infecção bacteremia septicemia - clinica.vet.ufba.br · 6/5/2008 5 as variáveis prépré--carga...
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O que os O que os olhosolhos nnãão o vêemvêem o o coraçcoraçãão no nãão o sentesente......““Como vencer a Como vencer a eterna eterna batalha contra o choquebatalha contra o choque””
Rodrigo Cardoso RabeloRodrigo Cardoso RabeloMV, TEM, MV, TEM, FCCS FCCS CertifiedCertified, , MScMSc..UCM, Madrid UCM, Madrid -- [email protected]@yahoo.es
Pós-Graduaçao em Clínica Médica de Pequenos Animais
...mas será que eu sei o que é que tenho ...mas será que eu sei o que é que tenho que tratar ?que tratar ?
InfecçãoInfecçãoBacteremiaBacteremiaSepticemiaSepticemia
Mas e todas estas siglas Mas e todas estas siglas ??
SIRS : Taquipnéia, SIRS : Taquipnéia, Taquicardia, Alteração Taquicardia, Alteração leucocitária e na temperaturaleucocitária e na temperatura
Sepse: SIRS + Foco infecciosoSepse: SIRS + Foco infeccioso
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Mas e todas estas siglas Mas e todas estas siglas ??
Sepse Grave: Sepse + 1 evidência Sepse Grave: Sepse + 1 evidência de hipoperfusão de hipoperfusão
Choque séptico: Sepse grave + Choque séptico: Sepse grave + hipotensãohipotensão
Mas e todas estas siglas Mas e todas estas siglas ??
Choque séptico refratárioChoque séptico refratárioSARA / SDRA / LPASARA / SDRA / LPASDMOSDMO
E o que entendemos por Choque E o que entendemos por Choque ??“ Síndrome caracterizada por uma “ Síndrome caracterizada por uma
incapacidade do sistema circulatório em incapacidade do sistema circulatório em fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos fornecer oxigênio e nutrientes aos tecidos de forma a atender as suas necessidades de forma a atender as suas necessidades metabólicas” metabólicas”
(Akamine, N.; Fernandes Jr., C.J.; Knobel, E. Fisiopatologia dos Estados de (Akamine, N.; Fernandes Jr., C.J.; Knobel, E. Fisiopatologia dos Estados de Choque, IN: Knobel, E. Condutas no Paciente Grave, cap.1, Vol. 1, 2ª Ed., Choque, IN: Knobel, E. Condutas no Paciente Grave, cap.1, Vol. 1, 2ª Ed., 2002)2002)
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Dabrowski et al, 2000Dabrowski et al, 2000
“ “ Series of sequellae of tissue Series of sequellae of tissue perfusion that is inadequate to perfusion that is inadequate to mantain normal metabolic and mantain normal metabolic and
nutritional functions nutritional functions ””
ConceitosConceitos“Tudo“Tudo aquiloaquilo queque nãonão deixadeixa oo oxigêniooxigênio ee aa
comidacomida chegaremchegarem nemnem oo COCO22 ee asas toxinastoxinassasaíírem,rem, ee vaivai matarmatar seuseu paciente”paciente”
Rabelo, R. C. In: Rabelo, R. C. In: Hoje aqui...Hoje aqui...
Warren JC, 1895Warren JC, 1895
““ AA momentarymomentary pausepause inin thetheactact ofof deathdeath ””
ObservandoObservando osos cuidadoscuidados àsàs vítimasvítimas dedetraumatrauma nono séculoséculo 1919
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Antes e depois das GuerrasAntes e depois das Guerras
AcessoAcesso àà reposiçreposiçãoão dede volumevolume ee transfustransfusãoãosanguíneasanguínea
EvoluçEvoluçãoão nono APH,APH, fluidoterapia,fluidoterapia, abordagemabordagemcirúrgicacirúrgica ee ressuscitaçressuscitaçãoão
Antes e depois das GuerrasAntes e depois das Guerras
TerapiaTerapia baseadabaseada nana normalizaçnormalizaçãoão dede sinaissinais beirabeira--dede--leitoleito
EstudosEstudos experimentaisexperimentais:: 2020%% mortalidademortalidade ??-- AnimaisAnimais devidamentedevidamente ressuscitadosressuscitados comcomvolume,volume, baseadobaseado emem déficitsdéficits dede fluidofluido (intra(intra eeextravascularextravascular ))
Temos que voltar lá atrás...Temos que voltar lá atrás...
A bombaA bombaO circuitoO circuitoAs variáveisAs variáveisO que podemos medirO que podemos medir
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As VariáveisAs Variáveis
PréPré--CargaCarga: PD, Volume, Distens: PD, Volume, Distensãão, o, ComplascênciaComplascência
PósPós--CargaCarga: PS, Resistência.: PS, Resistência.ContratilidadeContratilidade
O que podemos medirO que podemos medir
Exame clínicoExame clínicoFC, Pulso, TEJ, Estado Mental, FC, Pulso, TEJ, Estado Mental,
DU, FR, TR, ΔDU, FR, TR, ΔT, T, Ausculta, Ausculta, Palpação...Palpação...
O que podemos medirO que podemos medir
E de forma invasivaE de forma invasivaPAI, PANI, PVC, PVP, PAP, PAPO, PAI, PANI, PVC, PVP, PAP, PAPO, PCP,DCPCP,DC, IC, ICRVS, RVS, IRVS, IRVS, RVP,RVP, IRVP, TSVE, IRVP, TSVE, ITSVE, TSVD, ITSVD, PPCITSVE, TSVD, ITSVD, PPCLactato, DOLactato, DO22, VO, VO22, SvO, SvO22, TE, TE
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Quem gosta de matemática ?Quem gosta de matemática ?
DC = FC x VsDC = FC x VsPressão: V x R Pressão: V x R PAM = PD + [(PS PAM = PD + [(PS –– PD) / 3] PD) / 3] IC = 2,8IC = 2,8-- 3,2 l/min/m3,2 l/min/m22
Um pouquinho de Um pouquinho de hemodinâmicahemodinâmica
Fluxo = Fluxo = (P1 (P1 -- P2) P2) ππ RR44
8. V. C8. V. C
Mais fórmulasMais fórmulas
RVS = RVS = (MAP (MAP –– CVP) x 80CVP) x 80DCDC
Fluxo = Fluxo = ππ DD22 x Vm x 60x Vm x 6044
PPC = PD PPC = PD -- PAPOPAPO
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Mais fórmulasMais fórmulas
ITVE = (MAP ITVE = (MAP –– PAPO) x 0,136PAPO) x 0,136ITVD = (PAP ITVD = (PAP -- PVC) x PVC) x 0,1360,136RVP = (PAP RVP = (PAP –– PCP) x (80) x DCPCP) x (80) x DCRPT = (PAM RPT = (PAM –– PVC) x (80) x DCPVC) x (80) x DC
Variáveis hemodinâmicasVariáveis hemodinâmicas
Lado esquerdo do coraçãoLado esquerdo do coraçãoPA (PS, PD, PAM)PA (PS, PD, PAM)PVE, RVS, IRVS, TSVE, ITSVE.......PVE, RVS, IRVS, TSVE, ITSVE.......
Variáveis hemodinâmicasVariáveis hemodinâmicas
Lado Lado direitodireito do coraçãodo coraçãoPVC, PVPPVC, PVP, , PCP (6 PCP (6 -- 12 mmHg), 12 mmHg), PAPOPAPORVP,RVP, IRVP, TSVD, ITSVD, PPCIRVP, TSVD, ITSVD, PPC
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Oferta de Oxigênio = ObjetivoOferta de Oxigênio = Objetivo
Determinantes:Determinantes:PréPré--cargacargaPósPós--cargacargaContratilidade cardíacaContratilidade cardíaca
Variáveis da oxigenaçãoVariáveis da oxigenação
Oxigenação x VentilaçãoOxigenação x VentilaçãoO paciente está bem oxigenado ?O paciente está bem oxigenado ?
SpO2 x EtCO2SpO2 x EtCO2
Oferta de OxigênioOferta de Oxigênio
DODO22 = DC x CaO= DC x CaO22
CaOCaO22 = = (Hb x SaO(Hb x SaO2 2 x 1,34) + (0,0031x PaOx 1,34) + (0,0031x PaO22)vol%)vol%
DC = VS x FCDC = VS x FCCom relação ao CaOCom relação ao CaO22 ::
Determinantes: Hb e Determinantes: Hb e SaOSaO2 2
Manter ventilação e Hb 10g%Manter ventilação e Hb 10g%
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Curva de dissociaçãoCurva de dissociação
20 40 60 80 100
PO2 (mmHg)
100
80
60
40
20
SpO2 (%)
C(aC(a--v) Ov) O22 –– Taxa de ExtraçTaxa de Extraçãoão
Diferença entre as saturações arterial e Diferença entre as saturações arterial e venosavenosaAlcalose: Alcalose: maior ligaçmaior ligaçãão na Hbo na HbAcidose: maior distribuiçAcidose: maior distribuiçãão plasmáticao plasmática
O Cilindro de KroghO Cilindro de Krogh
1920: primeiro modelo de transporte1920: primeiro modelo de transporteNNãão é suficiente apenas dar oxigênioo é suficiente apenas dar oxigênioEsquina LetalEsquina LetalDemanda e entrega real de ODemanda e entrega real de O22
POPO22: 80 mmHg: 80 mmHg
2020
4040
8080
8080 2020
4040
1010
1010
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Deveríamos buscar umDeveríamos buscar um exame:exame:
DiretoDiretoContínuoContínuoNão InvasivoNão InvasivoFácil de intepretarFácil de intepretar
Mas e o tal do choque Mas e o tal do choque ??
HipovolêmicoHipovolêmicoObstrutivoObstrutivoDistributivoDistributivoCardiogênicoCardiogênico
ClassificaçãoClassificação
Meramente didáticaMeramente didáticaCuidados com os quadros Cuidados com os quadros mistosmistosO importante é o exame O importante é o exame clínicoclínico
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HipovolêmicoHipovolêmico
HemorragiaHemorragiaDesidrataçãoDesidrataçãoSeqüestro de líquidosSeqüestro de líquidos
ObstrutivoObstrutivoEmbolia PulmonarEmbolia PulmonarTamponamento CardíacoTamponamento CardíacoPneumotórax HipertensivoPneumotórax Hipertensivo
DistributivoDistributivo
SépticoSépticoNeurogênicoNeurogênicoAnafilaxiaAnafilaxiaSíndrome de HiperviscosidadeSíndrome de HiperviscosidadeDoenças endócrinas gravesDoenças endócrinas graves
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CardiogênicoCardiogênico
•• Falência ventricular esquerdaFalência ventricular esquerda•• IAMIAM•• MiocardiopatiaMiocardiopatia•• MiocarditeMiocardite•• Disfunção miocárdica na sepseDisfunção miocárdica na sepse•• Defeitos mecânicosDefeitos mecânicos•• Lesões valvaresLesões valvares•• Alterações elétricasAlterações elétricas•• ArritmiasArritmias
Mecanismos de AgressãoMecanismos de Agressão
•• Alterações no fluxoAlterações no fluxo•• ToxinasToxinas•• CitocinasCitocinas•• Radicais livresRadicais livres•• Disfunção e interdependência orgânicaDisfunção e interdependência orgânica
Sinais ClínicosSinais Clínicos
•• Suspeitar antes que venha a hipotensSuspeitar antes que venha a hipotensããoo•• HipotensHipotensãão significa perda da compensaço significa perda da compensaçããoo•• Metade dos humanos apresentam hipotensMetade dos humanos apresentam hipotensãão o
ortostática... Perda da sensibilidadeortostática... Perda da sensibilidade•• FC também tem o mesmo problema FC também tem o mesmo problema
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Allgower e Buri, 1967Allgower e Buri, 1967
•• Criam o Índice de choque: (FC/PS)Criam o Índice de choque: (FC/PS)•• RelaçRelaçãão inversa com o TSVE no falho o inversa com o TSVE no falho
circulatóriocirculatório•• Rady et al, 1992: Pacientes agudos com sinais Rady et al, 1992: Pacientes agudos com sinais
estáveis e Índice de Choque > 0,9 = necessidade estáveis e Índice de Choque > 0,9 = necessidade de reanimaçde reanimaçãão volêmicao volêmica
•• Depois verificaDepois verifica--se a normalidade em alguns se a normalidade em alguns pacientes com score anormalpacientes com score anormal
Shippy et al, 1984Shippy et al, 1984
•• PAM, FC e DU: guias potencias no momento PAM, FC e DU: guias potencias no momento inicial da reanimaçinicial da reanimaçãão volêmicao volêmica
•• Choque hipovolêmicoChoque hipovolêmico•• NNãão usar em fases posteriores: parâmetros o usar em fases posteriores: parâmetros
compensados, maior risco de morbidade para compensados, maior risco de morbidade para choque nchoque nãão tratado o tratado
FiddianFiddian--Green, 1991Green, 1991
•• Cria o conceito do choque compensadoCria o conceito do choque compensado•• DetecçDetecçãão via sinais clínicos é comprometidao via sinais clínicos é comprometida•• Entretanto os parâmetros relacionados ao débito Entretanto os parâmetros relacionados ao débito
de oxigênio tissular nde oxigênio tissular nãão esto estãão estabilizados = o estabilizados = manutençmanutençãão da mortalidadeo da mortalidade
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Bishop, 1993Bishop, 1993
•• Série de 90 pacientes com trauma graveSérie de 90 pacientes com trauma grave•• Mortalidade de 33%Mortalidade de 33%•• Swan GanzSwan Ganz•• PAM e FC rapidamente restabelecidos e sem PAM e FC rapidamente restabelecidos e sem
diferença estatística entre sobreviventes e NSdiferença estatística entre sobreviventes e NS•• Sobrevientes tinham maiores IC e melhores Sobrevientes tinham maiores IC e melhores
variáveis do transporte de oxigêniovariáveis do transporte de oxigênio
Rady et al, 1992Rady et al, 1992
•• Demonstra a fiabilidade do Índice de Choque Demonstra a fiabilidade do Índice de Choque com o TSVE em choque hemorrágico (ncom o TSVE em choque hemorrágico (nãão o séptico), mesmo sem relaçséptico), mesmo sem relaçãão com variáveis da o com variáveis da oxigenaçoxigenaçããoo
•• Mesmo assim, funciona melhor no início Mesmo assim, funciona melhor no início somente (índices anormais persistentes em somente (índices anormais persistentes em reanimados com sinais clínicos estáveis)reanimados com sinais clínicos estáveis)
Shomaker et al, 1988Shomaker et al, 1988
•• Pacientes reanimados com base em sinais beira Pacientes reanimados com base em sinais beira de leito possuem maior mortalidadede leito possuem maior mortalidade
•• Pacientes cirúrgicosPacientes cirúrgicos•• Melhor guiar por funçMelhor guiar por funçãão cardíaca e índices de o cardíaca e índices de
transporte de oxigêniotransporte de oxigênio
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Bishop et al, 1995Bishop et al, 1995
•• 125 pacientes com trauma grave125 pacientes com trauma grave•• Randomizado, prospectivoRandomizado, prospectivo•• Mortalidade e morbidade em pacientes guiados Mortalidade e morbidade em pacientes guiados
por sinais vitais, DU e PVC é significativamente por sinais vitais, DU e PVC é significativamente maior que em grupo monitorizado por variáveis maior que em grupo monitorizado por variáveis do transportedo transporte
Sinais beira de leitoSinais beira de leito
•• Somente no inícioSomente no início•• Falham em acessar estados intrínsecos do Falham em acessar estados intrínsecos do
choque, choque compensado e a distribuiçchoque, choque compensado e a distribuiçãão de o de oxigênio e nutrientes aos tecidosoxigênio e nutrientes aos tecidos
•• Falha em verificar a instalaçFalha em verificar a instalaçãão de leso de lesãão de o de reperfusreperfusããoo
•• Maior mortalidade e morbidadeMaior mortalidade e morbidade
LaboratórioLaboratório
•• NNãão específicos para determinar choqueo específicos para determinar choque•• Podem ser confirmativosPodem ser confirmativos•• Testes que reflitam o metabolismos celular Testes que reflitam o metabolismos celular
seriam mais específicosseriam mais específicos
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HematócritoHematócrito
•• Normal no início do choque mesmo sob grande Normal no início do choque mesmo sob grande perda sanguíneaperda sanguínea
•• AvaliaçAvaliaçãão seriada pode ser de maior utilidadeo seriada pode ser de maior utilidade•• Levar em conta a hemodiluiçLevar em conta a hemodiluiçãão por fluido e a o por fluido e a
presença de hemorragia continuadapresença de hemorragia continuada•• E a contagem total de leucócitos pode estar E a contagem total de leucócitos pode estar
aumentada, normal ou reduzida no choque aumentada, normal ou reduzida no choque séptico em sua fase inicialséptico em sua fase inicial
Testes do Metabolismo Testes do Metabolismo •• LactatoLactato•• pH arterialpH arterial•• Déficit de basesDéficit de bases•• NormalizaçNormalizaçãão destes parâmetros esto destes parâmetros estãão o
associadas à melhora na monitorizaçassociadas à melhora na monitorizaçãão do o do choque (Abramson et al, 1993; Davis et al, 1996 e choque (Abramson et al, 1993; Davis et al, 1996 e Vincent et, 1983)Vincent et, 1983)
•• Ainda sim há de se ter cuidado com o choque Ainda sim há de se ter cuidado com o choque compensadocompensado
Swan Ganz Swan Ganz
•• Medida direta ou calculada por termodiluiçMedida direta ou calculada por termodiluiçããoo•• DC, PDC, PννOO22, SvO, SvO22, AVDO, AVDO22, TE, TE•• DODO22 e VOe VO22 também podem ser calculadostambém podem ser calculados
–– Problemas com o acoplamento matemProblemas com o acoplamento matemáticoático
•• Doença cardíaca primária como causa de choque Doença cardíaca primária como causa de choque pode ser determinadapode ser determinada
•• Sepse e trauma grave podem gerar DC altoSepse e trauma grave podem gerar DC alto(dificulta tudo na maior populaç(dificulta tudo na maior populaçãão das UCIo das UCI´́s)s)
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PPννOO22 e SvOe SvO22
•• Sangue venoso mixto: representa o efluente Sangue venoso mixto: representa o efluente venoso de todo organismovenoso de todo organismo
•• Choque presente se estChoque presente se estãão baixos: pouco o baixos: pouco oxigênio está sendo entregue aos tecidosoxigênio está sendo entregue aos tecidos
•• Shunt capilar nos pacientes com sepse (elevaçShunt capilar nos pacientes com sepse (elevaçãão o artificial da Partificial da PννOO22, SvO, SvO22): falha grave): falha grave
•• Mesmas limitaçMesmas limitações para a TE e ões para a TE e AVDOAVDO22
–– Normal seria menor que 25% de TENormal seria menor que 25% de TE
A importância da MicrocirculaçA importância da Microcirculaçããoo
•• DinsfunçDinsfunçãão na sepse é o 1o. Estágio na o na sepse é o 1o. Estágio na hipóxia tissular e falência orgânicahipóxia tissular e falência orgânica
•• A microcirculaçA microcirculaçãão normal distribui oxigênio o normal distribui oxigênio mesmo com limitaçmesmo com limitaçãão de níveis, por difuso de níveis, por difusããoo
•• Densidade capilar é essencial: manter Densidade capilar é essencial: manter distânciadistância
•• Arteríolas mantêm o controle vascular e Arteríolas mantêm o controle vascular e regulam a distribuiçregulam a distribuiçããoo
A MicrocirculaçA Microcirculaçãão na Sepseo na Sepse
•• Perda da densidade capilarPerda da densidade capilar•• Perda da regulaçPerda da regulaçãão da distribuiço da distribuiçãão de oxigênioo de oxigênio•• Incapacidade de manter os níveis de saturaçIncapacidade de manter os níveis de saturaçãão o
e prevenir a hipóxia tecidual, mesmo sob altas e prevenir a hipóxia tecidual, mesmo sob altas FiOFiO22
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A compensaçA compensaçãão na Sepseo na Sepse
•• RBC: RBC: –– sob hipóxia libera ATP: potente vasodilatadorsob hipóxia libera ATP: potente vasodilatador–– Possível transmissPossível transmissãão célulao célula--célulacélula–– LigaçLigaçãão aos receptores P endoteliaiso aos receptores P endoteliais–– Endotélio produz ON, Prostaglandinas e Endotélio produz ON, Prostaglandinas e
Fatores endoteliaisFatores endoteliais–– Além disso.... Transporta ON produzido em Além disso.... Transporta ON produzido em
pulmpulmãão na forma de SNO (So na forma de SNO (S--Nitrosothiol Nitrosothiol ––bioativo)bioativo)
A importância da MicrocirculaçA importância da Microcirculaçããoo
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Os shunts microcirculatóriosOs shunts microcirculatórios
Mecanismos de Má DistribuiçMecanismos de Má Distribuiçããoo
•• OclusOclusãão capilaro capilar•• Perda da regulaçPerda da regulaçãão local da DOo local da DO22
•• Perda de densidadePerda de densidade•• Falta de atividade das RBCFalta de atividade das RBC
Aplicando o Cilindro de KroghAplicando o Cilindro de Krogh
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Mas e na prática ?Mas e na prática ?•• VolumeVolume•• Suporte inotrópicoSuporte inotrópico•• Suporte ventilatórioSuporte ventilatório•• Suporte nutricionalSuporte nutricional•• Cuidados de enfermagemCuidados de enfermagem•• Novas perspectivasNovas perspectivas
Monitorização da RespostaMonitorização da Resposta
Determinar se a volemia e a oferta de Determinar se a volemia e a oferta de oxigênio foram restauradosoxigênio foram restauradosNormalização da PA, PVC, PVP, FC, FR, Normalização da PA, PVC, PVP, FC, FR, consciência, débito urinário = Bons consciência, débito urinário = Bons indicadores no início...indicadores no início...Monitorização mais complexa é Monitorização mais complexa é necessária em casos mais graves necessária em casos mais graves
Os leitos mais específicosOs leitos mais específicos
Cerebral, cardíaco e renal: pouco Cerebral, cardíaco e renal: pouco específicosespecíficosPele e Mesentérico mais associados Pele e Mesentérico mais associados
à melhora generalizada do fluxoà melhora generalizada do fluxo(Tonometria e Oximetria Tecidual)(Tonometria e Oximetria Tecidual)
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Temos que ir mais a fundo...Temos que ir mais a fundo...
pHpHii: Tonometria Gástrica: Tonometria GástricaOximetria tecidualOximetria tecidualDODO22 e VOe VO22
LactatoLactato
pHpHii: Tonometria Gástrica: Tonometria Gástrica
FiddeanFiddean--Green, 1983Green, 1983No choque o fluxo esplâncnico cai No choque o fluxo esplâncnico cai rapidamenterapidamenteCélulas ativas na mucosa entram em Células ativas na mucosa entram em anaerobiose gerando acidose da mucosaanaerobiose gerando acidose da mucosaTonometria trabalha o equilíbrio da PCOTonometria trabalha o equilíbrio da PCO22intracelular (Bergofsky, 1964 estudou o intracelular (Bergofsky, 1964 estudou o princípio)princípio)
pHpHii: Tonometria Gástrica: Tonometria Gástrica
pH= 6,1 + log[HCOpH= 6,1 + log[HCO33-- /(0,03 x PCO/(0,03 x PCO22))
Considera que o Bicarbonato da mucosa Considera que o Bicarbonato da mucosa é igual ao arterial (possível erro)é igual ao arterial (possível erro)Limite mínimo estipulado em 7,3 Limite mínimo estipulado em 7,3
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Roumen et al, 1994Roumen et al, 1994
Não correlacionou com APACHE II, Não correlacionou com APACHE II, lactato, déficit de bases ou gravidade do lactato, déficit de bases ou gravidade do choquechoque15 pacientes politraumatizados que 15 pacientes politraumatizados que necessitaram cirurgianecessitaram cirurgia
Chang et al, 1994Chang et al, 1994
Também falhou em correlacionar com Também falhou em correlacionar com parâmetros hemodinâmicos, variáveis do parâmetros hemodinâmicos, variáveis do transporte de oxigênio (DB, lactato, transporte de oxigênio (DB, lactato, PPννOO22, SvO, SvO22, DO, DO22 e VOe VO22))Pacientes graves acompanhados em sua Pacientes graves acompanhados em sua evoluçevoluçãoão
Oximetria tecidualOximetria tecidual
Mais experimentalMais experimentalEletrodos na peleEletrodos na peleCorrelaciona melhor com parâmetros Correlaciona melhor com parâmetros sistêmicos que com Tonometriasistêmicos que com TonometriaChang et al, 1983Chang et al, 1983Jonsson et al, 1987: relação com FiOJonsson et al, 1987: relação com FiO22 e resposta e resposta na Oximetria (estima a extração)na Oximetria (estima a extração)Hopf et al, 1994Hopf et al, 1994
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Tratar baseado na Fórmula ?Tratar baseado na Fórmula ?
DODO22 = DC x CaO= DC x CaO22
CaOCaO22 = = (Hb x SaO(Hb x SaO2 2 x 1,34) + (0,0031x PaOx 1,34) + (0,0031x PaO22)vol%)vol%
DC = VS x FCDC = VS x FCCom relação ao CaOCom relação ao CaO22 ::
Determinantes: Hb e Determinantes: Hb e SaOSaO2 2
Manter ventilação e Hb 10g%Manter ventilação e Hb 10g%
PaOPaO22 e Se SaOaO22
•• Pouca relevância na fórmulaPouca relevância na fórmula•• Sob pressão atmosférica, pouco Sob pressão atmosférica, pouco OO22 está está
dissolvido no plasmadissolvido no plasma•• Mesmo os mais hipóxicos não apresentam Mesmo os mais hipóxicos não apresentam
SaSaOO22 menor que 85% (e 10% de melhora menor que 85% (e 10% de melhora nesta variável sobe apenas em 10% Dnesta variável sobe apenas em 10% DOO22
FC e RitmoFC e Ritmo
•• Algumas vezes podem influenciar no DCAlgumas vezes podem influenciar no DC•• Fibrilação atrial, flutter e outros ritmos não Fibrilação atrial, flutter e outros ritmos não
sinusais podem reduzir o DC em 10 a 25%sinusais podem reduzir o DC em 10 a 25%•• FC maiores que 150 bpm ou menores que FC maiores que 150 bpm ou menores que
50 bom podem comprometer o enchimento 50 bom podem comprometer o enchimento ventricularventricular
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HemoglobinaHemoglobina
•• Pode alterar muito a entrega de oxigênio Pode alterar muito a entrega de oxigênio •• Exemplo: Ht de 8% para 12% depois de Exemplo: Ht de 8% para 12% depois de
uma transfusão gera 50% de melhora na uma transfusão gera 50% de melhora na entrega se as outras variáveis estiverem entrega se as outras variáveis estiverem constantesconstantes
Volume SistólicoVolume Sistólico•• Quase sempre precisa ser corrigido Quase sempre precisa ser corrigido
independente das outras variáveisindependente das outras variáveis•• É controlado por Pré e PósÉ controlado por Pré e Pós--Carga, além da Carga, além da
contratiliddecontratilidde•• Sempre corrigir a PréSempre corrigir a Pré--Carga antesCarga antes•• Não se pode medir o VDFVE, somente se Não se pode medir o VDFVE, somente se
estima e sob muitas possibilidades de errosestima e sob muitas possibilidades de erros
Volume SistólicoVolume Sistólico•• Enchimento jugularEnchimento jugular•• PVCPVC•• PCP, POCPPCP, POCP•• PAP, PAPOPAP, PAPO•• IVDFVDIVDFVD•• Ecocardiografia transtorácica, Ecocardiografia transtorácica,
transesofágica e Doppler esofágicotransesofágica e Doppler esofágico
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PVCPVC•• Correlaciona bem, com Correlaciona bem, com a PCPO, MAS sempre a PCPO, MAS sempre quando as pressquando as pressõões estes estãão o baixasbaixas
•• Equivale a PADEquivale a PAD
CuidadosCuidados
TóraxTóraxAbdomeAbdomeBomba cardíacaBomba cardíaca
Prova de Volume com PVCProva de Volume com PVC
Realização da medida após bolus de Realização da medida após bolus de volume (10 ml/kg/IV em 3 minutos)volume (10 ml/kg/IV em 3 minutos)
EsperaEspera--se elevações de até 2cmHse elevações de até 2cmH220 0 Repetir o procedimento até que se Repetir o procedimento até que se atinja atinja
um valor de 5 cmHum valor de 5 cmH220 0 superior ao superior ao inicial e quadro inicial e quadro hemodinâmico estávelhemodinâmico estável
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Prova de Volume com PVCProva de Volume com PVCSe chegar ao limite de aumento sem Se chegar ao limite de aumento sem
melhora clínica : Checar função CV melhora clínica : Checar função CV (principalmente direita)(principalmente direita)
Cuidado com débito urinário baixo Cuidado com débito urinário baixo versusversus baixa volemia...baixa volemia...
E o que condena a PVC ?E o que condena a PVC ?
LactatoLactato
ProdutoProduto do do metabolismometabolismo de de CarboidratosCarboidratos
MetabolismoMetabolismo normalnormalQuebraQuebra dada GlicoseGlicose PiruvatoPiruvato5 5 viasvias de de metabolismometabolismo fisiológicasfisiológicas
Para onde vai o Piruvato ?Para onde vai o Piruvato ?
LipogêneseLipogêneseOxidaçãoOxidação via via CicloCiclo de Krebsde KrebsFormaçãoFormação de de AlaninaAlaninaGliconeogêneseGliconeogêneseConversãoConversão emem LactatoLactato
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GlicoseGlicose
LactatoLactato x x MonitorizaçãoMonitorização x x PerfusãoPerfusão
HbOHbO22
VOVO2 2 < MRO< MRO2 2 = Choque= Choque
ArterialArterial VenosoVenosoVOVO22
MROMRO22
36 ATP36 ATP
LactatoLactato
2 ATP2 ATP
Aerobiose x AnaerobioseAerobiose x Anaerobiose
ReutilizaçReutilizaçãão do o do lactatolactato via via CicloCiclo Cori Cori PiruvatoPiruvato LactatoLactato EnergiaEnergiaEmEm condiçcondiçõõeses normaisnormais::
FígadoFígado utilizautiliza maismais lactatolactato queque produzproduzHiperlactatemiaHiperlactatemia temporáriatemporária atéaté correçcorreçãão o
UtilizadoUtilizado parapara produzirproduzir glicoseglicoseNa Na doençadoença: : quedaqueda no no aproveitamentoaproveitamento e e
aumentoaumento de de produçproduçãoão
Aumento na produçãoAumento na produção
HipóxiaHipóxia ((tambémtambém caicai a a utilizaçutilizaçãoão))AumentoAumento no no metabolismometabolismo::
GlicóliseGlicólise gerandogerando lactatolactato podepode ser ser maismais rápidarápida quequea a oxidaçoxidaçãoão do do piruvatopiruvatoproduzproduz maismais lactatolactato nana ausênciaausência de de hipóxiahipóxiae e nana presençapresença de de mecanismosmecanismos de de aceleraçaceleraçãoão dadaglicóliseglicólise ((AlcaloseAlcalose, , SepseSepse semsem hipoperfusãohipoperfusão, , InfusãoInfusãode de GlicoseGlicose))
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HiperlactatemiaHiperlactatemia
TipoTipo A: A: HipóxiaHipóxia TecidualTecidualRelaçRelaçãoão PiruvatoPiruvato x x LactatoLactato anormalanormal
TipoTipo B: B: SemSem evidênciasevidências de de falhafalhanana perfusperfusãão o ouou oxigenaçoxigenaçãoão arterialarterial
Lactato como fator prognósticoLactato como fator prognóstico
MedicinaMedicina Humana: Humana: ChoqueChoque sépticosépticoCólicaCólica emem equinosequinos: : Colic Scoring System Colic Scoring System Vincent: Vincent: ValoresValores caemcaem nana 1a. 1a. HoraHora emem UCIUCI
MedidasMedidas a a cadacada horahoraEmEm choquechoque circulatóriocirculatório podepode ser ser usadousado sozinhosozinho
Lactato como fator prognósticoLactato como fator prognóstico
ChoqueChoque sépticoséptico: : MortalidadeMortalidade e MODSe MODSInicialInicial X 24 X 24 horashoras = = SobrevidaSobrevidaÚnicoÚnico parâmetroparâmetro queque correlacionacorrelaciona
sobrevidasobrevida emem choquechoque sépticosépticoCirurgiaCirurgia CardíacaCardíacaMaláriaMalária: q 4h (anemia, IR, : q 4h (anemia, IR, coagulopatiascoagulopatias, ,
hepatopatiashepatopatias, , choquechoque))
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Lactato como fator prognósticoLactato como fator prognóstico
PediatriaPediatria::PequenosPequenosMétodoMétodo nãonão invasivosinvasivos parapara predizerpredizer hipóxiahipóxiaGuiaGuia terapêuticoterapêuticoSobeSobe antes antes queque qualquerqualquer outrooutro parâmetroparâmetro
Aparelho PortátilAparelho Portátil
AnalizadorAnalizador de de LactatoLactato: : Roche Roche DiagnosticaDiagnostica BrasilBrasil
PunçãoPunção e e coletacoleta de de amostrasamostras
ColetaColeta
PilotoPiloto x Pretoriax Pretoria15 15 minutosminutosHt entre 35Ht entre 35--45% e 45% e maiormaior queque 53% 53% ManterManter mesmomesmo local de local de punçãopunçãoEstimarEstimar hipóxiahipóxia intersticialintersticial: Jugular: Jugular
HaskinsHaskins
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Valores normaisValores normaisCãesCães: 0,2 : 0,2 –– 2,5 2,5 mmoLmmoL/L /L
((2,70 2,70 0,82mmol/L0,82mmol/L –– Piloto)Piloto)AcidemiaAcidemia se > 5 se > 5 mmoLmmoL/L/L33--5 5 mmoLmmoL/L: /L: HipoperfusãoHipoperfusão sistêmicasistêmica leveleve5 5 mmoLmmoL/L: /L: ModeradaModerada> 10 > 10 mmoLmmoL/L: Grave/L: GraveSe Se falhafalha emem baixarbaixar de 10 de 10 mmoLmmoL/L /L ouou sobesobe depoisdepois dada
terapiaterapia......
E o choque ? CE o choque ? Como eomo euu trattratoo ??
Depende...Depende...Posso ou não dar fluido Posso ou não dar fluido ??Acomoda volume ou não ?Acomoda volume ou não ?Tem mais de uma síndrome envolvida ?Tem mais de uma síndrome envolvida ?O importante é NUNCA esquecer o O importante é NUNCA esquecer o
ABC…ABC…
TerapêuticaTerapêutica
Suporte ventilatórioSuporte ventilatórioFármacos Fármacos
Antibióticos, Antibióticos, aantiinflamatóriosntiinflamatóriosVasodilatadores, VasopressoresVasodilatadores, VasopressoresAntioxidantesAntioxidantes
Suporte nutricionalSuporte nutricionalMonitorização invasivaMonitorização invasivaCatecolaminasCatecolaminas
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RecomendaçRecomendaçõões finaises finais
A melhor ferramente de detecçA melhor ferramente de detecçãão do o do choque ainda é o clínico treinadochoque ainda é o clínico treinadoA oportunidade favorece a mente A oportunidade favorece a mente preparada, a vigilância e o entendimento preparada, a vigilância e o entendimento dos desafios e armadilhas que o choque dos desafios e armadilhas que o choque nos preparanos preparaParâmetros clínicos falham nos períodos Parâmetros clínicos falham nos períodos
posteriores da síndromeposteriores da síndrome
O que se diz nas rodas dos famosos...O que se diz nas rodas dos famosos...
Evitar a lesão pulmonarEvitar a lesão pulmonarControlar a glicemiaControlar a glicemiaVolumeVolumeTransporte de oxigênioTransporte de oxigênio
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Respeite os 4 prazeres e seu Respeite os 4 prazeres e seu paciente será salvo...paciente será salvo...
AAlimentarlimentar
MMijarijar
OObrarbrar
RRoncaroncar
Rodrigo Cardoso Rabelo, MV, TEM, Rodrigo Cardoso Rabelo, MV, TEM, MScMSc..FCCS FCCS CertifiedCertified
[email protected]@gmail.com
www.laveccs.orgwww.laveccs.org