacutedica RJ heliorsilvagmailcom

Edward Drinker Cope uma ldquoestaacutetuardquo que tambeacutem precisa ser derrubadaAs razotildees por traacutes da decisatildeo da American Society of Ich-thyologists and Herpetologists de mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia

No iniacutecio de julho de 2020 uma das primeiras sociedades herpetoloacutegi-cas do mundo a American Society

of Ichthyologists and Herpetologists (ASIH - fundada em 1915) tomou uma decisatildeo his-toacuterica mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia A revista foi fundada em 1913 e de um comeccedilo simples quase fundo de quintal patrocinado pelo seu criador e primeiro editor John Treadwell Nichol (veja Berra 1984 Mitchell amp Smith 2013) atingiu em 2020 a marca de 108 volumes publica-dos Trata-se de uma revista internacional de prestiacutegio dedicada a publicar artigos cientiacute-ficos originais de alta qualidade sobre com-portamento conservaccedilatildeo ecologia geneacutetica morfologia evoluccedilatildeo fisiologia sistemaacutetica e taxonomia de peixes anfiacutebios e reacutepteis tanto

viventes como foacutesseis (asihcopeiaonlineorg) Segundo a Scimago Journal amp Country Rank (SJR) a Copeia apresentou em 2019 o fator de impacto de 1017 ocupando a 106ordf posiccedilatildeo entre as 429 revistas da aacuterea de Ciecircncia Ani-mal e Zoologia com SJR de 06 e Quartile Q1 (scimagojrcom)

O nome Copeia foi utilizado por John Nichol como homenagem ao renomado paleontoacute-logo ictioacutelogo e herpetoacutelogo do seacuteculo XIX Edward Drinker Cope (Figura 1) Com esta ampla gama de interesses Cope simbolizava a reuniatildeo dos interesses dos estudiosos de ldquover-tebrados de sangue friordquo (que representava o cargo do criador da revista) Cope produziu inuacutemeros estudos autorais e com colaborado-res sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis (viventes e foacutesseis) No entanto uma outra vertente das atividades intelectuais de Cope como cidadatildeo

55

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

do seacuteculo XIX satildeo menos conhecidas e divul-gadas Cope tinha ideias racistas e era contraacute-rio agrave emancipaccedilatildeo e ao voto das mulheres

Recentemente o assassinato do negro ameri-cano George Floyd por um policial branco na cidade de Minneapolis (Minnesota EUA) no dia 25 de maio de 2020 levou a uma onda de protestos naquele paiacutes contra o racismo estru-tural que permeia a sociedade (ver Lawrence amp Keleher 2004 Almeida 2019) e impede a ascensatildeo social de negros bem como sua pre-senccedila em todos os espaccedilos sociais Outro im-pacto trazido pelas reflexotildees decorrentes dos protestos foi a accedilatildeo de remoccedilatildeo de estaacutetuas e siacutembolos que refletem o preconceito aos ne-gros e outras minorias nos Estados Unidos como a icocircnica estaacutetua do ex-presidente ame-ricano Theodore Roosevelt que se encontra na entrada do American Museum of Natural History Nova York e que deve ser removida

em breve Esse movimento ainda considera-do polecircmico tambeacutem resultou na discussatildeo sobre quais figuras histoacutericas devem ser ho-menageadas e o que elas representam para as sociedades contemporacircneas

Neste ensaio procuramos apresentar a polecirc-mica relacionada ao nome da revista Copeia que tem sido discutida pelos associados agrave ASIH explicando o porquecirc dessa homenagem em primeiro lugar assim como as razotildees para rever essa escolha neste momento Eacute impor-tante ressaltar que embora o tema seja mais ligado agraves disciplinas das Ciecircncias Sociais nos-so ensaio representa apenas uma apresenta-ccedilatildeo da literatura baacutesica sobre o assunto para despertar a curiosidade e ao mesmo tempo chamar a atenccedilatildeo para as dimensotildees sociais das atividades de pesquisa e dos pesquisado-res em biologia de um modo geral

Cope cientista autodidata e expoente no estudo de reacutepteis anfiacutebios e peixes

Segundo o proacuteprio site da ASIH a escolha de John Nichols pelo nome Copeia foi para ho-menagear Edward Cope jaacute que desde o iniacutecio esta revista foi devotada a publicar artigos cientiacuteficos sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis principais aacutereas de atuaccedilatildeo de Cope (asihorgabout Hilton amp Crump 2016)

Edward Drinker Cope nasceu em 28 de julho de 1840 na Philadelphia EUA Desde muito novo seus pais perceberam que se tratava de uma crianccedila com capacidades intelectuais destacadas (Gill 1897) Aos sete anos Cope ga-nhou de presente de aniversaacuterio uma viagem de navio a Boston Durante essa viagem ele escreveu um relato de bordo no qual descre-

Figura 1 Edward Drinker Cope (1840 - 1897) Imagem de domiacutenio puacuteblico Fonte Osborne (1929)

56

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

via e ilustrava os lugares e animais que avista-va indicando ser uma crianccedila com habilida-des cognitivas e artiacutesticas bem desenvolvidas (Davidson 1997 Figura 2)

Aos nove anos em 1848 Cope foi envia-do para a escola primaacuteria eacutepoca que iniciou suas visitas agrave Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP) durante as quais elaborou um extenso documento sobre suas observaccedilotildees neste museu Este eacute o primeiro documento onde Cope reporta com detalhes

os foacutesseis destacando-se seu impressionante desenho de um Ichthyosaurus Aleacutem disso Cope coletava serpentes sapos e salamandras e os levava para a ANSP para serem identifi-cados Aos 18 anos Cope passou a trabalhar aiacute como herpetoacutelogo (Davidson 1997) e um ano depois publicou seu primeiro artigo cien-tiacutefico intitulado ldquoOn the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Speciesrdquo (Cope 1859)

Cope nunca teve uma formaccedilatildeo universitaacuteria formal mas isso natildeo o impediu de seguir sua paixatildeo pelas ciecircncias da natureza No iniacutecio de

Figura 2 Algumas das ilustraccedilotildees feitas em sua viagem ateacute Boston quando tinha apenas sete anos de idade Fonte Davidson (1997)

57

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

(Gill 1897 Osborne 1929)sua carreira Cope se revezava entre a coleccedilatildeo do Smithsonian Institution em Washington e a ANSP (Gill 1897 Davidson 1997) Segundo Osborne (1929) em 1863 Cope viajou para a Europa visitando os mais renomados museus da eacutepoca Ao retornar para os Estados Unidos Cope tornou-se professor de Ciecircncias Natu-rais no Haverford College onde permaneceu por apenas trecircs anos Ele decidiu se afastar das aulas para se dedicar a suas expe-diccedilotildees cientiacuteficas e escrever seus artigos A partir de en-tatildeo Cope comeccedilou a ana-lisar materiais geoloacutegicos identificando e classifican-do novos foacutesseis aleacutem de seguir coletando e catalo-gando exemplares viventes de peixes e reacutepteis

A Herpetologia era o campo que mais interessava a Cope (Gill 1897) Os principais estudos de Cope na Herpe-tologia satildeo ldquoThe Batrachia of North Americardquo (Cope 1889) sendo o maior ca-taacutelogo feito no continente incluindo aspectos anatocirc-micos das espeacutecies (Figura 3) e ldquoThe Crocodilians Li-zards and Snakes of North Americardquo (Cope 1898) En-tretanto como um natura-lista Cope fez diversas con-tribuiccedilotildees para a Ictiologia Ornitologia Mastozoologia Paleontologia e Geologia

Figura 3 Paacutegina 410 do livro ldquoThe Ba-trachia of North Americardquo Fonte Cope (1889 biodiversitylibraryorg)

58

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Cope sempre foi bastante respeitado na co-munidade cientiacutefica Entretanto sua repu-taccedilatildeo e financcedilas foram bastante afetadas por suas brigas puacuteblicas com seu colega paleon-toacutelogo Othoniel Marsh (1831 ndash 1899) que fi-caram conhecidas como a ldquoGuerra dos Ossosrdquo (Mark 2000) Cope morreu em 1897 aos 56 anos deixando um legado de mais de 1400 artigos cientiacuteficos e nomeando mais de 1000 espeacutecies de vertebrados Ateacute hoje ningueacutem conseguiu publicar tantos artigos cientiacuteficos quanto Cope (Osborne 1929 Mark 2000)

Um outro lado do Naturalista de reno-me o racismo e a misoginia de Cope

Apesar de ter falecido relativamente jovem e de seu nuacutemero astronocircmico de artigos pu-blicados Cope ainda encontrava tempo para escrever sobre suas opiniotildees sociais e poliacuteti-cas o que o tornou uma pessoa extremamen-te controversa Cope escrevia abertamente sobre ideias racistas e misoacuteginas As declara-ccedilotildees racistas de Cope incomodavam a muitos ateacute mesmo naquela eacutepoca em que esse tipo de pensamento poderia reverberar entre vaacuterios intelectuais de raciociacutenio semelhante

Suas ideias encontravam eco com aquelas pu-blicadas e discutidas por figuras importantes da eacutepoca O meacutedico cientista e escritor R W Shufeldt por exemplo dedicou seu livro in-titulado ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (Shufeldt 1907) a Cope por seus esforccedilos de manter a pureza das raccedilas (Figura 4) Neste livro Shufeldt apresenta duas das cartas publicadas por Cope na revista ldquoThe Open Courtrdquo intituladas ldquoThe Return of the Negroes to Africardquo onde Cope se declara-va abertamente a favor de uma deportaccedilatildeo

em massa dos negros para a Aacutefrica inclusive aqueles nascidos nos Estados Unidos

Dentre algumas passagens marcantes presen-tes nessas cartas podemos listar (em idioma original com traduccedilatildeo livre para o portuguecircs disponiacutevel no rodapeacute)

ldquoMr Frederick May Holland has replied to my article on the proposed removal of the African race in the United States to Africa citing various objections to such a course [] all races are not equally capable of sus-taining this relation between order and free-dom [] The negro has conspicuously failed in all but absolute governments [] Whate-ver reasons may have existed or do exist for the removal of particular peoples or the ex-clusion of particular races from any country they exist with tenfold force in the case of the negroes of the United States [] I will not discuss again the mental status of the black race It is well known except to those who will not see [] The reasons why the American negroes object to being returned to Africa are self-evident As beneficiaries of a civilized na-tion they have their rights better protected than they would have under a government of their own race [] If he is so capable as some persons believe it will do him no harm If he succeeds no better in the future than he has in the past he will not surprise some who think they know him betterrdquo [1] (Cope 1890a The Open Court 130 pp 2110-2111 Figura 5)

59

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

eacute bem conhecido exceto por aqueles que natildeo querem

enxergar [] As razotildees do porquecirc os negros america-

nos tecircm objeccedilotildees para voltar para a Aacutefrica satildeo oacutebvias

Como beneficiaacuterios de uma naccedilatildeo civilizada eles tecircm

seus direitos melhores protegidos do que se estivessem

sob um governo de sua proacutepria raccedila [] Se ele eacute tatildeo

capaz como algumas pessoas acreditam isso natildeo faraacute

mal a ele Se ele natildeo for melhor sucedido no futuro do

que foi no passado ele natildeo surpreenderaacute aqueles que

acreditam conhececirc-lo melhorrdquo

[1] ldquoO Sr Frederick May Holland respondeu ao meu

artigo propondo remover a raccedila Africana nos Esta-

dos Unidos para a Aacutefrica citando vaacuterias objeccedilotildees para

isso [] todas as raccedilas natildeo satildeo igualmente capazes de

sustentar as relaccedilotildees entre liberdade e ordem [] O

negro falhou visivelmente em todos os governos exce-

to o absolutista [] quaisquer razotildees que existiram ou

ainda existem para a remoccedilatildeo de determinadas pesso-

as ou exclusatildeo de uma raccedila em particular de qualquer

paiacutes elas existem com uma forccedila dez vezes maior no

caso dos negros dos Estados Unidos [] Eu natildeo dis-

cutirei novamente o status mental da raccedila negra Isto

Figura 4 Capa do livro ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (esquerda) e dedicatoacuteria feita pelo autor a Cope (direita) Fonte Shufeldt (1907 biodiversitylibraryorg)

60

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Estas publicaccedilotildees geraram diversas criacuteticas e como resposta Cope publicou uma nova carta no The Open Court

ldquoI am not surprised to find that the objectors to the project of transferring the negroes from this country to Africa have nothing but sen-timental objections to urge against it They call their objections ethical and imagine that they have the support of justice in their po-sition Their understanding of the import of ethics and justice may differ from mine but I suspect that their view chiefly results from an ignorance of some fundamental principles of biology [] As to the question of injustice we

have to decide [] Shall we subject the higher race to deterioration or shall we subject the lower to transportation without material loss to it To do the former is to injure the entire human species To do the latter is to continue the process which the abolition of slavery inaugurated to teach the negro to stand on his own legs [] The characteristics of the ne-gro-mind are of such a nature as to unfit him for citizenship in this country He is thorou-ghly superstitious and absolutely under the control of supernaturalism [] He is lacking in rationality and in morality Without going further these traits alone should exclude him from citizenship [] if he remains in this

Figura 5 Capa do jornal The Open Court nuacutemero 130 onde Cope publicou uma de suas cartas Fonte opensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj

61

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

[2] ldquoEu natildeo estou surpreso de ver que os opositores ao

projeto de transferir os negros deste paiacutes para a Aacutefrica

natildeo tenham nada a natildeo ser objeccedilotildees emocionais para

argumentar contra isto Eles chamam suas objeccedilotildees de

eacuteticas e imaginam que eles tecircm o suporte da justiccedila em

suas posiccedilotildees A compreensatildeo deles sobre o significa-

do da eacutetica e da justiccedila podem diferir da minha mas

eu suspeito que a visatildeo deles resulte principalmente

da ignoracircncia sobre alguns princiacutepios fundamentais

da biologia [] Quanto agrave questatildeo da injusticcedila temos

que decidir [] Devemos submeter a raccedila superior agrave

deterioraccedilatildeo ou devemos sujeitar a raccedila inferior ao

transporte sem perdas materiais resultante disso Fa-

zer o primeiro eacute ferir toda a espeacutecie humana Fazer o

outro eacute continuar o processo que a aboliccedilatildeo da escra-

vidatildeo inaugurou ensinar o negro a se apoiar nas proacute-

prias pernas [] As caracteriacutesticas da mente do negro

satildeo de tal natureza que o torna inapto para a cidadania

neste paiacutes Ele eacute completamente supersticioso e absolu-

tamente sob o controle do sobrenatural [] Ele carece

de racionalidade e moralidade Sem ir aleacutem apenas es-

ses traccedilos jaacute deveriam excluiacute-lo de cidadania [] se ele

permanecer neste paiacutes ele se misturaraacute com os bran-

cos ateacute que em meio seacuteculo ou menos natildeo haveraacute uma

uacutenica pessoa com sangue negro puro [] uma imensa

populaccedilatildeo de mulatos onde deveria haver um nuacutemero

igual de brancos A deterioraccedilatildeo resultante seria desas-

trosa para nossa capacidade intelectual e moral e con-

sequentemente para nossa poliacutetica prosperidade []

A necessidade me parece grande e urgente [] Os proacute-

prios negros natildeo satildeo tatildeo avessos a deixarem este paiacutes

como muitos querem que acreditemos [] Milhares

deles estatildeo prontos para emigrar agorardquo

country he will mix with the whites until in a half century or less there will not be a per-son of pure negro blood in it [] an immense population of mulattoes where there should be an equal number of whites The deteriora-tion thus resulting would tell disastrously on our intellectual and moral and consequently on our political prosperity [] The necessity seems to me to be great and urgent [] The negroes themselves are not nearly so much averse to their leaving this country as many would have us believe [hellip] Thousands of them are ready to emigrate nowrdquo [2] (Cope 1890b The Open Court 146 p 2331)

Essas cartas e cartas respostas claramente indicam convicccedilatildeo de ideias e formas de pro-testos contra tais pensamentos por parte de alguns autores Aleacutem de suas ideias racistas Cope tambeacutem era um homem misoacutegino Em-bora ele acreditasse na importacircncia de mulhe-res estudarem (ideia considerada agrave frente de seu tempo naquela eacutepoca) Cope acreditava que mulheres independente da raccedila eram seres inferiores aos homens Cope usava atri-butos bioloacutegicos para justificar suas ideias onde dizia que mulheres eram fisicamente in-feriores por ldquoinferior muscular strength and child-bearingrdquo e mentalmente inferiores por

62

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

ldquoinferior mental co-ordination and greater emotional sensibility which interferes more or less with rational actionrdquo [3] (Osborne 1929)

Cope tambeacutem era contra o voto feminino pois acreditava que o homem era o protetor e le-gislador das mulheres Ele argumentava que mulheres seriam movidas pelo sentimento e votariam de acordo com ou mesmo contra a opiniatildeo de seus amantes ou maridos (Osbor-ne 1929)

O que a permanecircncia do nome de Cope no principal veiacuteculo de uma sociedade cientiacutefica nos ensina

O corpo editorial da Copeia foi composto por muito tempo majoritariamente por homens brancos Desde a fundaccedilatildeo da ASIH o perfil de toda sociedade nunca foi muito diferen-te disso embora vaacuterias mulheres brancas tambeacutem tenham feito parte da sociedade do corpo editorial da revista e publicando arti-gos Apenas no ano 2000 uma mulher Dra Maureen A Donnelly passou a incorporar o comitecirc diretivo da ASIH permanecendo ateacute 2016 (Hilton amp Crump 2016) Com base no exame de fotografias dos participantes dos encontros da sociedade eacute possiacutevel notar que embora o nuacutemero de mulheres brancas tenha aumentado ao longo dos anos natildeo parece ha-ver participaccedilatildeo de negros na sociedade Uma explicaccedilatildeo para a existecircncia e manutenccedilatildeo de iacutecones racistas e misoacuteginos como siacutembolos e

homenagens nas sociedades contemporacircne-as seria relacionada a um ensino da histoacuteria que parece tentar apagar o passado racista de membros da sociedade americana de um modo geral e a quase inexistecircncia de diversi-dade eacutetnico-raciais em sociedades cientiacuteficas como eacute o caso da ASIH

Com o assassinato de George Floyd reacen-deu-se nos Estados Unidos a luta por igual-dade racial com criacuteticas e autocriacuteticas agraves atitu-des e ao simbolismo racista Como resultado o movimento blacklivesmatter ganhou for-ccedila vozes e sua mensagem passou a ser ouvida por diversos outros segmentos da sociedade em geral Uma das consequecircncias deste refor-ccedilo resultou no incocircmodo expresso por muitos soacutecios da ASIH que entre outras accedilotildees levou ao questionamento da continuidade do uso do nome Copeia para homenagear Cope

Em consideraccedilatildeo a seus soacutecios principalmen-te aos membros negros o Comitecirc Executivo da ASIH votou a favor por unanimidade de mudar o nome da Copeia para ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo conforme mensagem di-vulgada no dia 27 de junho de 2020 (twittercomIchsAndHerpss=20) O nome sugeri-do passou para ser votado por uma instacircncia superior o Board of Governors que deve-ria decidir por (1) trocar o nome para ldquoIch-thyology and Herpetologyrdquo ou (2) manter o nome Copeia No dia 02 de julho foi anun-ciado que o novo nome foi aprovado com 88 votos a favor e 11 votos contras (httpsbitlyASIH_BOG_MOTION Figura 6) Assim o nome ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo passaraacute a vale a partir do Nuacutemero 1 de 2021 Esta eacute indubitavelmente uma decisatildeo histoacuterica Dei-

[3] por terem forccedila muscular inferior e por engravida-rem hellip coordenaccedilatildeo mental inferior e maior sensibili-dade emocional a qual interfere accedilotildees racionais

63

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

xar de homenagear Cope natildeo significa apagar a histoacuteria de seu legado cientiacutefico mas sim fazer uma nova histoacuteria na qual homenagens natildeo sejam dadas sem considerar todo o con-texto de ideias do homenageado seu impacto e o que elas representam para a comunidade cientiacutefica e a sociedade como um todo

Figura 6 Tweet publicado pela ASIH no dia 02 de julho de 2020 (A) nova logo da ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo (B) mensagem sobre a aprovaccedilatildeo do novo nome pelo Board of Governors Fonte twittercomIchsAndHerpss=20

Esperamos que este seja o primeiro passo para uma Herpetologia mais justa e inclusiva Eacute importante que negros mulheres e outras minorias tenham representatividade nas nos-sas sociedades cientiacuteficas incluindo a proacutepria Sociedade Brasileira de Herpetologia

64

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Agradecimentos

Agradecemos a Annelise Frazatildeo Nunes Fer-nando Arauacutejo Perini e aos editores da Herpe-tologia Brasileira ndash Ensaios e Opiniotildees (Lu-ciana Barreto Nascimento Teresa Aacutevila Pires e Julio Cesar de Moura Leite) pelos comentaacute-rios e sugestotildees no texto

Referecircncias

Almeida S 2019 Racismo Estrutural (Femi-nismos Plurais) Poacutelen Livros Satildeo Paulo

American Society of Ichthyologists and Her-petologists About ASIH asihorgabout Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Copeia asihcopeiaonlineorg Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Twitter twittercomIchsAn-dHerpss=20 Acessado em 27 de junho de 2020

Berra TM 1984 A chronology of the Ame-rican Society of Ichthyologists and Herpe-tologists through 1982 American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication 21ndash21

Cope ED 1859 On the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Species Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 11122ndash128

Cope ED 1889 The Batrachia of North Ame-rica United States National Museum Bulletin 341ndash467

Cope ED 1890a The return of the negroes to Africa The Open Court 130 2110-2111 (dis-poniacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj)

Cope ED 1890b The return of the negroes to Africa The Open Court 1462331 (disponiacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiview-contentcgiarticle=4672ampcontext=ocj)

Cope ED 1898 The Crocodilians Lizards and Snakes of North America Report of the United States National Museum 1898 153ndash270

Davidson JP 1997 The Bone Sharp The Life of Edward Drinker Cope Academy of Natu-ral Science of Phyladelphia Special Publica-tion 171ndash237

Gill T 1897 Edward Drinker Cope Natura-list - A Chapter in the History of Science The American Naturalist 31831ndash863

Hilton EJ Crump ML 2016 The American Society of Ichthyologists and Herpetologists at 100 Setting the Stage for the Next Hun-dred Years Copeia 104952ndash964

Lawrence K Keleher T 2004 Chronic Dispa-rity Strong and Pervasive Evidence of Racial Inequalities Poverty Outcomes Structural Racism Race and Public Policy Conference Disponiacutevel em httpswwwintergroupre-sourcescomrcDefinitions20of20Ra-cismpdf

65

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Mark J 2000 The Gilded Dinosaur The Fos-sil War Between E D Cope and O C Marsh and the Rise of American Science Crown Pu-blishing Group New York

Mitchell JC Smith DG 2013 Copeia 1913 Number 1 Origin and Authors Copeia 2013189ndash193

Osborne HF 1929 Biographical Memoir of Edward Drinker Cope 1840-1897 National Academy of Sciences of the United States of America Biographical Memoirs XIII (Third Memoir)124ndash317

Shufeldt RW 1907 The Negro A Menace for the American Civilization The Gorham Press Boston

Scimago Journal amp Country Rank scimagojrcom Acessado em 26 de junho de 2020

66

ResenhasLarry Rohter 2019 Rondon uma biografia (traduccedilatildeo de Caacutes-sio de Arantes Leite) Objetiva Rio de Janeiro

Joseacute P Pombal Jr

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro Quinta da Boa Vista 209404-040 Rio de Janeiro RJ email pombalacdufrjbr

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

67

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

No Epiacutelogo desta biografia o autor narra uma viagem as terras visitadas por Rondon haacute mais de um seacuteculo Eacute

um tanto doloroso depois de termos lido so-bre estes locais nos tempos de Rondon ouvir-mos sobre o desenvolvimento da regiatildeo Em Mato Grosso o autor nos conta sobre uma ce-rimocircnia oficial em Mimoso em cinco de maio de 2015 para a celebraccedilatildeo dos 150 anos do nascimento de Candido Rondon ldquoO exeacutercito estava no comando entatildeo o tom era marcial e patrioacutetico como as celebraccedilotildees para marcar o dia da Independecircncia Unidades portan-do as bandeiras do Brasil do Mato Grosso e do Exeacutercito passaram marchando a fizeram uma saudaccedilatildeo na direccedilatildeo do palanque onde importantes dignitaacuterios locais e nacionais incluindo ateacute Tweed Roosevelt bisneto de Theodore[]rdquo ldquoApoacutes chegar de helicoacuteptero o comandante do Exeacutercito o general Eduardo Dias da Costa Villas Bocircas que passou parte consideraacutevel de sua carreira na Amazocircnia fez um discurso exaltando as virtudes de Rondon como soldado e patriota [] Nenhum discur-so foi aleacutem de ortodoxos e limitados clichecircs sobre Rondon destacando seus feitos como explorador e o pacifismo subjacente a esses esforccedilos sem mencionar que as exortaccedilotildees de Rondon especialmente o ldquomorrer se preciso for matar nuncardquo haviam sido muito mais ig-norados do que observadas na histoacuteria recen-te do Mato Grosso e da Amazocircniardquo

Eacute difiacutecil resenhar um excelente livro sobre o Marechal Cacircndido Mariano da Silva Rondon e natildeo cair na tentaccedilatildeo de falar sobre o bio-grafado e natildeo sobre o livro A maioria de noacutes conhece alguma parte da histoacuteria de Rondon

um estado recebeu seu nome Rondocircnia (an-tes territoacuterio do Guaporeacute) construccedilatildeo das linhas telegraacuteficas participaccedilatildeo de pesqui-sadores em suas expediccedilotildees como Hoehne e Miranda-Ribeiro Serviccedilo Nacional do Iacutendio e seu quase mantra ldquomorrer se preciso for ma-tar nuncardquo nos primeiros encontros com in-diacutegenas foi atingido por uma flecha em 1913 sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda Expediccedilatildeo Cientiacutefica Roosevelt -Rondon Rondon fez tudo isso mas muito mais Como relatado na apresentaccedilatildeo desta biografia por qualquer criteacuterio quantidade de expediccedilotildees distacircncias vencidas grau de dificuldades e informaccedilotildees coletadas Ron-don foi o maior explorador dos troacutepicos da histoacuteria com realizaccedilotildees que superam perso-nagens mais conhecidos como Sir Richard Francis Burton Rondon esteve em mais de duas duacutezias de expediccedilotildees pelo isolado norte do Brasil viajando mais de 40 mil quilocircme-tros a peacute em canoas a cavalo ou mulas Aleacutem de engenheiro militar bacharel em matemaacute-tica e ciecircncias fiacutesicas e naturais foi professor de astronomia na escola militar A comissatildeo Rondon que estava sob seu comando publicou mais de cem artigos cientiacuteficos em antropolo-gia astronomia botacircnica ecologia etnologia ictiologia linguiacutestica metereologia minera-logia e ornitologia e nenhum outro indiviacuteduo contribui mais com exemplares para o Museu Nacional Rondon tinha ainda mais interesse pelas populaccedilotildees humanas que pela fauna e flora Muitos de seus artigos satildeo sobre gramaacute-tica sintaxe e vocabulaacuterio das liacutenguas dos po-vos da regiatildeo A Comissatildeo Rondon jaacute conta-va com equipe de filmagem e produzia filmes sobre os povos da Amazocircnia documentado

68

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

ainda sua muacutesica Em 1925 no Brasil Albert Einstein maravilhado pela figura de um ge-neral pacifista indicou Rondon para o precircmio Nobel da Paz a fim de exaltar seus esforccedilos Quando morreu em 1958 com 92 anos o pre-sidente da Cruz Vermelha Leacuteopold Boisser o saudou como o mais importante apoacutestolo da natildeo violecircncia nos tempos modernos desde Gandhi Rondon foi um dos maiores defenso-res dos direitos indiacutegenas durante a primeira metade do seacuteculo XX Foi diretor-geral do Ser-viccedilo de Proteccedilatildeo aos Iacutendios cujas atribuiccedilotildees de assistecircncia e proteccedilatildeo aos grupos indiacutege-nas dentro do princiacutepio ao respeito da diver-sidade cultural e depois presidiu o Conselho Nacional de Proteccedilatildeo ao Iacutendio e lutou com os irmatildeos Villas Boas dentre outros pelo estabe-lecimento do Parque Indiacutegena do Xingu

A primeira coisa que me chamou a atenccedilatildeo em um livro sobre Rondon foi ter sido publicado antes em inglecircs e apenas depois ser traduzi-do para o Portuguecircs Talvez isso diga sobre os interesses das editoras do Brasil que prefiram sempre apostar em um sucesso no estrangeiro para a partir disso resolver investir

O autor desta biografia bem traduzida por Caacutessio de Arantes Leite Larry Rohter eacute um conhecido jornalista estadunidense que foi correspondente no Brasil do jornal The New York Times tendo outros livros publicados Contando com mais de 500 paacuteginas incluin-do vasta bibliografia mapas e fotografias estaacute biografia eacute dividida em quatro partes Come-ccedila como deve ser toda biografia com o nasci-mento e infacircncia do ldquoMarechal da Pazrdquo como seria um dia conhecido Cacircndido Mariano da Silva o sobrenome Rondon foi incorporado

posteriormente do sobrenome se sua avoacute ma-terna As quatro partes satildeo divididas em 26 capiacutetulos A primeira parte conta com trecircs capiacutetulos onde satildeo narrados infacircncia che-gada ao Rio de Janeiro para entrada no exeacuter-cito periacuteodo em que passou muitas necessi-dades e seu envolvimento no golpe de 15 de novembro A parte II conta com 14 capiacutetulos onde satildeo apresentadas toda sua vida adulta como oficial do exeacutercito suas missotildees e vida familiar Parte III com cinco capiacutetulos nos apresenta o Rondon maduro foi promovido a General de Brigada em 1919 aos 54 anos Ainda plenamente em atividades mas como natildeo poderia deixar de ser um personagem tatildeo forte e complexo contava com grande apoio e igualmente oposiccedilatildeo O major Bittencourt escritor e futuro general que lecionava na aca-demia militar escreveu ldquoHaacute no seio do exeacuter-cito duas correntes francamente opostas [] Os partidaacuterios do primeiro grupo [] acham o pacificador dos aboriacutegenes nacionais um li-dador de peso e conta prestando ao paiacutes em organizaccedilatildeo serviccedilos de grande valia e meacuterito os formadores do grupo adverso [] veem no grande brasileiro um servidor comum cujos esforccedilos seriam perfeitamente recompensa-dos com algumas dezenas de mil-reacuteis a mais Uns o querem general de brigada ou divisatildeo respeitado e querido por seus meacuteritos e tra-balhos [] Outros mais exigentes ou menos refletidos o desejam afastado do exeacutercito ignorado e esquecido agraves fileirasrdquo Suas accedilotildees como indigenistas ainda hoje podem ser po-lecircmicas e talvez a mais contundente seja de um pesquisador atual da antropologia do Mu-seu Nacional instituiccedilatildeo a qual Rondon sem-pre teve ligaccedilotildees importantes A uacuteltima parte

69

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

com quatro capiacutetulos trata do periacuteodo em que vai para a reserva quando passa por uma seacuterie de humilhaccedilotildees deliberadas em raacutepida suces-satildeo Uma das que mais lhe afetou foi o Serviccedilo Nacional do Iacutendio ter perdido prestiacutegio e ser transformado em uma seccedilatildeo de uma direto-ria Isso equivalia segundo o militar ligado ao SPI na eacutepoca a extinccedilatildeo do oacutergatildeo Todavia privado de suas atividades de comando pocircde devotar seu tempo a atividades cientiacuteficas Ele continuava bem-vindo ao Museu Nacional onde seu amigo Roquette-Pinto foi diretor Aleacutem disso haacute nesta biografia um epiacutelogo com a qual iniciei estaacute resenha

O livro estaacute muito bem impresso com for-mato e papel agradaacuteveis a leitura Da mesma forma o tamanho da fonte eacute igualmente agra-daacutevel a leitura As 25 fotografias em preto e branco natildeo estatildeo impressas em papel espe-cial mas no geral tem entre boa a razoaacutevel ni-tidez O detalhamento e profundida do texto satildeo excelentes ao menos para mim um qua-se ignorante na vida deste grande personagem brasileiro (ainda que com apenas 160 cm de altura) e natildeo tem como natildeo se admirar com a obra do Marechal Rondon Como zooacutelogo natildeo haacute como natildeo ficar maravilhado e ateacute mesmo tenso com as agruras que passaram Rondon soldados pesquisadores e todo o pessoal que o acompanhou Natildeo falta nada nestas aven-turas fome cansaccedilo ataque de indigenas inclusive com flechadas (sem que houvesse contra ataque) e coleta de material cientiacutefico A expediccedilatildeo mais conhecida eacute a com o Roo-sevelt onde passaram todo tipo de privaccedilatildeo pelo Rio da Duacutevida depois renomeado como Rio Roosevelt Realmente este foi o melhor li-vro de natildeo ficccedilatildeo que li em 2019 e recomendo

fortemente a todos que se interessam por via-gens de naturalistas zooacutelogos e antropoacutelogos Na verdade creio que todo brasileiro se be-neficiaacuteria da leitura desta excelente biografia

Mas se Rondon foi capaz de feitos tatildeo ex-cepcionais por que eacute quase desconhecido no mundo Talvez isso possa ser respondido por uma uacutenica palavra que denota uma das maiores ou a maior chaga humana racismo Seguramente o racismo e o preconceito natildeo eram menores que nos dias hoje Ainda em 1930 por exemplo The New York Times ain-da se referia a Rondon como o ldquoguia nativo do Coronel Rooseveltrdquo (estaacute claro que o sucesso e mesmo a sobrevivecircncia de Roosevelt se deve a Rondon Sim por pouco que Roosevelt natildeo morreu) Aleacutem de origem indiacutegena era oacuter-fatildeo nascido na pobreza e no interior do Bra-sil onde um simples ensino baacutesico era difiacutecil de obter Uma simples foto de Rondon mostra que ele natildeo atende ao estereoacutetipo de grande explorador cultivada pelo mundo anglo-sa-xatildeo com cor e feiccedilotildees tiacutepicas de um indigena sul-americano Seu pai Cacircndido Mariano da Silva um mascate de ascendecircncia europeia e indiacutegena tambeacutem com sangue africano que morreu apenas cinco meses apoacutes o nascimen-to de Rondon Sua matildee Claudina Maria de Freitas Evangelista tinha como ancestrais dois dos principais grupos indiacutegenas do centro de Mato Grosso Bororo e Terena Neste excelen-te livro temos a oportunidade de vislumbrar o periacuteodo as lutas sucessos e idiossincrasias deste brasileiro que nos enche de orgulho

Enfim termino por onde comecei o epiacutelogo desta biografia O autor menciona a eleiccedilatildeo presidencial brasileira de 2018 indicando um

70

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

futuro sombrio para as populaccedilotildees indiacutegenas Mas o autor ainda nos lembra de duas falas de personalidades do poder Pergunta o General Heleno Ribeiro Pereira quando era coman-dante militar da regiatildeo amazocircnica ldquocomo um brasileiro natildeo pode entrar numa terra porque eacute terra indiacutegenardquo ou o ldquoGeneral Maacuterio Ma-theus Madureira ex-comandante da 10 bri-gada de Infantaria de Selva que afirma que a demarcaccedilatildeo de grandes porccedilotildees de terra para grupos indiacutegenas e reserva ecoloacutegicas pode inviabilizar o desenvolvimento econocircmico do estadordquo

Embora as homenagens devidas tenham sido prestadas em 2005 aos 150 anos de nascimen-to do Marechal Candido Rondon pelo estado de Mato Grosso e pelo exeacutercito estaacute claro que eles natildeo entenderam quem foi o personagem que estavam homenageando

Editor Deacutelio Baecircta

71

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

Reuber Albuquerque Brandatildeo Renata Dias Franccediloso Theodo-ro de Hungria Machado Neuber Joaquim dos Santos (Orgs) 2020 Histoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudeste do Brasil PerSe Satildeo Paulo Ebook

Deacutelio Baecircta

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brasil deliobaetagmailcom

72

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

A regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo com-preende uma fascinante regiatildeo do Cerrado no marco de encontro entre

os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais que abrange propriedades privadas e Unidades de Conservaccedilatildeo com diferentes categorias in-cluindo o Parque Nacional do Grande Sertatildeo Veredas O livro ldquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Su-deste do Brasilrdquo eacute focado na histoacuteria natural e estaacute organizado em onze capiacutetulos que descre-vem aspectos da histoacuteria fauna flora geolo-gia e geografia desta regiatildeo Preacuteviamente aos capiacutetulos satildeo apresentados os prefaacutecios biliacuten-gues (inglecircs e portuguecircs) de autoria de James A Ratter (Royal Botanic Garden Edinburg) e John N Landers (Order of British Empire) que trazem uma bela apresentaccedilatildeo da regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo seguido de um proacute-logo ldquoBem vindo ao cerrado dos Sertotildees da Trijunccedilatildeordquo onde os organizadores comparti-lham suas experiecircncias e memoacuterias sobre a a regiatildeo do Sertatildeo do Trijunccedilatildeo convidando os leitores a mergulhar nesta fascinante regiatildeo de Cerrado Antes de iniciar os capiacutetulos os autores deixam uma bela homenagem a Ju-dith Cortesatildeo ambientalista pesquisadora e educadora

A obra inicia com uma concisa e ao mesmo tempo detalhada apresentaccedilatildeo histoacuterico-bio-geograacutefica da regiatildeo do Trijunccedilatildeo lsquoCami-nhando pelo sertatildeo da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Minas Gerais e Goiaacutesrsquo De autoria de Theodoro H Machado o capiacutetulo 1 introduz ao leitor a importacircncia desta aacuterea de conflu-ecircncia entre os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais como ponto de passagem de diversas expediccedilotildees viajantes e autoridades da coroa

portuguesa que se dirigiam para os sertotildees regiotildees ainda natildeo exploradas no interior do territoacuterio Seguindo a apresentaccedilatildeo da regiatildeo somo contextualizados no capiacutetulo 2 (A regiatildeo do Trijunccedilatildeo no contexto do Bioma Cerrado) de autoria de Renata Franccediloso e Reuber Bran-datildeo sobre as caracteriacutesticas do Cerrado da re-giatildeo (eg precipitaccedilatildeo e temperatura meacutedia) indicando as diferentes categorias de Unida-des de Conservaccedilatildeo presentes na regiatildeo Jaacute neste capiacutetulo eacute feito um importante alerta so-bre a diminuiccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico da regiatildeo fato preocupante que tem se tornado comum a diversas regiotildees do Cerrado

A partir do capiacutetulo 3 estendendo ateacute o ca-piacutetulo 9 iniciam-se as detalhadas descriccedilotildees sobre a flora e fauna da regiatildeo comeccedilando com a lsquoCaracterizaccedilatildeo floriacutestica e potencial de uso as espeacutecies vasculares ocorrentes na re-giatildeo do Trijunccedilatildeorsquo de autoria de Joseacute Felipe Ribeiro e colaboradores Neste capiacutetulo satildeo apresentados as fitosionomias presentes na regiatildeo bem como uma extensa lista de espeacute-cies indicando seu haacutebito e habitat Os auto-res tambeacutem resumem em uma tabela (paacutegs 80-84) as informaccedilotildees sobre o uso econocircmico e sustentaacutevel para algumas espeacutecies botacircnicas ocorrentes na regiatildeo abrangendo diversos usos como por exemplo plantas alimentiacutecias apiacutecolas condimentares artesanato medici-nais tecircxteis etc

Jaacute os capiacutetulos 4 a 6 apresentam um pano-rama da herpetofauna presente da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 4 lsquoAnfiacutebios da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Goiaacutes e Mi-nas e do Parque Nacional Grande Sertatildeo Ve-redasrsquo de autoria de Reuber Brandatildeo Paula Leatildeo e Leonardo Gedraite abordada aspectos

73

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

introdutoacuterios sobre os anfiacutebios e sua relaccedilatildeo com o Cerrado aleacutem dos ambientes de ocor-recircncia das espeacutecies na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e do PARNA Grande Sertatildeo Veredas A diversi-dade de anfiacutebios encontrada na regiatildeo eacute gran-de para o Cerrado (47 spp) e corresponde a aproximadamente um quarto das espeacutecies re-gistradas para este bioma (220 spp) indican-do a importacircncia desta regiatildeo em relaccedilatildeo ao bioma como um todo Esta importacircncia tam-beacutem eacute evidenciada pela presenccedila de anuros que ainda necessitam de confirmaccedilatildeo quan-to a sua identidade especiacutefica e pela descri-ccedilatildeo de Rhinella veredas (Brandatildeo Maciel amp Sebben 2007) que tem sua localidade tipo na Fazenda Trijunccedilatildeo (atualmente PARNA Grande Sertatildeo Veredas) Para cada espeacutecie de anfiacutebios registradas os autores incluem as informaccedilotildees sobre o registro na regiatildeo distri-buiccedilatildeo geograacutefica histoacuteria natural e status de conservaccedilatildeo

O capiacutetulo 5 lsquoReacutepteis da Trijunccedilatildeo e o Itineraacute-rio de Spix e Martius entre o Satildeo Francisco e o Vatildeo do Paranatildersquo de autoria de Guarino Colli Frederico Franccedila Daniel Mesquita e Davi Pantoja aborda o itineraacuterio da expediccedilatildeo dos naturalistas Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius (1871-1820) e sua passagem pelo regiatildeo do Trijunccedilatildeo em destino a Bahia Este capiacutetulo juntamente com o capiacutetulo 1 prendeu minha atenccedilatildeo de-vido aos aspectos histoacutericos abordados Atra-veacutes do levantamento de localidades citadas por Spix e Martius e sua atualizaccedilatildeo com os nomes atualmente empregados os autores deste capiacutetulo confirmam a passagem de Spix e Martius pelo Vatildeo do Paranatilde e Carinhanha pernoitando nas cabeceiras do Juqueri regiatildeo

onde hoje se encontra a Trijunccedilatildeo A passa-gem destes naturalistas pela regiatildeo resultou na coleta de uma espeacutecie de caacutegado no rio Ca-rinhanha sendo posteriormente descrita por Schweigger como Phrynophus geoffroanus (Schweigger 1812) O exemplar ainda se en-contra (hoje um casco) na seccedilatildeo de herpeto-logia do Museu de Munique Alemanha As-sim como para outros grupos de fauna e flora os autores indicam a importacircncia da regiatildeo para a conservaccedilatildeo do Cerrado evidencia-da pela descriccedilatildeo de duas espeacutecie de lagartos endecircmicas da regiatildeo Stenocercus quinarius (Nogueira amp Rodrigues 2006) e Psilopus se-ductus (Rodrigues et al 2017) para o PARNA Grande Sertatildeo Veredas

Os autores registraram 48 espeacutecie de reacutepteis na Fazenda Trijunccedilatildeo o que corresponde a 50 das espeacutecies conhecidas para a regiatildeo sendo algumas delas registradas somente para a a fazenda Aleacutem disto o levantamento tambeacutem evidenciou a existecircncia de uma nova espeacutecie de lagarto do gecircnero Tropidurus e re-gistrou Phalostris labiomaculatus serpente endecircmica para o Cerrado conhecida somente de poucos exemplares provenientes de algu-mas localidades na divisa dos estados de To-cantins e Maranhatildeo Quando consideram a Fazenda Trijunccedilatildeo e a regiatildeo do entorno os autores indicam uma riqueza de 100 espeacutecies de reacutepteis com diferentes graus de endemis-mos de espeacutecies para o Cerrado (33) e Ca-atinga (4) Os autores tambeacutem apresentam comentaacuterios e atualizam os registros de reacutep-teis para regiatildeo finalizando com a importacircn-cia dos reacutepteis da regiatildeo para compreensatildeo dos processos biogeograacuteficos que atuam no Cerrado e Caatinga

74

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

O capiacutetulo 6 lsquoHistoacuteria natural do jacareacute-pa-guaacute (Paleosuchus palpebrosus) o pequeno notaacutevel das veredas dos sertotildees da Trijunccedilatildeo entre Bahia Goiaacutes e Minas Geraisrsquo de autoria de Beatriz Vasconcelos Joseacute Marcos Abreu e Reuber Brandatildeo finaliza a temaacutetica herpeto-fauna trazendo informaccedilotildees sobre a histoacuteria natural do jacareacute-paguaacute Seguindo os capiacutetu-los anteriores a introduccedilatildeo apresenta os dados relativos agrave histoacuteria natural conservaccedilatildeo e im-pacto antroacutepicos nas populaccedilotildees deste jacareacute Tendo como objeto de estudo uma populaccedilatildeo de jacareacutes-paguaacute presentes na Lagoa do For-moso foi avaliado o tamanho corporal dieta oferta de recursos alimentares microhabitats disponiacuteveis e utilizados e densidade da po-pulaccedilatildeo desta espeacutecie Os resultados obtidos mostraram uma semelhanccedila com outras po-pulaccedilotildees do jacareacute-paguaacute e somaram infor-maccedilotildees para a ecologia conservaccedilatildeo e manejo desta

O capiacutetulo 7 lsquoAvifauna do Trijunccedilatildeo as aves do Grande Sertatildeo Veredas de Guimaratildees Rosarsquo eacute de autoria de Marcelo Bagno Tarciacutesio Abreu e Vivian Braz Este capiacutetulo apresenta um extenso inventaacuterio da avifauna presente na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e na parte baiana do PARNA Grande Sertatildeo Veredas Realizado em 12 pontos amostrais entre os anos 2000 e 2002 o inventaacuterio listou 219 espeacutecies in-cluindo espeacutecies consideradas ameaccedilas de ex-tinccedilatildeo de acordo com lista oficial de espeacutecies brasileiras ameaccediladas de extinccedilatildeo e de acordo com a lista de espeacutecies ameaccediladas do Estado de Minas Gerais Tambeacutem foram registradas espeacutecies ameaccediladas a niacutevel mundial de acor-do com os criteacuterios da Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (Internatio-

nal Union for Conservation of Nature -IUCN) A composiccedilatildeo da avifauna apresentou uma predominacircncia por espeacutecies do Cerrado com grande predominacircncia das espeacutecies endecircmi-cas deste bioma que estatildeo associadas princi-palmente a ambientes campestres (14 de 33 espeacutecies) Apesar da grande diversidade de aves com uma grande distribuiccedilatildeo geograacutefica a maior parte delas correspondeu a espeacutecies associadas a ldquoDiagonal Seca da Ameacuterica do Sulrdquo (Biomas da Caatinga Cerrado e Chaco) no entanto espeacutecies associadas aos biomas da Amazocircnia e Mata Atlacircntica tambeacutem foram re-gistradas Todos os registros satildeo muito bem detalhados e discutidos ao longo do texto comparando os resultados do inventaacuterio da avifauna da Trijunccedilatildeo entre as fitofisionomias da regiatildeo bem como com inventaacuterios de ou-tras regiotildees O capiacutetulo eacute finalizado com uma detalhada discussatildeo biogeograacutefica sobre a avi-fauna do Trijunccedilatildeo enfocando principalmen-te aspectos de conservaccedilatildeo

Os capiacutetulos 8 e 9 apresentam a fauna de ma-miacuteferos de pequeno meacutedio e grande porte do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 8 lsquoPequenos mamiacuteferos da Trijunccedilatildeo leste do Cerradorsquo de autoria de Cibele Boncicino e colaborado-res traz uma lista de 19 espeacutecies de pequenos mamiacuteferos ocorrentes na regiatildeo Para todas as espeacutecies satildeo apresentados dados referen-tes a histoacuteria natural e distribuiccedilatildeo aleacutem de incluiacuterem um mapa de distribuiccedilatildeo no Brasil e uma foto da espeacutecie acompanhada do nome cientiacutefico e popular Jaacute o capiacutetulo 9 lsquoOs ma-miacuteferos de meacutedio e grande porte da regiatildeo do Trijunccedilatildeo com observaccedilotildees sobre pequenos mamiacuteferosrsquo eacute de autoria de Marcelo Reis Ca-rolina Lobo Keiko Pellizzaro e Reuber Bran-

75

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

datildeo apresenta os resultados de inventaacuterios raacutepidos da biodiversidade de mamiacuteferos da regiatildeo Esta amostragem raacutepida registrou 48 espeacutecies de mamiacuteferos entre capturas obser-vaccedilotildees diretas e indiretas

Os dois uacuteltimos capiacutetulos satildeo focados no ciclo das aacuteguas e uso do solo da regiatildeo do Trijun-ccedilatildeo O capiacutetulo 10 lsquoO ciclo das aacuteguas na regiatildeo da triacuteplice junccedilatildeo dos estados de Goiaacutes Mi-nas Gerais e Bahiarsquo eacute de autoria de Maria Te-resa Gaspar e de Joseacute Eloacutei Campos Os auto-res abordam a importacircncia do ciclo das aacuteguas para o estabelecimento de uma lsquofauna e flora exuberantesrsquo na regiatildeo do sertatildeo (nas palavras dos autores) De forma didaacutetica os autores in-cluem no texto informaccedilotildees sobre conceitos e definiccedilotildees ao explicarem o ciclo das aacuteguas da regiatildeo fundamental para a compreensatildeo do tema abordado no capiacutetulo Os autores fina-lizam o capiacutetulo apresentando bases e subsiacute-dios para a gestatildeo de forma sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos da regiatildeo jaacute que apesar da presenccedila de unidades de conservaccedilatildeo na re-giatildeo a Trijunccedilatildeo jaacute sofre com os impactos na alteraccedilatildeo do ciclo das aacuteguas

O capiacutetulo 11 (Uso e cobertura da Terra no su-doeste da Bahia municiacutepios de Cocos e Jabo-randi) de autoria de Eraldo Matricardi Ana Beatriz Ferreira e Joseacute Pires analisa o uso do solo nestes municiacutepios em relaccedilatildeo a qualidade ambiental da regiatildeo Os autores copilaram da-dos do uso e cobertura da terra entre os anos 2000 e 2016 identificando a conversatildeo da ve-getaccedilatildeo nativa para uso antroacutepico do solo o que ocasionou a fragmentaccedilatildeo dos habitats nestes municiacutepios Este capiacutetulo focado nos municiacutepios baianos traz um alerta para a

pressatildeo exercita para o uso do solo em ativi-dades antroacutepicas

De forma geral o livro eacute muito bem ilustrado e diagramado com textos de faacutecil leitura sem uso excesso de termos teacutecnicos que desenco-rajam a leitura por quem natildeo eacute familiarizado Mesmo quando utilizados estes termos satildeo muito bem explicados Apesar do cuidado com a obra haacute pequenos problemas na diagra-maccedilatildeo alguns subtiacutetulos ficaram deslocados em relaccedilatildeo ao texto que se referem como por exemplo nas paacuteginas 78 e 108 onde os sub-tiacutetulos lsquoAlternativa de Uso e Zoneamentorsquo e lsquoOlolygon cf skaios Pombal Jr Carvalho Jr Canelas amp Bastos 2010rsquo (respectivamente) fi-caram no fim da paacutegina longe do texto a que se referem No entanto isto natildeo prejudica a leitura da obra

As fotos e ilustraccedilotildees da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo satildeo um espetaacuteculo agrave parte e des-pertam a vontade de conhecer e vivenciar esta regiatildeo A obra lsquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudes-te do Brasilrsquo reflete o cuidado e a dedicaccedilatildeo de todos os envolvidos neste projeto ao longo dos anos Eacute um livro para ser apreciado

EditorJoseacute P Pombal Jr

76

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Rafael Mitsuo Tanaka Mariana Pedrozo Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP BrazilCorresponding author edelciomuscatterracombr

MORE THAN ONE PATH TO SUCESS AN ALTERNATIVE STRATEGY FOR physalaemus atlantiCus (AMPHIBIA LEP-TODACTYLIDAE) LARVAL DEVELOPMENT

The order Anura currently com-prises 39 described reproduc-tive modes of which 27 are

found in the Atlantic Forest (Haddad amp Prado 2005) However little is known about some basic aspects of reproduc-tive biology (Hartmann et al 2010) For instance data about the duration of larval development and the influ-ence of environmental parameters in this process remain scarce (Hartmann et al 2010) Herein we describe our ob-servations on larval development and a new reproductive mode for the Atlantic Forest endemic species Physalaemus atlanticus Haddad amp Sazima 2004

Physalaemus atlanticus is a small frog whose type locality is Nuacutecleo Picin-guaba municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil (Haddad amp Sazima 2004) This species is part of the P sig-

nifier species group (Haddad amp Sazima 2004) and is listed as vulnerable ac-cording to IUCN Red list criteria (Cox and Stuart 2004) The species can be distinguished from other Physalaemus species by its morphological features such as a smooth to slightly rugose dor-sal skin texture and orange belly in life and also by its advertisement call with a duration of 06ndash084 s and a frequen-cy between 09ndash18 kHz Physalaemus atlanticus lays its eggs on a foam nest either in leaf litter or in small tempo-rary puddles (Hartmann et al 2010) defined by Haddad amp Prado (2005) as mode 28 and 11 respectively

The study took place in the municipal-ity of Ubatuba (-234620 -451453 WGS 84 14m asl) Satildeo Paulo state Bra-zil The study area encompasses 1613 ha and is a private reserve belonging to

77

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Projeto Dacnis (PD) a non-profit orga-nization The mean annual precipita-tion varies from 2000mm to 2500mm The hot and wet season runs from the end of November to March

Physalaemus atlanticus is the only species of the genus that occurs in the PD reserve and uses a foam nest as re-productive strategy We confirmed our identification based on the morpholog-ical characteristics of adults found in the spawning area (Fig 1) by the ad-vertisement call and by the imagoes observed

We monitored the area daily between October 2014 and January 2015 and re-corded the stages in the development of the tadpoles For the description of an-uran embryos and larvae development stages we followed Gosner (1960) We collected some environmental data including water pH (using the Mache-rey-Nagel system) and water tempera-ture (Thermofocus model 01500A3)

Advertisement calls were recorded us-ing a Zoom H2n Handy recorder We deposited the recording at Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV) Museu de Zoologia ldquoProf Adatildeo Joseacute Cardosordquo Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas Bra-zil (FNJV-45024)

On 3 November 2014 we found a P atlanticus foam nest in a water-filled bract of the palm Syagrus botryophora on the forest floor (Fig 2A and 2B) On

25 November 2014 we recorded 16 lar-vae between stages 36-39 (Fig 2C) On 15 December 2014 we observed four imagoes between stages 42-43 (Figure 2D) On the following day we did not find any imagoes in the area Forty-two days passed from the day we found the foam nest to the last day we observed the imagoes on the bract The pH of the water in the bract remained constant at 70 The water temperature was 20degC in the morning and 23degC in the late af-ternoon and the temperature ampli-tude remained constant throughout the study

The observation of oviposition in a leaf bract by P atlanticus is the first record of this species using this mode When the rain filled the bract with water it provided an environment with the nec-essary conditions for the continuity of egg development in a place with poten-tially fewer predators and competitors This reproduction strategy is classified as mode 14 by Haddad amp Prado (2005) and is already known for other species of the genus Physalaemus (eg P caete Pombal amp Madureira 1997 P erythros Caramaschi Feio amp Guimaratildees 2003 Pcrombiei Heyer amp Wolf 1989)

On 6 October 2014 we found a P at-lanticus foam nest deposited on dry soil After a few days of precipitation temporary puddles formed surround-

78

ing the foam with water We observed dozens of tadpoles being released in the water and occupying the temporary puddle surrounding the nest However after a few days the puddle began to dry out and many tadpoles were found dead

Physalaemus atlanticus may depos-it its foam nest on different substrates such as the water surface of rock crev-ices anchored to plants or directly on leaf litter near ponds (Haddad amp Sazi-ma 2004 Hartmann et al 2010) This may show to some extent a plasticity in foam nest deposition site selection or may simply be related to the availabil-ity of oviposition sites (Taylor 1962 Schleich 2002) The species shows a dependence on puddles formed mainly by precipitation They provide an ide-al aquatic habitat for the larvae before the terrestrial phase begins (Wilbur amp Collins 1973) but they rely on rain to remain constantly full which can ex-pose the larvae to a high mortality risk or accelerate the metamorphosis pro-cess (Newman 1992) In the case of the bract the strategy was successful

Acknowledgements

We would like to thank Elsie Laura Rotenberg for major support Daniel Stuginski Ana Helena Stuginski and Matheus de Toledo Moroti for text re-view and Ivan Sazima the incentive provided We also thank the reviewers for helping us to improve the paper

References

Caramaschi U Feio RN Guim-aratildees-Neto AS 2003 A new bright-ly colored species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from Minas Gerais southeastern Brazil Herpeto-logica 59519ndash524

Cox N Stuart S 2004 Physalae-mus atlanticus The IUCN Red List of Threatened Species 2004 eT57240A11607388 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2004RLTST57240A11607388en Downloaded on 05 June 2020

Gosner KL 1960 A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification Herpeto-logica 16183ndash190

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive modes in frogs and their un-expected diversity in the Atlantic forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Haddad CFB Sazima I 2004 A new species of Physalaemus (Amphibia Leptodactylidae) from the Atlantic forest in southeastern Brazil Zootaxa 4791ndash12

Hartmann MT Hartmann PA Hadd-ad CFB 2010 Reproductive modes and fecundity of an assemblage of anu-ran amphibians in the Atlantic rainfor-est Brazil Iheringia 100207ndash215

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

79

Heyer WR Wolf AJ 1989 Physalae-mus crombiei (Amphibia Leptodac-tylidae) a new frog species from Es-piacuterito Santo Brazil with comment on the P signifer group Proceedings of the Biological Society of Washington 102500ndash506

Newman RA 1992 Adaptive Plasticity in Amphibian Metamorphosis Biosci-ence 42 671ndash678

Pombal Jr JP Madureira CA 1997 A new species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from the Atlantic rain forest of northeastern Brazil Alytes 15105ndash112

Schleich HH 2002 Amphibians and reptiles of Nepal biology systemat-ics field guide ARG Gantner Verlag Ruggell

Taylor E H 1962 The amphibian fauna of Thailand University of Kansas Sci-ence Bulletin 43265ndash499

Wilbur HM Collins JP 1973 Eco-logical aspects of amphibian metamor-phosis Science 1821305ndash1314

Editora Carla S Cassini

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

80

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Physalaemus atlanticus individual found in the spawning area municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil on 19 October 2014 A) Dorso-lateral view and B) ventral view Photos by EM

A

B

81

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Physalaemus atlanti-cus development stages recorded in the municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil A) Foam nest B) Spawn in a Syagrus bo-tryophora bract C) Tadpole be-tween stages 36-39 and D) Imago recorded in the spawn area Pho-tos by EM

A

B

C

D

82

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Antoacutenio J R Cruz1 Leandro O Drummond2 Adriele P Magalhatildees3 Caryne A C Braga4 Maria R S Pires3

1 Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Universidade Federal de Minas Gerais 31270-910 Belo Hori-zonte MG Brazil2 Laboratoacuterio de Ciecircncias Ambientais Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brazil3 Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados Departamento de Evoluccedilatildeo Biodiversidade e Meio Ambiente Universidade Federal de Ouro Preto 35400-000 Ouro Preto MG Brazil4 Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM Universidade Federal do Rio de Ja-neiro 27965-045 Macaeacute RJ Brazil

Corresponding author cruzonygmailcom

enyalius perditus (SQUAMATA LEIOSAURIDAE) VOMITING AS A DEFENSIVE BEHAVIOR

Lizards have many predators mostly snakes other lizards birds mammals and inverte-

brates (mainly arachnids) (Schalk amp Cove 2018) Numerous strategies have evolved to escape this diverse range of predators including mimicry and camouflage rapid escape death feign-ing caudal autotomy tail display and vibration mouth opening and gular expansion (Arnold 1984 Green 1988 Martins 1996 Vitt amp Caldwell 2014 Pough et al 2015) In addition to natu-ral predation pressure introduction of invasive species (Trompeter amp Langk-ilde 2011) can lead to a change in the effectiveness of a particular strategy and changes in behavioral defensive responses

Enyalius perditus Jackson 1978 (Squa-mata Leiosauridae) is a semi-arboreal lizard endemic to the Atlantic Forest in southeastern and southern Brazil (Jackson 1978 Rocha et al 2000 Sturaro amp Silva 2010 Rodrigues et al 2014) It is a diurnal species found in forest leaf litter exhibiting sexual di-morphism in color and size and a diet based on invertebrates (Jackson 1978 Sousa amp Cruz 2008 Sturaro amp Silva 2010 Barreto-Lima amp Sousa 2011 Barreto-Lima et al 2013)

During fieldwork conducted from Janu-ary to December 2010 in Serra do Ouro Branco municipality of Ouro Branco Minas Gerais Brazil (20deg30prime3291Prime S 43deg36prime3047Prime W datum SAD 69) we captured 52 specimens of Enyali-us perditus using active searches and

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

83

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

pitfall traps with drift fences (Cruz et al 2014) and documented an unusu-al and unrecorded defense behavior for Enyalius We sexed young specimens by everting the hemipenis and used a digital caliper to take snout-vent length to 001 mm resolution All captured specimens were deposited in the herpe-tological collection of the Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados (LZV) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Minas Gerais The lizards were collected under permits issued by the Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis (IBAMA-48106-NUFAS-MG) and In-stituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBIO-21543-1)

In January 2010 while attempting to photograph a male (LZV-940s) the liz-ard performed the defensive behavior of mouth opening hissing and gular expansion before and during handling Following this behavior it regurgitated its stomach contents The second and third vomiting records were made In September 2010 while removing two males (LZV-1038s and LZV-1040s) from a pitfall trap both exhibited the same vomiting behavior In October 2010 another male (LZV-1077s) vom-ited while being transported in a trans-parent plastic bag

All regurgitations were preceded by similar defensive behavior (mouth opening hissing and gular expansion) Analysis of the vomit revealed the pres-

ence of beetles (Coleoptera) crickets (Orthoptera) and spiders (Aranae) (Table 1) common prey of E perditus (Sturaro amp Silva 2010 Sousa amp Cruz 2008 Barreto-Lima amp Sousa 2011)

Most sedentary lizards including En-yalius use camouflage running or jumping and running as primary de-fensive behavior (Rautenberg amp Laps 2010) Previous studies report a wide range of defensive strategies for Eny-alius when individuals are cornered or handled such as mouth opening hiss-ing biting tail whipping death feign-ing gular inflation cloacal discharge and even physiological color changes (males becoming darker) (Rautenberg amp Laps 2010 Gomides amp Sousa 2011 Silva et al 2018) During our field-work all these behaviors were also dis-played by specimens of E perditus on at least one occasion except for death feigning and tail whipping which were not recorded

Different individuals or populations of a species do not always exhibit the same defensive strategies (Trompeter amp Langkild 2011) Indeed in a popu-lation of E perditus from Juiz de Fora Minas Gerais (approximately 140 km southeast of Ouro Branco) Gomides amp Sousa (2011) reported death feign-ing in approximately 9 of individuals during handling None of the 52 indi-viduals handled in Serra do Ouro Bran-co feigned death although four adults (8) regurgitated Although these re-cords represent a small percentage of

84

examined specimens they may suggest differences in defensive response be-tween the two populations

Acknowledgments

We thank the residents of the Itatiaia community in Serra do Ouro Bran-co for their receptivity sympathy and hospitality during the execution of the project and FAPEMIG (Biota Minas) for the financing We also thank the anonymous reviewers and Henrique C Costa for pertinent suggestions and critical review of the manuscript

References

Arnold EN 1984 Evolutionary aspects of tail shedding in lizards and their relatives Journal of Natural History 18127ndash169

Barreto-Lima AF Sousa BM 2011 Feeding ecology and sexual dimor-phism of Enyalius perditus in an At-lantic forest Brazil Herpetological Bulletin 1181ndash9

Barreto-Lima AF Pires E O Sousa BM 2013 Activity foraging mode and micro-habitat use of Enyalius perdi-tus (Squamata) in a disturbed Atlantic rainforest in southestern Brazil Sala-mandra 49177ndash185

Cruz AJR Drummond L O Luce-na VD Magalhatildees AP Braga CAC Rolim JM Pires MRS 2014 Lizard

fauna (Squamata Sauria) from Serra do Ouro Branco southern Espinhaccedilo Range Minas Gerais Brazil Check List 101290ndash1299

Gomides SC Sousa BM 2011 Enya-lius perditus death-feigning Herpeto-logical Review 42602

Greene HW 1988 Antipredator mechanisms in Reptiles Pp 1ndash152 in Gans C Huey RB (Eds) Biology of the Reptilia Vol 16 Ecology defense and life history Allan R Liss New York

Jackson JF 1978 Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae) implications for Pleisto-cene climatic changes in eastern Brazil Arquivos de Zoologia 301ndash79

Martins M 1996 Defensive tactics in lizards and snakes the potential contri-bution of the Neotropical fauna Anais de Etologia 14185ndash199

Rautenberg R Laps RR 2010 Natural history of the lizard Enyalius iheringii (Squamata Leiosauridae) in south-ern Brazilian Atlantic forest Iheringia 100287ndash290

Pough FH Andrews RM Crump ML Savitzky AH Wells KD Brand-ley MC 2015 Herpetology Sinauer Associates Sunderland

Rautenberg R Laps RR 2001 Natural history of the lizard Enyalius iheringii

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

85

(Squamata Leiosauridae) in southern Brazilian Atlantic Forest Iheringia 100287ndash290

Rocha CFD Van-Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Silva RRE Neo FA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 79ndash87 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van-Sluys M (Eds) A Fauna Ameaccedilada de Ex-tinccedilatildeo do Estado do Rio de Janeiro Ed-itora UERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT Bertolotto CEV Am-aro RC Yonenaga-Yassuda Y Freire EMX Pellegrino KCM 2014 Mo-lecular phylogeny species limits and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata Leio-sauridae) An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia Molecular Phylogenet-ics and Evolution 81137ndash146

Schalk CM Cove MV 2018 Squa-mates as prey Predator diversity pat-terns and predator-prey size relation-ships Food Webs 161ndash4

Silva MA Hudson AA Souza BM 2018 Enyalius bilineatus (Two-lined fat-headed Anole) Defensive behavior Herpetological Review 49742

Sousa BM Cruz CAG 2008 Haacutebi-tos alimentares em Enyalius perditus (Squamata Leiosauridae) no Parque Estadual do Ibitipoca Minas Gerais Iheringia 98260ndash265

Sturaro MJ Silva VX 2010 Natural history of the lizard Enyalius perdi-tus (Squamata Leiosauridae) from an Atlantic forest remnant in southeast-ern Brazil Journal of Natural History 441225ndash1238

Trompeter WP Langkilde T 2011 In-vader danger Lizards faced with novel predators exhibit an altered behavioral response to stress Hormones and Be-havior 60152ndash158

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Defense and Escape Pp 319ndash351 in Vitt LJ Caldwell JP (Eds) Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles Academic Press LondonWalthamSan Diego

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

86

Table 1 Individuals of Enyalius perditus that regurgitated whileafter handling in Serra do Ouro Branco Minas Gerais Brazil

SVL = snout-vent length M = male F = female

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Collection number

SVL (mm) Sex Regurgitated content

Local coordinates

LZV- 940s 7595 M Aranae Or-thoptera

20deg29prime3513PrimeS 43deg36prime2417Prime W

LZV- 1038s 6489 M Aranae Coleoptera

20deg29prime4500PrimeS 43deg35prime4853Prime W

LZV- 1040s 7597 M Aranae 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

LZV- 1077s 7898 F Coleoptera 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

87

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Ana Helena Pagotto Daniel Rodrigues Stuginski Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP Brazil Corresponding author edelciomuscatterracombr

thamnodynastes strigatus (GUumlNTHER 1858) (SERPENTES DIPSADIDAE) FORAGING SITE FIDELITY

Like many other taxa snakes have home ranges where they perform daily activities like foraging

breeding thermoregulating and rest-ing (Macartney et al 1988 Powell et al 2000) Although home ranges can differ seasonally andor depend on the species and sex (Hyslop et al 2009 Breininger et al 2011) snakes gener-ally remain within their home ranges and even philopatry has already been reported for some species (Brischoux et al 2009) In recent decades long-term mark-recapture studies and the use of radio-telemetry have provided an increasing amount of data about home ranges movement and habi-tat use (Webb amp Shine 1997 Dorcas amp Willson 2009) and there is now a much more fine-scale comprehension of how snakes use their habitats It is now known that they exhibit site fidel-ity using the same spots within their home range repeatedly to perform var-ious activities (Madsen amp Shine 1996 Moore amp Gillingham 2006) Site fidel-ity can occur for short periods or for years restricted to small areas (eg a burrow used as shelter) or large (eg extensive hunting grounds) within a snakersquos home range (Madsen amp Shine 1996 Webb amp Shine 1997)

Site fidelity was reported for some spe-cies in the Northern Hemisphere that use the same den site for hibernation sometimes travelling great distanc-es (Burger amp Zappalorti 1992 Go-mez et al 2015) Sea snakes such as Laticauda colubrina (Schneider 1799) have long-term egg-laying site fidelity (Brischoux et al 2009) Whitaker amp Shine (2003) reported the daily use of a shelter site by the same individual of Pseudonaja textilis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854) These authors report-ed snakes traveling more than 800 m from their hunting grounds to the same retreat site daily One explanation for site fidelity is linked to the fact that hab-itats are complex and heterogeneous with some sites offering better feeding opportunities protection against pred-ators and more favorable thermal and hydric microenvironments (Du et al 2009) It is expected that snakes use some sites within their home range more frequently because of the need of a particular resource

Food is a resource that can be high-ly variable across the landscape Such variability may also be seasonal and prey abundance can differ spatial-

88

ly and temporally (Madsen amp Shine 1996 Cundall amp Pattishall 2011) The Foraging Theory predicts that ani-mals increase their energetic gain by decreasing the time and energy spent searching for food (Stephens amp Krebs 1986) Thus if a site presents food abundance or any hunting advantage some degree of site fidelity by preda-tors is expected Foraging site fideli-ty has been reported for snakes and they used specific hunting grounds repeatedly in both foraging modes (sit-and-wait ambushers and active searching) (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004 Sazima amp Marques 2007) The ambush-hunting snake Chilabothrus inornatus (Reinhardt 1843) in Puerto Rico used the entrance of one cave to hunt bats returning to the same point regularly (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004) Sazima amp Marques (2007) ob-served a specimen of the active-search-ing Philodryas olfersii (Lichtenstein 1823) revisiting a successful bird-hunt-ing site for nine months The authors recorded the same snake hunting birds in the same tree five times (three of which were successful) and suggested that this foraging site fidelity could be linked to a snakersquos learning process In the present manuscript we report similar foraging site fidelity during two consecutive years by Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) a snake spe-cies that usually hunts by active search-ing (Bernarde et al 2000b but see Mario-da-Rosa et al [2020] who mon-

itored specimens relying exclusively on ambush hunting)

Thamnodynastes strigatus is a noctur-nal viviparous and opisthoglyphous xenodontine (Marques et al 2001 Zaher et al 2019) The species occurs in Argentina Paraguay Uruguay and Brazil In Brazil T strigatus occurs in the southeastern and southern At-lantic Forest the Pampa and the Cer-rado (Nogueira et al 2019) The spe-cies can be locally abundant Zanella amp Cechin (2006) found T strigatus to be the most common snake in the Plan-alto Meacutedio of the state of Rio Grande do Sul Specimens seem to use swampy areas frequently searching for food on the ground and in vegetation (Bernarde et al 2000ab)

The diet of T strigatus consists of an-urans fish mammals and reptiles Anurans of the families Leptodactyli-dae Odontophrynidae Bufonidae and Hylidae represent the major part of the diet in some populations of T strigatus (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) The species may be considered an anuran specialist that occasional-ly feeds on other prey although some populations seem to be highly special-ized in eating fish (Mario-da-Rosa et al 2020)

On 12 November 2018 we recorded a specimen of T strigatus SVL 390 mm foraging on the lower branches of a tree in the Projeto Dacnis private reserve (22deg53prime447Prime S 45deg56prime294Prime W) Satildeo Francisco Xavier subdistrict munic-

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

89

ipality of Satildeo Joseacute dos Campos state of Satildeo Paulo Brazil Identification was based on the following morphological features dorsal scales smooth in 19 rows at midbody and infralabial scales with dark markings that taper ventral-ly (Franco amp Ferreira 2003) The tree stands on the edge of a swamp area and near an artificial pond Approximately 20 frog species use the pond and swamp area as breeding sites and at least five treefrog species use this tree as a call-ing site Boana faber (Wied 1821) Dendropsophus minutus (Peters 1872) Scinax eurydice (Bokermann 1968) Scinax aff perereca and Scinax crospedospilus (Lutz 1925) During this first encounter we observed the snake hunting for one hour without success in capturing prey We returned to the same tree ten times over the next 17 nights

During eight of these nights we identi-fied the same individual of T strigatus foraging for frogs on low tree branch-es We recognized this individual by the following characters the third and fourth brown bars of the left supra-labial scales in contact on the upper edge the fifth and sixth brown bars on the distal portion of the fifth and sixth supralabials not reaching the up-per margin of those scales the fourth left supralabial brownish bar with an inverted ldquoLrdquo shape the lower portion of the left postocular dark stripe nar-rows markedly at the distal margin of the last supralabial scale prefrontal

and internasal scales have a V-shaped brownish blotch a dark-bordered cir-cular mark on the left supraocular and frontal scale forms a complete circle in contrast with the right side where the circle is interrupted on the rostral part of the frontal scale (Figure 1)

In our sixth encounter we inadver-tently surprised a specimen of S aff perereca (SVL approximately 40 mm) that jumped near the T strigatus The snake grasped the frog and started eat-ing it immediately (Figure 2) The frog appeared to have been envenomated because it did not react vigorously but remained motionless for most of the in-gestion process similar to the findings of Bernarde et al (2000a) The feeding event lasted at most five minutes and after that the snake moved along the branches to the trunk of the tree The last date on which we found the snake on the tree 29 November 2018 was co-incident with a decrease in the calling activity of Scinax

During the monitoring period we found four more specimens of T strigatus foraging at the swamp area and also other snake species (Bothrops

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

90

Figura 1 Morpho-logical features used to recognize the Thamnody-nastes strigatus individual (A) Third and fourth brownish bars on the left supralabial scales in contact at the upper edge of the scales The fourth left suprala-bial brownish bar forms an inverted ldquoLrdquo shape (blue arrow) Fifth and sixth brownish la-bial bars are short not reaching the upper edge of the scales and are only at the distal portion of the scale (yellow arrows) Lower portion of the left pos-tocular dark stripe narrows at the dis-tal margin of the last supralabial scale (white arrow) (B) Prefrontal and inter-nasal scales have a V-shaped brownish blotch (blue arrow) On the portion for-med by the frontal and scales there is a pair of dark-bordered ocelli but the border of the right ocellus is interrup-ted at the rostral portion of the fron-tal scale (yellow arrow) Both pictures were taken in 2019

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

91

jararaca (Wied 1824) Oxyrhopus guibei (Hoge amp Romano 1977) and Dipsas neuwiedi (Ihering 1911) but no snake other than this specimen of T strigatus on this particular tree We kept monitoring the area searching the tree thoroughly twice a week for 12 months but found no more snakes

In early November 2019 we detect-ed a number of S aff perereca and S crospedospilus using the same tree as a calling site On 20 November 2019 during one of our regular field surveys we found a specimen of T strigatus on the tree A comparison of photos taken in 2018 and on this night showed that it was the same individual we had mon-itored in the previous year The snake was resting on tree branches approxi-mately 1 m above ground During the encounter we noticed that the stomach area was distended suggesting recent ingestion of prey

This is the first report of foraging site fidelity for a Thamnodynastes species and the second long-term foraging site fidelity reported for a Brazilian species (Sazima amp Marques 2007) The rela-tionship between snake presence on that tree and anuran calling activity especially Scinax spp suggests a re-source-based foraging site fidelity in-stead of random use of the space It is clear to us that this snake used the same foraging site while prey abundance was high but when resources decreased it moved from this area returning after 12 months when resources were abun-dant again

Frogs were abundant in all swamp ar-eas and we also found other snakes including more specimens of T strigatus foraging in the swamp and around the pond Despite searching the swamp area thoroughly we only saw this individual when it was on the tree

Figura 2 Thamnodynastes strigatus feeding on Scinax aff perereca on 22 Novem-ber 2018

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

92

never elsewhere Foraging site fidelity by active-hunting snakes was previous-ly reported in P olfersii a semi-arbo-real and diurnal Xenodontine species (Sazima amp Marques 2007) Similarly to P olfersii T strigatus feeds on a wide range of taxa although some pop-ulations show a strong predilection for frogs (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) or even fish (Mario-da-Ro-sa et al 2020) Based on the analysis of the stomach contents of 44 T strigatus Bernarde et al (2000a) hypothesized that most foraging activity occurred on the ground and at water level but they also suggested the use of the arboreal stratum as a foraging site for the spe-cies These authors noted that Scinax was the most frequent frog genus in the stomach contents accounting for over 40 of the preyed frogs

In our sampled area frogs were pres-ent in the entire swamp but we do not know if frog abundance was greater near the tree than in other areas Some Scinax used this tree as a calling site but not as a breeding site since all Sci-nax species observed in our field sur-veys breed in flooded areas (Haddad amp Prado 2005) The choice of a specific tree as the snakersquos main foraging area seems to be directly related to the abun-dance of prey on it It is relevant that there were other frog species that are regularly consumed by T strigatus in the studied area (Ruffato et al 2003) So it is possible that the site fidelity we report is related not only to frog abun-

dance but specifically to Scinax abun-dance on that tree Furthermore Ber-narde et al (2000b) suggested that T strigatus hunts by visual orientation based on frog movement and that the snake is less prone to detect frogs that remain quiet and motionless As most frogs on the tree were males in high calling activity and its branches were diffuse and easily accessible the snake could gain some advantage by perform-ing a visually oriented search at this foraging site

The snakersquos return to the same hunt-ing spot after one year is surprising and reinforces that snakes may exhib-it strong site fidelity related to their feeding grounds (Sazima amp Marques 2007) Long-term site fidelity was also reported for other snake activities eg breeding or hibernating (Brischoux et al 2009 Gomez et al 2015) but less frequently for foraging We still do not know if this foraging site fidelity occurs in different snake species and how they maintain this fidelity It is possible that such long-term foraging site fidelity is guided exclusively by chemical cues of prey congregating seasonally at the same site but learning and memory processes cannot be discarded as lead-ing forces in foraging site fidelity by snakes (Sazima amp Marques 2007)

Acknowledgments

We thank Matheus de Toledo Moro-ti for the 2019 photographs and Elsie Laura Rotenberg for all the help with this manuscript

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

93

References

Bernarde PS Moura-Leite JC Mach-ado RA Kokobum MNC 2000a Diet of the colubrid snake Thamnody-nastes strigatus (Guumlnther 1858) from Paranaacute state Brazil with field notes on anuran predation Revista Brasileira de Biologia 60695ndash699

Bernarde PS Kokubum MNC Marques OAV 2000b Atividade e uso de habitat em Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) no sul do Brasil (Serpentes Colubridae) Boletim do Museu Nacional (NS) Zoologia 4281ndash8

Breininger DR Bolt MR Legare ML Drese JH Stolen ED 2011 Fac-tors Influencing Home Range Sizes of Eastern Indigo Snakes in Central Flor-ida Journal of Herpetology 45484ndash490

Brischoux F Bonnet X Pinaud D 2009 Fine-scale site fidelity in sea kraits Implications for conserva-tion Biodiversity and Conservation 182473ndash2481

Burger J Zappalorti RT 1992 Philo-patry and nesting phenology of pine snakes Pituophis melanoleucus in the New Jersey Pine Barrens Behavioral Ecology and Sociobiology 30331ndash336

Cundall D Pattishall A 2011 Foraging Time Investment in an Urban Popula-tion of Watersnakes (Nerodia sipedon) Journal of Herpetology 45174ndash177

Dorcas ME Willson JD 2009 In-novative methods for studies of snake ecology and conservation Pp 5ndash37 in Mullin SJ Seigel RA (Eds) Snakes Ecology and conservation Comstock Ithaca

Du W Webb JK Shine R 2009 Heat sight and scent multiple cues influence foraging site selection by an ambush-foraging snake Hoplocephalus bungaroides (Elapidae) Current Zool-ogy 55266ndash271

Franco FL Ferreira T 2002 De-scriccedilatildeo de uma nova espeacutecie de Tham-nodynastes Wagler 1830 (Serpentes Colubridae) do nordeste brasileiro com comentaacuterios sobre o gecircnero Phyllomedusa 157ndash74

Gomez L Larsen KW Gregory PT 2015 Contrasting patterns of migra-tion and habitat use in neighboring Rattlesnake populations Journal of Herpetology 49371ndash376

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive Modes in Frogs and Their Unexpected Diversity in the Atlantic Forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Hyslop NL Cooper RJ Meyers JM 2009 Seasonal Shifts in Shelter and Mi-crohabitat Use of Drymarchon couperi (Eastern Indigo Snake) in Georgia Co-peia 2009458ndash464

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

94

Macartney JM Gregory PT Larsen KW 1988 A tabular survey of data on movement and home ranges of snakes Journal of Herpetology 2261ndash73

Madsen T Shine R 1996 Seasonal mi-gration of predators and prey pythons and rats in tropical Australia Ecology 77149ndash56

Mario-da-Rosa C Abegg AD Mal-ta-Borges L Righi AF Bernarde PS Cechin SZ Santos TG 2020 A fisher-manrsquos tale Activity habitat use and the first evidence of lingual lure behavior in a South American snake Salamandra 5639ndash47

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar Holos Ribeiratildeo Preto

Moore JA Gillingham JC 2006 Spa-tial ecology and multi-scale habitat se-lection by a threatened rattlesnake the Eastern Massasauga (Sistrurus catena-tus catenatus) Copeia 2006742ndash51

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Her-petology 141ndash274 doi102994SA-JH-D-19-001201

Pattishall A Cundall D 2008 Spa-tial Biology of Northern Watersnakes (Nerodia sipedon) Living along an Ur-ban Stream Copeia 2008752ndash762

Powell RA 2000 Animal home rang-es and territories and home range esti-mators Pp 65-100 in Boitani L Full-er TK (Eds) Research Techniques in Animal Ecology Columbia University Press New York

Puente-Roloacuten AR Bird-Picoacute FJ 2004 Foraging behavior home range movements and activity patterns of Epicrates inornatus (Boidae) at Mata de Platano Reserve in Arecibo Puer-to Rico Caribbean Journal of Science 40343ndash352

Ruffato R Di-Bernardo M Maschio F 2003 Dieta de Thamnodynastes strigatus (Serpentes Colubridae) no Sul do Brasil Phyllomedusa 227ndash34

Sazima I Marques OAV 2007 A re-liable customer hunting site fidelity by an actively foraging neotropical col-ubrid snake Herpetological Bulletin 9936ndash38

Stephens DW Krebs JR 1986 For-aging Theory Princeton Princeton University Press

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

95

Webb JK Shine R 1997 A field study of the spatial ecology and movements of a threatened snake species Hoplo-cephalus bungaroides Biological Con-servation 82203ndash217

Whitaker PB Shine R 2003 A ra-diotelemetric study of movements and shelter-site selection by free ranging brownsnakes (Pseudonaja textilis El-apidae) Herpetological Monographs 17130ndash144

Zaher H Murphy RW Arredondo JAC Graboski R Machado-Filho PR Mahlow K Grazziotin FG 2019 Large-scale molecular phylogeny morphology divergence-time estima-tion and the fossil record of advanced caenophidian snakes (Squamata Ser-pentes) PLoS ONE 14e0216148

Zanella N Cechin SZ 2006 Taxo-cenosis of snakes in the middle plateau region of Rio Grande do Sul Brazil Revista Brasileira de Zoologia 23211ndash217

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

96

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Paulo Roberto Machado-Filho12 Guilherme Marson Moya3 Faacutebio Maffei4

1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brazil2 Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista 13506-900 Rio Claro SP Brazil3 Instituto Proacute-Terra 17209-070 Jauacute SP Brazil4 Departamento de Ciecircncias Bioloacutegicas Faculdade de Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 17033-360 Bauru SP Brazil

Corresponding author prmfilhosbogmailcom

FIRST STATE RECORD OF uraCentron azureum (LINNAE-US 1758) (SQUAMATA TROPIDURIDAE) FROM THE STATE OF MATO GROSSO BRAZIL

Tropiduridae consists of me-dium-sized lizards (4ndash15 cm snout-vent length) occurring

throughout South America including the Galapagos Islands (Vitt amp Cald-well 2014) In Brazil there are 42 species belonging to seven genera Eurolophosaurus Plica Stenocercus Strobilurus Tropidurus Uracentron and Uranoscodon (Costa amp Beacuternils 2018) Lizards of the genus Uracentron (Linnaeus 1758) are arboreal and diur-nal inhabit primary ldquoterra firmerdquo for-est where they are found on trunks and tree canopy (about 5 meters above the ground) and occasionally at the forest edge (Avila-Pires 1995) The genus is endemic to Amazonia and currently comprises two species Uracentron fla-viceps (Guichenot 1855) and Uracen-tron azureum (Linnaeus 1758) the lat-ter with three subspecies Uracentron azureum azureum (Linnaeus 1758) endemic to eastern Amazonia Uracen-tron azureum werneri Mertens 1925 endemic to northwestern Amazonia

and Uracentron azureum guentheri Boulenger 1895 predominantly occur-ring in southwestern Amazonia with one isolated record in eastern Ama-zonia (Boulenger 1894 Beebe 1944 Hoogmoed amp Lescure 1975 Duellman 2005 Peacuterez 2015 Ribeiro-Junior 2015)

Uracentron azureum guentheri is known to occur in Peru and Brazil from the states of Paraacute Amazonas and Rondocircnia (Ribeiro-Junior 2015) The eastern portion of its distribution is delimited by the lower Negro river and the Madeira river basin with one isolated record in the lower Trombe-tas river (eastern Amazonia) This sub-species can be distinguished from oth-er subspecies by having three narrow crossbands on the neck followed by one crossband descending through the an-ti-humeral fold (Peters amp Donoso-Bar-ros 1970)

97

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Here we present the first record of Ura-centron azureum from the state of Mato Grosso and the southernmost record for Uracentron about 650 km southeast of the closest known record (Figure 1) On 10 September 2015 one individual of Uracentron azureum guentheri was captured in a pitfall trap in the munici-pality of Comodoro state of Mato Gros-so Brazil (13deg42prime6Prime S 60deg25prime43Prime W 227 m elevation) ndash collection permit issued by the Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Ren-ovaacuteveis (IBAMA license 6172015 process 020010003282009-98)

The area consists of a fragment of sec-ondary forest in advanced stage of re-generation The fragment adjoins the riparian vegetation of the Guaporeacute riv-er which borders Brazil and Bolivia It is a transitional area between the Am-azonia and Cerrado biomes predomi-nantly covered by seasonal semidecidu-ous forest The capture site has a dense understory with many lianas but with a relatively open canopy and thin leaf litter The specimen is an adult male of about 80 mm snout-vent length and was not collected (Figure 2)

Uracentron azureum is a poorly known lizard non-heliothermic restricted to rainforest habitat and unable to survive in deforested areas (Vitt et al 2008) The specimen was recorded in the most deforested region of the state of Mato Grosso (Richards amp VanWey 2015 Valdiones et al 2019) Between 2000 and 2012 nearly 80000 km2 of forest

and Cerrado were razed in Mato Gros-so often for pastures and croplands (Hansen et al 2013)

Acknowledgements

We thank Ambientare Soluccedilotildees em Meio Ambiente for logistic support

Rerefrences

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Bra-zilian Amazonia (Reptilia Squamata) Zoologische Verhandelingen 2991ndash706

Beebe W 1944 Field notes on the liz-ards of Kartabo British Guiana and Caripito Venezuela Part 2 Iguanidae Zoologica 29195ndash216

Boulenger GA 1895 ldquo1894rdquo Second report on additions to the lizard collec-tions in the Natural History Museum Proceedings of the Zoological Society of London 1894722ndash736

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Bra-sileira 711ndash57

Duellman WE 2005 Cuzco Amazoacuteni-co - The lives of amphibians and rep-tiles in an Amazonian rainforest Cor-nell University Press Ithaca amp London

98

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Hansen MC Potapov PV Moore R Hancher M Turubanova SAA Tyukavina Ahellip Townshend JRG 2013 High-resolution global maps of 21st-century forest cover change Sci-ence 342850ndash853

Hoogmoed MS Lescure J 1975 An Annotated Checklist of the Lizards of French Guiana Mainly Based on 2 Recent Collections Zoologische Mededelingen 49141ndash171

Peters JA Donoso-Barros R 1970 Catalogue of the Neotropical Squama-ta Part II Lizards and Amphisbae-nians United States National Museum Bulletin 2971ndash293

Peacuterez GAT 2015 Diversidad de los reptiles de la Orinoquiacutea Colombiana anaacutelisis de los patrones de distribucioacuten y relaciones ambientales Inuversidad Nacional de Colombia Bogotaacute

Ribeiro-Junior MA 2015 Catalogue of distribution of lizards (Reptilia Squa-mata) from the Brazilian Amazonia I Dactyloidae Hoplocercidae Iguanidae Leiosauridae Polychrotidae Tropidu-ridae Zootaxa 39831ndash110

Richards P VanWey L 2015 Where deforestation leads to urbanization how resource extraction is leading to urban growth in the Brazilian Amazon Annals of the Association of American Geographers 105806ndash823

Valdiones AP Silgueiro V Bernasconi P 2019 Caracteriacutesticas do desmata-mento no Cerrado mato-grossense em 2018 Instituto Centro de Vida Cuiabaacute

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Herpetol-ogy An Introductory Biology of Am-phibians and Reptiles Elsevier Am-sterdam

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema Manaus

Editor Henrique C Costa

99

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Map showing Brazilian Amazonia and all known records of Ura-centron azureum azureum U a guentheri (including the new one presented here) and U a werneri Adapted from Avila-Pires (1995) and Ribeiro-Junior (2015)

100

Figura 2 Live speci-men (not collected) of Uracentron azureum guentheri in lateral (A) and dorsal view (B) pi-tfall traps (C) installed in seasonal semideci-duous forest at the mu-nicipality of Comodoro state of Mato Grosso state central Brazil a transitional area betwe-en Amazonia and Cer-rado biomes

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

101

Gaspar Joseacute Gomes Neto Carlos Henrique de Oliveira Nogueira Leonardo Serafim da Silveira

Hospital Veterinaacuterio Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens Universidade Es-tadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brasil

Corresponding author gasparbioherpetogmailcom

PRIMEIRO REGISTRO DE PREDACcedilAtildeO DE BrasilisCinCus agilis (SCINCOMORPHA MABUYIDAE) POR oxyrhopus trigeminus (SERPENTES DIPSADIDAE)

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Oxyrhopus trigeminus eacute uma espeacutecie de serpente com am-pla distribuiccedilatildeo geograacutefica

no Brasil sendo encontrada do esta-do do Amapaacute ateacute o estado do Paranaacute nos biomas Amazocircnia Caatinga Cer-rado Mata Atlacircntica e Pantanal aleacutem de alguns registros nas florestas secas da Boliacutevia (Nogueira et al 2019) Eacute uma serpente oviacutepara terrestre que apresenta haacutebitos diurnos (Gaiarsa et al 2013) e tem sua alimentaccedilatildeo com-posta majoritariamente por lagartos e pequenos mamiacuteferos (Gaiarsa et al 2013 Coelho et al 2019)

Brasiliscincus agilis eacute uma espeacutecie de lagarto tiacutepica das restingas brasileiras (Vrcibradic amp Rocha 2002) sendo en-contrado tambeacutem em aacutereas de serra (Teixeira et al 2003) Satildeo animais de haacutebitos diurnos (Vrcibradic amp Rocha 2002) criptozoacuteicos e terriacutecolas ocu-pando principalmente a serapilheira e troncos de aacutervores (Vrcibradic amp Ro-cha 1996)

No dia 28 de maio de 2018 em uma aacuterea de restinga (21deg50rsquo2728rdquoS 41deg

0rsquo4776rdquo O niacutevel do mar) no municiacutepio de Satildeo Joatildeo da Barra estado do Rio de Janeiro encontramos um exemplar jaacute morto de O trigeminus (comprimento rostro-cloacal [CRC] 305 mm) iden-tificado pela coloraccedilatildeo mais clara das escamas supralabiais (Zaher amp Cara-maschi 1992) apresentando lesatildeo na cabeccedila sinais de atropelamento e au-mento de volume do terccedilo meacutedio indi-cando a presenccedila de conteuacutedo estoma-cal O animal foi coletado seguindo as diretrizes estabelecidas pela instruccedilatildeo normativa nordm 3 do Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversi-dade (ICMBio 2014) que em seu 25ordf artigo trata do aproveitamento de car-caccedilas de animais encontrados mortos Apoacutes a coleta foi levado para a coleccedilatildeo herpetoloacutegica do Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Flumi-nense Darcy Ribeiro (NEPAS-UENF) Em laboratoacuterio ao realizarmos a aber-tura do estocircmago da serpente (Figura 1) foi possiacutevel observar a presenccedila de um indiviacuteduo adulto de Brasiliscincus agilis em posiccedilatildeo sugestiva de deglu-

102

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

ticcedilatildeo iniciada pela cabeccedila (183 lamelas digitais CRC 75 mm e comprimento da cauda 89 mm) identificado seguindo a metodologia de contagem de lamelas digitais e pela coloraccedilatildeo caracteriacutestica descrita por Hedges amp Conn (2012) que diferencia o gecircnero de outros por ter uma combinaccedilatildeo de listras dorso-laterais escuras e paacutelidas (Figura 2)

Realizamos uma revisatildeo de literatura em todas as ediccedilotildees da revista Her-petological Review e pela platafor-ma Google Acadecircmico utilizando as seguintes palavras-chave em inglecircs e portuguecircs dieta haacutebitos alimentares histoacuteria natural (diet feeding habits natural history) e Oxyrhopus trigem-inus Foram encontrados 220 resul-tados (07042020) sendo apenas quatorze relevantes para esse estudo

(Tabela 1) Oxyrhopus trigem-inus jaacute foi registrada na Caat-inga como predadora de Brasiliscincus heathi (Coelho et al 2019) o que torna o registro de pre-daccedilatildeo de B agilis esperado visto que o habitat de presa e predador se so-brepotildeem (Vrcibradic amp Rocha 1996 Gaiarsa et al 2013)

Agradecimentos

Gostariacuteamos de agradecer ao NE-PAS por ter cedido toda a estrutura necessaacuteria para produccedilatildeo deste tra-balho e Iberecirc Farina Machado por ter nos ajudado nas versotildees anteriores e pela revisatildeo do manuscrito

Figura 1 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus com cavidade aberta eviden-ciando a presenccedila de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido

103

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus ao lado de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido previamente retirado de seu estocircmago

Referecircncias

Alencar LR Galdino CA Nascimento LB 2012 Life history aspects of Oxy-rhopus trigeminus (Serpentes Dipsa-didae) from two sites in southeastern Brazil Journal of Herpetology 469ndash13

Coelho RDF Sales RFD Ribeiro LB 2019 Sexual dimorphism diet and notes on reproduction in Oxyrhopus trigeminus (Serpentes Colubridae) in the semiarid Caatinga of northeastern Brazil Phyllomedusa 1889ndash96

Coelho-Lima AD Ramos GO Mar-tins RBX Meira LPC 2020 First record of ophiophagy in the false coral snake Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854 Cuadernos de Herpetologiacutea 3489ndash91

Franccedila FGR Mesquita DO Noguei-ra CC Arauacutejo AFB 2008 Phylogeny and ecology determine morphologi-cal structure in a snake assemblage in the Central Brazilian Cerrado Copeia 200823ndash38

104

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gaiarsa MP Alencar LR Martins M 2013 Natural history of Pseudoboine snakes Papeacuteis Avulsos de Zoologia 53261ndash283

Hedges SB Conn CE 2012 A new skink fauna from Caribbean islands (Squamata Mabuyidae Mabuyinae) Zootaxa 32881ndash244

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 03 de 01 de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Seccedilatildeo 1 60(02092014)60ndash62

Marques R Mebert K Fonseca Eacute Roumldder D Soleacute M Tinocircco MS 2016 Composition and natural history notes of the coastal snake assemblage from Northern Bahia Brazil ZooKeys 693ndash142

Mesquita PC Passos DC Borges-No-josa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das serpentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113

Mikalauskas JS Santana DO Fer-rari SF 2017 Lizard predation Tropi-durus hispidus (Squamata Tropidu-ridae) by false coral snake Oxyrhopus trigeminus (Squamata Dipsadidae) in the Caatinga in northeastern Brazil Pesquisa e Ensino em Ciecircncias Exatas e da Natureza 160ndash67

Nogueira CC Argocirclo AJS Ar-zaendia V Azevedo JA Barbo FE Beacuternils RS hellip Martins M 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpetolo-gy 141ndash274

Pires RC Borges VS de Souza AM Eterovick PC 2012 Natural history of a snake assemblage alongside a river in south-eastern Brazil Journal of Natu-ral History 46369ndash381

Rocha CFD Van-Sluys M Vrci-bradic D Hatano FH Galdino CA Cunha-Barros M Kieffer MC 2004 A comunidade de reacutepteis da restinga de Jurubatiba Pp 179ndash198 in Ro-cha CFD Esteves FA Scarano FR (Orgs) Pesquisas ecoloacutegicas de longa duraccedilatildeo na restinga de Jurubatiba eco-logia histoacuteria natural e conservaccedilatildeo RiMa Editora Satildeo Carlos

Rocha CFD Van-Sluys M Hatano FH Bergallo HG 2005 Oxyrhopus trigeminus (false coral snake) Prey Herpetological Review 36458

Rocha-Silva J Pereira WR Vie-gas-de-Arruda F Brito-de-Carvalho C Mendonccedila-do-Prado V H 2017 Micrablepharus atticolus Predation Herpetological Review 48652

105

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Teixeira RL Rocha CFD Vrcibrad-ic D Cuzzuol MG 2003 Ecology of Mabuya agilis (Squamata Scincidae) from a montane Atlantic rainforest area in southeastern Brazil Cuadernos de Herpetologiacutea 17101ndash109

Vitt LJVangilder LD 1983 Ecology of a snake community in northeastern Brazil Amphibia-Reptilia 4273ndash296

Vrcibradic D Rocha CFD 1996 Eco-logical differences in tropical sympatric skinks (Mabuya macrorhyncha and Mabuya agilis) in southeastern Brazil Journal of Herpetology 3060ndash67

Vrcibradic D Rocha CFD 2002 Use of cacti as heat sources by thermoreg-ulating Mabuya agilis (Raddi) and Mabuya macrorhyncha Hoge (Lacer-tilia Scincidae) in two restinga habitats in southeastern Brazil Revista Brasile-ira de Zoologia 1977ndash83

Zaher H Caramaschi U 1992 Sur le statut taxinomique drsquoOxyrhopus tri-geminus et O guibei (Serpentes Xe-nodontinae) Bulletin du Museacuteum na-tional drsquohistoire naturelle Section A Zoologie biologie et eacutecologie animales 14805ndash827

Editor Henrique C Costa

106

PRESAS FONTE

SQUAMATA

ldquoLagartosrdquo

Ovo de lagarto (espeacutecie natildeo identificada) Vitt amp Vanglier (1983) Gaiarsa et al (2013)

Tropiduridae

Tropidurus hispidus (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Gaiarsa et al (2013) Mikalauskas et al (2017)

Tropidurus hygomi (Reinhardt amp Luumltken 1862)

Marques et al (2016)

Tropidurus torquatus (Wied 1820)

Rocha et al (2004) Rocha et al (2005)

Tropidurus sp Franccedila et al (2008) Gaiarsa et al (2013)

Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)

Rocha et al (2005) Franccedila et al (2008) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013) Coelho et al (2019)

Ameivula ocellifera (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Rocha et al (2005) Marques et al (2016)

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccini-ni-Seale 1997)

Coelho et al (2019)

Tabela 1 Itens alimentares jaacute reportados na dieta de Oxyrhopus trigeminus

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

107

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau De Jonnegraves 1818) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Gymnophthalmidae

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)

Coelho et al (2019)

Micrablepharus atticolus Ro-drigues 1996 RochandashSilva et al (2017)

Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823) Este trabalho

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)

Mesquita et al (2013) Coelho et al (2019)

Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides Spix 1825 Coelho et al (2019)

Serpentes

Colubridae

Oxybelis aeneus (Wagler 1824) CoelhondashLima et al (2020)

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854

Marques et al (2016)

108

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

MAMMALIA

Cinco mamiacuteferos (natildeo identificados)

Franccedila et al (2008)

Cricetidae

Roedor natildeo identificado Pires et al (2012)

Akodon sp Gaiarsa et al (2013)

Necromys lasiurus (Lund 1841)

Rocha et al (2005) Alencar et al (2012) Ga-iarsa et al (2013)

Nectomys squamipes (Brants 1827)

Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Oligoryzomys sp Gaiarsa et al (2013)

Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund 1840)

Gaiarsa et al (2013)

Monodelphis domestica (Wagner 1842)

Coelho et al (2019)

AVES

Furnariidae

Synallaxis sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Emberizidae

Coryphospingus sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

109

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Clodoaldo L Assis1 Henrique C Costa2

1 Departamento de Biologia Animal Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilosa 36570-900 Viccedilosa MG Brazil

2 Departamento de Zoologia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036-900 Juiz de Fora MG Brazil

Corresponding author ccostahgmailcom

leposternon oCtostegum NEW RECORD OF AN ENDANGERED WORM LIZARD SPECIES WITH COMMENTS ON HABITAT AND OPPORTUNISTIC PREDATORS (SQUAMATA AMPHISBAENIA)

The worm lizard genus Leposter-non currently comprises 11 spe-cies distributed in South Amer-

ica mainly in Brazil from where most of the species are endemic (Ribeiro et al 2015 2018 Colli et al 2016) One of these species Leposternon octosteg-um (A Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) is known from a small area (577 kmsup2) in the metropolitan region of Sal-vador state of Bahia northeastern Bra-zil (Barros-Filho et al 2013 ICMBio 2018) Described almost 170 years ago (Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) this species remained known only from its holotype (from an unknown Brazilian locality) until recently when new specimens were recorded through field research (Couto-Ferreira et al 2011) and collect-ed during wildlife rescues (Barros-Fil-ho et al 2013) Today L octostegum is known from the following munici-palities (specific localities in parenthe-sis) Camaccedilari (Arembepe) Dias drsquoAacutevi-la (Santa Helena) Mata de Satildeo Joatildeo

(Reserva de Imbassaiacute) Salvador (Ater-ro Metropolitano Centro) and Simotildees Filho (Fazenda Real) (Couto-Ferreira et al 2011 Barros-Filho et al 2013) The record from Mata de Satildeo Joatildeo however lacks a voucher specimen or even photographs (Couto-Ferreira et al 2011) In this note we present new records of L octostegum from Mata de Satildeo Joatildeo based on four specimens deposited in Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilo-sa (MZUFV) Minas Gerais Brazil

From 13 to 21 October 2014 CLA worked in a wildlife rescue at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (124606deg S 380937deg W 70 m elevation datum WGS 84) municipality of Mata de Satildeo Joatildeo state of Bahia about 15 km northwest from Reserva de Imbassaiacute An area of about 70 ha originally covered by rainfor-est was used for Pinus plantation but abandoned after eight years allowing native vegetation to grow among the Pi-nus trees The wildlife rescue occurred

110

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

while the area was being deforested for Eucalyptus planting (Figure 1) When a bulldozer cut the trees and turned the soil six specimens of Leposternon octostegum were observed after being unearthed from depths of 30ndash50 cm

On 13 October 2014 two specimens (MZUFV 1390 1391) were found dead after the soil was turned by the bulldoz-er and other two specimens (MZUFV 1389 1392) were found on 18 October Specimens were collected in agreement with a Normative Instruction from the Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio 2014) In-dividuals of other species were also found dead the skink Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951) the gecko Gymnodactylus darwinii (Gray 1845) and the anole Norops ortonii (Cope 1868)

On 18 October CLA observed two crest-ed caracaras Carcara plancus (Miller 1777) each capturing one L octosteg-um as soon as the specimens were un-earthed by the bulldozer Although an opportunistic predation event this is the first time L octostegum is recorded as prey of another species Other birds also landed to eat unearthed animals although their prey could not be identi-fied the yellow-headed caracara (Mil-vago chimachima (Vieillot 1816) the roadside hawk (Rupornis magniros-tris (Gmelin 1788)) and the lesser yel-low-headed vulture (Cathartes burrovi-anus Cassin 1845) Such opportunistic predation by birds on worm lizards was

previously reported by Zamprogno amp Sazima (1993) who observed Carcara plancus and other species preying on specimens of Leposternon wuchereri (Peters 1879) unearthed by bulldozers in coastal Bahia

The collected specimens can be identi-fied as L octostegum despite MZUFV 1389 and 1392 having damage on the posterior portion of the body by the presence of a large azygous shield cov-ering most of the dorsal head and the rostronasal prefrontals oculars and first temporals visible in dorsal view (Barros-Filho et al 2019) Although the head of MZUFV 1391 is severely damaged dorsally (Figure 2) the pres-ence of more than 350 ventral post-pectoral annuli confirms it as L octos-tegum MZUFV 1391 is also the largest specimen of L octostegum ever record-ed snout-vent length (SVL) 388 mm tail length 153 mm (Figure 3) Mor-phometric characters and scale counts of the four specimens are shown in Ta-ble 1 We measured SVL using a ruler to nearest 1 mm and the tail length using a digital caliper to nearest 01 mm

In preservative three of the four collect-ed specimens of L octostegum (MZUFV 1389 1390 1392) show a pale beige color throughout the body except in the dorsal region of the head which has a darker beige color MZUFV 1391 has a slightly darker beige color throughout the body Except for MZUFV 1390 all specimens have a series of dorsal seg-ments each bearing a dark brown spot

111

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

the spots more intense in the posterior half of the body The dark brown spots are also present at the dorsal region of the tail of MZUFV 1391 This pattern has also been reported for specimens from Camaccedilari and Barros-Filho et al (2019) suggested it could be age-relat-ed since it was observed only in larger specimens SVL gt 230 mm However one specimen collected in this study MZUFV 1390 exhibited only faint dark brown pigments on the dorsum (Figure 4) despite its large size (SLV 330 mm) This suggests that dark brown pigmen-tation in L octostegum may not be linked to ontogeny Gans (1968) stated that as dark pigmentation of an am-phisbaenian species increases the per-meability of the skin to water and the preferred burrowing depth decreases and that darker specimens tend to bask near or at the surface It is possible that differences in pigmentation pattern of L octostegum could simply be individ-ual variation with specimens with dark brown markings being able to forage andor thermoregulate closer to the surface

Leposternon octostegum was previous-ly restricted to a small area originally covered by the Atlantic Forest biome (sensu IBGE 2019) in the lowlands of Bahia Coastal Forests and the Atlantic Coast Restingas ecoregions 15-85 m asl (Dinerstein et al 2017) With the new record its range is increased to 780 kmsup2 The main soil type at the ar-eas where the species is recorded are

acrisol and arenosol the latter present at the more coastal localities (Imbas-saiacute and Arembepe) (Table 2 Figure 5) Acrisol is an acidic and deep soil poor in nutrients and with a subsoil rich in clay typical of some tropical forests and common in river valleys of north-eastern Brazil while arenosol is a deep sandy soil typical of the northeastern coast (Gardi et al 2015 IUSS Working Group WRB 2015) In the region where L octostegum occurs both soils have an upper layer with coarser texture varying from loamy sand to sand (FAO et al 2012) This means that despite having a skull shape apparently more specialized for digging (Gans 1968) L octostegum inhabits less compacted soils (unless one finds that specimens can excavate the deeper clay-rich layers of acrisols) similar to a slender conge-ner of southeastern coastal Brazil L scutigerum (Hemprich 1820) (Hohl et al 2017)

Most of the known records of L octos-tegum were based on wildlife rescues when the species habitat was destroyed by anthropic activities Because of its narrow geographic range and the lack of records in protected areas other than the Imbassaiacute private reserve the spe-cies is considered endangered in Brazil (MMA 2014 ICMBio 2018) Lepos-ternon octostegum however seems to be able to occur in early growth second-ary forest (Barros-Filho et al 2013 present study) and may be abundant in some areas with records of up to 10

112

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

individuals within 150 msup2 (~667 ind hectare) (Barros-Filho et al 2013) Such high abundance was recorded for L wuchereri at coastal Bahia where Zamprogno amp Sazima (1993) estimated one specimen per 50 msup2 (200 ind ha) The detection of amphisbaenians in the wild is difficult due to their fossorial habits and records of large numbers of specimens at a single place is usually as-sociated with human activities like dam filling or vegetation removal (eg Zam-

progno amp Sazima 1993 Colli amp Zam-boni 1999 Barros-Filho et al 2013) The low abundance at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (six specimens in 70 ha) al-though observed during vegetation re-moval should be viewed with caution and reinforces how little we still know about amphisbaenian natural history

Figura 1 Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil where the specimens of Leposternon octostegum were collected

113

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Detail of the head of two specimens of Leposternon octostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil in dorsal ventral and lateral views MZUFV 1391 (A B and C) (top of the head dama-ged) and MZUFV 1390 (D E and F) Scale bars = 5 mm

114

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 3 MZUFV 1391 the largest recorded speci-men of L octostegum (388 mm snout-vent length) in dorsal (A) and ventral (B) views Scale bars = 20 mm

Figura 4 Detail of the in-tensity of dark brown pig-mentation at the dorsum of specimens of Leposter-non octostegum MZUFV 1391 (A) and MZUFV 1390 (B) collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo munici-pality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil Sca-le bars = 5 mm

115

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 5 Known locality records of Leposternon octostegum considering ecoregions (Dinerstein et al 2017) and native vegetation remnants (SOS Mata Atlacircntica amp INPE 2018) (top map) soil type (FAO et al 2012) (middle map) and elevation (CSI 2018) (bottom map)The shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute (a light thin line) which could be the eastern limit of Bahia Coastal Forests or the nor-thern range of Atlantic Coast Restingas (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of Bahia Coastal Forests

116

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 1 Summary of morphological data of the four specimens of Leposternon oc-tostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil

Specimen MZUFV 1389

MZUFV 1390

MZUFV 1391

MZUFV 1392

Dorsal postpectoral annuli

325 377 373 235

Ventral postpectoral annuli

327 +n 363 365 233 +n

Lateral annuli

damaged 6 6 damaged

Caudal annuli

damaged 12 10 damaged

Midbody dorsal segments

28 28 29 27

Midbody ventral segments

25 25 25 25

Precloacal pores

damaged 0 0 damaged

Precloacal segments

damaged 7 6 damaged

Postcloacal segments

damaged 20 20 damaged

Supralabials 1 1 1 1Infralabials 1 1 1 1Snout-vent length (mm)

270 +n 330 385 250 +n

Tail length (mm)

damaged 1501 1532 damaged

Head length (mm)

854 825 954 994

Head width (mm)

558 594 673 706

SVL HW unknown 555 572 unknown

Locality Munici-pality Lat Long Elev Vegeta-

tionEcore-gion

Soil type

Soil texture Voucher Source

Aterro Metro-politano Centro

Salvador -1285deg -3836deg 55 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MNHN 20070023 20070024 ZUFRJ 1748 1749 MZUEFS 652ndash657 695 696

1

Arembepe Camaccedilari -1278deg -3820deg 15 m restinga ACR areno-sol

sand MCP 18192 18193 MZUSP 96349 ZUFRJ 1713ndash1716)

1

Fazenda Real

Simotildees Filho

-12757deg -38423deg 18 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MZUSP 100074

1

Santa Helena

Dias drsquoAacutevila

-12577deg -38195deg 27 m secondary rainforest within a savanna (cerrado) enclave

BCF acrisol loamy sand

released 1

Reserva de Imbassaiacute

Mata de Satildeo Joatildeo

-12478deg -37957deg 25 m restinga ACR areno-sol

sand released 2

Fazenda Vaacuterzea de Baixo

Mata de Satildeo Joatildeo

-124606deg -380937deg 85 m rainforest in initial regenera-tion stage within abandoned Pinus plantation

BCF acrisol loamy sand

MZUFV 1389ndash1392

3

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 2 Summary of the locality records (datum WGS 84) for Leposternon octos-tegum All localities are in the State of Bahia Brazil Vegetation according with lit-erature sources ecoregions follow Dinerstein et al (2017) (BCF = Bahia Coastal Forests ACR = Atlantic Coast restingas) soil type and texture follows FAO et al (2012) Collection acronyms follow Sabaj (2016) Source 1 ndash Barros-Filho et al (2013) 2 ndash Couto-Ferreira et al (2011) 3 ndash this studyThe shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute which could be the eastern limit of BCF or the northern range of ACR (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of BCF

118

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Acknowledgments

We thank Pedro H Pinna and an anonymous reviewer for suggestions that improved the manuscript Renato N Feio (MZUFV) for allowing access to specimens under his care CLA is sup-ported by a doctoral scholarship from CAPES (Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloa-mento de Pessoal de Niacutevel Superior)

References

Barros-Filho JD Freitas MA Sil-va TFS Valverde MCC Loguercio MFC Veriacutessimo D 2013 On the dis-tribution and ecology of Leposternon octostegum Putting a subterranean reptile species on the map Wildlife Bi-ology in Practice 91ndash6

Barros-Filho JD Freitas MASil-va TFS Loguercio MFC Valverde MCC 2019 Redescription of Lepos-ternon octostegum (Dumeacuteril 1851) with an identification key for Brazilian Leposternon species remarks on mer-istic methodology and a proposal for pholidosis nomenclature (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Threat-ened Taxa 1113058ndash13086

Colli GR Zamboni DS 1999 Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil Copeia 1999733ndash742

Colli GR Fenker J Tedeschi LG Barreto-Lima AF Mott T Ribeiro SLB 2016 In the depths of obscuri-ty Knowledge gaps and extinction risk of Brazilian worm lizards (Squamata Amphisbaenidae) Biological Conser-vation 20451ndash62

Couto-Ferreira D Tinocircco MS Olivei-ra MLT Browne-Ribeiro HC Fazo-lato CP Silva RM Barreto GS Dias MA 2011 Restinga lizards (Reptilia Squamata) at the Imbassaiacute Preserve on the northern coast of Bahia Brazil Journal of Threatened Taxa 31990ndash2000

CSI (Consortium for Spatial Informa-tion) 2018 SRTM 90m DEM Digital Elevation Database SRTM Data Ac-cessed on 21 April 2020 httpsrtmcsicgiarorgsrtmdata

Dinerstein E Olson D Joshi A Vynne C Burgess ND Wikramanay-ake E hellip Saleem M 2017 An Ecore-gion-Based Approach to Protecting Half the Terrestrial Realm BioScience 67534ndash545

Dumeacuteril AMC Dumeacuteril A 1851 Cat-alogue meacutethodique de la collection des reptiles du Museacuteum drsquoHistoire Na-turelle de Paris Gide et Baudry Paris

FAO (Food and Agriculture Organiza-tion) IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) ISRIC (In-ternational Soil Reference and Infor-

119

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

mation Centre) ISSCAS (Institute of Soil ScienceChinese Academy of Sci-ences) amp JRC (Joint Research Centre of the European Commission) 2012

Harmonized World Soil Database (ver-sion 12) Accessed on 21 April 2020 httpwwwfaoorgsoils-portalsoil-surveysoil-maps-and-databasesharmonized-world-soil-database-v12en

Gans C 1968 Relative success of diver-gent pathways in Amphisbaenian spe-cialization The American Naturalist 102345ndash362

Gardi C Angelini M Barceloacute S Comerma J Cruz-Gaistardo C En-cina-Rojas A hellip Ravina-da-Silva M 2015 Soil Atlas of Latin America and the Caribbean European Commission - Publications Office of the European Union Luxembourg

Hohl LSL Loguercio MFC Sicuro FL Barros-Filho JD Rocha-Barbosa O 2017 Body and skull morphometric variations between two shovel-head-ed species of Amphisbaenia (Reptilia Squamata) with morphofunctional in-ferences on burrowing PeerJ 5e3581

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica) 2019 Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil compatiacutevel com a escala 1250 000 Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatiacutestica Rio de Janeiro

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 3 de 1ordm de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 16860-62

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasilei-ra Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IUSS Working Group WRB (Interna-tional Union of Soil Sciences) 2015 World Reference Base for Soil Resourc-es 2014 update 2015 International soil classification system for naming soils and creating legends for soil maps Page World Soil Resources Reports Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome

MMA (Ministeacuterio do Meio Ambiente) 2014 Portaria no 444 de 17 de dezem-bro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 245121ndash126

Ribeiro S Santos AP Jr Zaher H 2015 A new species of Leposternon Wagler 1824 (Squamata Amphisbae-nia) from northeastern Argentina Zoo-taxa 4034309ndash324

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A New Species of Leposter-non (Squamata Amphisbaenidae) from Brazilian Cerrado with a Key to

120

Pored Species Journal of Herpetology 5250ndash58

Sabaj MH 2016 Standard symbol-ic codes for institutional resource col-lections in herpetology and ichthyolo-gy an Online Reference Version 65 Accessed on 21 April 2020 asihorgsitesdefaultfilesdocumentssymbol-ic_codes_for_collections_v65_2016pdf

SOS Mata Atlacircntica Fundaccedilatildeo amp INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) 2018 Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlacircntica Periacuteo-do 2016-2017 Relatoacuterio Teacutecnico Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais Satildeo Paulo

Zamprogno C Sazima I 1993 Verte-brate Predation on the neotropical am-phisbaenian Leposternon wuchereri Herpetological Review 2482ndash83

Editor Deacutelio Baecircta

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

121

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Rodrigo Castellari Gonzalez1 Arthur Diesel Abegg2 Diego Matheus de Mello Mendessup3 Marceacutelia Basto da Silva4 Paulo Roberto Machado-Filho5 Conrado Mario-da-Rosa6 Daniel Cunha Passos7 Maurivan Vaz Ribeiro8 Ronildo Alves Beniacutecio9 Jane C F Oliveira10

1 Museu de Histoacuteria Natural do Cearaacute Prof Dias da Rocha Centro de Ciecircncias da Sauacutede Uni-versidade Estadual do Cearaacute 60741-000 Fortaleza CE Brasil2 Departamento de Zoologia Instituto de Biociecircncias Universidade de Satildeo Paulo 05508-090 Satildeo Paulo SP Brasil arthur_abegghotmailcom3 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Entomologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazocircnia 69080-971 Manaus AM Brasil diegomellomendesgmailcom4 Centro de Educaccedilatildeo Aberta e a Distacircncia Universidade Federal do Piauiacute 64001-280 Teresi-na PI Brasil marceliabastogmailcom5 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil prmfil-hosbogmailcom6 Laboratoacuterio de Herpetologia Centro de Ciecircncias Naturais e Exatas Universidade Federal de Santa Maria 97105-000 Santa Maria RS Brasil conradomdrgmailcom7 Laboratoacuterio de Ecologia e Comportamento Animal Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ecologia e Conservaccedilatildeo Departamento de Biociecircncias Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universi-dade Federal Rural do Semi-Aacuterido 59625-900 Mossoroacute RN Brasil danielpassosufersaedubr8 Associaccedilatildeo Guardiotildees do Cerrado Rod GO206 Km 3 Serranoacutepolis GO 75820-000 Brazil9 Laboratoacuterio de Herpetologia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Diversidade Bioloacutegica e Recursos Naturais Universidade Regional do Cariri 63105-000 Crato CE Brasil benicioherpetogmailcom10 Departamento de Ecologia Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro 20550-019 Rio de Janeiro RJ Brasil janeherpetogmailcom

LISTA DOS NOMES POPULARES DOS REacutePTEIS NO BRASIL ndash PRIMEIRA VERSAtildeO

Abstract

Popular species names have always been based on human relationships with things around them usually re-flecting speciesrsquo external morpholo-gy behavior or even the habitat they inhabit In Brazil the high number of popular names in many cases for the same species makes it difficult to com-prehensively recognize these names

hampering communication between everyone interested in reptiles This study presents a compilation of the po-pular names for the species of reptiles occurring in Brazil based on literature data We listed 1264 popular names 25 for Amphisbaenia 29 for Crocodylia 137 for Testudines 301 for ldquoLizardsrdquo and 772 for Snakes All Testudines and

122

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Crocodylia have popular names howe-ver we found no popular names for three (4) species of Amphisbaenia 66 (24) ldquoLizardsrdquo and 60 (15) Snakes Therefore 15 of the 802 reptile spe-cies currently known in the country still have no popular names Also all species of Testudines and Crocodylia have exclusive popular names never-theless we found no exclusive names for 68 (92) species of Amphisbaenia 191 (69) species of ldquoLizardsrdquo and 218 (53) species of Snakes This inventory is currently the most comprehensive ef-fort to list the popular names of reptile species in Brazil

Palavras-chave

Amphisbaenidae Anfisbaenas Caacutega-dos Chelonia Cobras Crocodylia et-noherpetologia etnotaxonomia Jabu-tis Jacareacutes Lagartos nomenclatura popular nomes vernaculares nomes vulgares Quelocircnios Reptilia Serpen-tes Squamata Tartarugas taxonomia popular Testudines

Introduccedilatildeo

A taxonomia usa a liacutengua latina para nomear organismos garan-tindo a comunicaccedilatildeo inequiacutevo-

ca entre cientistas que utilizam diferentes idiomas (ICZN 1999) Por outro lado a sociedade tende a utilizar diversos nomes populares para se referir aos seres vivos ao seu redor (eg Costa-Neto amp Marques

2000 Pinto et al 2013)

A classificaccedilatildeo de organismos a partir de percepccedilotildees populares eacute chamada de etnotaxonomia (Berlin et al 1973) Diferente da taxonomia cientiacutefica que eacute impessoal e baseada em criteacuterios ob-jetivos a etnotaxonomia eacute muito mais plaacutestica incorporando muacuteltiplas face-tas inerentes a cada cultura (Begossi et al 2008 Lopes et al 2010) Os nomes populares possuem diversas origens (Garrido 2012) como a localidade em que as espeacutecies ocorrem a cultura e as crenccedilas locais e a idade relativa dos espeacutecimes (Amaral 1978 Costa amp Beacuter-nils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) Assim aleacutem de caracteriacutesticas peculia-res de cada espeacutecie tais como morfolo-gia comportamento e ambiente utiliza-do a etnotaxonomia tende a enfatizar a importacircncia praacutetica dos organismos tais como seus usos na alimentaccedilatildeo e fins medicinais (Hunn 1982 Cleacutement 1995 Crump 2015) Neste contexto a nomenclatura popular eacute sobretudo in-fluenciada pelas relaccedilotildees afetivas dos seres humanos com os organismos agrave sua volta variando de predileccedilotildees (eg afeiccedilatildeo carismaacutetica veneraccedilatildeo) a aver-sotildees (eg repugnacircncia medo) (Alves et al 2012 Crump 2015) Essas as-sociaccedilotildees explicam o porquecirc de algu-mas espeacutecies receberem vaacuterios nomes populares muitas vezes com variaccedilotildees regionais enquanto outras satildeo prati-camente ignoradas pelo conhecimento tradicional (Nolan amp Robbins 2001 Alves et al 2012 Passos et al 2015)

123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Diversos nomes populares satildeo ante-riores agrave vinda dos primeiros naturalis-tas ao Brasil (Raddi 1820 Frederico 2009 Cardoso 2009) Giuseppe Raddi foi um dos mais importantes natura-listas a chegar ao paiacutes apoacutes a abertura dos Portos agraves Naccedilotildees Amigas em 1808 Em suas contribuiccedilotildees agraves descriccedilotildees de espeacutecies de reacutepteis ele tambeacutem teve o cuidado de listar e descrever os no-mes populares conhecidos de cada uma (Raddi 1820) Outros nomes aplicados agraves espeacutecies brasileiras tecircm origem indiacute-gena (eg Tupi-Guarani para diversas espeacutecies de serpentes Amaral 1977) Geralmente esses nomes satildeo uma tra-duccedilatildeo literal de um conjunto de signi-ficados observados pelo popular Por exemplo Spilotes pullatus (Linnaeus 1758) eacute conhecida principalmente por Caninana (do Tupi ldquoAcaninan-ardquo ou do Guarani ldquoCaninatilderdquo) cujo significado eacute akam- (cabeccedila) + inatilde-a (irritada) = (de) cabeccedila irritada (Amaral 1977)

Diferente de outros paiacuteses (veja Frank amp Ramus 1995 Midtgaard 2019) no Brasil houve poucas tentativas de se listar os nomes populares dos reacutepteis e muitas dessas tentativas satildeo restritas a livros e guias de campo muitos deles regionais (ie Amaral 1978 Marques et al 2001 2005 2015 2017 2019 Lema 2002 Argocirclo 2004 Abegg amp Entiauspe-Neto 2012 Vasconcelos--Neto et al 2018 Silva et al 2019) Deste modo os registros dos nomes populares dos reacutepteis no Brasil se en-contram dispersos na literatura A

criaccedilatildeo de nomes populares artificiais por pesquisadores e o uso de nomes de maneira indiscriminada e despreo-cupada (ie cobra-verde para diversas espeacutecies) acabaram por se propagar pela literatura acumulando informa-ccedilotildees errocircneas e agraves vezes redundantes (ie espeacutecies com dois ou mais nomes diferentes e espeacutecies diferentes com o mesmo nome) o que acabou por difi-cultar a comunicaccedilatildeo entre todos aque-les interessados em reacutepteis (Frank amp Ramus 1995) Aleacutem disso muitos no-mes populares genuiacutenos (v Amaral 1973 1977 1978) acabaram caindo no esquecimento

A presente compilaccedilatildeo eacute a primeira abordagem em direccedilatildeo a uma listagem completa dos nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil Contu-do tendo em vista a amplitude terri-torial do paiacutes sua elevada diversidade cultural e riqueza de espeacutecies eacute natural que este esforccedilo natildeo tenha exaurido as referecircncias sobre o assunto Portanto versotildees atualizadas desta lista seratildeo publicadas apoacutes as esperadas contri-buiccedilotildees das comunidades tradicionais e cientiacutefica

Material e Meacutetodos

A listagem dos taacutexons utilizados neste estudo segue Costa amp Beacuternils (2018) considerando apenas o niacutevel especiacutefico para a listagem geral dos taacutexons e No-gueira et al (2019) para atualizaccedilotildees da taxonomia de serpentes Aleacutem dis-

124

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

so adotamos Poe (2004) para o gecircnero Anolis (Daudin 1802) consideramos Apostolepis barrioi Lema 1978 como sinocircnimo juacutenior de A dimidiata (Jan 1862) (Entiauspe-Neto et al 2019) A mariae Borges-Nojosa et al 2016 de A thalesdelemai Borges-Nojosa et al 2016 (Entiauspe-Neto et al 2020) e Chironius laurenti Dixon et al 1993 como sinocircnimo objetivo de C dixoni Wiest 1978 (Entiauspe-Neto amp Loeb-mann 2019) aleacutem da alocaccedilatildeo de Epic-tia collaris (Hoogmoed 1977) para Ha-brophallos collaris (Hoogmoed 1977) (Martins et al 2019) Portanto para esta compilaccedilatildeo consideramos um to-tal de 802 espeacutecies de reacutepteis natildeo voa-dores (daqui em diante referido como ldquoreacutepteisrdquo) atuais que ocorrem no Brasil

Para a listagem dos nomes populares realizamos buscas em fontes bibliograacute-ficas tais como livros guias de campo artigos cientiacuteficos publicaccedilotildees oficiais de listas vermelhas estaduais e nacio-nais e paacuteginas on-line (Anexo 2) Es-sas pesquisas ocorreram entre Janeiro e Dezembro de 2019 e todos os nomes encontrados satildeo apresentados nesta compilaccedilatildeo Por natildeo se tratar de uma revisatildeo taxonocircmica stricto sensu op-tamos por natildeo citar a autoria dos no-mes populares tanto pela antiguidade natildeo rastreaacutevel de determinados nomes (eg nomes indiacutegenas) (eg Amaral 1977 Cardoso 2009 Frederico 2009) quanto pelo amplo uso e pela pulveri-zaccedilatildeo desses nomes na literatura o que dificultou a justa determinaccedilatildeo do pri-

meiro autor Conveacutem ressaltar que natildeo foi o objetivo deste estudo identificar as origens dos nomes populares encontra-dos

A organizaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo desta lis-ta foram feitas da seguinte maneira os Reacutepteis foram divididos em seus grandes grupos tradicionais Testudines Croco-dylia Amphisbaenia ldquoLagartosrdquo (dora-vante Lagartos) e Serpentes Dentro de cada uma dessas categorias as espeacutecies satildeo apresentadas em ordem alfabeacutetica A grafia dos nomes populares seguiu as normas ortograacuteficas da liacutengua portuguesa para os nomes de animais (CPLP 1990) Para isso os nomes populares foram gra-fados com letras maiuacutesculas (exceto pre-posiccedilotildees) e nomes compostos foram es-critos com hiacutefen entre seus elementos Os nomes populares encontrados para cada espeacutecie satildeo listados em ordem alfabeacutetica sendo os nomes exclusivos (usados uma uacutenica vez) sublinhados

Por fim apresentamos o panorama do que foi encontrado no esforccedilo deste estudo para cada uma das categorias (Testudines Crocodylia Amphisbae-nia Lagartos e Serpentes) o nuacutemero total de nomes populares encontrados o nuacutemero de nomes exclusivos as es-peacutecies com o maior nuacutemero de nomes conhecidos o termo geral mais comum para se referir agraves espeacutecies o nuacutemero de espeacutecies com nomes populares des-conhecidos o nuacutemero de espeacutecies sem nomes populares exclusivos e o nuacuteme-ro de espeacutecies com nomes associados a espeacutecies peccedilonhentas

125

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Resultados

Compilamos 1264 nomes popula-res atribuiacutedos a 673 das 802 espeacute-cies de reacutepteis que ocorrem no Brasil (Anexo 1) Desse total de nomes popu-lares encontrados 917 (73) satildeo nomes exclusivos Natildeo encontramos nenhum nome para 129 (15) espeacutecies e natildeo en-contramos nomes exclusivos para 477 (59) espeacutecies

Encontramos 137 nomes populares para as 36 espeacutecies de Testudines que ocor-rem no Brasil sendo 120 (88) nomes exclusivos O termo mais frequente usa-do para designar as espeacutecies desse gru-po foi ldquoCaacutegadordquo (usado 59 vezes sozinho ou em combinaccedilotildees) seguido por ldquoTar-tarugardquo (usado 40 vezes) Entre as espeacute-cies do grupo Caretta caretta Chelonia mydas e Platemys platycephala foram as espeacutecies com mais nomes (respecti-vamente 14 13 e 12 cada) Todas as es-peacutecies de Testudines possuiacuteram ao me-nos um nome exclusivo

Encontramos 29 nomes populares atri-buiacutedos agraves seis espeacutecies de Crocodylia que ocorrem no Brasil sendo 24 (83) deles nomes exclusivos De modo geral o termo mais frequente para se referir agraves espeacutecies de crocodilianos foi ldquoJaca-reacuterdquo usado em 21 combinaccedilotildees diferen-tes Paleosuchus palpebrosus foi a es-peacutecie que apresentou o maior nuacutemero de nomes (15 nomes diferentes) Todas as espeacutecies desse grupo apresentaram ao menos um nome exclusivo

Em relaccedilatildeo agraves 74 espeacutecies de Amphis-baenia que ocorrem no Brasil encon-tramos um total de 25 nomes popula-res dos quais 20 (80) foram nomes exclusivos No entanto 68 espeacutecies (92) natildeo possuiacuteram nomes exclusi-vos sendo chamadas indistintamen-te de ldquoCobras-de-Duas-Cabeccedilasrdquo eou ldquoCobras-Cegardquo Outras trecircs espeacutecies (4) natildeo possuiacuteram quaisquer nomes populares atribuiacutedos a elas A espeacutecie que apresentou o maior nuacutemero de no-mes populares foi Amphisbaena alba com seis diferentes nomes

Em relaccedilatildeo aos Lagartos encontramos 301 nomes populares para um total de 275 espeacutecies dos quais 194 (64) fo-ram nomes exclusivos Nesse caso em-bora o nuacutemero de nomes encontrados tenha sido superior ao nuacutemero de taacute-xons natildeo encontramos quaisquer no-mes para 66 espeacutecies (24) ou nomes exclusivos para 191 espeacutecies (69) de lagartos A espeacutecie com o maior nuacuteme-ro de nomes populares diferentes foi Salvator merianae (N = 21) seguida por Hemidactylus mabouia (N = 19) Em relaccedilatildeo ao uso o termo mais fre-quente para designar as espeacutecies desse grupo foi ldquoCalangordquo (usado 150 vezes) seguido por ldquoLagartordquo (109 vezes) e ldquoLagartixardquo (92 vezes)

Encontramos 772 nomes populares para Serpentes para o total de 411 espeacute-cies no Brasil sendo 559 (72) exclusi-vos Adicionalmente natildeo encontramos

126

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quaisquer nomes populares na literatu-ra para 60 espeacutecies de serpentes (15) enquanto que para 218 (53) natildeo en-contramos quaisquer nomes populares exclusivos As espeacutecies que possuiacuteram o maior nuacutemero de nomes populares na literatura foram Xenodon merremii (N = 48) e Bothrops jararaca (N = 28) O nome mais frequente para se refe-rir agraves espeacutecies desse grupo foi ldquoCoralrdquo (usado 293 vezes) seguido por ldquoJara-racardquo (usado 153 vezes) A palavra ldquoCo-brardquo (usada 498 vezes) foi amplamente utilizada para se referir aos integrantes desse grupo sendo o termo ldquoSerpenterdquo raramente utilizado (apenas 5 vezes)

Dos nomes listados 10 espeacutecies de la-gartos tiveram pelo menos um nome associado a animais peccedilonhentos Oito espeacutecies foram identificadas como ldquoViacute-borasrdquo (Copeoglossum nigropuncta-tum Diploglossus fasciatus Dracaena paraguayensis Hemidactylus agrius H mabouia Phyllopezus pollicaris Psychosaura agmosticha e P ma-crorhyncha) e duas como ldquoCoraisrdquo (Di-ploglossus fasciatus e D lessonae)

Entre as serpentes 27 espeacutecies satildeo consideradas apenas como Falsas-Co-rais (Apostolepis Atractus Elapo-morphus Phalotris Pseudoboa Ro-driguesophis Tantilla e Xenopholis) e seis espeacutecies como ldquoFalsas-Jararacasrdquo (Dipsas neuwiedi Thamnodynastes chaquensis T longicaudus T rutilus Xenodon guentheri e X nattereri) No entanto 94 espeacutecies natildeo peccedilonhentas

tecircm ao menos um nome identifican-do-as com nomes de espeacutecies peccedilo-nhentas Atractus major Clelia clelia (juvenil) Drepanoides anomalus Hy-drops martii Siphlophis cervinus S pulcher e Xenodon matogrossensis foram apenas identificadas como ldquoCo-raisrdquo trazendo a ideia de se tratarem de espeacutecies peccedilonhentas Quarenta e duas espeacutecies foram identificadas como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo principalmente dos gecircneros Chironius Dipsas Echinanthera Epicrates Ery-throlamprus Helicops Hydrops Hy-drodynastes Imantodes Leptodeira Lygophis Mastigodryas Palusophis Phrynonax Psomophis Spilotes Ta-eniophallus Thamnodynastes Tro-pidodryas e Xenodon Nove espeacutecies foram identificadas ora como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo verdadeiros ora como falsos (Thamnodynastes almae T nattereri T hypoconia T palli-dus Tomodon dorsatus T ocellatus Xenodon merremii X neuwiedii e X severus) Do mesmo modo outras es-peacutecies foram identificadas ora como ldquoCorais-verdadeirasrdquo ora como ldquoFalsas--coraisrdquo (gecircneros Anilius Apostolepis Atractus Boiruna Coronelaps Ery-throlamprus Mussurana Oxyrhopus Phalotris Pseudoboa Rhinobothryum Simophis Siphlophis e Xenodon) Por fim para cinco espeacutecies as identifica-ccedilotildees se misturam pois os nomes popu-lares variam ora como viacutebora cascavel ou jararaca ora como ldquoCoraisrdquo falsos ou verdadeiros (Clelia plumbea Ery-throlamprus poecilogyrus Erythro-

127

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

lamprus taeniogaster Hydrodynastes bicinctus e Xenopholis scalaris)

Quanto agraves espeacutecies de interesse meacutedico (67 espeacutecies dos gecircneros Bothrocophias Bothrops Crotalus Lachesis Leptomi-crurus e Micrurus) quase todas possu-iacuteram ao menos um nome popular (exce-to B sazimai M boicora e M diutius) Entre estas espeacutecies 13 receberam mais de 10 nomes populares cada em sua maioria (10 espeacutecies) pertencentes ao gecircnero Bothrops Entre as 67 16 espeacute-cies natildeo apresentaram nomes exclusi-vos (13 do gecircnero Micrurus) enquanto Crotalus durissus apresentou 16 nomes todos exclusivos (Anexo 1)

Discussatildeo

Encontramos 1264 nomes populares atribuiacutedos a 673 das 802 espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil atual-mente Esse grande nuacutemero de nomes populares provavelmente estaacute asso-ciado agrave elevada riqueza de espeacutecies de reacutepteis e de culturas populares no paiacutes As origens desses nomes residem na compreensatildeo popular acerca de vaacuterios aspectos inerentes agraves espeacutecies (Frank amp Ramus 1995 Vizotto 2003 Begos-si et al 2008 Alves et al 2012 Cos-ta amp Beacuternils 2012 Crump 2015) Por exemplo aspectos da morfologia (eg Jacareacute-Enferrujado para Paleosuchus palpebrosus) do comportamento (eg Dorme-Dorme para Dipsas spp) da dieta (Papa-Pinto para Drymarchon

corais) do habitat (Fura-Terra para Atractus spp) da aacuterea geograacutefica de principal ocorrecircncia (Jacareacute-do-Panta-nal para Caiman yacare) do polimor-fismo (Urutu-Preta ou Urutu-Amarela para Xenodon merremii) da variaccedilatildeo ontogeneacutetica (Cobra-Preta e Cobra-Co-ral para Clelia clelia) da variaccedilatildeo re-gional (Lagartixa Osga Briba para He-midactylus spp) e da variaccedilatildeo regional na grafia (Tegu Teiuacute Tejo Teju Tejuacute Tiju e Tiuacute para Salvator merianae) Neste estudo noacutes mantivemos todos os nomes populares encontrados na lite-ratura respeitando sua grafia original mesmo quando se tratavam unicamen-te de variaccedilotildees regionais valorizando assim o conhecimento popular em re-laccedilatildeo aos reacutepteis

Apesar dessa diversidade de nomes po-pulares presentes na literatura natildeo en-contramos quaisquer nomes atribuiacutedos para 129 (15) espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil todas elas Squama-ta De modo geral essas espeacutecies pos-suem atributos em comum como haacutebi-tos fossoriais (eg Amphisbaena spp) tamanho corporal reduzido (eg Cole-odactylus spp) ocorrecircncia rara (eg Apostolepis arenaria) ou distribuiccedilatildeo restrita (eg Dendrophidion atlanti-ca) fatores que podem explicar a baixa fixaccedilatildeo entre os conhecimentos tradi-cionais Portanto a ausecircncia de nomes populares para estas espeacutecies pode ser explicada por elas figurarem em menor frequecircncia e intensidade no cotidiano das comunidades tradicionais e conse-

128

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quentemente terem menor importacircn-cia praacutetica seja na alimentaccedilatildeo no uso como faacutermaco-teraacutepicos ou mesmo im-portacircncia meacutedica (Crump 2015)

Tambeacutem encontramos uma consideraacute-vel repeticcedilatildeo dos mesmos nomes po-pulares (sinoniacutemias etnotaxonocircmicas) para diferentes espeacutecies Alguns ter-mos aparecem nesta lista com frequecircn-cia relativamente alta como por exem-plo ldquoCalangordquo (150 vezes) ldquoJararacardquo (153) e ldquoCoralrdquo (293) tanto para espeacute-cies distintas (eg Jararaca para Xeno-don neuwiedii e Bothrops jararaca) ou em composiccedilotildees diferentes para a mes-ma espeacutecie (eg Bothrops jararaca Jararaca-Comum Jararaca-da-Mata--Virgem Jararaca-do-Campo Jarara-ca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pregui-ccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso) Esses casos foram observados sobretudo em taacutexons com ampla distribuiccedilatildeo (eg Bothrops spp Micrurus spp) mesmo que cada espeacutecie possua caracteriacutesticas diagnoacutesticas Aparentemente a mag-nitude das semelhanccedilas sugere uma nomeaccedilatildeo convergente na etnotaxo-nomia (eg Bothrops spp = jararaca Micrurus spp = Coral) Embora esta denominaccedilatildeo popular de maneira ge-neralizada se decirc para taacutexons com pouco interesse meacutedico ou alimentiacutecio (Von Ihering 1968)

Por outro lado Alves et al (2011 2012) apontam que pelo menos 81 espeacutecies de reacutepteis com ocorrecircncia no Brasil satildeo reconhecidas pela cultura popular por apresentarem conflitos ou por se-

rem uacuteteis de alguma maneira Os usos dessas espeacutecies satildeo bastante diversos como fonte de alimento medicinal religioso animais de estimaccedilatildeo e ateacute mesmo como enfeite em residecircncias (Alves et al 2011 2012) Comparan-do os nomes aqui levantados com as 81 espeacutecies apontadas por Alves et al (2011 2012) nota-se que todas as es-peacutecies que possuem usos ou conflitos com a populaccedilatildeo apresentam ao menos um nome popular conhecido sendo que 32 (40) delas receberam mais de 10 nomes Aleacutem disso as espeacutecies usa-das para alimentaccedilatildeo tecircm um ou mais nomes exclusivos mas natildeo necessaria-mente um grande nuacutemero de nomes Os quelocircnios amazocircnicos e os crocodi-lianos por exemplo amplamente usa-dos na culinaacuteria tradicional na produ-ccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos e tambeacutem no tratamento de doenccedilas (Alves et al 2011 2012 Rhodin et al 2017) satildeo re-conhecidos pelas comunidades locais recebendo nomes populares espeacutecie--especiacuteficos relativamente conservados entre diferentes culturas enquanto di-versos taacutexons sem importacircncia cinegeacute-tica satildeo nomeados em geral com os mesmos termos (Alves et al 2012 Von Ihering 1968 este estudo)

O uso de um mesmo nome para espeacute-cies diferentes pode trazer consequ-ecircncias graves como em casos de aci-dentes ofiacutedicos (Costa amp Beacuternils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) assim como a morte de animais natildeo peccedilonhentos decorrentes de identificaccedilatildeo errocircnea

129

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Os taacutexons aacutepodos (eg Ophiodes spp e Amphisbaena spp) satildeo comumente mortos devido agrave semelhanccedila com as serpentes aleacutem de serem popularmen-te associados ao envenenamento As espeacutecies natildeo peccedilonhentas que satildeo iden-tificadas como peccedilonhentas formam um grupo muito heterogecircneo Para os lagartos a associaccedilatildeo com serpentes eacute mais comum nos grupos que possuem membros reduzidos (ie Ophiodes) Jaacute no caso das serpentes de modo geral cinco caracteriacutesticas principais pare-cem ser levadas em conta pelos popu-lares para se atribuir a condiccedilatildeo de pe-ccedilonhenta padratildeo variegado forma da cabeccedila manchas ou cores avermelha-das presenccedila de bandas e tamanho do corpo Serpentes que apresentam tons marrons (eg Leptodeira) ou cabeccedila ligeiramente em forma de lanccedila (eg Thamnodynastes) satildeo identificadas como ldquoJararacasrdquo ldquoJararaquinhardquo e suas variaccedilotildees na cultura popular Es-peacutecies com tons vermelhos ou bandas satildeo identificadas como ldquoCoraisrdquo falsas ou verdadeiras Curiosamente alguns Pseudoboini podem ser reconhecidos como ldquoCoraisrdquo nas fases juvenis (eg Clelia plumbea) mas os adultos de co-loraccedilatildeo preta satildeo reconhecidos como ldquoMuccediluranasrdquo nome que muitas vezes carrega o significado de ser uacutetil por predar outras serpentes Especifica-mente sobre o gecircnero Bothrops indi-viacuteduos pequenos (juvenis ou adultos) satildeo chamados de ldquoJararacasrdquo enquan-to que indiviacuteduos de grande porte (por

vezes da mesma espeacutecie) satildeo chama-dos de ldquoJararacussurdquo ou ateacute mesmo de ldquoSurucucurdquo (Mota-da-Silva et al 2019 este estudo) Esse raciociacutenio se estende tambeacutem para espeacutecies natildeo peccedilonhen-tas que satildeo reconhecidas como ldquoJara-racasrdquo (ie Palusophis bifossatus e Hy-drodynastes gigas) Em alguns casos como Erythrolamprus poecilogyrus os padrotildees de coloraccedilatildeo diferentes ao longo da distribuiccedilatildeo podem explicar o porquecirc dessa espeacutecie ser reconheci-da como ldquoJararacardquo (padratildeo marrom) e ldquoCoralrdquo (padratildeo bandeado) dependen-do da regiatildeo Conveacutem ressaltar que as atribuiccedilotildees ldquofalsardquo ou ldquoverdadeirardquo para essas espeacutecies natildeo parecem seguir cri-teacuterios objetivos

Embora o nuacutemero de espeacutecies de ser-pentes de importacircncia meacutedica seja re-lativamente baixo no Brasil (9 das espeacutecies de serpentes Viperidae N = 31 e Elapidae N = 36) as lendas e mi-tos que estigmatizam esse grupo ainda satildeo um fator potencializador de proble-mas relacionados agrave conservaccedilatildeo dessas espeacutecies (Argocirclo 2004 Moura et al 2010) Apesar da grande maioria das espeacutecies de importacircncia meacutedica rece-berem nomes populares e de algumas poderem ser identificadas de maneira inequiacutevoca a diversidade de nomes po-pulares atribuiacutedas a um mesmo taacutexon e a ampla ocorrecircncia de sinoniacutemias etno-taxonocircmicas com espeacutecies natildeo-peccedilo-nhentas revela a perpetuaccedilatildeo dos pro-blemas de erros de identificaccedilatildeo com seacuterias consequecircncias no acircmbito da con-

130

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

servaccedilatildeo Desta forma eacute urgente que projetos de educaccedilatildeo ambiental eou divulgaccedilatildeo cientiacutefica sejam executados em todo o paiacutes com o objetivo de levar conhecimento acerca das espeacutecies com preocupaccedilatildeo meacutedica e desmistificar questotildees relacionadas agrave identificaccedilatildeo e periculosidade das serpentes em geral reduzindo assim os conflitos entre hu-manos e este grupo de reacutepteis

Diagnosticamos neste estudo que existe um uso majoritaacuterio do termo ldquoCobrardquo em relaccedilatildeo agrave ldquoSerpenterdquo no co-nhecimento popular Haacute importantes discussotildees a respeito do uso desses dois termos na literatura (eg Amaral 1978 Puorto 2001 Sandrin et al 2005 Fer-nandes-Ferreira et al 2011) e o em-prego desses nomes tem sido abordado por diferentes autores sem padroniza-ccedilatildeo (ver discussatildeo em Sandrin et al 2005) Embora as culturas tradicionais brasileiras reconheccedilam as duas pala-vras como sinocircnimas o uso de ldquoCobrardquo eacute bem mais frequente (Sandrin et al 2005 este estudo) Sendo assim suge-rimos o uso do termo ldquoCobrardquo no con-texto do discurso popular reservando o termo ldquoSerpenterdquo ao acircmbito teacutecnico e acadecircmico

A utilizaccedilatildeo de nomes populares para espeacutecies pouco carismaacuteticas como o caso dos reacutepteis eacute fundamental para a aproximaccedilatildeo destes animais com a so-ciedade em geral Neste estudo apre-sentamos a lista de nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil a par-tir de dados disponiacuteveis na literatura Eacute

possiacutevel no entanto que neste primei-ro esforccedilo alguns nomes populares natildeo tenham sido localizados o que se justi-fica pela enorme diversidade cultural e riqueza de espeacutecies no Paiacutes Esta com-pilaccedilatildeo contribui de maneira relevante com a etnoherpetologia brasileira po-reacutem eacute notaacutevel a existecircncia de diversas lacunas no conhecimento tradicional sobre os reacutepteis no Brasil Portanto recomendamos que os herpetoacutelogos em trabalhos de campo considerem valorizem e forneccedilam nos relatoacuterios e publicaccedilotildees os nomes populares locais (em vez de omiti-los ou priorizar aque-les jaacute existentes na literatura) para as espeacutecies-alvo das suas pesquisas Esta simples iniciativa apesar de natildeo ter caraacuteter intriacutenseco etnoloacutegico (ciecircncia com objetos meacutetodos e abordagens teoacutericas proacuteprias) certamente proveraacute um quantitativo imensuraacutevel de novos nomes populares agrave literatura contri-buindo para revelar a real extensatildeo da variaccedilatildeo geograacutefica e cultural dos no-mes populares dos reacutepteis brasileiros e consequentemente substanciar com mais robustez uma futura atualizaccedilatildeo da presente lista

131

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Agradecimentos

RCG agradece ao Prof Dr Marcello Modesto (FFLCH-USP) pelo supor-te teacutecnico sobre as normas da liacutengua portuguesa O presente estudo foi re-alizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior - Brasil (CAPES) CMR dou-torado Processo 888824280552019-01 e PRMF doutorado Processo 15710452015 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacute-gico (CNPq) ADA mestrado Processo 1301152013-3 DMMM doutorado Processo 1418782018-5 e RAB poacutes--doutorado Processo 1555562018-5 e Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) JCFO poacutes-doutorado Processo E-262023882017

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Alves RRN Pereira-Filho GA Vieira KS Souto WMS Mendonccedila LET Montenegro PFGP Vieira WLS 2012 A zoological catalogue of hunted reptiles in the semiarid region of Bra-zil Journal of Ethnobiology and Eth-nomedicine 827 doi1011861746-4269-8-27

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto

WMS hellip Pezzuti JCB 2011 A re-view on human attitudes towards rep-tiles in Brazil Environmental Monito-ring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Brasil Iconografia colorida MelhoramentosEDUSP Satildeo Paulo

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Begossi A Clauzet M Figueiredo JL Garuana L Limca RV Lopes PF Silvan RAM 2008 Are biological species and higher-ranking categories real Fish folk taxonomy on Brazilrsquos Atlantic Forest Coast and in the Ama-zon Current Antropology 49291ndash306 doi101086527437

Berlin B Breedlove DE Raven PH 1973 General principles of classifica-tion and nomenclature in folk biology American Anthropology 75214ndash242 doi101525aa197375102a00140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cardoso JLC 2009 Joseacute de Anchie-ta e as Cartas Pp 521ndash522 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CMS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Cleacutement D 1995 Why is taxonomy utilitarian Journal of Ethnobiology 151ndash44

Costa HC Beacuternils RS 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Costa-Neto EM Marques JGW 2000 A Etnotaxonomia de recursos ictiofauniacutesticos pelos pescadores da co-munidade de Siribinha norte do Estado da Bahia Brasil Biociecircncias 861ndash76

CPLP (Comunidade dos Paiacuteses de Liacuten-gua Portuguesa) 1990 Acordo Orto-graacutefico da Liacutengua Portuguesa Acessiacutevel em httpwwwcplporgFilesFilercplpAcordosmaisAcordosAcordo-OrtogrLinguaPortugpdf Acesso 06 de Abril de 2019

Crump M 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg the Lore and Mythology of Amphibians

and Reptiles University of Chicago Press Chicago

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest amp Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-ges-Nojosa DM Alves RRN 2011 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Frank N Ramus E 1995 A Complete Guide to Scientific and Common Na-mes of Reptiles and Amphibians of the World Reptile and Amphibian magazi-ne Pottsville

133

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Garrido C 2012 Divergecircncias no inven-taacuterio das liacutenguas e na constituiccedilatildeo dos elementos lexicais equivalentes como fonte de discordacircncias interculturais na traduccedilatildeo de textos destinados ao ensino e divulgaccedilatildeo da ciecircncia Leben-de Sprachen 57238ndash264 doi101515les-2012-0021

Hunn E 1982 The utilitarian factor in folk biological classification Ame-rican Anthropologist 84830ndash847 doi101525aa198284402a00070

ICZN (International Commission on Zoological Nomenclature) 1999 The Code 4th ed International code of zo-ological nomenclature Acessiacutevel em httpwwwicznorg Acesso 28 de marccedilo de 2019

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

Lopes P Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Taxono-mia e etnotaxonomia ecologia e etno-ecologia Pp 69ndash94 in Alves RRA

Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A Etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPPEA Recife

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado 1 ed Holos Edi-tora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlssman C Sazima I 2005 Serpentes do Panta-nal Holos Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of thread snakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

134

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Midtgaard R 2019 English common names of reptiles a working checklist Acessiacutevel em httpwwwnatu-reswindowdkUKnameshtml Aces-so 28 de fevereiro de 2019

Mota-da-Silva A Monteiro WM Ber-narde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lan-cehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 521ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pe-dro VA Fernandes VD Feio RN 2010 O relacionamento entre pes-soas e serpentes no leste de Minas Gerais sudeste do Brasil Biota Ne-otropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpeto-logy 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

Nolan JM Robbins MC 2001 Emo-tional Meaning and the Cognitive Orga-nization of Ethnozoological Domains Journal of Linguistic Anthropology 11240ndash249

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagar-tixas concepccedilotildees sobre lagartos entre estudantes do Ensino Meacutedio em For-taleza Cearaacute Brasil Ciecircncia amp Edu-caccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Pinto MF Mouratildeo JS Alves RRN 2013 Ethnotaxonomical considera-tions and usage of ichthyofauna in a fishing community in Cearaacute Sta-te Northeast Brazil Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine 917 doi1011861746-4269-9-17

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Raddi G 1820 Di alcune specie di ret-tili e piante brasiliane Memoria di Giu-seppe Raddi Memorie di Matematica e di Fisica della Societagrave Italiana delle Scienze Presso la Societagrave Tipografica Modena

Rhodin AGJ Iverson JB Bour R Fritz U Georges A Shaffer HB Van Dijk PP 2017 Turtles of the world annotated checklist and atlas of taxo-nomy synonymy distribution and conservation status Chelonian Rese-arch Monographs 71ndash292

135

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Silva JL Mota-da-Silva A Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Amazonia Revista da Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical 531ndash6 doi1015900037-8682-0305-2019

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidis HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Satildeo Paulo

Editor Deacutelio Baecircta

136

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Lista dos Nomes Populares dos Reacutepteis no Brasil ndash Primeira Versatildeo REPTILIA (Reacutepteis)

Anexo 1

Acanthochelys macrocephala (Rhodin Mittermeier amp McMorris 1984)Nomes populares Caacutegado Tartaruga-do-Pantanal

Acanthochelys radiolata (Mikan 1820) - Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Amarelo Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Acanthochelys spixii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua-Doce Caacutegado-de-Canaleta Caacutegado-de-Pescoccedilo-Espi-nhudo Caacutegado-do-Cerrado Caacutegado-Feio Caacutegado-Preto Tartaruga-Bunda

Caretta caretta (Linnaeus 1758)Nomes populares Avoacute-de-Aruanatilde Cabeccedila-Grande Cabeccediluda Careba-Amarela Carebadura Ca-reba-Dura Tartaruga Tartaruga-Amarela Tartaruga-Avoacute Tartaruga-Cabeccediluda Tartaruga-Ca-rei Tartaruga-Marinha-Comum Tartatura-Meio-Pente Tartaruga-Mesticcedila

Chelonia mydas (Linnaeus 1758)Nomes populares Aruanatilde Depeia Falso-Carei Jereba Succediluarana Tartaruga-Apedrecircs Tartaru-ga-de-Sopa Tartaruga-do-Mar Tartaruga-Marinha Tartaruga-Marinha-Comum Tartaruga-Pe-drecircs Tartaruga-Verde Uruanatilde

Chelonoidis carbonarius (Spix 1824)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Piranga Jabuti-Vermelho

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus 1766)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Amarelo Jabuti-Tinga

Chelus fimbriata (Schneider 1783)Nomes populares Caacutegado Matamataacute Mata-Mataacute

TESTUDINES (Caacutegados Jabutis e Tartarugas)

137

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dermochelys coriacea (Vandelli 1761)Nomes populares Careba-Gigante Careba-Mole Tartaruga-de-Cerro Tartaruga-de-Couro Tar-taruga-de-Leste Tartaruga-de-Quilha Tartaruga-Gigante Tartaruga-Preta

Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766)Nomes populares Tartaruga-de-Escamas Tartaruga-de-Pente Tartaruga-do-Mar Tartaruga--Verdadeira Verdadeiro-Carei

Hydromedusa maximiliani (Mikan 1825)Nomes populares Caacutegado-da-Serra Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Hydromedusa tectifera Cope 1870Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccedila-de-Cobra Caacutegado-de-Pescoccedilo-Comprido

Kinosternon scorpioides (Linnaeus 1766)Nomes populares Cabeccediludinho Caacutegado Juraraacute Muccediluatilde Peito-de-Mola

Lepidochelys olivacea (Eschscholtz 1829)Nomes populares Falsa-Careta Tartaruga-Comum Tartaruga-Oliva Tartaruga-Pequena Tarta-ruga-Verde Xibirro

Mesoclemmys gibba (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Poccedilas Caacutegado-de-Poccedilas-da-Floresta

Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2001)Nomes populares Caacutegado Perema-da-Cabeccedila-Amarela

Mesoclemmys hogei (Mertens 1967)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Hoge Caacutegado-de-Hogei Caacutegado-do-Paraiacuteba Caacutegado-do--Paraiacuteba-do-Sul

Mesoclemmys nasuta (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado-da-Cabeccedila-de-Sapo Lalaacute

Mesoclemmys perplexa Bour amp Zaher 2005Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Goiano

Mesoclemmys raniceps (Gray 1856)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Cabeccedila-de-Sapo-Comum Lalaacute

Mesoclemmys tuberculata (Luumlderwaldt 1926)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua Caacutegado-do-Nordeste Caacutegado-Caramujeiro

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour 1973)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccediludo Galaacutepago Tartaruga-Cabeccedila-de-Sapo

138

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Peltocephalus dumerilianus (Schweigger 1812)Nomes populares Acanguaccedilu Cabeccediluda Cabeccediludo Capitari (machos) Juraraacute Peindu Tartaru-ga-Arara Tartaruga-de-Bico-de-Arara

Phrynops geoffroanus (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Barbelas-Pintado Caacutegado-de-Bar-bicha Caacutegado-de-Barbixa Caacutegado-de-Esgoto Caacutegado-de-Ferradura-Comum Caacutegado-do-Rio Cangapara Lalaacute Tartaruga-do-Pescoccedilo-de-Cobra

Phrynops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado-Comum Caacutegado-de-Barbelas-Cinzento Caacutegado-de-Barbilhatildeo

Phrynops tuberosus (Peters 1870)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbicha Caacutegado-Rajado Cangapara

Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983Nomes populares Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Ferradura Caacutegado-de-Ferradura-Sulino

Platemys platycephala (Schneider 1792)Nomes populares Caacutegado Charapa Charapita Charapita-de-Aguajal Charapita-de-Altura Cha-ta Jabuti-Machado Jabuti-Mato-Grossense Lalaacute Machado Perema Quetijaacutepa

Podocnemis erythrocephala (Spix 1824)Nomes populares Calalumatilde Irapuca

Podocnemis expansa (Schweigger 1812)Nomes populares Capitari Tartaruga-da-Amazocircnia Viraccedilatildeo

Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849Nomes populares Cambeacuteua Iaccedilaacute Pitiuacute

Podocnemis unifilis Troschel 1848Nomes populares Tracajaacute Zeacute-Prego

Rhinemys rufipes (Spix 1824)Nome popular Caacutegado-Vermelho

Rhinoclemmys punctularia (Daudin 1801)Nomes populares Aperema Caacutegado Jabuti-Aperema Juraraacute Muccediluatilde Perema

Trachemys adiutrix Vanzolini 1995Nomes populares Caacutegado Capininga Juraraacute Juraraca Pininga

Trachemys dorbigni (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Tartaruga Tartaruga-Imperial Tartaruga-Verdadeira Tartaruga-Verde-e--Amarela Tigre-Drsquoaacutegua Tigre-Drsquoaacutegua-Amarelo

139

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

CROCODYLIA (Jacareacutes)

Caiman crocodilus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacaretinga Jacareacute-Tinga Tinga

Caiman latirostris (Daudin 1801)Nomes populares Jacareacute-Comum Jacareacute-do-Papo-Amarelo Jacareacute-de-Papo-Amarelo Jacareacute--Oriental

Caiman yacare Daudin 1801Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacareacute-do-Paraguai

Melanosuchus niger (Spix 1825)Nomes populares Jacareacute-Accediluacute Jacareacute-Preto

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier 1807)Nomes populares Cocodrilo Crocodilo Jacareacute-Anatildeo Jacareacute-Coroa Jacareacute-do-Buraco Jacareacute--Enferrujado Jacareacute-Ferro Jacareacute-Mirim Jacareacute-Paguaacute Jacareacute-Pedra Jacareacute-Preto Jacareacute-U-na Jacareacute-Vermelho Pretinho Tiritiri

Paleosuchus trigonatus (Schneider 1801)Nomes populares Caimatildeo-de-Cara-Lisa Jacareacute-de-Cara-Lisa Jacareacute-Pedra Jacareacute-Coroa Jacareacute-Curuaacute

AMPHISBAENIA (Cobras-de-Duas-Cabeccedilas Cobras-Cegas e Matildees-da-Sauacuteva)

Amphisbaena absaberi (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena acrobeles (Ribeiro Castro-Mello amp Nogueira 2009)Nome popular desconhecido

Amphisbaena alba Linnaeus 1758Nomes populares Boiacica Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Amarela-Grande Cobra-de--Duas-Cabeccedilas Matildee-da-Sauacuteva Minhocatildeo

Amphisbaena amazonica Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena anaemariae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena anomala (Barbour 1914)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena arda Rodrigues 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena arenaria Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bahiana Vanzolini 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bedai (Vanzolini 1991)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bilabialata (Stimson 1972)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brasiliana (Gray 1865)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brevis Struumlssmann amp Mott 2009Nome popular desconhecido

Amphisbaena caiari Teixeira Jr Dal Vechio Mollo Neto amp Rodrigues 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena camura Cope 1862Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carli Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2010Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carvalhoi Gans 1965Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena crisae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena cuiabana (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Cuiabaacute

Amphisbaena cunhai Hoogmoed amp Avila-Pires 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

141

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena darwinii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Uruguaia

Amphisbaena dubia Muumlller 1924Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena filiformis Ribeiro Gomes Silva Cintra amp Silva Jr 2016Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena frontalis Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena fuliginosa Linnaeus 1758Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena hastata Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena heathi Schmidt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena hiata Montero amp Ceacutespedez 2002Nome popular desconhecido

Amphisbaena hogei Vanzolini 1950Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena ibijara Rodrigues Andrade amp Lima 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena ignatiana Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kingii (Bell 1833)Nomes populares Anfisbena-de-Crista Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kraoh (Vanzolini 1971)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leeseri Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leucocephala Peters 1878Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

142

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena littoralis Roberto Brito amp Aacutevila 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini 1996Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena maranhensis Gomes amp Maciel 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mertensii Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Mertens Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena metallurga Costa Resende Teixeira Jr Dal Vechio amp Clemente 2015Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena miringoera Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mitchelli Procter 1923Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena munoai Klappenbach 1966Nomes populares Anfisbena-Pequena Cobra-Cega-Branca Cobra-Cega-Pequena Cobra-Cega--Uruguaia-Pequena

Amphisbaena neglecta Dunn amp Piatt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena nigricauda Gans 1966Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena persephone Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena pretrei Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena prunicolor (Cope 1885)Nomes populares Anfisbena-Marrom Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Marrom

Amphisbaena ridleyi Boulenger 1890Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena roberti Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

143

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena sanctaeritae Vanzolini 1994Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena saxosa (Castro-Mello 2003)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena silvestrii Boulenger 1902Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Cuiabana

Amphisbaena slevini Schmidt 1938Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena steindachneri Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena supernumeraria Mott Rodrigues amp Santos 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena talisiae Vanzolini 1995Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Pitomba

Amphisbaena trachura Cope 1885Nomes populares Anfisbena-Comum Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Comum Cobra-de--Duas-Cabeccedilas-Grande Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena tragorrhectes Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena uroxena Mott Rodrigues Freitas amp Silva 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena vanzolinii Gans 1963Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena varia Laurenti 1768Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega Matildee-de-Sauacuteva

Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena wiedi Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Leposternon cerradensis Ribeiro Vaz-Silva amp Santos-Jr 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado

144

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Leposternon infraorbitale (Bertold 1859)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon kisteumacheri Porto Soares amp Caramaschi 2000Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon maximus Ribeiro Nogueira Cintra Silva Jre Zaher 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon microcephalum Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon octostegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon polystegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon scutigerum (Hemprich 1820)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon wuchereri (Peters 1879)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Mesobaena rhachicephala Hoogmoed Pinto Rocha amp Pereira 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

ldquoLAGARTOSrdquo (Bribas Calangos Camaleotildees Cobras-de-Vidro Lagartos e Lagartixas)

Acratosaura mentalis (Amaral 1933)Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Acratosaura spinosa Rodrigues Cassimiro Freitas amp Silva 2009Nome popular Lagarto-Espinhoso

Alexandresaurus camacan Rodrigues Pellegrino Dixo Verdade Pavan Argocirclo amp Sites 2007Nome popular desconhecido

Alopoglossus angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Briba Lagartinho-do-Olho-Vermelho Lagartixa Lagarto-da-Terra Lagarto--do-Folhiccedilo

145

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Alopoglossus atriventris Duellman 1973Nome popular desconhecido

Alopoglossus buckleyi (OrsquoShaughnessy 1881)Nome popular desconhecido

Amapasaurus tetradactylus Cunha 1970Nome popular desconhecido

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)Nomes populares Bico-Doce Calango-Bico-Doce Calango-Tijibu Tijibu Calango Calango-Ver-de Camaleatildeo-Ferro Jacareacute-Pinima Lagarto Lagarto-Verde Sardatildeo-Grande Tejubina Tijubina

Ameiva jacuba Giugliano Nogueira Valdujo Collevatti amp Colli 2013Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameiva parecis (Colli Costa Garda Kopp Mesquita Peacuteres Valdujo Vieira amp Wiederhecker 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha Lagarto

Ameivula cipoensis Arias Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Ameivula confusioniba (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nomes populares Calango Calango-ligeiro Tejubina Tijubina

Ameivula jalapensis (Colli Giugliano Mesquita amp Franccedila 2009)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula mumbuca (Colli Caldwell Costa Gainsbury Garda Mesquita Filho Soares Silva Valdujo Vieira Vitt Werneck Wiederhecker amp Zatz 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccinini-Seale 1997)Nomes populares Lagartinho-de-Linhares Lagartinho-Nativo

Ameivula nigrigula (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular desconhecido

Ameivula ocellifera (Spix 1825)Nomes populares Calango Calango-da-Praia Calango-Ligeiro Calango-Listrado Calango-Pe-queno Calango-Tijubina Calanguinho Calanguinho-Pintado Calanguinho-Sardatildeo-Pequeno Calanguinho-Verde Tijubina

Ameivula pyrrhogularis (Silva amp Avila-Pires 2013)Nomes populares Calango Calango-Ligeiro Calango-Tijubina Tijubina

146

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Ameivula xacriaba Arias Teixeira Jr Recoder Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Anisolepis grilli Boulenger 1891Nomes populares Camaleatildeo Lagartinho Lagartixa-das-Uvas Papa-Vento Papa-Vento-Comum Papa-Vento-do-Rabo-Rajado

Anisolepis longicauda (Boulenger 1891)Nome popular desconhecido

Anisolepis undulatus (Wiegmann 1834)Nomes populares Lagartixa Papa-Vento Papa-Vento-do-Sul

Anolis auratus (Daudin 1802)Nome popular Papa-Vento

Anolis bombiceps Cope 1875Nome popular Papa-Vento

Anolis brasiliensis Vanzolini amp Williams 1970Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis chrysolepis Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Calango Camaleatildeo Papa-Vento

Anolis fuscoauratus (DrsquoOrbigny 1837 in Dumeacuteril amp Bibron 1837)Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis meridionalis Boettger 1885Nomes populares Calango-Bandeira Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Anolis ortonii Cope 1868Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis planiceps Troschel 1848Nome popular Papa-Vento

Anolis scypheus Cope 1864Nome popular Papa-Vento

Anolis tandai Avila-Pires 1995Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis trachyderma Cope 1875Nome popular Papa-vento

147

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Anolis williamsii (Bocourt 1870)Nome popular Papa-Vento

Anotosaura collaris Amaral 1933Nome popular desconhecido

Anotosaura vanzolinia Dixon 1974Nome popular desconhecido

Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude 1904)Nomes populares Calango Lagartinho-Listrado Lagarto-do-Folhiccedilo

Arthrosaura reticulata (OrsquoShaughnessy 1881)Nomes populares Calango Lagartinho-Reticulado Lagartixa Lagarto-do-Folhiccedilo

Aspronema dorsivittatum (Cope 1862)Nomes populares Calango-Liso Lagartixa-Brilhante Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-Doura-da Lagarto-Liso Scinco-Comum Scinco-Dourado

Bachia bresslaui (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia cacerensis Castrillon amp Struumlssmann 1998Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia didactyla Freitas Struumlssmann Carvalho Kawashita-Ribeiro amp Mott 2011Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia dorbignyi (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia flavescens (Bonnaterre 1789)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-da-Terra Lagarto-sem-Pata

Bachia geralista Teixeira Jr Recoder Camacho Sena Navas amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia micromela Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia oxyrhina Rodrigues Camacho Nunes Recoder Teixeira Jr Valdujo Ghellere Mott amp Nogueira 2008Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia panoplia Thomas 1965Nome popular desconhecido

148

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bachia peruana (Werner 1901)Nome popular desconhecido

Bachia psamophila Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia pyburni Kizirian amp McDiarmid 1998Nome popular desconhecido

Bachia remota Ribeiro-Juacutenior Silva amp Lima 2016Nome popular desconhecido

Bachia scaea Teixeira Jr Dal Vechio Nunes Mollo Neto Lobo Storti Gaiga Dias amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia scolecoides Vanzolini 1961Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-Sem-Pata

Bachia trisanale (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823)Nomes populares Briba Calango-Liso Cobra-de-Vidro Lagartixa-de-Vidro Lagarto-Liso

Brasiliscincus caissara (Rebouccedilas-Spieker 1974)Nome popular Calango-Liso-da-Restinga

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)Nomes populares Briba Calango-Liso Lagarto-do-Folhiccedilo

Calyptommatus confusionibus Rodrigues Zaher amp Curcio 2001Nome popular Lagarto-Escrivatildeo

Calyptommatus leiolepis Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus nicterus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Caparaonia itaiquara Rodrigues Cassimiro Pavan Curcio Verdade amp Pellegrino 2009Nome popular desconhecido

149

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cercosaura argula Peters 1862Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura bassleri Ruibal 1952Nome popular desconhecido

Cercosaura eigenmanni (Griffin 1917)Nomes populares Calango-da-Maacutescara-Branca Calanguinho-de-Maacutescara Lagartinho-de-Maacutes-cara Lagartinho-de-Maacutescara-Branca Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura ocellata Wagler 1830Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho Lagartinho-Listra-do Lagartinho-Pintado Lagartixa Lagartixa-Listrada Lagarto-do-folhiccedilo Teiuacute-Pigmeu

Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger 1885)Nome popular Lagarto-da-Terra

Cercosaura parkeri (Ruibal 1952)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo-do-Pantanal

Cercosaura quadrilineata Boettger 1876Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-do-Rabo-Grande Lagartixa-de-Quatro--Listras

Cercosaura schreibersii Wiegmann 1834Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-de-Maacutescara Lagartinho-do-Rabo-Gran-de Lagartinho-Liso Lagartixa Lagartixa-Comum Lagartixa-Marrom

Chatogekko amazonicus (Andersson 1918)Nomes populares Lagartixa Lagartixinha

Cnemidophorus cryptus Cole amp Dessauer 1993Nomes populares Calango Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Violeiro

Cnemidophorus gramivagus McCrystal amp Dixon 1987Nome popular Calango

Cnemidophorus lemniscatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-Azul Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Lagartixa--Azul Lagartinho-Listrado

Coleodactylus brachystoma (Amaral 1935)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixinha-Anatilde

150

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Coleodactylus elizae Gonccedilalves Torquato Skuk amp Sena 2012Nome popular desconhecido

Coleodactylus meridionalis (Boulenger 1888)Nomes populares Briba Calanguinho Lagartixa Lagartinho Lagartixinha-Anatilde Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus natalensis Freire 1999Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus septentrionalis Vanzolini 1980Nome popular desconhecido

Colobodactylus dalcyanus Vanzolini amp Ramos 1977Nome popular Lagartinho-do-folhedo

Colobodactylus taunayi Amaral 1933Nome popular desconhecido

Colobosaura modesta (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-cobra Calanguinho Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo La-garto Lagarto-do-Folhiccedilo

Colobosauroides carvalhoi Soares amp Caramaschi 1998Nome popular desconhecido

Colobosauroides cearensis Cunha Lima-Verde amp Lima 1991Nome popular desconhecido

Contomastix lacertoides (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagartixa-Listrada Lagartixa-Verde Tiuacute-da-Areia Lagartinho-Listrado-da--Restinga

Contomastix vacariensis (Feltrim amp Lema 2000)Nomes populares Lagartinho-de-Vacaria Lagartinho-Pintado Lagartinho-Pintado-do-Campo Lagartixa-Pintada

Copeoglossum arajara (Rebouccedilas-Spieker 1981)Nome popular Calango-Liso

Copeoglossum nigropunctatum (Spix 1825)Nomes populares Briba-Brilhante Calango Calango-Cobra Calango-Liso Lagarto-Brilhante Lagarto-de-Vidro Lagarto-Liso Viacutebora

Crocodilurus amazonicus (Spix 1825)Nomes populares Calango-Drsquoaacutegua Jacarerana Jacaruxi

151

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dactyloa dissimilis (Williams 1965)Nome popular Papa-Vento

Dactyloa nasofrontalis (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-Vento

Dactyloa phyllorhina (Myers amp Carvalho 1945)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa punctata (Daudin 1802)Nomes populares Anoles Calango-Verde Camaleatildeo Lagartixa-Verde-da-Amazocircnia Lagarto--Verde Papa-Vento

Dactyloa transversalis (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular Papa-Vento

Diploglossus fasciatus (Gray 1831)Nomes populares Briba Calango-Coral Calango-Liso Cobra-de-Patas Lagarto-Coral Viacutebora

Diploglossus lessonae Peracca 1890Nomes populares Briba Briba-que-Vira-Cobra Calango-Coral Calango-Liso Lagarto-Coral

Dracaena guianensis Daudin 1801Nomes populares Cabeccedila-Encarnada Jacarerana Jacaruxi Jacuruxi Lagarto-Jacareacute

Dracaena paraguayensis Amaral 1950Nomes populares Lagarto-Jacareacute Viacutebora-do-Pantanal

Dryadosaura nordestina Rodrigues Freire Pellegrino amp Sites 2005Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Ecpleopus gaudichaudii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Lagartinho-da-Mata Lagartinho-do-Rabo-Liso Lagartinho-da-Serra-do-Mar

Enyalioides laticeps (Guichenot 1855)Nome popular Papa-Vento

Enyalioides palpebralis (Boulenger 1883)Nome popular desconhecido

Enyalius bibronii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Lagarto-verde Papa-Vento

152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Enyalius bilineatus Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Camaleatildeozinho-do-Cerrado Camaleatildeozinho-de-Duas-Lis-tras Papa-Vento

Enyalius boulengeri Etheridge 1969Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius brasiliensis (Lesson 1828)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius catenatus (Wied 1821)Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius erythroceneus Rodrigues Freitas Silva amp Bertolotto 2006Nome popular desconhecido

Enyalius iheringii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Iguaninha Iguaninha-Verde Papa-Vento Sinimbuacute-Verde

Enyalius leechii (Boulenger 1885)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius perditus Jackson 1978Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius pictus (Schinz 1822)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Eurolophosaurus amathites (Rodrigues 1984) Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus divaricatus (Rodrigues 1986)Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus nanuzae (Rodrigues 1981)Nome popular desconhecido

Exila nigropalmata (Andersson 1918)Nome popular desconhecido

Glaucomastix abaetensis (Dias Rocha amp Vrcibradic 2002)Nomes populares Calango-do-Abaeteacute Lagartinho-de-Abaeteacute Lagartixa-de-Abaeteacute

Glaucomastix cyanura (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango

153

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Glaucomastix littoralis (Rocha Arauacutejo Vrcibradic amp Costa 2000)Nome popular Lagarto-da-Cauda-Verde

Glaucomastix venetacauda (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango-da-Cauda-Azulada

Gonatodes annularis Boulenger 1887Nomes populares Briba Lagartixa Osga

Gonatodes eladioi Nascimento Avila-Pires amp Cunha 1987Nomes populares Briba Lagartixa

Gonatodes hasemani Griffin 1917Nomes populares Lagartinho-Pintado Lagartixa

Gonatodes humeralis (Guichenot 1855)Nomes populares Lagartinho-Bicudo Lagartinho-Colorido Lagartinho-Pintado Lagartixa La-gartixa-da-Mata Lagartixinha-Amazocircnica Lagarto Lagarto-do-Folhiccedilo

Gonatodes nascimentoi Sturaro amp Avila-Pires 2011Nome popular Lagartixa

Gonatodes tapajonicus Rodrigues 1980Nome popular Lagartixa

Gymnodactylus amarali Barbour 1925Nomes populares Briba Lagartixa

Gymnodactylus darwinii (Gray 1845)Nomes populares Lagartixa Lagartixa-da-Mata Lagartixa-Nativa

Gymnodactylus geckoides Spix 1825Nomes populares Briba Lagartinho Lagartixa Lagartixa-do-Cerrado

Gymnodactylus guttulatus Vanzolini 1982Nome popular Briba

Gymnodactylus vanzolinii Cassimiro amp Rodrigues 2009Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus leucomystax Vanzolini amp Carvalho 1991Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus underwoodi Grant 1958Nome popular desconhecido

154

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Gymnophthalmus vanzoi Carvalho 1999Nome popular Briba

Hemidactylus agrius Vanzolini 1978Nomes populares Briba Lagartixa Osga Viacutebora

Hemidactylus brasilianus (Amaral 1935)Nomes populares Briba Briba-do-Rabo-Grosso Lagartixa Lagartixa-do-Rabo-Grosso

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnegraves 1818)Nomes populares Briba Briba-da-Casa Briba-de-Casa Camaleatildeo Crocodilinho-de-Parede Ge-co-das-Casas Jacareacute-de-Parede Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Africana Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-de-Casa Lagartixa-de-Cobreiro Lagartixa-de-Parede Lagartixa-Domeacutestica Lagarti-xa-Domeacutestica-Tropical Osga Sardatildeo Taruiacutera Viacutebora

Hemidactylus palaichthus Kluge 1969Nomes populares Briba Jacareacute-de-Parede Lagartixa Lagartixa-da-Parede Osga

Heterodactylus imbricatus Spix 1825Nome popular desconhecido

Heterodactylus lundii Reinhardt amp Luetken 1862Nome popular Briba Calango-que-Vira-Cobra Cobra-de-Peacute Cobra-de-Vidro Cobrinha

Heterodactylus septentrionalis Rodrigues Freitas amp Silva 2009Nome popular desconhecido

Homonota uruguayensis (Vaz-Ferreira amp Sierra de Soriano 1961)Nomes populares Camaratildeozinho Geco-do-Campo Geco-dos-Campos Geco-Uruguaio

Hoplocercus spinosus Fitzinger 1843Nomes populares Jacarezinho-da-Chapada Jacarezinho-do-Cerrado Lagarto-Espinhoso La-garto-de-Cauda-Espinhosa Lagarto-de-Cauda-Espinhuda Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Lagarto--Roseta Pitoco Rabo-de-Roseta

Iguana iguana (Linnaeus 1758)Nomes populares Camaleatildeo Iguana Iguana-Verde Sinimbu Tejubuacute Tijubuacute

Iphisa elegans Gray 1851Nomes populares Briba Calango Calango-Cobra Lagartinho-de-Folhiccedilo Lagartixa Lagarto-da--Terra Lagarto-de-Folhiccedilo

Kentropyx altamazonica (Cope 1875)Nomes populares Calango Calango-Verde Calanguinho Iguaninha Lagarto

155

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Kentropyx calcarata Spix 1825Nomes populares Calango Calango-Drsquoaacutegua Calango-da-Mata Calango-Verde Calanguinho La-garto Lagarto-da-Mata

Kentropyx paulensis (Boettger 1893)Nomes populares Calango Calanguinho

Kentropyx pelviceps Cope 1868Nomes populares Calango Chicote-da-Floresta Lagarto

Kentropyx striata (Daudin 1802)Nomes populares Calango Lagarto

Kentropyx vanzoi Gallagher amp Dixon 1980Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-Listrado

Kentropyx viridistriga (Boulenger 1894)Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-de-Listras-Verdes

Lepidoblepharis heyerorum Vanzolini 1978Nome popular desconhecido

Lepidoblepharis hoogmoedi Avila-Pires 1995Nome popular desconhecido

Leposoma annectans Ruibal 1952Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Leposoma baturitensis Rodrigues amp Borges 1997Nome popular desconhecido

Leposoma nanodactylus Rodrigues 1997Nome popular desconhecido

Leposoma puk Rodrigues Dixo Pavan amp Verdade 2002Nome popular desconhecido

Leposoma scincoides Spix 1825Nome popular Lagartinho Teiuacute-Pigmeu

Leposoma sinepollex Rodrigues Teixeira Jr Recoder Dal Vechio Damasceno amp Pellegrino 2013Nome popular desconhecido

Liolaemus arambarensis Verrastro Veronese Bujes amp Dias-Filho 2003Nome popular Lagartixa-das-Dunas

156

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Liolaemus lutzae Mertens 1938Nomes populares Lagartixa-de-Areia Lagartinho-Branco-da-Areia Lagartinho-Branco-da-Praia

Liolaemus occipitalis Boulenger 1885Nomes populares Lagartinho-das-Dunas Lagartinho-da-Praia Lagartixa-da-Areia Lagartixa--das-Dunas Lagartixa-da-Praia

Loxopholis ferreirai (Rodrigues amp Avila-Pires 2005)Nome popular desconhecido

Loxopholis guianense (Ruibal 1952)Nomes populares Briba Calango Lagartixa

Loxopholis osvaldoi (Avila-Pires 1995)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Loxopholis percarinatum (Muumlller 1923)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Loxopholis snethlageae (Avila-Pires 1995)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Lygodactylus klugei (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Bribinha Lagartixa-Anatilde Osguinha

Lygodactylus wetzeli (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Briba Lagartixa-Anatilde

Manciola guaporicola (Dunn 1935)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

Marinussaurus curupira Peloso Pellegrino Rodrigues amp Avila-Pires 2011Nome popular desconhecido

Micrablepharus atticolus Rodrigues 1996Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-de-Rabo-Azul

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-Cauda--Azul Piolho-de-Cobra

Neusticurus bicarinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Lagartinho-de-Maacutescara-Alaranjada Lagarto-de-Folhiccedilo

Neusticurus racenisi Roze 1958Nome popular desconhecido

157

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Neusticurus rudis Boulenger 1900Nome popular Calango-Drsquoaacutegua

Nothobachia ablephara Rodrigues 1984Nome popular desconhecido

Notomabuya frenata (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-Liso Lagartixa Lagarto-Liso Scinco-Chacoense Scinco--Cinzento Scinco-Prateado

Ophiodes enso Entiauspe-Neto Marques-Quintela Regnet Teixeira Silveira amp Loebmann 2017Nome popular desconhecido

Ophiodes fragilis (Raddi 1820)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes striatus (Spix 1825)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes yacupoi Gallardo 1966Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Panopa carvalhoi (Rebouccedilas-Spieker amp Vanzolini 1990)Nome popular Lagarto-Liso

Phyllopezus lutzae (Loveridge 1941)Nome popular Briba Lagartixa-de-Bromeacutelia

Phyllopezus periosus Rodrigues 1986Nomes populares Briba Briba-Gigante Lagartixa

Phyllopezus pollicaris (Spix 1825)Nomes populares Briba Briba-de-Parede Lagartixa Lagartixa-de-Parede Lagartixa-de-Pedra Sardatildeo Viacutebora

Phyllopezus przewalskii Koslowsky 1895Nomes populares Lagartixa-de-Pedra Lagartixa-do-Cerrado

158

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Placosoma cipoense Cunha 1966Nome popular Lagartinho-do-Cipoacute

Placosoma cordylinum Tschudi 1847Nome popular desconhecido

Placosoma glabellum (Peters 1870)Nomes populares Lagartinho Lagartinho-do-Rabo-Grande

Placosoma limaverdorum Borges-Nojosa Caramaschi amp Rodrigues 2016Nome popular desconhecido

Plica plica (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-da-Aacutervore Calango-da-Mata Calango-Seringueiro Iguaninha La-garto-de-Aacutervore Tamaquareacute

Plica umbra (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-da-Aacutervore Iguaninha Lagarto-de-Aacutervore Papa-Vento Tamaquareacute

Polychrus acutirostris Spix 1825Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Camaleatildeo Camaleatildeo-Preguiccedila Camaleatildeozi-nho Catatau Falso-Camaleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Polychrus liogaster Boulenger 1908Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Polychrus marmoratus (Linnaeus 1758)Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Calango-Verde Camaleatildeo Catatau Falso-Ca-maleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento Papa-Vento-Verde

Potamites ecpleopus (Cope 1875)Nome popular desconhecido

Potamites juruazensis (Avila-Pires amp Vitt 1998)Nome popular desconhecido

Procellosaurinus erythrocercus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Procellosaurinus tetradactylus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Pseudogonatodes gasconi Avila-Pires amp Hoogmoed 2000Nome popular desconhecido

159

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Pseudogonatodes guianensis Parker 1935Nomes populares Briba Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-Pequeno Lagartixa

Psilops mucugensis Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Nunes Freitas Fernan-des Bocchiglieri Dal Vechio Leite Nogueira Damasceno Pellegrino Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psilops paeminosus (Rodrigues 1991)Nome popular desconhecido

Psilops seductus Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Sales-Nunes Freitas Fer-nandes Bocchiglieri Vechio Fortes-Leite Campos Nogueira Damasceno Machado Pellegrino Suzart-Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psychosaura agmosticha (Rodrigues 2000)Nome popular Viacutebora

Psychosaura macrorhyncha (Hoge 1947)Nome popular Briba Viacutebora

Ptychoglossus brevifrontalis Boulenger 1912Nomes populares Briba Calango Lagartixa Lagarto

Rhachisaurus brachylepis (Dixon 1974)Nomes populares Lagartinho Lagarto-do-Folhiccedilo

Rondonops biscutatus Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pelle-grino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular Lagartinho-de-Folhiccedilo

Rondonops xanthomystax Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pellegrino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular desconhecido

Salvator duseni Loumlnnberg in Loumlnnberg amp Andersson 1910Nomes populares Teiuacute Teiuacute-do-Cerrado Teiuacute-Paraense

Salvator merianae Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Jacuraru Lagarto Lagarto-Comum Lagarto-Tejo Tegu Teiuacute Teiuaccedilu Teiuacute--Accedilu Teiuacute-Branco Teiuacute-Brasileiro Teiuacute-Comum Teiuacute-Gigante Tejo Teju Tejuacute Tejuaccedilu Tejuacute--Accedilu Tejuguaccedilu Tiju Tiuacute Tiuacute-Accedilu

Scriptosaura catimbau Rodrigues amp Santos 2008Nome popular desconhecido

160

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Stenocercus albolineatus Teixeira Jr Prates Nisa Silva Struumlssmann amp Rodrigues 2015Nomes populares Dragatildeozinho Iguaninha-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus azureus (Muumlller 1882)Nomes populares Iguaninha-Azul Lagartixa-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus caducus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Coleira Dragatildeozinho

Stenocercus dumerilii (Steindachner 1867)Nomes populares Calango Dragatildeozinho Iguana-de-Rabo-Curto

Stenocercus fimbriatus Avila-Pires 1995 Nome popular desconhecido

Stenocercus quinarius Nogueira amp Rodrigues 2006Nomes populares Calango Dragatildeozinho Lagarto-de-Chifres

Stenocercus roseiventris DrsquoOrbigny in Dumeacuteril amp Bibron 1837Nome popular desconhecido

Stenocercus sinesaccus Torres-Carvajal 2005Nomes populares Calango Dragatildeozinho

Stenocercus squarrosus Nogueira amp Rodrigues 2006Nome popular desconhecido

Stenocercus tricristatus (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular desconhecido

Stenolepis ridleyi Boulenger 1887Nome popular desconhecido

Strobilurus torquatus Wiegmann 1834Nome popular Lagarto-de-Cauda-Espinhosa Lagartixa

Teius oculatus (DrsquoOrbigny amp Bibron 1837)Nomes populares Lagartixa Lagarto-Verde Teiuacute Teju-Verde Tiuacute-Verdadeiro Tiuacute-Verde

Teius teyou (Daudin 1802)Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-Verde

Thecadactylus rapicauda (Houttuyn 1782)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixa-da-Amazocircnia Osga Osga-Gigante

Thecadactylus solimoensis Bergmann amp Russell 2007Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixatildeo Osga

161

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Trachylepis atlantica (Schmidt 1945)Nome popular Mabuia-de-Noronha

Tretioscincus agilis (Ruthven 1916)Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartinho-de-Rabo-Azul Lagartixa

Tretioscincus oriximinensis Avila-Pires 1995Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartixa

Tropidurus callathelys Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Papa-Vento Calango-de-Pedra-Pintado

Tropidurus catalanensis Gudynas amp Skuk 1983Nomes populares Calango Lagartixa-Cinzenta Lagartixa-Espinhosa Lagartixa-Preta Papa--Vento Tropiduro-Comum

Tropidurus chromatops Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Calango-de-Maacutescara-Azul Papa-Vento

Tropidurus cocorobensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus erythrocephalus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus etheridgei Cei 1982Nomes populares Calango Calango-de-Colar Papa-Vento

Tropidurus guarani Alvarez Cei amp Scolaro 1994Nome popular Calango

Tropidurus helenae (Manzani amp Abe 1990)Nomes populares Calango Labigoacute Lagarto

Tropidurus hispidus (Spix 1825)Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Comum Calango-do-Cerrado Calango-Grande Calango-Urbano Catende Catenga Catexa Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagartixa-Preta--de-Muro Lagarto Papa-Vento

Tropidurus hygomi Reinhardt amp Luetken 1861Nome popular Calango Catende Lagartixa-de-Restinga

Tropidurus imbituba Kunz amp Borges-Martins 2013Nome popular Calango

162

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tropidurus insulanus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus itambere Rodrigues 1987Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Grande Calango-Urbano Papa-Vento

Tropidurus jaguaribanus Passos Lima amp Borges-Nojosa 2011Nome popular Calango-de-Lajeiro

Tropidurus lagunablanca Carvalho 2016Nomes populares Calango Calango-Colorido Calango-Pintadinho Dragatildeozinho-Colorido Papa-Vento

Tropidurus montanus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-da-Montanha Lagarto-da-Pedra

Tropidurus mucujensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus oreadicus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Lagartixa Lagarto Lagarto--da-Pedra Lagarto-de-Parede

Tropidurus pinima (Rodrigues 1984)Nome popular Leixa

Tropidurus psammonastes Rodrigues Kasahara amp Yonenaga-Yasuda 1988Nome popular Calango

Tropidurus semitaeniatus (Spix 1825)Nomes populares Calango-do-Lageiro Catende Lagartixa Lagartixa-do-Lajedo Lagartixa-do--Lajeiro

Tropidurus sertanejo Carvalho Sena Peloso Machado Montesinos Silva Campbell amp Rodri-gues 2016Nome popular Calango

Tropidurus spinulosus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Espinho Papa-Vento

Tropidurus torquatus (Wied 1820)Nomes populares Calango Calango-de-Muro Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagarto Lagarto-da-Pedra Lagarto-de-Parede Taraguira Trauiacutera

163

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tupinambis cryptus Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis cuzcoensis Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis longilineus Avila-Pires 1995Nomes populares Jacuraru Teiuacute Teiuacute-Comprido Teju

Tupinambis palustris Manzani amp Abe 2002Nome popular Teiuacute-Palustre

Tupinambis quadrilineatus Manzani amp Abe 1997Nomes populares Teiuacute Teiuacute-Amarelo Teiuacute-de-Quatro-Linhas Teju

Tupinambis teguixin (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacuaru Jacuraru Jacuruaru Lagartiu Lagarto Tegu Teiuacute Teiuacute-Accedilu Tejo Tejo-Drsquoaacutegua Teju Tejuaccedilu

Uracentron azureum (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Verde Lagarto-Espinhoso Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Tamaquareacute--de-Espinho

Uracentron flaviceps (Guichenot 1855)Nome popular Lagarto-Espinhoso

Uranoscodon superciliosus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Cabeccediludo Dragatildeozinho-Cabeccediludo Iguaninha Lagarto Tamacuareacute Tamaquareacute Tamaquareacute-Drsquoaacutegua

Urostrophus vautieri Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Iguana-Rajada Papa-Vento Papa-Vento-de-Barriga-Listrada

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura rubricauda (Boulenger 1902)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura savanicola Recoder Werneck Teixeira Jr Colli Sites amp Rodrigues 2014Nomes populares Calango-da-Savana Calango-Listrado Lagarto-de-Rabo-Vermelho

Varzea altamazonica (Miralles Barrio-Amoroacutes Rivas amp Chaparro-Auza 2006)Nome popular Calango

164

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Varzea bistriata (Spix 1825)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

SERPENTES (Cobras amp Serpentes)

Amerotyphlops amoipira (Rodrigues amp Juncaacute 2002)Nome popular Cobra-Cega-das-Dunas

Amerotyphlops arenensis Graboski Pereira-Filho Silva Prudente amp Zaher 2015Nome popular desconhecido

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini 1976)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-de-Espinho-Comum Cobra-Cega-de-Espinho-Mar-rom Cobra-Cega-Marrom Cobra-da-Terra

Amerotyphlops minuisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops paucisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops reticulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Minhoca Minhocatildeo

Amerotyphlops yonenagae (Rodrigues 1991)Nome popular Cobra-Cega-do-Satildeo-Francisco

Amnesteophis melanauchen (Jan amp Sordelli 1866)Nome popular desconhecido

Anilius scytale (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Coral Coral-DrsquoAacutegua Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis adhara Franccedila Barbo Silva-Juacutenior Silva amp Zaher 2018Nome Popular desconhecido

Apostolepis albicollaris Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ambiniger (Peters 1869)Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ammodites Ferrarezzi Barbo amp Albuquerque 2005Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

165

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis arenaria Rodrigues 1992Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

Apostolepis assimilis (Reinhardt 1861)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto Coral-Falsa Falsa--Coral

Apostolepis borelli Peracca 1904Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis cearensis Gomes 1915Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Coral-Falsa Coralzinha Falsa-Coral

Apostolepis cerradoensis Lema 2003Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis christineae Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis dimidiata (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis flavotorquata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Apostolepis gaboi Rodrigues 1992Nome popular Cobra-Rainha-das-Dunas

Apostolepis goiasensis Prado 1942Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis intermedia Koslowsky 1898Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis kikoi Santos Entiauspe-Neto Silva-Arauacutejo Souza Lema Struumlssmann amp Albuquer-que 2018 - Nome Popular desconhecido

Apostolepis lineata Cope 1887Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis longicaudata Gomes in Amaral 1921Nome popular Cobra-da-Terra Cobrinha-da-Terra

Apostolepis nelsonjorgei Lema amp Renner 2004Nome popular Cobrinha-da-Terra

166

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis nigrolineata (Peters 1869)Nomes populares Cobra-Cega Falsa-Coral

Apostolepis nigroterminata Boulenger 1896Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis phillipsi Harvey 1999Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis polylepis Amaral 1922Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis quinquelineata Boulenger 1896Nome popular Cobra-da-Terra

Apostolepis quirogai Giraudo amp Scrocchi 1998Nome popular Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto

Apostolepis roncadori Lema 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis serrana Lema amp Renner 2006Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-da-Serra-do-Roncador

Apostolepis striata Lema 2004Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-Estriada

Apostolepis tertulianobeui Lema 2004Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis thalesdelemai Borges-Nojosa Lima Bezerra amp Harris 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis vittata (Cope 1887)Nome popular Cobrinha-da-Terra

Atractus aboiporu Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus albuquerquei Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus alphonsehogei Cunha amp Nascimento 1983Nome popular desconhecido

167

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus altagratiae Passos amp Fernandes 2008Nome popular desconhecido

Atractus badius (Boie 1827)Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus boimirim Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus caete Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra-da-Floresta

Atractus caxiuana Prudente amp Santos-Costa 2006Nome popular desconhecido

Atractus collaris Peracca 1897 Nome Popular desconhecido

Atractus dapsilis Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus edioi Silva Jr Silva Ribeiro Souza amp Souza 2005Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus elaps (Guumlnther 1858)Nome popular desconhecido

Atractus emmeli (Boettger 1888)Nome Popular desconhecido

Atractus flammigerus (Boie 1827)Nome popular desconhecido

Atractus francoi Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus guentheri (Wucherer 1861)Nome popular Coral-Falsa

Atractus hoogmoedi Prudente amp Passos 2010Nome popular desconhecido

Atractus insipidus Roze 1961Nome popular desconhecido

168

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus latifrons (Guumlnther 1868)Nomes populares Coral Falsa-Coral

Atractus maculatus (Guumlnther 1858)Nome popular Coral-Falsa

Atractus major Boulenger 1894Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral

Atractus natans Hoogmoed amp Prudente 2003Nome popular desconhecido

Atractus pantostictus Fernandes amp Puorto 1994Nome popular Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus paraguayensis Werner 1924Nomes populares Cobra-Coral-da-Terra Cobra-de-Terra-Listrada Cobrinha-da-Terra Falsa--Coral

Atractus poeppigi (Jan 1862)Nome popular desconhecido

Atractus potschi Fernandes 1995Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus reticulatus (Boulenger 1885)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Cobra-de-Terra-Comum Cobra-Reticulada Cobra-Tijolo Cobrinha-da-Terra Fura-Terra Fura-Terra-Reticulada

Atractus riveroi Roze 1961Nome popular desconhecido

Atractus ronnie Passos Fernandes amp Borges-Nojosa 2007Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus serranus Amaral 1930Nome popular desconhecido

Atractus snethlageae Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus spinalis Passos Teixeira Jr Recoder Sena Dal Vechio Pinto Mendonccedila Cassimiro amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

169

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus surucucu Prudente amp Passos 2008Nome popular desconhecido

Atractus tartarus Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus thalesdelemai Passos Fernandes amp Zanella 2005Nomes populares Cobra-da-Terra-do-Sul Cobrinha-da-Terra

Atractus torquatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Atractus trefauti Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus trihedrurus Amaral 1926Nome popular Cobra-da-Terra Coral Coral-Falsa

Atractus trilineatus Wagler 1828Nome popular desconhecido

Atractus zebrinus (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Rajada Cobrinha-da-Terra Coral-Falsa Fura-Terra

Atractus zidoki Gasc amp Rodrigues 1979Nome popular desconhecido

Boa constrictor Linnaeus 1758Nomes populares Anaconda Boiuccedilu Cobra-de-Veado Ctaia Jauacanga Jiboia Jiboia-Branca Jiboia-Cinzenta Jiboia-da-Cauda-Vermelha Jiboia-do-Cerrado Kuong-Kuong Salamanta-Boi Suaccedilu

Boiruna maculata (Boulenger 1896)Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral (juvenil) Coral-Falsa Limpa-Mato Lim-pa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum Mussurana

Boiruna sertaneja Zaher 1996Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Bothrocophias hyoprora (Amaral 1935)Nomes populares Cuiama-Nariguda Focinho-de-Porco Jararaca Jararaca-Bico-de-Folha Jara-raca-Bicuda Jararaca-de-Focinho-Levantado Jararaca-Nariguda

Bothrocophias microphthalmus (Cope 1875)Nomes Populares Jararaca Jararaca-Bicuda Jararaca-Nariguda

170

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops alcatraz Marques Martins amp Sazima 2002Nome popular Jararaca-de-Alcatrazes

Bothrops alternatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Cruzeira Cruzeiro Jararaca-de--Agosto Jararaca-do-Rabo-de-Porco Jararaca-Rabo-de-Porco Rabo-de-Mulita Urutu Urutu--Cruzeira Urutu-Cruzeiro

Bothrops atrox (Linnaeus 1758)Nomes populares Acuamboacuteia Boca-Podre Cambeacuteua Caiccedilaca Caiccedilara Comboia Cuamboia Japoboia Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-Accedilu Jararaca-da-Amazocircnia Jararaca-do-Amazonas Ja-raraca-do-Norte Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Gratildeo-de-Arroz Jararacarana Mapanare Surucucu Surucucu-da-Vaacuterzea Surucucu-do-Barranco Surucucurana

Bothrops bilineatus (Wied 1821)Nomes populares Bico-de-Papagaio Cobra-Papagaio Igbigracuatilde Jararaca Jararaca-Pinta-de--Ouro Jararaca-Verde Oricana Ouricana Papagaia Paraamboia Paramboia Patioba Periqui-tamboia Pindoba Pinta-de-Ouro Surucucu-de-Ouricana Surucucu-de-Patioba Surucucu-de--Pindoba Surucucu-Pinta-de-Ouro Uriccedilana

Bothrops brazili Hoge 1954Nomes populares Jararaca Jararaca-Vermelha Jararacuccedilu Jararacuccedilu Surucucurana-de-Fo-go Surucucu-Vermelha

Bothrops cotiara (Gomes 1913)Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Jararaca Jararaca-da-Barriga-Pre-ta Jararaca-Preta

Bothrops diporus Cope 1862Nomes populares Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca-do-Chaco Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Argentina Jararaca-Pintada-do-Sul

Bothrops erythromelas Amaral 1923Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Avermelhada Jararaca-Malha-de--Cascavel Jararaca-da-Seca Jararaca-da-Caatinga Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca-Rosada Jara-raca-Vermelha Jararaquinha Jararacussu Jararaca-da-Folha-Seca

Bothrops fonsecai Hoge amp Belluomini 1959Nomes populares Cotiara Cotiara-Estrela Jararaca-das-Montanhas Jararaca-Estrela Urutu Urutu-da-Serra

Bothrops insularis (Amaral 1922)Nome popular Jararaca-Ilhoa

171

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops itapetiningae (Boulenger 1907)Nomes populares Boipeva Cotiarinha Jararaca Jararaquinha Jararaquinha-do-Campo

Bothrops jararaca (Wied 1824)Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caiccedilaca Caissaca Cola-Branca Jaraca Ja-racaacute Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Quatro-Ventas Jaracuccedilu-Venenoso Jararaca Jararaca-Comum Ja-raraca-da-Mata-Virgem Jararaca-do-Campo Jararaca-do-Mato Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Dormideira Jararaca-Dorminhoca Jararaca-Preguiccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso Ja-raraca-Verdadeira Malha-de-Sapo Patrona Preguiccedilosa Quatro-Ventas Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Bothrops jararacussu Lacerda 1884Nomes populares Cabeccedila-de-Sapo Jaracuccedilu-Malha-de-Sapo Jaracuccedilu-Tapete Jaracuccedilu-Vene-noso Jaracuccedilu-Verdadeiro Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Cabeccedila-de-Sapo Jararacuccedilu-Ta-pete Jararacuccedilu-Verdadeira Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Sapo Surucucu-Dourado Surucucu-Tapete Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Dourado Urutu-Estrela Urutu-Preta Urutu-Preto

Bothrops leucurus Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caissaca Capangueiro Cobra-de-Quatro--Ventas Cobra-do-Rabo-Branco Jaracuccedilu Jaracuccedilu-de-Quatro-Ventras Jararaca Jararaca--Baiana Jararaca-Bahiana Jararaca-da-Cauda-Branca Jararaca-do-Rabo-Branco Malha-de--Sapo Quatro-Ventas

Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro 1915)Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-do-Cerrado Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca--Pintada Tira-Peia

Bothrops marajoensis Hoge 1966Nomes populares Caissaca-de-Marajoacute Jararaca

Bothrops marmoratus Silva amp Rodrigues 2008Nomes populares Jararaca Jararaca-Marmorata Jararaca-Pintada

Bothrops mattogrossensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-Pintada

Bothrops moojeni Hoge 1966Nomes populares Boipeva Bopeva Caiccedilaca Caiccedilara Caissaca Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-de--Vereda Jararaca-do-Cerrado Jararacatildeo Jararaquinha-do-Rabo-Branco

Bothrops muriciensis Ferrarezzi amp Freire 2001Nomes populares Jararaca Jararaca-de-Alagoas Jararacuccedilu

172

Bothrops neuwiedi Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Jararaca Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Bran-co Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Rabo-de-Osso Malha-de-Sapo Rabo-de-Osso Tire-Peia

Bothrops otavioi Barbo Grazziotin Sazima Martins amp Sawaya 2012Nome popular Jararaca-de-Vitoacuteria

Bothrops pauloensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Cruzeira Ja-raraca-de-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararacussu Jararaquinha Rabo-de-Osso Urutu

Bothrops pirajai Amaral 1923Nomes populares Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Tapete Jararacuccedilu-da--Bahia Patrona Tapete

Bothrops pubescens (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-CapangaCruzeira Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-do-Sul Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Uruguaia

Bothrops sazimai Barbo Gasparini Almeida Zaher Grazziotin Gusmatildeo Ferrarini amp Sawaya 2016Nome popular desconhecido

Bothrops taeniatus Wagler in Spix 1824Nomes populares Comboia Japoboia Jararaca-Amarela Jararaca-Cinza Jararaca-Cinzenta Jararaca-Estrela Jararaca-Musgo Jararaca-Tigrina Jararaquinha

Caaeteboia amarali (Wettstein 1930)Nome popular Cobrinha-Marrom-do-Litoral Cobrinha-Marrom-da-Restinga

Calamodontophis paucidens (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Espada-dos-Pampas Cobra-Espada-Xadrez Falsa-Cobra-Espada

Calamodontophis ronaldoi Franco Cintra amp Lema 2006Nomes populares Cobra-Espada-do-Paranaacute

Cercophis auratus (Schlegel 1837)Nomes populares Bicuda Cipoacute-Liquenosa Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Metaacutelica Cobra-de-Bronze Cobra-Liacutequen

Chironius bicarinatus (Wied 1820)Nomes populares Cainana Caninana-Verde Caninana-Verde-Comum Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute--Bicarinada Cobra-Espada Cobra-Verde Espia-Caminho Serra-Azul Voadeira

Chironius brazili Hamdan amp Fernandes 2015Nomes populares Caninana-Marrom-Listrada Cobra-Cipoacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

173

Chironius carinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boicipoacute Boitiaboia Boitipoacute Cainana Cipoacute Cobra-Cipoacute Cutimboia Sacaiboia Sacaiboia-Cipoacute Serra-Veia

Chironius diamantina Fernandes amp Hamdan 2014Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius dixoni Wiest 1978Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius exoletus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caninana Caninana-Verde-Oliva Caninana-Verde-Oriental Cipoacute Cobra-Ci-poacute Cobra-Cipoacute-Madura Cobra-Espada Espia-Caminho Voadeira

Chironius flavolineatus (Jan 1863)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boitipoacute Caninana-Marrom-Listrada Cipoacute Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Sacaiboia

Chironius foveatus Bailey 1955Nomes populares Caninana Caninana-Verde-de-Cabeccedila-Preta Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cipoacute Cobra-Espada Cobra-Verde Serra-Velha

Chironius fuscus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araboia Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de-Rio Cobra--Espada Espia-Caminho Papa-Ovo Sacaiboia Sururucu-de-Fogo Uiraacutepiagara Uropiagara

Chironius laevicollis (Wied 1824)Nomes populares Caninana-Preta Caninana Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de--Cabeccedila-Preta Cobra-Espada Papa-Pinto

Chironius maculoventris Dixon Wiest amp Cei 1993Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius multiventris Schmidt amp Walker 1943Nomes populares Cainana Cobra-Cipoacute Cobra-Verde Sacaiboia Serra-Veia

Chironius quadricarinatus (Boie 1827)Nomes populares Capitatilde-do-Campo Capitatildeo-do-Campo Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-Espada Corre-Campo Sacaiboia

Chironius scurrulus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Acutimboia Cobra-Cipoacute Sururucu-de-Fogo

Clelia clelia (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Muccedilurana-da--Amazocircnia Mussurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

174

Clelia hussami Morato Franco amp Sanches 2003Nome popular desconhecido

Clelia plumbea (Wied 1820)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Cobra--Preta Falsa-Coral (juvenil) Limpa-Campo Limpa-Mato Limpa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Sudeste Muccedilurana-de-Barriga-Branca Muccedilurana-do-Cerrado Muccedilura-na-Grande Mussurana Papa-Rato Rabo-de-Veludo Surucucu-Chumbo

Corallus batesii (Gray 1860)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Bico-de-Papagaio Cobra-de-Papagaio Co-bra-Papagaio Cobra-Verde Papagaia Periquitaboia Periquitamboia

Corallus caninus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Cobra-Papagaio Cobra-Verde Periquita-boia Periquitamboia

Corallus cropanii (Hoge 1953)Nomes populares Boa-de-Cropani Boa-de-Cropan Jiboia-do-Ribeira Jiboia-Dourada

Corallus hortulanus (Linnaeus 1758)Nomes populares Boitinga Cobra-de-Veado Cobra-Veadeira Jiboia-Branca Salamanta Suaccedilu-boia Suassuboia Veadeira

Coronelaps lepidus (Reinhardt 1861)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-Coroada Cabeccedila-Preta-de-Faixa-Amarela Cobra-Coral Cobra-Coroada Cobra-da-Terra Cobra-Mineira Coral-Falsa Falsa-Coral Serpente-Coroada

Crotalus durissus Linnaeus 1758Nomes populares Boicinim Boicininga Boiccedilununga Boiquira Cascabel Cascaveacute Cascavel Cas-cavel-de-Quatro-Ventas Cascavelha Cobra-de-Chocalho Cobra-de-Guizo Cobra-do-Chocalho Maracaacute Maracaboia Maracamboia Surucucu-Cascavel

Dendrophidion atlantica Freire Caramaschi amp Gonccedilalves 2010Nome popular desconhecido

Dendrophidion dendrophis (Schlegel 1837)Nomes populares Boicipoacute Caccediladora Cobra-Cipoacute

Dipsas albifrons (Sauvage 1884)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande Quiriripitaacute

Dipsas alternans (Fischer 1885)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

175

Dipsas bucephala (Shaw 1802)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-Comum Jararaca Jararaquinha- Dormideira

Dipsas catesbyi (Sentzen 1796)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dormideira Dorminhoca Jararaquinha-Dormi-deira Papa-Lesma

Dipsas incerta (Jan 1863)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Dipsas indica Laurenti 1768Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-ca-Preguiccedilosa Jararaquinha-Pingo-de-Ouro Papa-Lesma Pingo-de-Ouro Quiriripitaacute

Dipsas lavillai Scrocchi Porto amp Rey 1993Nome popular Dormideira

Dipsas mikanii (Schlegel 1837)Nomes populares Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dormideira-de-Jardim Dorminho-ca Jaracuccedilu-Dormideira Jararaca-Preguiccedilosa Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas neuwiedi (Ihering 1911)Nomes populares Dormideira Dormideira-Anelada Dormideira-Cinzenta Dormideira-do-Mato Dormideira-Oriental Falsa-Jararaca Jaracuccedilu Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas pavonina Schlegel 1837Nomes populares Cobra-Cipoacute Dorminhoca Papa-Lesma

Dipsas sazimai Fernandes Marques amp Argocirclo 2010Nomes populares Come-Lesma Dormideira

Dipsas turgida (Cope 1868)Nomes populares Cobra-Lesma Dormideira Dormideira-Ocidental Dormideira-Rajada Dormideira-Tigrada Papa-Lesma

Dipsas variegata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-quinha-Dormideira

Dipsas ventrimaculata (Boulenger 1885)Nomes populares Dormideira Dormideira-Comum Dormideira-Grande Dormideira-Marrom Jararaca-de-Jardim Jararaquinha Papa-Lesma Urutuzinho

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

176

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel 1868)Nomes populares Cobra-Cipoacute-das-Aacutervores Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-de-Listras Corre-Cam-po Corredeira Parelheira-Listrada-do-Campo

Drepanoides anomalus (Jan 1863)Nomes populares Coral Cobra-Coral

Drymarchon corais (Boie 1827)Nomes populares Caninana Caninana-Balatildeo Guigraupiagoara Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto

Drymobius rhombifer (Guumlnther 1860)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber brazili (Gomes 1918)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber dichrous (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Corredeira Papa-Rato Rateira

Echinanthera amoena (Jan 1863)Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalomaculata Di-Bernardo 1994Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo 1996Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera cyanopleura (Cope 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-Grande-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera melanostigma (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Cobra-do-Folhiccedilo Jararaquinha-do-Campo Papa-Ratilde

Echinanthera undulata (Wied 1824)Nomes populares Corredeira-do-Mato-Ondulada Papa-Ratilde

Elapomorphus quinquelineatus (Raddi 1820)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Grande Cobra-Cinco-Linhas

Elapomorphus wuchereri Guumlnther 1861Nome popular Coral-Falsa

Epicrates assisi Machado 1945Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia Salamanta Serpente-de-Veado Ser-pente-Furta-Cor Uaccediluboacutei

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

177

Epicrates cenchria (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Cobra-de-Veado Jiboiacute Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Vermelha Salamanta Serpente-Furta-Cor Serpente-de-Veado Suaccedilu Surucucu-de-Fogo Uaccediluboacutei

Epicrates crassus Cope 1862Nomes populares Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Parda Salamanta Salamanta-do-Cerrado Salaman-ta-do-Sudeste Uaccediluboacutei

Epicrates maurus Gray 1849Nome popular Salamanta

Epictia albifrons (Wagler 1824)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-da-Guiana Minhoca

Epictia borapeliotes (Vanzolini 1996)Nomes populares Cobra-Chumbo Cobra-da-Terra Cobra-de-Chumbinho

Epictia clinorostris Arredondo amp Zaher 2010Nomes populares Cobra-Cega

Epictia munoai (Orejas-Miranda 1961)Nomes populares Cobra-Cega-Amarela Cobra-Cega-Minhoca-Comum Cobra-Cega-Sulina

Epictia striatula (Smith amp Laufe 1945)Nome popular desconhecido

Epictia tenella Klauber 1939 - Nome Popular Cobra-Cega-da-Guiana

Epictia vellardi (Laurent 1984)Nome popular Cobra-Cega

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus 1766)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-da-Falsa Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Anelada

Erythrolamprus almadensis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Espada Cobra-Drsquoaacutegua Corre-Campo-Pequena Jararaca-de-Barriga--Vermelha Jararaquinha-Comum Jararaquinha-do-Campo Parelheira

Erythrolamprus atraventer (Dixon amp Thomas 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus breviceps (Cope 1860)Nome popular Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

178

Erythrolamprus carajasensis (Cunha Nascimento amp Avila-Pires 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus cobellus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Selada Jararaca-Rajada Jararaquinha

Erythrolamprus dorsocorallinus (Esqueda Natera La Marca amp Ilija-Fistar 2007)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus frenatus (Werner 1909)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Falsa-Coral Parelheira

Erythrolamprus jaegeri (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Verde Cobra-Verde Corredeira-de-Barriga-Ver-melha Jararaquinha-do-Campo Jararaquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Verde Parelheira

Erythrolamprus macrosomus (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-da-Pastagem Cobra-Rainha-Meridional Cobra-Verde Jabotiboia Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus maryellenae (Dixon 1985)Nomes populares Cobra-Capim Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Parelheira

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-DrsquoAacutegua-Milhete Cobra-de-Banhado Cobra-do-Capim Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Amazocircnica-de-Barriga-Imaculada Cobra-Lisa-Serrana Jararaca (juve-nil) Jararaca-Drsquoaacutegua Parelheira

Erythrolamprus mossoroensis (Hoge amp Lima-Verde 1973)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Jararacuccedilu-Drsquoaacutegua Jararaquinha

Erythrolamprus oligolepis (Boulenger 1905)Nomes populares Cobra-de-Capim Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied 1824)Nomes populares Boipeva Casco-de-Burro Cobra-Corredeira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Caccedilote-Amarela Cobra-de-Capim Cobra-de-Jardim Cobra-de-Lixo Cobra-do-Capim Cobra-do-Lixo Cobra-Lisa Cobra-Verde Cobra-Verde-Argentina Cobra-Verde-do-Capim Co-ral-Falsa Falsa-Coral Jararaquinha Parelheira Peccedila-Nova Rainha

Erythrolamprus pygmaeus (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus reginae (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

179

Erythrolamprus rochai Ascenso Costa amp Prudente 2019Nome popular desconhecido

Erythrolamprus semiaureus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Pampeana Cobra-Preta-de-Banhado

Erythrolamprus taeniogaster (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Espada Jararaquinha Parelhei-ra Surucucu-de-Fogo

Erythrolamprus trebbaui (Roze 1958)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus typhlus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Lisa Cobra-Verde Corredeira-Verde Jararaquinha--Verde Parelheira

Erythrolamprus viridis (Guumlnther 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Cobra-Verde-da-Caatinga

Eunectes deschauenseei Dunn amp Conant 1936Nomes populares Anaconda Sucuri Sucuri-Malhada Anaconda-de-Manchas-Escuras

Eunectes murinus (Linnaeus 1758)Nomes populares Anaconda Aragboia Arigboia Boiaccedilu Boiccedilu Boiguaccedilu Boiuacutena Suaccediluboia Sucuri Sucuri-Comum Sucurijuacute Sucurijuba Sucuri-Preta Sucuriu Sucuriuacuteba Sucuriuacutena Sucuri-Verde Sucurujuba Viboratildeo

Eunectes notaeus Cope 1862Nomes populares Boiguaccedilu Curudiu Curundiu Quetomeniope Sucuri Sucuri-Amarela Sucurijuacute Sucuri-do-Pantanal Sucuriu

Gomesophis brasiliensis (Gomes 1918)Nomes populares Cobra-Bola Cobra-Buraqueira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-do-Lodo

Habrophallos collaris (Hoogmoed 1977)Nome popular desconhecido

Helicops angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana Trairamboia

Helicops apiaka Kawashita-Ribeiro Aacutevila amp Morais 2013Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

180

Helicops boitata Moraes-Da-Silva Amaro Nunes Struumlssmann Teixeira-Jr Andrade-Jr Sudreacute Recoder Rodrigues amp Curcio 2019Nome popular desconhecido

Helicops carinicaudus (Wied 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Preta Cobra-Drsquoaacutegua-do-Litoral

Helicops gomesi Amaral 1922Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops hagmanni Roux 1910Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops infrataeniatus (Jan 1868)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Meridional

Helicops leopardinus (Schlegel 1837)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Helicops modestus Guumlnther 1861Nomes populares Boipeva Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops nentur Costa Santana Leal Koroiva amp Garcia 2016Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Dama-DrsquoAacutegua

Helicops polylepis Guumlnther 1861Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops tapajonicus Frota 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops trivittatus (Gray 1849)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops yacu Rossman amp Dixon 1975Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrodynastes bicinctus (Herrmann 1804)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua Falsa-Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu

Hydrodynastes gigas (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipevaccedilu Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu-Piau Pepeva Sucuri Sucurirana Surucucu-do-Brejo Surucucu-do-Pantanal Surucucurana Surucutinga-do-Pantanal

Hydrodynastes melanogigas Franco Fernandes amp Bentin 2007Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua-Grande-do-Tocantins Jararacuccedilu-Piau Surucucu-do-Pantanal

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

181

Hydrops caesurus Scrocchi Ferreira Giraudo Aacutevila amp Motte 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrops martii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua

Hydrops triangularis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Imantodes cenchoa (Linnaeus 1758)Nomes populares Cipoacute-Olhuda Cobra-Cipoacute Cobra-Fio Dorme-Dorme Dormideira Dorminho-ca Jararaquinha Papa-Lesma

Imantodes lentiferus (Cope 1894)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira Dorminhoca

Lachesis muta (Linnaeus 1766)Nomes populares Bico-de-Jaca Cobra-Topete Cuiama-Pina Daya Pico-de-Jaca Surucucu Surucucu-Bico-de-Jaca Surucucu-Cospe-Fogo Surucucu-de-Fogo Surucucu-Pico-de-Jaca Surucucu-Rabo-de-Mucura Surucucutinga Surucutinga Verrugosa

Leptodeira annulata (Linnaeus 1758)Nomes populares Cacaual Cobra-Cipoacute Cobra-Olho-de-Gato Dormideira Jararaca Jararaca--de-Parede Jararaca-de-Patioba Jararaca-de-Tabuleiro Jararaca-do-Rabo-Fino Jararaquinha Jiboia-Dormideira Olho-de-Gato Rabo-Fino

Leptomicrurus collaris (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Colar Cobra-Coral-de-Costas-Pretas Coral- Verdadeira

Leptomicrurus narduccii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Costas-Pretas-Andina Cobra-Coral-Pintada

Leptomicrurus scutiventris (Cope 1870)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Pequena

Leptophis ahaetulla (Linnaeus 1758)Nomes populares Azulatildeo-Boia Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Jericoaacute Cobra-Paraiacuteso Cobra-Papa-gaio Cobra-Verde Jericoaacute

Lioheterophis iheringi Amaral 1935Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

182

Liotyphlops beui (Amaral 1924)Nomes populares Cobra-Cabelo Cobra-Cega Cobra-Cega-Preta Cobra-de-Chumbinho Fura--Terra

Liotyphlops caissara Centeno Sawaya amp Germano 2010Nome popular desconhecido

Liotyphlops schubarti Vanzolini 1948Nome popular Cobra-Cega-de-Pirassununga

Liotyphlops sousai Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops taylori Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops ternetzii (Boulenger 1896)Nome popular Cobra-Cega

Liotyphlops trefauti Freire Caramaschi amp Argocirclo 2007Nomes populares Cobra-Cega Minhoca

Liotyphlops wilderi (Garman 1883)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Fio

Lygophis anomalus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Jararaca-do-Campo Jararaca-Listrada Jara-raquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Drsquoaacutegua-Comum

Lygophis dilepis Cope 1862Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Cadarccedilo Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Listra-Verme-lha Corre-Campo

Lygophis flavifrenatus Cope 1862Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Corredeira-Listrada Jararaca-Listrada

Lygophis lineatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jararaca-Listrada Jararaquinha

Lygophis meridionalis (Schenkel 1901)Nomes populares Cobra-Corredeira Corredeira-Listrada

Lygophis paucidens Hoge 1953Nome popular Cobra-Corredeira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

183

Mastigodryas boddaerti (Sentzen 1796)Nomes populares Biru Cobra-Cipoacute Corredeira Jararaca-Listrada Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do--Brejo Rateira Surucucu-Lisa

Mastigodryas moratoi Montingelli amp Zaher 2011Nome popular desconhecido

Mastigodryas pleei (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Micrurus albicinctus Amaral 1926Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Preta-e-Branca Cobra-Coral-de-Cinta-Branca Co-ral-Verdadeira

Micrurus altirostris (Cope 1859)Nomes populares Boipinima Cobra-Coral Cobra-Coral-Comum Cobra-Coral-Pampeana Co-bra-Coral-Uruguaia Coral-Verdadeira

Micrurus annellatus Peters 1871Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Anelada Cobra-Coral-de-Aneacuteis Coral-Verdadeira

Micrurus averyi Schmidt 1939Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus boicora Bernarde Turci Abegg amp Franco 2018Nome popular desconhecido

Micrurus brasiliensis Roze 1967Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Leste

Micrurus corallinus (Merrem 1820)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Preta Coral Coral-de-Cintas-Simples Coral-de-Colar-Branco Coralina Coral-Venenosa Coral-Verda-deira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus decoratus (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral-do-Centro-Leste Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Ca-beccedila-Vermelha Cobra-Coral-de-Cintas-Brancas Coral-Verdadeira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus diana Roze 1983Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira

Micrurus diutius Burguer 1955Nome Popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

184

Micrurus filiformis (Guumlnther 1859)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Comprida Cobra-Coral-Fina Cobra-Coral-Verme-lha Coral-Verdadeira

Micrurus frontalis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipinima Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral-de-Cara-Preta Cobra-Coral-do--Sul Coral Coral-Verdadeira

Micrurus hemprichii (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura Coral-Verdadeira

Micrurus ibiboboca (Merrem 1820)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-de-Coral Coral Coral-Verdadeira Ibiboboca

Micrurus isozonus (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-da-Venezuela

Micrurus langsdorffi Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Amarela Cobra-Coral-Amarela-e-Vermelha Co-bra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus lemniscatus (Linnaeus 1758) ndash Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coraacute Co-bra-Coral Cobra-Coral-de-Bigode Cobra-Coral-da-Guiana Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral--VerdadeiraMicrurus mipartitus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Cauda-Vermelha

Micrurus nattereri Schmidt 1952Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus obscurus (Jan 1872)Nomes populares Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Pescoccedilo-Amarelo Coral Coral--Verdadeira

Micrurus ortoni Schmidt 1953Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura-de-Orton Coral-Verdadeira

Micrurus pacaraimae Carvalho 2002Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Vermelha

Micrurus paraensis Cunha amp Nascimento 1973Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Paraense Cobra-Coral--do-Paraacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

185

Micrurus potyguara Pires Silva Feitosa Prudente Pereira-Filho amp Zaher 2014Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus psyches (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-do-Paraacute Coral-Verdadeira

Micrurus putumayensis Lancini 1962Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Amarela

Micrurus pyrrhocryptus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Mato-Grosso-do-Sul

Micrurus remotus Roze 1987Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Remota Cobra-Coral-Ornata

Micrurus silviae Di-Bernardo Borges-Martins amp Silva 2007 ndash Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Rio-Grande-do-Sul

Micrurus spixii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Chumbeguaccedila Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral--de-Pescoccedilo-Amarelo Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus surinamensis (Cuvier 1817)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-Aquaacutetica Cobra-Coral-Drsquoaacutegua Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tikuna Feitosa Silva Jr Pires Zaher amp Prudente 2015Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tricolor Hoge 1956Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Trecircs-Cores

Mussurana bicolor (Peracca 1904)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Muccedilurana Muccedilurana-Bicolor

Mussurana montana (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Muccedilurana-das-Montanhas

Mussurana quimi (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Ninia hudsoni Parker 1940Nomes populares Cobra-Preta-de-Cabeccedila-Branca Cobra-do-Cafeacute

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cipoacute Cipoacute-Bicuda Cobra-Bicuda Cobra-Cipoacute Cobra-Ci-poacute-Bicuda Cobra-Flecha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

186

Oxybelis fulgidus (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cobra-Bicuda Cobra-Papagaio Cobra-Cipoacute Cobra-Flecha Cobra-Papagaio Cobra-Verde Paranaboia

Oxyrhopus clathratus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Bandeada Falsa-Coral-do-Mato Falsa-Coral-Laranja Falsa-Coral-Serrana

Oxyrhopus formosus (Wied 1820)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus guibei Hoge amp Romano 1978Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus melanogenys (Tschudi 1845)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus petolarius (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Preta Limpa-Campo

Oxyrhopus rhombifer Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Comum

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Boi-Coraacute Boicoraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral-de-Barriga-Branca Falsa-Coral-Tricolor

Oxyrhopus vanidicus Lynch 2009Nome popular desconhecido

Palusophis bifossatus (Raddi 1820)Nomes populares Biru Cobra-Bagual Cobra-Nova Jaracuccedilu Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu--Natildeo-Venenoso Jaracuccedilu-Rabo-de-Fuso Jararaca-do-Banhado Jararaca-do-Brejo Jararacatildeo--do-Papo-Amarelo Jararaca-Preta Jararaca-Rabo-de-Veludo Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do-Ba-nhado Jararacuccedilu-do-Brejo Jararacuccedilu-Malhada-de-Pau Malha-de-Traiacutera Rabo-de-Veludo Terra-Nova

Paraphimophis rusticus (Cope 1878)Nomes populares Bicuda Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Pampa Muccedilurana-Marrom Muccedilurana-Pampeana Muccedilurana-Parda

Phalotris concolor Ferrarezzi 1994Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

187

Phalotris labiomaculatus Lema 2002Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lativittatus Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lemniscatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-da-Areia Cabeccedila-Preta-da-Praia Cabeccedila-Preta--Meridional Cabeccedila-Preta-Pampeana

Phalotris matogrossensis Lema DrsquoAgostini amp Cappellari 2005Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-Tricolor

Phalotris mertensi (Hoge 1955)Nomes populares Cobra-Coraacute Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris multipunctatus Puorto amp Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-da-Barriga-Pintada

Phalotris nasutus (Gomes 1915)Nomes populares Fura-Terra Fura-Terra-Nariguda

Phalotris reticulatus (Peters 1860)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Serrana Coralina

Phalotris tricolor (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Philodryas aestiva (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiobi Boiubi Boiubu Cobra-Cipoacute-Carenada Cobra-de-Cipoacute-Verde Cobra--Verde Cobra-Verde-Drsquoaacutervore

Philodryas agassizii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Marrom Cobrinha-Marrom Falsa-Parelheira Papa-Aranha Parelhei-ra-dos-Formigueiros Parelheira-Mirim

Philodryas argentea (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Cobra-Cipoacute Tucanaboia

Philodryas arnaldoi (Amaral 1933)Nomes populares Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira-Clara Parelheira-do-Mato

Philodryas georgeboulengeri Grazziotin Zaher Murphy Scrocchi Benavides Zhang amp Bonatto 2012Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

188

Philodryas laticeps Werner 1900Nome popular Cobra-Verde

Philodryas livida (Amaral 1923)Nomes populares Corre-Campo Parelheira-do-Campo

Philodryas mattogrossensis Koslowsky 1898Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-do-Papo-Amarelo

Philodryas nattereri Steindachner 1870Nomes populares Cobra-Cipoacute Corre-Campo Surradeira Tabuleira

Philodryas olfersii (Liechtenstein 1823)Nomes populares Boiubu Bojobi Caninana Cipoacute-Verde Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Comum Co-bra-Cipoacute-Listrada Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Corredeira Cobra-Facatildeo Cobra-Papagaio Cobra--Verde Cobra-Verde-Lisa Corre-Campo Papagaia Papa-Pinto

Philodryas patagoniensis (Girard 1858)Nomes populares Boitiaporana Boitiporana Cobra-Cipoacute Cobra-dos-Bosques Cobra-Espada Cobra-Parelheira Corre-Campo Corredeira Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira Parelheira-Co-mum Tiaporana

Philodryas psammophidea Guumlnther 1872Nomes populares Corre-Campo

Philodryas viridissima (Linnaeus 1758)Nomes populares Boiobi Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Papagaio Cobra-Ver-de Papagaia Tucanaboia

Phimophis guerini (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Bicuda Bicuda-de-Chatildeo Cobra-Cinza Cobra-de-Nariz Cobra-Nariguda Na-riguda

Phimophis guianensis (Troschel 1848)Nome popular Bicuda

Phrynonax polylepis (Peters 1867)Nomes populares Caninana Cobra-Cipoacute Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Verme-lho Papa-Rato Rateira Surucucu-Facatildeo

Pseudoboa coronata Schneider 1801Nomes populares Cobra-Coral Coral-Macho Falsa-Coral

Pseudoboa haasi (Boettger 1905)Nomes populares Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

189

Pseudoboa martinsi Zaher Oliveira amp Franco 2008Nome popular desconhecido

Pseudoboa neuwiedii (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Ratonel Ratonera

Pseudoboa nigra (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Limpa--Mato Limpa-Pasto Mamadeira Moccedilurana Muccedilurana Mussurana Mussurana-Limpa-Campo

Pseudoboa serrana Morato Moura-Leite Prudente amp Beacuternils 1995Nome popular Coral-Falsa

Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Sucuri

Psomophis genimaculatus (Boettger 1885)Nomes populares Cobra-Cabelo Jararaca-Lanccedilada

Psomophis joberti (Sauvage 1884)Nome popular Cobra-Corredeira

Psomophis obtusus (Cope 1758)Nome popular Corredeira-do-Banhado

Ptychophis flavovirgatus Gomes 1915Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Serrana Cobra-Espada-de-Aacutegua

Rhachidelus brazili Boulenger 1908Nomes populares Cobra-Preta Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli 1785)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Rodriguesophis chui (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-das-Dunas

Rodriguesophis iglesiasi (Gomes 1915)Nomes populares Cobra-Corredeira Falsa-Coral

Rodriguesophis scriptorcibatus (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-do-Satildeo-Francisco

Siagonodon acutirostris Pinto amp Curcio 2011Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

190

Siagonodon cupinensis (Bailey amp Carvalho 1946)Nome popular Cobra-Cega

Siagonodon septemstriatus (Schneider 1801)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra

Sibon nebulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caracoleira Cobra-Cipoacute Cobra-Nebulosa Come-Lesma Dormideira Dormi-nhoca Papa-Lesma

Simophis rhinostoma (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Falsa-Coral-Bicuda

Siphlophis cervinus (Laurenti 1768)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca

Siphlophis compressus (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Coral-Falsa

Siphlophis leucocephalus (Guumlnther 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira

Siphlophis longicaudatus (Andersson 1901)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Dormideira Dormideira-Cipoacute Dormideira--Cipoacute-Cinzenta

Siphlophis pulcher (Raddi 1820)Nomes populares Cobra-Cipoacute-Listrada Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira-Cipoacute-de-Lis-tra-Vermelha

Siphlophis worontzowi (Prado 1940)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Sordellina punctata (Peters 1880)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Preta Cobrinha-Preta-do-Litoral

Spilotes pullatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Cainana Cainana-Flor-de-Algodatildeo Cainana-Teiuacute Caninana Cobra--Tigre Cobra-Voadora Jacaninatilde Malha-de-Teiuacute Papa-Ovo Papa-Pinto Yacaninatilde

Spilotes sulphureus (Wagler 1824)Nomes populares Caccediladora Caninana Caninana-Amarela Caninana-Dourada Caninana-Ver-melha Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Amarelo Papa-Pinto-de-Papo--Vermelho Papa-Pinto-Vermelha Papa-Rato Rateira Surucucu-de-Fogo Surucucu-Dourado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

191

Taeniophallus affinis (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Cabeccedila-Preta Cobra-de-Cabeccedila-Preta Cobra-da-Terra Cobra-do-Ven-tre-Dourado Cobrinha-Cipoacute Corre-Campo Corredeira-do-Mato-Comum Papa-Ratilde

Taeniophallus bilineatus (Fischer 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-de-Mato-Pequena Corredeira-do-Mato-de-Duas--Listras Papa-Ratilde

Taeniophallus brevirostris (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-de-Capim Corre-Campo Jararaquinha

Taeniophallus nicagus (Cope 1863)Nome popular desconhecido

Taeniophallus occipitalis (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-Capim Cobra-do-Capim Cobra-do-Folhiccedilo Cobra--Rainha Corre-Campo Corredeira-do-Campo Corredeira-Pintada Corredeirinha Jararaquinha

Taeniophallus persimilis (Cope 1869)Nome popular desconhecido

Taeniophallus poecilopogon (Cope 1863)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Vermelha Corredeira-do-Mato-de-Barriga-Vermelha

Taeniophallus quadriocellatus Santos-Jr Di-Bernardo amp Lema 2008Nome popular desconhecido

Tantilla boipiranga Sawaya amp Sazima 2003Nome popular desconhecido

Tantilla melanocephala (Linnaeus 1758)Nomes populares Cinco-Minutos Cobra-da-Terra Cobra-do-Folhiccedilo Cobra-Rainha Coral-Fal-sa Falsa-Cabeccedila-Preta Falsa-Coral Onze-Horas Tantila

Thamnodynastes almae Franco amp Ferreira 2003Nome popular Jararaca Jararaca-Falsa Jararaquinha

Thamnodynastes cfnattereri (Mikan 1828)Nomes populares Corre-Campo Corredeira Jararaca-Falsa Jararaquinha Tabuleiro

Thamnodynastes chaquensis Bergna amp Alvarez 1993Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes hypoconia (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Corre-Campo-Carenada Corredeira-Carenada Corredeira-Comum Corredeira-do-Campo Jararaca-Falsa Jararaquinha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

192

Thamnodynastes lanei Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes longicaudus Franco Ferreira Marques amp Sazima 2003Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes pallidus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Corre-Campo Cobra-do-Mato Corre-Campo Corredeira Jararaca--Falsa Jararaquinha Ubicoraacute

Thamnodynastes phoenix Franco Trevine Montingelli amp Zaher 2017Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes ramonriveroi Manzanilla amp Saacutenchez 2005 - Nome Popular desconhecido

Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Amarela Jararaca-Falsa

Thamnodynastes sertanejo Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cipoacute-do-Papo-Amarelo Jararaquinha

Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo Corre-Campo-Lisa Corredeira Corredeira-Co-mum Corredeira-Grande Corredeira-Lisa Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Tomodon dorsatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boipemi Cobra-Cinzento-Castanha Cobra-Espada Cobra-Espada-Comum Cobra-Espada-Grande Cobra-Espada-Verdadeira Corre-Campo Jararaca-da-Chuva Jararaca--Falsa

Tomodon ocellatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Espada-Pampeana Cobra-Espada-Pintada Falsa-Cruzeira Jararaqui-nha-Pintada

Trilepida brasiliensis (Laurent 1949)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida dimidiata (Jan 1861)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida fuliginosa (Passos Caramaschi amp Pinto 2006)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida jani (Pinto amp Fernandes 2012)Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

193

Trilepida koppesi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida macrolepis (Peters 1857)Nomes populares Cobra-Cega Minhocatildeo

Trilepida salgueiroi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra

Tropidodryas serra (Schlegel 1837)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Cobra-Cipoacute Jararaquinha (juvenil) Jiboinha-Rosada

Tropidodryas striaticeps (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Caccediladora Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Malhada Jararaca--Caccediladora Jararaca-das-Aacutervores Jararaquinha Jiboinha Jiboinha-Comum Jiboinha-da-Barri-ga-Preta

Tropidophis grapiuna Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular Jiboinha-Grapiuacutena

Tropidophis paucisquamis (Muumlller in Schenkel 1901)Nome popular Jiboia-Anatilde Jiboinha

Tropidophis preciosus Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular desconhecido

Typhlophis squamosus (Schlegel 1839)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra Minhoca

Xenodon dorbignyi (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Nariguda Jararaca-das-Dunas Jararaca-da-Praia Jararaca-de-Barri-ga-Vermelha Jararaquinha-da-Praia Nariguda-Comum Nariguda-Grande Nariguda-Preta

Xenodon guentheri Boulenger 1894Nomes populares Boipeva Chata Cobra-Chata Jararaca-Falsa

Xenodon histricus (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Falsa-Coral Nariguda-Rajada

Xenodon matogrossensis (Scrocchi amp Cruz 1993)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-do-Papo-Amarelo Coral

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

194

Xenodon merremii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Achatadeira Boca-de-Caccedilapa Boca-de-Capanga Boipeba Boipeva Boipe-va-Comum Boipeva-do-Campo Boipeva-Grande Cabeccedila-de-Patrona Capitatildeo-do-Campo Ca-pitatildeo-do-Mato Cobra-Chata Corre-Campo Cotiara Cururuboia Esparradeira Falsa-Jararaca Focinho-de-Cachorro Goipeba Goipeva Jararaca-Malha-de-Cascavel Jaracambeva Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Capitatildeo Jaracuccedilu-de-Tapiti Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Dourado Jaracuccedilu-Natildeo--Venenoso Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararaca-Amarela Jararacambeva Jararacuccedilu-Bolacha Jararacuccedilu-Tapiti Jericaacute Jeriquaacute Jurucoaacute Malha-de-Sapo Mata-Boi Pepeua Pepeva Suru-cucu-Cascuda Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Falsa Urutu-Preto Urutu-Taacutebua Urutu-Tapete

Xenodon nattereri (Steindachner 1867)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cobra-Nariguda Cobra-Nariguda-do-Campo Falsa-Ja-raraca Nariguda

Xenodon neuwiedii Guumlnther 1863Nomes populares Boipeba Boipeva Boipeva-da-Mata Boipeva-Rajada Boipevinha Caiccedilaca Caissaca Capitatildeo-do-Campo Cobra-Correia Corre-Campo Falsa-Cotiara Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Natildeo-Venenoso Jararaca Jararaca-Falsa Quiriripitaacute Urutu Urutu-Amarelo Urutu--Preto

Xenodon pulcher (Jan 1863)Nomes populares Achatadeira Boipeva

Xenodon rabdocephalus (Wied 1824)Nomes populares Achatadeira Boipeva Jaracuccedilu Jararaca Papa-Sapo Pepeacuteua Surucucu-Jiboia

Xenodon severus (Linnaeus 1758)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cururuboia Falsa-Jararaca Jaccedilanarana Jararaca Pepeacuteua

Xenodon werneri (Eiselt 1963)Nome popular desconhecido

Xenopholis scalaris (Wucherer 1861)Nomes populares Falsa-Coral Jararaquinha-do-Igapoacute

Xenopholis undulatus (Jensen 1900)Nomes populares Cobrinha-do-Folhedo Falsa-Coral

Xenopholis werdingorum Jansen Aacutelvarez amp Koumlhler 2009Nomes populares Cobra-Barriga-de-Fogo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

195

Anexo 2

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Affonso IP Oda FH Gambale PG Batista VG Gomes LC Bastos RP 2015 Publicaccedilotildees cientiacuteficas em Her-petologia na regiatildeo Sul do Brasil Bole-tim do Museu de Biologia Mello Leitatildeo 37409ndash425

Almeida AP Thomeacute JCA Baptis-totte C Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) no Brasil Biodiversidade Brasileira 137ndash44

Aacutelvarez BB Cei JM Scolaro JA 1994 A new subspecies of Tropidurus spinulosus (Cope 1862) from the sub-tropical wet mesic Paraguayan region (Reptilia Squamata Tropiduridae) Tropical Zoology 7161ndash179

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto WMS hellip Pezzuti JCB 2012 A review on human attitudes towards reptiles in Brazil Environmental Mo-nitoring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Alves RRN Leacuteo-Neto NA Santa-na GG Vieira WLS Almeida WO 2009 Reptiles used for medicinal and magic religious purposes in Bra-zil Applied Herpetology 6257ndash274 doi101163157075409X432913

Alves RRN Vieira WLS Santana GG 2008 Reptiles used in traditional folk medicine conservation implica-tions Biodiversity and Conservation 172037ndash2049 doi101007s10531-007-9305-0

Amaral A 1932 Estudos sobre lacerti-lios neotropicos I Novos gecircneros e es-peacutecies de Lagartos do Brasil Memoacuterias do Instituto Butantan 753ndash74

Amaral A 1937 Estudo sobre lacerti-lios neotropicos 4 Lista remissiva dos lacertilios do Brasil Memoacuterias do Ins-tituto Butantan 11167ndash212

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Bra-sil Iconografia colorida Melho-ramentosEDUSP Satildeo Paulo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

196

Andrade MJM de Carvalho GAB Kolodiuk MF Silva NJ Jr Frei-re EMX 2016 Phyllopezus periosus (Paraiba Gecko) Tree Sap Foraging Herpetological Review 47672ndash673

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Arteaga A Salazar-Valenzuela D Me-bert K Pentildeafiel N Aguiar G Saacutenche-z-Nivicela JC Torres-Carvajal O 2018 Systematics of South American snail-eating snakes (Serpentes Dipsa-dini) with the description of five new species from Ecuador and Peru ZooKe-ys 76679ndash147 doi103897zooke-ys76624523

Ascenso AC Costa JCL Pruden-te ALC 2019 Taxonomic revision of the Erythrolamprus reginae species group with description of a new spe-cies from Guiana Shield (Serpentes Xenodontinae) Zootaxa 458665ndash97 doi1011646zootaxa458613

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Herpetofauna da Zona da Mata de Minas Gerais UFV Viccedilosa

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Serpentes de Viccedilosa e Regiatildeo FAPEMIG Viccedilosa

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Brazi-lian Amazonia (Reptilia Squamata) Zo-ologische Verhandelingen 2991ndash706

Avila-Pires TCS Alves-Silva KR Barbosa L Correa FS Cosenza JF Costa-Rodrigues APV Sturaro MJ 2018 Changes in amphibian and reptile diversity over time in Parque Estadual do Utinga Paraacute State Brazil a protected area surrounded by urbani-zation Herpetology Notes 11499ndash512

Balestra RAM 2016 Manejo conser-vacionista e monitoramento populacio-nal de quelocircnios amazocircnicos Ibama--Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis Brasiacutelia

Baptista GCS Costa-Neto EM Val-verde MCC 2008 Diaacutelogo entre con-cepccedilotildees preacutevias dos estudantes e co-nhecimento cientiacutefico escolar relaccedilotildees sobre os Amphisbaenias Revista Ibe-roamericana de Educacioacuten 471ndash16

Barbo FE Gasparini JL Almeida AP Zaher H Grazziotin FG Gusmatildeo RB Sawaya RJ 2016 Another new and threatened species of lancehe-ad genus Bothrops (Serpentes Viperi-dae) from Ilha dos Franceses Southe-astern Brazil Zootaxa 4097511ndash529 doi1011646zootaxa409744

Barbosa RA Nishida AK Costa ES Cazeacute ALR 2007 Abordagem et-noherpetoloacutegica de Satildeo Joseacute da Mata ndash Paraiacuteba ndash Brasil Revista de Biolo-gia e Ciecircncias da Terra 7117ndash123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

197

Bartlett RD Bartlett P 2003 Repti-les and amphibians of the Amazon An ecotouristrsquos guide University Press of Florida Gainesville

Beniacutecio RA Fonseca MG 2014 Guia ilustrado de anfiacutebios e reacutepteis de Picos Piauiacute EDUFPI Teresina

Berlin B 2014 Ethnobiological classi-fication Principles of categorization of plants and animals in traditional so-cieties (Vol 185) Princeton University Press New Jersey

Bernarde PS 2011 Mudanccedilas na clas-sificaccedilatildeo de serpentes peccedilonhentas brasileiras e suas implicaccedilotildees na litera-tura meacutedica Gazeta Meacutedica da Bahia 155ndash63

Bernarde PS 2014 Serpentes peccedilo-nhentas e acidentes ofiacutedicos no Brasil Anolisbooks Satildeo Paulo

Bernarde PS 2019 Corais (Falsas Verdadeiras) do Brasil Herpetofauna Acessiacutevel em httpwwwherpeto-faunacombrCoraishtm Acesso 26 de fevereiro de 2019

Bernarde PS Turci LCB Abegg AD Franco FL 2018 A remarkable new species of coralsnake of the Mi-crurus hemprichii species group from the Brazilian Amazon Salamandra 54249ndash258

Bernarde PS Albuquerque S Bar-ros TO Turci LCB 2012 Serpentes do estado de Rondocircnia Brasil Biota Neotropica 12154ndash182 doi101590S1676-06032012000300018

Begossi A Avila-Pires FD 2005 WSSD 2002 Latin America and Bra-zil Biodiversity and Indigenous Peo-ple Pp 223ndash239 in Hens L Nath B (Eds) The World Summit on Sustai-nable Development Springer Dordre-cht doi1010071-4020-3653-1_10

Borges RC 2001 Serpentes peccedilonhen-tas brasileiras manual de identifica-ccedilatildeo prevenccedilatildeo e procedimentos em ca-sos de acidentes Editoria Atheneu Satildeo Paulo

Borges-Leite MJ Borges-Nojosa DM Lima DC 2012 Guia de Anfiacutebios e Reacutepteis em Satildeo Gonccedilalo do Amaran-te Dedo de Moccedilas Editora e Comunica-ccedilatildeo Ltda Fortaleza

Borges-Martins M Alves MLM Araujo ML Oliveira RB Aneacutes AC 2007 Reacutepteis Pp 292ndash315 in Becker FG Ramos RA Moura LA (Eds) Biodiversidade Regiotildees da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes Planiacutecie Costeira do Rio Grande do Sul Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Cascon P 2006 Herpetofauna da Aacuterea Reserva da Ser-ra das Almas Cearaacute Pp 245ndash260 in Arauacutejo FS Rodal MJN Barbosa

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

198

MRV (Orgs) Anaacutelise das Variaccedilotildees da Biodiversidade do Bioma Caatinga Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Caramaschi U 2003 Composiccedilatildeo e anaacutelise compa-rativa da diversidade e das afinidades biogeograacuteficas dos lagartos e anfisbe-niacutedeos (Squamata) dos brejos nordes-tinos Pp 489ndash540 in Leal I Silva J M C Tabarelli M (Orgs) Ecologia e conservaccedilatildeo da Caatinga Universidade Federal de Pernambuco Recife

Borges-Nojosa DM 2007 Diversidade de Anfiacutebios e Reacutepteis da Serra de Ba-turiteacute Cearaacute Pp 225ndash247 in Oliveira TS Arauacutejo FS (Orgs) Diversidade e Conservaccedilatildeo da Biota na Serra de Batu-riteacute Cearaacute Ediccedilotildees UFC Fortaleza

Borges-Nojosa DM Prado FMV Borges-Leite MJ Filho NMG Baca-lini P 2010 Avaliaccedilatildeo do impacto do manejo florestal sustentaacutevel na herpe-tofauna de duas aacutereas de Caatinga nos municiacutepios de Caucaia e Pacajus no es-tado do Cearaacute Pp 315ndash330 in Gariglio MA Sampaio EVS Cestaro LA Ka-geyama PY (Orgs) Uso sustentaacutevel e Conservaccedilatildeo dos recursos florestais da Caatinga Serviccedilo Florestal Brasileiro Brasiacutelia

Bour R Zaher H 2005 A new species of Mesoclemmys from the open for-mations of northeastern Brazil (Che-lonii Chelidae) Papeacuteis Avulsos de Zoologia 45295ndash311 doi101590

S0031-10492005002400001

Brandatildeo S Santana FT Mariani DB Brum A Koproski L 2017 Reabilita-tion of a hawksbill turtle (Eretmochelys imbricata Linnaeus 1766) Anais do XX Congresso e o XXVI Encontro da Associaccedilatildeo Brasileira de Veterinaacuterios de Animais Selvagens 101ndash103

Brazil V 1911 A Defesa contra o Ophi-dismo Pocai Weiss Satildeo Paulo

Breitman MF Domingos FMCB Bagley JC Wiederhecker HC Fer-rari TB Cavalcante VHGL Colli GR 2018 A new species of Enyalius (Squamata Leiosauridae) endemic to the Brazilian Cerrado Herpetolo-gica 74355ndash369 doi1016550018-0831355

Caixeta BT Monteiro EM Rocha PVP Santos ALQ 2015 Concentra-ccedilotildees bioquiacutemicas seacutericas de Jacareacute-accediluacute (Melanosuchus niger) machos adul-tos de vida livre Pesquisa Veterinaacute-ria Brasileira 3551ndash55 doi101590S0100-736X2015001300009

Campbell JA Lamar WW 2004 The Venomous Reptiles of the Western He-misphere Volume II Cornell Universi-ty Press Ithaca

Campos CEC Lima JD Lima JRF 2015 Riqueza e composiccedilatildeo de reacutepteis Squamata (lagartos e anfisbenas) da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental da Fazen-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

199

dinha Amapaacute Brasil Biota Amazocircnia 584ndash90 doi10185612179-5746biotaamazoniav5n2p84-90

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade L M Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-coroa Pale-osuchus trigonatus (Schneider 1801) no Brasil Biodiversidade Brasileira 348ndash53

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade LM Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-paguaacute Pa-leosuchus palpebrosus (Cuvier 1807) no Brasil Biodiversidade Brasileira 340ndash47

Campos Z Zucco CA Batista G 2007 Registro de ocorrecircncia de Jacareacute-Paguaacute (Paleosuchus palpebrosus) na RPPN Engenheiro Eliezer Batista Pantanal Brasil Comunicado Teacutecnico 601ndash4

Cardim F 1925 Tratados da Terra e Gente do Brasil introduccedilatildeo e notas de Baptista Caetano Capistrano de Abreu e Rodolpho Garcia J Leite amp Cia Rio de Janeiro

Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Malaque CMS Haddad V Jr 2009 Animais peccedilonhentos no Brasil biologia cliacutenica e terapecircutica dos aci-dentes Sarvier Satildeo Paulo

Carvalho AL 1951 Os jacareacutes do Brasil Arquivos do Museu Nacional 43127ndash152

Cassimiro J Rodrigues MT 2009 A new species of lizard genus Gymnodac-tylus Spix 1825 (Squamata Gekkota Phyllodactylidae) from Serra do Sinco-raacute northeastern Brazil and the status of G carvalhoi Vanzolini 2005 Zoota-xa 200838ndash52

Castilhos JC Coelho CA Argolo JF Santos EAP Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Lepidochelys olivacea (Eschs-choltz 1829) no Brasil Biodiversidade Brasileira 128ndash36

Castro TM Silva-Soares T 2016 Reacutep-teis da restinga do Parque Estadual Paulo Ceacutesar Vinha Guarapari Espiacuterito Santo Sudeste do Brasil Centro Uni-versitaacuterio Satildeo Camilo Cachoeiro do Itapemirim

Coelho HRP 2005 Guia de Campo de Bonito MS conhecendo a fauna e a flo-ra da Serra da Bodoquena Impressatildeo dos Autores

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016a Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933) no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo da fauna brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

200

ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabrasilei-racarga-estado-de-conservacao8180-repteis-dactyloa-pseudotigrina Acesso 08 de abril de 2019

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016b Avaliaccedilatildeo do Risco de Extin-ccedilatildeo de Amphisbaena alba Linnaeus 1758 no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da fauna bra-sileira ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabra-sileiracarga-estado-de-conservacao8777-repteis-amphisbaena-alba Aces-so 26 de fevereiro de 2019

Costa HC RS Beacuternils 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC RS Beacuternils 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Crump ML 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg The Lore and Mythology of Amphi-bians and Reptiles University of Chi-cago Press London

Cunha ORD Nascimento FPD 1993 Ofiacutedios da Amazocircnia As cobras da regiatildeo leste do Paraacute Boletim do Mu-

seu Paraense Emiacutelio Goeldi seacuterie Zoo-logia 191ndash191

Curcio FC Nunes PMS Argocirclo AJS Skuk G Rodrigues MT 2012 Ta-xonomy of the American Dwarf Boas of the genus Tropidophis Bibron 1840 with the description of two new spe-cies from the Atlantic Forest (Serpen-tes Tropidophidae) Herpetological Monographs 2680ndash121 doi101655HERPMONOGRAPHS-D-10-000081

Fraga R Lima AP Prudente ALC Magnusson WE 2013 Guia de Cobras da Regiatildeo de Manaus ndash Amazocircnia Cen-tral Editora INPA Manaus

Diaacuterio OficialSC 2011 Lista de Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo no Estado de Santa Catarina por Niacuteveis de Ameaccedila (categoria) Anexo II Nordm 19237 de 20122011 2ndash8

Di-Bernardo M Borges-Martins M Oliveira RB 2002 Reacutepteis Pp 165ndash188 in Marques AAB Fontana CS Veacutelez E Bencke WGA Schneider M Reis RE (Eds) Livro Vermelho da fau-na ameaccedilada de extinccedilatildeo no Rio Gran-de do Sul FZBMCTPUCRSPANGEA Porto Alegre

Domingues Acirc 2008 O Brasil nos re-latos de viajantes ingleses do seacuteculo XVIII produccedilatildeo de discursos sobre o Novo Mundo Revista Brasileira de Histoacuteria 55133ndash152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

201

Dutra-Arauacutejo D Marioni B Fraga R Silveira R 2017 Snakes as prey of Cuvierrsquos Dwarf Caiman (Paleosuchus palpebrosus Alligatoridae) with a new observation from central Amazonia Brazil Herpetology Notes 10169ndash170

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga Enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Etheridge R 1968 A review of the igua-nid lizard genera Uracentron and Stro-bilurus Bulletin of the British Museum (Natural History) Zoology 1747ndash64

Feio RN Assis CL Lessa G Ribon R 2019 Fauna da Serra do Brigadeiro Minas Gerais UFV Viccedilosa

Fernandes DS Hamdan B 2014 A new species of Chironius Fitzinger 1826 from the state of Bahia Northe-astern Brazil (Serpentes Colubridae) Zootaxa 3881563ndash575 doi1011646zootaxa388165

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-gesndashNojosa DM Alves RRN 2012 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Franccedila DPF Barbo FE Silva NJ Jr Silva HLR Zaher H 2018 A new species of Apostolepis (Serpen-tes Dipsadidae Elapomorphini) from the Cerrado of Central Brazil Zootaxa 4521438ndash552 doi1011646zoota-xa452143

Franccedila DPF Fermiano EC Macha-do-Filho PR Zaher H 2020 Taxono-mic contributions and first record of the poorly known species Apostolepis tenuis Ruthven 1927 in Brazil (Serpen-tes Dipsadidae) Herpetologia Brasi-leira 844ndash49

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que C MS Haddad Jr V (Orgs) Ani-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

202

mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Freitas MA 2003 Serpentes brasilei-ras Malha-de-Sapo Publicaccedilotildees e Con-sultoria AmbientalProquigelCIABahia Lauro de Freitas

Freitas MA Silva TFS 2007 Guia ilustrado a herpetofauna das caatingas e aacutereas de altitudes do Nordeste brasi-leiro USEB Pelotas

Gasparini JL 2012 Anfiacutebios e Reacutepteis de Vitoacuteria e Grande Vitoacuteria Espiacuterito Santo GSA Vitoacuteria

Gliesch R 1925 As cobras do estado do Rio Grande do Sul Almanak Agricola Brasileiro 192597ndash118

Gonccedilalves U Torquato S Skuk G Sena GA 2012 A new species of Co-leodactylus Parker 1926 (Squamata Sphaerodactylidae) from the Atlan-tic Forest of northeast Brazil Zootaxa 320420ndash30

Grantsau R 1991 As cobras venenosas do Brasil Bandeirante Satildeo Paulo

Grantsau R 2013 As serpentes peccedilo-nhentas do Brasil Vento Verde Satildeo Paulo

Guedes TB Nogueira CC Marques OAV 2014 Diversity natural history and geographic distribution of snakes

in the Caatinga Northeastern Brazil Zootaxa 38631ndash93 doi1011646zoo-taxa386311

Guerra JAO Paes MG Coelho LIAR Barros MLB Feacute NF Barbo-sa MGV Guerra MVF 2007 Estudo de dois anos com animais reservatoacuterios em aacuterea de ocorrecircncia de leishmanio-se tegumentar americana humana em bairro de urbanizaccedilatildeo antiga na cidade de Manaus-AM Brasil Acta Amazo-nica 37133ndash138 doi101590S0044-59672007000100017

Haddad V Jr Puorto G Cardoso JLC Duarte MR 2012 Sucuris bio-logia conservaccedilatildeo realidade e mitos de uma das maiores serpentes do mundo Technical Books Rio de Janeiro

Hoogmoed MS Fernandes R Ku-charzewski C Moura-Leite JC Beacuter-nils RS Entiauspe-Neto OM San-tos FPR 2019 Synonymization of Uromacer ricardinii Peracca 1897 with Dendrophis aurata Schlegel 1837 (Reptilia Squamata Colubridae Dipsadinae) a rare South American Snake with a disjunct Distribution South American Journal of Herpeto-logy 1488ndash102 doi102994SAJH--D-17-000141

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018a Livro Vermelho da Fauna Brasi-leira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol I Ins-tituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

203

da BiodiversidadeMinisteacuterio do Meio Ambiente Brasilia

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018b Livro Vermelho da Fauna Bra-sileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol IV - Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da BiodiversidadeMinis-teacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IDELFLOR-BIO 2019 Lista de Reacutepteis e Anfiacutebios do Parque do Utinga Beleacutem Paraacute Acessiacutevel em httpideflorbiopagovbrutingabiodiversidaderep-teis-e-afibios Acesso 08 de abril de 2019

Kawashita-Ribeiro RA Arruda LAG Carvalho MA Silva AF Silva JP Aacutevila RW Mott T 2011 Leposoma osvaldoi Avila-Pires 1995 (Squamata Gymnophthalmidae) New records and distribution map in the state of Mato Grosso Brazil Check List 7852ndash853

Lagos AR Fontes AF Marques CAR da Silva CSP Cardoso CAC Belote DF Borde LQ 2017 Guia dos Anfiacutebios e Reacutepteis da aacuterea de influ-ecircncia da Usina Hidreleacutetrica de Batalha Furnas Centrais Eleacutetricas Rio de Ja-neiro

de Lema T 1994 Lista comentada dos reacutepteis ocorrentes no Rio Grande do Sul Brasil Comunicaccedilotildees do Museu de Ciecircncias e Tecnologia da PUCRS seacuterie Zoologia 741ndash150

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

de Lema T Renner MF Di-Bernar-do M Abegg AD Malta-Borges L Mario-da-Rosa C 2018 Herpetofauna do Planalto Oriental do Rio Grande do Sul USEB Pelotas

Lopes PFM Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Ta-xonomia e etnotaxononia ecologia e et-noecologia Pp 69ndash94 in Alves RRN Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPEEA Recife

Loacutepez A Prado W 2012 Anfibios y Reptiles de MisionesndashGuiacutea de Campo Mariacutea Luiza Petraglia de Bolzoacuten Edito-ra Buenos Aires

Loveridge A 1941 Bogertia lutzae- A new genus and species of gecko from Bahia Brazil Proceedings of the Bio-logical Society of Washington 54195ndash196

Malta-Borges L Abegg AD Mario--da-Rosa C 2017 Herpetofauna da Universidade Federal de Santa Maria ndash Campus Sede USEB Pelotas

Manzani PR Abe AS 1990 A new species of Tapinurus from the Caatinga of Piauiacute Northeastern Brazil (Squama-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

204

ta Tropiduridae) Herpetologica 46462ndash467

Marra-Santos FJ Reis RE 2018 Two new blind snake species of the genus Liotyphlops (Serpentes Anomalepi-didae) from Central and South Brazil Copeia 106507ndash514 doi101643CH-18-081

Marccedilal AS Gomes IBSR Coragem JT 2011 UHE Santo Antocircnio Guia das espeacutecies de fauna resgatadas Scri-ba Comunicaccedilatildeo Corporativa Satildeo Pau-lo

Marcovaldi MA Lopez GG Soares LS Santos AJB Bellini C Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Eretmochelys imbricata (Lin-naeus 1766) no Brasil Biodiversidade Brasileira 120ndash27

Marioni B Farias I Verdade LM Bassetti L Coutinho ME Mendonccedila SHST Campos Z 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do Jacareacute-accedilu Me-lanosuchus niger (Spix 1825) no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 331ndash39

Marques OAV Nogueira CC Sawaya RJ Beacuternils RS Martins M Molina FB Germano VJ 2009 Reacutepteis Pp 285ndash327 in Bressan PM Kierul-ff MCM Sugieda AM (Orgs) Fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo vertebrados Fundaccedilatildeo Parque Zooloacutegico de Satildeo Paulo Secretaria do

Meio Ambiente Satildeo Paulo

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado Holos Editora Ri-beiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlss-man C Sazima I 2005 Serpentes do Pantanal Holos Editora Ribeiratildeo Pre-to

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of threadsnakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

Martins M Molina FDB 2008 Pa-norama geral dos reacutepteis ameaccedilados do Brasil Pp 327ndash373 in Machado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

205

ABM Drummond GM Paglia AP (Eds) Livro vermelho da fauna bra-sileira ameaccedilada de extinccedilatildeo MMA e Fundaccedilatildeo Biodiversitas Brasiacutelia e Belo Horizonte

Martins MT Oliveira ME 1993 The snakes of the genus Atractus Wagler (Reptilia Squamata Colubridae) from the Manaus region central Amazo-nia Brazil Zoologische Mededelingen 6721ndash40

Martins MT Oliveira ME 1999 Na-tural history of snakes in forest of the Manaus region Central Amazonia Brazil Herpetological Natural History 678ndash150

Massary JC Hoogmoed MS 2001 Crocodilurus amazonicus Spix 1825 The valid name for Crocodilurus la-certinus auctorum (nec Daudin 1802) (Squamata Teiidae) Jour-nal of Herpetology 35353ndash357 doi1023071566133

Massary JC Hoogmoed MS Blanc M 2000 Comments on the type spe-cimen of Dracaena guianensis Dau-din 1801 (Reptilia Sauria Teiidae) and rediscovery of the species in Fren-ch Guiana Zoologische Mededeelingen 74167ndash180

Mattison C 2006 Snakes ndash From the deadliest to the longest on earth Collins New York

Mattison C 2011 Reptiles Pp 370ndash435 in Burnie D (Ed) Animal the de-finitive visual guide to the worldrsquos wil-dlife Dorling Kindersley London

Mausfeld P Vrcibradic D 2002 On the nomenclature of the skink (Mabuya) endemic to the Western Atlantic Archi-pelago of Fernando de Noronha Brazil Journal of Herpetology 36292ndash295 doi1023071566004

Mendes R 2009 Lagartinho da Serra do Mar ndash Ecpleopus gaudichaudii A Fauna da Mata Atlacircntica do Estado do Rio de Janeiro Acessiacutevel em httpriodejaneiroambientalblogspotcom200911ecpleopus-gaudichau-dii-lagartinho-dahtml Acesso 26 de fevereiro de 2019

Mesquita PCMD Passos DC Bor-ges-Nojosa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das ser-pentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113 doi101590S0031-10492013000800001

Montero R Ceacutespedez J 2002 New Two-Pored Amphisbaena (Squama-ta Amphisbaenidae) from Argentina Copeia 2002792ndash797 doi1016430045-8511(2002)002[0792NTPA-SA]20CO2

Montingelli GG Grazziotin FG Bat-tilana J Murphy RW Zhang YP Zaher H 2019 Higher-level phyloge-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

206

netic affinities of the Neotropical ge-nus Mastigodryas Amaral 1934 (Ser-pentes Colubridae) species-group definition and description of a new genus for Mastigodryas bifossatus Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57205ndash239 doi101111jzs12262

Moraes-da-Silva A Amaro RC Nu-nes PMS Struumlssmann C Teixeira MJ Andrade A hellip Curcio FF 2019 Chance luck and a fortunate finding a new species of watersnake of the genus Helicops Wagler 1828 (Serpentes Xe-nodontinae) from the Brazilian Panta-nal wetlands Zootaxa 4651445ndash470 doi1011646zootaxa465133

Morales-Betancourt MA Lasso CA Ossa JL Fajardo-Patintildeo A 2013 Bio-logiacutea y conservacioacuten de los Crocodylia de Colombia Serie Recursos Hidrobio-loacutegicos y Pesqueros Continentales de Colombia VIII Instituto de Investiga-cioacuten de Recursos Bioloacutegicos Alexander von Humboldt Bogotaacute

Morato SAA Calixto PO Mendes LR Gomes R Galatti U Trein FL Ferreira GN 2014 Guia fotograacutefico de identificaccedilatildeo da herpetofauna da Flo-resta Nacional de Saracaacute-Taquera Es-tado do Paraacute STCP Engenharia de Pro-jetos Ltda Curitiba

Morato SAA Ferreira GN Scupino MRC 2018 Herpetofauna da Ama-zocircnia Central Estudos na FLONA de

Saracaacute-Taquera STCP Engenharia de Projetos Ltda Curitiba

Morato SAA Beacuternils RS Moura--Leite JC 2017 Reacutepteis de Curitiba Coletacircnea de registros Hori Cadernos Teacutecnicos Curitiba

Mota-da-Silva A Monteiro WM Bernarde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lancehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 52(e-20180140)1ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pedro VA Fernandes VD Feio RN 2010 People and snakes the relationship be-tween humans and snakes in eastern Minas Gerais southeastern Brazil Bio-ta Neotropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Neiva AO Cury K 2018 Plano de Ma-nejo Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Niquiaacute Volume III Instituto Chico Mendes de Conser-vaccedilatildeo da Biodiversidade Brasiacutelia

Nogueira CC Rodrigues MT 2006 The genus Stenocercus (Squamata Tropiduri-dae) in extra-Amazonian Brazil with the description of two new species South Ame-rican Journal of Herpetology 1149ndash165 doi1029941808-9798(2006)1[149T-GSSTI]20CO2

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

207

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Herpe-tology 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

OrsquoShea M Halliday T 2002 Reptiles and amphibians Dorling Kindersley Ltd London

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagarti-xas conceptions on lizards among High School students in Fortaleza Cearaacute Brazil Ciecircncia amp Educaccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Passos DC Pinheiro LT Galdino CAB Rocha CFD 2014 Tropidurus semitaeniatus (Calango de Lagedo) Tail bifurcation Herpetological Re-view 45138

Passos P Caramaschi U Pinto R 2006 Redescription of Lepto-typhlops koppesi Amaral 1954 and description of a new species of the Leptotyphlops dulcis group from Central Brazil (Serpentes Leptotyphlo-pidae) Amphibia-Reptilia 27347ndash357 doi101163156853806778190006

Pavan D Dixo M 2004 A Herpetofau-na da aacuterea de influecircncia do reservatoacute-rio da Usina Hidreleacutetrica Luiacutes Eduardo

Magalhatildees Palmas TO Humanitas 413ndash30

Pires M Silva NJ Jr Feitosa DT Prudente ALC Filho GA Zaher H 2014 A new species of triadal coral snake of the genus Micrurus Wagler 1824 (Serpentes Elapidae) from nor-theastern Brazil Zootaxa 3811569ndash584 doi1011646zootaxa381148

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Pontes JAL Rocha CFD 2008 Ser-pentes da Serra do Mendanha Rio de Janeiro RJ - ecologia e conservaccedilatildeo Te-chnical Books Editora Rio de Janeiro

Portillo JTM 2012 Composiccedilatildeo etno-ecologia e etnotaxonomia de serpentes no Vale do Paraiacuteba Estado de Satildeo Pau-lo Dissertaccedilatildeo de mestrado Universi-dade Federal de Ouro Preto Brasil

Powell R Crombie RI Boos HEA 1998 Hemidactylus mabouia (More-au de Jonneacutes) Catalogue of American Amphibians and Reptiles 6741ndash11

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Quintela FM Loebmann D 2009 Os reacutepteis da regiatildeo costeira do extremo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

208

sul do Brasil USEB Pelotas

Ribeiro LB Gomides SC Costa HC 2018 A new species of Amphisbaena from Northeastern Brazil (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Herpeto-logy 52234ndash241 doi10167017-028

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A new species of Leposternon (Squamata Amphisbaenidae) from brazilian Cerrado with a key to po-red species Journal of Herpetology 5250ndash58 doi10167016-125

Ribeiro MA Jr Amaral S 2016 Cata-logue of distribution of lizards (Repti-lia Squamata) from the Brazilian Ama-zonia III Anguidae Scincidae Teiidae Zootaxa 4205401ndash430 doi1011646zootaxa420551

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squamata) from the Brazilian Amazonia I Dacty-loidae Hoplocercidae Iguanidae Leio-sauridae Polychrotidae Tropiduridae Zootaxa 39831ndash110 doi1011646zootaxa398311

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squama-ta) from the Brazilian Amazonia II Gekkonidae Phyllodactylidae Sphae-rodactylidae Zootaxa 39811ndash55 doi1011646zootaxa398111

Ribeiro MA Jr Amaral S 2017 Ca-talogue of distribution of lizards (Rep-

tilia Squamata) from the Brazilian Amazonia IV Alopoglossidae Gym-nophthalmidae Zootaxa 4269151ndash196 doi1011646zootaxa426921

Roberto IJ Ribeiro SC Loebmann D 2013 Amphibians of the state of Piauiacute Northeastern Brazil a preli-minary assessment Biota Neotropi-ca 13322ndash330 doi101590S1676-06032013000100031

Rocha CFD Siqueira CC Ariani CV 2009 A conservaccedilatildeo de Liolaemus lu-tzae lagarto endecircmicos das restingas do Estado do Rio de Janeiro ameaccedilado de extinccedilatildeo Instituto Biomas Rio de Janeiro

Rocha CFD Van Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Neacuteo RRSFA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 11ndash16 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van Sluys M (Eds) A fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo do Esta-do do Rio de Janeiro EdUERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT 1987 Sistemaacutetica eco-logia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo torquatus ao sul do Rio Amazo-nas (Sauria Iguanidae) Arquivos de Zoologia 31105ndash230 doi1011606issn2176-7793v31i3p105-230

Rodrigues MT 2000 A new species of Mabuya (Squamata Scincidae) from the semiarid Caatingas of northeas-tern Brazil Papeacuteis Avulsos de Zoologia 41313ndash328

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

209

Rodrigues MT Juncaacute FA 2002 Herpetofauna of the quaternary sand dunes of the middle Rio Satildeo Fran-cisco Bahia Brazil VII Typhlops amoipira sp nov a possible relative of Typhlops yonenagae (Serpentes Typhlopidae) Papeacuteis Avulsos de Zoo-logia 42325ndash333 doi101590S0031-10492002001300001

Romeu R Alves N 2008 Commercia-lization of Uranoscodon superciliosus Linnaeus 1758 (Tropiduridae) for ma-gicalndashreligious purposes in North and Northeastern of Brazil Sitientibus Seacute-rie Ciecircncias Bioloacutegicas 8257ndash258

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Santos AS Soares LS Marcovaldi MA Monteiro DS Giffoni B Al-meida AP 2011 Avaliaccedilatildeo do Estado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Caretta caretta Linnaeus 1758 no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 13ndash11

Santos E 1981 Anfiacutebios e reacutepteis do Brasil vida e costumes Itatiaia Satildeo Paulo

Santos E 1994 Anfiacutebios e Reacutepteis Villa Rica Rio de Janeiro

Santos FM Entiauspe-Neto OM Arauacutejo JS Souza MB de Lema T

Struumlssmann C Albuquerque NR 2018 A new species of burrowing snake (Ser-pentes Dipsadidae Apostolepis) from the state of Mato Grosso Central-West region of Brazil Zoologia 35e26742 doi103897zoologia35e26742

Sawaya RJ Marques OAV Mar-tins M 2008 Composition and natu-ral history of a Cerrado snake assem-blage at Itirapina Satildeo Paulo state southeastern Brazil Biota Neotro-pica 8129ndash151 doi101590S1676-06032008000200015

Sazima I Haddad CFB 1992 Reacutep-teis da Serra do Japi notas sobre histoacute-ria natural Pp 212ndash237 in Morellato LPC (Ed) Histoacuteria natural da Serra do Japi ecologia e preservaccedilatildeo de uma aacuterea florestal no sudeste do Brasil Edi-tora da UnicampFAPESP Campinas

Sazima I Manzani PR 1995 As co-bras que vivem numa reserva florestal urbana Pp78ndash82 in Morellato PC Leitatildeo-Filho HDF (Eds) Ecologia e preservaccedilatildeo de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra Editora da UNICAMP Campinas

Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Sustentabilidade de Per-nambuco 2017 Lista Estadu-al Oficial de Espeacutecies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo - Reacutepteis Por-taria SEMA Nordm 01 de 15 de Maio de 2017

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

210

Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia 2017 Lista Oficial das Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo do Estado da Bahia Portaria SEMA Nordm 37 de 15 de Agosto de 2017

Silva AL 2008 Animais medicinais conhecimento e uso entre as popula-ccedilotildees ribeirinhas do rio Negro Amazo-nas Brasil Boletim do Museu Paraen-se Emiacutelio Goeldi Ciecircncias Humanas 3343ndash357

Silva JL Mota-da-Silva AM Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Ama-zonia Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 53e20190305 doi1015900037-8682-0305-2019

Silva MB Ribeiro MA Jr Avila-Pi-res TCS 2018 A new species of Tu-pinambis Daudin 1802 (Squamata Teiidae) from Central South America Journal of Herpetology 5294ndash110 doi10167016-036

Soerensen B 2000 Acidentes por ani-mais peccedilonhentos reconhecimento cliacutenica e tratamento Atheneu Satildeo Pau-lo

Sturaro MJ Avila-Pires TCS 2011 Taxonomic revision of the geckos of the Gonatodes concinnatus complex (Squamata Sphaerodactylidae) with

description of two new species Zoota-xa 28691ndash36

Teixeira M Jr Dal Vechio F Recoder R Cassimiro J de Sena MA Rodri-gues MT 2019 Two new highland spe-cies of Amphisbaena Linnaeus 1758 (Amphisbaenia Amphisbaenidae) from Bahia State Brazil South Ame-rican Journal of Herpetology 14213ndash232 doi102994SAJH-D-17-000971

Tinoco MS Hampel MS Rossi ML 2019 Restinga Herpetofauna do Lito-ral Norte da Bahia Barro de Chatildeo Sal-vador Bahia

Tomas WM Chiaravalotti RV Ca-milo AR Freitas GO 2015 Kinoster-non scorpioides scorpioides Linnaeus 1766 range extension and first records in the upper Paraguay River basin and Mato Grosso do Sul Brazil Check List 111ndash5 doi10155601131631

Uetz P Freed P Hošek J 2019 The Reptile Database Acessiacutevel em httpwwwreptilendashdatabaseorg Acesso 16 de julho de 2019

Valencia JH Garzoacuten-Tello K Barra-gaacuten-Paladines ME 2016 Serpientes venenosas del Ecuador sistemaacutetica taxonomiacutea historia natural conserva-cioacuten envenenamiento y aspectos an-tropoloacutegicos Fundacioacuten Herpetoloacutegica Gustavo Orceacutes Quito

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

211

Vanzolini PE 2004 Episoacutedios da zoo-logia brasiacutelica Hucitec Satildeo Paulo

Vanzolini PE Ramos-Costa AMM Vitt LJ 1980 Reacutepteis das Caatingas Academia Brasileira de Ciecircncias Rio de Janeiro

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidi HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vieira LG Santos ALQ Lima FC Mendonccedila SHST Menezes LT Sebben A 2016 Osteologia de Me-lanosuchus niger (Crocodylia Alli-gatoridae) e a evidecircncia evoluti-va Pesquisa Veterinaacuteria Brasileira 361025ndash1044 doi101590s0100-736x2016001000018

Vitt LJ Caldwell JP Colli GR Gar-da AA Mesquita DO Franccedila FGR Novaes-e-Silva V 2005 Uma atua-lizaccedilatildeo do guia fotograacutefico de reacutepteis e anfiacutebios da regiatildeo do Jalapatildeo no Cer-rado Brasileiro Special Publications in Herpetology Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 21ndash24

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema INPA Ma-naus

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Rhino-clemmys punctularia (Daudin 1801) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conser-vacao7428-repteis-rhinoclemmys--punctularia-peremahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops geoffroanus (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7418-repteis-phrynops-geoffro-anus-cagado-de-barbichahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7419-repteis-phrynops-hilarii-ca-gado-de-barbelashtml Acesso 07 de abril de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

212

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops tubero-sus (Peters 1870) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7420-repteis--phrynops-tuberosus-cagado-de-bar-bichahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7421-repteis-phrynops-william-si-cagado-rajadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydro-medusa maximiliani (Mikan 1825) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7403-repteis-hydromedusa-ma-ximiliani-cagado-da-serrahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydromedusa

tectifera Cope 1869 no Brasil Acessiacute-vel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7402-rep-teis-hydromedusa-tectifera-cagado--de-pescoco-de-cobrahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2000) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7412-repteis--mesoclemmys-heliostemma-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys ho-gei (Mertens 1967) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

213

estado-de-conservacao7385-repteis--mesoclemmys-hogei-cagado-de-ho-gei-2html Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys nasuta (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7413-repteis-mesoclemmys-na-suta-cagado-da-cabeca-de-sapo-co-mumhtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys perplexa Bour amp Zaher 2005 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7414-repteis-mesoclemmys-per-plexa-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys raniceps (Gray 1855) no Brasil Aces-siacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7415-rep-teis-mesoclemmys-raniceps-lalahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys vanderhaegei (Bour 1973) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7440-repteis-mesoclemmys-van-derhaegei-tartruga-cabeca-de-sapohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Peltocephalus du-merilianus (Schweigger 1812) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7417-repteis-peltocephalus-dumerilia-nus-cabecudohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

214

ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Acantho-chelys radiolata (Mikan 1820) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7439-repteis-acanthochelys-radiola-ta-cagado-amarelohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Ferrara CR Bernhard R Carvalho VT Balensiefer DC Bo-nora L Novelle SMH 2007 Capiacute-tulo 9 Herpetofauna Pp 127ndash143 in Rapp Py-Daniel L Deus CP Henri-ques AL Pimpatildeo DM Ribeiro OM (Orgs) Biodiversidade do Meacutedio Ma-deira Bases cientiacuteficas para propostas de conservaccedilatildeo INPA Manaus

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Brasiacutelia

Waldez F Vogt RC 2011 Las serpientes ponzontildeosas de la Reserva Piagaccedilu-Purus y accidentes ofiacutedicos en La Region Baja de la Cuenca del Rio Puruacutes Amazoniacutea cen-tral Revista Colombiana de Ciencia Ani-mal-RECIA 3327ndash334 doi1024188reciav3n22011403

Wallach V Williams KL Boundy J 2014 Snakes of the world a catalogue of living and extinct species CRC Floacuterida

Wikispecies 2019 Wikispecies Free spe-cies directory Acessiacutevel em httpsspe-cieswikimediaorg Acesso 12 de Maio de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

215

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

ObtuaacuterioAniacutebal Rafael Melgarejo(22111954 ndash 10052019)

Nelson Jorge da Silva Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Ambientais e Sauacutede Escolas de Ciecircncias Meacutedicas Far-macecircuticas e Biomeacutedicas Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Goiaacutes

Conheci o Aniacutebal no Congresso Brasileiro de Zoologia em Juiz de Fora em 1987 e nos transfor-

mamos em grandes amigos comungan-do duas boas qualidades bom humor e facilidade de rir Foram 32 anos de convivecircncia e uma amizade de irmatildeos que transcende a herpetologia e nossas vidas acadecircmicas e profissionais

O Aniacutebal nasceu em 22 de novembro de 1954 como Aniacutebal Rafael Melgare-jo Gimenez em Montevideacuteu Uruguai Filho de Aniacutebal Nestor Melgarejo Mon-sie e Olga Angelica Gimenez Fuentes tendo somente uma irmatilde Maria del Rosario Melgarejo Gimenez (Charo) com duas sobrinhas (Maria Florencia e Maria Eugenia) e duas sobrinhas netas (Fiorella e Abril) Passou toda a sua in-facircncia adolescecircncia e parte de sua vida adulta no Uruguai sempre estudando em escolas puacuteblicas Segundo sua irmatilde Aniacutebal foi sempre um entusiasmado

Homenagem ao Aniacutebal

216

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

por animais de insetos a reacutepteis e ma-miacuteferos Em seu aniversaacuterio de 12 anos usou o dinheiro que ganhou de presen-te para comprar uma cobra natildeo vene-nosa na feira de Tristan Navarra e desse momento nasceu seu grande amor aos reacutepteis Quando terminou seu ensino baacutesico ingressou na Faculdade Medici-na onde frequentou aulas por um ano ateacute que se deu conta que natildeo era esse o caminho que deveria seguir No ano seguinte ingressou na Faculdad de Hu-manidades y Ciencias da Universidad de la Republica para cursar Biologia se graduando em 1979 (Foto 1)

Foto 1 Anibal Melgarejo em tra-balho de campo Cerro de Arequi-ta Departamento de Lavalleja Uruguai

Veio para o Brasil com uma Bolsa de Aperfeiccediloamento em Anatomia Fun-cional do Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) sob a tutela de Paulo Vanzolini (Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo) e nunca mais retornou ao Uruguai Eventualmente foi contrata-do pelo Instituto Vital Brazil (IVB) em 1987 estruturando a Divisatildeo de Ani-mais Peccedilonhentos e posteriormente a Divisatildeo de Zoologia Meacutedica trabalhan-do ateacute que seu estado de sauacutede permi-tiu em 2019 (Foto 2 e 3)

217

Foto 3 Extraccedilatildeo de veneno de Bo-throps insularis Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Tardiamente conseguiu seu tiacutetulo de doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense em 1998 Cum-priu com seu papel na academia com inuacutemeras publicaccedilotildees teacutecnicas e cien-tiacuteficas capiacutetulos de livros participaccedilatildeo em congressos e simpoacutesios orientaccedilatildeo de monografias de conclusatildeo de cursos de graduaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teses e monografias de mestrado e doutorado Do lado humano o Aniacutebal foi um gran-de instrutor incentivador e entusias-mado com a herpetologia e influenciou muitos que hoje tecircm suas vidas cons-truiacutedas em muito do que ele fez ensi-nou e compartilhou de coraccedilatildeo aberto

Foto 2 Primeira Bothrops insu-laris capturada Ilha da Queimada Grande municiacute-pio de Itanhaeacutem SP

218

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Aqui no Brasil constituiu famiacutelia com sua cara-metade Aniesse Aguiar e seus filhos e grandes companheiros Peneacutelope e Rafael Aguiar Melgarejo estendendo-se por conseguinte a No-ruega onde nasceu sua primeira neta Kali Johansen Melgarejo (filha da Pe-neacutelope) exatamente um mecircs apoacutes a sua partida (Fotos 4 a 7) Em aacuteguas turbu-lentas sempre foi essa rocha familiar que norteou nosso grande amigo To-dos noacutes sofremos com nossas proacuteprias idiossincrasias O Aniacutebal natildeo era dife-rente Era melhor Nunca o vi pessimis-ta Sempre acreditando que tudo tinha uma razatildeo e que no fim daria tudo certo Ateu como era acreditava mui-to mais na vida e na humanidade que muitos de noacutes

Foto 4 Aniacutebal e Aniesse lsquograacutevidosrsquo Niteroacutei RJ (1989)

Sua curiosidade era insaciaacutevel Via-jamos muito juntos pelo Brasil nos moldes da entatildeo Secretaria Nacional de Accedilotildees Baacutesicas da Sauacutede (SNABSMS) atraveacutes do Programa Nacional de Ofidismo (PNOSNABSMS) do Mi-nisteacuterio da Sauacutede (1987-1989) para reuniotildees do Grupo de Trabalho sobre Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (GT Distribuiccedilatildeo Geograacutefica) visando a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo teacutecnica para divulgar e desmistificar os animais venenosos Esse programa (PNO) foi o responsaacutevel pela criaccedilatildeo de Nuacutecleos Regionais de Ofiologia que ti-nham como atribuiccedilatildeo estimular estu-dos sobre serpentes descentralizados dos grandes centros produtores de soro antiofiacutedico (SP MG e RJ) Nesse peacuteri-plo de reuniotildees conhecemos e convi-vemos com pesquisadores estudantes meacutedicos enfermeiros ribeirinhos e os famosos praacuteticos de sauacutede em 15 esta-dos do Norte Nordeste e Centro-Oeste brasileiro e na Amazocircnia colombiana Em todos os lugares o Aniacutebal rouba-va a cena Sua atitude despojada ami-ga sincera e afaacutevel conquistava todos Tambeacutem foram incontaacuteveis as vezes que entregou seus preciosos dados de observaccedilatildeo e pesquisa em prol de co-legas e alunos Excelente fotoacutegrafo e ilustrador suas imagens estatildeo presen-

219

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 5 Em famiacutelia Aniacutebal Aniesse Rafael e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 1990)

Foto 6 Em famiacutelia Aniacutebal Rafael Aniesse e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 2000)

tes em inuacutemeros trabalhos e livros no Brasil e no mundo sempre respeitado e elogiado

Nos primoacuterdios da organiza-ccedilatildeo da herpetologia no Brasil o Aniacutebal ajudou a estruturar a Sociedade Brasileira de Her-petologia (SBH) realizando os Encontros Brasileiros de Herpetoacutelogos entre 1989 e 1991 Se hoje a SBH estaacute bem estruturada e funcionando foi por que haacute mais de 30 anos atraacutes o Aniacutebal enfrentou esse desafio

Encantado pelas surucucus da Mata Atlacircntica (Lachesis muta rhombeata) foi o pri-meiro a ter essas criaturas lin-diacutessimas em estado de confor-to e bem-estar reproduzindo saudavelmente em cativeiro

O Aniacutebal capturou sua pri-meira surucucu em 8 de no-vembro de 1989 na mata da Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada em Alagoas (Foto 8) Seguiu-se a primeira postura e nascimentos em cativeiro em 1990 Apoacutes seu excelente ecircxito na criaccedilatildeo e reproduccedilatildeo das Lachesis em cativeiro obteve apoio da FAPERJ em um projeto da construccedilatildeo de um ldquoLachesaacuteriordquo Assim em

Foto 7 Uma das uacuteltimas fotos de Aniacutebal aguardan-do a chegada de sua neta Kali Ni-teroacutei RJ (2019)

220

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

janeiro de 2001 entrou em funciona-mento um sistema de climatizaccedilatildeo cen-tral que permitia manter temperatura e umidade dentro dos paracircmetros ade-quados monitorados em trecircs pontos diferentes da sala por meio de sensores remotos aleacutem de ajustes por termos-tato e umidificador independentes Na sala um recinto de 15m2 foi delimitado com tela para evitar a fuga das serpen-tes e possibilitar a livre circulaccedilatildeo do ar O mesmo reproduzia as condiccedilotildees paisagiacutesticas de uma floresta tropical incluindo um sistema de circulaccedilatildeo de aacutegua em forma de cachoeira entre pe-dras e diversas opccedilotildees de substratos (serapilheira terra troncos e pedras de diversos tamanhos) aleacutem de piso in-clinado para escoamento da aacutegua nas simulaccedilotildees de chuvas (Foto 9) Diver-sas espeacutecies vegetais nativas de arboacute-reas a epiacutefitas criaram uma comunida-de harmoniosa e representativa dessas florestas Estas condiccedilotildees permitiram observar muacuteltiplos aspectos da biologia das surucucus como o comportamento alimentar mudas de pele e horaacuterios de atividade fiacutesica culminando em 2003 com detalhado registro da reproduccedilatildeo incluindo diversas coacutepulas postura de oito ovos em 5 de setembro e nasci-mento de seis filhotes em 14-15 de no-vembro Em 2005 2007 2008 e 2009 tambeacutem foram registrados estes com-portamentos e conseguida a reprodu-ccedilatildeo Este recinto representou assim um instrumento fundamental para as pesquisas bioloacutegicas da surucucu da

Mata Atlacircntica Aleacutem de otimizar sua manutenccedilatildeo e garantir o fornecimento de veneno que permitiu produzir sus-tentavelmente o soro antibotroacutepico-la-queacutetico no Instituto Vital Brazil (Foto 10) Infelizmente mudanccedilas de objeti-vos e direccedilatildeo do IVB fizeram por des-continuar o referido projeto

Em seus uacuteltimos anos de vida o Aniacutebal comeccedilou a escrever suas memoacuterias que infelizmente natildeo foram finalizadas Vale a pena citar um transcrito de suas anotaccedilotildees gentilmente compartilhado por sua esposa Aniesse Aguiar onde fica muito claro a dedicaccedilatildeo desse amigo

Foto 8 Primeira Lachesis capturada Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada municiacutepio de Quebrangulo AL (1989)

221

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

pelo trabalho que tanto amava mas com a presenccedila marcante de sua cara meta-de ldquoEra dia saacutebado 20 de maio de 1989 no final da manhatilde quando eu chegava ao portatildeo de entrada do IVB Estava com meu dedo indicador da matildeo direi-ta bastante edemaciado aleacutem do meu sangue incoagulaacutevel e hematuacuteria maci-ccedila (com cilindros hemaacuteticos) pois vinte e quatro horas antes havia sido picado por um filhote de jararaca (Bothrops ja-raraca) no Nuacutecleo de Ofiologia de Porto Alegre Rio Grande do Sul (NOPA) du-rante o encerramento de uma reuniatildeo do GT de Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (um dos quatro cria-dos para assessorar o Ministeacuterio da Sauacute-de no PNOSNABS) Tinha conseguido ser liberado da internaccedilatildeo para fazer o devido tratamento com a promessa de que me trataria no Rio assim que che-gasse pois minha esposa estava na uacutel-tima semana de gravidez Poreacutem soube jaacute na portaria do IVB que havia uma cai-xa de madeira com uma cobra surucucu que umas pessoas do Nordeste (precisamente Alagoas) haviam deixado horas antes Apesar do desconforto pelo envene-namento natildeo tratado e da desaprovaccedilatildeo do meu saudoso sogro meacutedico minha esposa no final da gestaccedilatildeo e do Dr Paulo A Lopes que agrave distacircn-cia orientara a me dirigir ao Hospital Universitaacuterio Clementino Fraga Filho

Foto 9 Lachesario Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

Foto 10 Extraccedilatildeo de veneno de Lachesis muta Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

222

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

do Fundatildeo onde ele jaacute havia deixado a equipe meacutedica sobre aviso eu rumei para o serpentaacuterio e me deparei com aquela caixa que achava pequena para conter uma surucucu O desejo e a an-siedade digladiavam-se em minha cabe-ccedila contra a desconfianccedila pelo tamanho da caixa No serpentaacuterio a luta foi achar uma ferramenta para retirar pelo menos uma ripa de madeira daquele recipien-te improvisado Finalmente com uma mega-chave-de-fenda consegui e entatildeo gritei de felicidade (ainda bem que as cobras satildeo surdas) ao ver nitidamente aquelas escamas ocre-alaranjadas e os losangos negros ao longo do dorso do corpo a serenidade da rainha das co-bras e a forma apertada de se enrodi-lhar que fez com que coubesse naquele recipiente Devo ter demorado cerca de meia hora para preparar uma moradia ampla limpa e segura com aacutegua fresca farta porque o pessoal que me aguar-dava na portaria natildeo parava de telefo-nar para irmos ao hospital Jaacute no hos-pital o tratamento foi complicado pois como suspeitava jaacute com a primeira gota de soro hiperimune entrando na mi-nha veia a reaccedilatildeo de meu organismo se apresentou fiquei todo vermelho e com muita falta de ar (dispneia) Era visiacutevel a preocupaccedilatildeo da equipe meacutedica multidisciplinar postada ao meu redor quanto agrave possibilidade do desenvolvi-mento de um choque anafilaacutetico e a ne-cessidade de canular minha traqueia O mais interessante dessa situaccedilatildeo eacute que um mecircs antes haviacuteamos dado uma aula

teoacuterica de ofidismo no curso de poacutes-gra-duaccedilatildeo de muitos dos meacutedicos da refe-rida equipe da emergecircncia finalizaacuteva-mos entatildeo nesse momento a aplicaccedilatildeo do conhecimento praacutetico Na semana seguinte a este episoacutedio nascia entatildeo minha filha Peneacutelope minha princesa e iniciava-se tambeacutem de fato o projeto surucucu ldquoLachesis muta a rainha das matasrdquo Foi e eacute o grande parceiro das ldquoSurucucus da Mata Atlacircnticardquo

Dono de um coraccedilatildeo gigante e espiacuterito inquebrantaacutevel o Aniacutebal nunca negou ajuda e apoio aos iniciantes e colegas Ajudou inuacutemeros bioacutelogos e outros pro-fissionais em seus projetos de poacutes-gra-duaccedilatildeo inclusive o meu com dados material e informaccedilotildees preciosas Em todos os cantos do Brasil o Aniacutebal dei-xou grandes amizades e fica muito di-fiacutecil enumeraacute-las sem cometer erros ou injusticcedilas Entretanto o que prevalece eacute o apreccedilo e a lembranccedila de todos que o conheceram (Foto 11 e 12) De norte a sul leste a oeste o Aniacutebal se fez presen-te em inuacutemeros simpoacutesios encontros e congressos levando sua simpatia e con-quistando as pessoas (Fotos 13 a 15) To-dos que o conheceram tecircm com certeza grandes histoacuterias e muitas gargalhadas com essa figura impagaacutevel

Coautor de um capiacutetulo do livro ldquoAs Cobras-Corais do Brasil Biologia Ta-xonomia Venenos e Envenenamentos (2016)rdquo aguardava ansioso a publi-caccedilatildeo de outro livro ldquoAdvances in Co-ralsnake Biology with an Emphasis in

223

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 11 Nelson Jor-ge Aniacutebal Melgarejo Giuseppe Puorto e Pedro Federsoni (em peacute) Marcus Buonona-to (sentado) Museu Bioloacutegico do Instituto Butantatilde (1991)

Foto 13 Amigos presti-giando Aniacutebal durante o Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacirc-nia GO (2019)

Foto 12 Nelson Jorge e Aniacutebal Melgarejo (2016)

224

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

South Americardquo com 60 autores e 22 capiacutetulos editado e distribuiacutedo nos Es-tados Unidos (2020) onde eacute coautor do capiacutetulo ldquoCoralsnakes of Medical In-terest in Brazilrdquo Unanimemente o livro foi dedicado pelos editores ao Aniacutebal

O Aniacutebal tambeacutem aprendeu a conviver e entender a realidade brasileira da co-munidade cientiacutefica que nem sempre sabe reconhecer o trabalho e a dedi-caccedilatildeo de uma alma fantaacutestica como a dele Natildeo importam trabalhos teses e manter um Curriacuteculo Lattes como uma prova de sua inclusatildeo no ciacuterculo de grandes pesquisadores O que realmen-te vale eacute caraacuteter coraccedilatildeo e amor no que fazia E ele fazia muito bem Uma ge-raccedilatildeo inteira que o conheceu realmente

Foto 14 Participantes do Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacircnia GO (2019)

vai ainda lamentar a ausecircncia desse ser uacutenico outra lamentaraacute sem saber bem o porquecirc e ainda outra vai se arrepen-der por ignorar estes fatos e ignorar ele mesmo nestes uacuteltimos anos

Por isso lamentamos profundamente a perda mas devemos lembraacute-lo com alegria e o incriacutevel privileacutegio de tecirc-lo conhecido e convivido com ele Extre-mamente bem-humorado risadas faacute-ceis e a preocupaccedilatildeo constante com o bem-estar do proacuteximo

225

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Apoacutes o veloacuterio e despedida dos que o consideravam com afeto mesmo que de muitos tenham sido agrave distacircncia foi realizada a cremaccedilatildeo e suas cinzas fo-ram divididas em trecircs partes uma par-te foi depositada no jazigo da famiacutelia da Aniesse junto aos seus pais que o tinham com o afeto que se dedica a um filho Outra parte de suas cinzas foram para Noruega para ficar na casa da Pe-neacutelope junto entatildeo de sua filha O filho Rafael pintou a caixa com as cinzas que ficou com a Peneacutelope (Foto 16) Em sua tampa pintou a bandeira do Uruguai e do Brasil E nas laterais colocou uma visatildeo do Rio de Janeiro (cidade amada pelo Aniacutebal) uma visatildeo do museu de arte projetada pelo Niemayer da cida-de de Niteroacutei em que morou nos anos de uniatildeo com a Aniesse uma visatildeo do Parque Pousada onde morou no Uru-

guai com seus pais e da Noruega onde estaacute a sua filha E a terceira parte foi levada para o Uruguai onde foi colo-cada em parte com seus pais e outra parte depositada por seu melhor amigo (Isidoro Maestro) e seu filhos no local onde ele pegou sua primeira serpente

Falar de uma pessoa como o Aniacutebal eacute uma tarefa muito difiacutecil pela ausecircncia mas muito faacutecil pela pessoa que ele eacute presente e natildeo passado Ele passou por noacutes deixando a sua simpatia coraccedilatildeo aberto abraccedilo amigo e sorriso faacutecil mas ficaraacute sempre nos coraccedilotildees e nas men-tes dos privilegiados que o conheceram Entatildeo a homenagem e a lembranccedila do Aniacutebal tecircm que ser presentes sempre Vida longa amigo das surucucus Deus te guarde em um lugar privilegiado Pa-rafraseando nossa brincadeira pessoal mucho gusto meu amigo

Foto 15 Aniacutebal palestrando durante o Simpoacutesio Interna-cional de Cobras-Corais Goi-acircnia GO (2019)

Foto 16 Caixa com as bandeiras do Uruguai e Brasil pintada por seu filho Rafael

226

Para informaccedilotildees sob preparacatildeo e submissatildeo de manuscritos entre em contato com os edito-res de seccedilatildeo

Instruccedilotildees para Autores

227

Hylomantis asperusUESC Ilheacuteus Ba Edvaldo Neto

Page 3: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades

Micrurus lemniscatusParna Serra do Divisor - AC Glauco Oliveira

Informaccedilotildees Gerais

eacute quadrimestral (com nuacutemeros em Abril Agosto e Dezembro) e publica textos sobre assuntos de interesse para a comunida-de herpetoloacutegica brasileira

Ela eacute disponibilizada em formato PDF apenas online na paacute-gina da Sociedade Brasileira de Herpetologia (httpwwwsbherpetologiaorgbrpublicacoesherpetologia-brasileira) e nas redes sociais ou seja natildeo haacute versatildeo impressa em graacutefica Entretanto qualquer associado pode imprimir este arquivo

A revista eletrocircnica Herpetologia Brasileira

Xxxxxxxx xxxxxxxxxXxxxxxxx Xxxxxxx - XX Diego Cavalheri

Dendropsophus rhodopeplusCruzeiro do Sul - AC Lucas Lima

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees diversas sobre a SBH e eacute de responsabilidade da diretoria da Sociedade

Notiacutecias Herpetoloacutegicas Gerais Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre os eventos cursos concursos fon-tes de financiamento bolsas projetos etc de interesse para nossa comunidade A seccedilatildeo tambeacutem inclui informaccedilotildees sobre grupos de pesquisa instituiccedilotildees progra-mas de poacutes-graduaccedilatildeo etc

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre a conservaccedilatildeo da herpetofauna brasileira ou de fatos de interesse para nossa comunidade

Histoacuteria da Herpetologia Brasileira Esta seccedilatildeo apresenta ensaios entrevistas e curiosidades sobre a histoacuteria da herpeto-logia Brasileira (eg congressos histoacuterias de campo etc hellip) buscando resgatar um pouco a histoacuteria da herpetologia brasileira para os dias atuais

Trabalhos Recentes Esta seccedilatildeo apresenta resumos breves de trabalhos publica-dos recentemente sobre espeacutecies brasileiras ou sobre outros assuntos de interesse para a nossa comunidade preferencialmente em revistas de outras aacutereas

Dissertaccedilotildees amp Teses Esta seccedilatildeo eacute publicada anualmente no uacuteltimo volume do ano (dezembro) e apresen-ta as informaccedilotildees sobre as dissertaccedilotildees e teses em qualquer aspecto da herpetologia brasileira defendidas no ano anterior Qualquer egresso ou orientador pode entrar em contato diretamente com o editor da seccedilatildeo informando os seguintes dados refe-rentes a dissertaccedilatildeo ou tese defendida (1) universidade e departamentoinstituto (2) graduaccedilatildeo (3) data da defesaaprovaccedilatildeo (4) programa de poacutes-graduaccedilatildeo (5) aluno (6) tiacutetulo (7) orientador

Seccedilotildees

Seccedilotildees

Meacutetodos em Herpetologia Esta seccedilatildeo trata dos meacutetodos claacutessicos e de vanguarda referentes a herpe-tologia Satildeo abrangidos revisotildees e descriccedilotildees de novos meacutetodos empiacutericos relacionados aos diversos meacutetodos de coleta e anaacutelise de dados represen-tando a multidisciplinaridade da herpetologia moderna

Ensaios amp Opiniotildees Esta seccedilatildeo apresenta opiniotildees sobre assuntos de interesse geral em herpe- tologia

ResenhasEsta seccedilatildeo apresenta textos que resumem e avaliam o conteuacutedo de livros de interesse para nossa comunidade

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Esta seccedilatildeo apresenta artigos que preferencialmente resultam de observa-ccedilotildees de campo de natureza fortuita realizadas no Brasil ou sobre espeacutecies que ocorrem no paiacutes

Obituaacuterios Esta seccedilatildeo apresenta artigos avisando sobre o falecimento recente de um membro da comunidade herpetoloacutegica brasileira ou internacional conten-do uma descriccedilatildeo de sua contribuiccedilatildeo para a herpetologia

Listas de Espeacutecies Brasileiras Periodicamente a SBH publica a lista oficial de espeacutecies de anfiacutebios e reacutepteis brasileiros

Editores Gerais Deacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Joseacute P Pombal Jr (pombalacdufrjbr)Magno Segalla (msegallagmailcom)

Editor de liacutengua inglesaRoss D MacCullochRoyal Ontario Museum Canada

Notiacutecias da SBH Rafael dos Santos Henrique (rafahenriquebiologiagmailcom)

Notiacutecias Herpetoloacutegicas GeraisCinthia Aguirre Brasileiro (cinthia_brasileiroyahoocombr)Mirco Soleacute (mksoleuescbr)Paulo Seacutergio Bernarde (snakebernardehotmailcom)Rachel Montesinos(kelmontesinosgmailcom)

Notiacutecias de ConservaccedilatildeoCybele Lisboa(cyblisboayahoocombr)Deacutebora Silvano (deborasilvanogmailcom)

Corpo Editorial

Ibere F Machado (iberemachadogmailcom)Luis Fernando Marin (pulchellagmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)

Histoacuteria da Herpetologia BrasileiraDeacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

Trabalhos RecentesAdriano Oliveira Maciel (aombiologoyahoocombr)Ariadne Fares Sabbag (ariadnesabbaggmailcom)Daniel S Fernandes (danferufrjgmailcom)Jeacutessica Mudrek (jessicamudrekgmailcom)Laura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)

Corpo Editorial

Dissertaccedilotildees amp TesesGiovanna G Montingelli (mastigodryasgmailcom)

DivulgaccedilatildeoLaura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

Meacutetodos em HerpetologiaAlexandro Tozetti (alexandrotozettigmailcom)Luis Felipe Toledo (toledolf2yahoocom)

Ensaios amp OpiniotildeesJulio Cesar Moura-Leite (jmouraleitegmailcom)Luciana B Nascimento (lunapucminasbr)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

ResenhasJoseacute P Pombal Jr - Anfiacutebios (pombalacdufrjbr)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo GeograacuteficaCarla Santana Cassini - Anfiacutebios (carlacassinigmailcom)Henrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

ObituaacuteriosEntrar em contato com os editores

Listas de Espeacutecies BrasileirasHenrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Magno Segalla - Anfiacutebios (msegallagmailcom)Paulo Christiano A Garcia - Anfiacutebios(pcagarciagmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Sumaacuterio

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia

2612

4454

76136

Trabalhos Recentes

Ensaios e Opiniotildees

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Listas de Anfibios e Reacutepteis

38Histoacuteria da Herpetologia

66Resenhas

Ameerega pulchripectaSerra do Navio - AP Eduardo Campo

12

A Herpetologia Brasileira (HB) revista eletrocircnica de divulgaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Her-

petologia eacute produzida atraveacutes da dedi-caccedilatildeo voluntaacuteria de nossos editores e busca a sintonia com as demandas da nossa comunidade herpetoloacutegica Nes-te contexto a Herpetologia Brasileira esta em constante construccedilatildeo buscan-do uma maior interaccedilatildeo com a nossa comunidade herpetoloacutegica

Desde o iniacutecio do mecircs de junho de 2020 HB estaacute presente nas miacutedias sociais Agora aleacutem dos volumes publicados nos meses de abril agosto e dezembro HB tambeacutem esta no Instagram com o perfil Herpetologia Brasileira - HB e no Twitter

Notiacutecias da SociedadeBrasileira de HerpetologiaNota dos editores

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Nossos perfis satildeo coordenados por nos-sas novas editoras e divulgadoras

Laura Alencar Mariana Pontes Quezia Ramalho e Sarah Macircngia

Sigam a HB e guardem por mais novi-dades nos nossos canais de comunica-ccedilatildeo

13

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Deacutelio Baecircta Joseacute P Pombal Jr e Magno Segalla

Editores Gerais - Herpetologia Brasileira

Mudanccedila no corpo editorial

A SBH e a Herpetologia Brasi-leira agradecem imensamente aos nossos editores que deixam o nosso corpo editorial e daacute boas vindas aos novos editores

A produccedilatildeo das revistas da SBH soacute eacute possiacutevel graccedilas agrave dedicaccedilatildeo dos membros dos corpos editoriais

que dedicam seu tempo agrave editoraccedilatildeo Devido a outras exigecircncias profissionais e pessoais agraves vezes os editores satildeo obri-gados a renunciar aos cargos para poder atender a outras demandas e permitir que outros pesquisadores passem a fa-zer parte dos corpos editoriais

Agradecemos imensamente aos editores

Francisco Luis Franco (Obituaacuterios)

Rodrigo Tinoco (Editor graacutefico e con-tato para publicidade)

Yeda Bataus (Notiacutecias de Conservaccedilatildeo)

Tambeacutem damos boas-vindas aos novos editores que passam a inte-grar a Herpetologia Brasileira

Jessica R Mudrek (Trabalhos Recentes)

Laura R V de Alencar (Trabalhos Recentes)

Mariana R Pontes (Notiacutecias da conservaccedilatildeo)

Quezia Ramalho (Resenhas)

Sarah Macircngia (Notas de Histoacuteria Natural e Distri-buiccedilatildeo Geograacutefica)

14

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Devido agrave pandemia do novo co-ronaviacuterus a diretoria da SBH juntamente com seus con-

selheiros decidiu adiar o Congresso Brasileiro de Herpetologia (CBH) que ocorreria em meados de julho de 2021

A organizaccedilatildeo de um CBH eacute desafiado-ra e conta com a participaccedilatildeo o enga-jamento e o voluntariado de diversas pessoas instituiccedilotildees e empresas Esse desafio seria ainda maior durante uma pandemia na qual haacute incertezas e pre-ocupaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves nossas ativi-dades diaacuterias e ao futuro Aleacutem disso a diretoria da SBH acredita que ainda natildeo podemos pensar na organizaccedilatildeo de um evento que aglomeraraacute pessoas em salas e auditoacuterios Haacute muitas in-certezas para o proacuteximo ano e o mais seguro seraacute adiar o nosso tatildeo querido CBH para um momento no qual tenha-mos tranquilidade para estarmos todos juntos discutindo ciecircncia e encontran-do velhos e novos amigos A diretoria da SBH espera que todos estejam bem e que possamos nos encontrar no Con-gresso Brasileiro de Herpetologia de 2022

Editor Rafael S Henrique

Congresso Brasileiro de Herpetologia adiado

15

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Corallus caninusManaus - AM Alexander T Mocircnico

16

Os dados de citaccedilatildeo de 2019 para os perioacutedicos indexados na Web of Science foram publicados

no final de junho e a South American Journal of Herpetology (SAJH) alcan-ccedilou seu maior fator de impacto (FI) 1388 ultrapassando perioacutedicos tradi-cionais de referecircncia mundial na aacuterea (Figura 1) Esse resultado eacute a conquista de toda a nossa sociedade especialmen-te dos editores associados e inuacutemeros revisores que de maneira voluntaacuteria laboram para garantir a qualidade dos trabalhos e dos autores que escolhem a SAJH para publicar seus resultados

Parte da estrateacutegia para atingir esse FI inclui a limitaccedilatildeo do nuacutemero de artigos publicados por ano O FI eacute calculado como o nuacutemero de citaccedilotildees no ano C aos artigos publicados nos anos A e B dividido pelo nuacutemero de artigos publi-cados nos anos A e B Idealmente to-dos os artigos publicados contribuiacuteram positivamente para o FI Entretanto infelizmente natildeo todos os artigos cien-tificamente excelentes e importantes satildeo altamente citados nos primeiros dois anos apoacutes sua publicaccedilatildeo e a reali-dade eacute que a maioria dos artigos publi-cado na SAJH natildeo eacute bem citada duran-te esse periacuteodo Portanto o FI depende criticamente dos muito poucos artigos altamente citados - principalmente os estudos monograacuteficos publicados como nuacutemeros especiais Para natildeo diluir o efeito desses artigos altamente citados eacute necessaacuterio limitar o nuacutemero total de artigos publicados

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Informe sobre a South American Journal of Herpetology

Uma consequecircncia infeliz dessa limi-taccedilatildeo tem sido o atraso prolongado da publicaccedilatildeo de artigos aceitos Com a consolidaccedilatildeo do nosso FI em 2020 comeccedilamos a aumentar o nuacutemero de artigos publicados por ano de 24-25 em anos anteriores a 34-35 este ano Tambeacutem alteramos os procedimentos de publicaccedilatildeo para aproveitar melhor o mecanismo de ldquoissues in progressrdquo que a BioOne oferece para a liberaccedilatildeo an-tecipada online dos artigos aceitos Sob esse mecanismo os artigos necessaria-mente satildeo liberados na versatildeo final in-clusive com a paginaccedilatildeo final Portan-to todos os artigos de um determinado volume devem ser liberados na sequecircn-cia final engessando o processamento dos artigos Para garantir maior flexi-bilidade em 2020 comeccedilamos a publi-car vaacuterios volumes por ano em vez de um uacutenico volume com vaacuterios nuacutemeros Desta maneira podemos disponibilizar artigos de vaacuterios volumes simultanea-mente agrave medida que a ediccedilatildeo e a dia-gramaccedilatildeo forem finalizadas aceleran-do a disseminaccedilatildeo dos artigos Com essa mudanccedila a expectava no iniacutecio do ano era a liberaccedilatildeo de todos os artigos aceitos ateacute junho de 2020 mas natildeo foi possiacutevel atingir essa meta por causa dos diversos impactos da pandemia de COVID-19 De qualquer forma todos os artigos aceitos seratildeo liberados nos proacuteximos meses inclusive os dos volu-mes formalmente publicados em 2021

17

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Agrave medida que a revista cresce e amadu-rece surgem novos desafios O aumen-to significativo na taxa de submissatildeo de artigos tem sido um estresse enor-me para a gestatildeo da revista Aleacutem da demora em receber pareceres de qua-lidade sobre as submissotildees - um desa-fio que todos os perioacutedicos enfrentam - as demandas de correspondecircncia com autores durante o processamento das submissotildees aumentaram resultando em respostas atrasadas ou inclusive e-mails natildeo atendidos Essa situaccedilatildeo tambeacutem exacerbada pela pandemia eacute lamentaacutevel e inaceitaacutevel Portanto a Diretoria da SBH autorizou a contrata-ccedilatildeo de serviccedilo de secretariado para au-xiliar na comunicaccedilatildeo com os autores

e funccedilotildees relacionadas o que deve ser fechada em breve

Com essas mudanccedilas estou confiante de que iremos conseguir manter a exce-lecircncia e o alto ranking da SAJH reduzir significativamente o prazo de liberaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos artigos e melhorar a frequecircncia e a qualidade das interaccedilotildees com os autores durante o processamen-to das submissotildees

Taran Grant

Editor-in-Chief SAJH

Figura 1 Valores do Fator de Impacto de 2019 de perioacutedicos da aacuterea da herpetologia

18

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

NOTA DE REPUacuteDIO DAS ASSOCIACcedilOtildeES E SOCIEDADES

CIENTIFICAS BRASILEIRAS AO DESMANTELAMENTO DAS POLIacuteTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

A Sociedade Brasileira para Progresso da Ciecircncia (SBPC) Associaccedilatildeo

Brasileira de Limnologia (ABLimno) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e

Conservaccedilatildeo (ABECO) Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO) Sociedade

Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP) Sociedade

Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox) Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC) Associaccedilatildeo Brasileira de

Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen) Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-

Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) Sociedade Astronocircmica Brasileira

(SAB) Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) Sociedade Brasileira de Biofiacutesica

(SBBf) Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos Sociedade Brasileira de

Geneacutetica (SBG) Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Sociedade Brasileira de

Eletromagnetismo (SBMAG) Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO) Associaccedilatildeo Nacional de

Histoacuteria (ANPUH) Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT) Sociedade

Brasileira de Matemaacutetica (SBM) Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Sociedade Brasileira de Virologia Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais

(SBPM) Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) Sociedade Brasileira de Quiacutemica

(SBQ) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP) Associaccedilatildeo Nacional de

Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL) Sociedade Brasileira

De Zoologia (SBZ) Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) Sociedade

Brasileira de Carcinologia (SBC) Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Sociedade Brasileira de Etologia SBEt Sociedade Brasileira de Malacologia

(SBMa) Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) Sociedade Brasileira de

Primatologia (SBPR) Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto) Sociedade

Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL) Sociedade Brasileira para

o Estudo de Quiropteros (SBEQ) Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias (ESOCITE)

vecircm manifestar repuacutedio quanto ao enfraquecimento e desmantelamento das poliacuteticas de

19

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia conservaccedilatildeo ambiental no Brasil desde o iniacutecio de 2019 aumentando a pressatildeo humana

sobre os ecossistemas brasileiros e sobre agrave Biodiversidade Efeitos de meacutedio e longo prazo

sobre perda de haacutebitats e de espeacutecies satildeo esperados com danos de grande magnitude agrave

biodiversidade brasileira consequentemente no funcionamento dos ecossistemas Este

quadro eacute uma das consequecircncias da reduccedilatildeo de dispositivos legais de fiscalizaccedilatildeo do

desmantelamento dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle aleacutem da reduccedilatildeo dos

mecanismos de participaccedilatildeo popular em oacutergatildeos como o CONAMA (1)

A recente declaraccedilatildeo do Ministro do Meio do Ambiente Ricardo Salles repercutida em

todo mundo eacute um grave indicativo da ausecircncia de uma poliacutetica ambiental com foco na

conservaccedilatildeo e sustentabilidade dos recursos naturais do paiacutes assim como um grave atentado

contra o proacuteprio Ministeacuterio que deveria representar Ao declarar que o ldquogoverno deveria

aproveitar o momento em que o foco da sociedade estaacute voltado para o combate ao Covid

19 para simplificar regras e normasrdquo o atual ministro abre um grave precedente agrave

devastaccedilatildeo do sistema de conservaccedilatildeo ambiental brasileiro expondo accedilotildees contra os

interesses nacionais de gestatildeo dos recursos naturais que satildeo funccedilatildeo da sua proacutepria pasta

Tais medidas aleacutem de questionadas devem ser submetidas a um rigoroso processo de

avaliaccedilatildeo com as devidas medidas legais aplicadas

A falta de compromisso do atual governo com a conservaccedilatildeo ambiental expotildee a

falha no cumprimento dos princiacutepios expostos no artigo 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira que

claramente descreve o papel da Uniatildeo e da coletividade na defesa e preservaccedilatildeo do meio

ambiente

A ideia de desmantelamento vem desde a eacutepoca das eleiccedilotildees quando o entatildeo candidato

cogitava na extinccedilatildeo da pasta do Meio Ambiente como Ministeacuterio No entanto a existecircncia do

mesmo natildeo foi garantia de manutenccedilatildeo da poliacutetica de conservaccedilatildeo ambiental acordos climaacuteticos

e combate ao desmatamento sendo o Serviccedilo Florestal Brasileiro transferido para o Ministeacuterio da

Agricultura e a Agecircncia Nacional das Aacuteguas (ANA) para o Ministeacuterio de Desenvolvimento

Regional

- O desmatamento da Amazocircnia tem registrado os maiores aumentos percentuais

dos uacuteltimos 10 anos desde 2019 com um pico registrado no uacuteltimo mecircs de abril no Estado

do Paraacute segundo dados gerados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) (2) Entre

as graves consequecircncias no avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia podem ser destacados aleacutem

da irreparaacutevel perda da biodiversidade os efeitos em escala global com aumento de incidecircncia de

secas e extremos climaacuteticos bem como aumento da liberaccedilatildeo de CO2 (134)

20

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

- A reduccedilatildeo abrupta no uacuteltimo ano do nuacutemero de multas aplicadas pelo IBAMA em

todo paiacutes (5) especialmente na regiatildeo Norte e as frequentes declaraccedilotildees negativas do

Ministro Ricardo Salles e do proacuteprio governo em relaccedilatildeo aos marcos regulatoacuterios que

definem o papel criacutetico dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo expondo o patrimocircnio ambiental do

paiacutes a um aumento sem precedentes no desmatamento e a outros crimes de natureza

predatoacuteria

- Exoneraccedilatildeo de especialistas de cargos fundamentais na fiscalizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

de estrateacutegias e poliacuteticas de conservaccedilatildeo ambiental como ICMBio (6) Criado pela lei

11516 de 28 de agosto de 2007 o ICMBio tem como missatildeo executar medidas para

cumprimento do exposto no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo)

incluindo fiscalizaccedilatildeo das Unidades de Conservaccedilatildeo (UCs) instituiacutedas por lei Outra

medida do atual governo foi a revisatildeo de UCs alegando ilegalidades na criaccedilatildeo com

possibilidade de afrouxamentos nos niacuteveis de proteccedilatildeo ambiental que foram instituiacutedos

por teacutecnicos especializados atraveacutes de criteriosa anaacutelise ambiental e planos de manejo

Tais medidas associadas a outras de mesma natureza expotildee as UCs a alta vulnerabilidade

e riscos pois incluem aacutereas de alta relevacircncia para conservaccedilatildeo espeacutecies raras e

endecircmicas bem como haacutebitats uacutenicos e espeacutecies altamente ameaccedilados

- Desde o iniacutecio do atual governo aproximadamente 551 agrotoacutexicos foram

liberados sendo que 30 a 35 destes foram considerados potencialmente canceriacutegenos

pelas agecircncias regulamentadoras internacionais e proibidos pela Uniatildeo Europeacuteia Aleacutem

dos evidentes riscos agrave sauacutede humana o aumento na liberaccedilatildeo de agrotoacutexicos com alto

iacutendice de toxicidade representam um retrocesso na poliacutetica ambiental nacional com

consequentes e seacuterios riscos agrave sauacutede humana e aos ecossistemas naturais (7) aumentando

concentraccedilatildeo e acuacutemulo de substacircncias deleteacuterias nos solos e corpos dacuteaacutegua

- O definhamento do sistema de Gestatildeo de Riscos e Resposta a Desastres Naturais

bem como a ausecircncia de investimentos para o setor ao longo dos anos aumenta a

vulnerabilidade dos ecossistemas da biodiversidade e da populaccedilatildeo humana a fatores que

podem ser evitados a partir do comprometimento governamental quanto ao

monitoramento preventivo agrave contenccedilatildeo de diversos acidentes envolvendo por exemplo

o derramamento de substacircncias toacutexicas e o rompimento de barragens As falhas constantes

na coordenaccedilatildeo e na gestatildeo de crises ambientais assim como a reduccedilatildeo abrupta de

investimentos foram expostas durante o episoacutedio do derramamento de petroacuteleo que

contaminou a costa brasileira em 2019 Neste caso mesmo com a ocorrecircncia de altos

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

21

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia niacuteveis de contaminaccedilatildeo ambiental da plataforma continental e ecossistemas associados o

Plano de Contingecircncia para Incidentes de Poluiccedilatildeo por Oacuteleo natildeo foi acionado mesmo este

estando previsto em lei (Decreto Nordm 8127 de 22 de outubro de 2013)

- A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo popular e de setores da sociedade civil em oacutergatildeos como

o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) A participaccedilatildeo da sociedade civil

representa um marco no papel de fiscalizaccedilatildeo dos ambientes no sentido da conservaccedilatildeo

uso e gestatildeo de seus recursos naturais Assim a reduccedilatildeo da participaccedilatildeo da sociedade

nesse processo se reflete o enfraquecimento de um marco democraacutetico importante no

processo decisoacuterio

- Aleacutem das questotildees de abrangecircncia nacional como as previamente mencionadas

a natildeo adesatildeo e saiacuteda do Brasil das discussotildees associadas agraves poliacuteticas internacionais de

Combate de mudanccedilas climaacuteticas e Aquecimento Global eacute um retrocesso Os draacutesticos

cortes de verbas e discursos erraacuteticos e negacionistas sobre a relevacircncia das medidas a

serem tomadas nesse sentido eacute um indicador da ausecircncia de compromisso do presente

governo com as poliacuteticas internacionais incluindo a reduccedilatildeo da emissatildeo de gases de efeito

estufa em um momento onde o aumento destes gases liberados pela crise de

desmatamento e incecircndios na Amazocircnia receberam grande repercussatildeo internacional

Diante desse cenaacuterio as presentes Associaccedilotildees e Sociedades Cientiacuteficas Brasileiras

da aacuterea de Biodiversidade Ciecircncias Bioloacutegicas Ciecircncias Exatas e Humanidades

expressam seu repuacutedio e solicitam providecircncias dos oacutergatildeos responsaacuteveis no sentido de

impedir e coibir a atual poliacutetica de desmantelamento ambiental O patrimocircnio ambiental

eacute um elemento criacutetico no desenvolvimento e manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta e das

futuras geraccedilotildees e portanto deve ser salvaguardado de medidas predatoacuterias O futuro do

Brasil depende da sua Natureza

Brasil 26 de maio de 2020

Ildeu Moreira

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia (SBPC)

Luciana Gomes Barbosa (UFPB) Presidente da Associaccedilatildeo Brasileira de Limnologia (ABLimno)

Carlos Eduardo de Viveiros Grelle

Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

22

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Maria Alice dos Santos Alves Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)

Fernanda Vidigal Duarte Souza

Sociedade Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG)

Tacircnia Regina dos Santos Silva (UEFS) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Ana da Silva Leacutedo

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP)

Flavio Manoel Rodrigues da Silva Juacutenior Presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox)

Ricardo Gazzinelli

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Gisele Sanglard Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC)

Silvia Batistuzzo

Associaccedilatildeo Brasileira de Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen)

Marco Antonio Mitidiero Junior Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)

Reinaldo de Carvalho

Sociedade Astronocircmica Brasileira (SAB)

Maria Elina Bichuette Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI)

Antonio Costa

Sociedade Brasileira de Biofiacutesica (SBBf)

Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos

Maacutercio de Castro Silva Filho Sociedade Brasileira de Geneacutetica (SBG)

Vilma Alves de Oliveira

Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Joseacute Roberto Cardoso

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

23

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)

Acircngelo Alves Correcirca Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Daniel Caixeta Andrade

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO)

Marcia Maria Menendes Motta Associaccedilatildeo Nacional de Histoacuteria (ANPUH)

Cristiano Magalhatildees Panazio

Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT)

Paolo Piccione Sociedade Brasileira de Matemaacutetica (SBM)

Ana Maria Ceacutesar Pompeu

Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Fernando Spilki Sociedade Brasileira de Virologia

Kalyne Leal

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM)

Simone Pereira Cerqueira Cruz Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)

Norberto Peporine Lopes

Sociedade Brasileira de Quiacutemica (SBQ)

Flaacutevia Biroli Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP)

Frederico Fernandes

Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL)

Luciane Marinoni

Sociedade Brasileira De Zoologia (SBZ)

Joatildeo Thadeu de Menezes Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

24

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

William Ricardo Amancio Santana (USC) Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC)

Gabriel Augusto Rodrigues de Melo

Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Fabio Prezoto Sociedade Brasileira de Etologia SBEt

Sonia Barbosa dos Santos

Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa)

Alexandre Reis Percequillo Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)

Gustavo Canale

Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPR)

Marcio Martins Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto)

Otto Bismarck Fazzano Gadig

Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL)

Enrico Bernard Sociedade Brasileira para o Estudo de Quiropteros (SBEQ)

Eliane Dias Quintela

Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Maiacutera Baumgarten Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias

(ESOCITE)

Referecircncias

1 Thomaz SM Barbosa LG Souza MC Panosso R Opinion The future of nature conservation in Brazil Inland Waters In press

2 Fonseca A Cardoso D Ribeiro J Ferreira R Kirchhoff F Amorim L Monteiro A Santos B Ferreira B Pontes M Souza Jr C Veriacutessimo A 2020 Boletim do desmatamento da Amazocircnia Legal (abril 2020) SAD (p 1) Beleacutem Imazon

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

25

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

3 CNN Brasil 2019 Quais os riscos do avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia CNN Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwcnnbrasilcombrnacional20200308quais-os-riscos-do-avanco-do-desmatamento-na-amazonia

4 Marengo JA Soares WR Saulo C Nicolini M 2004 Climatology of the low-level jet east of the Andes as derived from NCEP-NCAR reanalyses characteristics and temporal variability J Clim 172261ndash2280

5 Shalders A 2020 Queimadas disparam mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro BBC News Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwbbccomportuguesebrasil-49430376

6 Menegassi D 2020 ICMBio exonera todos os chefes de UCs que protegem o mico-leatildeo-dourado O Eco Rio de Janeiro [acessado25 de maio de 2020] httpswwwoecoorgbrreportagensicmbio-exonera-todos-os-chefes-de-ucs-que-protegem-o-mico-leao-dourado

7 Marin-Morales MA Ventura-Camargo BC Hoshina MM 2013 Toxicity of herbicides impact on aquatic and soil biota and human health In Price AJ Kelton JA editors In Herbicides ndash Current Research and Case Studies in Use InTech Rijeka Croatia p 399ndash443

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

26

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA CONSERVACcedilAtildeO DO BOI-DEO MAIS RARO DO MUNDO A JIBOIA-DO-RIBEIRA - Corallus Cropanii (HOGE1953)

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Localizada ao sul do Estado de Satildeo Paulo a regiatildeo do Vale do Ribeira abriga em uma faixa de vegetaccedilatildeo

contiacutenua grande parte dos remanescentes de Mata Atlacircntica do Brasil apresentan-do uma potencial fonte de recursos natu-rais e encantadora diversidade ecoloacutegica Abrangendo 31 municiacutepios satildeo encon-tradas diferentes tipos de comunidades distribuiacutedas historicamente ao longo de todo o Vale como quilombolas caiccedilaras indiacutegenas dentre outras aleacutem de uma rica biodiversidade ainda parcialmente desco-nhecida

Eacute nesta regiatildeo que vive uma serpente con-siderada por especialistas como uma das mais raras do mundo ameaccedilada de ex-tinccedilatildeo de acordo com a lista vermelha da Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (Marques 2010) e vulneraacutevel agrave extinccedilatildeo pela lista de espeacutecies ameaccedila-das do Brasil (ICMBio 2018) a Corallus cropanii (Hoge 1953) tambeacutem conhecida como Boa de Cropan e recentemente reba-tizada como Jiboia-do-Ribeira Acredita-

Daniela Gennari sup1 Bruno Rocha sup2

sup1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil danigen-narigmailcomsup2 Instituto Butantan 05503-900 Satildeo Paulo SP Brasil brunorochaherpetogmailcom

-se que essa jiboia tem distribuiccedilatildeo restri-ta ao Vale do Ribeira poreacutem permanecem desconhecidas a estrutura e a dinacircmica populacional desta enigmaacutetica espeacutecie

O primeiro indiviacuteduo conhecido desta es-peacutecie chegou agraves matildeos do herpetoacutelogo do Instituto Butantan Dr Alphonse Richard Hoge em 1953 e foi descrito como Xeno-boa cropanii uma homenagem ao Baratildeo Ottorino de Fiore di Cropani Geoacutelogo e Vulcanoacutelogo italiano que foi professor vi-sitante no Brasil durante a fundaccedilatildeo da Universidade de Satildeo Paulo (Hoge 1953) Apoacutes a descriccedilatildeo o indiviacuteduo - um macho com cerca de 1m de comprimento encon-trado no municiacutepio de Miracatu SP - foi tombado como holoacutetipo da espeacutecie na co-leccedilatildeo do Instituto Butantan e posterior-mente perdido no incecircndio ocorrido na mesma coleccedilatildeo em 2010 (Franco 2012)

O segundo exemplar foi encontrado em Pedro de Toledo em 1969 e levado agrave Co-leccedilatildeo do Instituto Butantan sendo poste-riormente doado ao American Museum of Natural History em New York (EUA) O

27

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

terceiro espeacutecime foi encontrado em 1978 e chegou ao Instituto Butantan pelo trem que partia da estaccedilatildeo de Santos litoral de Satildeo Paulo e por este motivo natildeo tem sua procedecircncia especiacutefica

Apoacutes cerca de 30 anos sem novos regis-tros pesquisadores do Instituto Butantan receberam um novo espeacutecime morto em 2002 encontrado no municiacutepio de Eldo-rado por um fazendeiro que havia preser-vado em aacutelcool somente a cabeccedila e a pele do animal Alguns anos depois em 2009 outro exemplar da espeacutecie foi morto e re-gistrado com uma uacutenica fotografia por moradores do bairro Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras (SP) publicado posterior-mente como o quinto registro da espeacutecie (Machado-Filho et al 2011) Em 2016 os moradores do mesmo local encontraram um novo espeacutecime da jiboia que embora tenha sido morto teve parte de sua pele e esqueleto recuperados e material geneacutetico coletado Trata-se do sexto registro e en-contra-se na coleccedilatildeo cientiacutefica do Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo

Historicamente haacute na relaccedilatildeo homem-ser-pentes diversas crenccedilas mitos e lendas negativas sobre esses animais estimulan-do a rejeiccedilatildeo e o medo e fazendo com que na maior parte das vezes as serpentes se-jam mortas quando encontradas (Argocirclo 2004 Lima-Verde 1994 Vizotto 2003) No caso da Jiboia-do-Ribeira natildeo seria diferente jaacute que segundo os moradores muitas vezes satildeo confundidas com outra espeacutecie peccedilonhenta e abundante na aacuterea a Bothrops jararacussu Outro ponto im-portante eacute que mesmo havendo exaustivo esforccedilo amostral em buscas cientiacuteficas por parte de pesquisadores na regiatildeo do Vale

todos os exemplares foram avistados ape-nas por membros da comunidade

Intrigados por esse contexto somado a deficiecircncia de dados sobre aspectos gerais da biologia da espeacutecie e os mais de 60 anos sem acesso a um espeacutecime vivo desenvol-vemos em 2016 o ldquoProjeto de Conservaccedilatildeo da Jiboacuteia do Ribeirardquo (Figura 01) utili-zando entatildeo a Educaccedilatildeo Ambiental como ferramenta principal para encontrar es-peacutecimes vivos de Corallus cropanii Con-tando com a ajuda da comunidade local buscamos ampliar a percepccedilatildeo ambiental dos moradores de diversas faixas etaacuterias atraveacutes da sensibilizaccedilatildeo a fim de elucidar os valores cientiacuteficos agregados a esta es-peacutecie e desenvolver atitudes que lhes per-mitam adotar uma posiccedilatildeo participativa a respeito das questotildees relacionadas com a conservaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo consciente dos recursos naturais Atraveacutes das atividades educativas (Figura 02) ressaltamos a im-portacircncia de encontrar espeacutecimes vivos para monitorar de perto a Jiboia-do-Ri-beira em seu habitat natural e obter infor-maccedilotildees ainda desconhecidas sobre seus haacutebitos de vida

28

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 1 Logo de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira

Figura 2 Atividade de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira para os mora-dores da comunidade do Guapiruvuacute utilizando os folhetos Foto Tiago Queiroz

29

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Para viabilizaccedilatildeo do projeto a Uniatildeo In-ternacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (IUCN) forneceu o apoio financeiro atra-veacutes do Boas and Phytons Specialist Group (BPSG) e contamos tambeacutem com apoio e orientaccedilotildees do RAN-ICMBio durante ofi-cina do PAN (Plano de Accedilatildeo Nacional para Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) Comeccedila-mos criando um novo nome vernacular vi-sando estreitar a ligaccedilatildeo da sociedade com esta espeacutecie o termo ldquoJiboiardquo para sinali-zar a identificaccedilatildeo como uma espeacutecie de serpente natildeo venenosa e ldquodo Ribeirardquo por ser endecircmica da regiatildeo do Vale do Ribeira Demos iniacutecio ao plano de educaccedilatildeo am-biental com a comunidade do Guapiruvuacute bairro rural de Sete Barras (SP) onde fo-ram feitos os registros mais recentes desta espeacutecie

Essa interaccedilatildeo do projeto junto agrave comuni-dade do Guapiruvuacute foi significativamente favorecida pelo fato da comunidade estar historicamente ligada agraves causas ambien-

tais e uso sustentaacutevel do meio ambiente Logo no iniacutecio houve uma parceria com a frente ambiental da Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute os ldquoAmigos da Matardquo (Figura 03) que nos ajudaram a realizar aulas e palestras sobre as espeacutecies de serpentes que habitam a regiatildeo infor-mando sobre como identificar as espeacutecies venenosas e apresentando a Jiboia-do-Ri-beira ao puacuteblico infantil jovem e adulto enfatizando que eacute um animal especial que soacute existe ali que se as pessoas continuas-sem a mataacute-los eles poderiam se extinguir antes mesmo que aprendecircssemos algo a respeito Tivemos o cuidado de destacar a relevacircncia cientifica dessa serpente acima de qualquer valor econocircmico pois sabe-mos que esta espeacutecie desperta o interesse de traficantes de animais que vendem ser-pentes para o comercio ilegal de animais de estimaccedilatildeo Ao longo desse processo foram distribuiacutedos por toda a comunidade car-tazes e folhetos contendo fotos e informa-ccedilotildees sobre a Jib0ia-do-Ribeira instruindo sobre como proceder e nos contactar no

caso de um encontro com um animal (Figura 04)

Figura 3 Bruno Rocha du-rante uma das palestras mi-nistradas junto ao grupo dos Amigos da Mata Foto Liacutevia Correcirca

30

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figuras 4 Folhetos elaborados por parte do Projeto para divulgaccedilatildeo identificaccedilatildeo da Jiboia -do-Ribeira e instruccedilotildees de como proceder frente a um encontro

Jiboacuteia do Ribeira Projeto de conservaccedilatildeo da serpente

Corallus cropanii

bull Vive somente no Vale do Ribeira bull Natildeo possui veneno

A Jiboacuteia do Ribeira

bull Possui proacuteximo a boca fossetas (buracos) entre as escamas

Projeto de conservaccedilatildeo e pesquisa de um animal raro

que vive aqui no Vale do Ribeira

Favor natildeo perturbar o animal caso o tenha encontrado

Se possui alguma informaccedilatildeo sobre a localizaccedilatildeo deste animal

favor entrar em contato pelos nuacutemeros abaixo

Bruno Rocha (Bioacutelogo) E-mail brunorochaherpetogmailcom

(11) 94908-4727 (Tim) (11) 95640-0922 (Vivo) WhatsApp

Ajude-nos a encontraacute-la Viva

31

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2- Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

A parceria Ciecircncia-Comunidade rendeu bons frutos Em ja-neiro de 2017 um novo indiviacuteduo da Jiboia-do-Ribeira foi en-contrado vivo por moradores do Bairro Guapiruvuacute no muni-ciacutepio de Sete Barras estado de Satildeo Paulo (Figuras 05 e 06)

Figuras 5 O seacutetimo es-peacutecime conhecido de Co-rallus cropanii sendo o primeiro conhecido vivo apoacutes o holoacutetipo da espeacutecie Foto Liacutevia Correcirca

Figuras 6 Detalhe das evidentes fossetas la-biais que auxiliaram a identificaccedilatildeo por parte dos moradores que a en-contraram Foto Daniela Gennari

32

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 7 Bruno Rocha com Andreacute Marques Bezerra e Paulo Viniacutecius Teixeira moradores do Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras Es-tado de Satildeo Paulo que encontraram o indiviacute-duo e nos auxiliaram durante todo o monito-ramento Foto Liacutevia Correcirca

Figura 8 A valiosa interaccedilatildeo entre os pes-quisadores e as crianccedilas da comunidade do Guapiruvu elaborada em atividades que per-mitem a conscientizaccedilatildeo e desmistificaccedilatildeo das serpentes sempre pautada nas curiosidades e histoacuterias por outro lado alertando tambeacutem possiacuteveis riscos Foto Liacutevia Correcirca

Uma fecircmea adulta com cerca de 175m de comprimento e quando estava prestes a levar uma paulada foi reconhecida como a tal Jiboia-do-Ribeira por dois rapazes do grupo que participaram das atividades de Educaccedilatildeo Ambiental que vinham sen-do desenvolvidas por parte do Projeto de Conservaccedilatildeo Jiboacuteia do Ribeira (Figuras 07 e 08) O exemplar apelidado pelas crian-ccedilas do projeto Amigos da Mata por ldquodona Crocircrdquo foi monitorado ao longo de 3 meses

consecutivos depois de ser solto no mes-mo local em que fora encontrado Figuras 09 a 13) Apoacutes o fim do monitoramento em 2017 a escassez de recursos fez com que nossas visitas e atividades educativas na regiatildeo fossem menos intensas nos uacuteltimos anos

33

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 9 Comunidade reunida para a tatildeo esperada soltura da dona Crocirc Foto Tiago Queiroz

Figura 10 Daniela Gennari e a Jiboia-do-Ri-beira durante o manejo em cativeiro Foto Tiago Queiroz

Figura 11 Bruno Rocha e a Jiboia-do-Ribeira durante o manejo para a soltura do animal no local onde foi encontrado Foto Tiago Queiroz

34

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 13 Bruno Rocha e Daniela Gennari durante o monitoramento noturno da dona Crocirc utilizando aleacutem da busca visual a frequecircn-cia do sinal do tag acopla-do ao animal Foto Tiago Queiroz

Figura 12 Daniela Gennari e Bruno Rocha durante o monitoramen-to diurno da dona Crocirc acompanhando o deslocamento do indiviacuteduo visualmente e por registros fotograacuteficos Foto Tiago Queiroz

35

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Foi quando em abril deste ano um novo indiviacuteduo de Corallus cropanii foi morto na beira de uma estrada de chatildeo no muni-ciacutepio de Sete Barras (SP) num bairro proacute-ximo de onde empreendemos as atividades de Educaccedilatildeo Ambiental Os moradores re-gistraram o encontro por fotografias e ao compararem as fotos com as informaccedilotildees disponibilizadas na internet nos cartazes do projeto entraram em contato conos-co No mesmo instante empreendemos as buscas ao espeacutecime no local de encontro com ajuda da Associaccedilatildeo de moradores do Guapiruvuacute mas infelizmente natildeo tivemos sucesso Ainda assim ao analisar detalha-damente as fotografias enviadas garanti-mos o registro do oitavo exemplar de Co-rallus cropanii conhecido ateacute o presente momento

Atualmente estamos em fase de publica-ccedilatildeo dos dados obtidos no monitoramento da Dona Crocirc e seguimos buscando novas fontes de investimentos e parcerias para expandir as atividades educacionais tanto no Guapiruvuacute quanto em outros bairros rurais das cidades da regiatildeo do Vale do Ri-beira Acreditamos que soacute com a uniatildeo dos esforccedilos entre ciecircncia e comunidade tere-mos novas oportunidades de encontrar espeacutecimes vivos e monitoraacute-los in situ buscando elucidar os mais diversos as-pectos de vida dessa espeacutecie Vale ressal-tar tambeacutem a ideia de que essa rara jiboia pode ser vista como uma espeacutecie bandeira para o Vale do Ribeira e que atraveacutes des-ta parceria com a comunidade poderemos elaborar estrateacutegias de conservaccedilatildeo para a Corallus cropanii bem como para vaacuterias espeacutecies da fauna e flora local

De uma forma geral cabe aos cientistas aprenderem a dialogar e compartilhar o conhecimento com as pessoas dos mais variados graus de instruccedilatildeo Em contra-partida aprendemos com as vivecircncias e a sabedoria de quem vive haacute geraccedilotildees na flo-resta Soacute desta forma teremos resultados beneacuteficos para todas as partes envolvidas e no nosso caso principalmente para esta espeacutecie de serpente tatildeo fantaacutestica da her-petofauna brasileira

Para acompanhar de perto esse projeto si-ga-nos nas miacutedias sociais

bull Facebook Projeto de Conservaccedilatildeo Ji-boacuteia do Ribeira - Corallus cropanii

bull Instagram jiboiadoribeira

bull Twitter projetocropanii

Agradecimentos

Agradecemos ao Boa amp Python Specialist Group (IUCNSSC) pelo apoio financei-ro no iniacutecio do projeto Somos profunda-mente gratos a toda comunidade do Bair-ro Guapiruvu pela parceria em especial agrave Viniacutecius Teixeira e Andreacute Bezerra e tam-beacutem agrave Gilberto Otta agrave Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute e agrave iniciativa Amigos da Mata Agradecemos tambeacutem aos editores da Herpetologia Brasileira pelas sugestotildees no texto

36

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Referecircncias

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos ca-cauais do sudeste da Bahia Editora da UESC Ilheacuteus

Franco FL 2012 A Coleccedilatildeo Herpetoloacutegi-ca do Instituto Butantan da sua origem ao incecircndio ocorrido em 15 de maio de 2010 Herpetologia Brasileira 122ndash31

Hoge AR 1953 A new genus and species of Boinae from Brazil Xenoboa cropanii gen nov sp nov Memoacuterias do Instituto Butantan 2527ndash31

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Con-servaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Institu-to Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodi-versidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Lima-Verde J S (1994) Por que natildeo matar as nossas cobras Herpetologia no Brasil 192ndash101

Machado-Filho PR Duarte MR Carmo LF Franco FL 2011 New record of Co-rallus cropanii (Boidae Boinae) a rare snake from the Vale do Ribeira State of Satildeo Paulo Brazil Salamandra 47112ndash115

Marques O 2010 Corallus cropanii The IUCN Red List of Threatened Species 2010 eT39904A10281308 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2010-4RLTST39904A10281308en Consultado em 16 June 2020

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mi-tos supersticcedilotildees e crendices Editora Plecirc-iade Satildeo Paulo

Editora Cybele S Lisboa

37

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Dactyloa punctataSanta Teresa - ES Tatiane M Carmo

38

Histoacuteria da HerpetologiaCarlos Alberto Gonccedilalves da Cruz

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Professor Titular Aposentado Departamento de Biologia Animal Ins-tituto de Biologia Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroPesquisador Associado Setor de Herpetologia Departamento de Ver-tebrados Museu Nacional Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de JaneiroMarinheiro Regional de Conveacutes Capitania dos Portos do Rio de Janei-ro Marinha do Brasil

Carlos Cruz Reserva Santa Luacutecia Santa Teresa Espiacuterito Santo (1812006)

39

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Ao receber esse convite primeiro fi-quei assustado pensei ldquopor que eu por que natildeo os outros Satildeo tantosrdquo

Depois achei que seria muito difiacutecil escrever sobre mim e continuo achando Seria muito mais faacutecil escrever sobre um amigo ou mes-mo sobre os sapos Mas enfim vou tentar e aproveito para agradecer o convite que certa-mente seraacute uma oportunidade das pessoas me conhecerem um pouco mais

Nasci em 17 de julho de 1944 na regiatildeo de Guaratiba municiacutepio do Rio de Janeiro Es-tado do Rio de Janeiro Filho de Fernando

Carlos e sua esposa Arilda Parque Estadual do Itacolomi Ouro Preto Minas Gerais (28112003)

Gonccedilalves da Cruz e Antonia Maria Teixeira da Cruz Venho de famiacutelia classe meacutedia baixa meu pai era comerciante Em 20 de janeiro de 1970 casei-me com a professora Arilda Meira Gonccedilalves da Cruz e tenho trecircs filhos Adria-na Meira Gonccedilalves da Cruz 48 anos Monica Meira Gonccedilalves da Cruz 46 anos e Carlos Augusto Gonccedilalves da Cruz 43 anos Possuo ainda quatro netos Amanda Gonccedilalves da Cruz 15 anos Patrick Gonccedilalves da Cruz da Silva 13 anos Erick Gonccedilalves da Cruz da Sil-va 9 anos e Vicente Madeira Correcirca Gonccedilal-ves da Cruz nascido em 07 de maio de 2020

40

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Estudei os cinco anos do ensino primaacuterio em Campo Grande Zona Oeste do Rio de Janei-ro onde todo ano eu era considerado o me-lhor aluno do Coleacutegio Ainda guardo as cinco medalhas de Honra ao Meacuterito Em seguida ingressei na Escola Agroteacutecnica Ildefonso Si-motildees Lopes na Universidade Rural do Brasil hoje Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro onde concluiacute os cursos de Mestria Agriacute-cola e Teacutecnico Agriacutecola no periacuteodo de 1959 a 1965 No ano de 1966 eu cursei o Coleacutegio Uni-versitaacuterio e em 1967 prestei vestibular para o curso de Agronomia da UFRRJ contrariando minha vontade que era fazer Geologia O cur-so de Agronomia durou de 1967 a 1970 Logo no primeiro ano do curso eu me interessei pela disciplina de Zoologia ministrada pelo professor Eugenio Izecksohn que com muito conhecimento e desenvoltura sabia cativar seus alunos O professor Eugenio gostava de conversar apoacutes as aulas seja nos corredores seja no seu gabinete e a qualquer dia e hora que fosse procurado natildeo se furtava em nos atender sempre com muita atenccedilatildeo Certo dia do mecircs de setembro de 1967 eu ofereci ao professor Eugenio uma pequena coleccedilatildeo de escorpiotildees alguns vivos e a maioria mortos conservados em aacutelcool Ele se mostrou mui-to interessado e quis logo saber onde eu havia coletado aqueles exemplares Assim que in-formei que os animais eram provenientes da Restinga da Marambaia RJ seu interesse au-mentou muito e quis logo saber como poderia ir ao local Dei meu jeito e na semana seguin-te laacute estaacutevamos abrindo bromeacutelias e coletan-do Hyla truncata (hoje Xenohyla truncata) Aparasphenodon brunoi (hoje Nyctimantis brunoi) entre outros Esses dois nomes eu nunca mais esqueci pegamos muitos e ouvi

muitas vezes a repeticcedilatildeo deles O professor Eugenio logo percebeu que eu havia gostado de observar e coletar os anfiacutebios e assim pas-sou a me convidar para juntamente com seus bolsistas e outros interessados fazer coletas noturnas na Floresta da Tijuca municiacutepio do Rio de Janeiro no Horto Florestal de Santa Cruz municiacutepio de Seropeacutedica na Sacra Fa-miacutelia do Tinguaacute municiacutepio de Paulo de Fron-tin Teresoacutepolis Tinguaacute municiacutepio de Nova Iguaccedilu todas as localidades no estado do Rio de Janeiro Essas eram as localidades mais frequentes vaacuterias outras tambeacutem faziam par-te deste rol E foi assim que comecei troquei os escorpiotildees onde eu soacute me divertia em vecirc--los se alimentar pelos anfiacutebios onde eu natildeo soacute me interessei por estudaacute-los mas tambeacutem fiz deles uma paixatildeo Passei a maior parte da minha vida me dedicando a procurar desco-brir identificar e estudaacute-los Cheguei mesmo em algumas ocasiotildees a dedicar mais tempo aos anfiacutebios do que agrave minha famiacutelia Mas no fundo eu sabia que era compreendido e esse apoio que me foi dado foi fundamental para minha realizaccedilatildeo profissional e pessoal

Entatildeo voltando agrave narrativa logo apoacutes a colaccedilatildeo de grau como Engenheiro Agrocircnomo fui contra-tado pela UFRRJ como Auxiliar de Ensino para a aacuterea de Zoologia do Departamento de Biologia Animal em abril de 1971 A carga de lecionaccedilatildeo era pesada e quase natildeo sobrava tempo para as coletas de campo No ano seguinte ingressei no Regime Especial de Trabalho em Tempo In-tegral e Dedicaccedilatildeo Exclusiva com a aprovaccedilatildeo dos Projetos intitulados ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo e ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Peixes das Famiacutelias Rivulidae e Characidae Brasileirosrdquo

41

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Jaacute se passavam trecircs anos e meio de trabalho como Professor Auxiliar quando em 1974 tive a oportunidade de prestar concurso puacute-blico de Provas e Tiacutetulos para Professor Assis-tente do Quadro Permanente da UFRRJ onde trecircs vagas haviam sido destinadas agrave Aacuterea de Zoologia Obtive aprovaccedilatildeo e fui empossado em 5 de junho de 1974

Em 1976 fui aprovado nas provas de seleccedilatildeo do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional Rio de Janeiro UFRJ Desenvolvi um trabalho de Dissertaccedilatildeo sobre larvas de grupos de espeacutecies de Phyllomedusidae brasi-leiras sob a orientaccedilatildeo do professor Eugenio Izecksohn Naquela ocasiatildeo tive oportunida-de de frequentar a Biblioteca do Museu Na-cional bem como o laboratoacuterio do professor Antenor Leitatildeo de Carvalho e de outros pro-fessores daquela instituiccedilatildeo Concluiacute o referi-do curso em dezembro de 1978

No ano de 1980 obtive do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) uma Bolsa de Pesquisa para desenvol-ver o Projeto ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo Essa bolsa se manteve ateacute marccedilo de 2017 quando apre-sentei relatoacuterio referente ao periacuteodo de 2014 a 2017 e uma carta de agradecimento pelo apoio a mim concedido enquanto fui bolsista Nessa oportunidade natildeo apresentei projeto para so-licitaccedilatildeo de nova bolsa de pesquisa

Em janeiro de 1981 fui promovido ao cargo de Professor Adjunto O julgamento dessa promo-ccedilatildeo foi feito por uma comissatildeo de trecircs profes-sores adjuntos que analisaram o relatoacuterio por mim apresentado sobre minhas atividades de

ensino e pesquisa Neste mesmo ano fui aceito pela coordenaccedilatildeo do curso de Poacutes-graduaccedilatildeo em Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo para cursar o doutorado daquela Instituiccedilatildeo Desenvolvi um projeto de tese sobre as relaccedilotildees intergeneacutericas dos Phyllomedusidae da Flores-ta Atlacircntica bem como os seus relacionamen-tos entre si e com os demais gecircneros dessa fa-miacutelia Tive como orientador o professor Paulo Emiacutelio Vanzolini Minha defesa de tese ocorreu em dezembro de 1987

Durante o periacuteodo de 1983 a 1985 tive a opor-tunidade de participar ativamente do projeto ldquoFrogs of Boraceacuteiardquo juntamente com W Ro-nald Heyer e Craig Nelson da Smithsonian Institution Washington Stanley Rand da Smithsonian Tropical Research Panamaacute e Oswaldo Luiz Peixoto da UFRRJ Esse pro-jeto teve a coordenaccedilatildeo de Ronald Heyer no exterior e de Paulo Emiacutelio Vanzolini no Bra-sil e foi financiado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo pelo Smithsonian Institution e pelo Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico Des-se projeto resultaram duas publicaccedilotildees Seu desenvolvimento foi uma experiecircncia mui-to valiosa pois aleacutem do trabalho em si tive a oportunidade de escrever discutir e desen-volver trabalhos de campo com esses pesqui-sadores citados aleacutem de outros como Linda Maxson Mississipi State University e Ronald Crombie Smithsonian Institution

Em seguida veio a primeira experiecircncia ad-ministrativa que se deu com minha eleiccedilatildeo para chefe do Departamento de Biologia Ani-mal Instituto de Biologia UFRRJ em no-vembro de 1989 com mandato de dois anos

42

findado em novembro de 1991 Na sequecircncia fui reeleito para um segundo mandato A con-diccedilatildeo de chefe de Departamento me assegu-rou desde novembro de 1989 o assento como Membro do Conselho Departamental do Ins-tituto de Biologia Este Conselho dentre as vaacuterias funccedilotildees tem a obrigatoriedade de jul-gar as contas da Diretoria proceder a divisatildeo de recursos julgar projetos de pesquisas e programas de disciplinas bem como de tratar assuntos relacionados a ordem disciplinar de discentes e docentes

No ano de 1992 prestei concurso puacuteblico de Tiacutetulos e Provas para o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da UFRRJ Esse con-curso foi homologado em 15 de setembro de 1992 Fui aprovado e nomeado para o referido cargo em 17 de setembro de 1992

No ano seguinte venci a eleiccedilatildeo para o Cargo de Diretor do Instituto de Biologia e fui no-meado em 7 de setembro de 1993 para exer-cer por quatro anos o mandato do referido Cargo Entretanto em 14 de marccedilo de 1995 fui aposentado e nesse mesmo dia nomeado como Servidor Aposentado para cumprir o mandato ateacute o seu final previsto (7 de setem-bro de 1997)

Laacute pelos idos de 1995 recebi a visita do meu amigo professor Ulisses Caramaschi Mu-seu nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro que me convidou para trabalhar-mos juntos nas pererecas do grupo de Hyla polytaenia (atualmente Boana polytaenia) Inicialmente seria apenas para fazermos um trabalho soacute que foram aparecendo outros e mais outros e assim estamos trabalhando ateacute

os dias de hoje Com isso transitamos pelos Chiasmocleis Pseudis Melanophryniscus Dendrophryniscus entre outros Fui contra-tado como Professor Visitante por trecircs periacute-odos de dois anos cada no Departamento de Vertebrados do Museu Nacional

Laacute tive a oportunidade de interagir com maior eficiecircncia junto a estudantes de poacutes-gradua-ccedilatildeo Entretanto como natildeo era professor do quadro efetivo do Museu Nacional somente pude atuar como co-orientador E assim par-ticipei da orientaccedilatildeo de nove estudantes de doutorado e outros nove de mestrado En-quanto que na UFRRJ tive um estudante de doutorado e dois de mestrado

No que se refere a premiaccedilotildees e tiacutetulos hono-riacuteficos recebi os seguintes

Cynolebias cruzi nova espeacutecie de peixe da famiacutelia Rivulidae (1988) Cacruzia novo gecircnero de Orthoptera (1992) Pesquisador Associado Museu Nacional UFRJ (1998) Hyla cruzi (atualmente Dendropsophus cru-zi) nova espeacutecie de Anura (1998) Homena-geado no I seminaacuterio Ecirclio Gouvecirca Itatiaia RJ (2001) Chiasmocleis crucis nova espeacutecie de Anura (2003) Homenageado no II Congres-so Brasileiro de Herpetologia Belo Horizonte MG (2005) Cruziohyla novo gecircnero de Anu-ra (2006) Phasmahyla cruzi nova espeacutecie de Anura (2009) Cruzioseptins nova famiacutelia de peptiacutedeos antimicrobianos (2016) Membro Honoraacuterio da Sociedade Brasileira de Herpe-tologia (2017)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

43

Parque Estadual do Ibitipoca Conceiccedilatildeo do Ibitipoca Lima Du-arte Minas Gerais - fotos da esquerda e direita superior (12042006) - foto direita inferior (19102005)

A minha produccedilatildeo cientiacutefica resultou ateacute a presente data na publicaccedilatildeo de 117 artigos em revistas nacionais e internacionais na publi-caccedilatildeo de 44 artigos em anais de eventos na publicaccedilatildeo de um livro e em sete capiacutetulos de outros livros Apesar de essa produccedilatildeo estar voltada basicamente para a Floresta Atlacircntica do sudeste brasileiro eu viajei coletando por quase todos os estados do Brasil onde tive es-pecial atenccedilatildeo aos estados da Bahia e Espiacuterito Santo No entanto ainda natildeo tive a oportuni-dade de conhecer os estados do Acre Amapaacute Maranhatildeo Piauiacute e Rondocircnia

Finalmente sinto-me bastante feliz no que se refere agrave minha contribuiccedilatildeo ao conhecimen-to da biodiversidade dos peixes das famiacutelias Rivulidae e Characidae das quais descrevi seis espeacutecies novas e dos anfiacutebios anuros especialmente da Floresta Atlacircntica de onde descrevi ateacute o momento cerca de 80 espeacutecies novas e o gecircnero Phasmahyla Pretendo ter-minar alguns trabalhos em andamento cerca de 10 artigos Provavelmente quando esses artigos forem concluiacutedos e publicados eu mais os Professores Ulisses Caramaschi Re-nato Neves Feio Luciana Barreto Nascimento e Ivan Nunes entre outros amigos arranjare-mos mais alguns motivos para continuar indo ao campo coletar beber muita cerveja e con-tar muitas histoacuterias vividas

Rio de Janeiro 20 de fevereiro de 2020

Editores Deacutelio Baecircta Teresa C Avila-Pires

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Carlos Cruz

44

Jaramillo AF De La Riva I Guayasamin J M Chaparro JC Gagliardi-Ur-rutia G Gutieacuterrez RC Brcko I Vilagrave C Castroviejo-Fisher S 2020 Vastly underestimated species richness of Amazonian salamanders (Plethodontidae Bolitoglossa) and implications about plethodontid diversification Molecular Phylogenetics and Evolution 149106841 Doi httpsdoiorg101016jym-pev2020106841

As salamandras da famiacutelia Ple-thodontidae compreendem 66 das espeacutecies de Caudata e

tecircm sido amplamente utilizadas como modelos em estudos de biologia evolu-tiva As espeacutecies do grupo ocorrem da Ameacuterica do Norte ateacute a Ameacuterica do Sul com a maior riqueza na Ameacuterica Cen-tral que concentra 280 espeacutecies em 17 gecircneros Por outro lado a Ameacuterica do Sul apresenta apenas 37 espeacutecies em dois gecircneros Oedipina e Bolitoglossa Para alguns autores a baixa diversida-de na Ameacuterica do Sul poderia ser expli-cada por uma colonizaccedilatildeo mais recen-te No entanto descobertas geoloacutegicas paleontoloacutegicas e biogeograacuteficas apon-tam para a possibilidade de uma colo-nizaccedilatildeo mais antiga Estudos indicam que a diversidade em Bolitoglossa eacute mais subestimada na Ameacuterica do Sul que em outras localidades sendo a es-peciaccedilatildeo do gecircnero desacompanhada de mudanccedilas morfoloacutegicas detectaacuteveis Aleacutem disso os estudos de delimitaccedilatildeo de espeacutecies usando sequecircncias de DNA

ou morfologia trazem uma amostragem geralmente limitada geograficamente Os autores deste trabalho investigaram as relaccedilotildees evolutivas entre espeacutecimes de Bolitoglossa da Amazocircnia para di-mensionar a diversidade de espeacutecies do gecircnero e seus padrotildees de diversifi-caccedilatildeo e distribuiccedilatildeo Foram utilizadas sequecircncias de trecircs genes mitocondriais e dois nucleares de 366 espeacutecimes 189 correspondentes a 89 espeacutecies prove-nientes de fora da Amazocircnia Da Ama-zocircnia o estudo abrangeu 177 espeacuteci-mes incluindo tipos e topoacutetipos de oito das nove espeacutecies reconhecidas para a regiatildeo Com essa amostragem os au-tores atingiram 73 das espeacutecies co-nhecidas atualmente em Bolitoglossa Foram realizadas anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia e de Maacutexima Verossimi-lhanccedila para inferir as relaccedilotildees filogeneacute-ticas aleacutem de anaacutelises de delimitaccedilatildeo de espeacutecies dataccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da histoacuteria biogeograacutefica das espeacutecies sul americanas Os resultados revelam que a diversidade de Bolitoglossa na regiatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Trabalhos recentes

45

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

estaacute bastante subestimada Ao todo 44 espeacutecies putativas foram identificadas pelos autores Se este nuacutemero for con-firmado em estudos futuros a Ameacuteri-ca do Sul atingiraacute 79 espeacutecies e deveraacute ser considerada um importante centro de diversificaccedilatildeo de Plethodontidae O reloacutegio molecular e as anaacutelises bioge-ograacuteficas mostraram que Bolitoglossa colonizou a Ameacuterica do Sul a partir da Ameacuterica Central provavelmente por conexotildees desta com a regiatildeo do Chocoacute Colombiano que satildeo evidenciadas em estudos geoloacutegicos Aleacutem disso disper-sotildees posteriores entre a Amazocircnia e os Andes coincidem com as maiores mu-danccedilas reconhecidas na paisagem ama-zocircnica ocorridas ao fim do Mioceno e no Plioceno

Editor A O Maciel

46

Morales CH Sturaro MJ Nunes PMS Lotzkat S Peloso PLV 2020 A species-level total evidence phylogeny of the microteiid lizard family Alopo-glossidae (Squamata Gymnophthalmoidea) Cladistics 36301ndash321 Doi ht-tpsdoiorg101111cla12407

Alopoglossidae eacute uma famiacutelia de lagartos composta por dois gecircneros Alopoglossus e Pty-

choglossus que agrupam 23 espeacutecies encontradas desde a Costa Rica ateacute o norte da Ameacuterica do Sul a leste e oes-te dos Andes e em toda a Amazocircnia As espeacutecies do grupo satildeo diurnas mi-niaturizadas de coloraccedilatildeo e comporta-mento criacuteptico e vivem na serapilheira de florestas e em aacutereas de cultivo agriacute-cola Por muito tempo Alopoglossidae foi reconhecido como uma subfamiacutelia de Gymnophthalmidae mas recente-mente foi elevada agrave categoria de famiacutelia com base em filogenia molecular ten-do sido reconhecida como grupo irmatildeo de Teiidae + Gymnophthalmidae Ape-sar das relaccedilotildees entre essas trecircs famiacute-lias ainda serem consideradas contro-versas Alopoglossidae foi suportado como um grupo monofileacutetico com base tanto em morfologia quanto em dados moleculares No entanto as filogenias publicadas trazem uma amostragem pouco abrangente dos taacutexons que com-potildeem a famiacutelia Com o intuito de tes-tar o monofiletismo de Alopoglossidae e as relaccedilotildees entre as suas espeacutecies os autores deste trabalho realizaram uma anaacutelise filogeneacutetica integrando evidecircn-cias fenotiacutepicas e geneacuteticas incluindo

todos os taacutexons descritos para a famiacute-lia agrave exceccedilatildeo de uma espeacutecie O banco de dados incluiu sequecircncias de trecircs ge-nes mitocondriais e um nuclear aleacutem de 143 caracteres de folidose morfolo-gia da liacutengua morfologia do hemipecircnis e osteologia Os resultados das anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia corroboraram o monofiletismo de Alopoglossidae e apontaram o parafiletismo de Ptycho-glossus que foi entatildeo considerado si-nocircnimo juacutenior de Alopoglossus Para resolver um problema de homoniacutemia gerado no ato de sinonimizar os dois gecircneros um novo nome foi erigido para Alopoglossus festae que passou a ser A harrisi Aleacutem disso foram apresen-tadas uma nova diagnose para Alopo-glossus e algumas consideraccedilotildees bioge-ograacuteficas sobre Alopoglossidae

Editor A O Maciel

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

47

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Mailho-Fontana PL Antoniazzi MM Alexandre C Pimenta DC Sciani JM Brodie-Jr ED Jared C 2020 Morphological eviden-ce for an oral venom system in caecilian amphibians IScience 231ndash9 Doi httpsdoiorg101016jisci2020101234

Os anfiacutebios satildeo conhecidos por te-rem a pele rica em glacircndulas de to-xinas geralmente utilizadas como

defesa quiacutemica passiva contra predadores enquanto em outros grupos de animais as toxinas satildeo utilizadas durante a predaccedilatildeo como fazem as serpentes ao inocularem veneno em suas presas Os anuros e as salamandras ao longo das suas histoacuterias evolutivas desenvolveram uma variedade de sistemas de alimentaccedilatildeo No entanto as ceciacutelias apresentam apenas um meca-nismo de captura e ingestatildeo de suas pre-sas que eacute caracterizado por uma mordida poderosa auxiliada por numerosos dentes pontiagudos e recurvados Neste trabalho os autores avaliaram a morfologia da ca-beccedila da espeacutecie de ceciacutelia sul-americana Siphonops annulatus e encontraram glacircn-dulas associadas aos dentes das fileiras ex-ternas das maxilas superior e inferior Na maxila superior o conteuacutedo dessas glacircn-dulas eacute canalizado exclusivamente para a base dos dentes enquanto na maxila infe-rior o ducto das glacircndulas pode se canali-zar tambeacutem para o interior de cavidades presentes na mucosa oral onde os dentes maxila superior se acomodam quando a boca estaacute fechada Os autores tambeacutem en-contraram o mesmo tipo de glacircndulas em espeacutecies representantes de outras trecircs fa-miacutelias de ceciacutelias e notaram diferenccedilas na quantidade de glacircndulas presentes Aleacutem disso na ceciacutelia Typhlonectes compressi-cauda as glacircndulas estatildeo presentes ape-nas na maxila inferior o que pode estar

relacionado ao haacutebito aquaacutetico da espeacutecie O estudo do produto das glacircndulas de S annulatus apontou a presenccedila de muco e lipiacutedios aleacutem de proteiacutenas com ativi-dades enzimaacuteticas muito similares agraves en-contradas em animais peccedilonhentos como alguns lagartos e serpentes Observando a alimentaccedilatildeo da espeacutecie em laboratoacuterio foi possiacutevel verificar que apesar dos den-tes das ceciacutelias natildeo apresentarem sulcos especializados na conduccedilatildeo da secreccedilatildeo esta escorre das glacircndulas cobrindo a su-perfiacutecie dos dentes no momento da pre-daccedilatildeo o que possibilitaria a inoculaccedilatildeo de toxina na presa Aleacutem disso a morfologia da mucosa oral que envolve e que interco-necta os dentes favorece uma distribuiccedilatildeo uniforme da secreccedilatildeo ao longo da fileira de dentes durante a mordida Atraveacutes da anaacutelise de espeacutecimes receacutem eclodidos foi verificado que as glacircndulas encontradas em S annulatus tecircm origem na lacircmina dental e natildeo na epiderme onde se origi-nam as glacircndulas cutacircneas dos anfiacutebios Desse modo as glacircndulas associadas aos dentes das ceciacutelias satildeo consideradas ho-moacutelogas agraves das serpentes Portanto este trabalho abre novas perspectivas sobre o estudo comparativo da morfologia e com-posiccedilatildeo do produto das glacircndulas orais em vertebrados

Editor A O Maciel

48

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

de Saacute FP Haddad CFB Gray MM Verdade VK Thomeacute MTC Rodri-gues MT Zamudio KR 2019 Male-male competition and repeated evolution of terrestrial breeding in Atlantic Coastal Forest frogs Evolution 74459ndash475 Doi httpdxdoiorg101111evo13879

C ycloramphus e Zachaenus satildeo gecircneros de anuros que perten-cem agrave famiacutelia Cycloramphidae

uma famiacutelia de anuros conhecida por ter espeacutecies com haacutebitos saxiacutecolas e es-peacutecies com haacutebitos terrestres Este es-tudo teve por objetivos estudar padrotildees evolutivos nas relaccedilotildees filogeneacuteticas de Cycloramphus e Zachaenus relaccedilotildees ateacute entatildeo mal resolvidas em trabalhos anteriores Ateacute esse estudo poreacutem natildeo existia uma filogenia molecular que abrangesse a maior parte das espeacutecies dos gecircneros e que as tratasse como es-peacutecies focais

Especificamente os autores testaram trecircs hipoacuteteses (1) se a terrestrialidade evoluiu apenas uma vez no grupo (2) se machos e fecircmeas tecircm tamanhos de corpo variando conforme os haacutebitos reprodutivos e (3) se o dimorfismo se-xual em tamanho eacute maior em espeacutecies terrestres Para esse estudo os autores utilizaram amostras de tecido inclusi-ve de espeacutecimes coletados pelo conhe-cido Ronald W Heyer (Instituto Smi-thsonian) nas deacutecadas de 1970 e 1980

Com esse material amplificaram e se-quenciaram fragmentos mitocondriais

e nucleares para anaacutelises moleculares que incluiacuteram reconstruccedilotildees filogeneacute-ticas e anaacutelises filogeneacuteticas compara-tivas As caracteriacutesticas de tamanho de corpo dimorfismo sexual em tamanho e terrestrialidade foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas comparativas sintetizadas em diversas figuras ao lon-go do texto

Seguindo os resultados obtidos os autores concluiacuteram que taxonomica-mente Cycloramphus e Zachaenus deveriam ser considerados como um uacutenico gecircnero embora natildeo tenham fei-to a sinonimizaccedilatildeo Entre tantos outros resultados encontraram que possivel-mente o grupo passou por mais de uma mudanccedila de haacutebito de saxiacutecola para terrestre O ancestral comum a todo o grupo eacute saxiacutecola pequeno e com pe-queno dimorfismo sexual no tamanho do corpo Aleacutem disso encontraram uma correlaccedilatildeo entre o haacutebito reprodu-tivo e o dimorfismo sexual no tamanho do corpo sendo que espeacutecies saxiacutecolas contam com machos maiores e mais territoriais

Editora A Sabbag

49

Fratani J Ponssa ML Rada M Abdala V 2020 The influence of locomotion and habitat use on tendo-muscular units of an anuran clade (Anura Diphyaba-trachia) Zoologischer Anzeiger 28466ndash77 Doi httpsdoiorg101016jjcz201911002

Anatomia eacute atualmente um dos assuntos pouco estudados para anuros no Brasil Menos estu-

dados ainda satildeo os tendotildees de anuros Esse estudo traz uma mudanccedila neste cenaacuterio apresentando uma anaacutelise ex-tensa da variaccedilatildeo nos tendotildees (e muacutes-culos associados) de anuros da famiacutelia Leptodactylidae e Centrolenidae

Os objetivos dos autores foram cen-trados na hipoacutetese de que a variaccedilatildeo nessas estruturas estaacute relacionada agrave combinaccedilatildeo de fatores filogeneacuteticos funcionais e ecoloacutegicos Para isso ana-lisaram sob estereomicroscoacutepio as uni-dades tendo-musculares dos membros da cintura peacutelvica e da cintura peitoral de quase 200 exemplares dessas duas famiacutelias E adicionalmente incluiacuteram anaacutelises anatocircmicas de outras espeacutecies para efeitos comparativos e utilizaccedilatildeo como grupo externo

Para todas as espeacutecies eles revisaram informaccedilotildees sobre tipo de movimen-to efetuado com essas partes do corpo (salto escalada etc) e tipos de haacutebitos desses animais (terrestre arboriacutecola etc) entre outras informaccedilotildees Com

esses dados com revisatildeo bibliograacutefica e com dados morfomeacutetricos dos ele-mentos tendo-musculares os autores fizeram anaacutelises estatiacutesticas e anaacutelises filogeneacuteticas comparativas

Eles encontram uma correlaccedilatildeo posi-tiva significativa entre as dimensotildees de um tendatildeo e a forccedila potencial exer-cida pelo muacutesculo em associaccedilatildeo com esse tendatildeo Tambeacutem encontram que as variaccedilotildees estruturais dos elementos tendo-musculares estatildeo relacionadas agrave funccedilatildeo mecacircnica que esses elementos desempenham na locomoccedilatildeo e haacutebitos dos animais Mas que aleacutem disso existe uma relaccedilatildeo entre essa variaccedilatildeo e a his-toacuteria evolutiva dos grupos Esse eacute um padratildeo jaacute conhecido para outros verte-brados em relaccedilatildeo a essas estruturas mas pouco estudado em anfiacutebios

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

50

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Colaccedilo G Bittencourt-Silva GB Silva HR 2020 Can a shade shed light on the monophyly of Cycloramphidae (Lissamphibia Anura) Zoologischer An-zeiger 28518ndash26 Doi httpsdoiorg101016jjcz202001002

Os olhos de anfiacutebios anuros sem-pre despertaram a curiosidade de pesquisadores por diversas

razotildees Esse eacute um estudo anatocircmico so-bre uma estrutura ldquolobadardquo presente na iacuteris dos olhos de alguns anuros

Essa estrutura ganhou ao longo da his-toacuteria da batracologia mundial diversos nomes entre eles ldquomeniscusrdquo ldquoely-giumrdquo ldquoumbraculumrdquo Os autores fize-ram uma revisatildeo dos trabalhos que tra-tam dessa estrutura na literatura para entender se esses nomes se referem ao mesmo elemento encontrado em sema-forontes de Cycloramphidae o grupo focal do estudo

Para isso os autores dissecaram os olhos de adultos jovens e larvas de vaacute-rias espeacutecies de Cycloramphidae (Cy-cloramphus Zachaenus e Thoropa) e descreveram os ldquolobosrdquo com desenhos esquemaacuteticos e fotos de alta qualidade Encontraram que as espeacutecies de Cyclo-ramphus possuem a estrutura quando larvas jovens e adultos enquanto que as espeacutecies de Thoropa possuem ape-nas na fase larval

A partir dessas informaccedilotildees e da se-quecircncia ontogeneacutetica que analisaram para esses gecircneros eles sugerem uma hipoacutetese sobre a perda da estrutura nos adultos de Thoropa Esse tipo de con-clusatildeo natildeo foi possiacutevel para Zachaenus jaacute que os autores natildeo possuiacuteam exem-plares larvais muito difiacuteceis de encon-trar na natureza

Como existem vaacuterios nomes para esse ldquolobordquo para distintas famiacutelias de anu-ros os autores fazem uma discussatildeo sobre as propriedades morfoloacutegicas que indicam que essas estruturas satildeo homoacutelogas Discutem tambeacutem a pos-sibilidade dessa estrutura ser uma si-napomorfia para Cycloramphidae e sugerem que o nome dessa estrutura deva ser ldquomeniscusrdquo (menisco em por-tuguecircs) o primeiro nome apresentado na literatura por Miranda-Ribeiro

Editora A Sabbag

51

Cassini CS Taucce PPG Carvalho TR de Fouquet A Soleacute M Haddad CFB Garcia PCA 2020 One step beyond a broad molecular phylogene-tic analysis species delimitation of Adenomera marmorata Steindachner 1867 (Anura Leptodactylidae) PLoS ONE 15e0229324 Doi httpsdoiorg101371journalpone0229324

Adenomera eacute um dos gecircneros mais abundantes de anuros da Mata Atlacircntica apesar de pou-

co encontrado visualmente por muitos herpetoacutelogos Satildeo anfiacutebios pequenos que vivem preferencialmente na serapi-lheira e que satildeo muito difiacuteceis de iden-tificar por terem pouquiacutessima variaccedilatildeo morfoloacutegica entre as espeacutecies Apesar disso estudos anteriores indicam que existe uma grande variaccedilatildeo molecular e que se trata de um ldquocomplexordquo de es-peacutecies morfologicamente criacutepticas

Nesse trabalho os especialistas inten-cionaram delimitar especificamente a espeacutecie Adenomera marmorata e duas linhagens natildeo descritas associa-das a ela A ideia era avaliar para aleacutem da variaccedilatildeo molecular o quanto a va-riaccedilatildeo morfoloacutegica e variaccedilatildeo no canto de anuacutencio satildeo capazes de distinguir as linhagens geneacuteticas conhecidas Os autores para isso amplificaram e se-quenciaram fragmentos nucleares e mitocondriais de novas amostras (aleacutem do que jaacute existe publicado) Analisa-ram caracteriacutesticas morfomeacutetricas e estruturas morfoloacutegicas e fizeram uma anaacutelise sonora de gravaccedilotildees de canto

de anuacutencio A maior parte dos machos estudados foram sequenciados e anali-sados morfologicamente Isso eacute pouco comum em estudos com espeacutecies de Adenomera (e outros gecircneros de sera-pilheira) pela dificuldade de encontro visual com os indiviacuteduos e dificuldade em se associar o canto ao espeacutecimes

No estudo os autores apresentam hi-poacuteteses filogeneacuteticas distacircncias geneacute-ticas redes de haploacutetipos mapas de distribuiccedilatildeo fotografias de algumas estruturas morfoloacutegicas e anaacutelises es-tatiacutesticas com os dados de morfometria e canto Incluem tambeacutem um histoacuterico taxonocircmico das linhagens com uma discussatildeo sobre o caminho percorri-do pela Expediccedilatildeo Novara (de 1857) responsaacutevel pela coleta do holoacutetipo de Adenomera marmorata (apresentado em fotografia no artigo) Os autores de-cidem pela unificaccedilatildeo dos clados agrave Ade-nomera marmorata e redescrevem a espeacutecie

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

52

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

da Fonte LFM Mayer M S Loumltters 2019 Long-distance dispersal in amphi-bians Frontiers of Biogeography 11 e44577 Doi httpdxdoiorg1021425F5FBG44577

Dispersatildeo de longa-distacircncia (em inglecircs lsquolong-distance dis-persalrsquo LDD) eacute um tipo pouco

comum de dispersatildeo em anfiacutebios que envolvem movimentaccedilotildees para aleacutem da aacuterea usual de movimentaccedilatildeo das espeacutecies Nesse estudo os autores ela-boraram uma anaacutelise cienciomeacutetrica para entender como funciona esse tipo de dispersatildeo em anfiacutebios Em especial fizeram um levantamento sobre as for-mas de estudo desse tipo de evento e um levantamento sobre os padrotildees ge-rais de LDD

Foram levantadas informaccedilotildees de mais de 70 artigos a partir das bases de da-dos do ldquoWeb of Sciencerdquo e ldquoScopusrdquo Para as anaacutelises consideraram prin-cipalmente as dispersotildees ativas mas mencionam sobre os tipos baacutesicos de dispersatildeo passiva Grande parte das bibliografias levantadas satildeo estudos focados em anaacutelises moleculares que permitem inferecircncias mais raacutepidas so-bre padrotildees de dispersatildeo Os autores fornecem uma tabela sumaacuteria do le-vantamento bibliograacutefico e um mapa esquemaacutetico com as principais regiotildees do planeta com estudos sobre LDD

Concluem que os anfiacutebios embora ra-ramente realizam dispersatildeo de longa--distacircncia e mostram que esses eventos tiveram um papel importante no atual padratildeo biogeograacutefico do grupo em es-pecial nas ocorrecircncias disjuntas e nas colonizaccedilotildees de ilhas A maior distacircn-cia percorrida ativamente foi de 34 km e em termos de dispersatildeo de longa-dis-tacircncia passiva encontraram que os mo-vimentos chegam a 1000 km pela aacutegua Adicionalmente eles propotildeem que dez km eacute a distacircncia miacutenima de movimen-taccedilatildeo que pode ser considerada como dispersatildeo de longa-distacircncia

Editora A Sabbag

53

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Leptodactylus rhodomystaxReserva Florestal Adolpho Ducke - Manaus - AM Igor Fernandes

54

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Ensaios e Opiniotildees

Rachel Montesinos1 amp Heacutelio Ricardo da Silva2

1 Laboratoacuterio de Herpetologia Departamento de Zoologia Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Uni-versidade Federal de Minas Gerais 31270-901 Belo Horizonte MG montesinosufmgbr2 Laboratoacuterio de Histoacuteria Natural Anatomia Comparada e Sistemaacutetica de Anfiacutebios Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 23897-000 Seropeacutedica RJ heliorsilvagmailcom

Edward Drinker Cope uma ldquoestaacutetuardquo que tambeacutem precisa ser derrubadaAs razotildees por traacutes da decisatildeo da American Society of Ich-thyologists and Herpetologists de mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia

No iniacutecio de julho de 2020 uma das primeiras sociedades herpetoloacutegi-cas do mundo a American Society

of Ichthyologists and Herpetologists (ASIH - fundada em 1915) tomou uma decisatildeo his-toacuterica mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia A revista foi fundada em 1913 e de um comeccedilo simples quase fundo de quintal patrocinado pelo seu criador e primeiro editor John Treadwell Nichol (veja Berra 1984 Mitchell amp Smith 2013) atingiu em 2020 a marca de 108 volumes publica-dos Trata-se de uma revista internacional de prestiacutegio dedicada a publicar artigos cientiacute-ficos originais de alta qualidade sobre com-portamento conservaccedilatildeo ecologia geneacutetica morfologia evoluccedilatildeo fisiologia sistemaacutetica e taxonomia de peixes anfiacutebios e reacutepteis tanto

viventes como foacutesseis (asihcopeiaonlineorg) Segundo a Scimago Journal amp Country Rank (SJR) a Copeia apresentou em 2019 o fator de impacto de 1017 ocupando a 106ordf posiccedilatildeo entre as 429 revistas da aacuterea de Ciecircncia Ani-mal e Zoologia com SJR de 06 e Quartile Q1 (scimagojrcom)

O nome Copeia foi utilizado por John Nichol como homenagem ao renomado paleontoacute-logo ictioacutelogo e herpetoacutelogo do seacuteculo XIX Edward Drinker Cope (Figura 1) Com esta ampla gama de interesses Cope simbolizava a reuniatildeo dos interesses dos estudiosos de ldquover-tebrados de sangue friordquo (que representava o cargo do criador da revista) Cope produziu inuacutemeros estudos autorais e com colaborado-res sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis (viventes e foacutesseis) No entanto uma outra vertente das atividades intelectuais de Cope como cidadatildeo

55

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

do seacuteculo XIX satildeo menos conhecidas e divul-gadas Cope tinha ideias racistas e era contraacute-rio agrave emancipaccedilatildeo e ao voto das mulheres

Recentemente o assassinato do negro ameri-cano George Floyd por um policial branco na cidade de Minneapolis (Minnesota EUA) no dia 25 de maio de 2020 levou a uma onda de protestos naquele paiacutes contra o racismo estru-tural que permeia a sociedade (ver Lawrence amp Keleher 2004 Almeida 2019) e impede a ascensatildeo social de negros bem como sua pre-senccedila em todos os espaccedilos sociais Outro im-pacto trazido pelas reflexotildees decorrentes dos protestos foi a accedilatildeo de remoccedilatildeo de estaacutetuas e siacutembolos que refletem o preconceito aos ne-gros e outras minorias nos Estados Unidos como a icocircnica estaacutetua do ex-presidente ame-ricano Theodore Roosevelt que se encontra na entrada do American Museum of Natural History Nova York e que deve ser removida

em breve Esse movimento ainda considera-do polecircmico tambeacutem resultou na discussatildeo sobre quais figuras histoacutericas devem ser ho-menageadas e o que elas representam para as sociedades contemporacircneas

Neste ensaio procuramos apresentar a polecirc-mica relacionada ao nome da revista Copeia que tem sido discutida pelos associados agrave ASIH explicando o porquecirc dessa homenagem em primeiro lugar assim como as razotildees para rever essa escolha neste momento Eacute impor-tante ressaltar que embora o tema seja mais ligado agraves disciplinas das Ciecircncias Sociais nos-so ensaio representa apenas uma apresenta-ccedilatildeo da literatura baacutesica sobre o assunto para despertar a curiosidade e ao mesmo tempo chamar a atenccedilatildeo para as dimensotildees sociais das atividades de pesquisa e dos pesquisado-res em biologia de um modo geral

Cope cientista autodidata e expoente no estudo de reacutepteis anfiacutebios e peixes

Segundo o proacuteprio site da ASIH a escolha de John Nichols pelo nome Copeia foi para ho-menagear Edward Cope jaacute que desde o iniacutecio esta revista foi devotada a publicar artigos cientiacuteficos sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis principais aacutereas de atuaccedilatildeo de Cope (asihorgabout Hilton amp Crump 2016)

Edward Drinker Cope nasceu em 28 de julho de 1840 na Philadelphia EUA Desde muito novo seus pais perceberam que se tratava de uma crianccedila com capacidades intelectuais destacadas (Gill 1897) Aos sete anos Cope ga-nhou de presente de aniversaacuterio uma viagem de navio a Boston Durante essa viagem ele escreveu um relato de bordo no qual descre-

Figura 1 Edward Drinker Cope (1840 - 1897) Imagem de domiacutenio puacuteblico Fonte Osborne (1929)

56

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

via e ilustrava os lugares e animais que avista-va indicando ser uma crianccedila com habilida-des cognitivas e artiacutesticas bem desenvolvidas (Davidson 1997 Figura 2)

Aos nove anos em 1848 Cope foi envia-do para a escola primaacuteria eacutepoca que iniciou suas visitas agrave Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP) durante as quais elaborou um extenso documento sobre suas observaccedilotildees neste museu Este eacute o primeiro documento onde Cope reporta com detalhes

os foacutesseis destacando-se seu impressionante desenho de um Ichthyosaurus Aleacutem disso Cope coletava serpentes sapos e salamandras e os levava para a ANSP para serem identifi-cados Aos 18 anos Cope passou a trabalhar aiacute como herpetoacutelogo (Davidson 1997) e um ano depois publicou seu primeiro artigo cien-tiacutefico intitulado ldquoOn the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Speciesrdquo (Cope 1859)

Cope nunca teve uma formaccedilatildeo universitaacuteria formal mas isso natildeo o impediu de seguir sua paixatildeo pelas ciecircncias da natureza No iniacutecio de

Figura 2 Algumas das ilustraccedilotildees feitas em sua viagem ateacute Boston quando tinha apenas sete anos de idade Fonte Davidson (1997)

57

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

(Gill 1897 Osborne 1929)sua carreira Cope se revezava entre a coleccedilatildeo do Smithsonian Institution em Washington e a ANSP (Gill 1897 Davidson 1997) Segundo Osborne (1929) em 1863 Cope viajou para a Europa visitando os mais renomados museus da eacutepoca Ao retornar para os Estados Unidos Cope tornou-se professor de Ciecircncias Natu-rais no Haverford College onde permaneceu por apenas trecircs anos Ele decidiu se afastar das aulas para se dedicar a suas expe-diccedilotildees cientiacuteficas e escrever seus artigos A partir de en-tatildeo Cope comeccedilou a ana-lisar materiais geoloacutegicos identificando e classifican-do novos foacutesseis aleacutem de seguir coletando e catalo-gando exemplares viventes de peixes e reacutepteis

A Herpetologia era o campo que mais interessava a Cope (Gill 1897) Os principais estudos de Cope na Herpe-tologia satildeo ldquoThe Batrachia of North Americardquo (Cope 1889) sendo o maior ca-taacutelogo feito no continente incluindo aspectos anatocirc-micos das espeacutecies (Figura 3) e ldquoThe Crocodilians Li-zards and Snakes of North Americardquo (Cope 1898) En-tretanto como um natura-lista Cope fez diversas con-tribuiccedilotildees para a Ictiologia Ornitologia Mastozoologia Paleontologia e Geologia

Figura 3 Paacutegina 410 do livro ldquoThe Ba-trachia of North Americardquo Fonte Cope (1889 biodiversitylibraryorg)

58

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Cope sempre foi bastante respeitado na co-munidade cientiacutefica Entretanto sua repu-taccedilatildeo e financcedilas foram bastante afetadas por suas brigas puacuteblicas com seu colega paleon-toacutelogo Othoniel Marsh (1831 ndash 1899) que fi-caram conhecidas como a ldquoGuerra dos Ossosrdquo (Mark 2000) Cope morreu em 1897 aos 56 anos deixando um legado de mais de 1400 artigos cientiacuteficos e nomeando mais de 1000 espeacutecies de vertebrados Ateacute hoje ningueacutem conseguiu publicar tantos artigos cientiacuteficos quanto Cope (Osborne 1929 Mark 2000)

Um outro lado do Naturalista de reno-me o racismo e a misoginia de Cope

Apesar de ter falecido relativamente jovem e de seu nuacutemero astronocircmico de artigos pu-blicados Cope ainda encontrava tempo para escrever sobre suas opiniotildees sociais e poliacuteti-cas o que o tornou uma pessoa extremamen-te controversa Cope escrevia abertamente sobre ideias racistas e misoacuteginas As declara-ccedilotildees racistas de Cope incomodavam a muitos ateacute mesmo naquela eacutepoca em que esse tipo de pensamento poderia reverberar entre vaacuterios intelectuais de raciociacutenio semelhante

Suas ideias encontravam eco com aquelas pu-blicadas e discutidas por figuras importantes da eacutepoca O meacutedico cientista e escritor R W Shufeldt por exemplo dedicou seu livro in-titulado ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (Shufeldt 1907) a Cope por seus esforccedilos de manter a pureza das raccedilas (Figura 4) Neste livro Shufeldt apresenta duas das cartas publicadas por Cope na revista ldquoThe Open Courtrdquo intituladas ldquoThe Return of the Negroes to Africardquo onde Cope se declara-va abertamente a favor de uma deportaccedilatildeo

em massa dos negros para a Aacutefrica inclusive aqueles nascidos nos Estados Unidos

Dentre algumas passagens marcantes presen-tes nessas cartas podemos listar (em idioma original com traduccedilatildeo livre para o portuguecircs disponiacutevel no rodapeacute)

ldquoMr Frederick May Holland has replied to my article on the proposed removal of the African race in the United States to Africa citing various objections to such a course [] all races are not equally capable of sus-taining this relation between order and free-dom [] The negro has conspicuously failed in all but absolute governments [] Whate-ver reasons may have existed or do exist for the removal of particular peoples or the ex-clusion of particular races from any country they exist with tenfold force in the case of the negroes of the United States [] I will not discuss again the mental status of the black race It is well known except to those who will not see [] The reasons why the American negroes object to being returned to Africa are self-evident As beneficiaries of a civilized na-tion they have their rights better protected than they would have under a government of their own race [] If he is so capable as some persons believe it will do him no harm If he succeeds no better in the future than he has in the past he will not surprise some who think they know him betterrdquo [1] (Cope 1890a The Open Court 130 pp 2110-2111 Figura 5)

59

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

eacute bem conhecido exceto por aqueles que natildeo querem

enxergar [] As razotildees do porquecirc os negros america-

nos tecircm objeccedilotildees para voltar para a Aacutefrica satildeo oacutebvias

Como beneficiaacuterios de uma naccedilatildeo civilizada eles tecircm

seus direitos melhores protegidos do que se estivessem

sob um governo de sua proacutepria raccedila [] Se ele eacute tatildeo

capaz como algumas pessoas acreditam isso natildeo faraacute

mal a ele Se ele natildeo for melhor sucedido no futuro do

que foi no passado ele natildeo surpreenderaacute aqueles que

acreditam conhececirc-lo melhorrdquo

[1] ldquoO Sr Frederick May Holland respondeu ao meu

artigo propondo remover a raccedila Africana nos Esta-

dos Unidos para a Aacutefrica citando vaacuterias objeccedilotildees para

isso [] todas as raccedilas natildeo satildeo igualmente capazes de

sustentar as relaccedilotildees entre liberdade e ordem [] O

negro falhou visivelmente em todos os governos exce-

to o absolutista [] quaisquer razotildees que existiram ou

ainda existem para a remoccedilatildeo de determinadas pesso-

as ou exclusatildeo de uma raccedila em particular de qualquer

paiacutes elas existem com uma forccedila dez vezes maior no

caso dos negros dos Estados Unidos [] Eu natildeo dis-

cutirei novamente o status mental da raccedila negra Isto

Figura 4 Capa do livro ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (esquerda) e dedicatoacuteria feita pelo autor a Cope (direita) Fonte Shufeldt (1907 biodiversitylibraryorg)

60

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Estas publicaccedilotildees geraram diversas criacuteticas e como resposta Cope publicou uma nova carta no The Open Court

ldquoI am not surprised to find that the objectors to the project of transferring the negroes from this country to Africa have nothing but sen-timental objections to urge against it They call their objections ethical and imagine that they have the support of justice in their po-sition Their understanding of the import of ethics and justice may differ from mine but I suspect that their view chiefly results from an ignorance of some fundamental principles of biology [] As to the question of injustice we

have to decide [] Shall we subject the higher race to deterioration or shall we subject the lower to transportation without material loss to it To do the former is to injure the entire human species To do the latter is to continue the process which the abolition of slavery inaugurated to teach the negro to stand on his own legs [] The characteristics of the ne-gro-mind are of such a nature as to unfit him for citizenship in this country He is thorou-ghly superstitious and absolutely under the control of supernaturalism [] He is lacking in rationality and in morality Without going further these traits alone should exclude him from citizenship [] if he remains in this

Figura 5 Capa do jornal The Open Court nuacutemero 130 onde Cope publicou uma de suas cartas Fonte opensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj

61

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

[2] ldquoEu natildeo estou surpreso de ver que os opositores ao

projeto de transferir os negros deste paiacutes para a Aacutefrica

natildeo tenham nada a natildeo ser objeccedilotildees emocionais para

argumentar contra isto Eles chamam suas objeccedilotildees de

eacuteticas e imaginam que eles tecircm o suporte da justiccedila em

suas posiccedilotildees A compreensatildeo deles sobre o significa-

do da eacutetica e da justiccedila podem diferir da minha mas

eu suspeito que a visatildeo deles resulte principalmente

da ignoracircncia sobre alguns princiacutepios fundamentais

da biologia [] Quanto agrave questatildeo da injusticcedila temos

que decidir [] Devemos submeter a raccedila superior agrave

deterioraccedilatildeo ou devemos sujeitar a raccedila inferior ao

transporte sem perdas materiais resultante disso Fa-

zer o primeiro eacute ferir toda a espeacutecie humana Fazer o

outro eacute continuar o processo que a aboliccedilatildeo da escra-

vidatildeo inaugurou ensinar o negro a se apoiar nas proacute-

prias pernas [] As caracteriacutesticas da mente do negro

satildeo de tal natureza que o torna inapto para a cidadania

neste paiacutes Ele eacute completamente supersticioso e absolu-

tamente sob o controle do sobrenatural [] Ele carece

de racionalidade e moralidade Sem ir aleacutem apenas es-

ses traccedilos jaacute deveriam excluiacute-lo de cidadania [] se ele

permanecer neste paiacutes ele se misturaraacute com os bran-

cos ateacute que em meio seacuteculo ou menos natildeo haveraacute uma

uacutenica pessoa com sangue negro puro [] uma imensa

populaccedilatildeo de mulatos onde deveria haver um nuacutemero

igual de brancos A deterioraccedilatildeo resultante seria desas-

trosa para nossa capacidade intelectual e moral e con-

sequentemente para nossa poliacutetica prosperidade []

A necessidade me parece grande e urgente [] Os proacute-

prios negros natildeo satildeo tatildeo avessos a deixarem este paiacutes

como muitos querem que acreditemos [] Milhares

deles estatildeo prontos para emigrar agorardquo

country he will mix with the whites until in a half century or less there will not be a per-son of pure negro blood in it [] an immense population of mulattoes where there should be an equal number of whites The deteriora-tion thus resulting would tell disastrously on our intellectual and moral and consequently on our political prosperity [] The necessity seems to me to be great and urgent [] The negroes themselves are not nearly so much averse to their leaving this country as many would have us believe [hellip] Thousands of them are ready to emigrate nowrdquo [2] (Cope 1890b The Open Court 146 p 2331)

Essas cartas e cartas respostas claramente indicam convicccedilatildeo de ideias e formas de pro-testos contra tais pensamentos por parte de alguns autores Aleacutem de suas ideias racistas Cope tambeacutem era um homem misoacutegino Em-bora ele acreditasse na importacircncia de mulhe-res estudarem (ideia considerada agrave frente de seu tempo naquela eacutepoca) Cope acreditava que mulheres independente da raccedila eram seres inferiores aos homens Cope usava atri-butos bioloacutegicos para justificar suas ideias onde dizia que mulheres eram fisicamente in-feriores por ldquoinferior muscular strength and child-bearingrdquo e mentalmente inferiores por

62

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

ldquoinferior mental co-ordination and greater emotional sensibility which interferes more or less with rational actionrdquo [3] (Osborne 1929)

Cope tambeacutem era contra o voto feminino pois acreditava que o homem era o protetor e le-gislador das mulheres Ele argumentava que mulheres seriam movidas pelo sentimento e votariam de acordo com ou mesmo contra a opiniatildeo de seus amantes ou maridos (Osbor-ne 1929)

O que a permanecircncia do nome de Cope no principal veiacuteculo de uma sociedade cientiacutefica nos ensina

O corpo editorial da Copeia foi composto por muito tempo majoritariamente por homens brancos Desde a fundaccedilatildeo da ASIH o perfil de toda sociedade nunca foi muito diferen-te disso embora vaacuterias mulheres brancas tambeacutem tenham feito parte da sociedade do corpo editorial da revista e publicando arti-gos Apenas no ano 2000 uma mulher Dra Maureen A Donnelly passou a incorporar o comitecirc diretivo da ASIH permanecendo ateacute 2016 (Hilton amp Crump 2016) Com base no exame de fotografias dos participantes dos encontros da sociedade eacute possiacutevel notar que embora o nuacutemero de mulheres brancas tenha aumentado ao longo dos anos natildeo parece ha-ver participaccedilatildeo de negros na sociedade Uma explicaccedilatildeo para a existecircncia e manutenccedilatildeo de iacutecones racistas e misoacuteginos como siacutembolos e

homenagens nas sociedades contemporacircne-as seria relacionada a um ensino da histoacuteria que parece tentar apagar o passado racista de membros da sociedade americana de um modo geral e a quase inexistecircncia de diversi-dade eacutetnico-raciais em sociedades cientiacuteficas como eacute o caso da ASIH

Com o assassinato de George Floyd reacen-deu-se nos Estados Unidos a luta por igual-dade racial com criacuteticas e autocriacuteticas agraves atitu-des e ao simbolismo racista Como resultado o movimento blacklivesmatter ganhou for-ccedila vozes e sua mensagem passou a ser ouvida por diversos outros segmentos da sociedade em geral Uma das consequecircncias deste refor-ccedilo resultou no incocircmodo expresso por muitos soacutecios da ASIH que entre outras accedilotildees levou ao questionamento da continuidade do uso do nome Copeia para homenagear Cope

Em consideraccedilatildeo a seus soacutecios principalmen-te aos membros negros o Comitecirc Executivo da ASIH votou a favor por unanimidade de mudar o nome da Copeia para ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo conforme mensagem di-vulgada no dia 27 de junho de 2020 (twittercomIchsAndHerpss=20) O nome sugeri-do passou para ser votado por uma instacircncia superior o Board of Governors que deve-ria decidir por (1) trocar o nome para ldquoIch-thyology and Herpetologyrdquo ou (2) manter o nome Copeia No dia 02 de julho foi anun-ciado que o novo nome foi aprovado com 88 votos a favor e 11 votos contras (httpsbitlyASIH_BOG_MOTION Figura 6) Assim o nome ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo passaraacute a vale a partir do Nuacutemero 1 de 2021 Esta eacute indubitavelmente uma decisatildeo histoacuterica Dei-

[3] por terem forccedila muscular inferior e por engravida-rem hellip coordenaccedilatildeo mental inferior e maior sensibili-dade emocional a qual interfere accedilotildees racionais

63

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

xar de homenagear Cope natildeo significa apagar a histoacuteria de seu legado cientiacutefico mas sim fazer uma nova histoacuteria na qual homenagens natildeo sejam dadas sem considerar todo o con-texto de ideias do homenageado seu impacto e o que elas representam para a comunidade cientiacutefica e a sociedade como um todo

Figura 6 Tweet publicado pela ASIH no dia 02 de julho de 2020 (A) nova logo da ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo (B) mensagem sobre a aprovaccedilatildeo do novo nome pelo Board of Governors Fonte twittercomIchsAndHerpss=20

Esperamos que este seja o primeiro passo para uma Herpetologia mais justa e inclusiva Eacute importante que negros mulheres e outras minorias tenham representatividade nas nos-sas sociedades cientiacuteficas incluindo a proacutepria Sociedade Brasileira de Herpetologia

64

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Agradecimentos

Agradecemos a Annelise Frazatildeo Nunes Fer-nando Arauacutejo Perini e aos editores da Herpe-tologia Brasileira ndash Ensaios e Opiniotildees (Lu-ciana Barreto Nascimento Teresa Aacutevila Pires e Julio Cesar de Moura Leite) pelos comentaacute-rios e sugestotildees no texto

Referecircncias

Almeida S 2019 Racismo Estrutural (Femi-nismos Plurais) Poacutelen Livros Satildeo Paulo

American Society of Ichthyologists and Her-petologists About ASIH asihorgabout Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Copeia asihcopeiaonlineorg Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Twitter twittercomIchsAn-dHerpss=20 Acessado em 27 de junho de 2020

Berra TM 1984 A chronology of the Ame-rican Society of Ichthyologists and Herpe-tologists through 1982 American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication 21ndash21

Cope ED 1859 On the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Species Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 11122ndash128

Cope ED 1889 The Batrachia of North Ame-rica United States National Museum Bulletin 341ndash467

Cope ED 1890a The return of the negroes to Africa The Open Court 130 2110-2111 (dis-poniacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj)

Cope ED 1890b The return of the negroes to Africa The Open Court 1462331 (disponiacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiview-contentcgiarticle=4672ampcontext=ocj)

Cope ED 1898 The Crocodilians Lizards and Snakes of North America Report of the United States National Museum 1898 153ndash270

Davidson JP 1997 The Bone Sharp The Life of Edward Drinker Cope Academy of Natu-ral Science of Phyladelphia Special Publica-tion 171ndash237

Gill T 1897 Edward Drinker Cope Natura-list - A Chapter in the History of Science The American Naturalist 31831ndash863

Hilton EJ Crump ML 2016 The American Society of Ichthyologists and Herpetologists at 100 Setting the Stage for the Next Hun-dred Years Copeia 104952ndash964

Lawrence K Keleher T 2004 Chronic Dispa-rity Strong and Pervasive Evidence of Racial Inequalities Poverty Outcomes Structural Racism Race and Public Policy Conference Disponiacutevel em httpswwwintergroupre-sourcescomrcDefinitions20of20Ra-cismpdf

65

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Mark J 2000 The Gilded Dinosaur The Fos-sil War Between E D Cope and O C Marsh and the Rise of American Science Crown Pu-blishing Group New York

Mitchell JC Smith DG 2013 Copeia 1913 Number 1 Origin and Authors Copeia 2013189ndash193

Osborne HF 1929 Biographical Memoir of Edward Drinker Cope 1840-1897 National Academy of Sciences of the United States of America Biographical Memoirs XIII (Third Memoir)124ndash317

Shufeldt RW 1907 The Negro A Menace for the American Civilization The Gorham Press Boston

Scimago Journal amp Country Rank scimagojrcom Acessado em 26 de junho de 2020

66

ResenhasLarry Rohter 2019 Rondon uma biografia (traduccedilatildeo de Caacutes-sio de Arantes Leite) Objetiva Rio de Janeiro

Joseacute P Pombal Jr

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro Quinta da Boa Vista 209404-040 Rio de Janeiro RJ email pombalacdufrjbr

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

67

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

No Epiacutelogo desta biografia o autor narra uma viagem as terras visitadas por Rondon haacute mais de um seacuteculo Eacute

um tanto doloroso depois de termos lido so-bre estes locais nos tempos de Rondon ouvir-mos sobre o desenvolvimento da regiatildeo Em Mato Grosso o autor nos conta sobre uma ce-rimocircnia oficial em Mimoso em cinco de maio de 2015 para a celebraccedilatildeo dos 150 anos do nascimento de Candido Rondon ldquoO exeacutercito estava no comando entatildeo o tom era marcial e patrioacutetico como as celebraccedilotildees para marcar o dia da Independecircncia Unidades portan-do as bandeiras do Brasil do Mato Grosso e do Exeacutercito passaram marchando a fizeram uma saudaccedilatildeo na direccedilatildeo do palanque onde importantes dignitaacuterios locais e nacionais incluindo ateacute Tweed Roosevelt bisneto de Theodore[]rdquo ldquoApoacutes chegar de helicoacuteptero o comandante do Exeacutercito o general Eduardo Dias da Costa Villas Bocircas que passou parte consideraacutevel de sua carreira na Amazocircnia fez um discurso exaltando as virtudes de Rondon como soldado e patriota [] Nenhum discur-so foi aleacutem de ortodoxos e limitados clichecircs sobre Rondon destacando seus feitos como explorador e o pacifismo subjacente a esses esforccedilos sem mencionar que as exortaccedilotildees de Rondon especialmente o ldquomorrer se preciso for matar nuncardquo haviam sido muito mais ig-norados do que observadas na histoacuteria recen-te do Mato Grosso e da Amazocircniardquo

Eacute difiacutecil resenhar um excelente livro sobre o Marechal Cacircndido Mariano da Silva Rondon e natildeo cair na tentaccedilatildeo de falar sobre o bio-grafado e natildeo sobre o livro A maioria de noacutes conhece alguma parte da histoacuteria de Rondon

um estado recebeu seu nome Rondocircnia (an-tes territoacuterio do Guaporeacute) construccedilatildeo das linhas telegraacuteficas participaccedilatildeo de pesqui-sadores em suas expediccedilotildees como Hoehne e Miranda-Ribeiro Serviccedilo Nacional do Iacutendio e seu quase mantra ldquomorrer se preciso for ma-tar nuncardquo nos primeiros encontros com in-diacutegenas foi atingido por uma flecha em 1913 sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda Expediccedilatildeo Cientiacutefica Roosevelt -Rondon Rondon fez tudo isso mas muito mais Como relatado na apresentaccedilatildeo desta biografia por qualquer criteacuterio quantidade de expediccedilotildees distacircncias vencidas grau de dificuldades e informaccedilotildees coletadas Ron-don foi o maior explorador dos troacutepicos da histoacuteria com realizaccedilotildees que superam perso-nagens mais conhecidos como Sir Richard Francis Burton Rondon esteve em mais de duas duacutezias de expediccedilotildees pelo isolado norte do Brasil viajando mais de 40 mil quilocircme-tros a peacute em canoas a cavalo ou mulas Aleacutem de engenheiro militar bacharel em matemaacute-tica e ciecircncias fiacutesicas e naturais foi professor de astronomia na escola militar A comissatildeo Rondon que estava sob seu comando publicou mais de cem artigos cientiacuteficos em antropolo-gia astronomia botacircnica ecologia etnologia ictiologia linguiacutestica metereologia minera-logia e ornitologia e nenhum outro indiviacuteduo contribui mais com exemplares para o Museu Nacional Rondon tinha ainda mais interesse pelas populaccedilotildees humanas que pela fauna e flora Muitos de seus artigos satildeo sobre gramaacute-tica sintaxe e vocabulaacuterio das liacutenguas dos po-vos da regiatildeo A Comissatildeo Rondon jaacute conta-va com equipe de filmagem e produzia filmes sobre os povos da Amazocircnia documentado

68

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

ainda sua muacutesica Em 1925 no Brasil Albert Einstein maravilhado pela figura de um ge-neral pacifista indicou Rondon para o precircmio Nobel da Paz a fim de exaltar seus esforccedilos Quando morreu em 1958 com 92 anos o pre-sidente da Cruz Vermelha Leacuteopold Boisser o saudou como o mais importante apoacutestolo da natildeo violecircncia nos tempos modernos desde Gandhi Rondon foi um dos maiores defenso-res dos direitos indiacutegenas durante a primeira metade do seacuteculo XX Foi diretor-geral do Ser-viccedilo de Proteccedilatildeo aos Iacutendios cujas atribuiccedilotildees de assistecircncia e proteccedilatildeo aos grupos indiacutege-nas dentro do princiacutepio ao respeito da diver-sidade cultural e depois presidiu o Conselho Nacional de Proteccedilatildeo ao Iacutendio e lutou com os irmatildeos Villas Boas dentre outros pelo estabe-lecimento do Parque Indiacutegena do Xingu

A primeira coisa que me chamou a atenccedilatildeo em um livro sobre Rondon foi ter sido publicado antes em inglecircs e apenas depois ser traduzi-do para o Portuguecircs Talvez isso diga sobre os interesses das editoras do Brasil que prefiram sempre apostar em um sucesso no estrangeiro para a partir disso resolver investir

O autor desta biografia bem traduzida por Caacutessio de Arantes Leite Larry Rohter eacute um conhecido jornalista estadunidense que foi correspondente no Brasil do jornal The New York Times tendo outros livros publicados Contando com mais de 500 paacuteginas incluin-do vasta bibliografia mapas e fotografias estaacute biografia eacute dividida em quatro partes Come-ccedila como deve ser toda biografia com o nasci-mento e infacircncia do ldquoMarechal da Pazrdquo como seria um dia conhecido Cacircndido Mariano da Silva o sobrenome Rondon foi incorporado

posteriormente do sobrenome se sua avoacute ma-terna As quatro partes satildeo divididas em 26 capiacutetulos A primeira parte conta com trecircs capiacutetulos onde satildeo narrados infacircncia che-gada ao Rio de Janeiro para entrada no exeacuter-cito periacuteodo em que passou muitas necessi-dades e seu envolvimento no golpe de 15 de novembro A parte II conta com 14 capiacutetulos onde satildeo apresentadas toda sua vida adulta como oficial do exeacutercito suas missotildees e vida familiar Parte III com cinco capiacutetulos nos apresenta o Rondon maduro foi promovido a General de Brigada em 1919 aos 54 anos Ainda plenamente em atividades mas como natildeo poderia deixar de ser um personagem tatildeo forte e complexo contava com grande apoio e igualmente oposiccedilatildeo O major Bittencourt escritor e futuro general que lecionava na aca-demia militar escreveu ldquoHaacute no seio do exeacuter-cito duas correntes francamente opostas [] Os partidaacuterios do primeiro grupo [] acham o pacificador dos aboriacutegenes nacionais um li-dador de peso e conta prestando ao paiacutes em organizaccedilatildeo serviccedilos de grande valia e meacuterito os formadores do grupo adverso [] veem no grande brasileiro um servidor comum cujos esforccedilos seriam perfeitamente recompensa-dos com algumas dezenas de mil-reacuteis a mais Uns o querem general de brigada ou divisatildeo respeitado e querido por seus meacuteritos e tra-balhos [] Outros mais exigentes ou menos refletidos o desejam afastado do exeacutercito ignorado e esquecido agraves fileirasrdquo Suas accedilotildees como indigenistas ainda hoje podem ser po-lecircmicas e talvez a mais contundente seja de um pesquisador atual da antropologia do Mu-seu Nacional instituiccedilatildeo a qual Rondon sem-pre teve ligaccedilotildees importantes A uacuteltima parte

69

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

com quatro capiacutetulos trata do periacuteodo em que vai para a reserva quando passa por uma seacuterie de humilhaccedilotildees deliberadas em raacutepida suces-satildeo Uma das que mais lhe afetou foi o Serviccedilo Nacional do Iacutendio ter perdido prestiacutegio e ser transformado em uma seccedilatildeo de uma direto-ria Isso equivalia segundo o militar ligado ao SPI na eacutepoca a extinccedilatildeo do oacutergatildeo Todavia privado de suas atividades de comando pocircde devotar seu tempo a atividades cientiacuteficas Ele continuava bem-vindo ao Museu Nacional onde seu amigo Roquette-Pinto foi diretor Aleacutem disso haacute nesta biografia um epiacutelogo com a qual iniciei estaacute resenha

O livro estaacute muito bem impresso com for-mato e papel agradaacuteveis a leitura Da mesma forma o tamanho da fonte eacute igualmente agra-daacutevel a leitura As 25 fotografias em preto e branco natildeo estatildeo impressas em papel espe-cial mas no geral tem entre boa a razoaacutevel ni-tidez O detalhamento e profundida do texto satildeo excelentes ao menos para mim um qua-se ignorante na vida deste grande personagem brasileiro (ainda que com apenas 160 cm de altura) e natildeo tem como natildeo se admirar com a obra do Marechal Rondon Como zooacutelogo natildeo haacute como natildeo ficar maravilhado e ateacute mesmo tenso com as agruras que passaram Rondon soldados pesquisadores e todo o pessoal que o acompanhou Natildeo falta nada nestas aven-turas fome cansaccedilo ataque de indigenas inclusive com flechadas (sem que houvesse contra ataque) e coleta de material cientiacutefico A expediccedilatildeo mais conhecida eacute a com o Roo-sevelt onde passaram todo tipo de privaccedilatildeo pelo Rio da Duacutevida depois renomeado como Rio Roosevelt Realmente este foi o melhor li-vro de natildeo ficccedilatildeo que li em 2019 e recomendo

fortemente a todos que se interessam por via-gens de naturalistas zooacutelogos e antropoacutelogos Na verdade creio que todo brasileiro se be-neficiaacuteria da leitura desta excelente biografia

Mas se Rondon foi capaz de feitos tatildeo ex-cepcionais por que eacute quase desconhecido no mundo Talvez isso possa ser respondido por uma uacutenica palavra que denota uma das maiores ou a maior chaga humana racismo Seguramente o racismo e o preconceito natildeo eram menores que nos dias hoje Ainda em 1930 por exemplo The New York Times ain-da se referia a Rondon como o ldquoguia nativo do Coronel Rooseveltrdquo (estaacute claro que o sucesso e mesmo a sobrevivecircncia de Roosevelt se deve a Rondon Sim por pouco que Roosevelt natildeo morreu) Aleacutem de origem indiacutegena era oacuter-fatildeo nascido na pobreza e no interior do Bra-sil onde um simples ensino baacutesico era difiacutecil de obter Uma simples foto de Rondon mostra que ele natildeo atende ao estereoacutetipo de grande explorador cultivada pelo mundo anglo-sa-xatildeo com cor e feiccedilotildees tiacutepicas de um indigena sul-americano Seu pai Cacircndido Mariano da Silva um mascate de ascendecircncia europeia e indiacutegena tambeacutem com sangue africano que morreu apenas cinco meses apoacutes o nascimen-to de Rondon Sua matildee Claudina Maria de Freitas Evangelista tinha como ancestrais dois dos principais grupos indiacutegenas do centro de Mato Grosso Bororo e Terena Neste excelen-te livro temos a oportunidade de vislumbrar o periacuteodo as lutas sucessos e idiossincrasias deste brasileiro que nos enche de orgulho

Enfim termino por onde comecei o epiacutelogo desta biografia O autor menciona a eleiccedilatildeo presidencial brasileira de 2018 indicando um

70

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

futuro sombrio para as populaccedilotildees indiacutegenas Mas o autor ainda nos lembra de duas falas de personalidades do poder Pergunta o General Heleno Ribeiro Pereira quando era coman-dante militar da regiatildeo amazocircnica ldquocomo um brasileiro natildeo pode entrar numa terra porque eacute terra indiacutegenardquo ou o ldquoGeneral Maacuterio Ma-theus Madureira ex-comandante da 10 bri-gada de Infantaria de Selva que afirma que a demarcaccedilatildeo de grandes porccedilotildees de terra para grupos indiacutegenas e reserva ecoloacutegicas pode inviabilizar o desenvolvimento econocircmico do estadordquo

Embora as homenagens devidas tenham sido prestadas em 2005 aos 150 anos de nascimen-to do Marechal Candido Rondon pelo estado de Mato Grosso e pelo exeacutercito estaacute claro que eles natildeo entenderam quem foi o personagem que estavam homenageando

Editor Deacutelio Baecircta

71

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

Reuber Albuquerque Brandatildeo Renata Dias Franccediloso Theodo-ro de Hungria Machado Neuber Joaquim dos Santos (Orgs) 2020 Histoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudeste do Brasil PerSe Satildeo Paulo Ebook

Deacutelio Baecircta

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brasil deliobaetagmailcom

72

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

A regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo com-preende uma fascinante regiatildeo do Cerrado no marco de encontro entre

os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais que abrange propriedades privadas e Unidades de Conservaccedilatildeo com diferentes categorias in-cluindo o Parque Nacional do Grande Sertatildeo Veredas O livro ldquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Su-deste do Brasilrdquo eacute focado na histoacuteria natural e estaacute organizado em onze capiacutetulos que descre-vem aspectos da histoacuteria fauna flora geolo-gia e geografia desta regiatildeo Preacuteviamente aos capiacutetulos satildeo apresentados os prefaacutecios biliacuten-gues (inglecircs e portuguecircs) de autoria de James A Ratter (Royal Botanic Garden Edinburg) e John N Landers (Order of British Empire) que trazem uma bela apresentaccedilatildeo da regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo seguido de um proacute-logo ldquoBem vindo ao cerrado dos Sertotildees da Trijunccedilatildeordquo onde os organizadores comparti-lham suas experiecircncias e memoacuterias sobre a a regiatildeo do Sertatildeo do Trijunccedilatildeo convidando os leitores a mergulhar nesta fascinante regiatildeo de Cerrado Antes de iniciar os capiacutetulos os autores deixam uma bela homenagem a Ju-dith Cortesatildeo ambientalista pesquisadora e educadora

A obra inicia com uma concisa e ao mesmo tempo detalhada apresentaccedilatildeo histoacuterico-bio-geograacutefica da regiatildeo do Trijunccedilatildeo lsquoCami-nhando pelo sertatildeo da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Minas Gerais e Goiaacutesrsquo De autoria de Theodoro H Machado o capiacutetulo 1 introduz ao leitor a importacircncia desta aacuterea de conflu-ecircncia entre os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais como ponto de passagem de diversas expediccedilotildees viajantes e autoridades da coroa

portuguesa que se dirigiam para os sertotildees regiotildees ainda natildeo exploradas no interior do territoacuterio Seguindo a apresentaccedilatildeo da regiatildeo somo contextualizados no capiacutetulo 2 (A regiatildeo do Trijunccedilatildeo no contexto do Bioma Cerrado) de autoria de Renata Franccediloso e Reuber Bran-datildeo sobre as caracteriacutesticas do Cerrado da re-giatildeo (eg precipitaccedilatildeo e temperatura meacutedia) indicando as diferentes categorias de Unida-des de Conservaccedilatildeo presentes na regiatildeo Jaacute neste capiacutetulo eacute feito um importante alerta so-bre a diminuiccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico da regiatildeo fato preocupante que tem se tornado comum a diversas regiotildees do Cerrado

A partir do capiacutetulo 3 estendendo ateacute o ca-piacutetulo 9 iniciam-se as detalhadas descriccedilotildees sobre a flora e fauna da regiatildeo comeccedilando com a lsquoCaracterizaccedilatildeo floriacutestica e potencial de uso as espeacutecies vasculares ocorrentes na re-giatildeo do Trijunccedilatildeorsquo de autoria de Joseacute Felipe Ribeiro e colaboradores Neste capiacutetulo satildeo apresentados as fitosionomias presentes na regiatildeo bem como uma extensa lista de espeacute-cies indicando seu haacutebito e habitat Os auto-res tambeacutem resumem em uma tabela (paacutegs 80-84) as informaccedilotildees sobre o uso econocircmico e sustentaacutevel para algumas espeacutecies botacircnicas ocorrentes na regiatildeo abrangendo diversos usos como por exemplo plantas alimentiacutecias apiacutecolas condimentares artesanato medici-nais tecircxteis etc

Jaacute os capiacutetulos 4 a 6 apresentam um pano-rama da herpetofauna presente da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 4 lsquoAnfiacutebios da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Goiaacutes e Mi-nas e do Parque Nacional Grande Sertatildeo Ve-redasrsquo de autoria de Reuber Brandatildeo Paula Leatildeo e Leonardo Gedraite abordada aspectos

73

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

introdutoacuterios sobre os anfiacutebios e sua relaccedilatildeo com o Cerrado aleacutem dos ambientes de ocor-recircncia das espeacutecies na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e do PARNA Grande Sertatildeo Veredas A diversi-dade de anfiacutebios encontrada na regiatildeo eacute gran-de para o Cerrado (47 spp) e corresponde a aproximadamente um quarto das espeacutecies re-gistradas para este bioma (220 spp) indican-do a importacircncia desta regiatildeo em relaccedilatildeo ao bioma como um todo Esta importacircncia tam-beacutem eacute evidenciada pela presenccedila de anuros que ainda necessitam de confirmaccedilatildeo quan-to a sua identidade especiacutefica e pela descri-ccedilatildeo de Rhinella veredas (Brandatildeo Maciel amp Sebben 2007) que tem sua localidade tipo na Fazenda Trijunccedilatildeo (atualmente PARNA Grande Sertatildeo Veredas) Para cada espeacutecie de anfiacutebios registradas os autores incluem as informaccedilotildees sobre o registro na regiatildeo distri-buiccedilatildeo geograacutefica histoacuteria natural e status de conservaccedilatildeo

O capiacutetulo 5 lsquoReacutepteis da Trijunccedilatildeo e o Itineraacute-rio de Spix e Martius entre o Satildeo Francisco e o Vatildeo do Paranatildersquo de autoria de Guarino Colli Frederico Franccedila Daniel Mesquita e Davi Pantoja aborda o itineraacuterio da expediccedilatildeo dos naturalistas Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius (1871-1820) e sua passagem pelo regiatildeo do Trijunccedilatildeo em destino a Bahia Este capiacutetulo juntamente com o capiacutetulo 1 prendeu minha atenccedilatildeo de-vido aos aspectos histoacutericos abordados Atra-veacutes do levantamento de localidades citadas por Spix e Martius e sua atualizaccedilatildeo com os nomes atualmente empregados os autores deste capiacutetulo confirmam a passagem de Spix e Martius pelo Vatildeo do Paranatilde e Carinhanha pernoitando nas cabeceiras do Juqueri regiatildeo

onde hoje se encontra a Trijunccedilatildeo A passa-gem destes naturalistas pela regiatildeo resultou na coleta de uma espeacutecie de caacutegado no rio Ca-rinhanha sendo posteriormente descrita por Schweigger como Phrynophus geoffroanus (Schweigger 1812) O exemplar ainda se en-contra (hoje um casco) na seccedilatildeo de herpeto-logia do Museu de Munique Alemanha As-sim como para outros grupos de fauna e flora os autores indicam a importacircncia da regiatildeo para a conservaccedilatildeo do Cerrado evidencia-da pela descriccedilatildeo de duas espeacutecie de lagartos endecircmicas da regiatildeo Stenocercus quinarius (Nogueira amp Rodrigues 2006) e Psilopus se-ductus (Rodrigues et al 2017) para o PARNA Grande Sertatildeo Veredas

Os autores registraram 48 espeacutecie de reacutepteis na Fazenda Trijunccedilatildeo o que corresponde a 50 das espeacutecies conhecidas para a regiatildeo sendo algumas delas registradas somente para a a fazenda Aleacutem disto o levantamento tambeacutem evidenciou a existecircncia de uma nova espeacutecie de lagarto do gecircnero Tropidurus e re-gistrou Phalostris labiomaculatus serpente endecircmica para o Cerrado conhecida somente de poucos exemplares provenientes de algu-mas localidades na divisa dos estados de To-cantins e Maranhatildeo Quando consideram a Fazenda Trijunccedilatildeo e a regiatildeo do entorno os autores indicam uma riqueza de 100 espeacutecies de reacutepteis com diferentes graus de endemis-mos de espeacutecies para o Cerrado (33) e Ca-atinga (4) Os autores tambeacutem apresentam comentaacuterios e atualizam os registros de reacutep-teis para regiatildeo finalizando com a importacircn-cia dos reacutepteis da regiatildeo para compreensatildeo dos processos biogeograacuteficos que atuam no Cerrado e Caatinga

74

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

O capiacutetulo 6 lsquoHistoacuteria natural do jacareacute-pa-guaacute (Paleosuchus palpebrosus) o pequeno notaacutevel das veredas dos sertotildees da Trijunccedilatildeo entre Bahia Goiaacutes e Minas Geraisrsquo de autoria de Beatriz Vasconcelos Joseacute Marcos Abreu e Reuber Brandatildeo finaliza a temaacutetica herpeto-fauna trazendo informaccedilotildees sobre a histoacuteria natural do jacareacute-paguaacute Seguindo os capiacutetu-los anteriores a introduccedilatildeo apresenta os dados relativos agrave histoacuteria natural conservaccedilatildeo e im-pacto antroacutepicos nas populaccedilotildees deste jacareacute Tendo como objeto de estudo uma populaccedilatildeo de jacareacutes-paguaacute presentes na Lagoa do For-moso foi avaliado o tamanho corporal dieta oferta de recursos alimentares microhabitats disponiacuteveis e utilizados e densidade da po-pulaccedilatildeo desta espeacutecie Os resultados obtidos mostraram uma semelhanccedila com outras po-pulaccedilotildees do jacareacute-paguaacute e somaram infor-maccedilotildees para a ecologia conservaccedilatildeo e manejo desta

O capiacutetulo 7 lsquoAvifauna do Trijunccedilatildeo as aves do Grande Sertatildeo Veredas de Guimaratildees Rosarsquo eacute de autoria de Marcelo Bagno Tarciacutesio Abreu e Vivian Braz Este capiacutetulo apresenta um extenso inventaacuterio da avifauna presente na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e na parte baiana do PARNA Grande Sertatildeo Veredas Realizado em 12 pontos amostrais entre os anos 2000 e 2002 o inventaacuterio listou 219 espeacutecies in-cluindo espeacutecies consideradas ameaccedilas de ex-tinccedilatildeo de acordo com lista oficial de espeacutecies brasileiras ameaccediladas de extinccedilatildeo e de acordo com a lista de espeacutecies ameaccediladas do Estado de Minas Gerais Tambeacutem foram registradas espeacutecies ameaccediladas a niacutevel mundial de acor-do com os criteacuterios da Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (Internatio-

nal Union for Conservation of Nature -IUCN) A composiccedilatildeo da avifauna apresentou uma predominacircncia por espeacutecies do Cerrado com grande predominacircncia das espeacutecies endecircmi-cas deste bioma que estatildeo associadas princi-palmente a ambientes campestres (14 de 33 espeacutecies) Apesar da grande diversidade de aves com uma grande distribuiccedilatildeo geograacutefica a maior parte delas correspondeu a espeacutecies associadas a ldquoDiagonal Seca da Ameacuterica do Sulrdquo (Biomas da Caatinga Cerrado e Chaco) no entanto espeacutecies associadas aos biomas da Amazocircnia e Mata Atlacircntica tambeacutem foram re-gistradas Todos os registros satildeo muito bem detalhados e discutidos ao longo do texto comparando os resultados do inventaacuterio da avifauna da Trijunccedilatildeo entre as fitofisionomias da regiatildeo bem como com inventaacuterios de ou-tras regiotildees O capiacutetulo eacute finalizado com uma detalhada discussatildeo biogeograacutefica sobre a avi-fauna do Trijunccedilatildeo enfocando principalmen-te aspectos de conservaccedilatildeo

Os capiacutetulos 8 e 9 apresentam a fauna de ma-miacuteferos de pequeno meacutedio e grande porte do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 8 lsquoPequenos mamiacuteferos da Trijunccedilatildeo leste do Cerradorsquo de autoria de Cibele Boncicino e colaborado-res traz uma lista de 19 espeacutecies de pequenos mamiacuteferos ocorrentes na regiatildeo Para todas as espeacutecies satildeo apresentados dados referen-tes a histoacuteria natural e distribuiccedilatildeo aleacutem de incluiacuterem um mapa de distribuiccedilatildeo no Brasil e uma foto da espeacutecie acompanhada do nome cientiacutefico e popular Jaacute o capiacutetulo 9 lsquoOs ma-miacuteferos de meacutedio e grande porte da regiatildeo do Trijunccedilatildeo com observaccedilotildees sobre pequenos mamiacuteferosrsquo eacute de autoria de Marcelo Reis Ca-rolina Lobo Keiko Pellizzaro e Reuber Bran-

75

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

datildeo apresenta os resultados de inventaacuterios raacutepidos da biodiversidade de mamiacuteferos da regiatildeo Esta amostragem raacutepida registrou 48 espeacutecies de mamiacuteferos entre capturas obser-vaccedilotildees diretas e indiretas

Os dois uacuteltimos capiacutetulos satildeo focados no ciclo das aacuteguas e uso do solo da regiatildeo do Trijun-ccedilatildeo O capiacutetulo 10 lsquoO ciclo das aacuteguas na regiatildeo da triacuteplice junccedilatildeo dos estados de Goiaacutes Mi-nas Gerais e Bahiarsquo eacute de autoria de Maria Te-resa Gaspar e de Joseacute Eloacutei Campos Os auto-res abordam a importacircncia do ciclo das aacuteguas para o estabelecimento de uma lsquofauna e flora exuberantesrsquo na regiatildeo do sertatildeo (nas palavras dos autores) De forma didaacutetica os autores in-cluem no texto informaccedilotildees sobre conceitos e definiccedilotildees ao explicarem o ciclo das aacuteguas da regiatildeo fundamental para a compreensatildeo do tema abordado no capiacutetulo Os autores fina-lizam o capiacutetulo apresentando bases e subsiacute-dios para a gestatildeo de forma sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos da regiatildeo jaacute que apesar da presenccedila de unidades de conservaccedilatildeo na re-giatildeo a Trijunccedilatildeo jaacute sofre com os impactos na alteraccedilatildeo do ciclo das aacuteguas

O capiacutetulo 11 (Uso e cobertura da Terra no su-doeste da Bahia municiacutepios de Cocos e Jabo-randi) de autoria de Eraldo Matricardi Ana Beatriz Ferreira e Joseacute Pires analisa o uso do solo nestes municiacutepios em relaccedilatildeo a qualidade ambiental da regiatildeo Os autores copilaram da-dos do uso e cobertura da terra entre os anos 2000 e 2016 identificando a conversatildeo da ve-getaccedilatildeo nativa para uso antroacutepico do solo o que ocasionou a fragmentaccedilatildeo dos habitats nestes municiacutepios Este capiacutetulo focado nos municiacutepios baianos traz um alerta para a

pressatildeo exercita para o uso do solo em ativi-dades antroacutepicas

De forma geral o livro eacute muito bem ilustrado e diagramado com textos de faacutecil leitura sem uso excesso de termos teacutecnicos que desenco-rajam a leitura por quem natildeo eacute familiarizado Mesmo quando utilizados estes termos satildeo muito bem explicados Apesar do cuidado com a obra haacute pequenos problemas na diagra-maccedilatildeo alguns subtiacutetulos ficaram deslocados em relaccedilatildeo ao texto que se referem como por exemplo nas paacuteginas 78 e 108 onde os sub-tiacutetulos lsquoAlternativa de Uso e Zoneamentorsquo e lsquoOlolygon cf skaios Pombal Jr Carvalho Jr Canelas amp Bastos 2010rsquo (respectivamente) fi-caram no fim da paacutegina longe do texto a que se referem No entanto isto natildeo prejudica a leitura da obra

As fotos e ilustraccedilotildees da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo satildeo um espetaacuteculo agrave parte e des-pertam a vontade de conhecer e vivenciar esta regiatildeo A obra lsquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudes-te do Brasilrsquo reflete o cuidado e a dedicaccedilatildeo de todos os envolvidos neste projeto ao longo dos anos Eacute um livro para ser apreciado

EditorJoseacute P Pombal Jr

76

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Rafael Mitsuo Tanaka Mariana Pedrozo Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP BrazilCorresponding author edelciomuscatterracombr

MORE THAN ONE PATH TO SUCESS AN ALTERNATIVE STRATEGY FOR physalaemus atlantiCus (AMPHIBIA LEP-TODACTYLIDAE) LARVAL DEVELOPMENT

The order Anura currently com-prises 39 described reproduc-tive modes of which 27 are

found in the Atlantic Forest (Haddad amp Prado 2005) However little is known about some basic aspects of reproduc-tive biology (Hartmann et al 2010) For instance data about the duration of larval development and the influ-ence of environmental parameters in this process remain scarce (Hartmann et al 2010) Herein we describe our ob-servations on larval development and a new reproductive mode for the Atlantic Forest endemic species Physalaemus atlanticus Haddad amp Sazima 2004

Physalaemus atlanticus is a small frog whose type locality is Nuacutecleo Picin-guaba municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil (Haddad amp Sazima 2004) This species is part of the P sig-

nifier species group (Haddad amp Sazima 2004) and is listed as vulnerable ac-cording to IUCN Red list criteria (Cox and Stuart 2004) The species can be distinguished from other Physalaemus species by its morphological features such as a smooth to slightly rugose dor-sal skin texture and orange belly in life and also by its advertisement call with a duration of 06ndash084 s and a frequen-cy between 09ndash18 kHz Physalaemus atlanticus lays its eggs on a foam nest either in leaf litter or in small tempo-rary puddles (Hartmann et al 2010) defined by Haddad amp Prado (2005) as mode 28 and 11 respectively

The study took place in the municipal-ity of Ubatuba (-234620 -451453 WGS 84 14m asl) Satildeo Paulo state Bra-zil The study area encompasses 1613 ha and is a private reserve belonging to

77

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Projeto Dacnis (PD) a non-profit orga-nization The mean annual precipita-tion varies from 2000mm to 2500mm The hot and wet season runs from the end of November to March

Physalaemus atlanticus is the only species of the genus that occurs in the PD reserve and uses a foam nest as re-productive strategy We confirmed our identification based on the morpholog-ical characteristics of adults found in the spawning area (Fig 1) by the ad-vertisement call and by the imagoes observed

We monitored the area daily between October 2014 and January 2015 and re-corded the stages in the development of the tadpoles For the description of an-uran embryos and larvae development stages we followed Gosner (1960) We collected some environmental data including water pH (using the Mache-rey-Nagel system) and water tempera-ture (Thermofocus model 01500A3)

Advertisement calls were recorded us-ing a Zoom H2n Handy recorder We deposited the recording at Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV) Museu de Zoologia ldquoProf Adatildeo Joseacute Cardosordquo Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas Bra-zil (FNJV-45024)

On 3 November 2014 we found a P atlanticus foam nest in a water-filled bract of the palm Syagrus botryophora on the forest floor (Fig 2A and 2B) On

25 November 2014 we recorded 16 lar-vae between stages 36-39 (Fig 2C) On 15 December 2014 we observed four imagoes between stages 42-43 (Figure 2D) On the following day we did not find any imagoes in the area Forty-two days passed from the day we found the foam nest to the last day we observed the imagoes on the bract The pH of the water in the bract remained constant at 70 The water temperature was 20degC in the morning and 23degC in the late af-ternoon and the temperature ampli-tude remained constant throughout the study

The observation of oviposition in a leaf bract by P atlanticus is the first record of this species using this mode When the rain filled the bract with water it provided an environment with the nec-essary conditions for the continuity of egg development in a place with poten-tially fewer predators and competitors This reproduction strategy is classified as mode 14 by Haddad amp Prado (2005) and is already known for other species of the genus Physalaemus (eg P caete Pombal amp Madureira 1997 P erythros Caramaschi Feio amp Guimaratildees 2003 Pcrombiei Heyer amp Wolf 1989)

On 6 October 2014 we found a P at-lanticus foam nest deposited on dry soil After a few days of precipitation temporary puddles formed surround-

78

ing the foam with water We observed dozens of tadpoles being released in the water and occupying the temporary puddle surrounding the nest However after a few days the puddle began to dry out and many tadpoles were found dead

Physalaemus atlanticus may depos-it its foam nest on different substrates such as the water surface of rock crev-ices anchored to plants or directly on leaf litter near ponds (Haddad amp Sazi-ma 2004 Hartmann et al 2010) This may show to some extent a plasticity in foam nest deposition site selection or may simply be related to the availabil-ity of oviposition sites (Taylor 1962 Schleich 2002) The species shows a dependence on puddles formed mainly by precipitation They provide an ide-al aquatic habitat for the larvae before the terrestrial phase begins (Wilbur amp Collins 1973) but they rely on rain to remain constantly full which can ex-pose the larvae to a high mortality risk or accelerate the metamorphosis pro-cess (Newman 1992) In the case of the bract the strategy was successful

Acknowledgements

We would like to thank Elsie Laura Rotenberg for major support Daniel Stuginski Ana Helena Stuginski and Matheus de Toledo Moroti for text re-view and Ivan Sazima the incentive provided We also thank the reviewers for helping us to improve the paper

References

Caramaschi U Feio RN Guim-aratildees-Neto AS 2003 A new bright-ly colored species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from Minas Gerais southeastern Brazil Herpeto-logica 59519ndash524

Cox N Stuart S 2004 Physalae-mus atlanticus The IUCN Red List of Threatened Species 2004 eT57240A11607388 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2004RLTST57240A11607388en Downloaded on 05 June 2020

Gosner KL 1960 A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification Herpeto-logica 16183ndash190

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive modes in frogs and their un-expected diversity in the Atlantic forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Haddad CFB Sazima I 2004 A new species of Physalaemus (Amphibia Leptodactylidae) from the Atlantic forest in southeastern Brazil Zootaxa 4791ndash12

Hartmann MT Hartmann PA Hadd-ad CFB 2010 Reproductive modes and fecundity of an assemblage of anu-ran amphibians in the Atlantic rainfor-est Brazil Iheringia 100207ndash215

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

79

Heyer WR Wolf AJ 1989 Physalae-mus crombiei (Amphibia Leptodac-tylidae) a new frog species from Es-piacuterito Santo Brazil with comment on the P signifer group Proceedings of the Biological Society of Washington 102500ndash506

Newman RA 1992 Adaptive Plasticity in Amphibian Metamorphosis Biosci-ence 42 671ndash678

Pombal Jr JP Madureira CA 1997 A new species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from the Atlantic rain forest of northeastern Brazil Alytes 15105ndash112

Schleich HH 2002 Amphibians and reptiles of Nepal biology systemat-ics field guide ARG Gantner Verlag Ruggell

Taylor E H 1962 The amphibian fauna of Thailand University of Kansas Sci-ence Bulletin 43265ndash499

Wilbur HM Collins JP 1973 Eco-logical aspects of amphibian metamor-phosis Science 1821305ndash1314

Editora Carla S Cassini

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

80

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Physalaemus atlanticus individual found in the spawning area municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil on 19 October 2014 A) Dorso-lateral view and B) ventral view Photos by EM

A

B

81

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Physalaemus atlanti-cus development stages recorded in the municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil A) Foam nest B) Spawn in a Syagrus bo-tryophora bract C) Tadpole be-tween stages 36-39 and D) Imago recorded in the spawn area Pho-tos by EM

A

B

C

D

82

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Antoacutenio J R Cruz1 Leandro O Drummond2 Adriele P Magalhatildees3 Caryne A C Braga4 Maria R S Pires3

1 Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Universidade Federal de Minas Gerais 31270-910 Belo Hori-zonte MG Brazil2 Laboratoacuterio de Ciecircncias Ambientais Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brazil3 Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados Departamento de Evoluccedilatildeo Biodiversidade e Meio Ambiente Universidade Federal de Ouro Preto 35400-000 Ouro Preto MG Brazil4 Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM Universidade Federal do Rio de Ja-neiro 27965-045 Macaeacute RJ Brazil

Corresponding author cruzonygmailcom

enyalius perditus (SQUAMATA LEIOSAURIDAE) VOMITING AS A DEFENSIVE BEHAVIOR

Lizards have many predators mostly snakes other lizards birds mammals and inverte-

brates (mainly arachnids) (Schalk amp Cove 2018) Numerous strategies have evolved to escape this diverse range of predators including mimicry and camouflage rapid escape death feign-ing caudal autotomy tail display and vibration mouth opening and gular expansion (Arnold 1984 Green 1988 Martins 1996 Vitt amp Caldwell 2014 Pough et al 2015) In addition to natu-ral predation pressure introduction of invasive species (Trompeter amp Langk-ilde 2011) can lead to a change in the effectiveness of a particular strategy and changes in behavioral defensive responses

Enyalius perditus Jackson 1978 (Squa-mata Leiosauridae) is a semi-arboreal lizard endemic to the Atlantic Forest in southeastern and southern Brazil (Jackson 1978 Rocha et al 2000 Sturaro amp Silva 2010 Rodrigues et al 2014) It is a diurnal species found in forest leaf litter exhibiting sexual di-morphism in color and size and a diet based on invertebrates (Jackson 1978 Sousa amp Cruz 2008 Sturaro amp Silva 2010 Barreto-Lima amp Sousa 2011 Barreto-Lima et al 2013)

During fieldwork conducted from Janu-ary to December 2010 in Serra do Ouro Branco municipality of Ouro Branco Minas Gerais Brazil (20deg30prime3291Prime S 43deg36prime3047Prime W datum SAD 69) we captured 52 specimens of Enyali-us perditus using active searches and

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

83

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

pitfall traps with drift fences (Cruz et al 2014) and documented an unusu-al and unrecorded defense behavior for Enyalius We sexed young specimens by everting the hemipenis and used a digital caliper to take snout-vent length to 001 mm resolution All captured specimens were deposited in the herpe-tological collection of the Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados (LZV) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Minas Gerais The lizards were collected under permits issued by the Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis (IBAMA-48106-NUFAS-MG) and In-stituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBIO-21543-1)

In January 2010 while attempting to photograph a male (LZV-940s) the liz-ard performed the defensive behavior of mouth opening hissing and gular expansion before and during handling Following this behavior it regurgitated its stomach contents The second and third vomiting records were made In September 2010 while removing two males (LZV-1038s and LZV-1040s) from a pitfall trap both exhibited the same vomiting behavior In October 2010 another male (LZV-1077s) vom-ited while being transported in a trans-parent plastic bag

All regurgitations were preceded by similar defensive behavior (mouth opening hissing and gular expansion) Analysis of the vomit revealed the pres-

ence of beetles (Coleoptera) crickets (Orthoptera) and spiders (Aranae) (Table 1) common prey of E perditus (Sturaro amp Silva 2010 Sousa amp Cruz 2008 Barreto-Lima amp Sousa 2011)

Most sedentary lizards including En-yalius use camouflage running or jumping and running as primary de-fensive behavior (Rautenberg amp Laps 2010) Previous studies report a wide range of defensive strategies for Eny-alius when individuals are cornered or handled such as mouth opening hiss-ing biting tail whipping death feign-ing gular inflation cloacal discharge and even physiological color changes (males becoming darker) (Rautenberg amp Laps 2010 Gomides amp Sousa 2011 Silva et al 2018) During our field-work all these behaviors were also dis-played by specimens of E perditus on at least one occasion except for death feigning and tail whipping which were not recorded

Different individuals or populations of a species do not always exhibit the same defensive strategies (Trompeter amp Langkild 2011) Indeed in a popu-lation of E perditus from Juiz de Fora Minas Gerais (approximately 140 km southeast of Ouro Branco) Gomides amp Sousa (2011) reported death feign-ing in approximately 9 of individuals during handling None of the 52 indi-viduals handled in Serra do Ouro Bran-co feigned death although four adults (8) regurgitated Although these re-cords represent a small percentage of

84

examined specimens they may suggest differences in defensive response be-tween the two populations

Acknowledgments

We thank the residents of the Itatiaia community in Serra do Ouro Bran-co for their receptivity sympathy and hospitality during the execution of the project and FAPEMIG (Biota Minas) for the financing We also thank the anonymous reviewers and Henrique C Costa for pertinent suggestions and critical review of the manuscript

References

Arnold EN 1984 Evolutionary aspects of tail shedding in lizards and their relatives Journal of Natural History 18127ndash169

Barreto-Lima AF Sousa BM 2011 Feeding ecology and sexual dimor-phism of Enyalius perditus in an At-lantic forest Brazil Herpetological Bulletin 1181ndash9

Barreto-Lima AF Pires E O Sousa BM 2013 Activity foraging mode and micro-habitat use of Enyalius perdi-tus (Squamata) in a disturbed Atlantic rainforest in southestern Brazil Sala-mandra 49177ndash185

Cruz AJR Drummond L O Luce-na VD Magalhatildees AP Braga CAC Rolim JM Pires MRS 2014 Lizard

fauna (Squamata Sauria) from Serra do Ouro Branco southern Espinhaccedilo Range Minas Gerais Brazil Check List 101290ndash1299

Gomides SC Sousa BM 2011 Enya-lius perditus death-feigning Herpeto-logical Review 42602

Greene HW 1988 Antipredator mechanisms in Reptiles Pp 1ndash152 in Gans C Huey RB (Eds) Biology of the Reptilia Vol 16 Ecology defense and life history Allan R Liss New York

Jackson JF 1978 Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae) implications for Pleisto-cene climatic changes in eastern Brazil Arquivos de Zoologia 301ndash79

Martins M 1996 Defensive tactics in lizards and snakes the potential contri-bution of the Neotropical fauna Anais de Etologia 14185ndash199

Rautenberg R Laps RR 2010 Natural history of the lizard Enyalius iheringii (Squamata Leiosauridae) in south-ern Brazilian Atlantic forest Iheringia 100287ndash290

Pough FH Andrews RM Crump ML Savitzky AH Wells KD Brand-ley MC 2015 Herpetology Sinauer Associates Sunderland

Rautenberg R Laps RR 2001 Natural history of the lizard Enyalius iheringii

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

85

(Squamata Leiosauridae) in southern Brazilian Atlantic Forest Iheringia 100287ndash290

Rocha CFD Van-Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Silva RRE Neo FA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 79ndash87 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van-Sluys M (Eds) A Fauna Ameaccedilada de Ex-tinccedilatildeo do Estado do Rio de Janeiro Ed-itora UERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT Bertolotto CEV Am-aro RC Yonenaga-Yassuda Y Freire EMX Pellegrino KCM 2014 Mo-lecular phylogeny species limits and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata Leio-sauridae) An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia Molecular Phylogenet-ics and Evolution 81137ndash146

Schalk CM Cove MV 2018 Squa-mates as prey Predator diversity pat-terns and predator-prey size relation-ships Food Webs 161ndash4

Silva MA Hudson AA Souza BM 2018 Enyalius bilineatus (Two-lined fat-headed Anole) Defensive behavior Herpetological Review 49742

Sousa BM Cruz CAG 2008 Haacutebi-tos alimentares em Enyalius perditus (Squamata Leiosauridae) no Parque Estadual do Ibitipoca Minas Gerais Iheringia 98260ndash265

Sturaro MJ Silva VX 2010 Natural history of the lizard Enyalius perdi-tus (Squamata Leiosauridae) from an Atlantic forest remnant in southeast-ern Brazil Journal of Natural History 441225ndash1238

Trompeter WP Langkilde T 2011 In-vader danger Lizards faced with novel predators exhibit an altered behavioral response to stress Hormones and Be-havior 60152ndash158

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Defense and Escape Pp 319ndash351 in Vitt LJ Caldwell JP (Eds) Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles Academic Press LondonWalthamSan Diego

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

86

Table 1 Individuals of Enyalius perditus that regurgitated whileafter handling in Serra do Ouro Branco Minas Gerais Brazil

SVL = snout-vent length M = male F = female

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Collection number

SVL (mm) Sex Regurgitated content

Local coordinates

LZV- 940s 7595 M Aranae Or-thoptera

20deg29prime3513PrimeS 43deg36prime2417Prime W

LZV- 1038s 6489 M Aranae Coleoptera

20deg29prime4500PrimeS 43deg35prime4853Prime W

LZV- 1040s 7597 M Aranae 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

LZV- 1077s 7898 F Coleoptera 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

87

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Ana Helena Pagotto Daniel Rodrigues Stuginski Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP Brazil Corresponding author edelciomuscatterracombr

thamnodynastes strigatus (GUumlNTHER 1858) (SERPENTES DIPSADIDAE) FORAGING SITE FIDELITY

Like many other taxa snakes have home ranges where they perform daily activities like foraging

breeding thermoregulating and rest-ing (Macartney et al 1988 Powell et al 2000) Although home ranges can differ seasonally andor depend on the species and sex (Hyslop et al 2009 Breininger et al 2011) snakes gener-ally remain within their home ranges and even philopatry has already been reported for some species (Brischoux et al 2009) In recent decades long-term mark-recapture studies and the use of radio-telemetry have provided an increasing amount of data about home ranges movement and habi-tat use (Webb amp Shine 1997 Dorcas amp Willson 2009) and there is now a much more fine-scale comprehension of how snakes use their habitats It is now known that they exhibit site fidel-ity using the same spots within their home range repeatedly to perform var-ious activities (Madsen amp Shine 1996 Moore amp Gillingham 2006) Site fidel-ity can occur for short periods or for years restricted to small areas (eg a burrow used as shelter) or large (eg extensive hunting grounds) within a snakersquos home range (Madsen amp Shine 1996 Webb amp Shine 1997)

Site fidelity was reported for some spe-cies in the Northern Hemisphere that use the same den site for hibernation sometimes travelling great distanc-es (Burger amp Zappalorti 1992 Go-mez et al 2015) Sea snakes such as Laticauda colubrina (Schneider 1799) have long-term egg-laying site fidelity (Brischoux et al 2009) Whitaker amp Shine (2003) reported the daily use of a shelter site by the same individual of Pseudonaja textilis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854) These authors report-ed snakes traveling more than 800 m from their hunting grounds to the same retreat site daily One explanation for site fidelity is linked to the fact that hab-itats are complex and heterogeneous with some sites offering better feeding opportunities protection against pred-ators and more favorable thermal and hydric microenvironments (Du et al 2009) It is expected that snakes use some sites within their home range more frequently because of the need of a particular resource

Food is a resource that can be high-ly variable across the landscape Such variability may also be seasonal and prey abundance can differ spatial-

88

ly and temporally (Madsen amp Shine 1996 Cundall amp Pattishall 2011) The Foraging Theory predicts that ani-mals increase their energetic gain by decreasing the time and energy spent searching for food (Stephens amp Krebs 1986) Thus if a site presents food abundance or any hunting advantage some degree of site fidelity by preda-tors is expected Foraging site fideli-ty has been reported for snakes and they used specific hunting grounds repeatedly in both foraging modes (sit-and-wait ambushers and active searching) (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004 Sazima amp Marques 2007) The ambush-hunting snake Chilabothrus inornatus (Reinhardt 1843) in Puerto Rico used the entrance of one cave to hunt bats returning to the same point regularly (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004) Sazima amp Marques (2007) ob-served a specimen of the active-search-ing Philodryas olfersii (Lichtenstein 1823) revisiting a successful bird-hunt-ing site for nine months The authors recorded the same snake hunting birds in the same tree five times (three of which were successful) and suggested that this foraging site fidelity could be linked to a snakersquos learning process In the present manuscript we report similar foraging site fidelity during two consecutive years by Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) a snake spe-cies that usually hunts by active search-ing (Bernarde et al 2000b but see Mario-da-Rosa et al [2020] who mon-

itored specimens relying exclusively on ambush hunting)

Thamnodynastes strigatus is a noctur-nal viviparous and opisthoglyphous xenodontine (Marques et al 2001 Zaher et al 2019) The species occurs in Argentina Paraguay Uruguay and Brazil In Brazil T strigatus occurs in the southeastern and southern At-lantic Forest the Pampa and the Cer-rado (Nogueira et al 2019) The spe-cies can be locally abundant Zanella amp Cechin (2006) found T strigatus to be the most common snake in the Plan-alto Meacutedio of the state of Rio Grande do Sul Specimens seem to use swampy areas frequently searching for food on the ground and in vegetation (Bernarde et al 2000ab)

The diet of T strigatus consists of an-urans fish mammals and reptiles Anurans of the families Leptodactyli-dae Odontophrynidae Bufonidae and Hylidae represent the major part of the diet in some populations of T strigatus (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) The species may be considered an anuran specialist that occasional-ly feeds on other prey although some populations seem to be highly special-ized in eating fish (Mario-da-Rosa et al 2020)

On 12 November 2018 we recorded a specimen of T strigatus SVL 390 mm foraging on the lower branches of a tree in the Projeto Dacnis private reserve (22deg53prime447Prime S 45deg56prime294Prime W) Satildeo Francisco Xavier subdistrict munic-

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

89

ipality of Satildeo Joseacute dos Campos state of Satildeo Paulo Brazil Identification was based on the following morphological features dorsal scales smooth in 19 rows at midbody and infralabial scales with dark markings that taper ventral-ly (Franco amp Ferreira 2003) The tree stands on the edge of a swamp area and near an artificial pond Approximately 20 frog species use the pond and swamp area as breeding sites and at least five treefrog species use this tree as a call-ing site Boana faber (Wied 1821) Dendropsophus minutus (Peters 1872) Scinax eurydice (Bokermann 1968) Scinax aff perereca and Scinax crospedospilus (Lutz 1925) During this first encounter we observed the snake hunting for one hour without success in capturing prey We returned to the same tree ten times over the next 17 nights

During eight of these nights we identi-fied the same individual of T strigatus foraging for frogs on low tree branch-es We recognized this individual by the following characters the third and fourth brown bars of the left supra-labial scales in contact on the upper edge the fifth and sixth brown bars on the distal portion of the fifth and sixth supralabials not reaching the up-per margin of those scales the fourth left supralabial brownish bar with an inverted ldquoLrdquo shape the lower portion of the left postocular dark stripe nar-rows markedly at the distal margin of the last supralabial scale prefrontal

and internasal scales have a V-shaped brownish blotch a dark-bordered cir-cular mark on the left supraocular and frontal scale forms a complete circle in contrast with the right side where the circle is interrupted on the rostral part of the frontal scale (Figure 1)

In our sixth encounter we inadver-tently surprised a specimen of S aff perereca (SVL approximately 40 mm) that jumped near the T strigatus The snake grasped the frog and started eat-ing it immediately (Figure 2) The frog appeared to have been envenomated because it did not react vigorously but remained motionless for most of the in-gestion process similar to the findings of Bernarde et al (2000a) The feeding event lasted at most five minutes and after that the snake moved along the branches to the trunk of the tree The last date on which we found the snake on the tree 29 November 2018 was co-incident with a decrease in the calling activity of Scinax

During the monitoring period we found four more specimens of T strigatus foraging at the swamp area and also other snake species (Bothrops

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

90

Figura 1 Morpho-logical features used to recognize the Thamnody-nastes strigatus individual (A) Third and fourth brownish bars on the left supralabial scales in contact at the upper edge of the scales The fourth left suprala-bial brownish bar forms an inverted ldquoLrdquo shape (blue arrow) Fifth and sixth brownish la-bial bars are short not reaching the upper edge of the scales and are only at the distal portion of the scale (yellow arrows) Lower portion of the left pos-tocular dark stripe narrows at the dis-tal margin of the last supralabial scale (white arrow) (B) Prefrontal and inter-nasal scales have a V-shaped brownish blotch (blue arrow) On the portion for-med by the frontal and scales there is a pair of dark-bordered ocelli but the border of the right ocellus is interrup-ted at the rostral portion of the fron-tal scale (yellow arrow) Both pictures were taken in 2019

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

91

jararaca (Wied 1824) Oxyrhopus guibei (Hoge amp Romano 1977) and Dipsas neuwiedi (Ihering 1911) but no snake other than this specimen of T strigatus on this particular tree We kept monitoring the area searching the tree thoroughly twice a week for 12 months but found no more snakes

In early November 2019 we detect-ed a number of S aff perereca and S crospedospilus using the same tree as a calling site On 20 November 2019 during one of our regular field surveys we found a specimen of T strigatus on the tree A comparison of photos taken in 2018 and on this night showed that it was the same individual we had mon-itored in the previous year The snake was resting on tree branches approxi-mately 1 m above ground During the encounter we noticed that the stomach area was distended suggesting recent ingestion of prey

This is the first report of foraging site fidelity for a Thamnodynastes species and the second long-term foraging site fidelity reported for a Brazilian species (Sazima amp Marques 2007) The rela-tionship between snake presence on that tree and anuran calling activity especially Scinax spp suggests a re-source-based foraging site fidelity in-stead of random use of the space It is clear to us that this snake used the same foraging site while prey abundance was high but when resources decreased it moved from this area returning after 12 months when resources were abun-dant again

Frogs were abundant in all swamp ar-eas and we also found other snakes including more specimens of T strigatus foraging in the swamp and around the pond Despite searching the swamp area thoroughly we only saw this individual when it was on the tree

Figura 2 Thamnodynastes strigatus feeding on Scinax aff perereca on 22 Novem-ber 2018

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

92

never elsewhere Foraging site fidelity by active-hunting snakes was previous-ly reported in P olfersii a semi-arbo-real and diurnal Xenodontine species (Sazima amp Marques 2007) Similarly to P olfersii T strigatus feeds on a wide range of taxa although some pop-ulations show a strong predilection for frogs (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) or even fish (Mario-da-Ro-sa et al 2020) Based on the analysis of the stomach contents of 44 T strigatus Bernarde et al (2000a) hypothesized that most foraging activity occurred on the ground and at water level but they also suggested the use of the arboreal stratum as a foraging site for the spe-cies These authors noted that Scinax was the most frequent frog genus in the stomach contents accounting for over 40 of the preyed frogs

In our sampled area frogs were pres-ent in the entire swamp but we do not know if frog abundance was greater near the tree than in other areas Some Scinax used this tree as a calling site but not as a breeding site since all Sci-nax species observed in our field sur-veys breed in flooded areas (Haddad amp Prado 2005) The choice of a specific tree as the snakersquos main foraging area seems to be directly related to the abun-dance of prey on it It is relevant that there were other frog species that are regularly consumed by T strigatus in the studied area (Ruffato et al 2003) So it is possible that the site fidelity we report is related not only to frog abun-

dance but specifically to Scinax abun-dance on that tree Furthermore Ber-narde et al (2000b) suggested that T strigatus hunts by visual orientation based on frog movement and that the snake is less prone to detect frogs that remain quiet and motionless As most frogs on the tree were males in high calling activity and its branches were diffuse and easily accessible the snake could gain some advantage by perform-ing a visually oriented search at this foraging site

The snakersquos return to the same hunt-ing spot after one year is surprising and reinforces that snakes may exhib-it strong site fidelity related to their feeding grounds (Sazima amp Marques 2007) Long-term site fidelity was also reported for other snake activities eg breeding or hibernating (Brischoux et al 2009 Gomez et al 2015) but less frequently for foraging We still do not know if this foraging site fidelity occurs in different snake species and how they maintain this fidelity It is possible that such long-term foraging site fidelity is guided exclusively by chemical cues of prey congregating seasonally at the same site but learning and memory processes cannot be discarded as lead-ing forces in foraging site fidelity by snakes (Sazima amp Marques 2007)

Acknowledgments

We thank Matheus de Toledo Moro-ti for the 2019 photographs and Elsie Laura Rotenberg for all the help with this manuscript

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

93

References

Bernarde PS Moura-Leite JC Mach-ado RA Kokobum MNC 2000a Diet of the colubrid snake Thamnody-nastes strigatus (Guumlnther 1858) from Paranaacute state Brazil with field notes on anuran predation Revista Brasileira de Biologia 60695ndash699

Bernarde PS Kokubum MNC Marques OAV 2000b Atividade e uso de habitat em Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) no sul do Brasil (Serpentes Colubridae) Boletim do Museu Nacional (NS) Zoologia 4281ndash8

Breininger DR Bolt MR Legare ML Drese JH Stolen ED 2011 Fac-tors Influencing Home Range Sizes of Eastern Indigo Snakes in Central Flor-ida Journal of Herpetology 45484ndash490

Brischoux F Bonnet X Pinaud D 2009 Fine-scale site fidelity in sea kraits Implications for conserva-tion Biodiversity and Conservation 182473ndash2481

Burger J Zappalorti RT 1992 Philo-patry and nesting phenology of pine snakes Pituophis melanoleucus in the New Jersey Pine Barrens Behavioral Ecology and Sociobiology 30331ndash336

Cundall D Pattishall A 2011 Foraging Time Investment in an Urban Popula-tion of Watersnakes (Nerodia sipedon) Journal of Herpetology 45174ndash177

Dorcas ME Willson JD 2009 In-novative methods for studies of snake ecology and conservation Pp 5ndash37 in Mullin SJ Seigel RA (Eds) Snakes Ecology and conservation Comstock Ithaca

Du W Webb JK Shine R 2009 Heat sight and scent multiple cues influence foraging site selection by an ambush-foraging snake Hoplocephalus bungaroides (Elapidae) Current Zool-ogy 55266ndash271

Franco FL Ferreira T 2002 De-scriccedilatildeo de uma nova espeacutecie de Tham-nodynastes Wagler 1830 (Serpentes Colubridae) do nordeste brasileiro com comentaacuterios sobre o gecircnero Phyllomedusa 157ndash74

Gomez L Larsen KW Gregory PT 2015 Contrasting patterns of migra-tion and habitat use in neighboring Rattlesnake populations Journal of Herpetology 49371ndash376

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive Modes in Frogs and Their Unexpected Diversity in the Atlantic Forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Hyslop NL Cooper RJ Meyers JM 2009 Seasonal Shifts in Shelter and Mi-crohabitat Use of Drymarchon couperi (Eastern Indigo Snake) in Georgia Co-peia 2009458ndash464

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

94

Macartney JM Gregory PT Larsen KW 1988 A tabular survey of data on movement and home ranges of snakes Journal of Herpetology 2261ndash73

Madsen T Shine R 1996 Seasonal mi-gration of predators and prey pythons and rats in tropical Australia Ecology 77149ndash56

Mario-da-Rosa C Abegg AD Mal-ta-Borges L Righi AF Bernarde PS Cechin SZ Santos TG 2020 A fisher-manrsquos tale Activity habitat use and the first evidence of lingual lure behavior in a South American snake Salamandra 5639ndash47

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar Holos Ribeiratildeo Preto

Moore JA Gillingham JC 2006 Spa-tial ecology and multi-scale habitat se-lection by a threatened rattlesnake the Eastern Massasauga (Sistrurus catena-tus catenatus) Copeia 2006742ndash51

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Her-petology 141ndash274 doi102994SA-JH-D-19-001201

Pattishall A Cundall D 2008 Spa-tial Biology of Northern Watersnakes (Nerodia sipedon) Living along an Ur-ban Stream Copeia 2008752ndash762

Powell RA 2000 Animal home rang-es and territories and home range esti-mators Pp 65-100 in Boitani L Full-er TK (Eds) Research Techniques in Animal Ecology Columbia University Press New York

Puente-Roloacuten AR Bird-Picoacute FJ 2004 Foraging behavior home range movements and activity patterns of Epicrates inornatus (Boidae) at Mata de Platano Reserve in Arecibo Puer-to Rico Caribbean Journal of Science 40343ndash352

Ruffato R Di-Bernardo M Maschio F 2003 Dieta de Thamnodynastes strigatus (Serpentes Colubridae) no Sul do Brasil Phyllomedusa 227ndash34

Sazima I Marques OAV 2007 A re-liable customer hunting site fidelity by an actively foraging neotropical col-ubrid snake Herpetological Bulletin 9936ndash38

Stephens DW Krebs JR 1986 For-aging Theory Princeton Princeton University Press

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

95

Webb JK Shine R 1997 A field study of the spatial ecology and movements of a threatened snake species Hoplo-cephalus bungaroides Biological Con-servation 82203ndash217

Whitaker PB Shine R 2003 A ra-diotelemetric study of movements and shelter-site selection by free ranging brownsnakes (Pseudonaja textilis El-apidae) Herpetological Monographs 17130ndash144

Zaher H Murphy RW Arredondo JAC Graboski R Machado-Filho PR Mahlow K Grazziotin FG 2019 Large-scale molecular phylogeny morphology divergence-time estima-tion and the fossil record of advanced caenophidian snakes (Squamata Ser-pentes) PLoS ONE 14e0216148

Zanella N Cechin SZ 2006 Taxo-cenosis of snakes in the middle plateau region of Rio Grande do Sul Brazil Revista Brasileira de Zoologia 23211ndash217

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

96

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Paulo Roberto Machado-Filho12 Guilherme Marson Moya3 Faacutebio Maffei4

1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brazil2 Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista 13506-900 Rio Claro SP Brazil3 Instituto Proacute-Terra 17209-070 Jauacute SP Brazil4 Departamento de Ciecircncias Bioloacutegicas Faculdade de Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 17033-360 Bauru SP Brazil

Corresponding author prmfilhosbogmailcom

FIRST STATE RECORD OF uraCentron azureum (LINNAE-US 1758) (SQUAMATA TROPIDURIDAE) FROM THE STATE OF MATO GROSSO BRAZIL

Tropiduridae consists of me-dium-sized lizards (4ndash15 cm snout-vent length) occurring

throughout South America including the Galapagos Islands (Vitt amp Cald-well 2014) In Brazil there are 42 species belonging to seven genera Eurolophosaurus Plica Stenocercus Strobilurus Tropidurus Uracentron and Uranoscodon (Costa amp Beacuternils 2018) Lizards of the genus Uracentron (Linnaeus 1758) are arboreal and diur-nal inhabit primary ldquoterra firmerdquo for-est where they are found on trunks and tree canopy (about 5 meters above the ground) and occasionally at the forest edge (Avila-Pires 1995) The genus is endemic to Amazonia and currently comprises two species Uracentron fla-viceps (Guichenot 1855) and Uracen-tron azureum (Linnaeus 1758) the lat-ter with three subspecies Uracentron azureum azureum (Linnaeus 1758) endemic to eastern Amazonia Uracen-tron azureum werneri Mertens 1925 endemic to northwestern Amazonia

and Uracentron azureum guentheri Boulenger 1895 predominantly occur-ring in southwestern Amazonia with one isolated record in eastern Ama-zonia (Boulenger 1894 Beebe 1944 Hoogmoed amp Lescure 1975 Duellman 2005 Peacuterez 2015 Ribeiro-Junior 2015)

Uracentron azureum guentheri is known to occur in Peru and Brazil from the states of Paraacute Amazonas and Rondocircnia (Ribeiro-Junior 2015) The eastern portion of its distribution is delimited by the lower Negro river and the Madeira river basin with one isolated record in the lower Trombe-tas river (eastern Amazonia) This sub-species can be distinguished from oth-er subspecies by having three narrow crossbands on the neck followed by one crossband descending through the an-ti-humeral fold (Peters amp Donoso-Bar-ros 1970)

97

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Here we present the first record of Ura-centron azureum from the state of Mato Grosso and the southernmost record for Uracentron about 650 km southeast of the closest known record (Figure 1) On 10 September 2015 one individual of Uracentron azureum guentheri was captured in a pitfall trap in the munici-pality of Comodoro state of Mato Gros-so Brazil (13deg42prime6Prime S 60deg25prime43Prime W 227 m elevation) ndash collection permit issued by the Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Ren-ovaacuteveis (IBAMA license 6172015 process 020010003282009-98)

The area consists of a fragment of sec-ondary forest in advanced stage of re-generation The fragment adjoins the riparian vegetation of the Guaporeacute riv-er which borders Brazil and Bolivia It is a transitional area between the Am-azonia and Cerrado biomes predomi-nantly covered by seasonal semidecidu-ous forest The capture site has a dense understory with many lianas but with a relatively open canopy and thin leaf litter The specimen is an adult male of about 80 mm snout-vent length and was not collected (Figure 2)

Uracentron azureum is a poorly known lizard non-heliothermic restricted to rainforest habitat and unable to survive in deforested areas (Vitt et al 2008) The specimen was recorded in the most deforested region of the state of Mato Grosso (Richards amp VanWey 2015 Valdiones et al 2019) Between 2000 and 2012 nearly 80000 km2 of forest

and Cerrado were razed in Mato Gros-so often for pastures and croplands (Hansen et al 2013)

Acknowledgements

We thank Ambientare Soluccedilotildees em Meio Ambiente for logistic support

Rerefrences

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Bra-zilian Amazonia (Reptilia Squamata) Zoologische Verhandelingen 2991ndash706

Beebe W 1944 Field notes on the liz-ards of Kartabo British Guiana and Caripito Venezuela Part 2 Iguanidae Zoologica 29195ndash216

Boulenger GA 1895 ldquo1894rdquo Second report on additions to the lizard collec-tions in the Natural History Museum Proceedings of the Zoological Society of London 1894722ndash736

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Bra-sileira 711ndash57

Duellman WE 2005 Cuzco Amazoacuteni-co - The lives of amphibians and rep-tiles in an Amazonian rainforest Cor-nell University Press Ithaca amp London

98

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Hansen MC Potapov PV Moore R Hancher M Turubanova SAA Tyukavina Ahellip Townshend JRG 2013 High-resolution global maps of 21st-century forest cover change Sci-ence 342850ndash853

Hoogmoed MS Lescure J 1975 An Annotated Checklist of the Lizards of French Guiana Mainly Based on 2 Recent Collections Zoologische Mededelingen 49141ndash171

Peters JA Donoso-Barros R 1970 Catalogue of the Neotropical Squama-ta Part II Lizards and Amphisbae-nians United States National Museum Bulletin 2971ndash293

Peacuterez GAT 2015 Diversidad de los reptiles de la Orinoquiacutea Colombiana anaacutelisis de los patrones de distribucioacuten y relaciones ambientales Inuversidad Nacional de Colombia Bogotaacute

Ribeiro-Junior MA 2015 Catalogue of distribution of lizards (Reptilia Squa-mata) from the Brazilian Amazonia I Dactyloidae Hoplocercidae Iguanidae Leiosauridae Polychrotidae Tropidu-ridae Zootaxa 39831ndash110

Richards P VanWey L 2015 Where deforestation leads to urbanization how resource extraction is leading to urban growth in the Brazilian Amazon Annals of the Association of American Geographers 105806ndash823

Valdiones AP Silgueiro V Bernasconi P 2019 Caracteriacutesticas do desmata-mento no Cerrado mato-grossense em 2018 Instituto Centro de Vida Cuiabaacute

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Herpetol-ogy An Introductory Biology of Am-phibians and Reptiles Elsevier Am-sterdam

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema Manaus

Editor Henrique C Costa

99

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Map showing Brazilian Amazonia and all known records of Ura-centron azureum azureum U a guentheri (including the new one presented here) and U a werneri Adapted from Avila-Pires (1995) and Ribeiro-Junior (2015)

100

Figura 2 Live speci-men (not collected) of Uracentron azureum guentheri in lateral (A) and dorsal view (B) pi-tfall traps (C) installed in seasonal semideci-duous forest at the mu-nicipality of Comodoro state of Mato Grosso state central Brazil a transitional area betwe-en Amazonia and Cer-rado biomes

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

101

Gaspar Joseacute Gomes Neto Carlos Henrique de Oliveira Nogueira Leonardo Serafim da Silveira

Hospital Veterinaacuterio Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens Universidade Es-tadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brasil

Corresponding author gasparbioherpetogmailcom

PRIMEIRO REGISTRO DE PREDACcedilAtildeO DE BrasilisCinCus agilis (SCINCOMORPHA MABUYIDAE) POR oxyrhopus trigeminus (SERPENTES DIPSADIDAE)

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Oxyrhopus trigeminus eacute uma espeacutecie de serpente com am-pla distribuiccedilatildeo geograacutefica

no Brasil sendo encontrada do esta-do do Amapaacute ateacute o estado do Paranaacute nos biomas Amazocircnia Caatinga Cer-rado Mata Atlacircntica e Pantanal aleacutem de alguns registros nas florestas secas da Boliacutevia (Nogueira et al 2019) Eacute uma serpente oviacutepara terrestre que apresenta haacutebitos diurnos (Gaiarsa et al 2013) e tem sua alimentaccedilatildeo com-posta majoritariamente por lagartos e pequenos mamiacuteferos (Gaiarsa et al 2013 Coelho et al 2019)

Brasiliscincus agilis eacute uma espeacutecie de lagarto tiacutepica das restingas brasileiras (Vrcibradic amp Rocha 2002) sendo en-contrado tambeacutem em aacutereas de serra (Teixeira et al 2003) Satildeo animais de haacutebitos diurnos (Vrcibradic amp Rocha 2002) criptozoacuteicos e terriacutecolas ocu-pando principalmente a serapilheira e troncos de aacutervores (Vrcibradic amp Ro-cha 1996)

No dia 28 de maio de 2018 em uma aacuterea de restinga (21deg50rsquo2728rdquoS 41deg

0rsquo4776rdquo O niacutevel do mar) no municiacutepio de Satildeo Joatildeo da Barra estado do Rio de Janeiro encontramos um exemplar jaacute morto de O trigeminus (comprimento rostro-cloacal [CRC] 305 mm) iden-tificado pela coloraccedilatildeo mais clara das escamas supralabiais (Zaher amp Cara-maschi 1992) apresentando lesatildeo na cabeccedila sinais de atropelamento e au-mento de volume do terccedilo meacutedio indi-cando a presenccedila de conteuacutedo estoma-cal O animal foi coletado seguindo as diretrizes estabelecidas pela instruccedilatildeo normativa nordm 3 do Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversi-dade (ICMBio 2014) que em seu 25ordf artigo trata do aproveitamento de car-caccedilas de animais encontrados mortos Apoacutes a coleta foi levado para a coleccedilatildeo herpetoloacutegica do Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Flumi-nense Darcy Ribeiro (NEPAS-UENF) Em laboratoacuterio ao realizarmos a aber-tura do estocircmago da serpente (Figura 1) foi possiacutevel observar a presenccedila de um indiviacuteduo adulto de Brasiliscincus agilis em posiccedilatildeo sugestiva de deglu-

102

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

ticcedilatildeo iniciada pela cabeccedila (183 lamelas digitais CRC 75 mm e comprimento da cauda 89 mm) identificado seguindo a metodologia de contagem de lamelas digitais e pela coloraccedilatildeo caracteriacutestica descrita por Hedges amp Conn (2012) que diferencia o gecircnero de outros por ter uma combinaccedilatildeo de listras dorso-laterais escuras e paacutelidas (Figura 2)

Realizamos uma revisatildeo de literatura em todas as ediccedilotildees da revista Her-petological Review e pela platafor-ma Google Acadecircmico utilizando as seguintes palavras-chave em inglecircs e portuguecircs dieta haacutebitos alimentares histoacuteria natural (diet feeding habits natural history) e Oxyrhopus trigem-inus Foram encontrados 220 resul-tados (07042020) sendo apenas quatorze relevantes para esse estudo

(Tabela 1) Oxyrhopus trigem-inus jaacute foi registrada na Caat-inga como predadora de Brasiliscincus heathi (Coelho et al 2019) o que torna o registro de pre-daccedilatildeo de B agilis esperado visto que o habitat de presa e predador se so-brepotildeem (Vrcibradic amp Rocha 1996 Gaiarsa et al 2013)

Agradecimentos

Gostariacuteamos de agradecer ao NE-PAS por ter cedido toda a estrutura necessaacuteria para produccedilatildeo deste tra-balho e Iberecirc Farina Machado por ter nos ajudado nas versotildees anteriores e pela revisatildeo do manuscrito

Figura 1 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus com cavidade aberta eviden-ciando a presenccedila de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido

103

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus ao lado de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido previamente retirado de seu estocircmago

Referecircncias

Alencar LR Galdino CA Nascimento LB 2012 Life history aspects of Oxy-rhopus trigeminus (Serpentes Dipsa-didae) from two sites in southeastern Brazil Journal of Herpetology 469ndash13

Coelho RDF Sales RFD Ribeiro LB 2019 Sexual dimorphism diet and notes on reproduction in Oxyrhopus trigeminus (Serpentes Colubridae) in the semiarid Caatinga of northeastern Brazil Phyllomedusa 1889ndash96

Coelho-Lima AD Ramos GO Mar-tins RBX Meira LPC 2020 First record of ophiophagy in the false coral snake Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854 Cuadernos de Herpetologiacutea 3489ndash91

Franccedila FGR Mesquita DO Noguei-ra CC Arauacutejo AFB 2008 Phylogeny and ecology determine morphologi-cal structure in a snake assemblage in the Central Brazilian Cerrado Copeia 200823ndash38

104

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gaiarsa MP Alencar LR Martins M 2013 Natural history of Pseudoboine snakes Papeacuteis Avulsos de Zoologia 53261ndash283

Hedges SB Conn CE 2012 A new skink fauna from Caribbean islands (Squamata Mabuyidae Mabuyinae) Zootaxa 32881ndash244

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 03 de 01 de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Seccedilatildeo 1 60(02092014)60ndash62

Marques R Mebert K Fonseca Eacute Roumldder D Soleacute M Tinocircco MS 2016 Composition and natural history notes of the coastal snake assemblage from Northern Bahia Brazil ZooKeys 693ndash142

Mesquita PC Passos DC Borges-No-josa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das serpentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113

Mikalauskas JS Santana DO Fer-rari SF 2017 Lizard predation Tropi-durus hispidus (Squamata Tropidu-ridae) by false coral snake Oxyrhopus trigeminus (Squamata Dipsadidae) in the Caatinga in northeastern Brazil Pesquisa e Ensino em Ciecircncias Exatas e da Natureza 160ndash67

Nogueira CC Argocirclo AJS Ar-zaendia V Azevedo JA Barbo FE Beacuternils RS hellip Martins M 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpetolo-gy 141ndash274

Pires RC Borges VS de Souza AM Eterovick PC 2012 Natural history of a snake assemblage alongside a river in south-eastern Brazil Journal of Natu-ral History 46369ndash381

Rocha CFD Van-Sluys M Vrci-bradic D Hatano FH Galdino CA Cunha-Barros M Kieffer MC 2004 A comunidade de reacutepteis da restinga de Jurubatiba Pp 179ndash198 in Ro-cha CFD Esteves FA Scarano FR (Orgs) Pesquisas ecoloacutegicas de longa duraccedilatildeo na restinga de Jurubatiba eco-logia histoacuteria natural e conservaccedilatildeo RiMa Editora Satildeo Carlos

Rocha CFD Van-Sluys M Hatano FH Bergallo HG 2005 Oxyrhopus trigeminus (false coral snake) Prey Herpetological Review 36458

Rocha-Silva J Pereira WR Vie-gas-de-Arruda F Brito-de-Carvalho C Mendonccedila-do-Prado V H 2017 Micrablepharus atticolus Predation Herpetological Review 48652

105

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Teixeira RL Rocha CFD Vrcibrad-ic D Cuzzuol MG 2003 Ecology of Mabuya agilis (Squamata Scincidae) from a montane Atlantic rainforest area in southeastern Brazil Cuadernos de Herpetologiacutea 17101ndash109

Vitt LJVangilder LD 1983 Ecology of a snake community in northeastern Brazil Amphibia-Reptilia 4273ndash296

Vrcibradic D Rocha CFD 1996 Eco-logical differences in tropical sympatric skinks (Mabuya macrorhyncha and Mabuya agilis) in southeastern Brazil Journal of Herpetology 3060ndash67

Vrcibradic D Rocha CFD 2002 Use of cacti as heat sources by thermoreg-ulating Mabuya agilis (Raddi) and Mabuya macrorhyncha Hoge (Lacer-tilia Scincidae) in two restinga habitats in southeastern Brazil Revista Brasile-ira de Zoologia 1977ndash83

Zaher H Caramaschi U 1992 Sur le statut taxinomique drsquoOxyrhopus tri-geminus et O guibei (Serpentes Xe-nodontinae) Bulletin du Museacuteum na-tional drsquohistoire naturelle Section A Zoologie biologie et eacutecologie animales 14805ndash827

Editor Henrique C Costa

106

PRESAS FONTE

SQUAMATA

ldquoLagartosrdquo

Ovo de lagarto (espeacutecie natildeo identificada) Vitt amp Vanglier (1983) Gaiarsa et al (2013)

Tropiduridae

Tropidurus hispidus (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Gaiarsa et al (2013) Mikalauskas et al (2017)

Tropidurus hygomi (Reinhardt amp Luumltken 1862)

Marques et al (2016)

Tropidurus torquatus (Wied 1820)

Rocha et al (2004) Rocha et al (2005)

Tropidurus sp Franccedila et al (2008) Gaiarsa et al (2013)

Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)

Rocha et al (2005) Franccedila et al (2008) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013) Coelho et al (2019)

Ameivula ocellifera (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Rocha et al (2005) Marques et al (2016)

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccini-ni-Seale 1997)

Coelho et al (2019)

Tabela 1 Itens alimentares jaacute reportados na dieta de Oxyrhopus trigeminus

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

107

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau De Jonnegraves 1818) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Gymnophthalmidae

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)

Coelho et al (2019)

Micrablepharus atticolus Ro-drigues 1996 RochandashSilva et al (2017)

Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823) Este trabalho

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)

Mesquita et al (2013) Coelho et al (2019)

Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides Spix 1825 Coelho et al (2019)

Serpentes

Colubridae

Oxybelis aeneus (Wagler 1824) CoelhondashLima et al (2020)

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854

Marques et al (2016)

108

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

MAMMALIA

Cinco mamiacuteferos (natildeo identificados)

Franccedila et al (2008)

Cricetidae

Roedor natildeo identificado Pires et al (2012)

Akodon sp Gaiarsa et al (2013)

Necromys lasiurus (Lund 1841)

Rocha et al (2005) Alencar et al (2012) Ga-iarsa et al (2013)

Nectomys squamipes (Brants 1827)

Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Oligoryzomys sp Gaiarsa et al (2013)

Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund 1840)

Gaiarsa et al (2013)

Monodelphis domestica (Wagner 1842)

Coelho et al (2019)

AVES

Furnariidae

Synallaxis sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Emberizidae

Coryphospingus sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

109

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Clodoaldo L Assis1 Henrique C Costa2

1 Departamento de Biologia Animal Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilosa 36570-900 Viccedilosa MG Brazil

2 Departamento de Zoologia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036-900 Juiz de Fora MG Brazil

Corresponding author ccostahgmailcom

leposternon oCtostegum NEW RECORD OF AN ENDANGERED WORM LIZARD SPECIES WITH COMMENTS ON HABITAT AND OPPORTUNISTIC PREDATORS (SQUAMATA AMPHISBAENIA)

The worm lizard genus Leposter-non currently comprises 11 spe-cies distributed in South Amer-

ica mainly in Brazil from where most of the species are endemic (Ribeiro et al 2015 2018 Colli et al 2016) One of these species Leposternon octosteg-um (A Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) is known from a small area (577 kmsup2) in the metropolitan region of Sal-vador state of Bahia northeastern Bra-zil (Barros-Filho et al 2013 ICMBio 2018) Described almost 170 years ago (Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) this species remained known only from its holotype (from an unknown Brazilian locality) until recently when new specimens were recorded through field research (Couto-Ferreira et al 2011) and collect-ed during wildlife rescues (Barros-Fil-ho et al 2013) Today L octostegum is known from the following munici-palities (specific localities in parenthe-sis) Camaccedilari (Arembepe) Dias drsquoAacutevi-la (Santa Helena) Mata de Satildeo Joatildeo

(Reserva de Imbassaiacute) Salvador (Ater-ro Metropolitano Centro) and Simotildees Filho (Fazenda Real) (Couto-Ferreira et al 2011 Barros-Filho et al 2013) The record from Mata de Satildeo Joatildeo however lacks a voucher specimen or even photographs (Couto-Ferreira et al 2011) In this note we present new records of L octostegum from Mata de Satildeo Joatildeo based on four specimens deposited in Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilo-sa (MZUFV) Minas Gerais Brazil

From 13 to 21 October 2014 CLA worked in a wildlife rescue at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (124606deg S 380937deg W 70 m elevation datum WGS 84) municipality of Mata de Satildeo Joatildeo state of Bahia about 15 km northwest from Reserva de Imbassaiacute An area of about 70 ha originally covered by rainfor-est was used for Pinus plantation but abandoned after eight years allowing native vegetation to grow among the Pi-nus trees The wildlife rescue occurred

110

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

while the area was being deforested for Eucalyptus planting (Figure 1) When a bulldozer cut the trees and turned the soil six specimens of Leposternon octostegum were observed after being unearthed from depths of 30ndash50 cm

On 13 October 2014 two specimens (MZUFV 1390 1391) were found dead after the soil was turned by the bulldoz-er and other two specimens (MZUFV 1389 1392) were found on 18 October Specimens were collected in agreement with a Normative Instruction from the Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio 2014) In-dividuals of other species were also found dead the skink Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951) the gecko Gymnodactylus darwinii (Gray 1845) and the anole Norops ortonii (Cope 1868)

On 18 October CLA observed two crest-ed caracaras Carcara plancus (Miller 1777) each capturing one L octosteg-um as soon as the specimens were un-earthed by the bulldozer Although an opportunistic predation event this is the first time L octostegum is recorded as prey of another species Other birds also landed to eat unearthed animals although their prey could not be identi-fied the yellow-headed caracara (Mil-vago chimachima (Vieillot 1816) the roadside hawk (Rupornis magniros-tris (Gmelin 1788)) and the lesser yel-low-headed vulture (Cathartes burrovi-anus Cassin 1845) Such opportunistic predation by birds on worm lizards was

previously reported by Zamprogno amp Sazima (1993) who observed Carcara plancus and other species preying on specimens of Leposternon wuchereri (Peters 1879) unearthed by bulldozers in coastal Bahia

The collected specimens can be identi-fied as L octostegum despite MZUFV 1389 and 1392 having damage on the posterior portion of the body by the presence of a large azygous shield cov-ering most of the dorsal head and the rostronasal prefrontals oculars and first temporals visible in dorsal view (Barros-Filho et al 2019) Although the head of MZUFV 1391 is severely damaged dorsally (Figure 2) the pres-ence of more than 350 ventral post-pectoral annuli confirms it as L octos-tegum MZUFV 1391 is also the largest specimen of L octostegum ever record-ed snout-vent length (SVL) 388 mm tail length 153 mm (Figure 3) Mor-phometric characters and scale counts of the four specimens are shown in Ta-ble 1 We measured SVL using a ruler to nearest 1 mm and the tail length using a digital caliper to nearest 01 mm

In preservative three of the four collect-ed specimens of L octostegum (MZUFV 1389 1390 1392) show a pale beige color throughout the body except in the dorsal region of the head which has a darker beige color MZUFV 1391 has a slightly darker beige color throughout the body Except for MZUFV 1390 all specimens have a series of dorsal seg-ments each bearing a dark brown spot

111

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

the spots more intense in the posterior half of the body The dark brown spots are also present at the dorsal region of the tail of MZUFV 1391 This pattern has also been reported for specimens from Camaccedilari and Barros-Filho et al (2019) suggested it could be age-relat-ed since it was observed only in larger specimens SVL gt 230 mm However one specimen collected in this study MZUFV 1390 exhibited only faint dark brown pigments on the dorsum (Figure 4) despite its large size (SLV 330 mm) This suggests that dark brown pigmen-tation in L octostegum may not be linked to ontogeny Gans (1968) stated that as dark pigmentation of an am-phisbaenian species increases the per-meability of the skin to water and the preferred burrowing depth decreases and that darker specimens tend to bask near or at the surface It is possible that differences in pigmentation pattern of L octostegum could simply be individ-ual variation with specimens with dark brown markings being able to forage andor thermoregulate closer to the surface

Leposternon octostegum was previous-ly restricted to a small area originally covered by the Atlantic Forest biome (sensu IBGE 2019) in the lowlands of Bahia Coastal Forests and the Atlantic Coast Restingas ecoregions 15-85 m asl (Dinerstein et al 2017) With the new record its range is increased to 780 kmsup2 The main soil type at the ar-eas where the species is recorded are

acrisol and arenosol the latter present at the more coastal localities (Imbas-saiacute and Arembepe) (Table 2 Figure 5) Acrisol is an acidic and deep soil poor in nutrients and with a subsoil rich in clay typical of some tropical forests and common in river valleys of north-eastern Brazil while arenosol is a deep sandy soil typical of the northeastern coast (Gardi et al 2015 IUSS Working Group WRB 2015) In the region where L octostegum occurs both soils have an upper layer with coarser texture varying from loamy sand to sand (FAO et al 2012) This means that despite having a skull shape apparently more specialized for digging (Gans 1968) L octostegum inhabits less compacted soils (unless one finds that specimens can excavate the deeper clay-rich layers of acrisols) similar to a slender conge-ner of southeastern coastal Brazil L scutigerum (Hemprich 1820) (Hohl et al 2017)

Most of the known records of L octos-tegum were based on wildlife rescues when the species habitat was destroyed by anthropic activities Because of its narrow geographic range and the lack of records in protected areas other than the Imbassaiacute private reserve the spe-cies is considered endangered in Brazil (MMA 2014 ICMBio 2018) Lepos-ternon octostegum however seems to be able to occur in early growth second-ary forest (Barros-Filho et al 2013 present study) and may be abundant in some areas with records of up to 10

112

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

individuals within 150 msup2 (~667 ind hectare) (Barros-Filho et al 2013) Such high abundance was recorded for L wuchereri at coastal Bahia where Zamprogno amp Sazima (1993) estimated one specimen per 50 msup2 (200 ind ha) The detection of amphisbaenians in the wild is difficult due to their fossorial habits and records of large numbers of specimens at a single place is usually as-sociated with human activities like dam filling or vegetation removal (eg Zam-

progno amp Sazima 1993 Colli amp Zam-boni 1999 Barros-Filho et al 2013) The low abundance at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (six specimens in 70 ha) al-though observed during vegetation re-moval should be viewed with caution and reinforces how little we still know about amphisbaenian natural history

Figura 1 Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil where the specimens of Leposternon octostegum were collected

113

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Detail of the head of two specimens of Leposternon octostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil in dorsal ventral and lateral views MZUFV 1391 (A B and C) (top of the head dama-ged) and MZUFV 1390 (D E and F) Scale bars = 5 mm

114

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 3 MZUFV 1391 the largest recorded speci-men of L octostegum (388 mm snout-vent length) in dorsal (A) and ventral (B) views Scale bars = 20 mm

Figura 4 Detail of the in-tensity of dark brown pig-mentation at the dorsum of specimens of Leposter-non octostegum MZUFV 1391 (A) and MZUFV 1390 (B) collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo munici-pality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil Sca-le bars = 5 mm

115

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 5 Known locality records of Leposternon octostegum considering ecoregions (Dinerstein et al 2017) and native vegetation remnants (SOS Mata Atlacircntica amp INPE 2018) (top map) soil type (FAO et al 2012) (middle map) and elevation (CSI 2018) (bottom map)The shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute (a light thin line) which could be the eastern limit of Bahia Coastal Forests or the nor-thern range of Atlantic Coast Restingas (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of Bahia Coastal Forests

116

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 1 Summary of morphological data of the four specimens of Leposternon oc-tostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil

Specimen MZUFV 1389

MZUFV 1390

MZUFV 1391

MZUFV 1392

Dorsal postpectoral annuli

325 377 373 235

Ventral postpectoral annuli

327 +n 363 365 233 +n

Lateral annuli

damaged 6 6 damaged

Caudal annuli

damaged 12 10 damaged

Midbody dorsal segments

28 28 29 27

Midbody ventral segments

25 25 25 25

Precloacal pores

damaged 0 0 damaged

Precloacal segments

damaged 7 6 damaged

Postcloacal segments

damaged 20 20 damaged

Supralabials 1 1 1 1Infralabials 1 1 1 1Snout-vent length (mm)

270 +n 330 385 250 +n

Tail length (mm)

damaged 1501 1532 damaged

Head length (mm)

854 825 954 994

Head width (mm)

558 594 673 706

SVL HW unknown 555 572 unknown

Locality Munici-pality Lat Long Elev Vegeta-

tionEcore-gion

Soil type

Soil texture Voucher Source

Aterro Metro-politano Centro

Salvador -1285deg -3836deg 55 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MNHN 20070023 20070024 ZUFRJ 1748 1749 MZUEFS 652ndash657 695 696

1

Arembepe Camaccedilari -1278deg -3820deg 15 m restinga ACR areno-sol

sand MCP 18192 18193 MZUSP 96349 ZUFRJ 1713ndash1716)

1

Fazenda Real

Simotildees Filho

-12757deg -38423deg 18 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MZUSP 100074

1

Santa Helena

Dias drsquoAacutevila

-12577deg -38195deg 27 m secondary rainforest within a savanna (cerrado) enclave

BCF acrisol loamy sand

released 1

Reserva de Imbassaiacute

Mata de Satildeo Joatildeo

-12478deg -37957deg 25 m restinga ACR areno-sol

sand released 2

Fazenda Vaacuterzea de Baixo

Mata de Satildeo Joatildeo

-124606deg -380937deg 85 m rainforest in initial regenera-tion stage within abandoned Pinus plantation

BCF acrisol loamy sand

MZUFV 1389ndash1392

3

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 2 Summary of the locality records (datum WGS 84) for Leposternon octos-tegum All localities are in the State of Bahia Brazil Vegetation according with lit-erature sources ecoregions follow Dinerstein et al (2017) (BCF = Bahia Coastal Forests ACR = Atlantic Coast restingas) soil type and texture follows FAO et al (2012) Collection acronyms follow Sabaj (2016) Source 1 ndash Barros-Filho et al (2013) 2 ndash Couto-Ferreira et al (2011) 3 ndash this studyThe shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute which could be the eastern limit of BCF or the northern range of ACR (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of BCF

118

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Acknowledgments

We thank Pedro H Pinna and an anonymous reviewer for suggestions that improved the manuscript Renato N Feio (MZUFV) for allowing access to specimens under his care CLA is sup-ported by a doctoral scholarship from CAPES (Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloa-mento de Pessoal de Niacutevel Superior)

References

Barros-Filho JD Freitas MA Sil-va TFS Valverde MCC Loguercio MFC Veriacutessimo D 2013 On the dis-tribution and ecology of Leposternon octostegum Putting a subterranean reptile species on the map Wildlife Bi-ology in Practice 91ndash6

Barros-Filho JD Freitas MASil-va TFS Loguercio MFC Valverde MCC 2019 Redescription of Lepos-ternon octostegum (Dumeacuteril 1851) with an identification key for Brazilian Leposternon species remarks on mer-istic methodology and a proposal for pholidosis nomenclature (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Threat-ened Taxa 1113058ndash13086

Colli GR Zamboni DS 1999 Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil Copeia 1999733ndash742

Colli GR Fenker J Tedeschi LG Barreto-Lima AF Mott T Ribeiro SLB 2016 In the depths of obscuri-ty Knowledge gaps and extinction risk of Brazilian worm lizards (Squamata Amphisbaenidae) Biological Conser-vation 20451ndash62

Couto-Ferreira D Tinocircco MS Olivei-ra MLT Browne-Ribeiro HC Fazo-lato CP Silva RM Barreto GS Dias MA 2011 Restinga lizards (Reptilia Squamata) at the Imbassaiacute Preserve on the northern coast of Bahia Brazil Journal of Threatened Taxa 31990ndash2000

CSI (Consortium for Spatial Informa-tion) 2018 SRTM 90m DEM Digital Elevation Database SRTM Data Ac-cessed on 21 April 2020 httpsrtmcsicgiarorgsrtmdata

Dinerstein E Olson D Joshi A Vynne C Burgess ND Wikramanay-ake E hellip Saleem M 2017 An Ecore-gion-Based Approach to Protecting Half the Terrestrial Realm BioScience 67534ndash545

Dumeacuteril AMC Dumeacuteril A 1851 Cat-alogue meacutethodique de la collection des reptiles du Museacuteum drsquoHistoire Na-turelle de Paris Gide et Baudry Paris

FAO (Food and Agriculture Organiza-tion) IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) ISRIC (In-ternational Soil Reference and Infor-

119

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

mation Centre) ISSCAS (Institute of Soil ScienceChinese Academy of Sci-ences) amp JRC (Joint Research Centre of the European Commission) 2012

Harmonized World Soil Database (ver-sion 12) Accessed on 21 April 2020 httpwwwfaoorgsoils-portalsoil-surveysoil-maps-and-databasesharmonized-world-soil-database-v12en

Gans C 1968 Relative success of diver-gent pathways in Amphisbaenian spe-cialization The American Naturalist 102345ndash362

Gardi C Angelini M Barceloacute S Comerma J Cruz-Gaistardo C En-cina-Rojas A hellip Ravina-da-Silva M 2015 Soil Atlas of Latin America and the Caribbean European Commission - Publications Office of the European Union Luxembourg

Hohl LSL Loguercio MFC Sicuro FL Barros-Filho JD Rocha-Barbosa O 2017 Body and skull morphometric variations between two shovel-head-ed species of Amphisbaenia (Reptilia Squamata) with morphofunctional in-ferences on burrowing PeerJ 5e3581

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica) 2019 Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil compatiacutevel com a escala 1250 000 Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatiacutestica Rio de Janeiro

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 3 de 1ordm de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 16860-62

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasilei-ra Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IUSS Working Group WRB (Interna-tional Union of Soil Sciences) 2015 World Reference Base for Soil Resourc-es 2014 update 2015 International soil classification system for naming soils and creating legends for soil maps Page World Soil Resources Reports Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome

MMA (Ministeacuterio do Meio Ambiente) 2014 Portaria no 444 de 17 de dezem-bro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 245121ndash126

Ribeiro S Santos AP Jr Zaher H 2015 A new species of Leposternon Wagler 1824 (Squamata Amphisbae-nia) from northeastern Argentina Zoo-taxa 4034309ndash324

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A New Species of Leposter-non (Squamata Amphisbaenidae) from Brazilian Cerrado with a Key to

120

Pored Species Journal of Herpetology 5250ndash58

Sabaj MH 2016 Standard symbol-ic codes for institutional resource col-lections in herpetology and ichthyolo-gy an Online Reference Version 65 Accessed on 21 April 2020 asihorgsitesdefaultfilesdocumentssymbol-ic_codes_for_collections_v65_2016pdf

SOS Mata Atlacircntica Fundaccedilatildeo amp INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) 2018 Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlacircntica Periacuteo-do 2016-2017 Relatoacuterio Teacutecnico Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais Satildeo Paulo

Zamprogno C Sazima I 1993 Verte-brate Predation on the neotropical am-phisbaenian Leposternon wuchereri Herpetological Review 2482ndash83

Editor Deacutelio Baecircta

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

121

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Rodrigo Castellari Gonzalez1 Arthur Diesel Abegg2 Diego Matheus de Mello Mendessup3 Marceacutelia Basto da Silva4 Paulo Roberto Machado-Filho5 Conrado Mario-da-Rosa6 Daniel Cunha Passos7 Maurivan Vaz Ribeiro8 Ronildo Alves Beniacutecio9 Jane C F Oliveira10

1 Museu de Histoacuteria Natural do Cearaacute Prof Dias da Rocha Centro de Ciecircncias da Sauacutede Uni-versidade Estadual do Cearaacute 60741-000 Fortaleza CE Brasil2 Departamento de Zoologia Instituto de Biociecircncias Universidade de Satildeo Paulo 05508-090 Satildeo Paulo SP Brasil arthur_abegghotmailcom3 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Entomologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazocircnia 69080-971 Manaus AM Brasil diegomellomendesgmailcom4 Centro de Educaccedilatildeo Aberta e a Distacircncia Universidade Federal do Piauiacute 64001-280 Teresi-na PI Brasil marceliabastogmailcom5 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil prmfil-hosbogmailcom6 Laboratoacuterio de Herpetologia Centro de Ciecircncias Naturais e Exatas Universidade Federal de Santa Maria 97105-000 Santa Maria RS Brasil conradomdrgmailcom7 Laboratoacuterio de Ecologia e Comportamento Animal Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ecologia e Conservaccedilatildeo Departamento de Biociecircncias Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universi-dade Federal Rural do Semi-Aacuterido 59625-900 Mossoroacute RN Brasil danielpassosufersaedubr8 Associaccedilatildeo Guardiotildees do Cerrado Rod GO206 Km 3 Serranoacutepolis GO 75820-000 Brazil9 Laboratoacuterio de Herpetologia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Diversidade Bioloacutegica e Recursos Naturais Universidade Regional do Cariri 63105-000 Crato CE Brasil benicioherpetogmailcom10 Departamento de Ecologia Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro 20550-019 Rio de Janeiro RJ Brasil janeherpetogmailcom

LISTA DOS NOMES POPULARES DOS REacutePTEIS NO BRASIL ndash PRIMEIRA VERSAtildeO

Abstract

Popular species names have always been based on human relationships with things around them usually re-flecting speciesrsquo external morpholo-gy behavior or even the habitat they inhabit In Brazil the high number of popular names in many cases for the same species makes it difficult to com-prehensively recognize these names

hampering communication between everyone interested in reptiles This study presents a compilation of the po-pular names for the species of reptiles occurring in Brazil based on literature data We listed 1264 popular names 25 for Amphisbaenia 29 for Crocodylia 137 for Testudines 301 for ldquoLizardsrdquo and 772 for Snakes All Testudines and

122

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Crocodylia have popular names howe-ver we found no popular names for three (4) species of Amphisbaenia 66 (24) ldquoLizardsrdquo and 60 (15) Snakes Therefore 15 of the 802 reptile spe-cies currently known in the country still have no popular names Also all species of Testudines and Crocodylia have exclusive popular names never-theless we found no exclusive names for 68 (92) species of Amphisbaenia 191 (69) species of ldquoLizardsrdquo and 218 (53) species of Snakes This inventory is currently the most comprehensive ef-fort to list the popular names of reptile species in Brazil

Palavras-chave

Amphisbaenidae Anfisbaenas Caacutega-dos Chelonia Cobras Crocodylia et-noherpetologia etnotaxonomia Jabu-tis Jacareacutes Lagartos nomenclatura popular nomes vernaculares nomes vulgares Quelocircnios Reptilia Serpen-tes Squamata Tartarugas taxonomia popular Testudines

Introduccedilatildeo

A taxonomia usa a liacutengua latina para nomear organismos garan-tindo a comunicaccedilatildeo inequiacutevo-

ca entre cientistas que utilizam diferentes idiomas (ICZN 1999) Por outro lado a sociedade tende a utilizar diversos nomes populares para se referir aos seres vivos ao seu redor (eg Costa-Neto amp Marques

2000 Pinto et al 2013)

A classificaccedilatildeo de organismos a partir de percepccedilotildees populares eacute chamada de etnotaxonomia (Berlin et al 1973) Diferente da taxonomia cientiacutefica que eacute impessoal e baseada em criteacuterios ob-jetivos a etnotaxonomia eacute muito mais plaacutestica incorporando muacuteltiplas face-tas inerentes a cada cultura (Begossi et al 2008 Lopes et al 2010) Os nomes populares possuem diversas origens (Garrido 2012) como a localidade em que as espeacutecies ocorrem a cultura e as crenccedilas locais e a idade relativa dos espeacutecimes (Amaral 1978 Costa amp Beacuter-nils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) Assim aleacutem de caracteriacutesticas peculia-res de cada espeacutecie tais como morfolo-gia comportamento e ambiente utiliza-do a etnotaxonomia tende a enfatizar a importacircncia praacutetica dos organismos tais como seus usos na alimentaccedilatildeo e fins medicinais (Hunn 1982 Cleacutement 1995 Crump 2015) Neste contexto a nomenclatura popular eacute sobretudo in-fluenciada pelas relaccedilotildees afetivas dos seres humanos com os organismos agrave sua volta variando de predileccedilotildees (eg afeiccedilatildeo carismaacutetica veneraccedilatildeo) a aver-sotildees (eg repugnacircncia medo) (Alves et al 2012 Crump 2015) Essas as-sociaccedilotildees explicam o porquecirc de algu-mas espeacutecies receberem vaacuterios nomes populares muitas vezes com variaccedilotildees regionais enquanto outras satildeo prati-camente ignoradas pelo conhecimento tradicional (Nolan amp Robbins 2001 Alves et al 2012 Passos et al 2015)

123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Diversos nomes populares satildeo ante-riores agrave vinda dos primeiros naturalis-tas ao Brasil (Raddi 1820 Frederico 2009 Cardoso 2009) Giuseppe Raddi foi um dos mais importantes natura-listas a chegar ao paiacutes apoacutes a abertura dos Portos agraves Naccedilotildees Amigas em 1808 Em suas contribuiccedilotildees agraves descriccedilotildees de espeacutecies de reacutepteis ele tambeacutem teve o cuidado de listar e descrever os no-mes populares conhecidos de cada uma (Raddi 1820) Outros nomes aplicados agraves espeacutecies brasileiras tecircm origem indiacute-gena (eg Tupi-Guarani para diversas espeacutecies de serpentes Amaral 1977) Geralmente esses nomes satildeo uma tra-duccedilatildeo literal de um conjunto de signi-ficados observados pelo popular Por exemplo Spilotes pullatus (Linnaeus 1758) eacute conhecida principalmente por Caninana (do Tupi ldquoAcaninan-ardquo ou do Guarani ldquoCaninatilderdquo) cujo significado eacute akam- (cabeccedila) + inatilde-a (irritada) = (de) cabeccedila irritada (Amaral 1977)

Diferente de outros paiacuteses (veja Frank amp Ramus 1995 Midtgaard 2019) no Brasil houve poucas tentativas de se listar os nomes populares dos reacutepteis e muitas dessas tentativas satildeo restritas a livros e guias de campo muitos deles regionais (ie Amaral 1978 Marques et al 2001 2005 2015 2017 2019 Lema 2002 Argocirclo 2004 Abegg amp Entiauspe-Neto 2012 Vasconcelos--Neto et al 2018 Silva et al 2019) Deste modo os registros dos nomes populares dos reacutepteis no Brasil se en-contram dispersos na literatura A

criaccedilatildeo de nomes populares artificiais por pesquisadores e o uso de nomes de maneira indiscriminada e despreo-cupada (ie cobra-verde para diversas espeacutecies) acabaram por se propagar pela literatura acumulando informa-ccedilotildees errocircneas e agraves vezes redundantes (ie espeacutecies com dois ou mais nomes diferentes e espeacutecies diferentes com o mesmo nome) o que acabou por difi-cultar a comunicaccedilatildeo entre todos aque-les interessados em reacutepteis (Frank amp Ramus 1995) Aleacutem disso muitos no-mes populares genuiacutenos (v Amaral 1973 1977 1978) acabaram caindo no esquecimento

A presente compilaccedilatildeo eacute a primeira abordagem em direccedilatildeo a uma listagem completa dos nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil Contu-do tendo em vista a amplitude terri-torial do paiacutes sua elevada diversidade cultural e riqueza de espeacutecies eacute natural que este esforccedilo natildeo tenha exaurido as referecircncias sobre o assunto Portanto versotildees atualizadas desta lista seratildeo publicadas apoacutes as esperadas contri-buiccedilotildees das comunidades tradicionais e cientiacutefica

Material e Meacutetodos

A listagem dos taacutexons utilizados neste estudo segue Costa amp Beacuternils (2018) considerando apenas o niacutevel especiacutefico para a listagem geral dos taacutexons e No-gueira et al (2019) para atualizaccedilotildees da taxonomia de serpentes Aleacutem dis-

124

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

so adotamos Poe (2004) para o gecircnero Anolis (Daudin 1802) consideramos Apostolepis barrioi Lema 1978 como sinocircnimo juacutenior de A dimidiata (Jan 1862) (Entiauspe-Neto et al 2019) A mariae Borges-Nojosa et al 2016 de A thalesdelemai Borges-Nojosa et al 2016 (Entiauspe-Neto et al 2020) e Chironius laurenti Dixon et al 1993 como sinocircnimo objetivo de C dixoni Wiest 1978 (Entiauspe-Neto amp Loeb-mann 2019) aleacutem da alocaccedilatildeo de Epic-tia collaris (Hoogmoed 1977) para Ha-brophallos collaris (Hoogmoed 1977) (Martins et al 2019) Portanto para esta compilaccedilatildeo consideramos um to-tal de 802 espeacutecies de reacutepteis natildeo voa-dores (daqui em diante referido como ldquoreacutepteisrdquo) atuais que ocorrem no Brasil

Para a listagem dos nomes populares realizamos buscas em fontes bibliograacute-ficas tais como livros guias de campo artigos cientiacuteficos publicaccedilotildees oficiais de listas vermelhas estaduais e nacio-nais e paacuteginas on-line (Anexo 2) Es-sas pesquisas ocorreram entre Janeiro e Dezembro de 2019 e todos os nomes encontrados satildeo apresentados nesta compilaccedilatildeo Por natildeo se tratar de uma revisatildeo taxonocircmica stricto sensu op-tamos por natildeo citar a autoria dos no-mes populares tanto pela antiguidade natildeo rastreaacutevel de determinados nomes (eg nomes indiacutegenas) (eg Amaral 1977 Cardoso 2009 Frederico 2009) quanto pelo amplo uso e pela pulveri-zaccedilatildeo desses nomes na literatura o que dificultou a justa determinaccedilatildeo do pri-

meiro autor Conveacutem ressaltar que natildeo foi o objetivo deste estudo identificar as origens dos nomes populares encontra-dos

A organizaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo desta lis-ta foram feitas da seguinte maneira os Reacutepteis foram divididos em seus grandes grupos tradicionais Testudines Croco-dylia Amphisbaenia ldquoLagartosrdquo (dora-vante Lagartos) e Serpentes Dentro de cada uma dessas categorias as espeacutecies satildeo apresentadas em ordem alfabeacutetica A grafia dos nomes populares seguiu as normas ortograacuteficas da liacutengua portuguesa para os nomes de animais (CPLP 1990) Para isso os nomes populares foram gra-fados com letras maiuacutesculas (exceto pre-posiccedilotildees) e nomes compostos foram es-critos com hiacutefen entre seus elementos Os nomes populares encontrados para cada espeacutecie satildeo listados em ordem alfabeacutetica sendo os nomes exclusivos (usados uma uacutenica vez) sublinhados

Por fim apresentamos o panorama do que foi encontrado no esforccedilo deste estudo para cada uma das categorias (Testudines Crocodylia Amphisbae-nia Lagartos e Serpentes) o nuacutemero total de nomes populares encontrados o nuacutemero de nomes exclusivos as es-peacutecies com o maior nuacutemero de nomes conhecidos o termo geral mais comum para se referir agraves espeacutecies o nuacutemero de espeacutecies com nomes populares des-conhecidos o nuacutemero de espeacutecies sem nomes populares exclusivos e o nuacuteme-ro de espeacutecies com nomes associados a espeacutecies peccedilonhentas

125

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Resultados

Compilamos 1264 nomes popula-res atribuiacutedos a 673 das 802 espeacute-cies de reacutepteis que ocorrem no Brasil (Anexo 1) Desse total de nomes popu-lares encontrados 917 (73) satildeo nomes exclusivos Natildeo encontramos nenhum nome para 129 (15) espeacutecies e natildeo en-contramos nomes exclusivos para 477 (59) espeacutecies

Encontramos 137 nomes populares para as 36 espeacutecies de Testudines que ocor-rem no Brasil sendo 120 (88) nomes exclusivos O termo mais frequente usa-do para designar as espeacutecies desse gru-po foi ldquoCaacutegadordquo (usado 59 vezes sozinho ou em combinaccedilotildees) seguido por ldquoTar-tarugardquo (usado 40 vezes) Entre as espeacute-cies do grupo Caretta caretta Chelonia mydas e Platemys platycephala foram as espeacutecies com mais nomes (respecti-vamente 14 13 e 12 cada) Todas as es-peacutecies de Testudines possuiacuteram ao me-nos um nome exclusivo

Encontramos 29 nomes populares atri-buiacutedos agraves seis espeacutecies de Crocodylia que ocorrem no Brasil sendo 24 (83) deles nomes exclusivos De modo geral o termo mais frequente para se referir agraves espeacutecies de crocodilianos foi ldquoJaca-reacuterdquo usado em 21 combinaccedilotildees diferen-tes Paleosuchus palpebrosus foi a es-peacutecie que apresentou o maior nuacutemero de nomes (15 nomes diferentes) Todas as espeacutecies desse grupo apresentaram ao menos um nome exclusivo

Em relaccedilatildeo agraves 74 espeacutecies de Amphis-baenia que ocorrem no Brasil encon-tramos um total de 25 nomes popula-res dos quais 20 (80) foram nomes exclusivos No entanto 68 espeacutecies (92) natildeo possuiacuteram nomes exclusi-vos sendo chamadas indistintamen-te de ldquoCobras-de-Duas-Cabeccedilasrdquo eou ldquoCobras-Cegardquo Outras trecircs espeacutecies (4) natildeo possuiacuteram quaisquer nomes populares atribuiacutedos a elas A espeacutecie que apresentou o maior nuacutemero de no-mes populares foi Amphisbaena alba com seis diferentes nomes

Em relaccedilatildeo aos Lagartos encontramos 301 nomes populares para um total de 275 espeacutecies dos quais 194 (64) fo-ram nomes exclusivos Nesse caso em-bora o nuacutemero de nomes encontrados tenha sido superior ao nuacutemero de taacute-xons natildeo encontramos quaisquer no-mes para 66 espeacutecies (24) ou nomes exclusivos para 191 espeacutecies (69) de lagartos A espeacutecie com o maior nuacuteme-ro de nomes populares diferentes foi Salvator merianae (N = 21) seguida por Hemidactylus mabouia (N = 19) Em relaccedilatildeo ao uso o termo mais fre-quente para designar as espeacutecies desse grupo foi ldquoCalangordquo (usado 150 vezes) seguido por ldquoLagartordquo (109 vezes) e ldquoLagartixardquo (92 vezes)

Encontramos 772 nomes populares para Serpentes para o total de 411 espeacute-cies no Brasil sendo 559 (72) exclusi-vos Adicionalmente natildeo encontramos

126

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quaisquer nomes populares na literatu-ra para 60 espeacutecies de serpentes (15) enquanto que para 218 (53) natildeo en-contramos quaisquer nomes populares exclusivos As espeacutecies que possuiacuteram o maior nuacutemero de nomes populares na literatura foram Xenodon merremii (N = 48) e Bothrops jararaca (N = 28) O nome mais frequente para se refe-rir agraves espeacutecies desse grupo foi ldquoCoralrdquo (usado 293 vezes) seguido por ldquoJara-racardquo (usado 153 vezes) A palavra ldquoCo-brardquo (usada 498 vezes) foi amplamente utilizada para se referir aos integrantes desse grupo sendo o termo ldquoSerpenterdquo raramente utilizado (apenas 5 vezes)

Dos nomes listados 10 espeacutecies de la-gartos tiveram pelo menos um nome associado a animais peccedilonhentos Oito espeacutecies foram identificadas como ldquoViacute-borasrdquo (Copeoglossum nigropuncta-tum Diploglossus fasciatus Dracaena paraguayensis Hemidactylus agrius H mabouia Phyllopezus pollicaris Psychosaura agmosticha e P ma-crorhyncha) e duas como ldquoCoraisrdquo (Di-ploglossus fasciatus e D lessonae)

Entre as serpentes 27 espeacutecies satildeo consideradas apenas como Falsas-Co-rais (Apostolepis Atractus Elapo-morphus Phalotris Pseudoboa Ro-driguesophis Tantilla e Xenopholis) e seis espeacutecies como ldquoFalsas-Jararacasrdquo (Dipsas neuwiedi Thamnodynastes chaquensis T longicaudus T rutilus Xenodon guentheri e X nattereri) No entanto 94 espeacutecies natildeo peccedilonhentas

tecircm ao menos um nome identifican-do-as com nomes de espeacutecies peccedilo-nhentas Atractus major Clelia clelia (juvenil) Drepanoides anomalus Hy-drops martii Siphlophis cervinus S pulcher e Xenodon matogrossensis foram apenas identificadas como ldquoCo-raisrdquo trazendo a ideia de se tratarem de espeacutecies peccedilonhentas Quarenta e duas espeacutecies foram identificadas como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo principalmente dos gecircneros Chironius Dipsas Echinanthera Epicrates Ery-throlamprus Helicops Hydrops Hy-drodynastes Imantodes Leptodeira Lygophis Mastigodryas Palusophis Phrynonax Psomophis Spilotes Ta-eniophallus Thamnodynastes Tro-pidodryas e Xenodon Nove espeacutecies foram identificadas ora como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo verdadeiros ora como falsos (Thamnodynastes almae T nattereri T hypoconia T palli-dus Tomodon dorsatus T ocellatus Xenodon merremii X neuwiedii e X severus) Do mesmo modo outras es-peacutecies foram identificadas ora como ldquoCorais-verdadeirasrdquo ora como ldquoFalsas--coraisrdquo (gecircneros Anilius Apostolepis Atractus Boiruna Coronelaps Ery-throlamprus Mussurana Oxyrhopus Phalotris Pseudoboa Rhinobothryum Simophis Siphlophis e Xenodon) Por fim para cinco espeacutecies as identifica-ccedilotildees se misturam pois os nomes popu-lares variam ora como viacutebora cascavel ou jararaca ora como ldquoCoraisrdquo falsos ou verdadeiros (Clelia plumbea Ery-throlamprus poecilogyrus Erythro-

127

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

lamprus taeniogaster Hydrodynastes bicinctus e Xenopholis scalaris)

Quanto agraves espeacutecies de interesse meacutedico (67 espeacutecies dos gecircneros Bothrocophias Bothrops Crotalus Lachesis Leptomi-crurus e Micrurus) quase todas possu-iacuteram ao menos um nome popular (exce-to B sazimai M boicora e M diutius) Entre estas espeacutecies 13 receberam mais de 10 nomes populares cada em sua maioria (10 espeacutecies) pertencentes ao gecircnero Bothrops Entre as 67 16 espeacute-cies natildeo apresentaram nomes exclusi-vos (13 do gecircnero Micrurus) enquanto Crotalus durissus apresentou 16 nomes todos exclusivos (Anexo 1)

Discussatildeo

Encontramos 1264 nomes populares atribuiacutedos a 673 das 802 espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil atual-mente Esse grande nuacutemero de nomes populares provavelmente estaacute asso-ciado agrave elevada riqueza de espeacutecies de reacutepteis e de culturas populares no paiacutes As origens desses nomes residem na compreensatildeo popular acerca de vaacuterios aspectos inerentes agraves espeacutecies (Frank amp Ramus 1995 Vizotto 2003 Begos-si et al 2008 Alves et al 2012 Cos-ta amp Beacuternils 2012 Crump 2015) Por exemplo aspectos da morfologia (eg Jacareacute-Enferrujado para Paleosuchus palpebrosus) do comportamento (eg Dorme-Dorme para Dipsas spp) da dieta (Papa-Pinto para Drymarchon

corais) do habitat (Fura-Terra para Atractus spp) da aacuterea geograacutefica de principal ocorrecircncia (Jacareacute-do-Panta-nal para Caiman yacare) do polimor-fismo (Urutu-Preta ou Urutu-Amarela para Xenodon merremii) da variaccedilatildeo ontogeneacutetica (Cobra-Preta e Cobra-Co-ral para Clelia clelia) da variaccedilatildeo re-gional (Lagartixa Osga Briba para He-midactylus spp) e da variaccedilatildeo regional na grafia (Tegu Teiuacute Tejo Teju Tejuacute Tiju e Tiuacute para Salvator merianae) Neste estudo noacutes mantivemos todos os nomes populares encontrados na lite-ratura respeitando sua grafia original mesmo quando se tratavam unicamen-te de variaccedilotildees regionais valorizando assim o conhecimento popular em re-laccedilatildeo aos reacutepteis

Apesar dessa diversidade de nomes po-pulares presentes na literatura natildeo en-contramos quaisquer nomes atribuiacutedos para 129 (15) espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil todas elas Squama-ta De modo geral essas espeacutecies pos-suem atributos em comum como haacutebi-tos fossoriais (eg Amphisbaena spp) tamanho corporal reduzido (eg Cole-odactylus spp) ocorrecircncia rara (eg Apostolepis arenaria) ou distribuiccedilatildeo restrita (eg Dendrophidion atlanti-ca) fatores que podem explicar a baixa fixaccedilatildeo entre os conhecimentos tradi-cionais Portanto a ausecircncia de nomes populares para estas espeacutecies pode ser explicada por elas figurarem em menor frequecircncia e intensidade no cotidiano das comunidades tradicionais e conse-

128

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quentemente terem menor importacircn-cia praacutetica seja na alimentaccedilatildeo no uso como faacutermaco-teraacutepicos ou mesmo im-portacircncia meacutedica (Crump 2015)

Tambeacutem encontramos uma consideraacute-vel repeticcedilatildeo dos mesmos nomes po-pulares (sinoniacutemias etnotaxonocircmicas) para diferentes espeacutecies Alguns ter-mos aparecem nesta lista com frequecircn-cia relativamente alta como por exem-plo ldquoCalangordquo (150 vezes) ldquoJararacardquo (153) e ldquoCoralrdquo (293) tanto para espeacute-cies distintas (eg Jararaca para Xeno-don neuwiedii e Bothrops jararaca) ou em composiccedilotildees diferentes para a mes-ma espeacutecie (eg Bothrops jararaca Jararaca-Comum Jararaca-da-Mata--Virgem Jararaca-do-Campo Jarara-ca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pregui-ccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso) Esses casos foram observados sobretudo em taacutexons com ampla distribuiccedilatildeo (eg Bothrops spp Micrurus spp) mesmo que cada espeacutecie possua caracteriacutesticas diagnoacutesticas Aparentemente a mag-nitude das semelhanccedilas sugere uma nomeaccedilatildeo convergente na etnotaxo-nomia (eg Bothrops spp = jararaca Micrurus spp = Coral) Embora esta denominaccedilatildeo popular de maneira ge-neralizada se decirc para taacutexons com pouco interesse meacutedico ou alimentiacutecio (Von Ihering 1968)

Por outro lado Alves et al (2011 2012) apontam que pelo menos 81 espeacutecies de reacutepteis com ocorrecircncia no Brasil satildeo reconhecidas pela cultura popular por apresentarem conflitos ou por se-

rem uacuteteis de alguma maneira Os usos dessas espeacutecies satildeo bastante diversos como fonte de alimento medicinal religioso animais de estimaccedilatildeo e ateacute mesmo como enfeite em residecircncias (Alves et al 2011 2012) Comparan-do os nomes aqui levantados com as 81 espeacutecies apontadas por Alves et al (2011 2012) nota-se que todas as es-peacutecies que possuem usos ou conflitos com a populaccedilatildeo apresentam ao menos um nome popular conhecido sendo que 32 (40) delas receberam mais de 10 nomes Aleacutem disso as espeacutecies usa-das para alimentaccedilatildeo tecircm um ou mais nomes exclusivos mas natildeo necessaria-mente um grande nuacutemero de nomes Os quelocircnios amazocircnicos e os crocodi-lianos por exemplo amplamente usa-dos na culinaacuteria tradicional na produ-ccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos e tambeacutem no tratamento de doenccedilas (Alves et al 2011 2012 Rhodin et al 2017) satildeo re-conhecidos pelas comunidades locais recebendo nomes populares espeacutecie--especiacuteficos relativamente conservados entre diferentes culturas enquanto di-versos taacutexons sem importacircncia cinegeacute-tica satildeo nomeados em geral com os mesmos termos (Alves et al 2012 Von Ihering 1968 este estudo)

O uso de um mesmo nome para espeacute-cies diferentes pode trazer consequ-ecircncias graves como em casos de aci-dentes ofiacutedicos (Costa amp Beacuternils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) assim como a morte de animais natildeo peccedilonhentos decorrentes de identificaccedilatildeo errocircnea

129

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Os taacutexons aacutepodos (eg Ophiodes spp e Amphisbaena spp) satildeo comumente mortos devido agrave semelhanccedila com as serpentes aleacutem de serem popularmen-te associados ao envenenamento As espeacutecies natildeo peccedilonhentas que satildeo iden-tificadas como peccedilonhentas formam um grupo muito heterogecircneo Para os lagartos a associaccedilatildeo com serpentes eacute mais comum nos grupos que possuem membros reduzidos (ie Ophiodes) Jaacute no caso das serpentes de modo geral cinco caracteriacutesticas principais pare-cem ser levadas em conta pelos popu-lares para se atribuir a condiccedilatildeo de pe-ccedilonhenta padratildeo variegado forma da cabeccedila manchas ou cores avermelha-das presenccedila de bandas e tamanho do corpo Serpentes que apresentam tons marrons (eg Leptodeira) ou cabeccedila ligeiramente em forma de lanccedila (eg Thamnodynastes) satildeo identificadas como ldquoJararacasrdquo ldquoJararaquinhardquo e suas variaccedilotildees na cultura popular Es-peacutecies com tons vermelhos ou bandas satildeo identificadas como ldquoCoraisrdquo falsas ou verdadeiras Curiosamente alguns Pseudoboini podem ser reconhecidos como ldquoCoraisrdquo nas fases juvenis (eg Clelia plumbea) mas os adultos de co-loraccedilatildeo preta satildeo reconhecidos como ldquoMuccediluranasrdquo nome que muitas vezes carrega o significado de ser uacutetil por predar outras serpentes Especifica-mente sobre o gecircnero Bothrops indi-viacuteduos pequenos (juvenis ou adultos) satildeo chamados de ldquoJararacasrdquo enquan-to que indiviacuteduos de grande porte (por

vezes da mesma espeacutecie) satildeo chama-dos de ldquoJararacussurdquo ou ateacute mesmo de ldquoSurucucurdquo (Mota-da-Silva et al 2019 este estudo) Esse raciociacutenio se estende tambeacutem para espeacutecies natildeo peccedilonhen-tas que satildeo reconhecidas como ldquoJara-racasrdquo (ie Palusophis bifossatus e Hy-drodynastes gigas) Em alguns casos como Erythrolamprus poecilogyrus os padrotildees de coloraccedilatildeo diferentes ao longo da distribuiccedilatildeo podem explicar o porquecirc dessa espeacutecie ser reconheci-da como ldquoJararacardquo (padratildeo marrom) e ldquoCoralrdquo (padratildeo bandeado) dependen-do da regiatildeo Conveacutem ressaltar que as atribuiccedilotildees ldquofalsardquo ou ldquoverdadeirardquo para essas espeacutecies natildeo parecem seguir cri-teacuterios objetivos

Embora o nuacutemero de espeacutecies de ser-pentes de importacircncia meacutedica seja re-lativamente baixo no Brasil (9 das espeacutecies de serpentes Viperidae N = 31 e Elapidae N = 36) as lendas e mi-tos que estigmatizam esse grupo ainda satildeo um fator potencializador de proble-mas relacionados agrave conservaccedilatildeo dessas espeacutecies (Argocirclo 2004 Moura et al 2010) Apesar da grande maioria das espeacutecies de importacircncia meacutedica rece-berem nomes populares e de algumas poderem ser identificadas de maneira inequiacutevoca a diversidade de nomes po-pulares atribuiacutedas a um mesmo taacutexon e a ampla ocorrecircncia de sinoniacutemias etno-taxonocircmicas com espeacutecies natildeo-peccedilo-nhentas revela a perpetuaccedilatildeo dos pro-blemas de erros de identificaccedilatildeo com seacuterias consequecircncias no acircmbito da con-

130

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

servaccedilatildeo Desta forma eacute urgente que projetos de educaccedilatildeo ambiental eou divulgaccedilatildeo cientiacutefica sejam executados em todo o paiacutes com o objetivo de levar conhecimento acerca das espeacutecies com preocupaccedilatildeo meacutedica e desmistificar questotildees relacionadas agrave identificaccedilatildeo e periculosidade das serpentes em geral reduzindo assim os conflitos entre hu-manos e este grupo de reacutepteis

Diagnosticamos neste estudo que existe um uso majoritaacuterio do termo ldquoCobrardquo em relaccedilatildeo agrave ldquoSerpenterdquo no co-nhecimento popular Haacute importantes discussotildees a respeito do uso desses dois termos na literatura (eg Amaral 1978 Puorto 2001 Sandrin et al 2005 Fer-nandes-Ferreira et al 2011) e o em-prego desses nomes tem sido abordado por diferentes autores sem padroniza-ccedilatildeo (ver discussatildeo em Sandrin et al 2005) Embora as culturas tradicionais brasileiras reconheccedilam as duas pala-vras como sinocircnimas o uso de ldquoCobrardquo eacute bem mais frequente (Sandrin et al 2005 este estudo) Sendo assim suge-rimos o uso do termo ldquoCobrardquo no con-texto do discurso popular reservando o termo ldquoSerpenterdquo ao acircmbito teacutecnico e acadecircmico

A utilizaccedilatildeo de nomes populares para espeacutecies pouco carismaacuteticas como o caso dos reacutepteis eacute fundamental para a aproximaccedilatildeo destes animais com a so-ciedade em geral Neste estudo apre-sentamos a lista de nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil a par-tir de dados disponiacuteveis na literatura Eacute

possiacutevel no entanto que neste primei-ro esforccedilo alguns nomes populares natildeo tenham sido localizados o que se justi-fica pela enorme diversidade cultural e riqueza de espeacutecies no Paiacutes Esta com-pilaccedilatildeo contribui de maneira relevante com a etnoherpetologia brasileira po-reacutem eacute notaacutevel a existecircncia de diversas lacunas no conhecimento tradicional sobre os reacutepteis no Brasil Portanto recomendamos que os herpetoacutelogos em trabalhos de campo considerem valorizem e forneccedilam nos relatoacuterios e publicaccedilotildees os nomes populares locais (em vez de omiti-los ou priorizar aque-les jaacute existentes na literatura) para as espeacutecies-alvo das suas pesquisas Esta simples iniciativa apesar de natildeo ter caraacuteter intriacutenseco etnoloacutegico (ciecircncia com objetos meacutetodos e abordagens teoacutericas proacuteprias) certamente proveraacute um quantitativo imensuraacutevel de novos nomes populares agrave literatura contri-buindo para revelar a real extensatildeo da variaccedilatildeo geograacutefica e cultural dos no-mes populares dos reacutepteis brasileiros e consequentemente substanciar com mais robustez uma futura atualizaccedilatildeo da presente lista

131

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Agradecimentos

RCG agradece ao Prof Dr Marcello Modesto (FFLCH-USP) pelo supor-te teacutecnico sobre as normas da liacutengua portuguesa O presente estudo foi re-alizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior - Brasil (CAPES) CMR dou-torado Processo 888824280552019-01 e PRMF doutorado Processo 15710452015 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacute-gico (CNPq) ADA mestrado Processo 1301152013-3 DMMM doutorado Processo 1418782018-5 e RAB poacutes--doutorado Processo 1555562018-5 e Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) JCFO poacutes-doutorado Processo E-262023882017

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Alves RRN Pereira-Filho GA Vieira KS Souto WMS Mendonccedila LET Montenegro PFGP Vieira WLS 2012 A zoological catalogue of hunted reptiles in the semiarid region of Bra-zil Journal of Ethnobiology and Eth-nomedicine 827 doi1011861746-4269-8-27

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto

WMS hellip Pezzuti JCB 2011 A re-view on human attitudes towards rep-tiles in Brazil Environmental Monito-ring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Brasil Iconografia colorida MelhoramentosEDUSP Satildeo Paulo

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Begossi A Clauzet M Figueiredo JL Garuana L Limca RV Lopes PF Silvan RAM 2008 Are biological species and higher-ranking categories real Fish folk taxonomy on Brazilrsquos Atlantic Forest Coast and in the Ama-zon Current Antropology 49291ndash306 doi101086527437

Berlin B Breedlove DE Raven PH 1973 General principles of classifica-tion and nomenclature in folk biology American Anthropology 75214ndash242 doi101525aa197375102a00140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cardoso JLC 2009 Joseacute de Anchie-ta e as Cartas Pp 521ndash522 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CMS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Cleacutement D 1995 Why is taxonomy utilitarian Journal of Ethnobiology 151ndash44

Costa HC Beacuternils RS 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Costa-Neto EM Marques JGW 2000 A Etnotaxonomia de recursos ictiofauniacutesticos pelos pescadores da co-munidade de Siribinha norte do Estado da Bahia Brasil Biociecircncias 861ndash76

CPLP (Comunidade dos Paiacuteses de Liacuten-gua Portuguesa) 1990 Acordo Orto-graacutefico da Liacutengua Portuguesa Acessiacutevel em httpwwwcplporgFilesFilercplpAcordosmaisAcordosAcordo-OrtogrLinguaPortugpdf Acesso 06 de Abril de 2019

Crump M 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg the Lore and Mythology of Amphibians

and Reptiles University of Chicago Press Chicago

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest amp Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-ges-Nojosa DM Alves RRN 2011 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Frank N Ramus E 1995 A Complete Guide to Scientific and Common Na-mes of Reptiles and Amphibians of the World Reptile and Amphibian magazi-ne Pottsville

133

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Garrido C 2012 Divergecircncias no inven-taacuterio das liacutenguas e na constituiccedilatildeo dos elementos lexicais equivalentes como fonte de discordacircncias interculturais na traduccedilatildeo de textos destinados ao ensino e divulgaccedilatildeo da ciecircncia Leben-de Sprachen 57238ndash264 doi101515les-2012-0021

Hunn E 1982 The utilitarian factor in folk biological classification Ame-rican Anthropologist 84830ndash847 doi101525aa198284402a00070

ICZN (International Commission on Zoological Nomenclature) 1999 The Code 4th ed International code of zo-ological nomenclature Acessiacutevel em httpwwwicznorg Acesso 28 de marccedilo de 2019

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

Lopes P Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Taxono-mia e etnotaxonomia ecologia e etno-ecologia Pp 69ndash94 in Alves RRA

Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A Etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPPEA Recife

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado 1 ed Holos Edi-tora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlssman C Sazima I 2005 Serpentes do Panta-nal Holos Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of thread snakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

134

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Midtgaard R 2019 English common names of reptiles a working checklist Acessiacutevel em httpwwwnatu-reswindowdkUKnameshtml Aces-so 28 de fevereiro de 2019

Mota-da-Silva A Monteiro WM Ber-narde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lan-cehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 521ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pe-dro VA Fernandes VD Feio RN 2010 O relacionamento entre pes-soas e serpentes no leste de Minas Gerais sudeste do Brasil Biota Ne-otropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpeto-logy 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

Nolan JM Robbins MC 2001 Emo-tional Meaning and the Cognitive Orga-nization of Ethnozoological Domains Journal of Linguistic Anthropology 11240ndash249

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagar-tixas concepccedilotildees sobre lagartos entre estudantes do Ensino Meacutedio em For-taleza Cearaacute Brasil Ciecircncia amp Edu-caccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Pinto MF Mouratildeo JS Alves RRN 2013 Ethnotaxonomical considera-tions and usage of ichthyofauna in a fishing community in Cearaacute Sta-te Northeast Brazil Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine 917 doi1011861746-4269-9-17

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Raddi G 1820 Di alcune specie di ret-tili e piante brasiliane Memoria di Giu-seppe Raddi Memorie di Matematica e di Fisica della Societagrave Italiana delle Scienze Presso la Societagrave Tipografica Modena

Rhodin AGJ Iverson JB Bour R Fritz U Georges A Shaffer HB Van Dijk PP 2017 Turtles of the world annotated checklist and atlas of taxo-nomy synonymy distribution and conservation status Chelonian Rese-arch Monographs 71ndash292

135

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Silva JL Mota-da-Silva A Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Amazonia Revista da Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical 531ndash6 doi1015900037-8682-0305-2019

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidis HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Satildeo Paulo

Editor Deacutelio Baecircta

136

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Lista dos Nomes Populares dos Reacutepteis no Brasil ndash Primeira Versatildeo REPTILIA (Reacutepteis)

Anexo 1

Acanthochelys macrocephala (Rhodin Mittermeier amp McMorris 1984)Nomes populares Caacutegado Tartaruga-do-Pantanal

Acanthochelys radiolata (Mikan 1820) - Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Amarelo Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Acanthochelys spixii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua-Doce Caacutegado-de-Canaleta Caacutegado-de-Pescoccedilo-Espi-nhudo Caacutegado-do-Cerrado Caacutegado-Feio Caacutegado-Preto Tartaruga-Bunda

Caretta caretta (Linnaeus 1758)Nomes populares Avoacute-de-Aruanatilde Cabeccedila-Grande Cabeccediluda Careba-Amarela Carebadura Ca-reba-Dura Tartaruga Tartaruga-Amarela Tartaruga-Avoacute Tartaruga-Cabeccediluda Tartaruga-Ca-rei Tartaruga-Marinha-Comum Tartatura-Meio-Pente Tartaruga-Mesticcedila

Chelonia mydas (Linnaeus 1758)Nomes populares Aruanatilde Depeia Falso-Carei Jereba Succediluarana Tartaruga-Apedrecircs Tartaru-ga-de-Sopa Tartaruga-do-Mar Tartaruga-Marinha Tartaruga-Marinha-Comum Tartaruga-Pe-drecircs Tartaruga-Verde Uruanatilde

Chelonoidis carbonarius (Spix 1824)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Piranga Jabuti-Vermelho

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus 1766)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Amarelo Jabuti-Tinga

Chelus fimbriata (Schneider 1783)Nomes populares Caacutegado Matamataacute Mata-Mataacute

TESTUDINES (Caacutegados Jabutis e Tartarugas)

137

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dermochelys coriacea (Vandelli 1761)Nomes populares Careba-Gigante Careba-Mole Tartaruga-de-Cerro Tartaruga-de-Couro Tar-taruga-de-Leste Tartaruga-de-Quilha Tartaruga-Gigante Tartaruga-Preta

Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766)Nomes populares Tartaruga-de-Escamas Tartaruga-de-Pente Tartaruga-do-Mar Tartaruga--Verdadeira Verdadeiro-Carei

Hydromedusa maximiliani (Mikan 1825)Nomes populares Caacutegado-da-Serra Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Hydromedusa tectifera Cope 1870Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccedila-de-Cobra Caacutegado-de-Pescoccedilo-Comprido

Kinosternon scorpioides (Linnaeus 1766)Nomes populares Cabeccediludinho Caacutegado Juraraacute Muccediluatilde Peito-de-Mola

Lepidochelys olivacea (Eschscholtz 1829)Nomes populares Falsa-Careta Tartaruga-Comum Tartaruga-Oliva Tartaruga-Pequena Tarta-ruga-Verde Xibirro

Mesoclemmys gibba (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Poccedilas Caacutegado-de-Poccedilas-da-Floresta

Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2001)Nomes populares Caacutegado Perema-da-Cabeccedila-Amarela

Mesoclemmys hogei (Mertens 1967)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Hoge Caacutegado-de-Hogei Caacutegado-do-Paraiacuteba Caacutegado-do--Paraiacuteba-do-Sul

Mesoclemmys nasuta (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado-da-Cabeccedila-de-Sapo Lalaacute

Mesoclemmys perplexa Bour amp Zaher 2005Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Goiano

Mesoclemmys raniceps (Gray 1856)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Cabeccedila-de-Sapo-Comum Lalaacute

Mesoclemmys tuberculata (Luumlderwaldt 1926)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua Caacutegado-do-Nordeste Caacutegado-Caramujeiro

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour 1973)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccediludo Galaacutepago Tartaruga-Cabeccedila-de-Sapo

138

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Peltocephalus dumerilianus (Schweigger 1812)Nomes populares Acanguaccedilu Cabeccediluda Cabeccediludo Capitari (machos) Juraraacute Peindu Tartaru-ga-Arara Tartaruga-de-Bico-de-Arara

Phrynops geoffroanus (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Barbelas-Pintado Caacutegado-de-Bar-bicha Caacutegado-de-Barbixa Caacutegado-de-Esgoto Caacutegado-de-Ferradura-Comum Caacutegado-do-Rio Cangapara Lalaacute Tartaruga-do-Pescoccedilo-de-Cobra

Phrynops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado-Comum Caacutegado-de-Barbelas-Cinzento Caacutegado-de-Barbilhatildeo

Phrynops tuberosus (Peters 1870)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbicha Caacutegado-Rajado Cangapara

Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983Nomes populares Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Ferradura Caacutegado-de-Ferradura-Sulino

Platemys platycephala (Schneider 1792)Nomes populares Caacutegado Charapa Charapita Charapita-de-Aguajal Charapita-de-Altura Cha-ta Jabuti-Machado Jabuti-Mato-Grossense Lalaacute Machado Perema Quetijaacutepa

Podocnemis erythrocephala (Spix 1824)Nomes populares Calalumatilde Irapuca

Podocnemis expansa (Schweigger 1812)Nomes populares Capitari Tartaruga-da-Amazocircnia Viraccedilatildeo

Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849Nomes populares Cambeacuteua Iaccedilaacute Pitiuacute

Podocnemis unifilis Troschel 1848Nomes populares Tracajaacute Zeacute-Prego

Rhinemys rufipes (Spix 1824)Nome popular Caacutegado-Vermelho

Rhinoclemmys punctularia (Daudin 1801)Nomes populares Aperema Caacutegado Jabuti-Aperema Juraraacute Muccediluatilde Perema

Trachemys adiutrix Vanzolini 1995Nomes populares Caacutegado Capininga Juraraacute Juraraca Pininga

Trachemys dorbigni (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Tartaruga Tartaruga-Imperial Tartaruga-Verdadeira Tartaruga-Verde-e--Amarela Tigre-Drsquoaacutegua Tigre-Drsquoaacutegua-Amarelo

139

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

CROCODYLIA (Jacareacutes)

Caiman crocodilus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacaretinga Jacareacute-Tinga Tinga

Caiman latirostris (Daudin 1801)Nomes populares Jacareacute-Comum Jacareacute-do-Papo-Amarelo Jacareacute-de-Papo-Amarelo Jacareacute--Oriental

Caiman yacare Daudin 1801Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacareacute-do-Paraguai

Melanosuchus niger (Spix 1825)Nomes populares Jacareacute-Accediluacute Jacareacute-Preto

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier 1807)Nomes populares Cocodrilo Crocodilo Jacareacute-Anatildeo Jacareacute-Coroa Jacareacute-do-Buraco Jacareacute--Enferrujado Jacareacute-Ferro Jacareacute-Mirim Jacareacute-Paguaacute Jacareacute-Pedra Jacareacute-Preto Jacareacute-U-na Jacareacute-Vermelho Pretinho Tiritiri

Paleosuchus trigonatus (Schneider 1801)Nomes populares Caimatildeo-de-Cara-Lisa Jacareacute-de-Cara-Lisa Jacareacute-Pedra Jacareacute-Coroa Jacareacute-Curuaacute

AMPHISBAENIA (Cobras-de-Duas-Cabeccedilas Cobras-Cegas e Matildees-da-Sauacuteva)

Amphisbaena absaberi (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena acrobeles (Ribeiro Castro-Mello amp Nogueira 2009)Nome popular desconhecido

Amphisbaena alba Linnaeus 1758Nomes populares Boiacica Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Amarela-Grande Cobra-de--Duas-Cabeccedilas Matildee-da-Sauacuteva Minhocatildeo

Amphisbaena amazonica Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena anaemariae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena anomala (Barbour 1914)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena arda Rodrigues 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena arenaria Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bahiana Vanzolini 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bedai (Vanzolini 1991)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bilabialata (Stimson 1972)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brasiliana (Gray 1865)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brevis Struumlssmann amp Mott 2009Nome popular desconhecido

Amphisbaena caiari Teixeira Jr Dal Vechio Mollo Neto amp Rodrigues 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena camura Cope 1862Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carli Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2010Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carvalhoi Gans 1965Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena crisae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena cuiabana (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Cuiabaacute

Amphisbaena cunhai Hoogmoed amp Avila-Pires 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

141

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena darwinii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Uruguaia

Amphisbaena dubia Muumlller 1924Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena filiformis Ribeiro Gomes Silva Cintra amp Silva Jr 2016Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena frontalis Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena fuliginosa Linnaeus 1758Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena hastata Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena heathi Schmidt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena hiata Montero amp Ceacutespedez 2002Nome popular desconhecido

Amphisbaena hogei Vanzolini 1950Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena ibijara Rodrigues Andrade amp Lima 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena ignatiana Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kingii (Bell 1833)Nomes populares Anfisbena-de-Crista Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kraoh (Vanzolini 1971)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leeseri Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leucocephala Peters 1878Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

142

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena littoralis Roberto Brito amp Aacutevila 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini 1996Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena maranhensis Gomes amp Maciel 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mertensii Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Mertens Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena metallurga Costa Resende Teixeira Jr Dal Vechio amp Clemente 2015Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena miringoera Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mitchelli Procter 1923Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena munoai Klappenbach 1966Nomes populares Anfisbena-Pequena Cobra-Cega-Branca Cobra-Cega-Pequena Cobra-Cega--Uruguaia-Pequena

Amphisbaena neglecta Dunn amp Piatt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena nigricauda Gans 1966Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena persephone Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena pretrei Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena prunicolor (Cope 1885)Nomes populares Anfisbena-Marrom Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Marrom

Amphisbaena ridleyi Boulenger 1890Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena roberti Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

143

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena sanctaeritae Vanzolini 1994Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena saxosa (Castro-Mello 2003)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena silvestrii Boulenger 1902Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Cuiabana

Amphisbaena slevini Schmidt 1938Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena steindachneri Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena supernumeraria Mott Rodrigues amp Santos 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena talisiae Vanzolini 1995Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Pitomba

Amphisbaena trachura Cope 1885Nomes populares Anfisbena-Comum Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Comum Cobra-de--Duas-Cabeccedilas-Grande Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena tragorrhectes Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena uroxena Mott Rodrigues Freitas amp Silva 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena vanzolinii Gans 1963Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena varia Laurenti 1768Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega Matildee-de-Sauacuteva

Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena wiedi Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Leposternon cerradensis Ribeiro Vaz-Silva amp Santos-Jr 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado

144

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Leposternon infraorbitale (Bertold 1859)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon kisteumacheri Porto Soares amp Caramaschi 2000Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon maximus Ribeiro Nogueira Cintra Silva Jre Zaher 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon microcephalum Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon octostegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon polystegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon scutigerum (Hemprich 1820)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon wuchereri (Peters 1879)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Mesobaena rhachicephala Hoogmoed Pinto Rocha amp Pereira 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

ldquoLAGARTOSrdquo (Bribas Calangos Camaleotildees Cobras-de-Vidro Lagartos e Lagartixas)

Acratosaura mentalis (Amaral 1933)Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Acratosaura spinosa Rodrigues Cassimiro Freitas amp Silva 2009Nome popular Lagarto-Espinhoso

Alexandresaurus camacan Rodrigues Pellegrino Dixo Verdade Pavan Argocirclo amp Sites 2007Nome popular desconhecido

Alopoglossus angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Briba Lagartinho-do-Olho-Vermelho Lagartixa Lagarto-da-Terra Lagarto--do-Folhiccedilo

145

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Alopoglossus atriventris Duellman 1973Nome popular desconhecido

Alopoglossus buckleyi (OrsquoShaughnessy 1881)Nome popular desconhecido

Amapasaurus tetradactylus Cunha 1970Nome popular desconhecido

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)Nomes populares Bico-Doce Calango-Bico-Doce Calango-Tijibu Tijibu Calango Calango-Ver-de Camaleatildeo-Ferro Jacareacute-Pinima Lagarto Lagarto-Verde Sardatildeo-Grande Tejubina Tijubina

Ameiva jacuba Giugliano Nogueira Valdujo Collevatti amp Colli 2013Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameiva parecis (Colli Costa Garda Kopp Mesquita Peacuteres Valdujo Vieira amp Wiederhecker 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha Lagarto

Ameivula cipoensis Arias Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Ameivula confusioniba (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nomes populares Calango Calango-ligeiro Tejubina Tijubina

Ameivula jalapensis (Colli Giugliano Mesquita amp Franccedila 2009)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula mumbuca (Colli Caldwell Costa Gainsbury Garda Mesquita Filho Soares Silva Valdujo Vieira Vitt Werneck Wiederhecker amp Zatz 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccinini-Seale 1997)Nomes populares Lagartinho-de-Linhares Lagartinho-Nativo

Ameivula nigrigula (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular desconhecido

Ameivula ocellifera (Spix 1825)Nomes populares Calango Calango-da-Praia Calango-Ligeiro Calango-Listrado Calango-Pe-queno Calango-Tijubina Calanguinho Calanguinho-Pintado Calanguinho-Sardatildeo-Pequeno Calanguinho-Verde Tijubina

Ameivula pyrrhogularis (Silva amp Avila-Pires 2013)Nomes populares Calango Calango-Ligeiro Calango-Tijubina Tijubina

146

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Ameivula xacriaba Arias Teixeira Jr Recoder Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Anisolepis grilli Boulenger 1891Nomes populares Camaleatildeo Lagartinho Lagartixa-das-Uvas Papa-Vento Papa-Vento-Comum Papa-Vento-do-Rabo-Rajado

Anisolepis longicauda (Boulenger 1891)Nome popular desconhecido

Anisolepis undulatus (Wiegmann 1834)Nomes populares Lagartixa Papa-Vento Papa-Vento-do-Sul

Anolis auratus (Daudin 1802)Nome popular Papa-Vento

Anolis bombiceps Cope 1875Nome popular Papa-Vento

Anolis brasiliensis Vanzolini amp Williams 1970Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis chrysolepis Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Calango Camaleatildeo Papa-Vento

Anolis fuscoauratus (DrsquoOrbigny 1837 in Dumeacuteril amp Bibron 1837)Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis meridionalis Boettger 1885Nomes populares Calango-Bandeira Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Anolis ortonii Cope 1868Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis planiceps Troschel 1848Nome popular Papa-Vento

Anolis scypheus Cope 1864Nome popular Papa-Vento

Anolis tandai Avila-Pires 1995Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis trachyderma Cope 1875Nome popular Papa-vento

147

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Anolis williamsii (Bocourt 1870)Nome popular Papa-Vento

Anotosaura collaris Amaral 1933Nome popular desconhecido

Anotosaura vanzolinia Dixon 1974Nome popular desconhecido

Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude 1904)Nomes populares Calango Lagartinho-Listrado Lagarto-do-Folhiccedilo

Arthrosaura reticulata (OrsquoShaughnessy 1881)Nomes populares Calango Lagartinho-Reticulado Lagartixa Lagarto-do-Folhiccedilo

Aspronema dorsivittatum (Cope 1862)Nomes populares Calango-Liso Lagartixa-Brilhante Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-Doura-da Lagarto-Liso Scinco-Comum Scinco-Dourado

Bachia bresslaui (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia cacerensis Castrillon amp Struumlssmann 1998Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia didactyla Freitas Struumlssmann Carvalho Kawashita-Ribeiro amp Mott 2011Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia dorbignyi (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia flavescens (Bonnaterre 1789)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-da-Terra Lagarto-sem-Pata

Bachia geralista Teixeira Jr Recoder Camacho Sena Navas amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia micromela Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia oxyrhina Rodrigues Camacho Nunes Recoder Teixeira Jr Valdujo Ghellere Mott amp Nogueira 2008Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia panoplia Thomas 1965Nome popular desconhecido

148

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bachia peruana (Werner 1901)Nome popular desconhecido

Bachia psamophila Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia pyburni Kizirian amp McDiarmid 1998Nome popular desconhecido

Bachia remota Ribeiro-Juacutenior Silva amp Lima 2016Nome popular desconhecido

Bachia scaea Teixeira Jr Dal Vechio Nunes Mollo Neto Lobo Storti Gaiga Dias amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia scolecoides Vanzolini 1961Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-Sem-Pata

Bachia trisanale (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823)Nomes populares Briba Calango-Liso Cobra-de-Vidro Lagartixa-de-Vidro Lagarto-Liso

Brasiliscincus caissara (Rebouccedilas-Spieker 1974)Nome popular Calango-Liso-da-Restinga

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)Nomes populares Briba Calango-Liso Lagarto-do-Folhiccedilo

Calyptommatus confusionibus Rodrigues Zaher amp Curcio 2001Nome popular Lagarto-Escrivatildeo

Calyptommatus leiolepis Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus nicterus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Caparaonia itaiquara Rodrigues Cassimiro Pavan Curcio Verdade amp Pellegrino 2009Nome popular desconhecido

149

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cercosaura argula Peters 1862Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura bassleri Ruibal 1952Nome popular desconhecido

Cercosaura eigenmanni (Griffin 1917)Nomes populares Calango-da-Maacutescara-Branca Calanguinho-de-Maacutescara Lagartinho-de-Maacutes-cara Lagartinho-de-Maacutescara-Branca Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura ocellata Wagler 1830Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho Lagartinho-Listra-do Lagartinho-Pintado Lagartixa Lagartixa-Listrada Lagarto-do-folhiccedilo Teiuacute-Pigmeu

Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger 1885)Nome popular Lagarto-da-Terra

Cercosaura parkeri (Ruibal 1952)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo-do-Pantanal

Cercosaura quadrilineata Boettger 1876Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-do-Rabo-Grande Lagartixa-de-Quatro--Listras

Cercosaura schreibersii Wiegmann 1834Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-de-Maacutescara Lagartinho-do-Rabo-Gran-de Lagartinho-Liso Lagartixa Lagartixa-Comum Lagartixa-Marrom

Chatogekko amazonicus (Andersson 1918)Nomes populares Lagartixa Lagartixinha

Cnemidophorus cryptus Cole amp Dessauer 1993Nomes populares Calango Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Violeiro

Cnemidophorus gramivagus McCrystal amp Dixon 1987Nome popular Calango

Cnemidophorus lemniscatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-Azul Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Lagartixa--Azul Lagartinho-Listrado

Coleodactylus brachystoma (Amaral 1935)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixinha-Anatilde

150

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Coleodactylus elizae Gonccedilalves Torquato Skuk amp Sena 2012Nome popular desconhecido

Coleodactylus meridionalis (Boulenger 1888)Nomes populares Briba Calanguinho Lagartixa Lagartinho Lagartixinha-Anatilde Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus natalensis Freire 1999Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus septentrionalis Vanzolini 1980Nome popular desconhecido

Colobodactylus dalcyanus Vanzolini amp Ramos 1977Nome popular Lagartinho-do-folhedo

Colobodactylus taunayi Amaral 1933Nome popular desconhecido

Colobosaura modesta (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-cobra Calanguinho Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo La-garto Lagarto-do-Folhiccedilo

Colobosauroides carvalhoi Soares amp Caramaschi 1998Nome popular desconhecido

Colobosauroides cearensis Cunha Lima-Verde amp Lima 1991Nome popular desconhecido

Contomastix lacertoides (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagartixa-Listrada Lagartixa-Verde Tiuacute-da-Areia Lagartinho-Listrado-da--Restinga

Contomastix vacariensis (Feltrim amp Lema 2000)Nomes populares Lagartinho-de-Vacaria Lagartinho-Pintado Lagartinho-Pintado-do-Campo Lagartixa-Pintada

Copeoglossum arajara (Rebouccedilas-Spieker 1981)Nome popular Calango-Liso

Copeoglossum nigropunctatum (Spix 1825)Nomes populares Briba-Brilhante Calango Calango-Cobra Calango-Liso Lagarto-Brilhante Lagarto-de-Vidro Lagarto-Liso Viacutebora

Crocodilurus amazonicus (Spix 1825)Nomes populares Calango-Drsquoaacutegua Jacarerana Jacaruxi

151

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dactyloa dissimilis (Williams 1965)Nome popular Papa-Vento

Dactyloa nasofrontalis (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-Vento

Dactyloa phyllorhina (Myers amp Carvalho 1945)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa punctata (Daudin 1802)Nomes populares Anoles Calango-Verde Camaleatildeo Lagartixa-Verde-da-Amazocircnia Lagarto--Verde Papa-Vento

Dactyloa transversalis (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular Papa-Vento

Diploglossus fasciatus (Gray 1831)Nomes populares Briba Calango-Coral Calango-Liso Cobra-de-Patas Lagarto-Coral Viacutebora

Diploglossus lessonae Peracca 1890Nomes populares Briba Briba-que-Vira-Cobra Calango-Coral Calango-Liso Lagarto-Coral

Dracaena guianensis Daudin 1801Nomes populares Cabeccedila-Encarnada Jacarerana Jacaruxi Jacuruxi Lagarto-Jacareacute

Dracaena paraguayensis Amaral 1950Nomes populares Lagarto-Jacareacute Viacutebora-do-Pantanal

Dryadosaura nordestina Rodrigues Freire Pellegrino amp Sites 2005Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Ecpleopus gaudichaudii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Lagartinho-da-Mata Lagartinho-do-Rabo-Liso Lagartinho-da-Serra-do-Mar

Enyalioides laticeps (Guichenot 1855)Nome popular Papa-Vento

Enyalioides palpebralis (Boulenger 1883)Nome popular desconhecido

Enyalius bibronii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Lagarto-verde Papa-Vento

152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Enyalius bilineatus Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Camaleatildeozinho-do-Cerrado Camaleatildeozinho-de-Duas-Lis-tras Papa-Vento

Enyalius boulengeri Etheridge 1969Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius brasiliensis (Lesson 1828)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius catenatus (Wied 1821)Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius erythroceneus Rodrigues Freitas Silva amp Bertolotto 2006Nome popular desconhecido

Enyalius iheringii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Iguaninha Iguaninha-Verde Papa-Vento Sinimbuacute-Verde

Enyalius leechii (Boulenger 1885)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius perditus Jackson 1978Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius pictus (Schinz 1822)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Eurolophosaurus amathites (Rodrigues 1984) Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus divaricatus (Rodrigues 1986)Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus nanuzae (Rodrigues 1981)Nome popular desconhecido

Exila nigropalmata (Andersson 1918)Nome popular desconhecido

Glaucomastix abaetensis (Dias Rocha amp Vrcibradic 2002)Nomes populares Calango-do-Abaeteacute Lagartinho-de-Abaeteacute Lagartixa-de-Abaeteacute

Glaucomastix cyanura (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango

153

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Glaucomastix littoralis (Rocha Arauacutejo Vrcibradic amp Costa 2000)Nome popular Lagarto-da-Cauda-Verde

Glaucomastix venetacauda (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango-da-Cauda-Azulada

Gonatodes annularis Boulenger 1887Nomes populares Briba Lagartixa Osga

Gonatodes eladioi Nascimento Avila-Pires amp Cunha 1987Nomes populares Briba Lagartixa

Gonatodes hasemani Griffin 1917Nomes populares Lagartinho-Pintado Lagartixa

Gonatodes humeralis (Guichenot 1855)Nomes populares Lagartinho-Bicudo Lagartinho-Colorido Lagartinho-Pintado Lagartixa La-gartixa-da-Mata Lagartixinha-Amazocircnica Lagarto Lagarto-do-Folhiccedilo

Gonatodes nascimentoi Sturaro amp Avila-Pires 2011Nome popular Lagartixa

Gonatodes tapajonicus Rodrigues 1980Nome popular Lagartixa

Gymnodactylus amarali Barbour 1925Nomes populares Briba Lagartixa

Gymnodactylus darwinii (Gray 1845)Nomes populares Lagartixa Lagartixa-da-Mata Lagartixa-Nativa

Gymnodactylus geckoides Spix 1825Nomes populares Briba Lagartinho Lagartixa Lagartixa-do-Cerrado

Gymnodactylus guttulatus Vanzolini 1982Nome popular Briba

Gymnodactylus vanzolinii Cassimiro amp Rodrigues 2009Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus leucomystax Vanzolini amp Carvalho 1991Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus underwoodi Grant 1958Nome popular desconhecido

154

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Gymnophthalmus vanzoi Carvalho 1999Nome popular Briba

Hemidactylus agrius Vanzolini 1978Nomes populares Briba Lagartixa Osga Viacutebora

Hemidactylus brasilianus (Amaral 1935)Nomes populares Briba Briba-do-Rabo-Grosso Lagartixa Lagartixa-do-Rabo-Grosso

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnegraves 1818)Nomes populares Briba Briba-da-Casa Briba-de-Casa Camaleatildeo Crocodilinho-de-Parede Ge-co-das-Casas Jacareacute-de-Parede Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Africana Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-de-Casa Lagartixa-de-Cobreiro Lagartixa-de-Parede Lagartixa-Domeacutestica Lagarti-xa-Domeacutestica-Tropical Osga Sardatildeo Taruiacutera Viacutebora

Hemidactylus palaichthus Kluge 1969Nomes populares Briba Jacareacute-de-Parede Lagartixa Lagartixa-da-Parede Osga

Heterodactylus imbricatus Spix 1825Nome popular desconhecido

Heterodactylus lundii Reinhardt amp Luetken 1862Nome popular Briba Calango-que-Vira-Cobra Cobra-de-Peacute Cobra-de-Vidro Cobrinha

Heterodactylus septentrionalis Rodrigues Freitas amp Silva 2009Nome popular desconhecido

Homonota uruguayensis (Vaz-Ferreira amp Sierra de Soriano 1961)Nomes populares Camaratildeozinho Geco-do-Campo Geco-dos-Campos Geco-Uruguaio

Hoplocercus spinosus Fitzinger 1843Nomes populares Jacarezinho-da-Chapada Jacarezinho-do-Cerrado Lagarto-Espinhoso La-garto-de-Cauda-Espinhosa Lagarto-de-Cauda-Espinhuda Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Lagarto--Roseta Pitoco Rabo-de-Roseta

Iguana iguana (Linnaeus 1758)Nomes populares Camaleatildeo Iguana Iguana-Verde Sinimbu Tejubuacute Tijubuacute

Iphisa elegans Gray 1851Nomes populares Briba Calango Calango-Cobra Lagartinho-de-Folhiccedilo Lagartixa Lagarto-da--Terra Lagarto-de-Folhiccedilo

Kentropyx altamazonica (Cope 1875)Nomes populares Calango Calango-Verde Calanguinho Iguaninha Lagarto

155

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Kentropyx calcarata Spix 1825Nomes populares Calango Calango-Drsquoaacutegua Calango-da-Mata Calango-Verde Calanguinho La-garto Lagarto-da-Mata

Kentropyx paulensis (Boettger 1893)Nomes populares Calango Calanguinho

Kentropyx pelviceps Cope 1868Nomes populares Calango Chicote-da-Floresta Lagarto

Kentropyx striata (Daudin 1802)Nomes populares Calango Lagarto

Kentropyx vanzoi Gallagher amp Dixon 1980Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-Listrado

Kentropyx viridistriga (Boulenger 1894)Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-de-Listras-Verdes

Lepidoblepharis heyerorum Vanzolini 1978Nome popular desconhecido

Lepidoblepharis hoogmoedi Avila-Pires 1995Nome popular desconhecido

Leposoma annectans Ruibal 1952Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Leposoma baturitensis Rodrigues amp Borges 1997Nome popular desconhecido

Leposoma nanodactylus Rodrigues 1997Nome popular desconhecido

Leposoma puk Rodrigues Dixo Pavan amp Verdade 2002Nome popular desconhecido

Leposoma scincoides Spix 1825Nome popular Lagartinho Teiuacute-Pigmeu

Leposoma sinepollex Rodrigues Teixeira Jr Recoder Dal Vechio Damasceno amp Pellegrino 2013Nome popular desconhecido

Liolaemus arambarensis Verrastro Veronese Bujes amp Dias-Filho 2003Nome popular Lagartixa-das-Dunas

156

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Liolaemus lutzae Mertens 1938Nomes populares Lagartixa-de-Areia Lagartinho-Branco-da-Areia Lagartinho-Branco-da-Praia

Liolaemus occipitalis Boulenger 1885Nomes populares Lagartinho-das-Dunas Lagartinho-da-Praia Lagartixa-da-Areia Lagartixa--das-Dunas Lagartixa-da-Praia

Loxopholis ferreirai (Rodrigues amp Avila-Pires 2005)Nome popular desconhecido

Loxopholis guianense (Ruibal 1952)Nomes populares Briba Calango Lagartixa

Loxopholis osvaldoi (Avila-Pires 1995)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Loxopholis percarinatum (Muumlller 1923)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Loxopholis snethlageae (Avila-Pires 1995)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Lygodactylus klugei (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Bribinha Lagartixa-Anatilde Osguinha

Lygodactylus wetzeli (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Briba Lagartixa-Anatilde

Manciola guaporicola (Dunn 1935)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

Marinussaurus curupira Peloso Pellegrino Rodrigues amp Avila-Pires 2011Nome popular desconhecido

Micrablepharus atticolus Rodrigues 1996Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-de-Rabo-Azul

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-Cauda--Azul Piolho-de-Cobra

Neusticurus bicarinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Lagartinho-de-Maacutescara-Alaranjada Lagarto-de-Folhiccedilo

Neusticurus racenisi Roze 1958Nome popular desconhecido

157

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Neusticurus rudis Boulenger 1900Nome popular Calango-Drsquoaacutegua

Nothobachia ablephara Rodrigues 1984Nome popular desconhecido

Notomabuya frenata (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-Liso Lagartixa Lagarto-Liso Scinco-Chacoense Scinco--Cinzento Scinco-Prateado

Ophiodes enso Entiauspe-Neto Marques-Quintela Regnet Teixeira Silveira amp Loebmann 2017Nome popular desconhecido

Ophiodes fragilis (Raddi 1820)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes striatus (Spix 1825)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes yacupoi Gallardo 1966Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Panopa carvalhoi (Rebouccedilas-Spieker amp Vanzolini 1990)Nome popular Lagarto-Liso

Phyllopezus lutzae (Loveridge 1941)Nome popular Briba Lagartixa-de-Bromeacutelia

Phyllopezus periosus Rodrigues 1986Nomes populares Briba Briba-Gigante Lagartixa

Phyllopezus pollicaris (Spix 1825)Nomes populares Briba Briba-de-Parede Lagartixa Lagartixa-de-Parede Lagartixa-de-Pedra Sardatildeo Viacutebora

Phyllopezus przewalskii Koslowsky 1895Nomes populares Lagartixa-de-Pedra Lagartixa-do-Cerrado

158

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Placosoma cipoense Cunha 1966Nome popular Lagartinho-do-Cipoacute

Placosoma cordylinum Tschudi 1847Nome popular desconhecido

Placosoma glabellum (Peters 1870)Nomes populares Lagartinho Lagartinho-do-Rabo-Grande

Placosoma limaverdorum Borges-Nojosa Caramaschi amp Rodrigues 2016Nome popular desconhecido

Plica plica (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-da-Aacutervore Calango-da-Mata Calango-Seringueiro Iguaninha La-garto-de-Aacutervore Tamaquareacute

Plica umbra (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-da-Aacutervore Iguaninha Lagarto-de-Aacutervore Papa-Vento Tamaquareacute

Polychrus acutirostris Spix 1825Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Camaleatildeo Camaleatildeo-Preguiccedila Camaleatildeozi-nho Catatau Falso-Camaleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Polychrus liogaster Boulenger 1908Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Polychrus marmoratus (Linnaeus 1758)Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Calango-Verde Camaleatildeo Catatau Falso-Ca-maleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento Papa-Vento-Verde

Potamites ecpleopus (Cope 1875)Nome popular desconhecido

Potamites juruazensis (Avila-Pires amp Vitt 1998)Nome popular desconhecido

Procellosaurinus erythrocercus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Procellosaurinus tetradactylus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Pseudogonatodes gasconi Avila-Pires amp Hoogmoed 2000Nome popular desconhecido

159

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Pseudogonatodes guianensis Parker 1935Nomes populares Briba Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-Pequeno Lagartixa

Psilops mucugensis Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Nunes Freitas Fernan-des Bocchiglieri Dal Vechio Leite Nogueira Damasceno Pellegrino Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psilops paeminosus (Rodrigues 1991)Nome popular desconhecido

Psilops seductus Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Sales-Nunes Freitas Fer-nandes Bocchiglieri Vechio Fortes-Leite Campos Nogueira Damasceno Machado Pellegrino Suzart-Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psychosaura agmosticha (Rodrigues 2000)Nome popular Viacutebora

Psychosaura macrorhyncha (Hoge 1947)Nome popular Briba Viacutebora

Ptychoglossus brevifrontalis Boulenger 1912Nomes populares Briba Calango Lagartixa Lagarto

Rhachisaurus brachylepis (Dixon 1974)Nomes populares Lagartinho Lagarto-do-Folhiccedilo

Rondonops biscutatus Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pelle-grino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular Lagartinho-de-Folhiccedilo

Rondonops xanthomystax Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pellegrino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular desconhecido

Salvator duseni Loumlnnberg in Loumlnnberg amp Andersson 1910Nomes populares Teiuacute Teiuacute-do-Cerrado Teiuacute-Paraense

Salvator merianae Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Jacuraru Lagarto Lagarto-Comum Lagarto-Tejo Tegu Teiuacute Teiuaccedilu Teiuacute--Accedilu Teiuacute-Branco Teiuacute-Brasileiro Teiuacute-Comum Teiuacute-Gigante Tejo Teju Tejuacute Tejuaccedilu Tejuacute--Accedilu Tejuguaccedilu Tiju Tiuacute Tiuacute-Accedilu

Scriptosaura catimbau Rodrigues amp Santos 2008Nome popular desconhecido

160

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Stenocercus albolineatus Teixeira Jr Prates Nisa Silva Struumlssmann amp Rodrigues 2015Nomes populares Dragatildeozinho Iguaninha-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus azureus (Muumlller 1882)Nomes populares Iguaninha-Azul Lagartixa-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus caducus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Coleira Dragatildeozinho

Stenocercus dumerilii (Steindachner 1867)Nomes populares Calango Dragatildeozinho Iguana-de-Rabo-Curto

Stenocercus fimbriatus Avila-Pires 1995 Nome popular desconhecido

Stenocercus quinarius Nogueira amp Rodrigues 2006Nomes populares Calango Dragatildeozinho Lagarto-de-Chifres

Stenocercus roseiventris DrsquoOrbigny in Dumeacuteril amp Bibron 1837Nome popular desconhecido

Stenocercus sinesaccus Torres-Carvajal 2005Nomes populares Calango Dragatildeozinho

Stenocercus squarrosus Nogueira amp Rodrigues 2006Nome popular desconhecido

Stenocercus tricristatus (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular desconhecido

Stenolepis ridleyi Boulenger 1887Nome popular desconhecido

Strobilurus torquatus Wiegmann 1834Nome popular Lagarto-de-Cauda-Espinhosa Lagartixa

Teius oculatus (DrsquoOrbigny amp Bibron 1837)Nomes populares Lagartixa Lagarto-Verde Teiuacute Teju-Verde Tiuacute-Verdadeiro Tiuacute-Verde

Teius teyou (Daudin 1802)Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-Verde

Thecadactylus rapicauda (Houttuyn 1782)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixa-da-Amazocircnia Osga Osga-Gigante

Thecadactylus solimoensis Bergmann amp Russell 2007Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixatildeo Osga

161

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Trachylepis atlantica (Schmidt 1945)Nome popular Mabuia-de-Noronha

Tretioscincus agilis (Ruthven 1916)Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartinho-de-Rabo-Azul Lagartixa

Tretioscincus oriximinensis Avila-Pires 1995Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartixa

Tropidurus callathelys Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Papa-Vento Calango-de-Pedra-Pintado

Tropidurus catalanensis Gudynas amp Skuk 1983Nomes populares Calango Lagartixa-Cinzenta Lagartixa-Espinhosa Lagartixa-Preta Papa--Vento Tropiduro-Comum

Tropidurus chromatops Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Calango-de-Maacutescara-Azul Papa-Vento

Tropidurus cocorobensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus erythrocephalus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus etheridgei Cei 1982Nomes populares Calango Calango-de-Colar Papa-Vento

Tropidurus guarani Alvarez Cei amp Scolaro 1994Nome popular Calango

Tropidurus helenae (Manzani amp Abe 1990)Nomes populares Calango Labigoacute Lagarto

Tropidurus hispidus (Spix 1825)Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Comum Calango-do-Cerrado Calango-Grande Calango-Urbano Catende Catenga Catexa Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagartixa-Preta--de-Muro Lagarto Papa-Vento

Tropidurus hygomi Reinhardt amp Luetken 1861Nome popular Calango Catende Lagartixa-de-Restinga

Tropidurus imbituba Kunz amp Borges-Martins 2013Nome popular Calango

162

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tropidurus insulanus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus itambere Rodrigues 1987Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Grande Calango-Urbano Papa-Vento

Tropidurus jaguaribanus Passos Lima amp Borges-Nojosa 2011Nome popular Calango-de-Lajeiro

Tropidurus lagunablanca Carvalho 2016Nomes populares Calango Calango-Colorido Calango-Pintadinho Dragatildeozinho-Colorido Papa-Vento

Tropidurus montanus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-da-Montanha Lagarto-da-Pedra

Tropidurus mucujensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus oreadicus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Lagartixa Lagarto Lagarto--da-Pedra Lagarto-de-Parede

Tropidurus pinima (Rodrigues 1984)Nome popular Leixa

Tropidurus psammonastes Rodrigues Kasahara amp Yonenaga-Yasuda 1988Nome popular Calango

Tropidurus semitaeniatus (Spix 1825)Nomes populares Calango-do-Lageiro Catende Lagartixa Lagartixa-do-Lajedo Lagartixa-do--Lajeiro

Tropidurus sertanejo Carvalho Sena Peloso Machado Montesinos Silva Campbell amp Rodri-gues 2016Nome popular Calango

Tropidurus spinulosus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Espinho Papa-Vento

Tropidurus torquatus (Wied 1820)Nomes populares Calango Calango-de-Muro Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagarto Lagarto-da-Pedra Lagarto-de-Parede Taraguira Trauiacutera

163

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tupinambis cryptus Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis cuzcoensis Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis longilineus Avila-Pires 1995Nomes populares Jacuraru Teiuacute Teiuacute-Comprido Teju

Tupinambis palustris Manzani amp Abe 2002Nome popular Teiuacute-Palustre

Tupinambis quadrilineatus Manzani amp Abe 1997Nomes populares Teiuacute Teiuacute-Amarelo Teiuacute-de-Quatro-Linhas Teju

Tupinambis teguixin (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacuaru Jacuraru Jacuruaru Lagartiu Lagarto Tegu Teiuacute Teiuacute-Accedilu Tejo Tejo-Drsquoaacutegua Teju Tejuaccedilu

Uracentron azureum (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Verde Lagarto-Espinhoso Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Tamaquareacute--de-Espinho

Uracentron flaviceps (Guichenot 1855)Nome popular Lagarto-Espinhoso

Uranoscodon superciliosus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Cabeccediludo Dragatildeozinho-Cabeccediludo Iguaninha Lagarto Tamacuareacute Tamaquareacute Tamaquareacute-Drsquoaacutegua

Urostrophus vautieri Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Iguana-Rajada Papa-Vento Papa-Vento-de-Barriga-Listrada

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura rubricauda (Boulenger 1902)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura savanicola Recoder Werneck Teixeira Jr Colli Sites amp Rodrigues 2014Nomes populares Calango-da-Savana Calango-Listrado Lagarto-de-Rabo-Vermelho

Varzea altamazonica (Miralles Barrio-Amoroacutes Rivas amp Chaparro-Auza 2006)Nome popular Calango

164

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Varzea bistriata (Spix 1825)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

SERPENTES (Cobras amp Serpentes)

Amerotyphlops amoipira (Rodrigues amp Juncaacute 2002)Nome popular Cobra-Cega-das-Dunas

Amerotyphlops arenensis Graboski Pereira-Filho Silva Prudente amp Zaher 2015Nome popular desconhecido

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini 1976)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-de-Espinho-Comum Cobra-Cega-de-Espinho-Mar-rom Cobra-Cega-Marrom Cobra-da-Terra

Amerotyphlops minuisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops paucisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops reticulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Minhoca Minhocatildeo

Amerotyphlops yonenagae (Rodrigues 1991)Nome popular Cobra-Cega-do-Satildeo-Francisco

Amnesteophis melanauchen (Jan amp Sordelli 1866)Nome popular desconhecido

Anilius scytale (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Coral Coral-DrsquoAacutegua Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis adhara Franccedila Barbo Silva-Juacutenior Silva amp Zaher 2018Nome Popular desconhecido

Apostolepis albicollaris Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ambiniger (Peters 1869)Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ammodites Ferrarezzi Barbo amp Albuquerque 2005Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

165

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis arenaria Rodrigues 1992Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

Apostolepis assimilis (Reinhardt 1861)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto Coral-Falsa Falsa--Coral

Apostolepis borelli Peracca 1904Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis cearensis Gomes 1915Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Coral-Falsa Coralzinha Falsa-Coral

Apostolepis cerradoensis Lema 2003Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis christineae Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis dimidiata (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis flavotorquata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Apostolepis gaboi Rodrigues 1992Nome popular Cobra-Rainha-das-Dunas

Apostolepis goiasensis Prado 1942Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis intermedia Koslowsky 1898Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis kikoi Santos Entiauspe-Neto Silva-Arauacutejo Souza Lema Struumlssmann amp Albuquer-que 2018 - Nome Popular desconhecido

Apostolepis lineata Cope 1887Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis longicaudata Gomes in Amaral 1921Nome popular Cobra-da-Terra Cobrinha-da-Terra

Apostolepis nelsonjorgei Lema amp Renner 2004Nome popular Cobrinha-da-Terra

166

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis nigrolineata (Peters 1869)Nomes populares Cobra-Cega Falsa-Coral

Apostolepis nigroterminata Boulenger 1896Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis phillipsi Harvey 1999Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis polylepis Amaral 1922Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis quinquelineata Boulenger 1896Nome popular Cobra-da-Terra

Apostolepis quirogai Giraudo amp Scrocchi 1998Nome popular Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto

Apostolepis roncadori Lema 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis serrana Lema amp Renner 2006Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-da-Serra-do-Roncador

Apostolepis striata Lema 2004Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-Estriada

Apostolepis tertulianobeui Lema 2004Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis thalesdelemai Borges-Nojosa Lima Bezerra amp Harris 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis vittata (Cope 1887)Nome popular Cobrinha-da-Terra

Atractus aboiporu Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus albuquerquei Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus alphonsehogei Cunha amp Nascimento 1983Nome popular desconhecido

167

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus altagratiae Passos amp Fernandes 2008Nome popular desconhecido

Atractus badius (Boie 1827)Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus boimirim Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus caete Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra-da-Floresta

Atractus caxiuana Prudente amp Santos-Costa 2006Nome popular desconhecido

Atractus collaris Peracca 1897 Nome Popular desconhecido

Atractus dapsilis Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus edioi Silva Jr Silva Ribeiro Souza amp Souza 2005Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus elaps (Guumlnther 1858)Nome popular desconhecido

Atractus emmeli (Boettger 1888)Nome Popular desconhecido

Atractus flammigerus (Boie 1827)Nome popular desconhecido

Atractus francoi Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus guentheri (Wucherer 1861)Nome popular Coral-Falsa

Atractus hoogmoedi Prudente amp Passos 2010Nome popular desconhecido

Atractus insipidus Roze 1961Nome popular desconhecido

168

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus latifrons (Guumlnther 1868)Nomes populares Coral Falsa-Coral

Atractus maculatus (Guumlnther 1858)Nome popular Coral-Falsa

Atractus major Boulenger 1894Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral

Atractus natans Hoogmoed amp Prudente 2003Nome popular desconhecido

Atractus pantostictus Fernandes amp Puorto 1994Nome popular Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus paraguayensis Werner 1924Nomes populares Cobra-Coral-da-Terra Cobra-de-Terra-Listrada Cobrinha-da-Terra Falsa--Coral

Atractus poeppigi (Jan 1862)Nome popular desconhecido

Atractus potschi Fernandes 1995Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus reticulatus (Boulenger 1885)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Cobra-de-Terra-Comum Cobra-Reticulada Cobra-Tijolo Cobrinha-da-Terra Fura-Terra Fura-Terra-Reticulada

Atractus riveroi Roze 1961Nome popular desconhecido

Atractus ronnie Passos Fernandes amp Borges-Nojosa 2007Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus serranus Amaral 1930Nome popular desconhecido

Atractus snethlageae Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus spinalis Passos Teixeira Jr Recoder Sena Dal Vechio Pinto Mendonccedila Cassimiro amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

169

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus surucucu Prudente amp Passos 2008Nome popular desconhecido

Atractus tartarus Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus thalesdelemai Passos Fernandes amp Zanella 2005Nomes populares Cobra-da-Terra-do-Sul Cobrinha-da-Terra

Atractus torquatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Atractus trefauti Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus trihedrurus Amaral 1926Nome popular Cobra-da-Terra Coral Coral-Falsa

Atractus trilineatus Wagler 1828Nome popular desconhecido

Atractus zebrinus (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Rajada Cobrinha-da-Terra Coral-Falsa Fura-Terra

Atractus zidoki Gasc amp Rodrigues 1979Nome popular desconhecido

Boa constrictor Linnaeus 1758Nomes populares Anaconda Boiuccedilu Cobra-de-Veado Ctaia Jauacanga Jiboia Jiboia-Branca Jiboia-Cinzenta Jiboia-da-Cauda-Vermelha Jiboia-do-Cerrado Kuong-Kuong Salamanta-Boi Suaccedilu

Boiruna maculata (Boulenger 1896)Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral (juvenil) Coral-Falsa Limpa-Mato Lim-pa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum Mussurana

Boiruna sertaneja Zaher 1996Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Bothrocophias hyoprora (Amaral 1935)Nomes populares Cuiama-Nariguda Focinho-de-Porco Jararaca Jararaca-Bico-de-Folha Jara-raca-Bicuda Jararaca-de-Focinho-Levantado Jararaca-Nariguda

Bothrocophias microphthalmus (Cope 1875)Nomes Populares Jararaca Jararaca-Bicuda Jararaca-Nariguda

170

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops alcatraz Marques Martins amp Sazima 2002Nome popular Jararaca-de-Alcatrazes

Bothrops alternatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Cruzeira Cruzeiro Jararaca-de--Agosto Jararaca-do-Rabo-de-Porco Jararaca-Rabo-de-Porco Rabo-de-Mulita Urutu Urutu--Cruzeira Urutu-Cruzeiro

Bothrops atrox (Linnaeus 1758)Nomes populares Acuamboacuteia Boca-Podre Cambeacuteua Caiccedilaca Caiccedilara Comboia Cuamboia Japoboia Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-Accedilu Jararaca-da-Amazocircnia Jararaca-do-Amazonas Ja-raraca-do-Norte Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Gratildeo-de-Arroz Jararacarana Mapanare Surucucu Surucucu-da-Vaacuterzea Surucucu-do-Barranco Surucucurana

Bothrops bilineatus (Wied 1821)Nomes populares Bico-de-Papagaio Cobra-Papagaio Igbigracuatilde Jararaca Jararaca-Pinta-de--Ouro Jararaca-Verde Oricana Ouricana Papagaia Paraamboia Paramboia Patioba Periqui-tamboia Pindoba Pinta-de-Ouro Surucucu-de-Ouricana Surucucu-de-Patioba Surucucu-de--Pindoba Surucucu-Pinta-de-Ouro Uriccedilana

Bothrops brazili Hoge 1954Nomes populares Jararaca Jararaca-Vermelha Jararacuccedilu Jararacuccedilu Surucucurana-de-Fo-go Surucucu-Vermelha

Bothrops cotiara (Gomes 1913)Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Jararaca Jararaca-da-Barriga-Pre-ta Jararaca-Preta

Bothrops diporus Cope 1862Nomes populares Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca-do-Chaco Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Argentina Jararaca-Pintada-do-Sul

Bothrops erythromelas Amaral 1923Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Avermelhada Jararaca-Malha-de--Cascavel Jararaca-da-Seca Jararaca-da-Caatinga Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca-Rosada Jara-raca-Vermelha Jararaquinha Jararacussu Jararaca-da-Folha-Seca

Bothrops fonsecai Hoge amp Belluomini 1959Nomes populares Cotiara Cotiara-Estrela Jararaca-das-Montanhas Jararaca-Estrela Urutu Urutu-da-Serra

Bothrops insularis (Amaral 1922)Nome popular Jararaca-Ilhoa

171

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops itapetiningae (Boulenger 1907)Nomes populares Boipeva Cotiarinha Jararaca Jararaquinha Jararaquinha-do-Campo

Bothrops jararaca (Wied 1824)Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caiccedilaca Caissaca Cola-Branca Jaraca Ja-racaacute Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Quatro-Ventas Jaracuccedilu-Venenoso Jararaca Jararaca-Comum Ja-raraca-da-Mata-Virgem Jararaca-do-Campo Jararaca-do-Mato Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Dormideira Jararaca-Dorminhoca Jararaca-Preguiccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso Ja-raraca-Verdadeira Malha-de-Sapo Patrona Preguiccedilosa Quatro-Ventas Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Bothrops jararacussu Lacerda 1884Nomes populares Cabeccedila-de-Sapo Jaracuccedilu-Malha-de-Sapo Jaracuccedilu-Tapete Jaracuccedilu-Vene-noso Jaracuccedilu-Verdadeiro Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Cabeccedila-de-Sapo Jararacuccedilu-Ta-pete Jararacuccedilu-Verdadeira Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Sapo Surucucu-Dourado Surucucu-Tapete Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Dourado Urutu-Estrela Urutu-Preta Urutu-Preto

Bothrops leucurus Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caissaca Capangueiro Cobra-de-Quatro--Ventas Cobra-do-Rabo-Branco Jaracuccedilu Jaracuccedilu-de-Quatro-Ventras Jararaca Jararaca--Baiana Jararaca-Bahiana Jararaca-da-Cauda-Branca Jararaca-do-Rabo-Branco Malha-de--Sapo Quatro-Ventas

Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro 1915)Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-do-Cerrado Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca--Pintada Tira-Peia

Bothrops marajoensis Hoge 1966Nomes populares Caissaca-de-Marajoacute Jararaca

Bothrops marmoratus Silva amp Rodrigues 2008Nomes populares Jararaca Jararaca-Marmorata Jararaca-Pintada

Bothrops mattogrossensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-Pintada

Bothrops moojeni Hoge 1966Nomes populares Boipeva Bopeva Caiccedilaca Caiccedilara Caissaca Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-de--Vereda Jararaca-do-Cerrado Jararacatildeo Jararaquinha-do-Rabo-Branco

Bothrops muriciensis Ferrarezzi amp Freire 2001Nomes populares Jararaca Jararaca-de-Alagoas Jararacuccedilu

172

Bothrops neuwiedi Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Jararaca Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Bran-co Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Rabo-de-Osso Malha-de-Sapo Rabo-de-Osso Tire-Peia

Bothrops otavioi Barbo Grazziotin Sazima Martins amp Sawaya 2012Nome popular Jararaca-de-Vitoacuteria

Bothrops pauloensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Cruzeira Ja-raraca-de-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararacussu Jararaquinha Rabo-de-Osso Urutu

Bothrops pirajai Amaral 1923Nomes populares Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Tapete Jararacuccedilu-da--Bahia Patrona Tapete

Bothrops pubescens (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-CapangaCruzeira Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-do-Sul Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Uruguaia

Bothrops sazimai Barbo Gasparini Almeida Zaher Grazziotin Gusmatildeo Ferrarini amp Sawaya 2016Nome popular desconhecido

Bothrops taeniatus Wagler in Spix 1824Nomes populares Comboia Japoboia Jararaca-Amarela Jararaca-Cinza Jararaca-Cinzenta Jararaca-Estrela Jararaca-Musgo Jararaca-Tigrina Jararaquinha

Caaeteboia amarali (Wettstein 1930)Nome popular Cobrinha-Marrom-do-Litoral Cobrinha-Marrom-da-Restinga

Calamodontophis paucidens (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Espada-dos-Pampas Cobra-Espada-Xadrez Falsa-Cobra-Espada

Calamodontophis ronaldoi Franco Cintra amp Lema 2006Nomes populares Cobra-Espada-do-Paranaacute

Cercophis auratus (Schlegel 1837)Nomes populares Bicuda Cipoacute-Liquenosa Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Metaacutelica Cobra-de-Bronze Cobra-Liacutequen

Chironius bicarinatus (Wied 1820)Nomes populares Cainana Caninana-Verde Caninana-Verde-Comum Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute--Bicarinada Cobra-Espada Cobra-Verde Espia-Caminho Serra-Azul Voadeira

Chironius brazili Hamdan amp Fernandes 2015Nomes populares Caninana-Marrom-Listrada Cobra-Cipoacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

173

Chironius carinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boicipoacute Boitiaboia Boitipoacute Cainana Cipoacute Cobra-Cipoacute Cutimboia Sacaiboia Sacaiboia-Cipoacute Serra-Veia

Chironius diamantina Fernandes amp Hamdan 2014Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius dixoni Wiest 1978Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius exoletus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caninana Caninana-Verde-Oliva Caninana-Verde-Oriental Cipoacute Cobra-Ci-poacute Cobra-Cipoacute-Madura Cobra-Espada Espia-Caminho Voadeira

Chironius flavolineatus (Jan 1863)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boitipoacute Caninana-Marrom-Listrada Cipoacute Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Sacaiboia

Chironius foveatus Bailey 1955Nomes populares Caninana Caninana-Verde-de-Cabeccedila-Preta Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cipoacute Cobra-Espada Cobra-Verde Serra-Velha

Chironius fuscus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araboia Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de-Rio Cobra--Espada Espia-Caminho Papa-Ovo Sacaiboia Sururucu-de-Fogo Uiraacutepiagara Uropiagara

Chironius laevicollis (Wied 1824)Nomes populares Caninana-Preta Caninana Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de--Cabeccedila-Preta Cobra-Espada Papa-Pinto

Chironius maculoventris Dixon Wiest amp Cei 1993Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius multiventris Schmidt amp Walker 1943Nomes populares Cainana Cobra-Cipoacute Cobra-Verde Sacaiboia Serra-Veia

Chironius quadricarinatus (Boie 1827)Nomes populares Capitatilde-do-Campo Capitatildeo-do-Campo Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-Espada Corre-Campo Sacaiboia

Chironius scurrulus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Acutimboia Cobra-Cipoacute Sururucu-de-Fogo

Clelia clelia (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Muccedilurana-da--Amazocircnia Mussurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

174

Clelia hussami Morato Franco amp Sanches 2003Nome popular desconhecido

Clelia plumbea (Wied 1820)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Cobra--Preta Falsa-Coral (juvenil) Limpa-Campo Limpa-Mato Limpa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Sudeste Muccedilurana-de-Barriga-Branca Muccedilurana-do-Cerrado Muccedilura-na-Grande Mussurana Papa-Rato Rabo-de-Veludo Surucucu-Chumbo

Corallus batesii (Gray 1860)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Bico-de-Papagaio Cobra-de-Papagaio Co-bra-Papagaio Cobra-Verde Papagaia Periquitaboia Periquitamboia

Corallus caninus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Cobra-Papagaio Cobra-Verde Periquita-boia Periquitamboia

Corallus cropanii (Hoge 1953)Nomes populares Boa-de-Cropani Boa-de-Cropan Jiboia-do-Ribeira Jiboia-Dourada

Corallus hortulanus (Linnaeus 1758)Nomes populares Boitinga Cobra-de-Veado Cobra-Veadeira Jiboia-Branca Salamanta Suaccedilu-boia Suassuboia Veadeira

Coronelaps lepidus (Reinhardt 1861)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-Coroada Cabeccedila-Preta-de-Faixa-Amarela Cobra-Coral Cobra-Coroada Cobra-da-Terra Cobra-Mineira Coral-Falsa Falsa-Coral Serpente-Coroada

Crotalus durissus Linnaeus 1758Nomes populares Boicinim Boicininga Boiccedilununga Boiquira Cascabel Cascaveacute Cascavel Cas-cavel-de-Quatro-Ventas Cascavelha Cobra-de-Chocalho Cobra-de-Guizo Cobra-do-Chocalho Maracaacute Maracaboia Maracamboia Surucucu-Cascavel

Dendrophidion atlantica Freire Caramaschi amp Gonccedilalves 2010Nome popular desconhecido

Dendrophidion dendrophis (Schlegel 1837)Nomes populares Boicipoacute Caccediladora Cobra-Cipoacute

Dipsas albifrons (Sauvage 1884)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande Quiriripitaacute

Dipsas alternans (Fischer 1885)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

175

Dipsas bucephala (Shaw 1802)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-Comum Jararaca Jararaquinha- Dormideira

Dipsas catesbyi (Sentzen 1796)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dormideira Dorminhoca Jararaquinha-Dormi-deira Papa-Lesma

Dipsas incerta (Jan 1863)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Dipsas indica Laurenti 1768Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-ca-Preguiccedilosa Jararaquinha-Pingo-de-Ouro Papa-Lesma Pingo-de-Ouro Quiriripitaacute

Dipsas lavillai Scrocchi Porto amp Rey 1993Nome popular Dormideira

Dipsas mikanii (Schlegel 1837)Nomes populares Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dormideira-de-Jardim Dorminho-ca Jaracuccedilu-Dormideira Jararaca-Preguiccedilosa Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas neuwiedi (Ihering 1911)Nomes populares Dormideira Dormideira-Anelada Dormideira-Cinzenta Dormideira-do-Mato Dormideira-Oriental Falsa-Jararaca Jaracuccedilu Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas pavonina Schlegel 1837Nomes populares Cobra-Cipoacute Dorminhoca Papa-Lesma

Dipsas sazimai Fernandes Marques amp Argocirclo 2010Nomes populares Come-Lesma Dormideira

Dipsas turgida (Cope 1868)Nomes populares Cobra-Lesma Dormideira Dormideira-Ocidental Dormideira-Rajada Dormideira-Tigrada Papa-Lesma

Dipsas variegata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-quinha-Dormideira

Dipsas ventrimaculata (Boulenger 1885)Nomes populares Dormideira Dormideira-Comum Dormideira-Grande Dormideira-Marrom Jararaca-de-Jardim Jararaquinha Papa-Lesma Urutuzinho

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

176

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel 1868)Nomes populares Cobra-Cipoacute-das-Aacutervores Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-de-Listras Corre-Cam-po Corredeira Parelheira-Listrada-do-Campo

Drepanoides anomalus (Jan 1863)Nomes populares Coral Cobra-Coral

Drymarchon corais (Boie 1827)Nomes populares Caninana Caninana-Balatildeo Guigraupiagoara Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto

Drymobius rhombifer (Guumlnther 1860)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber brazili (Gomes 1918)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber dichrous (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Corredeira Papa-Rato Rateira

Echinanthera amoena (Jan 1863)Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalomaculata Di-Bernardo 1994Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo 1996Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera cyanopleura (Cope 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-Grande-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera melanostigma (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Cobra-do-Folhiccedilo Jararaquinha-do-Campo Papa-Ratilde

Echinanthera undulata (Wied 1824)Nomes populares Corredeira-do-Mato-Ondulada Papa-Ratilde

Elapomorphus quinquelineatus (Raddi 1820)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Grande Cobra-Cinco-Linhas

Elapomorphus wuchereri Guumlnther 1861Nome popular Coral-Falsa

Epicrates assisi Machado 1945Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia Salamanta Serpente-de-Veado Ser-pente-Furta-Cor Uaccediluboacutei

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

177

Epicrates cenchria (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Cobra-de-Veado Jiboiacute Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Vermelha Salamanta Serpente-Furta-Cor Serpente-de-Veado Suaccedilu Surucucu-de-Fogo Uaccediluboacutei

Epicrates crassus Cope 1862Nomes populares Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Parda Salamanta Salamanta-do-Cerrado Salaman-ta-do-Sudeste Uaccediluboacutei

Epicrates maurus Gray 1849Nome popular Salamanta

Epictia albifrons (Wagler 1824)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-da-Guiana Minhoca

Epictia borapeliotes (Vanzolini 1996)Nomes populares Cobra-Chumbo Cobra-da-Terra Cobra-de-Chumbinho

Epictia clinorostris Arredondo amp Zaher 2010Nomes populares Cobra-Cega

Epictia munoai (Orejas-Miranda 1961)Nomes populares Cobra-Cega-Amarela Cobra-Cega-Minhoca-Comum Cobra-Cega-Sulina

Epictia striatula (Smith amp Laufe 1945)Nome popular desconhecido

Epictia tenella Klauber 1939 - Nome Popular Cobra-Cega-da-Guiana

Epictia vellardi (Laurent 1984)Nome popular Cobra-Cega

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus 1766)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-da-Falsa Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Anelada

Erythrolamprus almadensis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Espada Cobra-Drsquoaacutegua Corre-Campo-Pequena Jararaca-de-Barriga--Vermelha Jararaquinha-Comum Jararaquinha-do-Campo Parelheira

Erythrolamprus atraventer (Dixon amp Thomas 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus breviceps (Cope 1860)Nome popular Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

178

Erythrolamprus carajasensis (Cunha Nascimento amp Avila-Pires 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus cobellus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Selada Jararaca-Rajada Jararaquinha

Erythrolamprus dorsocorallinus (Esqueda Natera La Marca amp Ilija-Fistar 2007)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus frenatus (Werner 1909)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Falsa-Coral Parelheira

Erythrolamprus jaegeri (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Verde Cobra-Verde Corredeira-de-Barriga-Ver-melha Jararaquinha-do-Campo Jararaquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Verde Parelheira

Erythrolamprus macrosomus (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-da-Pastagem Cobra-Rainha-Meridional Cobra-Verde Jabotiboia Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus maryellenae (Dixon 1985)Nomes populares Cobra-Capim Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Parelheira

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-DrsquoAacutegua-Milhete Cobra-de-Banhado Cobra-do-Capim Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Amazocircnica-de-Barriga-Imaculada Cobra-Lisa-Serrana Jararaca (juve-nil) Jararaca-Drsquoaacutegua Parelheira

Erythrolamprus mossoroensis (Hoge amp Lima-Verde 1973)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Jararacuccedilu-Drsquoaacutegua Jararaquinha

Erythrolamprus oligolepis (Boulenger 1905)Nomes populares Cobra-de-Capim Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied 1824)Nomes populares Boipeva Casco-de-Burro Cobra-Corredeira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Caccedilote-Amarela Cobra-de-Capim Cobra-de-Jardim Cobra-de-Lixo Cobra-do-Capim Cobra-do-Lixo Cobra-Lisa Cobra-Verde Cobra-Verde-Argentina Cobra-Verde-do-Capim Co-ral-Falsa Falsa-Coral Jararaquinha Parelheira Peccedila-Nova Rainha

Erythrolamprus pygmaeus (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus reginae (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

179

Erythrolamprus rochai Ascenso Costa amp Prudente 2019Nome popular desconhecido

Erythrolamprus semiaureus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Pampeana Cobra-Preta-de-Banhado

Erythrolamprus taeniogaster (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Espada Jararaquinha Parelhei-ra Surucucu-de-Fogo

Erythrolamprus trebbaui (Roze 1958)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus typhlus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Lisa Cobra-Verde Corredeira-Verde Jararaquinha--Verde Parelheira

Erythrolamprus viridis (Guumlnther 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Cobra-Verde-da-Caatinga

Eunectes deschauenseei Dunn amp Conant 1936Nomes populares Anaconda Sucuri Sucuri-Malhada Anaconda-de-Manchas-Escuras

Eunectes murinus (Linnaeus 1758)Nomes populares Anaconda Aragboia Arigboia Boiaccedilu Boiccedilu Boiguaccedilu Boiuacutena Suaccediluboia Sucuri Sucuri-Comum Sucurijuacute Sucurijuba Sucuri-Preta Sucuriu Sucuriuacuteba Sucuriuacutena Sucuri-Verde Sucurujuba Viboratildeo

Eunectes notaeus Cope 1862Nomes populares Boiguaccedilu Curudiu Curundiu Quetomeniope Sucuri Sucuri-Amarela Sucurijuacute Sucuri-do-Pantanal Sucuriu

Gomesophis brasiliensis (Gomes 1918)Nomes populares Cobra-Bola Cobra-Buraqueira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-do-Lodo

Habrophallos collaris (Hoogmoed 1977)Nome popular desconhecido

Helicops angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana Trairamboia

Helicops apiaka Kawashita-Ribeiro Aacutevila amp Morais 2013Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

180

Helicops boitata Moraes-Da-Silva Amaro Nunes Struumlssmann Teixeira-Jr Andrade-Jr Sudreacute Recoder Rodrigues amp Curcio 2019Nome popular desconhecido

Helicops carinicaudus (Wied 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Preta Cobra-Drsquoaacutegua-do-Litoral

Helicops gomesi Amaral 1922Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops hagmanni Roux 1910Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops infrataeniatus (Jan 1868)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Meridional

Helicops leopardinus (Schlegel 1837)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Helicops modestus Guumlnther 1861Nomes populares Boipeva Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops nentur Costa Santana Leal Koroiva amp Garcia 2016Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Dama-DrsquoAacutegua

Helicops polylepis Guumlnther 1861Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops tapajonicus Frota 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops trivittatus (Gray 1849)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops yacu Rossman amp Dixon 1975Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrodynastes bicinctus (Herrmann 1804)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua Falsa-Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu

Hydrodynastes gigas (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipevaccedilu Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu-Piau Pepeva Sucuri Sucurirana Surucucu-do-Brejo Surucucu-do-Pantanal Surucucurana Surucutinga-do-Pantanal

Hydrodynastes melanogigas Franco Fernandes amp Bentin 2007Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua-Grande-do-Tocantins Jararacuccedilu-Piau Surucucu-do-Pantanal

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

181

Hydrops caesurus Scrocchi Ferreira Giraudo Aacutevila amp Motte 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrops martii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua

Hydrops triangularis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Imantodes cenchoa (Linnaeus 1758)Nomes populares Cipoacute-Olhuda Cobra-Cipoacute Cobra-Fio Dorme-Dorme Dormideira Dorminho-ca Jararaquinha Papa-Lesma

Imantodes lentiferus (Cope 1894)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira Dorminhoca

Lachesis muta (Linnaeus 1766)Nomes populares Bico-de-Jaca Cobra-Topete Cuiama-Pina Daya Pico-de-Jaca Surucucu Surucucu-Bico-de-Jaca Surucucu-Cospe-Fogo Surucucu-de-Fogo Surucucu-Pico-de-Jaca Surucucu-Rabo-de-Mucura Surucucutinga Surucutinga Verrugosa

Leptodeira annulata (Linnaeus 1758)Nomes populares Cacaual Cobra-Cipoacute Cobra-Olho-de-Gato Dormideira Jararaca Jararaca--de-Parede Jararaca-de-Patioba Jararaca-de-Tabuleiro Jararaca-do-Rabo-Fino Jararaquinha Jiboia-Dormideira Olho-de-Gato Rabo-Fino

Leptomicrurus collaris (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Colar Cobra-Coral-de-Costas-Pretas Coral- Verdadeira

Leptomicrurus narduccii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Costas-Pretas-Andina Cobra-Coral-Pintada

Leptomicrurus scutiventris (Cope 1870)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Pequena

Leptophis ahaetulla (Linnaeus 1758)Nomes populares Azulatildeo-Boia Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Jericoaacute Cobra-Paraiacuteso Cobra-Papa-gaio Cobra-Verde Jericoaacute

Lioheterophis iheringi Amaral 1935Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

182

Liotyphlops beui (Amaral 1924)Nomes populares Cobra-Cabelo Cobra-Cega Cobra-Cega-Preta Cobra-de-Chumbinho Fura--Terra

Liotyphlops caissara Centeno Sawaya amp Germano 2010Nome popular desconhecido

Liotyphlops schubarti Vanzolini 1948Nome popular Cobra-Cega-de-Pirassununga

Liotyphlops sousai Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops taylori Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops ternetzii (Boulenger 1896)Nome popular Cobra-Cega

Liotyphlops trefauti Freire Caramaschi amp Argocirclo 2007Nomes populares Cobra-Cega Minhoca

Liotyphlops wilderi (Garman 1883)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Fio

Lygophis anomalus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Jararaca-do-Campo Jararaca-Listrada Jara-raquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Drsquoaacutegua-Comum

Lygophis dilepis Cope 1862Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Cadarccedilo Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Listra-Verme-lha Corre-Campo

Lygophis flavifrenatus Cope 1862Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Corredeira-Listrada Jararaca-Listrada

Lygophis lineatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jararaca-Listrada Jararaquinha

Lygophis meridionalis (Schenkel 1901)Nomes populares Cobra-Corredeira Corredeira-Listrada

Lygophis paucidens Hoge 1953Nome popular Cobra-Corredeira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

183

Mastigodryas boddaerti (Sentzen 1796)Nomes populares Biru Cobra-Cipoacute Corredeira Jararaca-Listrada Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do--Brejo Rateira Surucucu-Lisa

Mastigodryas moratoi Montingelli amp Zaher 2011Nome popular desconhecido

Mastigodryas pleei (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Micrurus albicinctus Amaral 1926Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Preta-e-Branca Cobra-Coral-de-Cinta-Branca Co-ral-Verdadeira

Micrurus altirostris (Cope 1859)Nomes populares Boipinima Cobra-Coral Cobra-Coral-Comum Cobra-Coral-Pampeana Co-bra-Coral-Uruguaia Coral-Verdadeira

Micrurus annellatus Peters 1871Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Anelada Cobra-Coral-de-Aneacuteis Coral-Verdadeira

Micrurus averyi Schmidt 1939Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus boicora Bernarde Turci Abegg amp Franco 2018Nome popular desconhecido

Micrurus brasiliensis Roze 1967Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Leste

Micrurus corallinus (Merrem 1820)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Preta Coral Coral-de-Cintas-Simples Coral-de-Colar-Branco Coralina Coral-Venenosa Coral-Verda-deira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus decoratus (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral-do-Centro-Leste Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Ca-beccedila-Vermelha Cobra-Coral-de-Cintas-Brancas Coral-Verdadeira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus diana Roze 1983Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira

Micrurus diutius Burguer 1955Nome Popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

184

Micrurus filiformis (Guumlnther 1859)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Comprida Cobra-Coral-Fina Cobra-Coral-Verme-lha Coral-Verdadeira

Micrurus frontalis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipinima Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral-de-Cara-Preta Cobra-Coral-do--Sul Coral Coral-Verdadeira

Micrurus hemprichii (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura Coral-Verdadeira

Micrurus ibiboboca (Merrem 1820)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-de-Coral Coral Coral-Verdadeira Ibiboboca

Micrurus isozonus (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-da-Venezuela

Micrurus langsdorffi Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Amarela Cobra-Coral-Amarela-e-Vermelha Co-bra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus lemniscatus (Linnaeus 1758) ndash Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coraacute Co-bra-Coral Cobra-Coral-de-Bigode Cobra-Coral-da-Guiana Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral--VerdadeiraMicrurus mipartitus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Cauda-Vermelha

Micrurus nattereri Schmidt 1952Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus obscurus (Jan 1872)Nomes populares Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Pescoccedilo-Amarelo Coral Coral--Verdadeira

Micrurus ortoni Schmidt 1953Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura-de-Orton Coral-Verdadeira

Micrurus pacaraimae Carvalho 2002Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Vermelha

Micrurus paraensis Cunha amp Nascimento 1973Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Paraense Cobra-Coral--do-Paraacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

185

Micrurus potyguara Pires Silva Feitosa Prudente Pereira-Filho amp Zaher 2014Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus psyches (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-do-Paraacute Coral-Verdadeira

Micrurus putumayensis Lancini 1962Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Amarela

Micrurus pyrrhocryptus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Mato-Grosso-do-Sul

Micrurus remotus Roze 1987Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Remota Cobra-Coral-Ornata

Micrurus silviae Di-Bernardo Borges-Martins amp Silva 2007 ndash Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Rio-Grande-do-Sul

Micrurus spixii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Chumbeguaccedila Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral--de-Pescoccedilo-Amarelo Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus surinamensis (Cuvier 1817)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-Aquaacutetica Cobra-Coral-Drsquoaacutegua Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tikuna Feitosa Silva Jr Pires Zaher amp Prudente 2015Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tricolor Hoge 1956Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Trecircs-Cores

Mussurana bicolor (Peracca 1904)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Muccedilurana Muccedilurana-Bicolor

Mussurana montana (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Muccedilurana-das-Montanhas

Mussurana quimi (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Ninia hudsoni Parker 1940Nomes populares Cobra-Preta-de-Cabeccedila-Branca Cobra-do-Cafeacute

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cipoacute Cipoacute-Bicuda Cobra-Bicuda Cobra-Cipoacute Cobra-Ci-poacute-Bicuda Cobra-Flecha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

186

Oxybelis fulgidus (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cobra-Bicuda Cobra-Papagaio Cobra-Cipoacute Cobra-Flecha Cobra-Papagaio Cobra-Verde Paranaboia

Oxyrhopus clathratus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Bandeada Falsa-Coral-do-Mato Falsa-Coral-Laranja Falsa-Coral-Serrana

Oxyrhopus formosus (Wied 1820)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus guibei Hoge amp Romano 1978Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus melanogenys (Tschudi 1845)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus petolarius (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Preta Limpa-Campo

Oxyrhopus rhombifer Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Comum

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Boi-Coraacute Boicoraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral-de-Barriga-Branca Falsa-Coral-Tricolor

Oxyrhopus vanidicus Lynch 2009Nome popular desconhecido

Palusophis bifossatus (Raddi 1820)Nomes populares Biru Cobra-Bagual Cobra-Nova Jaracuccedilu Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu--Natildeo-Venenoso Jaracuccedilu-Rabo-de-Fuso Jararaca-do-Banhado Jararaca-do-Brejo Jararacatildeo--do-Papo-Amarelo Jararaca-Preta Jararaca-Rabo-de-Veludo Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do-Ba-nhado Jararacuccedilu-do-Brejo Jararacuccedilu-Malhada-de-Pau Malha-de-Traiacutera Rabo-de-Veludo Terra-Nova

Paraphimophis rusticus (Cope 1878)Nomes populares Bicuda Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Pampa Muccedilurana-Marrom Muccedilurana-Pampeana Muccedilurana-Parda

Phalotris concolor Ferrarezzi 1994Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

187

Phalotris labiomaculatus Lema 2002Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lativittatus Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lemniscatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-da-Areia Cabeccedila-Preta-da-Praia Cabeccedila-Preta--Meridional Cabeccedila-Preta-Pampeana

Phalotris matogrossensis Lema DrsquoAgostini amp Cappellari 2005Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-Tricolor

Phalotris mertensi (Hoge 1955)Nomes populares Cobra-Coraacute Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris multipunctatus Puorto amp Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-da-Barriga-Pintada

Phalotris nasutus (Gomes 1915)Nomes populares Fura-Terra Fura-Terra-Nariguda

Phalotris reticulatus (Peters 1860)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Serrana Coralina

Phalotris tricolor (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Philodryas aestiva (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiobi Boiubi Boiubu Cobra-Cipoacute-Carenada Cobra-de-Cipoacute-Verde Cobra--Verde Cobra-Verde-Drsquoaacutervore

Philodryas agassizii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Marrom Cobrinha-Marrom Falsa-Parelheira Papa-Aranha Parelhei-ra-dos-Formigueiros Parelheira-Mirim

Philodryas argentea (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Cobra-Cipoacute Tucanaboia

Philodryas arnaldoi (Amaral 1933)Nomes populares Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira-Clara Parelheira-do-Mato

Philodryas georgeboulengeri Grazziotin Zaher Murphy Scrocchi Benavides Zhang amp Bonatto 2012Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

188

Philodryas laticeps Werner 1900Nome popular Cobra-Verde

Philodryas livida (Amaral 1923)Nomes populares Corre-Campo Parelheira-do-Campo

Philodryas mattogrossensis Koslowsky 1898Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-do-Papo-Amarelo

Philodryas nattereri Steindachner 1870Nomes populares Cobra-Cipoacute Corre-Campo Surradeira Tabuleira

Philodryas olfersii (Liechtenstein 1823)Nomes populares Boiubu Bojobi Caninana Cipoacute-Verde Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Comum Co-bra-Cipoacute-Listrada Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Corredeira Cobra-Facatildeo Cobra-Papagaio Cobra--Verde Cobra-Verde-Lisa Corre-Campo Papagaia Papa-Pinto

Philodryas patagoniensis (Girard 1858)Nomes populares Boitiaporana Boitiporana Cobra-Cipoacute Cobra-dos-Bosques Cobra-Espada Cobra-Parelheira Corre-Campo Corredeira Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira Parelheira-Co-mum Tiaporana

Philodryas psammophidea Guumlnther 1872Nomes populares Corre-Campo

Philodryas viridissima (Linnaeus 1758)Nomes populares Boiobi Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Papagaio Cobra-Ver-de Papagaia Tucanaboia

Phimophis guerini (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Bicuda Bicuda-de-Chatildeo Cobra-Cinza Cobra-de-Nariz Cobra-Nariguda Na-riguda

Phimophis guianensis (Troschel 1848)Nome popular Bicuda

Phrynonax polylepis (Peters 1867)Nomes populares Caninana Cobra-Cipoacute Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Verme-lho Papa-Rato Rateira Surucucu-Facatildeo

Pseudoboa coronata Schneider 1801Nomes populares Cobra-Coral Coral-Macho Falsa-Coral

Pseudoboa haasi (Boettger 1905)Nomes populares Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

189

Pseudoboa martinsi Zaher Oliveira amp Franco 2008Nome popular desconhecido

Pseudoboa neuwiedii (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Ratonel Ratonera

Pseudoboa nigra (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Limpa--Mato Limpa-Pasto Mamadeira Moccedilurana Muccedilurana Mussurana Mussurana-Limpa-Campo

Pseudoboa serrana Morato Moura-Leite Prudente amp Beacuternils 1995Nome popular Coral-Falsa

Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Sucuri

Psomophis genimaculatus (Boettger 1885)Nomes populares Cobra-Cabelo Jararaca-Lanccedilada

Psomophis joberti (Sauvage 1884)Nome popular Cobra-Corredeira

Psomophis obtusus (Cope 1758)Nome popular Corredeira-do-Banhado

Ptychophis flavovirgatus Gomes 1915Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Serrana Cobra-Espada-de-Aacutegua

Rhachidelus brazili Boulenger 1908Nomes populares Cobra-Preta Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli 1785)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Rodriguesophis chui (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-das-Dunas

Rodriguesophis iglesiasi (Gomes 1915)Nomes populares Cobra-Corredeira Falsa-Coral

Rodriguesophis scriptorcibatus (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-do-Satildeo-Francisco

Siagonodon acutirostris Pinto amp Curcio 2011Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

190

Siagonodon cupinensis (Bailey amp Carvalho 1946)Nome popular Cobra-Cega

Siagonodon septemstriatus (Schneider 1801)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra

Sibon nebulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caracoleira Cobra-Cipoacute Cobra-Nebulosa Come-Lesma Dormideira Dormi-nhoca Papa-Lesma

Simophis rhinostoma (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Falsa-Coral-Bicuda

Siphlophis cervinus (Laurenti 1768)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca

Siphlophis compressus (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Coral-Falsa

Siphlophis leucocephalus (Guumlnther 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira

Siphlophis longicaudatus (Andersson 1901)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Dormideira Dormideira-Cipoacute Dormideira--Cipoacute-Cinzenta

Siphlophis pulcher (Raddi 1820)Nomes populares Cobra-Cipoacute-Listrada Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira-Cipoacute-de-Lis-tra-Vermelha

Siphlophis worontzowi (Prado 1940)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Sordellina punctata (Peters 1880)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Preta Cobrinha-Preta-do-Litoral

Spilotes pullatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Cainana Cainana-Flor-de-Algodatildeo Cainana-Teiuacute Caninana Cobra--Tigre Cobra-Voadora Jacaninatilde Malha-de-Teiuacute Papa-Ovo Papa-Pinto Yacaninatilde

Spilotes sulphureus (Wagler 1824)Nomes populares Caccediladora Caninana Caninana-Amarela Caninana-Dourada Caninana-Ver-melha Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Amarelo Papa-Pinto-de-Papo--Vermelho Papa-Pinto-Vermelha Papa-Rato Rateira Surucucu-de-Fogo Surucucu-Dourado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

191

Taeniophallus affinis (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Cabeccedila-Preta Cobra-de-Cabeccedila-Preta Cobra-da-Terra Cobra-do-Ven-tre-Dourado Cobrinha-Cipoacute Corre-Campo Corredeira-do-Mato-Comum Papa-Ratilde

Taeniophallus bilineatus (Fischer 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-de-Mato-Pequena Corredeira-do-Mato-de-Duas--Listras Papa-Ratilde

Taeniophallus brevirostris (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-de-Capim Corre-Campo Jararaquinha

Taeniophallus nicagus (Cope 1863)Nome popular desconhecido

Taeniophallus occipitalis (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-Capim Cobra-do-Capim Cobra-do-Folhiccedilo Cobra--Rainha Corre-Campo Corredeira-do-Campo Corredeira-Pintada Corredeirinha Jararaquinha

Taeniophallus persimilis (Cope 1869)Nome popular desconhecido

Taeniophallus poecilopogon (Cope 1863)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Vermelha Corredeira-do-Mato-de-Barriga-Vermelha

Taeniophallus quadriocellatus Santos-Jr Di-Bernardo amp Lema 2008Nome popular desconhecido

Tantilla boipiranga Sawaya amp Sazima 2003Nome popular desconhecido

Tantilla melanocephala (Linnaeus 1758)Nomes populares Cinco-Minutos Cobra-da-Terra Cobra-do-Folhiccedilo Cobra-Rainha Coral-Fal-sa Falsa-Cabeccedila-Preta Falsa-Coral Onze-Horas Tantila

Thamnodynastes almae Franco amp Ferreira 2003Nome popular Jararaca Jararaca-Falsa Jararaquinha

Thamnodynastes cfnattereri (Mikan 1828)Nomes populares Corre-Campo Corredeira Jararaca-Falsa Jararaquinha Tabuleiro

Thamnodynastes chaquensis Bergna amp Alvarez 1993Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes hypoconia (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Corre-Campo-Carenada Corredeira-Carenada Corredeira-Comum Corredeira-do-Campo Jararaca-Falsa Jararaquinha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

192

Thamnodynastes lanei Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes longicaudus Franco Ferreira Marques amp Sazima 2003Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes pallidus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Corre-Campo Cobra-do-Mato Corre-Campo Corredeira Jararaca--Falsa Jararaquinha Ubicoraacute

Thamnodynastes phoenix Franco Trevine Montingelli amp Zaher 2017Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes ramonriveroi Manzanilla amp Saacutenchez 2005 - Nome Popular desconhecido

Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Amarela Jararaca-Falsa

Thamnodynastes sertanejo Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cipoacute-do-Papo-Amarelo Jararaquinha

Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo Corre-Campo-Lisa Corredeira Corredeira-Co-mum Corredeira-Grande Corredeira-Lisa Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Tomodon dorsatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boipemi Cobra-Cinzento-Castanha Cobra-Espada Cobra-Espada-Comum Cobra-Espada-Grande Cobra-Espada-Verdadeira Corre-Campo Jararaca-da-Chuva Jararaca--Falsa

Tomodon ocellatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Espada-Pampeana Cobra-Espada-Pintada Falsa-Cruzeira Jararaqui-nha-Pintada

Trilepida brasiliensis (Laurent 1949)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida dimidiata (Jan 1861)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida fuliginosa (Passos Caramaschi amp Pinto 2006)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida jani (Pinto amp Fernandes 2012)Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

193

Trilepida koppesi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida macrolepis (Peters 1857)Nomes populares Cobra-Cega Minhocatildeo

Trilepida salgueiroi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra

Tropidodryas serra (Schlegel 1837)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Cobra-Cipoacute Jararaquinha (juvenil) Jiboinha-Rosada

Tropidodryas striaticeps (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Caccediladora Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Malhada Jararaca--Caccediladora Jararaca-das-Aacutervores Jararaquinha Jiboinha Jiboinha-Comum Jiboinha-da-Barri-ga-Preta

Tropidophis grapiuna Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular Jiboinha-Grapiuacutena

Tropidophis paucisquamis (Muumlller in Schenkel 1901)Nome popular Jiboia-Anatilde Jiboinha

Tropidophis preciosus Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular desconhecido

Typhlophis squamosus (Schlegel 1839)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra Minhoca

Xenodon dorbignyi (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Nariguda Jararaca-das-Dunas Jararaca-da-Praia Jararaca-de-Barri-ga-Vermelha Jararaquinha-da-Praia Nariguda-Comum Nariguda-Grande Nariguda-Preta

Xenodon guentheri Boulenger 1894Nomes populares Boipeva Chata Cobra-Chata Jararaca-Falsa

Xenodon histricus (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Falsa-Coral Nariguda-Rajada

Xenodon matogrossensis (Scrocchi amp Cruz 1993)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-do-Papo-Amarelo Coral

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

194

Xenodon merremii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Achatadeira Boca-de-Caccedilapa Boca-de-Capanga Boipeba Boipeva Boipe-va-Comum Boipeva-do-Campo Boipeva-Grande Cabeccedila-de-Patrona Capitatildeo-do-Campo Ca-pitatildeo-do-Mato Cobra-Chata Corre-Campo Cotiara Cururuboia Esparradeira Falsa-Jararaca Focinho-de-Cachorro Goipeba Goipeva Jararaca-Malha-de-Cascavel Jaracambeva Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Capitatildeo Jaracuccedilu-de-Tapiti Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Dourado Jaracuccedilu-Natildeo--Venenoso Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararaca-Amarela Jararacambeva Jararacuccedilu-Bolacha Jararacuccedilu-Tapiti Jericaacute Jeriquaacute Jurucoaacute Malha-de-Sapo Mata-Boi Pepeua Pepeva Suru-cucu-Cascuda Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Falsa Urutu-Preto Urutu-Taacutebua Urutu-Tapete

Xenodon nattereri (Steindachner 1867)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cobra-Nariguda Cobra-Nariguda-do-Campo Falsa-Ja-raraca Nariguda

Xenodon neuwiedii Guumlnther 1863Nomes populares Boipeba Boipeva Boipeva-da-Mata Boipeva-Rajada Boipevinha Caiccedilaca Caissaca Capitatildeo-do-Campo Cobra-Correia Corre-Campo Falsa-Cotiara Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Natildeo-Venenoso Jararaca Jararaca-Falsa Quiriripitaacute Urutu Urutu-Amarelo Urutu--Preto

Xenodon pulcher (Jan 1863)Nomes populares Achatadeira Boipeva

Xenodon rabdocephalus (Wied 1824)Nomes populares Achatadeira Boipeva Jaracuccedilu Jararaca Papa-Sapo Pepeacuteua Surucucu-Jiboia

Xenodon severus (Linnaeus 1758)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cururuboia Falsa-Jararaca Jaccedilanarana Jararaca Pepeacuteua

Xenodon werneri (Eiselt 1963)Nome popular desconhecido

Xenopholis scalaris (Wucherer 1861)Nomes populares Falsa-Coral Jararaquinha-do-Igapoacute

Xenopholis undulatus (Jensen 1900)Nomes populares Cobrinha-do-Folhedo Falsa-Coral

Xenopholis werdingorum Jansen Aacutelvarez amp Koumlhler 2009Nomes populares Cobra-Barriga-de-Fogo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

195

Anexo 2

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Affonso IP Oda FH Gambale PG Batista VG Gomes LC Bastos RP 2015 Publicaccedilotildees cientiacuteficas em Her-petologia na regiatildeo Sul do Brasil Bole-tim do Museu de Biologia Mello Leitatildeo 37409ndash425

Almeida AP Thomeacute JCA Baptis-totte C Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) no Brasil Biodiversidade Brasileira 137ndash44

Aacutelvarez BB Cei JM Scolaro JA 1994 A new subspecies of Tropidurus spinulosus (Cope 1862) from the sub-tropical wet mesic Paraguayan region (Reptilia Squamata Tropiduridae) Tropical Zoology 7161ndash179

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto WMS hellip Pezzuti JCB 2012 A review on human attitudes towards reptiles in Brazil Environmental Mo-nitoring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Alves RRN Leacuteo-Neto NA Santa-na GG Vieira WLS Almeida WO 2009 Reptiles used for medicinal and magic religious purposes in Bra-zil Applied Herpetology 6257ndash274 doi101163157075409X432913

Alves RRN Vieira WLS Santana GG 2008 Reptiles used in traditional folk medicine conservation implica-tions Biodiversity and Conservation 172037ndash2049 doi101007s10531-007-9305-0

Amaral A 1932 Estudos sobre lacerti-lios neotropicos I Novos gecircneros e es-peacutecies de Lagartos do Brasil Memoacuterias do Instituto Butantan 753ndash74

Amaral A 1937 Estudo sobre lacerti-lios neotropicos 4 Lista remissiva dos lacertilios do Brasil Memoacuterias do Ins-tituto Butantan 11167ndash212

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Bra-sil Iconografia colorida Melho-ramentosEDUSP Satildeo Paulo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

196

Andrade MJM de Carvalho GAB Kolodiuk MF Silva NJ Jr Frei-re EMX 2016 Phyllopezus periosus (Paraiba Gecko) Tree Sap Foraging Herpetological Review 47672ndash673

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Arteaga A Salazar-Valenzuela D Me-bert K Pentildeafiel N Aguiar G Saacutenche-z-Nivicela JC Torres-Carvajal O 2018 Systematics of South American snail-eating snakes (Serpentes Dipsa-dini) with the description of five new species from Ecuador and Peru ZooKe-ys 76679ndash147 doi103897zooke-ys76624523

Ascenso AC Costa JCL Pruden-te ALC 2019 Taxonomic revision of the Erythrolamprus reginae species group with description of a new spe-cies from Guiana Shield (Serpentes Xenodontinae) Zootaxa 458665ndash97 doi1011646zootaxa458613

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Herpetofauna da Zona da Mata de Minas Gerais UFV Viccedilosa

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Serpentes de Viccedilosa e Regiatildeo FAPEMIG Viccedilosa

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Brazi-lian Amazonia (Reptilia Squamata) Zo-ologische Verhandelingen 2991ndash706

Avila-Pires TCS Alves-Silva KR Barbosa L Correa FS Cosenza JF Costa-Rodrigues APV Sturaro MJ 2018 Changes in amphibian and reptile diversity over time in Parque Estadual do Utinga Paraacute State Brazil a protected area surrounded by urbani-zation Herpetology Notes 11499ndash512

Balestra RAM 2016 Manejo conser-vacionista e monitoramento populacio-nal de quelocircnios amazocircnicos Ibama--Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis Brasiacutelia

Baptista GCS Costa-Neto EM Val-verde MCC 2008 Diaacutelogo entre con-cepccedilotildees preacutevias dos estudantes e co-nhecimento cientiacutefico escolar relaccedilotildees sobre os Amphisbaenias Revista Ibe-roamericana de Educacioacuten 471ndash16

Barbo FE Gasparini JL Almeida AP Zaher H Grazziotin FG Gusmatildeo RB Sawaya RJ 2016 Another new and threatened species of lancehe-ad genus Bothrops (Serpentes Viperi-dae) from Ilha dos Franceses Southe-astern Brazil Zootaxa 4097511ndash529 doi1011646zootaxa409744

Barbosa RA Nishida AK Costa ES Cazeacute ALR 2007 Abordagem et-noherpetoloacutegica de Satildeo Joseacute da Mata ndash Paraiacuteba ndash Brasil Revista de Biolo-gia e Ciecircncias da Terra 7117ndash123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

197

Bartlett RD Bartlett P 2003 Repti-les and amphibians of the Amazon An ecotouristrsquos guide University Press of Florida Gainesville

Beniacutecio RA Fonseca MG 2014 Guia ilustrado de anfiacutebios e reacutepteis de Picos Piauiacute EDUFPI Teresina

Berlin B 2014 Ethnobiological classi-fication Principles of categorization of plants and animals in traditional so-cieties (Vol 185) Princeton University Press New Jersey

Bernarde PS 2011 Mudanccedilas na clas-sificaccedilatildeo de serpentes peccedilonhentas brasileiras e suas implicaccedilotildees na litera-tura meacutedica Gazeta Meacutedica da Bahia 155ndash63

Bernarde PS 2014 Serpentes peccedilo-nhentas e acidentes ofiacutedicos no Brasil Anolisbooks Satildeo Paulo

Bernarde PS 2019 Corais (Falsas Verdadeiras) do Brasil Herpetofauna Acessiacutevel em httpwwwherpeto-faunacombrCoraishtm Acesso 26 de fevereiro de 2019

Bernarde PS Turci LCB Abegg AD Franco FL 2018 A remarkable new species of coralsnake of the Mi-crurus hemprichii species group from the Brazilian Amazon Salamandra 54249ndash258

Bernarde PS Albuquerque S Bar-ros TO Turci LCB 2012 Serpentes do estado de Rondocircnia Brasil Biota Neotropica 12154ndash182 doi101590S1676-06032012000300018

Begossi A Avila-Pires FD 2005 WSSD 2002 Latin America and Bra-zil Biodiversity and Indigenous Peo-ple Pp 223ndash239 in Hens L Nath B (Eds) The World Summit on Sustai-nable Development Springer Dordre-cht doi1010071-4020-3653-1_10

Borges RC 2001 Serpentes peccedilonhen-tas brasileiras manual de identifica-ccedilatildeo prevenccedilatildeo e procedimentos em ca-sos de acidentes Editoria Atheneu Satildeo Paulo

Borges-Leite MJ Borges-Nojosa DM Lima DC 2012 Guia de Anfiacutebios e Reacutepteis em Satildeo Gonccedilalo do Amaran-te Dedo de Moccedilas Editora e Comunica-ccedilatildeo Ltda Fortaleza

Borges-Martins M Alves MLM Araujo ML Oliveira RB Aneacutes AC 2007 Reacutepteis Pp 292ndash315 in Becker FG Ramos RA Moura LA (Eds) Biodiversidade Regiotildees da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes Planiacutecie Costeira do Rio Grande do Sul Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Cascon P 2006 Herpetofauna da Aacuterea Reserva da Ser-ra das Almas Cearaacute Pp 245ndash260 in Arauacutejo FS Rodal MJN Barbosa

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

198

MRV (Orgs) Anaacutelise das Variaccedilotildees da Biodiversidade do Bioma Caatinga Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Caramaschi U 2003 Composiccedilatildeo e anaacutelise compa-rativa da diversidade e das afinidades biogeograacuteficas dos lagartos e anfisbe-niacutedeos (Squamata) dos brejos nordes-tinos Pp 489ndash540 in Leal I Silva J M C Tabarelli M (Orgs) Ecologia e conservaccedilatildeo da Caatinga Universidade Federal de Pernambuco Recife

Borges-Nojosa DM 2007 Diversidade de Anfiacutebios e Reacutepteis da Serra de Ba-turiteacute Cearaacute Pp 225ndash247 in Oliveira TS Arauacutejo FS (Orgs) Diversidade e Conservaccedilatildeo da Biota na Serra de Batu-riteacute Cearaacute Ediccedilotildees UFC Fortaleza

Borges-Nojosa DM Prado FMV Borges-Leite MJ Filho NMG Baca-lini P 2010 Avaliaccedilatildeo do impacto do manejo florestal sustentaacutevel na herpe-tofauna de duas aacutereas de Caatinga nos municiacutepios de Caucaia e Pacajus no es-tado do Cearaacute Pp 315ndash330 in Gariglio MA Sampaio EVS Cestaro LA Ka-geyama PY (Orgs) Uso sustentaacutevel e Conservaccedilatildeo dos recursos florestais da Caatinga Serviccedilo Florestal Brasileiro Brasiacutelia

Bour R Zaher H 2005 A new species of Mesoclemmys from the open for-mations of northeastern Brazil (Che-lonii Chelidae) Papeacuteis Avulsos de Zoologia 45295ndash311 doi101590

S0031-10492005002400001

Brandatildeo S Santana FT Mariani DB Brum A Koproski L 2017 Reabilita-tion of a hawksbill turtle (Eretmochelys imbricata Linnaeus 1766) Anais do XX Congresso e o XXVI Encontro da Associaccedilatildeo Brasileira de Veterinaacuterios de Animais Selvagens 101ndash103

Brazil V 1911 A Defesa contra o Ophi-dismo Pocai Weiss Satildeo Paulo

Breitman MF Domingos FMCB Bagley JC Wiederhecker HC Fer-rari TB Cavalcante VHGL Colli GR 2018 A new species of Enyalius (Squamata Leiosauridae) endemic to the Brazilian Cerrado Herpetolo-gica 74355ndash369 doi1016550018-0831355

Caixeta BT Monteiro EM Rocha PVP Santos ALQ 2015 Concentra-ccedilotildees bioquiacutemicas seacutericas de Jacareacute-accediluacute (Melanosuchus niger) machos adul-tos de vida livre Pesquisa Veterinaacute-ria Brasileira 3551ndash55 doi101590S0100-736X2015001300009

Campbell JA Lamar WW 2004 The Venomous Reptiles of the Western He-misphere Volume II Cornell Universi-ty Press Ithaca

Campos CEC Lima JD Lima JRF 2015 Riqueza e composiccedilatildeo de reacutepteis Squamata (lagartos e anfisbenas) da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental da Fazen-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

199

dinha Amapaacute Brasil Biota Amazocircnia 584ndash90 doi10185612179-5746biotaamazoniav5n2p84-90

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade L M Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-coroa Pale-osuchus trigonatus (Schneider 1801) no Brasil Biodiversidade Brasileira 348ndash53

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade LM Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-paguaacute Pa-leosuchus palpebrosus (Cuvier 1807) no Brasil Biodiversidade Brasileira 340ndash47

Campos Z Zucco CA Batista G 2007 Registro de ocorrecircncia de Jacareacute-Paguaacute (Paleosuchus palpebrosus) na RPPN Engenheiro Eliezer Batista Pantanal Brasil Comunicado Teacutecnico 601ndash4

Cardim F 1925 Tratados da Terra e Gente do Brasil introduccedilatildeo e notas de Baptista Caetano Capistrano de Abreu e Rodolpho Garcia J Leite amp Cia Rio de Janeiro

Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Malaque CMS Haddad V Jr 2009 Animais peccedilonhentos no Brasil biologia cliacutenica e terapecircutica dos aci-dentes Sarvier Satildeo Paulo

Carvalho AL 1951 Os jacareacutes do Brasil Arquivos do Museu Nacional 43127ndash152

Cassimiro J Rodrigues MT 2009 A new species of lizard genus Gymnodac-tylus Spix 1825 (Squamata Gekkota Phyllodactylidae) from Serra do Sinco-raacute northeastern Brazil and the status of G carvalhoi Vanzolini 2005 Zoota-xa 200838ndash52

Castilhos JC Coelho CA Argolo JF Santos EAP Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Lepidochelys olivacea (Eschs-choltz 1829) no Brasil Biodiversidade Brasileira 128ndash36

Castro TM Silva-Soares T 2016 Reacutep-teis da restinga do Parque Estadual Paulo Ceacutesar Vinha Guarapari Espiacuterito Santo Sudeste do Brasil Centro Uni-versitaacuterio Satildeo Camilo Cachoeiro do Itapemirim

Coelho HRP 2005 Guia de Campo de Bonito MS conhecendo a fauna e a flo-ra da Serra da Bodoquena Impressatildeo dos Autores

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016a Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933) no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo da fauna brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

200

ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabrasilei-racarga-estado-de-conservacao8180-repteis-dactyloa-pseudotigrina Acesso 08 de abril de 2019

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016b Avaliaccedilatildeo do Risco de Extin-ccedilatildeo de Amphisbaena alba Linnaeus 1758 no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da fauna bra-sileira ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabra-sileiracarga-estado-de-conservacao8777-repteis-amphisbaena-alba Aces-so 26 de fevereiro de 2019

Costa HC RS Beacuternils 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC RS Beacuternils 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Crump ML 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg The Lore and Mythology of Amphi-bians and Reptiles University of Chi-cago Press London

Cunha ORD Nascimento FPD 1993 Ofiacutedios da Amazocircnia As cobras da regiatildeo leste do Paraacute Boletim do Mu-

seu Paraense Emiacutelio Goeldi seacuterie Zoo-logia 191ndash191

Curcio FC Nunes PMS Argocirclo AJS Skuk G Rodrigues MT 2012 Ta-xonomy of the American Dwarf Boas of the genus Tropidophis Bibron 1840 with the description of two new spe-cies from the Atlantic Forest (Serpen-tes Tropidophidae) Herpetological Monographs 2680ndash121 doi101655HERPMONOGRAPHS-D-10-000081

Fraga R Lima AP Prudente ALC Magnusson WE 2013 Guia de Cobras da Regiatildeo de Manaus ndash Amazocircnia Cen-tral Editora INPA Manaus

Diaacuterio OficialSC 2011 Lista de Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo no Estado de Santa Catarina por Niacuteveis de Ameaccedila (categoria) Anexo II Nordm 19237 de 20122011 2ndash8

Di-Bernardo M Borges-Martins M Oliveira RB 2002 Reacutepteis Pp 165ndash188 in Marques AAB Fontana CS Veacutelez E Bencke WGA Schneider M Reis RE (Eds) Livro Vermelho da fau-na ameaccedilada de extinccedilatildeo no Rio Gran-de do Sul FZBMCTPUCRSPANGEA Porto Alegre

Domingues Acirc 2008 O Brasil nos re-latos de viajantes ingleses do seacuteculo XVIII produccedilatildeo de discursos sobre o Novo Mundo Revista Brasileira de Histoacuteria 55133ndash152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

201

Dutra-Arauacutejo D Marioni B Fraga R Silveira R 2017 Snakes as prey of Cuvierrsquos Dwarf Caiman (Paleosuchus palpebrosus Alligatoridae) with a new observation from central Amazonia Brazil Herpetology Notes 10169ndash170

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga Enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Etheridge R 1968 A review of the igua-nid lizard genera Uracentron and Stro-bilurus Bulletin of the British Museum (Natural History) Zoology 1747ndash64

Feio RN Assis CL Lessa G Ribon R 2019 Fauna da Serra do Brigadeiro Minas Gerais UFV Viccedilosa

Fernandes DS Hamdan B 2014 A new species of Chironius Fitzinger 1826 from the state of Bahia Northe-astern Brazil (Serpentes Colubridae) Zootaxa 3881563ndash575 doi1011646zootaxa388165

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-gesndashNojosa DM Alves RRN 2012 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Franccedila DPF Barbo FE Silva NJ Jr Silva HLR Zaher H 2018 A new species of Apostolepis (Serpen-tes Dipsadidae Elapomorphini) from the Cerrado of Central Brazil Zootaxa 4521438ndash552 doi1011646zoota-xa452143

Franccedila DPF Fermiano EC Macha-do-Filho PR Zaher H 2020 Taxono-mic contributions and first record of the poorly known species Apostolepis tenuis Ruthven 1927 in Brazil (Serpen-tes Dipsadidae) Herpetologia Brasi-leira 844ndash49

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que C MS Haddad Jr V (Orgs) Ani-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

202

mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Freitas MA 2003 Serpentes brasilei-ras Malha-de-Sapo Publicaccedilotildees e Con-sultoria AmbientalProquigelCIABahia Lauro de Freitas

Freitas MA Silva TFS 2007 Guia ilustrado a herpetofauna das caatingas e aacutereas de altitudes do Nordeste brasi-leiro USEB Pelotas

Gasparini JL 2012 Anfiacutebios e Reacutepteis de Vitoacuteria e Grande Vitoacuteria Espiacuterito Santo GSA Vitoacuteria

Gliesch R 1925 As cobras do estado do Rio Grande do Sul Almanak Agricola Brasileiro 192597ndash118

Gonccedilalves U Torquato S Skuk G Sena GA 2012 A new species of Co-leodactylus Parker 1926 (Squamata Sphaerodactylidae) from the Atlan-tic Forest of northeast Brazil Zootaxa 320420ndash30

Grantsau R 1991 As cobras venenosas do Brasil Bandeirante Satildeo Paulo

Grantsau R 2013 As serpentes peccedilo-nhentas do Brasil Vento Verde Satildeo Paulo

Guedes TB Nogueira CC Marques OAV 2014 Diversity natural history and geographic distribution of snakes

in the Caatinga Northeastern Brazil Zootaxa 38631ndash93 doi1011646zoo-taxa386311

Guerra JAO Paes MG Coelho LIAR Barros MLB Feacute NF Barbo-sa MGV Guerra MVF 2007 Estudo de dois anos com animais reservatoacuterios em aacuterea de ocorrecircncia de leishmanio-se tegumentar americana humana em bairro de urbanizaccedilatildeo antiga na cidade de Manaus-AM Brasil Acta Amazo-nica 37133ndash138 doi101590S0044-59672007000100017

Haddad V Jr Puorto G Cardoso JLC Duarte MR 2012 Sucuris bio-logia conservaccedilatildeo realidade e mitos de uma das maiores serpentes do mundo Technical Books Rio de Janeiro

Hoogmoed MS Fernandes R Ku-charzewski C Moura-Leite JC Beacuter-nils RS Entiauspe-Neto OM San-tos FPR 2019 Synonymization of Uromacer ricardinii Peracca 1897 with Dendrophis aurata Schlegel 1837 (Reptilia Squamata Colubridae Dipsadinae) a rare South American Snake with a disjunct Distribution South American Journal of Herpeto-logy 1488ndash102 doi102994SAJH--D-17-000141

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018a Livro Vermelho da Fauna Brasi-leira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol I Ins-tituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

203

da BiodiversidadeMinisteacuterio do Meio Ambiente Brasilia

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018b Livro Vermelho da Fauna Bra-sileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol IV - Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da BiodiversidadeMinis-teacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IDELFLOR-BIO 2019 Lista de Reacutepteis e Anfiacutebios do Parque do Utinga Beleacutem Paraacute Acessiacutevel em httpideflorbiopagovbrutingabiodiversidaderep-teis-e-afibios Acesso 08 de abril de 2019

Kawashita-Ribeiro RA Arruda LAG Carvalho MA Silva AF Silva JP Aacutevila RW Mott T 2011 Leposoma osvaldoi Avila-Pires 1995 (Squamata Gymnophthalmidae) New records and distribution map in the state of Mato Grosso Brazil Check List 7852ndash853

Lagos AR Fontes AF Marques CAR da Silva CSP Cardoso CAC Belote DF Borde LQ 2017 Guia dos Anfiacutebios e Reacutepteis da aacuterea de influ-ecircncia da Usina Hidreleacutetrica de Batalha Furnas Centrais Eleacutetricas Rio de Ja-neiro

de Lema T 1994 Lista comentada dos reacutepteis ocorrentes no Rio Grande do Sul Brasil Comunicaccedilotildees do Museu de Ciecircncias e Tecnologia da PUCRS seacuterie Zoologia 741ndash150

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

de Lema T Renner MF Di-Bernar-do M Abegg AD Malta-Borges L Mario-da-Rosa C 2018 Herpetofauna do Planalto Oriental do Rio Grande do Sul USEB Pelotas

Lopes PFM Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Ta-xonomia e etnotaxononia ecologia e et-noecologia Pp 69ndash94 in Alves RRN Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPEEA Recife

Loacutepez A Prado W 2012 Anfibios y Reptiles de MisionesndashGuiacutea de Campo Mariacutea Luiza Petraglia de Bolzoacuten Edito-ra Buenos Aires

Loveridge A 1941 Bogertia lutzae- A new genus and species of gecko from Bahia Brazil Proceedings of the Bio-logical Society of Washington 54195ndash196

Malta-Borges L Abegg AD Mario--da-Rosa C 2017 Herpetofauna da Universidade Federal de Santa Maria ndash Campus Sede USEB Pelotas

Manzani PR Abe AS 1990 A new species of Tapinurus from the Caatinga of Piauiacute Northeastern Brazil (Squama-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

204

ta Tropiduridae) Herpetologica 46462ndash467

Marra-Santos FJ Reis RE 2018 Two new blind snake species of the genus Liotyphlops (Serpentes Anomalepi-didae) from Central and South Brazil Copeia 106507ndash514 doi101643CH-18-081

Marccedilal AS Gomes IBSR Coragem JT 2011 UHE Santo Antocircnio Guia das espeacutecies de fauna resgatadas Scri-ba Comunicaccedilatildeo Corporativa Satildeo Pau-lo

Marcovaldi MA Lopez GG Soares LS Santos AJB Bellini C Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Eretmochelys imbricata (Lin-naeus 1766) no Brasil Biodiversidade Brasileira 120ndash27

Marioni B Farias I Verdade LM Bassetti L Coutinho ME Mendonccedila SHST Campos Z 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do Jacareacute-accedilu Me-lanosuchus niger (Spix 1825) no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 331ndash39

Marques OAV Nogueira CC Sawaya RJ Beacuternils RS Martins M Molina FB Germano VJ 2009 Reacutepteis Pp 285ndash327 in Bressan PM Kierul-ff MCM Sugieda AM (Orgs) Fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo vertebrados Fundaccedilatildeo Parque Zooloacutegico de Satildeo Paulo Secretaria do

Meio Ambiente Satildeo Paulo

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado Holos Editora Ri-beiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlss-man C Sazima I 2005 Serpentes do Pantanal Holos Editora Ribeiratildeo Pre-to

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of threadsnakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

Martins M Molina FDB 2008 Pa-norama geral dos reacutepteis ameaccedilados do Brasil Pp 327ndash373 in Machado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

205

ABM Drummond GM Paglia AP (Eds) Livro vermelho da fauna bra-sileira ameaccedilada de extinccedilatildeo MMA e Fundaccedilatildeo Biodiversitas Brasiacutelia e Belo Horizonte

Martins MT Oliveira ME 1993 The snakes of the genus Atractus Wagler (Reptilia Squamata Colubridae) from the Manaus region central Amazo-nia Brazil Zoologische Mededelingen 6721ndash40

Martins MT Oliveira ME 1999 Na-tural history of snakes in forest of the Manaus region Central Amazonia Brazil Herpetological Natural History 678ndash150

Massary JC Hoogmoed MS 2001 Crocodilurus amazonicus Spix 1825 The valid name for Crocodilurus la-certinus auctorum (nec Daudin 1802) (Squamata Teiidae) Jour-nal of Herpetology 35353ndash357 doi1023071566133

Massary JC Hoogmoed MS Blanc M 2000 Comments on the type spe-cimen of Dracaena guianensis Dau-din 1801 (Reptilia Sauria Teiidae) and rediscovery of the species in Fren-ch Guiana Zoologische Mededeelingen 74167ndash180

Mattison C 2006 Snakes ndash From the deadliest to the longest on earth Collins New York

Mattison C 2011 Reptiles Pp 370ndash435 in Burnie D (Ed) Animal the de-finitive visual guide to the worldrsquos wil-dlife Dorling Kindersley London

Mausfeld P Vrcibradic D 2002 On the nomenclature of the skink (Mabuya) endemic to the Western Atlantic Archi-pelago of Fernando de Noronha Brazil Journal of Herpetology 36292ndash295 doi1023071566004

Mendes R 2009 Lagartinho da Serra do Mar ndash Ecpleopus gaudichaudii A Fauna da Mata Atlacircntica do Estado do Rio de Janeiro Acessiacutevel em httpriodejaneiroambientalblogspotcom200911ecpleopus-gaudichau-dii-lagartinho-dahtml Acesso 26 de fevereiro de 2019

Mesquita PCMD Passos DC Bor-ges-Nojosa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das ser-pentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113 doi101590S0031-10492013000800001

Montero R Ceacutespedez J 2002 New Two-Pored Amphisbaena (Squama-ta Amphisbaenidae) from Argentina Copeia 2002792ndash797 doi1016430045-8511(2002)002[0792NTPA-SA]20CO2

Montingelli GG Grazziotin FG Bat-tilana J Murphy RW Zhang YP Zaher H 2019 Higher-level phyloge-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

206

netic affinities of the Neotropical ge-nus Mastigodryas Amaral 1934 (Ser-pentes Colubridae) species-group definition and description of a new genus for Mastigodryas bifossatus Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57205ndash239 doi101111jzs12262

Moraes-da-Silva A Amaro RC Nu-nes PMS Struumlssmann C Teixeira MJ Andrade A hellip Curcio FF 2019 Chance luck and a fortunate finding a new species of watersnake of the genus Helicops Wagler 1828 (Serpentes Xe-nodontinae) from the Brazilian Panta-nal wetlands Zootaxa 4651445ndash470 doi1011646zootaxa465133

Morales-Betancourt MA Lasso CA Ossa JL Fajardo-Patintildeo A 2013 Bio-logiacutea y conservacioacuten de los Crocodylia de Colombia Serie Recursos Hidrobio-loacutegicos y Pesqueros Continentales de Colombia VIII Instituto de Investiga-cioacuten de Recursos Bioloacutegicos Alexander von Humboldt Bogotaacute

Morato SAA Calixto PO Mendes LR Gomes R Galatti U Trein FL Ferreira GN 2014 Guia fotograacutefico de identificaccedilatildeo da herpetofauna da Flo-resta Nacional de Saracaacute-Taquera Es-tado do Paraacute STCP Engenharia de Pro-jetos Ltda Curitiba

Morato SAA Ferreira GN Scupino MRC 2018 Herpetofauna da Ama-zocircnia Central Estudos na FLONA de

Saracaacute-Taquera STCP Engenharia de Projetos Ltda Curitiba

Morato SAA Beacuternils RS Moura--Leite JC 2017 Reacutepteis de Curitiba Coletacircnea de registros Hori Cadernos Teacutecnicos Curitiba

Mota-da-Silva A Monteiro WM Bernarde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lancehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 52(e-20180140)1ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pedro VA Fernandes VD Feio RN 2010 People and snakes the relationship be-tween humans and snakes in eastern Minas Gerais southeastern Brazil Bio-ta Neotropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Neiva AO Cury K 2018 Plano de Ma-nejo Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Niquiaacute Volume III Instituto Chico Mendes de Conser-vaccedilatildeo da Biodiversidade Brasiacutelia

Nogueira CC Rodrigues MT 2006 The genus Stenocercus (Squamata Tropiduri-dae) in extra-Amazonian Brazil with the description of two new species South Ame-rican Journal of Herpetology 1149ndash165 doi1029941808-9798(2006)1[149T-GSSTI]20CO2

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

207

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Herpe-tology 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

OrsquoShea M Halliday T 2002 Reptiles and amphibians Dorling Kindersley Ltd London

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagarti-xas conceptions on lizards among High School students in Fortaleza Cearaacute Brazil Ciecircncia amp Educaccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Passos DC Pinheiro LT Galdino CAB Rocha CFD 2014 Tropidurus semitaeniatus (Calango de Lagedo) Tail bifurcation Herpetological Re-view 45138

Passos P Caramaschi U Pinto R 2006 Redescription of Lepto-typhlops koppesi Amaral 1954 and description of a new species of the Leptotyphlops dulcis group from Central Brazil (Serpentes Leptotyphlo-pidae) Amphibia-Reptilia 27347ndash357 doi101163156853806778190006

Pavan D Dixo M 2004 A Herpetofau-na da aacuterea de influecircncia do reservatoacute-rio da Usina Hidreleacutetrica Luiacutes Eduardo

Magalhatildees Palmas TO Humanitas 413ndash30

Pires M Silva NJ Jr Feitosa DT Prudente ALC Filho GA Zaher H 2014 A new species of triadal coral snake of the genus Micrurus Wagler 1824 (Serpentes Elapidae) from nor-theastern Brazil Zootaxa 3811569ndash584 doi1011646zootaxa381148

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Pontes JAL Rocha CFD 2008 Ser-pentes da Serra do Mendanha Rio de Janeiro RJ - ecologia e conservaccedilatildeo Te-chnical Books Editora Rio de Janeiro

Portillo JTM 2012 Composiccedilatildeo etno-ecologia e etnotaxonomia de serpentes no Vale do Paraiacuteba Estado de Satildeo Pau-lo Dissertaccedilatildeo de mestrado Universi-dade Federal de Ouro Preto Brasil

Powell R Crombie RI Boos HEA 1998 Hemidactylus mabouia (More-au de Jonneacutes) Catalogue of American Amphibians and Reptiles 6741ndash11

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Quintela FM Loebmann D 2009 Os reacutepteis da regiatildeo costeira do extremo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

208

sul do Brasil USEB Pelotas

Ribeiro LB Gomides SC Costa HC 2018 A new species of Amphisbaena from Northeastern Brazil (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Herpeto-logy 52234ndash241 doi10167017-028

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A new species of Leposternon (Squamata Amphisbaenidae) from brazilian Cerrado with a key to po-red species Journal of Herpetology 5250ndash58 doi10167016-125

Ribeiro MA Jr Amaral S 2016 Cata-logue of distribution of lizards (Repti-lia Squamata) from the Brazilian Ama-zonia III Anguidae Scincidae Teiidae Zootaxa 4205401ndash430 doi1011646zootaxa420551

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squamata) from the Brazilian Amazonia I Dacty-loidae Hoplocercidae Iguanidae Leio-sauridae Polychrotidae Tropiduridae Zootaxa 39831ndash110 doi1011646zootaxa398311

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squama-ta) from the Brazilian Amazonia II Gekkonidae Phyllodactylidae Sphae-rodactylidae Zootaxa 39811ndash55 doi1011646zootaxa398111

Ribeiro MA Jr Amaral S 2017 Ca-talogue of distribution of lizards (Rep-

tilia Squamata) from the Brazilian Amazonia IV Alopoglossidae Gym-nophthalmidae Zootaxa 4269151ndash196 doi1011646zootaxa426921

Roberto IJ Ribeiro SC Loebmann D 2013 Amphibians of the state of Piauiacute Northeastern Brazil a preli-minary assessment Biota Neotropi-ca 13322ndash330 doi101590S1676-06032013000100031

Rocha CFD Siqueira CC Ariani CV 2009 A conservaccedilatildeo de Liolaemus lu-tzae lagarto endecircmicos das restingas do Estado do Rio de Janeiro ameaccedilado de extinccedilatildeo Instituto Biomas Rio de Janeiro

Rocha CFD Van Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Neacuteo RRSFA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 11ndash16 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van Sluys M (Eds) A fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo do Esta-do do Rio de Janeiro EdUERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT 1987 Sistemaacutetica eco-logia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo torquatus ao sul do Rio Amazo-nas (Sauria Iguanidae) Arquivos de Zoologia 31105ndash230 doi1011606issn2176-7793v31i3p105-230

Rodrigues MT 2000 A new species of Mabuya (Squamata Scincidae) from the semiarid Caatingas of northeas-tern Brazil Papeacuteis Avulsos de Zoologia 41313ndash328

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

209

Rodrigues MT Juncaacute FA 2002 Herpetofauna of the quaternary sand dunes of the middle Rio Satildeo Fran-cisco Bahia Brazil VII Typhlops amoipira sp nov a possible relative of Typhlops yonenagae (Serpentes Typhlopidae) Papeacuteis Avulsos de Zoo-logia 42325ndash333 doi101590S0031-10492002001300001

Romeu R Alves N 2008 Commercia-lization of Uranoscodon superciliosus Linnaeus 1758 (Tropiduridae) for ma-gicalndashreligious purposes in North and Northeastern of Brazil Sitientibus Seacute-rie Ciecircncias Bioloacutegicas 8257ndash258

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Santos AS Soares LS Marcovaldi MA Monteiro DS Giffoni B Al-meida AP 2011 Avaliaccedilatildeo do Estado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Caretta caretta Linnaeus 1758 no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 13ndash11

Santos E 1981 Anfiacutebios e reacutepteis do Brasil vida e costumes Itatiaia Satildeo Paulo

Santos E 1994 Anfiacutebios e Reacutepteis Villa Rica Rio de Janeiro

Santos FM Entiauspe-Neto OM Arauacutejo JS Souza MB de Lema T

Struumlssmann C Albuquerque NR 2018 A new species of burrowing snake (Ser-pentes Dipsadidae Apostolepis) from the state of Mato Grosso Central-West region of Brazil Zoologia 35e26742 doi103897zoologia35e26742

Sawaya RJ Marques OAV Mar-tins M 2008 Composition and natu-ral history of a Cerrado snake assem-blage at Itirapina Satildeo Paulo state southeastern Brazil Biota Neotro-pica 8129ndash151 doi101590S1676-06032008000200015

Sazima I Haddad CFB 1992 Reacutep-teis da Serra do Japi notas sobre histoacute-ria natural Pp 212ndash237 in Morellato LPC (Ed) Histoacuteria natural da Serra do Japi ecologia e preservaccedilatildeo de uma aacuterea florestal no sudeste do Brasil Edi-tora da UnicampFAPESP Campinas

Sazima I Manzani PR 1995 As co-bras que vivem numa reserva florestal urbana Pp78ndash82 in Morellato PC Leitatildeo-Filho HDF (Eds) Ecologia e preservaccedilatildeo de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra Editora da UNICAMP Campinas

Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Sustentabilidade de Per-nambuco 2017 Lista Estadu-al Oficial de Espeacutecies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo - Reacutepteis Por-taria SEMA Nordm 01 de 15 de Maio de 2017

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

210

Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia 2017 Lista Oficial das Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo do Estado da Bahia Portaria SEMA Nordm 37 de 15 de Agosto de 2017

Silva AL 2008 Animais medicinais conhecimento e uso entre as popula-ccedilotildees ribeirinhas do rio Negro Amazo-nas Brasil Boletim do Museu Paraen-se Emiacutelio Goeldi Ciecircncias Humanas 3343ndash357

Silva JL Mota-da-Silva AM Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Ama-zonia Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 53e20190305 doi1015900037-8682-0305-2019

Silva MB Ribeiro MA Jr Avila-Pi-res TCS 2018 A new species of Tu-pinambis Daudin 1802 (Squamata Teiidae) from Central South America Journal of Herpetology 5294ndash110 doi10167016-036

Soerensen B 2000 Acidentes por ani-mais peccedilonhentos reconhecimento cliacutenica e tratamento Atheneu Satildeo Pau-lo

Sturaro MJ Avila-Pires TCS 2011 Taxonomic revision of the geckos of the Gonatodes concinnatus complex (Squamata Sphaerodactylidae) with

description of two new species Zoota-xa 28691ndash36

Teixeira M Jr Dal Vechio F Recoder R Cassimiro J de Sena MA Rodri-gues MT 2019 Two new highland spe-cies of Amphisbaena Linnaeus 1758 (Amphisbaenia Amphisbaenidae) from Bahia State Brazil South Ame-rican Journal of Herpetology 14213ndash232 doi102994SAJH-D-17-000971

Tinoco MS Hampel MS Rossi ML 2019 Restinga Herpetofauna do Lito-ral Norte da Bahia Barro de Chatildeo Sal-vador Bahia

Tomas WM Chiaravalotti RV Ca-milo AR Freitas GO 2015 Kinoster-non scorpioides scorpioides Linnaeus 1766 range extension and first records in the upper Paraguay River basin and Mato Grosso do Sul Brazil Check List 111ndash5 doi10155601131631

Uetz P Freed P Hošek J 2019 The Reptile Database Acessiacutevel em httpwwwreptilendashdatabaseorg Acesso 16 de julho de 2019

Valencia JH Garzoacuten-Tello K Barra-gaacuten-Paladines ME 2016 Serpientes venenosas del Ecuador sistemaacutetica taxonomiacutea historia natural conserva-cioacuten envenenamiento y aspectos an-tropoloacutegicos Fundacioacuten Herpetoloacutegica Gustavo Orceacutes Quito

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

211

Vanzolini PE 2004 Episoacutedios da zoo-logia brasiacutelica Hucitec Satildeo Paulo

Vanzolini PE Ramos-Costa AMM Vitt LJ 1980 Reacutepteis das Caatingas Academia Brasileira de Ciecircncias Rio de Janeiro

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidi HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vieira LG Santos ALQ Lima FC Mendonccedila SHST Menezes LT Sebben A 2016 Osteologia de Me-lanosuchus niger (Crocodylia Alli-gatoridae) e a evidecircncia evoluti-va Pesquisa Veterinaacuteria Brasileira 361025ndash1044 doi101590s0100-736x2016001000018

Vitt LJ Caldwell JP Colli GR Gar-da AA Mesquita DO Franccedila FGR Novaes-e-Silva V 2005 Uma atua-lizaccedilatildeo do guia fotograacutefico de reacutepteis e anfiacutebios da regiatildeo do Jalapatildeo no Cer-rado Brasileiro Special Publications in Herpetology Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 21ndash24

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema INPA Ma-naus

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Rhino-clemmys punctularia (Daudin 1801) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conser-vacao7428-repteis-rhinoclemmys--punctularia-peremahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops geoffroanus (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7418-repteis-phrynops-geoffro-anus-cagado-de-barbichahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7419-repteis-phrynops-hilarii-ca-gado-de-barbelashtml Acesso 07 de abril de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

212

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops tubero-sus (Peters 1870) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7420-repteis--phrynops-tuberosus-cagado-de-bar-bichahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7421-repteis-phrynops-william-si-cagado-rajadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydro-medusa maximiliani (Mikan 1825) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7403-repteis-hydromedusa-ma-ximiliani-cagado-da-serrahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydromedusa

tectifera Cope 1869 no Brasil Acessiacute-vel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7402-rep-teis-hydromedusa-tectifera-cagado--de-pescoco-de-cobrahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2000) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7412-repteis--mesoclemmys-heliostemma-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys ho-gei (Mertens 1967) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

213

estado-de-conservacao7385-repteis--mesoclemmys-hogei-cagado-de-ho-gei-2html Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys nasuta (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7413-repteis-mesoclemmys-na-suta-cagado-da-cabeca-de-sapo-co-mumhtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys perplexa Bour amp Zaher 2005 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7414-repteis-mesoclemmys-per-plexa-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys raniceps (Gray 1855) no Brasil Aces-siacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7415-rep-teis-mesoclemmys-raniceps-lalahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys vanderhaegei (Bour 1973) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7440-repteis-mesoclemmys-van-derhaegei-tartruga-cabeca-de-sapohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Peltocephalus du-merilianus (Schweigger 1812) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7417-repteis-peltocephalus-dumerilia-nus-cabecudohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

214

ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Acantho-chelys radiolata (Mikan 1820) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7439-repteis-acanthochelys-radiola-ta-cagado-amarelohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Ferrara CR Bernhard R Carvalho VT Balensiefer DC Bo-nora L Novelle SMH 2007 Capiacute-tulo 9 Herpetofauna Pp 127ndash143 in Rapp Py-Daniel L Deus CP Henri-ques AL Pimpatildeo DM Ribeiro OM (Orgs) Biodiversidade do Meacutedio Ma-deira Bases cientiacuteficas para propostas de conservaccedilatildeo INPA Manaus

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Brasiacutelia

Waldez F Vogt RC 2011 Las serpientes ponzontildeosas de la Reserva Piagaccedilu-Purus y accidentes ofiacutedicos en La Region Baja de la Cuenca del Rio Puruacutes Amazoniacutea cen-tral Revista Colombiana de Ciencia Ani-mal-RECIA 3327ndash334 doi1024188reciav3n22011403

Wallach V Williams KL Boundy J 2014 Snakes of the world a catalogue of living and extinct species CRC Floacuterida

Wikispecies 2019 Wikispecies Free spe-cies directory Acessiacutevel em httpsspe-cieswikimediaorg Acesso 12 de Maio de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

215

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

ObtuaacuterioAniacutebal Rafael Melgarejo(22111954 ndash 10052019)

Nelson Jorge da Silva Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Ambientais e Sauacutede Escolas de Ciecircncias Meacutedicas Far-macecircuticas e Biomeacutedicas Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Goiaacutes

Conheci o Aniacutebal no Congresso Brasileiro de Zoologia em Juiz de Fora em 1987 e nos transfor-

mamos em grandes amigos comungan-do duas boas qualidades bom humor e facilidade de rir Foram 32 anos de convivecircncia e uma amizade de irmatildeos que transcende a herpetologia e nossas vidas acadecircmicas e profissionais

O Aniacutebal nasceu em 22 de novembro de 1954 como Aniacutebal Rafael Melgare-jo Gimenez em Montevideacuteu Uruguai Filho de Aniacutebal Nestor Melgarejo Mon-sie e Olga Angelica Gimenez Fuentes tendo somente uma irmatilde Maria del Rosario Melgarejo Gimenez (Charo) com duas sobrinhas (Maria Florencia e Maria Eugenia) e duas sobrinhas netas (Fiorella e Abril) Passou toda a sua in-facircncia adolescecircncia e parte de sua vida adulta no Uruguai sempre estudando em escolas puacuteblicas Segundo sua irmatilde Aniacutebal foi sempre um entusiasmado

Homenagem ao Aniacutebal

216

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

por animais de insetos a reacutepteis e ma-miacuteferos Em seu aniversaacuterio de 12 anos usou o dinheiro que ganhou de presen-te para comprar uma cobra natildeo vene-nosa na feira de Tristan Navarra e desse momento nasceu seu grande amor aos reacutepteis Quando terminou seu ensino baacutesico ingressou na Faculdade Medici-na onde frequentou aulas por um ano ateacute que se deu conta que natildeo era esse o caminho que deveria seguir No ano seguinte ingressou na Faculdad de Hu-manidades y Ciencias da Universidad de la Republica para cursar Biologia se graduando em 1979 (Foto 1)

Foto 1 Anibal Melgarejo em tra-balho de campo Cerro de Arequi-ta Departamento de Lavalleja Uruguai

Veio para o Brasil com uma Bolsa de Aperfeiccediloamento em Anatomia Fun-cional do Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) sob a tutela de Paulo Vanzolini (Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo) e nunca mais retornou ao Uruguai Eventualmente foi contrata-do pelo Instituto Vital Brazil (IVB) em 1987 estruturando a Divisatildeo de Ani-mais Peccedilonhentos e posteriormente a Divisatildeo de Zoologia Meacutedica trabalhan-do ateacute que seu estado de sauacutede permi-tiu em 2019 (Foto 2 e 3)

217

Foto 3 Extraccedilatildeo de veneno de Bo-throps insularis Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Tardiamente conseguiu seu tiacutetulo de doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense em 1998 Cum-priu com seu papel na academia com inuacutemeras publicaccedilotildees teacutecnicas e cien-tiacuteficas capiacutetulos de livros participaccedilatildeo em congressos e simpoacutesios orientaccedilatildeo de monografias de conclusatildeo de cursos de graduaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teses e monografias de mestrado e doutorado Do lado humano o Aniacutebal foi um gran-de instrutor incentivador e entusias-mado com a herpetologia e influenciou muitos que hoje tecircm suas vidas cons-truiacutedas em muito do que ele fez ensi-nou e compartilhou de coraccedilatildeo aberto

Foto 2 Primeira Bothrops insu-laris capturada Ilha da Queimada Grande municiacute-pio de Itanhaeacutem SP

218

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Aqui no Brasil constituiu famiacutelia com sua cara-metade Aniesse Aguiar e seus filhos e grandes companheiros Peneacutelope e Rafael Aguiar Melgarejo estendendo-se por conseguinte a No-ruega onde nasceu sua primeira neta Kali Johansen Melgarejo (filha da Pe-neacutelope) exatamente um mecircs apoacutes a sua partida (Fotos 4 a 7) Em aacuteguas turbu-lentas sempre foi essa rocha familiar que norteou nosso grande amigo To-dos noacutes sofremos com nossas proacuteprias idiossincrasias O Aniacutebal natildeo era dife-rente Era melhor Nunca o vi pessimis-ta Sempre acreditando que tudo tinha uma razatildeo e que no fim daria tudo certo Ateu como era acreditava mui-to mais na vida e na humanidade que muitos de noacutes

Foto 4 Aniacutebal e Aniesse lsquograacutevidosrsquo Niteroacutei RJ (1989)

Sua curiosidade era insaciaacutevel Via-jamos muito juntos pelo Brasil nos moldes da entatildeo Secretaria Nacional de Accedilotildees Baacutesicas da Sauacutede (SNABSMS) atraveacutes do Programa Nacional de Ofidismo (PNOSNABSMS) do Mi-nisteacuterio da Sauacutede (1987-1989) para reuniotildees do Grupo de Trabalho sobre Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (GT Distribuiccedilatildeo Geograacutefica) visando a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo teacutecnica para divulgar e desmistificar os animais venenosos Esse programa (PNO) foi o responsaacutevel pela criaccedilatildeo de Nuacutecleos Regionais de Ofiologia que ti-nham como atribuiccedilatildeo estimular estu-dos sobre serpentes descentralizados dos grandes centros produtores de soro antiofiacutedico (SP MG e RJ) Nesse peacuteri-plo de reuniotildees conhecemos e convi-vemos com pesquisadores estudantes meacutedicos enfermeiros ribeirinhos e os famosos praacuteticos de sauacutede em 15 esta-dos do Norte Nordeste e Centro-Oeste brasileiro e na Amazocircnia colombiana Em todos os lugares o Aniacutebal rouba-va a cena Sua atitude despojada ami-ga sincera e afaacutevel conquistava todos Tambeacutem foram incontaacuteveis as vezes que entregou seus preciosos dados de observaccedilatildeo e pesquisa em prol de co-legas e alunos Excelente fotoacutegrafo e ilustrador suas imagens estatildeo presen-

219

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 5 Em famiacutelia Aniacutebal Aniesse Rafael e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 1990)

Foto 6 Em famiacutelia Aniacutebal Rafael Aniesse e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 2000)

tes em inuacutemeros trabalhos e livros no Brasil e no mundo sempre respeitado e elogiado

Nos primoacuterdios da organiza-ccedilatildeo da herpetologia no Brasil o Aniacutebal ajudou a estruturar a Sociedade Brasileira de Her-petologia (SBH) realizando os Encontros Brasileiros de Herpetoacutelogos entre 1989 e 1991 Se hoje a SBH estaacute bem estruturada e funcionando foi por que haacute mais de 30 anos atraacutes o Aniacutebal enfrentou esse desafio

Encantado pelas surucucus da Mata Atlacircntica (Lachesis muta rhombeata) foi o pri-meiro a ter essas criaturas lin-diacutessimas em estado de confor-to e bem-estar reproduzindo saudavelmente em cativeiro

O Aniacutebal capturou sua pri-meira surucucu em 8 de no-vembro de 1989 na mata da Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada em Alagoas (Foto 8) Seguiu-se a primeira postura e nascimentos em cativeiro em 1990 Apoacutes seu excelente ecircxito na criaccedilatildeo e reproduccedilatildeo das Lachesis em cativeiro obteve apoio da FAPERJ em um projeto da construccedilatildeo de um ldquoLachesaacuteriordquo Assim em

Foto 7 Uma das uacuteltimas fotos de Aniacutebal aguardan-do a chegada de sua neta Kali Ni-teroacutei RJ (2019)

220

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

janeiro de 2001 entrou em funciona-mento um sistema de climatizaccedilatildeo cen-tral que permitia manter temperatura e umidade dentro dos paracircmetros ade-quados monitorados em trecircs pontos diferentes da sala por meio de sensores remotos aleacutem de ajustes por termos-tato e umidificador independentes Na sala um recinto de 15m2 foi delimitado com tela para evitar a fuga das serpen-tes e possibilitar a livre circulaccedilatildeo do ar O mesmo reproduzia as condiccedilotildees paisagiacutesticas de uma floresta tropical incluindo um sistema de circulaccedilatildeo de aacutegua em forma de cachoeira entre pe-dras e diversas opccedilotildees de substratos (serapilheira terra troncos e pedras de diversos tamanhos) aleacutem de piso in-clinado para escoamento da aacutegua nas simulaccedilotildees de chuvas (Foto 9) Diver-sas espeacutecies vegetais nativas de arboacute-reas a epiacutefitas criaram uma comunida-de harmoniosa e representativa dessas florestas Estas condiccedilotildees permitiram observar muacuteltiplos aspectos da biologia das surucucus como o comportamento alimentar mudas de pele e horaacuterios de atividade fiacutesica culminando em 2003 com detalhado registro da reproduccedilatildeo incluindo diversas coacutepulas postura de oito ovos em 5 de setembro e nasci-mento de seis filhotes em 14-15 de no-vembro Em 2005 2007 2008 e 2009 tambeacutem foram registrados estes com-portamentos e conseguida a reprodu-ccedilatildeo Este recinto representou assim um instrumento fundamental para as pesquisas bioloacutegicas da surucucu da

Mata Atlacircntica Aleacutem de otimizar sua manutenccedilatildeo e garantir o fornecimento de veneno que permitiu produzir sus-tentavelmente o soro antibotroacutepico-la-queacutetico no Instituto Vital Brazil (Foto 10) Infelizmente mudanccedilas de objeti-vos e direccedilatildeo do IVB fizeram por des-continuar o referido projeto

Em seus uacuteltimos anos de vida o Aniacutebal comeccedilou a escrever suas memoacuterias que infelizmente natildeo foram finalizadas Vale a pena citar um transcrito de suas anotaccedilotildees gentilmente compartilhado por sua esposa Aniesse Aguiar onde fica muito claro a dedicaccedilatildeo desse amigo

Foto 8 Primeira Lachesis capturada Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada municiacutepio de Quebrangulo AL (1989)

221

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

pelo trabalho que tanto amava mas com a presenccedila marcante de sua cara meta-de ldquoEra dia saacutebado 20 de maio de 1989 no final da manhatilde quando eu chegava ao portatildeo de entrada do IVB Estava com meu dedo indicador da matildeo direi-ta bastante edemaciado aleacutem do meu sangue incoagulaacutevel e hematuacuteria maci-ccedila (com cilindros hemaacuteticos) pois vinte e quatro horas antes havia sido picado por um filhote de jararaca (Bothrops ja-raraca) no Nuacutecleo de Ofiologia de Porto Alegre Rio Grande do Sul (NOPA) du-rante o encerramento de uma reuniatildeo do GT de Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (um dos quatro cria-dos para assessorar o Ministeacuterio da Sauacute-de no PNOSNABS) Tinha conseguido ser liberado da internaccedilatildeo para fazer o devido tratamento com a promessa de que me trataria no Rio assim que che-gasse pois minha esposa estava na uacutel-tima semana de gravidez Poreacutem soube jaacute na portaria do IVB que havia uma cai-xa de madeira com uma cobra surucucu que umas pessoas do Nordeste (precisamente Alagoas) haviam deixado horas antes Apesar do desconforto pelo envene-namento natildeo tratado e da desaprovaccedilatildeo do meu saudoso sogro meacutedico minha esposa no final da gestaccedilatildeo e do Dr Paulo A Lopes que agrave distacircn-cia orientara a me dirigir ao Hospital Universitaacuterio Clementino Fraga Filho

Foto 9 Lachesario Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

Foto 10 Extraccedilatildeo de veneno de Lachesis muta Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

222

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

do Fundatildeo onde ele jaacute havia deixado a equipe meacutedica sobre aviso eu rumei para o serpentaacuterio e me deparei com aquela caixa que achava pequena para conter uma surucucu O desejo e a an-siedade digladiavam-se em minha cabe-ccedila contra a desconfianccedila pelo tamanho da caixa No serpentaacuterio a luta foi achar uma ferramenta para retirar pelo menos uma ripa de madeira daquele recipien-te improvisado Finalmente com uma mega-chave-de-fenda consegui e entatildeo gritei de felicidade (ainda bem que as cobras satildeo surdas) ao ver nitidamente aquelas escamas ocre-alaranjadas e os losangos negros ao longo do dorso do corpo a serenidade da rainha das co-bras e a forma apertada de se enrodi-lhar que fez com que coubesse naquele recipiente Devo ter demorado cerca de meia hora para preparar uma moradia ampla limpa e segura com aacutegua fresca farta porque o pessoal que me aguar-dava na portaria natildeo parava de telefo-nar para irmos ao hospital Jaacute no hos-pital o tratamento foi complicado pois como suspeitava jaacute com a primeira gota de soro hiperimune entrando na mi-nha veia a reaccedilatildeo de meu organismo se apresentou fiquei todo vermelho e com muita falta de ar (dispneia) Era visiacutevel a preocupaccedilatildeo da equipe meacutedica multidisciplinar postada ao meu redor quanto agrave possibilidade do desenvolvi-mento de um choque anafilaacutetico e a ne-cessidade de canular minha traqueia O mais interessante dessa situaccedilatildeo eacute que um mecircs antes haviacuteamos dado uma aula

teoacuterica de ofidismo no curso de poacutes-gra-duaccedilatildeo de muitos dos meacutedicos da refe-rida equipe da emergecircncia finalizaacuteva-mos entatildeo nesse momento a aplicaccedilatildeo do conhecimento praacutetico Na semana seguinte a este episoacutedio nascia entatildeo minha filha Peneacutelope minha princesa e iniciava-se tambeacutem de fato o projeto surucucu ldquoLachesis muta a rainha das matasrdquo Foi e eacute o grande parceiro das ldquoSurucucus da Mata Atlacircnticardquo

Dono de um coraccedilatildeo gigante e espiacuterito inquebrantaacutevel o Aniacutebal nunca negou ajuda e apoio aos iniciantes e colegas Ajudou inuacutemeros bioacutelogos e outros pro-fissionais em seus projetos de poacutes-gra-duaccedilatildeo inclusive o meu com dados material e informaccedilotildees preciosas Em todos os cantos do Brasil o Aniacutebal dei-xou grandes amizades e fica muito di-fiacutecil enumeraacute-las sem cometer erros ou injusticcedilas Entretanto o que prevalece eacute o apreccedilo e a lembranccedila de todos que o conheceram (Foto 11 e 12) De norte a sul leste a oeste o Aniacutebal se fez presen-te em inuacutemeros simpoacutesios encontros e congressos levando sua simpatia e con-quistando as pessoas (Fotos 13 a 15) To-dos que o conheceram tecircm com certeza grandes histoacuterias e muitas gargalhadas com essa figura impagaacutevel

Coautor de um capiacutetulo do livro ldquoAs Cobras-Corais do Brasil Biologia Ta-xonomia Venenos e Envenenamentos (2016)rdquo aguardava ansioso a publi-caccedilatildeo de outro livro ldquoAdvances in Co-ralsnake Biology with an Emphasis in

223

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 11 Nelson Jor-ge Aniacutebal Melgarejo Giuseppe Puorto e Pedro Federsoni (em peacute) Marcus Buonona-to (sentado) Museu Bioloacutegico do Instituto Butantatilde (1991)

Foto 13 Amigos presti-giando Aniacutebal durante o Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacirc-nia GO (2019)

Foto 12 Nelson Jorge e Aniacutebal Melgarejo (2016)

224

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

South Americardquo com 60 autores e 22 capiacutetulos editado e distribuiacutedo nos Es-tados Unidos (2020) onde eacute coautor do capiacutetulo ldquoCoralsnakes of Medical In-terest in Brazilrdquo Unanimemente o livro foi dedicado pelos editores ao Aniacutebal

O Aniacutebal tambeacutem aprendeu a conviver e entender a realidade brasileira da co-munidade cientiacutefica que nem sempre sabe reconhecer o trabalho e a dedi-caccedilatildeo de uma alma fantaacutestica como a dele Natildeo importam trabalhos teses e manter um Curriacuteculo Lattes como uma prova de sua inclusatildeo no ciacuterculo de grandes pesquisadores O que realmen-te vale eacute caraacuteter coraccedilatildeo e amor no que fazia E ele fazia muito bem Uma ge-raccedilatildeo inteira que o conheceu realmente

Foto 14 Participantes do Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacircnia GO (2019)

vai ainda lamentar a ausecircncia desse ser uacutenico outra lamentaraacute sem saber bem o porquecirc e ainda outra vai se arrepen-der por ignorar estes fatos e ignorar ele mesmo nestes uacuteltimos anos

Por isso lamentamos profundamente a perda mas devemos lembraacute-lo com alegria e o incriacutevel privileacutegio de tecirc-lo conhecido e convivido com ele Extre-mamente bem-humorado risadas faacute-ceis e a preocupaccedilatildeo constante com o bem-estar do proacuteximo

225

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Apoacutes o veloacuterio e despedida dos que o consideravam com afeto mesmo que de muitos tenham sido agrave distacircncia foi realizada a cremaccedilatildeo e suas cinzas fo-ram divididas em trecircs partes uma par-te foi depositada no jazigo da famiacutelia da Aniesse junto aos seus pais que o tinham com o afeto que se dedica a um filho Outra parte de suas cinzas foram para Noruega para ficar na casa da Pe-neacutelope junto entatildeo de sua filha O filho Rafael pintou a caixa com as cinzas que ficou com a Peneacutelope (Foto 16) Em sua tampa pintou a bandeira do Uruguai e do Brasil E nas laterais colocou uma visatildeo do Rio de Janeiro (cidade amada pelo Aniacutebal) uma visatildeo do museu de arte projetada pelo Niemayer da cida-de de Niteroacutei em que morou nos anos de uniatildeo com a Aniesse uma visatildeo do Parque Pousada onde morou no Uru-

guai com seus pais e da Noruega onde estaacute a sua filha E a terceira parte foi levada para o Uruguai onde foi colo-cada em parte com seus pais e outra parte depositada por seu melhor amigo (Isidoro Maestro) e seu filhos no local onde ele pegou sua primeira serpente

Falar de uma pessoa como o Aniacutebal eacute uma tarefa muito difiacutecil pela ausecircncia mas muito faacutecil pela pessoa que ele eacute presente e natildeo passado Ele passou por noacutes deixando a sua simpatia coraccedilatildeo aberto abraccedilo amigo e sorriso faacutecil mas ficaraacute sempre nos coraccedilotildees e nas men-tes dos privilegiados que o conheceram Entatildeo a homenagem e a lembranccedila do Aniacutebal tecircm que ser presentes sempre Vida longa amigo das surucucus Deus te guarde em um lugar privilegiado Pa-rafraseando nossa brincadeira pessoal mucho gusto meu amigo

Foto 15 Aniacutebal palestrando durante o Simpoacutesio Interna-cional de Cobras-Corais Goi-acircnia GO (2019)

Foto 16 Caixa com as bandeiras do Uruguai e Brasil pintada por seu filho Rafael

226

Para informaccedilotildees sob preparacatildeo e submissatildeo de manuscritos entre em contato com os edito-res de seccedilatildeo

Instruccedilotildees para Autores

227

Hylomantis asperusUESC Ilheacuteus Ba Edvaldo Neto

Page 4: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades

Informaccedilotildees Gerais

eacute quadrimestral (com nuacutemeros em Abril Agosto e Dezembro) e publica textos sobre assuntos de interesse para a comunida-de herpetoloacutegica brasileira

Ela eacute disponibilizada em formato PDF apenas online na paacute-gina da Sociedade Brasileira de Herpetologia (httpwwwsbherpetologiaorgbrpublicacoesherpetologia-brasileira) e nas redes sociais ou seja natildeo haacute versatildeo impressa em graacutefica Entretanto qualquer associado pode imprimir este arquivo

A revista eletrocircnica Herpetologia Brasileira

Xxxxxxxx xxxxxxxxxXxxxxxxx Xxxxxxx - XX Diego Cavalheri

Dendropsophus rhodopeplusCruzeiro do Sul - AC Lucas Lima

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees diversas sobre a SBH e eacute de responsabilidade da diretoria da Sociedade

Notiacutecias Herpetoloacutegicas Gerais Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre os eventos cursos concursos fon-tes de financiamento bolsas projetos etc de interesse para nossa comunidade A seccedilatildeo tambeacutem inclui informaccedilotildees sobre grupos de pesquisa instituiccedilotildees progra-mas de poacutes-graduaccedilatildeo etc

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre a conservaccedilatildeo da herpetofauna brasileira ou de fatos de interesse para nossa comunidade

Histoacuteria da Herpetologia Brasileira Esta seccedilatildeo apresenta ensaios entrevistas e curiosidades sobre a histoacuteria da herpeto-logia Brasileira (eg congressos histoacuterias de campo etc hellip) buscando resgatar um pouco a histoacuteria da herpetologia brasileira para os dias atuais

Trabalhos Recentes Esta seccedilatildeo apresenta resumos breves de trabalhos publica-dos recentemente sobre espeacutecies brasileiras ou sobre outros assuntos de interesse para a nossa comunidade preferencialmente em revistas de outras aacutereas

Dissertaccedilotildees amp Teses Esta seccedilatildeo eacute publicada anualmente no uacuteltimo volume do ano (dezembro) e apresen-ta as informaccedilotildees sobre as dissertaccedilotildees e teses em qualquer aspecto da herpetologia brasileira defendidas no ano anterior Qualquer egresso ou orientador pode entrar em contato diretamente com o editor da seccedilatildeo informando os seguintes dados refe-rentes a dissertaccedilatildeo ou tese defendida (1) universidade e departamentoinstituto (2) graduaccedilatildeo (3) data da defesaaprovaccedilatildeo (4) programa de poacutes-graduaccedilatildeo (5) aluno (6) tiacutetulo (7) orientador

Seccedilotildees

Seccedilotildees

Meacutetodos em Herpetologia Esta seccedilatildeo trata dos meacutetodos claacutessicos e de vanguarda referentes a herpe-tologia Satildeo abrangidos revisotildees e descriccedilotildees de novos meacutetodos empiacutericos relacionados aos diversos meacutetodos de coleta e anaacutelise de dados represen-tando a multidisciplinaridade da herpetologia moderna

Ensaios amp Opiniotildees Esta seccedilatildeo apresenta opiniotildees sobre assuntos de interesse geral em herpe- tologia

ResenhasEsta seccedilatildeo apresenta textos que resumem e avaliam o conteuacutedo de livros de interesse para nossa comunidade

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Esta seccedilatildeo apresenta artigos que preferencialmente resultam de observa-ccedilotildees de campo de natureza fortuita realizadas no Brasil ou sobre espeacutecies que ocorrem no paiacutes

Obituaacuterios Esta seccedilatildeo apresenta artigos avisando sobre o falecimento recente de um membro da comunidade herpetoloacutegica brasileira ou internacional conten-do uma descriccedilatildeo de sua contribuiccedilatildeo para a herpetologia

Listas de Espeacutecies Brasileiras Periodicamente a SBH publica a lista oficial de espeacutecies de anfiacutebios e reacutepteis brasileiros

Editores Gerais Deacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Joseacute P Pombal Jr (pombalacdufrjbr)Magno Segalla (msegallagmailcom)

Editor de liacutengua inglesaRoss D MacCullochRoyal Ontario Museum Canada

Notiacutecias da SBH Rafael dos Santos Henrique (rafahenriquebiologiagmailcom)

Notiacutecias Herpetoloacutegicas GeraisCinthia Aguirre Brasileiro (cinthia_brasileiroyahoocombr)Mirco Soleacute (mksoleuescbr)Paulo Seacutergio Bernarde (snakebernardehotmailcom)Rachel Montesinos(kelmontesinosgmailcom)

Notiacutecias de ConservaccedilatildeoCybele Lisboa(cyblisboayahoocombr)Deacutebora Silvano (deborasilvanogmailcom)

Corpo Editorial

Ibere F Machado (iberemachadogmailcom)Luis Fernando Marin (pulchellagmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)

Histoacuteria da Herpetologia BrasileiraDeacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

Trabalhos RecentesAdriano Oliveira Maciel (aombiologoyahoocombr)Ariadne Fares Sabbag (ariadnesabbaggmailcom)Daniel S Fernandes (danferufrjgmailcom)Jeacutessica Mudrek (jessicamudrekgmailcom)Laura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)

Corpo Editorial

Dissertaccedilotildees amp TesesGiovanna G Montingelli (mastigodryasgmailcom)

DivulgaccedilatildeoLaura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

Meacutetodos em HerpetologiaAlexandro Tozetti (alexandrotozettigmailcom)Luis Felipe Toledo (toledolf2yahoocom)

Ensaios amp OpiniotildeesJulio Cesar Moura-Leite (jmouraleitegmailcom)Luciana B Nascimento (lunapucminasbr)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

ResenhasJoseacute P Pombal Jr - Anfiacutebios (pombalacdufrjbr)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo GeograacuteficaCarla Santana Cassini - Anfiacutebios (carlacassinigmailcom)Henrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

ObituaacuteriosEntrar em contato com os editores

Listas de Espeacutecies BrasileirasHenrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Magno Segalla - Anfiacutebios (msegallagmailcom)Paulo Christiano A Garcia - Anfiacutebios(pcagarciagmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Sumaacuterio

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia

2612

4454

76136

Trabalhos Recentes

Ensaios e Opiniotildees

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Listas de Anfibios e Reacutepteis

38Histoacuteria da Herpetologia

66Resenhas

Ameerega pulchripectaSerra do Navio - AP Eduardo Campo

12

A Herpetologia Brasileira (HB) revista eletrocircnica de divulgaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Her-

petologia eacute produzida atraveacutes da dedi-caccedilatildeo voluntaacuteria de nossos editores e busca a sintonia com as demandas da nossa comunidade herpetoloacutegica Nes-te contexto a Herpetologia Brasileira esta em constante construccedilatildeo buscan-do uma maior interaccedilatildeo com a nossa comunidade herpetoloacutegica

Desde o iniacutecio do mecircs de junho de 2020 HB estaacute presente nas miacutedias sociais Agora aleacutem dos volumes publicados nos meses de abril agosto e dezembro HB tambeacutem esta no Instagram com o perfil Herpetologia Brasileira - HB e no Twitter

Notiacutecias da SociedadeBrasileira de HerpetologiaNota dos editores

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Nossos perfis satildeo coordenados por nos-sas novas editoras e divulgadoras

Laura Alencar Mariana Pontes Quezia Ramalho e Sarah Macircngia

Sigam a HB e guardem por mais novi-dades nos nossos canais de comunica-ccedilatildeo

13

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Deacutelio Baecircta Joseacute P Pombal Jr e Magno Segalla

Editores Gerais - Herpetologia Brasileira

Mudanccedila no corpo editorial

A SBH e a Herpetologia Brasi-leira agradecem imensamente aos nossos editores que deixam o nosso corpo editorial e daacute boas vindas aos novos editores

A produccedilatildeo das revistas da SBH soacute eacute possiacutevel graccedilas agrave dedicaccedilatildeo dos membros dos corpos editoriais

que dedicam seu tempo agrave editoraccedilatildeo Devido a outras exigecircncias profissionais e pessoais agraves vezes os editores satildeo obri-gados a renunciar aos cargos para poder atender a outras demandas e permitir que outros pesquisadores passem a fa-zer parte dos corpos editoriais

Agradecemos imensamente aos editores

Francisco Luis Franco (Obituaacuterios)

Rodrigo Tinoco (Editor graacutefico e con-tato para publicidade)

Yeda Bataus (Notiacutecias de Conservaccedilatildeo)

Tambeacutem damos boas-vindas aos novos editores que passam a inte-grar a Herpetologia Brasileira

Jessica R Mudrek (Trabalhos Recentes)

Laura R V de Alencar (Trabalhos Recentes)

Mariana R Pontes (Notiacutecias da conservaccedilatildeo)

Quezia Ramalho (Resenhas)

Sarah Macircngia (Notas de Histoacuteria Natural e Distri-buiccedilatildeo Geograacutefica)

14

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Devido agrave pandemia do novo co-ronaviacuterus a diretoria da SBH juntamente com seus con-

selheiros decidiu adiar o Congresso Brasileiro de Herpetologia (CBH) que ocorreria em meados de julho de 2021

A organizaccedilatildeo de um CBH eacute desafiado-ra e conta com a participaccedilatildeo o enga-jamento e o voluntariado de diversas pessoas instituiccedilotildees e empresas Esse desafio seria ainda maior durante uma pandemia na qual haacute incertezas e pre-ocupaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves nossas ativi-dades diaacuterias e ao futuro Aleacutem disso a diretoria da SBH acredita que ainda natildeo podemos pensar na organizaccedilatildeo de um evento que aglomeraraacute pessoas em salas e auditoacuterios Haacute muitas in-certezas para o proacuteximo ano e o mais seguro seraacute adiar o nosso tatildeo querido CBH para um momento no qual tenha-mos tranquilidade para estarmos todos juntos discutindo ciecircncia e encontran-do velhos e novos amigos A diretoria da SBH espera que todos estejam bem e que possamos nos encontrar no Con-gresso Brasileiro de Herpetologia de 2022

Editor Rafael S Henrique

Congresso Brasileiro de Herpetologia adiado

15

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Corallus caninusManaus - AM Alexander T Mocircnico

16

Os dados de citaccedilatildeo de 2019 para os perioacutedicos indexados na Web of Science foram publicados

no final de junho e a South American Journal of Herpetology (SAJH) alcan-ccedilou seu maior fator de impacto (FI) 1388 ultrapassando perioacutedicos tradi-cionais de referecircncia mundial na aacuterea (Figura 1) Esse resultado eacute a conquista de toda a nossa sociedade especialmen-te dos editores associados e inuacutemeros revisores que de maneira voluntaacuteria laboram para garantir a qualidade dos trabalhos e dos autores que escolhem a SAJH para publicar seus resultados

Parte da estrateacutegia para atingir esse FI inclui a limitaccedilatildeo do nuacutemero de artigos publicados por ano O FI eacute calculado como o nuacutemero de citaccedilotildees no ano C aos artigos publicados nos anos A e B dividido pelo nuacutemero de artigos publi-cados nos anos A e B Idealmente to-dos os artigos publicados contribuiacuteram positivamente para o FI Entretanto infelizmente natildeo todos os artigos cien-tificamente excelentes e importantes satildeo altamente citados nos primeiros dois anos apoacutes sua publicaccedilatildeo e a reali-dade eacute que a maioria dos artigos publi-cado na SAJH natildeo eacute bem citada duran-te esse periacuteodo Portanto o FI depende criticamente dos muito poucos artigos altamente citados - principalmente os estudos monograacuteficos publicados como nuacutemeros especiais Para natildeo diluir o efeito desses artigos altamente citados eacute necessaacuterio limitar o nuacutemero total de artigos publicados

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Informe sobre a South American Journal of Herpetology

Uma consequecircncia infeliz dessa limi-taccedilatildeo tem sido o atraso prolongado da publicaccedilatildeo de artigos aceitos Com a consolidaccedilatildeo do nosso FI em 2020 comeccedilamos a aumentar o nuacutemero de artigos publicados por ano de 24-25 em anos anteriores a 34-35 este ano Tambeacutem alteramos os procedimentos de publicaccedilatildeo para aproveitar melhor o mecanismo de ldquoissues in progressrdquo que a BioOne oferece para a liberaccedilatildeo an-tecipada online dos artigos aceitos Sob esse mecanismo os artigos necessaria-mente satildeo liberados na versatildeo final in-clusive com a paginaccedilatildeo final Portan-to todos os artigos de um determinado volume devem ser liberados na sequecircn-cia final engessando o processamento dos artigos Para garantir maior flexi-bilidade em 2020 comeccedilamos a publi-car vaacuterios volumes por ano em vez de um uacutenico volume com vaacuterios nuacutemeros Desta maneira podemos disponibilizar artigos de vaacuterios volumes simultanea-mente agrave medida que a ediccedilatildeo e a dia-gramaccedilatildeo forem finalizadas aceleran-do a disseminaccedilatildeo dos artigos Com essa mudanccedila a expectava no iniacutecio do ano era a liberaccedilatildeo de todos os artigos aceitos ateacute junho de 2020 mas natildeo foi possiacutevel atingir essa meta por causa dos diversos impactos da pandemia de COVID-19 De qualquer forma todos os artigos aceitos seratildeo liberados nos proacuteximos meses inclusive os dos volu-mes formalmente publicados em 2021

17

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Agrave medida que a revista cresce e amadu-rece surgem novos desafios O aumen-to significativo na taxa de submissatildeo de artigos tem sido um estresse enor-me para a gestatildeo da revista Aleacutem da demora em receber pareceres de qua-lidade sobre as submissotildees - um desa-fio que todos os perioacutedicos enfrentam - as demandas de correspondecircncia com autores durante o processamento das submissotildees aumentaram resultando em respostas atrasadas ou inclusive e-mails natildeo atendidos Essa situaccedilatildeo tambeacutem exacerbada pela pandemia eacute lamentaacutevel e inaceitaacutevel Portanto a Diretoria da SBH autorizou a contrata-ccedilatildeo de serviccedilo de secretariado para au-xiliar na comunicaccedilatildeo com os autores

e funccedilotildees relacionadas o que deve ser fechada em breve

Com essas mudanccedilas estou confiante de que iremos conseguir manter a exce-lecircncia e o alto ranking da SAJH reduzir significativamente o prazo de liberaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos artigos e melhorar a frequecircncia e a qualidade das interaccedilotildees com os autores durante o processamen-to das submissotildees

Taran Grant

Editor-in-Chief SAJH

Figura 1 Valores do Fator de Impacto de 2019 de perioacutedicos da aacuterea da herpetologia

18

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

NOTA DE REPUacuteDIO DAS ASSOCIACcedilOtildeES E SOCIEDADES

CIENTIFICAS BRASILEIRAS AO DESMANTELAMENTO DAS POLIacuteTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

A Sociedade Brasileira para Progresso da Ciecircncia (SBPC) Associaccedilatildeo

Brasileira de Limnologia (ABLimno) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e

Conservaccedilatildeo (ABECO) Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO) Sociedade

Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP) Sociedade

Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox) Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC) Associaccedilatildeo Brasileira de

Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen) Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-

Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) Sociedade Astronocircmica Brasileira

(SAB) Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) Sociedade Brasileira de Biofiacutesica

(SBBf) Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos Sociedade Brasileira de

Geneacutetica (SBG) Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Sociedade Brasileira de

Eletromagnetismo (SBMAG) Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO) Associaccedilatildeo Nacional de

Histoacuteria (ANPUH) Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT) Sociedade

Brasileira de Matemaacutetica (SBM) Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Sociedade Brasileira de Virologia Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais

(SBPM) Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) Sociedade Brasileira de Quiacutemica

(SBQ) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP) Associaccedilatildeo Nacional de

Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL) Sociedade Brasileira

De Zoologia (SBZ) Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) Sociedade

Brasileira de Carcinologia (SBC) Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Sociedade Brasileira de Etologia SBEt Sociedade Brasileira de Malacologia

(SBMa) Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) Sociedade Brasileira de

Primatologia (SBPR) Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto) Sociedade

Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL) Sociedade Brasileira para

o Estudo de Quiropteros (SBEQ) Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias (ESOCITE)

vecircm manifestar repuacutedio quanto ao enfraquecimento e desmantelamento das poliacuteticas de

19

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia conservaccedilatildeo ambiental no Brasil desde o iniacutecio de 2019 aumentando a pressatildeo humana

sobre os ecossistemas brasileiros e sobre agrave Biodiversidade Efeitos de meacutedio e longo prazo

sobre perda de haacutebitats e de espeacutecies satildeo esperados com danos de grande magnitude agrave

biodiversidade brasileira consequentemente no funcionamento dos ecossistemas Este

quadro eacute uma das consequecircncias da reduccedilatildeo de dispositivos legais de fiscalizaccedilatildeo do

desmantelamento dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle aleacutem da reduccedilatildeo dos

mecanismos de participaccedilatildeo popular em oacutergatildeos como o CONAMA (1)

A recente declaraccedilatildeo do Ministro do Meio do Ambiente Ricardo Salles repercutida em

todo mundo eacute um grave indicativo da ausecircncia de uma poliacutetica ambiental com foco na

conservaccedilatildeo e sustentabilidade dos recursos naturais do paiacutes assim como um grave atentado

contra o proacuteprio Ministeacuterio que deveria representar Ao declarar que o ldquogoverno deveria

aproveitar o momento em que o foco da sociedade estaacute voltado para o combate ao Covid

19 para simplificar regras e normasrdquo o atual ministro abre um grave precedente agrave

devastaccedilatildeo do sistema de conservaccedilatildeo ambiental brasileiro expondo accedilotildees contra os

interesses nacionais de gestatildeo dos recursos naturais que satildeo funccedilatildeo da sua proacutepria pasta

Tais medidas aleacutem de questionadas devem ser submetidas a um rigoroso processo de

avaliaccedilatildeo com as devidas medidas legais aplicadas

A falta de compromisso do atual governo com a conservaccedilatildeo ambiental expotildee a

falha no cumprimento dos princiacutepios expostos no artigo 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira que

claramente descreve o papel da Uniatildeo e da coletividade na defesa e preservaccedilatildeo do meio

ambiente

A ideia de desmantelamento vem desde a eacutepoca das eleiccedilotildees quando o entatildeo candidato

cogitava na extinccedilatildeo da pasta do Meio Ambiente como Ministeacuterio No entanto a existecircncia do

mesmo natildeo foi garantia de manutenccedilatildeo da poliacutetica de conservaccedilatildeo ambiental acordos climaacuteticos

e combate ao desmatamento sendo o Serviccedilo Florestal Brasileiro transferido para o Ministeacuterio da

Agricultura e a Agecircncia Nacional das Aacuteguas (ANA) para o Ministeacuterio de Desenvolvimento

Regional

- O desmatamento da Amazocircnia tem registrado os maiores aumentos percentuais

dos uacuteltimos 10 anos desde 2019 com um pico registrado no uacuteltimo mecircs de abril no Estado

do Paraacute segundo dados gerados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) (2) Entre

as graves consequecircncias no avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia podem ser destacados aleacutem

da irreparaacutevel perda da biodiversidade os efeitos em escala global com aumento de incidecircncia de

secas e extremos climaacuteticos bem como aumento da liberaccedilatildeo de CO2 (134)

20

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

- A reduccedilatildeo abrupta no uacuteltimo ano do nuacutemero de multas aplicadas pelo IBAMA em

todo paiacutes (5) especialmente na regiatildeo Norte e as frequentes declaraccedilotildees negativas do

Ministro Ricardo Salles e do proacuteprio governo em relaccedilatildeo aos marcos regulatoacuterios que

definem o papel criacutetico dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo expondo o patrimocircnio ambiental do

paiacutes a um aumento sem precedentes no desmatamento e a outros crimes de natureza

predatoacuteria

- Exoneraccedilatildeo de especialistas de cargos fundamentais na fiscalizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

de estrateacutegias e poliacuteticas de conservaccedilatildeo ambiental como ICMBio (6) Criado pela lei

11516 de 28 de agosto de 2007 o ICMBio tem como missatildeo executar medidas para

cumprimento do exposto no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo)

incluindo fiscalizaccedilatildeo das Unidades de Conservaccedilatildeo (UCs) instituiacutedas por lei Outra

medida do atual governo foi a revisatildeo de UCs alegando ilegalidades na criaccedilatildeo com

possibilidade de afrouxamentos nos niacuteveis de proteccedilatildeo ambiental que foram instituiacutedos

por teacutecnicos especializados atraveacutes de criteriosa anaacutelise ambiental e planos de manejo

Tais medidas associadas a outras de mesma natureza expotildee as UCs a alta vulnerabilidade

e riscos pois incluem aacutereas de alta relevacircncia para conservaccedilatildeo espeacutecies raras e

endecircmicas bem como haacutebitats uacutenicos e espeacutecies altamente ameaccedilados

- Desde o iniacutecio do atual governo aproximadamente 551 agrotoacutexicos foram

liberados sendo que 30 a 35 destes foram considerados potencialmente canceriacutegenos

pelas agecircncias regulamentadoras internacionais e proibidos pela Uniatildeo Europeacuteia Aleacutem

dos evidentes riscos agrave sauacutede humana o aumento na liberaccedilatildeo de agrotoacutexicos com alto

iacutendice de toxicidade representam um retrocesso na poliacutetica ambiental nacional com

consequentes e seacuterios riscos agrave sauacutede humana e aos ecossistemas naturais (7) aumentando

concentraccedilatildeo e acuacutemulo de substacircncias deleteacuterias nos solos e corpos dacuteaacutegua

- O definhamento do sistema de Gestatildeo de Riscos e Resposta a Desastres Naturais

bem como a ausecircncia de investimentos para o setor ao longo dos anos aumenta a

vulnerabilidade dos ecossistemas da biodiversidade e da populaccedilatildeo humana a fatores que

podem ser evitados a partir do comprometimento governamental quanto ao

monitoramento preventivo agrave contenccedilatildeo de diversos acidentes envolvendo por exemplo

o derramamento de substacircncias toacutexicas e o rompimento de barragens As falhas constantes

na coordenaccedilatildeo e na gestatildeo de crises ambientais assim como a reduccedilatildeo abrupta de

investimentos foram expostas durante o episoacutedio do derramamento de petroacuteleo que

contaminou a costa brasileira em 2019 Neste caso mesmo com a ocorrecircncia de altos

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

21

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia niacuteveis de contaminaccedilatildeo ambiental da plataforma continental e ecossistemas associados o

Plano de Contingecircncia para Incidentes de Poluiccedilatildeo por Oacuteleo natildeo foi acionado mesmo este

estando previsto em lei (Decreto Nordm 8127 de 22 de outubro de 2013)

- A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo popular e de setores da sociedade civil em oacutergatildeos como

o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) A participaccedilatildeo da sociedade civil

representa um marco no papel de fiscalizaccedilatildeo dos ambientes no sentido da conservaccedilatildeo

uso e gestatildeo de seus recursos naturais Assim a reduccedilatildeo da participaccedilatildeo da sociedade

nesse processo se reflete o enfraquecimento de um marco democraacutetico importante no

processo decisoacuterio

- Aleacutem das questotildees de abrangecircncia nacional como as previamente mencionadas

a natildeo adesatildeo e saiacuteda do Brasil das discussotildees associadas agraves poliacuteticas internacionais de

Combate de mudanccedilas climaacuteticas e Aquecimento Global eacute um retrocesso Os draacutesticos

cortes de verbas e discursos erraacuteticos e negacionistas sobre a relevacircncia das medidas a

serem tomadas nesse sentido eacute um indicador da ausecircncia de compromisso do presente

governo com as poliacuteticas internacionais incluindo a reduccedilatildeo da emissatildeo de gases de efeito

estufa em um momento onde o aumento destes gases liberados pela crise de

desmatamento e incecircndios na Amazocircnia receberam grande repercussatildeo internacional

Diante desse cenaacuterio as presentes Associaccedilotildees e Sociedades Cientiacuteficas Brasileiras

da aacuterea de Biodiversidade Ciecircncias Bioloacutegicas Ciecircncias Exatas e Humanidades

expressam seu repuacutedio e solicitam providecircncias dos oacutergatildeos responsaacuteveis no sentido de

impedir e coibir a atual poliacutetica de desmantelamento ambiental O patrimocircnio ambiental

eacute um elemento criacutetico no desenvolvimento e manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta e das

futuras geraccedilotildees e portanto deve ser salvaguardado de medidas predatoacuterias O futuro do

Brasil depende da sua Natureza

Brasil 26 de maio de 2020

Ildeu Moreira

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia (SBPC)

Luciana Gomes Barbosa (UFPB) Presidente da Associaccedilatildeo Brasileira de Limnologia (ABLimno)

Carlos Eduardo de Viveiros Grelle

Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

22

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Maria Alice dos Santos Alves Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)

Fernanda Vidigal Duarte Souza

Sociedade Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG)

Tacircnia Regina dos Santos Silva (UEFS) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Ana da Silva Leacutedo

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP)

Flavio Manoel Rodrigues da Silva Juacutenior Presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox)

Ricardo Gazzinelli

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Gisele Sanglard Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC)

Silvia Batistuzzo

Associaccedilatildeo Brasileira de Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen)

Marco Antonio Mitidiero Junior Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)

Reinaldo de Carvalho

Sociedade Astronocircmica Brasileira (SAB)

Maria Elina Bichuette Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI)

Antonio Costa

Sociedade Brasileira de Biofiacutesica (SBBf)

Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos

Maacutercio de Castro Silva Filho Sociedade Brasileira de Geneacutetica (SBG)

Vilma Alves de Oliveira

Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Joseacute Roberto Cardoso

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

23

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)

Acircngelo Alves Correcirca Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Daniel Caixeta Andrade

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO)

Marcia Maria Menendes Motta Associaccedilatildeo Nacional de Histoacuteria (ANPUH)

Cristiano Magalhatildees Panazio

Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT)

Paolo Piccione Sociedade Brasileira de Matemaacutetica (SBM)

Ana Maria Ceacutesar Pompeu

Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Fernando Spilki Sociedade Brasileira de Virologia

Kalyne Leal

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM)

Simone Pereira Cerqueira Cruz Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)

Norberto Peporine Lopes

Sociedade Brasileira de Quiacutemica (SBQ)

Flaacutevia Biroli Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP)

Frederico Fernandes

Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL)

Luciane Marinoni

Sociedade Brasileira De Zoologia (SBZ)

Joatildeo Thadeu de Menezes Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

24

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

William Ricardo Amancio Santana (USC) Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC)

Gabriel Augusto Rodrigues de Melo

Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Fabio Prezoto Sociedade Brasileira de Etologia SBEt

Sonia Barbosa dos Santos

Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa)

Alexandre Reis Percequillo Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)

Gustavo Canale

Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPR)

Marcio Martins Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto)

Otto Bismarck Fazzano Gadig

Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL)

Enrico Bernard Sociedade Brasileira para o Estudo de Quiropteros (SBEQ)

Eliane Dias Quintela

Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Maiacutera Baumgarten Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias

(ESOCITE)

Referecircncias

1 Thomaz SM Barbosa LG Souza MC Panosso R Opinion The future of nature conservation in Brazil Inland Waters In press

2 Fonseca A Cardoso D Ribeiro J Ferreira R Kirchhoff F Amorim L Monteiro A Santos B Ferreira B Pontes M Souza Jr C Veriacutessimo A 2020 Boletim do desmatamento da Amazocircnia Legal (abril 2020) SAD (p 1) Beleacutem Imazon

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

25

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

3 CNN Brasil 2019 Quais os riscos do avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia CNN Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwcnnbrasilcombrnacional20200308quais-os-riscos-do-avanco-do-desmatamento-na-amazonia

4 Marengo JA Soares WR Saulo C Nicolini M 2004 Climatology of the low-level jet east of the Andes as derived from NCEP-NCAR reanalyses characteristics and temporal variability J Clim 172261ndash2280

5 Shalders A 2020 Queimadas disparam mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro BBC News Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwbbccomportuguesebrasil-49430376

6 Menegassi D 2020 ICMBio exonera todos os chefes de UCs que protegem o mico-leatildeo-dourado O Eco Rio de Janeiro [acessado25 de maio de 2020] httpswwwoecoorgbrreportagensicmbio-exonera-todos-os-chefes-de-ucs-que-protegem-o-mico-leao-dourado

7 Marin-Morales MA Ventura-Camargo BC Hoshina MM 2013 Toxicity of herbicides impact on aquatic and soil biota and human health In Price AJ Kelton JA editors In Herbicides ndash Current Research and Case Studies in Use InTech Rijeka Croatia p 399ndash443

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

26

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA CONSERVACcedilAtildeO DO BOI-DEO MAIS RARO DO MUNDO A JIBOIA-DO-RIBEIRA - Corallus Cropanii (HOGE1953)

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Localizada ao sul do Estado de Satildeo Paulo a regiatildeo do Vale do Ribeira abriga em uma faixa de vegetaccedilatildeo

contiacutenua grande parte dos remanescentes de Mata Atlacircntica do Brasil apresentan-do uma potencial fonte de recursos natu-rais e encantadora diversidade ecoloacutegica Abrangendo 31 municiacutepios satildeo encon-tradas diferentes tipos de comunidades distribuiacutedas historicamente ao longo de todo o Vale como quilombolas caiccedilaras indiacutegenas dentre outras aleacutem de uma rica biodiversidade ainda parcialmente desco-nhecida

Eacute nesta regiatildeo que vive uma serpente con-siderada por especialistas como uma das mais raras do mundo ameaccedilada de ex-tinccedilatildeo de acordo com a lista vermelha da Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (Marques 2010) e vulneraacutevel agrave extinccedilatildeo pela lista de espeacutecies ameaccedila-das do Brasil (ICMBio 2018) a Corallus cropanii (Hoge 1953) tambeacutem conhecida como Boa de Cropan e recentemente reba-tizada como Jiboia-do-Ribeira Acredita-

Daniela Gennari sup1 Bruno Rocha sup2

sup1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil danigen-narigmailcomsup2 Instituto Butantan 05503-900 Satildeo Paulo SP Brasil brunorochaherpetogmailcom

-se que essa jiboia tem distribuiccedilatildeo restri-ta ao Vale do Ribeira poreacutem permanecem desconhecidas a estrutura e a dinacircmica populacional desta enigmaacutetica espeacutecie

O primeiro indiviacuteduo conhecido desta es-peacutecie chegou agraves matildeos do herpetoacutelogo do Instituto Butantan Dr Alphonse Richard Hoge em 1953 e foi descrito como Xeno-boa cropanii uma homenagem ao Baratildeo Ottorino de Fiore di Cropani Geoacutelogo e Vulcanoacutelogo italiano que foi professor vi-sitante no Brasil durante a fundaccedilatildeo da Universidade de Satildeo Paulo (Hoge 1953) Apoacutes a descriccedilatildeo o indiviacuteduo - um macho com cerca de 1m de comprimento encon-trado no municiacutepio de Miracatu SP - foi tombado como holoacutetipo da espeacutecie na co-leccedilatildeo do Instituto Butantan e posterior-mente perdido no incecircndio ocorrido na mesma coleccedilatildeo em 2010 (Franco 2012)

O segundo exemplar foi encontrado em Pedro de Toledo em 1969 e levado agrave Co-leccedilatildeo do Instituto Butantan sendo poste-riormente doado ao American Museum of Natural History em New York (EUA) O

27

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

terceiro espeacutecime foi encontrado em 1978 e chegou ao Instituto Butantan pelo trem que partia da estaccedilatildeo de Santos litoral de Satildeo Paulo e por este motivo natildeo tem sua procedecircncia especiacutefica

Apoacutes cerca de 30 anos sem novos regis-tros pesquisadores do Instituto Butantan receberam um novo espeacutecime morto em 2002 encontrado no municiacutepio de Eldo-rado por um fazendeiro que havia preser-vado em aacutelcool somente a cabeccedila e a pele do animal Alguns anos depois em 2009 outro exemplar da espeacutecie foi morto e re-gistrado com uma uacutenica fotografia por moradores do bairro Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras (SP) publicado posterior-mente como o quinto registro da espeacutecie (Machado-Filho et al 2011) Em 2016 os moradores do mesmo local encontraram um novo espeacutecime da jiboia que embora tenha sido morto teve parte de sua pele e esqueleto recuperados e material geneacutetico coletado Trata-se do sexto registro e en-contra-se na coleccedilatildeo cientiacutefica do Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo

Historicamente haacute na relaccedilatildeo homem-ser-pentes diversas crenccedilas mitos e lendas negativas sobre esses animais estimulan-do a rejeiccedilatildeo e o medo e fazendo com que na maior parte das vezes as serpentes se-jam mortas quando encontradas (Argocirclo 2004 Lima-Verde 1994 Vizotto 2003) No caso da Jiboia-do-Ribeira natildeo seria diferente jaacute que segundo os moradores muitas vezes satildeo confundidas com outra espeacutecie peccedilonhenta e abundante na aacuterea a Bothrops jararacussu Outro ponto im-portante eacute que mesmo havendo exaustivo esforccedilo amostral em buscas cientiacuteficas por parte de pesquisadores na regiatildeo do Vale

todos os exemplares foram avistados ape-nas por membros da comunidade

Intrigados por esse contexto somado a deficiecircncia de dados sobre aspectos gerais da biologia da espeacutecie e os mais de 60 anos sem acesso a um espeacutecime vivo desenvol-vemos em 2016 o ldquoProjeto de Conservaccedilatildeo da Jiboacuteia do Ribeirardquo (Figura 01) utili-zando entatildeo a Educaccedilatildeo Ambiental como ferramenta principal para encontrar es-peacutecimes vivos de Corallus cropanii Con-tando com a ajuda da comunidade local buscamos ampliar a percepccedilatildeo ambiental dos moradores de diversas faixas etaacuterias atraveacutes da sensibilizaccedilatildeo a fim de elucidar os valores cientiacuteficos agregados a esta es-peacutecie e desenvolver atitudes que lhes per-mitam adotar uma posiccedilatildeo participativa a respeito das questotildees relacionadas com a conservaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo consciente dos recursos naturais Atraveacutes das atividades educativas (Figura 02) ressaltamos a im-portacircncia de encontrar espeacutecimes vivos para monitorar de perto a Jiboia-do-Ri-beira em seu habitat natural e obter infor-maccedilotildees ainda desconhecidas sobre seus haacutebitos de vida

28

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 1 Logo de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira

Figura 2 Atividade de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira para os mora-dores da comunidade do Guapiruvuacute utilizando os folhetos Foto Tiago Queiroz

29

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Para viabilizaccedilatildeo do projeto a Uniatildeo In-ternacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (IUCN) forneceu o apoio financeiro atra-veacutes do Boas and Phytons Specialist Group (BPSG) e contamos tambeacutem com apoio e orientaccedilotildees do RAN-ICMBio durante ofi-cina do PAN (Plano de Accedilatildeo Nacional para Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) Comeccedila-mos criando um novo nome vernacular vi-sando estreitar a ligaccedilatildeo da sociedade com esta espeacutecie o termo ldquoJiboiardquo para sinali-zar a identificaccedilatildeo como uma espeacutecie de serpente natildeo venenosa e ldquodo Ribeirardquo por ser endecircmica da regiatildeo do Vale do Ribeira Demos iniacutecio ao plano de educaccedilatildeo am-biental com a comunidade do Guapiruvuacute bairro rural de Sete Barras (SP) onde fo-ram feitos os registros mais recentes desta espeacutecie

Essa interaccedilatildeo do projeto junto agrave comuni-dade do Guapiruvuacute foi significativamente favorecida pelo fato da comunidade estar historicamente ligada agraves causas ambien-

tais e uso sustentaacutevel do meio ambiente Logo no iniacutecio houve uma parceria com a frente ambiental da Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute os ldquoAmigos da Matardquo (Figura 03) que nos ajudaram a realizar aulas e palestras sobre as espeacutecies de serpentes que habitam a regiatildeo infor-mando sobre como identificar as espeacutecies venenosas e apresentando a Jiboia-do-Ri-beira ao puacuteblico infantil jovem e adulto enfatizando que eacute um animal especial que soacute existe ali que se as pessoas continuas-sem a mataacute-los eles poderiam se extinguir antes mesmo que aprendecircssemos algo a respeito Tivemos o cuidado de destacar a relevacircncia cientifica dessa serpente acima de qualquer valor econocircmico pois sabe-mos que esta espeacutecie desperta o interesse de traficantes de animais que vendem ser-pentes para o comercio ilegal de animais de estimaccedilatildeo Ao longo desse processo foram distribuiacutedos por toda a comunidade car-tazes e folhetos contendo fotos e informa-ccedilotildees sobre a Jib0ia-do-Ribeira instruindo sobre como proceder e nos contactar no

caso de um encontro com um animal (Figura 04)

Figura 3 Bruno Rocha du-rante uma das palestras mi-nistradas junto ao grupo dos Amigos da Mata Foto Liacutevia Correcirca

30

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figuras 4 Folhetos elaborados por parte do Projeto para divulgaccedilatildeo identificaccedilatildeo da Jiboia -do-Ribeira e instruccedilotildees de como proceder frente a um encontro

Jiboacuteia do Ribeira Projeto de conservaccedilatildeo da serpente

Corallus cropanii

bull Vive somente no Vale do Ribeira bull Natildeo possui veneno

A Jiboacuteia do Ribeira

bull Possui proacuteximo a boca fossetas (buracos) entre as escamas

Projeto de conservaccedilatildeo e pesquisa de um animal raro

que vive aqui no Vale do Ribeira

Favor natildeo perturbar o animal caso o tenha encontrado

Se possui alguma informaccedilatildeo sobre a localizaccedilatildeo deste animal

favor entrar em contato pelos nuacutemeros abaixo

Bruno Rocha (Bioacutelogo) E-mail brunorochaherpetogmailcom

(11) 94908-4727 (Tim) (11) 95640-0922 (Vivo) WhatsApp

Ajude-nos a encontraacute-la Viva

31

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2- Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

A parceria Ciecircncia-Comunidade rendeu bons frutos Em ja-neiro de 2017 um novo indiviacuteduo da Jiboia-do-Ribeira foi en-contrado vivo por moradores do Bairro Guapiruvuacute no muni-ciacutepio de Sete Barras estado de Satildeo Paulo (Figuras 05 e 06)

Figuras 5 O seacutetimo es-peacutecime conhecido de Co-rallus cropanii sendo o primeiro conhecido vivo apoacutes o holoacutetipo da espeacutecie Foto Liacutevia Correcirca

Figuras 6 Detalhe das evidentes fossetas la-biais que auxiliaram a identificaccedilatildeo por parte dos moradores que a en-contraram Foto Daniela Gennari

32

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 7 Bruno Rocha com Andreacute Marques Bezerra e Paulo Viniacutecius Teixeira moradores do Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras Es-tado de Satildeo Paulo que encontraram o indiviacute-duo e nos auxiliaram durante todo o monito-ramento Foto Liacutevia Correcirca

Figura 8 A valiosa interaccedilatildeo entre os pes-quisadores e as crianccedilas da comunidade do Guapiruvu elaborada em atividades que per-mitem a conscientizaccedilatildeo e desmistificaccedilatildeo das serpentes sempre pautada nas curiosidades e histoacuterias por outro lado alertando tambeacutem possiacuteveis riscos Foto Liacutevia Correcirca

Uma fecircmea adulta com cerca de 175m de comprimento e quando estava prestes a levar uma paulada foi reconhecida como a tal Jiboia-do-Ribeira por dois rapazes do grupo que participaram das atividades de Educaccedilatildeo Ambiental que vinham sen-do desenvolvidas por parte do Projeto de Conservaccedilatildeo Jiboacuteia do Ribeira (Figuras 07 e 08) O exemplar apelidado pelas crian-ccedilas do projeto Amigos da Mata por ldquodona Crocircrdquo foi monitorado ao longo de 3 meses

consecutivos depois de ser solto no mes-mo local em que fora encontrado Figuras 09 a 13) Apoacutes o fim do monitoramento em 2017 a escassez de recursos fez com que nossas visitas e atividades educativas na regiatildeo fossem menos intensas nos uacuteltimos anos

33

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 9 Comunidade reunida para a tatildeo esperada soltura da dona Crocirc Foto Tiago Queiroz

Figura 10 Daniela Gennari e a Jiboia-do-Ri-beira durante o manejo em cativeiro Foto Tiago Queiroz

Figura 11 Bruno Rocha e a Jiboia-do-Ribeira durante o manejo para a soltura do animal no local onde foi encontrado Foto Tiago Queiroz

34

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 13 Bruno Rocha e Daniela Gennari durante o monitoramento noturno da dona Crocirc utilizando aleacutem da busca visual a frequecircn-cia do sinal do tag acopla-do ao animal Foto Tiago Queiroz

Figura 12 Daniela Gennari e Bruno Rocha durante o monitoramen-to diurno da dona Crocirc acompanhando o deslocamento do indiviacuteduo visualmente e por registros fotograacuteficos Foto Tiago Queiroz

35

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Foi quando em abril deste ano um novo indiviacuteduo de Corallus cropanii foi morto na beira de uma estrada de chatildeo no muni-ciacutepio de Sete Barras (SP) num bairro proacute-ximo de onde empreendemos as atividades de Educaccedilatildeo Ambiental Os moradores re-gistraram o encontro por fotografias e ao compararem as fotos com as informaccedilotildees disponibilizadas na internet nos cartazes do projeto entraram em contato conos-co No mesmo instante empreendemos as buscas ao espeacutecime no local de encontro com ajuda da Associaccedilatildeo de moradores do Guapiruvuacute mas infelizmente natildeo tivemos sucesso Ainda assim ao analisar detalha-damente as fotografias enviadas garanti-mos o registro do oitavo exemplar de Co-rallus cropanii conhecido ateacute o presente momento

Atualmente estamos em fase de publica-ccedilatildeo dos dados obtidos no monitoramento da Dona Crocirc e seguimos buscando novas fontes de investimentos e parcerias para expandir as atividades educacionais tanto no Guapiruvuacute quanto em outros bairros rurais das cidades da regiatildeo do Vale do Ri-beira Acreditamos que soacute com a uniatildeo dos esforccedilos entre ciecircncia e comunidade tere-mos novas oportunidades de encontrar espeacutecimes vivos e monitoraacute-los in situ buscando elucidar os mais diversos as-pectos de vida dessa espeacutecie Vale ressal-tar tambeacutem a ideia de que essa rara jiboia pode ser vista como uma espeacutecie bandeira para o Vale do Ribeira e que atraveacutes des-ta parceria com a comunidade poderemos elaborar estrateacutegias de conservaccedilatildeo para a Corallus cropanii bem como para vaacuterias espeacutecies da fauna e flora local

De uma forma geral cabe aos cientistas aprenderem a dialogar e compartilhar o conhecimento com as pessoas dos mais variados graus de instruccedilatildeo Em contra-partida aprendemos com as vivecircncias e a sabedoria de quem vive haacute geraccedilotildees na flo-resta Soacute desta forma teremos resultados beneacuteficos para todas as partes envolvidas e no nosso caso principalmente para esta espeacutecie de serpente tatildeo fantaacutestica da her-petofauna brasileira

Para acompanhar de perto esse projeto si-ga-nos nas miacutedias sociais

bull Facebook Projeto de Conservaccedilatildeo Ji-boacuteia do Ribeira - Corallus cropanii

bull Instagram jiboiadoribeira

bull Twitter projetocropanii

Agradecimentos

Agradecemos ao Boa amp Python Specialist Group (IUCNSSC) pelo apoio financei-ro no iniacutecio do projeto Somos profunda-mente gratos a toda comunidade do Bair-ro Guapiruvu pela parceria em especial agrave Viniacutecius Teixeira e Andreacute Bezerra e tam-beacutem agrave Gilberto Otta agrave Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute e agrave iniciativa Amigos da Mata Agradecemos tambeacutem aos editores da Herpetologia Brasileira pelas sugestotildees no texto

36

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Referecircncias

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos ca-cauais do sudeste da Bahia Editora da UESC Ilheacuteus

Franco FL 2012 A Coleccedilatildeo Herpetoloacutegi-ca do Instituto Butantan da sua origem ao incecircndio ocorrido em 15 de maio de 2010 Herpetologia Brasileira 122ndash31

Hoge AR 1953 A new genus and species of Boinae from Brazil Xenoboa cropanii gen nov sp nov Memoacuterias do Instituto Butantan 2527ndash31

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Con-servaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Institu-to Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodi-versidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Lima-Verde J S (1994) Por que natildeo matar as nossas cobras Herpetologia no Brasil 192ndash101

Machado-Filho PR Duarte MR Carmo LF Franco FL 2011 New record of Co-rallus cropanii (Boidae Boinae) a rare snake from the Vale do Ribeira State of Satildeo Paulo Brazil Salamandra 47112ndash115

Marques O 2010 Corallus cropanii The IUCN Red List of Threatened Species 2010 eT39904A10281308 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2010-4RLTST39904A10281308en Consultado em 16 June 2020

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mi-tos supersticcedilotildees e crendices Editora Plecirc-iade Satildeo Paulo

Editora Cybele S Lisboa

37

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Dactyloa punctataSanta Teresa - ES Tatiane M Carmo

38

Histoacuteria da HerpetologiaCarlos Alberto Gonccedilalves da Cruz

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Professor Titular Aposentado Departamento de Biologia Animal Ins-tituto de Biologia Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroPesquisador Associado Setor de Herpetologia Departamento de Ver-tebrados Museu Nacional Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de JaneiroMarinheiro Regional de Conveacutes Capitania dos Portos do Rio de Janei-ro Marinha do Brasil

Carlos Cruz Reserva Santa Luacutecia Santa Teresa Espiacuterito Santo (1812006)

39

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Ao receber esse convite primeiro fi-quei assustado pensei ldquopor que eu por que natildeo os outros Satildeo tantosrdquo

Depois achei que seria muito difiacutecil escrever sobre mim e continuo achando Seria muito mais faacutecil escrever sobre um amigo ou mes-mo sobre os sapos Mas enfim vou tentar e aproveito para agradecer o convite que certa-mente seraacute uma oportunidade das pessoas me conhecerem um pouco mais

Nasci em 17 de julho de 1944 na regiatildeo de Guaratiba municiacutepio do Rio de Janeiro Es-tado do Rio de Janeiro Filho de Fernando

Carlos e sua esposa Arilda Parque Estadual do Itacolomi Ouro Preto Minas Gerais (28112003)

Gonccedilalves da Cruz e Antonia Maria Teixeira da Cruz Venho de famiacutelia classe meacutedia baixa meu pai era comerciante Em 20 de janeiro de 1970 casei-me com a professora Arilda Meira Gonccedilalves da Cruz e tenho trecircs filhos Adria-na Meira Gonccedilalves da Cruz 48 anos Monica Meira Gonccedilalves da Cruz 46 anos e Carlos Augusto Gonccedilalves da Cruz 43 anos Possuo ainda quatro netos Amanda Gonccedilalves da Cruz 15 anos Patrick Gonccedilalves da Cruz da Silva 13 anos Erick Gonccedilalves da Cruz da Sil-va 9 anos e Vicente Madeira Correcirca Gonccedilal-ves da Cruz nascido em 07 de maio de 2020

40

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Estudei os cinco anos do ensino primaacuterio em Campo Grande Zona Oeste do Rio de Janei-ro onde todo ano eu era considerado o me-lhor aluno do Coleacutegio Ainda guardo as cinco medalhas de Honra ao Meacuterito Em seguida ingressei na Escola Agroteacutecnica Ildefonso Si-motildees Lopes na Universidade Rural do Brasil hoje Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro onde concluiacute os cursos de Mestria Agriacute-cola e Teacutecnico Agriacutecola no periacuteodo de 1959 a 1965 No ano de 1966 eu cursei o Coleacutegio Uni-versitaacuterio e em 1967 prestei vestibular para o curso de Agronomia da UFRRJ contrariando minha vontade que era fazer Geologia O cur-so de Agronomia durou de 1967 a 1970 Logo no primeiro ano do curso eu me interessei pela disciplina de Zoologia ministrada pelo professor Eugenio Izecksohn que com muito conhecimento e desenvoltura sabia cativar seus alunos O professor Eugenio gostava de conversar apoacutes as aulas seja nos corredores seja no seu gabinete e a qualquer dia e hora que fosse procurado natildeo se furtava em nos atender sempre com muita atenccedilatildeo Certo dia do mecircs de setembro de 1967 eu ofereci ao professor Eugenio uma pequena coleccedilatildeo de escorpiotildees alguns vivos e a maioria mortos conservados em aacutelcool Ele se mostrou mui-to interessado e quis logo saber onde eu havia coletado aqueles exemplares Assim que in-formei que os animais eram provenientes da Restinga da Marambaia RJ seu interesse au-mentou muito e quis logo saber como poderia ir ao local Dei meu jeito e na semana seguin-te laacute estaacutevamos abrindo bromeacutelias e coletan-do Hyla truncata (hoje Xenohyla truncata) Aparasphenodon brunoi (hoje Nyctimantis brunoi) entre outros Esses dois nomes eu nunca mais esqueci pegamos muitos e ouvi

muitas vezes a repeticcedilatildeo deles O professor Eugenio logo percebeu que eu havia gostado de observar e coletar os anfiacutebios e assim pas-sou a me convidar para juntamente com seus bolsistas e outros interessados fazer coletas noturnas na Floresta da Tijuca municiacutepio do Rio de Janeiro no Horto Florestal de Santa Cruz municiacutepio de Seropeacutedica na Sacra Fa-miacutelia do Tinguaacute municiacutepio de Paulo de Fron-tin Teresoacutepolis Tinguaacute municiacutepio de Nova Iguaccedilu todas as localidades no estado do Rio de Janeiro Essas eram as localidades mais frequentes vaacuterias outras tambeacutem faziam par-te deste rol E foi assim que comecei troquei os escorpiotildees onde eu soacute me divertia em vecirc--los se alimentar pelos anfiacutebios onde eu natildeo soacute me interessei por estudaacute-los mas tambeacutem fiz deles uma paixatildeo Passei a maior parte da minha vida me dedicando a procurar desco-brir identificar e estudaacute-los Cheguei mesmo em algumas ocasiotildees a dedicar mais tempo aos anfiacutebios do que agrave minha famiacutelia Mas no fundo eu sabia que era compreendido e esse apoio que me foi dado foi fundamental para minha realizaccedilatildeo profissional e pessoal

Entatildeo voltando agrave narrativa logo apoacutes a colaccedilatildeo de grau como Engenheiro Agrocircnomo fui contra-tado pela UFRRJ como Auxiliar de Ensino para a aacuterea de Zoologia do Departamento de Biologia Animal em abril de 1971 A carga de lecionaccedilatildeo era pesada e quase natildeo sobrava tempo para as coletas de campo No ano seguinte ingressei no Regime Especial de Trabalho em Tempo In-tegral e Dedicaccedilatildeo Exclusiva com a aprovaccedilatildeo dos Projetos intitulados ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo e ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Peixes das Famiacutelias Rivulidae e Characidae Brasileirosrdquo

41

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Jaacute se passavam trecircs anos e meio de trabalho como Professor Auxiliar quando em 1974 tive a oportunidade de prestar concurso puacute-blico de Provas e Tiacutetulos para Professor Assis-tente do Quadro Permanente da UFRRJ onde trecircs vagas haviam sido destinadas agrave Aacuterea de Zoologia Obtive aprovaccedilatildeo e fui empossado em 5 de junho de 1974

Em 1976 fui aprovado nas provas de seleccedilatildeo do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional Rio de Janeiro UFRJ Desenvolvi um trabalho de Dissertaccedilatildeo sobre larvas de grupos de espeacutecies de Phyllomedusidae brasi-leiras sob a orientaccedilatildeo do professor Eugenio Izecksohn Naquela ocasiatildeo tive oportunida-de de frequentar a Biblioteca do Museu Na-cional bem como o laboratoacuterio do professor Antenor Leitatildeo de Carvalho e de outros pro-fessores daquela instituiccedilatildeo Concluiacute o referi-do curso em dezembro de 1978

No ano de 1980 obtive do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) uma Bolsa de Pesquisa para desenvol-ver o Projeto ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo Essa bolsa se manteve ateacute marccedilo de 2017 quando apre-sentei relatoacuterio referente ao periacuteodo de 2014 a 2017 e uma carta de agradecimento pelo apoio a mim concedido enquanto fui bolsista Nessa oportunidade natildeo apresentei projeto para so-licitaccedilatildeo de nova bolsa de pesquisa

Em janeiro de 1981 fui promovido ao cargo de Professor Adjunto O julgamento dessa promo-ccedilatildeo foi feito por uma comissatildeo de trecircs profes-sores adjuntos que analisaram o relatoacuterio por mim apresentado sobre minhas atividades de

ensino e pesquisa Neste mesmo ano fui aceito pela coordenaccedilatildeo do curso de Poacutes-graduaccedilatildeo em Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo para cursar o doutorado daquela Instituiccedilatildeo Desenvolvi um projeto de tese sobre as relaccedilotildees intergeneacutericas dos Phyllomedusidae da Flores-ta Atlacircntica bem como os seus relacionamen-tos entre si e com os demais gecircneros dessa fa-miacutelia Tive como orientador o professor Paulo Emiacutelio Vanzolini Minha defesa de tese ocorreu em dezembro de 1987

Durante o periacuteodo de 1983 a 1985 tive a opor-tunidade de participar ativamente do projeto ldquoFrogs of Boraceacuteiardquo juntamente com W Ro-nald Heyer e Craig Nelson da Smithsonian Institution Washington Stanley Rand da Smithsonian Tropical Research Panamaacute e Oswaldo Luiz Peixoto da UFRRJ Esse pro-jeto teve a coordenaccedilatildeo de Ronald Heyer no exterior e de Paulo Emiacutelio Vanzolini no Bra-sil e foi financiado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo pelo Smithsonian Institution e pelo Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico Des-se projeto resultaram duas publicaccedilotildees Seu desenvolvimento foi uma experiecircncia mui-to valiosa pois aleacutem do trabalho em si tive a oportunidade de escrever discutir e desen-volver trabalhos de campo com esses pesqui-sadores citados aleacutem de outros como Linda Maxson Mississipi State University e Ronald Crombie Smithsonian Institution

Em seguida veio a primeira experiecircncia ad-ministrativa que se deu com minha eleiccedilatildeo para chefe do Departamento de Biologia Ani-mal Instituto de Biologia UFRRJ em no-vembro de 1989 com mandato de dois anos

42

findado em novembro de 1991 Na sequecircncia fui reeleito para um segundo mandato A con-diccedilatildeo de chefe de Departamento me assegu-rou desde novembro de 1989 o assento como Membro do Conselho Departamental do Ins-tituto de Biologia Este Conselho dentre as vaacuterias funccedilotildees tem a obrigatoriedade de jul-gar as contas da Diretoria proceder a divisatildeo de recursos julgar projetos de pesquisas e programas de disciplinas bem como de tratar assuntos relacionados a ordem disciplinar de discentes e docentes

No ano de 1992 prestei concurso puacuteblico de Tiacutetulos e Provas para o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da UFRRJ Esse con-curso foi homologado em 15 de setembro de 1992 Fui aprovado e nomeado para o referido cargo em 17 de setembro de 1992

No ano seguinte venci a eleiccedilatildeo para o Cargo de Diretor do Instituto de Biologia e fui no-meado em 7 de setembro de 1993 para exer-cer por quatro anos o mandato do referido Cargo Entretanto em 14 de marccedilo de 1995 fui aposentado e nesse mesmo dia nomeado como Servidor Aposentado para cumprir o mandato ateacute o seu final previsto (7 de setem-bro de 1997)

Laacute pelos idos de 1995 recebi a visita do meu amigo professor Ulisses Caramaschi Mu-seu nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro que me convidou para trabalhar-mos juntos nas pererecas do grupo de Hyla polytaenia (atualmente Boana polytaenia) Inicialmente seria apenas para fazermos um trabalho soacute que foram aparecendo outros e mais outros e assim estamos trabalhando ateacute

os dias de hoje Com isso transitamos pelos Chiasmocleis Pseudis Melanophryniscus Dendrophryniscus entre outros Fui contra-tado como Professor Visitante por trecircs periacute-odos de dois anos cada no Departamento de Vertebrados do Museu Nacional

Laacute tive a oportunidade de interagir com maior eficiecircncia junto a estudantes de poacutes-gradua-ccedilatildeo Entretanto como natildeo era professor do quadro efetivo do Museu Nacional somente pude atuar como co-orientador E assim par-ticipei da orientaccedilatildeo de nove estudantes de doutorado e outros nove de mestrado En-quanto que na UFRRJ tive um estudante de doutorado e dois de mestrado

No que se refere a premiaccedilotildees e tiacutetulos hono-riacuteficos recebi os seguintes

Cynolebias cruzi nova espeacutecie de peixe da famiacutelia Rivulidae (1988) Cacruzia novo gecircnero de Orthoptera (1992) Pesquisador Associado Museu Nacional UFRJ (1998) Hyla cruzi (atualmente Dendropsophus cru-zi) nova espeacutecie de Anura (1998) Homena-geado no I seminaacuterio Ecirclio Gouvecirca Itatiaia RJ (2001) Chiasmocleis crucis nova espeacutecie de Anura (2003) Homenageado no II Congres-so Brasileiro de Herpetologia Belo Horizonte MG (2005) Cruziohyla novo gecircnero de Anu-ra (2006) Phasmahyla cruzi nova espeacutecie de Anura (2009) Cruzioseptins nova famiacutelia de peptiacutedeos antimicrobianos (2016) Membro Honoraacuterio da Sociedade Brasileira de Herpe-tologia (2017)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

43

Parque Estadual do Ibitipoca Conceiccedilatildeo do Ibitipoca Lima Du-arte Minas Gerais - fotos da esquerda e direita superior (12042006) - foto direita inferior (19102005)

A minha produccedilatildeo cientiacutefica resultou ateacute a presente data na publicaccedilatildeo de 117 artigos em revistas nacionais e internacionais na publi-caccedilatildeo de 44 artigos em anais de eventos na publicaccedilatildeo de um livro e em sete capiacutetulos de outros livros Apesar de essa produccedilatildeo estar voltada basicamente para a Floresta Atlacircntica do sudeste brasileiro eu viajei coletando por quase todos os estados do Brasil onde tive es-pecial atenccedilatildeo aos estados da Bahia e Espiacuterito Santo No entanto ainda natildeo tive a oportuni-dade de conhecer os estados do Acre Amapaacute Maranhatildeo Piauiacute e Rondocircnia

Finalmente sinto-me bastante feliz no que se refere agrave minha contribuiccedilatildeo ao conhecimen-to da biodiversidade dos peixes das famiacutelias Rivulidae e Characidae das quais descrevi seis espeacutecies novas e dos anfiacutebios anuros especialmente da Floresta Atlacircntica de onde descrevi ateacute o momento cerca de 80 espeacutecies novas e o gecircnero Phasmahyla Pretendo ter-minar alguns trabalhos em andamento cerca de 10 artigos Provavelmente quando esses artigos forem concluiacutedos e publicados eu mais os Professores Ulisses Caramaschi Re-nato Neves Feio Luciana Barreto Nascimento e Ivan Nunes entre outros amigos arranjare-mos mais alguns motivos para continuar indo ao campo coletar beber muita cerveja e con-tar muitas histoacuterias vividas

Rio de Janeiro 20 de fevereiro de 2020

Editores Deacutelio Baecircta Teresa C Avila-Pires

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Carlos Cruz

44

Jaramillo AF De La Riva I Guayasamin J M Chaparro JC Gagliardi-Ur-rutia G Gutieacuterrez RC Brcko I Vilagrave C Castroviejo-Fisher S 2020 Vastly underestimated species richness of Amazonian salamanders (Plethodontidae Bolitoglossa) and implications about plethodontid diversification Molecular Phylogenetics and Evolution 149106841 Doi httpsdoiorg101016jym-pev2020106841

As salamandras da famiacutelia Ple-thodontidae compreendem 66 das espeacutecies de Caudata e

tecircm sido amplamente utilizadas como modelos em estudos de biologia evolu-tiva As espeacutecies do grupo ocorrem da Ameacuterica do Norte ateacute a Ameacuterica do Sul com a maior riqueza na Ameacuterica Cen-tral que concentra 280 espeacutecies em 17 gecircneros Por outro lado a Ameacuterica do Sul apresenta apenas 37 espeacutecies em dois gecircneros Oedipina e Bolitoglossa Para alguns autores a baixa diversida-de na Ameacuterica do Sul poderia ser expli-cada por uma colonizaccedilatildeo mais recen-te No entanto descobertas geoloacutegicas paleontoloacutegicas e biogeograacuteficas apon-tam para a possibilidade de uma colo-nizaccedilatildeo mais antiga Estudos indicam que a diversidade em Bolitoglossa eacute mais subestimada na Ameacuterica do Sul que em outras localidades sendo a es-peciaccedilatildeo do gecircnero desacompanhada de mudanccedilas morfoloacutegicas detectaacuteveis Aleacutem disso os estudos de delimitaccedilatildeo de espeacutecies usando sequecircncias de DNA

ou morfologia trazem uma amostragem geralmente limitada geograficamente Os autores deste trabalho investigaram as relaccedilotildees evolutivas entre espeacutecimes de Bolitoglossa da Amazocircnia para di-mensionar a diversidade de espeacutecies do gecircnero e seus padrotildees de diversifi-caccedilatildeo e distribuiccedilatildeo Foram utilizadas sequecircncias de trecircs genes mitocondriais e dois nucleares de 366 espeacutecimes 189 correspondentes a 89 espeacutecies prove-nientes de fora da Amazocircnia Da Ama-zocircnia o estudo abrangeu 177 espeacuteci-mes incluindo tipos e topoacutetipos de oito das nove espeacutecies reconhecidas para a regiatildeo Com essa amostragem os au-tores atingiram 73 das espeacutecies co-nhecidas atualmente em Bolitoglossa Foram realizadas anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia e de Maacutexima Verossimi-lhanccedila para inferir as relaccedilotildees filogeneacute-ticas aleacutem de anaacutelises de delimitaccedilatildeo de espeacutecies dataccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da histoacuteria biogeograacutefica das espeacutecies sul americanas Os resultados revelam que a diversidade de Bolitoglossa na regiatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Trabalhos recentes

45

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

estaacute bastante subestimada Ao todo 44 espeacutecies putativas foram identificadas pelos autores Se este nuacutemero for con-firmado em estudos futuros a Ameacuteri-ca do Sul atingiraacute 79 espeacutecies e deveraacute ser considerada um importante centro de diversificaccedilatildeo de Plethodontidae O reloacutegio molecular e as anaacutelises bioge-ograacuteficas mostraram que Bolitoglossa colonizou a Ameacuterica do Sul a partir da Ameacuterica Central provavelmente por conexotildees desta com a regiatildeo do Chocoacute Colombiano que satildeo evidenciadas em estudos geoloacutegicos Aleacutem disso disper-sotildees posteriores entre a Amazocircnia e os Andes coincidem com as maiores mu-danccedilas reconhecidas na paisagem ama-zocircnica ocorridas ao fim do Mioceno e no Plioceno

Editor A O Maciel

46

Morales CH Sturaro MJ Nunes PMS Lotzkat S Peloso PLV 2020 A species-level total evidence phylogeny of the microteiid lizard family Alopo-glossidae (Squamata Gymnophthalmoidea) Cladistics 36301ndash321 Doi ht-tpsdoiorg101111cla12407

Alopoglossidae eacute uma famiacutelia de lagartos composta por dois gecircneros Alopoglossus e Pty-

choglossus que agrupam 23 espeacutecies encontradas desde a Costa Rica ateacute o norte da Ameacuterica do Sul a leste e oes-te dos Andes e em toda a Amazocircnia As espeacutecies do grupo satildeo diurnas mi-niaturizadas de coloraccedilatildeo e comporta-mento criacuteptico e vivem na serapilheira de florestas e em aacutereas de cultivo agriacute-cola Por muito tempo Alopoglossidae foi reconhecido como uma subfamiacutelia de Gymnophthalmidae mas recente-mente foi elevada agrave categoria de famiacutelia com base em filogenia molecular ten-do sido reconhecida como grupo irmatildeo de Teiidae + Gymnophthalmidae Ape-sar das relaccedilotildees entre essas trecircs famiacute-lias ainda serem consideradas contro-versas Alopoglossidae foi suportado como um grupo monofileacutetico com base tanto em morfologia quanto em dados moleculares No entanto as filogenias publicadas trazem uma amostragem pouco abrangente dos taacutexons que com-potildeem a famiacutelia Com o intuito de tes-tar o monofiletismo de Alopoglossidae e as relaccedilotildees entre as suas espeacutecies os autores deste trabalho realizaram uma anaacutelise filogeneacutetica integrando evidecircn-cias fenotiacutepicas e geneacuteticas incluindo

todos os taacutexons descritos para a famiacute-lia agrave exceccedilatildeo de uma espeacutecie O banco de dados incluiu sequecircncias de trecircs ge-nes mitocondriais e um nuclear aleacutem de 143 caracteres de folidose morfolo-gia da liacutengua morfologia do hemipecircnis e osteologia Os resultados das anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia corroboraram o monofiletismo de Alopoglossidae e apontaram o parafiletismo de Ptycho-glossus que foi entatildeo considerado si-nocircnimo juacutenior de Alopoglossus Para resolver um problema de homoniacutemia gerado no ato de sinonimizar os dois gecircneros um novo nome foi erigido para Alopoglossus festae que passou a ser A harrisi Aleacutem disso foram apresen-tadas uma nova diagnose para Alopo-glossus e algumas consideraccedilotildees bioge-ograacuteficas sobre Alopoglossidae

Editor A O Maciel

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

47

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Mailho-Fontana PL Antoniazzi MM Alexandre C Pimenta DC Sciani JM Brodie-Jr ED Jared C 2020 Morphological eviden-ce for an oral venom system in caecilian amphibians IScience 231ndash9 Doi httpsdoiorg101016jisci2020101234

Os anfiacutebios satildeo conhecidos por te-rem a pele rica em glacircndulas de to-xinas geralmente utilizadas como

defesa quiacutemica passiva contra predadores enquanto em outros grupos de animais as toxinas satildeo utilizadas durante a predaccedilatildeo como fazem as serpentes ao inocularem veneno em suas presas Os anuros e as salamandras ao longo das suas histoacuterias evolutivas desenvolveram uma variedade de sistemas de alimentaccedilatildeo No entanto as ceciacutelias apresentam apenas um meca-nismo de captura e ingestatildeo de suas pre-sas que eacute caracterizado por uma mordida poderosa auxiliada por numerosos dentes pontiagudos e recurvados Neste trabalho os autores avaliaram a morfologia da ca-beccedila da espeacutecie de ceciacutelia sul-americana Siphonops annulatus e encontraram glacircn-dulas associadas aos dentes das fileiras ex-ternas das maxilas superior e inferior Na maxila superior o conteuacutedo dessas glacircn-dulas eacute canalizado exclusivamente para a base dos dentes enquanto na maxila infe-rior o ducto das glacircndulas pode se canali-zar tambeacutem para o interior de cavidades presentes na mucosa oral onde os dentes maxila superior se acomodam quando a boca estaacute fechada Os autores tambeacutem en-contraram o mesmo tipo de glacircndulas em espeacutecies representantes de outras trecircs fa-miacutelias de ceciacutelias e notaram diferenccedilas na quantidade de glacircndulas presentes Aleacutem disso na ceciacutelia Typhlonectes compressi-cauda as glacircndulas estatildeo presentes ape-nas na maxila inferior o que pode estar

relacionado ao haacutebito aquaacutetico da espeacutecie O estudo do produto das glacircndulas de S annulatus apontou a presenccedila de muco e lipiacutedios aleacutem de proteiacutenas com ativi-dades enzimaacuteticas muito similares agraves en-contradas em animais peccedilonhentos como alguns lagartos e serpentes Observando a alimentaccedilatildeo da espeacutecie em laboratoacuterio foi possiacutevel verificar que apesar dos den-tes das ceciacutelias natildeo apresentarem sulcos especializados na conduccedilatildeo da secreccedilatildeo esta escorre das glacircndulas cobrindo a su-perfiacutecie dos dentes no momento da pre-daccedilatildeo o que possibilitaria a inoculaccedilatildeo de toxina na presa Aleacutem disso a morfologia da mucosa oral que envolve e que interco-necta os dentes favorece uma distribuiccedilatildeo uniforme da secreccedilatildeo ao longo da fileira de dentes durante a mordida Atraveacutes da anaacutelise de espeacutecimes receacutem eclodidos foi verificado que as glacircndulas encontradas em S annulatus tecircm origem na lacircmina dental e natildeo na epiderme onde se origi-nam as glacircndulas cutacircneas dos anfiacutebios Desse modo as glacircndulas associadas aos dentes das ceciacutelias satildeo consideradas ho-moacutelogas agraves das serpentes Portanto este trabalho abre novas perspectivas sobre o estudo comparativo da morfologia e com-posiccedilatildeo do produto das glacircndulas orais em vertebrados

Editor A O Maciel

48

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

de Saacute FP Haddad CFB Gray MM Verdade VK Thomeacute MTC Rodri-gues MT Zamudio KR 2019 Male-male competition and repeated evolution of terrestrial breeding in Atlantic Coastal Forest frogs Evolution 74459ndash475 Doi httpdxdoiorg101111evo13879

C ycloramphus e Zachaenus satildeo gecircneros de anuros que perten-cem agrave famiacutelia Cycloramphidae

uma famiacutelia de anuros conhecida por ter espeacutecies com haacutebitos saxiacutecolas e es-peacutecies com haacutebitos terrestres Este es-tudo teve por objetivos estudar padrotildees evolutivos nas relaccedilotildees filogeneacuteticas de Cycloramphus e Zachaenus relaccedilotildees ateacute entatildeo mal resolvidas em trabalhos anteriores Ateacute esse estudo poreacutem natildeo existia uma filogenia molecular que abrangesse a maior parte das espeacutecies dos gecircneros e que as tratasse como es-peacutecies focais

Especificamente os autores testaram trecircs hipoacuteteses (1) se a terrestrialidade evoluiu apenas uma vez no grupo (2) se machos e fecircmeas tecircm tamanhos de corpo variando conforme os haacutebitos reprodutivos e (3) se o dimorfismo se-xual em tamanho eacute maior em espeacutecies terrestres Para esse estudo os autores utilizaram amostras de tecido inclusi-ve de espeacutecimes coletados pelo conhe-cido Ronald W Heyer (Instituto Smi-thsonian) nas deacutecadas de 1970 e 1980

Com esse material amplificaram e se-quenciaram fragmentos mitocondriais

e nucleares para anaacutelises moleculares que incluiacuteram reconstruccedilotildees filogeneacute-ticas e anaacutelises filogeneacuteticas compara-tivas As caracteriacutesticas de tamanho de corpo dimorfismo sexual em tamanho e terrestrialidade foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas comparativas sintetizadas em diversas figuras ao lon-go do texto

Seguindo os resultados obtidos os autores concluiacuteram que taxonomica-mente Cycloramphus e Zachaenus deveriam ser considerados como um uacutenico gecircnero embora natildeo tenham fei-to a sinonimizaccedilatildeo Entre tantos outros resultados encontraram que possivel-mente o grupo passou por mais de uma mudanccedila de haacutebito de saxiacutecola para terrestre O ancestral comum a todo o grupo eacute saxiacutecola pequeno e com pe-queno dimorfismo sexual no tamanho do corpo Aleacutem disso encontraram uma correlaccedilatildeo entre o haacutebito reprodu-tivo e o dimorfismo sexual no tamanho do corpo sendo que espeacutecies saxiacutecolas contam com machos maiores e mais territoriais

Editora A Sabbag

49

Fratani J Ponssa ML Rada M Abdala V 2020 The influence of locomotion and habitat use on tendo-muscular units of an anuran clade (Anura Diphyaba-trachia) Zoologischer Anzeiger 28466ndash77 Doi httpsdoiorg101016jjcz201911002

Anatomia eacute atualmente um dos assuntos pouco estudados para anuros no Brasil Menos estu-

dados ainda satildeo os tendotildees de anuros Esse estudo traz uma mudanccedila neste cenaacuterio apresentando uma anaacutelise ex-tensa da variaccedilatildeo nos tendotildees (e muacutes-culos associados) de anuros da famiacutelia Leptodactylidae e Centrolenidae

Os objetivos dos autores foram cen-trados na hipoacutetese de que a variaccedilatildeo nessas estruturas estaacute relacionada agrave combinaccedilatildeo de fatores filogeneacuteticos funcionais e ecoloacutegicos Para isso ana-lisaram sob estereomicroscoacutepio as uni-dades tendo-musculares dos membros da cintura peacutelvica e da cintura peitoral de quase 200 exemplares dessas duas famiacutelias E adicionalmente incluiacuteram anaacutelises anatocircmicas de outras espeacutecies para efeitos comparativos e utilizaccedilatildeo como grupo externo

Para todas as espeacutecies eles revisaram informaccedilotildees sobre tipo de movimen-to efetuado com essas partes do corpo (salto escalada etc) e tipos de haacutebitos desses animais (terrestre arboriacutecola etc) entre outras informaccedilotildees Com

esses dados com revisatildeo bibliograacutefica e com dados morfomeacutetricos dos ele-mentos tendo-musculares os autores fizeram anaacutelises estatiacutesticas e anaacutelises filogeneacuteticas comparativas

Eles encontram uma correlaccedilatildeo posi-tiva significativa entre as dimensotildees de um tendatildeo e a forccedila potencial exer-cida pelo muacutesculo em associaccedilatildeo com esse tendatildeo Tambeacutem encontram que as variaccedilotildees estruturais dos elementos tendo-musculares estatildeo relacionadas agrave funccedilatildeo mecacircnica que esses elementos desempenham na locomoccedilatildeo e haacutebitos dos animais Mas que aleacutem disso existe uma relaccedilatildeo entre essa variaccedilatildeo e a his-toacuteria evolutiva dos grupos Esse eacute um padratildeo jaacute conhecido para outros verte-brados em relaccedilatildeo a essas estruturas mas pouco estudado em anfiacutebios

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

50

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Colaccedilo G Bittencourt-Silva GB Silva HR 2020 Can a shade shed light on the monophyly of Cycloramphidae (Lissamphibia Anura) Zoologischer An-zeiger 28518ndash26 Doi httpsdoiorg101016jjcz202001002

Os olhos de anfiacutebios anuros sem-pre despertaram a curiosidade de pesquisadores por diversas

razotildees Esse eacute um estudo anatocircmico so-bre uma estrutura ldquolobadardquo presente na iacuteris dos olhos de alguns anuros

Essa estrutura ganhou ao longo da his-toacuteria da batracologia mundial diversos nomes entre eles ldquomeniscusrdquo ldquoely-giumrdquo ldquoumbraculumrdquo Os autores fize-ram uma revisatildeo dos trabalhos que tra-tam dessa estrutura na literatura para entender se esses nomes se referem ao mesmo elemento encontrado em sema-forontes de Cycloramphidae o grupo focal do estudo

Para isso os autores dissecaram os olhos de adultos jovens e larvas de vaacute-rias espeacutecies de Cycloramphidae (Cy-cloramphus Zachaenus e Thoropa) e descreveram os ldquolobosrdquo com desenhos esquemaacuteticos e fotos de alta qualidade Encontraram que as espeacutecies de Cyclo-ramphus possuem a estrutura quando larvas jovens e adultos enquanto que as espeacutecies de Thoropa possuem ape-nas na fase larval

A partir dessas informaccedilotildees e da se-quecircncia ontogeneacutetica que analisaram para esses gecircneros eles sugerem uma hipoacutetese sobre a perda da estrutura nos adultos de Thoropa Esse tipo de con-clusatildeo natildeo foi possiacutevel para Zachaenus jaacute que os autores natildeo possuiacuteam exem-plares larvais muito difiacuteceis de encon-trar na natureza

Como existem vaacuterios nomes para esse ldquolobordquo para distintas famiacutelias de anu-ros os autores fazem uma discussatildeo sobre as propriedades morfoloacutegicas que indicam que essas estruturas satildeo homoacutelogas Discutem tambeacutem a pos-sibilidade dessa estrutura ser uma si-napomorfia para Cycloramphidae e sugerem que o nome dessa estrutura deva ser ldquomeniscusrdquo (menisco em por-tuguecircs) o primeiro nome apresentado na literatura por Miranda-Ribeiro

Editora A Sabbag

51

Cassini CS Taucce PPG Carvalho TR de Fouquet A Soleacute M Haddad CFB Garcia PCA 2020 One step beyond a broad molecular phylogene-tic analysis species delimitation of Adenomera marmorata Steindachner 1867 (Anura Leptodactylidae) PLoS ONE 15e0229324 Doi httpsdoiorg101371journalpone0229324

Adenomera eacute um dos gecircneros mais abundantes de anuros da Mata Atlacircntica apesar de pou-

co encontrado visualmente por muitos herpetoacutelogos Satildeo anfiacutebios pequenos que vivem preferencialmente na serapi-lheira e que satildeo muito difiacuteceis de iden-tificar por terem pouquiacutessima variaccedilatildeo morfoloacutegica entre as espeacutecies Apesar disso estudos anteriores indicam que existe uma grande variaccedilatildeo molecular e que se trata de um ldquocomplexordquo de es-peacutecies morfologicamente criacutepticas

Nesse trabalho os especialistas inten-cionaram delimitar especificamente a espeacutecie Adenomera marmorata e duas linhagens natildeo descritas associa-das a ela A ideia era avaliar para aleacutem da variaccedilatildeo molecular o quanto a va-riaccedilatildeo morfoloacutegica e variaccedilatildeo no canto de anuacutencio satildeo capazes de distinguir as linhagens geneacuteticas conhecidas Os autores para isso amplificaram e se-quenciaram fragmentos nucleares e mitocondriais de novas amostras (aleacutem do que jaacute existe publicado) Analisa-ram caracteriacutesticas morfomeacutetricas e estruturas morfoloacutegicas e fizeram uma anaacutelise sonora de gravaccedilotildees de canto

de anuacutencio A maior parte dos machos estudados foram sequenciados e anali-sados morfologicamente Isso eacute pouco comum em estudos com espeacutecies de Adenomera (e outros gecircneros de sera-pilheira) pela dificuldade de encontro visual com os indiviacuteduos e dificuldade em se associar o canto ao espeacutecimes

No estudo os autores apresentam hi-poacuteteses filogeneacuteticas distacircncias geneacute-ticas redes de haploacutetipos mapas de distribuiccedilatildeo fotografias de algumas estruturas morfoloacutegicas e anaacutelises es-tatiacutesticas com os dados de morfometria e canto Incluem tambeacutem um histoacuterico taxonocircmico das linhagens com uma discussatildeo sobre o caminho percorri-do pela Expediccedilatildeo Novara (de 1857) responsaacutevel pela coleta do holoacutetipo de Adenomera marmorata (apresentado em fotografia no artigo) Os autores de-cidem pela unificaccedilatildeo dos clados agrave Ade-nomera marmorata e redescrevem a espeacutecie

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

52

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

da Fonte LFM Mayer M S Loumltters 2019 Long-distance dispersal in amphi-bians Frontiers of Biogeography 11 e44577 Doi httpdxdoiorg1021425F5FBG44577

Dispersatildeo de longa-distacircncia (em inglecircs lsquolong-distance dis-persalrsquo LDD) eacute um tipo pouco

comum de dispersatildeo em anfiacutebios que envolvem movimentaccedilotildees para aleacutem da aacuterea usual de movimentaccedilatildeo das espeacutecies Nesse estudo os autores ela-boraram uma anaacutelise cienciomeacutetrica para entender como funciona esse tipo de dispersatildeo em anfiacutebios Em especial fizeram um levantamento sobre as for-mas de estudo desse tipo de evento e um levantamento sobre os padrotildees ge-rais de LDD

Foram levantadas informaccedilotildees de mais de 70 artigos a partir das bases de da-dos do ldquoWeb of Sciencerdquo e ldquoScopusrdquo Para as anaacutelises consideraram prin-cipalmente as dispersotildees ativas mas mencionam sobre os tipos baacutesicos de dispersatildeo passiva Grande parte das bibliografias levantadas satildeo estudos focados em anaacutelises moleculares que permitem inferecircncias mais raacutepidas so-bre padrotildees de dispersatildeo Os autores fornecem uma tabela sumaacuteria do le-vantamento bibliograacutefico e um mapa esquemaacutetico com as principais regiotildees do planeta com estudos sobre LDD

Concluem que os anfiacutebios embora ra-ramente realizam dispersatildeo de longa--distacircncia e mostram que esses eventos tiveram um papel importante no atual padratildeo biogeograacutefico do grupo em es-pecial nas ocorrecircncias disjuntas e nas colonizaccedilotildees de ilhas A maior distacircn-cia percorrida ativamente foi de 34 km e em termos de dispersatildeo de longa-dis-tacircncia passiva encontraram que os mo-vimentos chegam a 1000 km pela aacutegua Adicionalmente eles propotildeem que dez km eacute a distacircncia miacutenima de movimen-taccedilatildeo que pode ser considerada como dispersatildeo de longa-distacircncia

Editora A Sabbag

53

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Leptodactylus rhodomystaxReserva Florestal Adolpho Ducke - Manaus - AM Igor Fernandes

54

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Ensaios e Opiniotildees

Rachel Montesinos1 amp Heacutelio Ricardo da Silva2

1 Laboratoacuterio de Herpetologia Departamento de Zoologia Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Uni-versidade Federal de Minas Gerais 31270-901 Belo Horizonte MG montesinosufmgbr2 Laboratoacuterio de Histoacuteria Natural Anatomia Comparada e Sistemaacutetica de Anfiacutebios Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 23897-000 Seropeacutedica RJ heliorsilvagmailcom

Edward Drinker Cope uma ldquoestaacutetuardquo que tambeacutem precisa ser derrubadaAs razotildees por traacutes da decisatildeo da American Society of Ich-thyologists and Herpetologists de mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia

No iniacutecio de julho de 2020 uma das primeiras sociedades herpetoloacutegi-cas do mundo a American Society

of Ichthyologists and Herpetologists (ASIH - fundada em 1915) tomou uma decisatildeo his-toacuterica mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia A revista foi fundada em 1913 e de um comeccedilo simples quase fundo de quintal patrocinado pelo seu criador e primeiro editor John Treadwell Nichol (veja Berra 1984 Mitchell amp Smith 2013) atingiu em 2020 a marca de 108 volumes publica-dos Trata-se de uma revista internacional de prestiacutegio dedicada a publicar artigos cientiacute-ficos originais de alta qualidade sobre com-portamento conservaccedilatildeo ecologia geneacutetica morfologia evoluccedilatildeo fisiologia sistemaacutetica e taxonomia de peixes anfiacutebios e reacutepteis tanto

viventes como foacutesseis (asihcopeiaonlineorg) Segundo a Scimago Journal amp Country Rank (SJR) a Copeia apresentou em 2019 o fator de impacto de 1017 ocupando a 106ordf posiccedilatildeo entre as 429 revistas da aacuterea de Ciecircncia Ani-mal e Zoologia com SJR de 06 e Quartile Q1 (scimagojrcom)

O nome Copeia foi utilizado por John Nichol como homenagem ao renomado paleontoacute-logo ictioacutelogo e herpetoacutelogo do seacuteculo XIX Edward Drinker Cope (Figura 1) Com esta ampla gama de interesses Cope simbolizava a reuniatildeo dos interesses dos estudiosos de ldquover-tebrados de sangue friordquo (que representava o cargo do criador da revista) Cope produziu inuacutemeros estudos autorais e com colaborado-res sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis (viventes e foacutesseis) No entanto uma outra vertente das atividades intelectuais de Cope como cidadatildeo

55

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

do seacuteculo XIX satildeo menos conhecidas e divul-gadas Cope tinha ideias racistas e era contraacute-rio agrave emancipaccedilatildeo e ao voto das mulheres

Recentemente o assassinato do negro ameri-cano George Floyd por um policial branco na cidade de Minneapolis (Minnesota EUA) no dia 25 de maio de 2020 levou a uma onda de protestos naquele paiacutes contra o racismo estru-tural que permeia a sociedade (ver Lawrence amp Keleher 2004 Almeida 2019) e impede a ascensatildeo social de negros bem como sua pre-senccedila em todos os espaccedilos sociais Outro im-pacto trazido pelas reflexotildees decorrentes dos protestos foi a accedilatildeo de remoccedilatildeo de estaacutetuas e siacutembolos que refletem o preconceito aos ne-gros e outras minorias nos Estados Unidos como a icocircnica estaacutetua do ex-presidente ame-ricano Theodore Roosevelt que se encontra na entrada do American Museum of Natural History Nova York e que deve ser removida

em breve Esse movimento ainda considera-do polecircmico tambeacutem resultou na discussatildeo sobre quais figuras histoacutericas devem ser ho-menageadas e o que elas representam para as sociedades contemporacircneas

Neste ensaio procuramos apresentar a polecirc-mica relacionada ao nome da revista Copeia que tem sido discutida pelos associados agrave ASIH explicando o porquecirc dessa homenagem em primeiro lugar assim como as razotildees para rever essa escolha neste momento Eacute impor-tante ressaltar que embora o tema seja mais ligado agraves disciplinas das Ciecircncias Sociais nos-so ensaio representa apenas uma apresenta-ccedilatildeo da literatura baacutesica sobre o assunto para despertar a curiosidade e ao mesmo tempo chamar a atenccedilatildeo para as dimensotildees sociais das atividades de pesquisa e dos pesquisado-res em biologia de um modo geral

Cope cientista autodidata e expoente no estudo de reacutepteis anfiacutebios e peixes

Segundo o proacuteprio site da ASIH a escolha de John Nichols pelo nome Copeia foi para ho-menagear Edward Cope jaacute que desde o iniacutecio esta revista foi devotada a publicar artigos cientiacuteficos sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis principais aacutereas de atuaccedilatildeo de Cope (asihorgabout Hilton amp Crump 2016)

Edward Drinker Cope nasceu em 28 de julho de 1840 na Philadelphia EUA Desde muito novo seus pais perceberam que se tratava de uma crianccedila com capacidades intelectuais destacadas (Gill 1897) Aos sete anos Cope ga-nhou de presente de aniversaacuterio uma viagem de navio a Boston Durante essa viagem ele escreveu um relato de bordo no qual descre-

Figura 1 Edward Drinker Cope (1840 - 1897) Imagem de domiacutenio puacuteblico Fonte Osborne (1929)

56

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

via e ilustrava os lugares e animais que avista-va indicando ser uma crianccedila com habilida-des cognitivas e artiacutesticas bem desenvolvidas (Davidson 1997 Figura 2)

Aos nove anos em 1848 Cope foi envia-do para a escola primaacuteria eacutepoca que iniciou suas visitas agrave Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP) durante as quais elaborou um extenso documento sobre suas observaccedilotildees neste museu Este eacute o primeiro documento onde Cope reporta com detalhes

os foacutesseis destacando-se seu impressionante desenho de um Ichthyosaurus Aleacutem disso Cope coletava serpentes sapos e salamandras e os levava para a ANSP para serem identifi-cados Aos 18 anos Cope passou a trabalhar aiacute como herpetoacutelogo (Davidson 1997) e um ano depois publicou seu primeiro artigo cien-tiacutefico intitulado ldquoOn the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Speciesrdquo (Cope 1859)

Cope nunca teve uma formaccedilatildeo universitaacuteria formal mas isso natildeo o impediu de seguir sua paixatildeo pelas ciecircncias da natureza No iniacutecio de

Figura 2 Algumas das ilustraccedilotildees feitas em sua viagem ateacute Boston quando tinha apenas sete anos de idade Fonte Davidson (1997)

57

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

(Gill 1897 Osborne 1929)sua carreira Cope se revezava entre a coleccedilatildeo do Smithsonian Institution em Washington e a ANSP (Gill 1897 Davidson 1997) Segundo Osborne (1929) em 1863 Cope viajou para a Europa visitando os mais renomados museus da eacutepoca Ao retornar para os Estados Unidos Cope tornou-se professor de Ciecircncias Natu-rais no Haverford College onde permaneceu por apenas trecircs anos Ele decidiu se afastar das aulas para se dedicar a suas expe-diccedilotildees cientiacuteficas e escrever seus artigos A partir de en-tatildeo Cope comeccedilou a ana-lisar materiais geoloacutegicos identificando e classifican-do novos foacutesseis aleacutem de seguir coletando e catalo-gando exemplares viventes de peixes e reacutepteis

A Herpetologia era o campo que mais interessava a Cope (Gill 1897) Os principais estudos de Cope na Herpe-tologia satildeo ldquoThe Batrachia of North Americardquo (Cope 1889) sendo o maior ca-taacutelogo feito no continente incluindo aspectos anatocirc-micos das espeacutecies (Figura 3) e ldquoThe Crocodilians Li-zards and Snakes of North Americardquo (Cope 1898) En-tretanto como um natura-lista Cope fez diversas con-tribuiccedilotildees para a Ictiologia Ornitologia Mastozoologia Paleontologia e Geologia

Figura 3 Paacutegina 410 do livro ldquoThe Ba-trachia of North Americardquo Fonte Cope (1889 biodiversitylibraryorg)

58

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Cope sempre foi bastante respeitado na co-munidade cientiacutefica Entretanto sua repu-taccedilatildeo e financcedilas foram bastante afetadas por suas brigas puacuteblicas com seu colega paleon-toacutelogo Othoniel Marsh (1831 ndash 1899) que fi-caram conhecidas como a ldquoGuerra dos Ossosrdquo (Mark 2000) Cope morreu em 1897 aos 56 anos deixando um legado de mais de 1400 artigos cientiacuteficos e nomeando mais de 1000 espeacutecies de vertebrados Ateacute hoje ningueacutem conseguiu publicar tantos artigos cientiacuteficos quanto Cope (Osborne 1929 Mark 2000)

Um outro lado do Naturalista de reno-me o racismo e a misoginia de Cope

Apesar de ter falecido relativamente jovem e de seu nuacutemero astronocircmico de artigos pu-blicados Cope ainda encontrava tempo para escrever sobre suas opiniotildees sociais e poliacuteti-cas o que o tornou uma pessoa extremamen-te controversa Cope escrevia abertamente sobre ideias racistas e misoacuteginas As declara-ccedilotildees racistas de Cope incomodavam a muitos ateacute mesmo naquela eacutepoca em que esse tipo de pensamento poderia reverberar entre vaacuterios intelectuais de raciociacutenio semelhante

Suas ideias encontravam eco com aquelas pu-blicadas e discutidas por figuras importantes da eacutepoca O meacutedico cientista e escritor R W Shufeldt por exemplo dedicou seu livro in-titulado ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (Shufeldt 1907) a Cope por seus esforccedilos de manter a pureza das raccedilas (Figura 4) Neste livro Shufeldt apresenta duas das cartas publicadas por Cope na revista ldquoThe Open Courtrdquo intituladas ldquoThe Return of the Negroes to Africardquo onde Cope se declara-va abertamente a favor de uma deportaccedilatildeo

em massa dos negros para a Aacutefrica inclusive aqueles nascidos nos Estados Unidos

Dentre algumas passagens marcantes presen-tes nessas cartas podemos listar (em idioma original com traduccedilatildeo livre para o portuguecircs disponiacutevel no rodapeacute)

ldquoMr Frederick May Holland has replied to my article on the proposed removal of the African race in the United States to Africa citing various objections to such a course [] all races are not equally capable of sus-taining this relation between order and free-dom [] The negro has conspicuously failed in all but absolute governments [] Whate-ver reasons may have existed or do exist for the removal of particular peoples or the ex-clusion of particular races from any country they exist with tenfold force in the case of the negroes of the United States [] I will not discuss again the mental status of the black race It is well known except to those who will not see [] The reasons why the American negroes object to being returned to Africa are self-evident As beneficiaries of a civilized na-tion they have their rights better protected than they would have under a government of their own race [] If he is so capable as some persons believe it will do him no harm If he succeeds no better in the future than he has in the past he will not surprise some who think they know him betterrdquo [1] (Cope 1890a The Open Court 130 pp 2110-2111 Figura 5)

59

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

eacute bem conhecido exceto por aqueles que natildeo querem

enxergar [] As razotildees do porquecirc os negros america-

nos tecircm objeccedilotildees para voltar para a Aacutefrica satildeo oacutebvias

Como beneficiaacuterios de uma naccedilatildeo civilizada eles tecircm

seus direitos melhores protegidos do que se estivessem

sob um governo de sua proacutepria raccedila [] Se ele eacute tatildeo

capaz como algumas pessoas acreditam isso natildeo faraacute

mal a ele Se ele natildeo for melhor sucedido no futuro do

que foi no passado ele natildeo surpreenderaacute aqueles que

acreditam conhececirc-lo melhorrdquo

[1] ldquoO Sr Frederick May Holland respondeu ao meu

artigo propondo remover a raccedila Africana nos Esta-

dos Unidos para a Aacutefrica citando vaacuterias objeccedilotildees para

isso [] todas as raccedilas natildeo satildeo igualmente capazes de

sustentar as relaccedilotildees entre liberdade e ordem [] O

negro falhou visivelmente em todos os governos exce-

to o absolutista [] quaisquer razotildees que existiram ou

ainda existem para a remoccedilatildeo de determinadas pesso-

as ou exclusatildeo de uma raccedila em particular de qualquer

paiacutes elas existem com uma forccedila dez vezes maior no

caso dos negros dos Estados Unidos [] Eu natildeo dis-

cutirei novamente o status mental da raccedila negra Isto

Figura 4 Capa do livro ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (esquerda) e dedicatoacuteria feita pelo autor a Cope (direita) Fonte Shufeldt (1907 biodiversitylibraryorg)

60

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Estas publicaccedilotildees geraram diversas criacuteticas e como resposta Cope publicou uma nova carta no The Open Court

ldquoI am not surprised to find that the objectors to the project of transferring the negroes from this country to Africa have nothing but sen-timental objections to urge against it They call their objections ethical and imagine that they have the support of justice in their po-sition Their understanding of the import of ethics and justice may differ from mine but I suspect that their view chiefly results from an ignorance of some fundamental principles of biology [] As to the question of injustice we

have to decide [] Shall we subject the higher race to deterioration or shall we subject the lower to transportation without material loss to it To do the former is to injure the entire human species To do the latter is to continue the process which the abolition of slavery inaugurated to teach the negro to stand on his own legs [] The characteristics of the ne-gro-mind are of such a nature as to unfit him for citizenship in this country He is thorou-ghly superstitious and absolutely under the control of supernaturalism [] He is lacking in rationality and in morality Without going further these traits alone should exclude him from citizenship [] if he remains in this

Figura 5 Capa do jornal The Open Court nuacutemero 130 onde Cope publicou uma de suas cartas Fonte opensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj

61

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

[2] ldquoEu natildeo estou surpreso de ver que os opositores ao

projeto de transferir os negros deste paiacutes para a Aacutefrica

natildeo tenham nada a natildeo ser objeccedilotildees emocionais para

argumentar contra isto Eles chamam suas objeccedilotildees de

eacuteticas e imaginam que eles tecircm o suporte da justiccedila em

suas posiccedilotildees A compreensatildeo deles sobre o significa-

do da eacutetica e da justiccedila podem diferir da minha mas

eu suspeito que a visatildeo deles resulte principalmente

da ignoracircncia sobre alguns princiacutepios fundamentais

da biologia [] Quanto agrave questatildeo da injusticcedila temos

que decidir [] Devemos submeter a raccedila superior agrave

deterioraccedilatildeo ou devemos sujeitar a raccedila inferior ao

transporte sem perdas materiais resultante disso Fa-

zer o primeiro eacute ferir toda a espeacutecie humana Fazer o

outro eacute continuar o processo que a aboliccedilatildeo da escra-

vidatildeo inaugurou ensinar o negro a se apoiar nas proacute-

prias pernas [] As caracteriacutesticas da mente do negro

satildeo de tal natureza que o torna inapto para a cidadania

neste paiacutes Ele eacute completamente supersticioso e absolu-

tamente sob o controle do sobrenatural [] Ele carece

de racionalidade e moralidade Sem ir aleacutem apenas es-

ses traccedilos jaacute deveriam excluiacute-lo de cidadania [] se ele

permanecer neste paiacutes ele se misturaraacute com os bran-

cos ateacute que em meio seacuteculo ou menos natildeo haveraacute uma

uacutenica pessoa com sangue negro puro [] uma imensa

populaccedilatildeo de mulatos onde deveria haver um nuacutemero

igual de brancos A deterioraccedilatildeo resultante seria desas-

trosa para nossa capacidade intelectual e moral e con-

sequentemente para nossa poliacutetica prosperidade []

A necessidade me parece grande e urgente [] Os proacute-

prios negros natildeo satildeo tatildeo avessos a deixarem este paiacutes

como muitos querem que acreditemos [] Milhares

deles estatildeo prontos para emigrar agorardquo

country he will mix with the whites until in a half century or less there will not be a per-son of pure negro blood in it [] an immense population of mulattoes where there should be an equal number of whites The deteriora-tion thus resulting would tell disastrously on our intellectual and moral and consequently on our political prosperity [] The necessity seems to me to be great and urgent [] The negroes themselves are not nearly so much averse to their leaving this country as many would have us believe [hellip] Thousands of them are ready to emigrate nowrdquo [2] (Cope 1890b The Open Court 146 p 2331)

Essas cartas e cartas respostas claramente indicam convicccedilatildeo de ideias e formas de pro-testos contra tais pensamentos por parte de alguns autores Aleacutem de suas ideias racistas Cope tambeacutem era um homem misoacutegino Em-bora ele acreditasse na importacircncia de mulhe-res estudarem (ideia considerada agrave frente de seu tempo naquela eacutepoca) Cope acreditava que mulheres independente da raccedila eram seres inferiores aos homens Cope usava atri-butos bioloacutegicos para justificar suas ideias onde dizia que mulheres eram fisicamente in-feriores por ldquoinferior muscular strength and child-bearingrdquo e mentalmente inferiores por

62

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

ldquoinferior mental co-ordination and greater emotional sensibility which interferes more or less with rational actionrdquo [3] (Osborne 1929)

Cope tambeacutem era contra o voto feminino pois acreditava que o homem era o protetor e le-gislador das mulheres Ele argumentava que mulheres seriam movidas pelo sentimento e votariam de acordo com ou mesmo contra a opiniatildeo de seus amantes ou maridos (Osbor-ne 1929)

O que a permanecircncia do nome de Cope no principal veiacuteculo de uma sociedade cientiacutefica nos ensina

O corpo editorial da Copeia foi composto por muito tempo majoritariamente por homens brancos Desde a fundaccedilatildeo da ASIH o perfil de toda sociedade nunca foi muito diferen-te disso embora vaacuterias mulheres brancas tambeacutem tenham feito parte da sociedade do corpo editorial da revista e publicando arti-gos Apenas no ano 2000 uma mulher Dra Maureen A Donnelly passou a incorporar o comitecirc diretivo da ASIH permanecendo ateacute 2016 (Hilton amp Crump 2016) Com base no exame de fotografias dos participantes dos encontros da sociedade eacute possiacutevel notar que embora o nuacutemero de mulheres brancas tenha aumentado ao longo dos anos natildeo parece ha-ver participaccedilatildeo de negros na sociedade Uma explicaccedilatildeo para a existecircncia e manutenccedilatildeo de iacutecones racistas e misoacuteginos como siacutembolos e

homenagens nas sociedades contemporacircne-as seria relacionada a um ensino da histoacuteria que parece tentar apagar o passado racista de membros da sociedade americana de um modo geral e a quase inexistecircncia de diversi-dade eacutetnico-raciais em sociedades cientiacuteficas como eacute o caso da ASIH

Com o assassinato de George Floyd reacen-deu-se nos Estados Unidos a luta por igual-dade racial com criacuteticas e autocriacuteticas agraves atitu-des e ao simbolismo racista Como resultado o movimento blacklivesmatter ganhou for-ccedila vozes e sua mensagem passou a ser ouvida por diversos outros segmentos da sociedade em geral Uma das consequecircncias deste refor-ccedilo resultou no incocircmodo expresso por muitos soacutecios da ASIH que entre outras accedilotildees levou ao questionamento da continuidade do uso do nome Copeia para homenagear Cope

Em consideraccedilatildeo a seus soacutecios principalmen-te aos membros negros o Comitecirc Executivo da ASIH votou a favor por unanimidade de mudar o nome da Copeia para ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo conforme mensagem di-vulgada no dia 27 de junho de 2020 (twittercomIchsAndHerpss=20) O nome sugeri-do passou para ser votado por uma instacircncia superior o Board of Governors que deve-ria decidir por (1) trocar o nome para ldquoIch-thyology and Herpetologyrdquo ou (2) manter o nome Copeia No dia 02 de julho foi anun-ciado que o novo nome foi aprovado com 88 votos a favor e 11 votos contras (httpsbitlyASIH_BOG_MOTION Figura 6) Assim o nome ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo passaraacute a vale a partir do Nuacutemero 1 de 2021 Esta eacute indubitavelmente uma decisatildeo histoacuterica Dei-

[3] por terem forccedila muscular inferior e por engravida-rem hellip coordenaccedilatildeo mental inferior e maior sensibili-dade emocional a qual interfere accedilotildees racionais

63

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

xar de homenagear Cope natildeo significa apagar a histoacuteria de seu legado cientiacutefico mas sim fazer uma nova histoacuteria na qual homenagens natildeo sejam dadas sem considerar todo o con-texto de ideias do homenageado seu impacto e o que elas representam para a comunidade cientiacutefica e a sociedade como um todo

Figura 6 Tweet publicado pela ASIH no dia 02 de julho de 2020 (A) nova logo da ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo (B) mensagem sobre a aprovaccedilatildeo do novo nome pelo Board of Governors Fonte twittercomIchsAndHerpss=20

Esperamos que este seja o primeiro passo para uma Herpetologia mais justa e inclusiva Eacute importante que negros mulheres e outras minorias tenham representatividade nas nos-sas sociedades cientiacuteficas incluindo a proacutepria Sociedade Brasileira de Herpetologia

64

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Agradecimentos

Agradecemos a Annelise Frazatildeo Nunes Fer-nando Arauacutejo Perini e aos editores da Herpe-tologia Brasileira ndash Ensaios e Opiniotildees (Lu-ciana Barreto Nascimento Teresa Aacutevila Pires e Julio Cesar de Moura Leite) pelos comentaacute-rios e sugestotildees no texto

Referecircncias

Almeida S 2019 Racismo Estrutural (Femi-nismos Plurais) Poacutelen Livros Satildeo Paulo

American Society of Ichthyologists and Her-petologists About ASIH asihorgabout Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Copeia asihcopeiaonlineorg Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Twitter twittercomIchsAn-dHerpss=20 Acessado em 27 de junho de 2020

Berra TM 1984 A chronology of the Ame-rican Society of Ichthyologists and Herpe-tologists through 1982 American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication 21ndash21

Cope ED 1859 On the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Species Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 11122ndash128

Cope ED 1889 The Batrachia of North Ame-rica United States National Museum Bulletin 341ndash467

Cope ED 1890a The return of the negroes to Africa The Open Court 130 2110-2111 (dis-poniacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj)

Cope ED 1890b The return of the negroes to Africa The Open Court 1462331 (disponiacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiview-contentcgiarticle=4672ampcontext=ocj)

Cope ED 1898 The Crocodilians Lizards and Snakes of North America Report of the United States National Museum 1898 153ndash270

Davidson JP 1997 The Bone Sharp The Life of Edward Drinker Cope Academy of Natu-ral Science of Phyladelphia Special Publica-tion 171ndash237

Gill T 1897 Edward Drinker Cope Natura-list - A Chapter in the History of Science The American Naturalist 31831ndash863

Hilton EJ Crump ML 2016 The American Society of Ichthyologists and Herpetologists at 100 Setting the Stage for the Next Hun-dred Years Copeia 104952ndash964

Lawrence K Keleher T 2004 Chronic Dispa-rity Strong and Pervasive Evidence of Racial Inequalities Poverty Outcomes Structural Racism Race and Public Policy Conference Disponiacutevel em httpswwwintergroupre-sourcescomrcDefinitions20of20Ra-cismpdf

65

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Mark J 2000 The Gilded Dinosaur The Fos-sil War Between E D Cope and O C Marsh and the Rise of American Science Crown Pu-blishing Group New York

Mitchell JC Smith DG 2013 Copeia 1913 Number 1 Origin and Authors Copeia 2013189ndash193

Osborne HF 1929 Biographical Memoir of Edward Drinker Cope 1840-1897 National Academy of Sciences of the United States of America Biographical Memoirs XIII (Third Memoir)124ndash317

Shufeldt RW 1907 The Negro A Menace for the American Civilization The Gorham Press Boston

Scimago Journal amp Country Rank scimagojrcom Acessado em 26 de junho de 2020

66

ResenhasLarry Rohter 2019 Rondon uma biografia (traduccedilatildeo de Caacutes-sio de Arantes Leite) Objetiva Rio de Janeiro

Joseacute P Pombal Jr

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro Quinta da Boa Vista 209404-040 Rio de Janeiro RJ email pombalacdufrjbr

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

67

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

No Epiacutelogo desta biografia o autor narra uma viagem as terras visitadas por Rondon haacute mais de um seacuteculo Eacute

um tanto doloroso depois de termos lido so-bre estes locais nos tempos de Rondon ouvir-mos sobre o desenvolvimento da regiatildeo Em Mato Grosso o autor nos conta sobre uma ce-rimocircnia oficial em Mimoso em cinco de maio de 2015 para a celebraccedilatildeo dos 150 anos do nascimento de Candido Rondon ldquoO exeacutercito estava no comando entatildeo o tom era marcial e patrioacutetico como as celebraccedilotildees para marcar o dia da Independecircncia Unidades portan-do as bandeiras do Brasil do Mato Grosso e do Exeacutercito passaram marchando a fizeram uma saudaccedilatildeo na direccedilatildeo do palanque onde importantes dignitaacuterios locais e nacionais incluindo ateacute Tweed Roosevelt bisneto de Theodore[]rdquo ldquoApoacutes chegar de helicoacuteptero o comandante do Exeacutercito o general Eduardo Dias da Costa Villas Bocircas que passou parte consideraacutevel de sua carreira na Amazocircnia fez um discurso exaltando as virtudes de Rondon como soldado e patriota [] Nenhum discur-so foi aleacutem de ortodoxos e limitados clichecircs sobre Rondon destacando seus feitos como explorador e o pacifismo subjacente a esses esforccedilos sem mencionar que as exortaccedilotildees de Rondon especialmente o ldquomorrer se preciso for matar nuncardquo haviam sido muito mais ig-norados do que observadas na histoacuteria recen-te do Mato Grosso e da Amazocircniardquo

Eacute difiacutecil resenhar um excelente livro sobre o Marechal Cacircndido Mariano da Silva Rondon e natildeo cair na tentaccedilatildeo de falar sobre o bio-grafado e natildeo sobre o livro A maioria de noacutes conhece alguma parte da histoacuteria de Rondon

um estado recebeu seu nome Rondocircnia (an-tes territoacuterio do Guaporeacute) construccedilatildeo das linhas telegraacuteficas participaccedilatildeo de pesqui-sadores em suas expediccedilotildees como Hoehne e Miranda-Ribeiro Serviccedilo Nacional do Iacutendio e seu quase mantra ldquomorrer se preciso for ma-tar nuncardquo nos primeiros encontros com in-diacutegenas foi atingido por uma flecha em 1913 sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda Expediccedilatildeo Cientiacutefica Roosevelt -Rondon Rondon fez tudo isso mas muito mais Como relatado na apresentaccedilatildeo desta biografia por qualquer criteacuterio quantidade de expediccedilotildees distacircncias vencidas grau de dificuldades e informaccedilotildees coletadas Ron-don foi o maior explorador dos troacutepicos da histoacuteria com realizaccedilotildees que superam perso-nagens mais conhecidos como Sir Richard Francis Burton Rondon esteve em mais de duas duacutezias de expediccedilotildees pelo isolado norte do Brasil viajando mais de 40 mil quilocircme-tros a peacute em canoas a cavalo ou mulas Aleacutem de engenheiro militar bacharel em matemaacute-tica e ciecircncias fiacutesicas e naturais foi professor de astronomia na escola militar A comissatildeo Rondon que estava sob seu comando publicou mais de cem artigos cientiacuteficos em antropolo-gia astronomia botacircnica ecologia etnologia ictiologia linguiacutestica metereologia minera-logia e ornitologia e nenhum outro indiviacuteduo contribui mais com exemplares para o Museu Nacional Rondon tinha ainda mais interesse pelas populaccedilotildees humanas que pela fauna e flora Muitos de seus artigos satildeo sobre gramaacute-tica sintaxe e vocabulaacuterio das liacutenguas dos po-vos da regiatildeo A Comissatildeo Rondon jaacute conta-va com equipe de filmagem e produzia filmes sobre os povos da Amazocircnia documentado

68

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

ainda sua muacutesica Em 1925 no Brasil Albert Einstein maravilhado pela figura de um ge-neral pacifista indicou Rondon para o precircmio Nobel da Paz a fim de exaltar seus esforccedilos Quando morreu em 1958 com 92 anos o pre-sidente da Cruz Vermelha Leacuteopold Boisser o saudou como o mais importante apoacutestolo da natildeo violecircncia nos tempos modernos desde Gandhi Rondon foi um dos maiores defenso-res dos direitos indiacutegenas durante a primeira metade do seacuteculo XX Foi diretor-geral do Ser-viccedilo de Proteccedilatildeo aos Iacutendios cujas atribuiccedilotildees de assistecircncia e proteccedilatildeo aos grupos indiacutege-nas dentro do princiacutepio ao respeito da diver-sidade cultural e depois presidiu o Conselho Nacional de Proteccedilatildeo ao Iacutendio e lutou com os irmatildeos Villas Boas dentre outros pelo estabe-lecimento do Parque Indiacutegena do Xingu

A primeira coisa que me chamou a atenccedilatildeo em um livro sobre Rondon foi ter sido publicado antes em inglecircs e apenas depois ser traduzi-do para o Portuguecircs Talvez isso diga sobre os interesses das editoras do Brasil que prefiram sempre apostar em um sucesso no estrangeiro para a partir disso resolver investir

O autor desta biografia bem traduzida por Caacutessio de Arantes Leite Larry Rohter eacute um conhecido jornalista estadunidense que foi correspondente no Brasil do jornal The New York Times tendo outros livros publicados Contando com mais de 500 paacuteginas incluin-do vasta bibliografia mapas e fotografias estaacute biografia eacute dividida em quatro partes Come-ccedila como deve ser toda biografia com o nasci-mento e infacircncia do ldquoMarechal da Pazrdquo como seria um dia conhecido Cacircndido Mariano da Silva o sobrenome Rondon foi incorporado

posteriormente do sobrenome se sua avoacute ma-terna As quatro partes satildeo divididas em 26 capiacutetulos A primeira parte conta com trecircs capiacutetulos onde satildeo narrados infacircncia che-gada ao Rio de Janeiro para entrada no exeacuter-cito periacuteodo em que passou muitas necessi-dades e seu envolvimento no golpe de 15 de novembro A parte II conta com 14 capiacutetulos onde satildeo apresentadas toda sua vida adulta como oficial do exeacutercito suas missotildees e vida familiar Parte III com cinco capiacutetulos nos apresenta o Rondon maduro foi promovido a General de Brigada em 1919 aos 54 anos Ainda plenamente em atividades mas como natildeo poderia deixar de ser um personagem tatildeo forte e complexo contava com grande apoio e igualmente oposiccedilatildeo O major Bittencourt escritor e futuro general que lecionava na aca-demia militar escreveu ldquoHaacute no seio do exeacuter-cito duas correntes francamente opostas [] Os partidaacuterios do primeiro grupo [] acham o pacificador dos aboriacutegenes nacionais um li-dador de peso e conta prestando ao paiacutes em organizaccedilatildeo serviccedilos de grande valia e meacuterito os formadores do grupo adverso [] veem no grande brasileiro um servidor comum cujos esforccedilos seriam perfeitamente recompensa-dos com algumas dezenas de mil-reacuteis a mais Uns o querem general de brigada ou divisatildeo respeitado e querido por seus meacuteritos e tra-balhos [] Outros mais exigentes ou menos refletidos o desejam afastado do exeacutercito ignorado e esquecido agraves fileirasrdquo Suas accedilotildees como indigenistas ainda hoje podem ser po-lecircmicas e talvez a mais contundente seja de um pesquisador atual da antropologia do Mu-seu Nacional instituiccedilatildeo a qual Rondon sem-pre teve ligaccedilotildees importantes A uacuteltima parte

69

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

com quatro capiacutetulos trata do periacuteodo em que vai para a reserva quando passa por uma seacuterie de humilhaccedilotildees deliberadas em raacutepida suces-satildeo Uma das que mais lhe afetou foi o Serviccedilo Nacional do Iacutendio ter perdido prestiacutegio e ser transformado em uma seccedilatildeo de uma direto-ria Isso equivalia segundo o militar ligado ao SPI na eacutepoca a extinccedilatildeo do oacutergatildeo Todavia privado de suas atividades de comando pocircde devotar seu tempo a atividades cientiacuteficas Ele continuava bem-vindo ao Museu Nacional onde seu amigo Roquette-Pinto foi diretor Aleacutem disso haacute nesta biografia um epiacutelogo com a qual iniciei estaacute resenha

O livro estaacute muito bem impresso com for-mato e papel agradaacuteveis a leitura Da mesma forma o tamanho da fonte eacute igualmente agra-daacutevel a leitura As 25 fotografias em preto e branco natildeo estatildeo impressas em papel espe-cial mas no geral tem entre boa a razoaacutevel ni-tidez O detalhamento e profundida do texto satildeo excelentes ao menos para mim um qua-se ignorante na vida deste grande personagem brasileiro (ainda que com apenas 160 cm de altura) e natildeo tem como natildeo se admirar com a obra do Marechal Rondon Como zooacutelogo natildeo haacute como natildeo ficar maravilhado e ateacute mesmo tenso com as agruras que passaram Rondon soldados pesquisadores e todo o pessoal que o acompanhou Natildeo falta nada nestas aven-turas fome cansaccedilo ataque de indigenas inclusive com flechadas (sem que houvesse contra ataque) e coleta de material cientiacutefico A expediccedilatildeo mais conhecida eacute a com o Roo-sevelt onde passaram todo tipo de privaccedilatildeo pelo Rio da Duacutevida depois renomeado como Rio Roosevelt Realmente este foi o melhor li-vro de natildeo ficccedilatildeo que li em 2019 e recomendo

fortemente a todos que se interessam por via-gens de naturalistas zooacutelogos e antropoacutelogos Na verdade creio que todo brasileiro se be-neficiaacuteria da leitura desta excelente biografia

Mas se Rondon foi capaz de feitos tatildeo ex-cepcionais por que eacute quase desconhecido no mundo Talvez isso possa ser respondido por uma uacutenica palavra que denota uma das maiores ou a maior chaga humana racismo Seguramente o racismo e o preconceito natildeo eram menores que nos dias hoje Ainda em 1930 por exemplo The New York Times ain-da se referia a Rondon como o ldquoguia nativo do Coronel Rooseveltrdquo (estaacute claro que o sucesso e mesmo a sobrevivecircncia de Roosevelt se deve a Rondon Sim por pouco que Roosevelt natildeo morreu) Aleacutem de origem indiacutegena era oacuter-fatildeo nascido na pobreza e no interior do Bra-sil onde um simples ensino baacutesico era difiacutecil de obter Uma simples foto de Rondon mostra que ele natildeo atende ao estereoacutetipo de grande explorador cultivada pelo mundo anglo-sa-xatildeo com cor e feiccedilotildees tiacutepicas de um indigena sul-americano Seu pai Cacircndido Mariano da Silva um mascate de ascendecircncia europeia e indiacutegena tambeacutem com sangue africano que morreu apenas cinco meses apoacutes o nascimen-to de Rondon Sua matildee Claudina Maria de Freitas Evangelista tinha como ancestrais dois dos principais grupos indiacutegenas do centro de Mato Grosso Bororo e Terena Neste excelen-te livro temos a oportunidade de vislumbrar o periacuteodo as lutas sucessos e idiossincrasias deste brasileiro que nos enche de orgulho

Enfim termino por onde comecei o epiacutelogo desta biografia O autor menciona a eleiccedilatildeo presidencial brasileira de 2018 indicando um

70

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

futuro sombrio para as populaccedilotildees indiacutegenas Mas o autor ainda nos lembra de duas falas de personalidades do poder Pergunta o General Heleno Ribeiro Pereira quando era coman-dante militar da regiatildeo amazocircnica ldquocomo um brasileiro natildeo pode entrar numa terra porque eacute terra indiacutegenardquo ou o ldquoGeneral Maacuterio Ma-theus Madureira ex-comandante da 10 bri-gada de Infantaria de Selva que afirma que a demarcaccedilatildeo de grandes porccedilotildees de terra para grupos indiacutegenas e reserva ecoloacutegicas pode inviabilizar o desenvolvimento econocircmico do estadordquo

Embora as homenagens devidas tenham sido prestadas em 2005 aos 150 anos de nascimen-to do Marechal Candido Rondon pelo estado de Mato Grosso e pelo exeacutercito estaacute claro que eles natildeo entenderam quem foi o personagem que estavam homenageando

Editor Deacutelio Baecircta

71

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

Reuber Albuquerque Brandatildeo Renata Dias Franccediloso Theodo-ro de Hungria Machado Neuber Joaquim dos Santos (Orgs) 2020 Histoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudeste do Brasil PerSe Satildeo Paulo Ebook

Deacutelio Baecircta

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brasil deliobaetagmailcom

72

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

A regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo com-preende uma fascinante regiatildeo do Cerrado no marco de encontro entre

os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais que abrange propriedades privadas e Unidades de Conservaccedilatildeo com diferentes categorias in-cluindo o Parque Nacional do Grande Sertatildeo Veredas O livro ldquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Su-deste do Brasilrdquo eacute focado na histoacuteria natural e estaacute organizado em onze capiacutetulos que descre-vem aspectos da histoacuteria fauna flora geolo-gia e geografia desta regiatildeo Preacuteviamente aos capiacutetulos satildeo apresentados os prefaacutecios biliacuten-gues (inglecircs e portuguecircs) de autoria de James A Ratter (Royal Botanic Garden Edinburg) e John N Landers (Order of British Empire) que trazem uma bela apresentaccedilatildeo da regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo seguido de um proacute-logo ldquoBem vindo ao cerrado dos Sertotildees da Trijunccedilatildeordquo onde os organizadores comparti-lham suas experiecircncias e memoacuterias sobre a a regiatildeo do Sertatildeo do Trijunccedilatildeo convidando os leitores a mergulhar nesta fascinante regiatildeo de Cerrado Antes de iniciar os capiacutetulos os autores deixam uma bela homenagem a Ju-dith Cortesatildeo ambientalista pesquisadora e educadora

A obra inicia com uma concisa e ao mesmo tempo detalhada apresentaccedilatildeo histoacuterico-bio-geograacutefica da regiatildeo do Trijunccedilatildeo lsquoCami-nhando pelo sertatildeo da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Minas Gerais e Goiaacutesrsquo De autoria de Theodoro H Machado o capiacutetulo 1 introduz ao leitor a importacircncia desta aacuterea de conflu-ecircncia entre os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais como ponto de passagem de diversas expediccedilotildees viajantes e autoridades da coroa

portuguesa que se dirigiam para os sertotildees regiotildees ainda natildeo exploradas no interior do territoacuterio Seguindo a apresentaccedilatildeo da regiatildeo somo contextualizados no capiacutetulo 2 (A regiatildeo do Trijunccedilatildeo no contexto do Bioma Cerrado) de autoria de Renata Franccediloso e Reuber Bran-datildeo sobre as caracteriacutesticas do Cerrado da re-giatildeo (eg precipitaccedilatildeo e temperatura meacutedia) indicando as diferentes categorias de Unida-des de Conservaccedilatildeo presentes na regiatildeo Jaacute neste capiacutetulo eacute feito um importante alerta so-bre a diminuiccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico da regiatildeo fato preocupante que tem se tornado comum a diversas regiotildees do Cerrado

A partir do capiacutetulo 3 estendendo ateacute o ca-piacutetulo 9 iniciam-se as detalhadas descriccedilotildees sobre a flora e fauna da regiatildeo comeccedilando com a lsquoCaracterizaccedilatildeo floriacutestica e potencial de uso as espeacutecies vasculares ocorrentes na re-giatildeo do Trijunccedilatildeorsquo de autoria de Joseacute Felipe Ribeiro e colaboradores Neste capiacutetulo satildeo apresentados as fitosionomias presentes na regiatildeo bem como uma extensa lista de espeacute-cies indicando seu haacutebito e habitat Os auto-res tambeacutem resumem em uma tabela (paacutegs 80-84) as informaccedilotildees sobre o uso econocircmico e sustentaacutevel para algumas espeacutecies botacircnicas ocorrentes na regiatildeo abrangendo diversos usos como por exemplo plantas alimentiacutecias apiacutecolas condimentares artesanato medici-nais tecircxteis etc

Jaacute os capiacutetulos 4 a 6 apresentam um pano-rama da herpetofauna presente da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 4 lsquoAnfiacutebios da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Goiaacutes e Mi-nas e do Parque Nacional Grande Sertatildeo Ve-redasrsquo de autoria de Reuber Brandatildeo Paula Leatildeo e Leonardo Gedraite abordada aspectos

73

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

introdutoacuterios sobre os anfiacutebios e sua relaccedilatildeo com o Cerrado aleacutem dos ambientes de ocor-recircncia das espeacutecies na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e do PARNA Grande Sertatildeo Veredas A diversi-dade de anfiacutebios encontrada na regiatildeo eacute gran-de para o Cerrado (47 spp) e corresponde a aproximadamente um quarto das espeacutecies re-gistradas para este bioma (220 spp) indican-do a importacircncia desta regiatildeo em relaccedilatildeo ao bioma como um todo Esta importacircncia tam-beacutem eacute evidenciada pela presenccedila de anuros que ainda necessitam de confirmaccedilatildeo quan-to a sua identidade especiacutefica e pela descri-ccedilatildeo de Rhinella veredas (Brandatildeo Maciel amp Sebben 2007) que tem sua localidade tipo na Fazenda Trijunccedilatildeo (atualmente PARNA Grande Sertatildeo Veredas) Para cada espeacutecie de anfiacutebios registradas os autores incluem as informaccedilotildees sobre o registro na regiatildeo distri-buiccedilatildeo geograacutefica histoacuteria natural e status de conservaccedilatildeo

O capiacutetulo 5 lsquoReacutepteis da Trijunccedilatildeo e o Itineraacute-rio de Spix e Martius entre o Satildeo Francisco e o Vatildeo do Paranatildersquo de autoria de Guarino Colli Frederico Franccedila Daniel Mesquita e Davi Pantoja aborda o itineraacuterio da expediccedilatildeo dos naturalistas Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius (1871-1820) e sua passagem pelo regiatildeo do Trijunccedilatildeo em destino a Bahia Este capiacutetulo juntamente com o capiacutetulo 1 prendeu minha atenccedilatildeo de-vido aos aspectos histoacutericos abordados Atra-veacutes do levantamento de localidades citadas por Spix e Martius e sua atualizaccedilatildeo com os nomes atualmente empregados os autores deste capiacutetulo confirmam a passagem de Spix e Martius pelo Vatildeo do Paranatilde e Carinhanha pernoitando nas cabeceiras do Juqueri regiatildeo

onde hoje se encontra a Trijunccedilatildeo A passa-gem destes naturalistas pela regiatildeo resultou na coleta de uma espeacutecie de caacutegado no rio Ca-rinhanha sendo posteriormente descrita por Schweigger como Phrynophus geoffroanus (Schweigger 1812) O exemplar ainda se en-contra (hoje um casco) na seccedilatildeo de herpeto-logia do Museu de Munique Alemanha As-sim como para outros grupos de fauna e flora os autores indicam a importacircncia da regiatildeo para a conservaccedilatildeo do Cerrado evidencia-da pela descriccedilatildeo de duas espeacutecie de lagartos endecircmicas da regiatildeo Stenocercus quinarius (Nogueira amp Rodrigues 2006) e Psilopus se-ductus (Rodrigues et al 2017) para o PARNA Grande Sertatildeo Veredas

Os autores registraram 48 espeacutecie de reacutepteis na Fazenda Trijunccedilatildeo o que corresponde a 50 das espeacutecies conhecidas para a regiatildeo sendo algumas delas registradas somente para a a fazenda Aleacutem disto o levantamento tambeacutem evidenciou a existecircncia de uma nova espeacutecie de lagarto do gecircnero Tropidurus e re-gistrou Phalostris labiomaculatus serpente endecircmica para o Cerrado conhecida somente de poucos exemplares provenientes de algu-mas localidades na divisa dos estados de To-cantins e Maranhatildeo Quando consideram a Fazenda Trijunccedilatildeo e a regiatildeo do entorno os autores indicam uma riqueza de 100 espeacutecies de reacutepteis com diferentes graus de endemis-mos de espeacutecies para o Cerrado (33) e Ca-atinga (4) Os autores tambeacutem apresentam comentaacuterios e atualizam os registros de reacutep-teis para regiatildeo finalizando com a importacircn-cia dos reacutepteis da regiatildeo para compreensatildeo dos processos biogeograacuteficos que atuam no Cerrado e Caatinga

74

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

O capiacutetulo 6 lsquoHistoacuteria natural do jacareacute-pa-guaacute (Paleosuchus palpebrosus) o pequeno notaacutevel das veredas dos sertotildees da Trijunccedilatildeo entre Bahia Goiaacutes e Minas Geraisrsquo de autoria de Beatriz Vasconcelos Joseacute Marcos Abreu e Reuber Brandatildeo finaliza a temaacutetica herpeto-fauna trazendo informaccedilotildees sobre a histoacuteria natural do jacareacute-paguaacute Seguindo os capiacutetu-los anteriores a introduccedilatildeo apresenta os dados relativos agrave histoacuteria natural conservaccedilatildeo e im-pacto antroacutepicos nas populaccedilotildees deste jacareacute Tendo como objeto de estudo uma populaccedilatildeo de jacareacutes-paguaacute presentes na Lagoa do For-moso foi avaliado o tamanho corporal dieta oferta de recursos alimentares microhabitats disponiacuteveis e utilizados e densidade da po-pulaccedilatildeo desta espeacutecie Os resultados obtidos mostraram uma semelhanccedila com outras po-pulaccedilotildees do jacareacute-paguaacute e somaram infor-maccedilotildees para a ecologia conservaccedilatildeo e manejo desta

O capiacutetulo 7 lsquoAvifauna do Trijunccedilatildeo as aves do Grande Sertatildeo Veredas de Guimaratildees Rosarsquo eacute de autoria de Marcelo Bagno Tarciacutesio Abreu e Vivian Braz Este capiacutetulo apresenta um extenso inventaacuterio da avifauna presente na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e na parte baiana do PARNA Grande Sertatildeo Veredas Realizado em 12 pontos amostrais entre os anos 2000 e 2002 o inventaacuterio listou 219 espeacutecies in-cluindo espeacutecies consideradas ameaccedilas de ex-tinccedilatildeo de acordo com lista oficial de espeacutecies brasileiras ameaccediladas de extinccedilatildeo e de acordo com a lista de espeacutecies ameaccediladas do Estado de Minas Gerais Tambeacutem foram registradas espeacutecies ameaccediladas a niacutevel mundial de acor-do com os criteacuterios da Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (Internatio-

nal Union for Conservation of Nature -IUCN) A composiccedilatildeo da avifauna apresentou uma predominacircncia por espeacutecies do Cerrado com grande predominacircncia das espeacutecies endecircmi-cas deste bioma que estatildeo associadas princi-palmente a ambientes campestres (14 de 33 espeacutecies) Apesar da grande diversidade de aves com uma grande distribuiccedilatildeo geograacutefica a maior parte delas correspondeu a espeacutecies associadas a ldquoDiagonal Seca da Ameacuterica do Sulrdquo (Biomas da Caatinga Cerrado e Chaco) no entanto espeacutecies associadas aos biomas da Amazocircnia e Mata Atlacircntica tambeacutem foram re-gistradas Todos os registros satildeo muito bem detalhados e discutidos ao longo do texto comparando os resultados do inventaacuterio da avifauna da Trijunccedilatildeo entre as fitofisionomias da regiatildeo bem como com inventaacuterios de ou-tras regiotildees O capiacutetulo eacute finalizado com uma detalhada discussatildeo biogeograacutefica sobre a avi-fauna do Trijunccedilatildeo enfocando principalmen-te aspectos de conservaccedilatildeo

Os capiacutetulos 8 e 9 apresentam a fauna de ma-miacuteferos de pequeno meacutedio e grande porte do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 8 lsquoPequenos mamiacuteferos da Trijunccedilatildeo leste do Cerradorsquo de autoria de Cibele Boncicino e colaborado-res traz uma lista de 19 espeacutecies de pequenos mamiacuteferos ocorrentes na regiatildeo Para todas as espeacutecies satildeo apresentados dados referen-tes a histoacuteria natural e distribuiccedilatildeo aleacutem de incluiacuterem um mapa de distribuiccedilatildeo no Brasil e uma foto da espeacutecie acompanhada do nome cientiacutefico e popular Jaacute o capiacutetulo 9 lsquoOs ma-miacuteferos de meacutedio e grande porte da regiatildeo do Trijunccedilatildeo com observaccedilotildees sobre pequenos mamiacuteferosrsquo eacute de autoria de Marcelo Reis Ca-rolina Lobo Keiko Pellizzaro e Reuber Bran-

75

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

datildeo apresenta os resultados de inventaacuterios raacutepidos da biodiversidade de mamiacuteferos da regiatildeo Esta amostragem raacutepida registrou 48 espeacutecies de mamiacuteferos entre capturas obser-vaccedilotildees diretas e indiretas

Os dois uacuteltimos capiacutetulos satildeo focados no ciclo das aacuteguas e uso do solo da regiatildeo do Trijun-ccedilatildeo O capiacutetulo 10 lsquoO ciclo das aacuteguas na regiatildeo da triacuteplice junccedilatildeo dos estados de Goiaacutes Mi-nas Gerais e Bahiarsquo eacute de autoria de Maria Te-resa Gaspar e de Joseacute Eloacutei Campos Os auto-res abordam a importacircncia do ciclo das aacuteguas para o estabelecimento de uma lsquofauna e flora exuberantesrsquo na regiatildeo do sertatildeo (nas palavras dos autores) De forma didaacutetica os autores in-cluem no texto informaccedilotildees sobre conceitos e definiccedilotildees ao explicarem o ciclo das aacuteguas da regiatildeo fundamental para a compreensatildeo do tema abordado no capiacutetulo Os autores fina-lizam o capiacutetulo apresentando bases e subsiacute-dios para a gestatildeo de forma sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos da regiatildeo jaacute que apesar da presenccedila de unidades de conservaccedilatildeo na re-giatildeo a Trijunccedilatildeo jaacute sofre com os impactos na alteraccedilatildeo do ciclo das aacuteguas

O capiacutetulo 11 (Uso e cobertura da Terra no su-doeste da Bahia municiacutepios de Cocos e Jabo-randi) de autoria de Eraldo Matricardi Ana Beatriz Ferreira e Joseacute Pires analisa o uso do solo nestes municiacutepios em relaccedilatildeo a qualidade ambiental da regiatildeo Os autores copilaram da-dos do uso e cobertura da terra entre os anos 2000 e 2016 identificando a conversatildeo da ve-getaccedilatildeo nativa para uso antroacutepico do solo o que ocasionou a fragmentaccedilatildeo dos habitats nestes municiacutepios Este capiacutetulo focado nos municiacutepios baianos traz um alerta para a

pressatildeo exercita para o uso do solo em ativi-dades antroacutepicas

De forma geral o livro eacute muito bem ilustrado e diagramado com textos de faacutecil leitura sem uso excesso de termos teacutecnicos que desenco-rajam a leitura por quem natildeo eacute familiarizado Mesmo quando utilizados estes termos satildeo muito bem explicados Apesar do cuidado com a obra haacute pequenos problemas na diagra-maccedilatildeo alguns subtiacutetulos ficaram deslocados em relaccedilatildeo ao texto que se referem como por exemplo nas paacuteginas 78 e 108 onde os sub-tiacutetulos lsquoAlternativa de Uso e Zoneamentorsquo e lsquoOlolygon cf skaios Pombal Jr Carvalho Jr Canelas amp Bastos 2010rsquo (respectivamente) fi-caram no fim da paacutegina longe do texto a que se referem No entanto isto natildeo prejudica a leitura da obra

As fotos e ilustraccedilotildees da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo satildeo um espetaacuteculo agrave parte e des-pertam a vontade de conhecer e vivenciar esta regiatildeo A obra lsquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudes-te do Brasilrsquo reflete o cuidado e a dedicaccedilatildeo de todos os envolvidos neste projeto ao longo dos anos Eacute um livro para ser apreciado

EditorJoseacute P Pombal Jr

76

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Rafael Mitsuo Tanaka Mariana Pedrozo Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP BrazilCorresponding author edelciomuscatterracombr

MORE THAN ONE PATH TO SUCESS AN ALTERNATIVE STRATEGY FOR physalaemus atlantiCus (AMPHIBIA LEP-TODACTYLIDAE) LARVAL DEVELOPMENT

The order Anura currently com-prises 39 described reproduc-tive modes of which 27 are

found in the Atlantic Forest (Haddad amp Prado 2005) However little is known about some basic aspects of reproduc-tive biology (Hartmann et al 2010) For instance data about the duration of larval development and the influ-ence of environmental parameters in this process remain scarce (Hartmann et al 2010) Herein we describe our ob-servations on larval development and a new reproductive mode for the Atlantic Forest endemic species Physalaemus atlanticus Haddad amp Sazima 2004

Physalaemus atlanticus is a small frog whose type locality is Nuacutecleo Picin-guaba municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil (Haddad amp Sazima 2004) This species is part of the P sig-

nifier species group (Haddad amp Sazima 2004) and is listed as vulnerable ac-cording to IUCN Red list criteria (Cox and Stuart 2004) The species can be distinguished from other Physalaemus species by its morphological features such as a smooth to slightly rugose dor-sal skin texture and orange belly in life and also by its advertisement call with a duration of 06ndash084 s and a frequen-cy between 09ndash18 kHz Physalaemus atlanticus lays its eggs on a foam nest either in leaf litter or in small tempo-rary puddles (Hartmann et al 2010) defined by Haddad amp Prado (2005) as mode 28 and 11 respectively

The study took place in the municipal-ity of Ubatuba (-234620 -451453 WGS 84 14m asl) Satildeo Paulo state Bra-zil The study area encompasses 1613 ha and is a private reserve belonging to

77

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Projeto Dacnis (PD) a non-profit orga-nization The mean annual precipita-tion varies from 2000mm to 2500mm The hot and wet season runs from the end of November to March

Physalaemus atlanticus is the only species of the genus that occurs in the PD reserve and uses a foam nest as re-productive strategy We confirmed our identification based on the morpholog-ical characteristics of adults found in the spawning area (Fig 1) by the ad-vertisement call and by the imagoes observed

We monitored the area daily between October 2014 and January 2015 and re-corded the stages in the development of the tadpoles For the description of an-uran embryos and larvae development stages we followed Gosner (1960) We collected some environmental data including water pH (using the Mache-rey-Nagel system) and water tempera-ture (Thermofocus model 01500A3)

Advertisement calls were recorded us-ing a Zoom H2n Handy recorder We deposited the recording at Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV) Museu de Zoologia ldquoProf Adatildeo Joseacute Cardosordquo Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas Bra-zil (FNJV-45024)

On 3 November 2014 we found a P atlanticus foam nest in a water-filled bract of the palm Syagrus botryophora on the forest floor (Fig 2A and 2B) On

25 November 2014 we recorded 16 lar-vae between stages 36-39 (Fig 2C) On 15 December 2014 we observed four imagoes between stages 42-43 (Figure 2D) On the following day we did not find any imagoes in the area Forty-two days passed from the day we found the foam nest to the last day we observed the imagoes on the bract The pH of the water in the bract remained constant at 70 The water temperature was 20degC in the morning and 23degC in the late af-ternoon and the temperature ampli-tude remained constant throughout the study

The observation of oviposition in a leaf bract by P atlanticus is the first record of this species using this mode When the rain filled the bract with water it provided an environment with the nec-essary conditions for the continuity of egg development in a place with poten-tially fewer predators and competitors This reproduction strategy is classified as mode 14 by Haddad amp Prado (2005) and is already known for other species of the genus Physalaemus (eg P caete Pombal amp Madureira 1997 P erythros Caramaschi Feio amp Guimaratildees 2003 Pcrombiei Heyer amp Wolf 1989)

On 6 October 2014 we found a P at-lanticus foam nest deposited on dry soil After a few days of precipitation temporary puddles formed surround-

78

ing the foam with water We observed dozens of tadpoles being released in the water and occupying the temporary puddle surrounding the nest However after a few days the puddle began to dry out and many tadpoles were found dead

Physalaemus atlanticus may depos-it its foam nest on different substrates such as the water surface of rock crev-ices anchored to plants or directly on leaf litter near ponds (Haddad amp Sazi-ma 2004 Hartmann et al 2010) This may show to some extent a plasticity in foam nest deposition site selection or may simply be related to the availabil-ity of oviposition sites (Taylor 1962 Schleich 2002) The species shows a dependence on puddles formed mainly by precipitation They provide an ide-al aquatic habitat for the larvae before the terrestrial phase begins (Wilbur amp Collins 1973) but they rely on rain to remain constantly full which can ex-pose the larvae to a high mortality risk or accelerate the metamorphosis pro-cess (Newman 1992) In the case of the bract the strategy was successful

Acknowledgements

We would like to thank Elsie Laura Rotenberg for major support Daniel Stuginski Ana Helena Stuginski and Matheus de Toledo Moroti for text re-view and Ivan Sazima the incentive provided We also thank the reviewers for helping us to improve the paper

References

Caramaschi U Feio RN Guim-aratildees-Neto AS 2003 A new bright-ly colored species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from Minas Gerais southeastern Brazil Herpeto-logica 59519ndash524

Cox N Stuart S 2004 Physalae-mus atlanticus The IUCN Red List of Threatened Species 2004 eT57240A11607388 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2004RLTST57240A11607388en Downloaded on 05 June 2020

Gosner KL 1960 A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification Herpeto-logica 16183ndash190

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive modes in frogs and their un-expected diversity in the Atlantic forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Haddad CFB Sazima I 2004 A new species of Physalaemus (Amphibia Leptodactylidae) from the Atlantic forest in southeastern Brazil Zootaxa 4791ndash12

Hartmann MT Hartmann PA Hadd-ad CFB 2010 Reproductive modes and fecundity of an assemblage of anu-ran amphibians in the Atlantic rainfor-est Brazil Iheringia 100207ndash215

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

79

Heyer WR Wolf AJ 1989 Physalae-mus crombiei (Amphibia Leptodac-tylidae) a new frog species from Es-piacuterito Santo Brazil with comment on the P signifer group Proceedings of the Biological Society of Washington 102500ndash506

Newman RA 1992 Adaptive Plasticity in Amphibian Metamorphosis Biosci-ence 42 671ndash678

Pombal Jr JP Madureira CA 1997 A new species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from the Atlantic rain forest of northeastern Brazil Alytes 15105ndash112

Schleich HH 2002 Amphibians and reptiles of Nepal biology systemat-ics field guide ARG Gantner Verlag Ruggell

Taylor E H 1962 The amphibian fauna of Thailand University of Kansas Sci-ence Bulletin 43265ndash499

Wilbur HM Collins JP 1973 Eco-logical aspects of amphibian metamor-phosis Science 1821305ndash1314

Editora Carla S Cassini

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

80

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Physalaemus atlanticus individual found in the spawning area municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil on 19 October 2014 A) Dorso-lateral view and B) ventral view Photos by EM

A

B

81

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Physalaemus atlanti-cus development stages recorded in the municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil A) Foam nest B) Spawn in a Syagrus bo-tryophora bract C) Tadpole be-tween stages 36-39 and D) Imago recorded in the spawn area Pho-tos by EM

A

B

C

D

82

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Antoacutenio J R Cruz1 Leandro O Drummond2 Adriele P Magalhatildees3 Caryne A C Braga4 Maria R S Pires3

1 Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Universidade Federal de Minas Gerais 31270-910 Belo Hori-zonte MG Brazil2 Laboratoacuterio de Ciecircncias Ambientais Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brazil3 Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados Departamento de Evoluccedilatildeo Biodiversidade e Meio Ambiente Universidade Federal de Ouro Preto 35400-000 Ouro Preto MG Brazil4 Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM Universidade Federal do Rio de Ja-neiro 27965-045 Macaeacute RJ Brazil

Corresponding author cruzonygmailcom

enyalius perditus (SQUAMATA LEIOSAURIDAE) VOMITING AS A DEFENSIVE BEHAVIOR

Lizards have many predators mostly snakes other lizards birds mammals and inverte-

brates (mainly arachnids) (Schalk amp Cove 2018) Numerous strategies have evolved to escape this diverse range of predators including mimicry and camouflage rapid escape death feign-ing caudal autotomy tail display and vibration mouth opening and gular expansion (Arnold 1984 Green 1988 Martins 1996 Vitt amp Caldwell 2014 Pough et al 2015) In addition to natu-ral predation pressure introduction of invasive species (Trompeter amp Langk-ilde 2011) can lead to a change in the effectiveness of a particular strategy and changes in behavioral defensive responses

Enyalius perditus Jackson 1978 (Squa-mata Leiosauridae) is a semi-arboreal lizard endemic to the Atlantic Forest in southeastern and southern Brazil (Jackson 1978 Rocha et al 2000 Sturaro amp Silva 2010 Rodrigues et al 2014) It is a diurnal species found in forest leaf litter exhibiting sexual di-morphism in color and size and a diet based on invertebrates (Jackson 1978 Sousa amp Cruz 2008 Sturaro amp Silva 2010 Barreto-Lima amp Sousa 2011 Barreto-Lima et al 2013)

During fieldwork conducted from Janu-ary to December 2010 in Serra do Ouro Branco municipality of Ouro Branco Minas Gerais Brazil (20deg30prime3291Prime S 43deg36prime3047Prime W datum SAD 69) we captured 52 specimens of Enyali-us perditus using active searches and

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

83

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

pitfall traps with drift fences (Cruz et al 2014) and documented an unusu-al and unrecorded defense behavior for Enyalius We sexed young specimens by everting the hemipenis and used a digital caliper to take snout-vent length to 001 mm resolution All captured specimens were deposited in the herpe-tological collection of the Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados (LZV) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Minas Gerais The lizards were collected under permits issued by the Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis (IBAMA-48106-NUFAS-MG) and In-stituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBIO-21543-1)

In January 2010 while attempting to photograph a male (LZV-940s) the liz-ard performed the defensive behavior of mouth opening hissing and gular expansion before and during handling Following this behavior it regurgitated its stomach contents The second and third vomiting records were made In September 2010 while removing two males (LZV-1038s and LZV-1040s) from a pitfall trap both exhibited the same vomiting behavior In October 2010 another male (LZV-1077s) vom-ited while being transported in a trans-parent plastic bag

All regurgitations were preceded by similar defensive behavior (mouth opening hissing and gular expansion) Analysis of the vomit revealed the pres-

ence of beetles (Coleoptera) crickets (Orthoptera) and spiders (Aranae) (Table 1) common prey of E perditus (Sturaro amp Silva 2010 Sousa amp Cruz 2008 Barreto-Lima amp Sousa 2011)

Most sedentary lizards including En-yalius use camouflage running or jumping and running as primary de-fensive behavior (Rautenberg amp Laps 2010) Previous studies report a wide range of defensive strategies for Eny-alius when individuals are cornered or handled such as mouth opening hiss-ing biting tail whipping death feign-ing gular inflation cloacal discharge and even physiological color changes (males becoming darker) (Rautenberg amp Laps 2010 Gomides amp Sousa 2011 Silva et al 2018) During our field-work all these behaviors were also dis-played by specimens of E perditus on at least one occasion except for death feigning and tail whipping which were not recorded

Different individuals or populations of a species do not always exhibit the same defensive strategies (Trompeter amp Langkild 2011) Indeed in a popu-lation of E perditus from Juiz de Fora Minas Gerais (approximately 140 km southeast of Ouro Branco) Gomides amp Sousa (2011) reported death feign-ing in approximately 9 of individuals during handling None of the 52 indi-viduals handled in Serra do Ouro Bran-co feigned death although four adults (8) regurgitated Although these re-cords represent a small percentage of

84

examined specimens they may suggest differences in defensive response be-tween the two populations

Acknowledgments

We thank the residents of the Itatiaia community in Serra do Ouro Bran-co for their receptivity sympathy and hospitality during the execution of the project and FAPEMIG (Biota Minas) for the financing We also thank the anonymous reviewers and Henrique C Costa for pertinent suggestions and critical review of the manuscript

References

Arnold EN 1984 Evolutionary aspects of tail shedding in lizards and their relatives Journal of Natural History 18127ndash169

Barreto-Lima AF Sousa BM 2011 Feeding ecology and sexual dimor-phism of Enyalius perditus in an At-lantic forest Brazil Herpetological Bulletin 1181ndash9

Barreto-Lima AF Pires E O Sousa BM 2013 Activity foraging mode and micro-habitat use of Enyalius perdi-tus (Squamata) in a disturbed Atlantic rainforest in southestern Brazil Sala-mandra 49177ndash185

Cruz AJR Drummond L O Luce-na VD Magalhatildees AP Braga CAC Rolim JM Pires MRS 2014 Lizard

fauna (Squamata Sauria) from Serra do Ouro Branco southern Espinhaccedilo Range Minas Gerais Brazil Check List 101290ndash1299

Gomides SC Sousa BM 2011 Enya-lius perditus death-feigning Herpeto-logical Review 42602

Greene HW 1988 Antipredator mechanisms in Reptiles Pp 1ndash152 in Gans C Huey RB (Eds) Biology of the Reptilia Vol 16 Ecology defense and life history Allan R Liss New York

Jackson JF 1978 Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae) implications for Pleisto-cene climatic changes in eastern Brazil Arquivos de Zoologia 301ndash79

Martins M 1996 Defensive tactics in lizards and snakes the potential contri-bution of the Neotropical fauna Anais de Etologia 14185ndash199

Rautenberg R Laps RR 2010 Natural history of the lizard Enyalius iheringii (Squamata Leiosauridae) in south-ern Brazilian Atlantic forest Iheringia 100287ndash290

Pough FH Andrews RM Crump ML Savitzky AH Wells KD Brand-ley MC 2015 Herpetology Sinauer Associates Sunderland

Rautenberg R Laps RR 2001 Natural history of the lizard Enyalius iheringii

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

85

(Squamata Leiosauridae) in southern Brazilian Atlantic Forest Iheringia 100287ndash290

Rocha CFD Van-Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Silva RRE Neo FA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 79ndash87 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van-Sluys M (Eds) A Fauna Ameaccedilada de Ex-tinccedilatildeo do Estado do Rio de Janeiro Ed-itora UERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT Bertolotto CEV Am-aro RC Yonenaga-Yassuda Y Freire EMX Pellegrino KCM 2014 Mo-lecular phylogeny species limits and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata Leio-sauridae) An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia Molecular Phylogenet-ics and Evolution 81137ndash146

Schalk CM Cove MV 2018 Squa-mates as prey Predator diversity pat-terns and predator-prey size relation-ships Food Webs 161ndash4

Silva MA Hudson AA Souza BM 2018 Enyalius bilineatus (Two-lined fat-headed Anole) Defensive behavior Herpetological Review 49742

Sousa BM Cruz CAG 2008 Haacutebi-tos alimentares em Enyalius perditus (Squamata Leiosauridae) no Parque Estadual do Ibitipoca Minas Gerais Iheringia 98260ndash265

Sturaro MJ Silva VX 2010 Natural history of the lizard Enyalius perdi-tus (Squamata Leiosauridae) from an Atlantic forest remnant in southeast-ern Brazil Journal of Natural History 441225ndash1238

Trompeter WP Langkilde T 2011 In-vader danger Lizards faced with novel predators exhibit an altered behavioral response to stress Hormones and Be-havior 60152ndash158

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Defense and Escape Pp 319ndash351 in Vitt LJ Caldwell JP (Eds) Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles Academic Press LondonWalthamSan Diego

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

86

Table 1 Individuals of Enyalius perditus that regurgitated whileafter handling in Serra do Ouro Branco Minas Gerais Brazil

SVL = snout-vent length M = male F = female

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Collection number

SVL (mm) Sex Regurgitated content

Local coordinates

LZV- 940s 7595 M Aranae Or-thoptera

20deg29prime3513PrimeS 43deg36prime2417Prime W

LZV- 1038s 6489 M Aranae Coleoptera

20deg29prime4500PrimeS 43deg35prime4853Prime W

LZV- 1040s 7597 M Aranae 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

LZV- 1077s 7898 F Coleoptera 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

87

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Ana Helena Pagotto Daniel Rodrigues Stuginski Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP Brazil Corresponding author edelciomuscatterracombr

thamnodynastes strigatus (GUumlNTHER 1858) (SERPENTES DIPSADIDAE) FORAGING SITE FIDELITY

Like many other taxa snakes have home ranges where they perform daily activities like foraging

breeding thermoregulating and rest-ing (Macartney et al 1988 Powell et al 2000) Although home ranges can differ seasonally andor depend on the species and sex (Hyslop et al 2009 Breininger et al 2011) snakes gener-ally remain within their home ranges and even philopatry has already been reported for some species (Brischoux et al 2009) In recent decades long-term mark-recapture studies and the use of radio-telemetry have provided an increasing amount of data about home ranges movement and habi-tat use (Webb amp Shine 1997 Dorcas amp Willson 2009) and there is now a much more fine-scale comprehension of how snakes use their habitats It is now known that they exhibit site fidel-ity using the same spots within their home range repeatedly to perform var-ious activities (Madsen amp Shine 1996 Moore amp Gillingham 2006) Site fidel-ity can occur for short periods or for years restricted to small areas (eg a burrow used as shelter) or large (eg extensive hunting grounds) within a snakersquos home range (Madsen amp Shine 1996 Webb amp Shine 1997)

Site fidelity was reported for some spe-cies in the Northern Hemisphere that use the same den site for hibernation sometimes travelling great distanc-es (Burger amp Zappalorti 1992 Go-mez et al 2015) Sea snakes such as Laticauda colubrina (Schneider 1799) have long-term egg-laying site fidelity (Brischoux et al 2009) Whitaker amp Shine (2003) reported the daily use of a shelter site by the same individual of Pseudonaja textilis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854) These authors report-ed snakes traveling more than 800 m from their hunting grounds to the same retreat site daily One explanation for site fidelity is linked to the fact that hab-itats are complex and heterogeneous with some sites offering better feeding opportunities protection against pred-ators and more favorable thermal and hydric microenvironments (Du et al 2009) It is expected that snakes use some sites within their home range more frequently because of the need of a particular resource

Food is a resource that can be high-ly variable across the landscape Such variability may also be seasonal and prey abundance can differ spatial-

88

ly and temporally (Madsen amp Shine 1996 Cundall amp Pattishall 2011) The Foraging Theory predicts that ani-mals increase their energetic gain by decreasing the time and energy spent searching for food (Stephens amp Krebs 1986) Thus if a site presents food abundance or any hunting advantage some degree of site fidelity by preda-tors is expected Foraging site fideli-ty has been reported for snakes and they used specific hunting grounds repeatedly in both foraging modes (sit-and-wait ambushers and active searching) (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004 Sazima amp Marques 2007) The ambush-hunting snake Chilabothrus inornatus (Reinhardt 1843) in Puerto Rico used the entrance of one cave to hunt bats returning to the same point regularly (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004) Sazima amp Marques (2007) ob-served a specimen of the active-search-ing Philodryas olfersii (Lichtenstein 1823) revisiting a successful bird-hunt-ing site for nine months The authors recorded the same snake hunting birds in the same tree five times (three of which were successful) and suggested that this foraging site fidelity could be linked to a snakersquos learning process In the present manuscript we report similar foraging site fidelity during two consecutive years by Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) a snake spe-cies that usually hunts by active search-ing (Bernarde et al 2000b but see Mario-da-Rosa et al [2020] who mon-

itored specimens relying exclusively on ambush hunting)

Thamnodynastes strigatus is a noctur-nal viviparous and opisthoglyphous xenodontine (Marques et al 2001 Zaher et al 2019) The species occurs in Argentina Paraguay Uruguay and Brazil In Brazil T strigatus occurs in the southeastern and southern At-lantic Forest the Pampa and the Cer-rado (Nogueira et al 2019) The spe-cies can be locally abundant Zanella amp Cechin (2006) found T strigatus to be the most common snake in the Plan-alto Meacutedio of the state of Rio Grande do Sul Specimens seem to use swampy areas frequently searching for food on the ground and in vegetation (Bernarde et al 2000ab)

The diet of T strigatus consists of an-urans fish mammals and reptiles Anurans of the families Leptodactyli-dae Odontophrynidae Bufonidae and Hylidae represent the major part of the diet in some populations of T strigatus (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) The species may be considered an anuran specialist that occasional-ly feeds on other prey although some populations seem to be highly special-ized in eating fish (Mario-da-Rosa et al 2020)

On 12 November 2018 we recorded a specimen of T strigatus SVL 390 mm foraging on the lower branches of a tree in the Projeto Dacnis private reserve (22deg53prime447Prime S 45deg56prime294Prime W) Satildeo Francisco Xavier subdistrict munic-

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

89

ipality of Satildeo Joseacute dos Campos state of Satildeo Paulo Brazil Identification was based on the following morphological features dorsal scales smooth in 19 rows at midbody and infralabial scales with dark markings that taper ventral-ly (Franco amp Ferreira 2003) The tree stands on the edge of a swamp area and near an artificial pond Approximately 20 frog species use the pond and swamp area as breeding sites and at least five treefrog species use this tree as a call-ing site Boana faber (Wied 1821) Dendropsophus minutus (Peters 1872) Scinax eurydice (Bokermann 1968) Scinax aff perereca and Scinax crospedospilus (Lutz 1925) During this first encounter we observed the snake hunting for one hour without success in capturing prey We returned to the same tree ten times over the next 17 nights

During eight of these nights we identi-fied the same individual of T strigatus foraging for frogs on low tree branch-es We recognized this individual by the following characters the third and fourth brown bars of the left supra-labial scales in contact on the upper edge the fifth and sixth brown bars on the distal portion of the fifth and sixth supralabials not reaching the up-per margin of those scales the fourth left supralabial brownish bar with an inverted ldquoLrdquo shape the lower portion of the left postocular dark stripe nar-rows markedly at the distal margin of the last supralabial scale prefrontal

and internasal scales have a V-shaped brownish blotch a dark-bordered cir-cular mark on the left supraocular and frontal scale forms a complete circle in contrast with the right side where the circle is interrupted on the rostral part of the frontal scale (Figure 1)

In our sixth encounter we inadver-tently surprised a specimen of S aff perereca (SVL approximately 40 mm) that jumped near the T strigatus The snake grasped the frog and started eat-ing it immediately (Figure 2) The frog appeared to have been envenomated because it did not react vigorously but remained motionless for most of the in-gestion process similar to the findings of Bernarde et al (2000a) The feeding event lasted at most five minutes and after that the snake moved along the branches to the trunk of the tree The last date on which we found the snake on the tree 29 November 2018 was co-incident with a decrease in the calling activity of Scinax

During the monitoring period we found four more specimens of T strigatus foraging at the swamp area and also other snake species (Bothrops

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

90

Figura 1 Morpho-logical features used to recognize the Thamnody-nastes strigatus individual (A) Third and fourth brownish bars on the left supralabial scales in contact at the upper edge of the scales The fourth left suprala-bial brownish bar forms an inverted ldquoLrdquo shape (blue arrow) Fifth and sixth brownish la-bial bars are short not reaching the upper edge of the scales and are only at the distal portion of the scale (yellow arrows) Lower portion of the left pos-tocular dark stripe narrows at the dis-tal margin of the last supralabial scale (white arrow) (B) Prefrontal and inter-nasal scales have a V-shaped brownish blotch (blue arrow) On the portion for-med by the frontal and scales there is a pair of dark-bordered ocelli but the border of the right ocellus is interrup-ted at the rostral portion of the fron-tal scale (yellow arrow) Both pictures were taken in 2019

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

91

jararaca (Wied 1824) Oxyrhopus guibei (Hoge amp Romano 1977) and Dipsas neuwiedi (Ihering 1911) but no snake other than this specimen of T strigatus on this particular tree We kept monitoring the area searching the tree thoroughly twice a week for 12 months but found no more snakes

In early November 2019 we detect-ed a number of S aff perereca and S crospedospilus using the same tree as a calling site On 20 November 2019 during one of our regular field surveys we found a specimen of T strigatus on the tree A comparison of photos taken in 2018 and on this night showed that it was the same individual we had mon-itored in the previous year The snake was resting on tree branches approxi-mately 1 m above ground During the encounter we noticed that the stomach area was distended suggesting recent ingestion of prey

This is the first report of foraging site fidelity for a Thamnodynastes species and the second long-term foraging site fidelity reported for a Brazilian species (Sazima amp Marques 2007) The rela-tionship between snake presence on that tree and anuran calling activity especially Scinax spp suggests a re-source-based foraging site fidelity in-stead of random use of the space It is clear to us that this snake used the same foraging site while prey abundance was high but when resources decreased it moved from this area returning after 12 months when resources were abun-dant again

Frogs were abundant in all swamp ar-eas and we also found other snakes including more specimens of T strigatus foraging in the swamp and around the pond Despite searching the swamp area thoroughly we only saw this individual when it was on the tree

Figura 2 Thamnodynastes strigatus feeding on Scinax aff perereca on 22 Novem-ber 2018

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

92

never elsewhere Foraging site fidelity by active-hunting snakes was previous-ly reported in P olfersii a semi-arbo-real and diurnal Xenodontine species (Sazima amp Marques 2007) Similarly to P olfersii T strigatus feeds on a wide range of taxa although some pop-ulations show a strong predilection for frogs (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) or even fish (Mario-da-Ro-sa et al 2020) Based on the analysis of the stomach contents of 44 T strigatus Bernarde et al (2000a) hypothesized that most foraging activity occurred on the ground and at water level but they also suggested the use of the arboreal stratum as a foraging site for the spe-cies These authors noted that Scinax was the most frequent frog genus in the stomach contents accounting for over 40 of the preyed frogs

In our sampled area frogs were pres-ent in the entire swamp but we do not know if frog abundance was greater near the tree than in other areas Some Scinax used this tree as a calling site but not as a breeding site since all Sci-nax species observed in our field sur-veys breed in flooded areas (Haddad amp Prado 2005) The choice of a specific tree as the snakersquos main foraging area seems to be directly related to the abun-dance of prey on it It is relevant that there were other frog species that are regularly consumed by T strigatus in the studied area (Ruffato et al 2003) So it is possible that the site fidelity we report is related not only to frog abun-

dance but specifically to Scinax abun-dance on that tree Furthermore Ber-narde et al (2000b) suggested that T strigatus hunts by visual orientation based on frog movement and that the snake is less prone to detect frogs that remain quiet and motionless As most frogs on the tree were males in high calling activity and its branches were diffuse and easily accessible the snake could gain some advantage by perform-ing a visually oriented search at this foraging site

The snakersquos return to the same hunt-ing spot after one year is surprising and reinforces that snakes may exhib-it strong site fidelity related to their feeding grounds (Sazima amp Marques 2007) Long-term site fidelity was also reported for other snake activities eg breeding or hibernating (Brischoux et al 2009 Gomez et al 2015) but less frequently for foraging We still do not know if this foraging site fidelity occurs in different snake species and how they maintain this fidelity It is possible that such long-term foraging site fidelity is guided exclusively by chemical cues of prey congregating seasonally at the same site but learning and memory processes cannot be discarded as lead-ing forces in foraging site fidelity by snakes (Sazima amp Marques 2007)

Acknowledgments

We thank Matheus de Toledo Moro-ti for the 2019 photographs and Elsie Laura Rotenberg for all the help with this manuscript

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

93

References

Bernarde PS Moura-Leite JC Mach-ado RA Kokobum MNC 2000a Diet of the colubrid snake Thamnody-nastes strigatus (Guumlnther 1858) from Paranaacute state Brazil with field notes on anuran predation Revista Brasileira de Biologia 60695ndash699

Bernarde PS Kokubum MNC Marques OAV 2000b Atividade e uso de habitat em Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) no sul do Brasil (Serpentes Colubridae) Boletim do Museu Nacional (NS) Zoologia 4281ndash8

Breininger DR Bolt MR Legare ML Drese JH Stolen ED 2011 Fac-tors Influencing Home Range Sizes of Eastern Indigo Snakes in Central Flor-ida Journal of Herpetology 45484ndash490

Brischoux F Bonnet X Pinaud D 2009 Fine-scale site fidelity in sea kraits Implications for conserva-tion Biodiversity and Conservation 182473ndash2481

Burger J Zappalorti RT 1992 Philo-patry and nesting phenology of pine snakes Pituophis melanoleucus in the New Jersey Pine Barrens Behavioral Ecology and Sociobiology 30331ndash336

Cundall D Pattishall A 2011 Foraging Time Investment in an Urban Popula-tion of Watersnakes (Nerodia sipedon) Journal of Herpetology 45174ndash177

Dorcas ME Willson JD 2009 In-novative methods for studies of snake ecology and conservation Pp 5ndash37 in Mullin SJ Seigel RA (Eds) Snakes Ecology and conservation Comstock Ithaca

Du W Webb JK Shine R 2009 Heat sight and scent multiple cues influence foraging site selection by an ambush-foraging snake Hoplocephalus bungaroides (Elapidae) Current Zool-ogy 55266ndash271

Franco FL Ferreira T 2002 De-scriccedilatildeo de uma nova espeacutecie de Tham-nodynastes Wagler 1830 (Serpentes Colubridae) do nordeste brasileiro com comentaacuterios sobre o gecircnero Phyllomedusa 157ndash74

Gomez L Larsen KW Gregory PT 2015 Contrasting patterns of migra-tion and habitat use in neighboring Rattlesnake populations Journal of Herpetology 49371ndash376

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive Modes in Frogs and Their Unexpected Diversity in the Atlantic Forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Hyslop NL Cooper RJ Meyers JM 2009 Seasonal Shifts in Shelter and Mi-crohabitat Use of Drymarchon couperi (Eastern Indigo Snake) in Georgia Co-peia 2009458ndash464

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

94

Macartney JM Gregory PT Larsen KW 1988 A tabular survey of data on movement and home ranges of snakes Journal of Herpetology 2261ndash73

Madsen T Shine R 1996 Seasonal mi-gration of predators and prey pythons and rats in tropical Australia Ecology 77149ndash56

Mario-da-Rosa C Abegg AD Mal-ta-Borges L Righi AF Bernarde PS Cechin SZ Santos TG 2020 A fisher-manrsquos tale Activity habitat use and the first evidence of lingual lure behavior in a South American snake Salamandra 5639ndash47

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar Holos Ribeiratildeo Preto

Moore JA Gillingham JC 2006 Spa-tial ecology and multi-scale habitat se-lection by a threatened rattlesnake the Eastern Massasauga (Sistrurus catena-tus catenatus) Copeia 2006742ndash51

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Her-petology 141ndash274 doi102994SA-JH-D-19-001201

Pattishall A Cundall D 2008 Spa-tial Biology of Northern Watersnakes (Nerodia sipedon) Living along an Ur-ban Stream Copeia 2008752ndash762

Powell RA 2000 Animal home rang-es and territories and home range esti-mators Pp 65-100 in Boitani L Full-er TK (Eds) Research Techniques in Animal Ecology Columbia University Press New York

Puente-Roloacuten AR Bird-Picoacute FJ 2004 Foraging behavior home range movements and activity patterns of Epicrates inornatus (Boidae) at Mata de Platano Reserve in Arecibo Puer-to Rico Caribbean Journal of Science 40343ndash352

Ruffato R Di-Bernardo M Maschio F 2003 Dieta de Thamnodynastes strigatus (Serpentes Colubridae) no Sul do Brasil Phyllomedusa 227ndash34

Sazima I Marques OAV 2007 A re-liable customer hunting site fidelity by an actively foraging neotropical col-ubrid snake Herpetological Bulletin 9936ndash38

Stephens DW Krebs JR 1986 For-aging Theory Princeton Princeton University Press

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

95

Webb JK Shine R 1997 A field study of the spatial ecology and movements of a threatened snake species Hoplo-cephalus bungaroides Biological Con-servation 82203ndash217

Whitaker PB Shine R 2003 A ra-diotelemetric study of movements and shelter-site selection by free ranging brownsnakes (Pseudonaja textilis El-apidae) Herpetological Monographs 17130ndash144

Zaher H Murphy RW Arredondo JAC Graboski R Machado-Filho PR Mahlow K Grazziotin FG 2019 Large-scale molecular phylogeny morphology divergence-time estima-tion and the fossil record of advanced caenophidian snakes (Squamata Ser-pentes) PLoS ONE 14e0216148

Zanella N Cechin SZ 2006 Taxo-cenosis of snakes in the middle plateau region of Rio Grande do Sul Brazil Revista Brasileira de Zoologia 23211ndash217

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

96

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Paulo Roberto Machado-Filho12 Guilherme Marson Moya3 Faacutebio Maffei4

1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brazil2 Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista 13506-900 Rio Claro SP Brazil3 Instituto Proacute-Terra 17209-070 Jauacute SP Brazil4 Departamento de Ciecircncias Bioloacutegicas Faculdade de Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 17033-360 Bauru SP Brazil

Corresponding author prmfilhosbogmailcom

FIRST STATE RECORD OF uraCentron azureum (LINNAE-US 1758) (SQUAMATA TROPIDURIDAE) FROM THE STATE OF MATO GROSSO BRAZIL

Tropiduridae consists of me-dium-sized lizards (4ndash15 cm snout-vent length) occurring

throughout South America including the Galapagos Islands (Vitt amp Cald-well 2014) In Brazil there are 42 species belonging to seven genera Eurolophosaurus Plica Stenocercus Strobilurus Tropidurus Uracentron and Uranoscodon (Costa amp Beacuternils 2018) Lizards of the genus Uracentron (Linnaeus 1758) are arboreal and diur-nal inhabit primary ldquoterra firmerdquo for-est where they are found on trunks and tree canopy (about 5 meters above the ground) and occasionally at the forest edge (Avila-Pires 1995) The genus is endemic to Amazonia and currently comprises two species Uracentron fla-viceps (Guichenot 1855) and Uracen-tron azureum (Linnaeus 1758) the lat-ter with three subspecies Uracentron azureum azureum (Linnaeus 1758) endemic to eastern Amazonia Uracen-tron azureum werneri Mertens 1925 endemic to northwestern Amazonia

and Uracentron azureum guentheri Boulenger 1895 predominantly occur-ring in southwestern Amazonia with one isolated record in eastern Ama-zonia (Boulenger 1894 Beebe 1944 Hoogmoed amp Lescure 1975 Duellman 2005 Peacuterez 2015 Ribeiro-Junior 2015)

Uracentron azureum guentheri is known to occur in Peru and Brazil from the states of Paraacute Amazonas and Rondocircnia (Ribeiro-Junior 2015) The eastern portion of its distribution is delimited by the lower Negro river and the Madeira river basin with one isolated record in the lower Trombe-tas river (eastern Amazonia) This sub-species can be distinguished from oth-er subspecies by having three narrow crossbands on the neck followed by one crossband descending through the an-ti-humeral fold (Peters amp Donoso-Bar-ros 1970)

97

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Here we present the first record of Ura-centron azureum from the state of Mato Grosso and the southernmost record for Uracentron about 650 km southeast of the closest known record (Figure 1) On 10 September 2015 one individual of Uracentron azureum guentheri was captured in a pitfall trap in the munici-pality of Comodoro state of Mato Gros-so Brazil (13deg42prime6Prime S 60deg25prime43Prime W 227 m elevation) ndash collection permit issued by the Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Ren-ovaacuteveis (IBAMA license 6172015 process 020010003282009-98)

The area consists of a fragment of sec-ondary forest in advanced stage of re-generation The fragment adjoins the riparian vegetation of the Guaporeacute riv-er which borders Brazil and Bolivia It is a transitional area between the Am-azonia and Cerrado biomes predomi-nantly covered by seasonal semidecidu-ous forest The capture site has a dense understory with many lianas but with a relatively open canopy and thin leaf litter The specimen is an adult male of about 80 mm snout-vent length and was not collected (Figure 2)

Uracentron azureum is a poorly known lizard non-heliothermic restricted to rainforest habitat and unable to survive in deforested areas (Vitt et al 2008) The specimen was recorded in the most deforested region of the state of Mato Grosso (Richards amp VanWey 2015 Valdiones et al 2019) Between 2000 and 2012 nearly 80000 km2 of forest

and Cerrado were razed in Mato Gros-so often for pastures and croplands (Hansen et al 2013)

Acknowledgements

We thank Ambientare Soluccedilotildees em Meio Ambiente for logistic support

Rerefrences

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Bra-zilian Amazonia (Reptilia Squamata) Zoologische Verhandelingen 2991ndash706

Beebe W 1944 Field notes on the liz-ards of Kartabo British Guiana and Caripito Venezuela Part 2 Iguanidae Zoologica 29195ndash216

Boulenger GA 1895 ldquo1894rdquo Second report on additions to the lizard collec-tions in the Natural History Museum Proceedings of the Zoological Society of London 1894722ndash736

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Bra-sileira 711ndash57

Duellman WE 2005 Cuzco Amazoacuteni-co - The lives of amphibians and rep-tiles in an Amazonian rainforest Cor-nell University Press Ithaca amp London

98

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Hansen MC Potapov PV Moore R Hancher M Turubanova SAA Tyukavina Ahellip Townshend JRG 2013 High-resolution global maps of 21st-century forest cover change Sci-ence 342850ndash853

Hoogmoed MS Lescure J 1975 An Annotated Checklist of the Lizards of French Guiana Mainly Based on 2 Recent Collections Zoologische Mededelingen 49141ndash171

Peters JA Donoso-Barros R 1970 Catalogue of the Neotropical Squama-ta Part II Lizards and Amphisbae-nians United States National Museum Bulletin 2971ndash293

Peacuterez GAT 2015 Diversidad de los reptiles de la Orinoquiacutea Colombiana anaacutelisis de los patrones de distribucioacuten y relaciones ambientales Inuversidad Nacional de Colombia Bogotaacute

Ribeiro-Junior MA 2015 Catalogue of distribution of lizards (Reptilia Squa-mata) from the Brazilian Amazonia I Dactyloidae Hoplocercidae Iguanidae Leiosauridae Polychrotidae Tropidu-ridae Zootaxa 39831ndash110

Richards P VanWey L 2015 Where deforestation leads to urbanization how resource extraction is leading to urban growth in the Brazilian Amazon Annals of the Association of American Geographers 105806ndash823

Valdiones AP Silgueiro V Bernasconi P 2019 Caracteriacutesticas do desmata-mento no Cerrado mato-grossense em 2018 Instituto Centro de Vida Cuiabaacute

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Herpetol-ogy An Introductory Biology of Am-phibians and Reptiles Elsevier Am-sterdam

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema Manaus

Editor Henrique C Costa

99

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Map showing Brazilian Amazonia and all known records of Ura-centron azureum azureum U a guentheri (including the new one presented here) and U a werneri Adapted from Avila-Pires (1995) and Ribeiro-Junior (2015)

100

Figura 2 Live speci-men (not collected) of Uracentron azureum guentheri in lateral (A) and dorsal view (B) pi-tfall traps (C) installed in seasonal semideci-duous forest at the mu-nicipality of Comodoro state of Mato Grosso state central Brazil a transitional area betwe-en Amazonia and Cer-rado biomes

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

101

Gaspar Joseacute Gomes Neto Carlos Henrique de Oliveira Nogueira Leonardo Serafim da Silveira

Hospital Veterinaacuterio Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens Universidade Es-tadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brasil

Corresponding author gasparbioherpetogmailcom

PRIMEIRO REGISTRO DE PREDACcedilAtildeO DE BrasilisCinCus agilis (SCINCOMORPHA MABUYIDAE) POR oxyrhopus trigeminus (SERPENTES DIPSADIDAE)

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Oxyrhopus trigeminus eacute uma espeacutecie de serpente com am-pla distribuiccedilatildeo geograacutefica

no Brasil sendo encontrada do esta-do do Amapaacute ateacute o estado do Paranaacute nos biomas Amazocircnia Caatinga Cer-rado Mata Atlacircntica e Pantanal aleacutem de alguns registros nas florestas secas da Boliacutevia (Nogueira et al 2019) Eacute uma serpente oviacutepara terrestre que apresenta haacutebitos diurnos (Gaiarsa et al 2013) e tem sua alimentaccedilatildeo com-posta majoritariamente por lagartos e pequenos mamiacuteferos (Gaiarsa et al 2013 Coelho et al 2019)

Brasiliscincus agilis eacute uma espeacutecie de lagarto tiacutepica das restingas brasileiras (Vrcibradic amp Rocha 2002) sendo en-contrado tambeacutem em aacutereas de serra (Teixeira et al 2003) Satildeo animais de haacutebitos diurnos (Vrcibradic amp Rocha 2002) criptozoacuteicos e terriacutecolas ocu-pando principalmente a serapilheira e troncos de aacutervores (Vrcibradic amp Ro-cha 1996)

No dia 28 de maio de 2018 em uma aacuterea de restinga (21deg50rsquo2728rdquoS 41deg

0rsquo4776rdquo O niacutevel do mar) no municiacutepio de Satildeo Joatildeo da Barra estado do Rio de Janeiro encontramos um exemplar jaacute morto de O trigeminus (comprimento rostro-cloacal [CRC] 305 mm) iden-tificado pela coloraccedilatildeo mais clara das escamas supralabiais (Zaher amp Cara-maschi 1992) apresentando lesatildeo na cabeccedila sinais de atropelamento e au-mento de volume do terccedilo meacutedio indi-cando a presenccedila de conteuacutedo estoma-cal O animal foi coletado seguindo as diretrizes estabelecidas pela instruccedilatildeo normativa nordm 3 do Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversi-dade (ICMBio 2014) que em seu 25ordf artigo trata do aproveitamento de car-caccedilas de animais encontrados mortos Apoacutes a coleta foi levado para a coleccedilatildeo herpetoloacutegica do Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Flumi-nense Darcy Ribeiro (NEPAS-UENF) Em laboratoacuterio ao realizarmos a aber-tura do estocircmago da serpente (Figura 1) foi possiacutevel observar a presenccedila de um indiviacuteduo adulto de Brasiliscincus agilis em posiccedilatildeo sugestiva de deglu-

102

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

ticcedilatildeo iniciada pela cabeccedila (183 lamelas digitais CRC 75 mm e comprimento da cauda 89 mm) identificado seguindo a metodologia de contagem de lamelas digitais e pela coloraccedilatildeo caracteriacutestica descrita por Hedges amp Conn (2012) que diferencia o gecircnero de outros por ter uma combinaccedilatildeo de listras dorso-laterais escuras e paacutelidas (Figura 2)

Realizamos uma revisatildeo de literatura em todas as ediccedilotildees da revista Her-petological Review e pela platafor-ma Google Acadecircmico utilizando as seguintes palavras-chave em inglecircs e portuguecircs dieta haacutebitos alimentares histoacuteria natural (diet feeding habits natural history) e Oxyrhopus trigem-inus Foram encontrados 220 resul-tados (07042020) sendo apenas quatorze relevantes para esse estudo

(Tabela 1) Oxyrhopus trigem-inus jaacute foi registrada na Caat-inga como predadora de Brasiliscincus heathi (Coelho et al 2019) o que torna o registro de pre-daccedilatildeo de B agilis esperado visto que o habitat de presa e predador se so-brepotildeem (Vrcibradic amp Rocha 1996 Gaiarsa et al 2013)

Agradecimentos

Gostariacuteamos de agradecer ao NE-PAS por ter cedido toda a estrutura necessaacuteria para produccedilatildeo deste tra-balho e Iberecirc Farina Machado por ter nos ajudado nas versotildees anteriores e pela revisatildeo do manuscrito

Figura 1 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus com cavidade aberta eviden-ciando a presenccedila de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido

103

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus ao lado de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido previamente retirado de seu estocircmago

Referecircncias

Alencar LR Galdino CA Nascimento LB 2012 Life history aspects of Oxy-rhopus trigeminus (Serpentes Dipsa-didae) from two sites in southeastern Brazil Journal of Herpetology 469ndash13

Coelho RDF Sales RFD Ribeiro LB 2019 Sexual dimorphism diet and notes on reproduction in Oxyrhopus trigeminus (Serpentes Colubridae) in the semiarid Caatinga of northeastern Brazil Phyllomedusa 1889ndash96

Coelho-Lima AD Ramos GO Mar-tins RBX Meira LPC 2020 First record of ophiophagy in the false coral snake Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854 Cuadernos de Herpetologiacutea 3489ndash91

Franccedila FGR Mesquita DO Noguei-ra CC Arauacutejo AFB 2008 Phylogeny and ecology determine morphologi-cal structure in a snake assemblage in the Central Brazilian Cerrado Copeia 200823ndash38

104

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gaiarsa MP Alencar LR Martins M 2013 Natural history of Pseudoboine snakes Papeacuteis Avulsos de Zoologia 53261ndash283

Hedges SB Conn CE 2012 A new skink fauna from Caribbean islands (Squamata Mabuyidae Mabuyinae) Zootaxa 32881ndash244

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 03 de 01 de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Seccedilatildeo 1 60(02092014)60ndash62

Marques R Mebert K Fonseca Eacute Roumldder D Soleacute M Tinocircco MS 2016 Composition and natural history notes of the coastal snake assemblage from Northern Bahia Brazil ZooKeys 693ndash142

Mesquita PC Passos DC Borges-No-josa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das serpentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113

Mikalauskas JS Santana DO Fer-rari SF 2017 Lizard predation Tropi-durus hispidus (Squamata Tropidu-ridae) by false coral snake Oxyrhopus trigeminus (Squamata Dipsadidae) in the Caatinga in northeastern Brazil Pesquisa e Ensino em Ciecircncias Exatas e da Natureza 160ndash67

Nogueira CC Argocirclo AJS Ar-zaendia V Azevedo JA Barbo FE Beacuternils RS hellip Martins M 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpetolo-gy 141ndash274

Pires RC Borges VS de Souza AM Eterovick PC 2012 Natural history of a snake assemblage alongside a river in south-eastern Brazil Journal of Natu-ral History 46369ndash381

Rocha CFD Van-Sluys M Vrci-bradic D Hatano FH Galdino CA Cunha-Barros M Kieffer MC 2004 A comunidade de reacutepteis da restinga de Jurubatiba Pp 179ndash198 in Ro-cha CFD Esteves FA Scarano FR (Orgs) Pesquisas ecoloacutegicas de longa duraccedilatildeo na restinga de Jurubatiba eco-logia histoacuteria natural e conservaccedilatildeo RiMa Editora Satildeo Carlos

Rocha CFD Van-Sluys M Hatano FH Bergallo HG 2005 Oxyrhopus trigeminus (false coral snake) Prey Herpetological Review 36458

Rocha-Silva J Pereira WR Vie-gas-de-Arruda F Brito-de-Carvalho C Mendonccedila-do-Prado V H 2017 Micrablepharus atticolus Predation Herpetological Review 48652

105

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Teixeira RL Rocha CFD Vrcibrad-ic D Cuzzuol MG 2003 Ecology of Mabuya agilis (Squamata Scincidae) from a montane Atlantic rainforest area in southeastern Brazil Cuadernos de Herpetologiacutea 17101ndash109

Vitt LJVangilder LD 1983 Ecology of a snake community in northeastern Brazil Amphibia-Reptilia 4273ndash296

Vrcibradic D Rocha CFD 1996 Eco-logical differences in tropical sympatric skinks (Mabuya macrorhyncha and Mabuya agilis) in southeastern Brazil Journal of Herpetology 3060ndash67

Vrcibradic D Rocha CFD 2002 Use of cacti as heat sources by thermoreg-ulating Mabuya agilis (Raddi) and Mabuya macrorhyncha Hoge (Lacer-tilia Scincidae) in two restinga habitats in southeastern Brazil Revista Brasile-ira de Zoologia 1977ndash83

Zaher H Caramaschi U 1992 Sur le statut taxinomique drsquoOxyrhopus tri-geminus et O guibei (Serpentes Xe-nodontinae) Bulletin du Museacuteum na-tional drsquohistoire naturelle Section A Zoologie biologie et eacutecologie animales 14805ndash827

Editor Henrique C Costa

106

PRESAS FONTE

SQUAMATA

ldquoLagartosrdquo

Ovo de lagarto (espeacutecie natildeo identificada) Vitt amp Vanglier (1983) Gaiarsa et al (2013)

Tropiduridae

Tropidurus hispidus (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Gaiarsa et al (2013) Mikalauskas et al (2017)

Tropidurus hygomi (Reinhardt amp Luumltken 1862)

Marques et al (2016)

Tropidurus torquatus (Wied 1820)

Rocha et al (2004) Rocha et al (2005)

Tropidurus sp Franccedila et al (2008) Gaiarsa et al (2013)

Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)

Rocha et al (2005) Franccedila et al (2008) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013) Coelho et al (2019)

Ameivula ocellifera (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Rocha et al (2005) Marques et al (2016)

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccini-ni-Seale 1997)

Coelho et al (2019)

Tabela 1 Itens alimentares jaacute reportados na dieta de Oxyrhopus trigeminus

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

107

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau De Jonnegraves 1818) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Gymnophthalmidae

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)

Coelho et al (2019)

Micrablepharus atticolus Ro-drigues 1996 RochandashSilva et al (2017)

Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823) Este trabalho

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)

Mesquita et al (2013) Coelho et al (2019)

Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides Spix 1825 Coelho et al (2019)

Serpentes

Colubridae

Oxybelis aeneus (Wagler 1824) CoelhondashLima et al (2020)

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854

Marques et al (2016)

108

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

MAMMALIA

Cinco mamiacuteferos (natildeo identificados)

Franccedila et al (2008)

Cricetidae

Roedor natildeo identificado Pires et al (2012)

Akodon sp Gaiarsa et al (2013)

Necromys lasiurus (Lund 1841)

Rocha et al (2005) Alencar et al (2012) Ga-iarsa et al (2013)

Nectomys squamipes (Brants 1827)

Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Oligoryzomys sp Gaiarsa et al (2013)

Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund 1840)

Gaiarsa et al (2013)

Monodelphis domestica (Wagner 1842)

Coelho et al (2019)

AVES

Furnariidae

Synallaxis sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Emberizidae

Coryphospingus sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

109

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Clodoaldo L Assis1 Henrique C Costa2

1 Departamento de Biologia Animal Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilosa 36570-900 Viccedilosa MG Brazil

2 Departamento de Zoologia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036-900 Juiz de Fora MG Brazil

Corresponding author ccostahgmailcom

leposternon oCtostegum NEW RECORD OF AN ENDANGERED WORM LIZARD SPECIES WITH COMMENTS ON HABITAT AND OPPORTUNISTIC PREDATORS (SQUAMATA AMPHISBAENIA)

The worm lizard genus Leposter-non currently comprises 11 spe-cies distributed in South Amer-

ica mainly in Brazil from where most of the species are endemic (Ribeiro et al 2015 2018 Colli et al 2016) One of these species Leposternon octosteg-um (A Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) is known from a small area (577 kmsup2) in the metropolitan region of Sal-vador state of Bahia northeastern Bra-zil (Barros-Filho et al 2013 ICMBio 2018) Described almost 170 years ago (Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) this species remained known only from its holotype (from an unknown Brazilian locality) until recently when new specimens were recorded through field research (Couto-Ferreira et al 2011) and collect-ed during wildlife rescues (Barros-Fil-ho et al 2013) Today L octostegum is known from the following munici-palities (specific localities in parenthe-sis) Camaccedilari (Arembepe) Dias drsquoAacutevi-la (Santa Helena) Mata de Satildeo Joatildeo

(Reserva de Imbassaiacute) Salvador (Ater-ro Metropolitano Centro) and Simotildees Filho (Fazenda Real) (Couto-Ferreira et al 2011 Barros-Filho et al 2013) The record from Mata de Satildeo Joatildeo however lacks a voucher specimen or even photographs (Couto-Ferreira et al 2011) In this note we present new records of L octostegum from Mata de Satildeo Joatildeo based on four specimens deposited in Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilo-sa (MZUFV) Minas Gerais Brazil

From 13 to 21 October 2014 CLA worked in a wildlife rescue at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (124606deg S 380937deg W 70 m elevation datum WGS 84) municipality of Mata de Satildeo Joatildeo state of Bahia about 15 km northwest from Reserva de Imbassaiacute An area of about 70 ha originally covered by rainfor-est was used for Pinus plantation but abandoned after eight years allowing native vegetation to grow among the Pi-nus trees The wildlife rescue occurred

110

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

while the area was being deforested for Eucalyptus planting (Figure 1) When a bulldozer cut the trees and turned the soil six specimens of Leposternon octostegum were observed after being unearthed from depths of 30ndash50 cm

On 13 October 2014 two specimens (MZUFV 1390 1391) were found dead after the soil was turned by the bulldoz-er and other two specimens (MZUFV 1389 1392) were found on 18 October Specimens were collected in agreement with a Normative Instruction from the Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio 2014) In-dividuals of other species were also found dead the skink Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951) the gecko Gymnodactylus darwinii (Gray 1845) and the anole Norops ortonii (Cope 1868)

On 18 October CLA observed two crest-ed caracaras Carcara plancus (Miller 1777) each capturing one L octosteg-um as soon as the specimens were un-earthed by the bulldozer Although an opportunistic predation event this is the first time L octostegum is recorded as prey of another species Other birds also landed to eat unearthed animals although their prey could not be identi-fied the yellow-headed caracara (Mil-vago chimachima (Vieillot 1816) the roadside hawk (Rupornis magniros-tris (Gmelin 1788)) and the lesser yel-low-headed vulture (Cathartes burrovi-anus Cassin 1845) Such opportunistic predation by birds on worm lizards was

previously reported by Zamprogno amp Sazima (1993) who observed Carcara plancus and other species preying on specimens of Leposternon wuchereri (Peters 1879) unearthed by bulldozers in coastal Bahia

The collected specimens can be identi-fied as L octostegum despite MZUFV 1389 and 1392 having damage on the posterior portion of the body by the presence of a large azygous shield cov-ering most of the dorsal head and the rostronasal prefrontals oculars and first temporals visible in dorsal view (Barros-Filho et al 2019) Although the head of MZUFV 1391 is severely damaged dorsally (Figure 2) the pres-ence of more than 350 ventral post-pectoral annuli confirms it as L octos-tegum MZUFV 1391 is also the largest specimen of L octostegum ever record-ed snout-vent length (SVL) 388 mm tail length 153 mm (Figure 3) Mor-phometric characters and scale counts of the four specimens are shown in Ta-ble 1 We measured SVL using a ruler to nearest 1 mm and the tail length using a digital caliper to nearest 01 mm

In preservative three of the four collect-ed specimens of L octostegum (MZUFV 1389 1390 1392) show a pale beige color throughout the body except in the dorsal region of the head which has a darker beige color MZUFV 1391 has a slightly darker beige color throughout the body Except for MZUFV 1390 all specimens have a series of dorsal seg-ments each bearing a dark brown spot

111

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

the spots more intense in the posterior half of the body The dark brown spots are also present at the dorsal region of the tail of MZUFV 1391 This pattern has also been reported for specimens from Camaccedilari and Barros-Filho et al (2019) suggested it could be age-relat-ed since it was observed only in larger specimens SVL gt 230 mm However one specimen collected in this study MZUFV 1390 exhibited only faint dark brown pigments on the dorsum (Figure 4) despite its large size (SLV 330 mm) This suggests that dark brown pigmen-tation in L octostegum may not be linked to ontogeny Gans (1968) stated that as dark pigmentation of an am-phisbaenian species increases the per-meability of the skin to water and the preferred burrowing depth decreases and that darker specimens tend to bask near or at the surface It is possible that differences in pigmentation pattern of L octostegum could simply be individ-ual variation with specimens with dark brown markings being able to forage andor thermoregulate closer to the surface

Leposternon octostegum was previous-ly restricted to a small area originally covered by the Atlantic Forest biome (sensu IBGE 2019) in the lowlands of Bahia Coastal Forests and the Atlantic Coast Restingas ecoregions 15-85 m asl (Dinerstein et al 2017) With the new record its range is increased to 780 kmsup2 The main soil type at the ar-eas where the species is recorded are

acrisol and arenosol the latter present at the more coastal localities (Imbas-saiacute and Arembepe) (Table 2 Figure 5) Acrisol is an acidic and deep soil poor in nutrients and with a subsoil rich in clay typical of some tropical forests and common in river valleys of north-eastern Brazil while arenosol is a deep sandy soil typical of the northeastern coast (Gardi et al 2015 IUSS Working Group WRB 2015) In the region where L octostegum occurs both soils have an upper layer with coarser texture varying from loamy sand to sand (FAO et al 2012) This means that despite having a skull shape apparently more specialized for digging (Gans 1968) L octostegum inhabits less compacted soils (unless one finds that specimens can excavate the deeper clay-rich layers of acrisols) similar to a slender conge-ner of southeastern coastal Brazil L scutigerum (Hemprich 1820) (Hohl et al 2017)

Most of the known records of L octos-tegum were based on wildlife rescues when the species habitat was destroyed by anthropic activities Because of its narrow geographic range and the lack of records in protected areas other than the Imbassaiacute private reserve the spe-cies is considered endangered in Brazil (MMA 2014 ICMBio 2018) Lepos-ternon octostegum however seems to be able to occur in early growth second-ary forest (Barros-Filho et al 2013 present study) and may be abundant in some areas with records of up to 10

112

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

individuals within 150 msup2 (~667 ind hectare) (Barros-Filho et al 2013) Such high abundance was recorded for L wuchereri at coastal Bahia where Zamprogno amp Sazima (1993) estimated one specimen per 50 msup2 (200 ind ha) The detection of amphisbaenians in the wild is difficult due to their fossorial habits and records of large numbers of specimens at a single place is usually as-sociated with human activities like dam filling or vegetation removal (eg Zam-

progno amp Sazima 1993 Colli amp Zam-boni 1999 Barros-Filho et al 2013) The low abundance at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (six specimens in 70 ha) al-though observed during vegetation re-moval should be viewed with caution and reinforces how little we still know about amphisbaenian natural history

Figura 1 Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil where the specimens of Leposternon octostegum were collected

113

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Detail of the head of two specimens of Leposternon octostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil in dorsal ventral and lateral views MZUFV 1391 (A B and C) (top of the head dama-ged) and MZUFV 1390 (D E and F) Scale bars = 5 mm

114

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 3 MZUFV 1391 the largest recorded speci-men of L octostegum (388 mm snout-vent length) in dorsal (A) and ventral (B) views Scale bars = 20 mm

Figura 4 Detail of the in-tensity of dark brown pig-mentation at the dorsum of specimens of Leposter-non octostegum MZUFV 1391 (A) and MZUFV 1390 (B) collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo munici-pality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil Sca-le bars = 5 mm

115

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 5 Known locality records of Leposternon octostegum considering ecoregions (Dinerstein et al 2017) and native vegetation remnants (SOS Mata Atlacircntica amp INPE 2018) (top map) soil type (FAO et al 2012) (middle map) and elevation (CSI 2018) (bottom map)The shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute (a light thin line) which could be the eastern limit of Bahia Coastal Forests or the nor-thern range of Atlantic Coast Restingas (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of Bahia Coastal Forests

116

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 1 Summary of morphological data of the four specimens of Leposternon oc-tostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil

Specimen MZUFV 1389

MZUFV 1390

MZUFV 1391

MZUFV 1392

Dorsal postpectoral annuli

325 377 373 235

Ventral postpectoral annuli

327 +n 363 365 233 +n

Lateral annuli

damaged 6 6 damaged

Caudal annuli

damaged 12 10 damaged

Midbody dorsal segments

28 28 29 27

Midbody ventral segments

25 25 25 25

Precloacal pores

damaged 0 0 damaged

Precloacal segments

damaged 7 6 damaged

Postcloacal segments

damaged 20 20 damaged

Supralabials 1 1 1 1Infralabials 1 1 1 1Snout-vent length (mm)

270 +n 330 385 250 +n

Tail length (mm)

damaged 1501 1532 damaged

Head length (mm)

854 825 954 994

Head width (mm)

558 594 673 706

SVL HW unknown 555 572 unknown

Locality Munici-pality Lat Long Elev Vegeta-

tionEcore-gion

Soil type

Soil texture Voucher Source

Aterro Metro-politano Centro

Salvador -1285deg -3836deg 55 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MNHN 20070023 20070024 ZUFRJ 1748 1749 MZUEFS 652ndash657 695 696

1

Arembepe Camaccedilari -1278deg -3820deg 15 m restinga ACR areno-sol

sand MCP 18192 18193 MZUSP 96349 ZUFRJ 1713ndash1716)

1

Fazenda Real

Simotildees Filho

-12757deg -38423deg 18 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MZUSP 100074

1

Santa Helena

Dias drsquoAacutevila

-12577deg -38195deg 27 m secondary rainforest within a savanna (cerrado) enclave

BCF acrisol loamy sand

released 1

Reserva de Imbassaiacute

Mata de Satildeo Joatildeo

-12478deg -37957deg 25 m restinga ACR areno-sol

sand released 2

Fazenda Vaacuterzea de Baixo

Mata de Satildeo Joatildeo

-124606deg -380937deg 85 m rainforest in initial regenera-tion stage within abandoned Pinus plantation

BCF acrisol loamy sand

MZUFV 1389ndash1392

3

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 2 Summary of the locality records (datum WGS 84) for Leposternon octos-tegum All localities are in the State of Bahia Brazil Vegetation according with lit-erature sources ecoregions follow Dinerstein et al (2017) (BCF = Bahia Coastal Forests ACR = Atlantic Coast restingas) soil type and texture follows FAO et al (2012) Collection acronyms follow Sabaj (2016) Source 1 ndash Barros-Filho et al (2013) 2 ndash Couto-Ferreira et al (2011) 3 ndash this studyThe shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute which could be the eastern limit of BCF or the northern range of ACR (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of BCF

118

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Acknowledgments

We thank Pedro H Pinna and an anonymous reviewer for suggestions that improved the manuscript Renato N Feio (MZUFV) for allowing access to specimens under his care CLA is sup-ported by a doctoral scholarship from CAPES (Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloa-mento de Pessoal de Niacutevel Superior)

References

Barros-Filho JD Freitas MA Sil-va TFS Valverde MCC Loguercio MFC Veriacutessimo D 2013 On the dis-tribution and ecology of Leposternon octostegum Putting a subterranean reptile species on the map Wildlife Bi-ology in Practice 91ndash6

Barros-Filho JD Freitas MASil-va TFS Loguercio MFC Valverde MCC 2019 Redescription of Lepos-ternon octostegum (Dumeacuteril 1851) with an identification key for Brazilian Leposternon species remarks on mer-istic methodology and a proposal for pholidosis nomenclature (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Threat-ened Taxa 1113058ndash13086

Colli GR Zamboni DS 1999 Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil Copeia 1999733ndash742

Colli GR Fenker J Tedeschi LG Barreto-Lima AF Mott T Ribeiro SLB 2016 In the depths of obscuri-ty Knowledge gaps and extinction risk of Brazilian worm lizards (Squamata Amphisbaenidae) Biological Conser-vation 20451ndash62

Couto-Ferreira D Tinocircco MS Olivei-ra MLT Browne-Ribeiro HC Fazo-lato CP Silva RM Barreto GS Dias MA 2011 Restinga lizards (Reptilia Squamata) at the Imbassaiacute Preserve on the northern coast of Bahia Brazil Journal of Threatened Taxa 31990ndash2000

CSI (Consortium for Spatial Informa-tion) 2018 SRTM 90m DEM Digital Elevation Database SRTM Data Ac-cessed on 21 April 2020 httpsrtmcsicgiarorgsrtmdata

Dinerstein E Olson D Joshi A Vynne C Burgess ND Wikramanay-ake E hellip Saleem M 2017 An Ecore-gion-Based Approach to Protecting Half the Terrestrial Realm BioScience 67534ndash545

Dumeacuteril AMC Dumeacuteril A 1851 Cat-alogue meacutethodique de la collection des reptiles du Museacuteum drsquoHistoire Na-turelle de Paris Gide et Baudry Paris

FAO (Food and Agriculture Organiza-tion) IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) ISRIC (In-ternational Soil Reference and Infor-

119

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

mation Centre) ISSCAS (Institute of Soil ScienceChinese Academy of Sci-ences) amp JRC (Joint Research Centre of the European Commission) 2012

Harmonized World Soil Database (ver-sion 12) Accessed on 21 April 2020 httpwwwfaoorgsoils-portalsoil-surveysoil-maps-and-databasesharmonized-world-soil-database-v12en

Gans C 1968 Relative success of diver-gent pathways in Amphisbaenian spe-cialization The American Naturalist 102345ndash362

Gardi C Angelini M Barceloacute S Comerma J Cruz-Gaistardo C En-cina-Rojas A hellip Ravina-da-Silva M 2015 Soil Atlas of Latin America and the Caribbean European Commission - Publications Office of the European Union Luxembourg

Hohl LSL Loguercio MFC Sicuro FL Barros-Filho JD Rocha-Barbosa O 2017 Body and skull morphometric variations between two shovel-head-ed species of Amphisbaenia (Reptilia Squamata) with morphofunctional in-ferences on burrowing PeerJ 5e3581

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica) 2019 Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil compatiacutevel com a escala 1250 000 Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatiacutestica Rio de Janeiro

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 3 de 1ordm de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 16860-62

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasilei-ra Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IUSS Working Group WRB (Interna-tional Union of Soil Sciences) 2015 World Reference Base for Soil Resourc-es 2014 update 2015 International soil classification system for naming soils and creating legends for soil maps Page World Soil Resources Reports Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome

MMA (Ministeacuterio do Meio Ambiente) 2014 Portaria no 444 de 17 de dezem-bro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 245121ndash126

Ribeiro S Santos AP Jr Zaher H 2015 A new species of Leposternon Wagler 1824 (Squamata Amphisbae-nia) from northeastern Argentina Zoo-taxa 4034309ndash324

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A New Species of Leposter-non (Squamata Amphisbaenidae) from Brazilian Cerrado with a Key to

120

Pored Species Journal of Herpetology 5250ndash58

Sabaj MH 2016 Standard symbol-ic codes for institutional resource col-lections in herpetology and ichthyolo-gy an Online Reference Version 65 Accessed on 21 April 2020 asihorgsitesdefaultfilesdocumentssymbol-ic_codes_for_collections_v65_2016pdf

SOS Mata Atlacircntica Fundaccedilatildeo amp INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) 2018 Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlacircntica Periacuteo-do 2016-2017 Relatoacuterio Teacutecnico Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais Satildeo Paulo

Zamprogno C Sazima I 1993 Verte-brate Predation on the neotropical am-phisbaenian Leposternon wuchereri Herpetological Review 2482ndash83

Editor Deacutelio Baecircta

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

121

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Rodrigo Castellari Gonzalez1 Arthur Diesel Abegg2 Diego Matheus de Mello Mendessup3 Marceacutelia Basto da Silva4 Paulo Roberto Machado-Filho5 Conrado Mario-da-Rosa6 Daniel Cunha Passos7 Maurivan Vaz Ribeiro8 Ronildo Alves Beniacutecio9 Jane C F Oliveira10

1 Museu de Histoacuteria Natural do Cearaacute Prof Dias da Rocha Centro de Ciecircncias da Sauacutede Uni-versidade Estadual do Cearaacute 60741-000 Fortaleza CE Brasil2 Departamento de Zoologia Instituto de Biociecircncias Universidade de Satildeo Paulo 05508-090 Satildeo Paulo SP Brasil arthur_abegghotmailcom3 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Entomologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazocircnia 69080-971 Manaus AM Brasil diegomellomendesgmailcom4 Centro de Educaccedilatildeo Aberta e a Distacircncia Universidade Federal do Piauiacute 64001-280 Teresi-na PI Brasil marceliabastogmailcom5 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil prmfil-hosbogmailcom6 Laboratoacuterio de Herpetologia Centro de Ciecircncias Naturais e Exatas Universidade Federal de Santa Maria 97105-000 Santa Maria RS Brasil conradomdrgmailcom7 Laboratoacuterio de Ecologia e Comportamento Animal Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ecologia e Conservaccedilatildeo Departamento de Biociecircncias Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universi-dade Federal Rural do Semi-Aacuterido 59625-900 Mossoroacute RN Brasil danielpassosufersaedubr8 Associaccedilatildeo Guardiotildees do Cerrado Rod GO206 Km 3 Serranoacutepolis GO 75820-000 Brazil9 Laboratoacuterio de Herpetologia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Diversidade Bioloacutegica e Recursos Naturais Universidade Regional do Cariri 63105-000 Crato CE Brasil benicioherpetogmailcom10 Departamento de Ecologia Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro 20550-019 Rio de Janeiro RJ Brasil janeherpetogmailcom

LISTA DOS NOMES POPULARES DOS REacutePTEIS NO BRASIL ndash PRIMEIRA VERSAtildeO

Abstract

Popular species names have always been based on human relationships with things around them usually re-flecting speciesrsquo external morpholo-gy behavior or even the habitat they inhabit In Brazil the high number of popular names in many cases for the same species makes it difficult to com-prehensively recognize these names

hampering communication between everyone interested in reptiles This study presents a compilation of the po-pular names for the species of reptiles occurring in Brazil based on literature data We listed 1264 popular names 25 for Amphisbaenia 29 for Crocodylia 137 for Testudines 301 for ldquoLizardsrdquo and 772 for Snakes All Testudines and

122

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Crocodylia have popular names howe-ver we found no popular names for three (4) species of Amphisbaenia 66 (24) ldquoLizardsrdquo and 60 (15) Snakes Therefore 15 of the 802 reptile spe-cies currently known in the country still have no popular names Also all species of Testudines and Crocodylia have exclusive popular names never-theless we found no exclusive names for 68 (92) species of Amphisbaenia 191 (69) species of ldquoLizardsrdquo and 218 (53) species of Snakes This inventory is currently the most comprehensive ef-fort to list the popular names of reptile species in Brazil

Palavras-chave

Amphisbaenidae Anfisbaenas Caacutega-dos Chelonia Cobras Crocodylia et-noherpetologia etnotaxonomia Jabu-tis Jacareacutes Lagartos nomenclatura popular nomes vernaculares nomes vulgares Quelocircnios Reptilia Serpen-tes Squamata Tartarugas taxonomia popular Testudines

Introduccedilatildeo

A taxonomia usa a liacutengua latina para nomear organismos garan-tindo a comunicaccedilatildeo inequiacutevo-

ca entre cientistas que utilizam diferentes idiomas (ICZN 1999) Por outro lado a sociedade tende a utilizar diversos nomes populares para se referir aos seres vivos ao seu redor (eg Costa-Neto amp Marques

2000 Pinto et al 2013)

A classificaccedilatildeo de organismos a partir de percepccedilotildees populares eacute chamada de etnotaxonomia (Berlin et al 1973) Diferente da taxonomia cientiacutefica que eacute impessoal e baseada em criteacuterios ob-jetivos a etnotaxonomia eacute muito mais plaacutestica incorporando muacuteltiplas face-tas inerentes a cada cultura (Begossi et al 2008 Lopes et al 2010) Os nomes populares possuem diversas origens (Garrido 2012) como a localidade em que as espeacutecies ocorrem a cultura e as crenccedilas locais e a idade relativa dos espeacutecimes (Amaral 1978 Costa amp Beacuter-nils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) Assim aleacutem de caracteriacutesticas peculia-res de cada espeacutecie tais como morfolo-gia comportamento e ambiente utiliza-do a etnotaxonomia tende a enfatizar a importacircncia praacutetica dos organismos tais como seus usos na alimentaccedilatildeo e fins medicinais (Hunn 1982 Cleacutement 1995 Crump 2015) Neste contexto a nomenclatura popular eacute sobretudo in-fluenciada pelas relaccedilotildees afetivas dos seres humanos com os organismos agrave sua volta variando de predileccedilotildees (eg afeiccedilatildeo carismaacutetica veneraccedilatildeo) a aver-sotildees (eg repugnacircncia medo) (Alves et al 2012 Crump 2015) Essas as-sociaccedilotildees explicam o porquecirc de algu-mas espeacutecies receberem vaacuterios nomes populares muitas vezes com variaccedilotildees regionais enquanto outras satildeo prati-camente ignoradas pelo conhecimento tradicional (Nolan amp Robbins 2001 Alves et al 2012 Passos et al 2015)

123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Diversos nomes populares satildeo ante-riores agrave vinda dos primeiros naturalis-tas ao Brasil (Raddi 1820 Frederico 2009 Cardoso 2009) Giuseppe Raddi foi um dos mais importantes natura-listas a chegar ao paiacutes apoacutes a abertura dos Portos agraves Naccedilotildees Amigas em 1808 Em suas contribuiccedilotildees agraves descriccedilotildees de espeacutecies de reacutepteis ele tambeacutem teve o cuidado de listar e descrever os no-mes populares conhecidos de cada uma (Raddi 1820) Outros nomes aplicados agraves espeacutecies brasileiras tecircm origem indiacute-gena (eg Tupi-Guarani para diversas espeacutecies de serpentes Amaral 1977) Geralmente esses nomes satildeo uma tra-duccedilatildeo literal de um conjunto de signi-ficados observados pelo popular Por exemplo Spilotes pullatus (Linnaeus 1758) eacute conhecida principalmente por Caninana (do Tupi ldquoAcaninan-ardquo ou do Guarani ldquoCaninatilderdquo) cujo significado eacute akam- (cabeccedila) + inatilde-a (irritada) = (de) cabeccedila irritada (Amaral 1977)

Diferente de outros paiacuteses (veja Frank amp Ramus 1995 Midtgaard 2019) no Brasil houve poucas tentativas de se listar os nomes populares dos reacutepteis e muitas dessas tentativas satildeo restritas a livros e guias de campo muitos deles regionais (ie Amaral 1978 Marques et al 2001 2005 2015 2017 2019 Lema 2002 Argocirclo 2004 Abegg amp Entiauspe-Neto 2012 Vasconcelos--Neto et al 2018 Silva et al 2019) Deste modo os registros dos nomes populares dos reacutepteis no Brasil se en-contram dispersos na literatura A

criaccedilatildeo de nomes populares artificiais por pesquisadores e o uso de nomes de maneira indiscriminada e despreo-cupada (ie cobra-verde para diversas espeacutecies) acabaram por se propagar pela literatura acumulando informa-ccedilotildees errocircneas e agraves vezes redundantes (ie espeacutecies com dois ou mais nomes diferentes e espeacutecies diferentes com o mesmo nome) o que acabou por difi-cultar a comunicaccedilatildeo entre todos aque-les interessados em reacutepteis (Frank amp Ramus 1995) Aleacutem disso muitos no-mes populares genuiacutenos (v Amaral 1973 1977 1978) acabaram caindo no esquecimento

A presente compilaccedilatildeo eacute a primeira abordagem em direccedilatildeo a uma listagem completa dos nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil Contu-do tendo em vista a amplitude terri-torial do paiacutes sua elevada diversidade cultural e riqueza de espeacutecies eacute natural que este esforccedilo natildeo tenha exaurido as referecircncias sobre o assunto Portanto versotildees atualizadas desta lista seratildeo publicadas apoacutes as esperadas contri-buiccedilotildees das comunidades tradicionais e cientiacutefica

Material e Meacutetodos

A listagem dos taacutexons utilizados neste estudo segue Costa amp Beacuternils (2018) considerando apenas o niacutevel especiacutefico para a listagem geral dos taacutexons e No-gueira et al (2019) para atualizaccedilotildees da taxonomia de serpentes Aleacutem dis-

124

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

so adotamos Poe (2004) para o gecircnero Anolis (Daudin 1802) consideramos Apostolepis barrioi Lema 1978 como sinocircnimo juacutenior de A dimidiata (Jan 1862) (Entiauspe-Neto et al 2019) A mariae Borges-Nojosa et al 2016 de A thalesdelemai Borges-Nojosa et al 2016 (Entiauspe-Neto et al 2020) e Chironius laurenti Dixon et al 1993 como sinocircnimo objetivo de C dixoni Wiest 1978 (Entiauspe-Neto amp Loeb-mann 2019) aleacutem da alocaccedilatildeo de Epic-tia collaris (Hoogmoed 1977) para Ha-brophallos collaris (Hoogmoed 1977) (Martins et al 2019) Portanto para esta compilaccedilatildeo consideramos um to-tal de 802 espeacutecies de reacutepteis natildeo voa-dores (daqui em diante referido como ldquoreacutepteisrdquo) atuais que ocorrem no Brasil

Para a listagem dos nomes populares realizamos buscas em fontes bibliograacute-ficas tais como livros guias de campo artigos cientiacuteficos publicaccedilotildees oficiais de listas vermelhas estaduais e nacio-nais e paacuteginas on-line (Anexo 2) Es-sas pesquisas ocorreram entre Janeiro e Dezembro de 2019 e todos os nomes encontrados satildeo apresentados nesta compilaccedilatildeo Por natildeo se tratar de uma revisatildeo taxonocircmica stricto sensu op-tamos por natildeo citar a autoria dos no-mes populares tanto pela antiguidade natildeo rastreaacutevel de determinados nomes (eg nomes indiacutegenas) (eg Amaral 1977 Cardoso 2009 Frederico 2009) quanto pelo amplo uso e pela pulveri-zaccedilatildeo desses nomes na literatura o que dificultou a justa determinaccedilatildeo do pri-

meiro autor Conveacutem ressaltar que natildeo foi o objetivo deste estudo identificar as origens dos nomes populares encontra-dos

A organizaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo desta lis-ta foram feitas da seguinte maneira os Reacutepteis foram divididos em seus grandes grupos tradicionais Testudines Croco-dylia Amphisbaenia ldquoLagartosrdquo (dora-vante Lagartos) e Serpentes Dentro de cada uma dessas categorias as espeacutecies satildeo apresentadas em ordem alfabeacutetica A grafia dos nomes populares seguiu as normas ortograacuteficas da liacutengua portuguesa para os nomes de animais (CPLP 1990) Para isso os nomes populares foram gra-fados com letras maiuacutesculas (exceto pre-posiccedilotildees) e nomes compostos foram es-critos com hiacutefen entre seus elementos Os nomes populares encontrados para cada espeacutecie satildeo listados em ordem alfabeacutetica sendo os nomes exclusivos (usados uma uacutenica vez) sublinhados

Por fim apresentamos o panorama do que foi encontrado no esforccedilo deste estudo para cada uma das categorias (Testudines Crocodylia Amphisbae-nia Lagartos e Serpentes) o nuacutemero total de nomes populares encontrados o nuacutemero de nomes exclusivos as es-peacutecies com o maior nuacutemero de nomes conhecidos o termo geral mais comum para se referir agraves espeacutecies o nuacutemero de espeacutecies com nomes populares des-conhecidos o nuacutemero de espeacutecies sem nomes populares exclusivos e o nuacuteme-ro de espeacutecies com nomes associados a espeacutecies peccedilonhentas

125

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Resultados

Compilamos 1264 nomes popula-res atribuiacutedos a 673 das 802 espeacute-cies de reacutepteis que ocorrem no Brasil (Anexo 1) Desse total de nomes popu-lares encontrados 917 (73) satildeo nomes exclusivos Natildeo encontramos nenhum nome para 129 (15) espeacutecies e natildeo en-contramos nomes exclusivos para 477 (59) espeacutecies

Encontramos 137 nomes populares para as 36 espeacutecies de Testudines que ocor-rem no Brasil sendo 120 (88) nomes exclusivos O termo mais frequente usa-do para designar as espeacutecies desse gru-po foi ldquoCaacutegadordquo (usado 59 vezes sozinho ou em combinaccedilotildees) seguido por ldquoTar-tarugardquo (usado 40 vezes) Entre as espeacute-cies do grupo Caretta caretta Chelonia mydas e Platemys platycephala foram as espeacutecies com mais nomes (respecti-vamente 14 13 e 12 cada) Todas as es-peacutecies de Testudines possuiacuteram ao me-nos um nome exclusivo

Encontramos 29 nomes populares atri-buiacutedos agraves seis espeacutecies de Crocodylia que ocorrem no Brasil sendo 24 (83) deles nomes exclusivos De modo geral o termo mais frequente para se referir agraves espeacutecies de crocodilianos foi ldquoJaca-reacuterdquo usado em 21 combinaccedilotildees diferen-tes Paleosuchus palpebrosus foi a es-peacutecie que apresentou o maior nuacutemero de nomes (15 nomes diferentes) Todas as espeacutecies desse grupo apresentaram ao menos um nome exclusivo

Em relaccedilatildeo agraves 74 espeacutecies de Amphis-baenia que ocorrem no Brasil encon-tramos um total de 25 nomes popula-res dos quais 20 (80) foram nomes exclusivos No entanto 68 espeacutecies (92) natildeo possuiacuteram nomes exclusi-vos sendo chamadas indistintamen-te de ldquoCobras-de-Duas-Cabeccedilasrdquo eou ldquoCobras-Cegardquo Outras trecircs espeacutecies (4) natildeo possuiacuteram quaisquer nomes populares atribuiacutedos a elas A espeacutecie que apresentou o maior nuacutemero de no-mes populares foi Amphisbaena alba com seis diferentes nomes

Em relaccedilatildeo aos Lagartos encontramos 301 nomes populares para um total de 275 espeacutecies dos quais 194 (64) fo-ram nomes exclusivos Nesse caso em-bora o nuacutemero de nomes encontrados tenha sido superior ao nuacutemero de taacute-xons natildeo encontramos quaisquer no-mes para 66 espeacutecies (24) ou nomes exclusivos para 191 espeacutecies (69) de lagartos A espeacutecie com o maior nuacuteme-ro de nomes populares diferentes foi Salvator merianae (N = 21) seguida por Hemidactylus mabouia (N = 19) Em relaccedilatildeo ao uso o termo mais fre-quente para designar as espeacutecies desse grupo foi ldquoCalangordquo (usado 150 vezes) seguido por ldquoLagartordquo (109 vezes) e ldquoLagartixardquo (92 vezes)

Encontramos 772 nomes populares para Serpentes para o total de 411 espeacute-cies no Brasil sendo 559 (72) exclusi-vos Adicionalmente natildeo encontramos

126

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quaisquer nomes populares na literatu-ra para 60 espeacutecies de serpentes (15) enquanto que para 218 (53) natildeo en-contramos quaisquer nomes populares exclusivos As espeacutecies que possuiacuteram o maior nuacutemero de nomes populares na literatura foram Xenodon merremii (N = 48) e Bothrops jararaca (N = 28) O nome mais frequente para se refe-rir agraves espeacutecies desse grupo foi ldquoCoralrdquo (usado 293 vezes) seguido por ldquoJara-racardquo (usado 153 vezes) A palavra ldquoCo-brardquo (usada 498 vezes) foi amplamente utilizada para se referir aos integrantes desse grupo sendo o termo ldquoSerpenterdquo raramente utilizado (apenas 5 vezes)

Dos nomes listados 10 espeacutecies de la-gartos tiveram pelo menos um nome associado a animais peccedilonhentos Oito espeacutecies foram identificadas como ldquoViacute-borasrdquo (Copeoglossum nigropuncta-tum Diploglossus fasciatus Dracaena paraguayensis Hemidactylus agrius H mabouia Phyllopezus pollicaris Psychosaura agmosticha e P ma-crorhyncha) e duas como ldquoCoraisrdquo (Di-ploglossus fasciatus e D lessonae)

Entre as serpentes 27 espeacutecies satildeo consideradas apenas como Falsas-Co-rais (Apostolepis Atractus Elapo-morphus Phalotris Pseudoboa Ro-driguesophis Tantilla e Xenopholis) e seis espeacutecies como ldquoFalsas-Jararacasrdquo (Dipsas neuwiedi Thamnodynastes chaquensis T longicaudus T rutilus Xenodon guentheri e X nattereri) No entanto 94 espeacutecies natildeo peccedilonhentas

tecircm ao menos um nome identifican-do-as com nomes de espeacutecies peccedilo-nhentas Atractus major Clelia clelia (juvenil) Drepanoides anomalus Hy-drops martii Siphlophis cervinus S pulcher e Xenodon matogrossensis foram apenas identificadas como ldquoCo-raisrdquo trazendo a ideia de se tratarem de espeacutecies peccedilonhentas Quarenta e duas espeacutecies foram identificadas como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo principalmente dos gecircneros Chironius Dipsas Echinanthera Epicrates Ery-throlamprus Helicops Hydrops Hy-drodynastes Imantodes Leptodeira Lygophis Mastigodryas Palusophis Phrynonax Psomophis Spilotes Ta-eniophallus Thamnodynastes Tro-pidodryas e Xenodon Nove espeacutecies foram identificadas ora como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo verdadeiros ora como falsos (Thamnodynastes almae T nattereri T hypoconia T palli-dus Tomodon dorsatus T ocellatus Xenodon merremii X neuwiedii e X severus) Do mesmo modo outras es-peacutecies foram identificadas ora como ldquoCorais-verdadeirasrdquo ora como ldquoFalsas--coraisrdquo (gecircneros Anilius Apostolepis Atractus Boiruna Coronelaps Ery-throlamprus Mussurana Oxyrhopus Phalotris Pseudoboa Rhinobothryum Simophis Siphlophis e Xenodon) Por fim para cinco espeacutecies as identifica-ccedilotildees se misturam pois os nomes popu-lares variam ora como viacutebora cascavel ou jararaca ora como ldquoCoraisrdquo falsos ou verdadeiros (Clelia plumbea Ery-throlamprus poecilogyrus Erythro-

127

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

lamprus taeniogaster Hydrodynastes bicinctus e Xenopholis scalaris)

Quanto agraves espeacutecies de interesse meacutedico (67 espeacutecies dos gecircneros Bothrocophias Bothrops Crotalus Lachesis Leptomi-crurus e Micrurus) quase todas possu-iacuteram ao menos um nome popular (exce-to B sazimai M boicora e M diutius) Entre estas espeacutecies 13 receberam mais de 10 nomes populares cada em sua maioria (10 espeacutecies) pertencentes ao gecircnero Bothrops Entre as 67 16 espeacute-cies natildeo apresentaram nomes exclusi-vos (13 do gecircnero Micrurus) enquanto Crotalus durissus apresentou 16 nomes todos exclusivos (Anexo 1)

Discussatildeo

Encontramos 1264 nomes populares atribuiacutedos a 673 das 802 espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil atual-mente Esse grande nuacutemero de nomes populares provavelmente estaacute asso-ciado agrave elevada riqueza de espeacutecies de reacutepteis e de culturas populares no paiacutes As origens desses nomes residem na compreensatildeo popular acerca de vaacuterios aspectos inerentes agraves espeacutecies (Frank amp Ramus 1995 Vizotto 2003 Begos-si et al 2008 Alves et al 2012 Cos-ta amp Beacuternils 2012 Crump 2015) Por exemplo aspectos da morfologia (eg Jacareacute-Enferrujado para Paleosuchus palpebrosus) do comportamento (eg Dorme-Dorme para Dipsas spp) da dieta (Papa-Pinto para Drymarchon

corais) do habitat (Fura-Terra para Atractus spp) da aacuterea geograacutefica de principal ocorrecircncia (Jacareacute-do-Panta-nal para Caiman yacare) do polimor-fismo (Urutu-Preta ou Urutu-Amarela para Xenodon merremii) da variaccedilatildeo ontogeneacutetica (Cobra-Preta e Cobra-Co-ral para Clelia clelia) da variaccedilatildeo re-gional (Lagartixa Osga Briba para He-midactylus spp) e da variaccedilatildeo regional na grafia (Tegu Teiuacute Tejo Teju Tejuacute Tiju e Tiuacute para Salvator merianae) Neste estudo noacutes mantivemos todos os nomes populares encontrados na lite-ratura respeitando sua grafia original mesmo quando se tratavam unicamen-te de variaccedilotildees regionais valorizando assim o conhecimento popular em re-laccedilatildeo aos reacutepteis

Apesar dessa diversidade de nomes po-pulares presentes na literatura natildeo en-contramos quaisquer nomes atribuiacutedos para 129 (15) espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil todas elas Squama-ta De modo geral essas espeacutecies pos-suem atributos em comum como haacutebi-tos fossoriais (eg Amphisbaena spp) tamanho corporal reduzido (eg Cole-odactylus spp) ocorrecircncia rara (eg Apostolepis arenaria) ou distribuiccedilatildeo restrita (eg Dendrophidion atlanti-ca) fatores que podem explicar a baixa fixaccedilatildeo entre os conhecimentos tradi-cionais Portanto a ausecircncia de nomes populares para estas espeacutecies pode ser explicada por elas figurarem em menor frequecircncia e intensidade no cotidiano das comunidades tradicionais e conse-

128

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quentemente terem menor importacircn-cia praacutetica seja na alimentaccedilatildeo no uso como faacutermaco-teraacutepicos ou mesmo im-portacircncia meacutedica (Crump 2015)

Tambeacutem encontramos uma consideraacute-vel repeticcedilatildeo dos mesmos nomes po-pulares (sinoniacutemias etnotaxonocircmicas) para diferentes espeacutecies Alguns ter-mos aparecem nesta lista com frequecircn-cia relativamente alta como por exem-plo ldquoCalangordquo (150 vezes) ldquoJararacardquo (153) e ldquoCoralrdquo (293) tanto para espeacute-cies distintas (eg Jararaca para Xeno-don neuwiedii e Bothrops jararaca) ou em composiccedilotildees diferentes para a mes-ma espeacutecie (eg Bothrops jararaca Jararaca-Comum Jararaca-da-Mata--Virgem Jararaca-do-Campo Jarara-ca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pregui-ccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso) Esses casos foram observados sobretudo em taacutexons com ampla distribuiccedilatildeo (eg Bothrops spp Micrurus spp) mesmo que cada espeacutecie possua caracteriacutesticas diagnoacutesticas Aparentemente a mag-nitude das semelhanccedilas sugere uma nomeaccedilatildeo convergente na etnotaxo-nomia (eg Bothrops spp = jararaca Micrurus spp = Coral) Embora esta denominaccedilatildeo popular de maneira ge-neralizada se decirc para taacutexons com pouco interesse meacutedico ou alimentiacutecio (Von Ihering 1968)

Por outro lado Alves et al (2011 2012) apontam que pelo menos 81 espeacutecies de reacutepteis com ocorrecircncia no Brasil satildeo reconhecidas pela cultura popular por apresentarem conflitos ou por se-

rem uacuteteis de alguma maneira Os usos dessas espeacutecies satildeo bastante diversos como fonte de alimento medicinal religioso animais de estimaccedilatildeo e ateacute mesmo como enfeite em residecircncias (Alves et al 2011 2012) Comparan-do os nomes aqui levantados com as 81 espeacutecies apontadas por Alves et al (2011 2012) nota-se que todas as es-peacutecies que possuem usos ou conflitos com a populaccedilatildeo apresentam ao menos um nome popular conhecido sendo que 32 (40) delas receberam mais de 10 nomes Aleacutem disso as espeacutecies usa-das para alimentaccedilatildeo tecircm um ou mais nomes exclusivos mas natildeo necessaria-mente um grande nuacutemero de nomes Os quelocircnios amazocircnicos e os crocodi-lianos por exemplo amplamente usa-dos na culinaacuteria tradicional na produ-ccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos e tambeacutem no tratamento de doenccedilas (Alves et al 2011 2012 Rhodin et al 2017) satildeo re-conhecidos pelas comunidades locais recebendo nomes populares espeacutecie--especiacuteficos relativamente conservados entre diferentes culturas enquanto di-versos taacutexons sem importacircncia cinegeacute-tica satildeo nomeados em geral com os mesmos termos (Alves et al 2012 Von Ihering 1968 este estudo)

O uso de um mesmo nome para espeacute-cies diferentes pode trazer consequ-ecircncias graves como em casos de aci-dentes ofiacutedicos (Costa amp Beacuternils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) assim como a morte de animais natildeo peccedilonhentos decorrentes de identificaccedilatildeo errocircnea

129

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Os taacutexons aacutepodos (eg Ophiodes spp e Amphisbaena spp) satildeo comumente mortos devido agrave semelhanccedila com as serpentes aleacutem de serem popularmen-te associados ao envenenamento As espeacutecies natildeo peccedilonhentas que satildeo iden-tificadas como peccedilonhentas formam um grupo muito heterogecircneo Para os lagartos a associaccedilatildeo com serpentes eacute mais comum nos grupos que possuem membros reduzidos (ie Ophiodes) Jaacute no caso das serpentes de modo geral cinco caracteriacutesticas principais pare-cem ser levadas em conta pelos popu-lares para se atribuir a condiccedilatildeo de pe-ccedilonhenta padratildeo variegado forma da cabeccedila manchas ou cores avermelha-das presenccedila de bandas e tamanho do corpo Serpentes que apresentam tons marrons (eg Leptodeira) ou cabeccedila ligeiramente em forma de lanccedila (eg Thamnodynastes) satildeo identificadas como ldquoJararacasrdquo ldquoJararaquinhardquo e suas variaccedilotildees na cultura popular Es-peacutecies com tons vermelhos ou bandas satildeo identificadas como ldquoCoraisrdquo falsas ou verdadeiras Curiosamente alguns Pseudoboini podem ser reconhecidos como ldquoCoraisrdquo nas fases juvenis (eg Clelia plumbea) mas os adultos de co-loraccedilatildeo preta satildeo reconhecidos como ldquoMuccediluranasrdquo nome que muitas vezes carrega o significado de ser uacutetil por predar outras serpentes Especifica-mente sobre o gecircnero Bothrops indi-viacuteduos pequenos (juvenis ou adultos) satildeo chamados de ldquoJararacasrdquo enquan-to que indiviacuteduos de grande porte (por

vezes da mesma espeacutecie) satildeo chama-dos de ldquoJararacussurdquo ou ateacute mesmo de ldquoSurucucurdquo (Mota-da-Silva et al 2019 este estudo) Esse raciociacutenio se estende tambeacutem para espeacutecies natildeo peccedilonhen-tas que satildeo reconhecidas como ldquoJara-racasrdquo (ie Palusophis bifossatus e Hy-drodynastes gigas) Em alguns casos como Erythrolamprus poecilogyrus os padrotildees de coloraccedilatildeo diferentes ao longo da distribuiccedilatildeo podem explicar o porquecirc dessa espeacutecie ser reconheci-da como ldquoJararacardquo (padratildeo marrom) e ldquoCoralrdquo (padratildeo bandeado) dependen-do da regiatildeo Conveacutem ressaltar que as atribuiccedilotildees ldquofalsardquo ou ldquoverdadeirardquo para essas espeacutecies natildeo parecem seguir cri-teacuterios objetivos

Embora o nuacutemero de espeacutecies de ser-pentes de importacircncia meacutedica seja re-lativamente baixo no Brasil (9 das espeacutecies de serpentes Viperidae N = 31 e Elapidae N = 36) as lendas e mi-tos que estigmatizam esse grupo ainda satildeo um fator potencializador de proble-mas relacionados agrave conservaccedilatildeo dessas espeacutecies (Argocirclo 2004 Moura et al 2010) Apesar da grande maioria das espeacutecies de importacircncia meacutedica rece-berem nomes populares e de algumas poderem ser identificadas de maneira inequiacutevoca a diversidade de nomes po-pulares atribuiacutedas a um mesmo taacutexon e a ampla ocorrecircncia de sinoniacutemias etno-taxonocircmicas com espeacutecies natildeo-peccedilo-nhentas revela a perpetuaccedilatildeo dos pro-blemas de erros de identificaccedilatildeo com seacuterias consequecircncias no acircmbito da con-

130

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

servaccedilatildeo Desta forma eacute urgente que projetos de educaccedilatildeo ambiental eou divulgaccedilatildeo cientiacutefica sejam executados em todo o paiacutes com o objetivo de levar conhecimento acerca das espeacutecies com preocupaccedilatildeo meacutedica e desmistificar questotildees relacionadas agrave identificaccedilatildeo e periculosidade das serpentes em geral reduzindo assim os conflitos entre hu-manos e este grupo de reacutepteis

Diagnosticamos neste estudo que existe um uso majoritaacuterio do termo ldquoCobrardquo em relaccedilatildeo agrave ldquoSerpenterdquo no co-nhecimento popular Haacute importantes discussotildees a respeito do uso desses dois termos na literatura (eg Amaral 1978 Puorto 2001 Sandrin et al 2005 Fer-nandes-Ferreira et al 2011) e o em-prego desses nomes tem sido abordado por diferentes autores sem padroniza-ccedilatildeo (ver discussatildeo em Sandrin et al 2005) Embora as culturas tradicionais brasileiras reconheccedilam as duas pala-vras como sinocircnimas o uso de ldquoCobrardquo eacute bem mais frequente (Sandrin et al 2005 este estudo) Sendo assim suge-rimos o uso do termo ldquoCobrardquo no con-texto do discurso popular reservando o termo ldquoSerpenterdquo ao acircmbito teacutecnico e acadecircmico

A utilizaccedilatildeo de nomes populares para espeacutecies pouco carismaacuteticas como o caso dos reacutepteis eacute fundamental para a aproximaccedilatildeo destes animais com a so-ciedade em geral Neste estudo apre-sentamos a lista de nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil a par-tir de dados disponiacuteveis na literatura Eacute

possiacutevel no entanto que neste primei-ro esforccedilo alguns nomes populares natildeo tenham sido localizados o que se justi-fica pela enorme diversidade cultural e riqueza de espeacutecies no Paiacutes Esta com-pilaccedilatildeo contribui de maneira relevante com a etnoherpetologia brasileira po-reacutem eacute notaacutevel a existecircncia de diversas lacunas no conhecimento tradicional sobre os reacutepteis no Brasil Portanto recomendamos que os herpetoacutelogos em trabalhos de campo considerem valorizem e forneccedilam nos relatoacuterios e publicaccedilotildees os nomes populares locais (em vez de omiti-los ou priorizar aque-les jaacute existentes na literatura) para as espeacutecies-alvo das suas pesquisas Esta simples iniciativa apesar de natildeo ter caraacuteter intriacutenseco etnoloacutegico (ciecircncia com objetos meacutetodos e abordagens teoacutericas proacuteprias) certamente proveraacute um quantitativo imensuraacutevel de novos nomes populares agrave literatura contri-buindo para revelar a real extensatildeo da variaccedilatildeo geograacutefica e cultural dos no-mes populares dos reacutepteis brasileiros e consequentemente substanciar com mais robustez uma futura atualizaccedilatildeo da presente lista

131

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Agradecimentos

RCG agradece ao Prof Dr Marcello Modesto (FFLCH-USP) pelo supor-te teacutecnico sobre as normas da liacutengua portuguesa O presente estudo foi re-alizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior - Brasil (CAPES) CMR dou-torado Processo 888824280552019-01 e PRMF doutorado Processo 15710452015 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacute-gico (CNPq) ADA mestrado Processo 1301152013-3 DMMM doutorado Processo 1418782018-5 e RAB poacutes--doutorado Processo 1555562018-5 e Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) JCFO poacutes-doutorado Processo E-262023882017

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Alves RRN Pereira-Filho GA Vieira KS Souto WMS Mendonccedila LET Montenegro PFGP Vieira WLS 2012 A zoological catalogue of hunted reptiles in the semiarid region of Bra-zil Journal of Ethnobiology and Eth-nomedicine 827 doi1011861746-4269-8-27

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto

WMS hellip Pezzuti JCB 2011 A re-view on human attitudes towards rep-tiles in Brazil Environmental Monito-ring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Brasil Iconografia colorida MelhoramentosEDUSP Satildeo Paulo

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Begossi A Clauzet M Figueiredo JL Garuana L Limca RV Lopes PF Silvan RAM 2008 Are biological species and higher-ranking categories real Fish folk taxonomy on Brazilrsquos Atlantic Forest Coast and in the Ama-zon Current Antropology 49291ndash306 doi101086527437

Berlin B Breedlove DE Raven PH 1973 General principles of classifica-tion and nomenclature in folk biology American Anthropology 75214ndash242 doi101525aa197375102a00140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cardoso JLC 2009 Joseacute de Anchie-ta e as Cartas Pp 521ndash522 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CMS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Cleacutement D 1995 Why is taxonomy utilitarian Journal of Ethnobiology 151ndash44

Costa HC Beacuternils RS 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Costa-Neto EM Marques JGW 2000 A Etnotaxonomia de recursos ictiofauniacutesticos pelos pescadores da co-munidade de Siribinha norte do Estado da Bahia Brasil Biociecircncias 861ndash76

CPLP (Comunidade dos Paiacuteses de Liacuten-gua Portuguesa) 1990 Acordo Orto-graacutefico da Liacutengua Portuguesa Acessiacutevel em httpwwwcplporgFilesFilercplpAcordosmaisAcordosAcordo-OrtogrLinguaPortugpdf Acesso 06 de Abril de 2019

Crump M 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg the Lore and Mythology of Amphibians

and Reptiles University of Chicago Press Chicago

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest amp Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-ges-Nojosa DM Alves RRN 2011 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Frank N Ramus E 1995 A Complete Guide to Scientific and Common Na-mes of Reptiles and Amphibians of the World Reptile and Amphibian magazi-ne Pottsville

133

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Garrido C 2012 Divergecircncias no inven-taacuterio das liacutenguas e na constituiccedilatildeo dos elementos lexicais equivalentes como fonte de discordacircncias interculturais na traduccedilatildeo de textos destinados ao ensino e divulgaccedilatildeo da ciecircncia Leben-de Sprachen 57238ndash264 doi101515les-2012-0021

Hunn E 1982 The utilitarian factor in folk biological classification Ame-rican Anthropologist 84830ndash847 doi101525aa198284402a00070

ICZN (International Commission on Zoological Nomenclature) 1999 The Code 4th ed International code of zo-ological nomenclature Acessiacutevel em httpwwwicznorg Acesso 28 de marccedilo de 2019

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

Lopes P Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Taxono-mia e etnotaxonomia ecologia e etno-ecologia Pp 69ndash94 in Alves RRA

Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A Etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPPEA Recife

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado 1 ed Holos Edi-tora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlssman C Sazima I 2005 Serpentes do Panta-nal Holos Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of thread snakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

134

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Midtgaard R 2019 English common names of reptiles a working checklist Acessiacutevel em httpwwwnatu-reswindowdkUKnameshtml Aces-so 28 de fevereiro de 2019

Mota-da-Silva A Monteiro WM Ber-narde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lan-cehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 521ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pe-dro VA Fernandes VD Feio RN 2010 O relacionamento entre pes-soas e serpentes no leste de Minas Gerais sudeste do Brasil Biota Ne-otropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpeto-logy 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

Nolan JM Robbins MC 2001 Emo-tional Meaning and the Cognitive Orga-nization of Ethnozoological Domains Journal of Linguistic Anthropology 11240ndash249

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagar-tixas concepccedilotildees sobre lagartos entre estudantes do Ensino Meacutedio em For-taleza Cearaacute Brasil Ciecircncia amp Edu-caccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Pinto MF Mouratildeo JS Alves RRN 2013 Ethnotaxonomical considera-tions and usage of ichthyofauna in a fishing community in Cearaacute Sta-te Northeast Brazil Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine 917 doi1011861746-4269-9-17

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Raddi G 1820 Di alcune specie di ret-tili e piante brasiliane Memoria di Giu-seppe Raddi Memorie di Matematica e di Fisica della Societagrave Italiana delle Scienze Presso la Societagrave Tipografica Modena

Rhodin AGJ Iverson JB Bour R Fritz U Georges A Shaffer HB Van Dijk PP 2017 Turtles of the world annotated checklist and atlas of taxo-nomy synonymy distribution and conservation status Chelonian Rese-arch Monographs 71ndash292

135

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Silva JL Mota-da-Silva A Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Amazonia Revista da Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical 531ndash6 doi1015900037-8682-0305-2019

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidis HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Satildeo Paulo

Editor Deacutelio Baecircta

136

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Lista dos Nomes Populares dos Reacutepteis no Brasil ndash Primeira Versatildeo REPTILIA (Reacutepteis)

Anexo 1

Acanthochelys macrocephala (Rhodin Mittermeier amp McMorris 1984)Nomes populares Caacutegado Tartaruga-do-Pantanal

Acanthochelys radiolata (Mikan 1820) - Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Amarelo Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Acanthochelys spixii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua-Doce Caacutegado-de-Canaleta Caacutegado-de-Pescoccedilo-Espi-nhudo Caacutegado-do-Cerrado Caacutegado-Feio Caacutegado-Preto Tartaruga-Bunda

Caretta caretta (Linnaeus 1758)Nomes populares Avoacute-de-Aruanatilde Cabeccedila-Grande Cabeccediluda Careba-Amarela Carebadura Ca-reba-Dura Tartaruga Tartaruga-Amarela Tartaruga-Avoacute Tartaruga-Cabeccediluda Tartaruga-Ca-rei Tartaruga-Marinha-Comum Tartatura-Meio-Pente Tartaruga-Mesticcedila

Chelonia mydas (Linnaeus 1758)Nomes populares Aruanatilde Depeia Falso-Carei Jereba Succediluarana Tartaruga-Apedrecircs Tartaru-ga-de-Sopa Tartaruga-do-Mar Tartaruga-Marinha Tartaruga-Marinha-Comum Tartaruga-Pe-drecircs Tartaruga-Verde Uruanatilde

Chelonoidis carbonarius (Spix 1824)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Piranga Jabuti-Vermelho

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus 1766)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Amarelo Jabuti-Tinga

Chelus fimbriata (Schneider 1783)Nomes populares Caacutegado Matamataacute Mata-Mataacute

TESTUDINES (Caacutegados Jabutis e Tartarugas)

137

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dermochelys coriacea (Vandelli 1761)Nomes populares Careba-Gigante Careba-Mole Tartaruga-de-Cerro Tartaruga-de-Couro Tar-taruga-de-Leste Tartaruga-de-Quilha Tartaruga-Gigante Tartaruga-Preta

Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766)Nomes populares Tartaruga-de-Escamas Tartaruga-de-Pente Tartaruga-do-Mar Tartaruga--Verdadeira Verdadeiro-Carei

Hydromedusa maximiliani (Mikan 1825)Nomes populares Caacutegado-da-Serra Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Hydromedusa tectifera Cope 1870Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccedila-de-Cobra Caacutegado-de-Pescoccedilo-Comprido

Kinosternon scorpioides (Linnaeus 1766)Nomes populares Cabeccediludinho Caacutegado Juraraacute Muccediluatilde Peito-de-Mola

Lepidochelys olivacea (Eschscholtz 1829)Nomes populares Falsa-Careta Tartaruga-Comum Tartaruga-Oliva Tartaruga-Pequena Tarta-ruga-Verde Xibirro

Mesoclemmys gibba (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Poccedilas Caacutegado-de-Poccedilas-da-Floresta

Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2001)Nomes populares Caacutegado Perema-da-Cabeccedila-Amarela

Mesoclemmys hogei (Mertens 1967)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Hoge Caacutegado-de-Hogei Caacutegado-do-Paraiacuteba Caacutegado-do--Paraiacuteba-do-Sul

Mesoclemmys nasuta (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado-da-Cabeccedila-de-Sapo Lalaacute

Mesoclemmys perplexa Bour amp Zaher 2005Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Goiano

Mesoclemmys raniceps (Gray 1856)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Cabeccedila-de-Sapo-Comum Lalaacute

Mesoclemmys tuberculata (Luumlderwaldt 1926)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua Caacutegado-do-Nordeste Caacutegado-Caramujeiro

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour 1973)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccediludo Galaacutepago Tartaruga-Cabeccedila-de-Sapo

138

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Peltocephalus dumerilianus (Schweigger 1812)Nomes populares Acanguaccedilu Cabeccediluda Cabeccediludo Capitari (machos) Juraraacute Peindu Tartaru-ga-Arara Tartaruga-de-Bico-de-Arara

Phrynops geoffroanus (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Barbelas-Pintado Caacutegado-de-Bar-bicha Caacutegado-de-Barbixa Caacutegado-de-Esgoto Caacutegado-de-Ferradura-Comum Caacutegado-do-Rio Cangapara Lalaacute Tartaruga-do-Pescoccedilo-de-Cobra

Phrynops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado-Comum Caacutegado-de-Barbelas-Cinzento Caacutegado-de-Barbilhatildeo

Phrynops tuberosus (Peters 1870)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbicha Caacutegado-Rajado Cangapara

Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983Nomes populares Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Ferradura Caacutegado-de-Ferradura-Sulino

Platemys platycephala (Schneider 1792)Nomes populares Caacutegado Charapa Charapita Charapita-de-Aguajal Charapita-de-Altura Cha-ta Jabuti-Machado Jabuti-Mato-Grossense Lalaacute Machado Perema Quetijaacutepa

Podocnemis erythrocephala (Spix 1824)Nomes populares Calalumatilde Irapuca

Podocnemis expansa (Schweigger 1812)Nomes populares Capitari Tartaruga-da-Amazocircnia Viraccedilatildeo

Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849Nomes populares Cambeacuteua Iaccedilaacute Pitiuacute

Podocnemis unifilis Troschel 1848Nomes populares Tracajaacute Zeacute-Prego

Rhinemys rufipes (Spix 1824)Nome popular Caacutegado-Vermelho

Rhinoclemmys punctularia (Daudin 1801)Nomes populares Aperema Caacutegado Jabuti-Aperema Juraraacute Muccediluatilde Perema

Trachemys adiutrix Vanzolini 1995Nomes populares Caacutegado Capininga Juraraacute Juraraca Pininga

Trachemys dorbigni (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Tartaruga Tartaruga-Imperial Tartaruga-Verdadeira Tartaruga-Verde-e--Amarela Tigre-Drsquoaacutegua Tigre-Drsquoaacutegua-Amarelo

139

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

CROCODYLIA (Jacareacutes)

Caiman crocodilus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacaretinga Jacareacute-Tinga Tinga

Caiman latirostris (Daudin 1801)Nomes populares Jacareacute-Comum Jacareacute-do-Papo-Amarelo Jacareacute-de-Papo-Amarelo Jacareacute--Oriental

Caiman yacare Daudin 1801Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacareacute-do-Paraguai

Melanosuchus niger (Spix 1825)Nomes populares Jacareacute-Accediluacute Jacareacute-Preto

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier 1807)Nomes populares Cocodrilo Crocodilo Jacareacute-Anatildeo Jacareacute-Coroa Jacareacute-do-Buraco Jacareacute--Enferrujado Jacareacute-Ferro Jacareacute-Mirim Jacareacute-Paguaacute Jacareacute-Pedra Jacareacute-Preto Jacareacute-U-na Jacareacute-Vermelho Pretinho Tiritiri

Paleosuchus trigonatus (Schneider 1801)Nomes populares Caimatildeo-de-Cara-Lisa Jacareacute-de-Cara-Lisa Jacareacute-Pedra Jacareacute-Coroa Jacareacute-Curuaacute

AMPHISBAENIA (Cobras-de-Duas-Cabeccedilas Cobras-Cegas e Matildees-da-Sauacuteva)

Amphisbaena absaberi (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena acrobeles (Ribeiro Castro-Mello amp Nogueira 2009)Nome popular desconhecido

Amphisbaena alba Linnaeus 1758Nomes populares Boiacica Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Amarela-Grande Cobra-de--Duas-Cabeccedilas Matildee-da-Sauacuteva Minhocatildeo

Amphisbaena amazonica Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena anaemariae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena anomala (Barbour 1914)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena arda Rodrigues 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena arenaria Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bahiana Vanzolini 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bedai (Vanzolini 1991)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bilabialata (Stimson 1972)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brasiliana (Gray 1865)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brevis Struumlssmann amp Mott 2009Nome popular desconhecido

Amphisbaena caiari Teixeira Jr Dal Vechio Mollo Neto amp Rodrigues 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena camura Cope 1862Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carli Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2010Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carvalhoi Gans 1965Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena crisae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena cuiabana (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Cuiabaacute

Amphisbaena cunhai Hoogmoed amp Avila-Pires 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

141

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena darwinii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Uruguaia

Amphisbaena dubia Muumlller 1924Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena filiformis Ribeiro Gomes Silva Cintra amp Silva Jr 2016Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena frontalis Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena fuliginosa Linnaeus 1758Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena hastata Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena heathi Schmidt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena hiata Montero amp Ceacutespedez 2002Nome popular desconhecido

Amphisbaena hogei Vanzolini 1950Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena ibijara Rodrigues Andrade amp Lima 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena ignatiana Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kingii (Bell 1833)Nomes populares Anfisbena-de-Crista Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kraoh (Vanzolini 1971)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leeseri Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leucocephala Peters 1878Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

142

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena littoralis Roberto Brito amp Aacutevila 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini 1996Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena maranhensis Gomes amp Maciel 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mertensii Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Mertens Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena metallurga Costa Resende Teixeira Jr Dal Vechio amp Clemente 2015Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena miringoera Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mitchelli Procter 1923Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena munoai Klappenbach 1966Nomes populares Anfisbena-Pequena Cobra-Cega-Branca Cobra-Cega-Pequena Cobra-Cega--Uruguaia-Pequena

Amphisbaena neglecta Dunn amp Piatt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena nigricauda Gans 1966Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena persephone Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena pretrei Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena prunicolor (Cope 1885)Nomes populares Anfisbena-Marrom Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Marrom

Amphisbaena ridleyi Boulenger 1890Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena roberti Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

143

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena sanctaeritae Vanzolini 1994Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena saxosa (Castro-Mello 2003)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena silvestrii Boulenger 1902Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Cuiabana

Amphisbaena slevini Schmidt 1938Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena steindachneri Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena supernumeraria Mott Rodrigues amp Santos 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena talisiae Vanzolini 1995Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Pitomba

Amphisbaena trachura Cope 1885Nomes populares Anfisbena-Comum Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Comum Cobra-de--Duas-Cabeccedilas-Grande Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena tragorrhectes Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena uroxena Mott Rodrigues Freitas amp Silva 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena vanzolinii Gans 1963Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena varia Laurenti 1768Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega Matildee-de-Sauacuteva

Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena wiedi Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Leposternon cerradensis Ribeiro Vaz-Silva amp Santos-Jr 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado

144

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Leposternon infraorbitale (Bertold 1859)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon kisteumacheri Porto Soares amp Caramaschi 2000Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon maximus Ribeiro Nogueira Cintra Silva Jre Zaher 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon microcephalum Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon octostegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon polystegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon scutigerum (Hemprich 1820)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon wuchereri (Peters 1879)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Mesobaena rhachicephala Hoogmoed Pinto Rocha amp Pereira 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

ldquoLAGARTOSrdquo (Bribas Calangos Camaleotildees Cobras-de-Vidro Lagartos e Lagartixas)

Acratosaura mentalis (Amaral 1933)Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Acratosaura spinosa Rodrigues Cassimiro Freitas amp Silva 2009Nome popular Lagarto-Espinhoso

Alexandresaurus camacan Rodrigues Pellegrino Dixo Verdade Pavan Argocirclo amp Sites 2007Nome popular desconhecido

Alopoglossus angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Briba Lagartinho-do-Olho-Vermelho Lagartixa Lagarto-da-Terra Lagarto--do-Folhiccedilo

145

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Alopoglossus atriventris Duellman 1973Nome popular desconhecido

Alopoglossus buckleyi (OrsquoShaughnessy 1881)Nome popular desconhecido

Amapasaurus tetradactylus Cunha 1970Nome popular desconhecido

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)Nomes populares Bico-Doce Calango-Bico-Doce Calango-Tijibu Tijibu Calango Calango-Ver-de Camaleatildeo-Ferro Jacareacute-Pinima Lagarto Lagarto-Verde Sardatildeo-Grande Tejubina Tijubina

Ameiva jacuba Giugliano Nogueira Valdujo Collevatti amp Colli 2013Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameiva parecis (Colli Costa Garda Kopp Mesquita Peacuteres Valdujo Vieira amp Wiederhecker 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha Lagarto

Ameivula cipoensis Arias Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Ameivula confusioniba (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nomes populares Calango Calango-ligeiro Tejubina Tijubina

Ameivula jalapensis (Colli Giugliano Mesquita amp Franccedila 2009)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula mumbuca (Colli Caldwell Costa Gainsbury Garda Mesquita Filho Soares Silva Valdujo Vieira Vitt Werneck Wiederhecker amp Zatz 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccinini-Seale 1997)Nomes populares Lagartinho-de-Linhares Lagartinho-Nativo

Ameivula nigrigula (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular desconhecido

Ameivula ocellifera (Spix 1825)Nomes populares Calango Calango-da-Praia Calango-Ligeiro Calango-Listrado Calango-Pe-queno Calango-Tijubina Calanguinho Calanguinho-Pintado Calanguinho-Sardatildeo-Pequeno Calanguinho-Verde Tijubina

Ameivula pyrrhogularis (Silva amp Avila-Pires 2013)Nomes populares Calango Calango-Ligeiro Calango-Tijubina Tijubina

146

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Ameivula xacriaba Arias Teixeira Jr Recoder Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Anisolepis grilli Boulenger 1891Nomes populares Camaleatildeo Lagartinho Lagartixa-das-Uvas Papa-Vento Papa-Vento-Comum Papa-Vento-do-Rabo-Rajado

Anisolepis longicauda (Boulenger 1891)Nome popular desconhecido

Anisolepis undulatus (Wiegmann 1834)Nomes populares Lagartixa Papa-Vento Papa-Vento-do-Sul

Anolis auratus (Daudin 1802)Nome popular Papa-Vento

Anolis bombiceps Cope 1875Nome popular Papa-Vento

Anolis brasiliensis Vanzolini amp Williams 1970Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis chrysolepis Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Calango Camaleatildeo Papa-Vento

Anolis fuscoauratus (DrsquoOrbigny 1837 in Dumeacuteril amp Bibron 1837)Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis meridionalis Boettger 1885Nomes populares Calango-Bandeira Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Anolis ortonii Cope 1868Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis planiceps Troschel 1848Nome popular Papa-Vento

Anolis scypheus Cope 1864Nome popular Papa-Vento

Anolis tandai Avila-Pires 1995Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis trachyderma Cope 1875Nome popular Papa-vento

147

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Anolis williamsii (Bocourt 1870)Nome popular Papa-Vento

Anotosaura collaris Amaral 1933Nome popular desconhecido

Anotosaura vanzolinia Dixon 1974Nome popular desconhecido

Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude 1904)Nomes populares Calango Lagartinho-Listrado Lagarto-do-Folhiccedilo

Arthrosaura reticulata (OrsquoShaughnessy 1881)Nomes populares Calango Lagartinho-Reticulado Lagartixa Lagarto-do-Folhiccedilo

Aspronema dorsivittatum (Cope 1862)Nomes populares Calango-Liso Lagartixa-Brilhante Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-Doura-da Lagarto-Liso Scinco-Comum Scinco-Dourado

Bachia bresslaui (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia cacerensis Castrillon amp Struumlssmann 1998Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia didactyla Freitas Struumlssmann Carvalho Kawashita-Ribeiro amp Mott 2011Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia dorbignyi (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia flavescens (Bonnaterre 1789)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-da-Terra Lagarto-sem-Pata

Bachia geralista Teixeira Jr Recoder Camacho Sena Navas amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia micromela Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia oxyrhina Rodrigues Camacho Nunes Recoder Teixeira Jr Valdujo Ghellere Mott amp Nogueira 2008Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia panoplia Thomas 1965Nome popular desconhecido

148

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bachia peruana (Werner 1901)Nome popular desconhecido

Bachia psamophila Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia pyburni Kizirian amp McDiarmid 1998Nome popular desconhecido

Bachia remota Ribeiro-Juacutenior Silva amp Lima 2016Nome popular desconhecido

Bachia scaea Teixeira Jr Dal Vechio Nunes Mollo Neto Lobo Storti Gaiga Dias amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia scolecoides Vanzolini 1961Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-Sem-Pata

Bachia trisanale (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823)Nomes populares Briba Calango-Liso Cobra-de-Vidro Lagartixa-de-Vidro Lagarto-Liso

Brasiliscincus caissara (Rebouccedilas-Spieker 1974)Nome popular Calango-Liso-da-Restinga

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)Nomes populares Briba Calango-Liso Lagarto-do-Folhiccedilo

Calyptommatus confusionibus Rodrigues Zaher amp Curcio 2001Nome popular Lagarto-Escrivatildeo

Calyptommatus leiolepis Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus nicterus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Caparaonia itaiquara Rodrigues Cassimiro Pavan Curcio Verdade amp Pellegrino 2009Nome popular desconhecido

149

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cercosaura argula Peters 1862Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura bassleri Ruibal 1952Nome popular desconhecido

Cercosaura eigenmanni (Griffin 1917)Nomes populares Calango-da-Maacutescara-Branca Calanguinho-de-Maacutescara Lagartinho-de-Maacutes-cara Lagartinho-de-Maacutescara-Branca Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura ocellata Wagler 1830Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho Lagartinho-Listra-do Lagartinho-Pintado Lagartixa Lagartixa-Listrada Lagarto-do-folhiccedilo Teiuacute-Pigmeu

Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger 1885)Nome popular Lagarto-da-Terra

Cercosaura parkeri (Ruibal 1952)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo-do-Pantanal

Cercosaura quadrilineata Boettger 1876Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-do-Rabo-Grande Lagartixa-de-Quatro--Listras

Cercosaura schreibersii Wiegmann 1834Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-de-Maacutescara Lagartinho-do-Rabo-Gran-de Lagartinho-Liso Lagartixa Lagartixa-Comum Lagartixa-Marrom

Chatogekko amazonicus (Andersson 1918)Nomes populares Lagartixa Lagartixinha

Cnemidophorus cryptus Cole amp Dessauer 1993Nomes populares Calango Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Violeiro

Cnemidophorus gramivagus McCrystal amp Dixon 1987Nome popular Calango

Cnemidophorus lemniscatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-Azul Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Lagartixa--Azul Lagartinho-Listrado

Coleodactylus brachystoma (Amaral 1935)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixinha-Anatilde

150

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Coleodactylus elizae Gonccedilalves Torquato Skuk amp Sena 2012Nome popular desconhecido

Coleodactylus meridionalis (Boulenger 1888)Nomes populares Briba Calanguinho Lagartixa Lagartinho Lagartixinha-Anatilde Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus natalensis Freire 1999Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus septentrionalis Vanzolini 1980Nome popular desconhecido

Colobodactylus dalcyanus Vanzolini amp Ramos 1977Nome popular Lagartinho-do-folhedo

Colobodactylus taunayi Amaral 1933Nome popular desconhecido

Colobosaura modesta (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-cobra Calanguinho Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo La-garto Lagarto-do-Folhiccedilo

Colobosauroides carvalhoi Soares amp Caramaschi 1998Nome popular desconhecido

Colobosauroides cearensis Cunha Lima-Verde amp Lima 1991Nome popular desconhecido

Contomastix lacertoides (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagartixa-Listrada Lagartixa-Verde Tiuacute-da-Areia Lagartinho-Listrado-da--Restinga

Contomastix vacariensis (Feltrim amp Lema 2000)Nomes populares Lagartinho-de-Vacaria Lagartinho-Pintado Lagartinho-Pintado-do-Campo Lagartixa-Pintada

Copeoglossum arajara (Rebouccedilas-Spieker 1981)Nome popular Calango-Liso

Copeoglossum nigropunctatum (Spix 1825)Nomes populares Briba-Brilhante Calango Calango-Cobra Calango-Liso Lagarto-Brilhante Lagarto-de-Vidro Lagarto-Liso Viacutebora

Crocodilurus amazonicus (Spix 1825)Nomes populares Calango-Drsquoaacutegua Jacarerana Jacaruxi

151

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dactyloa dissimilis (Williams 1965)Nome popular Papa-Vento

Dactyloa nasofrontalis (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-Vento

Dactyloa phyllorhina (Myers amp Carvalho 1945)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa punctata (Daudin 1802)Nomes populares Anoles Calango-Verde Camaleatildeo Lagartixa-Verde-da-Amazocircnia Lagarto--Verde Papa-Vento

Dactyloa transversalis (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular Papa-Vento

Diploglossus fasciatus (Gray 1831)Nomes populares Briba Calango-Coral Calango-Liso Cobra-de-Patas Lagarto-Coral Viacutebora

Diploglossus lessonae Peracca 1890Nomes populares Briba Briba-que-Vira-Cobra Calango-Coral Calango-Liso Lagarto-Coral

Dracaena guianensis Daudin 1801Nomes populares Cabeccedila-Encarnada Jacarerana Jacaruxi Jacuruxi Lagarto-Jacareacute

Dracaena paraguayensis Amaral 1950Nomes populares Lagarto-Jacareacute Viacutebora-do-Pantanal

Dryadosaura nordestina Rodrigues Freire Pellegrino amp Sites 2005Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Ecpleopus gaudichaudii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Lagartinho-da-Mata Lagartinho-do-Rabo-Liso Lagartinho-da-Serra-do-Mar

Enyalioides laticeps (Guichenot 1855)Nome popular Papa-Vento

Enyalioides palpebralis (Boulenger 1883)Nome popular desconhecido

Enyalius bibronii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Lagarto-verde Papa-Vento

152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Enyalius bilineatus Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Camaleatildeozinho-do-Cerrado Camaleatildeozinho-de-Duas-Lis-tras Papa-Vento

Enyalius boulengeri Etheridge 1969Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius brasiliensis (Lesson 1828)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius catenatus (Wied 1821)Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius erythroceneus Rodrigues Freitas Silva amp Bertolotto 2006Nome popular desconhecido

Enyalius iheringii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Iguaninha Iguaninha-Verde Papa-Vento Sinimbuacute-Verde

Enyalius leechii (Boulenger 1885)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius perditus Jackson 1978Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius pictus (Schinz 1822)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Eurolophosaurus amathites (Rodrigues 1984) Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus divaricatus (Rodrigues 1986)Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus nanuzae (Rodrigues 1981)Nome popular desconhecido

Exila nigropalmata (Andersson 1918)Nome popular desconhecido

Glaucomastix abaetensis (Dias Rocha amp Vrcibradic 2002)Nomes populares Calango-do-Abaeteacute Lagartinho-de-Abaeteacute Lagartixa-de-Abaeteacute

Glaucomastix cyanura (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango

153

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Glaucomastix littoralis (Rocha Arauacutejo Vrcibradic amp Costa 2000)Nome popular Lagarto-da-Cauda-Verde

Glaucomastix venetacauda (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango-da-Cauda-Azulada

Gonatodes annularis Boulenger 1887Nomes populares Briba Lagartixa Osga

Gonatodes eladioi Nascimento Avila-Pires amp Cunha 1987Nomes populares Briba Lagartixa

Gonatodes hasemani Griffin 1917Nomes populares Lagartinho-Pintado Lagartixa

Gonatodes humeralis (Guichenot 1855)Nomes populares Lagartinho-Bicudo Lagartinho-Colorido Lagartinho-Pintado Lagartixa La-gartixa-da-Mata Lagartixinha-Amazocircnica Lagarto Lagarto-do-Folhiccedilo

Gonatodes nascimentoi Sturaro amp Avila-Pires 2011Nome popular Lagartixa

Gonatodes tapajonicus Rodrigues 1980Nome popular Lagartixa

Gymnodactylus amarali Barbour 1925Nomes populares Briba Lagartixa

Gymnodactylus darwinii (Gray 1845)Nomes populares Lagartixa Lagartixa-da-Mata Lagartixa-Nativa

Gymnodactylus geckoides Spix 1825Nomes populares Briba Lagartinho Lagartixa Lagartixa-do-Cerrado

Gymnodactylus guttulatus Vanzolini 1982Nome popular Briba

Gymnodactylus vanzolinii Cassimiro amp Rodrigues 2009Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus leucomystax Vanzolini amp Carvalho 1991Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus underwoodi Grant 1958Nome popular desconhecido

154

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Gymnophthalmus vanzoi Carvalho 1999Nome popular Briba

Hemidactylus agrius Vanzolini 1978Nomes populares Briba Lagartixa Osga Viacutebora

Hemidactylus brasilianus (Amaral 1935)Nomes populares Briba Briba-do-Rabo-Grosso Lagartixa Lagartixa-do-Rabo-Grosso

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnegraves 1818)Nomes populares Briba Briba-da-Casa Briba-de-Casa Camaleatildeo Crocodilinho-de-Parede Ge-co-das-Casas Jacareacute-de-Parede Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Africana Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-de-Casa Lagartixa-de-Cobreiro Lagartixa-de-Parede Lagartixa-Domeacutestica Lagarti-xa-Domeacutestica-Tropical Osga Sardatildeo Taruiacutera Viacutebora

Hemidactylus palaichthus Kluge 1969Nomes populares Briba Jacareacute-de-Parede Lagartixa Lagartixa-da-Parede Osga

Heterodactylus imbricatus Spix 1825Nome popular desconhecido

Heterodactylus lundii Reinhardt amp Luetken 1862Nome popular Briba Calango-que-Vira-Cobra Cobra-de-Peacute Cobra-de-Vidro Cobrinha

Heterodactylus septentrionalis Rodrigues Freitas amp Silva 2009Nome popular desconhecido

Homonota uruguayensis (Vaz-Ferreira amp Sierra de Soriano 1961)Nomes populares Camaratildeozinho Geco-do-Campo Geco-dos-Campos Geco-Uruguaio

Hoplocercus spinosus Fitzinger 1843Nomes populares Jacarezinho-da-Chapada Jacarezinho-do-Cerrado Lagarto-Espinhoso La-garto-de-Cauda-Espinhosa Lagarto-de-Cauda-Espinhuda Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Lagarto--Roseta Pitoco Rabo-de-Roseta

Iguana iguana (Linnaeus 1758)Nomes populares Camaleatildeo Iguana Iguana-Verde Sinimbu Tejubuacute Tijubuacute

Iphisa elegans Gray 1851Nomes populares Briba Calango Calango-Cobra Lagartinho-de-Folhiccedilo Lagartixa Lagarto-da--Terra Lagarto-de-Folhiccedilo

Kentropyx altamazonica (Cope 1875)Nomes populares Calango Calango-Verde Calanguinho Iguaninha Lagarto

155

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Kentropyx calcarata Spix 1825Nomes populares Calango Calango-Drsquoaacutegua Calango-da-Mata Calango-Verde Calanguinho La-garto Lagarto-da-Mata

Kentropyx paulensis (Boettger 1893)Nomes populares Calango Calanguinho

Kentropyx pelviceps Cope 1868Nomes populares Calango Chicote-da-Floresta Lagarto

Kentropyx striata (Daudin 1802)Nomes populares Calango Lagarto

Kentropyx vanzoi Gallagher amp Dixon 1980Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-Listrado

Kentropyx viridistriga (Boulenger 1894)Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-de-Listras-Verdes

Lepidoblepharis heyerorum Vanzolini 1978Nome popular desconhecido

Lepidoblepharis hoogmoedi Avila-Pires 1995Nome popular desconhecido

Leposoma annectans Ruibal 1952Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Leposoma baturitensis Rodrigues amp Borges 1997Nome popular desconhecido

Leposoma nanodactylus Rodrigues 1997Nome popular desconhecido

Leposoma puk Rodrigues Dixo Pavan amp Verdade 2002Nome popular desconhecido

Leposoma scincoides Spix 1825Nome popular Lagartinho Teiuacute-Pigmeu

Leposoma sinepollex Rodrigues Teixeira Jr Recoder Dal Vechio Damasceno amp Pellegrino 2013Nome popular desconhecido

Liolaemus arambarensis Verrastro Veronese Bujes amp Dias-Filho 2003Nome popular Lagartixa-das-Dunas

156

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Liolaemus lutzae Mertens 1938Nomes populares Lagartixa-de-Areia Lagartinho-Branco-da-Areia Lagartinho-Branco-da-Praia

Liolaemus occipitalis Boulenger 1885Nomes populares Lagartinho-das-Dunas Lagartinho-da-Praia Lagartixa-da-Areia Lagartixa--das-Dunas Lagartixa-da-Praia

Loxopholis ferreirai (Rodrigues amp Avila-Pires 2005)Nome popular desconhecido

Loxopholis guianense (Ruibal 1952)Nomes populares Briba Calango Lagartixa

Loxopholis osvaldoi (Avila-Pires 1995)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Loxopholis percarinatum (Muumlller 1923)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Loxopholis snethlageae (Avila-Pires 1995)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Lygodactylus klugei (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Bribinha Lagartixa-Anatilde Osguinha

Lygodactylus wetzeli (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Briba Lagartixa-Anatilde

Manciola guaporicola (Dunn 1935)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

Marinussaurus curupira Peloso Pellegrino Rodrigues amp Avila-Pires 2011Nome popular desconhecido

Micrablepharus atticolus Rodrigues 1996Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-de-Rabo-Azul

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-Cauda--Azul Piolho-de-Cobra

Neusticurus bicarinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Lagartinho-de-Maacutescara-Alaranjada Lagarto-de-Folhiccedilo

Neusticurus racenisi Roze 1958Nome popular desconhecido

157

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Neusticurus rudis Boulenger 1900Nome popular Calango-Drsquoaacutegua

Nothobachia ablephara Rodrigues 1984Nome popular desconhecido

Notomabuya frenata (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-Liso Lagartixa Lagarto-Liso Scinco-Chacoense Scinco--Cinzento Scinco-Prateado

Ophiodes enso Entiauspe-Neto Marques-Quintela Regnet Teixeira Silveira amp Loebmann 2017Nome popular desconhecido

Ophiodes fragilis (Raddi 1820)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes striatus (Spix 1825)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes yacupoi Gallardo 1966Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Panopa carvalhoi (Rebouccedilas-Spieker amp Vanzolini 1990)Nome popular Lagarto-Liso

Phyllopezus lutzae (Loveridge 1941)Nome popular Briba Lagartixa-de-Bromeacutelia

Phyllopezus periosus Rodrigues 1986Nomes populares Briba Briba-Gigante Lagartixa

Phyllopezus pollicaris (Spix 1825)Nomes populares Briba Briba-de-Parede Lagartixa Lagartixa-de-Parede Lagartixa-de-Pedra Sardatildeo Viacutebora

Phyllopezus przewalskii Koslowsky 1895Nomes populares Lagartixa-de-Pedra Lagartixa-do-Cerrado

158

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Placosoma cipoense Cunha 1966Nome popular Lagartinho-do-Cipoacute

Placosoma cordylinum Tschudi 1847Nome popular desconhecido

Placosoma glabellum (Peters 1870)Nomes populares Lagartinho Lagartinho-do-Rabo-Grande

Placosoma limaverdorum Borges-Nojosa Caramaschi amp Rodrigues 2016Nome popular desconhecido

Plica plica (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-da-Aacutervore Calango-da-Mata Calango-Seringueiro Iguaninha La-garto-de-Aacutervore Tamaquareacute

Plica umbra (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-da-Aacutervore Iguaninha Lagarto-de-Aacutervore Papa-Vento Tamaquareacute

Polychrus acutirostris Spix 1825Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Camaleatildeo Camaleatildeo-Preguiccedila Camaleatildeozi-nho Catatau Falso-Camaleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Polychrus liogaster Boulenger 1908Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Polychrus marmoratus (Linnaeus 1758)Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Calango-Verde Camaleatildeo Catatau Falso-Ca-maleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento Papa-Vento-Verde

Potamites ecpleopus (Cope 1875)Nome popular desconhecido

Potamites juruazensis (Avila-Pires amp Vitt 1998)Nome popular desconhecido

Procellosaurinus erythrocercus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Procellosaurinus tetradactylus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Pseudogonatodes gasconi Avila-Pires amp Hoogmoed 2000Nome popular desconhecido

159

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Pseudogonatodes guianensis Parker 1935Nomes populares Briba Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-Pequeno Lagartixa

Psilops mucugensis Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Nunes Freitas Fernan-des Bocchiglieri Dal Vechio Leite Nogueira Damasceno Pellegrino Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psilops paeminosus (Rodrigues 1991)Nome popular desconhecido

Psilops seductus Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Sales-Nunes Freitas Fer-nandes Bocchiglieri Vechio Fortes-Leite Campos Nogueira Damasceno Machado Pellegrino Suzart-Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psychosaura agmosticha (Rodrigues 2000)Nome popular Viacutebora

Psychosaura macrorhyncha (Hoge 1947)Nome popular Briba Viacutebora

Ptychoglossus brevifrontalis Boulenger 1912Nomes populares Briba Calango Lagartixa Lagarto

Rhachisaurus brachylepis (Dixon 1974)Nomes populares Lagartinho Lagarto-do-Folhiccedilo

Rondonops biscutatus Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pelle-grino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular Lagartinho-de-Folhiccedilo

Rondonops xanthomystax Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pellegrino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular desconhecido

Salvator duseni Loumlnnberg in Loumlnnberg amp Andersson 1910Nomes populares Teiuacute Teiuacute-do-Cerrado Teiuacute-Paraense

Salvator merianae Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Jacuraru Lagarto Lagarto-Comum Lagarto-Tejo Tegu Teiuacute Teiuaccedilu Teiuacute--Accedilu Teiuacute-Branco Teiuacute-Brasileiro Teiuacute-Comum Teiuacute-Gigante Tejo Teju Tejuacute Tejuaccedilu Tejuacute--Accedilu Tejuguaccedilu Tiju Tiuacute Tiuacute-Accedilu

Scriptosaura catimbau Rodrigues amp Santos 2008Nome popular desconhecido

160

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Stenocercus albolineatus Teixeira Jr Prates Nisa Silva Struumlssmann amp Rodrigues 2015Nomes populares Dragatildeozinho Iguaninha-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus azureus (Muumlller 1882)Nomes populares Iguaninha-Azul Lagartixa-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus caducus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Coleira Dragatildeozinho

Stenocercus dumerilii (Steindachner 1867)Nomes populares Calango Dragatildeozinho Iguana-de-Rabo-Curto

Stenocercus fimbriatus Avila-Pires 1995 Nome popular desconhecido

Stenocercus quinarius Nogueira amp Rodrigues 2006Nomes populares Calango Dragatildeozinho Lagarto-de-Chifres

Stenocercus roseiventris DrsquoOrbigny in Dumeacuteril amp Bibron 1837Nome popular desconhecido

Stenocercus sinesaccus Torres-Carvajal 2005Nomes populares Calango Dragatildeozinho

Stenocercus squarrosus Nogueira amp Rodrigues 2006Nome popular desconhecido

Stenocercus tricristatus (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular desconhecido

Stenolepis ridleyi Boulenger 1887Nome popular desconhecido

Strobilurus torquatus Wiegmann 1834Nome popular Lagarto-de-Cauda-Espinhosa Lagartixa

Teius oculatus (DrsquoOrbigny amp Bibron 1837)Nomes populares Lagartixa Lagarto-Verde Teiuacute Teju-Verde Tiuacute-Verdadeiro Tiuacute-Verde

Teius teyou (Daudin 1802)Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-Verde

Thecadactylus rapicauda (Houttuyn 1782)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixa-da-Amazocircnia Osga Osga-Gigante

Thecadactylus solimoensis Bergmann amp Russell 2007Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixatildeo Osga

161

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Trachylepis atlantica (Schmidt 1945)Nome popular Mabuia-de-Noronha

Tretioscincus agilis (Ruthven 1916)Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartinho-de-Rabo-Azul Lagartixa

Tretioscincus oriximinensis Avila-Pires 1995Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartixa

Tropidurus callathelys Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Papa-Vento Calango-de-Pedra-Pintado

Tropidurus catalanensis Gudynas amp Skuk 1983Nomes populares Calango Lagartixa-Cinzenta Lagartixa-Espinhosa Lagartixa-Preta Papa--Vento Tropiduro-Comum

Tropidurus chromatops Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Calango-de-Maacutescara-Azul Papa-Vento

Tropidurus cocorobensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus erythrocephalus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus etheridgei Cei 1982Nomes populares Calango Calango-de-Colar Papa-Vento

Tropidurus guarani Alvarez Cei amp Scolaro 1994Nome popular Calango

Tropidurus helenae (Manzani amp Abe 1990)Nomes populares Calango Labigoacute Lagarto

Tropidurus hispidus (Spix 1825)Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Comum Calango-do-Cerrado Calango-Grande Calango-Urbano Catende Catenga Catexa Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagartixa-Preta--de-Muro Lagarto Papa-Vento

Tropidurus hygomi Reinhardt amp Luetken 1861Nome popular Calango Catende Lagartixa-de-Restinga

Tropidurus imbituba Kunz amp Borges-Martins 2013Nome popular Calango

162

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tropidurus insulanus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus itambere Rodrigues 1987Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Grande Calango-Urbano Papa-Vento

Tropidurus jaguaribanus Passos Lima amp Borges-Nojosa 2011Nome popular Calango-de-Lajeiro

Tropidurus lagunablanca Carvalho 2016Nomes populares Calango Calango-Colorido Calango-Pintadinho Dragatildeozinho-Colorido Papa-Vento

Tropidurus montanus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-da-Montanha Lagarto-da-Pedra

Tropidurus mucujensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus oreadicus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Lagartixa Lagarto Lagarto--da-Pedra Lagarto-de-Parede

Tropidurus pinima (Rodrigues 1984)Nome popular Leixa

Tropidurus psammonastes Rodrigues Kasahara amp Yonenaga-Yasuda 1988Nome popular Calango

Tropidurus semitaeniatus (Spix 1825)Nomes populares Calango-do-Lageiro Catende Lagartixa Lagartixa-do-Lajedo Lagartixa-do--Lajeiro

Tropidurus sertanejo Carvalho Sena Peloso Machado Montesinos Silva Campbell amp Rodri-gues 2016Nome popular Calango

Tropidurus spinulosus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Espinho Papa-Vento

Tropidurus torquatus (Wied 1820)Nomes populares Calango Calango-de-Muro Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagarto Lagarto-da-Pedra Lagarto-de-Parede Taraguira Trauiacutera

163

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tupinambis cryptus Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis cuzcoensis Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis longilineus Avila-Pires 1995Nomes populares Jacuraru Teiuacute Teiuacute-Comprido Teju

Tupinambis palustris Manzani amp Abe 2002Nome popular Teiuacute-Palustre

Tupinambis quadrilineatus Manzani amp Abe 1997Nomes populares Teiuacute Teiuacute-Amarelo Teiuacute-de-Quatro-Linhas Teju

Tupinambis teguixin (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacuaru Jacuraru Jacuruaru Lagartiu Lagarto Tegu Teiuacute Teiuacute-Accedilu Tejo Tejo-Drsquoaacutegua Teju Tejuaccedilu

Uracentron azureum (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Verde Lagarto-Espinhoso Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Tamaquareacute--de-Espinho

Uracentron flaviceps (Guichenot 1855)Nome popular Lagarto-Espinhoso

Uranoscodon superciliosus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Cabeccediludo Dragatildeozinho-Cabeccediludo Iguaninha Lagarto Tamacuareacute Tamaquareacute Tamaquareacute-Drsquoaacutegua

Urostrophus vautieri Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Iguana-Rajada Papa-Vento Papa-Vento-de-Barriga-Listrada

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura rubricauda (Boulenger 1902)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura savanicola Recoder Werneck Teixeira Jr Colli Sites amp Rodrigues 2014Nomes populares Calango-da-Savana Calango-Listrado Lagarto-de-Rabo-Vermelho

Varzea altamazonica (Miralles Barrio-Amoroacutes Rivas amp Chaparro-Auza 2006)Nome popular Calango

164

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Varzea bistriata (Spix 1825)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

SERPENTES (Cobras amp Serpentes)

Amerotyphlops amoipira (Rodrigues amp Juncaacute 2002)Nome popular Cobra-Cega-das-Dunas

Amerotyphlops arenensis Graboski Pereira-Filho Silva Prudente amp Zaher 2015Nome popular desconhecido

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini 1976)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-de-Espinho-Comum Cobra-Cega-de-Espinho-Mar-rom Cobra-Cega-Marrom Cobra-da-Terra

Amerotyphlops minuisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops paucisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops reticulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Minhoca Minhocatildeo

Amerotyphlops yonenagae (Rodrigues 1991)Nome popular Cobra-Cega-do-Satildeo-Francisco

Amnesteophis melanauchen (Jan amp Sordelli 1866)Nome popular desconhecido

Anilius scytale (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Coral Coral-DrsquoAacutegua Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis adhara Franccedila Barbo Silva-Juacutenior Silva amp Zaher 2018Nome Popular desconhecido

Apostolepis albicollaris Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ambiniger (Peters 1869)Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ammodites Ferrarezzi Barbo amp Albuquerque 2005Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

165

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis arenaria Rodrigues 1992Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

Apostolepis assimilis (Reinhardt 1861)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto Coral-Falsa Falsa--Coral

Apostolepis borelli Peracca 1904Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis cearensis Gomes 1915Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Coral-Falsa Coralzinha Falsa-Coral

Apostolepis cerradoensis Lema 2003Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis christineae Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis dimidiata (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis flavotorquata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Apostolepis gaboi Rodrigues 1992Nome popular Cobra-Rainha-das-Dunas

Apostolepis goiasensis Prado 1942Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis intermedia Koslowsky 1898Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis kikoi Santos Entiauspe-Neto Silva-Arauacutejo Souza Lema Struumlssmann amp Albuquer-que 2018 - Nome Popular desconhecido

Apostolepis lineata Cope 1887Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis longicaudata Gomes in Amaral 1921Nome popular Cobra-da-Terra Cobrinha-da-Terra

Apostolepis nelsonjorgei Lema amp Renner 2004Nome popular Cobrinha-da-Terra

166

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis nigrolineata (Peters 1869)Nomes populares Cobra-Cega Falsa-Coral

Apostolepis nigroterminata Boulenger 1896Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis phillipsi Harvey 1999Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis polylepis Amaral 1922Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis quinquelineata Boulenger 1896Nome popular Cobra-da-Terra

Apostolepis quirogai Giraudo amp Scrocchi 1998Nome popular Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto

Apostolepis roncadori Lema 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis serrana Lema amp Renner 2006Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-da-Serra-do-Roncador

Apostolepis striata Lema 2004Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-Estriada

Apostolepis tertulianobeui Lema 2004Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis thalesdelemai Borges-Nojosa Lima Bezerra amp Harris 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis vittata (Cope 1887)Nome popular Cobrinha-da-Terra

Atractus aboiporu Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus albuquerquei Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus alphonsehogei Cunha amp Nascimento 1983Nome popular desconhecido

167

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus altagratiae Passos amp Fernandes 2008Nome popular desconhecido

Atractus badius (Boie 1827)Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus boimirim Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus caete Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra-da-Floresta

Atractus caxiuana Prudente amp Santos-Costa 2006Nome popular desconhecido

Atractus collaris Peracca 1897 Nome Popular desconhecido

Atractus dapsilis Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus edioi Silva Jr Silva Ribeiro Souza amp Souza 2005Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus elaps (Guumlnther 1858)Nome popular desconhecido

Atractus emmeli (Boettger 1888)Nome Popular desconhecido

Atractus flammigerus (Boie 1827)Nome popular desconhecido

Atractus francoi Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus guentheri (Wucherer 1861)Nome popular Coral-Falsa

Atractus hoogmoedi Prudente amp Passos 2010Nome popular desconhecido

Atractus insipidus Roze 1961Nome popular desconhecido

168

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus latifrons (Guumlnther 1868)Nomes populares Coral Falsa-Coral

Atractus maculatus (Guumlnther 1858)Nome popular Coral-Falsa

Atractus major Boulenger 1894Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral

Atractus natans Hoogmoed amp Prudente 2003Nome popular desconhecido

Atractus pantostictus Fernandes amp Puorto 1994Nome popular Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus paraguayensis Werner 1924Nomes populares Cobra-Coral-da-Terra Cobra-de-Terra-Listrada Cobrinha-da-Terra Falsa--Coral

Atractus poeppigi (Jan 1862)Nome popular desconhecido

Atractus potschi Fernandes 1995Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus reticulatus (Boulenger 1885)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Cobra-de-Terra-Comum Cobra-Reticulada Cobra-Tijolo Cobrinha-da-Terra Fura-Terra Fura-Terra-Reticulada

Atractus riveroi Roze 1961Nome popular desconhecido

Atractus ronnie Passos Fernandes amp Borges-Nojosa 2007Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus serranus Amaral 1930Nome popular desconhecido

Atractus snethlageae Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus spinalis Passos Teixeira Jr Recoder Sena Dal Vechio Pinto Mendonccedila Cassimiro amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

169

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus surucucu Prudente amp Passos 2008Nome popular desconhecido

Atractus tartarus Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus thalesdelemai Passos Fernandes amp Zanella 2005Nomes populares Cobra-da-Terra-do-Sul Cobrinha-da-Terra

Atractus torquatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Atractus trefauti Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus trihedrurus Amaral 1926Nome popular Cobra-da-Terra Coral Coral-Falsa

Atractus trilineatus Wagler 1828Nome popular desconhecido

Atractus zebrinus (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Rajada Cobrinha-da-Terra Coral-Falsa Fura-Terra

Atractus zidoki Gasc amp Rodrigues 1979Nome popular desconhecido

Boa constrictor Linnaeus 1758Nomes populares Anaconda Boiuccedilu Cobra-de-Veado Ctaia Jauacanga Jiboia Jiboia-Branca Jiboia-Cinzenta Jiboia-da-Cauda-Vermelha Jiboia-do-Cerrado Kuong-Kuong Salamanta-Boi Suaccedilu

Boiruna maculata (Boulenger 1896)Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral (juvenil) Coral-Falsa Limpa-Mato Lim-pa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum Mussurana

Boiruna sertaneja Zaher 1996Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Bothrocophias hyoprora (Amaral 1935)Nomes populares Cuiama-Nariguda Focinho-de-Porco Jararaca Jararaca-Bico-de-Folha Jara-raca-Bicuda Jararaca-de-Focinho-Levantado Jararaca-Nariguda

Bothrocophias microphthalmus (Cope 1875)Nomes Populares Jararaca Jararaca-Bicuda Jararaca-Nariguda

170

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops alcatraz Marques Martins amp Sazima 2002Nome popular Jararaca-de-Alcatrazes

Bothrops alternatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Cruzeira Cruzeiro Jararaca-de--Agosto Jararaca-do-Rabo-de-Porco Jararaca-Rabo-de-Porco Rabo-de-Mulita Urutu Urutu--Cruzeira Urutu-Cruzeiro

Bothrops atrox (Linnaeus 1758)Nomes populares Acuamboacuteia Boca-Podre Cambeacuteua Caiccedilaca Caiccedilara Comboia Cuamboia Japoboia Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-Accedilu Jararaca-da-Amazocircnia Jararaca-do-Amazonas Ja-raraca-do-Norte Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Gratildeo-de-Arroz Jararacarana Mapanare Surucucu Surucucu-da-Vaacuterzea Surucucu-do-Barranco Surucucurana

Bothrops bilineatus (Wied 1821)Nomes populares Bico-de-Papagaio Cobra-Papagaio Igbigracuatilde Jararaca Jararaca-Pinta-de--Ouro Jararaca-Verde Oricana Ouricana Papagaia Paraamboia Paramboia Patioba Periqui-tamboia Pindoba Pinta-de-Ouro Surucucu-de-Ouricana Surucucu-de-Patioba Surucucu-de--Pindoba Surucucu-Pinta-de-Ouro Uriccedilana

Bothrops brazili Hoge 1954Nomes populares Jararaca Jararaca-Vermelha Jararacuccedilu Jararacuccedilu Surucucurana-de-Fo-go Surucucu-Vermelha

Bothrops cotiara (Gomes 1913)Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Jararaca Jararaca-da-Barriga-Pre-ta Jararaca-Preta

Bothrops diporus Cope 1862Nomes populares Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca-do-Chaco Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Argentina Jararaca-Pintada-do-Sul

Bothrops erythromelas Amaral 1923Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Avermelhada Jararaca-Malha-de--Cascavel Jararaca-da-Seca Jararaca-da-Caatinga Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca-Rosada Jara-raca-Vermelha Jararaquinha Jararacussu Jararaca-da-Folha-Seca

Bothrops fonsecai Hoge amp Belluomini 1959Nomes populares Cotiara Cotiara-Estrela Jararaca-das-Montanhas Jararaca-Estrela Urutu Urutu-da-Serra

Bothrops insularis (Amaral 1922)Nome popular Jararaca-Ilhoa

171

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops itapetiningae (Boulenger 1907)Nomes populares Boipeva Cotiarinha Jararaca Jararaquinha Jararaquinha-do-Campo

Bothrops jararaca (Wied 1824)Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caiccedilaca Caissaca Cola-Branca Jaraca Ja-racaacute Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Quatro-Ventas Jaracuccedilu-Venenoso Jararaca Jararaca-Comum Ja-raraca-da-Mata-Virgem Jararaca-do-Campo Jararaca-do-Mato Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Dormideira Jararaca-Dorminhoca Jararaca-Preguiccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso Ja-raraca-Verdadeira Malha-de-Sapo Patrona Preguiccedilosa Quatro-Ventas Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Bothrops jararacussu Lacerda 1884Nomes populares Cabeccedila-de-Sapo Jaracuccedilu-Malha-de-Sapo Jaracuccedilu-Tapete Jaracuccedilu-Vene-noso Jaracuccedilu-Verdadeiro Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Cabeccedila-de-Sapo Jararacuccedilu-Ta-pete Jararacuccedilu-Verdadeira Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Sapo Surucucu-Dourado Surucucu-Tapete Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Dourado Urutu-Estrela Urutu-Preta Urutu-Preto

Bothrops leucurus Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caissaca Capangueiro Cobra-de-Quatro--Ventas Cobra-do-Rabo-Branco Jaracuccedilu Jaracuccedilu-de-Quatro-Ventras Jararaca Jararaca--Baiana Jararaca-Bahiana Jararaca-da-Cauda-Branca Jararaca-do-Rabo-Branco Malha-de--Sapo Quatro-Ventas

Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro 1915)Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-do-Cerrado Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca--Pintada Tira-Peia

Bothrops marajoensis Hoge 1966Nomes populares Caissaca-de-Marajoacute Jararaca

Bothrops marmoratus Silva amp Rodrigues 2008Nomes populares Jararaca Jararaca-Marmorata Jararaca-Pintada

Bothrops mattogrossensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-Pintada

Bothrops moojeni Hoge 1966Nomes populares Boipeva Bopeva Caiccedilaca Caiccedilara Caissaca Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-de--Vereda Jararaca-do-Cerrado Jararacatildeo Jararaquinha-do-Rabo-Branco

Bothrops muriciensis Ferrarezzi amp Freire 2001Nomes populares Jararaca Jararaca-de-Alagoas Jararacuccedilu

172

Bothrops neuwiedi Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Jararaca Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Bran-co Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Rabo-de-Osso Malha-de-Sapo Rabo-de-Osso Tire-Peia

Bothrops otavioi Barbo Grazziotin Sazima Martins amp Sawaya 2012Nome popular Jararaca-de-Vitoacuteria

Bothrops pauloensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Cruzeira Ja-raraca-de-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararacussu Jararaquinha Rabo-de-Osso Urutu

Bothrops pirajai Amaral 1923Nomes populares Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Tapete Jararacuccedilu-da--Bahia Patrona Tapete

Bothrops pubescens (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-CapangaCruzeira Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-do-Sul Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Uruguaia

Bothrops sazimai Barbo Gasparini Almeida Zaher Grazziotin Gusmatildeo Ferrarini amp Sawaya 2016Nome popular desconhecido

Bothrops taeniatus Wagler in Spix 1824Nomes populares Comboia Japoboia Jararaca-Amarela Jararaca-Cinza Jararaca-Cinzenta Jararaca-Estrela Jararaca-Musgo Jararaca-Tigrina Jararaquinha

Caaeteboia amarali (Wettstein 1930)Nome popular Cobrinha-Marrom-do-Litoral Cobrinha-Marrom-da-Restinga

Calamodontophis paucidens (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Espada-dos-Pampas Cobra-Espada-Xadrez Falsa-Cobra-Espada

Calamodontophis ronaldoi Franco Cintra amp Lema 2006Nomes populares Cobra-Espada-do-Paranaacute

Cercophis auratus (Schlegel 1837)Nomes populares Bicuda Cipoacute-Liquenosa Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Metaacutelica Cobra-de-Bronze Cobra-Liacutequen

Chironius bicarinatus (Wied 1820)Nomes populares Cainana Caninana-Verde Caninana-Verde-Comum Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute--Bicarinada Cobra-Espada Cobra-Verde Espia-Caminho Serra-Azul Voadeira

Chironius brazili Hamdan amp Fernandes 2015Nomes populares Caninana-Marrom-Listrada Cobra-Cipoacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

173

Chironius carinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boicipoacute Boitiaboia Boitipoacute Cainana Cipoacute Cobra-Cipoacute Cutimboia Sacaiboia Sacaiboia-Cipoacute Serra-Veia

Chironius diamantina Fernandes amp Hamdan 2014Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius dixoni Wiest 1978Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius exoletus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caninana Caninana-Verde-Oliva Caninana-Verde-Oriental Cipoacute Cobra-Ci-poacute Cobra-Cipoacute-Madura Cobra-Espada Espia-Caminho Voadeira

Chironius flavolineatus (Jan 1863)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boitipoacute Caninana-Marrom-Listrada Cipoacute Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Sacaiboia

Chironius foveatus Bailey 1955Nomes populares Caninana Caninana-Verde-de-Cabeccedila-Preta Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cipoacute Cobra-Espada Cobra-Verde Serra-Velha

Chironius fuscus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araboia Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de-Rio Cobra--Espada Espia-Caminho Papa-Ovo Sacaiboia Sururucu-de-Fogo Uiraacutepiagara Uropiagara

Chironius laevicollis (Wied 1824)Nomes populares Caninana-Preta Caninana Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de--Cabeccedila-Preta Cobra-Espada Papa-Pinto

Chironius maculoventris Dixon Wiest amp Cei 1993Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius multiventris Schmidt amp Walker 1943Nomes populares Cainana Cobra-Cipoacute Cobra-Verde Sacaiboia Serra-Veia

Chironius quadricarinatus (Boie 1827)Nomes populares Capitatilde-do-Campo Capitatildeo-do-Campo Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-Espada Corre-Campo Sacaiboia

Chironius scurrulus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Acutimboia Cobra-Cipoacute Sururucu-de-Fogo

Clelia clelia (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Muccedilurana-da--Amazocircnia Mussurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

174

Clelia hussami Morato Franco amp Sanches 2003Nome popular desconhecido

Clelia plumbea (Wied 1820)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Cobra--Preta Falsa-Coral (juvenil) Limpa-Campo Limpa-Mato Limpa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Sudeste Muccedilurana-de-Barriga-Branca Muccedilurana-do-Cerrado Muccedilura-na-Grande Mussurana Papa-Rato Rabo-de-Veludo Surucucu-Chumbo

Corallus batesii (Gray 1860)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Bico-de-Papagaio Cobra-de-Papagaio Co-bra-Papagaio Cobra-Verde Papagaia Periquitaboia Periquitamboia

Corallus caninus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Cobra-Papagaio Cobra-Verde Periquita-boia Periquitamboia

Corallus cropanii (Hoge 1953)Nomes populares Boa-de-Cropani Boa-de-Cropan Jiboia-do-Ribeira Jiboia-Dourada

Corallus hortulanus (Linnaeus 1758)Nomes populares Boitinga Cobra-de-Veado Cobra-Veadeira Jiboia-Branca Salamanta Suaccedilu-boia Suassuboia Veadeira

Coronelaps lepidus (Reinhardt 1861)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-Coroada Cabeccedila-Preta-de-Faixa-Amarela Cobra-Coral Cobra-Coroada Cobra-da-Terra Cobra-Mineira Coral-Falsa Falsa-Coral Serpente-Coroada

Crotalus durissus Linnaeus 1758Nomes populares Boicinim Boicininga Boiccedilununga Boiquira Cascabel Cascaveacute Cascavel Cas-cavel-de-Quatro-Ventas Cascavelha Cobra-de-Chocalho Cobra-de-Guizo Cobra-do-Chocalho Maracaacute Maracaboia Maracamboia Surucucu-Cascavel

Dendrophidion atlantica Freire Caramaschi amp Gonccedilalves 2010Nome popular desconhecido

Dendrophidion dendrophis (Schlegel 1837)Nomes populares Boicipoacute Caccediladora Cobra-Cipoacute

Dipsas albifrons (Sauvage 1884)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande Quiriripitaacute

Dipsas alternans (Fischer 1885)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

175

Dipsas bucephala (Shaw 1802)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-Comum Jararaca Jararaquinha- Dormideira

Dipsas catesbyi (Sentzen 1796)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dormideira Dorminhoca Jararaquinha-Dormi-deira Papa-Lesma

Dipsas incerta (Jan 1863)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Dipsas indica Laurenti 1768Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-ca-Preguiccedilosa Jararaquinha-Pingo-de-Ouro Papa-Lesma Pingo-de-Ouro Quiriripitaacute

Dipsas lavillai Scrocchi Porto amp Rey 1993Nome popular Dormideira

Dipsas mikanii (Schlegel 1837)Nomes populares Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dormideira-de-Jardim Dorminho-ca Jaracuccedilu-Dormideira Jararaca-Preguiccedilosa Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas neuwiedi (Ihering 1911)Nomes populares Dormideira Dormideira-Anelada Dormideira-Cinzenta Dormideira-do-Mato Dormideira-Oriental Falsa-Jararaca Jaracuccedilu Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas pavonina Schlegel 1837Nomes populares Cobra-Cipoacute Dorminhoca Papa-Lesma

Dipsas sazimai Fernandes Marques amp Argocirclo 2010Nomes populares Come-Lesma Dormideira

Dipsas turgida (Cope 1868)Nomes populares Cobra-Lesma Dormideira Dormideira-Ocidental Dormideira-Rajada Dormideira-Tigrada Papa-Lesma

Dipsas variegata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-quinha-Dormideira

Dipsas ventrimaculata (Boulenger 1885)Nomes populares Dormideira Dormideira-Comum Dormideira-Grande Dormideira-Marrom Jararaca-de-Jardim Jararaquinha Papa-Lesma Urutuzinho

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

176

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel 1868)Nomes populares Cobra-Cipoacute-das-Aacutervores Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-de-Listras Corre-Cam-po Corredeira Parelheira-Listrada-do-Campo

Drepanoides anomalus (Jan 1863)Nomes populares Coral Cobra-Coral

Drymarchon corais (Boie 1827)Nomes populares Caninana Caninana-Balatildeo Guigraupiagoara Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto

Drymobius rhombifer (Guumlnther 1860)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber brazili (Gomes 1918)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber dichrous (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Corredeira Papa-Rato Rateira

Echinanthera amoena (Jan 1863)Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalomaculata Di-Bernardo 1994Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo 1996Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera cyanopleura (Cope 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-Grande-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera melanostigma (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Cobra-do-Folhiccedilo Jararaquinha-do-Campo Papa-Ratilde

Echinanthera undulata (Wied 1824)Nomes populares Corredeira-do-Mato-Ondulada Papa-Ratilde

Elapomorphus quinquelineatus (Raddi 1820)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Grande Cobra-Cinco-Linhas

Elapomorphus wuchereri Guumlnther 1861Nome popular Coral-Falsa

Epicrates assisi Machado 1945Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia Salamanta Serpente-de-Veado Ser-pente-Furta-Cor Uaccediluboacutei

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

177

Epicrates cenchria (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Cobra-de-Veado Jiboiacute Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Vermelha Salamanta Serpente-Furta-Cor Serpente-de-Veado Suaccedilu Surucucu-de-Fogo Uaccediluboacutei

Epicrates crassus Cope 1862Nomes populares Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Parda Salamanta Salamanta-do-Cerrado Salaman-ta-do-Sudeste Uaccediluboacutei

Epicrates maurus Gray 1849Nome popular Salamanta

Epictia albifrons (Wagler 1824)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-da-Guiana Minhoca

Epictia borapeliotes (Vanzolini 1996)Nomes populares Cobra-Chumbo Cobra-da-Terra Cobra-de-Chumbinho

Epictia clinorostris Arredondo amp Zaher 2010Nomes populares Cobra-Cega

Epictia munoai (Orejas-Miranda 1961)Nomes populares Cobra-Cega-Amarela Cobra-Cega-Minhoca-Comum Cobra-Cega-Sulina

Epictia striatula (Smith amp Laufe 1945)Nome popular desconhecido

Epictia tenella Klauber 1939 - Nome Popular Cobra-Cega-da-Guiana

Epictia vellardi (Laurent 1984)Nome popular Cobra-Cega

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus 1766)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-da-Falsa Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Anelada

Erythrolamprus almadensis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Espada Cobra-Drsquoaacutegua Corre-Campo-Pequena Jararaca-de-Barriga--Vermelha Jararaquinha-Comum Jararaquinha-do-Campo Parelheira

Erythrolamprus atraventer (Dixon amp Thomas 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus breviceps (Cope 1860)Nome popular Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

178

Erythrolamprus carajasensis (Cunha Nascimento amp Avila-Pires 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus cobellus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Selada Jararaca-Rajada Jararaquinha

Erythrolamprus dorsocorallinus (Esqueda Natera La Marca amp Ilija-Fistar 2007)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus frenatus (Werner 1909)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Falsa-Coral Parelheira

Erythrolamprus jaegeri (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Verde Cobra-Verde Corredeira-de-Barriga-Ver-melha Jararaquinha-do-Campo Jararaquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Verde Parelheira

Erythrolamprus macrosomus (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-da-Pastagem Cobra-Rainha-Meridional Cobra-Verde Jabotiboia Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus maryellenae (Dixon 1985)Nomes populares Cobra-Capim Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Parelheira

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-DrsquoAacutegua-Milhete Cobra-de-Banhado Cobra-do-Capim Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Amazocircnica-de-Barriga-Imaculada Cobra-Lisa-Serrana Jararaca (juve-nil) Jararaca-Drsquoaacutegua Parelheira

Erythrolamprus mossoroensis (Hoge amp Lima-Verde 1973)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Jararacuccedilu-Drsquoaacutegua Jararaquinha

Erythrolamprus oligolepis (Boulenger 1905)Nomes populares Cobra-de-Capim Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied 1824)Nomes populares Boipeva Casco-de-Burro Cobra-Corredeira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Caccedilote-Amarela Cobra-de-Capim Cobra-de-Jardim Cobra-de-Lixo Cobra-do-Capim Cobra-do-Lixo Cobra-Lisa Cobra-Verde Cobra-Verde-Argentina Cobra-Verde-do-Capim Co-ral-Falsa Falsa-Coral Jararaquinha Parelheira Peccedila-Nova Rainha

Erythrolamprus pygmaeus (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus reginae (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

179

Erythrolamprus rochai Ascenso Costa amp Prudente 2019Nome popular desconhecido

Erythrolamprus semiaureus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Pampeana Cobra-Preta-de-Banhado

Erythrolamprus taeniogaster (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Espada Jararaquinha Parelhei-ra Surucucu-de-Fogo

Erythrolamprus trebbaui (Roze 1958)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus typhlus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Lisa Cobra-Verde Corredeira-Verde Jararaquinha--Verde Parelheira

Erythrolamprus viridis (Guumlnther 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Cobra-Verde-da-Caatinga

Eunectes deschauenseei Dunn amp Conant 1936Nomes populares Anaconda Sucuri Sucuri-Malhada Anaconda-de-Manchas-Escuras

Eunectes murinus (Linnaeus 1758)Nomes populares Anaconda Aragboia Arigboia Boiaccedilu Boiccedilu Boiguaccedilu Boiuacutena Suaccediluboia Sucuri Sucuri-Comum Sucurijuacute Sucurijuba Sucuri-Preta Sucuriu Sucuriuacuteba Sucuriuacutena Sucuri-Verde Sucurujuba Viboratildeo

Eunectes notaeus Cope 1862Nomes populares Boiguaccedilu Curudiu Curundiu Quetomeniope Sucuri Sucuri-Amarela Sucurijuacute Sucuri-do-Pantanal Sucuriu

Gomesophis brasiliensis (Gomes 1918)Nomes populares Cobra-Bola Cobra-Buraqueira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-do-Lodo

Habrophallos collaris (Hoogmoed 1977)Nome popular desconhecido

Helicops angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana Trairamboia

Helicops apiaka Kawashita-Ribeiro Aacutevila amp Morais 2013Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

180

Helicops boitata Moraes-Da-Silva Amaro Nunes Struumlssmann Teixeira-Jr Andrade-Jr Sudreacute Recoder Rodrigues amp Curcio 2019Nome popular desconhecido

Helicops carinicaudus (Wied 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Preta Cobra-Drsquoaacutegua-do-Litoral

Helicops gomesi Amaral 1922Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops hagmanni Roux 1910Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops infrataeniatus (Jan 1868)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Meridional

Helicops leopardinus (Schlegel 1837)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Helicops modestus Guumlnther 1861Nomes populares Boipeva Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops nentur Costa Santana Leal Koroiva amp Garcia 2016Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Dama-DrsquoAacutegua

Helicops polylepis Guumlnther 1861Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops tapajonicus Frota 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops trivittatus (Gray 1849)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops yacu Rossman amp Dixon 1975Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrodynastes bicinctus (Herrmann 1804)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua Falsa-Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu

Hydrodynastes gigas (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipevaccedilu Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu-Piau Pepeva Sucuri Sucurirana Surucucu-do-Brejo Surucucu-do-Pantanal Surucucurana Surucutinga-do-Pantanal

Hydrodynastes melanogigas Franco Fernandes amp Bentin 2007Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua-Grande-do-Tocantins Jararacuccedilu-Piau Surucucu-do-Pantanal

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

181

Hydrops caesurus Scrocchi Ferreira Giraudo Aacutevila amp Motte 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrops martii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua

Hydrops triangularis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Imantodes cenchoa (Linnaeus 1758)Nomes populares Cipoacute-Olhuda Cobra-Cipoacute Cobra-Fio Dorme-Dorme Dormideira Dorminho-ca Jararaquinha Papa-Lesma

Imantodes lentiferus (Cope 1894)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira Dorminhoca

Lachesis muta (Linnaeus 1766)Nomes populares Bico-de-Jaca Cobra-Topete Cuiama-Pina Daya Pico-de-Jaca Surucucu Surucucu-Bico-de-Jaca Surucucu-Cospe-Fogo Surucucu-de-Fogo Surucucu-Pico-de-Jaca Surucucu-Rabo-de-Mucura Surucucutinga Surucutinga Verrugosa

Leptodeira annulata (Linnaeus 1758)Nomes populares Cacaual Cobra-Cipoacute Cobra-Olho-de-Gato Dormideira Jararaca Jararaca--de-Parede Jararaca-de-Patioba Jararaca-de-Tabuleiro Jararaca-do-Rabo-Fino Jararaquinha Jiboia-Dormideira Olho-de-Gato Rabo-Fino

Leptomicrurus collaris (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Colar Cobra-Coral-de-Costas-Pretas Coral- Verdadeira

Leptomicrurus narduccii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Costas-Pretas-Andina Cobra-Coral-Pintada

Leptomicrurus scutiventris (Cope 1870)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Pequena

Leptophis ahaetulla (Linnaeus 1758)Nomes populares Azulatildeo-Boia Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Jericoaacute Cobra-Paraiacuteso Cobra-Papa-gaio Cobra-Verde Jericoaacute

Lioheterophis iheringi Amaral 1935Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

182

Liotyphlops beui (Amaral 1924)Nomes populares Cobra-Cabelo Cobra-Cega Cobra-Cega-Preta Cobra-de-Chumbinho Fura--Terra

Liotyphlops caissara Centeno Sawaya amp Germano 2010Nome popular desconhecido

Liotyphlops schubarti Vanzolini 1948Nome popular Cobra-Cega-de-Pirassununga

Liotyphlops sousai Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops taylori Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops ternetzii (Boulenger 1896)Nome popular Cobra-Cega

Liotyphlops trefauti Freire Caramaschi amp Argocirclo 2007Nomes populares Cobra-Cega Minhoca

Liotyphlops wilderi (Garman 1883)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Fio

Lygophis anomalus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Jararaca-do-Campo Jararaca-Listrada Jara-raquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Drsquoaacutegua-Comum

Lygophis dilepis Cope 1862Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Cadarccedilo Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Listra-Verme-lha Corre-Campo

Lygophis flavifrenatus Cope 1862Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Corredeira-Listrada Jararaca-Listrada

Lygophis lineatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jararaca-Listrada Jararaquinha

Lygophis meridionalis (Schenkel 1901)Nomes populares Cobra-Corredeira Corredeira-Listrada

Lygophis paucidens Hoge 1953Nome popular Cobra-Corredeira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

183

Mastigodryas boddaerti (Sentzen 1796)Nomes populares Biru Cobra-Cipoacute Corredeira Jararaca-Listrada Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do--Brejo Rateira Surucucu-Lisa

Mastigodryas moratoi Montingelli amp Zaher 2011Nome popular desconhecido

Mastigodryas pleei (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Micrurus albicinctus Amaral 1926Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Preta-e-Branca Cobra-Coral-de-Cinta-Branca Co-ral-Verdadeira

Micrurus altirostris (Cope 1859)Nomes populares Boipinima Cobra-Coral Cobra-Coral-Comum Cobra-Coral-Pampeana Co-bra-Coral-Uruguaia Coral-Verdadeira

Micrurus annellatus Peters 1871Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Anelada Cobra-Coral-de-Aneacuteis Coral-Verdadeira

Micrurus averyi Schmidt 1939Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus boicora Bernarde Turci Abegg amp Franco 2018Nome popular desconhecido

Micrurus brasiliensis Roze 1967Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Leste

Micrurus corallinus (Merrem 1820)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Preta Coral Coral-de-Cintas-Simples Coral-de-Colar-Branco Coralina Coral-Venenosa Coral-Verda-deira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus decoratus (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral-do-Centro-Leste Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Ca-beccedila-Vermelha Cobra-Coral-de-Cintas-Brancas Coral-Verdadeira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus diana Roze 1983Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira

Micrurus diutius Burguer 1955Nome Popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

184

Micrurus filiformis (Guumlnther 1859)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Comprida Cobra-Coral-Fina Cobra-Coral-Verme-lha Coral-Verdadeira

Micrurus frontalis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipinima Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral-de-Cara-Preta Cobra-Coral-do--Sul Coral Coral-Verdadeira

Micrurus hemprichii (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura Coral-Verdadeira

Micrurus ibiboboca (Merrem 1820)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-de-Coral Coral Coral-Verdadeira Ibiboboca

Micrurus isozonus (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-da-Venezuela

Micrurus langsdorffi Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Amarela Cobra-Coral-Amarela-e-Vermelha Co-bra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus lemniscatus (Linnaeus 1758) ndash Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coraacute Co-bra-Coral Cobra-Coral-de-Bigode Cobra-Coral-da-Guiana Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral--VerdadeiraMicrurus mipartitus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Cauda-Vermelha

Micrurus nattereri Schmidt 1952Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus obscurus (Jan 1872)Nomes populares Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Pescoccedilo-Amarelo Coral Coral--Verdadeira

Micrurus ortoni Schmidt 1953Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura-de-Orton Coral-Verdadeira

Micrurus pacaraimae Carvalho 2002Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Vermelha

Micrurus paraensis Cunha amp Nascimento 1973Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Paraense Cobra-Coral--do-Paraacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

185

Micrurus potyguara Pires Silva Feitosa Prudente Pereira-Filho amp Zaher 2014Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus psyches (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-do-Paraacute Coral-Verdadeira

Micrurus putumayensis Lancini 1962Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Amarela

Micrurus pyrrhocryptus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Mato-Grosso-do-Sul

Micrurus remotus Roze 1987Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Remota Cobra-Coral-Ornata

Micrurus silviae Di-Bernardo Borges-Martins amp Silva 2007 ndash Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Rio-Grande-do-Sul

Micrurus spixii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Chumbeguaccedila Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral--de-Pescoccedilo-Amarelo Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus surinamensis (Cuvier 1817)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-Aquaacutetica Cobra-Coral-Drsquoaacutegua Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tikuna Feitosa Silva Jr Pires Zaher amp Prudente 2015Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tricolor Hoge 1956Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Trecircs-Cores

Mussurana bicolor (Peracca 1904)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Muccedilurana Muccedilurana-Bicolor

Mussurana montana (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Muccedilurana-das-Montanhas

Mussurana quimi (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Ninia hudsoni Parker 1940Nomes populares Cobra-Preta-de-Cabeccedila-Branca Cobra-do-Cafeacute

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cipoacute Cipoacute-Bicuda Cobra-Bicuda Cobra-Cipoacute Cobra-Ci-poacute-Bicuda Cobra-Flecha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

186

Oxybelis fulgidus (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cobra-Bicuda Cobra-Papagaio Cobra-Cipoacute Cobra-Flecha Cobra-Papagaio Cobra-Verde Paranaboia

Oxyrhopus clathratus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Bandeada Falsa-Coral-do-Mato Falsa-Coral-Laranja Falsa-Coral-Serrana

Oxyrhopus formosus (Wied 1820)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus guibei Hoge amp Romano 1978Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus melanogenys (Tschudi 1845)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus petolarius (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Preta Limpa-Campo

Oxyrhopus rhombifer Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Comum

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Boi-Coraacute Boicoraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral-de-Barriga-Branca Falsa-Coral-Tricolor

Oxyrhopus vanidicus Lynch 2009Nome popular desconhecido

Palusophis bifossatus (Raddi 1820)Nomes populares Biru Cobra-Bagual Cobra-Nova Jaracuccedilu Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu--Natildeo-Venenoso Jaracuccedilu-Rabo-de-Fuso Jararaca-do-Banhado Jararaca-do-Brejo Jararacatildeo--do-Papo-Amarelo Jararaca-Preta Jararaca-Rabo-de-Veludo Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do-Ba-nhado Jararacuccedilu-do-Brejo Jararacuccedilu-Malhada-de-Pau Malha-de-Traiacutera Rabo-de-Veludo Terra-Nova

Paraphimophis rusticus (Cope 1878)Nomes populares Bicuda Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Pampa Muccedilurana-Marrom Muccedilurana-Pampeana Muccedilurana-Parda

Phalotris concolor Ferrarezzi 1994Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

187

Phalotris labiomaculatus Lema 2002Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lativittatus Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lemniscatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-da-Areia Cabeccedila-Preta-da-Praia Cabeccedila-Preta--Meridional Cabeccedila-Preta-Pampeana

Phalotris matogrossensis Lema DrsquoAgostini amp Cappellari 2005Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-Tricolor

Phalotris mertensi (Hoge 1955)Nomes populares Cobra-Coraacute Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris multipunctatus Puorto amp Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-da-Barriga-Pintada

Phalotris nasutus (Gomes 1915)Nomes populares Fura-Terra Fura-Terra-Nariguda

Phalotris reticulatus (Peters 1860)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Serrana Coralina

Phalotris tricolor (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Philodryas aestiva (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiobi Boiubi Boiubu Cobra-Cipoacute-Carenada Cobra-de-Cipoacute-Verde Cobra--Verde Cobra-Verde-Drsquoaacutervore

Philodryas agassizii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Marrom Cobrinha-Marrom Falsa-Parelheira Papa-Aranha Parelhei-ra-dos-Formigueiros Parelheira-Mirim

Philodryas argentea (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Cobra-Cipoacute Tucanaboia

Philodryas arnaldoi (Amaral 1933)Nomes populares Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira-Clara Parelheira-do-Mato

Philodryas georgeboulengeri Grazziotin Zaher Murphy Scrocchi Benavides Zhang amp Bonatto 2012Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

188

Philodryas laticeps Werner 1900Nome popular Cobra-Verde

Philodryas livida (Amaral 1923)Nomes populares Corre-Campo Parelheira-do-Campo

Philodryas mattogrossensis Koslowsky 1898Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-do-Papo-Amarelo

Philodryas nattereri Steindachner 1870Nomes populares Cobra-Cipoacute Corre-Campo Surradeira Tabuleira

Philodryas olfersii (Liechtenstein 1823)Nomes populares Boiubu Bojobi Caninana Cipoacute-Verde Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Comum Co-bra-Cipoacute-Listrada Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Corredeira Cobra-Facatildeo Cobra-Papagaio Cobra--Verde Cobra-Verde-Lisa Corre-Campo Papagaia Papa-Pinto

Philodryas patagoniensis (Girard 1858)Nomes populares Boitiaporana Boitiporana Cobra-Cipoacute Cobra-dos-Bosques Cobra-Espada Cobra-Parelheira Corre-Campo Corredeira Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira Parelheira-Co-mum Tiaporana

Philodryas psammophidea Guumlnther 1872Nomes populares Corre-Campo

Philodryas viridissima (Linnaeus 1758)Nomes populares Boiobi Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Papagaio Cobra-Ver-de Papagaia Tucanaboia

Phimophis guerini (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Bicuda Bicuda-de-Chatildeo Cobra-Cinza Cobra-de-Nariz Cobra-Nariguda Na-riguda

Phimophis guianensis (Troschel 1848)Nome popular Bicuda

Phrynonax polylepis (Peters 1867)Nomes populares Caninana Cobra-Cipoacute Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Verme-lho Papa-Rato Rateira Surucucu-Facatildeo

Pseudoboa coronata Schneider 1801Nomes populares Cobra-Coral Coral-Macho Falsa-Coral

Pseudoboa haasi (Boettger 1905)Nomes populares Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

189

Pseudoboa martinsi Zaher Oliveira amp Franco 2008Nome popular desconhecido

Pseudoboa neuwiedii (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Ratonel Ratonera

Pseudoboa nigra (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Limpa--Mato Limpa-Pasto Mamadeira Moccedilurana Muccedilurana Mussurana Mussurana-Limpa-Campo

Pseudoboa serrana Morato Moura-Leite Prudente amp Beacuternils 1995Nome popular Coral-Falsa

Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Sucuri

Psomophis genimaculatus (Boettger 1885)Nomes populares Cobra-Cabelo Jararaca-Lanccedilada

Psomophis joberti (Sauvage 1884)Nome popular Cobra-Corredeira

Psomophis obtusus (Cope 1758)Nome popular Corredeira-do-Banhado

Ptychophis flavovirgatus Gomes 1915Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Serrana Cobra-Espada-de-Aacutegua

Rhachidelus brazili Boulenger 1908Nomes populares Cobra-Preta Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli 1785)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Rodriguesophis chui (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-das-Dunas

Rodriguesophis iglesiasi (Gomes 1915)Nomes populares Cobra-Corredeira Falsa-Coral

Rodriguesophis scriptorcibatus (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-do-Satildeo-Francisco

Siagonodon acutirostris Pinto amp Curcio 2011Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

190

Siagonodon cupinensis (Bailey amp Carvalho 1946)Nome popular Cobra-Cega

Siagonodon septemstriatus (Schneider 1801)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra

Sibon nebulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caracoleira Cobra-Cipoacute Cobra-Nebulosa Come-Lesma Dormideira Dormi-nhoca Papa-Lesma

Simophis rhinostoma (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Falsa-Coral-Bicuda

Siphlophis cervinus (Laurenti 1768)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca

Siphlophis compressus (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Coral-Falsa

Siphlophis leucocephalus (Guumlnther 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira

Siphlophis longicaudatus (Andersson 1901)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Dormideira Dormideira-Cipoacute Dormideira--Cipoacute-Cinzenta

Siphlophis pulcher (Raddi 1820)Nomes populares Cobra-Cipoacute-Listrada Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira-Cipoacute-de-Lis-tra-Vermelha

Siphlophis worontzowi (Prado 1940)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Sordellina punctata (Peters 1880)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Preta Cobrinha-Preta-do-Litoral

Spilotes pullatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Cainana Cainana-Flor-de-Algodatildeo Cainana-Teiuacute Caninana Cobra--Tigre Cobra-Voadora Jacaninatilde Malha-de-Teiuacute Papa-Ovo Papa-Pinto Yacaninatilde

Spilotes sulphureus (Wagler 1824)Nomes populares Caccediladora Caninana Caninana-Amarela Caninana-Dourada Caninana-Ver-melha Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Amarelo Papa-Pinto-de-Papo--Vermelho Papa-Pinto-Vermelha Papa-Rato Rateira Surucucu-de-Fogo Surucucu-Dourado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

191

Taeniophallus affinis (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Cabeccedila-Preta Cobra-de-Cabeccedila-Preta Cobra-da-Terra Cobra-do-Ven-tre-Dourado Cobrinha-Cipoacute Corre-Campo Corredeira-do-Mato-Comum Papa-Ratilde

Taeniophallus bilineatus (Fischer 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-de-Mato-Pequena Corredeira-do-Mato-de-Duas--Listras Papa-Ratilde

Taeniophallus brevirostris (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-de-Capim Corre-Campo Jararaquinha

Taeniophallus nicagus (Cope 1863)Nome popular desconhecido

Taeniophallus occipitalis (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-Capim Cobra-do-Capim Cobra-do-Folhiccedilo Cobra--Rainha Corre-Campo Corredeira-do-Campo Corredeira-Pintada Corredeirinha Jararaquinha

Taeniophallus persimilis (Cope 1869)Nome popular desconhecido

Taeniophallus poecilopogon (Cope 1863)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Vermelha Corredeira-do-Mato-de-Barriga-Vermelha

Taeniophallus quadriocellatus Santos-Jr Di-Bernardo amp Lema 2008Nome popular desconhecido

Tantilla boipiranga Sawaya amp Sazima 2003Nome popular desconhecido

Tantilla melanocephala (Linnaeus 1758)Nomes populares Cinco-Minutos Cobra-da-Terra Cobra-do-Folhiccedilo Cobra-Rainha Coral-Fal-sa Falsa-Cabeccedila-Preta Falsa-Coral Onze-Horas Tantila

Thamnodynastes almae Franco amp Ferreira 2003Nome popular Jararaca Jararaca-Falsa Jararaquinha

Thamnodynastes cfnattereri (Mikan 1828)Nomes populares Corre-Campo Corredeira Jararaca-Falsa Jararaquinha Tabuleiro

Thamnodynastes chaquensis Bergna amp Alvarez 1993Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes hypoconia (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Corre-Campo-Carenada Corredeira-Carenada Corredeira-Comum Corredeira-do-Campo Jararaca-Falsa Jararaquinha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

192

Thamnodynastes lanei Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes longicaudus Franco Ferreira Marques amp Sazima 2003Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes pallidus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Corre-Campo Cobra-do-Mato Corre-Campo Corredeira Jararaca--Falsa Jararaquinha Ubicoraacute

Thamnodynastes phoenix Franco Trevine Montingelli amp Zaher 2017Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes ramonriveroi Manzanilla amp Saacutenchez 2005 - Nome Popular desconhecido

Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Amarela Jararaca-Falsa

Thamnodynastes sertanejo Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cipoacute-do-Papo-Amarelo Jararaquinha

Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo Corre-Campo-Lisa Corredeira Corredeira-Co-mum Corredeira-Grande Corredeira-Lisa Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Tomodon dorsatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boipemi Cobra-Cinzento-Castanha Cobra-Espada Cobra-Espada-Comum Cobra-Espada-Grande Cobra-Espada-Verdadeira Corre-Campo Jararaca-da-Chuva Jararaca--Falsa

Tomodon ocellatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Espada-Pampeana Cobra-Espada-Pintada Falsa-Cruzeira Jararaqui-nha-Pintada

Trilepida brasiliensis (Laurent 1949)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida dimidiata (Jan 1861)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida fuliginosa (Passos Caramaschi amp Pinto 2006)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida jani (Pinto amp Fernandes 2012)Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

193

Trilepida koppesi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida macrolepis (Peters 1857)Nomes populares Cobra-Cega Minhocatildeo

Trilepida salgueiroi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra

Tropidodryas serra (Schlegel 1837)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Cobra-Cipoacute Jararaquinha (juvenil) Jiboinha-Rosada

Tropidodryas striaticeps (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Caccediladora Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Malhada Jararaca--Caccediladora Jararaca-das-Aacutervores Jararaquinha Jiboinha Jiboinha-Comum Jiboinha-da-Barri-ga-Preta

Tropidophis grapiuna Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular Jiboinha-Grapiuacutena

Tropidophis paucisquamis (Muumlller in Schenkel 1901)Nome popular Jiboia-Anatilde Jiboinha

Tropidophis preciosus Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular desconhecido

Typhlophis squamosus (Schlegel 1839)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra Minhoca

Xenodon dorbignyi (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Nariguda Jararaca-das-Dunas Jararaca-da-Praia Jararaca-de-Barri-ga-Vermelha Jararaquinha-da-Praia Nariguda-Comum Nariguda-Grande Nariguda-Preta

Xenodon guentheri Boulenger 1894Nomes populares Boipeva Chata Cobra-Chata Jararaca-Falsa

Xenodon histricus (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Falsa-Coral Nariguda-Rajada

Xenodon matogrossensis (Scrocchi amp Cruz 1993)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-do-Papo-Amarelo Coral

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

194

Xenodon merremii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Achatadeira Boca-de-Caccedilapa Boca-de-Capanga Boipeba Boipeva Boipe-va-Comum Boipeva-do-Campo Boipeva-Grande Cabeccedila-de-Patrona Capitatildeo-do-Campo Ca-pitatildeo-do-Mato Cobra-Chata Corre-Campo Cotiara Cururuboia Esparradeira Falsa-Jararaca Focinho-de-Cachorro Goipeba Goipeva Jararaca-Malha-de-Cascavel Jaracambeva Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Capitatildeo Jaracuccedilu-de-Tapiti Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Dourado Jaracuccedilu-Natildeo--Venenoso Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararaca-Amarela Jararacambeva Jararacuccedilu-Bolacha Jararacuccedilu-Tapiti Jericaacute Jeriquaacute Jurucoaacute Malha-de-Sapo Mata-Boi Pepeua Pepeva Suru-cucu-Cascuda Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Falsa Urutu-Preto Urutu-Taacutebua Urutu-Tapete

Xenodon nattereri (Steindachner 1867)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cobra-Nariguda Cobra-Nariguda-do-Campo Falsa-Ja-raraca Nariguda

Xenodon neuwiedii Guumlnther 1863Nomes populares Boipeba Boipeva Boipeva-da-Mata Boipeva-Rajada Boipevinha Caiccedilaca Caissaca Capitatildeo-do-Campo Cobra-Correia Corre-Campo Falsa-Cotiara Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Natildeo-Venenoso Jararaca Jararaca-Falsa Quiriripitaacute Urutu Urutu-Amarelo Urutu--Preto

Xenodon pulcher (Jan 1863)Nomes populares Achatadeira Boipeva

Xenodon rabdocephalus (Wied 1824)Nomes populares Achatadeira Boipeva Jaracuccedilu Jararaca Papa-Sapo Pepeacuteua Surucucu-Jiboia

Xenodon severus (Linnaeus 1758)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cururuboia Falsa-Jararaca Jaccedilanarana Jararaca Pepeacuteua

Xenodon werneri (Eiselt 1963)Nome popular desconhecido

Xenopholis scalaris (Wucherer 1861)Nomes populares Falsa-Coral Jararaquinha-do-Igapoacute

Xenopholis undulatus (Jensen 1900)Nomes populares Cobrinha-do-Folhedo Falsa-Coral

Xenopholis werdingorum Jansen Aacutelvarez amp Koumlhler 2009Nomes populares Cobra-Barriga-de-Fogo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

195

Anexo 2

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Affonso IP Oda FH Gambale PG Batista VG Gomes LC Bastos RP 2015 Publicaccedilotildees cientiacuteficas em Her-petologia na regiatildeo Sul do Brasil Bole-tim do Museu de Biologia Mello Leitatildeo 37409ndash425

Almeida AP Thomeacute JCA Baptis-totte C Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) no Brasil Biodiversidade Brasileira 137ndash44

Aacutelvarez BB Cei JM Scolaro JA 1994 A new subspecies of Tropidurus spinulosus (Cope 1862) from the sub-tropical wet mesic Paraguayan region (Reptilia Squamata Tropiduridae) Tropical Zoology 7161ndash179

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto WMS hellip Pezzuti JCB 2012 A review on human attitudes towards reptiles in Brazil Environmental Mo-nitoring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Alves RRN Leacuteo-Neto NA Santa-na GG Vieira WLS Almeida WO 2009 Reptiles used for medicinal and magic religious purposes in Bra-zil Applied Herpetology 6257ndash274 doi101163157075409X432913

Alves RRN Vieira WLS Santana GG 2008 Reptiles used in traditional folk medicine conservation implica-tions Biodiversity and Conservation 172037ndash2049 doi101007s10531-007-9305-0

Amaral A 1932 Estudos sobre lacerti-lios neotropicos I Novos gecircneros e es-peacutecies de Lagartos do Brasil Memoacuterias do Instituto Butantan 753ndash74

Amaral A 1937 Estudo sobre lacerti-lios neotropicos 4 Lista remissiva dos lacertilios do Brasil Memoacuterias do Ins-tituto Butantan 11167ndash212

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Bra-sil Iconografia colorida Melho-ramentosEDUSP Satildeo Paulo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

196

Andrade MJM de Carvalho GAB Kolodiuk MF Silva NJ Jr Frei-re EMX 2016 Phyllopezus periosus (Paraiba Gecko) Tree Sap Foraging Herpetological Review 47672ndash673

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Arteaga A Salazar-Valenzuela D Me-bert K Pentildeafiel N Aguiar G Saacutenche-z-Nivicela JC Torres-Carvajal O 2018 Systematics of South American snail-eating snakes (Serpentes Dipsa-dini) with the description of five new species from Ecuador and Peru ZooKe-ys 76679ndash147 doi103897zooke-ys76624523

Ascenso AC Costa JCL Pruden-te ALC 2019 Taxonomic revision of the Erythrolamprus reginae species group with description of a new spe-cies from Guiana Shield (Serpentes Xenodontinae) Zootaxa 458665ndash97 doi1011646zootaxa458613

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Herpetofauna da Zona da Mata de Minas Gerais UFV Viccedilosa

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Serpentes de Viccedilosa e Regiatildeo FAPEMIG Viccedilosa

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Brazi-lian Amazonia (Reptilia Squamata) Zo-ologische Verhandelingen 2991ndash706

Avila-Pires TCS Alves-Silva KR Barbosa L Correa FS Cosenza JF Costa-Rodrigues APV Sturaro MJ 2018 Changes in amphibian and reptile diversity over time in Parque Estadual do Utinga Paraacute State Brazil a protected area surrounded by urbani-zation Herpetology Notes 11499ndash512

Balestra RAM 2016 Manejo conser-vacionista e monitoramento populacio-nal de quelocircnios amazocircnicos Ibama--Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis Brasiacutelia

Baptista GCS Costa-Neto EM Val-verde MCC 2008 Diaacutelogo entre con-cepccedilotildees preacutevias dos estudantes e co-nhecimento cientiacutefico escolar relaccedilotildees sobre os Amphisbaenias Revista Ibe-roamericana de Educacioacuten 471ndash16

Barbo FE Gasparini JL Almeida AP Zaher H Grazziotin FG Gusmatildeo RB Sawaya RJ 2016 Another new and threatened species of lancehe-ad genus Bothrops (Serpentes Viperi-dae) from Ilha dos Franceses Southe-astern Brazil Zootaxa 4097511ndash529 doi1011646zootaxa409744

Barbosa RA Nishida AK Costa ES Cazeacute ALR 2007 Abordagem et-noherpetoloacutegica de Satildeo Joseacute da Mata ndash Paraiacuteba ndash Brasil Revista de Biolo-gia e Ciecircncias da Terra 7117ndash123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

197

Bartlett RD Bartlett P 2003 Repti-les and amphibians of the Amazon An ecotouristrsquos guide University Press of Florida Gainesville

Beniacutecio RA Fonseca MG 2014 Guia ilustrado de anfiacutebios e reacutepteis de Picos Piauiacute EDUFPI Teresina

Berlin B 2014 Ethnobiological classi-fication Principles of categorization of plants and animals in traditional so-cieties (Vol 185) Princeton University Press New Jersey

Bernarde PS 2011 Mudanccedilas na clas-sificaccedilatildeo de serpentes peccedilonhentas brasileiras e suas implicaccedilotildees na litera-tura meacutedica Gazeta Meacutedica da Bahia 155ndash63

Bernarde PS 2014 Serpentes peccedilo-nhentas e acidentes ofiacutedicos no Brasil Anolisbooks Satildeo Paulo

Bernarde PS 2019 Corais (Falsas Verdadeiras) do Brasil Herpetofauna Acessiacutevel em httpwwwherpeto-faunacombrCoraishtm Acesso 26 de fevereiro de 2019

Bernarde PS Turci LCB Abegg AD Franco FL 2018 A remarkable new species of coralsnake of the Mi-crurus hemprichii species group from the Brazilian Amazon Salamandra 54249ndash258

Bernarde PS Albuquerque S Bar-ros TO Turci LCB 2012 Serpentes do estado de Rondocircnia Brasil Biota Neotropica 12154ndash182 doi101590S1676-06032012000300018

Begossi A Avila-Pires FD 2005 WSSD 2002 Latin America and Bra-zil Biodiversity and Indigenous Peo-ple Pp 223ndash239 in Hens L Nath B (Eds) The World Summit on Sustai-nable Development Springer Dordre-cht doi1010071-4020-3653-1_10

Borges RC 2001 Serpentes peccedilonhen-tas brasileiras manual de identifica-ccedilatildeo prevenccedilatildeo e procedimentos em ca-sos de acidentes Editoria Atheneu Satildeo Paulo

Borges-Leite MJ Borges-Nojosa DM Lima DC 2012 Guia de Anfiacutebios e Reacutepteis em Satildeo Gonccedilalo do Amaran-te Dedo de Moccedilas Editora e Comunica-ccedilatildeo Ltda Fortaleza

Borges-Martins M Alves MLM Araujo ML Oliveira RB Aneacutes AC 2007 Reacutepteis Pp 292ndash315 in Becker FG Ramos RA Moura LA (Eds) Biodiversidade Regiotildees da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes Planiacutecie Costeira do Rio Grande do Sul Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Cascon P 2006 Herpetofauna da Aacuterea Reserva da Ser-ra das Almas Cearaacute Pp 245ndash260 in Arauacutejo FS Rodal MJN Barbosa

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

198

MRV (Orgs) Anaacutelise das Variaccedilotildees da Biodiversidade do Bioma Caatinga Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Caramaschi U 2003 Composiccedilatildeo e anaacutelise compa-rativa da diversidade e das afinidades biogeograacuteficas dos lagartos e anfisbe-niacutedeos (Squamata) dos brejos nordes-tinos Pp 489ndash540 in Leal I Silva J M C Tabarelli M (Orgs) Ecologia e conservaccedilatildeo da Caatinga Universidade Federal de Pernambuco Recife

Borges-Nojosa DM 2007 Diversidade de Anfiacutebios e Reacutepteis da Serra de Ba-turiteacute Cearaacute Pp 225ndash247 in Oliveira TS Arauacutejo FS (Orgs) Diversidade e Conservaccedilatildeo da Biota na Serra de Batu-riteacute Cearaacute Ediccedilotildees UFC Fortaleza

Borges-Nojosa DM Prado FMV Borges-Leite MJ Filho NMG Baca-lini P 2010 Avaliaccedilatildeo do impacto do manejo florestal sustentaacutevel na herpe-tofauna de duas aacutereas de Caatinga nos municiacutepios de Caucaia e Pacajus no es-tado do Cearaacute Pp 315ndash330 in Gariglio MA Sampaio EVS Cestaro LA Ka-geyama PY (Orgs) Uso sustentaacutevel e Conservaccedilatildeo dos recursos florestais da Caatinga Serviccedilo Florestal Brasileiro Brasiacutelia

Bour R Zaher H 2005 A new species of Mesoclemmys from the open for-mations of northeastern Brazil (Che-lonii Chelidae) Papeacuteis Avulsos de Zoologia 45295ndash311 doi101590

S0031-10492005002400001

Brandatildeo S Santana FT Mariani DB Brum A Koproski L 2017 Reabilita-tion of a hawksbill turtle (Eretmochelys imbricata Linnaeus 1766) Anais do XX Congresso e o XXVI Encontro da Associaccedilatildeo Brasileira de Veterinaacuterios de Animais Selvagens 101ndash103

Brazil V 1911 A Defesa contra o Ophi-dismo Pocai Weiss Satildeo Paulo

Breitman MF Domingos FMCB Bagley JC Wiederhecker HC Fer-rari TB Cavalcante VHGL Colli GR 2018 A new species of Enyalius (Squamata Leiosauridae) endemic to the Brazilian Cerrado Herpetolo-gica 74355ndash369 doi1016550018-0831355

Caixeta BT Monteiro EM Rocha PVP Santos ALQ 2015 Concentra-ccedilotildees bioquiacutemicas seacutericas de Jacareacute-accediluacute (Melanosuchus niger) machos adul-tos de vida livre Pesquisa Veterinaacute-ria Brasileira 3551ndash55 doi101590S0100-736X2015001300009

Campbell JA Lamar WW 2004 The Venomous Reptiles of the Western He-misphere Volume II Cornell Universi-ty Press Ithaca

Campos CEC Lima JD Lima JRF 2015 Riqueza e composiccedilatildeo de reacutepteis Squamata (lagartos e anfisbenas) da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental da Fazen-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

199

dinha Amapaacute Brasil Biota Amazocircnia 584ndash90 doi10185612179-5746biotaamazoniav5n2p84-90

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade L M Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-coroa Pale-osuchus trigonatus (Schneider 1801) no Brasil Biodiversidade Brasileira 348ndash53

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade LM Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-paguaacute Pa-leosuchus palpebrosus (Cuvier 1807) no Brasil Biodiversidade Brasileira 340ndash47

Campos Z Zucco CA Batista G 2007 Registro de ocorrecircncia de Jacareacute-Paguaacute (Paleosuchus palpebrosus) na RPPN Engenheiro Eliezer Batista Pantanal Brasil Comunicado Teacutecnico 601ndash4

Cardim F 1925 Tratados da Terra e Gente do Brasil introduccedilatildeo e notas de Baptista Caetano Capistrano de Abreu e Rodolpho Garcia J Leite amp Cia Rio de Janeiro

Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Malaque CMS Haddad V Jr 2009 Animais peccedilonhentos no Brasil biologia cliacutenica e terapecircutica dos aci-dentes Sarvier Satildeo Paulo

Carvalho AL 1951 Os jacareacutes do Brasil Arquivos do Museu Nacional 43127ndash152

Cassimiro J Rodrigues MT 2009 A new species of lizard genus Gymnodac-tylus Spix 1825 (Squamata Gekkota Phyllodactylidae) from Serra do Sinco-raacute northeastern Brazil and the status of G carvalhoi Vanzolini 2005 Zoota-xa 200838ndash52

Castilhos JC Coelho CA Argolo JF Santos EAP Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Lepidochelys olivacea (Eschs-choltz 1829) no Brasil Biodiversidade Brasileira 128ndash36

Castro TM Silva-Soares T 2016 Reacutep-teis da restinga do Parque Estadual Paulo Ceacutesar Vinha Guarapari Espiacuterito Santo Sudeste do Brasil Centro Uni-versitaacuterio Satildeo Camilo Cachoeiro do Itapemirim

Coelho HRP 2005 Guia de Campo de Bonito MS conhecendo a fauna e a flo-ra da Serra da Bodoquena Impressatildeo dos Autores

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016a Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933) no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo da fauna brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

200

ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabrasilei-racarga-estado-de-conservacao8180-repteis-dactyloa-pseudotigrina Acesso 08 de abril de 2019

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016b Avaliaccedilatildeo do Risco de Extin-ccedilatildeo de Amphisbaena alba Linnaeus 1758 no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da fauna bra-sileira ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabra-sileiracarga-estado-de-conservacao8777-repteis-amphisbaena-alba Aces-so 26 de fevereiro de 2019

Costa HC RS Beacuternils 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC RS Beacuternils 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Crump ML 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg The Lore and Mythology of Amphi-bians and Reptiles University of Chi-cago Press London

Cunha ORD Nascimento FPD 1993 Ofiacutedios da Amazocircnia As cobras da regiatildeo leste do Paraacute Boletim do Mu-

seu Paraense Emiacutelio Goeldi seacuterie Zoo-logia 191ndash191

Curcio FC Nunes PMS Argocirclo AJS Skuk G Rodrigues MT 2012 Ta-xonomy of the American Dwarf Boas of the genus Tropidophis Bibron 1840 with the description of two new spe-cies from the Atlantic Forest (Serpen-tes Tropidophidae) Herpetological Monographs 2680ndash121 doi101655HERPMONOGRAPHS-D-10-000081

Fraga R Lima AP Prudente ALC Magnusson WE 2013 Guia de Cobras da Regiatildeo de Manaus ndash Amazocircnia Cen-tral Editora INPA Manaus

Diaacuterio OficialSC 2011 Lista de Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo no Estado de Santa Catarina por Niacuteveis de Ameaccedila (categoria) Anexo II Nordm 19237 de 20122011 2ndash8

Di-Bernardo M Borges-Martins M Oliveira RB 2002 Reacutepteis Pp 165ndash188 in Marques AAB Fontana CS Veacutelez E Bencke WGA Schneider M Reis RE (Eds) Livro Vermelho da fau-na ameaccedilada de extinccedilatildeo no Rio Gran-de do Sul FZBMCTPUCRSPANGEA Porto Alegre

Domingues Acirc 2008 O Brasil nos re-latos de viajantes ingleses do seacuteculo XVIII produccedilatildeo de discursos sobre o Novo Mundo Revista Brasileira de Histoacuteria 55133ndash152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

201

Dutra-Arauacutejo D Marioni B Fraga R Silveira R 2017 Snakes as prey of Cuvierrsquos Dwarf Caiman (Paleosuchus palpebrosus Alligatoridae) with a new observation from central Amazonia Brazil Herpetology Notes 10169ndash170

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga Enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Etheridge R 1968 A review of the igua-nid lizard genera Uracentron and Stro-bilurus Bulletin of the British Museum (Natural History) Zoology 1747ndash64

Feio RN Assis CL Lessa G Ribon R 2019 Fauna da Serra do Brigadeiro Minas Gerais UFV Viccedilosa

Fernandes DS Hamdan B 2014 A new species of Chironius Fitzinger 1826 from the state of Bahia Northe-astern Brazil (Serpentes Colubridae) Zootaxa 3881563ndash575 doi1011646zootaxa388165

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-gesndashNojosa DM Alves RRN 2012 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Franccedila DPF Barbo FE Silva NJ Jr Silva HLR Zaher H 2018 A new species of Apostolepis (Serpen-tes Dipsadidae Elapomorphini) from the Cerrado of Central Brazil Zootaxa 4521438ndash552 doi1011646zoota-xa452143

Franccedila DPF Fermiano EC Macha-do-Filho PR Zaher H 2020 Taxono-mic contributions and first record of the poorly known species Apostolepis tenuis Ruthven 1927 in Brazil (Serpen-tes Dipsadidae) Herpetologia Brasi-leira 844ndash49

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que C MS Haddad Jr V (Orgs) Ani-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

202

mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Freitas MA 2003 Serpentes brasilei-ras Malha-de-Sapo Publicaccedilotildees e Con-sultoria AmbientalProquigelCIABahia Lauro de Freitas

Freitas MA Silva TFS 2007 Guia ilustrado a herpetofauna das caatingas e aacutereas de altitudes do Nordeste brasi-leiro USEB Pelotas

Gasparini JL 2012 Anfiacutebios e Reacutepteis de Vitoacuteria e Grande Vitoacuteria Espiacuterito Santo GSA Vitoacuteria

Gliesch R 1925 As cobras do estado do Rio Grande do Sul Almanak Agricola Brasileiro 192597ndash118

Gonccedilalves U Torquato S Skuk G Sena GA 2012 A new species of Co-leodactylus Parker 1926 (Squamata Sphaerodactylidae) from the Atlan-tic Forest of northeast Brazil Zootaxa 320420ndash30

Grantsau R 1991 As cobras venenosas do Brasil Bandeirante Satildeo Paulo

Grantsau R 2013 As serpentes peccedilo-nhentas do Brasil Vento Verde Satildeo Paulo

Guedes TB Nogueira CC Marques OAV 2014 Diversity natural history and geographic distribution of snakes

in the Caatinga Northeastern Brazil Zootaxa 38631ndash93 doi1011646zoo-taxa386311

Guerra JAO Paes MG Coelho LIAR Barros MLB Feacute NF Barbo-sa MGV Guerra MVF 2007 Estudo de dois anos com animais reservatoacuterios em aacuterea de ocorrecircncia de leishmanio-se tegumentar americana humana em bairro de urbanizaccedilatildeo antiga na cidade de Manaus-AM Brasil Acta Amazo-nica 37133ndash138 doi101590S0044-59672007000100017

Haddad V Jr Puorto G Cardoso JLC Duarte MR 2012 Sucuris bio-logia conservaccedilatildeo realidade e mitos de uma das maiores serpentes do mundo Technical Books Rio de Janeiro

Hoogmoed MS Fernandes R Ku-charzewski C Moura-Leite JC Beacuter-nils RS Entiauspe-Neto OM San-tos FPR 2019 Synonymization of Uromacer ricardinii Peracca 1897 with Dendrophis aurata Schlegel 1837 (Reptilia Squamata Colubridae Dipsadinae) a rare South American Snake with a disjunct Distribution South American Journal of Herpeto-logy 1488ndash102 doi102994SAJH--D-17-000141

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018a Livro Vermelho da Fauna Brasi-leira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol I Ins-tituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

203

da BiodiversidadeMinisteacuterio do Meio Ambiente Brasilia

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018b Livro Vermelho da Fauna Bra-sileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol IV - Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da BiodiversidadeMinis-teacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IDELFLOR-BIO 2019 Lista de Reacutepteis e Anfiacutebios do Parque do Utinga Beleacutem Paraacute Acessiacutevel em httpideflorbiopagovbrutingabiodiversidaderep-teis-e-afibios Acesso 08 de abril de 2019

Kawashita-Ribeiro RA Arruda LAG Carvalho MA Silva AF Silva JP Aacutevila RW Mott T 2011 Leposoma osvaldoi Avila-Pires 1995 (Squamata Gymnophthalmidae) New records and distribution map in the state of Mato Grosso Brazil Check List 7852ndash853

Lagos AR Fontes AF Marques CAR da Silva CSP Cardoso CAC Belote DF Borde LQ 2017 Guia dos Anfiacutebios e Reacutepteis da aacuterea de influ-ecircncia da Usina Hidreleacutetrica de Batalha Furnas Centrais Eleacutetricas Rio de Ja-neiro

de Lema T 1994 Lista comentada dos reacutepteis ocorrentes no Rio Grande do Sul Brasil Comunicaccedilotildees do Museu de Ciecircncias e Tecnologia da PUCRS seacuterie Zoologia 741ndash150

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

de Lema T Renner MF Di-Bernar-do M Abegg AD Malta-Borges L Mario-da-Rosa C 2018 Herpetofauna do Planalto Oriental do Rio Grande do Sul USEB Pelotas

Lopes PFM Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Ta-xonomia e etnotaxononia ecologia e et-noecologia Pp 69ndash94 in Alves RRN Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPEEA Recife

Loacutepez A Prado W 2012 Anfibios y Reptiles de MisionesndashGuiacutea de Campo Mariacutea Luiza Petraglia de Bolzoacuten Edito-ra Buenos Aires

Loveridge A 1941 Bogertia lutzae- A new genus and species of gecko from Bahia Brazil Proceedings of the Bio-logical Society of Washington 54195ndash196

Malta-Borges L Abegg AD Mario--da-Rosa C 2017 Herpetofauna da Universidade Federal de Santa Maria ndash Campus Sede USEB Pelotas

Manzani PR Abe AS 1990 A new species of Tapinurus from the Caatinga of Piauiacute Northeastern Brazil (Squama-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

204

ta Tropiduridae) Herpetologica 46462ndash467

Marra-Santos FJ Reis RE 2018 Two new blind snake species of the genus Liotyphlops (Serpentes Anomalepi-didae) from Central and South Brazil Copeia 106507ndash514 doi101643CH-18-081

Marccedilal AS Gomes IBSR Coragem JT 2011 UHE Santo Antocircnio Guia das espeacutecies de fauna resgatadas Scri-ba Comunicaccedilatildeo Corporativa Satildeo Pau-lo

Marcovaldi MA Lopez GG Soares LS Santos AJB Bellini C Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Eretmochelys imbricata (Lin-naeus 1766) no Brasil Biodiversidade Brasileira 120ndash27

Marioni B Farias I Verdade LM Bassetti L Coutinho ME Mendonccedila SHST Campos Z 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do Jacareacute-accedilu Me-lanosuchus niger (Spix 1825) no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 331ndash39

Marques OAV Nogueira CC Sawaya RJ Beacuternils RS Martins M Molina FB Germano VJ 2009 Reacutepteis Pp 285ndash327 in Bressan PM Kierul-ff MCM Sugieda AM (Orgs) Fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo vertebrados Fundaccedilatildeo Parque Zooloacutegico de Satildeo Paulo Secretaria do

Meio Ambiente Satildeo Paulo

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado Holos Editora Ri-beiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlss-man C Sazima I 2005 Serpentes do Pantanal Holos Editora Ribeiratildeo Pre-to

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of threadsnakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

Martins M Molina FDB 2008 Pa-norama geral dos reacutepteis ameaccedilados do Brasil Pp 327ndash373 in Machado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

205

ABM Drummond GM Paglia AP (Eds) Livro vermelho da fauna bra-sileira ameaccedilada de extinccedilatildeo MMA e Fundaccedilatildeo Biodiversitas Brasiacutelia e Belo Horizonte

Martins MT Oliveira ME 1993 The snakes of the genus Atractus Wagler (Reptilia Squamata Colubridae) from the Manaus region central Amazo-nia Brazil Zoologische Mededelingen 6721ndash40

Martins MT Oliveira ME 1999 Na-tural history of snakes in forest of the Manaus region Central Amazonia Brazil Herpetological Natural History 678ndash150

Massary JC Hoogmoed MS 2001 Crocodilurus amazonicus Spix 1825 The valid name for Crocodilurus la-certinus auctorum (nec Daudin 1802) (Squamata Teiidae) Jour-nal of Herpetology 35353ndash357 doi1023071566133

Massary JC Hoogmoed MS Blanc M 2000 Comments on the type spe-cimen of Dracaena guianensis Dau-din 1801 (Reptilia Sauria Teiidae) and rediscovery of the species in Fren-ch Guiana Zoologische Mededeelingen 74167ndash180

Mattison C 2006 Snakes ndash From the deadliest to the longest on earth Collins New York

Mattison C 2011 Reptiles Pp 370ndash435 in Burnie D (Ed) Animal the de-finitive visual guide to the worldrsquos wil-dlife Dorling Kindersley London

Mausfeld P Vrcibradic D 2002 On the nomenclature of the skink (Mabuya) endemic to the Western Atlantic Archi-pelago of Fernando de Noronha Brazil Journal of Herpetology 36292ndash295 doi1023071566004

Mendes R 2009 Lagartinho da Serra do Mar ndash Ecpleopus gaudichaudii A Fauna da Mata Atlacircntica do Estado do Rio de Janeiro Acessiacutevel em httpriodejaneiroambientalblogspotcom200911ecpleopus-gaudichau-dii-lagartinho-dahtml Acesso 26 de fevereiro de 2019

Mesquita PCMD Passos DC Bor-ges-Nojosa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das ser-pentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113 doi101590S0031-10492013000800001

Montero R Ceacutespedez J 2002 New Two-Pored Amphisbaena (Squama-ta Amphisbaenidae) from Argentina Copeia 2002792ndash797 doi1016430045-8511(2002)002[0792NTPA-SA]20CO2

Montingelli GG Grazziotin FG Bat-tilana J Murphy RW Zhang YP Zaher H 2019 Higher-level phyloge-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

206

netic affinities of the Neotropical ge-nus Mastigodryas Amaral 1934 (Ser-pentes Colubridae) species-group definition and description of a new genus for Mastigodryas bifossatus Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57205ndash239 doi101111jzs12262

Moraes-da-Silva A Amaro RC Nu-nes PMS Struumlssmann C Teixeira MJ Andrade A hellip Curcio FF 2019 Chance luck and a fortunate finding a new species of watersnake of the genus Helicops Wagler 1828 (Serpentes Xe-nodontinae) from the Brazilian Panta-nal wetlands Zootaxa 4651445ndash470 doi1011646zootaxa465133

Morales-Betancourt MA Lasso CA Ossa JL Fajardo-Patintildeo A 2013 Bio-logiacutea y conservacioacuten de los Crocodylia de Colombia Serie Recursos Hidrobio-loacutegicos y Pesqueros Continentales de Colombia VIII Instituto de Investiga-cioacuten de Recursos Bioloacutegicos Alexander von Humboldt Bogotaacute

Morato SAA Calixto PO Mendes LR Gomes R Galatti U Trein FL Ferreira GN 2014 Guia fotograacutefico de identificaccedilatildeo da herpetofauna da Flo-resta Nacional de Saracaacute-Taquera Es-tado do Paraacute STCP Engenharia de Pro-jetos Ltda Curitiba

Morato SAA Ferreira GN Scupino MRC 2018 Herpetofauna da Ama-zocircnia Central Estudos na FLONA de

Saracaacute-Taquera STCP Engenharia de Projetos Ltda Curitiba

Morato SAA Beacuternils RS Moura--Leite JC 2017 Reacutepteis de Curitiba Coletacircnea de registros Hori Cadernos Teacutecnicos Curitiba

Mota-da-Silva A Monteiro WM Bernarde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lancehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 52(e-20180140)1ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pedro VA Fernandes VD Feio RN 2010 People and snakes the relationship be-tween humans and snakes in eastern Minas Gerais southeastern Brazil Bio-ta Neotropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Neiva AO Cury K 2018 Plano de Ma-nejo Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Niquiaacute Volume III Instituto Chico Mendes de Conser-vaccedilatildeo da Biodiversidade Brasiacutelia

Nogueira CC Rodrigues MT 2006 The genus Stenocercus (Squamata Tropiduri-dae) in extra-Amazonian Brazil with the description of two new species South Ame-rican Journal of Herpetology 1149ndash165 doi1029941808-9798(2006)1[149T-GSSTI]20CO2

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

207

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Herpe-tology 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

OrsquoShea M Halliday T 2002 Reptiles and amphibians Dorling Kindersley Ltd London

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagarti-xas conceptions on lizards among High School students in Fortaleza Cearaacute Brazil Ciecircncia amp Educaccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Passos DC Pinheiro LT Galdino CAB Rocha CFD 2014 Tropidurus semitaeniatus (Calango de Lagedo) Tail bifurcation Herpetological Re-view 45138

Passos P Caramaschi U Pinto R 2006 Redescription of Lepto-typhlops koppesi Amaral 1954 and description of a new species of the Leptotyphlops dulcis group from Central Brazil (Serpentes Leptotyphlo-pidae) Amphibia-Reptilia 27347ndash357 doi101163156853806778190006

Pavan D Dixo M 2004 A Herpetofau-na da aacuterea de influecircncia do reservatoacute-rio da Usina Hidreleacutetrica Luiacutes Eduardo

Magalhatildees Palmas TO Humanitas 413ndash30

Pires M Silva NJ Jr Feitosa DT Prudente ALC Filho GA Zaher H 2014 A new species of triadal coral snake of the genus Micrurus Wagler 1824 (Serpentes Elapidae) from nor-theastern Brazil Zootaxa 3811569ndash584 doi1011646zootaxa381148

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Pontes JAL Rocha CFD 2008 Ser-pentes da Serra do Mendanha Rio de Janeiro RJ - ecologia e conservaccedilatildeo Te-chnical Books Editora Rio de Janeiro

Portillo JTM 2012 Composiccedilatildeo etno-ecologia e etnotaxonomia de serpentes no Vale do Paraiacuteba Estado de Satildeo Pau-lo Dissertaccedilatildeo de mestrado Universi-dade Federal de Ouro Preto Brasil

Powell R Crombie RI Boos HEA 1998 Hemidactylus mabouia (More-au de Jonneacutes) Catalogue of American Amphibians and Reptiles 6741ndash11

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Quintela FM Loebmann D 2009 Os reacutepteis da regiatildeo costeira do extremo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

208

sul do Brasil USEB Pelotas

Ribeiro LB Gomides SC Costa HC 2018 A new species of Amphisbaena from Northeastern Brazil (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Herpeto-logy 52234ndash241 doi10167017-028

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A new species of Leposternon (Squamata Amphisbaenidae) from brazilian Cerrado with a key to po-red species Journal of Herpetology 5250ndash58 doi10167016-125

Ribeiro MA Jr Amaral S 2016 Cata-logue of distribution of lizards (Repti-lia Squamata) from the Brazilian Ama-zonia III Anguidae Scincidae Teiidae Zootaxa 4205401ndash430 doi1011646zootaxa420551

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squamata) from the Brazilian Amazonia I Dacty-loidae Hoplocercidae Iguanidae Leio-sauridae Polychrotidae Tropiduridae Zootaxa 39831ndash110 doi1011646zootaxa398311

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squama-ta) from the Brazilian Amazonia II Gekkonidae Phyllodactylidae Sphae-rodactylidae Zootaxa 39811ndash55 doi1011646zootaxa398111

Ribeiro MA Jr Amaral S 2017 Ca-talogue of distribution of lizards (Rep-

tilia Squamata) from the Brazilian Amazonia IV Alopoglossidae Gym-nophthalmidae Zootaxa 4269151ndash196 doi1011646zootaxa426921

Roberto IJ Ribeiro SC Loebmann D 2013 Amphibians of the state of Piauiacute Northeastern Brazil a preli-minary assessment Biota Neotropi-ca 13322ndash330 doi101590S1676-06032013000100031

Rocha CFD Siqueira CC Ariani CV 2009 A conservaccedilatildeo de Liolaemus lu-tzae lagarto endecircmicos das restingas do Estado do Rio de Janeiro ameaccedilado de extinccedilatildeo Instituto Biomas Rio de Janeiro

Rocha CFD Van Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Neacuteo RRSFA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 11ndash16 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van Sluys M (Eds) A fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo do Esta-do do Rio de Janeiro EdUERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT 1987 Sistemaacutetica eco-logia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo torquatus ao sul do Rio Amazo-nas (Sauria Iguanidae) Arquivos de Zoologia 31105ndash230 doi1011606issn2176-7793v31i3p105-230

Rodrigues MT 2000 A new species of Mabuya (Squamata Scincidae) from the semiarid Caatingas of northeas-tern Brazil Papeacuteis Avulsos de Zoologia 41313ndash328

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

209

Rodrigues MT Juncaacute FA 2002 Herpetofauna of the quaternary sand dunes of the middle Rio Satildeo Fran-cisco Bahia Brazil VII Typhlops amoipira sp nov a possible relative of Typhlops yonenagae (Serpentes Typhlopidae) Papeacuteis Avulsos de Zoo-logia 42325ndash333 doi101590S0031-10492002001300001

Romeu R Alves N 2008 Commercia-lization of Uranoscodon superciliosus Linnaeus 1758 (Tropiduridae) for ma-gicalndashreligious purposes in North and Northeastern of Brazil Sitientibus Seacute-rie Ciecircncias Bioloacutegicas 8257ndash258

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Santos AS Soares LS Marcovaldi MA Monteiro DS Giffoni B Al-meida AP 2011 Avaliaccedilatildeo do Estado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Caretta caretta Linnaeus 1758 no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 13ndash11

Santos E 1981 Anfiacutebios e reacutepteis do Brasil vida e costumes Itatiaia Satildeo Paulo

Santos E 1994 Anfiacutebios e Reacutepteis Villa Rica Rio de Janeiro

Santos FM Entiauspe-Neto OM Arauacutejo JS Souza MB de Lema T

Struumlssmann C Albuquerque NR 2018 A new species of burrowing snake (Ser-pentes Dipsadidae Apostolepis) from the state of Mato Grosso Central-West region of Brazil Zoologia 35e26742 doi103897zoologia35e26742

Sawaya RJ Marques OAV Mar-tins M 2008 Composition and natu-ral history of a Cerrado snake assem-blage at Itirapina Satildeo Paulo state southeastern Brazil Biota Neotro-pica 8129ndash151 doi101590S1676-06032008000200015

Sazima I Haddad CFB 1992 Reacutep-teis da Serra do Japi notas sobre histoacute-ria natural Pp 212ndash237 in Morellato LPC (Ed) Histoacuteria natural da Serra do Japi ecologia e preservaccedilatildeo de uma aacuterea florestal no sudeste do Brasil Edi-tora da UnicampFAPESP Campinas

Sazima I Manzani PR 1995 As co-bras que vivem numa reserva florestal urbana Pp78ndash82 in Morellato PC Leitatildeo-Filho HDF (Eds) Ecologia e preservaccedilatildeo de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra Editora da UNICAMP Campinas

Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Sustentabilidade de Per-nambuco 2017 Lista Estadu-al Oficial de Espeacutecies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo - Reacutepteis Por-taria SEMA Nordm 01 de 15 de Maio de 2017

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

210

Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia 2017 Lista Oficial das Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo do Estado da Bahia Portaria SEMA Nordm 37 de 15 de Agosto de 2017

Silva AL 2008 Animais medicinais conhecimento e uso entre as popula-ccedilotildees ribeirinhas do rio Negro Amazo-nas Brasil Boletim do Museu Paraen-se Emiacutelio Goeldi Ciecircncias Humanas 3343ndash357

Silva JL Mota-da-Silva AM Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Ama-zonia Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 53e20190305 doi1015900037-8682-0305-2019

Silva MB Ribeiro MA Jr Avila-Pi-res TCS 2018 A new species of Tu-pinambis Daudin 1802 (Squamata Teiidae) from Central South America Journal of Herpetology 5294ndash110 doi10167016-036

Soerensen B 2000 Acidentes por ani-mais peccedilonhentos reconhecimento cliacutenica e tratamento Atheneu Satildeo Pau-lo

Sturaro MJ Avila-Pires TCS 2011 Taxonomic revision of the geckos of the Gonatodes concinnatus complex (Squamata Sphaerodactylidae) with

description of two new species Zoota-xa 28691ndash36

Teixeira M Jr Dal Vechio F Recoder R Cassimiro J de Sena MA Rodri-gues MT 2019 Two new highland spe-cies of Amphisbaena Linnaeus 1758 (Amphisbaenia Amphisbaenidae) from Bahia State Brazil South Ame-rican Journal of Herpetology 14213ndash232 doi102994SAJH-D-17-000971

Tinoco MS Hampel MS Rossi ML 2019 Restinga Herpetofauna do Lito-ral Norte da Bahia Barro de Chatildeo Sal-vador Bahia

Tomas WM Chiaravalotti RV Ca-milo AR Freitas GO 2015 Kinoster-non scorpioides scorpioides Linnaeus 1766 range extension and first records in the upper Paraguay River basin and Mato Grosso do Sul Brazil Check List 111ndash5 doi10155601131631

Uetz P Freed P Hošek J 2019 The Reptile Database Acessiacutevel em httpwwwreptilendashdatabaseorg Acesso 16 de julho de 2019

Valencia JH Garzoacuten-Tello K Barra-gaacuten-Paladines ME 2016 Serpientes venenosas del Ecuador sistemaacutetica taxonomiacutea historia natural conserva-cioacuten envenenamiento y aspectos an-tropoloacutegicos Fundacioacuten Herpetoloacutegica Gustavo Orceacutes Quito

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

211

Vanzolini PE 2004 Episoacutedios da zoo-logia brasiacutelica Hucitec Satildeo Paulo

Vanzolini PE Ramos-Costa AMM Vitt LJ 1980 Reacutepteis das Caatingas Academia Brasileira de Ciecircncias Rio de Janeiro

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidi HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vieira LG Santos ALQ Lima FC Mendonccedila SHST Menezes LT Sebben A 2016 Osteologia de Me-lanosuchus niger (Crocodylia Alli-gatoridae) e a evidecircncia evoluti-va Pesquisa Veterinaacuteria Brasileira 361025ndash1044 doi101590s0100-736x2016001000018

Vitt LJ Caldwell JP Colli GR Gar-da AA Mesquita DO Franccedila FGR Novaes-e-Silva V 2005 Uma atua-lizaccedilatildeo do guia fotograacutefico de reacutepteis e anfiacutebios da regiatildeo do Jalapatildeo no Cer-rado Brasileiro Special Publications in Herpetology Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 21ndash24

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema INPA Ma-naus

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Rhino-clemmys punctularia (Daudin 1801) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conser-vacao7428-repteis-rhinoclemmys--punctularia-peremahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops geoffroanus (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7418-repteis-phrynops-geoffro-anus-cagado-de-barbichahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7419-repteis-phrynops-hilarii-ca-gado-de-barbelashtml Acesso 07 de abril de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

212

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops tubero-sus (Peters 1870) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7420-repteis--phrynops-tuberosus-cagado-de-bar-bichahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7421-repteis-phrynops-william-si-cagado-rajadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydro-medusa maximiliani (Mikan 1825) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7403-repteis-hydromedusa-ma-ximiliani-cagado-da-serrahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydromedusa

tectifera Cope 1869 no Brasil Acessiacute-vel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7402-rep-teis-hydromedusa-tectifera-cagado--de-pescoco-de-cobrahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2000) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7412-repteis--mesoclemmys-heliostemma-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys ho-gei (Mertens 1967) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

213

estado-de-conservacao7385-repteis--mesoclemmys-hogei-cagado-de-ho-gei-2html Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys nasuta (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7413-repteis-mesoclemmys-na-suta-cagado-da-cabeca-de-sapo-co-mumhtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys perplexa Bour amp Zaher 2005 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7414-repteis-mesoclemmys-per-plexa-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys raniceps (Gray 1855) no Brasil Aces-siacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7415-rep-teis-mesoclemmys-raniceps-lalahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys vanderhaegei (Bour 1973) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7440-repteis-mesoclemmys-van-derhaegei-tartruga-cabeca-de-sapohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Peltocephalus du-merilianus (Schweigger 1812) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7417-repteis-peltocephalus-dumerilia-nus-cabecudohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

214

ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Acantho-chelys radiolata (Mikan 1820) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7439-repteis-acanthochelys-radiola-ta-cagado-amarelohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Ferrara CR Bernhard R Carvalho VT Balensiefer DC Bo-nora L Novelle SMH 2007 Capiacute-tulo 9 Herpetofauna Pp 127ndash143 in Rapp Py-Daniel L Deus CP Henri-ques AL Pimpatildeo DM Ribeiro OM (Orgs) Biodiversidade do Meacutedio Ma-deira Bases cientiacuteficas para propostas de conservaccedilatildeo INPA Manaus

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Brasiacutelia

Waldez F Vogt RC 2011 Las serpientes ponzontildeosas de la Reserva Piagaccedilu-Purus y accidentes ofiacutedicos en La Region Baja de la Cuenca del Rio Puruacutes Amazoniacutea cen-tral Revista Colombiana de Ciencia Ani-mal-RECIA 3327ndash334 doi1024188reciav3n22011403

Wallach V Williams KL Boundy J 2014 Snakes of the world a catalogue of living and extinct species CRC Floacuterida

Wikispecies 2019 Wikispecies Free spe-cies directory Acessiacutevel em httpsspe-cieswikimediaorg Acesso 12 de Maio de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

215

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

ObtuaacuterioAniacutebal Rafael Melgarejo(22111954 ndash 10052019)

Nelson Jorge da Silva Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Ambientais e Sauacutede Escolas de Ciecircncias Meacutedicas Far-macecircuticas e Biomeacutedicas Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Goiaacutes

Conheci o Aniacutebal no Congresso Brasileiro de Zoologia em Juiz de Fora em 1987 e nos transfor-

mamos em grandes amigos comungan-do duas boas qualidades bom humor e facilidade de rir Foram 32 anos de convivecircncia e uma amizade de irmatildeos que transcende a herpetologia e nossas vidas acadecircmicas e profissionais

O Aniacutebal nasceu em 22 de novembro de 1954 como Aniacutebal Rafael Melgare-jo Gimenez em Montevideacuteu Uruguai Filho de Aniacutebal Nestor Melgarejo Mon-sie e Olga Angelica Gimenez Fuentes tendo somente uma irmatilde Maria del Rosario Melgarejo Gimenez (Charo) com duas sobrinhas (Maria Florencia e Maria Eugenia) e duas sobrinhas netas (Fiorella e Abril) Passou toda a sua in-facircncia adolescecircncia e parte de sua vida adulta no Uruguai sempre estudando em escolas puacuteblicas Segundo sua irmatilde Aniacutebal foi sempre um entusiasmado

Homenagem ao Aniacutebal

216

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

por animais de insetos a reacutepteis e ma-miacuteferos Em seu aniversaacuterio de 12 anos usou o dinheiro que ganhou de presen-te para comprar uma cobra natildeo vene-nosa na feira de Tristan Navarra e desse momento nasceu seu grande amor aos reacutepteis Quando terminou seu ensino baacutesico ingressou na Faculdade Medici-na onde frequentou aulas por um ano ateacute que se deu conta que natildeo era esse o caminho que deveria seguir No ano seguinte ingressou na Faculdad de Hu-manidades y Ciencias da Universidad de la Republica para cursar Biologia se graduando em 1979 (Foto 1)

Foto 1 Anibal Melgarejo em tra-balho de campo Cerro de Arequi-ta Departamento de Lavalleja Uruguai

Veio para o Brasil com uma Bolsa de Aperfeiccediloamento em Anatomia Fun-cional do Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) sob a tutela de Paulo Vanzolini (Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo) e nunca mais retornou ao Uruguai Eventualmente foi contrata-do pelo Instituto Vital Brazil (IVB) em 1987 estruturando a Divisatildeo de Ani-mais Peccedilonhentos e posteriormente a Divisatildeo de Zoologia Meacutedica trabalhan-do ateacute que seu estado de sauacutede permi-tiu em 2019 (Foto 2 e 3)

217

Foto 3 Extraccedilatildeo de veneno de Bo-throps insularis Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Tardiamente conseguiu seu tiacutetulo de doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense em 1998 Cum-priu com seu papel na academia com inuacutemeras publicaccedilotildees teacutecnicas e cien-tiacuteficas capiacutetulos de livros participaccedilatildeo em congressos e simpoacutesios orientaccedilatildeo de monografias de conclusatildeo de cursos de graduaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teses e monografias de mestrado e doutorado Do lado humano o Aniacutebal foi um gran-de instrutor incentivador e entusias-mado com a herpetologia e influenciou muitos que hoje tecircm suas vidas cons-truiacutedas em muito do que ele fez ensi-nou e compartilhou de coraccedilatildeo aberto

Foto 2 Primeira Bothrops insu-laris capturada Ilha da Queimada Grande municiacute-pio de Itanhaeacutem SP

218

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Aqui no Brasil constituiu famiacutelia com sua cara-metade Aniesse Aguiar e seus filhos e grandes companheiros Peneacutelope e Rafael Aguiar Melgarejo estendendo-se por conseguinte a No-ruega onde nasceu sua primeira neta Kali Johansen Melgarejo (filha da Pe-neacutelope) exatamente um mecircs apoacutes a sua partida (Fotos 4 a 7) Em aacuteguas turbu-lentas sempre foi essa rocha familiar que norteou nosso grande amigo To-dos noacutes sofremos com nossas proacuteprias idiossincrasias O Aniacutebal natildeo era dife-rente Era melhor Nunca o vi pessimis-ta Sempre acreditando que tudo tinha uma razatildeo e que no fim daria tudo certo Ateu como era acreditava mui-to mais na vida e na humanidade que muitos de noacutes

Foto 4 Aniacutebal e Aniesse lsquograacutevidosrsquo Niteroacutei RJ (1989)

Sua curiosidade era insaciaacutevel Via-jamos muito juntos pelo Brasil nos moldes da entatildeo Secretaria Nacional de Accedilotildees Baacutesicas da Sauacutede (SNABSMS) atraveacutes do Programa Nacional de Ofidismo (PNOSNABSMS) do Mi-nisteacuterio da Sauacutede (1987-1989) para reuniotildees do Grupo de Trabalho sobre Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (GT Distribuiccedilatildeo Geograacutefica) visando a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo teacutecnica para divulgar e desmistificar os animais venenosos Esse programa (PNO) foi o responsaacutevel pela criaccedilatildeo de Nuacutecleos Regionais de Ofiologia que ti-nham como atribuiccedilatildeo estimular estu-dos sobre serpentes descentralizados dos grandes centros produtores de soro antiofiacutedico (SP MG e RJ) Nesse peacuteri-plo de reuniotildees conhecemos e convi-vemos com pesquisadores estudantes meacutedicos enfermeiros ribeirinhos e os famosos praacuteticos de sauacutede em 15 esta-dos do Norte Nordeste e Centro-Oeste brasileiro e na Amazocircnia colombiana Em todos os lugares o Aniacutebal rouba-va a cena Sua atitude despojada ami-ga sincera e afaacutevel conquistava todos Tambeacutem foram incontaacuteveis as vezes que entregou seus preciosos dados de observaccedilatildeo e pesquisa em prol de co-legas e alunos Excelente fotoacutegrafo e ilustrador suas imagens estatildeo presen-

219

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 5 Em famiacutelia Aniacutebal Aniesse Rafael e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 1990)

Foto 6 Em famiacutelia Aniacutebal Rafael Aniesse e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 2000)

tes em inuacutemeros trabalhos e livros no Brasil e no mundo sempre respeitado e elogiado

Nos primoacuterdios da organiza-ccedilatildeo da herpetologia no Brasil o Aniacutebal ajudou a estruturar a Sociedade Brasileira de Her-petologia (SBH) realizando os Encontros Brasileiros de Herpetoacutelogos entre 1989 e 1991 Se hoje a SBH estaacute bem estruturada e funcionando foi por que haacute mais de 30 anos atraacutes o Aniacutebal enfrentou esse desafio

Encantado pelas surucucus da Mata Atlacircntica (Lachesis muta rhombeata) foi o pri-meiro a ter essas criaturas lin-diacutessimas em estado de confor-to e bem-estar reproduzindo saudavelmente em cativeiro

O Aniacutebal capturou sua pri-meira surucucu em 8 de no-vembro de 1989 na mata da Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada em Alagoas (Foto 8) Seguiu-se a primeira postura e nascimentos em cativeiro em 1990 Apoacutes seu excelente ecircxito na criaccedilatildeo e reproduccedilatildeo das Lachesis em cativeiro obteve apoio da FAPERJ em um projeto da construccedilatildeo de um ldquoLachesaacuteriordquo Assim em

Foto 7 Uma das uacuteltimas fotos de Aniacutebal aguardan-do a chegada de sua neta Kali Ni-teroacutei RJ (2019)

220

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

janeiro de 2001 entrou em funciona-mento um sistema de climatizaccedilatildeo cen-tral que permitia manter temperatura e umidade dentro dos paracircmetros ade-quados monitorados em trecircs pontos diferentes da sala por meio de sensores remotos aleacutem de ajustes por termos-tato e umidificador independentes Na sala um recinto de 15m2 foi delimitado com tela para evitar a fuga das serpen-tes e possibilitar a livre circulaccedilatildeo do ar O mesmo reproduzia as condiccedilotildees paisagiacutesticas de uma floresta tropical incluindo um sistema de circulaccedilatildeo de aacutegua em forma de cachoeira entre pe-dras e diversas opccedilotildees de substratos (serapilheira terra troncos e pedras de diversos tamanhos) aleacutem de piso in-clinado para escoamento da aacutegua nas simulaccedilotildees de chuvas (Foto 9) Diver-sas espeacutecies vegetais nativas de arboacute-reas a epiacutefitas criaram uma comunida-de harmoniosa e representativa dessas florestas Estas condiccedilotildees permitiram observar muacuteltiplos aspectos da biologia das surucucus como o comportamento alimentar mudas de pele e horaacuterios de atividade fiacutesica culminando em 2003 com detalhado registro da reproduccedilatildeo incluindo diversas coacutepulas postura de oito ovos em 5 de setembro e nasci-mento de seis filhotes em 14-15 de no-vembro Em 2005 2007 2008 e 2009 tambeacutem foram registrados estes com-portamentos e conseguida a reprodu-ccedilatildeo Este recinto representou assim um instrumento fundamental para as pesquisas bioloacutegicas da surucucu da

Mata Atlacircntica Aleacutem de otimizar sua manutenccedilatildeo e garantir o fornecimento de veneno que permitiu produzir sus-tentavelmente o soro antibotroacutepico-la-queacutetico no Instituto Vital Brazil (Foto 10) Infelizmente mudanccedilas de objeti-vos e direccedilatildeo do IVB fizeram por des-continuar o referido projeto

Em seus uacuteltimos anos de vida o Aniacutebal comeccedilou a escrever suas memoacuterias que infelizmente natildeo foram finalizadas Vale a pena citar um transcrito de suas anotaccedilotildees gentilmente compartilhado por sua esposa Aniesse Aguiar onde fica muito claro a dedicaccedilatildeo desse amigo

Foto 8 Primeira Lachesis capturada Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada municiacutepio de Quebrangulo AL (1989)

221

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

pelo trabalho que tanto amava mas com a presenccedila marcante de sua cara meta-de ldquoEra dia saacutebado 20 de maio de 1989 no final da manhatilde quando eu chegava ao portatildeo de entrada do IVB Estava com meu dedo indicador da matildeo direi-ta bastante edemaciado aleacutem do meu sangue incoagulaacutevel e hematuacuteria maci-ccedila (com cilindros hemaacuteticos) pois vinte e quatro horas antes havia sido picado por um filhote de jararaca (Bothrops ja-raraca) no Nuacutecleo de Ofiologia de Porto Alegre Rio Grande do Sul (NOPA) du-rante o encerramento de uma reuniatildeo do GT de Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (um dos quatro cria-dos para assessorar o Ministeacuterio da Sauacute-de no PNOSNABS) Tinha conseguido ser liberado da internaccedilatildeo para fazer o devido tratamento com a promessa de que me trataria no Rio assim que che-gasse pois minha esposa estava na uacutel-tima semana de gravidez Poreacutem soube jaacute na portaria do IVB que havia uma cai-xa de madeira com uma cobra surucucu que umas pessoas do Nordeste (precisamente Alagoas) haviam deixado horas antes Apesar do desconforto pelo envene-namento natildeo tratado e da desaprovaccedilatildeo do meu saudoso sogro meacutedico minha esposa no final da gestaccedilatildeo e do Dr Paulo A Lopes que agrave distacircn-cia orientara a me dirigir ao Hospital Universitaacuterio Clementino Fraga Filho

Foto 9 Lachesario Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

Foto 10 Extraccedilatildeo de veneno de Lachesis muta Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

222

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

do Fundatildeo onde ele jaacute havia deixado a equipe meacutedica sobre aviso eu rumei para o serpentaacuterio e me deparei com aquela caixa que achava pequena para conter uma surucucu O desejo e a an-siedade digladiavam-se em minha cabe-ccedila contra a desconfianccedila pelo tamanho da caixa No serpentaacuterio a luta foi achar uma ferramenta para retirar pelo menos uma ripa de madeira daquele recipien-te improvisado Finalmente com uma mega-chave-de-fenda consegui e entatildeo gritei de felicidade (ainda bem que as cobras satildeo surdas) ao ver nitidamente aquelas escamas ocre-alaranjadas e os losangos negros ao longo do dorso do corpo a serenidade da rainha das co-bras e a forma apertada de se enrodi-lhar que fez com que coubesse naquele recipiente Devo ter demorado cerca de meia hora para preparar uma moradia ampla limpa e segura com aacutegua fresca farta porque o pessoal que me aguar-dava na portaria natildeo parava de telefo-nar para irmos ao hospital Jaacute no hos-pital o tratamento foi complicado pois como suspeitava jaacute com a primeira gota de soro hiperimune entrando na mi-nha veia a reaccedilatildeo de meu organismo se apresentou fiquei todo vermelho e com muita falta de ar (dispneia) Era visiacutevel a preocupaccedilatildeo da equipe meacutedica multidisciplinar postada ao meu redor quanto agrave possibilidade do desenvolvi-mento de um choque anafilaacutetico e a ne-cessidade de canular minha traqueia O mais interessante dessa situaccedilatildeo eacute que um mecircs antes haviacuteamos dado uma aula

teoacuterica de ofidismo no curso de poacutes-gra-duaccedilatildeo de muitos dos meacutedicos da refe-rida equipe da emergecircncia finalizaacuteva-mos entatildeo nesse momento a aplicaccedilatildeo do conhecimento praacutetico Na semana seguinte a este episoacutedio nascia entatildeo minha filha Peneacutelope minha princesa e iniciava-se tambeacutem de fato o projeto surucucu ldquoLachesis muta a rainha das matasrdquo Foi e eacute o grande parceiro das ldquoSurucucus da Mata Atlacircnticardquo

Dono de um coraccedilatildeo gigante e espiacuterito inquebrantaacutevel o Aniacutebal nunca negou ajuda e apoio aos iniciantes e colegas Ajudou inuacutemeros bioacutelogos e outros pro-fissionais em seus projetos de poacutes-gra-duaccedilatildeo inclusive o meu com dados material e informaccedilotildees preciosas Em todos os cantos do Brasil o Aniacutebal dei-xou grandes amizades e fica muito di-fiacutecil enumeraacute-las sem cometer erros ou injusticcedilas Entretanto o que prevalece eacute o apreccedilo e a lembranccedila de todos que o conheceram (Foto 11 e 12) De norte a sul leste a oeste o Aniacutebal se fez presen-te em inuacutemeros simpoacutesios encontros e congressos levando sua simpatia e con-quistando as pessoas (Fotos 13 a 15) To-dos que o conheceram tecircm com certeza grandes histoacuterias e muitas gargalhadas com essa figura impagaacutevel

Coautor de um capiacutetulo do livro ldquoAs Cobras-Corais do Brasil Biologia Ta-xonomia Venenos e Envenenamentos (2016)rdquo aguardava ansioso a publi-caccedilatildeo de outro livro ldquoAdvances in Co-ralsnake Biology with an Emphasis in

223

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 11 Nelson Jor-ge Aniacutebal Melgarejo Giuseppe Puorto e Pedro Federsoni (em peacute) Marcus Buonona-to (sentado) Museu Bioloacutegico do Instituto Butantatilde (1991)

Foto 13 Amigos presti-giando Aniacutebal durante o Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacirc-nia GO (2019)

Foto 12 Nelson Jorge e Aniacutebal Melgarejo (2016)

224

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

South Americardquo com 60 autores e 22 capiacutetulos editado e distribuiacutedo nos Es-tados Unidos (2020) onde eacute coautor do capiacutetulo ldquoCoralsnakes of Medical In-terest in Brazilrdquo Unanimemente o livro foi dedicado pelos editores ao Aniacutebal

O Aniacutebal tambeacutem aprendeu a conviver e entender a realidade brasileira da co-munidade cientiacutefica que nem sempre sabe reconhecer o trabalho e a dedi-caccedilatildeo de uma alma fantaacutestica como a dele Natildeo importam trabalhos teses e manter um Curriacuteculo Lattes como uma prova de sua inclusatildeo no ciacuterculo de grandes pesquisadores O que realmen-te vale eacute caraacuteter coraccedilatildeo e amor no que fazia E ele fazia muito bem Uma ge-raccedilatildeo inteira que o conheceu realmente

Foto 14 Participantes do Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacircnia GO (2019)

vai ainda lamentar a ausecircncia desse ser uacutenico outra lamentaraacute sem saber bem o porquecirc e ainda outra vai se arrepen-der por ignorar estes fatos e ignorar ele mesmo nestes uacuteltimos anos

Por isso lamentamos profundamente a perda mas devemos lembraacute-lo com alegria e o incriacutevel privileacutegio de tecirc-lo conhecido e convivido com ele Extre-mamente bem-humorado risadas faacute-ceis e a preocupaccedilatildeo constante com o bem-estar do proacuteximo

225

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Apoacutes o veloacuterio e despedida dos que o consideravam com afeto mesmo que de muitos tenham sido agrave distacircncia foi realizada a cremaccedilatildeo e suas cinzas fo-ram divididas em trecircs partes uma par-te foi depositada no jazigo da famiacutelia da Aniesse junto aos seus pais que o tinham com o afeto que se dedica a um filho Outra parte de suas cinzas foram para Noruega para ficar na casa da Pe-neacutelope junto entatildeo de sua filha O filho Rafael pintou a caixa com as cinzas que ficou com a Peneacutelope (Foto 16) Em sua tampa pintou a bandeira do Uruguai e do Brasil E nas laterais colocou uma visatildeo do Rio de Janeiro (cidade amada pelo Aniacutebal) uma visatildeo do museu de arte projetada pelo Niemayer da cida-de de Niteroacutei em que morou nos anos de uniatildeo com a Aniesse uma visatildeo do Parque Pousada onde morou no Uru-

guai com seus pais e da Noruega onde estaacute a sua filha E a terceira parte foi levada para o Uruguai onde foi colo-cada em parte com seus pais e outra parte depositada por seu melhor amigo (Isidoro Maestro) e seu filhos no local onde ele pegou sua primeira serpente

Falar de uma pessoa como o Aniacutebal eacute uma tarefa muito difiacutecil pela ausecircncia mas muito faacutecil pela pessoa que ele eacute presente e natildeo passado Ele passou por noacutes deixando a sua simpatia coraccedilatildeo aberto abraccedilo amigo e sorriso faacutecil mas ficaraacute sempre nos coraccedilotildees e nas men-tes dos privilegiados que o conheceram Entatildeo a homenagem e a lembranccedila do Aniacutebal tecircm que ser presentes sempre Vida longa amigo das surucucus Deus te guarde em um lugar privilegiado Pa-rafraseando nossa brincadeira pessoal mucho gusto meu amigo

Foto 15 Aniacutebal palestrando durante o Simpoacutesio Interna-cional de Cobras-Corais Goi-acircnia GO (2019)

Foto 16 Caixa com as bandeiras do Uruguai e Brasil pintada por seu filho Rafael

226

Para informaccedilotildees sob preparacatildeo e submissatildeo de manuscritos entre em contato com os edito-res de seccedilatildeo

Instruccedilotildees para Autores

227

Hylomantis asperusUESC Ilheacuteus Ba Edvaldo Neto

Page 5: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades

Xxxxxxxx xxxxxxxxxXxxxxxxx Xxxxxxx - XX Diego Cavalheri

Dendropsophus rhodopeplusCruzeiro do Sul - AC Lucas Lima

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees diversas sobre a SBH e eacute de responsabilidade da diretoria da Sociedade

Notiacutecias Herpetoloacutegicas Gerais Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre os eventos cursos concursos fon-tes de financiamento bolsas projetos etc de interesse para nossa comunidade A seccedilatildeo tambeacutem inclui informaccedilotildees sobre grupos de pesquisa instituiccedilotildees progra-mas de poacutes-graduaccedilatildeo etc

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo Esta seccedilatildeo apresenta informaccedilotildees e avisos sobre a conservaccedilatildeo da herpetofauna brasileira ou de fatos de interesse para nossa comunidade

Histoacuteria da Herpetologia Brasileira Esta seccedilatildeo apresenta ensaios entrevistas e curiosidades sobre a histoacuteria da herpeto-logia Brasileira (eg congressos histoacuterias de campo etc hellip) buscando resgatar um pouco a histoacuteria da herpetologia brasileira para os dias atuais

Trabalhos Recentes Esta seccedilatildeo apresenta resumos breves de trabalhos publica-dos recentemente sobre espeacutecies brasileiras ou sobre outros assuntos de interesse para a nossa comunidade preferencialmente em revistas de outras aacutereas

Dissertaccedilotildees amp Teses Esta seccedilatildeo eacute publicada anualmente no uacuteltimo volume do ano (dezembro) e apresen-ta as informaccedilotildees sobre as dissertaccedilotildees e teses em qualquer aspecto da herpetologia brasileira defendidas no ano anterior Qualquer egresso ou orientador pode entrar em contato diretamente com o editor da seccedilatildeo informando os seguintes dados refe-rentes a dissertaccedilatildeo ou tese defendida (1) universidade e departamentoinstituto (2) graduaccedilatildeo (3) data da defesaaprovaccedilatildeo (4) programa de poacutes-graduaccedilatildeo (5) aluno (6) tiacutetulo (7) orientador

Seccedilotildees

Seccedilotildees

Meacutetodos em Herpetologia Esta seccedilatildeo trata dos meacutetodos claacutessicos e de vanguarda referentes a herpe-tologia Satildeo abrangidos revisotildees e descriccedilotildees de novos meacutetodos empiacutericos relacionados aos diversos meacutetodos de coleta e anaacutelise de dados represen-tando a multidisciplinaridade da herpetologia moderna

Ensaios amp Opiniotildees Esta seccedilatildeo apresenta opiniotildees sobre assuntos de interesse geral em herpe- tologia

ResenhasEsta seccedilatildeo apresenta textos que resumem e avaliam o conteuacutedo de livros de interesse para nossa comunidade

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Esta seccedilatildeo apresenta artigos que preferencialmente resultam de observa-ccedilotildees de campo de natureza fortuita realizadas no Brasil ou sobre espeacutecies que ocorrem no paiacutes

Obituaacuterios Esta seccedilatildeo apresenta artigos avisando sobre o falecimento recente de um membro da comunidade herpetoloacutegica brasileira ou internacional conten-do uma descriccedilatildeo de sua contribuiccedilatildeo para a herpetologia

Listas de Espeacutecies Brasileiras Periodicamente a SBH publica a lista oficial de espeacutecies de anfiacutebios e reacutepteis brasileiros

Editores Gerais Deacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Joseacute P Pombal Jr (pombalacdufrjbr)Magno Segalla (msegallagmailcom)

Editor de liacutengua inglesaRoss D MacCullochRoyal Ontario Museum Canada

Notiacutecias da SBH Rafael dos Santos Henrique (rafahenriquebiologiagmailcom)

Notiacutecias Herpetoloacutegicas GeraisCinthia Aguirre Brasileiro (cinthia_brasileiroyahoocombr)Mirco Soleacute (mksoleuescbr)Paulo Seacutergio Bernarde (snakebernardehotmailcom)Rachel Montesinos(kelmontesinosgmailcom)

Notiacutecias de ConservaccedilatildeoCybele Lisboa(cyblisboayahoocombr)Deacutebora Silvano (deborasilvanogmailcom)

Corpo Editorial

Ibere F Machado (iberemachadogmailcom)Luis Fernando Marin (pulchellagmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)

Histoacuteria da Herpetologia BrasileiraDeacutelio Baecircta (deliobaetagmailcom)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

Trabalhos RecentesAdriano Oliveira Maciel (aombiologoyahoocombr)Ariadne Fares Sabbag (ariadnesabbaggmailcom)Daniel S Fernandes (danferufrjgmailcom)Jeacutessica Mudrek (jessicamudrekgmailcom)Laura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)

Corpo Editorial

Dissertaccedilotildees amp TesesGiovanna G Montingelli (mastigodryasgmailcom)

DivulgaccedilatildeoLaura R V de Alencar(alencarlrvgmailcom)Mariana R Pontes(maahretucigmailcom)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

Meacutetodos em HerpetologiaAlexandro Tozetti (alexandrotozettigmailcom)Luis Felipe Toledo (toledolf2yahoocom)

Ensaios amp OpiniotildeesJulio Cesar Moura-Leite (jmouraleitegmailcom)Luciana B Nascimento (lunapucminasbr)Teresa Cristina Aacutevila-Pires (avilapiresmuseu-goeldibr)

ResenhasJoseacute P Pombal Jr - Anfiacutebios (pombalacdufrjbr)Quezia Ramalho(queziaramalhogmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo GeograacuteficaCarla Santana Cassini - Anfiacutebios (carlacassinigmailcom)Henrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Sarah Macircngia(sarahmangiayahoocombr)

ObituaacuteriosEntrar em contato com os editores

Listas de Espeacutecies BrasileirasHenrique Caldeira Costa - Reacutepteis (ccostahgmailcom)Magno Segalla - Anfiacutebios (msegallagmailcom)Paulo Christiano A Garcia - Anfiacutebios(pcagarciagmailcom)Renato Beacuternils - Reacutepteis (renatobernilsgmailcom)

Sumaacuterio

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Notiacutecias da Sociedade Brasileira de Herpetologia

2612

4454

76136

Trabalhos Recentes

Ensaios e Opiniotildees

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica Listas de Anfibios e Reacutepteis

38Histoacuteria da Herpetologia

66Resenhas

Ameerega pulchripectaSerra do Navio - AP Eduardo Campo

12

A Herpetologia Brasileira (HB) revista eletrocircnica de divulgaccedilatildeo da Sociedade Brasileira de Her-

petologia eacute produzida atraveacutes da dedi-caccedilatildeo voluntaacuteria de nossos editores e busca a sintonia com as demandas da nossa comunidade herpetoloacutegica Nes-te contexto a Herpetologia Brasileira esta em constante construccedilatildeo buscan-do uma maior interaccedilatildeo com a nossa comunidade herpetoloacutegica

Desde o iniacutecio do mecircs de junho de 2020 HB estaacute presente nas miacutedias sociais Agora aleacutem dos volumes publicados nos meses de abril agosto e dezembro HB tambeacutem esta no Instagram com o perfil Herpetologia Brasileira - HB e no Twitter

Notiacutecias da SociedadeBrasileira de HerpetologiaNota dos editores

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Nossos perfis satildeo coordenados por nos-sas novas editoras e divulgadoras

Laura Alencar Mariana Pontes Quezia Ramalho e Sarah Macircngia

Sigam a HB e guardem por mais novi-dades nos nossos canais de comunica-ccedilatildeo

13

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Deacutelio Baecircta Joseacute P Pombal Jr e Magno Segalla

Editores Gerais - Herpetologia Brasileira

Mudanccedila no corpo editorial

A SBH e a Herpetologia Brasi-leira agradecem imensamente aos nossos editores que deixam o nosso corpo editorial e daacute boas vindas aos novos editores

A produccedilatildeo das revistas da SBH soacute eacute possiacutevel graccedilas agrave dedicaccedilatildeo dos membros dos corpos editoriais

que dedicam seu tempo agrave editoraccedilatildeo Devido a outras exigecircncias profissionais e pessoais agraves vezes os editores satildeo obri-gados a renunciar aos cargos para poder atender a outras demandas e permitir que outros pesquisadores passem a fa-zer parte dos corpos editoriais

Agradecemos imensamente aos editores

Francisco Luis Franco (Obituaacuterios)

Rodrigo Tinoco (Editor graacutefico e con-tato para publicidade)

Yeda Bataus (Notiacutecias de Conservaccedilatildeo)

Tambeacutem damos boas-vindas aos novos editores que passam a inte-grar a Herpetologia Brasileira

Jessica R Mudrek (Trabalhos Recentes)

Laura R V de Alencar (Trabalhos Recentes)

Mariana R Pontes (Notiacutecias da conservaccedilatildeo)

Quezia Ramalho (Resenhas)

Sarah Macircngia (Notas de Histoacuteria Natural e Distri-buiccedilatildeo Geograacutefica)

14

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Devido agrave pandemia do novo co-ronaviacuterus a diretoria da SBH juntamente com seus con-

selheiros decidiu adiar o Congresso Brasileiro de Herpetologia (CBH) que ocorreria em meados de julho de 2021

A organizaccedilatildeo de um CBH eacute desafiado-ra e conta com a participaccedilatildeo o enga-jamento e o voluntariado de diversas pessoas instituiccedilotildees e empresas Esse desafio seria ainda maior durante uma pandemia na qual haacute incertezas e pre-ocupaccedilotildees em relaccedilatildeo agraves nossas ativi-dades diaacuterias e ao futuro Aleacutem disso a diretoria da SBH acredita que ainda natildeo podemos pensar na organizaccedilatildeo de um evento que aglomeraraacute pessoas em salas e auditoacuterios Haacute muitas in-certezas para o proacuteximo ano e o mais seguro seraacute adiar o nosso tatildeo querido CBH para um momento no qual tenha-mos tranquilidade para estarmos todos juntos discutindo ciecircncia e encontran-do velhos e novos amigos A diretoria da SBH espera que todos estejam bem e que possamos nos encontrar no Con-gresso Brasileiro de Herpetologia de 2022

Editor Rafael S Henrique

Congresso Brasileiro de Herpetologia adiado

15

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Corallus caninusManaus - AM Alexander T Mocircnico

16

Os dados de citaccedilatildeo de 2019 para os perioacutedicos indexados na Web of Science foram publicados

no final de junho e a South American Journal of Herpetology (SAJH) alcan-ccedilou seu maior fator de impacto (FI) 1388 ultrapassando perioacutedicos tradi-cionais de referecircncia mundial na aacuterea (Figura 1) Esse resultado eacute a conquista de toda a nossa sociedade especialmen-te dos editores associados e inuacutemeros revisores que de maneira voluntaacuteria laboram para garantir a qualidade dos trabalhos e dos autores que escolhem a SAJH para publicar seus resultados

Parte da estrateacutegia para atingir esse FI inclui a limitaccedilatildeo do nuacutemero de artigos publicados por ano O FI eacute calculado como o nuacutemero de citaccedilotildees no ano C aos artigos publicados nos anos A e B dividido pelo nuacutemero de artigos publi-cados nos anos A e B Idealmente to-dos os artigos publicados contribuiacuteram positivamente para o FI Entretanto infelizmente natildeo todos os artigos cien-tificamente excelentes e importantes satildeo altamente citados nos primeiros dois anos apoacutes sua publicaccedilatildeo e a reali-dade eacute que a maioria dos artigos publi-cado na SAJH natildeo eacute bem citada duran-te esse periacuteodo Portanto o FI depende criticamente dos muito poucos artigos altamente citados - principalmente os estudos monograacuteficos publicados como nuacutemeros especiais Para natildeo diluir o efeito desses artigos altamente citados eacute necessaacuterio limitar o nuacutemero total de artigos publicados

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Informe sobre a South American Journal of Herpetology

Uma consequecircncia infeliz dessa limi-taccedilatildeo tem sido o atraso prolongado da publicaccedilatildeo de artigos aceitos Com a consolidaccedilatildeo do nosso FI em 2020 comeccedilamos a aumentar o nuacutemero de artigos publicados por ano de 24-25 em anos anteriores a 34-35 este ano Tambeacutem alteramos os procedimentos de publicaccedilatildeo para aproveitar melhor o mecanismo de ldquoissues in progressrdquo que a BioOne oferece para a liberaccedilatildeo an-tecipada online dos artigos aceitos Sob esse mecanismo os artigos necessaria-mente satildeo liberados na versatildeo final in-clusive com a paginaccedilatildeo final Portan-to todos os artigos de um determinado volume devem ser liberados na sequecircn-cia final engessando o processamento dos artigos Para garantir maior flexi-bilidade em 2020 comeccedilamos a publi-car vaacuterios volumes por ano em vez de um uacutenico volume com vaacuterios nuacutemeros Desta maneira podemos disponibilizar artigos de vaacuterios volumes simultanea-mente agrave medida que a ediccedilatildeo e a dia-gramaccedilatildeo forem finalizadas aceleran-do a disseminaccedilatildeo dos artigos Com essa mudanccedila a expectava no iniacutecio do ano era a liberaccedilatildeo de todos os artigos aceitos ateacute junho de 2020 mas natildeo foi possiacutevel atingir essa meta por causa dos diversos impactos da pandemia de COVID-19 De qualquer forma todos os artigos aceitos seratildeo liberados nos proacuteximos meses inclusive os dos volu-mes formalmente publicados em 2021

17

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Agrave medida que a revista cresce e amadu-rece surgem novos desafios O aumen-to significativo na taxa de submissatildeo de artigos tem sido um estresse enor-me para a gestatildeo da revista Aleacutem da demora em receber pareceres de qua-lidade sobre as submissotildees - um desa-fio que todos os perioacutedicos enfrentam - as demandas de correspondecircncia com autores durante o processamento das submissotildees aumentaram resultando em respostas atrasadas ou inclusive e-mails natildeo atendidos Essa situaccedilatildeo tambeacutem exacerbada pela pandemia eacute lamentaacutevel e inaceitaacutevel Portanto a Diretoria da SBH autorizou a contrata-ccedilatildeo de serviccedilo de secretariado para au-xiliar na comunicaccedilatildeo com os autores

e funccedilotildees relacionadas o que deve ser fechada em breve

Com essas mudanccedilas estou confiante de que iremos conseguir manter a exce-lecircncia e o alto ranking da SAJH reduzir significativamente o prazo de liberaccedilatildeo e publicaccedilatildeo dos artigos e melhorar a frequecircncia e a qualidade das interaccedilotildees com os autores durante o processamen-to das submissotildees

Taran Grant

Editor-in-Chief SAJH

Figura 1 Valores do Fator de Impacto de 2019 de perioacutedicos da aacuterea da herpetologia

18

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

NOTA DE REPUacuteDIO DAS ASSOCIACcedilOtildeES E SOCIEDADES

CIENTIFICAS BRASILEIRAS AO DESMANTELAMENTO DAS POLIacuteTICAS AMBIENTAIS NO BRASIL

A Sociedade Brasileira para Progresso da Ciecircncia (SBPC) Associaccedilatildeo

Brasileira de Limnologia (ABLimno) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e

Conservaccedilatildeo (ABECO) Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO) Sociedade

Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP) Sociedade

Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox) Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC) Associaccedilatildeo Brasileira de

Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen) Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-

Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE) Sociedade Astronocircmica Brasileira

(SAB) Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI) Sociedade Brasileira de Biofiacutesica

(SBBf) Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos Sociedade Brasileira de

Geneacutetica (SBG) Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Sociedade Brasileira de

Eletromagnetismo (SBMAG) Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO) Associaccedilatildeo Nacional de

Histoacuteria (ANPUH) Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT) Sociedade

Brasileira de Matemaacutetica (SBM) Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Sociedade Brasileira de Virologia Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais

(SBPM) Sociedade Brasileira de Geologia (SBG) Sociedade Brasileira de Quiacutemica

(SBQ) Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP) Associaccedilatildeo Nacional de

Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL) Sociedade Brasileira

De Zoologia (SBZ) Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO) Sociedade

Brasileira de Carcinologia (SBC) Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Sociedade Brasileira de Etologia SBEt Sociedade Brasileira de Malacologia

(SBMa) Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz) Sociedade Brasileira de

Primatologia (SBPR) Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto) Sociedade

Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL) Sociedade Brasileira para

o Estudo de Quiropteros (SBEQ) Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias (ESOCITE)

vecircm manifestar repuacutedio quanto ao enfraquecimento e desmantelamento das poliacuteticas de

19

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia conservaccedilatildeo ambiental no Brasil desde o iniacutecio de 2019 aumentando a pressatildeo humana

sobre os ecossistemas brasileiros e sobre agrave Biodiversidade Efeitos de meacutedio e longo prazo

sobre perda de haacutebitats e de espeacutecies satildeo esperados com danos de grande magnitude agrave

biodiversidade brasileira consequentemente no funcionamento dos ecossistemas Este

quadro eacute uma das consequecircncias da reduccedilatildeo de dispositivos legais de fiscalizaccedilatildeo do

desmantelamento dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo ambiental e controle aleacutem da reduccedilatildeo dos

mecanismos de participaccedilatildeo popular em oacutergatildeos como o CONAMA (1)

A recente declaraccedilatildeo do Ministro do Meio do Ambiente Ricardo Salles repercutida em

todo mundo eacute um grave indicativo da ausecircncia de uma poliacutetica ambiental com foco na

conservaccedilatildeo e sustentabilidade dos recursos naturais do paiacutes assim como um grave atentado

contra o proacuteprio Ministeacuterio que deveria representar Ao declarar que o ldquogoverno deveria

aproveitar o momento em que o foco da sociedade estaacute voltado para o combate ao Covid

19 para simplificar regras e normasrdquo o atual ministro abre um grave precedente agrave

devastaccedilatildeo do sistema de conservaccedilatildeo ambiental brasileiro expondo accedilotildees contra os

interesses nacionais de gestatildeo dos recursos naturais que satildeo funccedilatildeo da sua proacutepria pasta

Tais medidas aleacutem de questionadas devem ser submetidas a um rigoroso processo de

avaliaccedilatildeo com as devidas medidas legais aplicadas

A falta de compromisso do atual governo com a conservaccedilatildeo ambiental expotildee a

falha no cumprimento dos princiacutepios expostos no artigo 225 da Constituiccedilatildeo Brasileira que

claramente descreve o papel da Uniatildeo e da coletividade na defesa e preservaccedilatildeo do meio

ambiente

A ideia de desmantelamento vem desde a eacutepoca das eleiccedilotildees quando o entatildeo candidato

cogitava na extinccedilatildeo da pasta do Meio Ambiente como Ministeacuterio No entanto a existecircncia do

mesmo natildeo foi garantia de manutenccedilatildeo da poliacutetica de conservaccedilatildeo ambiental acordos climaacuteticos

e combate ao desmatamento sendo o Serviccedilo Florestal Brasileiro transferido para o Ministeacuterio da

Agricultura e a Agecircncia Nacional das Aacuteguas (ANA) para o Ministeacuterio de Desenvolvimento

Regional

- O desmatamento da Amazocircnia tem registrado os maiores aumentos percentuais

dos uacuteltimos 10 anos desde 2019 com um pico registrado no uacuteltimo mecircs de abril no Estado

do Paraacute segundo dados gerados pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) (2) Entre

as graves consequecircncias no avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia podem ser destacados aleacutem

da irreparaacutevel perda da biodiversidade os efeitos em escala global com aumento de incidecircncia de

secas e extremos climaacuteticos bem como aumento da liberaccedilatildeo de CO2 (134)

20

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

- A reduccedilatildeo abrupta no uacuteltimo ano do nuacutemero de multas aplicadas pelo IBAMA em

todo paiacutes (5) especialmente na regiatildeo Norte e as frequentes declaraccedilotildees negativas do

Ministro Ricardo Salles e do proacuteprio governo em relaccedilatildeo aos marcos regulatoacuterios que

definem o papel criacutetico dos oacutergatildeos de fiscalizaccedilatildeo expondo o patrimocircnio ambiental do

paiacutes a um aumento sem precedentes no desmatamento e a outros crimes de natureza

predatoacuteria

- Exoneraccedilatildeo de especialistas de cargos fundamentais na fiscalizaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

de estrateacutegias e poliacuteticas de conservaccedilatildeo ambiental como ICMBio (6) Criado pela lei

11516 de 28 de agosto de 2007 o ICMBio tem como missatildeo executar medidas para

cumprimento do exposto no SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservaccedilatildeo)

incluindo fiscalizaccedilatildeo das Unidades de Conservaccedilatildeo (UCs) instituiacutedas por lei Outra

medida do atual governo foi a revisatildeo de UCs alegando ilegalidades na criaccedilatildeo com

possibilidade de afrouxamentos nos niacuteveis de proteccedilatildeo ambiental que foram instituiacutedos

por teacutecnicos especializados atraveacutes de criteriosa anaacutelise ambiental e planos de manejo

Tais medidas associadas a outras de mesma natureza expotildee as UCs a alta vulnerabilidade

e riscos pois incluem aacutereas de alta relevacircncia para conservaccedilatildeo espeacutecies raras e

endecircmicas bem como haacutebitats uacutenicos e espeacutecies altamente ameaccedilados

- Desde o iniacutecio do atual governo aproximadamente 551 agrotoacutexicos foram

liberados sendo que 30 a 35 destes foram considerados potencialmente canceriacutegenos

pelas agecircncias regulamentadoras internacionais e proibidos pela Uniatildeo Europeacuteia Aleacutem

dos evidentes riscos agrave sauacutede humana o aumento na liberaccedilatildeo de agrotoacutexicos com alto

iacutendice de toxicidade representam um retrocesso na poliacutetica ambiental nacional com

consequentes e seacuterios riscos agrave sauacutede humana e aos ecossistemas naturais (7) aumentando

concentraccedilatildeo e acuacutemulo de substacircncias deleteacuterias nos solos e corpos dacuteaacutegua

- O definhamento do sistema de Gestatildeo de Riscos e Resposta a Desastres Naturais

bem como a ausecircncia de investimentos para o setor ao longo dos anos aumenta a

vulnerabilidade dos ecossistemas da biodiversidade e da populaccedilatildeo humana a fatores que

podem ser evitados a partir do comprometimento governamental quanto ao

monitoramento preventivo agrave contenccedilatildeo de diversos acidentes envolvendo por exemplo

o derramamento de substacircncias toacutexicas e o rompimento de barragens As falhas constantes

na coordenaccedilatildeo e na gestatildeo de crises ambientais assim como a reduccedilatildeo abrupta de

investimentos foram expostas durante o episoacutedio do derramamento de petroacuteleo que

contaminou a costa brasileira em 2019 Neste caso mesmo com a ocorrecircncia de altos

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

21

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia niacuteveis de contaminaccedilatildeo ambiental da plataforma continental e ecossistemas associados o

Plano de Contingecircncia para Incidentes de Poluiccedilatildeo por Oacuteleo natildeo foi acionado mesmo este

estando previsto em lei (Decreto Nordm 8127 de 22 de outubro de 2013)

- A reduccedilatildeo da participaccedilatildeo popular e de setores da sociedade civil em oacutergatildeos como

o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) A participaccedilatildeo da sociedade civil

representa um marco no papel de fiscalizaccedilatildeo dos ambientes no sentido da conservaccedilatildeo

uso e gestatildeo de seus recursos naturais Assim a reduccedilatildeo da participaccedilatildeo da sociedade

nesse processo se reflete o enfraquecimento de um marco democraacutetico importante no

processo decisoacuterio

- Aleacutem das questotildees de abrangecircncia nacional como as previamente mencionadas

a natildeo adesatildeo e saiacuteda do Brasil das discussotildees associadas agraves poliacuteticas internacionais de

Combate de mudanccedilas climaacuteticas e Aquecimento Global eacute um retrocesso Os draacutesticos

cortes de verbas e discursos erraacuteticos e negacionistas sobre a relevacircncia das medidas a

serem tomadas nesse sentido eacute um indicador da ausecircncia de compromisso do presente

governo com as poliacuteticas internacionais incluindo a reduccedilatildeo da emissatildeo de gases de efeito

estufa em um momento onde o aumento destes gases liberados pela crise de

desmatamento e incecircndios na Amazocircnia receberam grande repercussatildeo internacional

Diante desse cenaacuterio as presentes Associaccedilotildees e Sociedades Cientiacuteficas Brasileiras

da aacuterea de Biodiversidade Ciecircncias Bioloacutegicas Ciecircncias Exatas e Humanidades

expressam seu repuacutedio e solicitam providecircncias dos oacutergatildeos responsaacuteveis no sentido de

impedir e coibir a atual poliacutetica de desmantelamento ambiental O patrimocircnio ambiental

eacute um elemento criacutetico no desenvolvimento e manutenccedilatildeo da qualidade de vida desta e das

futuras geraccedilotildees e portanto deve ser salvaguardado de medidas predatoacuterias O futuro do

Brasil depende da sua Natureza

Brasil 26 de maio de 2020

Ildeu Moreira

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia (SBPC)

Luciana Gomes Barbosa (UFPB) Presidente da Associaccedilatildeo Brasileira de Limnologia (ABLimno)

Carlos Eduardo de Viveiros Grelle

Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Ecoloacutegica e Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

22

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Maria Alice dos Santos Alves Sociedade Brasileira de Ornitologia (SBO)

Fernanda Vidigal Duarte Souza

Sociedade Brasileira de Recursos Geneacuteticos (SBRG)

Tacircnia Regina dos Santos Silva (UEFS) Sociedade Brasileira de Botacircnica (SBB)

Ana da Silva Leacutedo

Associaccedilatildeo Brasileira de Cultura de Tecidos de Plantas (ABCTP)

Flavio Manoel Rodrigues da Silva Juacutenior Presidente da Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (Ecotox)

Ricardo Gazzinelli

Sociedade Brasileira de Imunologia (SBI)

Gisele Sanglard Sociedade Brasileira de Histoacuteria das Ciecircncias (SBHC)

Silvia Batistuzzo

Associaccedilatildeo Brasileira de Mutagecircnese e Genocircmica Ambiental (MutaGen)

Marco Antonio Mitidiero Junior Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Geografia (ANPEGE)

Reinaldo de Carvalho

Sociedade Astronocircmica Brasileira (SAB)

Maria Elina Bichuette Sociedade Brasileira de Ictiologia (SBI)

Antonio Costa

Sociedade Brasileira de Biofiacutesica (SBBf)

Instituto Brasileiro de Estudos Subterracircneos

Maacutercio de Castro Silva Filho Sociedade Brasileira de Geneacutetica (SBG)

Vilma Alves de Oliveira

Sociedade Brasileira de Automaacutetica (SBA) Joseacute Roberto Cardoso

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

23

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

Sociedade Brasileira de Eletromagnetismo (SBMAG)

Acircngelo Alves Correcirca Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB)

Daniel Caixeta Andrade

Sociedade Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECOECO)

Marcia Maria Menendes Motta Associaccedilatildeo Nacional de Histoacuteria (ANPUH)

Cristiano Magalhatildees Panazio

Sociedade Brasileira de Telecomunicaccedilotildees (SBrT)

Paolo Piccione Sociedade Brasileira de Matemaacutetica (SBM)

Ana Maria Ceacutesar Pompeu

Sociedade Brasileira de Estudos Claacutessicos (SBEC)

Fernando Spilki Sociedade Brasileira de Virologia

Kalyne Leal

Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais (SBPM)

Simone Pereira Cerqueira Cruz Sociedade Brasileira de Geologia (SBG)

Norberto Peporine Lopes

Sociedade Brasileira de Quiacutemica (SBQ)

Flaacutevia Biroli Associaccedilatildeo Brasileira de Ciecircncia Poliacutetica (ABCP)

Frederico Fernandes

Associaccedilatildeo Nacional de Poacutes-Graduaccedilatildeo e Pesquisa em Letras e Linguiacutestica (ANPOLL)

Luciane Marinoni

Sociedade Brasileira De Zoologia (SBZ)

Joatildeo Thadeu de Menezes Associaccedilatildeo Brasileira de Oceanografia (AOCEANO)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

24

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

William Ricardo Amancio Santana (USC) Sociedade Brasileira de Carcinologia (SBC)

Gabriel Augusto Rodrigues de Melo

Sociedade Brasileira de Entomologia (SBE)

Fabio Prezoto Sociedade Brasileira de Etologia SBEt

Sonia Barbosa dos Santos

Sociedade Brasileira de Malacologia (SBMa)

Alexandre Reis Percequillo Sociedade Brasileira de Mastozoologia (SBMz)

Gustavo Canale

Sociedade Brasileira de Primatologia (SBPR)

Marcio Martins Sociedade Brasileira Herpetologia (SBHerpeto)

Otto Bismarck Fazzano Gadig

Sociedade Brasileira para o Estudo de Elasmobranquios (SBEEL)

Enrico Bernard Sociedade Brasileira para o Estudo de Quiropteros (SBEQ)

Eliane Dias Quintela

Sociedade Entomologica do Brasil (SEB)

Maiacutera Baumgarten Associaccedilatildeo Brasileira de Estudos Sociais das Ciecircncias e das Tecnologias

(ESOCITE)

Referecircncias

1 Thomaz SM Barbosa LG Souza MC Panosso R Opinion The future of nature conservation in Brazil Inland Waters In press

2 Fonseca A Cardoso D Ribeiro J Ferreira R Kirchhoff F Amorim L Monteiro A Santos B Ferreira B Pontes M Souza Jr C Veriacutessimo A 2020 Boletim do desmatamento da Amazocircnia Legal (abril 2020) SAD (p 1) Beleacutem Imazon

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

25

Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciecircncia

3 CNN Brasil 2019 Quais os riscos do avanccedilo do desmatamento na Amazocircnia CNN Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwcnnbrasilcombrnacional20200308quais-os-riscos-do-avanco-do-desmatamento-na-amazonia

4 Marengo JA Soares WR Saulo C Nicolini M 2004 Climatology of the low-level jet east of the Andes as derived from NCEP-NCAR reanalyses characteristics and temporal variability J Clim 172261ndash2280

5 Shalders A 2020 Queimadas disparam mas multas do Ibama despencam sob Bolsonaro BBC News Brasil Satildeo Paulo [acessado 25 de Maio de 2020] httpswwwbbccomportuguesebrasil-49430376

6 Menegassi D 2020 ICMBio exonera todos os chefes de UCs que protegem o mico-leatildeo-dourado O Eco Rio de Janeiro [acessado25 de maio de 2020] httpswwwoecoorgbrreportagensicmbio-exonera-todos-os-chefes-de-ucs-que-protegem-o-mico-leao-dourado

7 Marin-Morales MA Ventura-Camargo BC Hoshina MM 2013 Toxicity of herbicides impact on aquatic and soil biota and human health In Price AJ Kelton JA editors In Herbicides ndash Current Research and Case Studies in Use InTech Rijeka Croatia p 399ndash443

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias da S B H

26

A EDUCACcedilAtildeO AMBIENTAL NA CONSERVACcedilAtildeO DO BOI-DEO MAIS RARO DO MUNDO A JIBOIA-DO-RIBEIRA - Corallus Cropanii (HOGE1953)

Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Localizada ao sul do Estado de Satildeo Paulo a regiatildeo do Vale do Ribeira abriga em uma faixa de vegetaccedilatildeo

contiacutenua grande parte dos remanescentes de Mata Atlacircntica do Brasil apresentan-do uma potencial fonte de recursos natu-rais e encantadora diversidade ecoloacutegica Abrangendo 31 municiacutepios satildeo encon-tradas diferentes tipos de comunidades distribuiacutedas historicamente ao longo de todo o Vale como quilombolas caiccedilaras indiacutegenas dentre outras aleacutem de uma rica biodiversidade ainda parcialmente desco-nhecida

Eacute nesta regiatildeo que vive uma serpente con-siderada por especialistas como uma das mais raras do mundo ameaccedilada de ex-tinccedilatildeo de acordo com a lista vermelha da Uniatildeo Internacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (Marques 2010) e vulneraacutevel agrave extinccedilatildeo pela lista de espeacutecies ameaccedila-das do Brasil (ICMBio 2018) a Corallus cropanii (Hoge 1953) tambeacutem conhecida como Boa de Cropan e recentemente reba-tizada como Jiboia-do-Ribeira Acredita-

Daniela Gennari sup1 Bruno Rocha sup2

sup1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil danigen-narigmailcomsup2 Instituto Butantan 05503-900 Satildeo Paulo SP Brasil brunorochaherpetogmailcom

-se que essa jiboia tem distribuiccedilatildeo restri-ta ao Vale do Ribeira poreacutem permanecem desconhecidas a estrutura e a dinacircmica populacional desta enigmaacutetica espeacutecie

O primeiro indiviacuteduo conhecido desta es-peacutecie chegou agraves matildeos do herpetoacutelogo do Instituto Butantan Dr Alphonse Richard Hoge em 1953 e foi descrito como Xeno-boa cropanii uma homenagem ao Baratildeo Ottorino de Fiore di Cropani Geoacutelogo e Vulcanoacutelogo italiano que foi professor vi-sitante no Brasil durante a fundaccedilatildeo da Universidade de Satildeo Paulo (Hoge 1953) Apoacutes a descriccedilatildeo o indiviacuteduo - um macho com cerca de 1m de comprimento encon-trado no municiacutepio de Miracatu SP - foi tombado como holoacutetipo da espeacutecie na co-leccedilatildeo do Instituto Butantan e posterior-mente perdido no incecircndio ocorrido na mesma coleccedilatildeo em 2010 (Franco 2012)

O segundo exemplar foi encontrado em Pedro de Toledo em 1969 e levado agrave Co-leccedilatildeo do Instituto Butantan sendo poste-riormente doado ao American Museum of Natural History em New York (EUA) O

27

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

terceiro espeacutecime foi encontrado em 1978 e chegou ao Instituto Butantan pelo trem que partia da estaccedilatildeo de Santos litoral de Satildeo Paulo e por este motivo natildeo tem sua procedecircncia especiacutefica

Apoacutes cerca de 30 anos sem novos regis-tros pesquisadores do Instituto Butantan receberam um novo espeacutecime morto em 2002 encontrado no municiacutepio de Eldo-rado por um fazendeiro que havia preser-vado em aacutelcool somente a cabeccedila e a pele do animal Alguns anos depois em 2009 outro exemplar da espeacutecie foi morto e re-gistrado com uma uacutenica fotografia por moradores do bairro Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras (SP) publicado posterior-mente como o quinto registro da espeacutecie (Machado-Filho et al 2011) Em 2016 os moradores do mesmo local encontraram um novo espeacutecime da jiboia que embora tenha sido morto teve parte de sua pele e esqueleto recuperados e material geneacutetico coletado Trata-se do sexto registro e en-contra-se na coleccedilatildeo cientiacutefica do Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo

Historicamente haacute na relaccedilatildeo homem-ser-pentes diversas crenccedilas mitos e lendas negativas sobre esses animais estimulan-do a rejeiccedilatildeo e o medo e fazendo com que na maior parte das vezes as serpentes se-jam mortas quando encontradas (Argocirclo 2004 Lima-Verde 1994 Vizotto 2003) No caso da Jiboia-do-Ribeira natildeo seria diferente jaacute que segundo os moradores muitas vezes satildeo confundidas com outra espeacutecie peccedilonhenta e abundante na aacuterea a Bothrops jararacussu Outro ponto im-portante eacute que mesmo havendo exaustivo esforccedilo amostral em buscas cientiacuteficas por parte de pesquisadores na regiatildeo do Vale

todos os exemplares foram avistados ape-nas por membros da comunidade

Intrigados por esse contexto somado a deficiecircncia de dados sobre aspectos gerais da biologia da espeacutecie e os mais de 60 anos sem acesso a um espeacutecime vivo desenvol-vemos em 2016 o ldquoProjeto de Conservaccedilatildeo da Jiboacuteia do Ribeirardquo (Figura 01) utili-zando entatildeo a Educaccedilatildeo Ambiental como ferramenta principal para encontrar es-peacutecimes vivos de Corallus cropanii Con-tando com a ajuda da comunidade local buscamos ampliar a percepccedilatildeo ambiental dos moradores de diversas faixas etaacuterias atraveacutes da sensibilizaccedilatildeo a fim de elucidar os valores cientiacuteficos agregados a esta es-peacutecie e desenvolver atitudes que lhes per-mitam adotar uma posiccedilatildeo participativa a respeito das questotildees relacionadas com a conservaccedilatildeo e utilizaccedilatildeo consciente dos recursos naturais Atraveacutes das atividades educativas (Figura 02) ressaltamos a im-portacircncia de encontrar espeacutecimes vivos para monitorar de perto a Jiboia-do-Ri-beira em seu habitat natural e obter infor-maccedilotildees ainda desconhecidas sobre seus haacutebitos de vida

28

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 1 Logo de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira

Figura 2 Atividade de divulgaccedilatildeo do Projeto Jiboia do Ribeira para os mora-dores da comunidade do Guapiruvuacute utilizando os folhetos Foto Tiago Queiroz

29

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Para viabilizaccedilatildeo do projeto a Uniatildeo In-ternacional de Conservaccedilatildeo da Natureza (IUCN) forneceu o apoio financeiro atra-veacutes do Boas and Phytons Specialist Group (BPSG) e contamos tambeacutem com apoio e orientaccedilotildees do RAN-ICMBio durante ofi-cina do PAN (Plano de Accedilatildeo Nacional para Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) Comeccedila-mos criando um novo nome vernacular vi-sando estreitar a ligaccedilatildeo da sociedade com esta espeacutecie o termo ldquoJiboiardquo para sinali-zar a identificaccedilatildeo como uma espeacutecie de serpente natildeo venenosa e ldquodo Ribeirardquo por ser endecircmica da regiatildeo do Vale do Ribeira Demos iniacutecio ao plano de educaccedilatildeo am-biental com a comunidade do Guapiruvuacute bairro rural de Sete Barras (SP) onde fo-ram feitos os registros mais recentes desta espeacutecie

Essa interaccedilatildeo do projeto junto agrave comuni-dade do Guapiruvuacute foi significativamente favorecida pelo fato da comunidade estar historicamente ligada agraves causas ambien-

tais e uso sustentaacutevel do meio ambiente Logo no iniacutecio houve uma parceria com a frente ambiental da Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute os ldquoAmigos da Matardquo (Figura 03) que nos ajudaram a realizar aulas e palestras sobre as espeacutecies de serpentes que habitam a regiatildeo infor-mando sobre como identificar as espeacutecies venenosas e apresentando a Jiboia-do-Ri-beira ao puacuteblico infantil jovem e adulto enfatizando que eacute um animal especial que soacute existe ali que se as pessoas continuas-sem a mataacute-los eles poderiam se extinguir antes mesmo que aprendecircssemos algo a respeito Tivemos o cuidado de destacar a relevacircncia cientifica dessa serpente acima de qualquer valor econocircmico pois sabe-mos que esta espeacutecie desperta o interesse de traficantes de animais que vendem ser-pentes para o comercio ilegal de animais de estimaccedilatildeo Ao longo desse processo foram distribuiacutedos por toda a comunidade car-tazes e folhetos contendo fotos e informa-ccedilotildees sobre a Jib0ia-do-Ribeira instruindo sobre como proceder e nos contactar no

caso de um encontro com um animal (Figura 04)

Figura 3 Bruno Rocha du-rante uma das palestras mi-nistradas junto ao grupo dos Amigos da Mata Foto Liacutevia Correcirca

30

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figuras 4 Folhetos elaborados por parte do Projeto para divulgaccedilatildeo identificaccedilatildeo da Jiboia -do-Ribeira e instruccedilotildees de como proceder frente a um encontro

Jiboacuteia do Ribeira Projeto de conservaccedilatildeo da serpente

Corallus cropanii

bull Vive somente no Vale do Ribeira bull Natildeo possui veneno

A Jiboacuteia do Ribeira

bull Possui proacuteximo a boca fossetas (buracos) entre as escamas

Projeto de conservaccedilatildeo e pesquisa de um animal raro

que vive aqui no Vale do Ribeira

Favor natildeo perturbar o animal caso o tenha encontrado

Se possui alguma informaccedilatildeo sobre a localizaccedilatildeo deste animal

favor entrar em contato pelos nuacutemeros abaixo

Bruno Rocha (Bioacutelogo) E-mail brunorochaherpetogmailcom

(11) 94908-4727 (Tim) (11) 95640-0922 (Vivo) WhatsApp

Ajude-nos a encontraacute-la Viva

31

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2- Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

A parceria Ciecircncia-Comunidade rendeu bons frutos Em ja-neiro de 2017 um novo indiviacuteduo da Jiboia-do-Ribeira foi en-contrado vivo por moradores do Bairro Guapiruvuacute no muni-ciacutepio de Sete Barras estado de Satildeo Paulo (Figuras 05 e 06)

Figuras 5 O seacutetimo es-peacutecime conhecido de Co-rallus cropanii sendo o primeiro conhecido vivo apoacutes o holoacutetipo da espeacutecie Foto Liacutevia Correcirca

Figuras 6 Detalhe das evidentes fossetas la-biais que auxiliaram a identificaccedilatildeo por parte dos moradores que a en-contraram Foto Daniela Gennari

32

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 7 Bruno Rocha com Andreacute Marques Bezerra e Paulo Viniacutecius Teixeira moradores do Guapiruvuacute municiacutepio de Sete Barras Es-tado de Satildeo Paulo que encontraram o indiviacute-duo e nos auxiliaram durante todo o monito-ramento Foto Liacutevia Correcirca

Figura 8 A valiosa interaccedilatildeo entre os pes-quisadores e as crianccedilas da comunidade do Guapiruvu elaborada em atividades que per-mitem a conscientizaccedilatildeo e desmistificaccedilatildeo das serpentes sempre pautada nas curiosidades e histoacuterias por outro lado alertando tambeacutem possiacuteveis riscos Foto Liacutevia Correcirca

Uma fecircmea adulta com cerca de 175m de comprimento e quando estava prestes a levar uma paulada foi reconhecida como a tal Jiboia-do-Ribeira por dois rapazes do grupo que participaram das atividades de Educaccedilatildeo Ambiental que vinham sen-do desenvolvidas por parte do Projeto de Conservaccedilatildeo Jiboacuteia do Ribeira (Figuras 07 e 08) O exemplar apelidado pelas crian-ccedilas do projeto Amigos da Mata por ldquodona Crocircrdquo foi monitorado ao longo de 3 meses

consecutivos depois de ser solto no mes-mo local em que fora encontrado Figuras 09 a 13) Apoacutes o fim do monitoramento em 2017 a escassez de recursos fez com que nossas visitas e atividades educativas na regiatildeo fossem menos intensas nos uacuteltimos anos

33

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 9 Comunidade reunida para a tatildeo esperada soltura da dona Crocirc Foto Tiago Queiroz

Figura 10 Daniela Gennari e a Jiboia-do-Ri-beira durante o manejo em cativeiro Foto Tiago Queiroz

Figura 11 Bruno Rocha e a Jiboia-do-Ribeira durante o manejo para a soltura do animal no local onde foi encontrado Foto Tiago Queiroz

34

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Figura 13 Bruno Rocha e Daniela Gennari durante o monitoramento noturno da dona Crocirc utilizando aleacutem da busca visual a frequecircn-cia do sinal do tag acopla-do ao animal Foto Tiago Queiroz

Figura 12 Daniela Gennari e Bruno Rocha durante o monitoramen-to diurno da dona Crocirc acompanhando o deslocamento do indiviacuteduo visualmente e por registros fotograacuteficos Foto Tiago Queiroz

35

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Foi quando em abril deste ano um novo indiviacuteduo de Corallus cropanii foi morto na beira de uma estrada de chatildeo no muni-ciacutepio de Sete Barras (SP) num bairro proacute-ximo de onde empreendemos as atividades de Educaccedilatildeo Ambiental Os moradores re-gistraram o encontro por fotografias e ao compararem as fotos com as informaccedilotildees disponibilizadas na internet nos cartazes do projeto entraram em contato conos-co No mesmo instante empreendemos as buscas ao espeacutecime no local de encontro com ajuda da Associaccedilatildeo de moradores do Guapiruvuacute mas infelizmente natildeo tivemos sucesso Ainda assim ao analisar detalha-damente as fotografias enviadas garanti-mos o registro do oitavo exemplar de Co-rallus cropanii conhecido ateacute o presente momento

Atualmente estamos em fase de publica-ccedilatildeo dos dados obtidos no monitoramento da Dona Crocirc e seguimos buscando novas fontes de investimentos e parcerias para expandir as atividades educacionais tanto no Guapiruvuacute quanto em outros bairros rurais das cidades da regiatildeo do Vale do Ri-beira Acreditamos que soacute com a uniatildeo dos esforccedilos entre ciecircncia e comunidade tere-mos novas oportunidades de encontrar espeacutecimes vivos e monitoraacute-los in situ buscando elucidar os mais diversos as-pectos de vida dessa espeacutecie Vale ressal-tar tambeacutem a ideia de que essa rara jiboia pode ser vista como uma espeacutecie bandeira para o Vale do Ribeira e que atraveacutes des-ta parceria com a comunidade poderemos elaborar estrateacutegias de conservaccedilatildeo para a Corallus cropanii bem como para vaacuterias espeacutecies da fauna e flora local

De uma forma geral cabe aos cientistas aprenderem a dialogar e compartilhar o conhecimento com as pessoas dos mais variados graus de instruccedilatildeo Em contra-partida aprendemos com as vivecircncias e a sabedoria de quem vive haacute geraccedilotildees na flo-resta Soacute desta forma teremos resultados beneacuteficos para todas as partes envolvidas e no nosso caso principalmente para esta espeacutecie de serpente tatildeo fantaacutestica da her-petofauna brasileira

Para acompanhar de perto esse projeto si-ga-nos nas miacutedias sociais

bull Facebook Projeto de Conservaccedilatildeo Ji-boacuteia do Ribeira - Corallus cropanii

bull Instagram jiboiadoribeira

bull Twitter projetocropanii

Agradecimentos

Agradecemos ao Boa amp Python Specialist Group (IUCNSSC) pelo apoio financei-ro no iniacutecio do projeto Somos profunda-mente gratos a toda comunidade do Bair-ro Guapiruvu pela parceria em especial agrave Viniacutecius Teixeira e Andreacute Bezerra e tam-beacutem agrave Gilberto Otta agrave Associaccedilatildeo de Mo-radores do Bairro Guapiruvuacute e agrave iniciativa Amigos da Mata Agradecemos tambeacutem aos editores da Herpetologia Brasileira pelas sugestotildees no texto

36

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Referecircncias

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos ca-cauais do sudeste da Bahia Editora da UESC Ilheacuteus

Franco FL 2012 A Coleccedilatildeo Herpetoloacutegi-ca do Instituto Butantan da sua origem ao incecircndio ocorrido em 15 de maio de 2010 Herpetologia Brasileira 122ndash31

Hoge AR 1953 A new genus and species of Boinae from Brazil Xenoboa cropanii gen nov sp nov Memoacuterias do Instituto Butantan 2527ndash31

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Con-servaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Institu-to Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodi-versidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Lima-Verde J S (1994) Por que natildeo matar as nossas cobras Herpetologia no Brasil 192ndash101

Machado-Filho PR Duarte MR Carmo LF Franco FL 2011 New record of Co-rallus cropanii (Boidae Boinae) a rare snake from the Vale do Ribeira State of Satildeo Paulo Brazil Salamandra 47112ndash115

Marques O 2010 Corallus cropanii The IUCN Red List of Threatened Species 2010 eT39904A10281308 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2010-4RLTST39904A10281308en Consultado em 16 June 2020

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mi-tos supersticcedilotildees e crendices Editora Plecirc-iade Satildeo Paulo

Editora Cybele S Lisboa

37

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Notiacutecias de Conservaccedilatildeo

Dactyloa punctataSanta Teresa - ES Tatiane M Carmo

38

Histoacuteria da HerpetologiaCarlos Alberto Gonccedilalves da Cruz

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Professor Titular Aposentado Departamento de Biologia Animal Ins-tituto de Biologia Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroPesquisador Associado Setor de Herpetologia Departamento de Ver-tebrados Museu Nacional Rio de Janeiro Universidade Federal do Rio de JaneiroMarinheiro Regional de Conveacutes Capitania dos Portos do Rio de Janei-ro Marinha do Brasil

Carlos Cruz Reserva Santa Luacutecia Santa Teresa Espiacuterito Santo (1812006)

39

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Ao receber esse convite primeiro fi-quei assustado pensei ldquopor que eu por que natildeo os outros Satildeo tantosrdquo

Depois achei que seria muito difiacutecil escrever sobre mim e continuo achando Seria muito mais faacutecil escrever sobre um amigo ou mes-mo sobre os sapos Mas enfim vou tentar e aproveito para agradecer o convite que certa-mente seraacute uma oportunidade das pessoas me conhecerem um pouco mais

Nasci em 17 de julho de 1944 na regiatildeo de Guaratiba municiacutepio do Rio de Janeiro Es-tado do Rio de Janeiro Filho de Fernando

Carlos e sua esposa Arilda Parque Estadual do Itacolomi Ouro Preto Minas Gerais (28112003)

Gonccedilalves da Cruz e Antonia Maria Teixeira da Cruz Venho de famiacutelia classe meacutedia baixa meu pai era comerciante Em 20 de janeiro de 1970 casei-me com a professora Arilda Meira Gonccedilalves da Cruz e tenho trecircs filhos Adria-na Meira Gonccedilalves da Cruz 48 anos Monica Meira Gonccedilalves da Cruz 46 anos e Carlos Augusto Gonccedilalves da Cruz 43 anos Possuo ainda quatro netos Amanda Gonccedilalves da Cruz 15 anos Patrick Gonccedilalves da Cruz da Silva 13 anos Erick Gonccedilalves da Cruz da Sil-va 9 anos e Vicente Madeira Correcirca Gonccedilal-ves da Cruz nascido em 07 de maio de 2020

40

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Estudei os cinco anos do ensino primaacuterio em Campo Grande Zona Oeste do Rio de Janei-ro onde todo ano eu era considerado o me-lhor aluno do Coleacutegio Ainda guardo as cinco medalhas de Honra ao Meacuterito Em seguida ingressei na Escola Agroteacutecnica Ildefonso Si-motildees Lopes na Universidade Rural do Brasil hoje Universidade Federal Rural do Rio de Ja-neiro onde concluiacute os cursos de Mestria Agriacute-cola e Teacutecnico Agriacutecola no periacuteodo de 1959 a 1965 No ano de 1966 eu cursei o Coleacutegio Uni-versitaacuterio e em 1967 prestei vestibular para o curso de Agronomia da UFRRJ contrariando minha vontade que era fazer Geologia O cur-so de Agronomia durou de 1967 a 1970 Logo no primeiro ano do curso eu me interessei pela disciplina de Zoologia ministrada pelo professor Eugenio Izecksohn que com muito conhecimento e desenvoltura sabia cativar seus alunos O professor Eugenio gostava de conversar apoacutes as aulas seja nos corredores seja no seu gabinete e a qualquer dia e hora que fosse procurado natildeo se furtava em nos atender sempre com muita atenccedilatildeo Certo dia do mecircs de setembro de 1967 eu ofereci ao professor Eugenio uma pequena coleccedilatildeo de escorpiotildees alguns vivos e a maioria mortos conservados em aacutelcool Ele se mostrou mui-to interessado e quis logo saber onde eu havia coletado aqueles exemplares Assim que in-formei que os animais eram provenientes da Restinga da Marambaia RJ seu interesse au-mentou muito e quis logo saber como poderia ir ao local Dei meu jeito e na semana seguin-te laacute estaacutevamos abrindo bromeacutelias e coletan-do Hyla truncata (hoje Xenohyla truncata) Aparasphenodon brunoi (hoje Nyctimantis brunoi) entre outros Esses dois nomes eu nunca mais esqueci pegamos muitos e ouvi

muitas vezes a repeticcedilatildeo deles O professor Eugenio logo percebeu que eu havia gostado de observar e coletar os anfiacutebios e assim pas-sou a me convidar para juntamente com seus bolsistas e outros interessados fazer coletas noturnas na Floresta da Tijuca municiacutepio do Rio de Janeiro no Horto Florestal de Santa Cruz municiacutepio de Seropeacutedica na Sacra Fa-miacutelia do Tinguaacute municiacutepio de Paulo de Fron-tin Teresoacutepolis Tinguaacute municiacutepio de Nova Iguaccedilu todas as localidades no estado do Rio de Janeiro Essas eram as localidades mais frequentes vaacuterias outras tambeacutem faziam par-te deste rol E foi assim que comecei troquei os escorpiotildees onde eu soacute me divertia em vecirc--los se alimentar pelos anfiacutebios onde eu natildeo soacute me interessei por estudaacute-los mas tambeacutem fiz deles uma paixatildeo Passei a maior parte da minha vida me dedicando a procurar desco-brir identificar e estudaacute-los Cheguei mesmo em algumas ocasiotildees a dedicar mais tempo aos anfiacutebios do que agrave minha famiacutelia Mas no fundo eu sabia que era compreendido e esse apoio que me foi dado foi fundamental para minha realizaccedilatildeo profissional e pessoal

Entatildeo voltando agrave narrativa logo apoacutes a colaccedilatildeo de grau como Engenheiro Agrocircnomo fui contra-tado pela UFRRJ como Auxiliar de Ensino para a aacuterea de Zoologia do Departamento de Biologia Animal em abril de 1971 A carga de lecionaccedilatildeo era pesada e quase natildeo sobrava tempo para as coletas de campo No ano seguinte ingressei no Regime Especial de Trabalho em Tempo In-tegral e Dedicaccedilatildeo Exclusiva com a aprovaccedilatildeo dos Projetos intitulados ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo e ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Peixes das Famiacutelias Rivulidae e Characidae Brasileirosrdquo

41

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Jaacute se passavam trecircs anos e meio de trabalho como Professor Auxiliar quando em 1974 tive a oportunidade de prestar concurso puacute-blico de Provas e Tiacutetulos para Professor Assis-tente do Quadro Permanente da UFRRJ onde trecircs vagas haviam sido destinadas agrave Aacuterea de Zoologia Obtive aprovaccedilatildeo e fui empossado em 5 de junho de 1974

Em 1976 fui aprovado nas provas de seleccedilatildeo do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional Rio de Janeiro UFRJ Desenvolvi um trabalho de Dissertaccedilatildeo sobre larvas de grupos de espeacutecies de Phyllomedusidae brasi-leiras sob a orientaccedilatildeo do professor Eugenio Izecksohn Naquela ocasiatildeo tive oportunida-de de frequentar a Biblioteca do Museu Na-cional bem como o laboratoacuterio do professor Antenor Leitatildeo de Carvalho e de outros pro-fessores daquela instituiccedilatildeo Concluiacute o referi-do curso em dezembro de 1978

No ano de 1980 obtive do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) uma Bolsa de Pesquisa para desenvol-ver o Projeto ldquoEstudo Sistemaacutetico e Bioloacutegico dos Anfiacutebios Anuros Neotropicaisrdquo Essa bolsa se manteve ateacute marccedilo de 2017 quando apre-sentei relatoacuterio referente ao periacuteodo de 2014 a 2017 e uma carta de agradecimento pelo apoio a mim concedido enquanto fui bolsista Nessa oportunidade natildeo apresentei projeto para so-licitaccedilatildeo de nova bolsa de pesquisa

Em janeiro de 1981 fui promovido ao cargo de Professor Adjunto O julgamento dessa promo-ccedilatildeo foi feito por uma comissatildeo de trecircs profes-sores adjuntos que analisaram o relatoacuterio por mim apresentado sobre minhas atividades de

ensino e pesquisa Neste mesmo ano fui aceito pela coordenaccedilatildeo do curso de Poacutes-graduaccedilatildeo em Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo para cursar o doutorado daquela Instituiccedilatildeo Desenvolvi um projeto de tese sobre as relaccedilotildees intergeneacutericas dos Phyllomedusidae da Flores-ta Atlacircntica bem como os seus relacionamen-tos entre si e com os demais gecircneros dessa fa-miacutelia Tive como orientador o professor Paulo Emiacutelio Vanzolini Minha defesa de tese ocorreu em dezembro de 1987

Durante o periacuteodo de 1983 a 1985 tive a opor-tunidade de participar ativamente do projeto ldquoFrogs of Boraceacuteiardquo juntamente com W Ro-nald Heyer e Craig Nelson da Smithsonian Institution Washington Stanley Rand da Smithsonian Tropical Research Panamaacute e Oswaldo Luiz Peixoto da UFRRJ Esse pro-jeto teve a coordenaccedilatildeo de Ronald Heyer no exterior e de Paulo Emiacutelio Vanzolini no Bra-sil e foi financiado pelo Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo pelo Smithsonian Institution e pelo Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico Des-se projeto resultaram duas publicaccedilotildees Seu desenvolvimento foi uma experiecircncia mui-to valiosa pois aleacutem do trabalho em si tive a oportunidade de escrever discutir e desen-volver trabalhos de campo com esses pesqui-sadores citados aleacutem de outros como Linda Maxson Mississipi State University e Ronald Crombie Smithsonian Institution

Em seguida veio a primeira experiecircncia ad-ministrativa que se deu com minha eleiccedilatildeo para chefe do Departamento de Biologia Ani-mal Instituto de Biologia UFRRJ em no-vembro de 1989 com mandato de dois anos

42

findado em novembro de 1991 Na sequecircncia fui reeleito para um segundo mandato A con-diccedilatildeo de chefe de Departamento me assegu-rou desde novembro de 1989 o assento como Membro do Conselho Departamental do Ins-tituto de Biologia Este Conselho dentre as vaacuterias funccedilotildees tem a obrigatoriedade de jul-gar as contas da Diretoria proceder a divisatildeo de recursos julgar projetos de pesquisas e programas de disciplinas bem como de tratar assuntos relacionados a ordem disciplinar de discentes e docentes

No ano de 1992 prestei concurso puacuteblico de Tiacutetulos e Provas para o cargo de Professor Titular do Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da UFRRJ Esse con-curso foi homologado em 15 de setembro de 1992 Fui aprovado e nomeado para o referido cargo em 17 de setembro de 1992

No ano seguinte venci a eleiccedilatildeo para o Cargo de Diretor do Instituto de Biologia e fui no-meado em 7 de setembro de 1993 para exer-cer por quatro anos o mandato do referido Cargo Entretanto em 14 de marccedilo de 1995 fui aposentado e nesse mesmo dia nomeado como Servidor Aposentado para cumprir o mandato ateacute o seu final previsto (7 de setem-bro de 1997)

Laacute pelos idos de 1995 recebi a visita do meu amigo professor Ulisses Caramaschi Mu-seu nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro que me convidou para trabalhar-mos juntos nas pererecas do grupo de Hyla polytaenia (atualmente Boana polytaenia) Inicialmente seria apenas para fazermos um trabalho soacute que foram aparecendo outros e mais outros e assim estamos trabalhando ateacute

os dias de hoje Com isso transitamos pelos Chiasmocleis Pseudis Melanophryniscus Dendrophryniscus entre outros Fui contra-tado como Professor Visitante por trecircs periacute-odos de dois anos cada no Departamento de Vertebrados do Museu Nacional

Laacute tive a oportunidade de interagir com maior eficiecircncia junto a estudantes de poacutes-gradua-ccedilatildeo Entretanto como natildeo era professor do quadro efetivo do Museu Nacional somente pude atuar como co-orientador E assim par-ticipei da orientaccedilatildeo de nove estudantes de doutorado e outros nove de mestrado En-quanto que na UFRRJ tive um estudante de doutorado e dois de mestrado

No que se refere a premiaccedilotildees e tiacutetulos hono-riacuteficos recebi os seguintes

Cynolebias cruzi nova espeacutecie de peixe da famiacutelia Rivulidae (1988) Cacruzia novo gecircnero de Orthoptera (1992) Pesquisador Associado Museu Nacional UFRJ (1998) Hyla cruzi (atualmente Dendropsophus cru-zi) nova espeacutecie de Anura (1998) Homena-geado no I seminaacuterio Ecirclio Gouvecirca Itatiaia RJ (2001) Chiasmocleis crucis nova espeacutecie de Anura (2003) Homenageado no II Congres-so Brasileiro de Herpetologia Belo Horizonte MG (2005) Cruziohyla novo gecircnero de Anu-ra (2006) Phasmahyla cruzi nova espeacutecie de Anura (2009) Cruzioseptins nova famiacutelia de peptiacutedeos antimicrobianos (2016) Membro Honoraacuterio da Sociedade Brasileira de Herpe-tologia (2017)

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

43

Parque Estadual do Ibitipoca Conceiccedilatildeo do Ibitipoca Lima Du-arte Minas Gerais - fotos da esquerda e direita superior (12042006) - foto direita inferior (19102005)

A minha produccedilatildeo cientiacutefica resultou ateacute a presente data na publicaccedilatildeo de 117 artigos em revistas nacionais e internacionais na publi-caccedilatildeo de 44 artigos em anais de eventos na publicaccedilatildeo de um livro e em sete capiacutetulos de outros livros Apesar de essa produccedilatildeo estar voltada basicamente para a Floresta Atlacircntica do sudeste brasileiro eu viajei coletando por quase todos os estados do Brasil onde tive es-pecial atenccedilatildeo aos estados da Bahia e Espiacuterito Santo No entanto ainda natildeo tive a oportuni-dade de conhecer os estados do Acre Amapaacute Maranhatildeo Piauiacute e Rondocircnia

Finalmente sinto-me bastante feliz no que se refere agrave minha contribuiccedilatildeo ao conhecimen-to da biodiversidade dos peixes das famiacutelias Rivulidae e Characidae das quais descrevi seis espeacutecies novas e dos anfiacutebios anuros especialmente da Floresta Atlacircntica de onde descrevi ateacute o momento cerca de 80 espeacutecies novas e o gecircnero Phasmahyla Pretendo ter-minar alguns trabalhos em andamento cerca de 10 artigos Provavelmente quando esses artigos forem concluiacutedos e publicados eu mais os Professores Ulisses Caramaschi Re-nato Neves Feio Luciana Barreto Nascimento e Ivan Nunes entre outros amigos arranjare-mos mais alguns motivos para continuar indo ao campo coletar beber muita cerveja e con-tar muitas histoacuterias vividas

Rio de Janeiro 20 de fevereiro de 2020

Editores Deacutelio Baecircta Teresa C Avila-Pires

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Histoacuteria da Herpetologia

Carlos Cruz

44

Jaramillo AF De La Riva I Guayasamin J M Chaparro JC Gagliardi-Ur-rutia G Gutieacuterrez RC Brcko I Vilagrave C Castroviejo-Fisher S 2020 Vastly underestimated species richness of Amazonian salamanders (Plethodontidae Bolitoglossa) and implications about plethodontid diversification Molecular Phylogenetics and Evolution 149106841 Doi httpsdoiorg101016jym-pev2020106841

As salamandras da famiacutelia Ple-thodontidae compreendem 66 das espeacutecies de Caudata e

tecircm sido amplamente utilizadas como modelos em estudos de biologia evolu-tiva As espeacutecies do grupo ocorrem da Ameacuterica do Norte ateacute a Ameacuterica do Sul com a maior riqueza na Ameacuterica Cen-tral que concentra 280 espeacutecies em 17 gecircneros Por outro lado a Ameacuterica do Sul apresenta apenas 37 espeacutecies em dois gecircneros Oedipina e Bolitoglossa Para alguns autores a baixa diversida-de na Ameacuterica do Sul poderia ser expli-cada por uma colonizaccedilatildeo mais recen-te No entanto descobertas geoloacutegicas paleontoloacutegicas e biogeograacuteficas apon-tam para a possibilidade de uma colo-nizaccedilatildeo mais antiga Estudos indicam que a diversidade em Bolitoglossa eacute mais subestimada na Ameacuterica do Sul que em outras localidades sendo a es-peciaccedilatildeo do gecircnero desacompanhada de mudanccedilas morfoloacutegicas detectaacuteveis Aleacutem disso os estudos de delimitaccedilatildeo de espeacutecies usando sequecircncias de DNA

ou morfologia trazem uma amostragem geralmente limitada geograficamente Os autores deste trabalho investigaram as relaccedilotildees evolutivas entre espeacutecimes de Bolitoglossa da Amazocircnia para di-mensionar a diversidade de espeacutecies do gecircnero e seus padrotildees de diversifi-caccedilatildeo e distribuiccedilatildeo Foram utilizadas sequecircncias de trecircs genes mitocondriais e dois nucleares de 366 espeacutecimes 189 correspondentes a 89 espeacutecies prove-nientes de fora da Amazocircnia Da Ama-zocircnia o estudo abrangeu 177 espeacuteci-mes incluindo tipos e topoacutetipos de oito das nove espeacutecies reconhecidas para a regiatildeo Com essa amostragem os au-tores atingiram 73 das espeacutecies co-nhecidas atualmente em Bolitoglossa Foram realizadas anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia e de Maacutexima Verossimi-lhanccedila para inferir as relaccedilotildees filogeneacute-ticas aleacutem de anaacutelises de delimitaccedilatildeo de espeacutecies dataccedilatildeo e reconstruccedilatildeo da histoacuteria biogeograacutefica das espeacutecies sul americanas Os resultados revelam que a diversidade de Bolitoglossa na regiatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Trabalhos recentes

45

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

estaacute bastante subestimada Ao todo 44 espeacutecies putativas foram identificadas pelos autores Se este nuacutemero for con-firmado em estudos futuros a Ameacuteri-ca do Sul atingiraacute 79 espeacutecies e deveraacute ser considerada um importante centro de diversificaccedilatildeo de Plethodontidae O reloacutegio molecular e as anaacutelises bioge-ograacuteficas mostraram que Bolitoglossa colonizou a Ameacuterica do Sul a partir da Ameacuterica Central provavelmente por conexotildees desta com a regiatildeo do Chocoacute Colombiano que satildeo evidenciadas em estudos geoloacutegicos Aleacutem disso disper-sotildees posteriores entre a Amazocircnia e os Andes coincidem com as maiores mu-danccedilas reconhecidas na paisagem ama-zocircnica ocorridas ao fim do Mioceno e no Plioceno

Editor A O Maciel

46

Morales CH Sturaro MJ Nunes PMS Lotzkat S Peloso PLV 2020 A species-level total evidence phylogeny of the microteiid lizard family Alopo-glossidae (Squamata Gymnophthalmoidea) Cladistics 36301ndash321 Doi ht-tpsdoiorg101111cla12407

Alopoglossidae eacute uma famiacutelia de lagartos composta por dois gecircneros Alopoglossus e Pty-

choglossus que agrupam 23 espeacutecies encontradas desde a Costa Rica ateacute o norte da Ameacuterica do Sul a leste e oes-te dos Andes e em toda a Amazocircnia As espeacutecies do grupo satildeo diurnas mi-niaturizadas de coloraccedilatildeo e comporta-mento criacuteptico e vivem na serapilheira de florestas e em aacutereas de cultivo agriacute-cola Por muito tempo Alopoglossidae foi reconhecido como uma subfamiacutelia de Gymnophthalmidae mas recente-mente foi elevada agrave categoria de famiacutelia com base em filogenia molecular ten-do sido reconhecida como grupo irmatildeo de Teiidae + Gymnophthalmidae Ape-sar das relaccedilotildees entre essas trecircs famiacute-lias ainda serem consideradas contro-versas Alopoglossidae foi suportado como um grupo monofileacutetico com base tanto em morfologia quanto em dados moleculares No entanto as filogenias publicadas trazem uma amostragem pouco abrangente dos taacutexons que com-potildeem a famiacutelia Com o intuito de tes-tar o monofiletismo de Alopoglossidae e as relaccedilotildees entre as suas espeacutecies os autores deste trabalho realizaram uma anaacutelise filogeneacutetica integrando evidecircn-cias fenotiacutepicas e geneacuteticas incluindo

todos os taacutexons descritos para a famiacute-lia agrave exceccedilatildeo de uma espeacutecie O banco de dados incluiu sequecircncias de trecircs ge-nes mitocondriais e um nuclear aleacutem de 143 caracteres de folidose morfolo-gia da liacutengua morfologia do hemipecircnis e osteologia Os resultados das anaacutelises de Maacutexima Parcimocircnia corroboraram o monofiletismo de Alopoglossidae e apontaram o parafiletismo de Ptycho-glossus que foi entatildeo considerado si-nocircnimo juacutenior de Alopoglossus Para resolver um problema de homoniacutemia gerado no ato de sinonimizar os dois gecircneros um novo nome foi erigido para Alopoglossus festae que passou a ser A harrisi Aleacutem disso foram apresen-tadas uma nova diagnose para Alopo-glossus e algumas consideraccedilotildees bioge-ograacuteficas sobre Alopoglossidae

Editor A O Maciel

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

47

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Mailho-Fontana PL Antoniazzi MM Alexandre C Pimenta DC Sciani JM Brodie-Jr ED Jared C 2020 Morphological eviden-ce for an oral venom system in caecilian amphibians IScience 231ndash9 Doi httpsdoiorg101016jisci2020101234

Os anfiacutebios satildeo conhecidos por te-rem a pele rica em glacircndulas de to-xinas geralmente utilizadas como

defesa quiacutemica passiva contra predadores enquanto em outros grupos de animais as toxinas satildeo utilizadas durante a predaccedilatildeo como fazem as serpentes ao inocularem veneno em suas presas Os anuros e as salamandras ao longo das suas histoacuterias evolutivas desenvolveram uma variedade de sistemas de alimentaccedilatildeo No entanto as ceciacutelias apresentam apenas um meca-nismo de captura e ingestatildeo de suas pre-sas que eacute caracterizado por uma mordida poderosa auxiliada por numerosos dentes pontiagudos e recurvados Neste trabalho os autores avaliaram a morfologia da ca-beccedila da espeacutecie de ceciacutelia sul-americana Siphonops annulatus e encontraram glacircn-dulas associadas aos dentes das fileiras ex-ternas das maxilas superior e inferior Na maxila superior o conteuacutedo dessas glacircn-dulas eacute canalizado exclusivamente para a base dos dentes enquanto na maxila infe-rior o ducto das glacircndulas pode se canali-zar tambeacutem para o interior de cavidades presentes na mucosa oral onde os dentes maxila superior se acomodam quando a boca estaacute fechada Os autores tambeacutem en-contraram o mesmo tipo de glacircndulas em espeacutecies representantes de outras trecircs fa-miacutelias de ceciacutelias e notaram diferenccedilas na quantidade de glacircndulas presentes Aleacutem disso na ceciacutelia Typhlonectes compressi-cauda as glacircndulas estatildeo presentes ape-nas na maxila inferior o que pode estar

relacionado ao haacutebito aquaacutetico da espeacutecie O estudo do produto das glacircndulas de S annulatus apontou a presenccedila de muco e lipiacutedios aleacutem de proteiacutenas com ativi-dades enzimaacuteticas muito similares agraves en-contradas em animais peccedilonhentos como alguns lagartos e serpentes Observando a alimentaccedilatildeo da espeacutecie em laboratoacuterio foi possiacutevel verificar que apesar dos den-tes das ceciacutelias natildeo apresentarem sulcos especializados na conduccedilatildeo da secreccedilatildeo esta escorre das glacircndulas cobrindo a su-perfiacutecie dos dentes no momento da pre-daccedilatildeo o que possibilitaria a inoculaccedilatildeo de toxina na presa Aleacutem disso a morfologia da mucosa oral que envolve e que interco-necta os dentes favorece uma distribuiccedilatildeo uniforme da secreccedilatildeo ao longo da fileira de dentes durante a mordida Atraveacutes da anaacutelise de espeacutecimes receacutem eclodidos foi verificado que as glacircndulas encontradas em S annulatus tecircm origem na lacircmina dental e natildeo na epiderme onde se origi-nam as glacircndulas cutacircneas dos anfiacutebios Desse modo as glacircndulas associadas aos dentes das ceciacutelias satildeo consideradas ho-moacutelogas agraves das serpentes Portanto este trabalho abre novas perspectivas sobre o estudo comparativo da morfologia e com-posiccedilatildeo do produto das glacircndulas orais em vertebrados

Editor A O Maciel

48

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

de Saacute FP Haddad CFB Gray MM Verdade VK Thomeacute MTC Rodri-gues MT Zamudio KR 2019 Male-male competition and repeated evolution of terrestrial breeding in Atlantic Coastal Forest frogs Evolution 74459ndash475 Doi httpdxdoiorg101111evo13879

C ycloramphus e Zachaenus satildeo gecircneros de anuros que perten-cem agrave famiacutelia Cycloramphidae

uma famiacutelia de anuros conhecida por ter espeacutecies com haacutebitos saxiacutecolas e es-peacutecies com haacutebitos terrestres Este es-tudo teve por objetivos estudar padrotildees evolutivos nas relaccedilotildees filogeneacuteticas de Cycloramphus e Zachaenus relaccedilotildees ateacute entatildeo mal resolvidas em trabalhos anteriores Ateacute esse estudo poreacutem natildeo existia uma filogenia molecular que abrangesse a maior parte das espeacutecies dos gecircneros e que as tratasse como es-peacutecies focais

Especificamente os autores testaram trecircs hipoacuteteses (1) se a terrestrialidade evoluiu apenas uma vez no grupo (2) se machos e fecircmeas tecircm tamanhos de corpo variando conforme os haacutebitos reprodutivos e (3) se o dimorfismo se-xual em tamanho eacute maior em espeacutecies terrestres Para esse estudo os autores utilizaram amostras de tecido inclusi-ve de espeacutecimes coletados pelo conhe-cido Ronald W Heyer (Instituto Smi-thsonian) nas deacutecadas de 1970 e 1980

Com esse material amplificaram e se-quenciaram fragmentos mitocondriais

e nucleares para anaacutelises moleculares que incluiacuteram reconstruccedilotildees filogeneacute-ticas e anaacutelises filogeneacuteticas compara-tivas As caracteriacutesticas de tamanho de corpo dimorfismo sexual em tamanho e terrestrialidade foram utilizadas nas anaacutelises filogeneacuteticas comparativas sintetizadas em diversas figuras ao lon-go do texto

Seguindo os resultados obtidos os autores concluiacuteram que taxonomica-mente Cycloramphus e Zachaenus deveriam ser considerados como um uacutenico gecircnero embora natildeo tenham fei-to a sinonimizaccedilatildeo Entre tantos outros resultados encontraram que possivel-mente o grupo passou por mais de uma mudanccedila de haacutebito de saxiacutecola para terrestre O ancestral comum a todo o grupo eacute saxiacutecola pequeno e com pe-queno dimorfismo sexual no tamanho do corpo Aleacutem disso encontraram uma correlaccedilatildeo entre o haacutebito reprodu-tivo e o dimorfismo sexual no tamanho do corpo sendo que espeacutecies saxiacutecolas contam com machos maiores e mais territoriais

Editora A Sabbag

49

Fratani J Ponssa ML Rada M Abdala V 2020 The influence of locomotion and habitat use on tendo-muscular units of an anuran clade (Anura Diphyaba-trachia) Zoologischer Anzeiger 28466ndash77 Doi httpsdoiorg101016jjcz201911002

Anatomia eacute atualmente um dos assuntos pouco estudados para anuros no Brasil Menos estu-

dados ainda satildeo os tendotildees de anuros Esse estudo traz uma mudanccedila neste cenaacuterio apresentando uma anaacutelise ex-tensa da variaccedilatildeo nos tendotildees (e muacutes-culos associados) de anuros da famiacutelia Leptodactylidae e Centrolenidae

Os objetivos dos autores foram cen-trados na hipoacutetese de que a variaccedilatildeo nessas estruturas estaacute relacionada agrave combinaccedilatildeo de fatores filogeneacuteticos funcionais e ecoloacutegicos Para isso ana-lisaram sob estereomicroscoacutepio as uni-dades tendo-musculares dos membros da cintura peacutelvica e da cintura peitoral de quase 200 exemplares dessas duas famiacutelias E adicionalmente incluiacuteram anaacutelises anatocircmicas de outras espeacutecies para efeitos comparativos e utilizaccedilatildeo como grupo externo

Para todas as espeacutecies eles revisaram informaccedilotildees sobre tipo de movimen-to efetuado com essas partes do corpo (salto escalada etc) e tipos de haacutebitos desses animais (terrestre arboriacutecola etc) entre outras informaccedilotildees Com

esses dados com revisatildeo bibliograacutefica e com dados morfomeacutetricos dos ele-mentos tendo-musculares os autores fizeram anaacutelises estatiacutesticas e anaacutelises filogeneacuteticas comparativas

Eles encontram uma correlaccedilatildeo posi-tiva significativa entre as dimensotildees de um tendatildeo e a forccedila potencial exer-cida pelo muacutesculo em associaccedilatildeo com esse tendatildeo Tambeacutem encontram que as variaccedilotildees estruturais dos elementos tendo-musculares estatildeo relacionadas agrave funccedilatildeo mecacircnica que esses elementos desempenham na locomoccedilatildeo e haacutebitos dos animais Mas que aleacutem disso existe uma relaccedilatildeo entre essa variaccedilatildeo e a his-toacuteria evolutiva dos grupos Esse eacute um padratildeo jaacute conhecido para outros verte-brados em relaccedilatildeo a essas estruturas mas pouco estudado em anfiacutebios

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

50

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Colaccedilo G Bittencourt-Silva GB Silva HR 2020 Can a shade shed light on the monophyly of Cycloramphidae (Lissamphibia Anura) Zoologischer An-zeiger 28518ndash26 Doi httpsdoiorg101016jjcz202001002

Os olhos de anfiacutebios anuros sem-pre despertaram a curiosidade de pesquisadores por diversas

razotildees Esse eacute um estudo anatocircmico so-bre uma estrutura ldquolobadardquo presente na iacuteris dos olhos de alguns anuros

Essa estrutura ganhou ao longo da his-toacuteria da batracologia mundial diversos nomes entre eles ldquomeniscusrdquo ldquoely-giumrdquo ldquoumbraculumrdquo Os autores fize-ram uma revisatildeo dos trabalhos que tra-tam dessa estrutura na literatura para entender se esses nomes se referem ao mesmo elemento encontrado em sema-forontes de Cycloramphidae o grupo focal do estudo

Para isso os autores dissecaram os olhos de adultos jovens e larvas de vaacute-rias espeacutecies de Cycloramphidae (Cy-cloramphus Zachaenus e Thoropa) e descreveram os ldquolobosrdquo com desenhos esquemaacuteticos e fotos de alta qualidade Encontraram que as espeacutecies de Cyclo-ramphus possuem a estrutura quando larvas jovens e adultos enquanto que as espeacutecies de Thoropa possuem ape-nas na fase larval

A partir dessas informaccedilotildees e da se-quecircncia ontogeneacutetica que analisaram para esses gecircneros eles sugerem uma hipoacutetese sobre a perda da estrutura nos adultos de Thoropa Esse tipo de con-clusatildeo natildeo foi possiacutevel para Zachaenus jaacute que os autores natildeo possuiacuteam exem-plares larvais muito difiacuteceis de encon-trar na natureza

Como existem vaacuterios nomes para esse ldquolobordquo para distintas famiacutelias de anu-ros os autores fazem uma discussatildeo sobre as propriedades morfoloacutegicas que indicam que essas estruturas satildeo homoacutelogas Discutem tambeacutem a pos-sibilidade dessa estrutura ser uma si-napomorfia para Cycloramphidae e sugerem que o nome dessa estrutura deva ser ldquomeniscusrdquo (menisco em por-tuguecircs) o primeiro nome apresentado na literatura por Miranda-Ribeiro

Editora A Sabbag

51

Cassini CS Taucce PPG Carvalho TR de Fouquet A Soleacute M Haddad CFB Garcia PCA 2020 One step beyond a broad molecular phylogene-tic analysis species delimitation of Adenomera marmorata Steindachner 1867 (Anura Leptodactylidae) PLoS ONE 15e0229324 Doi httpsdoiorg101371journalpone0229324

Adenomera eacute um dos gecircneros mais abundantes de anuros da Mata Atlacircntica apesar de pou-

co encontrado visualmente por muitos herpetoacutelogos Satildeo anfiacutebios pequenos que vivem preferencialmente na serapi-lheira e que satildeo muito difiacuteceis de iden-tificar por terem pouquiacutessima variaccedilatildeo morfoloacutegica entre as espeacutecies Apesar disso estudos anteriores indicam que existe uma grande variaccedilatildeo molecular e que se trata de um ldquocomplexordquo de es-peacutecies morfologicamente criacutepticas

Nesse trabalho os especialistas inten-cionaram delimitar especificamente a espeacutecie Adenomera marmorata e duas linhagens natildeo descritas associa-das a ela A ideia era avaliar para aleacutem da variaccedilatildeo molecular o quanto a va-riaccedilatildeo morfoloacutegica e variaccedilatildeo no canto de anuacutencio satildeo capazes de distinguir as linhagens geneacuteticas conhecidas Os autores para isso amplificaram e se-quenciaram fragmentos nucleares e mitocondriais de novas amostras (aleacutem do que jaacute existe publicado) Analisa-ram caracteriacutesticas morfomeacutetricas e estruturas morfoloacutegicas e fizeram uma anaacutelise sonora de gravaccedilotildees de canto

de anuacutencio A maior parte dos machos estudados foram sequenciados e anali-sados morfologicamente Isso eacute pouco comum em estudos com espeacutecies de Adenomera (e outros gecircneros de sera-pilheira) pela dificuldade de encontro visual com os indiviacuteduos e dificuldade em se associar o canto ao espeacutecimes

No estudo os autores apresentam hi-poacuteteses filogeneacuteticas distacircncias geneacute-ticas redes de haploacutetipos mapas de distribuiccedilatildeo fotografias de algumas estruturas morfoloacutegicas e anaacutelises es-tatiacutesticas com os dados de morfometria e canto Incluem tambeacutem um histoacuterico taxonocircmico das linhagens com uma discussatildeo sobre o caminho percorri-do pela Expediccedilatildeo Novara (de 1857) responsaacutevel pela coleta do holoacutetipo de Adenomera marmorata (apresentado em fotografia no artigo) Os autores de-cidem pela unificaccedilatildeo dos clados agrave Ade-nomera marmorata e redescrevem a espeacutecie

Editora A Sabbag

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

52

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

da Fonte LFM Mayer M S Loumltters 2019 Long-distance dispersal in amphi-bians Frontiers of Biogeography 11 e44577 Doi httpdxdoiorg1021425F5FBG44577

Dispersatildeo de longa-distacircncia (em inglecircs lsquolong-distance dis-persalrsquo LDD) eacute um tipo pouco

comum de dispersatildeo em anfiacutebios que envolvem movimentaccedilotildees para aleacutem da aacuterea usual de movimentaccedilatildeo das espeacutecies Nesse estudo os autores ela-boraram uma anaacutelise cienciomeacutetrica para entender como funciona esse tipo de dispersatildeo em anfiacutebios Em especial fizeram um levantamento sobre as for-mas de estudo desse tipo de evento e um levantamento sobre os padrotildees ge-rais de LDD

Foram levantadas informaccedilotildees de mais de 70 artigos a partir das bases de da-dos do ldquoWeb of Sciencerdquo e ldquoScopusrdquo Para as anaacutelises consideraram prin-cipalmente as dispersotildees ativas mas mencionam sobre os tipos baacutesicos de dispersatildeo passiva Grande parte das bibliografias levantadas satildeo estudos focados em anaacutelises moleculares que permitem inferecircncias mais raacutepidas so-bre padrotildees de dispersatildeo Os autores fornecem uma tabela sumaacuteria do le-vantamento bibliograacutefico e um mapa esquemaacutetico com as principais regiotildees do planeta com estudos sobre LDD

Concluem que os anfiacutebios embora ra-ramente realizam dispersatildeo de longa--distacircncia e mostram que esses eventos tiveram um papel importante no atual padratildeo biogeograacutefico do grupo em es-pecial nas ocorrecircncias disjuntas e nas colonizaccedilotildees de ilhas A maior distacircn-cia percorrida ativamente foi de 34 km e em termos de dispersatildeo de longa-dis-tacircncia passiva encontraram que os mo-vimentos chegam a 1000 km pela aacutegua Adicionalmente eles propotildeem que dez km eacute a distacircncia miacutenima de movimen-taccedilatildeo que pode ser considerada como dispersatildeo de longa-distacircncia

Editora A Sabbag

53

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Trabalhos Recentes

Leptodactylus rhodomystaxReserva Florestal Adolpho Ducke - Manaus - AM Igor Fernandes

54

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Ensaios e Opiniotildees

Rachel Montesinos1 amp Heacutelio Ricardo da Silva2

1 Laboratoacuterio de Herpetologia Departamento de Zoologia Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Uni-versidade Federal de Minas Gerais 31270-901 Belo Horizonte MG montesinosufmgbr2 Laboratoacuterio de Histoacuteria Natural Anatomia Comparada e Sistemaacutetica de Anfiacutebios Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Departamento de Biologia Animal Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro 23897-000 Seropeacutedica RJ heliorsilvagmailcom

Edward Drinker Cope uma ldquoestaacutetuardquo que tambeacutem precisa ser derrubadaAs razotildees por traacutes da decisatildeo da American Society of Ich-thyologists and Herpetologists de mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia

No iniacutecio de julho de 2020 uma das primeiras sociedades herpetoloacutegi-cas do mundo a American Society

of Ichthyologists and Herpetologists (ASIH - fundada em 1915) tomou uma decisatildeo his-toacuterica mudar o nome de sua principal revista cientiacutefica a Copeia A revista foi fundada em 1913 e de um comeccedilo simples quase fundo de quintal patrocinado pelo seu criador e primeiro editor John Treadwell Nichol (veja Berra 1984 Mitchell amp Smith 2013) atingiu em 2020 a marca de 108 volumes publica-dos Trata-se de uma revista internacional de prestiacutegio dedicada a publicar artigos cientiacute-ficos originais de alta qualidade sobre com-portamento conservaccedilatildeo ecologia geneacutetica morfologia evoluccedilatildeo fisiologia sistemaacutetica e taxonomia de peixes anfiacutebios e reacutepteis tanto

viventes como foacutesseis (asihcopeiaonlineorg) Segundo a Scimago Journal amp Country Rank (SJR) a Copeia apresentou em 2019 o fator de impacto de 1017 ocupando a 106ordf posiccedilatildeo entre as 429 revistas da aacuterea de Ciecircncia Ani-mal e Zoologia com SJR de 06 e Quartile Q1 (scimagojrcom)

O nome Copeia foi utilizado por John Nichol como homenagem ao renomado paleontoacute-logo ictioacutelogo e herpetoacutelogo do seacuteculo XIX Edward Drinker Cope (Figura 1) Com esta ampla gama de interesses Cope simbolizava a reuniatildeo dos interesses dos estudiosos de ldquover-tebrados de sangue friordquo (que representava o cargo do criador da revista) Cope produziu inuacutemeros estudos autorais e com colaborado-res sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis (viventes e foacutesseis) No entanto uma outra vertente das atividades intelectuais de Cope como cidadatildeo

55

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

do seacuteculo XIX satildeo menos conhecidas e divul-gadas Cope tinha ideias racistas e era contraacute-rio agrave emancipaccedilatildeo e ao voto das mulheres

Recentemente o assassinato do negro ameri-cano George Floyd por um policial branco na cidade de Minneapolis (Minnesota EUA) no dia 25 de maio de 2020 levou a uma onda de protestos naquele paiacutes contra o racismo estru-tural que permeia a sociedade (ver Lawrence amp Keleher 2004 Almeida 2019) e impede a ascensatildeo social de negros bem como sua pre-senccedila em todos os espaccedilos sociais Outro im-pacto trazido pelas reflexotildees decorrentes dos protestos foi a accedilatildeo de remoccedilatildeo de estaacutetuas e siacutembolos que refletem o preconceito aos ne-gros e outras minorias nos Estados Unidos como a icocircnica estaacutetua do ex-presidente ame-ricano Theodore Roosevelt que se encontra na entrada do American Museum of Natural History Nova York e que deve ser removida

em breve Esse movimento ainda considera-do polecircmico tambeacutem resultou na discussatildeo sobre quais figuras histoacutericas devem ser ho-menageadas e o que elas representam para as sociedades contemporacircneas

Neste ensaio procuramos apresentar a polecirc-mica relacionada ao nome da revista Copeia que tem sido discutida pelos associados agrave ASIH explicando o porquecirc dessa homenagem em primeiro lugar assim como as razotildees para rever essa escolha neste momento Eacute impor-tante ressaltar que embora o tema seja mais ligado agraves disciplinas das Ciecircncias Sociais nos-so ensaio representa apenas uma apresenta-ccedilatildeo da literatura baacutesica sobre o assunto para despertar a curiosidade e ao mesmo tempo chamar a atenccedilatildeo para as dimensotildees sociais das atividades de pesquisa e dos pesquisado-res em biologia de um modo geral

Cope cientista autodidata e expoente no estudo de reacutepteis anfiacutebios e peixes

Segundo o proacuteprio site da ASIH a escolha de John Nichols pelo nome Copeia foi para ho-menagear Edward Cope jaacute que desde o iniacutecio esta revista foi devotada a publicar artigos cientiacuteficos sobre peixes anfiacutebios e reacutepteis principais aacutereas de atuaccedilatildeo de Cope (asihorgabout Hilton amp Crump 2016)

Edward Drinker Cope nasceu em 28 de julho de 1840 na Philadelphia EUA Desde muito novo seus pais perceberam que se tratava de uma crianccedila com capacidades intelectuais destacadas (Gill 1897) Aos sete anos Cope ga-nhou de presente de aniversaacuterio uma viagem de navio a Boston Durante essa viagem ele escreveu um relato de bordo no qual descre-

Figura 1 Edward Drinker Cope (1840 - 1897) Imagem de domiacutenio puacuteblico Fonte Osborne (1929)

56

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

via e ilustrava os lugares e animais que avista-va indicando ser uma crianccedila com habilida-des cognitivas e artiacutesticas bem desenvolvidas (Davidson 1997 Figura 2)

Aos nove anos em 1848 Cope foi envia-do para a escola primaacuteria eacutepoca que iniciou suas visitas agrave Academy of Natural Sciences of Philadelphia (ANSP) durante as quais elaborou um extenso documento sobre suas observaccedilotildees neste museu Este eacute o primeiro documento onde Cope reporta com detalhes

os foacutesseis destacando-se seu impressionante desenho de um Ichthyosaurus Aleacutem disso Cope coletava serpentes sapos e salamandras e os levava para a ANSP para serem identifi-cados Aos 18 anos Cope passou a trabalhar aiacute como herpetoacutelogo (Davidson 1997) e um ano depois publicou seu primeiro artigo cien-tiacutefico intitulado ldquoOn the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Speciesrdquo (Cope 1859)

Cope nunca teve uma formaccedilatildeo universitaacuteria formal mas isso natildeo o impediu de seguir sua paixatildeo pelas ciecircncias da natureza No iniacutecio de

Figura 2 Algumas das ilustraccedilotildees feitas em sua viagem ateacute Boston quando tinha apenas sete anos de idade Fonte Davidson (1997)

57

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

(Gill 1897 Osborne 1929)sua carreira Cope se revezava entre a coleccedilatildeo do Smithsonian Institution em Washington e a ANSP (Gill 1897 Davidson 1997) Segundo Osborne (1929) em 1863 Cope viajou para a Europa visitando os mais renomados museus da eacutepoca Ao retornar para os Estados Unidos Cope tornou-se professor de Ciecircncias Natu-rais no Haverford College onde permaneceu por apenas trecircs anos Ele decidiu se afastar das aulas para se dedicar a suas expe-diccedilotildees cientiacuteficas e escrever seus artigos A partir de en-tatildeo Cope comeccedilou a ana-lisar materiais geoloacutegicos identificando e classifican-do novos foacutesseis aleacutem de seguir coletando e catalo-gando exemplares viventes de peixes e reacutepteis

A Herpetologia era o campo que mais interessava a Cope (Gill 1897) Os principais estudos de Cope na Herpe-tologia satildeo ldquoThe Batrachia of North Americardquo (Cope 1889) sendo o maior ca-taacutelogo feito no continente incluindo aspectos anatocirc-micos das espeacutecies (Figura 3) e ldquoThe Crocodilians Li-zards and Snakes of North Americardquo (Cope 1898) En-tretanto como um natura-lista Cope fez diversas con-tribuiccedilotildees para a Ictiologia Ornitologia Mastozoologia Paleontologia e Geologia

Figura 3 Paacutegina 410 do livro ldquoThe Ba-trachia of North Americardquo Fonte Cope (1889 biodiversitylibraryorg)

58

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Cope sempre foi bastante respeitado na co-munidade cientiacutefica Entretanto sua repu-taccedilatildeo e financcedilas foram bastante afetadas por suas brigas puacuteblicas com seu colega paleon-toacutelogo Othoniel Marsh (1831 ndash 1899) que fi-caram conhecidas como a ldquoGuerra dos Ossosrdquo (Mark 2000) Cope morreu em 1897 aos 56 anos deixando um legado de mais de 1400 artigos cientiacuteficos e nomeando mais de 1000 espeacutecies de vertebrados Ateacute hoje ningueacutem conseguiu publicar tantos artigos cientiacuteficos quanto Cope (Osborne 1929 Mark 2000)

Um outro lado do Naturalista de reno-me o racismo e a misoginia de Cope

Apesar de ter falecido relativamente jovem e de seu nuacutemero astronocircmico de artigos pu-blicados Cope ainda encontrava tempo para escrever sobre suas opiniotildees sociais e poliacuteti-cas o que o tornou uma pessoa extremamen-te controversa Cope escrevia abertamente sobre ideias racistas e misoacuteginas As declara-ccedilotildees racistas de Cope incomodavam a muitos ateacute mesmo naquela eacutepoca em que esse tipo de pensamento poderia reverberar entre vaacuterios intelectuais de raciociacutenio semelhante

Suas ideias encontravam eco com aquelas pu-blicadas e discutidas por figuras importantes da eacutepoca O meacutedico cientista e escritor R W Shufeldt por exemplo dedicou seu livro in-titulado ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (Shufeldt 1907) a Cope por seus esforccedilos de manter a pureza das raccedilas (Figura 4) Neste livro Shufeldt apresenta duas das cartas publicadas por Cope na revista ldquoThe Open Courtrdquo intituladas ldquoThe Return of the Negroes to Africardquo onde Cope se declara-va abertamente a favor de uma deportaccedilatildeo

em massa dos negros para a Aacutefrica inclusive aqueles nascidos nos Estados Unidos

Dentre algumas passagens marcantes presen-tes nessas cartas podemos listar (em idioma original com traduccedilatildeo livre para o portuguecircs disponiacutevel no rodapeacute)

ldquoMr Frederick May Holland has replied to my article on the proposed removal of the African race in the United States to Africa citing various objections to such a course [] all races are not equally capable of sus-taining this relation between order and free-dom [] The negro has conspicuously failed in all but absolute governments [] Whate-ver reasons may have existed or do exist for the removal of particular peoples or the ex-clusion of particular races from any country they exist with tenfold force in the case of the negroes of the United States [] I will not discuss again the mental status of the black race It is well known except to those who will not see [] The reasons why the American negroes object to being returned to Africa are self-evident As beneficiaries of a civilized na-tion they have their rights better protected than they would have under a government of their own race [] If he is so capable as some persons believe it will do him no harm If he succeeds no better in the future than he has in the past he will not surprise some who think they know him betterrdquo [1] (Cope 1890a The Open Court 130 pp 2110-2111 Figura 5)

59

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

eacute bem conhecido exceto por aqueles que natildeo querem

enxergar [] As razotildees do porquecirc os negros america-

nos tecircm objeccedilotildees para voltar para a Aacutefrica satildeo oacutebvias

Como beneficiaacuterios de uma naccedilatildeo civilizada eles tecircm

seus direitos melhores protegidos do que se estivessem

sob um governo de sua proacutepria raccedila [] Se ele eacute tatildeo

capaz como algumas pessoas acreditam isso natildeo faraacute

mal a ele Se ele natildeo for melhor sucedido no futuro do

que foi no passado ele natildeo surpreenderaacute aqueles que

acreditam conhececirc-lo melhorrdquo

[1] ldquoO Sr Frederick May Holland respondeu ao meu

artigo propondo remover a raccedila Africana nos Esta-

dos Unidos para a Aacutefrica citando vaacuterias objeccedilotildees para

isso [] todas as raccedilas natildeo satildeo igualmente capazes de

sustentar as relaccedilotildees entre liberdade e ordem [] O

negro falhou visivelmente em todos os governos exce-

to o absolutista [] quaisquer razotildees que existiram ou

ainda existem para a remoccedilatildeo de determinadas pesso-

as ou exclusatildeo de uma raccedila em particular de qualquer

paiacutes elas existem com uma forccedila dez vezes maior no

caso dos negros dos Estados Unidos [] Eu natildeo dis-

cutirei novamente o status mental da raccedila negra Isto

Figura 4 Capa do livro ldquoThe Negro A Menace to American Civilizationrdquo (esquerda) e dedicatoacuteria feita pelo autor a Cope (direita) Fonte Shufeldt (1907 biodiversitylibraryorg)

60

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Estas publicaccedilotildees geraram diversas criacuteticas e como resposta Cope publicou uma nova carta no The Open Court

ldquoI am not surprised to find that the objectors to the project of transferring the negroes from this country to Africa have nothing but sen-timental objections to urge against it They call their objections ethical and imagine that they have the support of justice in their po-sition Their understanding of the import of ethics and justice may differ from mine but I suspect that their view chiefly results from an ignorance of some fundamental principles of biology [] As to the question of injustice we

have to decide [] Shall we subject the higher race to deterioration or shall we subject the lower to transportation without material loss to it To do the former is to injure the entire human species To do the latter is to continue the process which the abolition of slavery inaugurated to teach the negro to stand on his own legs [] The characteristics of the ne-gro-mind are of such a nature as to unfit him for citizenship in this country He is thorou-ghly superstitious and absolutely under the control of supernaturalism [] He is lacking in rationality and in morality Without going further these traits alone should exclude him from citizenship [] if he remains in this

Figura 5 Capa do jornal The Open Court nuacutemero 130 onde Cope publicou uma de suas cartas Fonte opensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj

61

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

[2] ldquoEu natildeo estou surpreso de ver que os opositores ao

projeto de transferir os negros deste paiacutes para a Aacutefrica

natildeo tenham nada a natildeo ser objeccedilotildees emocionais para

argumentar contra isto Eles chamam suas objeccedilotildees de

eacuteticas e imaginam que eles tecircm o suporte da justiccedila em

suas posiccedilotildees A compreensatildeo deles sobre o significa-

do da eacutetica e da justiccedila podem diferir da minha mas

eu suspeito que a visatildeo deles resulte principalmente

da ignoracircncia sobre alguns princiacutepios fundamentais

da biologia [] Quanto agrave questatildeo da injusticcedila temos

que decidir [] Devemos submeter a raccedila superior agrave

deterioraccedilatildeo ou devemos sujeitar a raccedila inferior ao

transporte sem perdas materiais resultante disso Fa-

zer o primeiro eacute ferir toda a espeacutecie humana Fazer o

outro eacute continuar o processo que a aboliccedilatildeo da escra-

vidatildeo inaugurou ensinar o negro a se apoiar nas proacute-

prias pernas [] As caracteriacutesticas da mente do negro

satildeo de tal natureza que o torna inapto para a cidadania

neste paiacutes Ele eacute completamente supersticioso e absolu-

tamente sob o controle do sobrenatural [] Ele carece

de racionalidade e moralidade Sem ir aleacutem apenas es-

ses traccedilos jaacute deveriam excluiacute-lo de cidadania [] se ele

permanecer neste paiacutes ele se misturaraacute com os bran-

cos ateacute que em meio seacuteculo ou menos natildeo haveraacute uma

uacutenica pessoa com sangue negro puro [] uma imensa

populaccedilatildeo de mulatos onde deveria haver um nuacutemero

igual de brancos A deterioraccedilatildeo resultante seria desas-

trosa para nossa capacidade intelectual e moral e con-

sequentemente para nossa poliacutetica prosperidade []

A necessidade me parece grande e urgente [] Os proacute-

prios negros natildeo satildeo tatildeo avessos a deixarem este paiacutes

como muitos querem que acreditemos [] Milhares

deles estatildeo prontos para emigrar agorardquo

country he will mix with the whites until in a half century or less there will not be a per-son of pure negro blood in it [] an immense population of mulattoes where there should be an equal number of whites The deteriora-tion thus resulting would tell disastrously on our intellectual and moral and consequently on our political prosperity [] The necessity seems to me to be great and urgent [] The negroes themselves are not nearly so much averse to their leaving this country as many would have us believe [hellip] Thousands of them are ready to emigrate nowrdquo [2] (Cope 1890b The Open Court 146 p 2331)

Essas cartas e cartas respostas claramente indicam convicccedilatildeo de ideias e formas de pro-testos contra tais pensamentos por parte de alguns autores Aleacutem de suas ideias racistas Cope tambeacutem era um homem misoacutegino Em-bora ele acreditasse na importacircncia de mulhe-res estudarem (ideia considerada agrave frente de seu tempo naquela eacutepoca) Cope acreditava que mulheres independente da raccedila eram seres inferiores aos homens Cope usava atri-butos bioloacutegicos para justificar suas ideias onde dizia que mulheres eram fisicamente in-feriores por ldquoinferior muscular strength and child-bearingrdquo e mentalmente inferiores por

62

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

ldquoinferior mental co-ordination and greater emotional sensibility which interferes more or less with rational actionrdquo [3] (Osborne 1929)

Cope tambeacutem era contra o voto feminino pois acreditava que o homem era o protetor e le-gislador das mulheres Ele argumentava que mulheres seriam movidas pelo sentimento e votariam de acordo com ou mesmo contra a opiniatildeo de seus amantes ou maridos (Osbor-ne 1929)

O que a permanecircncia do nome de Cope no principal veiacuteculo de uma sociedade cientiacutefica nos ensina

O corpo editorial da Copeia foi composto por muito tempo majoritariamente por homens brancos Desde a fundaccedilatildeo da ASIH o perfil de toda sociedade nunca foi muito diferen-te disso embora vaacuterias mulheres brancas tambeacutem tenham feito parte da sociedade do corpo editorial da revista e publicando arti-gos Apenas no ano 2000 uma mulher Dra Maureen A Donnelly passou a incorporar o comitecirc diretivo da ASIH permanecendo ateacute 2016 (Hilton amp Crump 2016) Com base no exame de fotografias dos participantes dos encontros da sociedade eacute possiacutevel notar que embora o nuacutemero de mulheres brancas tenha aumentado ao longo dos anos natildeo parece ha-ver participaccedilatildeo de negros na sociedade Uma explicaccedilatildeo para a existecircncia e manutenccedilatildeo de iacutecones racistas e misoacuteginos como siacutembolos e

homenagens nas sociedades contemporacircne-as seria relacionada a um ensino da histoacuteria que parece tentar apagar o passado racista de membros da sociedade americana de um modo geral e a quase inexistecircncia de diversi-dade eacutetnico-raciais em sociedades cientiacuteficas como eacute o caso da ASIH

Com o assassinato de George Floyd reacen-deu-se nos Estados Unidos a luta por igual-dade racial com criacuteticas e autocriacuteticas agraves atitu-des e ao simbolismo racista Como resultado o movimento blacklivesmatter ganhou for-ccedila vozes e sua mensagem passou a ser ouvida por diversos outros segmentos da sociedade em geral Uma das consequecircncias deste refor-ccedilo resultou no incocircmodo expresso por muitos soacutecios da ASIH que entre outras accedilotildees levou ao questionamento da continuidade do uso do nome Copeia para homenagear Cope

Em consideraccedilatildeo a seus soacutecios principalmen-te aos membros negros o Comitecirc Executivo da ASIH votou a favor por unanimidade de mudar o nome da Copeia para ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo conforme mensagem di-vulgada no dia 27 de junho de 2020 (twittercomIchsAndHerpss=20) O nome sugeri-do passou para ser votado por uma instacircncia superior o Board of Governors que deve-ria decidir por (1) trocar o nome para ldquoIch-thyology and Herpetologyrdquo ou (2) manter o nome Copeia No dia 02 de julho foi anun-ciado que o novo nome foi aprovado com 88 votos a favor e 11 votos contras (httpsbitlyASIH_BOG_MOTION Figura 6) Assim o nome ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo passaraacute a vale a partir do Nuacutemero 1 de 2021 Esta eacute indubitavelmente uma decisatildeo histoacuterica Dei-

[3] por terem forccedila muscular inferior e por engravida-rem hellip coordenaccedilatildeo mental inferior e maior sensibili-dade emocional a qual interfere accedilotildees racionais

63

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

xar de homenagear Cope natildeo significa apagar a histoacuteria de seu legado cientiacutefico mas sim fazer uma nova histoacuteria na qual homenagens natildeo sejam dadas sem considerar todo o con-texto de ideias do homenageado seu impacto e o que elas representam para a comunidade cientiacutefica e a sociedade como um todo

Figura 6 Tweet publicado pela ASIH no dia 02 de julho de 2020 (A) nova logo da ldquoIchthyology and Herpetologyrdquo (B) mensagem sobre a aprovaccedilatildeo do novo nome pelo Board of Governors Fonte twittercomIchsAndHerpss=20

Esperamos que este seja o primeiro passo para uma Herpetologia mais justa e inclusiva Eacute importante que negros mulheres e outras minorias tenham representatividade nas nos-sas sociedades cientiacuteficas incluindo a proacutepria Sociedade Brasileira de Herpetologia

64

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Agradecimentos

Agradecemos a Annelise Frazatildeo Nunes Fer-nando Arauacutejo Perini e aos editores da Herpe-tologia Brasileira ndash Ensaios e Opiniotildees (Lu-ciana Barreto Nascimento Teresa Aacutevila Pires e Julio Cesar de Moura Leite) pelos comentaacute-rios e sugestotildees no texto

Referecircncias

Almeida S 2019 Racismo Estrutural (Femi-nismos Plurais) Poacutelen Livros Satildeo Paulo

American Society of Ichthyologists and Her-petologists About ASIH asihorgabout Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Copeia asihcopeiaonlineorg Acessado em 26 de junho de 2020

American Society of Ichthyologists and Her-petologists Twitter twittercomIchsAn-dHerpss=20 Acessado em 27 de junho de 2020

Berra TM 1984 A chronology of the Ame-rican Society of Ichthyologists and Herpe-tologists through 1982 American Society of Ichthyologists and Herpetologists Special Publication 21ndash21

Cope ED 1859 On the Primary Divisions of the Salamandridae with Descriptions of Two New Species Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 11122ndash128

Cope ED 1889 The Batrachia of North Ame-rica United States National Museum Bulletin 341ndash467

Cope ED 1890a The return of the negroes to Africa The Open Court 130 2110-2111 (dis-poniacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiviewcontentcgiarticle=4655ampcontext=ocj)

Cope ED 1890b The return of the negroes to Africa The Open Court 1462331 (disponiacutevel em httpsopensiuclibsiueducgiview-contentcgiarticle=4672ampcontext=ocj)

Cope ED 1898 The Crocodilians Lizards and Snakes of North America Report of the United States National Museum 1898 153ndash270

Davidson JP 1997 The Bone Sharp The Life of Edward Drinker Cope Academy of Natu-ral Science of Phyladelphia Special Publica-tion 171ndash237

Gill T 1897 Edward Drinker Cope Natura-list - A Chapter in the History of Science The American Naturalist 31831ndash863

Hilton EJ Crump ML 2016 The American Society of Ichthyologists and Herpetologists at 100 Setting the Stage for the Next Hun-dred Years Copeia 104952ndash964

Lawrence K Keleher T 2004 Chronic Dispa-rity Strong and Pervasive Evidence of Racial Inequalities Poverty Outcomes Structural Racism Race and Public Policy Conference Disponiacutevel em httpswwwintergroupre-sourcescomrcDefinitions20of20Ra-cismpdf

65

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Ensaios e Opiniotildees

Mark J 2000 The Gilded Dinosaur The Fos-sil War Between E D Cope and O C Marsh and the Rise of American Science Crown Pu-blishing Group New York

Mitchell JC Smith DG 2013 Copeia 1913 Number 1 Origin and Authors Copeia 2013189ndash193

Osborne HF 1929 Biographical Memoir of Edward Drinker Cope 1840-1897 National Academy of Sciences of the United States of America Biographical Memoirs XIII (Third Memoir)124ndash317

Shufeldt RW 1907 The Negro A Menace for the American Civilization The Gorham Press Boston

Scimago Journal amp Country Rank scimagojrcom Acessado em 26 de junho de 2020

66

ResenhasLarry Rohter 2019 Rondon uma biografia (traduccedilatildeo de Caacutes-sio de Arantes Leite) Objetiva Rio de Janeiro

Joseacute P Pombal Jr

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro Quinta da Boa Vista 209404-040 Rio de Janeiro RJ email pombalacdufrjbr

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

67

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

No Epiacutelogo desta biografia o autor narra uma viagem as terras visitadas por Rondon haacute mais de um seacuteculo Eacute

um tanto doloroso depois de termos lido so-bre estes locais nos tempos de Rondon ouvir-mos sobre o desenvolvimento da regiatildeo Em Mato Grosso o autor nos conta sobre uma ce-rimocircnia oficial em Mimoso em cinco de maio de 2015 para a celebraccedilatildeo dos 150 anos do nascimento de Candido Rondon ldquoO exeacutercito estava no comando entatildeo o tom era marcial e patrioacutetico como as celebraccedilotildees para marcar o dia da Independecircncia Unidades portan-do as bandeiras do Brasil do Mato Grosso e do Exeacutercito passaram marchando a fizeram uma saudaccedilatildeo na direccedilatildeo do palanque onde importantes dignitaacuterios locais e nacionais incluindo ateacute Tweed Roosevelt bisneto de Theodore[]rdquo ldquoApoacutes chegar de helicoacuteptero o comandante do Exeacutercito o general Eduardo Dias da Costa Villas Bocircas que passou parte consideraacutevel de sua carreira na Amazocircnia fez um discurso exaltando as virtudes de Rondon como soldado e patriota [] Nenhum discur-so foi aleacutem de ortodoxos e limitados clichecircs sobre Rondon destacando seus feitos como explorador e o pacifismo subjacente a esses esforccedilos sem mencionar que as exortaccedilotildees de Rondon especialmente o ldquomorrer se preciso for matar nuncardquo haviam sido muito mais ig-norados do que observadas na histoacuteria recen-te do Mato Grosso e da Amazocircniardquo

Eacute difiacutecil resenhar um excelente livro sobre o Marechal Cacircndido Mariano da Silva Rondon e natildeo cair na tentaccedilatildeo de falar sobre o bio-grafado e natildeo sobre o livro A maioria de noacutes conhece alguma parte da histoacuteria de Rondon

um estado recebeu seu nome Rondocircnia (an-tes territoacuterio do Guaporeacute) construccedilatildeo das linhas telegraacuteficas participaccedilatildeo de pesqui-sadores em suas expediccedilotildees como Hoehne e Miranda-Ribeiro Serviccedilo Nacional do Iacutendio e seu quase mantra ldquomorrer se preciso for ma-tar nuncardquo nos primeiros encontros com in-diacutegenas foi atingido por uma flecha em 1913 sendo salvo pela bandoleira de couro de sua espingarda Expediccedilatildeo Cientiacutefica Roosevelt -Rondon Rondon fez tudo isso mas muito mais Como relatado na apresentaccedilatildeo desta biografia por qualquer criteacuterio quantidade de expediccedilotildees distacircncias vencidas grau de dificuldades e informaccedilotildees coletadas Ron-don foi o maior explorador dos troacutepicos da histoacuteria com realizaccedilotildees que superam perso-nagens mais conhecidos como Sir Richard Francis Burton Rondon esteve em mais de duas duacutezias de expediccedilotildees pelo isolado norte do Brasil viajando mais de 40 mil quilocircme-tros a peacute em canoas a cavalo ou mulas Aleacutem de engenheiro militar bacharel em matemaacute-tica e ciecircncias fiacutesicas e naturais foi professor de astronomia na escola militar A comissatildeo Rondon que estava sob seu comando publicou mais de cem artigos cientiacuteficos em antropolo-gia astronomia botacircnica ecologia etnologia ictiologia linguiacutestica metereologia minera-logia e ornitologia e nenhum outro indiviacuteduo contribui mais com exemplares para o Museu Nacional Rondon tinha ainda mais interesse pelas populaccedilotildees humanas que pela fauna e flora Muitos de seus artigos satildeo sobre gramaacute-tica sintaxe e vocabulaacuterio das liacutenguas dos po-vos da regiatildeo A Comissatildeo Rondon jaacute conta-va com equipe de filmagem e produzia filmes sobre os povos da Amazocircnia documentado

68

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

ainda sua muacutesica Em 1925 no Brasil Albert Einstein maravilhado pela figura de um ge-neral pacifista indicou Rondon para o precircmio Nobel da Paz a fim de exaltar seus esforccedilos Quando morreu em 1958 com 92 anos o pre-sidente da Cruz Vermelha Leacuteopold Boisser o saudou como o mais importante apoacutestolo da natildeo violecircncia nos tempos modernos desde Gandhi Rondon foi um dos maiores defenso-res dos direitos indiacutegenas durante a primeira metade do seacuteculo XX Foi diretor-geral do Ser-viccedilo de Proteccedilatildeo aos Iacutendios cujas atribuiccedilotildees de assistecircncia e proteccedilatildeo aos grupos indiacutege-nas dentro do princiacutepio ao respeito da diver-sidade cultural e depois presidiu o Conselho Nacional de Proteccedilatildeo ao Iacutendio e lutou com os irmatildeos Villas Boas dentre outros pelo estabe-lecimento do Parque Indiacutegena do Xingu

A primeira coisa que me chamou a atenccedilatildeo em um livro sobre Rondon foi ter sido publicado antes em inglecircs e apenas depois ser traduzi-do para o Portuguecircs Talvez isso diga sobre os interesses das editoras do Brasil que prefiram sempre apostar em um sucesso no estrangeiro para a partir disso resolver investir

O autor desta biografia bem traduzida por Caacutessio de Arantes Leite Larry Rohter eacute um conhecido jornalista estadunidense que foi correspondente no Brasil do jornal The New York Times tendo outros livros publicados Contando com mais de 500 paacuteginas incluin-do vasta bibliografia mapas e fotografias estaacute biografia eacute dividida em quatro partes Come-ccedila como deve ser toda biografia com o nasci-mento e infacircncia do ldquoMarechal da Pazrdquo como seria um dia conhecido Cacircndido Mariano da Silva o sobrenome Rondon foi incorporado

posteriormente do sobrenome se sua avoacute ma-terna As quatro partes satildeo divididas em 26 capiacutetulos A primeira parte conta com trecircs capiacutetulos onde satildeo narrados infacircncia che-gada ao Rio de Janeiro para entrada no exeacuter-cito periacuteodo em que passou muitas necessi-dades e seu envolvimento no golpe de 15 de novembro A parte II conta com 14 capiacutetulos onde satildeo apresentadas toda sua vida adulta como oficial do exeacutercito suas missotildees e vida familiar Parte III com cinco capiacutetulos nos apresenta o Rondon maduro foi promovido a General de Brigada em 1919 aos 54 anos Ainda plenamente em atividades mas como natildeo poderia deixar de ser um personagem tatildeo forte e complexo contava com grande apoio e igualmente oposiccedilatildeo O major Bittencourt escritor e futuro general que lecionava na aca-demia militar escreveu ldquoHaacute no seio do exeacuter-cito duas correntes francamente opostas [] Os partidaacuterios do primeiro grupo [] acham o pacificador dos aboriacutegenes nacionais um li-dador de peso e conta prestando ao paiacutes em organizaccedilatildeo serviccedilos de grande valia e meacuterito os formadores do grupo adverso [] veem no grande brasileiro um servidor comum cujos esforccedilos seriam perfeitamente recompensa-dos com algumas dezenas de mil-reacuteis a mais Uns o querem general de brigada ou divisatildeo respeitado e querido por seus meacuteritos e tra-balhos [] Outros mais exigentes ou menos refletidos o desejam afastado do exeacutercito ignorado e esquecido agraves fileirasrdquo Suas accedilotildees como indigenistas ainda hoje podem ser po-lecircmicas e talvez a mais contundente seja de um pesquisador atual da antropologia do Mu-seu Nacional instituiccedilatildeo a qual Rondon sem-pre teve ligaccedilotildees importantes A uacuteltima parte

69

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

com quatro capiacutetulos trata do periacuteodo em que vai para a reserva quando passa por uma seacuterie de humilhaccedilotildees deliberadas em raacutepida suces-satildeo Uma das que mais lhe afetou foi o Serviccedilo Nacional do Iacutendio ter perdido prestiacutegio e ser transformado em uma seccedilatildeo de uma direto-ria Isso equivalia segundo o militar ligado ao SPI na eacutepoca a extinccedilatildeo do oacutergatildeo Todavia privado de suas atividades de comando pocircde devotar seu tempo a atividades cientiacuteficas Ele continuava bem-vindo ao Museu Nacional onde seu amigo Roquette-Pinto foi diretor Aleacutem disso haacute nesta biografia um epiacutelogo com a qual iniciei estaacute resenha

O livro estaacute muito bem impresso com for-mato e papel agradaacuteveis a leitura Da mesma forma o tamanho da fonte eacute igualmente agra-daacutevel a leitura As 25 fotografias em preto e branco natildeo estatildeo impressas em papel espe-cial mas no geral tem entre boa a razoaacutevel ni-tidez O detalhamento e profundida do texto satildeo excelentes ao menos para mim um qua-se ignorante na vida deste grande personagem brasileiro (ainda que com apenas 160 cm de altura) e natildeo tem como natildeo se admirar com a obra do Marechal Rondon Como zooacutelogo natildeo haacute como natildeo ficar maravilhado e ateacute mesmo tenso com as agruras que passaram Rondon soldados pesquisadores e todo o pessoal que o acompanhou Natildeo falta nada nestas aven-turas fome cansaccedilo ataque de indigenas inclusive com flechadas (sem que houvesse contra ataque) e coleta de material cientiacutefico A expediccedilatildeo mais conhecida eacute a com o Roo-sevelt onde passaram todo tipo de privaccedilatildeo pelo Rio da Duacutevida depois renomeado como Rio Roosevelt Realmente este foi o melhor li-vro de natildeo ficccedilatildeo que li em 2019 e recomendo

fortemente a todos que se interessam por via-gens de naturalistas zooacutelogos e antropoacutelogos Na verdade creio que todo brasileiro se be-neficiaacuteria da leitura desta excelente biografia

Mas se Rondon foi capaz de feitos tatildeo ex-cepcionais por que eacute quase desconhecido no mundo Talvez isso possa ser respondido por uma uacutenica palavra que denota uma das maiores ou a maior chaga humana racismo Seguramente o racismo e o preconceito natildeo eram menores que nos dias hoje Ainda em 1930 por exemplo The New York Times ain-da se referia a Rondon como o ldquoguia nativo do Coronel Rooseveltrdquo (estaacute claro que o sucesso e mesmo a sobrevivecircncia de Roosevelt se deve a Rondon Sim por pouco que Roosevelt natildeo morreu) Aleacutem de origem indiacutegena era oacuter-fatildeo nascido na pobreza e no interior do Bra-sil onde um simples ensino baacutesico era difiacutecil de obter Uma simples foto de Rondon mostra que ele natildeo atende ao estereoacutetipo de grande explorador cultivada pelo mundo anglo-sa-xatildeo com cor e feiccedilotildees tiacutepicas de um indigena sul-americano Seu pai Cacircndido Mariano da Silva um mascate de ascendecircncia europeia e indiacutegena tambeacutem com sangue africano que morreu apenas cinco meses apoacutes o nascimen-to de Rondon Sua matildee Claudina Maria de Freitas Evangelista tinha como ancestrais dois dos principais grupos indiacutegenas do centro de Mato Grosso Bororo e Terena Neste excelen-te livro temos a oportunidade de vislumbrar o periacuteodo as lutas sucessos e idiossincrasias deste brasileiro que nos enche de orgulho

Enfim termino por onde comecei o epiacutelogo desta biografia O autor menciona a eleiccedilatildeo presidencial brasileira de 2018 indicando um

70

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

futuro sombrio para as populaccedilotildees indiacutegenas Mas o autor ainda nos lembra de duas falas de personalidades do poder Pergunta o General Heleno Ribeiro Pereira quando era coman-dante militar da regiatildeo amazocircnica ldquocomo um brasileiro natildeo pode entrar numa terra porque eacute terra indiacutegenardquo ou o ldquoGeneral Maacuterio Ma-theus Madureira ex-comandante da 10 bri-gada de Infantaria de Selva que afirma que a demarcaccedilatildeo de grandes porccedilotildees de terra para grupos indiacutegenas e reserva ecoloacutegicas pode inviabilizar o desenvolvimento econocircmico do estadordquo

Embora as homenagens devidas tenham sido prestadas em 2005 aos 150 anos de nascimen-to do Marechal Candido Rondon pelo estado de Mato Grosso e pelo exeacutercito estaacute claro que eles natildeo entenderam quem foi o personagem que estavam homenageando

Editor Deacutelio Baecircta

71

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

Reuber Albuquerque Brandatildeo Renata Dias Franccediloso Theodo-ro de Hungria Machado Neuber Joaquim dos Santos (Orgs) 2020 Histoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudeste do Brasil PerSe Satildeo Paulo Ebook

Deacutelio Baecircta

Departamento de Vertebrados Museu Nacional Universidade Federal do Rio de Janeiro 20940-040 Rio de Janeiro RJ Brasil deliobaetagmailcom

72

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

A regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo com-preende uma fascinante regiatildeo do Cerrado no marco de encontro entre

os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais que abrange propriedades privadas e Unidades de Conservaccedilatildeo com diferentes categorias in-cluindo o Parque Nacional do Grande Sertatildeo Veredas O livro ldquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Su-deste do Brasilrdquo eacute focado na histoacuteria natural e estaacute organizado em onze capiacutetulos que descre-vem aspectos da histoacuteria fauna flora geolo-gia e geografia desta regiatildeo Preacuteviamente aos capiacutetulos satildeo apresentados os prefaacutecios biliacuten-gues (inglecircs e portuguecircs) de autoria de James A Ratter (Royal Botanic Garden Edinburg) e John N Landers (Order of British Empire) que trazem uma bela apresentaccedilatildeo da regiatildeo do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo seguido de um proacute-logo ldquoBem vindo ao cerrado dos Sertotildees da Trijunccedilatildeordquo onde os organizadores comparti-lham suas experiecircncias e memoacuterias sobre a a regiatildeo do Sertatildeo do Trijunccedilatildeo convidando os leitores a mergulhar nesta fascinante regiatildeo de Cerrado Antes de iniciar os capiacutetulos os autores deixam uma bela homenagem a Ju-dith Cortesatildeo ambientalista pesquisadora e educadora

A obra inicia com uma concisa e ao mesmo tempo detalhada apresentaccedilatildeo histoacuterico-bio-geograacutefica da regiatildeo do Trijunccedilatildeo lsquoCami-nhando pelo sertatildeo da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Minas Gerais e Goiaacutesrsquo De autoria de Theodoro H Machado o capiacutetulo 1 introduz ao leitor a importacircncia desta aacuterea de conflu-ecircncia entre os estados da Bahia Goiaacutes e Minas Gerais como ponto de passagem de diversas expediccedilotildees viajantes e autoridades da coroa

portuguesa que se dirigiam para os sertotildees regiotildees ainda natildeo exploradas no interior do territoacuterio Seguindo a apresentaccedilatildeo da regiatildeo somo contextualizados no capiacutetulo 2 (A regiatildeo do Trijunccedilatildeo no contexto do Bioma Cerrado) de autoria de Renata Franccediloso e Reuber Bran-datildeo sobre as caracteriacutesticas do Cerrado da re-giatildeo (eg precipitaccedilatildeo e temperatura meacutedia) indicando as diferentes categorias de Unida-des de Conservaccedilatildeo presentes na regiatildeo Jaacute neste capiacutetulo eacute feito um importante alerta so-bre a diminuiccedilatildeo do lenccedilol freaacutetico da regiatildeo fato preocupante que tem se tornado comum a diversas regiotildees do Cerrado

A partir do capiacutetulo 3 estendendo ateacute o ca-piacutetulo 9 iniciam-se as detalhadas descriccedilotildees sobre a flora e fauna da regiatildeo comeccedilando com a lsquoCaracterizaccedilatildeo floriacutestica e potencial de uso as espeacutecies vasculares ocorrentes na re-giatildeo do Trijunccedilatildeorsquo de autoria de Joseacute Felipe Ribeiro e colaboradores Neste capiacutetulo satildeo apresentados as fitosionomias presentes na regiatildeo bem como uma extensa lista de espeacute-cies indicando seu haacutebito e habitat Os auto-res tambeacutem resumem em uma tabela (paacutegs 80-84) as informaccedilotildees sobre o uso econocircmico e sustentaacutevel para algumas espeacutecies botacircnicas ocorrentes na regiatildeo abrangendo diversos usos como por exemplo plantas alimentiacutecias apiacutecolas condimentares artesanato medici-nais tecircxteis etc

Jaacute os capiacutetulos 4 a 6 apresentam um pano-rama da herpetofauna presente da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 4 lsquoAnfiacutebios da Trijunccedilatildeo dos Estados da Bahia Goiaacutes e Mi-nas e do Parque Nacional Grande Sertatildeo Ve-redasrsquo de autoria de Reuber Brandatildeo Paula Leatildeo e Leonardo Gedraite abordada aspectos

73

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

introdutoacuterios sobre os anfiacutebios e sua relaccedilatildeo com o Cerrado aleacutem dos ambientes de ocor-recircncia das espeacutecies na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e do PARNA Grande Sertatildeo Veredas A diversi-dade de anfiacutebios encontrada na regiatildeo eacute gran-de para o Cerrado (47 spp) e corresponde a aproximadamente um quarto das espeacutecies re-gistradas para este bioma (220 spp) indican-do a importacircncia desta regiatildeo em relaccedilatildeo ao bioma como um todo Esta importacircncia tam-beacutem eacute evidenciada pela presenccedila de anuros que ainda necessitam de confirmaccedilatildeo quan-to a sua identidade especiacutefica e pela descri-ccedilatildeo de Rhinella veredas (Brandatildeo Maciel amp Sebben 2007) que tem sua localidade tipo na Fazenda Trijunccedilatildeo (atualmente PARNA Grande Sertatildeo Veredas) Para cada espeacutecie de anfiacutebios registradas os autores incluem as informaccedilotildees sobre o registro na regiatildeo distri-buiccedilatildeo geograacutefica histoacuteria natural e status de conservaccedilatildeo

O capiacutetulo 5 lsquoReacutepteis da Trijunccedilatildeo e o Itineraacute-rio de Spix e Martius entre o Satildeo Francisco e o Vatildeo do Paranatildersquo de autoria de Guarino Colli Frederico Franccedila Daniel Mesquita e Davi Pantoja aborda o itineraacuterio da expediccedilatildeo dos naturalistas Johann Baptist von Spix e Carl Friedrich Philipp von Martius (1871-1820) e sua passagem pelo regiatildeo do Trijunccedilatildeo em destino a Bahia Este capiacutetulo juntamente com o capiacutetulo 1 prendeu minha atenccedilatildeo de-vido aos aspectos histoacutericos abordados Atra-veacutes do levantamento de localidades citadas por Spix e Martius e sua atualizaccedilatildeo com os nomes atualmente empregados os autores deste capiacutetulo confirmam a passagem de Spix e Martius pelo Vatildeo do Paranatilde e Carinhanha pernoitando nas cabeceiras do Juqueri regiatildeo

onde hoje se encontra a Trijunccedilatildeo A passa-gem destes naturalistas pela regiatildeo resultou na coleta de uma espeacutecie de caacutegado no rio Ca-rinhanha sendo posteriormente descrita por Schweigger como Phrynophus geoffroanus (Schweigger 1812) O exemplar ainda se en-contra (hoje um casco) na seccedilatildeo de herpeto-logia do Museu de Munique Alemanha As-sim como para outros grupos de fauna e flora os autores indicam a importacircncia da regiatildeo para a conservaccedilatildeo do Cerrado evidencia-da pela descriccedilatildeo de duas espeacutecie de lagartos endecircmicas da regiatildeo Stenocercus quinarius (Nogueira amp Rodrigues 2006) e Psilopus se-ductus (Rodrigues et al 2017) para o PARNA Grande Sertatildeo Veredas

Os autores registraram 48 espeacutecie de reacutepteis na Fazenda Trijunccedilatildeo o que corresponde a 50 das espeacutecies conhecidas para a regiatildeo sendo algumas delas registradas somente para a a fazenda Aleacutem disto o levantamento tambeacutem evidenciou a existecircncia de uma nova espeacutecie de lagarto do gecircnero Tropidurus e re-gistrou Phalostris labiomaculatus serpente endecircmica para o Cerrado conhecida somente de poucos exemplares provenientes de algu-mas localidades na divisa dos estados de To-cantins e Maranhatildeo Quando consideram a Fazenda Trijunccedilatildeo e a regiatildeo do entorno os autores indicam uma riqueza de 100 espeacutecies de reacutepteis com diferentes graus de endemis-mos de espeacutecies para o Cerrado (33) e Ca-atinga (4) Os autores tambeacutem apresentam comentaacuterios e atualizam os registros de reacutep-teis para regiatildeo finalizando com a importacircn-cia dos reacutepteis da regiatildeo para compreensatildeo dos processos biogeograacuteficos que atuam no Cerrado e Caatinga

74

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

O capiacutetulo 6 lsquoHistoacuteria natural do jacareacute-pa-guaacute (Paleosuchus palpebrosus) o pequeno notaacutevel das veredas dos sertotildees da Trijunccedilatildeo entre Bahia Goiaacutes e Minas Geraisrsquo de autoria de Beatriz Vasconcelos Joseacute Marcos Abreu e Reuber Brandatildeo finaliza a temaacutetica herpeto-fauna trazendo informaccedilotildees sobre a histoacuteria natural do jacareacute-paguaacute Seguindo os capiacutetu-los anteriores a introduccedilatildeo apresenta os dados relativos agrave histoacuteria natural conservaccedilatildeo e im-pacto antroacutepicos nas populaccedilotildees deste jacareacute Tendo como objeto de estudo uma populaccedilatildeo de jacareacutes-paguaacute presentes na Lagoa do For-moso foi avaliado o tamanho corporal dieta oferta de recursos alimentares microhabitats disponiacuteveis e utilizados e densidade da po-pulaccedilatildeo desta espeacutecie Os resultados obtidos mostraram uma semelhanccedila com outras po-pulaccedilotildees do jacareacute-paguaacute e somaram infor-maccedilotildees para a ecologia conservaccedilatildeo e manejo desta

O capiacutetulo 7 lsquoAvifauna do Trijunccedilatildeo as aves do Grande Sertatildeo Veredas de Guimaratildees Rosarsquo eacute de autoria de Marcelo Bagno Tarciacutesio Abreu e Vivian Braz Este capiacutetulo apresenta um extenso inventaacuterio da avifauna presente na regiatildeo do Trijunccedilatildeo e na parte baiana do PARNA Grande Sertatildeo Veredas Realizado em 12 pontos amostrais entre os anos 2000 e 2002 o inventaacuterio listou 219 espeacutecies in-cluindo espeacutecies consideradas ameaccedilas de ex-tinccedilatildeo de acordo com lista oficial de espeacutecies brasileiras ameaccediladas de extinccedilatildeo e de acordo com a lista de espeacutecies ameaccediladas do Estado de Minas Gerais Tambeacutem foram registradas espeacutecies ameaccediladas a niacutevel mundial de acor-do com os criteacuterios da Uniatildeo Internacional para a Conservaccedilatildeo da Natureza (Internatio-

nal Union for Conservation of Nature -IUCN) A composiccedilatildeo da avifauna apresentou uma predominacircncia por espeacutecies do Cerrado com grande predominacircncia das espeacutecies endecircmi-cas deste bioma que estatildeo associadas princi-palmente a ambientes campestres (14 de 33 espeacutecies) Apesar da grande diversidade de aves com uma grande distribuiccedilatildeo geograacutefica a maior parte delas correspondeu a espeacutecies associadas a ldquoDiagonal Seca da Ameacuterica do Sulrdquo (Biomas da Caatinga Cerrado e Chaco) no entanto espeacutecies associadas aos biomas da Amazocircnia e Mata Atlacircntica tambeacutem foram re-gistradas Todos os registros satildeo muito bem detalhados e discutidos ao longo do texto comparando os resultados do inventaacuterio da avifauna da Trijunccedilatildeo entre as fitofisionomias da regiatildeo bem como com inventaacuterios de ou-tras regiotildees O capiacutetulo eacute finalizado com uma detalhada discussatildeo biogeograacutefica sobre a avi-fauna do Trijunccedilatildeo enfocando principalmen-te aspectos de conservaccedilatildeo

Os capiacutetulos 8 e 9 apresentam a fauna de ma-miacuteferos de pequeno meacutedio e grande porte do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo O capiacutetulo 8 lsquoPequenos mamiacuteferos da Trijunccedilatildeo leste do Cerradorsquo de autoria de Cibele Boncicino e colaborado-res traz uma lista de 19 espeacutecies de pequenos mamiacuteferos ocorrentes na regiatildeo Para todas as espeacutecies satildeo apresentados dados referen-tes a histoacuteria natural e distribuiccedilatildeo aleacutem de incluiacuterem um mapa de distribuiccedilatildeo no Brasil e uma foto da espeacutecie acompanhada do nome cientiacutefico e popular Jaacute o capiacutetulo 9 lsquoOs ma-miacuteferos de meacutedio e grande porte da regiatildeo do Trijunccedilatildeo com observaccedilotildees sobre pequenos mamiacuteferosrsquo eacute de autoria de Marcelo Reis Ca-rolina Lobo Keiko Pellizzaro e Reuber Bran-

75

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Resenhas

datildeo apresenta os resultados de inventaacuterios raacutepidos da biodiversidade de mamiacuteferos da regiatildeo Esta amostragem raacutepida registrou 48 espeacutecies de mamiacuteferos entre capturas obser-vaccedilotildees diretas e indiretas

Os dois uacuteltimos capiacutetulos satildeo focados no ciclo das aacuteguas e uso do solo da regiatildeo do Trijun-ccedilatildeo O capiacutetulo 10 lsquoO ciclo das aacuteguas na regiatildeo da triacuteplice junccedilatildeo dos estados de Goiaacutes Mi-nas Gerais e Bahiarsquo eacute de autoria de Maria Te-resa Gaspar e de Joseacute Eloacutei Campos Os auto-res abordam a importacircncia do ciclo das aacuteguas para o estabelecimento de uma lsquofauna e flora exuberantesrsquo na regiatildeo do sertatildeo (nas palavras dos autores) De forma didaacutetica os autores in-cluem no texto informaccedilotildees sobre conceitos e definiccedilotildees ao explicarem o ciclo das aacuteguas da regiatildeo fundamental para a compreensatildeo do tema abordado no capiacutetulo Os autores fina-lizam o capiacutetulo apresentando bases e subsiacute-dios para a gestatildeo de forma sustentaacutevel dos recursos hiacutedricos da regiatildeo jaacute que apesar da presenccedila de unidades de conservaccedilatildeo na re-giatildeo a Trijunccedilatildeo jaacute sofre com os impactos na alteraccedilatildeo do ciclo das aacuteguas

O capiacutetulo 11 (Uso e cobertura da Terra no su-doeste da Bahia municiacutepios de Cocos e Jabo-randi) de autoria de Eraldo Matricardi Ana Beatriz Ferreira e Joseacute Pires analisa o uso do solo nestes municiacutepios em relaccedilatildeo a qualidade ambiental da regiatildeo Os autores copilaram da-dos do uso e cobertura da terra entre os anos 2000 e 2016 identificando a conversatildeo da ve-getaccedilatildeo nativa para uso antroacutepico do solo o que ocasionou a fragmentaccedilatildeo dos habitats nestes municiacutepios Este capiacutetulo focado nos municiacutepios baianos traz um alerta para a

pressatildeo exercita para o uso do solo em ativi-dades antroacutepicas

De forma geral o livro eacute muito bem ilustrado e diagramado com textos de faacutecil leitura sem uso excesso de termos teacutecnicos que desenco-rajam a leitura por quem natildeo eacute familiarizado Mesmo quando utilizados estes termos satildeo muito bem explicados Apesar do cuidado com a obra haacute pequenos problemas na diagra-maccedilatildeo alguns subtiacutetulos ficaram deslocados em relaccedilatildeo ao texto que se referem como por exemplo nas paacuteginas 78 e 108 onde os sub-tiacutetulos lsquoAlternativa de Uso e Zoneamentorsquo e lsquoOlolygon cf skaios Pombal Jr Carvalho Jr Canelas amp Bastos 2010rsquo (respectivamente) fi-caram no fim da paacutegina longe do texto a que se referem No entanto isto natildeo prejudica a leitura da obra

As fotos e ilustraccedilotildees da regiatildeo do sertatildeo da Trijunccedilatildeo satildeo um espetaacuteculo agrave parte e des-pertam a vontade de conhecer e vivenciar esta regiatildeo A obra lsquoHistoacuteria Natural do Sertatildeo da Trijunccedilatildeo do Nordeste Centro-Oeste e Sudes-te do Brasilrsquo reflete o cuidado e a dedicaccedilatildeo de todos os envolvidos neste projeto ao longo dos anos Eacute um livro para ser apreciado

EditorJoseacute P Pombal Jr

76

Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Rafael Mitsuo Tanaka Mariana Pedrozo Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP BrazilCorresponding author edelciomuscatterracombr

MORE THAN ONE PATH TO SUCESS AN ALTERNATIVE STRATEGY FOR physalaemus atlantiCus (AMPHIBIA LEP-TODACTYLIDAE) LARVAL DEVELOPMENT

The order Anura currently com-prises 39 described reproduc-tive modes of which 27 are

found in the Atlantic Forest (Haddad amp Prado 2005) However little is known about some basic aspects of reproduc-tive biology (Hartmann et al 2010) For instance data about the duration of larval development and the influ-ence of environmental parameters in this process remain scarce (Hartmann et al 2010) Herein we describe our ob-servations on larval development and a new reproductive mode for the Atlantic Forest endemic species Physalaemus atlanticus Haddad amp Sazima 2004

Physalaemus atlanticus is a small frog whose type locality is Nuacutecleo Picin-guaba municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil (Haddad amp Sazima 2004) This species is part of the P sig-

nifier species group (Haddad amp Sazima 2004) and is listed as vulnerable ac-cording to IUCN Red list criteria (Cox and Stuart 2004) The species can be distinguished from other Physalaemus species by its morphological features such as a smooth to slightly rugose dor-sal skin texture and orange belly in life and also by its advertisement call with a duration of 06ndash084 s and a frequen-cy between 09ndash18 kHz Physalaemus atlanticus lays its eggs on a foam nest either in leaf litter or in small tempo-rary puddles (Hartmann et al 2010) defined by Haddad amp Prado (2005) as mode 28 and 11 respectively

The study took place in the municipal-ity of Ubatuba (-234620 -451453 WGS 84 14m asl) Satildeo Paulo state Bra-zil The study area encompasses 1613 ha and is a private reserve belonging to

77

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Projeto Dacnis (PD) a non-profit orga-nization The mean annual precipita-tion varies from 2000mm to 2500mm The hot and wet season runs from the end of November to March

Physalaemus atlanticus is the only species of the genus that occurs in the PD reserve and uses a foam nest as re-productive strategy We confirmed our identification based on the morpholog-ical characteristics of adults found in the spawning area (Fig 1) by the ad-vertisement call and by the imagoes observed

We monitored the area daily between October 2014 and January 2015 and re-corded the stages in the development of the tadpoles For the description of an-uran embryos and larvae development stages we followed Gosner (1960) We collected some environmental data including water pH (using the Mache-rey-Nagel system) and water tempera-ture (Thermofocus model 01500A3)

Advertisement calls were recorded us-ing a Zoom H2n Handy recorder We deposited the recording at Fonoteca Neotropical Jacques Vielliard (FNJV) Museu de Zoologia ldquoProf Adatildeo Joseacute Cardosordquo Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Campinas Bra-zil (FNJV-45024)

On 3 November 2014 we found a P atlanticus foam nest in a water-filled bract of the palm Syagrus botryophora on the forest floor (Fig 2A and 2B) On

25 November 2014 we recorded 16 lar-vae between stages 36-39 (Fig 2C) On 15 December 2014 we observed four imagoes between stages 42-43 (Figure 2D) On the following day we did not find any imagoes in the area Forty-two days passed from the day we found the foam nest to the last day we observed the imagoes on the bract The pH of the water in the bract remained constant at 70 The water temperature was 20degC in the morning and 23degC in the late af-ternoon and the temperature ampli-tude remained constant throughout the study

The observation of oviposition in a leaf bract by P atlanticus is the first record of this species using this mode When the rain filled the bract with water it provided an environment with the nec-essary conditions for the continuity of egg development in a place with poten-tially fewer predators and competitors This reproduction strategy is classified as mode 14 by Haddad amp Prado (2005) and is already known for other species of the genus Physalaemus (eg P caete Pombal amp Madureira 1997 P erythros Caramaschi Feio amp Guimaratildees 2003 Pcrombiei Heyer amp Wolf 1989)

On 6 October 2014 we found a P at-lanticus foam nest deposited on dry soil After a few days of precipitation temporary puddles formed surround-

78

ing the foam with water We observed dozens of tadpoles being released in the water and occupying the temporary puddle surrounding the nest However after a few days the puddle began to dry out and many tadpoles were found dead

Physalaemus atlanticus may depos-it its foam nest on different substrates such as the water surface of rock crev-ices anchored to plants or directly on leaf litter near ponds (Haddad amp Sazi-ma 2004 Hartmann et al 2010) This may show to some extent a plasticity in foam nest deposition site selection or may simply be related to the availabil-ity of oviposition sites (Taylor 1962 Schleich 2002) The species shows a dependence on puddles formed mainly by precipitation They provide an ide-al aquatic habitat for the larvae before the terrestrial phase begins (Wilbur amp Collins 1973) but they rely on rain to remain constantly full which can ex-pose the larvae to a high mortality risk or accelerate the metamorphosis pro-cess (Newman 1992) In the case of the bract the strategy was successful

Acknowledgements

We would like to thank Elsie Laura Rotenberg for major support Daniel Stuginski Ana Helena Stuginski and Matheus de Toledo Moroti for text re-view and Ivan Sazima the incentive provided We also thank the reviewers for helping us to improve the paper

References

Caramaschi U Feio RN Guim-aratildees-Neto AS 2003 A new bright-ly colored species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from Minas Gerais southeastern Brazil Herpeto-logica 59519ndash524

Cox N Stuart S 2004 Physalae-mus atlanticus The IUCN Red List of Threatened Species 2004 eT57240A11607388 httpsdxdoiorg102305IUCNUK2004RLTST57240A11607388en Downloaded on 05 June 2020

Gosner KL 1960 A simplified table for staging anuran embryos and larvae with notes on identification Herpeto-logica 16183ndash190

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive modes in frogs and their un-expected diversity in the Atlantic forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Haddad CFB Sazima I 2004 A new species of Physalaemus (Amphibia Leptodactylidae) from the Atlantic forest in southeastern Brazil Zootaxa 4791ndash12

Hartmann MT Hartmann PA Hadd-ad CFB 2010 Reproductive modes and fecundity of an assemblage of anu-ran amphibians in the Atlantic rainfor-est Brazil Iheringia 100207ndash215

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

79

Heyer WR Wolf AJ 1989 Physalae-mus crombiei (Amphibia Leptodac-tylidae) a new frog species from Es-piacuterito Santo Brazil with comment on the P signifer group Proceedings of the Biological Society of Washington 102500ndash506

Newman RA 1992 Adaptive Plasticity in Amphibian Metamorphosis Biosci-ence 42 671ndash678

Pombal Jr JP Madureira CA 1997 A new species of Physalaemus (Anura Leptodactylidae) from the Atlantic rain forest of northeastern Brazil Alytes 15105ndash112

Schleich HH 2002 Amphibians and reptiles of Nepal biology systemat-ics field guide ARG Gantner Verlag Ruggell

Taylor E H 1962 The amphibian fauna of Thailand University of Kansas Sci-ence Bulletin 43265ndash499

Wilbur HM Collins JP 1973 Eco-logical aspects of amphibian metamor-phosis Science 1821305ndash1314

Editora Carla S Cassini

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

80

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Physalaemus atlanticus individual found in the spawning area municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil on 19 October 2014 A) Dorso-lateral view and B) ventral view Photos by EM

A

B

81

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Physalaemus atlanti-cus development stages recorded in the municipality of Ubatuba Satildeo Paulo state Brazil A) Foam nest B) Spawn in a Syagrus bo-tryophora bract C) Tadpole be-tween stages 36-39 and D) Imago recorded in the spawn area Pho-tos by EM

A

B

C

D

82

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Antoacutenio J R Cruz1 Leandro O Drummond2 Adriele P Magalhatildees3 Caryne A C Braga4 Maria R S Pires3

1 Instituto de Ciecircncias Bioloacutegicas Universidade Federal de Minas Gerais 31270-910 Belo Hori-zonte MG Brazil2 Laboratoacuterio de Ciecircncias Ambientais Universidade Estadual Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brazil3 Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados Departamento de Evoluccedilatildeo Biodiversidade e Meio Ambiente Universidade Federal de Ouro Preto 35400-000 Ouro Preto MG Brazil4 Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade - NUPEM Universidade Federal do Rio de Ja-neiro 27965-045 Macaeacute RJ Brazil

Corresponding author cruzonygmailcom

enyalius perditus (SQUAMATA LEIOSAURIDAE) VOMITING AS A DEFENSIVE BEHAVIOR

Lizards have many predators mostly snakes other lizards birds mammals and inverte-

brates (mainly arachnids) (Schalk amp Cove 2018) Numerous strategies have evolved to escape this diverse range of predators including mimicry and camouflage rapid escape death feign-ing caudal autotomy tail display and vibration mouth opening and gular expansion (Arnold 1984 Green 1988 Martins 1996 Vitt amp Caldwell 2014 Pough et al 2015) In addition to natu-ral predation pressure introduction of invasive species (Trompeter amp Langk-ilde 2011) can lead to a change in the effectiveness of a particular strategy and changes in behavioral defensive responses

Enyalius perditus Jackson 1978 (Squa-mata Leiosauridae) is a semi-arboreal lizard endemic to the Atlantic Forest in southeastern and southern Brazil (Jackson 1978 Rocha et al 2000 Sturaro amp Silva 2010 Rodrigues et al 2014) It is a diurnal species found in forest leaf litter exhibiting sexual di-morphism in color and size and a diet based on invertebrates (Jackson 1978 Sousa amp Cruz 2008 Sturaro amp Silva 2010 Barreto-Lima amp Sousa 2011 Barreto-Lima et al 2013)

During fieldwork conducted from Janu-ary to December 2010 in Serra do Ouro Branco municipality of Ouro Branco Minas Gerais Brazil (20deg30prime3291Prime S 43deg36prime3047Prime W datum SAD 69) we captured 52 specimens of Enyali-us perditus using active searches and

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

83

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

pitfall traps with drift fences (Cruz et al 2014) and documented an unusu-al and unrecorded defense behavior for Enyalius We sexed young specimens by everting the hemipenis and used a digital caliper to take snout-vent length to 001 mm resolution All captured specimens were deposited in the herpe-tological collection of the Laboratoacuterio de Zoologia dos Vertebrados (LZV) Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) Minas Gerais The lizards were collected under permits issued by the Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis (IBAMA-48106-NUFAS-MG) and In-stituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBIO-21543-1)

In January 2010 while attempting to photograph a male (LZV-940s) the liz-ard performed the defensive behavior of mouth opening hissing and gular expansion before and during handling Following this behavior it regurgitated its stomach contents The second and third vomiting records were made In September 2010 while removing two males (LZV-1038s and LZV-1040s) from a pitfall trap both exhibited the same vomiting behavior In October 2010 another male (LZV-1077s) vom-ited while being transported in a trans-parent plastic bag

All regurgitations were preceded by similar defensive behavior (mouth opening hissing and gular expansion) Analysis of the vomit revealed the pres-

ence of beetles (Coleoptera) crickets (Orthoptera) and spiders (Aranae) (Table 1) common prey of E perditus (Sturaro amp Silva 2010 Sousa amp Cruz 2008 Barreto-Lima amp Sousa 2011)

Most sedentary lizards including En-yalius use camouflage running or jumping and running as primary de-fensive behavior (Rautenberg amp Laps 2010) Previous studies report a wide range of defensive strategies for Eny-alius when individuals are cornered or handled such as mouth opening hiss-ing biting tail whipping death feign-ing gular inflation cloacal discharge and even physiological color changes (males becoming darker) (Rautenberg amp Laps 2010 Gomides amp Sousa 2011 Silva et al 2018) During our field-work all these behaviors were also dis-played by specimens of E perditus on at least one occasion except for death feigning and tail whipping which were not recorded

Different individuals or populations of a species do not always exhibit the same defensive strategies (Trompeter amp Langkild 2011) Indeed in a popu-lation of E perditus from Juiz de Fora Minas Gerais (approximately 140 km southeast of Ouro Branco) Gomides amp Sousa (2011) reported death feign-ing in approximately 9 of individuals during handling None of the 52 indi-viduals handled in Serra do Ouro Bran-co feigned death although four adults (8) regurgitated Although these re-cords represent a small percentage of

84

examined specimens they may suggest differences in defensive response be-tween the two populations

Acknowledgments

We thank the residents of the Itatiaia community in Serra do Ouro Bran-co for their receptivity sympathy and hospitality during the execution of the project and FAPEMIG (Biota Minas) for the financing We also thank the anonymous reviewers and Henrique C Costa for pertinent suggestions and critical review of the manuscript

References

Arnold EN 1984 Evolutionary aspects of tail shedding in lizards and their relatives Journal of Natural History 18127ndash169

Barreto-Lima AF Sousa BM 2011 Feeding ecology and sexual dimor-phism of Enyalius perditus in an At-lantic forest Brazil Herpetological Bulletin 1181ndash9

Barreto-Lima AF Pires E O Sousa BM 2013 Activity foraging mode and micro-habitat use of Enyalius perdi-tus (Squamata) in a disturbed Atlantic rainforest in southestern Brazil Sala-mandra 49177ndash185

Cruz AJR Drummond L O Luce-na VD Magalhatildees AP Braga CAC Rolim JM Pires MRS 2014 Lizard

fauna (Squamata Sauria) from Serra do Ouro Branco southern Espinhaccedilo Range Minas Gerais Brazil Check List 101290ndash1299

Gomides SC Sousa BM 2011 Enya-lius perditus death-feigning Herpeto-logical Review 42602

Greene HW 1988 Antipredator mechanisms in Reptiles Pp 1ndash152 in Gans C Huey RB (Eds) Biology of the Reptilia Vol 16 Ecology defense and life history Allan R Liss New York

Jackson JF 1978 Differentiation in the genera Enyalius and Strobilurus (Iguanidae) implications for Pleisto-cene climatic changes in eastern Brazil Arquivos de Zoologia 301ndash79

Martins M 1996 Defensive tactics in lizards and snakes the potential contri-bution of the Neotropical fauna Anais de Etologia 14185ndash199

Rautenberg R Laps RR 2010 Natural history of the lizard Enyalius iheringii (Squamata Leiosauridae) in south-ern Brazilian Atlantic forest Iheringia 100287ndash290

Pough FH Andrews RM Crump ML Savitzky AH Wells KD Brand-ley MC 2015 Herpetology Sinauer Associates Sunderland

Rautenberg R Laps RR 2001 Natural history of the lizard Enyalius iheringii

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

85

(Squamata Leiosauridae) in southern Brazilian Atlantic Forest Iheringia 100287ndash290

Rocha CFD Van-Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Silva RRE Neo FA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 79ndash87 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van-Sluys M (Eds) A Fauna Ameaccedilada de Ex-tinccedilatildeo do Estado do Rio de Janeiro Ed-itora UERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT Bertolotto CEV Am-aro RC Yonenaga-Yassuda Y Freire EMX Pellegrino KCM 2014 Mo-lecular phylogeny species limits and biogeography of the Brazilian endemic lizard genus Enyalius (Squamata Leio-sauridae) An example of the historical relationship between Atlantic Forests and Amazonia Molecular Phylogenet-ics and Evolution 81137ndash146

Schalk CM Cove MV 2018 Squa-mates as prey Predator diversity pat-terns and predator-prey size relation-ships Food Webs 161ndash4

Silva MA Hudson AA Souza BM 2018 Enyalius bilineatus (Two-lined fat-headed Anole) Defensive behavior Herpetological Review 49742

Sousa BM Cruz CAG 2008 Haacutebi-tos alimentares em Enyalius perditus (Squamata Leiosauridae) no Parque Estadual do Ibitipoca Minas Gerais Iheringia 98260ndash265

Sturaro MJ Silva VX 2010 Natural history of the lizard Enyalius perdi-tus (Squamata Leiosauridae) from an Atlantic forest remnant in southeast-ern Brazil Journal of Natural History 441225ndash1238

Trompeter WP Langkilde T 2011 In-vader danger Lizards faced with novel predators exhibit an altered behavioral response to stress Hormones and Be-havior 60152ndash158

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Defense and Escape Pp 319ndash351 in Vitt LJ Caldwell JP (Eds) Herpetology An Introductory Biology of Amphibians and Reptiles Academic Press LondonWalthamSan Diego

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

86

Table 1 Individuals of Enyalius perditus that regurgitated whileafter handling in Serra do Ouro Branco Minas Gerais Brazil

SVL = snout-vent length M = male F = female

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Collection number

SVL (mm) Sex Regurgitated content

Local coordinates

LZV- 940s 7595 M Aranae Or-thoptera

20deg29prime3513PrimeS 43deg36prime2417Prime W

LZV- 1038s 6489 M Aranae Coleoptera

20deg29prime4500PrimeS 43deg35prime4853Prime W

LZV- 1040s 7597 M Aranae 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

LZV- 1077s 7898 F Coleoptera 20deg29prime3708PrimeS 43deg36prime2555Prime W

87

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Ana Helena Pagotto Daniel Rodrigues Stuginski Edelcio Muscat

Projeto Dacnis Estrada do Rio Escuro 4754 Sertatildeo das Cotias 11680-000 Ubatuba SP Brazil Corresponding author edelciomuscatterracombr

thamnodynastes strigatus (GUumlNTHER 1858) (SERPENTES DIPSADIDAE) FORAGING SITE FIDELITY

Like many other taxa snakes have home ranges where they perform daily activities like foraging

breeding thermoregulating and rest-ing (Macartney et al 1988 Powell et al 2000) Although home ranges can differ seasonally andor depend on the species and sex (Hyslop et al 2009 Breininger et al 2011) snakes gener-ally remain within their home ranges and even philopatry has already been reported for some species (Brischoux et al 2009) In recent decades long-term mark-recapture studies and the use of radio-telemetry have provided an increasing amount of data about home ranges movement and habi-tat use (Webb amp Shine 1997 Dorcas amp Willson 2009) and there is now a much more fine-scale comprehension of how snakes use their habitats It is now known that they exhibit site fidel-ity using the same spots within their home range repeatedly to perform var-ious activities (Madsen amp Shine 1996 Moore amp Gillingham 2006) Site fidel-ity can occur for short periods or for years restricted to small areas (eg a burrow used as shelter) or large (eg extensive hunting grounds) within a snakersquos home range (Madsen amp Shine 1996 Webb amp Shine 1997)

Site fidelity was reported for some spe-cies in the Northern Hemisphere that use the same den site for hibernation sometimes travelling great distanc-es (Burger amp Zappalorti 1992 Go-mez et al 2015) Sea snakes such as Laticauda colubrina (Schneider 1799) have long-term egg-laying site fidelity (Brischoux et al 2009) Whitaker amp Shine (2003) reported the daily use of a shelter site by the same individual of Pseudonaja textilis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854) These authors report-ed snakes traveling more than 800 m from their hunting grounds to the same retreat site daily One explanation for site fidelity is linked to the fact that hab-itats are complex and heterogeneous with some sites offering better feeding opportunities protection against pred-ators and more favorable thermal and hydric microenvironments (Du et al 2009) It is expected that snakes use some sites within their home range more frequently because of the need of a particular resource

Food is a resource that can be high-ly variable across the landscape Such variability may also be seasonal and prey abundance can differ spatial-

88

ly and temporally (Madsen amp Shine 1996 Cundall amp Pattishall 2011) The Foraging Theory predicts that ani-mals increase their energetic gain by decreasing the time and energy spent searching for food (Stephens amp Krebs 1986) Thus if a site presents food abundance or any hunting advantage some degree of site fidelity by preda-tors is expected Foraging site fideli-ty has been reported for snakes and they used specific hunting grounds repeatedly in both foraging modes (sit-and-wait ambushers and active searching) (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004 Sazima amp Marques 2007) The ambush-hunting snake Chilabothrus inornatus (Reinhardt 1843) in Puerto Rico used the entrance of one cave to hunt bats returning to the same point regularly (Puente-Roloacuten amp Bird-Picoacute 2004) Sazima amp Marques (2007) ob-served a specimen of the active-search-ing Philodryas olfersii (Lichtenstein 1823) revisiting a successful bird-hunt-ing site for nine months The authors recorded the same snake hunting birds in the same tree five times (three of which were successful) and suggested that this foraging site fidelity could be linked to a snakersquos learning process In the present manuscript we report similar foraging site fidelity during two consecutive years by Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) a snake spe-cies that usually hunts by active search-ing (Bernarde et al 2000b but see Mario-da-Rosa et al [2020] who mon-

itored specimens relying exclusively on ambush hunting)

Thamnodynastes strigatus is a noctur-nal viviparous and opisthoglyphous xenodontine (Marques et al 2001 Zaher et al 2019) The species occurs in Argentina Paraguay Uruguay and Brazil In Brazil T strigatus occurs in the southeastern and southern At-lantic Forest the Pampa and the Cer-rado (Nogueira et al 2019) The spe-cies can be locally abundant Zanella amp Cechin (2006) found T strigatus to be the most common snake in the Plan-alto Meacutedio of the state of Rio Grande do Sul Specimens seem to use swampy areas frequently searching for food on the ground and in vegetation (Bernarde et al 2000ab)

The diet of T strigatus consists of an-urans fish mammals and reptiles Anurans of the families Leptodactyli-dae Odontophrynidae Bufonidae and Hylidae represent the major part of the diet in some populations of T strigatus (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) The species may be considered an anuran specialist that occasional-ly feeds on other prey although some populations seem to be highly special-ized in eating fish (Mario-da-Rosa et al 2020)

On 12 November 2018 we recorded a specimen of T strigatus SVL 390 mm foraging on the lower branches of a tree in the Projeto Dacnis private reserve (22deg53prime447Prime S 45deg56prime294Prime W) Satildeo Francisco Xavier subdistrict munic-

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

89

ipality of Satildeo Joseacute dos Campos state of Satildeo Paulo Brazil Identification was based on the following morphological features dorsal scales smooth in 19 rows at midbody and infralabial scales with dark markings that taper ventral-ly (Franco amp Ferreira 2003) The tree stands on the edge of a swamp area and near an artificial pond Approximately 20 frog species use the pond and swamp area as breeding sites and at least five treefrog species use this tree as a call-ing site Boana faber (Wied 1821) Dendropsophus minutus (Peters 1872) Scinax eurydice (Bokermann 1968) Scinax aff perereca and Scinax crospedospilus (Lutz 1925) During this first encounter we observed the snake hunting for one hour without success in capturing prey We returned to the same tree ten times over the next 17 nights

During eight of these nights we identi-fied the same individual of T strigatus foraging for frogs on low tree branch-es We recognized this individual by the following characters the third and fourth brown bars of the left supra-labial scales in contact on the upper edge the fifth and sixth brown bars on the distal portion of the fifth and sixth supralabials not reaching the up-per margin of those scales the fourth left supralabial brownish bar with an inverted ldquoLrdquo shape the lower portion of the left postocular dark stripe nar-rows markedly at the distal margin of the last supralabial scale prefrontal

and internasal scales have a V-shaped brownish blotch a dark-bordered cir-cular mark on the left supraocular and frontal scale forms a complete circle in contrast with the right side where the circle is interrupted on the rostral part of the frontal scale (Figure 1)

In our sixth encounter we inadver-tently surprised a specimen of S aff perereca (SVL approximately 40 mm) that jumped near the T strigatus The snake grasped the frog and started eat-ing it immediately (Figure 2) The frog appeared to have been envenomated because it did not react vigorously but remained motionless for most of the in-gestion process similar to the findings of Bernarde et al (2000a) The feeding event lasted at most five minutes and after that the snake moved along the branches to the trunk of the tree The last date on which we found the snake on the tree 29 November 2018 was co-incident with a decrease in the calling activity of Scinax

During the monitoring period we found four more specimens of T strigatus foraging at the swamp area and also other snake species (Bothrops

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

90

Figura 1 Morpho-logical features used to recognize the Thamnody-nastes strigatus individual (A) Third and fourth brownish bars on the left supralabial scales in contact at the upper edge of the scales The fourth left suprala-bial brownish bar forms an inverted ldquoLrdquo shape (blue arrow) Fifth and sixth brownish la-bial bars are short not reaching the upper edge of the scales and are only at the distal portion of the scale (yellow arrows) Lower portion of the left pos-tocular dark stripe narrows at the dis-tal margin of the last supralabial scale (white arrow) (B) Prefrontal and inter-nasal scales have a V-shaped brownish blotch (blue arrow) On the portion for-med by the frontal and scales there is a pair of dark-bordered ocelli but the border of the right ocellus is interrup-ted at the rostral portion of the fron-tal scale (yellow arrow) Both pictures were taken in 2019

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

91

jararaca (Wied 1824) Oxyrhopus guibei (Hoge amp Romano 1977) and Dipsas neuwiedi (Ihering 1911) but no snake other than this specimen of T strigatus on this particular tree We kept monitoring the area searching the tree thoroughly twice a week for 12 months but found no more snakes

In early November 2019 we detect-ed a number of S aff perereca and S crospedospilus using the same tree as a calling site On 20 November 2019 during one of our regular field surveys we found a specimen of T strigatus on the tree A comparison of photos taken in 2018 and on this night showed that it was the same individual we had mon-itored in the previous year The snake was resting on tree branches approxi-mately 1 m above ground During the encounter we noticed that the stomach area was distended suggesting recent ingestion of prey

This is the first report of foraging site fidelity for a Thamnodynastes species and the second long-term foraging site fidelity reported for a Brazilian species (Sazima amp Marques 2007) The rela-tionship between snake presence on that tree and anuran calling activity especially Scinax spp suggests a re-source-based foraging site fidelity in-stead of random use of the space It is clear to us that this snake used the same foraging site while prey abundance was high but when resources decreased it moved from this area returning after 12 months when resources were abun-dant again

Frogs were abundant in all swamp ar-eas and we also found other snakes including more specimens of T strigatus foraging in the swamp and around the pond Despite searching the swamp area thoroughly we only saw this individual when it was on the tree

Figura 2 Thamnodynastes strigatus feeding on Scinax aff perereca on 22 Novem-ber 2018

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

92

never elsewhere Foraging site fidelity by active-hunting snakes was previous-ly reported in P olfersii a semi-arbo-real and diurnal Xenodontine species (Sazima amp Marques 2007) Similarly to P olfersii T strigatus feeds on a wide range of taxa although some pop-ulations show a strong predilection for frogs (Bernarde et al 2000a Ruffato et al 2003) or even fish (Mario-da-Ro-sa et al 2020) Based on the analysis of the stomach contents of 44 T strigatus Bernarde et al (2000a) hypothesized that most foraging activity occurred on the ground and at water level but they also suggested the use of the arboreal stratum as a foraging site for the spe-cies These authors noted that Scinax was the most frequent frog genus in the stomach contents accounting for over 40 of the preyed frogs

In our sampled area frogs were pres-ent in the entire swamp but we do not know if frog abundance was greater near the tree than in other areas Some Scinax used this tree as a calling site but not as a breeding site since all Sci-nax species observed in our field sur-veys breed in flooded areas (Haddad amp Prado 2005) The choice of a specific tree as the snakersquos main foraging area seems to be directly related to the abun-dance of prey on it It is relevant that there were other frog species that are regularly consumed by T strigatus in the studied area (Ruffato et al 2003) So it is possible that the site fidelity we report is related not only to frog abun-

dance but specifically to Scinax abun-dance on that tree Furthermore Ber-narde et al (2000b) suggested that T strigatus hunts by visual orientation based on frog movement and that the snake is less prone to detect frogs that remain quiet and motionless As most frogs on the tree were males in high calling activity and its branches were diffuse and easily accessible the snake could gain some advantage by perform-ing a visually oriented search at this foraging site

The snakersquos return to the same hunt-ing spot after one year is surprising and reinforces that snakes may exhib-it strong site fidelity related to their feeding grounds (Sazima amp Marques 2007) Long-term site fidelity was also reported for other snake activities eg breeding or hibernating (Brischoux et al 2009 Gomez et al 2015) but less frequently for foraging We still do not know if this foraging site fidelity occurs in different snake species and how they maintain this fidelity It is possible that such long-term foraging site fidelity is guided exclusively by chemical cues of prey congregating seasonally at the same site but learning and memory processes cannot be discarded as lead-ing forces in foraging site fidelity by snakes (Sazima amp Marques 2007)

Acknowledgments

We thank Matheus de Toledo Moro-ti for the 2019 photographs and Elsie Laura Rotenberg for all the help with this manuscript

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

93

References

Bernarde PS Moura-Leite JC Mach-ado RA Kokobum MNC 2000a Diet of the colubrid snake Thamnody-nastes strigatus (Guumlnther 1858) from Paranaacute state Brazil with field notes on anuran predation Revista Brasileira de Biologia 60695ndash699

Bernarde PS Kokubum MNC Marques OAV 2000b Atividade e uso de habitat em Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858) no sul do Brasil (Serpentes Colubridae) Boletim do Museu Nacional (NS) Zoologia 4281ndash8

Breininger DR Bolt MR Legare ML Drese JH Stolen ED 2011 Fac-tors Influencing Home Range Sizes of Eastern Indigo Snakes in Central Flor-ida Journal of Herpetology 45484ndash490

Brischoux F Bonnet X Pinaud D 2009 Fine-scale site fidelity in sea kraits Implications for conserva-tion Biodiversity and Conservation 182473ndash2481

Burger J Zappalorti RT 1992 Philo-patry and nesting phenology of pine snakes Pituophis melanoleucus in the New Jersey Pine Barrens Behavioral Ecology and Sociobiology 30331ndash336

Cundall D Pattishall A 2011 Foraging Time Investment in an Urban Popula-tion of Watersnakes (Nerodia sipedon) Journal of Herpetology 45174ndash177

Dorcas ME Willson JD 2009 In-novative methods for studies of snake ecology and conservation Pp 5ndash37 in Mullin SJ Seigel RA (Eds) Snakes Ecology and conservation Comstock Ithaca

Du W Webb JK Shine R 2009 Heat sight and scent multiple cues influence foraging site selection by an ambush-foraging snake Hoplocephalus bungaroides (Elapidae) Current Zool-ogy 55266ndash271

Franco FL Ferreira T 2002 De-scriccedilatildeo de uma nova espeacutecie de Tham-nodynastes Wagler 1830 (Serpentes Colubridae) do nordeste brasileiro com comentaacuterios sobre o gecircnero Phyllomedusa 157ndash74

Gomez L Larsen KW Gregory PT 2015 Contrasting patterns of migra-tion and habitat use in neighboring Rattlesnake populations Journal of Herpetology 49371ndash376

Haddad CFB Prado CPA 2005 Re-productive Modes in Frogs and Their Unexpected Diversity in the Atlantic Forest of Brazil BioScience 55207ndash217

Hyslop NL Cooper RJ Meyers JM 2009 Seasonal Shifts in Shelter and Mi-crohabitat Use of Drymarchon couperi (Eastern Indigo Snake) in Georgia Co-peia 2009458ndash464

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

94

Macartney JM Gregory PT Larsen KW 1988 A tabular survey of data on movement and home ranges of snakes Journal of Herpetology 2261ndash73

Madsen T Shine R 1996 Seasonal mi-gration of predators and prey pythons and rats in tropical Australia Ecology 77149ndash56

Mario-da-Rosa C Abegg AD Mal-ta-Borges L Righi AF Bernarde PS Cechin SZ Santos TG 2020 A fisher-manrsquos tale Activity habitat use and the first evidence of lingual lure behavior in a South American snake Salamandra 5639ndash47

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica - Guia Ilustrado para a Serra do Mar Holos Ribeiratildeo Preto

Moore JA Gillingham JC 2006 Spa-tial ecology and multi-scale habitat se-lection by a threatened rattlesnake the Eastern Massasauga (Sistrurus catena-tus catenatus) Copeia 2006742ndash51

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Her-petology 141ndash274 doi102994SA-JH-D-19-001201

Pattishall A Cundall D 2008 Spa-tial Biology of Northern Watersnakes (Nerodia sipedon) Living along an Ur-ban Stream Copeia 2008752ndash762

Powell RA 2000 Animal home rang-es and territories and home range esti-mators Pp 65-100 in Boitani L Full-er TK (Eds) Research Techniques in Animal Ecology Columbia University Press New York

Puente-Roloacuten AR Bird-Picoacute FJ 2004 Foraging behavior home range movements and activity patterns of Epicrates inornatus (Boidae) at Mata de Platano Reserve in Arecibo Puer-to Rico Caribbean Journal of Science 40343ndash352

Ruffato R Di-Bernardo M Maschio F 2003 Dieta de Thamnodynastes strigatus (Serpentes Colubridae) no Sul do Brasil Phyllomedusa 227ndash34

Sazima I Marques OAV 2007 A re-liable customer hunting site fidelity by an actively foraging neotropical col-ubrid snake Herpetological Bulletin 9936ndash38

Stephens DW Krebs JR 1986 For-aging Theory Princeton Princeton University Press

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

95

Webb JK Shine R 1997 A field study of the spatial ecology and movements of a threatened snake species Hoplo-cephalus bungaroides Biological Con-servation 82203ndash217

Whitaker PB Shine R 2003 A ra-diotelemetric study of movements and shelter-site selection by free ranging brownsnakes (Pseudonaja textilis El-apidae) Herpetological Monographs 17130ndash144

Zaher H Murphy RW Arredondo JAC Graboski R Machado-Filho PR Mahlow K Grazziotin FG 2019 Large-scale molecular phylogeny morphology divergence-time estima-tion and the fossil record of advanced caenophidian snakes (Squamata Ser-pentes) PLoS ONE 14e0216148

Zanella N Cechin SZ 2006 Taxo-cenosis of snakes in the middle plateau region of Rio Grande do Sul Brazil Revista Brasileira de Zoologia 23211ndash217

Editor Henrique C Costa

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

96

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Paulo Roberto Machado-Filho12 Guilherme Marson Moya3 Faacutebio Maffei4

1 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brazil2 Instituto de Biociecircncias Universidade Estadual Paulista 13506-900 Rio Claro SP Brazil3 Instituto Proacute-Terra 17209-070 Jauacute SP Brazil4 Departamento de Ciecircncias Bioloacutegicas Faculdade de Ciecircncias Universidade Estadual Paulista 17033-360 Bauru SP Brazil

Corresponding author prmfilhosbogmailcom

FIRST STATE RECORD OF uraCentron azureum (LINNAE-US 1758) (SQUAMATA TROPIDURIDAE) FROM THE STATE OF MATO GROSSO BRAZIL

Tropiduridae consists of me-dium-sized lizards (4ndash15 cm snout-vent length) occurring

throughout South America including the Galapagos Islands (Vitt amp Cald-well 2014) In Brazil there are 42 species belonging to seven genera Eurolophosaurus Plica Stenocercus Strobilurus Tropidurus Uracentron and Uranoscodon (Costa amp Beacuternils 2018) Lizards of the genus Uracentron (Linnaeus 1758) are arboreal and diur-nal inhabit primary ldquoterra firmerdquo for-est where they are found on trunks and tree canopy (about 5 meters above the ground) and occasionally at the forest edge (Avila-Pires 1995) The genus is endemic to Amazonia and currently comprises two species Uracentron fla-viceps (Guichenot 1855) and Uracen-tron azureum (Linnaeus 1758) the lat-ter with three subspecies Uracentron azureum azureum (Linnaeus 1758) endemic to eastern Amazonia Uracen-tron azureum werneri Mertens 1925 endemic to northwestern Amazonia

and Uracentron azureum guentheri Boulenger 1895 predominantly occur-ring in southwestern Amazonia with one isolated record in eastern Ama-zonia (Boulenger 1894 Beebe 1944 Hoogmoed amp Lescure 1975 Duellman 2005 Peacuterez 2015 Ribeiro-Junior 2015)

Uracentron azureum guentheri is known to occur in Peru and Brazil from the states of Paraacute Amazonas and Rondocircnia (Ribeiro-Junior 2015) The eastern portion of its distribution is delimited by the lower Negro river and the Madeira river basin with one isolated record in the lower Trombe-tas river (eastern Amazonia) This sub-species can be distinguished from oth-er subspecies by having three narrow crossbands on the neck followed by one crossband descending through the an-ti-humeral fold (Peters amp Donoso-Bar-ros 1970)

97

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Here we present the first record of Ura-centron azureum from the state of Mato Grosso and the southernmost record for Uracentron about 650 km southeast of the closest known record (Figure 1) On 10 September 2015 one individual of Uracentron azureum guentheri was captured in a pitfall trap in the munici-pality of Comodoro state of Mato Gros-so Brazil (13deg42prime6Prime S 60deg25prime43Prime W 227 m elevation) ndash collection permit issued by the Instituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos Naturais Ren-ovaacuteveis (IBAMA license 6172015 process 020010003282009-98)

The area consists of a fragment of sec-ondary forest in advanced stage of re-generation The fragment adjoins the riparian vegetation of the Guaporeacute riv-er which borders Brazil and Bolivia It is a transitional area between the Am-azonia and Cerrado biomes predomi-nantly covered by seasonal semidecidu-ous forest The capture site has a dense understory with many lianas but with a relatively open canopy and thin leaf litter The specimen is an adult male of about 80 mm snout-vent length and was not collected (Figure 2)

Uracentron azureum is a poorly known lizard non-heliothermic restricted to rainforest habitat and unable to survive in deforested areas (Vitt et al 2008) The specimen was recorded in the most deforested region of the state of Mato Grosso (Richards amp VanWey 2015 Valdiones et al 2019) Between 2000 and 2012 nearly 80000 km2 of forest

and Cerrado were razed in Mato Gros-so often for pastures and croplands (Hansen et al 2013)

Acknowledgements

We thank Ambientare Soluccedilotildees em Meio Ambiente for logistic support

Rerefrences

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Bra-zilian Amazonia (Reptilia Squamata) Zoologische Verhandelingen 2991ndash706

Beebe W 1944 Field notes on the liz-ards of Kartabo British Guiana and Caripito Venezuela Part 2 Iguanidae Zoologica 29195ndash216

Boulenger GA 1895 ldquo1894rdquo Second report on additions to the lizard collec-tions in the Natural History Museum Proceedings of the Zoological Society of London 1894722ndash736

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Bra-sileira 711ndash57

Duellman WE 2005 Cuzco Amazoacuteni-co - The lives of amphibians and rep-tiles in an Amazonian rainforest Cor-nell University Press Ithaca amp London

98

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Hansen MC Potapov PV Moore R Hancher M Turubanova SAA Tyukavina Ahellip Townshend JRG 2013 High-resolution global maps of 21st-century forest cover change Sci-ence 342850ndash853

Hoogmoed MS Lescure J 1975 An Annotated Checklist of the Lizards of French Guiana Mainly Based on 2 Recent Collections Zoologische Mededelingen 49141ndash171

Peters JA Donoso-Barros R 1970 Catalogue of the Neotropical Squama-ta Part II Lizards and Amphisbae-nians United States National Museum Bulletin 2971ndash293

Peacuterez GAT 2015 Diversidad de los reptiles de la Orinoquiacutea Colombiana anaacutelisis de los patrones de distribucioacuten y relaciones ambientales Inuversidad Nacional de Colombia Bogotaacute

Ribeiro-Junior MA 2015 Catalogue of distribution of lizards (Reptilia Squa-mata) from the Brazilian Amazonia I Dactyloidae Hoplocercidae Iguanidae Leiosauridae Polychrotidae Tropidu-ridae Zootaxa 39831ndash110

Richards P VanWey L 2015 Where deforestation leads to urbanization how resource extraction is leading to urban growth in the Brazilian Amazon Annals of the Association of American Geographers 105806ndash823

Valdiones AP Silgueiro V Bernasconi P 2019 Caracteriacutesticas do desmata-mento no Cerrado mato-grossense em 2018 Instituto Centro de Vida Cuiabaacute

Vitt LJ Caldwell JP 2014 Herpetol-ogy An Introductory Biology of Am-phibians and Reptiles Elsevier Am-sterdam

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema Manaus

Editor Henrique C Costa

99

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 1 Map showing Brazilian Amazonia and all known records of Ura-centron azureum azureum U a guentheri (including the new one presented here) and U a werneri Adapted from Avila-Pires (1995) and Ribeiro-Junior (2015)

100

Figura 2 Live speci-men (not collected) of Uracentron azureum guentheri in lateral (A) and dorsal view (B) pi-tfall traps (C) installed in seasonal semideci-duous forest at the mu-nicipality of Comodoro state of Mato Grosso state central Brazil a transitional area betwe-en Amazonia and Cer-rado biomes

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

101

Gaspar Joseacute Gomes Neto Carlos Henrique de Oliveira Nogueira Leonardo Serafim da Silveira

Hospital Veterinaacuterio Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens Universidade Es-tadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro 28013-602 Campos dos Goytacazes RJ Brasil

Corresponding author gasparbioherpetogmailcom

PRIMEIRO REGISTRO DE PREDACcedilAtildeO DE BrasilisCinCus agilis (SCINCOMORPHA MABUYIDAE) POR oxyrhopus trigeminus (SERPENTES DIPSADIDAE)

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Oxyrhopus trigeminus eacute uma espeacutecie de serpente com am-pla distribuiccedilatildeo geograacutefica

no Brasil sendo encontrada do esta-do do Amapaacute ateacute o estado do Paranaacute nos biomas Amazocircnia Caatinga Cer-rado Mata Atlacircntica e Pantanal aleacutem de alguns registros nas florestas secas da Boliacutevia (Nogueira et al 2019) Eacute uma serpente oviacutepara terrestre que apresenta haacutebitos diurnos (Gaiarsa et al 2013) e tem sua alimentaccedilatildeo com-posta majoritariamente por lagartos e pequenos mamiacuteferos (Gaiarsa et al 2013 Coelho et al 2019)

Brasiliscincus agilis eacute uma espeacutecie de lagarto tiacutepica das restingas brasileiras (Vrcibradic amp Rocha 2002) sendo en-contrado tambeacutem em aacutereas de serra (Teixeira et al 2003) Satildeo animais de haacutebitos diurnos (Vrcibradic amp Rocha 2002) criptozoacuteicos e terriacutecolas ocu-pando principalmente a serapilheira e troncos de aacutervores (Vrcibradic amp Ro-cha 1996)

No dia 28 de maio de 2018 em uma aacuterea de restinga (21deg50rsquo2728rdquoS 41deg

0rsquo4776rdquo O niacutevel do mar) no municiacutepio de Satildeo Joatildeo da Barra estado do Rio de Janeiro encontramos um exemplar jaacute morto de O trigeminus (comprimento rostro-cloacal [CRC] 305 mm) iden-tificado pela coloraccedilatildeo mais clara das escamas supralabiais (Zaher amp Cara-maschi 1992) apresentando lesatildeo na cabeccedila sinais de atropelamento e au-mento de volume do terccedilo meacutedio indi-cando a presenccedila de conteuacutedo estoma-cal O animal foi coletado seguindo as diretrizes estabelecidas pela instruccedilatildeo normativa nordm 3 do Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversi-dade (ICMBio 2014) que em seu 25ordf artigo trata do aproveitamento de car-caccedilas de animais encontrados mortos Apoacutes a coleta foi levado para a coleccedilatildeo herpetoloacutegica do Nuacutecleo de Estudos e Pesquisas em Animais Selvagens da Universidade Estadual do Norte Flumi-nense Darcy Ribeiro (NEPAS-UENF) Em laboratoacuterio ao realizarmos a aber-tura do estocircmago da serpente (Figura 1) foi possiacutevel observar a presenccedila de um indiviacuteduo adulto de Brasiliscincus agilis em posiccedilatildeo sugestiva de deglu-

102

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

ticcedilatildeo iniciada pela cabeccedila (183 lamelas digitais CRC 75 mm e comprimento da cauda 89 mm) identificado seguindo a metodologia de contagem de lamelas digitais e pela coloraccedilatildeo caracteriacutestica descrita por Hedges amp Conn (2012) que diferencia o gecircnero de outros por ter uma combinaccedilatildeo de listras dorso-laterais escuras e paacutelidas (Figura 2)

Realizamos uma revisatildeo de literatura em todas as ediccedilotildees da revista Her-petological Review e pela platafor-ma Google Acadecircmico utilizando as seguintes palavras-chave em inglecircs e portuguecircs dieta haacutebitos alimentares histoacuteria natural (diet feeding habits natural history) e Oxyrhopus trigem-inus Foram encontrados 220 resul-tados (07042020) sendo apenas quatorze relevantes para esse estudo

(Tabela 1) Oxyrhopus trigem-inus jaacute foi registrada na Caat-inga como predadora de Brasiliscincus heathi (Coelho et al 2019) o que torna o registro de pre-daccedilatildeo de B agilis esperado visto que o habitat de presa e predador se so-brepotildeem (Vrcibradic amp Rocha 1996 Gaiarsa et al 2013)

Agradecimentos

Gostariacuteamos de agradecer ao NE-PAS por ter cedido toda a estrutura necessaacuteria para produccedilatildeo deste tra-balho e Iberecirc Farina Machado por ter nos ajudado nas versotildees anteriores e pela revisatildeo do manuscrito

Figura 1 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus com cavidade aberta eviden-ciando a presenccedila de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido

103

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Exemplar de Oxyrhopus trigeminus ao lado de Brasiliscincus agilis parcialmente digerido previamente retirado de seu estocircmago

Referecircncias

Alencar LR Galdino CA Nascimento LB 2012 Life history aspects of Oxy-rhopus trigeminus (Serpentes Dipsa-didae) from two sites in southeastern Brazil Journal of Herpetology 469ndash13

Coelho RDF Sales RFD Ribeiro LB 2019 Sexual dimorphism diet and notes on reproduction in Oxyrhopus trigeminus (Serpentes Colubridae) in the semiarid Caatinga of northeastern Brazil Phyllomedusa 1889ndash96

Coelho-Lima AD Ramos GO Mar-tins RBX Meira LPC 2020 First record of ophiophagy in the false coral snake Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854 Cuadernos de Herpetologiacutea 3489ndash91

Franccedila FGR Mesquita DO Noguei-ra CC Arauacutejo AFB 2008 Phylogeny and ecology determine morphologi-cal structure in a snake assemblage in the Central Brazilian Cerrado Copeia 200823ndash38

104

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gaiarsa MP Alencar LR Martins M 2013 Natural history of Pseudoboine snakes Papeacuteis Avulsos de Zoologia 53261ndash283

Hedges SB Conn CE 2012 A new skink fauna from Caribbean islands (Squamata Mabuyidae Mabuyinae) Zootaxa 32881ndash244

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 03 de 01 de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo Seccedilatildeo 1 60(02092014)60ndash62

Marques R Mebert K Fonseca Eacute Roumldder D Soleacute M Tinocircco MS 2016 Composition and natural history notes of the coastal snake assemblage from Northern Bahia Brazil ZooKeys 693ndash142

Mesquita PC Passos DC Borges-No-josa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das serpentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113

Mikalauskas JS Santana DO Fer-rari SF 2017 Lizard predation Tropi-durus hispidus (Squamata Tropidu-ridae) by false coral snake Oxyrhopus trigeminus (Squamata Dipsadidae) in the Caatinga in northeastern Brazil Pesquisa e Ensino em Ciecircncias Exatas e da Natureza 160ndash67

Nogueira CC Argocirclo AJS Ar-zaendia V Azevedo JA Barbo FE Beacuternils RS hellip Martins M 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpetolo-gy 141ndash274

Pires RC Borges VS de Souza AM Eterovick PC 2012 Natural history of a snake assemblage alongside a river in south-eastern Brazil Journal of Natu-ral History 46369ndash381

Rocha CFD Van-Sluys M Vrci-bradic D Hatano FH Galdino CA Cunha-Barros M Kieffer MC 2004 A comunidade de reacutepteis da restinga de Jurubatiba Pp 179ndash198 in Ro-cha CFD Esteves FA Scarano FR (Orgs) Pesquisas ecoloacutegicas de longa duraccedilatildeo na restinga de Jurubatiba eco-logia histoacuteria natural e conservaccedilatildeo RiMa Editora Satildeo Carlos

Rocha CFD Van-Sluys M Hatano FH Bergallo HG 2005 Oxyrhopus trigeminus (false coral snake) Prey Herpetological Review 36458

Rocha-Silva J Pereira WR Vie-gas-de-Arruda F Brito-de-Carvalho C Mendonccedila-do-Prado V H 2017 Micrablepharus atticolus Predation Herpetological Review 48652

105

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Teixeira RL Rocha CFD Vrcibrad-ic D Cuzzuol MG 2003 Ecology of Mabuya agilis (Squamata Scincidae) from a montane Atlantic rainforest area in southeastern Brazil Cuadernos de Herpetologiacutea 17101ndash109

Vitt LJVangilder LD 1983 Ecology of a snake community in northeastern Brazil Amphibia-Reptilia 4273ndash296

Vrcibradic D Rocha CFD 1996 Eco-logical differences in tropical sympatric skinks (Mabuya macrorhyncha and Mabuya agilis) in southeastern Brazil Journal of Herpetology 3060ndash67

Vrcibradic D Rocha CFD 2002 Use of cacti as heat sources by thermoreg-ulating Mabuya agilis (Raddi) and Mabuya macrorhyncha Hoge (Lacer-tilia Scincidae) in two restinga habitats in southeastern Brazil Revista Brasile-ira de Zoologia 1977ndash83

Zaher H Caramaschi U 1992 Sur le statut taxinomique drsquoOxyrhopus tri-geminus et O guibei (Serpentes Xe-nodontinae) Bulletin du Museacuteum na-tional drsquohistoire naturelle Section A Zoologie biologie et eacutecologie animales 14805ndash827

Editor Henrique C Costa

106

PRESAS FONTE

SQUAMATA

ldquoLagartosrdquo

Ovo de lagarto (espeacutecie natildeo identificada) Vitt amp Vanglier (1983) Gaiarsa et al (2013)

Tropiduridae

Tropidurus hispidus (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Gaiarsa et al (2013) Mikalauskas et al (2017)

Tropidurus hygomi (Reinhardt amp Luumltken 1862)

Marques et al (2016)

Tropidurus torquatus (Wied 1820)

Rocha et al (2004) Rocha et al (2005)

Tropidurus sp Franccedila et al (2008) Gaiarsa et al (2013)

Teiidae

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)

Rocha et al (2005) Franccedila et al (2008) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013) Coelho et al (2019)

Ameivula ocellifera (Spix 1825)

Gaiarsa et al (2013) Mesquita et al (2013) Rocha et al (2005) Marques et al (2016)

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccini-ni-Seale 1997)

Coelho et al (2019)

Tabela 1 Itens alimentares jaacute reportados na dieta de Oxyrhopus trigeminus

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

107

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Gekkonidae

Hemidactylus mabouia (Moreau De Jonnegraves 1818) Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Gymnophthalmidae

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)

Coelho et al (2019)

Micrablepharus atticolus Ro-drigues 1996 RochandashSilva et al (2017)

Mabuyidae

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823) Este trabalho

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)

Mesquita et al (2013) Coelho et al (2019)

Phyllodactylidae

Gymnodactylus geckoides Spix 1825 Coelho et al (2019)

Serpentes

Colubridae

Oxybelis aeneus (Wagler 1824) CoelhondashLima et al (2020)

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854

Marques et al (2016)

108

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

MAMMALIA

Cinco mamiacuteferos (natildeo identificados)

Franccedila et al (2008)

Cricetidae

Roedor natildeo identificado Pires et al (2012)

Akodon sp Gaiarsa et al (2013)

Necromys lasiurus (Lund 1841)

Rocha et al (2005) Alencar et al (2012) Ga-iarsa et al (2013)

Nectomys squamipes (Brants 1827)

Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Oligoryzomys sp Gaiarsa et al (2013)

Didelphidae

Didelphis albiventris (Lund 1840)

Gaiarsa et al (2013)

Monodelphis domestica (Wagner 1842)

Coelho et al (2019)

AVES

Furnariidae

Synallaxis sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

Emberizidae

Coryphospingus sp Alencar et al (2012) Gaiarsa et al (2013)

109

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Clodoaldo L Assis1 Henrique C Costa2

1 Departamento de Biologia Animal Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilosa 36570-900 Viccedilosa MG Brazil

2 Departamento de Zoologia Universidade Federal de Juiz de Fora 36036-900 Juiz de Fora MG Brazil

Corresponding author ccostahgmailcom

leposternon oCtostegum NEW RECORD OF AN ENDANGERED WORM LIZARD SPECIES WITH COMMENTS ON HABITAT AND OPPORTUNISTIC PREDATORS (SQUAMATA AMPHISBAENIA)

The worm lizard genus Leposter-non currently comprises 11 spe-cies distributed in South Amer-

ica mainly in Brazil from where most of the species are endemic (Ribeiro et al 2015 2018 Colli et al 2016) One of these species Leposternon octosteg-um (A Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) is known from a small area (577 kmsup2) in the metropolitan region of Sal-vador state of Bahia northeastern Bra-zil (Barros-Filho et al 2013 ICMBio 2018) Described almost 170 years ago (Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851) this species remained known only from its holotype (from an unknown Brazilian locality) until recently when new specimens were recorded through field research (Couto-Ferreira et al 2011) and collect-ed during wildlife rescues (Barros-Fil-ho et al 2013) Today L octostegum is known from the following munici-palities (specific localities in parenthe-sis) Camaccedilari (Arembepe) Dias drsquoAacutevi-la (Santa Helena) Mata de Satildeo Joatildeo

(Reserva de Imbassaiacute) Salvador (Ater-ro Metropolitano Centro) and Simotildees Filho (Fazenda Real) (Couto-Ferreira et al 2011 Barros-Filho et al 2013) The record from Mata de Satildeo Joatildeo however lacks a voucher specimen or even photographs (Couto-Ferreira et al 2011) In this note we present new records of L octostegum from Mata de Satildeo Joatildeo based on four specimens deposited in Museu de Zoologia Joatildeo Moojen Universidade Federal de Viccedilo-sa (MZUFV) Minas Gerais Brazil

From 13 to 21 October 2014 CLA worked in a wildlife rescue at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (124606deg S 380937deg W 70 m elevation datum WGS 84) municipality of Mata de Satildeo Joatildeo state of Bahia about 15 km northwest from Reserva de Imbassaiacute An area of about 70 ha originally covered by rainfor-est was used for Pinus plantation but abandoned after eight years allowing native vegetation to grow among the Pi-nus trees The wildlife rescue occurred

110

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

while the area was being deforested for Eucalyptus planting (Figure 1) When a bulldozer cut the trees and turned the soil six specimens of Leposternon octostegum were observed after being unearthed from depths of 30ndash50 cm

On 13 October 2014 two specimens (MZUFV 1390 1391) were found dead after the soil was turned by the bulldoz-er and other two specimens (MZUFV 1389 1392) were found on 18 October Specimens were collected in agreement with a Normative Instruction from the Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade (ICMBio 2014) In-dividuals of other species were also found dead the skink Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951) the gecko Gymnodactylus darwinii (Gray 1845) and the anole Norops ortonii (Cope 1868)

On 18 October CLA observed two crest-ed caracaras Carcara plancus (Miller 1777) each capturing one L octosteg-um as soon as the specimens were un-earthed by the bulldozer Although an opportunistic predation event this is the first time L octostegum is recorded as prey of another species Other birds also landed to eat unearthed animals although their prey could not be identi-fied the yellow-headed caracara (Mil-vago chimachima (Vieillot 1816) the roadside hawk (Rupornis magniros-tris (Gmelin 1788)) and the lesser yel-low-headed vulture (Cathartes burrovi-anus Cassin 1845) Such opportunistic predation by birds on worm lizards was

previously reported by Zamprogno amp Sazima (1993) who observed Carcara plancus and other species preying on specimens of Leposternon wuchereri (Peters 1879) unearthed by bulldozers in coastal Bahia

The collected specimens can be identi-fied as L octostegum despite MZUFV 1389 and 1392 having damage on the posterior portion of the body by the presence of a large azygous shield cov-ering most of the dorsal head and the rostronasal prefrontals oculars and first temporals visible in dorsal view (Barros-Filho et al 2019) Although the head of MZUFV 1391 is severely damaged dorsally (Figure 2) the pres-ence of more than 350 ventral post-pectoral annuli confirms it as L octos-tegum MZUFV 1391 is also the largest specimen of L octostegum ever record-ed snout-vent length (SVL) 388 mm tail length 153 mm (Figure 3) Mor-phometric characters and scale counts of the four specimens are shown in Ta-ble 1 We measured SVL using a ruler to nearest 1 mm and the tail length using a digital caliper to nearest 01 mm

In preservative three of the four collect-ed specimens of L octostegum (MZUFV 1389 1390 1392) show a pale beige color throughout the body except in the dorsal region of the head which has a darker beige color MZUFV 1391 has a slightly darker beige color throughout the body Except for MZUFV 1390 all specimens have a series of dorsal seg-ments each bearing a dark brown spot

111

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

the spots more intense in the posterior half of the body The dark brown spots are also present at the dorsal region of the tail of MZUFV 1391 This pattern has also been reported for specimens from Camaccedilari and Barros-Filho et al (2019) suggested it could be age-relat-ed since it was observed only in larger specimens SVL gt 230 mm However one specimen collected in this study MZUFV 1390 exhibited only faint dark brown pigments on the dorsum (Figure 4) despite its large size (SLV 330 mm) This suggests that dark brown pigmen-tation in L octostegum may not be linked to ontogeny Gans (1968) stated that as dark pigmentation of an am-phisbaenian species increases the per-meability of the skin to water and the preferred burrowing depth decreases and that darker specimens tend to bask near or at the surface It is possible that differences in pigmentation pattern of L octostegum could simply be individ-ual variation with specimens with dark brown markings being able to forage andor thermoregulate closer to the surface

Leposternon octostegum was previous-ly restricted to a small area originally covered by the Atlantic Forest biome (sensu IBGE 2019) in the lowlands of Bahia Coastal Forests and the Atlantic Coast Restingas ecoregions 15-85 m asl (Dinerstein et al 2017) With the new record its range is increased to 780 kmsup2 The main soil type at the ar-eas where the species is recorded are

acrisol and arenosol the latter present at the more coastal localities (Imbas-saiacute and Arembepe) (Table 2 Figure 5) Acrisol is an acidic and deep soil poor in nutrients and with a subsoil rich in clay typical of some tropical forests and common in river valleys of north-eastern Brazil while arenosol is a deep sandy soil typical of the northeastern coast (Gardi et al 2015 IUSS Working Group WRB 2015) In the region where L octostegum occurs both soils have an upper layer with coarser texture varying from loamy sand to sand (FAO et al 2012) This means that despite having a skull shape apparently more specialized for digging (Gans 1968) L octostegum inhabits less compacted soils (unless one finds that specimens can excavate the deeper clay-rich layers of acrisols) similar to a slender conge-ner of southeastern coastal Brazil L scutigerum (Hemprich 1820) (Hohl et al 2017)

Most of the known records of L octos-tegum were based on wildlife rescues when the species habitat was destroyed by anthropic activities Because of its narrow geographic range and the lack of records in protected areas other than the Imbassaiacute private reserve the spe-cies is considered endangered in Brazil (MMA 2014 ICMBio 2018) Lepos-ternon octostegum however seems to be able to occur in early growth second-ary forest (Barros-Filho et al 2013 present study) and may be abundant in some areas with records of up to 10

112

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

individuals within 150 msup2 (~667 ind hectare) (Barros-Filho et al 2013) Such high abundance was recorded for L wuchereri at coastal Bahia where Zamprogno amp Sazima (1993) estimated one specimen per 50 msup2 (200 ind ha) The detection of amphisbaenians in the wild is difficult due to their fossorial habits and records of large numbers of specimens at a single place is usually as-sociated with human activities like dam filling or vegetation removal (eg Zam-

progno amp Sazima 1993 Colli amp Zam-boni 1999 Barros-Filho et al 2013) The low abundance at Fazenda Vaacuterzea de Baixo (six specimens in 70 ha) al-though observed during vegetation re-moval should be viewed with caution and reinforces how little we still know about amphisbaenian natural history

Figura 1 Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil where the specimens of Leposternon octostegum were collected

113

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 2 Detail of the head of two specimens of Leposternon octostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil in dorsal ventral and lateral views MZUFV 1391 (A B and C) (top of the head dama-ged) and MZUFV 1390 (D E and F) Scale bars = 5 mm

114

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 3 MZUFV 1391 the largest recorded speci-men of L octostegum (388 mm snout-vent length) in dorsal (A) and ventral (B) views Scale bars = 20 mm

Figura 4 Detail of the in-tensity of dark brown pig-mentation at the dorsum of specimens of Leposter-non octostegum MZUFV 1391 (A) and MZUFV 1390 (B) collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo munici-pality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia Brazil Sca-le bars = 5 mm

115

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Figura 5 Known locality records of Leposternon octostegum considering ecoregions (Dinerstein et al 2017) and native vegetation remnants (SOS Mata Atlacircntica amp INPE 2018) (top map) soil type (FAO et al 2012) (middle map) and elevation (CSI 2018) (bottom map)The shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute (a light thin line) which could be the eastern limit of Bahia Coastal Forests or the nor-thern range of Atlantic Coast Restingas (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of Bahia Coastal Forests

116

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 1 Summary of morphological data of the four specimens of Leposternon oc-tostegum collected at Fazenda Vaacuterzea de Baixo municipality of Mata de Satildeo Joatildeo State of Bahia northeastern Brazil

Specimen MZUFV 1389

MZUFV 1390

MZUFV 1391

MZUFV 1392

Dorsal postpectoral annuli

325 377 373 235

Ventral postpectoral annuli

327 +n 363 365 233 +n

Lateral annuli

damaged 6 6 damaged

Caudal annuli

damaged 12 10 damaged

Midbody dorsal segments

28 28 29 27

Midbody ventral segments

25 25 25 25

Precloacal pores

damaged 0 0 damaged

Precloacal segments

damaged 7 6 damaged

Postcloacal segments

damaged 20 20 damaged

Supralabials 1 1 1 1Infralabials 1 1 1 1Snout-vent length (mm)

270 +n 330 385 250 +n

Tail length (mm)

damaged 1501 1532 damaged

Head length (mm)

854 825 954 994

Head width (mm)

558 594 673 706

SVL HW unknown 555 572 unknown

Locality Munici-pality Lat Long Elev Vegeta-

tionEcore-gion

Soil type

Soil texture Voucher Source

Aterro Metro-politano Centro

Salvador -1285deg -3836deg 55 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MNHN 20070023 20070024 ZUFRJ 1748 1749 MZUEFS 652ndash657 695 696

1

Arembepe Camaccedilari -1278deg -3820deg 15 m restinga ACR areno-sol

sand MCP 18192 18193 MZUSP 96349 ZUFRJ 1713ndash1716)

1

Fazenda Real

Simotildees Filho

-12757deg -38423deg 18 m rainforest in initial median regenera-tion stages

BCF acrisol loamy sand

MZUSP 100074

1

Santa Helena

Dias drsquoAacutevila

-12577deg -38195deg 27 m secondary rainforest within a savanna (cerrado) enclave

BCF acrisol loamy sand

released 1

Reserva de Imbassaiacute

Mata de Satildeo Joatildeo

-12478deg -37957deg 25 m restinga ACR areno-sol

sand released 2

Fazenda Vaacuterzea de Baixo

Mata de Satildeo Joatildeo

-124606deg -380937deg 85 m rainforest in initial regenera-tion stage within abandoned Pinus plantation

BCF acrisol loamy sand

MZUFV 1389ndash1392

3

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Table 2 Summary of the locality records (datum WGS 84) for Leposternon octos-tegum All localities are in the State of Bahia Brazil Vegetation according with lit-erature sources ecoregions follow Dinerstein et al (2017) (BCF = Bahia Coastal Forests ACR = Atlantic Coast restingas) soil type and texture follows FAO et al (2012) Collection acronyms follow Sabaj (2016) Source 1 ndash Barros-Filho et al (2013) 2 ndash Couto-Ferreira et al (2011) 3 ndash this studyThe shape file of ecoregions has a gap in the coastal area of Imbassaiacute which could be the eastern limit of BCF or the northern range of ACR (more plausible due to soil type) although the mapped point is at the edge of BCF

118

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

Acknowledgments

We thank Pedro H Pinna and an anonymous reviewer for suggestions that improved the manuscript Renato N Feio (MZUFV) for allowing access to specimens under his care CLA is sup-ported by a doctoral scholarship from CAPES (Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloa-mento de Pessoal de Niacutevel Superior)

References

Barros-Filho JD Freitas MA Sil-va TFS Valverde MCC Loguercio MFC Veriacutessimo D 2013 On the dis-tribution and ecology of Leposternon octostegum Putting a subterranean reptile species on the map Wildlife Bi-ology in Practice 91ndash6

Barros-Filho JD Freitas MASil-va TFS Loguercio MFC Valverde MCC 2019 Redescription of Lepos-ternon octostegum (Dumeacuteril 1851) with an identification key for Brazilian Leposternon species remarks on mer-istic methodology and a proposal for pholidosis nomenclature (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Threat-ened Taxa 1113058ndash13086

Colli GR Zamboni DS 1999 Ecology of the Worm-Lizard Amphisbaena alba in the Cerrado of Central Brazil Copeia 1999733ndash742

Colli GR Fenker J Tedeschi LG Barreto-Lima AF Mott T Ribeiro SLB 2016 In the depths of obscuri-ty Knowledge gaps and extinction risk of Brazilian worm lizards (Squamata Amphisbaenidae) Biological Conser-vation 20451ndash62

Couto-Ferreira D Tinocircco MS Olivei-ra MLT Browne-Ribeiro HC Fazo-lato CP Silva RM Barreto GS Dias MA 2011 Restinga lizards (Reptilia Squamata) at the Imbassaiacute Preserve on the northern coast of Bahia Brazil Journal of Threatened Taxa 31990ndash2000

CSI (Consortium for Spatial Informa-tion) 2018 SRTM 90m DEM Digital Elevation Database SRTM Data Ac-cessed on 21 April 2020 httpsrtmcsicgiarorgsrtmdata

Dinerstein E Olson D Joshi A Vynne C Burgess ND Wikramanay-ake E hellip Saleem M 2017 An Ecore-gion-Based Approach to Protecting Half the Terrestrial Realm BioScience 67534ndash545

Dumeacuteril AMC Dumeacuteril A 1851 Cat-alogue meacutethodique de la collection des reptiles du Museacuteum drsquoHistoire Na-turelle de Paris Gide et Baudry Paris

FAO (Food and Agriculture Organiza-tion) IIASA (International Institute for Applied Systems Analysis) ISRIC (In-ternational Soil Reference and Infor-

119

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

mation Centre) ISSCAS (Institute of Soil ScienceChinese Academy of Sci-ences) amp JRC (Joint Research Centre of the European Commission) 2012

Harmonized World Soil Database (ver-sion 12) Accessed on 21 April 2020 httpwwwfaoorgsoils-portalsoil-surveysoil-maps-and-databasesharmonized-world-soil-database-v12en

Gans C 1968 Relative success of diver-gent pathways in Amphisbaenian spe-cialization The American Naturalist 102345ndash362

Gardi C Angelini M Barceloacute S Comerma J Cruz-Gaistardo C En-cina-Rojas A hellip Ravina-da-Silva M 2015 Soil Atlas of Latin America and the Caribbean European Commission - Publications Office of the European Union Luxembourg

Hohl LSL Loguercio MFC Sicuro FL Barros-Filho JD Rocha-Barbosa O 2017 Body and skull morphometric variations between two shovel-head-ed species of Amphisbaenia (Reptilia Squamata) with morphofunctional in-ferences on burrowing PeerJ 5e3581

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica) 2019 Biomas e sistema costeiro-marinho do Brasil compatiacutevel com a escala 1250 000 Instituto Bra-sileiro de Geografia e Estatiacutestica Rio de Janeiro

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2014 Instruccedilatildeo Normativa nordm 3 de 1ordm de setembro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 16860-62

ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018 Livro Vermelho da Fauna Brasilei-ra Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Volume IV ndash Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IUSS Working Group WRB (Interna-tional Union of Soil Sciences) 2015 World Reference Base for Soil Resourc-es 2014 update 2015 International soil classification system for naming soils and creating legends for soil maps Page World Soil Resources Reports Food and Agriculture Organization of the United Nations Rome

MMA (Ministeacuterio do Meio Ambiente) 2014 Portaria no 444 de 17 de dezem-bro de 2014 Diaacuterio Oficial da Uniatildeo 245121ndash126

Ribeiro S Santos AP Jr Zaher H 2015 A new species of Leposternon Wagler 1824 (Squamata Amphisbae-nia) from northeastern Argentina Zoo-taxa 4034309ndash324

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A New Species of Leposter-non (Squamata Amphisbaenidae) from Brazilian Cerrado with a Key to

120

Pored Species Journal of Herpetology 5250ndash58

Sabaj MH 2016 Standard symbol-ic codes for institutional resource col-lections in herpetology and ichthyolo-gy an Online Reference Version 65 Accessed on 21 April 2020 asihorgsitesdefaultfilesdocumentssymbol-ic_codes_for_collections_v65_2016pdf

SOS Mata Atlacircntica Fundaccedilatildeo amp INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espa-ciais) 2018 Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlacircntica Periacuteo-do 2016-2017 Relatoacuterio Teacutecnico Fundaccedilatildeo SOS Mata Atlacircntica Insti-tuto Nacional de Pesquisas Espaciais Satildeo Paulo

Zamprogno C Sazima I 1993 Verte-brate Predation on the neotropical am-phisbaenian Leposternon wuchereri Herpetological Review 2482ndash83

Editor Deacutelio Baecircta

HB vol 9 no 2 - Notas de Histoacuteria Natural amp Distribuiccedilatildeo Geograacutefica

121

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Rodrigo Castellari Gonzalez1 Arthur Diesel Abegg2 Diego Matheus de Mello Mendessup3 Marceacutelia Basto da Silva4 Paulo Roberto Machado-Filho5 Conrado Mario-da-Rosa6 Daniel Cunha Passos7 Maurivan Vaz Ribeiro8 Ronildo Alves Beniacutecio9 Jane C F Oliveira10

1 Museu de Histoacuteria Natural do Cearaacute Prof Dias da Rocha Centro de Ciecircncias da Sauacutede Uni-versidade Estadual do Cearaacute 60741-000 Fortaleza CE Brasil2 Departamento de Zoologia Instituto de Biociecircncias Universidade de Satildeo Paulo 05508-090 Satildeo Paulo SP Brasil arthur_abegghotmailcom3 Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Entomologia Instituto Nacional de Pesquisas da Amazocircnia 69080-971 Manaus AM Brasil diegomellomendesgmailcom4 Centro de Educaccedilatildeo Aberta e a Distacircncia Universidade Federal do Piauiacute 64001-280 Teresi-na PI Brasil marceliabastogmailcom5 Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo 04263-000 Satildeo Paulo SP Brasil prmfil-hosbogmailcom6 Laboratoacuterio de Herpetologia Centro de Ciecircncias Naturais e Exatas Universidade Federal de Santa Maria 97105-000 Santa Maria RS Brasil conradomdrgmailcom7 Laboratoacuterio de Ecologia e Comportamento Animal Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Ecologia e Conservaccedilatildeo Departamento de Biociecircncias Centro de Ciecircncias Bioloacutegicas e da Sauacutede Universi-dade Federal Rural do Semi-Aacuterido 59625-900 Mossoroacute RN Brasil danielpassosufersaedubr8 Associaccedilatildeo Guardiotildees do Cerrado Rod GO206 Km 3 Serranoacutepolis GO 75820-000 Brazil9 Laboratoacuterio de Herpetologia Programa de Poacutes-Graduaccedilatildeo em Diversidade Bioloacutegica e Recursos Naturais Universidade Regional do Cariri 63105-000 Crato CE Brasil benicioherpetogmailcom10 Departamento de Ecologia Instituto de Biologia Roberto de Alcantara Gomes Universidade do Estado do Rio de Janeiro 20550-019 Rio de Janeiro RJ Brasil janeherpetogmailcom

LISTA DOS NOMES POPULARES DOS REacutePTEIS NO BRASIL ndash PRIMEIRA VERSAtildeO

Abstract

Popular species names have always been based on human relationships with things around them usually re-flecting speciesrsquo external morpholo-gy behavior or even the habitat they inhabit In Brazil the high number of popular names in many cases for the same species makes it difficult to com-prehensively recognize these names

hampering communication between everyone interested in reptiles This study presents a compilation of the po-pular names for the species of reptiles occurring in Brazil based on literature data We listed 1264 popular names 25 for Amphisbaenia 29 for Crocodylia 137 for Testudines 301 for ldquoLizardsrdquo and 772 for Snakes All Testudines and

122

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Crocodylia have popular names howe-ver we found no popular names for three (4) species of Amphisbaenia 66 (24) ldquoLizardsrdquo and 60 (15) Snakes Therefore 15 of the 802 reptile spe-cies currently known in the country still have no popular names Also all species of Testudines and Crocodylia have exclusive popular names never-theless we found no exclusive names for 68 (92) species of Amphisbaenia 191 (69) species of ldquoLizardsrdquo and 218 (53) species of Snakes This inventory is currently the most comprehensive ef-fort to list the popular names of reptile species in Brazil

Palavras-chave

Amphisbaenidae Anfisbaenas Caacutega-dos Chelonia Cobras Crocodylia et-noherpetologia etnotaxonomia Jabu-tis Jacareacutes Lagartos nomenclatura popular nomes vernaculares nomes vulgares Quelocircnios Reptilia Serpen-tes Squamata Tartarugas taxonomia popular Testudines

Introduccedilatildeo

A taxonomia usa a liacutengua latina para nomear organismos garan-tindo a comunicaccedilatildeo inequiacutevo-

ca entre cientistas que utilizam diferentes idiomas (ICZN 1999) Por outro lado a sociedade tende a utilizar diversos nomes populares para se referir aos seres vivos ao seu redor (eg Costa-Neto amp Marques

2000 Pinto et al 2013)

A classificaccedilatildeo de organismos a partir de percepccedilotildees populares eacute chamada de etnotaxonomia (Berlin et al 1973) Diferente da taxonomia cientiacutefica que eacute impessoal e baseada em criteacuterios ob-jetivos a etnotaxonomia eacute muito mais plaacutestica incorporando muacuteltiplas face-tas inerentes a cada cultura (Begossi et al 2008 Lopes et al 2010) Os nomes populares possuem diversas origens (Garrido 2012) como a localidade em que as espeacutecies ocorrem a cultura e as crenccedilas locais e a idade relativa dos espeacutecimes (Amaral 1978 Costa amp Beacuter-nils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) Assim aleacutem de caracteriacutesticas peculia-res de cada espeacutecie tais como morfolo-gia comportamento e ambiente utiliza-do a etnotaxonomia tende a enfatizar a importacircncia praacutetica dos organismos tais como seus usos na alimentaccedilatildeo e fins medicinais (Hunn 1982 Cleacutement 1995 Crump 2015) Neste contexto a nomenclatura popular eacute sobretudo in-fluenciada pelas relaccedilotildees afetivas dos seres humanos com os organismos agrave sua volta variando de predileccedilotildees (eg afeiccedilatildeo carismaacutetica veneraccedilatildeo) a aver-sotildees (eg repugnacircncia medo) (Alves et al 2012 Crump 2015) Essas as-sociaccedilotildees explicam o porquecirc de algu-mas espeacutecies receberem vaacuterios nomes populares muitas vezes com variaccedilotildees regionais enquanto outras satildeo prati-camente ignoradas pelo conhecimento tradicional (Nolan amp Robbins 2001 Alves et al 2012 Passos et al 2015)

123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Diversos nomes populares satildeo ante-riores agrave vinda dos primeiros naturalis-tas ao Brasil (Raddi 1820 Frederico 2009 Cardoso 2009) Giuseppe Raddi foi um dos mais importantes natura-listas a chegar ao paiacutes apoacutes a abertura dos Portos agraves Naccedilotildees Amigas em 1808 Em suas contribuiccedilotildees agraves descriccedilotildees de espeacutecies de reacutepteis ele tambeacutem teve o cuidado de listar e descrever os no-mes populares conhecidos de cada uma (Raddi 1820) Outros nomes aplicados agraves espeacutecies brasileiras tecircm origem indiacute-gena (eg Tupi-Guarani para diversas espeacutecies de serpentes Amaral 1977) Geralmente esses nomes satildeo uma tra-duccedilatildeo literal de um conjunto de signi-ficados observados pelo popular Por exemplo Spilotes pullatus (Linnaeus 1758) eacute conhecida principalmente por Caninana (do Tupi ldquoAcaninan-ardquo ou do Guarani ldquoCaninatilderdquo) cujo significado eacute akam- (cabeccedila) + inatilde-a (irritada) = (de) cabeccedila irritada (Amaral 1977)

Diferente de outros paiacuteses (veja Frank amp Ramus 1995 Midtgaard 2019) no Brasil houve poucas tentativas de se listar os nomes populares dos reacutepteis e muitas dessas tentativas satildeo restritas a livros e guias de campo muitos deles regionais (ie Amaral 1978 Marques et al 2001 2005 2015 2017 2019 Lema 2002 Argocirclo 2004 Abegg amp Entiauspe-Neto 2012 Vasconcelos--Neto et al 2018 Silva et al 2019) Deste modo os registros dos nomes populares dos reacutepteis no Brasil se en-contram dispersos na literatura A

criaccedilatildeo de nomes populares artificiais por pesquisadores e o uso de nomes de maneira indiscriminada e despreo-cupada (ie cobra-verde para diversas espeacutecies) acabaram por se propagar pela literatura acumulando informa-ccedilotildees errocircneas e agraves vezes redundantes (ie espeacutecies com dois ou mais nomes diferentes e espeacutecies diferentes com o mesmo nome) o que acabou por difi-cultar a comunicaccedilatildeo entre todos aque-les interessados em reacutepteis (Frank amp Ramus 1995) Aleacutem disso muitos no-mes populares genuiacutenos (v Amaral 1973 1977 1978) acabaram caindo no esquecimento

A presente compilaccedilatildeo eacute a primeira abordagem em direccedilatildeo a uma listagem completa dos nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil Contu-do tendo em vista a amplitude terri-torial do paiacutes sua elevada diversidade cultural e riqueza de espeacutecies eacute natural que este esforccedilo natildeo tenha exaurido as referecircncias sobre o assunto Portanto versotildees atualizadas desta lista seratildeo publicadas apoacutes as esperadas contri-buiccedilotildees das comunidades tradicionais e cientiacutefica

Material e Meacutetodos

A listagem dos taacutexons utilizados neste estudo segue Costa amp Beacuternils (2018) considerando apenas o niacutevel especiacutefico para a listagem geral dos taacutexons e No-gueira et al (2019) para atualizaccedilotildees da taxonomia de serpentes Aleacutem dis-

124

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

so adotamos Poe (2004) para o gecircnero Anolis (Daudin 1802) consideramos Apostolepis barrioi Lema 1978 como sinocircnimo juacutenior de A dimidiata (Jan 1862) (Entiauspe-Neto et al 2019) A mariae Borges-Nojosa et al 2016 de A thalesdelemai Borges-Nojosa et al 2016 (Entiauspe-Neto et al 2020) e Chironius laurenti Dixon et al 1993 como sinocircnimo objetivo de C dixoni Wiest 1978 (Entiauspe-Neto amp Loeb-mann 2019) aleacutem da alocaccedilatildeo de Epic-tia collaris (Hoogmoed 1977) para Ha-brophallos collaris (Hoogmoed 1977) (Martins et al 2019) Portanto para esta compilaccedilatildeo consideramos um to-tal de 802 espeacutecies de reacutepteis natildeo voa-dores (daqui em diante referido como ldquoreacutepteisrdquo) atuais que ocorrem no Brasil

Para a listagem dos nomes populares realizamos buscas em fontes bibliograacute-ficas tais como livros guias de campo artigos cientiacuteficos publicaccedilotildees oficiais de listas vermelhas estaduais e nacio-nais e paacuteginas on-line (Anexo 2) Es-sas pesquisas ocorreram entre Janeiro e Dezembro de 2019 e todos os nomes encontrados satildeo apresentados nesta compilaccedilatildeo Por natildeo se tratar de uma revisatildeo taxonocircmica stricto sensu op-tamos por natildeo citar a autoria dos no-mes populares tanto pela antiguidade natildeo rastreaacutevel de determinados nomes (eg nomes indiacutegenas) (eg Amaral 1977 Cardoso 2009 Frederico 2009) quanto pelo amplo uso e pela pulveri-zaccedilatildeo desses nomes na literatura o que dificultou a justa determinaccedilatildeo do pri-

meiro autor Conveacutem ressaltar que natildeo foi o objetivo deste estudo identificar as origens dos nomes populares encontra-dos

A organizaccedilatildeo e apresentaccedilatildeo desta lis-ta foram feitas da seguinte maneira os Reacutepteis foram divididos em seus grandes grupos tradicionais Testudines Croco-dylia Amphisbaenia ldquoLagartosrdquo (dora-vante Lagartos) e Serpentes Dentro de cada uma dessas categorias as espeacutecies satildeo apresentadas em ordem alfabeacutetica A grafia dos nomes populares seguiu as normas ortograacuteficas da liacutengua portuguesa para os nomes de animais (CPLP 1990) Para isso os nomes populares foram gra-fados com letras maiuacutesculas (exceto pre-posiccedilotildees) e nomes compostos foram es-critos com hiacutefen entre seus elementos Os nomes populares encontrados para cada espeacutecie satildeo listados em ordem alfabeacutetica sendo os nomes exclusivos (usados uma uacutenica vez) sublinhados

Por fim apresentamos o panorama do que foi encontrado no esforccedilo deste estudo para cada uma das categorias (Testudines Crocodylia Amphisbae-nia Lagartos e Serpentes) o nuacutemero total de nomes populares encontrados o nuacutemero de nomes exclusivos as es-peacutecies com o maior nuacutemero de nomes conhecidos o termo geral mais comum para se referir agraves espeacutecies o nuacutemero de espeacutecies com nomes populares des-conhecidos o nuacutemero de espeacutecies sem nomes populares exclusivos e o nuacuteme-ro de espeacutecies com nomes associados a espeacutecies peccedilonhentas

125

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Resultados

Compilamos 1264 nomes popula-res atribuiacutedos a 673 das 802 espeacute-cies de reacutepteis que ocorrem no Brasil (Anexo 1) Desse total de nomes popu-lares encontrados 917 (73) satildeo nomes exclusivos Natildeo encontramos nenhum nome para 129 (15) espeacutecies e natildeo en-contramos nomes exclusivos para 477 (59) espeacutecies

Encontramos 137 nomes populares para as 36 espeacutecies de Testudines que ocor-rem no Brasil sendo 120 (88) nomes exclusivos O termo mais frequente usa-do para designar as espeacutecies desse gru-po foi ldquoCaacutegadordquo (usado 59 vezes sozinho ou em combinaccedilotildees) seguido por ldquoTar-tarugardquo (usado 40 vezes) Entre as espeacute-cies do grupo Caretta caretta Chelonia mydas e Platemys platycephala foram as espeacutecies com mais nomes (respecti-vamente 14 13 e 12 cada) Todas as es-peacutecies de Testudines possuiacuteram ao me-nos um nome exclusivo

Encontramos 29 nomes populares atri-buiacutedos agraves seis espeacutecies de Crocodylia que ocorrem no Brasil sendo 24 (83) deles nomes exclusivos De modo geral o termo mais frequente para se referir agraves espeacutecies de crocodilianos foi ldquoJaca-reacuterdquo usado em 21 combinaccedilotildees diferen-tes Paleosuchus palpebrosus foi a es-peacutecie que apresentou o maior nuacutemero de nomes (15 nomes diferentes) Todas as espeacutecies desse grupo apresentaram ao menos um nome exclusivo

Em relaccedilatildeo agraves 74 espeacutecies de Amphis-baenia que ocorrem no Brasil encon-tramos um total de 25 nomes popula-res dos quais 20 (80) foram nomes exclusivos No entanto 68 espeacutecies (92) natildeo possuiacuteram nomes exclusi-vos sendo chamadas indistintamen-te de ldquoCobras-de-Duas-Cabeccedilasrdquo eou ldquoCobras-Cegardquo Outras trecircs espeacutecies (4) natildeo possuiacuteram quaisquer nomes populares atribuiacutedos a elas A espeacutecie que apresentou o maior nuacutemero de no-mes populares foi Amphisbaena alba com seis diferentes nomes

Em relaccedilatildeo aos Lagartos encontramos 301 nomes populares para um total de 275 espeacutecies dos quais 194 (64) fo-ram nomes exclusivos Nesse caso em-bora o nuacutemero de nomes encontrados tenha sido superior ao nuacutemero de taacute-xons natildeo encontramos quaisquer no-mes para 66 espeacutecies (24) ou nomes exclusivos para 191 espeacutecies (69) de lagartos A espeacutecie com o maior nuacuteme-ro de nomes populares diferentes foi Salvator merianae (N = 21) seguida por Hemidactylus mabouia (N = 19) Em relaccedilatildeo ao uso o termo mais fre-quente para designar as espeacutecies desse grupo foi ldquoCalangordquo (usado 150 vezes) seguido por ldquoLagartordquo (109 vezes) e ldquoLagartixardquo (92 vezes)

Encontramos 772 nomes populares para Serpentes para o total de 411 espeacute-cies no Brasil sendo 559 (72) exclusi-vos Adicionalmente natildeo encontramos

126

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quaisquer nomes populares na literatu-ra para 60 espeacutecies de serpentes (15) enquanto que para 218 (53) natildeo en-contramos quaisquer nomes populares exclusivos As espeacutecies que possuiacuteram o maior nuacutemero de nomes populares na literatura foram Xenodon merremii (N = 48) e Bothrops jararaca (N = 28) O nome mais frequente para se refe-rir agraves espeacutecies desse grupo foi ldquoCoralrdquo (usado 293 vezes) seguido por ldquoJara-racardquo (usado 153 vezes) A palavra ldquoCo-brardquo (usada 498 vezes) foi amplamente utilizada para se referir aos integrantes desse grupo sendo o termo ldquoSerpenterdquo raramente utilizado (apenas 5 vezes)

Dos nomes listados 10 espeacutecies de la-gartos tiveram pelo menos um nome associado a animais peccedilonhentos Oito espeacutecies foram identificadas como ldquoViacute-borasrdquo (Copeoglossum nigropuncta-tum Diploglossus fasciatus Dracaena paraguayensis Hemidactylus agrius H mabouia Phyllopezus pollicaris Psychosaura agmosticha e P ma-crorhyncha) e duas como ldquoCoraisrdquo (Di-ploglossus fasciatus e D lessonae)

Entre as serpentes 27 espeacutecies satildeo consideradas apenas como Falsas-Co-rais (Apostolepis Atractus Elapo-morphus Phalotris Pseudoboa Ro-driguesophis Tantilla e Xenopholis) e seis espeacutecies como ldquoFalsas-Jararacasrdquo (Dipsas neuwiedi Thamnodynastes chaquensis T longicaudus T rutilus Xenodon guentheri e X nattereri) No entanto 94 espeacutecies natildeo peccedilonhentas

tecircm ao menos um nome identifican-do-as com nomes de espeacutecies peccedilo-nhentas Atractus major Clelia clelia (juvenil) Drepanoides anomalus Hy-drops martii Siphlophis cervinus S pulcher e Xenodon matogrossensis foram apenas identificadas como ldquoCo-raisrdquo trazendo a ideia de se tratarem de espeacutecies peccedilonhentas Quarenta e duas espeacutecies foram identificadas como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo principalmente dos gecircneros Chironius Dipsas Echinanthera Epicrates Ery-throlamprus Helicops Hydrops Hy-drodynastes Imantodes Leptodeira Lygophis Mastigodryas Palusophis Phrynonax Psomophis Spilotes Ta-eniophallus Thamnodynastes Tro-pidodryas e Xenodon Nove espeacutecies foram identificadas ora como ldquoviacutebora cascavel ou jararacardquo verdadeiros ora como falsos (Thamnodynastes almae T nattereri T hypoconia T palli-dus Tomodon dorsatus T ocellatus Xenodon merremii X neuwiedii e X severus) Do mesmo modo outras es-peacutecies foram identificadas ora como ldquoCorais-verdadeirasrdquo ora como ldquoFalsas--coraisrdquo (gecircneros Anilius Apostolepis Atractus Boiruna Coronelaps Ery-throlamprus Mussurana Oxyrhopus Phalotris Pseudoboa Rhinobothryum Simophis Siphlophis e Xenodon) Por fim para cinco espeacutecies as identifica-ccedilotildees se misturam pois os nomes popu-lares variam ora como viacutebora cascavel ou jararaca ora como ldquoCoraisrdquo falsos ou verdadeiros (Clelia plumbea Ery-throlamprus poecilogyrus Erythro-

127

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

lamprus taeniogaster Hydrodynastes bicinctus e Xenopholis scalaris)

Quanto agraves espeacutecies de interesse meacutedico (67 espeacutecies dos gecircneros Bothrocophias Bothrops Crotalus Lachesis Leptomi-crurus e Micrurus) quase todas possu-iacuteram ao menos um nome popular (exce-to B sazimai M boicora e M diutius) Entre estas espeacutecies 13 receberam mais de 10 nomes populares cada em sua maioria (10 espeacutecies) pertencentes ao gecircnero Bothrops Entre as 67 16 espeacute-cies natildeo apresentaram nomes exclusi-vos (13 do gecircnero Micrurus) enquanto Crotalus durissus apresentou 16 nomes todos exclusivos (Anexo 1)

Discussatildeo

Encontramos 1264 nomes populares atribuiacutedos a 673 das 802 espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil atual-mente Esse grande nuacutemero de nomes populares provavelmente estaacute asso-ciado agrave elevada riqueza de espeacutecies de reacutepteis e de culturas populares no paiacutes As origens desses nomes residem na compreensatildeo popular acerca de vaacuterios aspectos inerentes agraves espeacutecies (Frank amp Ramus 1995 Vizotto 2003 Begos-si et al 2008 Alves et al 2012 Cos-ta amp Beacuternils 2012 Crump 2015) Por exemplo aspectos da morfologia (eg Jacareacute-Enferrujado para Paleosuchus palpebrosus) do comportamento (eg Dorme-Dorme para Dipsas spp) da dieta (Papa-Pinto para Drymarchon

corais) do habitat (Fura-Terra para Atractus spp) da aacuterea geograacutefica de principal ocorrecircncia (Jacareacute-do-Panta-nal para Caiman yacare) do polimor-fismo (Urutu-Preta ou Urutu-Amarela para Xenodon merremii) da variaccedilatildeo ontogeneacutetica (Cobra-Preta e Cobra-Co-ral para Clelia clelia) da variaccedilatildeo re-gional (Lagartixa Osga Briba para He-midactylus spp) e da variaccedilatildeo regional na grafia (Tegu Teiuacute Tejo Teju Tejuacute Tiju e Tiuacute para Salvator merianae) Neste estudo noacutes mantivemos todos os nomes populares encontrados na lite-ratura respeitando sua grafia original mesmo quando se tratavam unicamen-te de variaccedilotildees regionais valorizando assim o conhecimento popular em re-laccedilatildeo aos reacutepteis

Apesar dessa diversidade de nomes po-pulares presentes na literatura natildeo en-contramos quaisquer nomes atribuiacutedos para 129 (15) espeacutecies de reacutepteis que ocorrem no Brasil todas elas Squama-ta De modo geral essas espeacutecies pos-suem atributos em comum como haacutebi-tos fossoriais (eg Amphisbaena spp) tamanho corporal reduzido (eg Cole-odactylus spp) ocorrecircncia rara (eg Apostolepis arenaria) ou distribuiccedilatildeo restrita (eg Dendrophidion atlanti-ca) fatores que podem explicar a baixa fixaccedilatildeo entre os conhecimentos tradi-cionais Portanto a ausecircncia de nomes populares para estas espeacutecies pode ser explicada por elas figurarem em menor frequecircncia e intensidade no cotidiano das comunidades tradicionais e conse-

128

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

quentemente terem menor importacircn-cia praacutetica seja na alimentaccedilatildeo no uso como faacutermaco-teraacutepicos ou mesmo im-portacircncia meacutedica (Crump 2015)

Tambeacutem encontramos uma consideraacute-vel repeticcedilatildeo dos mesmos nomes po-pulares (sinoniacutemias etnotaxonocircmicas) para diferentes espeacutecies Alguns ter-mos aparecem nesta lista com frequecircn-cia relativamente alta como por exem-plo ldquoCalangordquo (150 vezes) ldquoJararacardquo (153) e ldquoCoralrdquo (293) tanto para espeacute-cies distintas (eg Jararaca para Xeno-don neuwiedii e Bothrops jararaca) ou em composiccedilotildees diferentes para a mes-ma espeacutecie (eg Bothrops jararaca Jararaca-Comum Jararaca-da-Mata--Virgem Jararaca-do-Campo Jarara-ca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pregui-ccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso) Esses casos foram observados sobretudo em taacutexons com ampla distribuiccedilatildeo (eg Bothrops spp Micrurus spp) mesmo que cada espeacutecie possua caracteriacutesticas diagnoacutesticas Aparentemente a mag-nitude das semelhanccedilas sugere uma nomeaccedilatildeo convergente na etnotaxo-nomia (eg Bothrops spp = jararaca Micrurus spp = Coral) Embora esta denominaccedilatildeo popular de maneira ge-neralizada se decirc para taacutexons com pouco interesse meacutedico ou alimentiacutecio (Von Ihering 1968)

Por outro lado Alves et al (2011 2012) apontam que pelo menos 81 espeacutecies de reacutepteis com ocorrecircncia no Brasil satildeo reconhecidas pela cultura popular por apresentarem conflitos ou por se-

rem uacuteteis de alguma maneira Os usos dessas espeacutecies satildeo bastante diversos como fonte de alimento medicinal religioso animais de estimaccedilatildeo e ateacute mesmo como enfeite em residecircncias (Alves et al 2011 2012) Comparan-do os nomes aqui levantados com as 81 espeacutecies apontadas por Alves et al (2011 2012) nota-se que todas as es-peacutecies que possuem usos ou conflitos com a populaccedilatildeo apresentam ao menos um nome popular conhecido sendo que 32 (40) delas receberam mais de 10 nomes Aleacutem disso as espeacutecies usa-das para alimentaccedilatildeo tecircm um ou mais nomes exclusivos mas natildeo necessaria-mente um grande nuacutemero de nomes Os quelocircnios amazocircnicos e os crocodi-lianos por exemplo amplamente usa-dos na culinaacuteria tradicional na produ-ccedilatildeo de utensiacutelios domeacutesticos e tambeacutem no tratamento de doenccedilas (Alves et al 2011 2012 Rhodin et al 2017) satildeo re-conhecidos pelas comunidades locais recebendo nomes populares espeacutecie--especiacuteficos relativamente conservados entre diferentes culturas enquanto di-versos taacutexons sem importacircncia cinegeacute-tica satildeo nomeados em geral com os mesmos termos (Alves et al 2012 Von Ihering 1968 este estudo)

O uso de um mesmo nome para espeacute-cies diferentes pode trazer consequ-ecircncias graves como em casos de aci-dentes ofiacutedicos (Costa amp Beacuternils 2012 Mota-da-Silva et al 2019) assim como a morte de animais natildeo peccedilonhentos decorrentes de identificaccedilatildeo errocircnea

129

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Os taacutexons aacutepodos (eg Ophiodes spp e Amphisbaena spp) satildeo comumente mortos devido agrave semelhanccedila com as serpentes aleacutem de serem popularmen-te associados ao envenenamento As espeacutecies natildeo peccedilonhentas que satildeo iden-tificadas como peccedilonhentas formam um grupo muito heterogecircneo Para os lagartos a associaccedilatildeo com serpentes eacute mais comum nos grupos que possuem membros reduzidos (ie Ophiodes) Jaacute no caso das serpentes de modo geral cinco caracteriacutesticas principais pare-cem ser levadas em conta pelos popu-lares para se atribuir a condiccedilatildeo de pe-ccedilonhenta padratildeo variegado forma da cabeccedila manchas ou cores avermelha-das presenccedila de bandas e tamanho do corpo Serpentes que apresentam tons marrons (eg Leptodeira) ou cabeccedila ligeiramente em forma de lanccedila (eg Thamnodynastes) satildeo identificadas como ldquoJararacasrdquo ldquoJararaquinhardquo e suas variaccedilotildees na cultura popular Es-peacutecies com tons vermelhos ou bandas satildeo identificadas como ldquoCoraisrdquo falsas ou verdadeiras Curiosamente alguns Pseudoboini podem ser reconhecidos como ldquoCoraisrdquo nas fases juvenis (eg Clelia plumbea) mas os adultos de co-loraccedilatildeo preta satildeo reconhecidos como ldquoMuccediluranasrdquo nome que muitas vezes carrega o significado de ser uacutetil por predar outras serpentes Especifica-mente sobre o gecircnero Bothrops indi-viacuteduos pequenos (juvenis ou adultos) satildeo chamados de ldquoJararacasrdquo enquan-to que indiviacuteduos de grande porte (por

vezes da mesma espeacutecie) satildeo chama-dos de ldquoJararacussurdquo ou ateacute mesmo de ldquoSurucucurdquo (Mota-da-Silva et al 2019 este estudo) Esse raciociacutenio se estende tambeacutem para espeacutecies natildeo peccedilonhen-tas que satildeo reconhecidas como ldquoJara-racasrdquo (ie Palusophis bifossatus e Hy-drodynastes gigas) Em alguns casos como Erythrolamprus poecilogyrus os padrotildees de coloraccedilatildeo diferentes ao longo da distribuiccedilatildeo podem explicar o porquecirc dessa espeacutecie ser reconheci-da como ldquoJararacardquo (padratildeo marrom) e ldquoCoralrdquo (padratildeo bandeado) dependen-do da regiatildeo Conveacutem ressaltar que as atribuiccedilotildees ldquofalsardquo ou ldquoverdadeirardquo para essas espeacutecies natildeo parecem seguir cri-teacuterios objetivos

Embora o nuacutemero de espeacutecies de ser-pentes de importacircncia meacutedica seja re-lativamente baixo no Brasil (9 das espeacutecies de serpentes Viperidae N = 31 e Elapidae N = 36) as lendas e mi-tos que estigmatizam esse grupo ainda satildeo um fator potencializador de proble-mas relacionados agrave conservaccedilatildeo dessas espeacutecies (Argocirclo 2004 Moura et al 2010) Apesar da grande maioria das espeacutecies de importacircncia meacutedica rece-berem nomes populares e de algumas poderem ser identificadas de maneira inequiacutevoca a diversidade de nomes po-pulares atribuiacutedas a um mesmo taacutexon e a ampla ocorrecircncia de sinoniacutemias etno-taxonocircmicas com espeacutecies natildeo-peccedilo-nhentas revela a perpetuaccedilatildeo dos pro-blemas de erros de identificaccedilatildeo com seacuterias consequecircncias no acircmbito da con-

130

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

servaccedilatildeo Desta forma eacute urgente que projetos de educaccedilatildeo ambiental eou divulgaccedilatildeo cientiacutefica sejam executados em todo o paiacutes com o objetivo de levar conhecimento acerca das espeacutecies com preocupaccedilatildeo meacutedica e desmistificar questotildees relacionadas agrave identificaccedilatildeo e periculosidade das serpentes em geral reduzindo assim os conflitos entre hu-manos e este grupo de reacutepteis

Diagnosticamos neste estudo que existe um uso majoritaacuterio do termo ldquoCobrardquo em relaccedilatildeo agrave ldquoSerpenterdquo no co-nhecimento popular Haacute importantes discussotildees a respeito do uso desses dois termos na literatura (eg Amaral 1978 Puorto 2001 Sandrin et al 2005 Fer-nandes-Ferreira et al 2011) e o em-prego desses nomes tem sido abordado por diferentes autores sem padroniza-ccedilatildeo (ver discussatildeo em Sandrin et al 2005) Embora as culturas tradicionais brasileiras reconheccedilam as duas pala-vras como sinocircnimas o uso de ldquoCobrardquo eacute bem mais frequente (Sandrin et al 2005 este estudo) Sendo assim suge-rimos o uso do termo ldquoCobrardquo no con-texto do discurso popular reservando o termo ldquoSerpenterdquo ao acircmbito teacutecnico e acadecircmico

A utilizaccedilatildeo de nomes populares para espeacutecies pouco carismaacuteticas como o caso dos reacutepteis eacute fundamental para a aproximaccedilatildeo destes animais com a so-ciedade em geral Neste estudo apre-sentamos a lista de nomes populares dos reacutepteis que ocorrem no Brasil a par-tir de dados disponiacuteveis na literatura Eacute

possiacutevel no entanto que neste primei-ro esforccedilo alguns nomes populares natildeo tenham sido localizados o que se justi-fica pela enorme diversidade cultural e riqueza de espeacutecies no Paiacutes Esta com-pilaccedilatildeo contribui de maneira relevante com a etnoherpetologia brasileira po-reacutem eacute notaacutevel a existecircncia de diversas lacunas no conhecimento tradicional sobre os reacutepteis no Brasil Portanto recomendamos que os herpetoacutelogos em trabalhos de campo considerem valorizem e forneccedilam nos relatoacuterios e publicaccedilotildees os nomes populares locais (em vez de omiti-los ou priorizar aque-les jaacute existentes na literatura) para as espeacutecies-alvo das suas pesquisas Esta simples iniciativa apesar de natildeo ter caraacuteter intriacutenseco etnoloacutegico (ciecircncia com objetos meacutetodos e abordagens teoacutericas proacuteprias) certamente proveraacute um quantitativo imensuraacutevel de novos nomes populares agrave literatura contri-buindo para revelar a real extensatildeo da variaccedilatildeo geograacutefica e cultural dos no-mes populares dos reacutepteis brasileiros e consequentemente substanciar com mais robustez uma futura atualizaccedilatildeo da presente lista

131

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Agradecimentos

RCG agradece ao Prof Dr Marcello Modesto (FFLCH-USP) pelo supor-te teacutecnico sobre as normas da liacutengua portuguesa O presente estudo foi re-alizado com apoio da Coordenaccedilatildeo de Aperfeiccediloamento de Pessoal de Niacutevel Superior - Brasil (CAPES) CMR dou-torado Processo 888824280552019-01 e PRMF doutorado Processo 15710452015 Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacute-gico (CNPq) ADA mestrado Processo 1301152013-3 DMMM doutorado Processo 1418782018-5 e RAB poacutes--doutorado Processo 1555562018-5 e Fundaccedilatildeo de Amparo agrave Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ) JCFO poacutes-doutorado Processo E-262023882017

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Alves RRN Pereira-Filho GA Vieira KS Souto WMS Mendonccedila LET Montenegro PFGP Vieira WLS 2012 A zoological catalogue of hunted reptiles in the semiarid region of Bra-zil Journal of Ethnobiology and Eth-nomedicine 827 doi1011861746-4269-8-27

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto

WMS hellip Pezzuti JCB 2011 A re-view on human attitudes towards rep-tiles in Brazil Environmental Monito-ring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Brasil Iconografia colorida MelhoramentosEDUSP Satildeo Paulo

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Begossi A Clauzet M Figueiredo JL Garuana L Limca RV Lopes PF Silvan RAM 2008 Are biological species and higher-ranking categories real Fish folk taxonomy on Brazilrsquos Atlantic Forest Coast and in the Ama-zon Current Antropology 49291ndash306 doi101086527437

Berlin B Breedlove DE Raven PH 1973 General principles of classifica-tion and nomenclature in folk biology American Anthropology 75214ndash242 doi101525aa197375102a00140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cardoso JLC 2009 Joseacute de Anchie-ta e as Cartas Pp 521ndash522 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CMS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Cleacutement D 1995 Why is taxonomy utilitarian Journal of Ethnobiology 151ndash44

Costa HC Beacuternils RS 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC Beacuternils RS 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Costa-Neto EM Marques JGW 2000 A Etnotaxonomia de recursos ictiofauniacutesticos pelos pescadores da co-munidade de Siribinha norte do Estado da Bahia Brasil Biociecircncias 861ndash76

CPLP (Comunidade dos Paiacuteses de Liacuten-gua Portuguesa) 1990 Acordo Orto-graacutefico da Liacutengua Portuguesa Acessiacutevel em httpwwwcplporgFilesFilercplpAcordosmaisAcordosAcordo-OrtogrLinguaPortugpdf Acesso 06 de Abril de 2019

Crump M 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg the Lore and Mythology of Amphibians

and Reptiles University of Chicago Press Chicago

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest amp Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-ges-Nojosa DM Alves RRN 2011 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Frank N Ramus E 1995 A Complete Guide to Scientific and Common Na-mes of Reptiles and Amphibians of the World Reptile and Amphibian magazi-ne Pottsville

133

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que CS Haddad V Jr (Orgs) Ani-mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Garrido C 2012 Divergecircncias no inven-taacuterio das liacutenguas e na constituiccedilatildeo dos elementos lexicais equivalentes como fonte de discordacircncias interculturais na traduccedilatildeo de textos destinados ao ensino e divulgaccedilatildeo da ciecircncia Leben-de Sprachen 57238ndash264 doi101515les-2012-0021

Hunn E 1982 The utilitarian factor in folk biological classification Ame-rican Anthropologist 84830ndash847 doi101525aa198284402a00070

ICZN (International Commission on Zoological Nomenclature) 1999 The Code 4th ed International code of zo-ological nomenclature Acessiacutevel em httpwwwicznorg Acesso 28 de marccedilo de 2019

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

Lopes P Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Taxono-mia e etnotaxonomia ecologia e etno-ecologia Pp 69ndash94 in Alves RRA

Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A Etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPPEA Recife

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado 1 ed Holos Edi-tora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlssman C Sazima I 2005 Serpentes do Panta-nal Holos Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of thread snakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

134

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Midtgaard R 2019 English common names of reptiles a working checklist Acessiacutevel em httpwwwnatu-reswindowdkUKnameshtml Aces-so 28 de fevereiro de 2019

Mota-da-Silva A Monteiro WM Ber-narde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lan-cehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 521ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pe-dro VA Fernandes VD Feio RN 2010 O relacionamento entre pes-soas e serpentes no leste de Minas Gerais sudeste do Brasil Biota Ne-otropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fauna South American Journal of Herpeto-logy 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

Nolan JM Robbins MC 2001 Emo-tional Meaning and the Cognitive Orga-nization of Ethnozoological Domains Journal of Linguistic Anthropology 11240ndash249

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagar-tixas concepccedilotildees sobre lagartos entre estudantes do Ensino Meacutedio em For-taleza Cearaacute Brasil Ciecircncia amp Edu-caccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Pinto MF Mouratildeo JS Alves RRN 2013 Ethnotaxonomical considera-tions and usage of ichthyofauna in a fishing community in Cearaacute Sta-te Northeast Brazil Journal of Eth-nobiology and Ethnomedicine 917 doi1011861746-4269-9-17

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Raddi G 1820 Di alcune specie di ret-tili e piante brasiliane Memoria di Giu-seppe Raddi Memorie di Matematica e di Fisica della Societagrave Italiana delle Scienze Presso la Societagrave Tipografica Modena

Rhodin AGJ Iverson JB Bour R Fritz U Georges A Shaffer HB Van Dijk PP 2017 Turtles of the world annotated checklist and atlas of taxo-nomy synonymy distribution and conservation status Chelonian Rese-arch Monographs 71ndash292

135

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Silva JL Mota-da-Silva A Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Amazonia Revista da Sociedade Bra-sileira de Medicina Tropical 531ndash6 doi1015900037-8682-0305-2019

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidis HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Satildeo Paulo

Editor Deacutelio Baecircta

136

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Lista dos Nomes Populares dos Reacutepteis no Brasil ndash Primeira Versatildeo REPTILIA (Reacutepteis)

Anexo 1

Acanthochelys macrocephala (Rhodin Mittermeier amp McMorris 1984)Nomes populares Caacutegado Tartaruga-do-Pantanal

Acanthochelys radiolata (Mikan 1820) - Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Amarelo Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Acanthochelys spixii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua-Doce Caacutegado-de-Canaleta Caacutegado-de-Pescoccedilo-Espi-nhudo Caacutegado-do-Cerrado Caacutegado-Feio Caacutegado-Preto Tartaruga-Bunda

Caretta caretta (Linnaeus 1758)Nomes populares Avoacute-de-Aruanatilde Cabeccedila-Grande Cabeccediluda Careba-Amarela Carebadura Ca-reba-Dura Tartaruga Tartaruga-Amarela Tartaruga-Avoacute Tartaruga-Cabeccediluda Tartaruga-Ca-rei Tartaruga-Marinha-Comum Tartatura-Meio-Pente Tartaruga-Mesticcedila

Chelonia mydas (Linnaeus 1758)Nomes populares Aruanatilde Depeia Falso-Carei Jereba Succediluarana Tartaruga-Apedrecircs Tartaru-ga-de-Sopa Tartaruga-do-Mar Tartaruga-Marinha Tartaruga-Marinha-Comum Tartaruga-Pe-drecircs Tartaruga-Verde Uruanatilde

Chelonoidis carbonarius (Spix 1824)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Piranga Jabuti-Vermelho

Chelonoidis denticulatus (Linnaeus 1766)Nomes populares Jaboti Jabuti Jabuti-Amarelo Jabuti-Tinga

Chelus fimbriata (Schneider 1783)Nomes populares Caacutegado Matamataacute Mata-Mataacute

TESTUDINES (Caacutegados Jabutis e Tartarugas)

137

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dermochelys coriacea (Vandelli 1761)Nomes populares Careba-Gigante Careba-Mole Tartaruga-de-Cerro Tartaruga-de-Couro Tar-taruga-de-Leste Tartaruga-de-Quilha Tartaruga-Gigante Tartaruga-Preta

Eretmochelys imbricata (Linnaeus 1766)Nomes populares Tartaruga-de-Escamas Tartaruga-de-Pente Tartaruga-do-Mar Tartaruga--Verdadeira Verdadeiro-Carei

Hydromedusa maximiliani (Mikan 1825)Nomes populares Caacutegado-da-Serra Caacutegado-Pescoccedilo-de-Cobra

Hydromedusa tectifera Cope 1870Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccedila-de-Cobra Caacutegado-de-Pescoccedilo-Comprido

Kinosternon scorpioides (Linnaeus 1766)Nomes populares Cabeccediludinho Caacutegado Juraraacute Muccediluatilde Peito-de-Mola

Lepidochelys olivacea (Eschscholtz 1829)Nomes populares Falsa-Careta Tartaruga-Comum Tartaruga-Oliva Tartaruga-Pequena Tarta-ruga-Verde Xibirro

Mesoclemmys gibba (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Poccedilas Caacutegado-de-Poccedilas-da-Floresta

Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2001)Nomes populares Caacutegado Perema-da-Cabeccedila-Amarela

Mesoclemmys hogei (Mertens 1967)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Hoge Caacutegado-de-Hogei Caacutegado-do-Paraiacuteba Caacutegado-do--Paraiacuteba-do-Sul

Mesoclemmys nasuta (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado-da-Cabeccedila-de-Sapo Lalaacute

Mesoclemmys perplexa Bour amp Zaher 2005Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Goiano

Mesoclemmys raniceps (Gray 1856)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Cabeccedila-de-Sapo-Comum Lalaacute

Mesoclemmys tuberculata (Luumlderwaldt 1926)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Drsquoaacutegua Caacutegado-do-Nordeste Caacutegado-Caramujeiro

Mesoclemmys vanderhaegei (Bour 1973)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-Cabeccediludo Galaacutepago Tartaruga-Cabeccedila-de-Sapo

138

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Peltocephalus dumerilianus (Schweigger 1812)Nomes populares Acanguaccedilu Cabeccediluda Cabeccediludo Capitari (machos) Juraraacute Peindu Tartaru-ga-Arara Tartaruga-de-Bico-de-Arara

Phrynops geoffroanus (Schweigger 1812)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Barbelas-Pintado Caacutegado-de-Bar-bicha Caacutegado-de-Barbixa Caacutegado-de-Esgoto Caacutegado-de-Ferradura-Comum Caacutegado-do-Rio Cangapara Lalaacute Tartaruga-do-Pescoccedilo-de-Cobra

Phrynops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Caacutegado-Comum Caacutegado-de-Barbelas-Cinzento Caacutegado-de-Barbilhatildeo

Phrynops tuberosus (Peters 1870)Nomes populares Caacutegado Caacutegado-de-Barbicha Caacutegado-Rajado Cangapara

Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983Nomes populares Caacutegado-de-Barbela Caacutegado-de-Ferradura Caacutegado-de-Ferradura-Sulino

Platemys platycephala (Schneider 1792)Nomes populares Caacutegado Charapa Charapita Charapita-de-Aguajal Charapita-de-Altura Cha-ta Jabuti-Machado Jabuti-Mato-Grossense Lalaacute Machado Perema Quetijaacutepa

Podocnemis erythrocephala (Spix 1824)Nomes populares Calalumatilde Irapuca

Podocnemis expansa (Schweigger 1812)Nomes populares Capitari Tartaruga-da-Amazocircnia Viraccedilatildeo

Podocnemis sextuberculata Cornalia 1849Nomes populares Cambeacuteua Iaccedilaacute Pitiuacute

Podocnemis unifilis Troschel 1848Nomes populares Tracajaacute Zeacute-Prego

Rhinemys rufipes (Spix 1824)Nome popular Caacutegado-Vermelho

Rhinoclemmys punctularia (Daudin 1801)Nomes populares Aperema Caacutegado Jabuti-Aperema Juraraacute Muccediluatilde Perema

Trachemys adiutrix Vanzolini 1995Nomes populares Caacutegado Capininga Juraraacute Juraraca Pininga

Trachemys dorbigni (Dumeacuteril amp Bibron 1835)Nomes populares Tartaruga Tartaruga-Imperial Tartaruga-Verdadeira Tartaruga-Verde-e--Amarela Tigre-Drsquoaacutegua Tigre-Drsquoaacutegua-Amarelo

139

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

CROCODYLIA (Jacareacutes)

Caiman crocodilus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacaretinga Jacareacute-Tinga Tinga

Caiman latirostris (Daudin 1801)Nomes populares Jacareacute-Comum Jacareacute-do-Papo-Amarelo Jacareacute-de-Papo-Amarelo Jacareacute--Oriental

Caiman yacare Daudin 1801Nomes populares Jacareacute-do-Pantanal Jacareacute-do-Paraguai

Melanosuchus niger (Spix 1825)Nomes populares Jacareacute-Accediluacute Jacareacute-Preto

Paleosuchus palpebrosus (Cuvier 1807)Nomes populares Cocodrilo Crocodilo Jacareacute-Anatildeo Jacareacute-Coroa Jacareacute-do-Buraco Jacareacute--Enferrujado Jacareacute-Ferro Jacareacute-Mirim Jacareacute-Paguaacute Jacareacute-Pedra Jacareacute-Preto Jacareacute-U-na Jacareacute-Vermelho Pretinho Tiritiri

Paleosuchus trigonatus (Schneider 1801)Nomes populares Caimatildeo-de-Cara-Lisa Jacareacute-de-Cara-Lisa Jacareacute-Pedra Jacareacute-Coroa Jacareacute-Curuaacute

AMPHISBAENIA (Cobras-de-Duas-Cabeccedilas Cobras-Cegas e Matildees-da-Sauacuteva)

Amphisbaena absaberi (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena acrobeles (Ribeiro Castro-Mello amp Nogueira 2009)Nome popular desconhecido

Amphisbaena alba Linnaeus 1758Nomes populares Boiacica Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Amarela-Grande Cobra-de--Duas-Cabeccedilas Matildee-da-Sauacuteva Minhocatildeo

Amphisbaena amazonica Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena anaemariae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

140

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena anomala (Barbour 1914)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena arda Rodrigues 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena arenaria Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bahiana Vanzolini 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bedai (Vanzolini 1991)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena bilabialata (Stimson 1972)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brasiliana (Gray 1865)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena brevis Struumlssmann amp Mott 2009Nome popular desconhecido

Amphisbaena caiari Teixeira Jr Dal Vechio Mollo Neto amp Rodrigues 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena camura Cope 1862Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carli Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2010Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena carvalhoi Gans 1965Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena crisae Vanzolini 1997Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena cuiabana (Struumlssmann amp Carvalho 2001)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Cuiabaacute

Amphisbaena cunhai Hoogmoed amp Avila-Pires 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

141

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena darwinii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Uruguaia

Amphisbaena dubia Muumlller 1924Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena filiformis Ribeiro Gomes Silva Cintra amp Silva Jr 2016Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena frontalis Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena fuliginosa Linnaeus 1758Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Amphisbaena hastata Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena heathi Schmidt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena hiata Montero amp Ceacutespedez 2002Nome popular desconhecido

Amphisbaena hogei Vanzolini 1950Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena ibijara Rodrigues Andrade amp Lima 2003Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena ignatiana Vanzolini 1991Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kingii (Bell 1833)Nomes populares Anfisbena-de-Crista Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena kraoh (Vanzolini 1971)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leeseri Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena leucocephala Peters 1878Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

142

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena littoralis Roberto Brito amp Aacutevila 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena lumbricalis Vanzolini 1996Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena maranhensis Gomes amp Maciel 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mertensii Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-de-Mertens Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena metallurga Costa Resende Teixeira Jr Dal Vechio amp Clemente 2015Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena miringoera Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena mitchelli Procter 1923Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena munoai Klappenbach 1966Nomes populares Anfisbena-Pequena Cobra-Cega-Branca Cobra-Cega-Pequena Cobra-Cega--Uruguaia-Pequena

Amphisbaena neglecta Dunn amp Piatt 1936Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena nigricauda Gans 1966Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena persephone Pinna Mendonccedila Bocchiglieri amp Fernandes 2014Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Terra

Amphisbaena pretrei Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena prunicolor (Cope 1885)Nomes populares Anfisbena-Marrom Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Marrom

Amphisbaena ridleyi Boulenger 1890Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena roberti Gans 1964Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

143

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Amphisbaena sanctaeritae Vanzolini 1994Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena saxosa (Castro-Mello 2003)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena silvestrii Boulenger 1902Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Cuiabana

Amphisbaena slevini Schmidt 1938Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena steindachneri Strauch 1881Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena supernumeraria Mott Rodrigues amp Santos 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena talisiae Vanzolini 1995Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-da-Pitomba

Amphisbaena trachura Cope 1885Nomes populares Anfisbena-Comum Cobra-Cega Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Comum Cobra-de--Duas-Cabeccedilas-Grande Cobra-de-Duas-Cabeccedilas

Amphisbaena tragorrhectes Vanzolini 1971Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena uroxena Mott Rodrigues Freitas amp Silva 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena vanzolinii Gans 1963Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena varia Laurenti 1768Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega Matildee-de-Sauacuteva

Amphisbaena vermicularis Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Amphisbaena wiedi Vanzolini 1951Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-Pintada

Leposternon cerradensis Ribeiro Vaz-Silva amp Santos-Jr 2008Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas-do-Cerrado

144

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Leposternon infraorbitale (Bertold 1859)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon kisteumacheri Porto Soares amp Caramaschi 2000Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon maximus Ribeiro Nogueira Cintra Silva Jre Zaher 2012Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon microcephalum Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon octostegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon polystegum (Dumeacuteril 1851)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon scutigerum (Hemprich 1820)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Leposternon wuchereri (Peters 1879)Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

Mesobaena rhachicephala Hoogmoed Pinto Rocha amp Pereira 2009Nomes populares Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Cobra-Cega

ldquoLAGARTOSrdquo (Bribas Calangos Camaleotildees Cobras-de-Vidro Lagartos e Lagartixas)

Acratosaura mentalis (Amaral 1933)Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Acratosaura spinosa Rodrigues Cassimiro Freitas amp Silva 2009Nome popular Lagarto-Espinhoso

Alexandresaurus camacan Rodrigues Pellegrino Dixo Verdade Pavan Argocirclo amp Sites 2007Nome popular desconhecido

Alopoglossus angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Briba Lagartinho-do-Olho-Vermelho Lagartixa Lagarto-da-Terra Lagarto--do-Folhiccedilo

145

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Alopoglossus atriventris Duellman 1973Nome popular desconhecido

Alopoglossus buckleyi (OrsquoShaughnessy 1881)Nome popular desconhecido

Amapasaurus tetradactylus Cunha 1970Nome popular desconhecido

Ameiva ameiva (Linnaeus 1758)Nomes populares Bico-Doce Calango-Bico-Doce Calango-Tijibu Tijibu Calango Calango-Ver-de Camaleatildeo-Ferro Jacareacute-Pinima Lagarto Lagarto-Verde Sardatildeo-Grande Tejubina Tijubina

Ameiva jacuba Giugliano Nogueira Valdujo Collevatti amp Colli 2013Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameiva parecis (Colli Costa Garda Kopp Mesquita Peacuteres Valdujo Vieira amp Wiederhecker 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha Lagarto

Ameivula cipoensis Arias Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Ameivula confusioniba (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nomes populares Calango Calango-ligeiro Tejubina Tijubina

Ameivula jalapensis (Colli Giugliano Mesquita amp Franccedila 2009)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula mumbuca (Colli Caldwell Costa Gainsbury Garda Mesquita Filho Soares Silva Valdujo Vieira Vitt Werneck Wiederhecker amp Zatz 2003)Nomes populares Calango Calanguinho Iguaninha

Ameivula nativo (Rocha Bergallo amp Peccinini-Seale 1997)Nomes populares Lagartinho-de-Linhares Lagartinho-Nativo

Ameivula nigrigula (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular desconhecido

Ameivula ocellifera (Spix 1825)Nomes populares Calango Calango-da-Praia Calango-Ligeiro Calango-Listrado Calango-Pe-queno Calango-Tijubina Calanguinho Calanguinho-Pintado Calanguinho-Sardatildeo-Pequeno Calanguinho-Verde Tijubina

Ameivula pyrrhogularis (Silva amp Avila-Pires 2013)Nomes populares Calango Calango-Ligeiro Calango-Tijubina Tijubina

146

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Ameivula xacriaba Arias Teixeira Jr Recoder Carvalho Zaher amp Rodrigues 2014Nome popular desconhecido

Anisolepis grilli Boulenger 1891Nomes populares Camaleatildeo Lagartinho Lagartixa-das-Uvas Papa-Vento Papa-Vento-Comum Papa-Vento-do-Rabo-Rajado

Anisolepis longicauda (Boulenger 1891)Nome popular desconhecido

Anisolepis undulatus (Wiegmann 1834)Nomes populares Lagartixa Papa-Vento Papa-Vento-do-Sul

Anolis auratus (Daudin 1802)Nome popular Papa-Vento

Anolis bombiceps Cope 1875Nome popular Papa-Vento

Anolis brasiliensis Vanzolini amp Williams 1970Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis chrysolepis Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Calango Camaleatildeo Papa-Vento

Anolis fuscoauratus (DrsquoOrbigny 1837 in Dumeacuteril amp Bibron 1837)Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis meridionalis Boettger 1885Nomes populares Calango-Bandeira Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Anolis ortonii Cope 1868Nomes populares Anoles Calango Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis planiceps Troschel 1848Nome popular Papa-Vento

Anolis scypheus Cope 1864Nome popular Papa-Vento

Anolis tandai Avila-Pires 1995Nomes populares Calango-Bandeira Papa-Vento

Anolis trachyderma Cope 1875Nome popular Papa-vento

147

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Anolis williamsii (Bocourt 1870)Nome popular Papa-Vento

Anotosaura collaris Amaral 1933Nome popular desconhecido

Anotosaura vanzolinia Dixon 1974Nome popular desconhecido

Arthrosaura kockii (Lidth de Jeude 1904)Nomes populares Calango Lagartinho-Listrado Lagarto-do-Folhiccedilo

Arthrosaura reticulata (OrsquoShaughnessy 1881)Nomes populares Calango Lagartinho-Reticulado Lagartixa Lagarto-do-Folhiccedilo

Aspronema dorsivittatum (Cope 1862)Nomes populares Calango-Liso Lagartixa-Brilhante Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-Doura-da Lagarto-Liso Scinco-Comum Scinco-Dourado

Bachia bresslaui (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia cacerensis Castrillon amp Struumlssmann 1998Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia didactyla Freitas Struumlssmann Carvalho Kawashita-Ribeiro amp Mott 2011Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia dorbignyi (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia flavescens (Bonnaterre 1789)Nomes populares Cobra-Cega Lagartinho Lagarto-Aacutepodo Lagarto-da-Terra Lagarto-sem-Pata

Bachia geralista Teixeira Jr Recoder Camacho Sena Navas amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia micromela Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia oxyrhina Rodrigues Camacho Nunes Recoder Teixeira Jr Valdujo Ghellere Mott amp Nogueira 2008Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia panoplia Thomas 1965Nome popular desconhecido

148

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bachia peruana (Werner 1901)Nome popular desconhecido

Bachia psamophila Rodrigues Pavan amp Curcio 2007Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-sem-Pata

Bachia pyburni Kizirian amp McDiarmid 1998Nome popular desconhecido

Bachia remota Ribeiro-Juacutenior Silva amp Lima 2016Nome popular desconhecido

Bachia scaea Teixeira Jr Dal Vechio Nunes Mollo Neto Lobo Storti Gaiga Dias amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

Bachia scolecoides Vanzolini 1961Nomes populares Lagarto-Aacutepodo Lagarto-Sem-Pata

Bachia trisanale (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Brasiliscincus agilis (Raddi 1823)Nomes populares Briba Calango-Liso Cobra-de-Vidro Lagartixa-de-Vidro Lagarto-Liso

Brasiliscincus caissara (Rebouccedilas-Spieker 1974)Nome popular Calango-Liso-da-Restinga

Brasiliscincus heathi (Schmidt amp Inger 1951)Nomes populares Briba Calango-Liso Lagarto-do-Folhiccedilo

Calyptommatus confusionibus Rodrigues Zaher amp Curcio 2001Nome popular Lagarto-Escrivatildeo

Calyptommatus leiolepis Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus nicterus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Calyptommatus sinebrachiatus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Caparaonia itaiquara Rodrigues Cassimiro Pavan Curcio Verdade amp Pellegrino 2009Nome popular desconhecido

149

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Cercosaura argula Peters 1862Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura bassleri Ruibal 1952Nome popular desconhecido

Cercosaura eigenmanni (Griffin 1917)Nomes populares Calango-da-Maacutescara-Branca Calanguinho-de-Maacutescara Lagartinho-de-Maacutes-cara Lagartinho-de-Maacutescara-Branca Lagarto-do-Folhiccedilo

Cercosaura ocellata Wagler 1830Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho Lagartinho-Listra-do Lagartinho-Pintado Lagartixa Lagartixa-Listrada Lagarto-do-folhiccedilo Teiuacute-Pigmeu

Cercosaura oshaughnessyi (Boulenger 1885)Nome popular Lagarto-da-Terra

Cercosaura parkeri (Ruibal 1952)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo-do-Pantanal

Cercosaura quadrilineata Boettger 1876Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-do-Rabo-Grande Lagartixa-de-Quatro--Listras

Cercosaura schreibersii Wiegmann 1834Nomes populares Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-de-Maacutescara Lagartinho-do-Rabo-Gran-de Lagartinho-Liso Lagartixa Lagartixa-Comum Lagartixa-Marrom

Chatogekko amazonicus (Andersson 1918)Nomes populares Lagartixa Lagartixinha

Cnemidophorus cryptus Cole amp Dessauer 1993Nomes populares Calango Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Violeiro

Cnemidophorus gramivagus McCrystal amp Dixon 1987Nome popular Calango

Cnemidophorus lemniscatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-Azul Calango-Listrado Calango-Verde Lagarto Lagartixa--Azul Lagartinho-Listrado

Coleodactylus brachystoma (Amaral 1935)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixinha-Anatilde

150

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Coleodactylus elizae Gonccedilalves Torquato Skuk amp Sena 2012Nome popular desconhecido

Coleodactylus meridionalis (Boulenger 1888)Nomes populares Briba Calanguinho Lagartixa Lagartinho Lagartixinha-Anatilde Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus natalensis Freire 1999Nome popular Lagarto-do-Folhiccedilo

Coleodactylus septentrionalis Vanzolini 1980Nome popular desconhecido

Colobodactylus dalcyanus Vanzolini amp Ramos 1977Nome popular Lagartinho-do-folhedo

Colobodactylus taunayi Amaral 1933Nome popular desconhecido

Colobosaura modesta (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-cobra Calanguinho Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo La-garto Lagarto-do-Folhiccedilo

Colobosauroides carvalhoi Soares amp Caramaschi 1998Nome popular desconhecido

Colobosauroides cearensis Cunha Lima-Verde amp Lima 1991Nome popular desconhecido

Contomastix lacertoides (Dumeacuteril amp Bibron 1839)Nomes populares Lagartixa-Listrada Lagartixa-Verde Tiuacute-da-Areia Lagartinho-Listrado-da--Restinga

Contomastix vacariensis (Feltrim amp Lema 2000)Nomes populares Lagartinho-de-Vacaria Lagartinho-Pintado Lagartinho-Pintado-do-Campo Lagartixa-Pintada

Copeoglossum arajara (Rebouccedilas-Spieker 1981)Nome popular Calango-Liso

Copeoglossum nigropunctatum (Spix 1825)Nomes populares Briba-Brilhante Calango Calango-Cobra Calango-Liso Lagarto-Brilhante Lagarto-de-Vidro Lagarto-Liso Viacutebora

Crocodilurus amazonicus (Spix 1825)Nomes populares Calango-Drsquoaacutegua Jacarerana Jacaruxi

151

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Dactyloa dissimilis (Williams 1965)Nome popular Papa-Vento

Dactyloa nasofrontalis (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-Vento

Dactyloa phyllorhina (Myers amp Carvalho 1945)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933)Nomes populares Calanguinho Papa-vento

Dactyloa punctata (Daudin 1802)Nomes populares Anoles Calango-Verde Camaleatildeo Lagartixa-Verde-da-Amazocircnia Lagarto--Verde Papa-Vento

Dactyloa transversalis (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular Papa-Vento

Diploglossus fasciatus (Gray 1831)Nomes populares Briba Calango-Coral Calango-Liso Cobra-de-Patas Lagarto-Coral Viacutebora

Diploglossus lessonae Peracca 1890Nomes populares Briba Briba-que-Vira-Cobra Calango-Coral Calango-Liso Lagarto-Coral

Dracaena guianensis Daudin 1801Nomes populares Cabeccedila-Encarnada Jacarerana Jacaruxi Jacuruxi Lagarto-Jacareacute

Dracaena paraguayensis Amaral 1950Nomes populares Lagarto-Jacareacute Viacutebora-do-Pantanal

Dryadosaura nordestina Rodrigues Freire Pellegrino amp Sites 2005Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Ecpleopus gaudichaudii Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Lagartinho-da-Mata Lagartinho-do-Rabo-Liso Lagartinho-da-Serra-do-Mar

Enyalioides laticeps (Guichenot 1855)Nome popular Papa-Vento

Enyalioides palpebralis (Boulenger 1883)Nome popular desconhecido

Enyalius bibronii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Lagarto-verde Papa-Vento

152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Enyalius bilineatus Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Camaleatildeozinho-do-Cerrado Camaleatildeozinho-de-Duas-Lis-tras Papa-Vento

Enyalius boulengeri Etheridge 1969Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius brasiliensis (Lesson 1828)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius catenatus (Wied 1821)Nome popular Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius erythroceneus Rodrigues Freitas Silva amp Bertolotto 2006Nome popular desconhecido

Enyalius iheringii Boulenger 1885Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Iguaninha Iguaninha-Verde Papa-Vento Sinimbuacute-Verde

Enyalius leechii (Boulenger 1885)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius perditus Jackson 1978Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Enyalius pictus (Schinz 1822)Nomes populares Camaleatildeozinho Papa-Vento

Eurolophosaurus amathites (Rodrigues 1984) Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus divaricatus (Rodrigues 1986)Nome popular desconhecido

Eurolophosaurus nanuzae (Rodrigues 1981)Nome popular desconhecido

Exila nigropalmata (Andersson 1918)Nome popular desconhecido

Glaucomastix abaetensis (Dias Rocha amp Vrcibradic 2002)Nomes populares Calango-do-Abaeteacute Lagartinho-de-Abaeteacute Lagartixa-de-Abaeteacute

Glaucomastix cyanura (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango

153

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Glaucomastix littoralis (Rocha Arauacutejo Vrcibradic amp Costa 2000)Nome popular Lagarto-da-Cauda-Verde

Glaucomastix venetacauda (Arias Carvalho Rodrigues amp Zaher 2011)Nome popular Calango-da-Cauda-Azulada

Gonatodes annularis Boulenger 1887Nomes populares Briba Lagartixa Osga

Gonatodes eladioi Nascimento Avila-Pires amp Cunha 1987Nomes populares Briba Lagartixa

Gonatodes hasemani Griffin 1917Nomes populares Lagartinho-Pintado Lagartixa

Gonatodes humeralis (Guichenot 1855)Nomes populares Lagartinho-Bicudo Lagartinho-Colorido Lagartinho-Pintado Lagartixa La-gartixa-da-Mata Lagartixinha-Amazocircnica Lagarto Lagarto-do-Folhiccedilo

Gonatodes nascimentoi Sturaro amp Avila-Pires 2011Nome popular Lagartixa

Gonatodes tapajonicus Rodrigues 1980Nome popular Lagartixa

Gymnodactylus amarali Barbour 1925Nomes populares Briba Lagartixa

Gymnodactylus darwinii (Gray 1845)Nomes populares Lagartixa Lagartixa-da-Mata Lagartixa-Nativa

Gymnodactylus geckoides Spix 1825Nomes populares Briba Lagartinho Lagartixa Lagartixa-do-Cerrado

Gymnodactylus guttulatus Vanzolini 1982Nome popular Briba

Gymnodactylus vanzolinii Cassimiro amp Rodrigues 2009Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus leucomystax Vanzolini amp Carvalho 1991Nome popular desconhecido

Gymnophthalmus underwoodi Grant 1958Nome popular desconhecido

154

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Gymnophthalmus vanzoi Carvalho 1999Nome popular Briba

Hemidactylus agrius Vanzolini 1978Nomes populares Briba Lagartixa Osga Viacutebora

Hemidactylus brasilianus (Amaral 1935)Nomes populares Briba Briba-do-Rabo-Grosso Lagartixa Lagartixa-do-Rabo-Grosso

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnegraves 1818)Nomes populares Briba Briba-da-Casa Briba-de-Casa Camaleatildeo Crocodilinho-de-Parede Ge-co-das-Casas Jacareacute-de-Parede Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Africana Lagartixa-das-Paredes Lagartixa-de-Casa Lagartixa-de-Cobreiro Lagartixa-de-Parede Lagartixa-Domeacutestica Lagarti-xa-Domeacutestica-Tropical Osga Sardatildeo Taruiacutera Viacutebora

Hemidactylus palaichthus Kluge 1969Nomes populares Briba Jacareacute-de-Parede Lagartixa Lagartixa-da-Parede Osga

Heterodactylus imbricatus Spix 1825Nome popular desconhecido

Heterodactylus lundii Reinhardt amp Luetken 1862Nome popular Briba Calango-que-Vira-Cobra Cobra-de-Peacute Cobra-de-Vidro Cobrinha

Heterodactylus septentrionalis Rodrigues Freitas amp Silva 2009Nome popular desconhecido

Homonota uruguayensis (Vaz-Ferreira amp Sierra de Soriano 1961)Nomes populares Camaratildeozinho Geco-do-Campo Geco-dos-Campos Geco-Uruguaio

Hoplocercus spinosus Fitzinger 1843Nomes populares Jacarezinho-da-Chapada Jacarezinho-do-Cerrado Lagarto-Espinhoso La-garto-de-Cauda-Espinhosa Lagarto-de-Cauda-Espinhuda Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Lagarto--Roseta Pitoco Rabo-de-Roseta

Iguana iguana (Linnaeus 1758)Nomes populares Camaleatildeo Iguana Iguana-Verde Sinimbu Tejubuacute Tijubuacute

Iphisa elegans Gray 1851Nomes populares Briba Calango Calango-Cobra Lagartinho-de-Folhiccedilo Lagartixa Lagarto-da--Terra Lagarto-de-Folhiccedilo

Kentropyx altamazonica (Cope 1875)Nomes populares Calango Calango-Verde Calanguinho Iguaninha Lagarto

155

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Kentropyx calcarata Spix 1825Nomes populares Calango Calango-Drsquoaacutegua Calango-da-Mata Calango-Verde Calanguinho La-garto Lagarto-da-Mata

Kentropyx paulensis (Boettger 1893)Nomes populares Calango Calanguinho

Kentropyx pelviceps Cope 1868Nomes populares Calango Chicote-da-Floresta Lagarto

Kentropyx striata (Daudin 1802)Nomes populares Calango Lagarto

Kentropyx vanzoi Gallagher amp Dixon 1980Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-Listrado

Kentropyx viridistriga (Boulenger 1894)Nomes populares Calango Calanguinho Calanguinho-de-Listras-Verdes

Lepidoblepharis heyerorum Vanzolini 1978Nome popular desconhecido

Lepidoblepharis hoogmoedi Avila-Pires 1995Nome popular desconhecido

Leposoma annectans Ruibal 1952Nome popular Teiuacute-Pigmeu

Leposoma baturitensis Rodrigues amp Borges 1997Nome popular desconhecido

Leposoma nanodactylus Rodrigues 1997Nome popular desconhecido

Leposoma puk Rodrigues Dixo Pavan amp Verdade 2002Nome popular desconhecido

Leposoma scincoides Spix 1825Nome popular Lagartinho Teiuacute-Pigmeu

Leposoma sinepollex Rodrigues Teixeira Jr Recoder Dal Vechio Damasceno amp Pellegrino 2013Nome popular desconhecido

Liolaemus arambarensis Verrastro Veronese Bujes amp Dias-Filho 2003Nome popular Lagartixa-das-Dunas

156

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Liolaemus lutzae Mertens 1938Nomes populares Lagartixa-de-Areia Lagartinho-Branco-da-Areia Lagartinho-Branco-da-Praia

Liolaemus occipitalis Boulenger 1885Nomes populares Lagartinho-das-Dunas Lagartinho-da-Praia Lagartixa-da-Areia Lagartixa--das-Dunas Lagartixa-da-Praia

Loxopholis ferreirai (Rodrigues amp Avila-Pires 2005)Nome popular desconhecido

Loxopholis guianense (Ruibal 1952)Nomes populares Briba Calango Lagartixa

Loxopholis osvaldoi (Avila-Pires 1995)Nome popular Lagartinho-do-Folhiccedilo

Loxopholis percarinatum (Muumlller 1923)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Loxopholis snethlageae (Avila-Pires 1995)Nomes populares Calango Lagartixa Lagarto

Lygodactylus klugei (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Bribinha Lagartixa-Anatilde Osguinha

Lygodactylus wetzeli (Smith Martin amp Swain 1977)Nomes populares Briba Lagartixa-Anatilde

Manciola guaporicola (Dunn 1935)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

Marinussaurus curupira Peloso Pellegrino Rodrigues amp Avila-Pires 2011Nome popular desconhecido

Micrablepharus atticolus Rodrigues 1996Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-de-Rabo-Azul

Micrablepharus maximiliani (Reinhardt amp Luetken 1862)Nomes populares Briba Calango-do-Rabo-Azul Calanguinho-de-Rabo-Azul Lagarto-Cauda--Azul Piolho-de-Cobra

Neusticurus bicarinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Lagartinho-de-Maacutescara-Alaranjada Lagarto-de-Folhiccedilo

Neusticurus racenisi Roze 1958Nome popular desconhecido

157

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Neusticurus rudis Boulenger 1900Nome popular Calango-Drsquoaacutegua

Nothobachia ablephara Rodrigues 1984Nome popular desconhecido

Notomabuya frenata (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-Liso Lagartixa Lagarto-Liso Scinco-Chacoense Scinco--Cinzento Scinco-Prateado

Ophiodes enso Entiauspe-Neto Marques-Quintela Regnet Teixeira Silveira amp Loebmann 2017Nome popular desconhecido

Ophiodes fragilis (Raddi 1820)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes striatus (Spix 1825)Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Ophiodes yacupoi Gallardo 1966Nomes populares Alicanccedilo Aliscanccedilo Cobra-de-Vidro Cobra-de-Vidro-Comum Cobra-de-Vi-dro-Dourada Cobra-de-Vidro-Grande Cobra-de-Vidro-Verde Cobra-Lagarto Fura-Mato La-garto-de-Vidro Licanccedilo Licranccedilo Liscanccedilo Luzidio Quebra-Quebra

Panopa carvalhoi (Rebouccedilas-Spieker amp Vanzolini 1990)Nome popular Lagarto-Liso

Phyllopezus lutzae (Loveridge 1941)Nome popular Briba Lagartixa-de-Bromeacutelia

Phyllopezus periosus Rodrigues 1986Nomes populares Briba Briba-Gigante Lagartixa

Phyllopezus pollicaris (Spix 1825)Nomes populares Briba Briba-de-Parede Lagartixa Lagartixa-de-Parede Lagartixa-de-Pedra Sardatildeo Viacutebora

Phyllopezus przewalskii Koslowsky 1895Nomes populares Lagartixa-de-Pedra Lagartixa-do-Cerrado

158

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Placosoma cipoense Cunha 1966Nome popular Lagartinho-do-Cipoacute

Placosoma cordylinum Tschudi 1847Nome popular desconhecido

Placosoma glabellum (Peters 1870)Nomes populares Lagartinho Lagartinho-do-Rabo-Grande

Placosoma limaverdorum Borges-Nojosa Caramaschi amp Rodrigues 2016Nome popular desconhecido

Plica plica (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-da-Aacutervore Calango-da-Mata Calango-Seringueiro Iguaninha La-garto-de-Aacutervore Tamaquareacute

Plica umbra (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango Calango-da-Aacutervore Iguaninha Lagarto-de-Aacutervore Papa-Vento Tamaquareacute

Polychrus acutirostris Spix 1825Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Camaleatildeo Camaleatildeo-Preguiccedila Camaleatildeozi-nho Catatau Falso-Camaleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento

Polychrus liogaster Boulenger 1908Nomes populares Camaleatildeo Camaleatildeozinho Papa-Vento

Polychrus marmoratus (Linnaeus 1758)Nomes populares Bicho-Preguiccedila Calango-Cego Calango-Verde Camaleatildeo Catatau Falso-Ca-maleatildeo Lagarto-Preguiccedila Papa-Vento Papa-Vento-Verde

Potamites ecpleopus (Cope 1875)Nome popular desconhecido

Potamites juruazensis (Avila-Pires amp Vitt 1998)Nome popular desconhecido

Procellosaurinus erythrocercus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Procellosaurinus tetradactylus Rodrigues 1991Nome popular desconhecido

Pseudogonatodes gasconi Avila-Pires amp Hoogmoed 2000Nome popular desconhecido

159

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Pseudogonatodes guianensis Parker 1935Nomes populares Briba Lagartinho Lagartinho-do-Folhiccedilo Lagartinho-Pequeno Lagartixa

Psilops mucugensis Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Nunes Freitas Fernan-des Bocchiglieri Dal Vechio Leite Nogueira Damasceno Pellegrino Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psilops paeminosus (Rodrigues 1991)Nome popular desconhecido

Psilops seductus Rodrigues Recoder Teixeira Jr Roscito Guerrero Sales-Nunes Freitas Fer-nandes Bocchiglieri Vechio Fortes-Leite Campos Nogueira Damasceno Machado Pellegrino Suzart-Argocirclo amp Amaro 2017Nome popular desconhecido

Psychosaura agmosticha (Rodrigues 2000)Nome popular Viacutebora

Psychosaura macrorhyncha (Hoge 1947)Nome popular Briba Viacutebora

Ptychoglossus brevifrontalis Boulenger 1912Nomes populares Briba Calango Lagartixa Lagarto

Rhachisaurus brachylepis (Dixon 1974)Nomes populares Lagartinho Lagarto-do-Folhiccedilo

Rondonops biscutatus Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pelle-grino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular Lagartinho-de-Folhiccedilo

Rondonops xanthomystax Colli Hoogmoed Cannatella Cassimiro Gomes Ghellere Nunes Pellegrino Salerno Souza amp Rodrigues 2015Nome popular desconhecido

Salvator duseni Loumlnnberg in Loumlnnberg amp Andersson 1910Nomes populares Teiuacute Teiuacute-do-Cerrado Teiuacute-Paraense

Salvator merianae Dumeacuteril amp Bibron 1839Nomes populares Jacuraru Lagarto Lagarto-Comum Lagarto-Tejo Tegu Teiuacute Teiuaccedilu Teiuacute--Accedilu Teiuacute-Branco Teiuacute-Brasileiro Teiuacute-Comum Teiuacute-Gigante Tejo Teju Tejuacute Tejuaccedilu Tejuacute--Accedilu Tejuguaccedilu Tiju Tiuacute Tiuacute-Accedilu

Scriptosaura catimbau Rodrigues amp Santos 2008Nome popular desconhecido

160

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Stenocercus albolineatus Teixeira Jr Prates Nisa Silva Struumlssmann amp Rodrigues 2015Nomes populares Dragatildeozinho Iguaninha-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus azureus (Muumlller 1882)Nomes populares Iguaninha-Azul Lagartixa-Azul Lagarto-das-Pedras

Stenocercus caducus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Coleira Dragatildeozinho

Stenocercus dumerilii (Steindachner 1867)Nomes populares Calango Dragatildeozinho Iguana-de-Rabo-Curto

Stenocercus fimbriatus Avila-Pires 1995 Nome popular desconhecido

Stenocercus quinarius Nogueira amp Rodrigues 2006Nomes populares Calango Dragatildeozinho Lagarto-de-Chifres

Stenocercus roseiventris DrsquoOrbigny in Dumeacuteril amp Bibron 1837Nome popular desconhecido

Stenocercus sinesaccus Torres-Carvajal 2005Nomes populares Calango Dragatildeozinho

Stenocercus squarrosus Nogueira amp Rodrigues 2006Nome popular desconhecido

Stenocercus tricristatus (Dumeacuteril in Dumeacuteril amp Dumeacuteril 1851)Nome popular desconhecido

Stenolepis ridleyi Boulenger 1887Nome popular desconhecido

Strobilurus torquatus Wiegmann 1834Nome popular Lagarto-de-Cauda-Espinhosa Lagartixa

Teius oculatus (DrsquoOrbigny amp Bibron 1837)Nomes populares Lagartixa Lagarto-Verde Teiuacute Teju-Verde Tiuacute-Verdadeiro Tiuacute-Verde

Teius teyou (Daudin 1802)Nomes populares Calango Calanguinho Lagartinho-Verde

Thecadactylus rapicauda (Houttuyn 1782)Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixa-da-Amazocircnia Osga Osga-Gigante

Thecadactylus solimoensis Bergmann amp Russell 2007Nomes populares Briba Lagartixa Lagartixatildeo Osga

161

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Trachylepis atlantica (Schmidt 1945)Nome popular Mabuia-de-Noronha

Tretioscincus agilis (Ruthven 1916)Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartinho-de-Rabo-Azul Lagartixa

Tretioscincus oriximinensis Avila-Pires 1995Nomes populares Calango Calango-do-Rabo-Azul Lagartixa

Tropidurus callathelys Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Papa-Vento Calango-de-Pedra-Pintado

Tropidurus catalanensis Gudynas amp Skuk 1983Nomes populares Calango Lagartixa-Cinzenta Lagartixa-Espinhosa Lagartixa-Preta Papa--Vento Tropiduro-Comum

Tropidurus chromatops Harvey amp Gutberlet 1998Nomes populares Calango Calango-de-Maacutescara-Azul Papa-Vento

Tropidurus cocorobensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus erythrocephalus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus etheridgei Cei 1982Nomes populares Calango Calango-de-Colar Papa-Vento

Tropidurus guarani Alvarez Cei amp Scolaro 1994Nome popular Calango

Tropidurus helenae (Manzani amp Abe 1990)Nomes populares Calango Labigoacute Lagarto

Tropidurus hispidus (Spix 1825)Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Comum Calango-do-Cerrado Calango-Grande Calango-Urbano Catende Catenga Catexa Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagartixa-Preta--de-Muro Lagarto Papa-Vento

Tropidurus hygomi Reinhardt amp Luetken 1861Nome popular Calango Catende Lagartixa-de-Restinga

Tropidurus imbituba Kunz amp Borges-Martins 2013Nome popular Calango

162

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tropidurus insulanus Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus itambere Rodrigues 1987Nomes populares Calangatildeo Calango Calango-Grande Calango-Urbano Papa-Vento

Tropidurus jaguaribanus Passos Lima amp Borges-Nojosa 2011Nome popular Calango-de-Lajeiro

Tropidurus lagunablanca Carvalho 2016Nomes populares Calango Calango-Colorido Calango-Pintadinho Dragatildeozinho-Colorido Papa-Vento

Tropidurus montanus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-da-Montanha Lagarto-da-Pedra

Tropidurus mucujensis Rodrigues 1987Nome popular Calango

Tropidurus oreadicus Rodrigues 1987Nomes populares Calango Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Lagartixa Lagarto Lagarto--da-Pedra Lagarto-de-Parede

Tropidurus pinima (Rodrigues 1984)Nome popular Leixa

Tropidurus psammonastes Rodrigues Kasahara amp Yonenaga-Yasuda 1988Nome popular Calango

Tropidurus semitaeniatus (Spix 1825)Nomes populares Calango-do-Lageiro Catende Lagartixa Lagartixa-do-Lajedo Lagartixa-do--Lajeiro

Tropidurus sertanejo Carvalho Sena Peloso Machado Montesinos Silva Campbell amp Rodri-gues 2016Nome popular Calango

Tropidurus spinulosus (Cope 1862)Nomes populares Calango Calango-de-Espinho Papa-Vento

Tropidurus torquatus (Wied 1820)Nomes populares Calango Calango-de-Muro Calango-do-Cerrado Calango-Urbano Labigoacute Lagartixa Lagartixa-Preta Lagarto Lagarto-da-Pedra Lagarto-de-Parede Taraguira Trauiacutera

163

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Tupinambis cryptus Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis cuzcoensis Murphy Jowers Lehtinen Charles Colli Peres Jr Hendry amp Pyron 2016Nomes populares Teiuacute Teju

Tupinambis longilineus Avila-Pires 1995Nomes populares Jacuraru Teiuacute Teiuacute-Comprido Teju

Tupinambis palustris Manzani amp Abe 2002Nome popular Teiuacute-Palustre

Tupinambis quadrilineatus Manzani amp Abe 1997Nomes populares Teiuacute Teiuacute-Amarelo Teiuacute-de-Quatro-Linhas Teju

Tupinambis teguixin (Linnaeus 1758)Nomes populares Jacuaru Jacuraru Jacuruaru Lagartiu Lagarto Tegu Teiuacute Teiuacute-Accedilu Tejo Tejo-Drsquoaacutegua Teju Tejuaccedilu

Uracentron azureum (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Verde Lagarto-Espinhoso Lagarto-Rabo-de-Abacaxi Tamaquareacute--de-Espinho

Uracentron flaviceps (Guichenot 1855)Nome popular Lagarto-Espinhoso

Uranoscodon superciliosus (Linnaeus 1758)Nomes populares Calango-Cabeccediludo Dragatildeozinho-Cabeccediludo Iguaninha Lagarto Tamacuareacute Tamaquareacute Tamaquareacute-Drsquoaacutegua

Urostrophus vautieri Dumeacuteril amp Bibron 1837Nomes populares Camaleatildeozinho Iguana-Rajada Papa-Vento Papa-Vento-de-Barriga-Listrada

Vanzosaura multiscutata (Amaral 1933)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura rubricauda (Boulenger 1902)Nomes populares Calango-do-Rabo-Vermelho Calanguinho-do-Rabo-Vermelho Lagartinho Lagarto-de-Rabo-Vermelho Piolho-de-Cobra

Vanzosaura savanicola Recoder Werneck Teixeira Jr Colli Sites amp Rodrigues 2014Nomes populares Calango-da-Savana Calango-Listrado Lagarto-de-Rabo-Vermelho

Varzea altamazonica (Miralles Barrio-Amoroacutes Rivas amp Chaparro-Auza 2006)Nome popular Calango

164

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Varzea bistriata (Spix 1825)Nomes populares Calango-Liso Lagarto-Liso

SERPENTES (Cobras amp Serpentes)

Amerotyphlops amoipira (Rodrigues amp Juncaacute 2002)Nome popular Cobra-Cega-das-Dunas

Amerotyphlops arenensis Graboski Pereira-Filho Silva Prudente amp Zaher 2015Nome popular desconhecido

Amerotyphlops brongersmianus (Vanzolini 1976)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-de-Espinho-Comum Cobra-Cega-de-Espinho-Mar-rom Cobra-Cega-Marrom Cobra-da-Terra

Amerotyphlops minuisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops paucisquamus (Dixon amp Hendricks 1979)Nome popular Cobra-Cega

Amerotyphlops reticulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Minhoca Minhocatildeo

Amerotyphlops yonenagae (Rodrigues 1991)Nome popular Cobra-Cega-do-Satildeo-Francisco

Amnesteophis melanauchen (Jan amp Sordelli 1866)Nome popular desconhecido

Anilius scytale (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Duas-Cabeccedilas Coral Coral-DrsquoAacutegua Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis adhara Franccedila Barbo Silva-Juacutenior Silva amp Zaher 2018Nome Popular desconhecido

Apostolepis albicollaris Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ambiniger (Peters 1869)Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis ammodites Ferrarezzi Barbo amp Albuquerque 2005Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

165

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis arenaria Rodrigues 1992Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Falsa-Coral

Apostolepis assimilis (Reinhardt 1861)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto Coral-Falsa Falsa--Coral

Apostolepis borelli Peracca 1904Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis cearensis Gomes 1915Nomes populares Cobra-de-Ferratildeo Cobra-Rainha Coral-Falsa Coralzinha Falsa-Coral

Apostolepis cerradoensis Lema 2003Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis christineae Lema 2002Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis dimidiata (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Apostolepis flavotorquata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Apostolepis gaboi Rodrigues 1992Nome popular Cobra-Rainha-das-Dunas

Apostolepis goiasensis Prado 1942Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis intermedia Koslowsky 1898Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis kikoi Santos Entiauspe-Neto Silva-Arauacutejo Souza Lema Struumlssmann amp Albuquer-que 2018 - Nome Popular desconhecido

Apostolepis lineata Cope 1887Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis longicaudata Gomes in Amaral 1921Nome popular Cobra-da-Terra Cobrinha-da-Terra

Apostolepis nelsonjorgei Lema amp Renner 2004Nome popular Cobrinha-da-Terra

166

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Apostolepis nigrolineata (Peters 1869)Nomes populares Cobra-Cega Falsa-Coral

Apostolepis nigroterminata Boulenger 1896Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis phillipsi Harvey 1999Nome popular Cobrinha-da-Terra

Apostolepis polylepis Amaral 1922Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis quinquelineata Boulenger 1896Nome popular Cobra-da-Terra

Apostolepis quirogai Giraudo amp Scrocchi 1998Nome popular Cabeccedila-Preta-de-Rabo-Preto

Apostolepis roncadori Lema 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis serrana Lema amp Renner 2006Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-da-Serra-do-Roncador

Apostolepis striata Lema 2004Nomes populares Cobrinha-da-Terra Cobra-Rainha-Estriada

Apostolepis tertulianobeui Lema 2004Nome popular Falsa-Coral

Apostolepis thalesdelemai Borges-Nojosa Lima Bezerra amp Harris 2016Nome popular desconhecido

Apostolepis vittata (Cope 1887)Nome popular Cobrinha-da-Terra

Atractus aboiporu Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus albuquerquei Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus alphonsehogei Cunha amp Nascimento 1983Nome popular desconhecido

167

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus altagratiae Passos amp Fernandes 2008Nome popular desconhecido

Atractus badius (Boie 1827)Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus boimirim Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus caete Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra-da-Floresta

Atractus caxiuana Prudente amp Santos-Costa 2006Nome popular desconhecido

Atractus collaris Peracca 1897 Nome Popular desconhecido

Atractus dapsilis Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus edioi Silva Jr Silva Ribeiro Souza amp Souza 2005Nomes populares Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus elaps (Guumlnther 1858)Nome popular desconhecido

Atractus emmeli (Boettger 1888)Nome Popular desconhecido

Atractus flammigerus (Boie 1827)Nome popular desconhecido

Atractus francoi Passos Fernandes Beacuternils amp Moura-Leite 2010Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus guentheri (Wucherer 1861)Nome popular Coral-Falsa

Atractus hoogmoedi Prudente amp Passos 2010Nome popular desconhecido

Atractus insipidus Roze 1961Nome popular desconhecido

168

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus latifrons (Guumlnther 1868)Nomes populares Coral Falsa-Coral

Atractus maculatus (Guumlnther 1858)Nome popular Coral-Falsa

Atractus major Boulenger 1894Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Coral

Atractus natans Hoogmoed amp Prudente 2003Nome popular desconhecido

Atractus pantostictus Fernandes amp Puorto 1994Nome popular Cobra-da-Terra Fura-Terra

Atractus paraguayensis Werner 1924Nomes populares Cobra-Coral-da-Terra Cobra-de-Terra-Listrada Cobrinha-da-Terra Falsa--Coral

Atractus poeppigi (Jan 1862)Nome popular desconhecido

Atractus potschi Fernandes 1995Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus reticulatus (Boulenger 1885)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra Cobra-de-Terra-Comum Cobra-Reticulada Cobra-Tijolo Cobrinha-da-Terra Fura-Terra Fura-Terra-Reticulada

Atractus riveroi Roze 1961Nome popular desconhecido

Atractus ronnie Passos Fernandes amp Borges-Nojosa 2007Nome popular Cobra-da-Terra

Atractus serranus Amaral 1930Nome popular desconhecido

Atractus snethlageae Cunha amp Nascimento 1983Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus spinalis Passos Teixeira Jr Recoder Sena Dal Vechio Pinto Mendonccedila Cassimiro amp Rodrigues 2013Nome popular desconhecido

169

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Atractus surucucu Prudente amp Passos 2008Nome popular desconhecido

Atractus tartarus Passos Prudente amp Lynch 2016Nome popular desconhecido

Atractus thalesdelemai Passos Fernandes amp Zanella 2005Nomes populares Cobra-da-Terra-do-Sul Cobrinha-da-Terra

Atractus torquatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Atractus trefauti Melo-Sampaio Passos Fouquet Prudente amp Torres-Carvajal 2019Nomes populares Cobra-da-terra Falsa-Coral-Manchada Fura-Terra

Atractus trihedrurus Amaral 1926Nome popular Cobra-da-Terra Coral Coral-Falsa

Atractus trilineatus Wagler 1828Nome popular desconhecido

Atractus zebrinus (Jan 1862)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Rajada Cobrinha-da-Terra Coral-Falsa Fura-Terra

Atractus zidoki Gasc amp Rodrigues 1979Nome popular desconhecido

Boa constrictor Linnaeus 1758Nomes populares Anaconda Boiuccedilu Cobra-de-Veado Ctaia Jauacanga Jiboia Jiboia-Branca Jiboia-Cinzenta Jiboia-da-Cauda-Vermelha Jiboia-do-Cerrado Kuong-Kuong Salamanta-Boi Suaccedilu

Boiruna maculata (Boulenger 1896)Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral (juvenil) Coral-Falsa Limpa-Mato Lim-pa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum Mussurana

Boiruna sertaneja Zaher 1996Nomes populares Cobra-de-Leite Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Bothrocophias hyoprora (Amaral 1935)Nomes populares Cuiama-Nariguda Focinho-de-Porco Jararaca Jararaca-Bico-de-Folha Jara-raca-Bicuda Jararaca-de-Focinho-Levantado Jararaca-Nariguda

Bothrocophias microphthalmus (Cope 1875)Nomes Populares Jararaca Jararaca-Bicuda Jararaca-Nariguda

170

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops alcatraz Marques Martins amp Sazima 2002Nome popular Jararaca-de-Alcatrazes

Bothrops alternatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Cruzeira Cruzeiro Jararaca-de--Agosto Jararaca-do-Rabo-de-Porco Jararaca-Rabo-de-Porco Rabo-de-Mulita Urutu Urutu--Cruzeira Urutu-Cruzeiro

Bothrops atrox (Linnaeus 1758)Nomes populares Acuamboacuteia Boca-Podre Cambeacuteua Caiccedilaca Caiccedilara Comboia Cuamboia Japoboia Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-Accedilu Jararaca-da-Amazocircnia Jararaca-do-Amazonas Ja-raraca-do-Norte Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Gratildeo-de-Arroz Jararacarana Mapanare Surucucu Surucucu-da-Vaacuterzea Surucucu-do-Barranco Surucucurana

Bothrops bilineatus (Wied 1821)Nomes populares Bico-de-Papagaio Cobra-Papagaio Igbigracuatilde Jararaca Jararaca-Pinta-de--Ouro Jararaca-Verde Oricana Ouricana Papagaia Paraamboia Paramboia Patioba Periqui-tamboia Pindoba Pinta-de-Ouro Surucucu-de-Ouricana Surucucu-de-Patioba Surucucu-de--Pindoba Surucucu-Pinta-de-Ouro Uriccedilana

Bothrops brazili Hoge 1954Nomes populares Jararaca Jararaca-Vermelha Jararacuccedilu Jararacuccedilu Surucucurana-de-Fo-go Surucucu-Vermelha

Bothrops cotiara (Gomes 1913)Nomes populares Boicoatiara Boicotiara Coatiara Cotiara Jararaca Jararaca-da-Barriga-Pre-ta Jararaca-Preta

Bothrops diporus Cope 1862Nomes populares Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca-do-Chaco Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Argentina Jararaca-Pintada-do-Sul

Bothrops erythromelas Amaral 1923Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Avermelhada Jararaca-Malha-de--Cascavel Jararaca-da-Seca Jararaca-da-Caatinga Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca-Rosada Jara-raca-Vermelha Jararaquinha Jararacussu Jararaca-da-Folha-Seca

Bothrops fonsecai Hoge amp Belluomini 1959Nomes populares Cotiara Cotiara-Estrela Jararaca-das-Montanhas Jararaca-Estrela Urutu Urutu-da-Serra

Bothrops insularis (Amaral 1922)Nome popular Jararaca-Ilhoa

171

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

Bothrops itapetiningae (Boulenger 1907)Nomes populares Boipeva Cotiarinha Jararaca Jararaquinha Jararaquinha-do-Campo

Bothrops jararaca (Wied 1824)Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caiccedilaca Caissaca Cola-Branca Jaraca Ja-racaacute Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Quatro-Ventas Jaracuccedilu-Venenoso Jararaca Jararaca-Comum Ja-raraca-da-Mata-Virgem Jararaca-do-Campo Jararaca-do-Mato Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-Dormideira Jararaca-Dorminhoca Jararaca-Preguiccedilosa Jararaca-Rabo-de-Osso Ja-raraca-Verdadeira Malha-de-Sapo Patrona Preguiccedilosa Quatro-Ventas Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Bothrops jararacussu Lacerda 1884Nomes populares Cabeccedila-de-Sapo Jaracuccedilu-Malha-de-Sapo Jaracuccedilu-Tapete Jaracuccedilu-Vene-noso Jaracuccedilu-Verdadeiro Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Cabeccedila-de-Sapo Jararacuccedilu-Ta-pete Jararacuccedilu-Verdadeira Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Patrona Surucucu-Cabeccedila-de-Sapo Surucucu-Dourado Surucucu-Tapete Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Dourado Urutu-Estrela Urutu-Preta Urutu-Preto

Bothrops leucurus Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-Podre Cabeccedila-de-Patrona Caissaca Capangueiro Cobra-de-Quatro--Ventas Cobra-do-Rabo-Branco Jaracuccedilu Jaracuccedilu-de-Quatro-Ventras Jararaca Jararaca--Baiana Jararaca-Bahiana Jararaca-da-Cauda-Branca Jararaca-do-Rabo-Branco Malha-de--Sapo Quatro-Ventas

Bothrops lutzi (Miranda-Ribeiro 1915)Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-do-Cerrado Jararaca-do-Sertatildeo Jararaca--Pintada Tira-Peia

Bothrops marajoensis Hoge 1966Nomes populares Caissaca-de-Marajoacute Jararaca

Bothrops marmoratus Silva amp Rodrigues 2008Nomes populares Jararaca Jararaca-Marmorata Jararaca-Pintada

Bothrops mattogrossensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Jararaca Jararaca-Pintada

Bothrops moojeni Hoge 1966Nomes populares Boipeva Bopeva Caiccedilaca Caiccedilara Caissaca Jaracuccedilu Jararaca Jararaca-de--Vereda Jararaca-do-Cerrado Jararacatildeo Jararaquinha-do-Rabo-Branco

Bothrops muriciensis Ferrarezzi amp Freire 2001Nomes populares Jararaca Jararaca-de-Alagoas Jararacuccedilu

172

Bothrops neuwiedi Wagler in Spix 1824Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Jararaca Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Bran-co Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Rabo-de-Osso Malha-de-Sapo Rabo-de-Osso Tire-Peia

Bothrops otavioi Barbo Grazziotin Sazima Martins amp Sawaya 2012Nome popular Jararaca-de-Vitoacuteria

Bothrops pauloensis Amaral 1925Nomes populares Boca-de-Sapo Bocuda Cabeccedila-de-Capanga Jararaca Jararaca-Cruzeira Ja-raraca-de-Rabo-Branco Jararaca-Pintada Jararacussu Jararaquinha Rabo-de-Osso Urutu

Bothrops pirajai Amaral 1923Nomes populares Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararacuccedilu Jararacuccedilu-Tapete Jararacuccedilu-da--Bahia Patrona Tapete

Bothrops pubescens (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-CapangaCruzeira Jararaca-Cruzeira Jararaca-do-Rabo-Branco Jararaca-do-Sul Jararaca-Pintada Jararaca-Pintada-Uruguaia

Bothrops sazimai Barbo Gasparini Almeida Zaher Grazziotin Gusmatildeo Ferrarini amp Sawaya 2016Nome popular desconhecido

Bothrops taeniatus Wagler in Spix 1824Nomes populares Comboia Japoboia Jararaca-Amarela Jararaca-Cinza Jararaca-Cinzenta Jararaca-Estrela Jararaca-Musgo Jararaca-Tigrina Jararaquinha

Caaeteboia amarali (Wettstein 1930)Nome popular Cobrinha-Marrom-do-Litoral Cobrinha-Marrom-da-Restinga

Calamodontophis paucidens (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Espada-dos-Pampas Cobra-Espada-Xadrez Falsa-Cobra-Espada

Calamodontophis ronaldoi Franco Cintra amp Lema 2006Nomes populares Cobra-Espada-do-Paranaacute

Cercophis auratus (Schlegel 1837)Nomes populares Bicuda Cipoacute-Liquenosa Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Metaacutelica Cobra-de-Bronze Cobra-Liacutequen

Chironius bicarinatus (Wied 1820)Nomes populares Cainana Caninana-Verde Caninana-Verde-Comum Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute--Bicarinada Cobra-Espada Cobra-Verde Espia-Caminho Serra-Azul Voadeira

Chironius brazili Hamdan amp Fernandes 2015Nomes populares Caninana-Marrom-Listrada Cobra-Cipoacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

173

Chironius carinatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boicipoacute Boitiaboia Boitipoacute Cainana Cipoacute Cobra-Cipoacute Cutimboia Sacaiboia Sacaiboia-Cipoacute Serra-Veia

Chironius diamantina Fernandes amp Hamdan 2014Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius dixoni Wiest 1978Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius exoletus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caninana Caninana-Verde-Oliva Caninana-Verde-Oriental Cipoacute Cobra-Ci-poacute Cobra-Cipoacute-Madura Cobra-Espada Espia-Caminho Voadeira

Chironius flavolineatus (Jan 1863)Nomes populares Acutimboia Acutioia Boitipoacute Caninana-Marrom-Listrada Cipoacute Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Sacaiboia

Chironius foveatus Bailey 1955Nomes populares Caninana Caninana-Verde-de-Cabeccedila-Preta Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cipoacute Cobra-Espada Cobra-Verde Serra-Velha

Chironius fuscus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araboia Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de-Rio Cobra--Espada Espia-Caminho Papa-Ovo Sacaiboia Sururucu-de-Fogo Uiraacutepiagara Uropiagara

Chironius laevicollis (Wied 1824)Nomes populares Caninana-Preta Caninana Caninana-Marrom Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-de--Cabeccedila-Preta Cobra-Espada Papa-Pinto

Chironius maculoventris Dixon Wiest amp Cei 1993Nome popular Cobra-Cipoacute

Chironius multiventris Schmidt amp Walker 1943Nomes populares Cainana Cobra-Cipoacute Cobra-Verde Sacaiboia Serra-Veia

Chironius quadricarinatus (Boie 1827)Nomes populares Capitatilde-do-Campo Capitatildeo-do-Campo Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-Espada Corre-Campo Sacaiboia

Chironius scurrulus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Acutimboia Cobra-Cipoacute Sururucu-de-Fogo

Clelia clelia (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Muccedilurana-da--Amazocircnia Mussurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

174

Clelia hussami Morato Franco amp Sanches 2003Nome popular desconhecido

Clelia plumbea (Wied 1820)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Cobra--Preta Falsa-Coral (juvenil) Limpa-Campo Limpa-Mato Limpa-Pasto Mamadeira Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Sudeste Muccedilurana-de-Barriga-Branca Muccedilurana-do-Cerrado Muccedilura-na-Grande Mussurana Papa-Rato Rabo-de-Veludo Surucucu-Chumbo

Corallus batesii (Gray 1860)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Bico-de-Papagaio Cobra-de-Papagaio Co-bra-Papagaio Cobra-Verde Papagaia Periquitaboia Periquitamboia

Corallus caninus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Araraboia Araramboia Cobra-Papagaio Cobra-Verde Periquita-boia Periquitamboia

Corallus cropanii (Hoge 1953)Nomes populares Boa-de-Cropani Boa-de-Cropan Jiboia-do-Ribeira Jiboia-Dourada

Corallus hortulanus (Linnaeus 1758)Nomes populares Boitinga Cobra-de-Veado Cobra-Veadeira Jiboia-Branca Salamanta Suaccedilu-boia Suassuboia Veadeira

Coronelaps lepidus (Reinhardt 1861)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-Coroada Cabeccedila-Preta-de-Faixa-Amarela Cobra-Coral Cobra-Coroada Cobra-da-Terra Cobra-Mineira Coral-Falsa Falsa-Coral Serpente-Coroada

Crotalus durissus Linnaeus 1758Nomes populares Boicinim Boicininga Boiccedilununga Boiquira Cascabel Cascaveacute Cascavel Cas-cavel-de-Quatro-Ventas Cascavelha Cobra-de-Chocalho Cobra-de-Guizo Cobra-do-Chocalho Maracaacute Maracaboia Maracamboia Surucucu-Cascavel

Dendrophidion atlantica Freire Caramaschi amp Gonccedilalves 2010Nome popular desconhecido

Dendrophidion dendrophis (Schlegel 1837)Nomes populares Boicipoacute Caccediladora Cobra-Cipoacute

Dipsas albifrons (Sauvage 1884)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-da-Ilha-da-Queimada-Grande Quiriripitaacute

Dipsas alternans (Fischer 1885)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

175

Dipsas bucephala (Shaw 1802)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-Comum Jararaca Jararaquinha- Dormideira

Dipsas catesbyi (Sentzen 1796)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dormideira Dorminhoca Jararaquinha-Dormi-deira Papa-Lesma

Dipsas incerta (Jan 1863)Nomes populares Come-Lesma Dormideira Dormideira-de-Aacutervore

Dipsas indica Laurenti 1768Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-ca-Preguiccedilosa Jararaquinha-Pingo-de-Ouro Papa-Lesma Pingo-de-Ouro Quiriripitaacute

Dipsas lavillai Scrocchi Porto amp Rey 1993Nome popular Dormideira

Dipsas mikanii (Schlegel 1837)Nomes populares Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dormideira-de-Jardim Dorminho-ca Jaracuccedilu-Dormideira Jararaca-Preguiccedilosa Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas neuwiedi (Ihering 1911)Nomes populares Dormideira Dormideira-Anelada Dormideira-Cinzenta Dormideira-do-Mato Dormideira-Oriental Falsa-Jararaca Jaracuccedilu Papa-Lesma Urutuacute-Peacuteva Urutuzinho-Pequeno

Dipsas pavonina Schlegel 1837Nomes populares Cobra-Cipoacute Dorminhoca Papa-Lesma

Dipsas sazimai Fernandes Marques amp Argocirclo 2010Nomes populares Come-Lesma Dormideira

Dipsas turgida (Cope 1868)Nomes populares Cobra-Lesma Dormideira Dormideira-Ocidental Dormideira-Rajada Dormideira-Tigrada Papa-Lesma

Dipsas variegata (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Cipoacute Come-Lesma Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca Jarara-quinha-Dormideira

Dipsas ventrimaculata (Boulenger 1885)Nomes populares Dormideira Dormideira-Comum Dormideira-Grande Dormideira-Marrom Jararaca-de-Jardim Jararaquinha Papa-Lesma Urutuzinho

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

176

Ditaxodon taeniatus (Peters in Hensel 1868)Nomes populares Cobra-Cipoacute-das-Aacutervores Cobra-Cipoacute-Marrom Cobra-de-Listras Corre-Cam-po Corredeira Parelheira-Listrada-do-Campo

Drepanoides anomalus (Jan 1863)Nomes populares Coral Cobra-Coral

Drymarchon corais (Boie 1827)Nomes populares Caninana Caninana-Balatildeo Guigraupiagoara Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto

Drymobius rhombifer (Guumlnther 1860)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber brazili (Gomes 1918)Nome popular Cobra-Cipoacute

Drymoluber dichrous (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Corredeira Papa-Rato Rateira

Echinanthera amoena (Jan 1863)Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalomaculata Di-Bernardo 1994Nome popular desconhecido

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo 1996Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera cyanopleura (Cope 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-Grande-do-Mato Papa-Ratilde

Echinanthera melanostigma (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Cobra-do-Folhiccedilo Jararaquinha-do-Campo Papa-Ratilde

Echinanthera undulata (Wied 1824)Nomes populares Corredeira-do-Mato-Ondulada Papa-Ratilde

Elapomorphus quinquelineatus (Raddi 1820)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Grande Cobra-Cinco-Linhas

Elapomorphus wuchereri Guumlnther 1861Nome popular Coral-Falsa

Epicrates assisi Machado 1945Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia Salamanta Serpente-de-Veado Ser-pente-Furta-Cor Uaccediluboacutei

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

177

Epicrates cenchria (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Arco-Iacuteris Cobra-de-Veado Jiboiacute Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Vermelha Salamanta Serpente-Furta-Cor Serpente-de-Veado Suaccedilu Surucucu-de-Fogo Uaccediluboacutei

Epicrates crassus Cope 1862Nomes populares Jiboia-Arco-Iacuteris Jiboia-Parda Salamanta Salamanta-do-Cerrado Salaman-ta-do-Sudeste Uaccediluboacutei

Epicrates maurus Gray 1849Nome popular Salamanta

Epictia albifrons (Wagler 1824)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Cega-da-Guiana Minhoca

Epictia borapeliotes (Vanzolini 1996)Nomes populares Cobra-Chumbo Cobra-da-Terra Cobra-de-Chumbinho

Epictia clinorostris Arredondo amp Zaher 2010Nomes populares Cobra-Cega

Epictia munoai (Orejas-Miranda 1961)Nomes populares Cobra-Cega-Amarela Cobra-Cega-Minhoca-Comum Cobra-Cega-Sulina

Epictia striatula (Smith amp Laufe 1945)Nome popular desconhecido

Epictia tenella Klauber 1939 - Nome Popular Cobra-Cega-da-Guiana

Epictia vellardi (Laurent 1984)Nome popular Cobra-Cega

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus 1766)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-da-Falsa Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Anelada

Erythrolamprus almadensis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Espada Cobra-Drsquoaacutegua Corre-Campo-Pequena Jararaca-de-Barriga--Vermelha Jararaquinha-Comum Jararaquinha-do-Campo Parelheira

Erythrolamprus atraventer (Dixon amp Thomas 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus breviceps (Cope 1860)Nome popular Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

178

Erythrolamprus carajasensis (Cunha Nascimento amp Avila-Pires 1985)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus cobellus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Selada Jararaca-Rajada Jararaquinha

Erythrolamprus dorsocorallinus (Esqueda Natera La Marca amp Ilija-Fistar 2007)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus frenatus (Werner 1909)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Falsa-Coral Parelheira

Erythrolamprus jaegeri (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Verde Cobra-Verde Corredeira-de-Barriga-Ver-melha Jararaquinha-do-Campo Jararaquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Verde Parelheira

Erythrolamprus macrosomus (Amaral 1935)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-da-Pastagem Cobra-Rainha-Meridional Cobra-Verde Jabotiboia Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus maryellenae (Dixon 1985)Nomes populares Cobra-Capim Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Parelheira

Erythrolamprus miliaris (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-DrsquoAacutegua-Milhete Cobra-de-Banhado Cobra-do-Capim Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Amazocircnica-de-Barriga-Imaculada Cobra-Lisa-Serrana Jararaca (juve-nil) Jararaca-Drsquoaacutegua Parelheira

Erythrolamprus mossoroensis (Hoge amp Lima-Verde 1973)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Jararacuccedilu-Drsquoaacutegua Jararaquinha

Erythrolamprus oligolepis (Boulenger 1905)Nomes populares Cobra-de-Capim Jararaquinha Parelheira

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied 1824)Nomes populares Boipeva Casco-de-Burro Cobra-Corredeira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Caccedilote-Amarela Cobra-de-Capim Cobra-de-Jardim Cobra-de-Lixo Cobra-do-Capim Cobra-do-Lixo Cobra-Lisa Cobra-Verde Cobra-Verde-Argentina Cobra-Verde-do-Capim Co-ral-Falsa Falsa-Coral Jararaquinha Parelheira Peccedila-Nova Rainha

Erythrolamprus pygmaeus (Cope 1868)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus reginae (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Jabutuboia Jararaquinha Parelheira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

179

Erythrolamprus rochai Ascenso Costa amp Prudente 2019Nome popular desconhecido

Erythrolamprus semiaureus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Lisa-Pampeana Cobra-Preta-de-Banhado

Erythrolamprus taeniogaster (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral (juvenil) Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Espada Jararaquinha Parelhei-ra Surucucu-de-Fogo

Erythrolamprus trebbaui (Roze 1958)Nome popular desconhecido

Erythrolamprus typhlus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-de-Capim Cobra-Lisa Cobra-Verde Corredeira-Verde Jararaquinha--Verde Parelheira

Erythrolamprus viridis (Guumlnther 1862)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Verde Cobra-Verde-da-Caatinga

Eunectes deschauenseei Dunn amp Conant 1936Nomes populares Anaconda Sucuri Sucuri-Malhada Anaconda-de-Manchas-Escuras

Eunectes murinus (Linnaeus 1758)Nomes populares Anaconda Aragboia Arigboia Boiaccedilu Boiccedilu Boiguaccedilu Boiuacutena Suaccediluboia Sucuri Sucuri-Comum Sucurijuacute Sucurijuba Sucuri-Preta Sucuriu Sucuriuacuteba Sucuriuacutena Sucuri-Verde Sucurujuba Viboratildeo

Eunectes notaeus Cope 1862Nomes populares Boiguaccedilu Curudiu Curundiu Quetomeniope Sucuri Sucuri-Amarela Sucurijuacute Sucuri-do-Pantanal Sucuriu

Gomesophis brasiliensis (Gomes 1918)Nomes populares Cobra-Bola Cobra-Buraqueira Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-do-Lodo

Habrophallos collaris (Hoogmoed 1977)Nome popular desconhecido

Helicops angulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana Trairamboia

Helicops apiaka Kawashita-Ribeiro Aacutevila amp Morais 2013Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

180

Helicops boitata Moraes-Da-Silva Amaro Nunes Struumlssmann Teixeira-Jr Andrade-Jr Sudreacute Recoder Rodrigues amp Curcio 2019Nome popular desconhecido

Helicops carinicaudus (Wied 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Preta Cobra-Drsquoaacutegua-do-Litoral

Helicops gomesi Amaral 1922Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops hagmanni Roux 1910Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops infrataeniatus (Jan 1868)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Meridional

Helicops leopardinus (Schlegel 1837)Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Helicops modestus Guumlnther 1861Nomes populares Boipeva Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops nentur Costa Santana Leal Koroiva amp Garcia 2016Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua Dama-DrsquoAacutegua

Helicops polylepis Guumlnther 1861Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops tapajonicus Frota 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Helicops trivittatus (Gray 1849)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Surucucurana

Helicops yacu Rossman amp Dixon 1975Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrodynastes bicinctus (Herrmann 1804)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua Falsa-Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu

Hydrodynastes gigas (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipevaccedilu Cobra-Drsquoaacutegua Jararacuccedilu-Piau Pepeva Sucuri Sucurirana Surucucu-do-Brejo Surucucu-do-Pantanal Surucucurana Surucutinga-do-Pantanal

Hydrodynastes melanogigas Franco Fernandes amp Bentin 2007Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua-Grande-do-Tocantins Jararacuccedilu-Piau Surucucu-do-Pantanal

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

181

Hydrops caesurus Scrocchi Ferreira Giraudo Aacutevila amp Motte 2005Nome popular Cobra-Drsquoaacutegua

Hydrops martii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Coral-Drsquoaacutegua

Hydrops triangularis (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Jararaca-Drsquoaacutegua

Imantodes cenchoa (Linnaeus 1758)Nomes populares Cipoacute-Olhuda Cobra-Cipoacute Cobra-Fio Dorme-Dorme Dormideira Dorminho-ca Jararaquinha Papa-Lesma

Imantodes lentiferus (Cope 1894)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira Dorminhoca

Lachesis muta (Linnaeus 1766)Nomes populares Bico-de-Jaca Cobra-Topete Cuiama-Pina Daya Pico-de-Jaca Surucucu Surucucu-Bico-de-Jaca Surucucu-Cospe-Fogo Surucucu-de-Fogo Surucucu-Pico-de-Jaca Surucucu-Rabo-de-Mucura Surucucutinga Surucutinga Verrugosa

Leptodeira annulata (Linnaeus 1758)Nomes populares Cacaual Cobra-Cipoacute Cobra-Olho-de-Gato Dormideira Jararaca Jararaca--de-Parede Jararaca-de-Patioba Jararaca-de-Tabuleiro Jararaca-do-Rabo-Fino Jararaquinha Jiboia-Dormideira Olho-de-Gato Rabo-Fino

Leptomicrurus collaris (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Colar Cobra-Coral-de-Costas-Pretas Coral- Verdadeira

Leptomicrurus narduccii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Costas-Pretas-Andina Cobra-Coral-Pintada

Leptomicrurus scutiventris (Cope 1870)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Pequena

Leptophis ahaetulla (Linnaeus 1758)Nomes populares Azulatildeo-Boia Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Jericoaacute Cobra-Paraiacuteso Cobra-Papa-gaio Cobra-Verde Jericoaacute

Lioheterophis iheringi Amaral 1935Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

182

Liotyphlops beui (Amaral 1924)Nomes populares Cobra-Cabelo Cobra-Cega Cobra-Cega-Preta Cobra-de-Chumbinho Fura--Terra

Liotyphlops caissara Centeno Sawaya amp Germano 2010Nome popular desconhecido

Liotyphlops schubarti Vanzolini 1948Nome popular Cobra-Cega-de-Pirassununga

Liotyphlops sousai Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops taylori Santos amp Reis 2018Nome Popular desconhecido

Liotyphlops ternetzii (Boulenger 1896)Nome popular Cobra-Cega

Liotyphlops trefauti Freire Caramaschi amp Argocirclo 2007Nomes populares Cobra-Cega Minhoca

Liotyphlops wilderi (Garman 1883)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-Fio

Lygophis anomalus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Jararaca-do-Campo Jararaca-Listrada Jara-raquinha-Drsquoaacutegua Jararaquinha-Drsquoaacutegua-Comum

Lygophis dilepis Cope 1862Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-de-Cadarccedilo Cobra-de-Caccedilote Cobra-de-Listra-Verme-lha Corre-Campo

Lygophis flavifrenatus Cope 1862Nomes populares Cobra-Listrada Corre-Campo Corredeira-Listrada Jararaca-Listrada

Lygophis lineatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Jararaca-Listrada Jararaquinha

Lygophis meridionalis (Schenkel 1901)Nomes populares Cobra-Corredeira Corredeira-Listrada

Lygophis paucidens Hoge 1953Nome popular Cobra-Corredeira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

183

Mastigodryas boddaerti (Sentzen 1796)Nomes populares Biru Cobra-Cipoacute Corredeira Jararaca-Listrada Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do--Brejo Rateira Surucucu-Lisa

Mastigodryas moratoi Montingelli amp Zaher 2011Nome popular desconhecido

Mastigodryas pleei (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nome popular desconhecido

Micrurus albicinctus Amaral 1926Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Preta-e-Branca Cobra-Coral-de-Cinta-Branca Co-ral-Verdadeira

Micrurus altirostris (Cope 1859)Nomes populares Boipinima Cobra-Coral Cobra-Coral-Comum Cobra-Coral-Pampeana Co-bra-Coral-Uruguaia Coral-Verdadeira

Micrurus annellatus Peters 1871Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Anelada Cobra-Coral-de-Aneacuteis Coral-Verdadeira

Micrurus averyi Schmidt 1939Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus boicora Bernarde Turci Abegg amp Franco 2018Nome popular desconhecido

Micrurus brasiliensis Roze 1967Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Leste

Micrurus corallinus (Merrem 1820)Nomes populares Bacoraacute Boicoraacute Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Preta Coral Coral-de-Cintas-Simples Coral-de-Colar-Branco Coralina Coral-Venenosa Coral-Verda-deira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus decoratus (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral-do-Centro-Leste Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Ca-beccedila-Vermelha Cobra-Coral-de-Cintas-Brancas Coral-Verdadeira Ibiboboca Ibiboca

Micrurus diana Roze 1983Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira

Micrurus diutius Burguer 1955Nome Popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

184

Micrurus filiformis (Guumlnther 1859)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Comprida Cobra-Coral-Fina Cobra-Coral-Verme-lha Coral-Verdadeira

Micrurus frontalis (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boipinima Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral-de-Cara-Preta Cobra-Coral-do--Sul Coral Coral-Verdadeira

Micrurus hemprichii (Jan 1858)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura Coral-Verdadeira

Micrurus ibiboboca (Merrem 1820)Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Cobra-de-Coral Coral Coral-Verdadeira Ibiboboca

Micrurus isozonus (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-da-Venezuela

Micrurus langsdorffi Wagler in Spix 1824Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Amarela Cobra-Coral-Amarela-e-Vermelha Co-bra-Coral-Vermelha Coral-Verdadeira

Micrurus lemniscatus (Linnaeus 1758) ndash Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coraacute Co-bra-Coral Cobra-Coral-de-Bigode Cobra-Coral-da-Guiana Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral--VerdadeiraMicrurus mipartitus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Cauda-Vermelha

Micrurus nattereri Schmidt 1952Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus obscurus (Jan 1872)Nomes populares Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-de-Pescoccedilo-Amarelo Coral Coral--Verdadeira

Micrurus ortoni Schmidt 1953Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Escura-de-Orton Coral-Verdadeira

Micrurus pacaraimae Carvalho 2002Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Vermelha

Micrurus paraensis Cunha amp Nascimento 1973Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Paraense Cobra-Coral--do-Paraacute

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

185

Micrurus potyguara Pires Silva Feitosa Prudente Pereira-Filho amp Zaher 2014Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus psyches (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-do-Paraacute Coral-Verdadeira

Micrurus putumayensis Lancini 1962Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Amarela

Micrurus pyrrhocryptus (Cope 1862)Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Mato-Grosso-do-Sul

Micrurus remotus Roze 1987Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-Remota Cobra-Coral-Ornata

Micrurus silviae Di-Bernardo Borges-Martins amp Silva 2007 ndash Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-do-Rio-Grande-do-Sul

Micrurus spixii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Chumbeguaccedila Chumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral--de-Pescoccedilo-Amarelo Cobra-Coral-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus surinamensis (Cuvier 1817)Nomes populares Boichumbeguaccedilu Cobra-Coral Cobra-Coral-Aquaacutetica Cobra-Coral-Drsquoaacutegua Cobra-Coral-de-Cabeccedila-Vermelha Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tikuna Feitosa Silva Jr Pires Zaher amp Prudente 2015Nomes populares Cobra-Coral Coral-Verdadeira

Micrurus tricolor Hoge 1956Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Verdadeira Cobra-Coral-de-Trecircs-Cores

Mussurana bicolor (Peracca 1904)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Muccedilurana Muccedilurana-Bicolor

Mussurana montana (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Coral (juvenil) Coral-Falsa (juvenil) Muccedilurana-das-Montanhas

Mussurana quimi (Franco Marques amp Puorto 1997)Nomes populares Cobra-Preta Limpa-Mato Muccedilurana Mussurana

Ninia hudsoni Parker 1940Nomes populares Cobra-Preta-de-Cabeccedila-Branca Cobra-do-Cafeacute

Oxybelis aeneus (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cipoacute Cipoacute-Bicuda Cobra-Bicuda Cobra-Cipoacute Cobra-Ci-poacute-Bicuda Cobra-Flecha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

186

Oxybelis fulgidus (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Boitiaboia Cobra-Bicuda Cobra-Papagaio Cobra-Cipoacute Cobra-Flecha Cobra-Papagaio Cobra-Verde Paranaboia

Oxyrhopus clathratus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Bandeada Falsa-Coral-do-Mato Falsa-Coral-Laranja Falsa-Coral-Serrana

Oxyrhopus formosus (Wied 1820)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus guibei Hoge amp Romano 1978Nomes populares Cobra-Coraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus melanogenys (Tschudi 1845)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Oxyrhopus petolarius (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Preta Limpa-Campo

Oxyrhopus rhombifer Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Falsa-Coral-Comum

Oxyrhopus trigeminus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Bacoraacute Boi-Coraacute Boicoraacute Cobra-Coral Cobra-Coral-Falsa Cobra-de-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral-de-Barriga-Branca Falsa-Coral-Tricolor

Oxyrhopus vanidicus Lynch 2009Nome popular desconhecido

Palusophis bifossatus (Raddi 1820)Nomes populares Biru Cobra-Bagual Cobra-Nova Jaracuccedilu Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu--Natildeo-Venenoso Jaracuccedilu-Rabo-de-Fuso Jararaca-do-Banhado Jararaca-do-Brejo Jararacatildeo--do-Papo-Amarelo Jararaca-Preta Jararaca-Rabo-de-Veludo Jararacuccedilu Jararacuccedilu-do-Ba-nhado Jararacuccedilu-do-Brejo Jararacuccedilu-Malhada-de-Pau Malha-de-Traiacutera Rabo-de-Veludo Terra-Nova

Paraphimophis rusticus (Cope 1878)Nomes populares Bicuda Muccedilurana Muccedilurana-Comum-do-Pampa Muccedilurana-Marrom Muccedilurana-Pampeana Muccedilurana-Parda

Phalotris concolor Ferrarezzi 1994Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

187

Phalotris labiomaculatus Lema 2002Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lativittatus Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris lemniscatus (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cabeccedila-Preta Cabeccedila-Preta-da-Areia Cabeccedila-Preta-da-Praia Cabeccedila-Preta--Meridional Cabeccedila-Preta-Pampeana

Phalotris matogrossensis Lema DrsquoAgostini amp Cappellari 2005Nomes populares Cobra-Coral Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-Tricolor

Phalotris mertensi (Hoge 1955)Nomes populares Cobra-Coraacute Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Phalotris multipunctatus Puorto amp Ferrarezzi 1994Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral Fura-Terra-da-Barriga-Pintada

Phalotris nasutus (Gomes 1915)Nomes populares Fura-Terra Fura-Terra-Nariguda

Phalotris reticulatus (Peters 1860)Nomes populares Cabeccedila-Preta-Serrana Coralina

Phalotris tricolor (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Coral Coral-Falsa Falsa-Coral

Philodryas aestiva (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiobi Boiubi Boiubu Cobra-Cipoacute-Carenada Cobra-de-Cipoacute-Verde Cobra--Verde Cobra-Verde-Drsquoaacutervore

Philodryas agassizii (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Marrom Cobrinha-Marrom Falsa-Parelheira Papa-Aranha Parelhei-ra-dos-Formigueiros Parelheira-Mirim

Philodryas argentea (Daudin 1803)Nomes populares Bicuda Cobra-Cipoacute Tucanaboia

Philodryas arnaldoi (Amaral 1933)Nomes populares Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira-Clara Parelheira-do-Mato

Philodryas georgeboulengeri Grazziotin Zaher Murphy Scrocchi Benavides Zhang amp Bonatto 2012Nome popular desconhecido

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

188

Philodryas laticeps Werner 1900Nome popular Cobra-Verde

Philodryas livida (Amaral 1923)Nomes populares Corre-Campo Parelheira-do-Campo

Philodryas mattogrossensis Koslowsky 1898Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-do-Papo-Amarelo

Philodryas nattereri Steindachner 1870Nomes populares Cobra-Cipoacute Corre-Campo Surradeira Tabuleira

Philodryas olfersii (Liechtenstein 1823)Nomes populares Boiubu Bojobi Caninana Cipoacute-Verde Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Comum Co-bra-Cipoacute-Listrada Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Corredeira Cobra-Facatildeo Cobra-Papagaio Cobra--Verde Cobra-Verde-Lisa Corre-Campo Papagaia Papa-Pinto

Philodryas patagoniensis (Girard 1858)Nomes populares Boitiaporana Boitiporana Cobra-Cipoacute Cobra-dos-Bosques Cobra-Espada Cobra-Parelheira Corre-Campo Corredeira Papa-Pinto Papa-Rato Parelheira Parelheira-Co-mum Tiaporana

Philodryas psammophidea Guumlnther 1872Nomes populares Corre-Campo

Philodryas viridissima (Linnaeus 1758)Nomes populares Boiobi Boiubu Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Verde Cobra-Papagaio Cobra-Ver-de Papagaia Tucanaboia

Phimophis guerini (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Bicuda Bicuda-de-Chatildeo Cobra-Cinza Cobra-de-Nariz Cobra-Nariguda Na-riguda

Phimophis guianensis (Troschel 1848)Nome popular Bicuda

Phrynonax polylepis (Peters 1867)Nomes populares Caninana Cobra-Cipoacute Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Verme-lho Papa-Rato Rateira Surucucu-Facatildeo

Pseudoboa coronata Schneider 1801Nomes populares Cobra-Coral Coral-Macho Falsa-Coral

Pseudoboa haasi (Boettger 1905)Nomes populares Cobra-Preta Coral Coral-Falsa Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

189

Pseudoboa martinsi Zaher Oliveira amp Franco 2008Nome popular desconhecido

Pseudoboa neuwiedii (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Ratonel Ratonera

Pseudoboa nigra (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Boiru Boiuacutena Cobra-de-Leite Cobra-Preta Coral-Falsa Falsa-Coral Limpa--Mato Limpa-Pasto Mamadeira Moccedilurana Muccedilurana Mussurana Mussurana-Limpa-Campo

Pseudoboa serrana Morato Moura-Leite Prudente amp Beacuternils 1995Nome popular Coral-Falsa

Pseudoeryx plicatilis (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Preta Sucuri

Psomophis genimaculatus (Boettger 1885)Nomes populares Cobra-Cabelo Jararaca-Lanccedilada

Psomophis joberti (Sauvage 1884)Nome popular Cobra-Corredeira

Psomophis obtusus (Cope 1758)Nome popular Corredeira-do-Banhado

Ptychophis flavovirgatus Gomes 1915Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Drsquoaacutegua-Serrana Cobra-Espada-de-Aacutegua

Rhachidelus brazili Boulenger 1908Nomes populares Cobra-Preta Falsa-Muccedilurana Muccedilurana

Rhinobothryum lentiginosum (Scopoli 1785)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Rodriguesophis chui (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-das-Dunas

Rodriguesophis iglesiasi (Gomes 1915)Nomes populares Cobra-Corredeira Falsa-Coral

Rodriguesophis scriptorcibatus (Rodrigues 1993)Nome popular Muccedilurana-Nariguda-do-Satildeo-Francisco

Siagonodon acutirostris Pinto amp Curcio 2011Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

190

Siagonodon cupinensis (Bailey amp Carvalho 1946)Nome popular Cobra-Cega

Siagonodon septemstriatus (Schneider 1801)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra

Sibon nebulatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Caracoleira Cobra-Cipoacute Cobra-Nebulosa Come-Lesma Dormideira Dormi-nhoca Papa-Lesma

Simophis rhinostoma (Schlegel 1837)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral Falsa-Coral-Bicuda

Siphlophis cervinus (Laurenti 1768)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira Dorminhoca

Siphlophis compressus (Daudin 1803)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Coral Coral-Falsa

Siphlophis leucocephalus (Guumlnther 1863)Nomes populares Cobra-Cipoacute Dormideira

Siphlophis longicaudatus (Andersson 1901)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Marrom Dormideira Dormideira-Cipoacute Dormideira--Cipoacute-Cinzenta

Siphlophis pulcher (Raddi 1820)Nomes populares Cobra-Cipoacute-Listrada Cobra-Coral Dorme-Dorme Dormideira-Cipoacute-de-Lis-tra-Vermelha

Siphlophis worontzowi (Prado 1940)Nomes populares Cobra-Coral Coral Falsa-Coral

Sordellina punctata (Peters 1880)Nomes populares Cobra-Drsquoaacutegua Cobra-Lisa Cobra-Preta Cobrinha-Preta-do-Litoral

Spilotes pullatus (Linnaeus 1758)Nomes populares Araboia Cainana Cainana-Flor-de-Algodatildeo Cainana-Teiuacute Caninana Cobra--Tigre Cobra-Voadora Jacaninatilde Malha-de-Teiuacute Papa-Ovo Papa-Pinto Yacaninatilde

Spilotes sulphureus (Wagler 1824)Nomes populares Caccediladora Caninana Caninana-Amarela Caninana-Dourada Caninana-Ver-melha Papa-Ova Papa-Ovo Papa-Pinto Papa-Pinto-de-Papo-Amarelo Papa-Pinto-de-Papo--Vermelho Papa-Pinto-Vermelha Papa-Rato Rateira Surucucu-de-Fogo Surucucu-Dourado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

191

Taeniophallus affinis (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Cabeccedila-Preta Cobra-de-Cabeccedila-Preta Cobra-da-Terra Cobra-do-Ven-tre-Dourado Cobrinha-Cipoacute Corre-Campo Corredeira-do-Mato-Comum Papa-Ratilde

Taeniophallus bilineatus (Fischer 1885)Nomes populares Cobrinha-Cipoacute Corredeira-de-Mato-Pequena Corredeira-do-Mato-de-Duas--Listras Papa-Ratilde

Taeniophallus brevirostris (Peters 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-de-Capim Corre-Campo Jararaquinha

Taeniophallus nicagus (Cope 1863)Nome popular desconhecido

Taeniophallus occipitalis (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Corredeira Cobra-Capim Cobra-do-Capim Cobra-do-Folhiccedilo Cobra--Rainha Corre-Campo Corredeira-do-Campo Corredeira-Pintada Corredeirinha Jararaquinha

Taeniophallus persimilis (Cope 1869)Nome popular desconhecido

Taeniophallus poecilopogon (Cope 1863)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Vermelha Corredeira-do-Mato-de-Barriga-Vermelha

Taeniophallus quadriocellatus Santos-Jr Di-Bernardo amp Lema 2008Nome popular desconhecido

Tantilla boipiranga Sawaya amp Sazima 2003Nome popular desconhecido

Tantilla melanocephala (Linnaeus 1758)Nomes populares Cinco-Minutos Cobra-da-Terra Cobra-do-Folhiccedilo Cobra-Rainha Coral-Fal-sa Falsa-Cabeccedila-Preta Falsa-Coral Onze-Horas Tantila

Thamnodynastes almae Franco amp Ferreira 2003Nome popular Jararaca Jararaca-Falsa Jararaquinha

Thamnodynastes cfnattereri (Mikan 1828)Nomes populares Corre-Campo Corredeira Jararaca-Falsa Jararaquinha Tabuleiro

Thamnodynastes chaquensis Bergna amp Alvarez 1993Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes hypoconia (Cope 1860)Nomes populares Cobra-Cipoacute Cobra-Espada Corre-Campo-Carenada Corredeira-Carenada Corredeira-Comum Corredeira-do-Campo Jararaca-Falsa Jararaquinha

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

192

Thamnodynastes lanei Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes longicaudus Franco Ferreira Marques amp Sazima 2003Nome popular Jararaca-Falsa

Thamnodynastes pallidus (Linnaeus 1758)Nomes populares Cobra-Corre-Campo Cobra-do-Mato Corre-Campo Corredeira Jararaca--Falsa Jararaquinha Ubicoraacute

Thamnodynastes phoenix Franco Trevine Montingelli amp Zaher 2017Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo

Thamnodynastes ramonriveroi Manzanilla amp Saacutenchez 2005 - Nome Popular desconhecido

Thamnodynastes rutilus (Prado 1942)Nomes populares Corredeira-de-Barriga-Amarela Jararaca-Falsa

Thamnodynastes sertanejo Bailey Thomas amp Silva-Jr 2005Nomes populares Cipoacute-do-Papo-Amarelo Jararaquinha

Thamnodynastes strigatus (Guumlnther 1858)Nomes populares Cobra-Espada Corre-Campo Corre-Campo-Lisa Corredeira Corredeira-Co-mum Corredeira-Grande Corredeira-Lisa Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Preto

Tomodon dorsatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Boipemi Cobra-Cinzento-Castanha Cobra-Espada Cobra-Espada-Comum Cobra-Espada-Grande Cobra-Espada-Verdadeira Corre-Campo Jararaca-da-Chuva Jararaca--Falsa

Tomodon ocellatus Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854Nomes populares Cobra-Espada-Pampeana Cobra-Espada-Pintada Falsa-Cruzeira Jararaqui-nha-Pintada

Trilepida brasiliensis (Laurent 1949)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida dimidiata (Jan 1861)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida fuliginosa (Passos Caramaschi amp Pinto 2006)Nome popular Cobra-Cega

Trilepida jani (Pinto amp Fernandes 2012)Nome popular Cobra-Cega

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

193

Trilepida koppesi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-de-Chumbinho

Trilepida macrolepis (Peters 1857)Nomes populares Cobra-Cega Minhocatildeo

Trilepida salgueiroi (Amaral 1955)Nomes populares Cobra-Cega Cobra-da-Terra

Tropidodryas serra (Schlegel 1837)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Cobra-Cipoacute Jararaquinha (juvenil) Jiboinha-Rosada

Tropidodryas striaticeps (Cope 1870)Nomes populares Cabeccedila-de-Capanga Caccediladora Cobra-Cipoacute Cobra-Cipoacute-Malhada Jararaca--Caccediladora Jararaca-das-Aacutervores Jararaquinha Jiboinha Jiboinha-Comum Jiboinha-da-Barri-ga-Preta

Tropidophis grapiuna Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular Jiboinha-Grapiuacutena

Tropidophis paucisquamis (Muumlller in Schenkel 1901)Nome popular Jiboia-Anatilde Jiboinha

Tropidophis preciosus Curcio Nunes Argocirclo Skuk amp Rodrigues 2012Nome popular desconhecido

Typhlophis squamosus (Schlegel 1839)Nomes populares Cobra-Cega Fura-Terra Minhoca

Xenodon dorbignyi (Dumeacuteril Bibron amp Dumeacuteril 1854)Nomes populares Cobra-Nariguda Jararaca-das-Dunas Jararaca-da-Praia Jararaca-de-Barri-ga-Vermelha Jararaquinha-da-Praia Nariguda-Comum Nariguda-Grande Nariguda-Preta

Xenodon guentheri Boulenger 1894Nomes populares Boipeva Chata Cobra-Chata Jararaca-Falsa

Xenodon histricus (Jan 1863)Nomes populares Cobra-Coral Falsa-Coral Nariguda-Rajada

Xenodon matogrossensis (Scrocchi amp Cruz 1993)Nomes populares Cobra-Coral Cobra-do-Papo-Amarelo Coral

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

194

Xenodon merremii (Wagler in Spix 1824)Nomes populares Achatadeira Boca-de-Caccedilapa Boca-de-Capanga Boipeba Boipeva Boipe-va-Comum Boipeva-do-Campo Boipeva-Grande Cabeccedila-de-Patrona Capitatildeo-do-Campo Ca-pitatildeo-do-Mato Cobra-Chata Corre-Campo Cotiara Cururuboia Esparradeira Falsa-Jararaca Focinho-de-Cachorro Goipeba Goipeva Jararaca-Malha-de-Cascavel Jaracambeva Jaracuccedilu Jaracuccedilu-Capitatildeo Jaracuccedilu-de-Tapiti Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Dourado Jaracuccedilu-Natildeo--Venenoso Jaracuccedilu-Tapete Jararaca Jararaca-Amarela Jararacambeva Jararacuccedilu-Bolacha Jararacuccedilu-Tapiti Jericaacute Jeriquaacute Jurucoaacute Malha-de-Sapo Mata-Boi Pepeua Pepeva Suru-cucu-Cascuda Urutu Urutu-Amarelo Urutu-Falsa Urutu-Preto Urutu-Taacutebua Urutu-Tapete

Xenodon nattereri (Steindachner 1867)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cobra-Nariguda Cobra-Nariguda-do-Campo Falsa-Ja-raraca Nariguda

Xenodon neuwiedii Guumlnther 1863Nomes populares Boipeba Boipeva Boipeva-da-Mata Boipeva-Rajada Boipevinha Caiccedilaca Caissaca Capitatildeo-do-Campo Cobra-Correia Corre-Campo Falsa-Cotiara Jaracuccedilu-do-Brejo Jaracuccedilu-Natildeo-Venenoso Jararaca Jararaca-Falsa Quiriripitaacute Urutu Urutu-Amarelo Urutu--Preto

Xenodon pulcher (Jan 1863)Nomes populares Achatadeira Boipeva

Xenodon rabdocephalus (Wied 1824)Nomes populares Achatadeira Boipeva Jaracuccedilu Jararaca Papa-Sapo Pepeacuteua Surucucu-Jiboia

Xenodon severus (Linnaeus 1758)Nomes populares Achatadeira Boipeva Cururuboia Falsa-Jararaca Jaccedilanarana Jararaca Pepeacuteua

Xenodon werneri (Eiselt 1963)Nome popular desconhecido

Xenopholis scalaris (Wucherer 1861)Nomes populares Falsa-Coral Jararaquinha-do-Igapoacute

Xenopholis undulatus (Jensen 1900)Nomes populares Cobrinha-do-Folhedo Falsa-Coral

Xenopholis werdingorum Jansen Aacutelvarez amp Koumlhler 2009Nomes populares Cobra-Barriga-de-Fogo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

195

Anexo 2

Referecircncias

Abegg AD Entiauspe-Neto OM 2012 Serpentes do Rio Grande do Sul Livra-ria amp Editora Werlang Tapera

Affonso IP Oda FH Gambale PG Batista VG Gomes LC Bastos RP 2015 Publicaccedilotildees cientiacuteficas em Her-petologia na regiatildeo Sul do Brasil Bole-tim do Museu de Biologia Mello Leitatildeo 37409ndash425

Almeida AP Thomeacute JCA Baptis-totte C Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Dermochelys coriacea (Vandelli 1761) no Brasil Biodiversidade Brasileira 137ndash44

Aacutelvarez BB Cei JM Scolaro JA 1994 A new subspecies of Tropidurus spinulosus (Cope 1862) from the sub-tropical wet mesic Paraguayan region (Reptilia Squamata Tropiduridae) Tropical Zoology 7161ndash179

Alves RRN Vieira KS Santana GG Vieira WLS Almeida WO Souto WMS hellip Pezzuti JCB 2012 A review on human attitudes towards reptiles in Brazil Environmental Mo-nitoring and Assessment 1846877ndash6901 doi101007s10661-011-2465-0

Alves RRN Leacuteo-Neto NA Santa-na GG Vieira WLS Almeida WO 2009 Reptiles used for medicinal and magic religious purposes in Bra-zil Applied Herpetology 6257ndash274 doi101163157075409X432913

Alves RRN Vieira WLS Santana GG 2008 Reptiles used in traditional folk medicine conservation implica-tions Biodiversity and Conservation 172037ndash2049 doi101007s10531-007-9305-0

Amaral A 1932 Estudos sobre lacerti-lios neotropicos I Novos gecircneros e es-peacutecies de Lagartos do Brasil Memoacuterias do Instituto Butantan 753ndash74

Amaral A 1937 Estudo sobre lacerti-lios neotropicos 4 Lista remissiva dos lacertilios do Brasil Memoacuterias do Ins-tituto Butantan 11167ndash212

Amaral A 1973 Ofioniacutemia ameriacutendia na ofiologia brasiliense Memoacuterias do Instituto Butantan 371ndash15

Amaral A 1977 Questotildees vernaacuteculas IV - Linguagem indianista O Tupi-Guara-ni na nomenclatura das serpentes do Brasil Revista da Academia Paulista de Letras 87195ndash218

Amaral A 1978 Serpentes do Bra-sil Iconografia colorida Melho-ramentosEDUSP Satildeo Paulo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

196

Andrade MJM de Carvalho GAB Kolodiuk MF Silva NJ Jr Frei-re EMX 2016 Phyllopezus periosus (Paraiba Gecko) Tree Sap Foraging Herpetological Review 47672ndash673

Argocirclo AJS 2004 As serpentes dos cacauais do sudeste da Bahia Editus Ilheacuteus

Arteaga A Salazar-Valenzuela D Me-bert K Pentildeafiel N Aguiar G Saacutenche-z-Nivicela JC Torres-Carvajal O 2018 Systematics of South American snail-eating snakes (Serpentes Dipsa-dini) with the description of five new species from Ecuador and Peru ZooKe-ys 76679ndash147 doi103897zooke-ys76624523

Ascenso AC Costa JCL Pruden-te ALC 2019 Taxonomic revision of the Erythrolamprus reginae species group with description of a new spe-cies from Guiana Shield (Serpentes Xenodontinae) Zootaxa 458665ndash97 doi1011646zootaxa458613

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Herpetofauna da Zona da Mata de Minas Gerais UFV Viccedilosa

Assis CL Guedes JJM Costa HC Feio RN 2018 Serpentes de Viccedilosa e Regiatildeo FAPEMIG Viccedilosa

Avila-Pires TCS 1995 Lizards of Brazi-lian Amazonia (Reptilia Squamata) Zo-ologische Verhandelingen 2991ndash706

Avila-Pires TCS Alves-Silva KR Barbosa L Correa FS Cosenza JF Costa-Rodrigues APV Sturaro MJ 2018 Changes in amphibian and reptile diversity over time in Parque Estadual do Utinga Paraacute State Brazil a protected area surrounded by urbani-zation Herpetology Notes 11499ndash512

Balestra RAM 2016 Manejo conser-vacionista e monitoramento populacio-nal de quelocircnios amazocircnicos Ibama--Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaacuteveis Brasiacutelia

Baptista GCS Costa-Neto EM Val-verde MCC 2008 Diaacutelogo entre con-cepccedilotildees preacutevias dos estudantes e co-nhecimento cientiacutefico escolar relaccedilotildees sobre os Amphisbaenias Revista Ibe-roamericana de Educacioacuten 471ndash16

Barbo FE Gasparini JL Almeida AP Zaher H Grazziotin FG Gusmatildeo RB Sawaya RJ 2016 Another new and threatened species of lancehe-ad genus Bothrops (Serpentes Viperi-dae) from Ilha dos Franceses Southe-astern Brazil Zootaxa 4097511ndash529 doi1011646zootaxa409744

Barbosa RA Nishida AK Costa ES Cazeacute ALR 2007 Abordagem et-noherpetoloacutegica de Satildeo Joseacute da Mata ndash Paraiacuteba ndash Brasil Revista de Biolo-gia e Ciecircncias da Terra 7117ndash123

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

197

Bartlett RD Bartlett P 2003 Repti-les and amphibians of the Amazon An ecotouristrsquos guide University Press of Florida Gainesville

Beniacutecio RA Fonseca MG 2014 Guia ilustrado de anfiacutebios e reacutepteis de Picos Piauiacute EDUFPI Teresina

Berlin B 2014 Ethnobiological classi-fication Principles of categorization of plants and animals in traditional so-cieties (Vol 185) Princeton University Press New Jersey

Bernarde PS 2011 Mudanccedilas na clas-sificaccedilatildeo de serpentes peccedilonhentas brasileiras e suas implicaccedilotildees na litera-tura meacutedica Gazeta Meacutedica da Bahia 155ndash63

Bernarde PS 2014 Serpentes peccedilo-nhentas e acidentes ofiacutedicos no Brasil Anolisbooks Satildeo Paulo

Bernarde PS 2019 Corais (Falsas Verdadeiras) do Brasil Herpetofauna Acessiacutevel em httpwwwherpeto-faunacombrCoraishtm Acesso 26 de fevereiro de 2019

Bernarde PS Turci LCB Abegg AD Franco FL 2018 A remarkable new species of coralsnake of the Mi-crurus hemprichii species group from the Brazilian Amazon Salamandra 54249ndash258

Bernarde PS Albuquerque S Bar-ros TO Turci LCB 2012 Serpentes do estado de Rondocircnia Brasil Biota Neotropica 12154ndash182 doi101590S1676-06032012000300018

Begossi A Avila-Pires FD 2005 WSSD 2002 Latin America and Bra-zil Biodiversity and Indigenous Peo-ple Pp 223ndash239 in Hens L Nath B (Eds) The World Summit on Sustai-nable Development Springer Dordre-cht doi1010071-4020-3653-1_10

Borges RC 2001 Serpentes peccedilonhen-tas brasileiras manual de identifica-ccedilatildeo prevenccedilatildeo e procedimentos em ca-sos de acidentes Editoria Atheneu Satildeo Paulo

Borges-Leite MJ Borges-Nojosa DM Lima DC 2012 Guia de Anfiacutebios e Reacutepteis em Satildeo Gonccedilalo do Amaran-te Dedo de Moccedilas Editora e Comunica-ccedilatildeo Ltda Fortaleza

Borges-Martins M Alves MLM Araujo ML Oliveira RB Aneacutes AC 2007 Reacutepteis Pp 292ndash315 in Becker FG Ramos RA Moura LA (Eds) Biodiversidade Regiotildees da Lagoa do Casamento e dos Butiazais de Tapes Planiacutecie Costeira do Rio Grande do Sul Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Cascon P 2006 Herpetofauna da Aacuterea Reserva da Ser-ra das Almas Cearaacute Pp 245ndash260 in Arauacutejo FS Rodal MJN Barbosa

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

198

MRV (Orgs) Anaacutelise das Variaccedilotildees da Biodiversidade do Bioma Caatinga Ministeacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

Borges-Nojosa DM Caramaschi U 2003 Composiccedilatildeo e anaacutelise compa-rativa da diversidade e das afinidades biogeograacuteficas dos lagartos e anfisbe-niacutedeos (Squamata) dos brejos nordes-tinos Pp 489ndash540 in Leal I Silva J M C Tabarelli M (Orgs) Ecologia e conservaccedilatildeo da Caatinga Universidade Federal de Pernambuco Recife

Borges-Nojosa DM 2007 Diversidade de Anfiacutebios e Reacutepteis da Serra de Ba-turiteacute Cearaacute Pp 225ndash247 in Oliveira TS Arauacutejo FS (Orgs) Diversidade e Conservaccedilatildeo da Biota na Serra de Batu-riteacute Cearaacute Ediccedilotildees UFC Fortaleza

Borges-Nojosa DM Prado FMV Borges-Leite MJ Filho NMG Baca-lini P 2010 Avaliaccedilatildeo do impacto do manejo florestal sustentaacutevel na herpe-tofauna de duas aacutereas de Caatinga nos municiacutepios de Caucaia e Pacajus no es-tado do Cearaacute Pp 315ndash330 in Gariglio MA Sampaio EVS Cestaro LA Ka-geyama PY (Orgs) Uso sustentaacutevel e Conservaccedilatildeo dos recursos florestais da Caatinga Serviccedilo Florestal Brasileiro Brasiacutelia

Bour R Zaher H 2005 A new species of Mesoclemmys from the open for-mations of northeastern Brazil (Che-lonii Chelidae) Papeacuteis Avulsos de Zoologia 45295ndash311 doi101590

S0031-10492005002400001

Brandatildeo S Santana FT Mariani DB Brum A Koproski L 2017 Reabilita-tion of a hawksbill turtle (Eretmochelys imbricata Linnaeus 1766) Anais do XX Congresso e o XXVI Encontro da Associaccedilatildeo Brasileira de Veterinaacuterios de Animais Selvagens 101ndash103

Brazil V 1911 A Defesa contra o Ophi-dismo Pocai Weiss Satildeo Paulo

Breitman MF Domingos FMCB Bagley JC Wiederhecker HC Fer-rari TB Cavalcante VHGL Colli GR 2018 A new species of Enyalius (Squamata Leiosauridae) endemic to the Brazilian Cerrado Herpetolo-gica 74355ndash369 doi1016550018-0831355

Caixeta BT Monteiro EM Rocha PVP Santos ALQ 2015 Concentra-ccedilotildees bioquiacutemicas seacutericas de Jacareacute-accediluacute (Melanosuchus niger) machos adul-tos de vida livre Pesquisa Veterinaacute-ria Brasileira 3551ndash55 doi101590S0100-736X2015001300009

Campbell JA Lamar WW 2004 The Venomous Reptiles of the Western He-misphere Volume II Cornell Universi-ty Press Ithaca

Campos CEC Lima JD Lima JRF 2015 Riqueza e composiccedilatildeo de reacutepteis Squamata (lagartos e anfisbenas) da Aacuterea de Proteccedilatildeo Ambiental da Fazen-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

199

dinha Amapaacute Brasil Biota Amazocircnia 584ndash90 doi10185612179-5746biotaamazoniav5n2p84-90

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade L M Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-coroa Pale-osuchus trigonatus (Schneider 1801) no Brasil Biodiversidade Brasileira 348ndash53

Campos Z Marioni B Farias I Ver-dade LM Bassetti L Coutinho ME Magnusson WE 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do jacareacute-paguaacute Pa-leosuchus palpebrosus (Cuvier 1807) no Brasil Biodiversidade Brasileira 340ndash47

Campos Z Zucco CA Batista G 2007 Registro de ocorrecircncia de Jacareacute-Paguaacute (Paleosuchus palpebrosus) na RPPN Engenheiro Eliezer Batista Pantanal Brasil Comunicado Teacutecnico 601ndash4

Cardim F 1925 Tratados da Terra e Gente do Brasil introduccedilatildeo e notas de Baptista Caetano Capistrano de Abreu e Rodolpho Garcia J Leite amp Cia Rio de Janeiro

Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Malaque CMS Haddad V Jr 2009 Animais peccedilonhentos no Brasil biologia cliacutenica e terapecircutica dos aci-dentes Sarvier Satildeo Paulo

Carvalho AL 1951 Os jacareacutes do Brasil Arquivos do Museu Nacional 43127ndash152

Cassimiro J Rodrigues MT 2009 A new species of lizard genus Gymnodac-tylus Spix 1825 (Squamata Gekkota Phyllodactylidae) from Serra do Sinco-raacute northeastern Brazil and the status of G carvalhoi Vanzolini 2005 Zoota-xa 200838ndash52

Castilhos JC Coelho CA Argolo JF Santos EAP Marcovaldi MA Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Lepidochelys olivacea (Eschs-choltz 1829) no Brasil Biodiversidade Brasileira 128ndash36

Castro TM Silva-Soares T 2016 Reacutep-teis da restinga do Parque Estadual Paulo Ceacutesar Vinha Guarapari Espiacuterito Santo Sudeste do Brasil Centro Uni-versitaacuterio Satildeo Camilo Cachoeiro do Itapemirim

Coelho HRP 2005 Guia de Campo de Bonito MS conhecendo a fauna e a flo-ra da Serra da Bodoquena Impressatildeo dos Autores

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016a Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Dactyloa pseudotigrina (Amaral 1933) no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo da fauna brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

200

ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabrasilei-racarga-estado-de-conservacao8180-repteis-dactyloa-pseudotigrina Acesso 08 de abril de 2019

Colli GR Fenker JA Tedeschi LG Bataus YSL Uhlig VM Lima AS Rocha CFD Avila-Pires TCS 2016b Avaliaccedilatildeo do Risco de Extin-ccedilatildeo de Amphisbaena alba Linnaeus 1758 no Brasil Processo de avaliaccedilatildeo do estado de conservaccedilatildeo da fauna bra-sileira ICMBio Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalfaunabra-sileiracarga-estado-de-conservacao8777-repteis-amphisbaena-alba Aces-so 26 de fevereiro de 2019

Costa HC RS Beacuternils 2012 Deve-mos aplicar na literatura meacutedica as mudanccedilas recentes na classificaccedilatildeo das serpentes Gazeta Medica da Bahia 8228ndash32

Costa HC RS Beacuternils 2018 Reacutepteis do Brasil e suas Unidades Federativas Lista de espeacutecies Herpetologia Brasi-leira 711ndash57

Crump ML 2015 Eye of Newt and Toe of Frog Adderrsquos Fork and Lizardrsquos Leg The Lore and Mythology of Amphi-bians and Reptiles University of Chi-cago Press London

Cunha ORD Nascimento FPD 1993 Ofiacutedios da Amazocircnia As cobras da regiatildeo leste do Paraacute Boletim do Mu-

seu Paraense Emiacutelio Goeldi seacuterie Zoo-logia 191ndash191

Curcio FC Nunes PMS Argocirclo AJS Skuk G Rodrigues MT 2012 Ta-xonomy of the American Dwarf Boas of the genus Tropidophis Bibron 1840 with the description of two new spe-cies from the Atlantic Forest (Serpen-tes Tropidophidae) Herpetological Monographs 2680ndash121 doi101655HERPMONOGRAPHS-D-10-000081

Fraga R Lima AP Prudente ALC Magnusson WE 2013 Guia de Cobras da Regiatildeo de Manaus ndash Amazocircnia Cen-tral Editora INPA Manaus

Diaacuterio OficialSC 2011 Lista de Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo no Estado de Santa Catarina por Niacuteveis de Ameaccedila (categoria) Anexo II Nordm 19237 de 20122011 2ndash8

Di-Bernardo M Borges-Martins M Oliveira RB 2002 Reacutepteis Pp 165ndash188 in Marques AAB Fontana CS Veacutelez E Bencke WGA Schneider M Reis RE (Eds) Livro Vermelho da fau-na ameaccedilada de extinccedilatildeo no Rio Gran-de do Sul FZBMCTPUCRSPANGEA Porto Alegre

Domingues Acirc 2008 O Brasil nos re-latos de viajantes ingleses do seacuteculo XVIII produccedilatildeo de discursos sobre o Novo Mundo Revista Brasileira de Histoacuteria 55133ndash152

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

201

Dutra-Arauacutejo D Marioni B Fraga R Silveira R 2017 Snakes as prey of Cuvierrsquos Dwarf Caiman (Paleosuchus palpebrosus Alligatoridae) with a new observation from central Amazonia Brazil Herpetology Notes 10169ndash170

Entiauspe-Neto OM Loebmann D 2019 Taxonomic status of Chironius laurenti Dixon Wiest Cei 1993 and of the long-forgotten Chironius dixo-ni Wiest 1978 (Squamata Serpentes) Bionomina 1683ndash87 doi1011646bionomina1614

Entiauspe-Neto OM Sena A Tiutenko A Loebmann D 2019 Taxonomic sta-tus of Apostolepis barrioi Lema 1978 with comments on the taxonomic ins-tability of Apostolepis Cope 1862 (Ser-pentes Dipsadidae) ZooKeys 84171ndash78 doi103897zookeys84133404

Entiauspe-Neto OM Guedes TB Loebmann D de Lema T 2020 Ta-xonomic status of two simultaneously described Apostolepis Cope 1862 spe-cies (Dipsadidae Elapomorphini) from Caatinga Enclaves moist forests Brazil Journal of Herpetology 54225ndash234 doi10167019-053

Etheridge R 1968 A review of the igua-nid lizard genera Uracentron and Stro-bilurus Bulletin of the British Museum (Natural History) Zoology 1747ndash64

Feio RN Assis CL Lessa G Ribon R 2019 Fauna da Serra do Brigadeiro Minas Gerais UFV Viccedilosa

Fernandes DS Hamdan B 2014 A new species of Chironius Fitzinger 1826 from the state of Bahia Northe-astern Brazil (Serpentes Colubridae) Zootaxa 3881563ndash575 doi1011646zootaxa388165

Fernandes-Ferreira H Cruz RL Bor-gesndashNojosa DM Alves RRN 2012 Crenccedilas associadas a serpentes no es-tado do Cearaacute Nordeste do Brasil Si-tientibus Seacuterie Ciecircncias Bioloacutegicas 11153ndash163

Franccedila DPF Barbo FE Silva NJ Jr Silva HLR Zaher H 2018 A new species of Apostolepis (Serpen-tes Dipsadidae Elapomorphini) from the Cerrado of Central Brazil Zootaxa 4521438ndash552 doi1011646zoota-xa452143

Franccedila DPF Fermiano EC Macha-do-Filho PR Zaher H 2020 Taxono-mic contributions and first record of the poorly known species Apostolepis tenuis Ruthven 1927 in Brazil (Serpen-tes Dipsadidae) Herpetologia Brasi-leira 844ndash49

Frederico EY 2009 O inferno satildeo os outros animais peccedilonhentos no Bra-sil Colonial Pp 515ndash520 in Cardoso JLC Franccedila FOS Wen FH Maacutela-que C MS Haddad Jr V (Orgs) Ani-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

202

mais Peccedilonhentos no Brasil Biologia Cliacutenica e Terapecircutica dos Acidentes Sarvier Satildeo Paulo

Freitas MA 2003 Serpentes brasilei-ras Malha-de-Sapo Publicaccedilotildees e Con-sultoria AmbientalProquigelCIABahia Lauro de Freitas

Freitas MA Silva TFS 2007 Guia ilustrado a herpetofauna das caatingas e aacutereas de altitudes do Nordeste brasi-leiro USEB Pelotas

Gasparini JL 2012 Anfiacutebios e Reacutepteis de Vitoacuteria e Grande Vitoacuteria Espiacuterito Santo GSA Vitoacuteria

Gliesch R 1925 As cobras do estado do Rio Grande do Sul Almanak Agricola Brasileiro 192597ndash118

Gonccedilalves U Torquato S Skuk G Sena GA 2012 A new species of Co-leodactylus Parker 1926 (Squamata Sphaerodactylidae) from the Atlan-tic Forest of northeast Brazil Zootaxa 320420ndash30

Grantsau R 1991 As cobras venenosas do Brasil Bandeirante Satildeo Paulo

Grantsau R 2013 As serpentes peccedilo-nhentas do Brasil Vento Verde Satildeo Paulo

Guedes TB Nogueira CC Marques OAV 2014 Diversity natural history and geographic distribution of snakes

in the Caatinga Northeastern Brazil Zootaxa 38631ndash93 doi1011646zoo-taxa386311

Guerra JAO Paes MG Coelho LIAR Barros MLB Feacute NF Barbo-sa MGV Guerra MVF 2007 Estudo de dois anos com animais reservatoacuterios em aacuterea de ocorrecircncia de leishmanio-se tegumentar americana humana em bairro de urbanizaccedilatildeo antiga na cidade de Manaus-AM Brasil Acta Amazo-nica 37133ndash138 doi101590S0044-59672007000100017

Haddad V Jr Puorto G Cardoso JLC Duarte MR 2012 Sucuris bio-logia conservaccedilatildeo realidade e mitos de uma das maiores serpentes do mundo Technical Books Rio de Janeiro

Hoogmoed MS Fernandes R Ku-charzewski C Moura-Leite JC Beacuter-nils RS Entiauspe-Neto OM San-tos FPR 2019 Synonymization of Uromacer ricardinii Peracca 1897 with Dendrophis aurata Schlegel 1837 (Reptilia Squamata Colubridae Dipsadinae) a rare South American Snake with a disjunct Distribution South American Journal of Herpeto-logy 1488ndash102 doi102994SAJH--D-17-000141

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018a Livro Vermelho da Fauna Brasi-leira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol I Ins-tituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

203

da BiodiversidadeMinisteacuterio do Meio Ambiente Brasilia

ICMBIO (Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da Biodiversidade) 2018b Livro Vermelho da Fauna Bra-sileira Ameaccedilada de Extinccedilatildeo Vol IV - Reacutepteis Instituto Chico Mendes de Conservaccedilatildeo da BiodiversidadeMinis-teacuterio do Meio Ambiente Brasiacutelia

IDELFLOR-BIO 2019 Lista de Reacutepteis e Anfiacutebios do Parque do Utinga Beleacutem Paraacute Acessiacutevel em httpideflorbiopagovbrutingabiodiversidaderep-teis-e-afibios Acesso 08 de abril de 2019

Kawashita-Ribeiro RA Arruda LAG Carvalho MA Silva AF Silva JP Aacutevila RW Mott T 2011 Leposoma osvaldoi Avila-Pires 1995 (Squamata Gymnophthalmidae) New records and distribution map in the state of Mato Grosso Brazil Check List 7852ndash853

Lagos AR Fontes AF Marques CAR da Silva CSP Cardoso CAC Belote DF Borde LQ 2017 Guia dos Anfiacutebios e Reacutepteis da aacuterea de influ-ecircncia da Usina Hidreleacutetrica de Batalha Furnas Centrais Eleacutetricas Rio de Ja-neiro

de Lema T 1994 Lista comentada dos reacutepteis ocorrentes no Rio Grande do Sul Brasil Comunicaccedilotildees do Museu de Ciecircncias e Tecnologia da PUCRS seacuterie Zoologia 741ndash150

de Lema T 2002 Os reacutepteis do Rio Grande do Sul atuais e foacutesseis bioge-ografia ofidismo EDIPUCRS Porto Alegre

de Lema T Renner MF Di-Bernar-do M Abegg AD Malta-Borges L Mario-da-Rosa C 2018 Herpetofauna do Planalto Oriental do Rio Grande do Sul USEB Pelotas

Lopes PFM Silvano R Begossi A 2010 Da Biologia a Etnobiologia ndash Ta-xonomia e etnotaxononia ecologia e et-noecologia Pp 69ndash94 in Alves RRN Souto WMS Mouratildeo JS (Eds) A etnozoologia no Brasil importacircncia status atual e perspectivas NUPEEA Recife

Loacutepez A Prado W 2012 Anfibios y Reptiles de MisionesndashGuiacutea de Campo Mariacutea Luiza Petraglia de Bolzoacuten Edito-ra Buenos Aires

Loveridge A 1941 Bogertia lutzae- A new genus and species of gecko from Bahia Brazil Proceedings of the Bio-logical Society of Washington 54195ndash196

Malta-Borges L Abegg AD Mario--da-Rosa C 2017 Herpetofauna da Universidade Federal de Santa Maria ndash Campus Sede USEB Pelotas

Manzani PR Abe AS 1990 A new species of Tapinurus from the Caatinga of Piauiacute Northeastern Brazil (Squama-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

204

ta Tropiduridae) Herpetologica 46462ndash467

Marra-Santos FJ Reis RE 2018 Two new blind snake species of the genus Liotyphlops (Serpentes Anomalepi-didae) from Central and South Brazil Copeia 106507ndash514 doi101643CH-18-081

Marccedilal AS Gomes IBSR Coragem JT 2011 UHE Santo Antocircnio Guia das espeacutecies de fauna resgatadas Scri-ba Comunicaccedilatildeo Corporativa Satildeo Pau-lo

Marcovaldi MA Lopez GG Soares LS Santos AJB Bellini C Santos AS Lopez M 2011 Avaliaccedilatildeo do Es-tado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Ma-rinha Eretmochelys imbricata (Lin-naeus 1766) no Brasil Biodiversidade Brasileira 120ndash27

Marioni B Farias I Verdade LM Bassetti L Coutinho ME Mendonccedila SHST Campos Z 2013 Avaliaccedilatildeo do risco de extinccedilatildeo do Jacareacute-accedilu Me-lanosuchus niger (Spix 1825) no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 331ndash39

Marques OAV Nogueira CC Sawaya RJ Beacuternils RS Martins M Molina FB Germano VJ 2009 Reacutepteis Pp 285ndash327 in Bressan PM Kierul-ff MCM Sugieda AM (Orgs) Fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo vertebrados Fundaccedilatildeo Parque Zooloacutegico de Satildeo Paulo Secretaria do

Meio Ambiente Satildeo Paulo

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2001 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para a Serra do Mar Ho-los Editora Ribeiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Sazima I 2019 Serpentes da Mata Atlacircntica guia ilustrado para as florestas costei-ras do Brasil Ponto A Cotia

Marques OAV Eterovic A Nogueira CC Sazima I 2015 Serpentes do Cer-rado guia ilustrado Holos Editora Ri-beiratildeo Preto

Marques OAV Eterovic A Struumlss-man C Sazima I 2005 Serpentes do Pantanal Holos Editora Ribeiratildeo Pre-to

Marques OAV Eterovic A Guedes TB Sazima I 2017 Serpentes da Ca-atinga guia ilustrado Ponto A Cotia

Martins A Koch C Pinto R Folly M Fouquet A Passos P 2019 From the inside out discovery of a new genus of threadsnakes based on anatomical and molecular data with discussion of the leptotyphlopid hemipenial morpholo-gy Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57840ndash863 doi101111jzs12316

Martins M Molina FDB 2008 Pa-norama geral dos reacutepteis ameaccedilados do Brasil Pp 327ndash373 in Machado

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

205

ABM Drummond GM Paglia AP (Eds) Livro vermelho da fauna bra-sileira ameaccedilada de extinccedilatildeo MMA e Fundaccedilatildeo Biodiversitas Brasiacutelia e Belo Horizonte

Martins MT Oliveira ME 1993 The snakes of the genus Atractus Wagler (Reptilia Squamata Colubridae) from the Manaus region central Amazo-nia Brazil Zoologische Mededelingen 6721ndash40

Martins MT Oliveira ME 1999 Na-tural history of snakes in forest of the Manaus region Central Amazonia Brazil Herpetological Natural History 678ndash150

Massary JC Hoogmoed MS 2001 Crocodilurus amazonicus Spix 1825 The valid name for Crocodilurus la-certinus auctorum (nec Daudin 1802) (Squamata Teiidae) Jour-nal of Herpetology 35353ndash357 doi1023071566133

Massary JC Hoogmoed MS Blanc M 2000 Comments on the type spe-cimen of Dracaena guianensis Dau-din 1801 (Reptilia Sauria Teiidae) and rediscovery of the species in Fren-ch Guiana Zoologische Mededeelingen 74167ndash180

Mattison C 2006 Snakes ndash From the deadliest to the longest on earth Collins New York

Mattison C 2011 Reptiles Pp 370ndash435 in Burnie D (Ed) Animal the de-finitive visual guide to the worldrsquos wil-dlife Dorling Kindersley London

Mausfeld P Vrcibradic D 2002 On the nomenclature of the skink (Mabuya) endemic to the Western Atlantic Archi-pelago of Fernando de Noronha Brazil Journal of Herpetology 36292ndash295 doi1023071566004

Mendes R 2009 Lagartinho da Serra do Mar ndash Ecpleopus gaudichaudii A Fauna da Mata Atlacircntica do Estado do Rio de Janeiro Acessiacutevel em httpriodejaneiroambientalblogspotcom200911ecpleopus-gaudichau-dii-lagartinho-dahtml Acesso 26 de fevereiro de 2019

Mesquita PCMD Passos DC Bor-ges-Nojosa DM Cechin SZ 2013 Ecologia e histoacuteria natural das ser-pentes de uma aacuterea de Caatinga no nordeste brasileiro Papeacuteis Avulsos de Zoologia 5399ndash113 doi101590S0031-10492013000800001

Montero R Ceacutespedez J 2002 New Two-Pored Amphisbaena (Squama-ta Amphisbaenidae) from Argentina Copeia 2002792ndash797 doi1016430045-8511(2002)002[0792NTPA-SA]20CO2

Montingelli GG Grazziotin FG Bat-tilana J Murphy RW Zhang YP Zaher H 2019 Higher-level phyloge-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

206

netic affinities of the Neotropical ge-nus Mastigodryas Amaral 1934 (Ser-pentes Colubridae) species-group definition and description of a new genus for Mastigodryas bifossatus Journal of Zoological Systematics and Evolutionary Research 57205ndash239 doi101111jzs12262

Moraes-da-Silva A Amaro RC Nu-nes PMS Struumlssmann C Teixeira MJ Andrade A hellip Curcio FF 2019 Chance luck and a fortunate finding a new species of watersnake of the genus Helicops Wagler 1828 (Serpentes Xe-nodontinae) from the Brazilian Panta-nal wetlands Zootaxa 4651445ndash470 doi1011646zootaxa465133

Morales-Betancourt MA Lasso CA Ossa JL Fajardo-Patintildeo A 2013 Bio-logiacutea y conservacioacuten de los Crocodylia de Colombia Serie Recursos Hidrobio-loacutegicos y Pesqueros Continentales de Colombia VIII Instituto de Investiga-cioacuten de Recursos Bioloacutegicos Alexander von Humboldt Bogotaacute

Morato SAA Calixto PO Mendes LR Gomes R Galatti U Trein FL Ferreira GN 2014 Guia fotograacutefico de identificaccedilatildeo da herpetofauna da Flo-resta Nacional de Saracaacute-Taquera Es-tado do Paraacute STCP Engenharia de Pro-jetos Ltda Curitiba

Morato SAA Ferreira GN Scupino MRC 2018 Herpetofauna da Ama-zocircnia Central Estudos na FLONA de

Saracaacute-Taquera STCP Engenharia de Projetos Ltda Curitiba

Morato SAA Beacuternils RS Moura--Leite JC 2017 Reacutepteis de Curitiba Coletacircnea de registros Hori Cadernos Teacutecnicos Curitiba

Mota-da-Silva A Monteiro WM Bernarde PS 2019 Popular names for bushmaster (Lachesis muta) and lancehead (Bothrops atrox) snakes in the Alto Juruaacute region repercussions for clinical-epidemiological diagnosis and surveillance Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 52(e-20180140)1ndash4 doi1015900037-8682-0140-2018

Moura MR Costa HC Satildeo-Pedro VA Fernandes VD Feio RN 2010 People and snakes the relationship be-tween humans and snakes in eastern Minas Gerais southeastern Brazil Bio-ta Neotropica 10133ndash141 doi101590S1676-06032010000400018

Neiva AO Cury K 2018 Plano de Ma-nejo Estaccedilatildeo Ecoloacutegica Niquiaacute Volume III Instituto Chico Mendes de Conser-vaccedilatildeo da Biodiversidade Brasiacutelia

Nogueira CC Rodrigues MT 2006 The genus Stenocercus (Squamata Tropiduri-dae) in extra-Amazonian Brazil with the description of two new species South Ame-rican Journal of Herpetology 1149ndash165 doi1029941808-9798(2006)1[149T-GSSTI]20CO2

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

207

Nogueira CC Argocirclo AJS Arzamen-dia V Azevedo JA Barbo FE Beacuter-nils RS Martins MM 2019 Atlas of Brazilian snakes verified point-lo-cality maps to mitigate the Wallacean shortfall in a megadiverse snake fau-na South American Journal of Herpe-tology 141ndash274 doi102994SAJH--D-19-001201

OrsquoShea M Halliday T 2002 Reptiles and amphibians Dorling Kindersley Ltd London

Passos DC Machado LF Lopes AF Beserra BLR 2015 Calangos e lagarti-xas conceptions on lizards among High School students in Fortaleza Cearaacute Brazil Ciecircncia amp Educaccedilatildeo 21133ndash148 doi1015901516-731320150010009

Passos DC Pinheiro LT Galdino CAB Rocha CFD 2014 Tropidurus semitaeniatus (Calango de Lagedo) Tail bifurcation Herpetological Re-view 45138

Passos P Caramaschi U Pinto R 2006 Redescription of Lepto-typhlops koppesi Amaral 1954 and description of a new species of the Leptotyphlops dulcis group from Central Brazil (Serpentes Leptotyphlo-pidae) Amphibia-Reptilia 27347ndash357 doi101163156853806778190006

Pavan D Dixo M 2004 A Herpetofau-na da aacuterea de influecircncia do reservatoacute-rio da Usina Hidreleacutetrica Luiacutes Eduardo

Magalhatildees Palmas TO Humanitas 413ndash30

Pires M Silva NJ Jr Feitosa DT Prudente ALC Filho GA Zaher H 2014 A new species of triadal coral snake of the genus Micrurus Wagler 1824 (Serpentes Elapidae) from nor-theastern Brazil Zootaxa 3811569ndash584 doi1011646zootaxa381148

Poe S 2004 Phylogeny of Ano-les Herpetological Monogra-phs 1837ndash89 doi1016550733-1347(2004)018[0037POA]20CO2

Pontes JAL Rocha CFD 2008 Ser-pentes da Serra do Mendanha Rio de Janeiro RJ - ecologia e conservaccedilatildeo Te-chnical Books Editora Rio de Janeiro

Portillo JTM 2012 Composiccedilatildeo etno-ecologia e etnotaxonomia de serpentes no Vale do Paraiacuteba Estado de Satildeo Pau-lo Dissertaccedilatildeo de mestrado Universi-dade Federal de Ouro Preto Brasil

Powell R Crombie RI Boos HEA 1998 Hemidactylus mabouia (More-au de Jonneacutes) Catalogue of American Amphibians and Reptiles 6741ndash11

Puorto G 2001 (CD-ROM) Tudo que vocecirc precisa saber Museu do Instituto Butantan Satildeo Paulo

Quintela FM Loebmann D 2009 Os reacutepteis da regiatildeo costeira do extremo

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

208

sul do Brasil USEB Pelotas

Ribeiro LB Gomides SC Costa HC 2018 A new species of Amphisbaena from Northeastern Brazil (Squamata Amphisbaenidae) Journal of Herpeto-logy 52234ndash241 doi10167017-028

Ribeiro S Silveira AL Santos AP Jr 2018 A new species of Leposternon (Squamata Amphisbaenidae) from brazilian Cerrado with a key to po-red species Journal of Herpetology 5250ndash58 doi10167016-125

Ribeiro MA Jr Amaral S 2016 Cata-logue of distribution of lizards (Repti-lia Squamata) from the Brazilian Ama-zonia III Anguidae Scincidae Teiidae Zootaxa 4205401ndash430 doi1011646zootaxa420551

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squamata) from the Brazilian Amazonia I Dacty-loidae Hoplocercidae Iguanidae Leio-sauridae Polychrotidae Tropiduridae Zootaxa 39831ndash110 doi1011646zootaxa398311

Ribeiro MA Jr 2015 Catalogue of dis-tribution of lizards (Reptilia Squama-ta) from the Brazilian Amazonia II Gekkonidae Phyllodactylidae Sphae-rodactylidae Zootaxa 39811ndash55 doi1011646zootaxa398111

Ribeiro MA Jr Amaral S 2017 Ca-talogue of distribution of lizards (Rep-

tilia Squamata) from the Brazilian Amazonia IV Alopoglossidae Gym-nophthalmidae Zootaxa 4269151ndash196 doi1011646zootaxa426921

Roberto IJ Ribeiro SC Loebmann D 2013 Amphibians of the state of Piauiacute Northeastern Brazil a preli-minary assessment Biota Neotropi-ca 13322ndash330 doi101590S1676-06032013000100031

Rocha CFD Siqueira CC Ariani CV 2009 A conservaccedilatildeo de Liolaemus lu-tzae lagarto endecircmicos das restingas do Estado do Rio de Janeiro ameaccedilado de extinccedilatildeo Instituto Biomas Rio de Janeiro

Rocha CFD Van Sluys M Puorto G Fernandes R Barros-Filho JD Neacuteo RRSFA Melgarejo A 2000 Reacutepteis Pp 11ndash16 in Bergallo HG Rocha CFD Alves MAS Van Sluys M (Eds) A fauna ameaccedilada de extinccedilatildeo do Esta-do do Rio de Janeiro EdUERJ Rio de Janeiro

Rodrigues MT 1987 Sistemaacutetica eco-logia e zoogeografia dos Tropidurus do grupo torquatus ao sul do Rio Amazo-nas (Sauria Iguanidae) Arquivos de Zoologia 31105ndash230 doi1011606issn2176-7793v31i3p105-230

Rodrigues MT 2000 A new species of Mabuya (Squamata Scincidae) from the semiarid Caatingas of northeas-tern Brazil Papeacuteis Avulsos de Zoologia 41313ndash328

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

209

Rodrigues MT Juncaacute FA 2002 Herpetofauna of the quaternary sand dunes of the middle Rio Satildeo Fran-cisco Bahia Brazil VII Typhlops amoipira sp nov a possible relative of Typhlops yonenagae (Serpentes Typhlopidae) Papeacuteis Avulsos de Zoo-logia 42325ndash333 doi101590S0031-10492002001300001

Romeu R Alves N 2008 Commercia-lization of Uranoscodon superciliosus Linnaeus 1758 (Tropiduridae) for ma-gicalndashreligious purposes in North and Northeastern of Brazil Sitientibus Seacute-rie Ciecircncias Bioloacutegicas 8257ndash258

Sandrin MDFN Puorto G Nardi R 2005 Serpentes e acidentes ofiacutedicos um estudo sobre erros conceituais em livros didaacuteticos Investigaccedilotildees em En-sino de Ciecircncias 10281ndash298

Santos AS Soares LS Marcovaldi MA Monteiro DS Giffoni B Al-meida AP 2011 Avaliaccedilatildeo do Estado de Conservaccedilatildeo da Tartaruga Marinha Caretta caretta Linnaeus 1758 no Bra-sil Biodiversidade Brasileira 13ndash11

Santos E 1981 Anfiacutebios e reacutepteis do Brasil vida e costumes Itatiaia Satildeo Paulo

Santos E 1994 Anfiacutebios e Reacutepteis Villa Rica Rio de Janeiro

Santos FM Entiauspe-Neto OM Arauacutejo JS Souza MB de Lema T

Struumlssmann C Albuquerque NR 2018 A new species of burrowing snake (Ser-pentes Dipsadidae Apostolepis) from the state of Mato Grosso Central-West region of Brazil Zoologia 35e26742 doi103897zoologia35e26742

Sawaya RJ Marques OAV Mar-tins M 2008 Composition and natu-ral history of a Cerrado snake assem-blage at Itirapina Satildeo Paulo state southeastern Brazil Biota Neotro-pica 8129ndash151 doi101590S1676-06032008000200015

Sazima I Haddad CFB 1992 Reacutep-teis da Serra do Japi notas sobre histoacute-ria natural Pp 212ndash237 in Morellato LPC (Ed) Histoacuteria natural da Serra do Japi ecologia e preservaccedilatildeo de uma aacuterea florestal no sudeste do Brasil Edi-tora da UnicampFAPESP Campinas

Sazima I Manzani PR 1995 As co-bras que vivem numa reserva florestal urbana Pp78ndash82 in Morellato PC Leitatildeo-Filho HDF (Eds) Ecologia e preservaccedilatildeo de uma floresta tropical urbana Reserva de Santa Genebra Editora da UNICAMP Campinas

Secretaria de Estado do Meio Am-biente e Sustentabilidade de Per-nambuco 2017 Lista Estadu-al Oficial de Espeacutecies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo - Reacutepteis Por-taria SEMA Nordm 01 de 15 de Maio de 2017

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

210

Secretaria do Meio Ambiente do Estado da Bahia 2017 Lista Oficial das Espeacute-cies da Fauna Ameaccediladas de Extinccedilatildeo do Estado da Bahia Portaria SEMA Nordm 37 de 15 de Agosto de 2017

Silva AL 2008 Animais medicinais conhecimento e uso entre as popula-ccedilotildees ribeirinhas do rio Negro Amazo-nas Brasil Boletim do Museu Paraen-se Emiacutelio Goeldi Ciecircncias Humanas 3343ndash357

Silva JL Mota-da-Silva AM Amaral GLG Ortega GP Monteiro WM Bernarde PS 2019 The deadliest snake according to ethnobiological perception of the population of the Alto Juruaacute region western Brazilian Ama-zonia Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 53e20190305 doi1015900037-8682-0305-2019

Silva MB Ribeiro MA Jr Avila-Pi-res TCS 2018 A new species of Tu-pinambis Daudin 1802 (Squamata Teiidae) from Central South America Journal of Herpetology 5294ndash110 doi10167016-036

Soerensen B 2000 Acidentes por ani-mais peccedilonhentos reconhecimento cliacutenica e tratamento Atheneu Satildeo Pau-lo

Sturaro MJ Avila-Pires TCS 2011 Taxonomic revision of the geckos of the Gonatodes concinnatus complex (Squamata Sphaerodactylidae) with

description of two new species Zoota-xa 28691ndash36

Teixeira M Jr Dal Vechio F Recoder R Cassimiro J de Sena MA Rodri-gues MT 2019 Two new highland spe-cies of Amphisbaena Linnaeus 1758 (Amphisbaenia Amphisbaenidae) from Bahia State Brazil South Ame-rican Journal of Herpetology 14213ndash232 doi102994SAJH-D-17-000971

Tinoco MS Hampel MS Rossi ML 2019 Restinga Herpetofauna do Lito-ral Norte da Bahia Barro de Chatildeo Sal-vador Bahia

Tomas WM Chiaravalotti RV Ca-milo AR Freitas GO 2015 Kinoster-non scorpioides scorpioides Linnaeus 1766 range extension and first records in the upper Paraguay River basin and Mato Grosso do Sul Brazil Check List 111ndash5 doi10155601131631

Uetz P Freed P Hošek J 2019 The Reptile Database Acessiacutevel em httpwwwreptilendashdatabaseorg Acesso 16 de julho de 2019

Valencia JH Garzoacuten-Tello K Barra-gaacuten-Paladines ME 2016 Serpientes venenosas del Ecuador sistemaacutetica taxonomiacutea historia natural conserva-cioacuten envenenamiento y aspectos an-tropoloacutegicos Fundacioacuten Herpetoloacutegica Gustavo Orceacutes Quito

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

211

Vanzolini PE 2004 Episoacutedios da zoo-logia brasiacutelica Hucitec Satildeo Paulo

Vanzolini PE Ramos-Costa AMM Vitt LJ 1980 Reacutepteis das Caatingas Academia Brasileira de Ciecircncias Rio de Janeiro

Vasconcelos-Neto LB Garcia-da-Silva AS Brito IAS Chalkidi HM 2018 O conhecimento tradicional sobre as serpentes em uma comunidade ribeiri-nha no centro-leste da Amazocircnia Eth-noscientia 31ndash7 doi1022276eth-noscientiav3i0157

Vieira LG Santos ALQ Lima FC Mendonccedila SHST Menezes LT Sebben A 2016 Osteologia de Me-lanosuchus niger (Crocodylia Alli-gatoridae) e a evidecircncia evoluti-va Pesquisa Veterinaacuteria Brasileira 361025ndash1044 doi101590s0100-736x2016001000018

Vitt LJ Caldwell JP Colli GR Gar-da AA Mesquita DO Franccedila FGR Novaes-e-Silva V 2005 Uma atua-lizaccedilatildeo do guia fotograacutefico de reacutepteis e anfiacutebios da regiatildeo do Jalapatildeo no Cer-rado Brasileiro Special Publications in Herpetology Sam Noble Oklahoma Museum of Natural History 21ndash24

Vitt LJ Magnusson WE Avila-Pires TC Lima AP 2008 Guia de lagartos da Reserva Adolpho Ducke Amazocircnia Central Editora Attema INPA Ma-naus

Vizotto LD 2003 Serpentes lendas mitos supersticcedilotildees e crendices Plecircia-de Satildeo Paulo

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Rhino-clemmys punctularia (Daudin 1801) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conser-vacao7428-repteis-rhinoclemmys--punctularia-peremahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops geoffroanus (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7418-repteis-phrynops-geoffro-anus-cagado-de-barbichahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phry-nops hilarii (Dumeacuteril amp Bibron 1835) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7419-repteis-phrynops-hilarii-ca-gado-de-barbelashtml Acesso 07 de abril de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

212

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops tubero-sus (Peters 1870) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7420-repteis--phrynops-tuberosus-cagado-de-bar-bichahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Phrynops williamsi Rhodin amp Mittermeier 1983 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7421-repteis-phrynops-william-si-cagado-rajadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydro-medusa maximiliani (Mikan 1825) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7403-repteis-hydromedusa-ma-ximiliani-cagado-da-serrahtml Aces-so 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Hydromedusa

tectifera Cope 1869 no Brasil Acessiacute-vel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7402-rep-teis-hydromedusa-tectifera-cagado--de-pescoco-de-cobrahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys heliostemma (McCord Joseph-Ouni amp Lamar 2000) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conservacao7412-repteis--mesoclemmys-heliostemma-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys ho-gei (Mertens 1967) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrpor-talbiodiversidadefauna-brasileira

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

213

estado-de-conservacao7385-repteis--mesoclemmys-hogei-cagado-de-ho-gei-2html Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys nasuta (Schweigger 1812) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7413-repteis-mesoclemmys-na-suta-cagado-da-cabeca-de-sapo-co-mumhtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys perplexa Bour amp Zaher 2005 no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7414-repteis-mesoclemmys-per-plexa-cagadohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys raniceps (Gray 1855) no Brasil Aces-siacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasilei-raestado-de-conservacao7415-rep-teis-mesoclemmys-raniceps-lalahtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Mesoclemmys tu-berculata (Luumlderwaldt 1926) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7416-repteis-mesoclemmys-tubercula-ta-cagado-do-nordestehtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Ava-liaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Meso-clemmys vanderhaegei (Bour 1973) no Brasil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna-brasileiraestado-de-conserva-cao7440-repteis-mesoclemmys-van-derhaegei-tartruga-cabeca-de-sapohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avaliaccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Peltocephalus du-merilianus (Schweigger 1812) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7417-repteis-peltocephalus-dumerilia-nus-cabecudohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Fagundes CK Bataus YSL Balestra RAM Batista FRW Uhlig VM Luz VLF 2015 Avalia-

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

214

ccedilatildeo do Risco de Extinccedilatildeo de Acantho-chelys radiolata (Mikan 1820) no Bra-sil Acessiacutevel em httpwwwicmbiogovbrportalbiodiversidadefauna--brasileiraestado-de-conservacao7439-repteis-acanthochelys-radiola-ta-cagado-amarelohtml Acesso 07 de abril de 2019

Vogt RC Ferrara CR Bernhard R Carvalho VT Balensiefer DC Bo-nora L Novelle SMH 2007 Capiacute-tulo 9 Herpetofauna Pp 127ndash143 in Rapp Py-Daniel L Deus CP Henri-ques AL Pimpatildeo DM Ribeiro OM (Orgs) Biodiversidade do Meacutedio Ma-deira Bases cientiacuteficas para propostas de conservaccedilatildeo INPA Manaus

Von Ihering R 1968 Dicionaacuterio dos animais do Brasil Editora Universida-de de Brasiacutelia Brasiacutelia

Waldez F Vogt RC 2011 Las serpientes ponzontildeosas de la Reserva Piagaccedilu-Purus y accidentes ofiacutedicos en La Region Baja de la Cuenca del Rio Puruacutes Amazoniacutea cen-tral Revista Colombiana de Ciencia Ani-mal-RECIA 3327ndash334 doi1024188reciav3n22011403

Wallach V Williams KL Boundy J 2014 Snakes of the world a catalogue of living and extinct species CRC Floacuterida

Wikispecies 2019 Wikispecies Free spe-cies directory Acessiacutevel em httpsspe-cieswikimediaorg Acesso 12 de Maio de 2019

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Listas de Anfibios e Reacutepteis

215

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

ObtuaacuterioAniacutebal Rafael Melgarejo(22111954 ndash 10052019)

Nelson Jorge da Silva Programa de Poacutes-graduaccedilatildeo em Ciecircncias Ambientais e Sauacutede Escolas de Ciecircncias Meacutedicas Far-macecircuticas e Biomeacutedicas Pontifiacutecia Universidade Catoacutelica de Goiaacutes

Conheci o Aniacutebal no Congresso Brasileiro de Zoologia em Juiz de Fora em 1987 e nos transfor-

mamos em grandes amigos comungan-do duas boas qualidades bom humor e facilidade de rir Foram 32 anos de convivecircncia e uma amizade de irmatildeos que transcende a herpetologia e nossas vidas acadecircmicas e profissionais

O Aniacutebal nasceu em 22 de novembro de 1954 como Aniacutebal Rafael Melgare-jo Gimenez em Montevideacuteu Uruguai Filho de Aniacutebal Nestor Melgarejo Mon-sie e Olga Angelica Gimenez Fuentes tendo somente uma irmatilde Maria del Rosario Melgarejo Gimenez (Charo) com duas sobrinhas (Maria Florencia e Maria Eugenia) e duas sobrinhas netas (Fiorella e Abril) Passou toda a sua in-facircncia adolescecircncia e parte de sua vida adulta no Uruguai sempre estudando em escolas puacuteblicas Segundo sua irmatilde Aniacutebal foi sempre um entusiasmado

Homenagem ao Aniacutebal

216

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

por animais de insetos a reacutepteis e ma-miacuteferos Em seu aniversaacuterio de 12 anos usou o dinheiro que ganhou de presen-te para comprar uma cobra natildeo vene-nosa na feira de Tristan Navarra e desse momento nasceu seu grande amor aos reacutepteis Quando terminou seu ensino baacutesico ingressou na Faculdade Medici-na onde frequentou aulas por um ano ateacute que se deu conta que natildeo era esse o caminho que deveria seguir No ano seguinte ingressou na Faculdad de Hu-manidades y Ciencias da Universidad de la Republica para cursar Biologia se graduando em 1979 (Foto 1)

Foto 1 Anibal Melgarejo em tra-balho de campo Cerro de Arequi-ta Departamento de Lavalleja Uruguai

Veio para o Brasil com uma Bolsa de Aperfeiccediloamento em Anatomia Fun-cional do Conselho Nacional de De-senvolvimento Cientiacutefico e Tecnoloacutegico (CNPq) sob a tutela de Paulo Vanzolini (Museu de Zoologia da Universidade de Satildeo Paulo) e nunca mais retornou ao Uruguai Eventualmente foi contrata-do pelo Instituto Vital Brazil (IVB) em 1987 estruturando a Divisatildeo de Ani-mais Peccedilonhentos e posteriormente a Divisatildeo de Zoologia Meacutedica trabalhan-do ateacute que seu estado de sauacutede permi-tiu em 2019 (Foto 2 e 3)

217

Foto 3 Extraccedilatildeo de veneno de Bo-throps insularis Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Tardiamente conseguiu seu tiacutetulo de doutor em Patologia pela Universidade Federal Fluminense em 1998 Cum-priu com seu papel na academia com inuacutemeras publicaccedilotildees teacutecnicas e cien-tiacuteficas capiacutetulos de livros participaccedilatildeo em congressos e simpoacutesios orientaccedilatildeo de monografias de conclusatildeo de cursos de graduaccedilatildeo e especializaccedilatildeo teses e monografias de mestrado e doutorado Do lado humano o Aniacutebal foi um gran-de instrutor incentivador e entusias-mado com a herpetologia e influenciou muitos que hoje tecircm suas vidas cons-truiacutedas em muito do que ele fez ensi-nou e compartilhou de coraccedilatildeo aberto

Foto 2 Primeira Bothrops insu-laris capturada Ilha da Queimada Grande municiacute-pio de Itanhaeacutem SP

218

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Aqui no Brasil constituiu famiacutelia com sua cara-metade Aniesse Aguiar e seus filhos e grandes companheiros Peneacutelope e Rafael Aguiar Melgarejo estendendo-se por conseguinte a No-ruega onde nasceu sua primeira neta Kali Johansen Melgarejo (filha da Pe-neacutelope) exatamente um mecircs apoacutes a sua partida (Fotos 4 a 7) Em aacuteguas turbu-lentas sempre foi essa rocha familiar que norteou nosso grande amigo To-dos noacutes sofremos com nossas proacuteprias idiossincrasias O Aniacutebal natildeo era dife-rente Era melhor Nunca o vi pessimis-ta Sempre acreditando que tudo tinha uma razatildeo e que no fim daria tudo certo Ateu como era acreditava mui-to mais na vida e na humanidade que muitos de noacutes

Foto 4 Aniacutebal e Aniesse lsquograacutevidosrsquo Niteroacutei RJ (1989)

Sua curiosidade era insaciaacutevel Via-jamos muito juntos pelo Brasil nos moldes da entatildeo Secretaria Nacional de Accedilotildees Baacutesicas da Sauacutede (SNABSMS) atraveacutes do Programa Nacional de Ofidismo (PNOSNABSMS) do Mi-nisteacuterio da Sauacutede (1987-1989) para reuniotildees do Grupo de Trabalho sobre Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (GT Distribuiccedilatildeo Geograacutefica) visando a organizaccedilatildeo da informaccedilatildeo teacutecnica para divulgar e desmistificar os animais venenosos Esse programa (PNO) foi o responsaacutevel pela criaccedilatildeo de Nuacutecleos Regionais de Ofiologia que ti-nham como atribuiccedilatildeo estimular estu-dos sobre serpentes descentralizados dos grandes centros produtores de soro antiofiacutedico (SP MG e RJ) Nesse peacuteri-plo de reuniotildees conhecemos e convi-vemos com pesquisadores estudantes meacutedicos enfermeiros ribeirinhos e os famosos praacuteticos de sauacutede em 15 esta-dos do Norte Nordeste e Centro-Oeste brasileiro e na Amazocircnia colombiana Em todos os lugares o Aniacutebal rouba-va a cena Sua atitude despojada ami-ga sincera e afaacutevel conquistava todos Tambeacutem foram incontaacuteveis as vezes que entregou seus preciosos dados de observaccedilatildeo e pesquisa em prol de co-legas e alunos Excelente fotoacutegrafo e ilustrador suas imagens estatildeo presen-

219

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 5 Em famiacutelia Aniacutebal Aniesse Rafael e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 1990)

Foto 6 Em famiacutelia Aniacutebal Rafael Aniesse e Pe-neacutelope Niteroacutei RJ (deacutecada de 2000)

tes em inuacutemeros trabalhos e livros no Brasil e no mundo sempre respeitado e elogiado

Nos primoacuterdios da organiza-ccedilatildeo da herpetologia no Brasil o Aniacutebal ajudou a estruturar a Sociedade Brasileira de Her-petologia (SBH) realizando os Encontros Brasileiros de Herpetoacutelogos entre 1989 e 1991 Se hoje a SBH estaacute bem estruturada e funcionando foi por que haacute mais de 30 anos atraacutes o Aniacutebal enfrentou esse desafio

Encantado pelas surucucus da Mata Atlacircntica (Lachesis muta rhombeata) foi o pri-meiro a ter essas criaturas lin-diacutessimas em estado de confor-to e bem-estar reproduzindo saudavelmente em cativeiro

O Aniacutebal capturou sua pri-meira surucucu em 8 de no-vembro de 1989 na mata da Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada em Alagoas (Foto 8) Seguiu-se a primeira postura e nascimentos em cativeiro em 1990 Apoacutes seu excelente ecircxito na criaccedilatildeo e reproduccedilatildeo das Lachesis em cativeiro obteve apoio da FAPERJ em um projeto da construccedilatildeo de um ldquoLachesaacuteriordquo Assim em

Foto 7 Uma das uacuteltimas fotos de Aniacutebal aguardan-do a chegada de sua neta Kali Ni-teroacutei RJ (2019)

220

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

janeiro de 2001 entrou em funciona-mento um sistema de climatizaccedilatildeo cen-tral que permitia manter temperatura e umidade dentro dos paracircmetros ade-quados monitorados em trecircs pontos diferentes da sala por meio de sensores remotos aleacutem de ajustes por termos-tato e umidificador independentes Na sala um recinto de 15m2 foi delimitado com tela para evitar a fuga das serpen-tes e possibilitar a livre circulaccedilatildeo do ar O mesmo reproduzia as condiccedilotildees paisagiacutesticas de uma floresta tropical incluindo um sistema de circulaccedilatildeo de aacutegua em forma de cachoeira entre pe-dras e diversas opccedilotildees de substratos (serapilheira terra troncos e pedras de diversos tamanhos) aleacutem de piso in-clinado para escoamento da aacutegua nas simulaccedilotildees de chuvas (Foto 9) Diver-sas espeacutecies vegetais nativas de arboacute-reas a epiacutefitas criaram uma comunida-de harmoniosa e representativa dessas florestas Estas condiccedilotildees permitiram observar muacuteltiplos aspectos da biologia das surucucus como o comportamento alimentar mudas de pele e horaacuterios de atividade fiacutesica culminando em 2003 com detalhado registro da reproduccedilatildeo incluindo diversas coacutepulas postura de oito ovos em 5 de setembro e nasci-mento de seis filhotes em 14-15 de no-vembro Em 2005 2007 2008 e 2009 tambeacutem foram registrados estes com-portamentos e conseguida a reprodu-ccedilatildeo Este recinto representou assim um instrumento fundamental para as pesquisas bioloacutegicas da surucucu da

Mata Atlacircntica Aleacutem de otimizar sua manutenccedilatildeo e garantir o fornecimento de veneno que permitiu produzir sus-tentavelmente o soro antibotroacutepico-la-queacutetico no Instituto Vital Brazil (Foto 10) Infelizmente mudanccedilas de objeti-vos e direccedilatildeo do IVB fizeram por des-continuar o referido projeto

Em seus uacuteltimos anos de vida o Aniacutebal comeccedilou a escrever suas memoacuterias que infelizmente natildeo foram finalizadas Vale a pena citar um transcrito de suas anotaccedilotildees gentilmente compartilhado por sua esposa Aniesse Aguiar onde fica muito claro a dedicaccedilatildeo desse amigo

Foto 8 Primeira Lachesis capturada Reserva Bioloacutegica de Pedra Talhada municiacutepio de Quebrangulo AL (1989)

221

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

pelo trabalho que tanto amava mas com a presenccedila marcante de sua cara meta-de ldquoEra dia saacutebado 20 de maio de 1989 no final da manhatilde quando eu chegava ao portatildeo de entrada do IVB Estava com meu dedo indicador da matildeo direi-ta bastante edemaciado aleacutem do meu sangue incoagulaacutevel e hematuacuteria maci-ccedila (com cilindros hemaacuteticos) pois vinte e quatro horas antes havia sido picado por um filhote de jararaca (Bothrops ja-raraca) no Nuacutecleo de Ofiologia de Porto Alegre Rio Grande do Sul (NOPA) du-rante o encerramento de uma reuniatildeo do GT de Distribuiccedilatildeo Geograacutefica das Serpentes do Brasil (um dos quatro cria-dos para assessorar o Ministeacuterio da Sauacute-de no PNOSNABS) Tinha conseguido ser liberado da internaccedilatildeo para fazer o devido tratamento com a promessa de que me trataria no Rio assim que che-gasse pois minha esposa estava na uacutel-tima semana de gravidez Poreacutem soube jaacute na portaria do IVB que havia uma cai-xa de madeira com uma cobra surucucu que umas pessoas do Nordeste (precisamente Alagoas) haviam deixado horas antes Apesar do desconforto pelo envene-namento natildeo tratado e da desaprovaccedilatildeo do meu saudoso sogro meacutedico minha esposa no final da gestaccedilatildeo e do Dr Paulo A Lopes que agrave distacircn-cia orientara a me dirigir ao Hospital Universitaacuterio Clementino Fraga Filho

Foto 9 Lachesario Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

Foto 10 Extraccedilatildeo de veneno de Lachesis muta Instituto Vital Brazil Niteroacutei RJ (1990)

222

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

do Fundatildeo onde ele jaacute havia deixado a equipe meacutedica sobre aviso eu rumei para o serpentaacuterio e me deparei com aquela caixa que achava pequena para conter uma surucucu O desejo e a an-siedade digladiavam-se em minha cabe-ccedila contra a desconfianccedila pelo tamanho da caixa No serpentaacuterio a luta foi achar uma ferramenta para retirar pelo menos uma ripa de madeira daquele recipien-te improvisado Finalmente com uma mega-chave-de-fenda consegui e entatildeo gritei de felicidade (ainda bem que as cobras satildeo surdas) ao ver nitidamente aquelas escamas ocre-alaranjadas e os losangos negros ao longo do dorso do corpo a serenidade da rainha das co-bras e a forma apertada de se enrodi-lhar que fez com que coubesse naquele recipiente Devo ter demorado cerca de meia hora para preparar uma moradia ampla limpa e segura com aacutegua fresca farta porque o pessoal que me aguar-dava na portaria natildeo parava de telefo-nar para irmos ao hospital Jaacute no hos-pital o tratamento foi complicado pois como suspeitava jaacute com a primeira gota de soro hiperimune entrando na mi-nha veia a reaccedilatildeo de meu organismo se apresentou fiquei todo vermelho e com muita falta de ar (dispneia) Era visiacutevel a preocupaccedilatildeo da equipe meacutedica multidisciplinar postada ao meu redor quanto agrave possibilidade do desenvolvi-mento de um choque anafilaacutetico e a ne-cessidade de canular minha traqueia O mais interessante dessa situaccedilatildeo eacute que um mecircs antes haviacuteamos dado uma aula

teoacuterica de ofidismo no curso de poacutes-gra-duaccedilatildeo de muitos dos meacutedicos da refe-rida equipe da emergecircncia finalizaacuteva-mos entatildeo nesse momento a aplicaccedilatildeo do conhecimento praacutetico Na semana seguinte a este episoacutedio nascia entatildeo minha filha Peneacutelope minha princesa e iniciava-se tambeacutem de fato o projeto surucucu ldquoLachesis muta a rainha das matasrdquo Foi e eacute o grande parceiro das ldquoSurucucus da Mata Atlacircnticardquo

Dono de um coraccedilatildeo gigante e espiacuterito inquebrantaacutevel o Aniacutebal nunca negou ajuda e apoio aos iniciantes e colegas Ajudou inuacutemeros bioacutelogos e outros pro-fissionais em seus projetos de poacutes-gra-duaccedilatildeo inclusive o meu com dados material e informaccedilotildees preciosas Em todos os cantos do Brasil o Aniacutebal dei-xou grandes amizades e fica muito di-fiacutecil enumeraacute-las sem cometer erros ou injusticcedilas Entretanto o que prevalece eacute o apreccedilo e a lembranccedila de todos que o conheceram (Foto 11 e 12) De norte a sul leste a oeste o Aniacutebal se fez presen-te em inuacutemeros simpoacutesios encontros e congressos levando sua simpatia e con-quistando as pessoas (Fotos 13 a 15) To-dos que o conheceram tecircm com certeza grandes histoacuterias e muitas gargalhadas com essa figura impagaacutevel

Coautor de um capiacutetulo do livro ldquoAs Cobras-Corais do Brasil Biologia Ta-xonomia Venenos e Envenenamentos (2016)rdquo aguardava ansioso a publi-caccedilatildeo de outro livro ldquoAdvances in Co-ralsnake Biology with an Emphasis in

223

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Foto 11 Nelson Jor-ge Aniacutebal Melgarejo Giuseppe Puorto e Pedro Federsoni (em peacute) Marcus Buonona-to (sentado) Museu Bioloacutegico do Instituto Butantatilde (1991)

Foto 13 Amigos presti-giando Aniacutebal durante o Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacirc-nia GO (2019)

Foto 12 Nelson Jorge e Aniacutebal Melgarejo (2016)

224

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

South Americardquo com 60 autores e 22 capiacutetulos editado e distribuiacutedo nos Es-tados Unidos (2020) onde eacute coautor do capiacutetulo ldquoCoralsnakes of Medical In-terest in Brazilrdquo Unanimemente o livro foi dedicado pelos editores ao Aniacutebal

O Aniacutebal tambeacutem aprendeu a conviver e entender a realidade brasileira da co-munidade cientiacutefica que nem sempre sabe reconhecer o trabalho e a dedi-caccedilatildeo de uma alma fantaacutestica como a dele Natildeo importam trabalhos teses e manter um Curriacuteculo Lattes como uma prova de sua inclusatildeo no ciacuterculo de grandes pesquisadores O que realmen-te vale eacute caraacuteter coraccedilatildeo e amor no que fazia E ele fazia muito bem Uma ge-raccedilatildeo inteira que o conheceu realmente

Foto 14 Participantes do Simpoacutesio Internacional de Cobras-Corais Goiacircnia GO (2019)

vai ainda lamentar a ausecircncia desse ser uacutenico outra lamentaraacute sem saber bem o porquecirc e ainda outra vai se arrepen-der por ignorar estes fatos e ignorar ele mesmo nestes uacuteltimos anos

Por isso lamentamos profundamente a perda mas devemos lembraacute-lo com alegria e o incriacutevel privileacutegio de tecirc-lo conhecido e convivido com ele Extre-mamente bem-humorado risadas faacute-ceis e a preocupaccedilatildeo constante com o bem-estar do proacuteximo

225

Herpetologia Brasileira vol 9 no 2 - Obtuaacuterio

Apoacutes o veloacuterio e despedida dos que o consideravam com afeto mesmo que de muitos tenham sido agrave distacircncia foi realizada a cremaccedilatildeo e suas cinzas fo-ram divididas em trecircs partes uma par-te foi depositada no jazigo da famiacutelia da Aniesse junto aos seus pais que o tinham com o afeto que se dedica a um filho Outra parte de suas cinzas foram para Noruega para ficar na casa da Pe-neacutelope junto entatildeo de sua filha O filho Rafael pintou a caixa com as cinzas que ficou com a Peneacutelope (Foto 16) Em sua tampa pintou a bandeira do Uruguai e do Brasil E nas laterais colocou uma visatildeo do Rio de Janeiro (cidade amada pelo Aniacutebal) uma visatildeo do museu de arte projetada pelo Niemayer da cida-de de Niteroacutei em que morou nos anos de uniatildeo com a Aniesse uma visatildeo do Parque Pousada onde morou no Uru-

guai com seus pais e da Noruega onde estaacute a sua filha E a terceira parte foi levada para o Uruguai onde foi colo-cada em parte com seus pais e outra parte depositada por seu melhor amigo (Isidoro Maestro) e seu filhos no local onde ele pegou sua primeira serpente

Falar de uma pessoa como o Aniacutebal eacute uma tarefa muito difiacutecil pela ausecircncia mas muito faacutecil pela pessoa que ele eacute presente e natildeo passado Ele passou por noacutes deixando a sua simpatia coraccedilatildeo aberto abraccedilo amigo e sorriso faacutecil mas ficaraacute sempre nos coraccedilotildees e nas men-tes dos privilegiados que o conheceram Entatildeo a homenagem e a lembranccedila do Aniacutebal tecircm que ser presentes sempre Vida longa amigo das surucucus Deus te guarde em um lugar privilegiado Pa-rafraseando nossa brincadeira pessoal mucho gusto meu amigo

Foto 15 Aniacutebal palestrando durante o Simpoacutesio Interna-cional de Cobras-Corais Goi-acircnia GO (2019)

Foto 16 Caixa com as bandeiras do Uruguai e Brasil pintada por seu filho Rafael

226

Para informaccedilotildees sob preparacatildeo e submissatildeo de manuscritos entre em contato com os edito-res de seccedilatildeo

Instruccedilotildees para Autores

227

Hylomantis asperusUESC Ilheacuteus Ba Edvaldo Neto

Page 6: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 7: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 8: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 9: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 10: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 11: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 12: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 13: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 14: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 15: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 16: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 17: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 18: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 19: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 20: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 21: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 22: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 23: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 24: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 25: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 26: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 27: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 28: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 29: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 30: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 31: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 32: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 33: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 34: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 35: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 36: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 37: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 38: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 39: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 40: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 41: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 42: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 43: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 44: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 45: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 46: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 47: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 48: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 49: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 50: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 51: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 52: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 53: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 54: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 55: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 56: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 57: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 58: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 59: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 60: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 61: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 62: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 63: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 64: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 65: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 66: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 67: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 68: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 69: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 70: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 71: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 72: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 73: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 74: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 75: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 76: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 77: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 78: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 79: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 80: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 81: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 82: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 83: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 84: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 85: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 86: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 87: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 88: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 89: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 90: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 91: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 92: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 93: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 94: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 95: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 96: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 97: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 98: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 99: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 100: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 101: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 102: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 103: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 104: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 105: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 106: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 107: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 108: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 109: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 110: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 111: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 112: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 113: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 114: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 115: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 116: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 117: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 118: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 119: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 120: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 121: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 122: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 123: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 124: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 125: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 126: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 127: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 128: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 129: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 130: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 131: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 132: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 133: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 134: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 135: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 136: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 137: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 138: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 139: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 140: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 141: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 142: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 143: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 144: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 145: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 146: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 147: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 148: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 149: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 150: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 151: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 152: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 153: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 154: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 155: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 156: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 157: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 158: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 159: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 160: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 161: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 162: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 163: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 164: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 165: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 166: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 167: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 168: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 169: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 170: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 171: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 172: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 173: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 174: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 175: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 176: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 177: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 178: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 179: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 180: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 181: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 182: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 183: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 184: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 185: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 186: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 187: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 188: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 189: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 190: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 191: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 192: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 193: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 194: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 195: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 196: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 197: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 198: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 199: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 200: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 201: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 202: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 203: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 204: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 205: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 206: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 207: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 208: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 209: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 210: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 211: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 212: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 213: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 214: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 215: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 216: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 217: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 218: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 219: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 220: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 221: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 222: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 223: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 224: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 225: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 226: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades
Page 227: Herpetologia Agosto 2020 Brasileirapublic.sbherpetologia.org.br/assets/revista/hb9-2.pdfHistória da Herpetologia Brasileira: Esta seção apresenta ensaios, entrevistas e curiosidades