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Federação das Indústrias do Estado da BahiaDiretoria Executiva / SDI - Superintendência de Desenvolvimento Industrial
Relatório de Infraestrutura é uma publicação mensal da Federação das Indústrias do Estado da
Bahia (FIEB), produzida pela Superintendência de Desenvolvimento Industrial (SDI).
Presidente: José de F. Mascarenhas
Diretor Executivo: Alexandre Beduschi
Superintendente: João Marcelo Alves (Economista, Mestre em Administração pela UFBA/ISEG-UTL, Especialista em Finanças Corporativas pela New York University)
Equipe Técnica: Marcus Emerson Verhine (Mestre em Economia e Finanças pela Universidade da Califórnia)
Ricardo Menezes Kawabe (Mestre em Administração Pública pela UFBA)
Everaldo Guedes (Bacharel em Ciências Estatísticas – ESEB)
Layout e Diagramação: SCI - Superintendência de Comunicação Institucional
Data de Fechamento: 21 de Dezembro de 2012
Críticas e sugestões serão bem recebidas.
Endereço Internet: http://www.fieb.org.br
E-mail: [email protected]
Reprodução permitida, desde que citada a fonte.
SUMÁRIO
Pág.
DESTAQUES DO MÊS 3
1. ENERGIA ELÉTRICA 6
2. PETRÓLEO E GÁS 9
3. LOGÍSTICA 14
4. ANEXOS 18
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2012 3
DESTAQUES DO MÊS
Pacote prevê leilão de aeroportos em setembro e investimento de R$ 7,2 bi: Governo confirma concessões de Galeão e Confins; recursos serão aplicados para reformar 253 aeroportos e construir 17 terminais regionais.
O governo federal anunciou ontem o último pacote de medidas econômicas do ano, desta vez para o setor
aeroportuário. Completando as concessões já comunicadas de rodovias, ferrovias e portos à iniciativa privada,
a presidente Dilma Rousseff anunciou a privatização dos aeroportos do Galeão (RJ) e Confins (MG), além de
investimentos públicos de R$ 7,3 bilhões em 270 aeroportos regionais, dos quais 17 serão construídos em
2013.
Com o objetivo de aumentar a infraestrutura disponível para a aviação geral (voos executivos e taxi aéreo), a
presidente Dilma assinou também um decreto com normas para a criação de aeroportos civis dedicados só a
esse tipo de serviço. Ela comentou que a demanda deverá aumentar, com a aproximação da Copa do Mundo
e da Olimpíada.
Depois de quase seis meses de discussões na área técnica do governo, o plano de leiloar os terminais do
Galeão e de Confins à iniciativa privada finalmente foi lançado. De acordo com o ministro da Secretaria de
Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt, o leilão desses aeroportos, hoje controlados pela Infraero, deve
ocorrer em setembro de 2013.
O governo vai exigir no edital que os operadores tenham experiência com terminais internacionais grandes -
no mínimo, 35 milhões de passageiros por ano. Além disso, os controladores dos aeroportos concedidos em
fevereiro não poderão participar dos novos leilões. Os vencedores terão 51% do controle, e a Infraero, por
meio da subsidiária Infraero Serviços (criada ontem pelo governo) ficará com 49%. (O Estado de S. Paulo,
21/12/2012)
Programa de investimentos em aeroportos contempla 21 cidades baianas
Vinte e uma cidades baianas serão beneficiadas com o programa de investimentos do governo federal em
aeroportos regionais, que foi anunciado nesta quinta-feira (20) pela presidente Dilma Rousseff. O Banco do
Brasil ficará responsável pela gestão dos projetos e dos investimentos nos equipamentos. Para incentivar a
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2012 4
aviação regional, o governo também concederá isenção de tarifas aeroportuárias para terminais do interior
com movimentação inferior a 1 milhão de passageiros por ano e subsídios para rotas entre cidades pequenas
e médias. (...) (Bahia Notícias, 20/12/2012)
Portos baianos terão R$ 4 bilhões até 2015: Salvador, Aratu, Ilhéus e Porto Sul serão beneficiados pelo programa
Depois de meses de expectativa, a presidente Dilma Rousseff anunciou ontem, em Brasília, o Programa de
Investimentos em Logística do Sistema Portuário Nacional, que visa estabelecer regras claras para o sistema
portuário e estimular a eficiência e produtividade dos portos brasileiros. Dilma apresentou o detalhamento
do programa, que ainda será implementado por medida provisória com vistas a alterar a lei 8.630/93, de
modernização dos portos. O pacote, de mais de R$ 54 bilhões até 2017, será bancado pelo governo e
também pela iniciativa privada.
“Nosso objetivo não é arrecadar para a Fazenda Nacional. Não queremos com os portos ganhar mais dinheiro
cobrando uma outorga maior. No passado pode ter feito sentido isso, agora estamos num outro momento, o
da competitividade”, disse Dilma.
Dentre as medidas anunciadas está o fim da cobrança de outorga nas novas concessões de portos e nos
arrendamentos de terminais. Em vez de ganhar o licitante que oferecer mais recursos às Docas, os próximos
leilões terão como critério de definição a menor tarifa cobrada.
O objetivo é levar à maior movimentação possível de cargas com o menor custo possível. Segundo a
presidente, o momento atual é de competitividade. “Não estou dizendo que o objetivo é a menor tarifa
porque poderia ser a menor movimentação com a menor tarifa. O objetivo é a maior movimentação de
cargas possível com a menor tarifa possível”, insistiu.
Bahia
Para a Bahia, estão previstos R$ 4 bilhões de investimentos até 2015, a serem realizados nos portos de
Salvador, Aratu, Ilhéus e no Porto Sul, a ser construído em Aritaguá, em Ilheús. A estimativa de investimentos
públicos para os portos é do secretário da Casa Civil do governo, Rui Costa, que participou da solenidade, em
Brasília, com o governador Jaques Wagner.
“Estamos cientes da necessidade que a Bahia tem de estar nas rotas comerciais da economia global”, disse
Jaques Wagner, sobre a importância do Porto Sul para o estado e da sua inclusão no pacote dos portos.
“Além de anunciar medidas que significam, na nossa opinião, facilidades nos processos - sejam de
arrendamentos nos novos terminais de Aratu e Salvador, sejam para a modelagem do Porto Sul, que vamos
licitar - eu diria que está aberta uma maior flexibilidade para o investimento no Porto Sul e isso deve facilitar e
acelerar a obra”, disse Costa.
Ao menos quatro portos serão concedidos à iniciativa privada em leilões programados já para o primeiro
semestre de 2013, dentre eles o de Ilhéus, além de Manaus (AM), Águas Profundas (ES) e Imbituba (SC).
O vice-presidente da Federação das Indústrias da Bahia (Fieb) e coordenador do Comitê dos Portos da
entidade, Reinaldo Sampaio, comentou que há muitas intenções positivas no lançamento do plano. Uma
delas é o fim das outorgas portuárias: “Era óbvio que quem pagasse o maior valor ia transferir esses custos
para as tarifas”, analisou.
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Apesar disso, Sampaio entende que a questão tarifária não foi atacada diretamente. “O Brasil tem um dos
custos mais elevados e um dos sistemas mais ineficientes”, criticou. Mas Sampaio elogiou a abertura dos
portos para empresários que não possuem cargas próprias. Ele ressaltou que essa é uma avaliação prévia, já
que a medida provisória ainda será publicada.
O diretor executivo da Associação dos Usuários dos Portos (Usuport), Paulo Vila, observou que o programa
abriu uma janela enorme para investimentos nos portos públicos. “E como a Bahia é um dos piores estados
em estrutura portuária, é também um dos que têm a maior possibilidade de investimentos”, avalia.
O empresário Eike Batista classificou o programa de beneficiamento do setor portuário, como “um sonho”.
Segundo ele, ao colocá-lo em prática e, especialmente, ao favorecer a interligação com o modal ferroviário, o
país terá “um choque de produtividade”.
“Esse plano é um sonho, porque conecta tudo. Será um choque de produtividade no Brasil porque nossa
logística é caríssima. Pagamos três vezes o preço para manuseio de contêineres nos portos”, disse, ao
comparar o custo dos serviços portuários no Brasil com o de Singapura.
Já o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa
Vieira, acha que faltou, sim, uma medida: o funcionamento dos portos em turno contínuo. “Os resultados
começarão a aparecer, principalmente caso os portos 24 horas sejam implementados”. Ainda assim, no
entanto, o presidente da Firjan avaliou positivamente as medidas e disse que elas surtirão efeito já entre 2013
e 2014. “É importante entender que nós estamos redesenhando o Brasil”, argumentou Eduardo Gouvêa.
Entenda as mudanças:
Novos portos: antes, o governo não podia negar autorização para um porto se não houvesse entraves
ambientais, por exemplo. Agora, só concederá novas autorizações se estiver dentro do planejamento.
Concessões: haverá a concessão de cinco portos públicos, três novos (Manaus, Porto Sul e Vitória) e dois já
existentes (Imbituba e Ilhéus).
Terminais: os portos públicos vão ser licitados por um critério que vai ponderar a menor tarifa com a maior
movimentação de carga
Desburocratização: será criado o Conaporto, que reunirá os agentes públicos (Polícia, Receita, Anvisa) num só
local.
Dragagem: os portos públicos terão um sistema de dragagem centralizado com prazo de 10 anos. Um
instituto irá estudar um sistema permanente.
Reorganização: a Antaq e os portos fluviais passam para a Secretaria de Portos.
(Correio, 07/12/2012)
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1. ENERGIA ELÉTRICA
1.1 Nível dos Reservatórios do Nordeste: Sobradinho
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
O reservatório de Sobradinho alcançou o volume de 27,8% de sua capacidade máxima em novembro de
2012. Tal valor é bem inferior ao registrado em igual mês do ano anterior, quando alcançou 42,1% do volume
máximo. O regime hidrológico da Região Nordeste este ano está abaixo do padrão, provocando expressiva
redução na afluência de água ao reservatório.
1.2 Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco (2012) – Nordeste
Fonte: ONS; elaboração FIEB/SDI.
Na comparação da curva de energia armazenada, que engloba todos os reservatórios da região Nordeste,
vê-se que o nível acumulado em novembro de 2012 alcançou 34,3% do volume máximo, 28,4% abaixo do
registrado em igual período do ano anterior. O atual nível de energia armazenada situa-se 23,3% acima da
curva de risco calculada pelo ONS, o que ainda indica um nível/reserva suficiente nos reservatórios, mas que
exige atenção.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Volume Útil de Sobradinho (2011-2012) (em % do volume máximo)
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Energia Armazenada e Curva de Aversão ao Risco - Região Nordeste (2011 - 2012) (em % do volume máximo)
2011 2012 Risco 2012
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1.3 Consumo de Energia Elétrica – Brasil (2011 – 2012)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo nacional de energia elétrica apresentou alta de 2,8% em outubro de 2012, na comparação com
igual mês do ano anterior. Nos primeiros dez meses de 2012, registrou-se alta de 3,3% em relação ao mesmo
período do ano anterior e, em 12 meses, o incremento foi da ordem de 3,3%. A alta do consumo de energia
elétrica se deve às classes comercial (7,2%) e residencial (4,3%), já que a classe industrial apresentou
crescimento inferior no período analisado.
1.4 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Brasil (2011 – 2012)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro de 2012, o consumo industrial apresentou leve queda de 0,9% na comparação com igual período
do ano anterior. Nos primeiros dez meses de 2012 acumula alta de 0,3% e, em 12 meses, apresenta
incremento de 0,4%. O comportamento do consumo de energia elétrica reflete o fraco desempenho da
atividade industrial no corrente ano.
32.000
33.000
34.000
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo de Energia Elétrica - Brasil (2011-2012) (em GWh)
2011 2012
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo Industrial de Energia Elétrica - Brasil (2011 - 2012) (em GWh)
2011 2012
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1.5 Consumo de Energia Elétrica – Nordeste (2011 – 2012)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
O consumo de energia elétrica na região Nordeste apresentou alta de 3,3% em outubro de 2012, na
comparação com igual período de 2011. Nos primeiros dez meses do ano, acumula alta de 4,9% e, em 12
meses, o incremento verificado foi de 4,2%. O aumento do consumo total da região no acumulado deste ano
está sendo puxado pelo consumo comercial, que registrou alta de 8,3%, contra aumento de 5,7% do
consumo residencial e incremento de apenas 0,2% do consumo industrial.
1.6 Consumo Industrial de Energia Elétrica – Nordeste (2011 – 2012)
Fonte: EPE; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro de 2012, o consumo industrial de energia elétrica na região Nordeste apresentou leve queda de
1,5% em comparação com igual mês de 2011. Nos primeiros dez meses de 2012, acumula ligeira alta de 0,2%,
em relação ao mesmo período do ano anterior, por conta da base de comparação deprimida relacionada ao
“apagão” da CHESF ocorrido em fevereiro de 2011.
5.000
5.200
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Consumo de Energia Elétrica - Nordeste (2011-2012) (em GWh)
2011 2012
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Consumo Industrial de Energia Elétrica - Nordeste (2011-2012) (em GWh)
2011 2012
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2. PETRÓLEO E GÁS
2.1 Preço médio dos petróleos – Cesta OPEP (1999-2012)
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de 2012 calculada com dados até 19/11/2012.
Os preços dos petróleos da cesta OPEP apresentaram forte aceleração entre 2004 e 2008, resultado da forte
elevação na demanda dos países em desenvolvimento, notadamente China e Índia. Esse movimento foi
interrompido após meados de 2008, quando a crise econômica global provocou um forte recuo dos preços. A
partir de 2009, no entanto, iniciou-se um processo de recuperação. Com dados atualizados até 20/12/2012, a
média dos preços no ano alcançou US$ 109,5/barril, patamar ligeiramente acima do verificado no ano
passado.
2.2 Preço médio mensal do petróleo – Cesta OPEP
Fonte: OPEP; elaboração FIEB/SDI. Média de outubro de 2012 calculada com dados até 20/12/2012.
17
28 23 24
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1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012
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Preço Médio do Petróleo - Cesta OPEP (1999 - 2012)
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Preço Médio Mensal do Petróleo - Cesta OPEP
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2.3 Preço médio do Petróleo WTI (2006-2012)
Fonte: EIA - Energy Information Administration. Elaboração FIEB/SDI. Calculada com dados até 20/12/2012.
Analogamente, o preço do petróleo WTI (West Texas Intermediate) no mercado spot apresentou trajetória
de contínuo crescimento no período 2003-2008, decorrente da forte demanda dos países em
desenvolvimento. Tal como no caso dos petróleos da cesta OPEP, os preços do WTI também despencaram de
US$ 147,27 em julho de 2008 para cerca de US$ 33/barril em dezembro do mesmo ano. Ao longo de 2010, a
commodity registrou uma trajetória de crescimento progressivo, alcançando cotação máxima de US$
113,4/barril, em 29/04/2011. Por conta do agravamento da crise europeia, o preço do petróleo WTI recuou
gradativamente até o início de outubro de 2011 (US$ 75,40/barril), a partir de então, observou-se uma
recuperação dos preços, alcançando, em 01/05/2012, a cotação de US$ 106,2/barril sob a influência das
tensões geopolíticas no Oriente Médio. Desde então, a commodity sofreu queda nas cotações, abaladas pela
fragilidade econômica dos países desenvolvidos, especialmente da Zona do Euro. No período recente as
cotações se encontram relativamente estáveis.
2.4 Produção Nacional de Petróleo (2011-2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
A produção nacional de petróleo em outubro de 2012 apresentou queda de 4,4% em comparação com igual
mês de 2011. Registrou-se um volume de 62,3 milhões de barris, equivalentes a 2 milhões de barris/dia. Nos
primeiros dez meses de 2012, a produção acumula leve queda de 1%. A produção de petróleo da Bahia
representou apenas 2,2% da produção nacional no mês, contribuindo com aproximadamente 44,8 mil
barris/dia.
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20
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Preço Spot do Petróleo WTI (2006 - 2012)
51.000
56.000
61.000
66.000
71.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)
2011 2012
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2.5 Importação Nacional de Petróleo (2011 – 2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro de 2012, a importação de petróleo apresentou forte queda de 70,7% em comparação com
outubro de 2011. Nos primeiros dez meses de 2012, acumula queda de 12,3% em relação ao mesmo período
do ano anterior. A tendência, no médio-longo prazo, é de queda nas importações por conta do aumento da
produção das bacias de Campos e Santos e nos campos do pré-sal. Em 2011, por exemplo, o Brasil importou
121,1 milhões de barris de petróleo, contra 123,6 milhões de barris em 2010.
2.6 Exportação Nacional de Petróleo (2011 – 2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
O Brasil exportou 15,5 milhões de barris em outubro de 2012, registrando forte queda de 53,5% em
comparação com outubro do ano anterior. Nos primeiros dez meses deste ano, registra-se uma retração de
10,3% em comparação com igual período de 2011. No médio-longo prazo, a tendência é de aumento das
exportações, por conta do esperado incremento na produção nacional. O petróleo exportado foi do tipo
3.000
5.000
7.000
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11.000
13.000
15.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Importação Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)
2011 2012
0
5.000
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15.000
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25.000
30.000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Exportação Nacional de Petróleo (2011-2012) (em mil barris de petróleo)
2011 2012
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pesado (extraído de campos marítimos), pouco aproveitado nas refinarias nacionais, que foram projetadas
para processar óleo leve (de grau API maior que 31,1). Em 2014, o percentual exportado deverá diminuir com
o processamento de óleo pesado da Bacia de Campos pela refinaria da Petrobras integrada ao COMPERJ, que
terá capacidade para processar 165 mil barris/dia.
2.7 Dependência Externa de Petróleo – Brasil (2011 – 2012)
No acumulado de janeiro a outubro de 2012, o Brasil realizou importação líquida (exportações menos
importações) de -82 milhões de barris de petróleo, equivalente a 12,6% da produção nacional. No mesmo
período, a dependência externa foi negativa, sinalizando um superávit de 38 milhões de barris, equivalentes a
6,2% do consumo nacional de petróleo.
out/11 Jan-out/11 out/12 Jan-out/12
Produção de Petróleo (a) 68 656 65 650
Imp. Líq. de Petróleo (b) -6 -89 -5 -82
Imp. Líq. de Derivados (c) 12 69 5 44
Consumo Aparente (d) = (a+b+c) 74 637 65 612
Dependência Externa (e) = (d-a) 6 -20 0 -38
Dependência Externa (%) (e)/(d) 8 -3 1 -6
Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI
Dependência Externa de Petróleo e Derivados (milhões bep)
FIEB – SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL | DEZEMBRO 2012 13
2.8 Produção Nacional de Gás Natural (2011-2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
A produção brasileira de gás natural tem progressivamente crescido durante o ano de 2012, em comparação
com o ano anterior (vide o gráfico acima). Tendo em conta o balanço do gás natural no país, verifica-se que a
sua oferta no Brasil alcançou a média de 95,6 milhões m3/dia em outubro de 2012, contabilizando
incremento de 36% em relação ao registrado em igual mês do ano anterior. No acumulado dos primeiros dez
meses de 2012, vê-se que a oferta média diária de gás natural cresceu 17,4% em relação ao verificado em
igual período de 2011.
1.400
1.600
1.800
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2.200
2.400
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Nacional de Gás Natural (2011-2012) (em milhões m³)
2011 2012
Produção Nacional¹ 66.257 65.216 72.971 69.970
- Reinjeção 9.685 11.230 8.972 9.981
- Queimas e Perdas 5.831 4.691 4.489 3.863
- Consumo Próprio 9.853 10.082 10.691 10.594
= Produção Nac. Líquida 40.887 39.213 48.819 45.533
+ Importação 29.369 28.909 46.762 34.411
= Oferta 70.256 68.121 95.581 79.943
¹ Não inclui Gás Natural Liquefeito
Fonte: ANP, elaboração FIEB/SDI
Balanço do Gás Natural no Brasil (mil m³/dia)
Média em
Out/2011
Média do
período
jan-out/2011
Média em
Out/2012
Média do
período
jan-out/2012
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2.9 Produção Baiana de Gás Natural (2011-2012)
Fonte: ANP; elaboração FIEB/SDI.
Após continuado período de declínio, o volume de gás produzido na Bahia em outubro de 2012 alcançou 267
milhões de m3 (ou 8,6 milhões de m
3/dia), registrando alta de 31,2% em comparação com outubro de 2011.
Nos primeiros dez meses de 2012, a produção acumula alta de 27,5% em relação a igual período do ano
anterior. A produção baiana respondeu por 11,8% da produção brasileira de gás natural em outubro de 2012.
3. LOGÍSTICA
3.1 Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador-BA (2011-2012)
Fonte: Infraero; elaboração FIEB/SDI.
Em outubro de 2012, a movimentação de passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador cresceu 7,9%
em comparação com o registrado em igual mês de 2011. Nos primeiros dez meses de 2012, alcançou o
montante de 7,2 milhões de passageiros, equivalentes a 4% do movimento nos aeroportos do país.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Produção Baiana de Gás Natural (2011-2012) (em milhões m³)
2011 2012
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Passageiros no Aeroporto Internacional de Salvador (2011-2012) (em mil)
2011 2012
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3.2 Movimentação de Cargas no Porto de Salvador-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em novembro de 2012, a movimentação de cargas no porto de Salvador apresentou queda de 3,4% em
comparação com igual período do ano anterior. Nos primeiros onze meses de 2012, verificou-se um
acréscimo de 0,6% em comparação com o mesmo período de 2011, alcançando o montante de 3,4 milhões
de toneladas, sendo: 5,9% de carga geral, 8,8% de granel sólido, 83,7% de carga conteinerizada, e 1,7% de
produtos líquidos.
3.3 Movimentação de Contêineres no Porto de Salvador-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
A movimentação de contêineres no porto de Salvador, em novembro de 2012, registrou alta de 10,3%, em
comparação com igual período do ano anterior. Nos primeiros onze meses de 2012, acumulou o montante de
236,4 mil contêineres, contra 227,1 mil contêineres movimentados no mesmo período de 2011.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Cargas no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Contêiner no Porto de Salvador (2011-2012) (em mil TEUs)
2011 2012
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3.4 Movimentação de Carga Sólida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em novembro de 2012, a movimentação de granel sólido no porto de Aratu registrou alta de 26,9%, em
comparação com o mesmo mês de 2011. Entretanto, nos primeiros onze meses de 2012, alcançou a
movimentação de 1,6 milhão de toneladas, registrando queda de 5,9% em comparação com o igual período
de 2011. Segundo a Codeba, a redução em 2012 se deve: (i) à forte importação de fertilizantes verificada em
2011, quando as empresas formaram estoques, aproveitando-se da baixa do dólar; e (ii) do menor nível de
atividade no setor agrícola baiano em 2012, em função da seca. De outro lado, as empresas fabricantes de
fertilizantes alegam enfrentar dificuldades em relação à logística e aos custos portuários em Aratu.
3.5 Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
A movimentação de carga líquida no porto de Aratu, em novembro de 2012, registrou queda de 37,1%, em
comparação com igual mês de 2011. Nos primeiros onze meses de 2012, alcançou a movimentação de 3,3
milhões de toneladas, registrando incremento de 15,6% em relação ao mesmo período de 2011. Tal resultado
sofre influência da base deprimida do ano anterior, por conta da expressiva redução nas importações de
nafta, decorrente da interrupção do fornecimento de energia elétrica que afetou a produção do Polo
Industrial de Camaçari em 2011.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Granel Sólido no Porto de Aratu (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Carga Líquida no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
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3.6 Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu-BA (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em novembro de 2012, a movimentação de carga gasosa no porto de Aratu caiu 16,9% em comparação com
igual período do ano anterior. Nos primeiros onze meses de 2012, alcançou o montante de 465,8 mil
toneladas, contra 395,1 mil toneladas registradas em 2011. As movimentações expressivas de carga gasosa
também podem ser explicadas pela base de comparação deprimida da primeira metade do ano anterior,
quando a produção do segmento petroquímico foi impactada pela interrupção do fornecimento de energia
elétrica.
3.7 Movimentação de Carga nos Terminais de Uso Privativo da Bahia (2011-2012)
Fonte: CODEBA; elaboração FIEB/SDI.
Em referência à movimentação de carga nos terminais de uso privativo (TUPs), em novembro de 2012,
registrou-se queda de 2,8% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Nos primeiros onze meses
de 2012, alcançou movimentação de 20,7 milhões toneladas, registrando queda de 3,6% em comparação
com igual período de 2011.
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Carga Gasosa no Porto de Aratu - Bahia (2011-2012) (em mil toneladas)
2011 2012
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Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Bahia: Movimentação de Cargas nos Terminais de Uso Privativo (2011-2012) (em milhões toneladas)
2011 2012
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4. ANEXOS
5.1 Brasil: Evolução do Transporte de Carga por Ferrovia
Carga Transportada (em milhares de TU)
Fonte: ANTT, elaboração; FIEB/SDI. (*) dados até junho de 2012
Concessionárias 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012*
ALLMN 5.047 5.583 6.380 5.551 6.928 8.232 10.072 10.498 11.611 6.385
ALLMO 2.229 2.709 3.497 3.355 2.690 3.235 2.778 4.430 4.421 1.787
ALLMP 23.411 20.545 4.438 4.221 3.473 5.229 4.917 6.719 7.490 2.567
ALLMS 19.556 20.088 21.677 28.942 26.536 26.763 26.073 25.975 27.067 11.459
EFC 63.259 74.268 80.633 92.591 100.361 103.670 96.267 104.949 113.748 54.130
FERROESTE 1.752 1.458 1.483 1.511 862 996 646 471 400 186
EFVM 118.512 126.069 130.962 131.620 136.604 133.211 104.317 131.755 132.865 64.102
FCA 21.601 25.384 27.557 15.177 18.957 19.280 17.455 21.242 19.209 11.275
FNS - - - - - 1.424 1.639 2.012 2.562 1.281
FTC 2.302 2.459 2.403 2.627 2.635 3.038 2.856 2.637 2.448 1.349
MRS 86.178 97.952 108.142 101.998 114.064 119.799 110.954 123.030 130.009 64.897
TLSA 1.264 1.261 1.420 1.519 1.814 1.643 1.467 1.529 1.431 715
TOTAL 345.111 377.776 388.592 389.113 414.925 426.520 379.441 435.248 453.260 220.133