interpretação de exames laboratoriais aplicados à nutrição clínica

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica Organizadoras Larissa Calixto-Lima Nelzir Trindade Reis

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Livro publicado pela Editora rubio no ano de 2011 e destinado ao publico de Nutrição.

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Outros títulos de interesse

ACERTO – Acelerando a Recuperação Total Pós-OperatóriaJosé Eduardo Aguilar-Nascimento (ed.) /Cervantes Caporossi (coed.) / Alberto Bicudo Salomão (coed.)

Bases da Nutrição Clínica (ESPEN)Lubos Sobotka

Componentes e Cálculo da Nutrição Parenteral: Manual de BolsoLarissa Calixto-Lima / Valéria Abrahão / Gisele Resque Vieira Auad / Simone Côrtes Coelho / Maria Cristina Gonzalez / Rodrigo Luiz da S. Silva

Manual de Nutrição ParenteralLarissa Calixto-Lima / Valéria Abrahão / Gisele Resque Vieira Auad / Simone Côrtes Coelho / Maria Cristina Gonzalez / Rodrigo Luiz da Silveira Silva

Nutrição – da Gestação ao EnvelhecimentoMárcia Regina Vitolo

Nutrição em Cirurgia BariátricaMaria Goretti Burgos

Nutrição Clínica – AlcoolismoNelzir Trindade Reis /Cláudia dos Santos Cople Rodrigues

Nutrição Clínica – InteraçõesNelzir Trindade Reis

Nutrição Clínica – Sistema DigestórioNelzir Trindade Reis

Tratado de Metabolismo HumanoFrancisco Juarez Karkow

Saiba mais sobre estes e outros títulos em nosso site: www.rubio.com.br

A prática da nutrição clínica exige minuciosa avaliação do estado nutricional,

incluindo as corretas solicitação e interpretação de exames laboratoriais, para

que todo o tratamento nutricional seja concluído por meio de adequado

diagnóstico, intervenção e acompanhamento nutricional.

Em 20 capítulos, a obra Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados

à Nutrição Clínica contempla desde aspectos básicos relevantes, como a

avaliação hematológica e bioquímica do sangue, exames de urina e de

fezes, até a avaliação e interpretação dos exames para fins diagnósticos e

de acompanhamento de diversas enfermidades relacionadas à nutrição

(desnutrição, déficit de vitaminas e minerais, alterações da função intestinal,

alergias alimentares, anemias carenciais, diabetes melito e outras disfunções

endócrinas, dislipidemias, bem como doenças pancreáticas, hepáticas e

renais). A solicitação e a interpretação dos exames estão embasadas na

fisiopatologia, na classificação e nas diretrizes das especialidades médicas.

O livro também destaca aspectos relacionados aos exames de rotina em

atendimento ambulatorial nos diferentes grupos populacionais.

Outra estratégia interessante foi a inclusão dos requerimentos necessários para

a coleta dos exames (tempo de jejum, dieta prévia, higienização etc.). Dessa

forma, o profissional aprende a orientar o paciente sobre como se preparar

para a coleta, evitando erros de coleta e de interpretação dos resultados.

Decerto, é um livro de abrangência prática, leitura agradável e sistematizada,

destinado a estudantes, nutricionistas e demais profissionais da saúde, que

servirá de suporte em diversos ambientes, como unidades hospitalares,

clínicas de especialidades, ambulatórios e consultórios, instituições de longa

permanência para idosos, centrais de terapia nutricional, em atendimento

domiciliar e tantas outras situações em que a nutrição clínica esteja presente.

Interpretação deExames LaboratoriaisAplicados à Nutrição Clínica

O r g a n i z a d o ra s

L a r i s s a C a l i x t o - L i m aN e l z i r Tr i n d a d e R e i s

Sobre as Organizadoras

Larissa Calixto-LimaNutricionista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Especialista em Nutrição Clínica − Cirurgia Geral e Transplante Hepático – pelo progra-ma de Residência do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), PE.

Especialista em Nutrição Clínica pelo Insti-tuto Brasileiro de Pós-graduação e Exten-são (IBPEX).

Especialista em Nutrição Clínica pela Asso-ciação Brasileira de Alimentação e Nutri-ção (ASBRAN).

Nutricionista do Ambulatório 20 − Clínica Médica, Endocrinologia e Nutrição − da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Ja-neiro.

Nutricionista da Unidade de Cuidados Pa-liativos do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA/HC-IV).

Nelzir Trindade ReisNutricionista e Médica.

Livre-Docente em Nutrição Clínica pela Uni-versidade Gama Filho (UGF), RJ.

Professora Titular de Nutrição Clínica (apo-sentada) da Universidade Federal Flumi-nense (UFF), RJ.

Professora Adjunta IV de Patologia da Nu-trição e Dietoterapia (aposentada) da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Coordenadora de Nutrição Clínica do Am-bulatório 20 – Clínica Médica, Endocrinolo-gia e Nutrição – da Santa Casa da Miseri-córdia do Rio de Janeiro.

Professora Adjunta de Nutrição Clínica da Universidade Veiga de Almeida (UVA), RJ.

Acadêmica Titular da Academia Brasileira de Administração Hospitalar.

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Larissa Calixto-LimaNutricionista pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Especialista em Nutrição Clínica − Cirurgia Geral e Transplante Hepático – pelo programa de Residência do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), PE.Especialista em Nutrição Clínica pelo Instituto Brasileiro de Pós-graduação e

Extensão (IBPEX).Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Alimentação e

Nutrição (ASBRAN).Nutricionista do Ambulatório 20 − Clínica Médica, Endocrinologia e Nutrição

− da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.Nutricionista da Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional de

Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA/HC-IV).

Nelzir Trindade ReisNutricionista e Médica.

Livre-Docente em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.Professora Titular de Nutrição Clínica (aposentada) da Universidade Federal

Fluminense (UFF), RJ.Professora Adjunta IV de Patologia da Nutrição e Dietoterapia (aposentada) da

Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Coordenadora de Nutrição Clínica do Ambulatório 20 – Clínica Médica,

Endocrinologia e Nutrição – da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.Professora Adjunta de Nutrição Clínica da Universidade Veiga de Almeida

(UVA), RJ.Acadêmica Titular da Academia Brasileira de Administração Hospitalar.

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição ClínicaCopyright © 2012 Editora Rubio Ltda.

ISBN 978-85-64956-16-2

Todos os direitos reservados.É expressamente proibida a reproduçãodesta obra, no todo ou em partes,sem a autorização por escrito da Editora.

Produção e CapaEquipe Rubio

Editoração EletrônicaEDEL

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Interpretação de exames laboratoriais aplicados à nutrição clínica/organizadoras: Larissa Calixto-Lima, Nelzir Trindade Reis. Rio de Janeiro: Editora Rubio, 2012.

Bibliografia.ISBN 978-85-64956-16-2

1. Nutrição Clínica 2. Exames Laboratoriais I. Calixto-Lima, Larissa II. Reis, Nelzir Trindade.

Editora Rubio Ltda.Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l 204 – Castelo20021-120 – Rio de Janeiro – RJTelefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783E-mail: [email protected]

Impresso no BrasilPrinted in Brazil

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Ao meu querido Fabio.

Aos meus pais, Borges e Gislaine.

Aos meus irmãos, Luciana, Márcio, Francisco e Rafael.

Vocês são os pilares da minha vida!

Larissa Calixto-Lima

Dedicatória

Aos meus pais,

João Reis (in memoriam) e

Maria de Lourdes Reis (in memoriam),

com a minha filial gratidão.

Nelzir Trindade Reis

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Agradecimentos

Aos colaboradores, que cederam em letras o seu conhecimento acumulado em estudos e vivência na ciência do cuidar.

Aos meus pacientes, grandes incentivadores de minha busca ao conhecimento.

À equipe de produção da Editora Rubio, por tornar mais um sonho realidade.

Larissa Calixto-Lima

À Maria Luíza Bemfica de Menezes (Malu), que deu contínuo apoio ao nosso aperfeiçoamento.

A Maria e Gerôncio, que proporcionaram carinho e incentivo profissional.

A todos os alunos de graduação e de pós-graduação, críticos atentos de nossas imperfeições e responsáveis pelo estímulo ao nosso aprimoramento.

Nelzir Trindade Reis

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Colaboradores

Alessandra da S. PereiraMestre em Alimentação, Nutrição e Saúde pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Especialista em Nutrição Clínica pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.Especialista em Segurança Alimentar pelo Centro Federal de Educação Tecno-lógica Celso Suckow da Fonseca (CEFETQ), RJ.Nutricionista do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO/MS), RJ.Nutricionista da Coordenação da Área Técnica Alimentação e Nutrição (CATAN/SEMUSA), RJ.

Ana Paula BazanelliNutricionista.Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Doutora em Ciências pela Unifesp/EPM.

Ana Paula Beltran Moschione CastroMestre e Doutora em Ciências pelo Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Médica Assistente da Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas (HC) da FMUSP.

Andréia Patrícia GomesProfessora Adjunta do Departamento de Medicina e Enfermagem da Uni versi-dade Federal de Viçosa (UFV), MG.Médica formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela UFRJ.Mestre em Medicina Tropical pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), RJ.Doutora em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), RJ.

Carlos Pereira NunesProfessor Titular do Curso de Graduação em Medicina do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), RJ.Professor Adjunto do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC), RJ.

Cecília Santos RiosNutricionista pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

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Pós-graduanda em Nutrição Clínica aplicada à Obesidade e Estética pela UNEB.Pesquisadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia pertencente ao Complexo Universitário Edgar Santos (HUPES/UFBA).Nutricionista do Centro Terapêutico Dr. Máximo Ravenna, BA.

Clarissa de Matos NascimentoNutricionista.Mestre em Ciência da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Professora Temporária do Departamento de Educação Integrada em Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Cláudia dos Santos Cople RodriguesNutricionista.Doutora em Ciências da Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Mestre em Nutrição pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Especialista em Nutrição Clínica pela Santa Casa da Misericórdia do Rio de Ja-neiro.Professora Adjunta de Nutrição Clínica da Universidade do Estado do Rio de Ja neiro (UERJ).Coordenadora do Ambulatório de Nutrição em Hematologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE) da UERJ.

Diana Borges Dock-NascimentoProfessora da Faculdade de Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).Doutoranda em Ciências – Cirurgia do Aparelho Digestivo – pela Universidade de São Paulo (USP).Mestre em Saúde e Ambiente – Sub-área Gastroenterologia e Nutrição – pela UFMT.Especialista em Nutrição Clínica pela UFMT.Especialista em Terapia Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

Eliane Rodrigues de FariaNutricionista.Mestre em Ciências da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, MG.

Emanuelly Varea Maria WiegertNutricionista.Especialista em Nutrição Hospitalar pela Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT).

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Especialista em Nutrição pelo Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral (GANEP).Nutricionista da Unidade de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA/HC-IV).

Erika Paniago GuedesMédica Pesquisadora do Departamento de Endocrinologia da Escola Médica de Pós-Graduação da Pontifícia Universidade Católica (PUC), RJ.Endocrinologista Colaboradora do Ambulatório de Metabologia do Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia (IEDE), RJ.Especialista em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).Especialista em Endocrinologia Pediátrica pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e pela SBEM.Especialista em Pediatria pela SBP.

Fabiana de Cássia Carvalho OliveiraNutricionista.Mestre em Ciências da Nutrição pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência da Nutrição do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, MG.

Fabiana Viegas RaimundoNutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).Especialista em Saúde Pública pela Escola de Saúde Pública do Rio Grande do Sul (ESP-SES).Mestre em Ciências Médicas pela UFRGS.Doutoranda em Ciências Médicas pela UFRGS.Professora Substituta do curso de Nutrição da UFRGS.Professora do curso de Nutrição do Centro Universitário Univates, RS.

Flávia de Alvarenga NettoEspecialista em Clínica Geral pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).Médica da Equipe de Terapia Nutricional do Hospital Samaritano, SP.Coordenadora de Área de Educação da Nutricritical.

Flavia BariaNutricionista.Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Doutoranda em Ciências pela Unifesp/EPM.

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Francisco J. KarkowProfessor Titular da Faculdade Fátima de Caxias do Sul, RS.Ex-Professor Titular do Departamento de Clínica Cirúrgica do Curso de Medicina da Universidade de Caxias do Sul (UCS), RS.Doutor em Medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (SCSP).Membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).Membro da Associação de Pesquisa da Active Hexose Correlated Compound (AHCC) Research Foundation, Japão.

Glauce Hiromi YonamineNutricionista da Unidade de Alergia e Imunologia e Gastroenterologia do Ins-tituto da Criança (ICr) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Mestre em Ciências pelo Departamento de Pediatria da FMUSP.

Gleide Gatti FontesFarmacêutica do Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Farmacêutica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG.Especialista em Tecnologia Industrial Farmacêutica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), RJ.

Joel FaintuchProfessor-Assistente, Doutor e Livre-Docente do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).

José Galvão-AlvesChefe do Serviço de Clínica Médica da 18a Enfermaria da Santa Casa da Miseri-córdia do Rio de Janeiro.Professor Titular de Clínica Médica da Escola de Medicina da Fundação Técnico-Educacional Souza Marques (FTESM) e da Universidade Gama Filho (UGF), RJ.Professor Titular de Gastroenterologia da Pontifícia Universidade Católica (PUC), RJ.Membro Titular e Colaborador do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC).Presidente da Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG – 2010-2012).Membro Titular da FBG.Doutor em Medicina pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Membro Titular da Academia Nacional de Medicina (ANM).

Karin Soares Gonçalves CunhaProfessora Adjunta e Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense (UFF), RJ.Professora da Pós-Graduação em Medicina do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC), RJ.

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Letícia Fuganti CamposNutricionista da Nutropar.Especialista em Nutrição Clínica pelo Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Pa-renteral (GANEP).Mestranda em Medicina (Pediatria) pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

Lisa OliveiraPesquisadora em Microbiologia-Imunologia do Centro Universitário Serra dos Ór gãos (UNIFESO), RJ.

Luciana Moreira LimaProfessora Adjunta do Departamento de Medicina e Enfermagem da Univer-sidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Farmacêutica-Bioquímica pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), MG.Especialista em Análises Clínicas pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).Mestre e Doutora em Ciências Farmacêuticas pela UFMG.

Lucivalda Pereira Magalhães de OliveiraProfessora Adjunta do Departamento de Ciências da Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Medicina e Saúde da UFBA.Mestre em Nutrição pelo Programa de Pós-Graduação em Alimentos, Nutrição e Saúde da UFBA.

Matheus Lopes CortesNutricionista pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).Mestrando em Alimentos, Nutrição e Saúde pela UFBA.

Marcos Rodrigo de OliveiraFarmacêutico Bioquímico do Departamento de Medicina e Enfermagem da Uni-versidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Farmacêutico-Bioquímico com habilitação em Análises Clínicas pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), MG.Especialista em Citologia Clínica pela UFOP.Mestre em Bioquímica Estrutural e Fisiológica pela UFOP.

Mauro GellerProfessor Titular de Imunologia Clínica do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC), RJ.Professor Titular de Microbiologia e Imunologia do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), RJ.Professor e Coordenador do Setor de Facomatoses, Serviço de Genética do Instituto de Puericultura e Pediatria (IPPMG) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Professor Colaborador da New York University.

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Mendel Suchmacher NetoProfessor da Pós-Graduação em Imunologia Clínica do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC), RJ.Pesquisador bolsista do Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), RJ.Membro do American College of Physicians.

Miriam Ghedini Garcia LopesNutricionista.Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Doutora em Ciências pela Unifesp/EPM.

Neuza Maria Brunoro CostaNutricionista.Mestre em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Federal de Viço-sa (UFV), MG.Doutora em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela University of Reading, Inglaterra.Pós-Doutora em Biodisponibilidade de Minerais pela Purdue University e pela Colorado University, EUA.Professora Associada da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Nivea Almeida CaséGraduanda em Nutrição pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Patrícia Aparecida Fontes VieiraNutricionista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Doutora e Mestre em Bioquímica Agrícola pela UFV, MG.

Rita de Cássia Gonçalves AlfenasNutricionista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Pós-Doutora em Nutrição Humana pela Purdue University, EUA.Professora Associada I do Departamento de Nutrição e Saúde da UFV, MG.

Rodrigo de Azeredo SiqueiraDoutor em Endocrinologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Professor do curso de Pós-graduação em Endocrinologia Santa Casa da Mise-ricórdia do Rio de Janeiro.

Rodrigo Roger VitorinoMédico pelo Centro Universitário Serra dos Órgãos (UNIFESO), RJ.

Rodrigo Siqueira-BatistaProfessor Adjunto do Departamento de Medicina e Enfermagem da Universidade Fede ral de Viçosa (UFV), MG.Médico pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

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Especialista em Doenças Infecciosas e Parasitárias pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).Mestre em Medicina pela UFRJ.Doutor em Ciências pela Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), RJ.

Rosana Maria CardosoNutricionista do Centro de Diálise do Hospital Israelita Albert Einstein, SP.Nutricionista pela Universidade Federal de Goiás (UFG).Especialista em Nutrição em Saúde Pública pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN).Especialista em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional.

Rosângela Passos de JesusProfessora Adjunta da Escola de Nutrição da Universidade Federal da Bahia (UFBA).Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Especialista em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria.Coordenadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES) da UFBA.

Silvia Eloiza PrioreNutricionista.Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Doutora em Nutrição pela Unifesp/EPM.Professora Associada do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.Coordenadora do Programa de Atenção à Saúde do Adolescente (PROASA) da UFV, MG.

Simone Côrtes CoelhoNutricionista.Mestre em Ciências Médicas pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).Coordenadora Acadêmica do curso de Pós-Graduação em Nutrição Clínica, Nu-trologia e Terapia Nutricional do Instituto de Nutrição (INU) da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.Docente do curso de Graduação em Nutrição da Universidade do Grande Rio (UNIGRANRIO).

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Sylvia do Carmo Castro FranceschiniNutricionista.Mestre em Nutrição e Doutora em Ciências pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (Unifesp/EPM).Professora Associada do Departamento de Nutrição e Saúde da Universidade Federal de Viçosa (UFV), MG.

Stela BessoPós-Graduação em Nutrição Clínica pelo Instituto de Nutrição da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro.Pós-Graduação em Terapia Nutricional pelo Instituto de Nutrição da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UFRJ).Pós-Graduação em Nutrição Clínica em Cardiologia de Alta Complexidade pelo Hospital Pró-Cardíaco, RJ.Pós-Graduação em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP.

Valéria AbrahãoMédica.Pós-Graduação em Gastroenterologia pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.Chefe do Centro de Terapia Intensiva do Hospital Ipanema Plus, RJ.Médica da Equipe de Terapia Nutricional (ETERNU), RJ.Professora Convidada do curso de Terapia Nutricional/Nutrição Clínica do Instituto de Pós-Graduação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).Especialista em Terapia Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB).Especialista em Terapia Nutricional Parenteral e Enteral pela Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral (SBNPE).

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Prefácio

A alimentação normal requer, do indivíduo, a interação de inúmeros proces-sos gastrintestinais complexos, como a mastigação e a salivação, a secreção de enzimas e hormônios, a digestão intraluminal dos nutrientes e sua absorção e liberação na corrente sanguínea e linfática. Entretanto, é no espaço intracelular que esses nutrientes vão participar de incontáveis vias metabólicas, tanto para síntese como para degradação e detoxicação de substratos. A regulação des-ses complexos mecanismos depende, primordialmente, da função adequada de órgãos e sistemas, como da interação entre eles. Insuficiências orgânicas ou a inadequação da oferta de nutrientes resultarão em comprometimento de todo esse processo, cuja consequência será a instalação de desnutrição. Portanto, o conhecimento e a correta avaliação da função de órgãos e sistemas são fun-damentais para que se possa prescrever de modo apropriado um plano dieté-tico. É nesse contexto que a solicitação e a correta interpretação dos exames complementares se impõem ao profissional de saúde que avalia o paciente. Os exames laboratoriais serão responsáveis por detectar insuficiências orgânicas e alterações nas concentrações de nutrientes e/ou seus metabólitos. Logo, a pres-crição de nutrição oral, enteral e/ou parenteral pressupõe a correta solicitação e avaliação de exames laboratoriais.

Foi com imensa satisfação e por diversos motivos que aceitei o convite para prefaciar esta importante obra. Inicialmente, é preciso destacar a competência das Organizadoras Larissa Calixto-Lima e Nelzir Trindade Reis em dividir este complexo assunto de forma lógica e adequada em cerca de 20 capítulos, agru-pados em 4 partes. A primeira parte contempla os aspectos básicos dos exa-mes hematológicos e bioquímicos do sangue, da urina e das fezes, além do equilíbrio acidobásico. Na segunda parte é descrita em detalhes a avaliação laboratorial no diagnóstico e acompanhamento terapêutico, incluindo desnu-trição energético-proteica, vitaminas, minerais e marcadores inflamatórios. São também revistos interessantes aspectos relacionados à avaliação laboratorial de órgãos e sistemas, como tireoide, fígado, rins, intestino e pâncreas. É abordada ainda a avaliação laboratorial da resistência insulínica, das dislipidemias, das anemias carenciais e das alergias alimentares. A terceira parte reúne a descrição e a análise dos diferentes exames a serem solicitados no atendimento ambula-torial em diferentes grupos populacionais. Na quarta parte, por fim, encontra-se um interessante índice dos exames laboratoriais disponíveis.

Outro motivo igualmente importante para aceitar este convite foi a seleção dos autores dos diversos capítulos. Além de experts nas respectivas áreas de atua-ção, observa-se interessante interdisciplinaridade na autoria dos capítulos. Esse é um aspecto de destaque desta obra, pois este é um livro obrigatório na bi-blioteca básica de qualquer profissional de saúde que atue em Nutrição Clínica.

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Page 20: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

Por terem sido escritos, na maioria das vezes, por profissionais médicos e nu-tricionistas, os capítulos fazem uma interessante revisão dos conceitos básicos e auxiliam, com muita clareza, a interpretar e aplicar os resultados dos exames complementares no acompanhamento dos pacientes em terapia nutricional. A revisão de aspectos básicos de bioquímica e de fisiologia facilita o entendimento do leitor. Assim, mesmo o profissional de saúde pouco afeito à solicitação dos exames laboratoriais poderá aprender a interpretá-los da maneira mais correta. Outra estratégia interessante foi a inclusão dos requerimentos necessários para a coleta dos exames (tempo de jejum, dieta prévia, higienização etc.). Dessa forma, o profissional aprende a orientar o paciente sobre como se preparar para a coleta, evitando erros de coleta e de interpretação dos resultados.

Por fim, estou seguro de que este livro vem preencher uma importante lacuna no ensino da avaliação e interpretação dos exames complementares do paciente candidato à terapia nutricional. Exames laboratoriais criteriosamente solicita-dos e corretamente interpretados são inestimáveis para prevenir complicações e para maximizar os resultados da terapia nutricional. Parabéns à Editora Rubio, às Organizadoras e aos demais colaboradores deste livro, por disponibilizarem esta importante obra aos profissionais afeitos à Nutrição Clínica.

Antonio Carlos L. CamposProfessor Titular de Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coordenador do Programa de

Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Professor Adjunto do Departamento de Nutrição da UFPR.

Mestre e Doutor em Clínica Cirúrgica pela UFPR.

Ex-Fellow dos Departamentos de Cirurgia da Universidade de Montpellier, França, e da State University of New York, Syracuse, EUA.

Presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Parenteral e Enteral(SBNPE – 1997-1999) e da Federação Latino Americana

de Nutrição Parenteral e Enteral (FELANPE – 1999-2001).

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Page 21: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

Apresentação

A prática da nutrição clínica pressupõe minuciosa avaliação do estado nutricio-nal, incluindo solicitar e interpretar exames laboratoriais de forma correta, para que todo o processo de cuidado nutricional seja concluído por meio do adequa-do diagnóstico, da intervenção e do acompanhamento nutricional.

Neste cenário, os autores da obra Interpretação de Exames Laboratoriais Apli-cados à Nutrição Clínica contribuem com 20 capítulos, distribuídos em 4 partes que contemplam os estágios de um exame. São abordados, portanto, desde os aspectos básicos relevantes, como a avaliação hematológica e bioquímica do sangue, exames de urina e de fezes, até a avaliação e interpretação dos exames para fins de diagnóstico e de acompanhamento de diversas enfermidades re-lacionadas à nutrição (desnutrição, déficit de vitaminas e minerais, alterações da função intestinal, alergias alimentares, anemias carenciais, diabetes melito e outras disfunções endócrinas, dislipidemias, bem como doenças pancreáticas, hepáticas e renais), conforme fisiopatologia, classificação e diretrizes das espe-cialidades médicas. A obra destaca, ainda, aspectos relacionados aos exames de rotina em atendimento ambulatorial nos diferentes grupos populacionais.

Sem dúvida, este livro de abrangência prática, de leitura agradável e sistema-tizada, destinado a estudantes, nutricionistas e demais profissionais da saúde, será de grande auxílio para a atuação desse público em unidades hospitalares, clínicas de especialidades, ambulatórios e consultórios, instituições de longa permanência para idosos, centrais de terapia nutricional, em atendimento do-miciliar e tantos outros ambientes nos quais a nutrição clínica está presente.

Em razão da atualidade de seu conteúdo, será leitura obrigatória nas institui-ções de ensino superiores, nos campos de estágios e nos estabelecimentos que dispõem de cursos de pós-graduação.

Os estudos de casos, os desafios diários, os consensos e dissensos, evidente-mente, inspiraram o planejamento deste livro, que vem preencher algumas la-cunas na utilização dos exames laboratoriais de interesse para nutrição com simplicidade, profundidade e completude, consagrando a excelência da obra.

Marcia Samia Pinheiro FidelixPresidente da Associação Brasileira de Nutrição (ASBRAN – 2010-2013)

Mestre em Nutrição Humana Aplicada pelo Programa de Pós-Graduação Interunidades da Universidade de São Paulo (USP).

Editora Gerente da Revista da ASBRAN.

Diretora Executiva do Instituto Nutrição Brasil.

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Page 22: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

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Page 23: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

Abreviaturas

3-HIA ácido 3-hidroxiisovalérico

4HF tetraidrofolatos

A4P ácido 4-piridoxil

AAT anticorpos antitireoidiano

AC anidrase carbônica

ADC anemia de doença crônica

AFP alfafetoproteína

AG ânion gap

AlAl alergia alimentar

ALB albumina

alfa-1A alfa-1-antitripsina

ALT alanina-aminotransferase

AM anemia megaloblástica

AP amilase pancreática

apo A-I apolipoproteína A-I

apo B apolipoproteína B

Apos apolipoproteínas

ASCA anticorpo anti-Saccharomyces cerevisiae

AST aspartato-aminotransferase

ATP trifosfato de adenosina

AVE acidente vascular encefálico

B1 tiamina

B2 ribofl avina

B3 niacina, ácido nicotínico, nicotinamida

B5 ácido pantotênico

B6 piridoxina

B7 biotina

B9 ácido fólico, folato, folacina

B12 cobalamina, cianocobalamina

BD bilirrubina direta

BE excesso de base

BN balanço nitrogenado

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Page 24: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

c-ANCA autoanticorpo citoplasmático antineutrofi lo

CaSI cálcio sérico ionizado

CaST cálcio sérico total

CaU cálcio urinário

CBP cirrose biliar primária

CDC Centers for Disease Control and Prevention

CHC carcinoma hepatocelular

CHCM concentração de hemoglobina corpuscular média

CI cálcio ionizado

CLLF capacidade latente de ligação ao ferro

CO2 dióxido de carbono

CPER colangiopancreatografi a endoscópica retrógrada

CRD diagnósticos resolvidos por componentes

CrP ceruloplasmina

CT colesterol total

CTL contagem total de linfócitos

CTLF capacidade total de ligação do ferro

DA desnutrição aguda

DAC doença arterial coronariana

DC desnutrição crônica

DCV doenças cardiovasculares

DHC doença hepática crônica

DHGNA doença hepática gordurosa não alcoólica

DHL desidrogenase láctica

DII doenças infl amatórias intestinais

DM diabetes melito

DMG diabetes melito gestacional

DMO densitometria óssea

DNA ácido desoxiribonucleico

DP desnutrição primária ou desvio-padrão

DRC doença renal crônica

DS desnutrição secundária

Dx D-xilose

EAB equilíbrio acidobásico

EAS elementos anormais do sedimento

EDTA etilenodiaminotetra-acetato

EHNA esteato-hepatite não alcoólica

EnP endopeptidases

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Page 25: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

EPF exame parasitológico de fezes

ETA efeito termogênico dos alimentos

ETFAD European Task Force on Atopic Dermatitis

ExP exopeptitases

FA fosfatase alcalina

FAD fl avina-adenina dinucleotídeo

FAN fator antinuclear

FAOE fosfatase alcalina ósseoespecífi ca

FEOOH oxi-hidróxido férrico

FeS ferro sérico

FI fator intrínseco

FIGLU ácido formiminoglutâmico

fl fentolitros

FMN fl avina mononucleotídeo

GABA ácido gama-aminobutírico

GEB gasto energético basal

GErR glutationa eritrocitária redutase

GET gasto energético total

GGT gama glutamiltransferase

GH hormônio do crescimento

GJ glicemia de jejum

GLA glutamatos

GLU ácido glutâmico

GnRH hormônio liberador de gonadotropina

HAS hipertensão arterial sistêmica

Hb hemoglobina

HbA hemoglobina A

HCl ácido clorídrico

HCM hemoglobina corpuscular média

HCY homocisteína

HDL lipoproteínas de alta densidade

HDL-C colesterol ligado à HDL

hHb hemoglobina humana

HLA antígeno leucocitário humano

HM hemácias

HMG-CoA redutase

hidróxi-metil-glutaril CoA redutase

HMWK cininogênio de alto peso molecular

holo-TC holotranscobalamina

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Page 26: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

HOMA modelo de avaliação da homeostase

HT hematócrito

IAM infarto agudo do miocárdio

IBRANUTRI Inquérito Brasileiro de Avaliação Nutricional

ICA índice de creatinina-altura

IDL lipoproteínas de densidade intermediária

IECA inibidores da enzima conversora de angiotensina

IFN-gama interferon gama

IL interleucina

IL-1 interleucina 1

IL-6 interleucina 6

IL-10 interleucina 10

INH índice prognóstico hospitalar

IPGH índice prognóstico Glasgow hepático

IPIN índice prognóstico infl amatório nutricional

IPN índice de prognóstico nutricional

IRN índice de risco nutricional

ISI Índice de Sensibilidade Internacional

ITM insufi ciência tireóidea mínima

LCAT lecitina-colesterolaciltransferase

LD contagem diferencial de leucócitos

LDL lipoproteínas de baixa densidade

LDL-C colesterol ligado à LDL

LG contagem global de leucócitos

LP lipase pancreática

Lp(a) lipoproteína (a)

LPL lipase lipoproteica

LPS lipopolissacarídios

LT leucotrieno

MAP músculo adultor do polegar

MELD model for end-stage liver disease

mEq miliequivalentes

MgS magnésio sérico

N1MN N1-metil-nicotinamida

NAD nicotinamida-adenosina-dinucleotídeo

NADP nicotinamida-adenosina-dinucleotídeo-fosfato

NE niacina equivalente

NIH Nacional Institutes of Health

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Page 27: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

NK natural killer

NMA ácido metilmalônico

OB osteoblastos

OC osteoclastos

OH osteodistrofi a hepática

PA pancreatite aguda

PAF fator de ativação plaquetária

p-ANCA autoanticorpo perinuclear antineutrofi lo

PC-R proteína C-reativa

pg picogramas

PG prostaglandina

pHF pH fecal

PLP piridoxal fosfato

PLR proteína ligadora de retinol

PNA equivalente proteico do aparecimento de nitrogênio

POF Pesquisa de Orçamentos Familiares

PPO piridoxamina fosfato oxidase

PROASA Programa de Atenção à Saúde do Adolescente

PSO pesquisa de sangue oculto nas fezes

PSR pesquisa de substância redutoras nas fezes

PTA patch test atópico

PTH paratormônio

QM quilomícrons

RAA reação adversa a alimentos

RBP proteína transrretinol

RCUI retocolite ulcerativa inespecífica

RDW distribuição do tamanho das hemácias

RMJ resposta metabólica ao jejum

RNAm RNA mensageiro

RNAt RNA transportador

RNI relação normatizada internacional

SeP selenoproteína P

SG solução glicosada

SIRS síndrome da resposta infl amatória sistêmica

SNC sistema nervoso central

SOD superóxido dismutase

T3 tri-iodotironina

T3L T3 livre

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Page 28: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

T4 tiroxina

T4L T4 livre

TAP tempo de atividade da protrombina

TBG globulina de ligação da tiroxina

TBPA pré-albumina ligadora de tiroxina

TC tomografi a computadorizada

TCI transcobalamina I

TCL triglicerídeo de cadeia longa

TCM triglicerídeo de cadeia média

TDP difosfato de tiamina

TF-FVIIa fator tecidual-fator VII ativado

TFG taxa de fi ltração glomerular

TG triglicerídeos

TGB globulina ligadora de tiroxina

TMB taxa metabólica basal

TNF fator de necrose tumoral

TP tempo de protrombina

TPO testes de provocação oral

TPP tiamina pirofosfato

TRF transferrina

TRH hormônio de liberação da tireotropina

TSA teste de sensibilidade aos antimicrobianos

TSH hormônio estimulador da tireoide

TSH-R receptor de TSH

TTL teste de tolerância à lactose

TTOG teste de tolerância oral à glicose

TTP tempo de tromboplastina parcial

TTR transtirretina

VCM volume corpuscular médio

VHA vírus da hepatite A

VHB vírus da hepatite B

VHC vírus da hepatite C

VHC-RNA RNA do vírus da hepatite C

VHS velocidade de hemossedimentação

VLDL lipoproteínas de muito baixa densidade

VSH velocidade de hemossedimentação

ZnE zinco nos eritrócitos

ZnS zinco sérico

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Sumário

1 Avaliação Hematológica do Sangue, 1Luciana Moreira Lima • Marcos Rodrigo de Oliveira • Andréia Patrícia Gomes • Rodrigo Siqueira-Batista • Gleide Gatti Fontes

2 Avaliação Bioquímica do Sangue, 17Marcos Rodrigo de Oliveira • Gleide Gatti Fontes • Luciana Moreira Lima • Andréia Patrícia Gomes • Patrícia Aparecida Fontes Vieira • Rodrigo Siqueira-Batista

3 Avaliação Laboratorial da Urina, 39Andréia Patrícia Gomes • Rodrigo Roger Vitorino • Patrícia Aparecida Fontes Vieira • Gleide Gatti Fontes • Marcos Rodrigo de Oliveira • Luciana Moreira Lima • Rodrigo Siqueira-Batista

4 Avaliação Laboratorial das Fezes, 51Rodrigo Siqueira-Batista • Patrícia Aparecida Fontes Vieira • Gleide Gatti Fontes • Marcos Rodrigo de Oliveira • Luciana Moreira Lima • Andréia Patrícia Gomes

5 Desordens do Equilíbrio Acidobásico, 71Francisco J. Karkow • Joel Faintuch • Larissa Calixto-Lima

6 Desnutrição Energético-Proteica, 91Larissa Calixto-Lima • Diana Borges Dock-Nascimento • Nelzir Trindade Reis

7 Vitaminas, 113Emanuelly Varea Maria Wiegert • Larissa Calixto-Lima • Neuza Maria Brunoro Costa

8 Minerais, 135Emanuelly Varea Maria Wiegert • Larissa Calixto-Lima • Neuza Maria Brunoro Costa

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9 Diabetes Melito, 153Larissa Calixto-Lima • Letícia Fuganti Campos • Rita de Cássia Gonçalves Alfenas • Nelzir Trindade Reis

10 Doenças da Tireoide: Hiper- e Hipotireoidismo, 175Alessandra da S. Pereira • Simone Côrtes Coelho • Larissa Calixto-Lima • Rodrigo de Azeredo Siqueira

11 Metabolismo do Cálcio e Vitamina D, Hormônio Paratireoidiano e a Osteoporose, 189Larissa Calixto-Lima • Nelzir Trindade Reis • Fabiana Viegas Raimundo

12 Dislipidemia, 213Larissa Calixto-Lima • Erika Paniago Guedes • Nelzir Trindade Reis

13 Pancreatite Aguda, 227Larissa Calixto-Lima • Nelzir Trindade Reis • José Galvão-Alves • Valéria Abrahão

14 Doença Hepática Crônica, 237Rosângela Passos de Jesus • Lucivalda Pereira Magalhães de Oliveira • Rosana Maria Cardoso • Cecília Santos Rios • Matheus Lopes Cortes • Nivea Almeida Casé

15 Função Intestinal, 271Flávia de Alvarenga Netto • Larissa Calixto-Lima

16 Alergia Alimentar, 287Glauce Hiromi Yonamine • Ana Paula Beltran Moschione Castro

17 Anemias Carenciais, 303Larissa Calixto-Lima • Nelzir Trindade Reis • Cláudia dos Santos Cople Rodrigues

18 Doença Renal Crônica, 327Ana Paula Bazanelli • Flavia Baria • Miriam Ghedini Garcia Lopes

19 Marcadores Laboratoriais da Inflamação, 345Mauro Geller • Mendel Suchmacher Neto • Stela Besso • Carlos Pereira Nunes • Lisa Oliveira • Karin Soares Gonçalves Cunha • Rodrigo Siqueira-Batista

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Page 31: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

20 Exames de Rotina em Atendimento Ambulatorial nos Diferentes Grupos Populacionais, 361Sylvia do Carmo Castro Franceschini • Eliane Rodrigues de Faria • Fabiana de Cássia Carvalho Oliveira • Clarissa de Matos Nascimento • Silvia Eloiza Priore

Anexo 1 Principais Exames Laboratoriais Utilizados na Prática Clínica: Indicações, Contraindicações, Orientação para Coleta e Fatores Interferentes, 383

Anexo 2 Principais Exames Laboratoriais Utilizados na Prática Clínica: Valores de Referência e Interpretação, 423

Anexo 3 Tabela de Conversão de Unidades para Alguns Exames Laboratoriais, 465

Anexo 4 Lei no 8.234/91, de 17 de setembro de 1991, 469

Anexo 5 Resolução CFN no 236/2000, 473

Anexo 6 Resolução CFN no 306/2003, 477

Índice Remissivo, 481

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Page 33: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

Introdução .................................................................................................. 3

Hemograma ................................................................................................ 3

Coagulograma ............................................................................................ 10

Considerações Finais ................................................................................... 15

Referências.................................................................................................. 15

Capítulo 1

AvaliaçãoHematológica doSangueLuciana Moreira Lima • Marcos Rodrigo de Oliveira • Andréia Patrícia Gomes • Rodrigo Siqueira-Batista • Gleide Gatti Fontes

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Page 34: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

IntroduçãoO sangue periférico é constituído por três diferentes linhagens celulares: glóbu-los vermelhos, eritrócitos ou hemácias; glóbulos brancos ou leucócitos; e pla-quetas ou trombócitos. Os principais exames hematológicos compreendem o hemograma e o coagulograma, conjunto de exames capazes de avaliar as três linhagens de células sanguíneas, em número e funcionalidade.1 Fazem parte do hemograma os parâmetros de contagem de hemácias, dosagem de hemoglobi-na, determinação do hematócrito, índices hematimétricos, leucometria global e específica e exame microscópico do esfregaço de sangue corado. Apesar de não fazer parte do hemograma, a contagem de reticulócitos também pode auxiliar em sua avaliação e interpretação. O coagulograma compreende os exames de tempo de sangramento, tempo de coagulação, tempo de protrombina, tempo de tromboplastina parcial e contagem de plaquetas. O escopo do presente ca-pítulo é apresentar esses exames – hemograma, reticulócitos e coagulograma – destacando a sua relevância para a prática do profissional de saúde, em especial o profissional de nutrição clínica.

HemogramaO hemograma é considerado a principal ferramenta diagnóstica em hematolo-gia, sendo constituído pelos seguintes exames:

� Contagem total de hemácias.

� Dosagem de hemoglobina.

� Determinação do hematócrito.

� Índices hematimétricos:

• Volume corpuscular médio.

• Hemoglobina corpuscular média.

• Concentração de hemoglobina corpuscular média.

• Distribuição do tamanho das hemácias.

� Contagem global de leucócitos.

� Contagem diferencial de leucócitos.

� Exame microscópico do esfregaço corado.

� Contagem de plaquetas (opcional).

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Avaliação Hematológica do Sangue

Figura 1.5 Representação esquemática simplifi cada da cascata da coagulação. A divi-são da cascata em via intrínseca, via extrínseca e via comum é puramente didática; in vivo as mesmas estão inter-relacionadas

Contagem de Plaquetas

A contagem de plaquetas utiliza a mesma diluição obtida para a contagem de hemácias. Como o tamanho das duas células apresenta uma diferença conside-rável, as duas linhagens celulares podem ser mensuradas utilizando-se a mesma diluição. O líquido diluidor apresenta substâncias líticas para os leucócitos, e

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Page 36: Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

Introdução .................................................................................................. 53

Coleta do Material Fecal .............................................................................. 53

Investigação de Processos Infecciosos .......................................................... 54

Coprologia Funcional .................................................................................. 60

Pesquisa de Gordura Fecal ........................................................................... 64

Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes .......................................................... 66

Considerações Finais ................................................................................... 68

Referências.................................................................................................. 68

*Os autores são gratos aos técnicos Adriana Lopes Gouveia e Pedro Simão Teixeira – ambos da Divisão de Saúde da Universidade Federal de Viçosa –, pela cooperação na preparação das lâminas que possibilitaram a documentação fotográfica do presente capítulo. Todas as imagens foram fotografadas por Gleide Gatti Fontes e Marcos Rodrigo de Oliveira.

Capítulo 4

AvaliaçãoLaboratorial das FezesRodrigo Siqueira-Batista • Patrícia Aparecida Fontes Vieira • Gleide Gatti Fontes • Marcos Rodrigo de Oliveira • Luciana Moreira Lima • Andréia Patrícia Gomes

*

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

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Figura 4.4 Ovo de Schistosoma mansoni. Observar a espícula lateral, típica do ovo desse helminto. Microscopia óptica, 40× de aumentoFonte: documentação fotográfica da disciplina Laboratório Aplicado à Clínica, Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa.

Figura 4.3 Ovo de Ascaris lumbricoides. Microscopia óptica, 40× de aumentoFonte: documentação fotográfica da disciplina Laboratório Aplicado à Clínica, Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa.

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Avaliação Laboratorial das Fezes

Figura 4.6 Ovo de Enterobius vermicularis. Microscopia óptica, 40× de aumentoFonte: documentação fotográfica da disciplina Laboratório Aplicado à Clínica, Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa.

Figura 4.5 Ovo de Trichuris trichiura. Microscopia óptica, 40× de aumentoFonte: documentação fotográfica da disciplina Laboratório Aplicado à Clínica, Departamento de Medicina e Enfermagem, Universidade Federal de Viçosa.

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Avaliação Laboratorial das Fezes

tem apresentado resultados satisfatórios, podendo ser útil para a investigação daqueles enfermos que apresentam sinais e sintomas de doença e que tenham exames parasitológicos de fezes persistentemente negativos.2, 3 Nesse caso, o material fecal deve ser acondicionado – e completamente imerso – em líquido conservante (SAF – ácido acético, acetato de sódio e formol).

Coprocultura

A coprocultura é o exame bacteriológico do material fecal, sendo empregável para a investigação de processos infecciosos com envolvimento intestinal.

Os micro-organismos envolvidos nas diarreias infecciosas – condições mórbidas que, ainda hoje, representam frequente causa de morte nos países menos desen-volvidos – incluem díspares espécies de bactérias, vírus e protozoários, todos com grande número de sorogrupos e biotipos. Na Tabela 4.1, é apresentado um resu-mo das principais características dos agentes envolvidos em doenças diarreicas.

Na coprocultura, as fezes devem ser examinadas o mais brevemente possível, pois quanto mais depressa forem semeadas em meios seletivos e de enriqueci-mentos, mais fidedignos serão os resultados. O material deve ser coletado em

Tabela 4.1 Micro-organismos envolvidos em diarreias, fonte provável de infecção e período de incubação

Micro-organismosFonte de infecção ou

condição predisponentePeríodo de incubação

Aeromonas spp. Água Desconhecido

Bacillus cereus Carnes, vegetais 6 a 24 horas

Campylobacter jejuni Água, leite, carnes 3 a 11 dias

Clostridium diffi cile Terapia antimicrobiana 4 a 9 dias

Clostridium perfringens Carnes 8 a 16 horas

Escherichia coli enterotioxinogênica Alimentos em geral, água 4 a 24 horas

Escherichia coli enteroinvasiva Alimentos em geral 8 a 24 horas

Escherichia coli entero-hemorrágica Carnes, leite 3 a 5 dias

Plesiomonas shigelloides Água, pescados 1 a 2 dias

Salmonella spp. Alimentos em geral 8 a 72 horas

Shigella dysenteriae Água 3 a 5 dias

Outras Shigella Água, alimentos em geral 8 a 72 horas

Staphylococcus aureus Carnes, laticínios 1 a 6 horas

Vibrio cholerae Água, pescados 1 a 5 dias

Vibrio parahaemolyticus Pescados 15 a 24 horas

Yersinia enterocolitica Água, alimentos em geral 16 a 48 horas

Fonte: Menezes e Silva & Neufeld, 2006;4 Gomes & Siqueira-Batista, 2012.5

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Introdução ................................................................................................ 115

Vitaminas Lipossolúveis ............................................................................. 115

Vitaminas Hidrossolúveis ........................................................................... 120

Referências................................................................................................ 131

Capítulo 7

VitaminasEmanuelly Varea Maria Wiegert • Larissa Calixto-Lima • Neuza Maria Brunoro Costa

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IntroduçãoVitaminas são compostos orgânicos indispensáveis para o crescimento e de-senvolvimento normais do organismo. Conforme sua solubilidade, podem ser classificadas em lipossolúveis e hidrossolúveis. Como as células não dispõem de sistemas enzimáticos para sua síntese nas taxas necessárias, o organismo depende de dietas balanceadas para a sua obtenção. A detecção de deficiências limiares em geral é difícil, porém importante, visto que os estados carenciais comprometem a eficiência de várias vias metabólicas vitamina-dependentes.

Vitaminas LipossolúveisAs vitaminas lipossolúveis − A, D, E e K − são moléculas relativamente apolares e dependem de solubilização micelar para sua absorção a partir do ambiente aquoso do lúmen intestinal. A absorção, portanto, é dependente de todos os componentes lipídicos envolvidos na formação da micela e, ainda, do estímu-lo das funções pancreáticas e biliares promovidas pela ingestão do alimento. Quando misturadas às micelas gordurosas, tornam-se facilmente absorvidas, sendo transportadas no sangue pelos quilomícrons (QM). As vitaminas A, D e K são armazenadas no fígado, e a vitamina E no tecido adiposo. Embora apre-sentem semelhança quanto à solubilidade, elas têm papéis muito diferentes.1

Nesse contexto, as doenças que prejudicam a absorção de gorduras, como coles-tase hepática, pancreatite crônica, enterites e colites, alcoolismo e deficiência con-gênita de lipoproteínas podem provocar a deficiência das vitaminas lipossolúveis.1

Em geral, a avaliação do estado vitamínico é feita de duas maneiras: pelos seus níveis plasmáticos e/ou pela medida da atividade enzimática que tem a vitamina como cofator.1,2

Vitamina A

Vitamina A é um nutriente essencial, necessário em pequenas quantidades para que haja funcionamento normal do sistema visual, crescimento e desenvolvi-mento, maturação da integridade celular epitelial, função imunológica e repro-dução. As necessidades dietéticas de vitamina A são normalmente fornecidas como retinol pré-formado (principalmente como éster de retinil) ou como provi-

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tamina A.3 Apenas 10% dos 600 carotenoides conhecidos apresentam atividade provitamínica A, sendo que, dentre eles, o betacaroteno é o que tem maior representatividade nessa função.4

O fígado contém 90% da vitamina A do organismo. A proteína transretinol (RBP – retinol binding protein) é uma proteína necessária para transporte de retinol do fígado para os tecidos-alvo. A síntese dessa proteína é fortemente regulada pela disponibilidade de retinol e, portanto, é sensível para identificar o estado nutricional de indivíduos. A RBP está vinculada a outra proteína chamada trans-tirretina (TTR). Como o retinol circula ligado ao complexo RBP-TTR, a presença de desnutrição pode comprometer os níveis séricos circulantes de vitamina A.5-7

Avaliação laboratorial da vitamina A

A concentração de retinol sérico é o teste bioquímico usado na prática clínica para avaliar os níveis de vitamina A. A medida de retinol no sangue fornece um índice das reservas corporais, pois quando os depósitos no fígado são baixos, o retinol do plasma diminui.5,8

Níveis de retinol sérico maiores do que 30μg/dL indicam adequada reserva he-pática de vitamina A; níveis de retinol sérico inferiores ou iguais a 10μg/dL po-dem indicar reservas hepáticas esgotadas ou próximas do esgotamento com sinais clínicos frequentemente presentes.9

Assim como a vitamina A, o betacaroteno também pode ser medido no san-gue. Esse exame geralmente é indicado para o diagnóstico de hipercarotenemia por ingestão excessiva de precursores da vitamina A, sendo útil no diagnóstico diferencial de indivíduos que apresentem impregnação de pele por pigmento amarelo. Nesses casos, as escleróticas permanecem normais, e pode ocorrer prurido cutâneo e perda de peso.10,11

Uma pesquisa com atletas profissionais alemães encontrou concentrações plas-máticas de retinol dentro da faixa de normalidade, com considerável variabi-lidade das concentrações de betacaroteno, indicando que, embora haja uma aparente ingestão adequada de vitamina A, pode haver uma variada ingestão de betacaroteno. Assim, a circulação de vitamina A reflete as reservas do orga-nismo que são mais estáveis e mantidas por causa dos depósitos, enquanto as concentrações de betacaroteno são mais variáveis, provavelmente por causa das flutuações na ingestão de carotenoides.11

Não foi identificado um único metabólito urinário que reflitisse com precisão os níveis teciduais de vitamina A ou a sua taxa de utilização.1

Ver vitamina A sérica (Anexos I e II).

Vitamina D

A vitamina D é necessária ao organismo humano para manter níveis normais de cálcio e fósforo que, por sua vez, são necessários para a mineralização normal dos ossos, contração dos músculos, condução nervosa e função celular geral do

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Introdução ............................................................................................... 191

Metabolismo do Cálcio............................................................................. 191

Metabolismo Ósseo.................................................................................. 193

Homeostasia do Cálcio, Vitamina D e Paratormônio .................................. 197

Osteoporose ............................................................................................ 200

Diagnóstico Laboratorial........................................................................... 206

Referências............................................................................................... 209

Capítulo 11

Metabolismo do Cálcio e Vitamina D, Hormônio Paratireoidiano e a OsteoporoseLarissa Calixto-Lima • Nelzir Trindade Reis • Fabiana Viegas Raimundo

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

194

cesso de reabsorção para depositar, remodelar ou formar o osso, por meio de duas etapas distintas:18-20

� Sintetizando, depositando e orientando a matriz proteica, composta em sua maior parte por colágeno tipo I (90%) e em menor proporção (10%) por osteocalcina e outras proteínas.

� Inicializando mudanças que tornam a matriz suscetível de mineralização.

Osteócitos são osteoblastos maduros e inativos envolvidos pela matriz calcifi-cada. São as células responsáveis por monitorar as propriedades mecânicas do osso. Quando lesões microscópicas são detectadas, os osteócitos transmitem essa informação para as células de revestimento presentes nas superfícies ana-tômicas ósseas para, a partir de então, o processo de remodelação local ser iniciado.17,19,21,22

A remodelação óssea ocorre em quatro etapas distintas: ativação, reabsorção, reversão e formação.

Ativação

Na etapa de ativação, células de revestimento (osteoblastos inativos) presentes na superfície do osso se retraem, expondo a superfície óssea diretamente ao

Tabela 11.1 Fatores determinantes no pico de massa óssea

Fatores Descrição

Gênero Mulheres possuem em média menos de 10% a 15% de massa óssea (MO) do que homens

Etnia Negros possuem maior MO do que hispânicos, que por sua vez possuem maior MO do que asiáticos

Fatores genéticos Associados ao gene receptor da vitamina D, gene do fator de crescimento insulina-símile ou IGF-I e gene do colágeno tipo I

Atividade física Praticantes de atividade física possuem maior MO, visto que quando a ossatura está sendo submetida a cargas mecânicas, os osteoblastos fi cam mais ativos

Peso corporal Pelo mesmo princípio da atividade física, quanto maior o peso, maior MO

Antecedentes familiares A probabilidade de possuir reduzida MO é maior em indivíduos que possuem familiares de primeiro e segundo grau diagnosticados com osteopenia/osteoporose

Determinantes nutricionais Ingestão adequada de cálcio

MO: massa óssea.

Fonte: adaptado de Guyton, 2006.2

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Metabolismo do Cálcio e Vitamina D, Hormônio Paratireoidiano e a ...

Figura 11.1 Etapas do metabolismo da vitamina DPTH: paratormônio; Ca: cálcio; PO4: fósforo; 25(OH)D3: 25-hidroxivitaminas D; 1,25(OH2)D3: 1,25 hidroxivitaminas D.

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Capítulo 16

Alergia AlimentarGlauce Hiromi Yonamine • Ana Paula Beltran Moschione Castro

Introdução ................................................................................................ 289

Diagnóstico da Alergia Alimentar .............................................................. 291

Referências................................................................................................ 301

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RUBIO - Exames Laboratoriais (12 x 21) - EDEL - Cap. 16 - 2a Prova - 01-11-2011

IntroduçãoReação adversa aos alimentos (RAA) é a denominação empregada para qual-quer reação anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares, indepen-dentemente de sua causa. Estas podem ser classificadas em tóxicas e não tóxicas (Figura 16.1). As reações tóxicas são aquelas que independem de sensibilidade individual e ocorrem quando uma pessoa ingere quantidades suficientes de ali-mento para desencadear reações adversas, por exemplo, ingestão de toxinas bacterianas presentes em alimentos. As reações não tóxicas são aquelas que dependem de uma suscetibilidade individual e podem ser classificadas em não imunomediadas (intolerância alimentar) e imunomediadas (hipersensibilidade alimentar).1

A intolerância alimentar é, portanto, o termo utilizado para designar uma rea-ção anormal à ingestão de alimentos ou aditivos alimentares que não envolve mecanismos imunológicos.1

Hipersensibilidade alimentar ou alergia alimentar (AlAl) é a denominação utiliza-da para as RAA que envolvem mecanismos imunológicos, resultando em grande variabilidade de manifestações clínicas. A alergia alimentar é resultante de uma desregulação do sistema imunológico, ocasionada por características genéticas que necessitam ser mais bem estudadas em associação com fatores ambientais

Figura 16.1 Reações adversas aos alimentos

IgE: imunoglobulina E.

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variados como: tipo de parto, tempo de aleitamento materno ou características da flora intestinal.1

Existem três importantes mecanismos imunológicos relacionados à gênese da AlAl:

� Manifestações mediadas pela Imunoglobulina E (IgE), proteína relacionada com a degranulação de mastócitos e liberação de uma série de mediadores que, em geral, ocasionam sintomas imediatos, ou seja, até duas horas após a ingestão do alimento. As manifestações mais comuns são os quadros cutâ-neos como urticária, broncospasmo, além da possibilidade de desencadea-mento de anafilaxia (Tabela 16.1).

� Manifestações não mediadas por IgE envolvem, em geral, células do sistema imunológico como linfócitos. Nesse caso, as manifestações mais frequentes ocorrem no sistema digestório e podem levar algumas horas ou dias para se estabelecer.1

� Mecanismos mistos, em que a IgE está envolvida, mas a fisiopatologia da doença também depende de infiltrado celular que pode ocorrer. Nesse caso, muitas vezes a participação dos eosinófilos é bastante relevante. Os sintomas podem ser imediatos, mas podem se agravar com o passar dos dias. Os qua-dros mistos são compostos pelas manifestações gastrintestinais e cutâneas como a esofagite eosinofílica e a dermatite atópica.

Tabela 16.1 Principais manifestações clínicas de alergia alimentar de acordo com o mecanismo imunológico envolvido

Localização da manifestação

clínicaIgE mediado Misto Não IgE mediado

Gastrintestinal Hipersensibilidade gastrintestinal, síndrome da alergia oral

Doenças eosinofí licas intestinais

Enterocolite, proctite, enteropatia

Cutânea Urticária aguda, angioedema

Dermatite atópica Dermatite herpetiforme

Respiratórias Broncospasmo agudo, risco de anafi laxia

Asma, risco de anafi laxia

Hemossiderose

Fonte: adaptado de Solé et al., 2007.2

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), estima-se um aumento de 18% na prevalência de AlAl nos EUA, de 1997 para 2007,3 e a população pediatra parece especialmente mais suscetível ao desenvolvimento de alergia alimentar. De fato, esse estudo do CDC revelou que, em indivíduos com até 5 anos de idade, esse aumento foi ainda mais relevante. Contudo, por tal estudo, não foi possível determinar o quanto dessa estimativa pode ser atribuída ao aumento da doença clínica ou ao maior reconhecimento da

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

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A técnica geralmente utilizada é a de Pepys, na qual se pinga uma gota dos ex-tratos de alimentos suspeitos, uma gota de controle positivo (histamina) e uma gota de controle negativo (solução salina), em geral na região volar do antebra-ço ou no dorso dos lactentes. É realizada uma pequena puntura com dispositivo adequado e é preciso aguardar cerca de 15 minutos para a leitura. A resposta é baseada na reação de hipersensibilidade do tipo I, em que, pela presença de IgE específica contra o alimento testado, ocorre a degranulação de mastócitos e liberação de histamina que, após 15 minutos, leva a vasodilatação, hiperemia e prurido, formando uma pápula, permitindo a leitura de resultados. A pápula formada é comparada à pápula produzida pela histamina e pelo controle nega-tivo. Consideram-se positivos, por convenção, resultados de pápula superior a 3mm de diâmetro em relação ao controle negativo, sendo necessária a presença de pápula de histamina igual ou maior do que 3mm.10,11

Existe uma variação desse teste denominada prick to prick, em que, em vez da utilização de extratos, o alérgeno testado é oferecido na forma in natura aplicado sobre a pele do paciente. Essa modalidade de teste pode ser realizada na ausência de extratos industrializados, especialmente para frutas ou vegetais, cuja proteína é extremamente lábil, ou quando a história clínica é convincente, mas o SPT é negativo.9-11

A avaliação do tamanho da pápula no teste de puntura pode fornecer informa-ções mais úteis do que apenas classificá-lo como positivo ou negativo. Diversos

Figura 16.2 Algoritmo para o diagnóstico de alergia alimentar

RAST: radioactive allergosorbent test; TPODCAC: testes de provocação oral duplo-cego pla-cebo controlado.

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

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O radioactive allergosorbent test (RAST) tem a finalidade de detectar, in vitro, a IgE específica ao alimento no soro do paciente. Trata-se de um teste semiquan-titativo, tendo seu resultado expresso em classes, que variam de 0 a 6, conside-rando-se positivos resultados acima de classe 3, sempre se correlacionando os achados clínicos. Mais recentemente, com a evolução das técnicas laboratoriais empregadas, foi desenvolvido o método ImmunoCAP®, que representa uma evolução do RAST, pois é um método quantitativo e permite estabelecer valores de corte de IgE específica acima dos quais há 95% de risco de o paciente ser alérgico a determinado alimento. Esses pontos de corte podem variar de acordo com a faixa etária do paciente e mesmo com a sintomatologia apresentada.9,10 A Tabela 16.3 apresenta os valores obtidos para os principais alimentos avaliados.

Tabela 16.3 Níveis de IgE específi ca que proporcionam 95% de probabilidade de uma reação

Alérgeno(idade de introdução do alimento)

Nível de IgE (kUI/L)

Leite de vaca (<2 anos) ≥5

Leite de vaca (>2 anos) ≥15

Ovo (<1 ano) ≥10,9

Ovo (>1 ano) ≥13,2

Amendoim ≥14

Frutas oleaginosas ≥15

IgE: imunoglobulina E.

Fonte: Lieberman & Sicherer 2010.10

É importante ter cautela na interpretação dos resultados, tanto pelo teste de puntura como pelos níveis de IgE específica, em decorrência da reatividade cru-zada entre alimentos, bem como entre pólen e alimentos. Por exemplo, pa-cientes com alergia a amendoim podem apresentar testes positivos para outras leguminosas, apesar de não apresentarem alergia a esses alimentos, e pacientes com alergia a pólens podem apresentar testes positivos para alguns alimentos (como cenoura e maçã), mas sem reatividade clínica.10

Quando há recursos disponíveis, a combinação dos resultados do teste de pun-tura com o nível de IgE específica pode aumentar a exatidão do diagnóstico.15

Ver IgE específica (Anexos I e II).

Diagnóstico resolvido por componentes em alergia alimentar

Embora não se trate exatamente de um exame, é importante que o profissional da área de saúde habituado a cuidar de pacientes com alergia alimentar tenha conhecimento desse avanço diagnóstico.

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Introdução ............................................................................................... 363

Exames Bioquímicos Usados na Rotina Ambulatorial nos Grupos Específicos ............................................................................................... 363

Referências............................................................................................... 378

Capítulo 20

Exames de Rotina em Atendimento Ambulatorial nos Diferentes Grupos PopulacionaisSylvia do Carmo Castro Franceschini • Eliane Rodrigues de Faria • Fabiana de Cássia Carvalho Oliveira • Clarissa de Matos Nascimento • Silvia Eloiza Priore

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IntroduçãoUm dos maiores desafios do nutricionista e demais profissionais da área da saúde é estabelecer, precocemente e com maior precisão, o diagnóstico das alterações do estado nutricional, pois a maior parte dessas alterações apresenta-se sob a forma subclínica. Para tanto, é importante utilizar vários indicadores, principalmente antropométricos, dietéticos, clínicos e bioquímicos. Alterações na ingestão, absorção, transporte, utilização, excreção e reserva dos nutrientes, dependendo de sua intensidade, podem comprometer de forma grave o equilí-brio nutricional do organismo.1

A utilização de exames laboratoriais na rotina clínica possibilita confirmar o diagnóstico mais precocemente após sua leitura e correta interpretação, cor-relacionando os resultados com o estado clínico informado, repetindo testes quando necessário.2

Segundo Waitzberg (1990),3 as avaliações laboratoriais permitem detectar de-ficiências nutricionais antes que estas tenham sinais clínicos específicos, forne-cendo o diagnóstico de má nutrição específica.

Vale ressaltar que os exames sugeridos neste capítulo para os diferentes grupos devem ser solicitados como rotina para indivíduos saudáveis, sendo que para pacientes enfermos e/ou hospitalizados deve-se considerar a doença de base e realizar a solicitação de exames específicos de acordo com os sintomas clínicos apresentados (ver Anexos I e II).

Exames Bioquímicos Usados na Rotina Ambulatorial nos Grupos Específicos

CriançasO grupo infantil compreende as crianças menores de 10 anos, sendo que aque-las de 0 a 23 meses e 29 dias são denominadas lactentes. Nesse grupo, é objeti-vo essencial prover uma alimentação e nutrição adequadas visando à promoção de um intenso crescimento e desenvolvimento.

Avaliar parâmetros envolvidos no estado nutricional de ferro e em infestações parasitárias é fundamental na avaliação de rotina das crianças, uma vez que esse grupo é suscetível à anemia ferropriva e a parasitoses. No entanto, outros parâmetros também devem ser investigados rotineiramente (Tabela 20.1). Além

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Interpretação de Exames Laboratoriais Aplicados à Nutrição Clínica

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diminuição da concentração sérica dos micronutrientes ferro, ácido ascórbico e ácido fólico.63

Portanto, no atendimento nutricional da gestante, devem ser solicitados, como rotina, hemograma completo, ferritina, folato e vitamina B12 séricos, buscando identificar a ocorrência de anemia e de glicemia, a fim de averiguar se há o diabetes gestacional.64

A Tabela 20.5 apresenta os principais exames de rotina usados no atendimento de gestantes e a justificativa para o seu uso.

Referências 1. Vannucchi H, Unamuno MRDL, Marchini JS. Avaliação do estado nutricional. Medicina,

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2. Sociedade Brasileira de Patologia Clínica 2011. Interpretação de exames laboratoriais. Acessado em 12/10/2011. Disponível em: http://www.sbpc.org.br/.

3. Waitzberg D. Nutrição enteral e parenteral na prática clínica. Rio de Janeiro: Atheneu, 1990. p. 171-209.

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10. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009. Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

11. Castro TG, Novaes JF, Silva MR, Costa NMB, Franceschini SCC, Tinoco ALA, Leal PFG. Caracterização do consumo alimentar, ambiente socioeconômico e estado nutricional de pré-escolares de creches municipais. Rev Nutr. 2005; 18(3):321-30.

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