história da filosofia

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História da Filosofia

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O básico da História da Filosofia em slides. Espero que gostem e que as informações sejam as mais verdadeiras possíveis. As referências encontram-se ao final da apresentação.

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Page 1: História da Filosofia

História da Filosofia

Page 2: História da Filosofia

Antes: O que é Filosofia?

• A palavra filosofia é de origem grega e significa amor à sabedoria. Ela surgiu desde o momento em que o homem começou a refletir sobre o funcionamento da vida e do universo, buscando uma solução para as grandes questões da existência humana.

• A Grécia Antiga é conhecida como o berço dos pensadores, sendo que os sophos (sábios em grego) buscaram formular, no século VI a.C., explicações racionais para tudo aquilo que era explicado, até então, através da mitologia.

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Page 3: História da Filosofia

Os Pré-Socráticos

Podemos afirmar que foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do

século VI a.C. Os filósofos que viveram antes de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. Buscavam explicar tudo através da razão e do conhecimento científico.

Podemos citar, neste contexto, os físicos Tales de Mileto, Anaximandro e Heráclito. 

Pitágoras desenvolve seu pensamento defendendo a ideia de que tudo preexiste a alma, já que esta é

imortal. Demócrito e Leucipo defendem a formação de todas as coisas, a partir da existência dos

átomos.3

Page 4: História da Filosofia

Os Pré-Socráticos

Tales de Mileto: Tales na companhia de Anaximandro e Anaxímenes defendia que

a água, o indefinido, e o ar eram o princípio ou origem de todas as coisas. 

Heráclito: Para Heráclito, o mundo era  o mesmo para todos os seres, nenhum

deus, nenhum homem o criou; mas foi, é, e será sempre um fogo eternamente vivo, que com medida se acende e com medida

se apaga.

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Page 5: História da Filosofia

Os Sofistas

Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande

desenvolvimento cultural e científico. O esplendor de

cidades como Atenas, e seu sistema político democrático,

proporcionou o terreno propício para o desenvolvimento do

pensamento. 5

Page 6: História da Filosofia

Neste período, em que já estão avançadas as questões

cosmológicas, a busca pelo ser das coisas deixa de ser o foco principal das questões filosóficas, que agora

se ocupa com o homem e suas potencialidades. Era preciso saber

falar para fazer valer seus interesses nas assembleias. Surgem, então, os

famosos oradores denominados Sofistas, palavra que

significa sábio em grego.6

Page 7: História da Filosofia

Curiosidade!Sofisma: “Qualquer argumentação que procura induzir alguém ao erro”, segundo

a Porto Editora.

Sofisticar: “Falsificar”; “Adulterar”, segundo a Porto Editora.

Sofisticado: “Complexo”; “Requintado ao máximo”; “Artificial, que não é natural,

falsamente refinado” (pejorativo), segundo a Porto Editora.

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Page 8: História da Filosofia

Esses homens, portadores de uma eloquência incomum, propunham

ensinar qualquer coisa aos cidadãos que almejassem os cargos públicos

ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso.

No entanto, suas técnicas nada mais eram do que ensinar a persuadir

convencendo seu interlocutor em um debate, seja pela emoção, seja pela

passividade deste. 8

Page 9: História da Filosofia

ProtágorasProtágoras é conhecido como o primeiro sofista.

Sua fama se estendia por todas as colônias e era um homem culto e bem sucedido.

Este eminente orador vivia uma forma de absoluto subjetivismo relativista. Sua

máxima “o homem é a medida de todas as coisas” ilustra bem o modo de pensar das

diferentes pessoas. Isto quer dizer que cada pessoa, pensa, deseja e busca algo para si, de

tal forma única que impossibilita que exista uma verdade absoluta.

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Page 10: História da Filosofia

Górgias

Descartando qualquer noção de moral ou virtude, ele determinou a persuasão como algo

essencial ao homem.Górgias redigiu um tratado sobre o Não Ser, em resposta ao filósofo Parmênides, em que consta o resumo de seu modo Niilista de pensar. Para

ele, nada existe de real; e se nada existe, o homem não pode conhecer verdadeiramente nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido, seria impossível comunicar aos

outros este conhecimento.

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Page 11: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Sócrates: Filósofo grego, Sócrates nasceu em Atenas no ano de 470 a.C. Dedicou-se inteiramente à missão de despertar e educar as consciências, tendo como

influência a filosofia de Anaxágoras. Sempre entre jovens, sempre em discussões, especialmente com os sofistas, nada

escreveu. Por isso, o seu pensamento tem que ser reconstituído sobre testemunhos,

nem sempre concordes, de Xenofonte, de Platão e de Aristóteles.

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Page 12: História da Filosofia

Filósofos Clássicos Para descobrir a maneira como se deve viver, Sócrates

interroga seus interlocutores. Toda a sua filosofia é exposta em diálogos críticos com seus interlocutores. Sócrates

acredita que para viver bem (de acordo com a virtude) é preciso ser sábio. Mas como atingir a sabedoria? Para

Sócrates, a sabedoria é fruto de muita investigação que começa pelo conhecimento de si mesmo. Segundo ele,

deve-se seguir a inscrição do templo de Apolo: conhece-te a ti mesmo.  Para ser Sábio, é preciso confessar, com humildade, a própria ignorância. “Só sei que não sei”, repetia sempre Sócrates. Por meio da ironia, levando o

interlocutor a cair em contradição, Sócrates o conduzia a confessar a própria ignorância. Uma vez confessada a ignorância, o interlocutor estaria disposto a percorrer o

caminho da verdade. Entra em cena a segunda etapa do método: a maiêutica (arte de dar à luz as idéias, ou "parto das Idéias"). Para Sócrates, uma mente submetida a um

interrogatório adequado seria capaz de explicitar conhecimentos que já estavam latentes na alma. 

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Page 13: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

É preciso um caminho indireto, como a ironia (método de ensino de Sócrates), porque o caminho para o conhecimento interior é individual a cada um.

A Ironia possui duplo aspecto: a refutação e a maiêutica. Através da refutação, Sócrates faz uma cadeia de

raciocínio para provar que a base do que o outro está pensando está errada. Levava ao ridículo homens

considerados sábios.A refutação faz parte da maiêutica, que é a arte de

Sócrates projetar ideias, fazer nascer a verdade. Através da maiêutica, Sócrates fingia ser capaz unicamente de

interrogar, mas não de ensinar alguma coisa, mas levava o interlocutor, mediante uma série de perguntas

habilmente formuladas, a tomar consciência da própria ignorância e a confessá-la. 

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Page 14: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Platão: Nasceu em Atenas no ano 427 a. C., e morreu em 347 a.C. Foi discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles. Era filho de uma nobre família ateniense e seu nome verdadeiro era Arístocles. Seu apelido “Platão” foi devido a sua constituição física e significa “ombros

largos”.

 "Cada um deve atender às necessidades da cidade naquilo pelo qual a sua natureza esteja

mais dotada.”

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Page 15: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Para Platão, o verdadeiro conhecimento está no mundo das Idéias. Um de seus textos mais interessantes é a Alegoria da Caverna. Nesse

texto Platão faz uma tentativa de explicar a condição do filósofo, ou seja, o papel daquele que busca levar os seus companheiros ao

conhecimento da verdade. Platão descreve que; há homens presos, desde meninos, por correntes nos pés e no pescoço, com o rosto voltado para o fundo da Caverna. Próximo à entrada da caverna

desfila-se com muitos objetos diferentes, cujas sombras são projetadas pela luz do Sol na parede do fundo. Os prisioneiros

contemplam as sombras, pensando tratar-se da realidade, pois é a única que conhecem. Um dos prisioneiros consegue escapar, e,

voltando-se para a entrada da caverna, num primeiro momento tem sua vista ofuscada pela luz intensa, mas aos poucos ele se acostuma e começa a descobrir que a realidade é bem diferente daquela que ele conheceu a vida toda, por meio das sombras. Esse homem se

compadece dos companheiros da prisão e volta para lhes anunciar aquilo que contemplara. Ele é chamado de louco e é morto pelos

companheiros.

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Page 16: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Aristóteles: Nasceu em Estagira, na península macedônica da Calcídica (por isso é também

chamado de o Estagirita). Era filho de Nicômaco, amigo e médico pessoal do rei Amintas 2º.

Aos 16 ou 17 anos, Aristóteles mudou-se para Atenas, então o centro intelectual e artístico da Grécia, e estudou na Academia de Platão até a morte do mestre, no ano 347 a.C. Seus escritos

abrangem diversos assuntos, como a física, a metafísica, as leis da poesia e do drama,

a música, a lógica, a retórica, o governo, a ética, a biologia e a zoologia.

“O sábio nunca diz tudo o que pensa, mas pensa sempre tudo o que diz.”

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Page 17: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Fundou sua própria escola de filosofia, próxima ao templo de Apolo Liceano (por isso passa a se chamar Liceu),

seguindo uma orientação que rivaliza com a Academia de Platão que, nesse tempo, é dirigida por Xenócrates. A

Academia era mais voltada para as Matemáticas e Filosofia, enquanto o Liceu se dedicava principalmente

às Ciências Naturais. Sua principal Obra: Metafísica/Órganon: A obra de Aristóteles – corpus

aristotelicum foi organizada por Andrônico de Rodes, que dirigiu o Liceu no século I a.C. Na sua Metafísica,

Aristóteles ensina sobre o Ente, que é tudo aquilo que é, que tem Ser. É a noção mais abrangente de todas. Aristóteles cria a teoria das quatro causas do ser:

material, formal, eficiente e final. Para Aristóteles, a permanência e o movimento necessitam dessa teoria para

que possam ser explicados: a teoria das causas do Ser.17

Page 18: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

Há causas que são: 

a) Intrínsecas (estáticas – explicam o ser) 1. Material: responde à pergunta do que é feita alguma coisa. 

2. Formal: responde à pergunta como uma coisa é feita? É o ato ou perfeição pelo qual uma coisa é o que é. Pode-se chamar também de

essência. b) Extrínsecas (dinâmicas – explicam o vir a ser ou devir) 

1. Eficiente: responde à pergunta quem fez? Trata-se do agente ou princípio do qual resulta a coisa. 

2. Final: responde à pergunta para que é feita? Trata-se do objetivo que move o agente a atuar sobre tal coisa. 

Por exemplo: uma mesa feita de madeira (causa material), com um lugar para colocar os livros (causa formal), feita pelo marceneiro (causa

eficiente) para servir ao estudo dos alunos (causa final). Inteligência Divina na filosofia de Aristóteles: atração do ser. Para

Aristóteles, há uma substância supra-sensível que é a Inteligência Divina (1º motor imóvel – ato puro) que pensa a si mesma e atua como Causa

Final (por atração) e não como causa eficiente (pois, segundo ele, o Universo sempre teria existido). 

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Page 19: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

A concepção aristotélica de Física parte do movimento, elucidando-o nas análises dos conceitos

de crescimento, alteração e mudança. A teoria do ato e potência, com implicações metafísicas, é o

fundamento do sistema. Ato e potência relacionam-se com o movimento enquanto que a matéria e

forma com a ausência de movimento.

O papel da mulher: A análise sobre a procriação de Aristóteles descreve um elemento masculino ativo

trazendo vida a um elemento do sexo feminino inerte e passivo.

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Page 20: História da Filosofia

Filósofos Clássicos

A Lógica de Aristóteles constitui o exemplo mais sistemático de filosofia em dois mil anos de história. Sua premissa principal envolve uma teoria de caráter

semântico desenvolvida por ele para servir de estrutura para a compreensão da veracidade de

proposições. Introduziu a análise da quantificação dos enunciados e

das variáveis, realizou o estudo sistemático dos casos em que dois enunciados implicam um terceiro,

estabeleceu o primeiro sistema dedutivo ou silogístico e criou a primeira lógica modal, que, ao contrário da lógica pré-aristotélica, admitia outras possibilidades

além de "verdadeiro" e "falso".

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Page 21: História da Filosofia

Filósofos Clássicos O silogismo é o estudo da correção (validade) ou

incorreção (invalidade) dos argumentos encadeados segundo premissas das quais é licito se extrair uma conclusão. Sua validade depende da Forma e não da verdade ou falsidade das premissas. Desse modo, é

possível distinguir argumentos bem feitos, formalmente válidos, dos falaciosos, ainda que a aparência nos induza a enganos. Por exemplo:

P1 - Todo homem é mortal (V) P2 - Sócrates é homem (V)C - Logo, Sócrates é mortal (V).

“P” é premissa.“C” é conclusão.

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A é BLogo , B é C

C é A

Page 22: História da Filosofia

Filósofos Clássicos Quadro Comparativo

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Page 23: História da Filosofia

Período Pós-Socrático

Esta época vai do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, dentro de um contexto histórico que representa o

final da hegemonia política e militar da Grécia.

Ceticismo: de acordo com os pensadores céticos, a dúvida deve estar sempre presente, pois o ser humano não consegue

conhecer nada de forma exata e segura.Epicurismo:  é o sistema filosófico que prega a procura dos

prazeres moderados para atingir um estado de tranquilidade e de libertação do medo, com a ausência de sofrimento corporal pelo conhecimento do funcionamento do mundo e da limitação

dos desejos. Estoicismo: os sábios estoicos como, por exemplo Marco Aurélio

e Sêneca, defendiam a razão a qualquer preço. Os fenômenos exteriores à vida deviam ser deixados de lado, como a emoção, o

prazer e o sofrimento.

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Page 24: História da Filosofia

Pensamento Medieval

O pensamento na Idade Média foi muito influenciado pela Igreja Católica Desta forma, o teocentrismo

acabou por definir as formas de sentir, ver e também pensar durante o período medieval. De acordo

com Santo Agostinho, importante teólogo romano, o conhecimento e as ideias eram de origem divina.

Porém, a partir do século V até o século XIII, uma nova linha de pensamento ganha importância na Europa.

Surge a escolástica, conjunto de ideias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e

Aristóteles. O principal representante desta linha de pensamento foi Tomás de Aquino.

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Page 25: História da Filosofia

Santo Agostinho

Aurélio Agostinho, o Santo Agostinho de Hipona foi um importante bispo cristão e teólogo. Nasceu na região norte da África em 354 e morreu em 430.

Era filho de mãe que seguia o cristianismo, porém seu pai era pagão. Logo, em sua formação, teve importante influência do maniqueísmo (sistema religioso que une

elementos cristãos e pagãos).

"Se você acredita no que lhe agrada nos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é nos

evangelhos que você crê, mas em você." 

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Page 26: História da Filosofia

• Escreveu diversos sermões importantes. Em “A Cidade de Deus”, Santo Agostinho combate as heresias e o paganismo. Na obra “Confissões” fez uma descrição de sua vida antes da conversão ao cristianismo.Santo Agostinho analisava a vida levando em consideração a psicologia e o conhecimento da natureza.

• Para o bispo, nada era mais importante do que a fé em Jesus e em Deus. A Bíblia, por exemplo, deveria ser analisada levando-se em conta os conhecimentos naturais de cada época.

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Page 27: História da Filosofia

A EscolásticaA Escolástica tem tanto um significado mais limitado, ao se referir

às disciplinas ministradas nas escolas medievais – o trivium: gramática, retórica e dialética; e o quadrivium: aritmética,

geometria, astronomia e música -, quanto uma conotação mais ampla, ao se reportar à linha filosófica adotada pela Igreja na

Idade Média.Os escolásticos tentam harmonizar ideais platônicos com fatores de

natureza espiritual, à luz do cristianismo vigente no Ocidente. Mesmo depois, quando Aristóteles, discípulo de Platão, é

contemplado no pensamento cristão através de Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja é preservado. Assim, a

escolástica será permanentemente atravessada por dois universos distintos – a fé herdada da mentalidade platônica e a razão

aristotélica.Agostinho, mais tradicional, clama por um predomínio da fé, em detrimento da razão, ao passo que Tomás de Aquino acredita na

independência da esfera racional no momento de buscar as respostas mais apropriadas, embora não rejeite a prioridade da fé

com relação à razão.27

Page 28: História da Filosofia

Tomás de Aquino

Nascido em uma família de nobres, Tomás de Aquino fez os primeiros estudos no castelo de Monte Cassino. Em Nápoles, para onde foi em 1239, estudou artes liberais (trivium e quadrivium),

ingressando, em seguida, na Ordem dos Dominicanos, em 1244. De Nápoles, a caminho de

Paris, em companhia do Geral da ordem, foi seqüestrado por seus irmãos, inconformados com seu

ingresso no convento.No ano seguinte, fiel a sua vocação religiosa, viajou a Paris, onde se tornou discípulo de Alberto Magno.

“A humildade é o primeiro degrau para a sabedoria.”

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Page 29: História da Filosofia

A primeira questão de que se ocupa Tomás de Aquino - na Suma Teológica, sua obra máxima - é a das

relações entre a ciência e a fé, a filosofia e a teologia. Fundada na revelação, a teologia é a ciência suprema,

da qual a filosofia é serva ou auxiliar. À filosofia, procedendo de acordo com a razão, cabe demonstrar

a existência e a natureza de Deus.

Profundamente influenciado por Aristóteles, Tomás de Aquino sustenta que nada está na inteligência que não tenha estado antes nos sentidos, razão pela qual não podemos ter de Deus, imediatamente, uma idéia clara

e distinta.

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Page 30: História da Filosofia

Duas provas da existência de Deus:

1) o movimento existe e é uma evidência para os nossos sentidos; ora, tudo o que se move é movido por outro

motor; se esse motor, por sua vez, é movido, precisará de um motor que o mova, e, assim, indefinidamente, o

que é impossível, se não houver um primeiro motor imóvel, que move sem ser movido, que é Deus;

5) a ordem do mundo implica em que os seres tendam todos para um fim, não em virtude de um acaso, mas

da inteligência que os dirige; logo, há um ser inteligente que os dirige; logo, há um ser inteligente que ordena a natureza e a encaminha para seu fim;

esse ser inteligente é Deus.

Obs.: São cinco provas, no total. 30

Page 31: História da Filosofia

• Para Tomás de Aquino, o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea (ou imaterial), e se encontra, no universo, entre os anjos e os

animais. Princípio vital, a alma é o ato do corpo organizado que tem a vida em potência.

• Conhecer, para Tomás de Aquino, não é lembrar-se, como pretendia Platão, mas extrair, por meio

do intelecto agente, a forma universal que se acha contida nos objetos sensíveis e particulares. Do conhecimento depende o apetite, ou o desejo,

inclinação da alma pelo bem.

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Page 32: História da Filosofia

Pensamento Moderno

• Com o Renascimento Cultural e Científico, o surgimento da burguesia e o fim da Idade Média, as formas de pensar sobre o mundo e o Universo ganham novos rumos. A definição de conhecimento deixa de ser religiosa para entrar num âmbito racional e científico. O teocentrismo é deixado de lado e entre em cena o antropocentrismo ( homem no centro do Universo ). Neste contexto, René Descartes cria o cartesianismo, privilegiando a razão e considerando-a  base de todo conhecimento. 

• A burguesia, camada social em crescimento econômico e político, tem seus ideais representados no empirismo e no idealismo.No século XVII, o pesquisador e sábio inglês Francis Bacon cria um método experimental, conhecido como empirismo. Neste mesmo sentido, desenvolvem seus pensamentos Thomas Hobbes e John Locke. 

• Conhecido como o precursor do pensamento filosófico moderno, o filósofo e matemático francês René Descartes dá uma grande contribuição para a Filosofia no século XVII ao desenvolver o Método Cartesiano.

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Page 33: História da Filosofia

Pensamento Moderno• O iluminismo surge em pleno século das Luzes, o século XVIII. A experiência,

a razão e o método científico passam a ser as únicas formas de obtenção do conhecimento. Este, a única forma de tirar o homem das trevas da ignorância. Podemos citar, nesta época, os pensadores Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Montesquieu, Diderot, D'Alembert e Rousseau.

• O século XIX é marcado pelo positivismo de Auguste Comte. O ideal de uma sociedade baseada na ordem e progresso influencia nas formas de refletir sobre as coisas. O fato histórico deve falar por si próprio e o método científico, controlado e medido, deve ser a única forma de se chegar ao conhecimento.

• Neste mesmo século, Karl Marx utiliza o método dialético para desenvolver sua teoria marxista. Através do materialismo histórico, Marx propõe entender o funcionamento da sociedade para poder modificá-la. Através de uma revolução proletária, a burguesia seria retirada do controle dos bens de produção que seriam controlados pelos trabalhadores.

• Ainda neste contexto, Friedrich Nietzsche faz duras críticas aos valores tradicionais da sociedade, representados pelo cristianismo e pela cultura ocidental. O pensamento, para libertar, deve ser livre de qualquer forma de controle moral ou cultural. 33

Page 34: História da Filosofia

Um Filósofo Moderno

Friedrich Schelling: 21 de janeiro de 1775, Leonberg, Württemberg (Alemanha)

20 de agosto de 1854, Ragaz (Suíça).

Metafísica teísta

Concebendo a natureza como totalidade viva, ou manifestação exterior da razão em sua totalidade, que se desenvolve por força de sua

dialética interna, Schelling supera o ponto de vista do entendimento de Kant e de Fichte, e chega ao ponto de vista da razão, que resolve

a contradição da natureza e do espírito, do finito e do infinito, do objeto e do sujeito. Schelling, porém, concebe essa razão de modo

místico: é Deus quem cria as coisas ao pensá-las.

Em sua última filosofia, Schelling retorna, inclusive, à religião cristã positiva e, em seus trabalhos sobre a mitologia, elabora uma

metafísica teísta, fundada na liberdade humana. Exerceu, com isso, influência sobre os precursores do existencialismo.

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Page 35: História da Filosofia

Estética e idealismo

Schelling é uma das figuras representativas do romantismo alemão, revelando, em sua obra, um senso vivo de beleza e de arte. Sua concepção a respeito do

absoluto, unidade da natureza e do espírito, que se revela na história, na arte e na religião, exerceu

profunda influência na estética, especialmente na estética hegeliana.

A filosofia de Schelling constitui um elo importante na passagem do idealismo religioso de Kant e de Fichte para o idealismo objetivo de Hegel. Todavia, embora

sustente a possibilidade de conhecimento do absoluto, Schelling não mostra o caminho desse conhecimento e

sua intuição intelectual, à maneira do gênio criador, permanece o privilégio de iniciados e eleitos.

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Page 36: História da Filosofia

Pensamento Contemporâneo

Durante o século XX várias correntes de pensamentos agiram ao mesmo tempo. As releituras do marxismo e novas propostas surgem a partir de Antonio Gramsci, Henri Lefebvre, Michel Foucault, Leon Trótski, Louis Althusser e Gyorgy Lukács. A antropologia ganha

importância e influencia o pensamento do período, graças aos estudos de Claude Lévi-Strauss. A

fenomenologia, descrição das coisas percebidas pela consciência humana, tem seu maior representante em

Edmund Husserl. A existência humana ganha importância nas reflexões de Jean-Paul Sartre, o

criador do existencialismo.

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Page 37: História da Filosofia

Filosofia Contemporânea

Edmund Husserl: 8 de abril de 1859, Prossnitz (hoje Prostejov, na República

Checa)27 de abril de 1938, Freiburg (Alemanha).

Na raiz do pensamento de Husserl encontram-se as seguintes influências principais: Franz Brentano e, por seu intermédio, a tradição

grega e escolástica; Bolzano, Descartes, Leibniz, o empirismo inglês e o kantismo.

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Page 38: História da Filosofia

Filosofia Contemporânea

Fenomenologia

A "redução fenomenológica", na expressão de Husserl, é o processo que consiste em pôr "entre parênteses" a existência dos conteúdos da consciência, ou das vivências, e também do eu, enquanto sujeito

psicofísico ou suporte existencial da consciência, assim reduzida ao eu puro, ou transcendental.

Trata-se, portanto de se realizar uma redução "eidética", ou seja, reduzir as vivências à sua essência ("eidos"), objetos ideais que não se acham na

mente (hipótese psicológica), nem no mundo platônico das idéias (hipótese metafísica), nem na inteligência divina (hipótese teológica).

Tais objetos são ideais, são "significações", alheias ao tempo e ao espaço, de validade permanente.

Enquanto ciência, a fenomenologia é, assim, investigação de essências e de relações entre essências, quer dizer, a determinação de configurações essenciais da consciência e de seus correlatos intencionais, investigados

e fixados de modo puramente contemplativo em sua conexão sistemática. 38

Page 39: História da Filosofia

Filosofia ContemporâneaCrítica ao historicismo

A história, enquanto ciência empírica do espírito, nada pode decidir por si mesma, sobre a distinção entre religião, filosofia, arte , etc. como configurações culturais,

ou formas contingentes de manifestação, e sua idéia ou essência, em sentido socrático.

De razões históricas, diz Husserl, só podem resultar conseqüências históricas - e é um contra-senso pretender refutar idéias por meio de fatos. A história, que se

constitui de fatos, nada pode provar contra a possibilidade de valores absolutos. A significação de uma configuração histórica como fato nada tem a ver com sua validade. A norma do matemático está na matemática, do lógico na lógica, do

ético na ética, etc.

A época atual, diz Husserl, só quer acreditar em realidades. Sua mais forte realidade é a ciência; por conseqüência, aquilo de que mais precisa é da ciência filosófica, que exclui qualquer preconceito ou tradição que se deva aceitar como princípio. Não se trata de excluir a história, mas de reconhecer que o incentivo

para filosofar não vem das filosofias históricas, mas das coisas e dos problemas.

Ciência dos verdadeiros princípios, das origens, das raízes, a filosofia também deve ser radical em seus métodos, não renunciando, em hipótese alguma, à

exclusão radical dos preconceitos. Assim entendida, diz Husserl, a fenomenologia abre um campo de trabalho infinito, proporcionando conhecimentos rigorosos e

decisivos à filosofia ulterior.

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Page 40: História da Filosofia

Um filósofo atual

Olavo Luiz Pimentel de Carvalho é um jornalista, filósofo, professor, conferencista, ensaísta e astrólogo brasileiro de matriz conservadora,

considerado um dos articulistas mais abertamente de direita do país em atividade.

"Somente a consciência individual do agente dá testemunho dos atos sem testemunha, e não há ato mais desprovido de testemunha externa do que o ato de conhecer."

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Page 41: História da Filosofia

Um filósofo atual• Olavo define o conservadorismo como a "política que se constitui da síntese

inseparável de economia de livre mercado, democracia parlamentar, lei e ordem, moral judaico-cristã e predomínio da cultura clássica na educação".

• Ainda afirma que "é uma farsa monstruosa situar nazismo e fascismo na extrema-direita, subentendendo que a democracia liberal está no centro, mais próxima do socialismo. Ao contrário: o que há de mais radicalmente oposto ao socialismo é a democracia liberal. Esta é a única verdadeira direita. É mesmo a extrema-direita: a única que assume o compromisso sagrado de jamais se acumpliciar com o socialismo. Nazismo e fascismo não são extrema-direita, pela simples razão de que não são direita nenhuma: são o maldito centro, são o meio-caminho andado, são o abre-alas do sangrento carnaval socialista".

• Diz que o governo militar "se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral. Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: ‘Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura'. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural. Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc’. "O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda".

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Page 42: História da Filosofia

Espero que tenham gostado!Créditos: Kelly Leite

Referências:http://www.brasilescola.com/filosofia/os-sofistas.htm http://www.brasilescola.com/filosofia/logica-

aristoteles.htm

http://filosofiaonline.no.comunidades.net/index.php?pagina=1467652882

http://pt.wikipedia.org/wiki/Arist%C3%B3teles

http://www.suapesquisa.com/filosofia/ http://www.estudantedefilosofia.com.br/conceitos/logicaaristotelica.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Epicurismo

http://www.suapesquisa.com/biografias/santo_agostinho.htm

http://educacao.uol.com.br/biografias/tomas-de-aquino.jhtm

http://www.infoescola.com/filosofia/escolastica/

http://pensador.uol.com.br/frases_de_sao_tomas_de_aquino/ http://educacao.uol.com.br/biografias/friedrich-schelling.jhtm

http://educacao.uol.com.br/disciplinas/filosofia/filosofia-contemporanea-1-principais-filosofos-contemporaneos.htm

http://educacao.uol.com.br/biografias/edmund-husserl.jhtm

http://www.olavodecarvalho.org/index.html

http://pt.wikipedia.org/wiki/Olavo_de_Carvalho

http://rafaela-meucloset.blogspot.com.br/2011_05_01_archive.html42